02.04.2017 Views

Curso de Direito Constitucional

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

Este Curso se tornou, desde a sua primeira edição em 2007, um êxito singular. O Prêmio Jabuti de 2008 logo brindou os seus méritos e antecipou a imensa acolhida que vem recebendo pelo público. A vivência profissional dos autores, o primeiro, como Ministro do Supremo Tribunal Federal, e o segundo, como membro do Ministério Público experimentado nos afazeres da Corte, decerto que contribui para que este livro esteja sempre atualizado. Nessa nova edição, a estrutura básica do livro foi mantida e o texto foi colocado em dia com a legislação e a jurisprudência mais recente. Sem esquecer, é claro, de novas inserções de doutrina.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

2) se a alteração ocorrer em período inferior a seis meses da data<br />

da eleição, afeta a situação jurídica dos candidatos em momento<br />

posterior aos prazos máximos fixados em lei para <strong>de</strong>sincompatibilização<br />

dos titulares <strong>de</strong> cargos públicos eletivos executivos, bem<br />

como eventualmente <strong>de</strong> seu cônjuge ou dos respectivos parentes<br />

(consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção), que<br />

vierem a concorrer, no território <strong>de</strong> jurisdição do titular, para a<br />

mesma referida eleição subsequente (CF, art. 14, §§ 6º, 7º e 9º, c/c<br />

a Lei Complementar n. 64/1990, art. 1º, incisos II, III e IV e §§ 1º<br />

a 3º); e<br />

3) se a alteração ocorrer após 30 <strong>de</strong> junho do ano eleitoral, interfere<br />

na situação jurídica dos candidatos já escolhidos ou preteridos,<br />

uma vez que já expirado o prazo máximo fixado em lei para<br />

realização das convenções partidárias <strong>de</strong>stinadas à escolha dos<br />

candidatos, assim como na <strong>de</strong>liberação sobre as coligações a serem<br />

eventualmente realizadas (Lei n. 9.504/1997, art. 8º, caput).<br />

1083/2051<br />

Nesse sentido, não po<strong>de</strong> ser coerente o argumento segundo<br />

o qual a LC n. 135/2010 é aplicável à eleição <strong>de</strong> 2010 porque<br />

publicada antes das convenções partidárias, data na qual se iniciaria<br />

o processo eleitoral. Esse sequer é o conceito <strong>de</strong> processo<br />

eleitoral presente na jurisprudência do STF, como já analisado. Se<br />

levarmos a sério a jurisprudência, teremos que concluir que a LC<br />

n. 135/2010 interferiu numa fase específica do processo eleitoral,<br />

qualificada na jurisprudência como a fase pré-eleitoral, que se<br />

inicia com a escolha e apresentação das candidaturas pelos<br />

partidos políticos e vai até o registro das candidaturas na Justiça<br />

Eleitoral. E, frise-se, essa fase não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>limitada temporalmente<br />

entre os dias 10 e 30 <strong>de</strong> junho, no qual ocorrem as convenções<br />

partidárias, pois o processo político <strong>de</strong> escolha <strong>de</strong> candidaturas<br />

é muito mais complexo e tem início com a própria filiação<br />

partidária do candidato, em outubro do ano anterior.<br />

A EC n. 52, que tratou da chamada “verticalização” das<br />

coligações, foi publicada em 8 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2006, isto é, muito<br />

antes das convenções partidárias. E o STF, no julgamento da ADI<br />

3.685, consi<strong>de</strong>rou que ela interferia no processo eleitoral e, portanto,<br />

<strong>de</strong>veria respeitar o princípio da anteriorida<strong>de</strong> eleitoral. Isso<br />

porque o processo eleitoral, no entendimento do Tribunal, abarca<br />

o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição das coligações e <strong>de</strong> articulação política <strong>de</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!