Freud
ALGUNS TIPOS DE CARÁTER ENCONTRADOS NA PRÁTICA PSICANALÍTICA (1916) TÍTULO ORIGINAL: “EINIGE CHARAKTERTYPEN AUS DER PSYCHOANALYTISCHEN ARBEIT”. PUBLICADO PRIMEIRAMENTE EM IMAGO, V. 4, N. 6, PP. 317-36. TRADUZIDO DE GESAMMELTE WERKE X, PP. 364-91; TAMBÉM SE ACHA EM STUDIENAUSGABE X, PP. 229-53.
Quando o médico realiza o tratamento psicanalítico de um neurótico, de modo algum dirige o interesse apenas ao caráter dele. Quer saber, antes de mais nada, o que significam seus sintomas, que impulsos instintuais se escondem por trás deles e mediante eles se satisfazem, e que etapas foram percorridas no misterioso caminho entre os desejos instintuais e os sintomas. Mas a técnica que tem de seguir obriga o médico a voltar sua curiosidade imediata para outros objetos. Ele nota que sua investigação é ameaçada por resistências que o enfermo lhe opõe, e que tais resistências podem ser atribuídas ao caráter do enfermo. Então é esse caráter que reclama primeiramente o seu interesse. O que contraria os esforços do médico nem sempre são os traços de caráter que o paciente admite como seus e que lhe são atribuídos pelos que o cercam. Frequentemente, particularidades que ele parecia ter apenas em grau modesto surgem com insuspeitado vigor, ou nele se manifestam atitudes que não haviam sido reveladas em outras circunstâncias da vida. Nas páginas que seguem nos ocuparemos da descrição e derivação de alguns desses surpreendentes traços de caráter. I. AS EXCEÇÕES O trabalho psicanalítico sempre se vê defrontado com a tarefa de fazer o doente renunciar à obtenção imediata e fácil de prazer. Não se pede que ele renuncie ao prazer em geral; isso não se pode esperar de nenhum ser humano, e mesmo a religião tem que fundamentar sua exigência de abandono do prazer terreno com a promessa de um montante incomparavelmente maior de um prazer mais valioso. Não, pede-se ao doente que renuncie apenas às satisfações que inevitavelmente terão consequências nocivas; ele deve apenas experimentar uma privação temporária, aprender a trocar a imediata obtenção de prazer por uma mais segura, ainda que adiada. Em outras palavras, espera-se que, sob a direção do médico, ele realize o avanço do princípio do prazer ao princípio da
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