MEMO Fórmula 1 2017

F1
ARTIGO TÉCNICO
A AERODINÂMICA
A primeira preocupação dos projetistas de carros
de corrida, no começo do automobilismo, era com a
velocidade máxima do carro. Todos os carros eram
desenhados visando ter o motor mais potente para
mover o bichão para frente e o perfil mais limpo possível
para atravessar o ar.
Esses princípios transformaram os Fórmula 1 nos
lindos “charutinhos” dos anos 60. Mas mesmo naqueles
tempos, outras técnicas foram aparecendo e deixando os
carros mais velozes, e o chassis monocoque foi um deles.
Em 1964, um brilhante projetista norte-americano
chamado Jim Hall teve a ideia de colocar uma asa num
carro. Montada de cabeça para baixo em relação ao que
se usava nos aviões, o objetivo era empurrar para baixo,
em vez de levantar o veículo. Era o aerofólio.
O carro era o Chaparral 2C, o ano: 1964.
Item
fundamental
na Fórmula 1
As asas não tornavam os carros mais velozes nas
retas – pelo contrário, Colin Chapman reclamava em
1968 que seus carros desciam as retas uns bons 40 km/h
a menos que em 1965. Mas as asas faziam os carros
serem muito mais velozes nas curvas, e um carro passa
cerca de 65% do tempo de uma volta negociando as
curvas. Assim, os carros com asas eram 3 ou 4 segundos
mais rápidos por volta que os carros “pelados”!
Chapman, o gênio da Lotus, foi o primeiro a pensar
o carro inteiro como uma grande asa, e em 1977
introduziu na F-1 o conceito dos carros-asa. Tal desenho
foi banido da F1 em 1981, mas a ideia continuou viva.
Pouco depois, outro gênio da F1, Adrian Newey,
lançou a moda do bico alto, e assim o carro foi sendo
novamente transformado numa asa – pelo menos em
princípio.
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