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CAPÍTULO<br />

Flexão e Linha Elástica<br />

5<br />

Este capítulo trata do estudo do problema da flexão em elementos estruturais e da cinemática<br />

relacionada a este tipo de solicitação. Inicialmente será desenvolvida a Fórmula<br />

da Flexão pura reta 1 para o caso de elementos estruturais sem curvatura inicial, que<br />

são encontrados em aplicações estruturais. Na sequência do capítulo será apresentado<br />

o estudo de vigas constituídas por mais de um material, com o uso da técnica da homogeneização.<br />

O caso de flexão assimétrica, em relação a dois eixos perpendiculares<br />

da seção, será o próximo tópico apresentado juntamente com a flexão associada à<br />

solicitação de força normal. Por fim, serão abordados dois tópicos um pouco mais<br />

avançados, como flexão em vigas com curvatura inicial circular e flexão elastoplástica.<br />

1 Deformação por flexão pura reta em um elemento sem<br />

curvatura inicial<br />

Solicitações por flexão são muito comuns em elementos estruturais dos tipos mais diversos.<br />

No caso da engenharia aeroespacial, a longarina da asa do avião é um exemplo<br />

de viga “I” solicitada principalmente à flexão. Em Engenharia Mecânica, conjuntos de<br />

travessas, longarinas de caminhões e pontes rolantes são exemplos típicos de elementos<br />

solicitados à flexão. Já na Engenharia Civil, as vigas e placas 2 são elementos estruturais<br />

essencialmente solicitados à flexão.<br />

A cinemática utilizada no desenvolvimento deste capítulo será adequada para o<br />

caso de vigas com relação das dimensões da seção transversal por comprimento menores<br />

que 10%. Tal cinemática é conhecida como cinemática de Bernoulli-Euler. Há<br />

outra cinemática conhecida como cinemática de Reissner 3 que é a mais adequada para<br />

vigas com essa relação superior a 10%, sendo aplicada nas denominadas vigas de<br />

Timoshenko. A hipótese cinemática de Reissner é aplicada nas vigas de Timoshenko,<br />

que consideram uma distribuição média constante para as tensões de cisalhamento<br />

causadas pela flexão e são aplicáveis em vigas com geometria mais próxima às chapas 4 .<br />

Para o cálculo de tensões normais em uma barra inicialmente reta (configuração<br />

inicial) com comportamento elástico linear submetida à flexão pura atuando no eixo<br />

normal ao plano, considera-se a hipótese cinemática apresentada na Fig. 5.1 (configuração<br />

deformada).<br />

1. Se refere ao momento fletor atuando em apenas um eixo da seção transversal.<br />

2. As placas são elementos estruturais que apresentam uma das dimensões geométricas (no caso a espessura) consideravelmente<br />

menor que as demais e sobre as quais o carregamento atua na direção normal à superfície preponderante. São<br />

elementos indicados para o uso em lajes de edificações.<br />

3. O tipo de cinemática vem da teoria de placas, na qual há uma cinemática mais adequada para chapas finas (com relação<br />

espessura/dimensão menor que 10%) conhecida como cinemática de Kirchhoff. Outra cinemática mais adequada para<br />

chapas espessas (com relação espessura/dimensão maior que 10%) é a conhecida como cinemática de Reissner-Mindlin.<br />

4. As chapas são elementos estruturais semelhantes às placas, porém o carregamento é aplicado no próprio plano do<br />

elemento. São elementos encontrados em aplicações de painéis, vigas-parede e mecanismos de apoio e de ligação.<br />

217

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