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Televisão - Entre a Metodologia Analítica e o Contexto Cultural

Este livro tem sua origem no anseio de enfrentar uma dificuldade central para os Estudos de Televisão: como associar a metodologia analítica dos produtos televisivos com o conhecimento de aspectos contextuais? Análise e síntese – a combinação desses dois procedimentos cognitivos nunca é tão fácil quanto parece. Mais difícil ainda configura-se no caso dos Estudos de Televisão.

Este livro tem sua origem no anseio de enfrentar uma dificuldade central para os Estudos de Televisão: como associar a metodologia analítica dos produtos televisivos com o conhecimento de aspectos contextuais? Análise e síntese – a combinação desses dois procedimentos cognitivos nunca é tão fácil quanto parece. Mais difícil ainda configura-se no caso dos Estudos de Televisão.

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engloba todos os seus produtos de entretenimento, em especial aqueles<br />

produzidos pela própria emissora, como novelas, séries e reality shows. 77<br />

É pelo GShow que se tem acesso às páginas oficiais desenvolvidas para<br />

cada obra veiculada na TV, reunindo conteúdos que integram estratégias<br />

de propagação e de expansão (FECHINE e outros, 2013: 37). De todo<br />

modo, as ações transmidiáticas relativas às obras aqui estudadas visam<br />

garantir uma adesão do internauta ao produto principal, que é a obra<br />

exibida na televisão.<br />

Ainda que se trate de produtos voltados para o horário das 23 horas,<br />

verifica-se que a experimentação na teleficção brasileira (representada<br />

aqui pela RGT) preserva alguns elementos essenciais que garantem a<br />

adesão do público. Estes estão mais presentes nas estruturas de superfície<br />

(temas, contextualização, presença de atores consagrados e de grande<br />

identificação com o público da emissora, entre outros elementos), do que<br />

propriamente nas estruturas formais e na dimensão narrativa, que por<br />

sua vez incorporam inovações que escapam à tradição do melodrama,<br />

buscando ainda manter o interesse do público e agregar novos tipos de<br />

espectadores ao propagar e expandir as narrativas na internet.<br />

Referências<br />

BACCEGA, Maria Aparecida; TONDATO, Marcia Perecin; e outros. Reconfigurações da ficção televisiva:<br />

perspectivas e estratégias de transmidiação em Cheias de Charme. In: LOPES, Maria Immacolata V. de<br />

(Org.). Estratégias de transmidiação na ficção televisiva brasileira. Porto Alegre: Sulina, 2013.<br />

BALOGH, Anna M. O discurso ficcional na TV. São Paulo: EDUSP, 2002.<br />

BOURDIEU, Pierre. As regras da arte. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.<br />

CARLOS, Cássio S. Em tempo real: Lost, 24 horas, Sex and the city e o impacto das novas séries de TV.<br />

São Paulo: Alameda, 2006.<br />

DUARTE, Elizabeth. Televisão: Novas modalidades de contar as narrativas. Revista Contemporânea<br />

Comunicação e Cultura, v.10, n.º 2, ano 12, 2012, p. 324-339. Disponível em: http://www.portalseer.<br />

ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/6015/4393. Acesso em 16 de fevereiro de<br />

2015.<br />

ESQUENAZI, Jean-Pierre. As séries televisivas. Lisboa: Texto e Grafia, 2011.<br />

77<br />

Contudo, pelo menos desde 2006, a RGT desenvolve conteúdos interativos vinculados à ficção televisiva em seu<br />

site oficial. Sobre este tema cf. MÉDOLA E REDONDO, 2010.<br />

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