Parasitoses Gastrintestinais dos Ovinos e Caprinos
Figura 8a e 8b - Diarreia 8a 8b Normalmente, quando os animais apresentam estes sinais, se não forem tratados, podem morrer. Nestes casos, é fácil perceber que as perdas são decorrentes das parasitoses. Porém, a maior parte dos animais não tem parasitas suficientes para causar estes sinais. Quando em menores quantidades, estes parasitas podem provocar uma absorção incompleta dos nutrientes da dieta. Com isso, há maior consumo de alimento, mas, menor ganho de peso, retardo da idade de cobertura ou abate, maior intervalo entre partos e menor índice de partos gemelares. Em outras palavras, o animal não tem condições de expressar o seu potencial genético para maximizar a produção. Por isso, de nada adianta investir em animais de alto potencial genético sem realizar o controle das parasitoses. 5. CICLO DE VIDA DOS PARASITAS Para que se possa encontrar alternativas de controle das parasitoses, é preciso conhecer muito bem os parasitas e como eles vivem. Os parasitas estrongilídeos passam por duas fases de desenvolvimento (Figura 9) - uma no meio ambiente (fase de vida livre) e outra dentro do animal (fase parasitária). 15
Figura 9 – Ciclo dos parasitas estrongilídeos L4 L5 L3 Machos e Fêmeas No Hospedeiro penodo pré-patente de 18 a 21 dias. Estádio infectante (L3) na pastagem No Ambiente 5 a 15 dias OVO L3 L2 Eclosão de L1 L1 5.1 Fase de vida livre Os parasitas eliminam seus ovos nas fezes do animal. Em condições adequadas de oxigênio, umidade e temperatura, em 24 horas é formada uma larva dentro do ovo. Esta larva eclode e necessita de microorganismos para se alimentar. É chamada de larva de primeiro estádio ou L 1 . Se as condições do meio permanecerem favoráveis ao desenvolvimento da larva, a L 1 realizará duas mudas (trocas de cutícula), para L 2 e L 3 . Isto pode variar em cinco a 10 dias normalmente. A L 3 não mais se alimenta, é mais resistente às condições do meio e mais móvel, movimentando-se para fora das fezes. Esta mobilidade permite que ela se localize nas porções mais sombreadas da pastagem e nas gotículas de orvalho. Estas larvas são muito pequenas, 16
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Figura 9 – Ciclo <strong>dos</strong> parasitas estrongilídeos<br />
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Machos e<br />
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No Hospedeiro<br />
penodo pré-patente de 18 a 21 dias.<br />
Estádio<br />
infectante<br />
(L3) na<br />
pastagem<br />
No Ambiente<br />
5 a 15 dias<br />
OVO<br />
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Eclosão<br />
de L1<br />
L1<br />
5.1 Fase de vida livre<br />
Os parasitas eliminam seus ovos nas fezes do animal. Em condições adequadas<br />
de oxigênio, umidade e temperatura, em 24 horas é formada uma larva<br />
dentro do ovo. Esta larva eclode e necessita de microorganismos para se alimentar.<br />
É chamada de larva de primeiro estádio ou L 1<br />
.<br />
Se as condições do meio permanecerem favoráveis ao desenvolvimento<br />
da larva, a L 1<br />
realizará duas mudas (trocas de cutícula), para L 2<br />
e L 3<br />
. Isto pode<br />
variar em cinco a 10 dias normalmente. A L 3<br />
não mais se alimenta, é mais<br />
resistente às condições do meio e mais móvel, movimentando-se para fora das<br />
fezes. Esta mobilidade permite que ela se localize nas porções mais sombreadas<br />
da pastagem e nas gotículas de orvalho. Estas larvas são muito pequenas,<br />
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