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ESPECIAL<br />
Patrocínio:<br />
NÚMERO 1<br />
ENERGIA<br />
PARA HOJE E PARA O FUTURO<br />
Ao completar <strong>55</strong> anos, <strong>Petrobras</strong><br />
planeja investir R$ <strong>55</strong> bilhões<br />
para ampliar produção<br />
Banco de Imagem <strong>Petrobras</strong>
ENERGIA PARA O FUTURO<br />
aniversário<br />
<strong>55</strong><br />
anos,<br />
<strong>55</strong><br />
bilhões de<br />
investimento<br />
<strong>Petrobras</strong> investe<br />
neste ano volume<br />
de recursos superior<br />
ao PIB de 107 países<br />
e se prepara para<br />
o futuro<br />
ao mar<br />
A cerimônia que marcou o início das operações<br />
da P-52 ocorreu em novembro de 2007 (à direita),<br />
e a plataforma deve atingir força total já em 2008<br />
Nelson Perez<br />
Oinvestimento que a <strong>Petrobras</strong><br />
fará em 2008 não é só o maior<br />
nos <strong>55</strong> anos da empresa. Os<br />
quase R$ <strong>55</strong> bilhões a serem<br />
aplicados superam o PIB<br />
de 107 países, se levados em<br />
conta os valores do último Relatório de Desenvolvimento<br />
Humano da ONU. A gigantesca<br />
quantia será destinada a exploração,<br />
produção, refino, comercialização e transporte<br />
de petróleo, além da produção de<br />
gás natural e outras fontes de energia.<br />
O tamanho da cifra se deve a uma<br />
Stéferson Faria/Agência <strong>Petrobras</strong><br />
ousada política de investimento.<br />
Em quatro anos, a empresa,<br />
que já atua em 27 países,<br />
quase quadruplicou seus<br />
investimentos. De US$<br />
7,74 bilhões em 2004, o<br />
dinheiro investido pulou<br />
para o equivalente a US$<br />
30 bilhões neste ano. O<br />
crescimento, impulsionado<br />
também por descobertas<br />
em novas fronteiras exploratórias,<br />
como a camada pré-sal,<br />
R$<br />
430<br />
bilhões<br />
É o valor de<br />
mercado da<br />
<strong>Petrobras</strong>, segunda<br />
maior empresa<br />
de energia do<br />
mundo<br />
coloca a petroleira em destaque no cenário<br />
global. Hoje, a <strong>Petrobras</strong> é a segunda<br />
maior companhia de energia em valor de<br />
mercado (R$ 430 bilhões, de acordo com<br />
a Bovespa). Esse valor cresceu 87% em relação<br />
ao registrado em 2006.<br />
O importante dos novos investimentos<br />
não está apenas na quantidade, mas no<br />
destino dos recursos. No caso do petróleo,<br />
o foco é a exploração em águas profundas<br />
e ultraprofundas – do 1,85 milhão de<br />
barris diários produzidos pela empresa<br />
no Brasil, 81% já vêm dessas áreas.<br />
O objetivo desses investimentos é<br />
manter a <strong>Petrobras</strong> como grande<br />
produtora de petróleo em<br />
águas profundas e a detentora<br />
da tecnologia mais avançada,<br />
já que a expectativa é de<br />
que a maior parte das futuras<br />
descobertas – no Brasil<br />
e no mundo – estejam no<br />
fundo do mar.<br />
A posição de destaque<br />
nessa área começou a ser alcançada<br />
em 1969, com a pri-<br />
4 5
ENERGIA PARA O FUTURO<br />
Geraldo Falcão<br />
meira descoberta de petróleo no mar de<br />
Sergipe. A decisão de explorar o campo,<br />
num momento em que os baixos preços<br />
do petróleo desencorajavam empreitadas,<br />
foi fundamental para o desenvolvimento<br />
da expertise na área. A<br />
ação também abriu caminho para<br />
descobertas, anos depois, que<br />
desembocariam em campos<br />
gigantes e na camada pré-sal,<br />
nova fronteira tecnológica<br />
a ser vencida pela empresa.<br />
Para explorar locais<br />
cada vez mais difíceis, a<br />
<strong>Petrobras</strong> dedica parte do<br />
investimento anual de R$<br />
1,6 bilhão em tecnologia ao<br />
desenvolvimento da extração<br />
em águas profundas.<br />
R$<br />
4,15<br />
bilhões<br />
Biocombustíveis A participação no<br />
crescente mercado de biocombustíveis também<br />
faz parte do plano estratégico da empresa,<br />
que envolve investimentos totais de<br />
US$ 112,4 bilhões até 2012. Todas as refinaserão<br />
investidos<br />
na construção<br />
de plataformas<br />
em 2008<br />
SALTO<br />
Plataforma P-54 atinge<br />
capacidade máxima neste ano<br />
por mar e terra A exploração marítima<br />
garantiu que o Brasil atingisse a autosuficiência<br />
em volume de extração em 2006<br />
e a mantivesse. Em 2008, de 1,85 milhão<br />
de barris de petróleo produzidos pela<br />
empresa diariamente no País, 91%<br />
vêm do mar. Novas descobertas, já<br />
avaliadas e em fase de desenvolvimento,<br />
permitirão elevar a produção<br />
brasileira anualmente,<br />
chegando à média diária de<br />
2,42 milhões de barris em<br />
2012, para um consumo<br />
previsto de 2,17 milhões.<br />
Isso significa que a extração<br />
de petróleo deve continuar<br />
crescendo acima da demanda<br />
nacional. Para sustentar esse<br />
aumento, cinco plataformas vão<br />
atingir a capacidade máxima de produção<br />
neste ano. São elas: FPSO Cidade do Rio<br />
de Janeiro, FPSO Piranema, FPSO Cidade<br />
de Vitória, P-52 e P-54 (as duas últimas no<br />
campo de Roncador). Além do FPSO Cidade<br />
de Rio das Ostras, que entrou em operação<br />
em março, outras quatro plataformas<br />
começarão a produzir até o fim de 2008,<br />
garantindo aumento ainda maior na oferta.<br />
No total, R$ 4,15 bilhões serão destinados<br />
em 2008 só à construção de plataformas.<br />
A extração de petróleo e gás, no entanto,<br />
responde apenas por parte dos investimentos.<br />
Outra área que recebe atenção especial<br />
neste ano é o refino. Todas as 11 refinarias<br />
da empresa no Brasil estão sendo ampliadas<br />
e reformadas para melhorar a qualidade da<br />
gasolina e do diesel e para aumentar de 80%<br />
para 90% a participação de petróleo nacional<br />
no combustível processado. Além disso,<br />
depois de mais de 20 anos sem construir<br />
uma nova refinaria, começaram em 2008 as<br />
obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco,<br />
e a elaboração de projetos para<br />
implantação de duas refinarias Premium<br />
– uma no Maranhão com capacidade para<br />
processar 600 mil barris diários e outra no<br />
Ceará, para processar 300 mil barris/dia –<br />
com investimento total de US$ 30 bilhões.<br />
Outro projeto estratégico é o Plano de<br />
Antecipação da Produção de Gás (Plangás),<br />
que pretende elevar a participação do gás<br />
nacional no Sul e no Sudeste e assegurar o<br />
abastecimento do mercado de gás natural,<br />
especialmente o térmico. Até o final de<br />
2010, o Plangás deve aumentar a oferta<br />
nacional na região para <strong>55</strong> milhões de<br />
metros cúbicos de gás. Por sua vez, o Plano<br />
de Negócios da companhia prevê que até o<br />
fim de 2010 sua malha de transporte de gás<br />
será ampliada para 9.228 km de extensão,<br />
permitindo que o produto seja distribuído<br />
de Norte a Sul do País.<br />
Bruno Veiga/agência petrobras<br />
rias no Brasil estão sendo preparadas para<br />
refinar segundo o HBIO, novo processo<br />
que possibilita a inclusão de óleo vegetal<br />
no diesel, resultando em um<br />
produto de alta qualidade e pureza.<br />
Além disso, a <strong>Petrobras</strong> pretende<br />
produzir 938 milhões de<br />
litros de biodiesel em 2012.<br />
Para tanto, está construindo<br />
três usinas para processar o<br />
combustível (em Minas Gerais,<br />
Bahia e Ceará), que vão<br />
iniciar produção ainda em<br />
2008, e implantará outras em<br />
diversos pontos do País.<br />
A empresa se prepara para atuar<br />
globalmente na venda e logística de biocombustíveis,<br />
liderando a produção nacional de<br />
biodiesel e ampliando a participação em<br />
etanol. Nesse contexto, fez parceria com os<br />
sócios privados Mitsui, do Japão, e Carmargo<br />
Correa para a rea li za ção do projeto do Alcoolduto,<br />
que será construído entre Senador<br />
Cañedo (GO) e Paulínia (SP). A obra é parte<br />
4,75<br />
bilhões<br />
de litros de<br />
etanol deverão ser<br />
exportados pela<br />
<strong>Petrobras</strong> em<br />
2012<br />
do Corredor de Exportação de Etanol que<br />
começa em Goiás, passa por Minas Gerais<br />
e vai até São Paulo. Quando concluído,<br />
o corredor poderá escoar até<br />
12 bilhões de litros de etanol por<br />
ano destinados à exportação. O<br />
objetivo é chegar a 2012 exportando<br />
4,750 bilhões de litros<br />
de álcool anualmente para as<br />
Américas (do Sul e do Norte),<br />
Europa, África e Ásia.<br />
sustentável O futuro,<br />
no planejamento da <strong>Petrobras</strong>,<br />
não envolve apenas produção e<br />
abastecimento. Tem destaque a preocupação<br />
com iniciativas ambientais e sociais<br />
(do tratamento a seus funcionários até<br />
as comunidades ligadas às suas atividades).<br />
A empresa aderiu ao Pacto Global da ONU,<br />
que prevê uma série de práticas empresariais<br />
em defesa dos direitos humanos, e adotou<br />
o Programa de Excelência em Gestão Ambiental<br />
e Segurança Operacional. Por conta<br />
Até 2010, a oferta na cio nal de gás no Sul e<br />
Sudeste deve crescer para <strong>55</strong> milhões de m 3<br />
do programa, foram investidos, em quatro<br />
anos, US$ 2 bilhões para reduzir acidentes e<br />
níveis de vazamento de óleo, que são inferiores<br />
à media mundial. Todas as unidades são<br />
certificadas pela norma de gestão ambiental<br />
ISO 14001, mas a empresa busca uma relação<br />
ainda melhor com o meio ambiente – o que<br />
inclui pesquisas em energias com sistemas<br />
híbridos e hidrogênio. Além disso, realiza<br />
medição do potencial de aproveitamento da<br />
energia do vento, em locais próximos a 20<br />
unidades. No Rio Grande do Norte, os campos<br />
de petróleo da empresa já são abastecidos,<br />
desde 2005, por um parque de energia eólica.<br />
Por ações desse tipo, a <strong>Petrobras</strong> foi considerada<br />
a petroleira mais sustentável do<br />
mundo, em pesquisa da Management & Excellence,<br />
em fevereiro de 2008. A companhia<br />
foi descrita como referência em ética e sustentabilidade,<br />
considerando 387 indicadores,<br />
entre eles queda em emissão de poluentes<br />
e em vazamentos de óleo, menor consumo<br />
de energia e sistema transparente de atendimento<br />
a fornecedores.<br />
alternativo<br />
<strong>Petrobras</strong> está construindo<br />
usinas para produzir 938<br />
milhões de litros de biodiesel<br />
6
ENERGIA PARA O FUTURO<br />
Cravar quanto custará o petróleo<br />
daqui a um mês, um semestre ou<br />
um ano é arriscar-se em exercício<br />
de futurologia. Mas é possível<br />
ter duas certezas: a cotação deverá permanecer<br />
elevada, e o Brasil estará bastante<br />
protegido contra ela, avalia Elie Abadie,<br />
engenheiro de processamento, consultor<br />
sênior e professor da Universidade <strong>Petrobras</strong>,<br />
há 38 anos na empresa, considerado<br />
um dos grandes conhecedores de geopolítica<br />
do petróleo no País.<br />
Abadie avalia que fazer prognósticos<br />
neste momento é especialmente difícil em<br />
razão das incertezas envolvendo os Estados<br />
Unidos, que são a maior economia e<br />
os maiores consumidores de petróleo do<br />
planeta. “No momento em que o barril do<br />
petróleo atinge o patamar de US$ 140, há<br />
uma contraforça enorme: a recessão econômica”,<br />
observa. Uma crise diminuiria o<br />
consumo e, portanto, os preços – a cotação<br />
cairia naturalmente para menos que<br />
US$ 100, estima. A economia dos Estados<br />
Unidos é altamente dependente do petróleo,<br />
e seu consumo é exageradamente alto<br />
devido, sobretudo, à baixa carga tributária<br />
Geopolítica<br />
A proteção é<br />
nossa<br />
Preços elevados do petróleo vieram para ficar, mas<br />
o Brasil, com produção em alta, está mais blindado<br />
incidente sobre os derivados. Essa tributação<br />
deveria ser elevada como forma de<br />
inibir o consumo, defende Abadie.<br />
Se for considerada a cotação atual do<br />
barril, o dispêndio norte-americano com<br />
importações de petróleo e derivados, devido<br />
aos seus déficits de produção e de<br />
refino, é da ordem de US$ 800 bilhões por<br />
ano – uma sangria financeira para qualquer<br />
nação. “Entretanto, nenhum partido<br />
quer pagar o preço político de interromper<br />
o american way of life”, afirma o engenheiro.<br />
O estilo de vida americano<br />
tem sido em parte sustentado pelos<br />
baixos tributos sobre os derivados<br />
– ao contrário do que ocorre<br />
em outros países ricos, como<br />
Japão e nações da Europa.<br />
“Esse tipo de política é privilégio<br />
de países com enormes<br />
reservas e grandes<br />
receitas petrolíferas, como<br />
os do Oriente Médio e a<br />
Venezuela. Os americanos<br />
já foram auto-suficientes,<br />
mas isso foi há mais de 60<br />
anos”, destaca.<br />
US$<br />
140<br />
O BARRIL<br />
Foi a barreira<br />
superada este<br />
ano pelo petróleo<br />
no mercado<br />
internacional<br />
Há, porém, outras forças que pressionam<br />
a cotação do barril para cima. Uma<br />
delas é a crescente desvalorização do dólar,<br />
moeda de referência na compra do<br />
petróleo. Um segundo fator, de caráter<br />
estrutural, é que a capacidade mundial de<br />
refino é menor que a de produção, o que<br />
eleva o preço dos derivados e, por tabela,<br />
o preço do petróleo.<br />
Uma terceira força é a Organização dos<br />
Países Exportadores de <strong>Petróleo</strong> (Opep),<br />
grupo que reúne 13 dos maiores produtores<br />
da commodity, fortemente influenciado<br />
pelos países do Golfo Pérsico, e que<br />
“controla a oferta de petróleo de acordo<br />
com suas conveniências”, diz Abadie. A<br />
atuação da Opep, como reguladora, faz o<br />
especialista acreditar que o preço do barril,<br />
mesmo no caso de uma crise econômica<br />
mundial, não fique abaixo de US$ 70.<br />
SITUAÇÃO CONFORTÁVEL. Mesmo<br />
se a Opep resolver atarraxar suas torneiras<br />
e a desaceleração da economia norteamericana<br />
for amena, sustentando os<br />
preços do petróleo em altos patamares, a<br />
possibilidade de o Brasil sofrer forte impacto<br />
da escalada dos preços é pequena.<br />
“O Brasil entrou para o seleto grupo dos<br />
países auto-sustentáveis. Mais que isso,<br />
caminha para ser, futuramente, um<br />
grande exportador”, diz Abadie.<br />
“Apenas o fato de termos alcançado<br />
a capacidade de produzir<br />
o que consumimos nos deixa<br />
numa posição muito confortável<br />
no mapa da geopolítica<br />
do petróleo no planeta.<br />
No caso de um desequilíbrio<br />
econômico mundial,<br />
o Brasil está muito mais<br />
blindado. Se tivéssemos,<br />
hoje, o mesmo nível de dependência<br />
de importações do<br />
passado, a situação econômica<br />
Shutterstock<br />
Refinaria no estado<br />
de washington<br />
Pouco tributado, consumo<br />
de petróleo e derivados gera<br />
déficit de US$ 800 bilhões<br />
por ano nos EUA<br />
brasileira seria catastrófica. Se hoje produzíssemos<br />
apenas 1 milhão de barris (<strong>55</strong>%<br />
do consumo), em vez do 1,95 milhão que<br />
estamos atualmente gerando, os dispêndios<br />
com importações de petróleo seriam<br />
da ordem de US$ 40 bilhões anuais”.<br />
O desafio maior do País agora é o refino,<br />
pondera o engenheiro da <strong>Petrobras</strong>.<br />
O Brasil já produz mais petróleo do que<br />
consome, mas sua produção é em grande<br />
parte de óleos pesados. Assim “temos<br />
que exportar uma parte dessa produção e<br />
importar uma quantidade mais ou menos<br />
equivalente de petróleo leve”, cerca de 20%<br />
do refino nacional, calcula Abadie.<br />
As refinarias brasileiras foram concebidas<br />
nos anos 70, ou antes, quando o País<br />
produzia pouco petróleo, mas óleo relativamente<br />
leve; e o que era importado também<br />
era petróleo leve – o refino nacional,<br />
portanto, era projetado para processar óleos<br />
desse tipo e atender o mercado brasileiro.<br />
Nos últimos anos o cenário se inverteu:<br />
o País virou grande produtor, mas de óleo<br />
mais pesado. O Brasil está adaptando o<br />
refino para essa nova situação, de forma<br />
a conseguir, nos próximos anos, processar<br />
mais do que 90% do óleo nacional.<br />
“As novas descobertas na Bacia de Santos<br />
devem blindar ainda mais o País. Caso as<br />
estimativas se confirmem, com o aproveitamento,<br />
nos próximos anos, das acumulações<br />
de petróleo recém-descobertas (Tupi,<br />
Júpiter e outras do pré-sal), a produção<br />
brasileira subirá acentuadamente e, o mais<br />
importante, produzindo óleo leve, de alto<br />
valor de mercado. Isto garantirá a sustentabilidade<br />
petrolífera nacional por muitos<br />
anos a mais. Planejamos, também, investir<br />
em novas unidades de refino, não só para<br />
atender ao crescimento do mercado nacional,<br />
mas para exportarmos derivados, agregando<br />
valor, ao invés de vendermos óleo<br />
cru. Com esse panorama, o Brasil poderá se<br />
tornar um forte ator no mercado mundial<br />
do petróleo e derivados”, especula Abadie.<br />
Tanto quanto investimentos em produção,<br />
expansão de reservas, rumo da economia<br />
dos EUA ou decisões da Opep, outro<br />
fator terá papel fundamental no futuro do<br />
petróleo: o meio ambiente. “Acredito que<br />
o petróleo perderá valor comercial antes<br />
do esgotamento de suas reservas. Há um<br />
grande risco de o petróleo perder sua importância<br />
econômica devido às pressões<br />
ambientais”, diz Abadie. “A verdade é que<br />
o mundo tem que achar uma alternativa<br />
aos combustíveis fósseis. Investir pesado<br />
em energia solar, eólica e biocombustíveis<br />
pode ser uma solução ecologicamente<br />
correta para o problema energético mundial.<br />
Temos muita energia renovável e<br />
limpa sendo desperdiçada no planeta”.<br />
8<br />
9
ENERGIA PARA O FUTURO<br />
Noruega<br />
Rússia<br />
Grã-Bretanha<br />
Canadá<br />
Holanda<br />
Alemanha<br />
Cazaquistão<br />
França<br />
Estados<br />
Unidos<br />
Espanha<br />
Argélia<br />
Itália<br />
Azerbaijão<br />
China<br />
Coréia<br />
do sul<br />
Japão<br />
LÍbia<br />
Iraque<br />
México<br />
Kuait<br />
Irã<br />
Índia<br />
Taiwan<br />
O mapa<br />
do petróleo<br />
A maior parte das reservas e da produção de<br />
petróleo está concentrada no Oriente Médio,<br />
Arábia Saudita à frente; a região consome<br />
pouco em comparação a outras nações<br />
— portanto, é uma importante exportadora.<br />
Já o consumo está concentrado na Europa e nos<br />
Estados Unidos, que até são grandes produtores,<br />
mas precisam importar grandes quantidades de óleo<br />
para satisfazer a demanda. Só os EUA têm, num único dia,<br />
um déficit de 15 milhões de barris, equivalente ao consumo<br />
do Brasil em uma semana. Entre os emergentes, Brasil,<br />
México, Venezuela e alguns países africanos têm se mostrado<br />
players cada vez mais importantes na geopolítica do petróleo.<br />
Reservas<br />
(bilhões de barris)<br />
acima<br />
de 150<br />
de 100<br />
a 150<br />
de 20<br />
a 100<br />
até 20<br />
Produção<br />
(milhões de BPD*)<br />
acima<br />
de 10<br />
de 5<br />
a 10<br />
de 2<br />
a 5<br />
até 2<br />
Consumo<br />
(milhões de BPD*)<br />
acima<br />
de 10<br />
de 5<br />
a 10<br />
de 2<br />
a 5<br />
até 2<br />
Venezuela<br />
Brasil<br />
Principais Reservas Provadas<br />
País<br />
Bilhões %<br />
de barris<br />
Arábia Saudita 264,3 21,9<br />
Irã 137,5 11,4<br />
Iraque 115,0 9,5<br />
Kuait 101,5 8,4<br />
Emirados Árabes Unidos 97,8 8,1<br />
Venezuela 80,0 6,6<br />
Rússia 79,5 6,6<br />
Líbia 41,5 3,4<br />
Cazaquistão 39,8 3,3<br />
Nigéria 36,2 3,0<br />
EUA 29,9 2,5<br />
Canadá 17,1 1,4<br />
China 16,3 1,3<br />
Qatar 15,2 1,3<br />
México 12,9 1,1<br />
Argélia 12,3 1,0<br />
Brasil 12,2 1,0<br />
Angola 9,0 0,7<br />
Noruega 8,5 0,7<br />
Azerbaijão 7,0 0,6<br />
MUNDO 1.208,4 100<br />
Nigéria<br />
Angola<br />
*BPD = barris por dia<br />
Fonte: British Petroleum<br />
Statistical Review of World<br />
Energy (Junho/2007)<br />
Números referentes a 2006<br />
Arábia<br />
Saudita<br />
Qatar<br />
Emirados<br />
Árabes Unidos<br />
Principais PRODUTORES<br />
País Mil BPD* %<br />
Arábia Saudita 10.859 13,3<br />
Rússia 9.769 12,0<br />
EUA 6.871 8,4<br />
Irã 4.343 5,3<br />
China 3.684 4,5<br />
México 3.683 4,5<br />
Canadá 3.147 3,9<br />
Emirados<br />
Árabes Unidos<br />
2.969 3,6<br />
Venezuela 2.824 3,5<br />
Noruega 2.778 3,4<br />
Kuait 2.704 3,3<br />
Nigéria 2.460 3,0<br />
Argélia 2.005 2,5<br />
Iraque 1.999 2,5<br />
Líbia 1.835 2,3<br />
Brasil 1.809 2,2<br />
Grã-Bretanha 1.636 2,0<br />
Cazaquistão 1.426 1,8<br />
Angola 1.409 1,7<br />
Qatar 1.133 1,4<br />
MUNDO 81.663 100<br />
Tailândia<br />
Principais consumidores<br />
País Mil BPD* %<br />
EUA 20.589 24,6<br />
China 7.445 8,9<br />
Japão 5.164 6,2<br />
Rússia 2.735 3,3<br />
Alemanha 2.622 3,1<br />
Índia 2.575 3,1<br />
Coréia do Sul 2.312 2,8<br />
Canadá 2.222 2,7<br />
Arábia Saudita 2.005 2,4<br />
México 1.972 2,4<br />
França 1.952 2,3<br />
Itália 1.793 2,1<br />
Brasil 1.789 2,1<br />
Grã-Bretanha 1.781 2,1<br />
Irã 1.669 2,0<br />
Espanha 1.602 1,9<br />
Taiwan 1.120 1,3<br />
Holanda 1.057 1,3<br />
Indonésia 1.031 1,2<br />
Tailândia 926 1,1<br />
Austrália 886 1,1<br />
MUNDO 83.719 100<br />
Indonésia<br />
Austrália<br />
11
ENERGIA PARA O FUTURO<br />
À caça de<br />
Exploração em<br />
grandes profundidades<br />
fez País multiplicar<br />
reservas por sete<br />
e pode revelar<br />
mega campos<br />
Descobertas<br />
gigantes<br />
Acapacidade de descobrir áreas<br />
de exploração no mar pôs a <strong>Petrobras</strong><br />
em destaque no cenário<br />
internacional. Hoje, o Brasil está<br />
entre os 20 países com as maiores reservas<br />
no mundo e faz parte do seleto grupo<br />
das nações auto-suficientes em petróleo. A<br />
perspectiva, porém, é que os recentes achados<br />
no pré-sal (reservatórios no subsolo<br />
marinho, abaixo de uma camada de rochas<br />
e de uma camada de sal) projetem o País<br />
ainda mais longe.<br />
Investimentos em longo prazo na área<br />
de exploração e produção foram decisivos.<br />
Se a <strong>Petrobras</strong> tivesse se limitado a buscar<br />
petróleo em terra, hoje as reservas estariam<br />
em 1 bilhão de barris. Muito pouco,<br />
perto dos 14 bilhões de barris que detém<br />
(ver gráfico na página ao lado). O início de<br />
produção em águas rasas fez a companhia<br />
duplicar o potencial para 2 bilhões de barris<br />
comprovados. Entretanto, foi ao descer<br />
as brocas de perfuração até as profundezas<br />
do oceano que a <strong>Petrobras</strong> levou o Brasil a<br />
uma condição de destaque na geopolítica<br />
do petróleo mundial, com reservas sete<br />
vezes maiores.<br />
A empresa continua anunciando novas<br />
áreas gigantes de exploração, como Tupi,<br />
na Bacia de Santos. O volume recuperável<br />
de óleo estimado é de 5 bilhões a 8 bilhões<br />
de barris de petróleo e gás natural.<br />
infra-estrutura Os números que<br />
levam o País a uma posição confortável<br />
no cenário mundial também trazem desafios.<br />
Para continuar na liderança em águas<br />
profundas e manter a auto-suficiência, a<br />
<strong>Petrobras</strong> utiliza estratégia e tecnologia.<br />
“Vamos usar toda a experiência de organização<br />
e base de logística para explorar<br />
petróleo a 300 quilômetros de distância<br />
Banco de Imagem <strong>Petrobras</strong><br />
da costa. Na Bacia de Campos, as plataformas<br />
ficavam, em média, a 150 quilômetros.<br />
O que temos é a expansão<br />
não apenas da descoberta, mas<br />
da infra-estrutura, da técnica,<br />
de tudo que todos os setores<br />
da empresa aprenderam ao<br />
longo desses anos. O nosso<br />
maior desafio foi e é intelectual”,<br />
afirma o gerenteexecutivo<br />
de Exploração<br />
da <strong>Petrobras</strong>, Mário Carminatti.<br />
Isso também significa<br />
assegurar a exploração<br />
já existente. “Descobrir novas<br />
reservas é muito importante, mas<br />
a exploração tem outro lado não menos<br />
nobre: tentar manter a produtividade de<br />
áreas em que a produção está estabilizada<br />
ou com leve tendência de queda”.<br />
obstáculos derrubados Alguns<br />
dos desafios da nova empreitada já<br />
começam a ser vencidos e desmistificados<br />
pelo esforço da <strong>Petrobras</strong>. No caso do présal,<br />
perfurar poços em condições adversas<br />
14<br />
Bilhões<br />
de barris de<br />
petróleo são<br />
as reservas<br />
comprovadas do<br />
Brasil<br />
Em 2000, geólogos já planejavam explorar a<br />
camada pré-sal, mas não havia tecnologia<br />
Reservas provadas (bilhões de barris, segundo critérios da Society of Petroleum Engeneers)<br />
16.000<br />
14.000<br />
12.000<br />
10.000<br />
8.000<br />
6.000<br />
4.000<br />
2.000<br />
0<br />
1953<br />
foi a grande conquista. Desde o início de<br />
2000, os geólogos da <strong>Petrobras</strong> imaginavam<br />
que fosse possível produzir<br />
na camada pré-sal de Santos. “Mas<br />
nós tínhamos um limite tecnológico<br />
muito forte, que era ultrapassar<br />
a camada de sal. Hoje,<br />
nós desenvolvemos tecnologia<br />
para superar essa dificuldade”,<br />
diz Carminatti. A<br />
<strong>Petrobras</strong> está aprendendo<br />
com as dificuldades apresentadas<br />
pela exploracão na<br />
camada de sal. Os obstáculos<br />
são diferentes dos convencionais<br />
e, por isso, a companhia vem desenvolvendo<br />
novas soluções.<br />
A temperatura no pré-sal, apontada<br />
por especialistas internacionais como um<br />
grande desafio da nova fronteira, também<br />
foi desmistificada. Alguns afirmavam que<br />
o calor naquela região seria capaz até de<br />
derreter as brocas de última geração. Após<br />
estudos concentrados, a tese caiu. “Não temos<br />
problemas com isso no pré-sal. Pelo<br />
contrário, a camada de sal acaba ajudando<br />
a diminuir a temperatura, que varia de<br />
60ºC a 100ºC, o que é extremamente baixo.<br />
Num mesmo poço, sem a camada de<br />
pré-sal, poderia chegar a 200ºC”, compara.<br />
Novas Tupis As bacias do litoral sudeste<br />
do Brasil, além de serem o carrochefe<br />
da atual produção, devem garantir<br />
a auto-suficiência e as exportações por<br />
um bom tempo. Porém, a equipe de Exploração<br />
& Produção da <strong>Petrobras</strong> pensa<br />
adiante. “Para haver essas descobertas<br />
nas bacias de Santos e do Espírito Santo,<br />
alguém estava pesquisando aquela região<br />
há dez anos. O mesmo acontece agora em<br />
outras áreas do País”, diz Carminatti.<br />
Na sala do gerente de exploração, na<br />
Avenida Chile, no centro do Rio de Janeiro,<br />
um mapa na parede sinaliza os pontos<br />
que estão sendo analisados no litoral brasileiro.<br />
É possível ver áreas assinaladas da<br />
foz do rio Amazonas até Pelotas, no Rio<br />
Grande do Sul. Todo litoral brasileiro está<br />
suscetível a estudos. “Enquanto a mídia, a<br />
população, o mercado, estão com o foco<br />
nas descobertas, nós já estamos de olho<br />
em outras áreas, novas Tupis que possam<br />
surgir”, afirma Carminatti.<br />
Fase terra Fase Águas rasas Fase Águas profundas e ultraprofundas<br />
Campo de Carmópolis<br />
1963<br />
Guaricema<br />
1968<br />
Garoupa<br />
1974<br />
Namorado<br />
Marlim<br />
1984<br />
Parque das Baleias, Mexilhão<br />
Nova Lei do <strong>Petróleo</strong><br />
1996<br />
2002<br />
13,92 bilhões<br />
de barris<br />
2007<br />
13
ENERGIA PARA O FUTURO<br />
Getúlio Moura<br />
exploração<br />
Trampolim para o<br />
desenvolvimento<br />
Poço que abasteceria<br />
piscinas de um hotel<br />
no Rio Grande do Norte<br />
deu início à maior<br />
produção petrolífera<br />
em terra no Brasil<br />
Até o final da década de 70, a economia<br />
de Mossoró, no Rio Grande<br />
do Norte (quase na divisa com<br />
o Ceará), fundava-se em grande<br />
parte num fato incomum: o município era<br />
grande produtor de sal, apesar de não ser<br />
banhado pelo mar. Mas, em 1979, a construção<br />
de um grande hotel começou a mudar<br />
o perfil não só da cidade, mas do Rio<br />
Grande do Norte – com reflexos também<br />
na economia brasileira.<br />
Nada a ver com turismo. É que, durante as<br />
perfurações de um poço que abasteceria as<br />
piscinas do hotel, identificou-se uma substância<br />
oleosa sem semelhança alguma com o<br />
que se espera ver em uma estação termal. Os<br />
técnicos da <strong>Petrobras</strong> foram chamados e<br />
constataram: era petróleo. Em dezembro<br />
de 1979, entrou em operação o<br />
primeiro poço em terra no estado,<br />
o MO-14 (as duas letras identificam<br />
que ele fica em Mossoró, e<br />
os números indicam que esse<br />
foi o 14º poço perfurado no<br />
município).<br />
O sal ainda é importante<br />
US$<br />
21<br />
bilhões<br />
Foi quanto a<br />
<strong>Petrobras</strong> investiu no<br />
Rio Grande do Norte<br />
desde 1976<br />
no estado – hoje, a maior<br />
parte do sal brasileiro sai de<br />
solo potiguar –, mas a partir<br />
desse poço a produção de<br />
óleo ganhou força, a ponto de o<br />
Rio Grande do Norte ter se transformado<br />
na unidade da Federação que mais<br />
gera petróleo em terra no Brasil.<br />
Mesmo antes do primeiro poço em Mossoró<br />
– em operação até hoje – já brotava petróleo<br />
no estado, mas apenas no mar. A exploração<br />
e a produção começaram em 1951,<br />
com um mapeamento da geologia local. O<br />
primeiro campo descoberto foi o de Ubarana,<br />
na costa de Guamaré, que começou a operar<br />
três anos antes que o de Mossoró, em 1976.<br />
Da década de 70 para cá, a produção<br />
cresceu e disseminou-se. Hoje, a <strong>Petrobras</strong><br />
mantém no Rio Grande do Norte oito<br />
campos marítimos e 54 terrestres – entre<br />
eles o maior campo desse tipo no País, o<br />
Canto do Amaro, que produz cerca de 24<br />
mil barris de petróleo por dia. As unidades<br />
da <strong>Petrobras</strong> na região (que também engloba<br />
o vizinho Ceará) chegaram a produzir<br />
112 mil em 1999, e hoje produzem em média<br />
81 mil barris diariamente – 66 mil em<br />
terra (26,4% do total nacional) e 15 mil no<br />
mar (0,9% do total nacional).<br />
A meta da empresa é chegar a 2011 com<br />
um salto de 42% – 115 mil barris por dia. Os<br />
campos de Ubarana – aquele mesmo, descoberto<br />
há mais de 30 anos – e de Canto<br />
do Amaro deverão ter participação<br />
fundamental nessa aceleração. Nessas<br />
áreas, a companhia tem desenvolvido<br />
projetos de injeção<br />
de água – uma técnica que<br />
aumenta a pressão do reservatório<br />
e, por tabela, faz jorrar<br />
mais petróleo (leia o glossário<br />
no final deste fascículo).<br />
Ao longo dos 32 anos de<br />
atuação no Rio Grande do<br />
Norte, a empresa investiu em<br />
dezenas de municípios um total<br />
de US$ 21 bilhões – valor superior<br />
ao Produto Interno Bruto (PIB) do Uruguai<br />
e da Costa Rica. Em seu Plano de Negócios<br />
para 2008-2012, a <strong>Petrobras</strong> prevê injetar<br />
mais US$ 2,5 bilhões na região.<br />
Esses recursos se traduzem em geração<br />
de postos de trabalho – o petróleo é responsável<br />
por 10 mil empregos diretos e 40<br />
mil indiretos no Rio Grande do Norte – e<br />
incremento da arrecadação: a <strong>Petrobras</strong> é a<br />
empresa que mais contribui para o estado<br />
em Imposto sobre Circulação de Mercadorias<br />
e Serviços (ICMS).<br />
nascente<br />
Exploração de petróleo em terra no<br />
Rio Grande do Norte começou em 1979<br />
Produção do estado provém de<br />
oito campos marítimos e 54 terrestres<br />
15
ENERGIA PARA O FUTURO<br />
BÊ-Á-Bá do petróleo<br />
Saiba o que significam os principais<br />
termos citados neste fascículo<br />
300 m<br />
Águas profundas Profundidade<br />
d’água entre 300 metros e 1.500 metros<br />
em que se explora petróleo ou gás natural.<br />
Águas rasas Profundidade d’água entre<br />
0 e 300 metros em que se explora petróleo<br />
ou gás natural.<br />
Águas ultraprofundas Profundidade<br />
d’água superior a 1.500 metros em<br />
que se explora petróleo ou gás natural.<br />
Auto-suficiência Um conceito comumente<br />
usado considera auto-suficiente o país<br />
que produz petróleo em volume igual ou maior<br />
ao que pode processar em suas refinarias, de<br />
maneira a atender a demanda nacional. Sob<br />
esse prisma, o Brasil é auto-suficiente desde<br />
2006, quando a demanda interna e a capacidade<br />
de refino estavam em torno de 1,7 milhão<br />
de barris por dia e a produção da <strong>Petrobras</strong><br />
alcançou 1,8 milhão de barris por dia.<br />
1500 m<br />
Bacia Trecho da crosta terrestre onde se<br />
acumulam rochas sedimentares que podem<br />
conter petróleo e gás natural, juntos ou não.<br />
Barril Apesar de há muito tempo o petróleo<br />
não ser mais transportado em barris,<br />
ainda se usa essa palavra como unidade de<br />
medida de volume. Um barril são 158,98 litros.<br />
Assim, a produção diária da <strong>Petrobras</strong>,<br />
de cerca de 1,950 milhão de barris, equivale<br />
a 310 milhões de litros.<br />
Injeção de água Método que consiste<br />
em injetar água em um reservatório para<br />
forçar a saída do petróleo. É usado quando,<br />
após ser explorado por bastante tempo, o<br />
poço já não tem pressão suficiente para expulsar<br />
o óleo naturalmente.<br />
Jazida Reservatório de petróleo e gás natural<br />
já identificado e passível de ser colocado<br />
em produção.<br />
<strong>Petróleo</strong> Um hidrocarboneto (combinação<br />
de moléculas de carbono e hidrogênio<br />
mais frações menores de oxigênio, hidrogênio<br />
e enxofre) oleoso, inflamável, formado ao longo<br />
de milhões de anos pela decomposição de<br />
rasas<br />
profundas<br />
ultraprofundas<br />
PR OFUNDI DADE D AS<br />
ÁG UA<br />
S<br />
restos de seres animais e vegetais nas águas<br />
doces ou salgadas, em lagos e oceanos.<br />
Plataforma Estrutura montada no<br />
mar para exploração e produção de petróleo.<br />
-300 m<br />
Pode ser fixa (apoiada no fundo do mar) ou<br />
semi-submersível (flutuante).<br />
Poço Perfuração no solo para alcançar o<br />
-1000 m<br />
reservatório de petróleo ou gás natural.<br />
Reservas Recursos descobertos e dimensionados<br />
de petróleo e gás natural comercialmente<br />
viáveis. Após uma análise -1500 de dados m<br />
geológicos e de engenharia, as reservas são<br />
classificadas de acordo com o grau de certeza<br />
de sua recuperação comercial: provadas (maior<br />
certeza), prováveis e possíveis (menor certeza).<br />
Reservas totais Soma das reservas<br />
provadas, possíveis e prováveis.<br />
Reservatório Rocha permeável e<br />
porosa onde está armazenado o petróleo ou<br />
o gás natural que foi formado pela natureza.<br />
16