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4 • Capítulo 1<br />

Figura 1.2 Três amostras de discos delgados, de óxido de<br />

alumínio, que foram colocadas sobre uma página impressa,<br />

com o objetivo de realçar suas diferenças em termos das<br />

características de transmitância da luz. O disco mais à esquerda<br />

é transparente (isto é, praticamente toda luz refletida<br />

na página passa através dele), enquanto o disco no centro<br />

é translúcido (significando que parte dessa luz refletida é<br />

transmitida através do disco). O disco à direita é opaco, ou<br />

seja, nenhuma luz passa através dele. Essas diferenças nas<br />

propriedades ópticas são uma consequência de diferenças<br />

nas estruturas desses materiais, as quais resultaram da maneira<br />

como os materiais foram processados.<br />

Preparo das amostras, P. A. Lessing<br />

Dessa forma, as estruturas dessas três amostras são diferentes em termos dos contornos entre os<br />

cristais e da presença de poros, o que afeta as propriedades de transmitância óptica. Além disso, cada<br />

material foi produzido com a utilização de uma técnica de processamento diferente. E, certamente,<br />

se a transmitância óptica for um parâmetro importante em relação à aplicação final do material, o<br />

desempenho apresentado por cada um deles será diferente.<br />

1.3 POR QUE ESTUDAR A CIÊNCIA E A ENGENHARIA DE MATERIAIS?<br />

Por que estudamos os materiais? Muitos cientistas experimentais ou engenheiros, sejam eles mecânicos,<br />

civis, químicos ou elétricos, irão uma vez ou outra deparar-se com um problema de projeto que<br />

envolve materiais. Os exemplos podem incluir uma engrenagem de transmissão, a superestrutura<br />

para um edifício, um componente de uma refinaria de petróleo, ou um chip de circuito integrado.<br />

Obviamente, os cientistas e engenheiros de materiais são especialistas que estão totalmente envolvidos<br />

na investigação e no projeto de materiais.<br />

Muitas vezes, um problema de materiais consiste na seleção do material correto entre os muitos<br />

milhares que estão disponíveis. A decisão final normalmente se baseia em diversos critérios.<br />

Em primeiro lugar, as condições de serviço devem ser caracterizadas, uma vez que elas ditarão as<br />

propriedades necessárias do material. Raramente um material possui a combinação máxima ou<br />

ideal de propriedades. Dessa forma, pode ser necessário abrir mão de uma característica por outra.<br />

O exemplo clássico envolve a resistência mecânica e a ductilidade; normalmente, um material que<br />

possui alta resistência mecânica terá uma ductilidade apenas limitada. Em tais casos, pode ser necessário<br />

um compromisso entre duas ou mais propriedades.<br />

Uma segunda seleção a ser considerada é a deterioração das propriedades dos materiais durante<br />

sua vida útil. Por exemplo, reduções significativas na resistência mecânica podem resultar da<br />

exposição a temperaturas elevadas ou a ambientes corrosivos.<br />

Finalmente, a consideração definitiva provavelmente estará relacionada com aspectos<br />

econômicos: quanto custará o produto acabado? Um material pode apresentar um conjunto ideal<br />

de propriedades, mas pode ser de custo proibitivo. Novamente, algum comprometimento será<br />

inevitável. O custo de uma peça acabada inclui também os custos para sua conformação na forma<br />

desejada.<br />

Quanto mais familiarizado estiver um engenheiro, ou um cientista, com as várias características<br />

e relações estrutura-propriedade, assim como com as técnicas de processamento dos materiais, mais<br />

capacitado e confiante estará para definir materiais com base nesses critérios.<br />

1.4 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS<br />

Os materiais sólidos foram agrupados convenientemente em três categorias básicas: metais,<br />

cerâmicas e polímeros. Esse esquema está baseado principalmente na composição química e<br />

na estrutura atômica. A maioria dos materiais se enquadra em um ou outro grupo distinto.<br />

Adicionalmente, existem os compósitos, que são combinações engenheiradas de dois ou mais

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