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Revista Rulez #03/2016

Se você precisa de motivos, taí uma boa hora pra tirar proveito de todos. Ano novo, férias planejadas ou virada sem folga, faxina mental, fôlego renovado e muita coisa boa só te esperando pra ser realizada. Na real o agora é o timing perfeito para desengavetar projetos, descartar o que não deu muito certo e partir rumo ao ápice. Não importa o que você precisa, a gente tá junto nessa.

Se você precisa de motivos, taí uma boa hora pra tirar proveito de todos. Ano novo, férias planejadas ou virada sem folga, faxina mental, fôlego renovado e muita coisa boa só te esperando pra ser realizada. Na real o agora é o timing perfeito para desengavetar projetos, descartar o que não deu muito certo e partir rumo ao ápice. Não importa o que você precisa, a gente tá junto nessa.

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STARTUPS, INOVAÇÃO E NEGÓCIOS<br />

<strong>#03</strong>/<strong>2016</strong><br />

NOVEMBRO/DEZEMBRO<br />

FEITO É<br />

MELHOR QUE<br />

PERFEITO<br />

APRENDA A<br />

FAZER<br />

UM MVP<br />

MATADOR<br />

CAPA<br />

DESCUBRA COMO<br />

CRIAR O CENÁRIO<br />

IDEAL PARA ATRAIR<br />

EMPREENDEDORES<br />

E STARTUPS<br />

VALLEY<br />

CONNECTION<br />

ACELERADORA<br />

DÊ OLHO EM<br />

NOVA SAFRA<br />

DE STARTUPS<br />

TENDÊNCIAS<br />

DIREITO<br />

DIGITAL<br />

E NEGÓCIOS<br />

PARA 2017<br />

somosrulez.com.br


WELCOME<br />

RUMO AO<br />

ÁPICE EM<br />

2017<br />

Se você precisa de motivos, taí<br />

uma boa hora pra tirar proveito de<br />

todos. Ano novo, férias planejadas<br />

ou virada sem folga, faxina mental,<br />

fôlego renovado e muita coisa boa<br />

só te esperando pra ser realizada.<br />

Na real o agora é o timing perfeito<br />

pra desengavetar projetos, descartar<br />

o que não deu muito certo e partir<br />

rumo ao ápice. Não importa o que<br />

você precisa, a gente tá junto nessa.<br />

Coloque sua startup no mapa<br />

e embarque nessa jornada!<br />

somosrulez.com.br/minha-startup<br />

2 / somosrulez.com.br


EXPEDIENTE<br />

MVP<br />

DESTAQUES<br />

ÍNDICE NOV/DEZ<br />

JORNALISTA RESPONSÁVEL<br />

ENTREVISTA<br />

13<br />

Ana Karla Martins<br />

MTB 05038<br />

Cascavel tem vereador da área de TI.<br />

ana@somosrulez.com.br<br />

É hora de pivotar o Legislativo?<br />

ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO<br />

AGENDA<br />

18<br />

Aitana Zucco<br />

aitana@somosrulez.com.br<br />

Comece o ano com o pé na estrada!<br />

PRODUÇÃO E REVISÃO<br />

Lucas Eduardo Martins<br />

BRAINSHARING<br />

lucas@somosrulez.com.br<br />

BE-A-BÁ<br />

5<br />

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO<br />

Hearted Design & Estratégia<br />

contato@hearted.com.br<br />

DIREÇÃO DE ARTE<br />

Guilherme Mazzo<br />

guilherme@hearted.com.br<br />

Feito é melhor que perfeito.<br />

Descubra o que é fundamental na<br />

hora de criar o seu MVP!<br />

Adriano Spanhol ajuda você a<br />

montar o seu negócio<br />

Direito digital e negócios<br />

com William Julio Oliveira<br />

8<br />

16<br />

ILUSTRAÇÃO CAPA<br />

Analizio Valter Ribeiro Pinto<br />

analizioarte@gmail.com.br<br />

APOIO<br />

Sebrae Cascavel<br />

Carlos Schulze quer saber<br />

quantos CNPJs você tem<br />

Sherlock, LEGO e o Service<br />

Design com Israel Lessak<br />

28<br />

34<br />

IMPRESSÃO<br />

Gráfica Positiva<br />

2.000 exemplares<br />

DISTRIBUIÇÃO<br />

Cascavel, Foz do Iguaçu, Medianeira, Toledo, Marechal<br />

Cândido Rondon e Palotina.<br />

SUGESTÕES DE PAUTA<br />

redacao@somosrulez.com.br<br />

ANÚNCIOS E ASSINATURAS<br />

comercial@somosrulez.com.br<br />

REVISTA RULEZ – Startups, inovação e negócios<br />

Rua Castro Alves, 2258, Centro<br />

Cascavel - PR | CEP 85.810-100<br />

[45] 3039-4203<br />

contato@somosrulez.com.br<br />

www.somosrulez.com.br<br />

/somosrulez<br />

@somosrulez<br />

A <strong>Revista</strong> <strong>Rulez</strong> é uma publicação bimestral da <strong>Rulez</strong> Lançadora<br />

de Startups. A <strong>Revista</strong> <strong>Rulez</strong> não se responsabiliza pelas ideias e<br />

conceitos expressos nos artigos assinados, que trazem somente<br />

o pensamento dos autores e não representam necessariamente a<br />

opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de suas<br />

publicações, para qualquer finalidade, sem prévia autorização.<br />

VALLEY CONNECTION<br />

Primeira aceleradora da região<br />

chega com tudo em Toledo.<br />

Quer inscrever a sua startup?<br />

CAPA<br />

10<br />

21<br />

Como desenvolver um<br />

ecossistema de inovação?<br />

Criamos um infográfico incrível para<br />

você entender como funciona<br />

MAPA STARTUP<br />

Kidiz completa o primeiro ano em<br />

escola de Cascavel<br />

MUST HAVE<br />

Lista de desejos para quem não<br />

vive sem tecnologia e trecos legais<br />

JORNADA STARTUP<br />

Ano novo acelerado! Confira<br />

o último capítulo da série<br />

sobre o Bomo<br />

GIRO STARTUP<br />

Veja por onde andam os<br />

empreendedores mais<br />

conectados do planeta!<br />

VALUE PROPOSITION<br />

Desista, receita de bolo não<br />

fideliza cliente!<br />

30<br />

32<br />

35<br />

39<br />

42<br />

3 / somosrulez.com.br


EU PRECISO<br />

ESPERAR<br />

MESES PARA<br />

CONSEGUIR<br />

É esse o plano de saúde que<br />

você merece?<br />

bit.ly/eu-mereco-mais<br />

[acesse o link tranquilo, não estamos<br />

vendendo nada!]<br />

UMA CONSULTA.


BE- A- BÁ<br />

MVP<br />

FEITO É<br />

MELHOR QUE<br />

PERFEITO<br />

COMO DEFINIR O MÍNIMO<br />

QUE O SEU PRODUTO<br />

NECESSITA PARA SER<br />

LANÇADO? DESCUBRA O QUE<br />

É FUNDAMENTAL NA HORA DE<br />

CRIAR O SEU MVP!<br />

▸ Você já deve ter ouvido essa expressão aí do<br />

título da matéria, ainda mais se é um empreendedor<br />

de startup. Mas para quem está pensando em lançar<br />

um negócio inovador coloque na sua lista: criar um<br />

MVP (Minimum Viable Product). O Produto Mínimo<br />

Viável ajuda a evitar grandes investimentos em um<br />

produto completo para o qual não se tem certeza se<br />

há mercado. A técnica ajudou grandes marcas como<br />

Facebook, Apple e Dropbox a se consolidarem sem<br />

gastar horrores no início do negócio.<br />

O MVP nada mais é que um conjunto de testes<br />

primários para validar a viabilidade do negócio.<br />

São diversas experimentações desenvolvidas<br />

com o produto entre um grupo de clientes. Não<br />

se trata do produto final, perfeito, cheio de funcionalidades<br />

e do jeitinho que você sonhou,<br />

mas de uma versão com o mínimo de recursos<br />

possíveis que preservem a função de solucionar<br />

um problema do consumidor. A prática ajuda a<br />

perceber a reação do mercado e compreender o<br />

que o cliente pensa sobre o seu produto.<br />

A técnica está relacionada aos conceitos de<br />

Lean Startup (Startup Enxuta), no livro homônimo<br />

de Eric Ries que fala sobre desenvolver<br />

estratégias para agir pontualmente em cada item<br />

que envolva desperdício de tempo, dinheiro ou<br />

recursos. O objetivo da concepção de Lean Star-<br />

MVP<br />

tup é atingir a maior qualidade possível, gerando<br />

um time-to-market mais imediato e com menor<br />

nível de incertezas. Foi na esteira desse conjunto<br />

de ideias que o MVP começou a ganhar forma.<br />

Agora se o empreendedor ainda não foi capaz<br />

de formular hipóteses a serem testadas para definir<br />

bem o cliente e outros aspectos da proposição<br />

de valor, partir para o MVP é um erro. Antes<br />

disso trabalhe em várias versões de um Business<br />

Model Canvas enquanto conversa com potenciais<br />

clientes, para formular bem essa proposição e<br />

então prototipar. No MVP o feedback constante<br />

guia o desenvolvimento do produto.<br />

3 PASSOS PARA CRIAR O SEU 1º MVP<br />

Nem um produto perfeito, nem cheio de falhas.<br />

O ideal é a versão que representa o produto final,<br />

mas que trará uma versão enxuta e suficiente para<br />

resolver o problema. MVP é alto valor agregado,<br />

baixo investimento, agilidade e sem desperdício.<br />

01_ Crie uma landing page para apresentar o<br />

produto pela primeira vez ao mercado (ainda que<br />

na teoria), tendo como objetivo captar leads que<br />

serão usados no processo de validação.<br />

02_ Tire das primeiras manifestações de seus<br />

leads as hipóteses de testes, referenciais ou métricas<br />

que serão usados para desenvolver seu MVP.<br />

A partir desses dados formule critérios a serem<br />

testados, expectativas de retorno e qual o perfil<br />

de cliente que esse produto alcança.<br />

03_ Com isso você pode pensar em criar um<br />

MVP para ser submetido a testes. Não esqueça<br />

que a meta é ser rápido, gastar o mínimo possível<br />

e não lançar um produto que seja só um conjunto<br />

de funções sem sentido.<br />

#FICAADICA<br />

• Trabalhe com um grupo restrito de clientes<br />

para preservar sua ideia<br />

• Deixe o mercado falar e não tente interpretar<br />

o que você quer ouvir<br />

• Alguns produtos cabem com perfeição no<br />

mercado, como inovação sustentável<br />

• Não se preocupe com bugs ou gafes no design,<br />

evolua a partir das imperfeições<br />

• Saia (e gaste sola de sapato) atrás de respostas,<br />

elas não virão até você<br />

• Para obter resultados você precisa de números,<br />

invista em Analytics<br />

• Não perca nenhuma oportunidade de ouvir,<br />

testar e agregar valor<br />

• Não demore muito para criar seu MVP (dois<br />

meses é mais que suficiente, né!)<br />

Além de detectar falhas e visualizar o que deve<br />

ser ajustado, essa troca de informações com o<br />

ambiente externo possibilita encontrar a melhor<br />

solução para definir preços, lançar produtos e<br />

serviços que sejam, mesmo, inovadores. De quebra,<br />

o MPV permite ao empreendedor perceber<br />

uma eventual mudança de demanda de mercado<br />

antes da concorrência. Bom, não? ▪<br />

5 / somosrulez.com.br


QUEM,<br />

COMO E<br />

ONDE?<br />

PARA VER<br />

<br />

Facebook<br />

A rede social foi testada, inicialmente, dentro<br />

da Universidade de Harvard. O período em que<br />

a rede atingia apenas os alunos da comunidade<br />

universitária foi importante para que Mark Zuckerberg<br />

promovesse alterações fundamentais<br />

que continuam até hoje.<br />

Groupon<br />

A primeira versão do Groupon era um site extremamente<br />

simples, feito em Wordpress e que<br />

gerava cupons em pdf, os quais eram enviados de<br />

forma manual a cada interessado. Bem diferente<br />

da estrutura atual.<br />

Apple<br />

Por mais incrível que pareça, o iPhone 1 foi o<br />

típico exemplo de MVP. O aparelho não possuía<br />

funções básicas, como copiar e colar. O<br />

objetivo foi segurar algumas funcionalidades<br />

para as próximas versões, gerando ansiedade<br />

entre os clientes.<br />

Foursquare<br />

Antes de ir a campo, o serviço de localização<br />

coletou depoimentos e sugestões de possíveis<br />

usuários, através do Google Docs, além de disponibilizar<br />

uma versão mais restrita do produto<br />

a um grupo seleto de potenciais clientes.<br />

Os primeiros 20 milhões<br />

Uma hilária comédia que satiriza o boom do comércio eletrônico do final da década<br />

de 90, através da história fictícia de um jovem que abandona uma carreira<br />

como publicitário em um das maiores empresas de marketing do Vale do Silício<br />

para construir sua startup, cujo objetivo é desenvolver o primeiro computador de<br />

US$ 99. O filme motiva o empreendedor a nunca desistir do seu sonho, mesmo<br />

que você precise mudar o modelo orginal e reinventá-lo para atingir o sucesso.<br />

Tucker: O homem e o seu sonho<br />

Conta a história da criação do modelo de carro Torpedo pelo visionário Preston<br />

Tucker, que tinha o sonho de lançar um automóvel do futuro, logo após a 2ª Guerra<br />

Mundial. O carro possuía cintos de segurança, motor traseiro, freios a disco, injeção<br />

de gasolina e um para-brisa que saltava para fora em colisões. Após conseguir apoio<br />

de investidores e de potenciais consumidores, Tucker viu seu projeto fracassar<br />

graças ao lobby das três grandes montadoras de Detroit (General Motors, Ford<br />

e Chrysler). Apenas 51 exemplares foram construídos e 47 estão em condições<br />

de uso até hoje. Coppola, o diretor do filme, cujo pai foi um dos compradores do<br />

Torpedo na época, quis fazer um paralelo com suas dificuldades para montar seu<br />

próprio estúdio, o Zoetrope.<br />

“Se você não fica envergonhado com a<br />

primeira versão do seu produto, você<br />

demorou demais para lançá-lo.”<br />

REID HOFFMAN<br />

Fundador do LinkedIn<br />

Decisões extremas<br />

Os filhos do casal Aileen (Keri Russel) e John Crowley (Brendan Fraser) têm uma<br />

doença degenerativa. Marcados pela falta de esperança, suas trajetórias mudam<br />

quando descobrem um cientista (Harrison Ford) que pode trazer a cura. Mas, para<br />

isso, John precisa abrir uma empresa para fabricar os remédios. O filme mostra<br />

que as empresas precisam ter um propósito para serem criadas e o empresário tem<br />

que acreditar nela e no que produz. A partir de problemas pessoais, o personagem<br />

encontra uma saída, que é a abertura de uma startup.<br />

6 / somosrulez.com.br<br />

Crédito: Divulgação / Fontes: Endeavor e PEGN


PARA LER<br />

<br />

The Lean Entrepreneur<br />

O livro mostra como as táticas de<br />

aprendizagem diferem dependendo<br />

de onde o seu esforço cai no espectro<br />

da inovação. Em poucas palavras,<br />

quanto mais sustentável é a sua inovação,<br />

mais o mercado é compreendido<br />

por você, ou ao menos, compreensível.<br />

A obra retrata a história do famoso empreendedor Bill<br />

Gross, que criou um MVP em 1999 e validou que os compradores<br />

de carros estariam dispostos a comprar automóveis online. O<br />

cliente escolhe um carro em seu site, descreve as opções desejadas<br />

e em seguida, paga pelo carro. Com isso, Bill iria comprar o carro<br />

de um vendedor de automóveis (perdendo dinheiro no processo)<br />

e entregá-lo ao cliente. Esse MVP foi o caso da CarsDirect.com.<br />

R$ 205,70<br />

Bi.lio.ná.rios<br />

Repleto de caricaturas divertidas, este<br />

livro tem como objetivo mostrar que os<br />

1.645 bilionários presentes na lista da revista<br />

Forbes de 2014 possuem mais características<br />

em comum do que os zeros antes<br />

da vírgula em suas contas bancárias. O<br />

autor Ricardo Geromel, conhecido por ser<br />

um “caçador de bilionários”, acredita que<br />

existe um mindset bilionário, o que faz com que a maioria desses<br />

afortunados pense e aja de maneira similar. Independentemente<br />

de suas personalidades diversas, quase todos os bilionários parecem<br />

seguir à risca oito “regras”, que são descritas em detalhes<br />

neste livro enquanto o autor aproveita para compartilhar as curiosas<br />

e interessantes histórias desses personagens reais. R$ 39,90<br />

O Dilema da Inovação<br />

Clássico de Clayton M. Chyrstensen,<br />

que Steve Jobs considerava um dos livros<br />

que mais o influenciaram, a obra<br />

introduziu o conceito de inovação de<br />

ruptura. O autor demonstra por meio<br />

de vasta quantidade de exemplos e<br />

análises por que startups iniciantes,<br />

com produtos baratos e inovadores,<br />

podem transformar mercados inteiros, derrubando gigantes<br />

estabelecidas, focadas apenas na melhoria marginal de<br />

seus produtos. R$ 50


BRAINSHARING<br />

ADRIANO SPANHOL<br />

ADRIANO SPANHOL<br />

SOBRE BONS<br />

PROFISSIONAIS QUE<br />

VIRAM EMPRESÁRIOS<br />

Não desanime. Uma empresa não<br />

é algo simples de montar, mas é<br />

plenamente possível construir a sua com<br />

boa qualidade e segurança na gestão.<br />

Graduado em Ciência da<br />

Computação pela Universidade<br />

Estadual do Oeste do<br />

Paraná (2006), tem experiência<br />

na área de Ciência da<br />

Computação, com ênfase<br />

em Inteligência Artificial<br />

e Processamento de Imagens.<br />

Atua principalmente<br />

na área de negócios ágeis,<br />

processos de inovação,<br />

projetos de tecnologia e<br />

automação de processos.<br />

/alspanhol<br />

alspanhol@gmail.com<br />

ESCREVA PRA GENTE!<br />

Quer compartilhar suas<br />

ideias? Seja um colunista da<br />

revista! Envie um e-mail para<br />

coluna@somosrulez.com.br<br />

▸ Um cenário comum no âmbito empresarial ocorre<br />

quando uma pessoa, após anos de estudo e prática, acaba<br />

se tornando um ótimo profissional, muito capacitado e<br />

de renome, sendo reconhecido dentro e fora da empresa<br />

que trabalha. Muitos desses profissionais acabam tendo a<br />

visão e o sonho de deixarem de ser funcionários e criarem sua<br />

própria empresa. Motivos existem em grande quantidade:<br />

receber toda a remuneração pelo seu esforço sem deixar nada<br />

para o patrão, mais liberdade para executar seu trabalho,<br />

horário flexível, entre outros.<br />

Hoje apresentamos quais são os cuidados que você profissional<br />

altamente competente deve tomar para colocar esse<br />

sonho em prática.<br />

Primeiro de tudo precisamos lembrar que um profissional<br />

liberal precisa atuar como uma empresa. Não somente no<br />

sentido de ter um CNPJ, mas de toda a estrutura necessária<br />

para uma empresa.<br />

Um profissional precisa de marketing para ser conhecido<br />

no mercado; de gestão financeira e contabilidade para<br />

controlar suas movimentações e tomar decisões sadias; de<br />

vendas para poder conquistar os clientes interessados em<br />

seus serviços frente à concorrência do mercado; estratégia<br />

para definir claramente onde quer chegar e qual caminho será<br />

trilhado para alcançar esses objetivos; e claro, finalmente,<br />

recursos humanos para essas e outras tarefas, como atendimento,<br />

limpeza e outros serviços especializados.<br />

De repente começou a não ficar mais tão simples assim,<br />

não é? Então vamos estruturar.<br />

Primeiro de tudo, você será uma nova empresa, seja trabalhando<br />

sozinho ou tendo funcionários. Dessa forma, precisará se<br />

organizar para fazer tudo o que é necessário em uma empresa.<br />

Independente da quantia de funcionários que sua empresa terá<br />

no início, você precisará organizar o seu tempo entre gestão,<br />

marketing, vendas, atendimento aos clientes e produção. Isso<br />

exigirá um hábito de controle e organização bastante intenso.<br />

Já tem esse hábito e habilidade? Então continuamos.<br />

Você empreendedor precisará também de uma boa gestão<br />

financeira, tanto pessoal quanto da sua empresa, mantendo<br />

ambas separadas. Todo início de empresa é complexo e qualquer<br />

centavo conta para garantir um fluxo financeiro saudável.<br />

Procure cursos, ferramentas e apoio até que consiga fazer<br />

a gestão plena de suas finanças com maestria. Aí seguimos.<br />

Lembra a quantidade de novas tarefas que você<br />

agora tem que executar? Pois bem, você precisará<br />

organizá-las para que sejam executadas com o mínimo<br />

de qualidade por alguém, seja você mesmo,<br />

um funcionário ou uma empresa fornecedora de<br />

serviços. Você precisará criar o que chamamos o<br />

tripé do crescimento, com todas as tarefas da empresa<br />

organizadas e documentadas em processos.<br />

Já desenhou os seus?<br />

Para executar esses processos, você precisará<br />

de pessoas, podendo inicialmente ser apenas<br />

você, mas depois é sadio que delegue e gerencie<br />

pessoas que são boas naquilo que você talvez<br />

não seja bom ou não seja sua prioridade. Técnicos<br />

geralmente têm dificuldade em marketing<br />

e gestão, enquanto são muito bons na operação.<br />

Contrate pessoas ou fornecedores que executem<br />

essas tarefas.<br />

Por fim, é importante que selecione um rol de<br />

tecnologias para ajudá-lo em suas tarefas, seja algum<br />

sistema de fluxo financeiro, serviço de acompanhamento<br />

dos resultados do seu marketing ou<br />

alguma plataforma que ajude na definição de sua<br />

estratégia. A tecnologia tem por objetivo acelerar<br />

sua operação e reduzir a necessidade de contratação<br />

de um exército de funcionários, barateando<br />

o dia a dia da empresa.<br />

Ufa, quanta coisa, né? Deu quase um desânimo<br />

aí? Pois não desanime. Uma empresa não é algo<br />

simples de montar, mas é plenamente possível<br />

construir a sua com boa qualidade e segurança na<br />

gestão. Entenda essa lista como um passo a passo.<br />

Se você tem esse sonho de se tornar empresário<br />

e aproveitar sua habilidade tendo seu próprio negócio,<br />

organize e planeje adequadamente seu sonho,<br />

construa um passo a passo e detalhe cada passo em<br />

tarefas para serem realizadas diariamente. A cada<br />

dia cumpra uma nova pequena etapa. Em pouquíssimo<br />

tempo, muito antes do que você imagina, já<br />

estará com seu sonho realizado e aproveitando todos<br />

aqueles benefícios que te motivaram no início.<br />

De minha parte, fica o desejo de muito sucesso. ▪<br />

8 / somosrulez.com.br


MATÉRIA<br />

VALLEY CONNECTION<br />

EMPRESA DE<br />

TOLEDO VAI<br />

ACELERAR NOVA<br />

SAFRA DA REGIÃO<br />

Aceleradora de startups vem<br />

com tudo para colocar boas<br />

ideias em evidência<br />

01_ Sede da Valley se<br />

inspirou na vibe das<br />

gringas do Vale do Silício<br />

INSCREVA-SE AGORA<br />

bit.ly/acelera-vc<br />

Já dá pra dizer que o agronegócio não é mais<br />

uma atividade predominante no Brasil. E<br />

o Paraná, inclusive o interior, segue essa<br />

tendência. O segmento divide espaço com<br />

novos mercados com potencial e capacidade<br />

de gerar negócios incríveis. A nova<br />

safra de jovens empreendedores e empresários<br />

de olho nesse filão desencadearam na região um<br />

movimento consistente de empresas e projetos<br />

com base tecnológica.<br />

As fábricas de softwares puxam a fila para<br />

desenvolver o ecossistema de inovação inspirado<br />

no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), no Porto<br />

Digital, em Recife (PE), nos parques tecnológicos<br />

de Florianópolis (SC) e em outros hubs de inovação<br />

no Brasil e no mundo. A iniciativa mais<br />

recente foi a abertura da primeira aceleradora<br />

de startups da região, a Valley Connection.<br />

Instalada em Toledo, a empresa promete acelerar<br />

projetos inovadores com potencial para<br />

crescer de forma rápida e escalável. Além de<br />

estrutura física com um espaço super bacana<br />

para incubar as startups e seus times em formato<br />

de coworking, a Valley Connection conta<br />

com uma equipe preparada para selecionar as<br />

melhores ideias, realizar mentorias, promover<br />

networking e conectar startups a investidores.<br />

Cinco visionários e disruptores lideram o projeto,<br />

que começou com a incansável necessidade<br />

de inovar e mobilizar o empreendedorismo na<br />

região. A VC foi criada por empresários especialistas<br />

na área de tecnologia, com experiência no<br />

segmento e em diversos empreendimentos:<br />

Arthur Igreja, Claudemir Hellmann, Cleverson<br />

Cologni, Elisandro Panisson e Ricardo Calizotti.<br />

Um canal com empresas do Vale do Silício já<br />

foi estabelecido com o propósito de levar startups<br />

do Oeste do Paraná e com alto potencial<br />

de inovação para o epicentro de transformação<br />

digital do mundo. “Queremos conectar essas<br />

empreendedores com investidores-anjo e levá-los<br />

para rodadas de financiamento Series B<br />

e C no Vale”, projeta Claudemir, um dos sócios.<br />

Para promover o desenvolvimento do ecossistema,<br />

a aceleradora dará mais um passo pioneiro<br />

na região: a estruturação de um clube de investidores-anjo.<br />

Cleverson conta que os integrantes<br />

do clube vão agregar experiência e capital ao empreendedor<br />

que tem uma boa ideia e está sozinho<br />

tentando encontrar o caminho para crescer. "A<br />

ideia é conectar essas peças e movimentar toda<br />

engrenagem do ecossistema”, afirma.<br />

Já Elisandro destaca que a Valley conta com<br />

equipe de experts para mentoria em diferentes<br />

áreas, além de estrutura com sala de reunião, área<br />

de convivência, espaço para trabalho e confraternização,<br />

wi-fi, bicicletário, estúdio para gravação<br />

de vídeos, biblioteca e muito café!<br />

COMO FAZ PARA SER ACELERADO?<br />

Para quem se interessou, Ricardo explica que o<br />

processo é simples. O programa dura seis meses<br />

e é realizado na sede da Valley. O processo de<br />

seleção está aberto o ano todo e o primeiro passo<br />

é o cadastro na plataforma GUST (esse link ali em<br />

cima com o QR Code).<br />

Após a avaliação inicial ocorre uma entrevista<br />

presencial para saber o nível de maturidade do<br />

negócio e a capacidade de execução dos times<br />

e por fim um pitch em que será decidido se a<br />

startup fará parte da comunidade Valley.<br />

A startup e a aceleradora assinam um contrato<br />

que dá à Valley o direito de participar dos negócios<br />

com um equity de 5 a 15% e investimento de até R$<br />

100 mil. O mecanismo de valuation é a avaliação<br />

antecipada (pre-money valuation) conforme o estágio<br />

de desenvolvimento da startup. ▪<br />

A Valley Connection quer desenvolver e<br />

acelerar empresas, negócios e talentos<br />

que tenham em seu DNA a inovação, a<br />

disrupção, a ambição de se tornarem<br />

relevantes em seus negócios.<br />

ARTHUR IGREJA<br />

Consultor e um dos fundadores da aceleradora<br />

10 / somosrulez.com.br<br />

Crédito: ReAll Image Studio/Assessoria


COMO FOI<br />

O 1º MEETUP<br />

DA VALLEY<br />

Acompanhe a VC<br />

www.valleyconnection.com.br<br />

facebook.com/aceleradoravc<br />

▸ A estreia da Valley Connection no circuito de meetups da região<br />

foi bacana! Muita interação, troca de experiências e conexões.<br />

Pedro Villaça, CEO da ENbox, e Paulo Almeida, fundador da Vittude<br />

e natural de Toledo, compartilharam a vivência que tiveram<br />

durante a aceleração na Startup Farm, considerada a mais experiente<br />

aceleradora da América Latina.<br />

Eles contaram como ocorreu o processo de aceleração, vantagens,<br />

desvantagens, o que o empreendedor ganha com o programa<br />

e porque participar de um programa assim não é brincadeira. Mais<br />

de 60 pessoas participaram do meetup que deu largada a uma<br />

série de eventos que a Valley deve organizar ao longo de 2017. ▪<br />

02_ Pedro Villaça e Paulo Almeida no meetup da VC<br />

Aceleração definitivamente não é para os fracos. A<br />

startup deve estar preparada para encarar muitas<br />

dificuldades durante todo o processo. Entrar em um<br />

programa de aceleração significa muito trabalho e<br />

uma condição de extrema incerteza. Tudo continua<br />

dependendo muito do empreendedor, apesar de todo<br />

o suporte que a gente recebe.<br />

PAULO ALMEIDA<br />

Vittude


ENTREVISTA<br />

FERNANDO HALLBERG<br />

CHEGOU A<br />

HORA DE<br />

PIVOTAR A<br />

CÂMARA?!<br />

CONHEÇA O EMPRESÁRIO DA ÁREA<br />

DE TI QUE FOI ELEITO VEREADOR E<br />

QUER IMPLANTAR UM PORTAL PARA<br />

DIVULGAR EM TEMPO REAL TODAS<br />

AS INFORMAÇÕES DA PREFEITURA<br />

Quando se fala em DNA empreendedor, Fernando<br />

Hallberg puxou a fila na família. O que<br />

pudesse fazia para ganhar uma grana. Ainda<br />

na adolescência comprou um computador<br />

para digitar e colocar nas normas os trabalhos<br />

de acadêmicos da Unioeste. Fez segundo grau em<br />

Processamento de Dados no Colégio Nossa Senhora<br />

Auxiliadora, mas abandonou a faculdade<br />

de Ciências da Computação para tocar a empresa.<br />

Foi o primeiro estagiário da Webgenium,<br />

em 2002, assumiu como sócio quase dez anos<br />

depois, mas trabalha na área desde 1999, com a<br />

Conecta e na sequência abriu, por acaso, a Flex<br />

Digital, que ainda existe com projetos de Linux.<br />

Em ano de crise na política, o empresário que se<br />

candidatou pela primeira vez adota um discurso<br />

sem melindres. A formação e expertise na área<br />

de TI (Tecnologia da Informação) aumentar as<br />

expectativas de colegas e profissionais do ramo,<br />

mas o gaúcho de Cruz Alta, que está há 24 anos<br />

em Cascavel deixa claro: vai governar para todos.<br />

Talvez esse seja o único clichê de um discurso<br />

que promete dar um gás para a comunidade de<br />

tecnologia, inovação e startups.<br />

01_ Durante a diplomação na Câmara de Vereadores<br />

AFINAL, POR QUE SER VEREADOR?<br />

▸ Na verdade essa decisão não aconteceu do dia<br />

para noite. Foi em 2012 quando entrei na JCI e<br />

comecei a participar mais ativamente da sociedade<br />

e, mais do que isso, a analisar a causa dos<br />

problemas. Fiz cursos, treinamentos e logo no<br />

ano seguinte participei de um congresso mundial<br />

da JCI com pessoas do mundo inteiro em que se<br />

discutiram problemas que aconteciam na África,<br />

Estados Unidos, Europa, América Latina. E percebi<br />

que o mundo inteiro apontava para o mesmo<br />

problema. O maior problema em todos os países<br />

no mundo é a corrupção. Não é um problema<br />

brasileiro, aqui até acho que está começando a<br />

resolver. Vejo com bons olhos. Nesse momento<br />

aprendi a não ficar mais omisso, a colocar a<br />

mão na massa efetivamente e a tomar atitudes<br />

para entender e tentar resolver a problemática.<br />

Quando você não tem ideia de como funciona<br />

o sistema e de alguma forma é “ignorante” até<br />

pode reclamar do que está acontecendo. Agora<br />

depois que você entende o que pode fazer para<br />

mudar, fica difícil não agir. Minha decisão de<br />

se tornar vereador culminou com a experiência<br />

no Comad (Conselho Municipal Antidrogas)<br />

desde 2013, inclusive como presidente desde o<br />

ano passado, em que pude ter mais destaque<br />

nas discussões e me posicionar. Na JCI a gente<br />

aprende desde cedo isso, com princípios como<br />

não ficar omisso perante problemas e aprender<br />

a ser crítico. Foi natural esse processo e comecei<br />

a exercer esses princípios durante o trabalho no<br />

Conselho. Batemos de frente, recebemos muitos<br />

‘nãos’, mas decidimos não aceitar isso. Buscamos<br />

entender o porquê desse não que recebemos.<br />

Tipo criança birrenta. Percebermos que aquela<br />

negativa, na verdade, não refletia a realidade e<br />

que o Conselho tinha direitos. Compreendemos<br />

que o poder de decisão não cabia a um secretário<br />

ou ao prefeito, mas ao órgão colegiado. Mostra<br />

disso são as sete denúncias em promotorias contra<br />

a prefeitura por não acatar decisões do Comad.<br />

A gente reclama do sistema, não se inclui,<br />

mas faz parte. Estamos acostumados a ouvir um<br />

não e ficar quieto. O vereador diz que não dá e<br />

a gente “coloca o rabo entre as pernas”, usando<br />

uma expressão chula. Quando o nosso trabalho<br />

começou a dar resultados e fizemos fazer valer<br />

o correto, ganhamos força, por outro lado também<br />

sentimos a pressão com pautas esdrúxulas<br />

para tentar desestabilizar a direção do Comad.<br />

Hoje o Executivo atua firme para barrar a ação<br />

do Conselho e para dificultar ao máximo a participação<br />

do povo. A pessoa tem que querer se<br />

incomodar, tem que entender que ao assumir<br />

um cargo vai afetar a sua vida e tem noite que<br />

não vai conseguir nem dormir. Eles te testam até<br />

que você desista e boa parte desiste. Quando eu<br />

entrei no Comad encontrei muita gente assim,<br />

vivendo em um clima pesado, inclusive com amea-<br />

13 / somosrulez.com.br


ças veladas. A gente nunca tirou o pé. Toda vez que fomos coagidos, pisamos<br />

no acelerador e seguimos em frente. Fui entendendo como funciona o<br />

Executivo, Legislativo, Constituição, Leis da Transparência, de Acesso à<br />

Informação. Perdemos o medo de questionar e fazer valer nosso voto. Na<br />

real, o sistema está articulado para boicotar quem tem boa intenção. Gente<br />

chata, que está disposta a se incomodar, como eu, é difícil encontrar. Não<br />

virei vereador para aprender o que é. De certa forma me preparei para isso<br />

e minhas atitudes no Conselho fizeram as pessoas entenderem isso. Foi<br />

orgânico, mas inevitável, depois de todo esse conhecimento adquirido,<br />

não seguir adiante.<br />

E QUEM SÃO OS SEUS ELEITORES?<br />

▸ São pessoas que já tem um discernimento do que está certo e errado, que<br />

já conhecem o trabalho feito e estão cansados do que está acontecendo.<br />

Além da JCI e do Comad, tivemos destaque com o abaixo assinado contra<br />

o contrato do lixo. Imagino que sejam pessoas que querem algo diferente,<br />

que entenderam que nossos projetos não são assistencialistas, mas vão<br />

trabalhar para todo o sistema e, principalmente para quem quer participar<br />

efetivamente das decisões. Não apenas ficar em casa assistindo notícia<br />

ruim na tv, não apenas encaminhando corrente no whatsapp e indo pra rua<br />

no domingo à tarde. São pessoas que querem dedicar parte do seu tempo<br />

em prol de ter qualidade de vida, saúde, educação, melhoria na segurança<br />

pública, de querer morar em uma cidade melhor. Isso só depende da gente.<br />

Todos os nossos projetos tem a ver com responsabilidade compartilhada.<br />

Nossa hashtag de campanha ou jargão foi “nós somos o poder público”.<br />

Não é o prefeito ou só os vereadores, são todos os cidadãos, que tem que<br />

fazer valer o interesse público, seja diretamente através do voto, como<br />

também indiretamente, de diversas formas. É isso que a gente quer que<br />

a pessoa faça. Quando os eleitores vem me falar “ah vou te cobrar”, é isso<br />

que eu pretendo fazer também o que eu espero e vou fazer: cobrar que<br />

eles participem. A partir do momento em que as pessoas aprendem elas<br />

se empoderam. Esse foi a nossa palavra chave da campanha: empoderamento.<br />

Ensinar as pessoas a entenderem os seus direitos e o que elas<br />

podem fazer sem depender dos políticos. Muita gente vota porque ganhou<br />

uma consulta, uma cirurgia ou uma cadeira de rodas. Todo mundo tem<br />

esses direitos e como faço para ter acesso a eles? O político não existe<br />

para quebrar galho e meu eleitor sabe disso. Veja pelo nosso gabinete. Eu<br />

não conhecia duas pessoas das três nomeadas. Não são amigos, pessoas<br />

próximas ou ajudaram na campanha. Fazer isso é justo com a população?<br />

Ao eleger o seu vereador, você quer que ele equipe como o gabinete? Não<br />

teria que ser as melhores pessoas, as mais técnicas e qualificadas para<br />

aquela função? Afinal, o meu cargo é igual aos dos outros. Acho que isso<br />

já mostrou o perfil do meu eleitor.<br />

POR SER DA ÁREA DE TI, A EXPERIÊNCIA DOS PARES É<br />

GRANDE, COMO EQUILIBRAR ISSO?<br />

▸ Muitos dos meus amigos, donos de empresas da TI, me apoiaram muito.<br />

Mas agora relembro o meu perfil de eleitores, que não querem benefícios<br />

próprios, mas vão participar da construção de uma Cascavel melhor para<br />

todos. É possível que tenha alguma legislação voltada, por exemplo, para<br />

a área de software, já que Cascavel é um polo de tecnologia. Temos que<br />

incentivar essa área, afinal temos cinco universidades formando e lançando<br />

profissionais para o mercado, sem contar empresa com 250 funcionários<br />

deixando a cidade por falta de incentivo fiscal. O que falta é um confronto<br />

de ideias, de discutir o que é melhor para todos e para Cascavel.<br />

Essa é a nossa ideia. A empresa tem que ser esmagada tributariamente?<br />

Adianta? Tem que ser privilegiada? Também não.<br />

COMO A CÂMARA PODE ATUAR PARA FOMENTAR<br />

O EMPREENDEDORISMO E A INOVAÇÃO?<br />

▸ Que outro empresário tem hoje na Câmara? Eu não recordo.<br />

Vamos articular e criar um movimento para levar a<br />

problemática para discussão, em fóruns, workshops, envolver<br />

a imprensa e a comunidade para convencer a todos que<br />

precisamos de projetos de lei para incentivar a inovação e o<br />

empreendedorismo nas empresas. É um desafio em qualquer<br />

área: trazer os assuntos para uma discussão técnica e não<br />

política. O que eu vejo, não só na Câmara de Cascavel, que<br />

tem muita votação política. Esse é o projeto do Fernando, esse<br />

não pode ser o meu projeto, tem que ser de mais vereadores,<br />

mais organizações e mais pessoas, porque vai ter um peso<br />

diferente. Queremos apresentar projetos que representam a<br />

população e os empresários. Eu serei apenas o interlocutor<br />

para mostrar o que precisamos para melhorar Cascavel, em<br />

qualquer área, não só na de TI, mas da saúde, educação, acesso<br />

à inovação, transparência. Nunca impondo como meu projeto,<br />

mas convocando todos para participarem. Nunca seremos<br />

dono de nada, nem mesmo do cargo. Daqui um tempo nem<br />

mesmo esse cargo pode ser mais meu, não é mesmo?! E além<br />

do que, a inovação não é só TI, pode beneficiar a área da saúde,<br />

por exemplo. Uma startup cria empregos, resolve problemas<br />

e pode contribuir muito para melhorar serviços públicos.<br />

AINDA É MUITO CEDO PARA FALAR EM PROJETOS<br />

DE LEI? JÁ PODE ADIANTAR ALGO?<br />

▸ Nos primeiros meses vamos trabalhar com foco em conhecer<br />

que leis existem, mas não são executadas. Até para ter<br />

um posicionamento e ser reconhecido por outros vereadores,<br />

ter apoio e conhecimento. Mas um dos projetos é o de dados<br />

abertos, que diz respeito a um tratado internacional, então<br />

não precisamos regulamentar, só precisamos exigir que a<br />

prefeitura disponibilize toda informação. Não no Portal da<br />

Transparência, mas numa base de dados. Todos os dados.<br />

Toda informação pública. O sistema inteiro da prefeitura em<br />

uma base de dados. Que eu tenha acesso rápido. A prefeitura<br />

é nossa, nossa digo, do cidadão. Nós somos os donos da<br />

cidade. Quando falamos em acesso à informação é a mesma<br />

relação de quando você chega na sua empresa e solicita para<br />

um gerente um relatório financeiro do ano todo. Ele vai te<br />

passar, não? Com o prefeito é a mesma coisa. A diferença é que<br />

existe todo um sistema político para que seja feito de maneira<br />

democrática. Mas como morador de Cascavel, a Constituição<br />

permite isso. Os dados abertos são isso. Não a informação<br />

como ela é encontrada hoje no Portal da Transparência, que<br />

é preciso ter um mestrado em Portal para entender. Com<br />

esses dados também podemos incentivar a criação de startups<br />

para o meio público, envolvendo, inclusive, o mundo acadêmico<br />

e de TI. Hoje falta BI (Business Intelligence) para a área<br />

14 / somosrulez.com.br<br />

Crédito: Arquivo pessoal/Cesar Machado


pública, mas como vou criar se não tenho acesso a esses dados. Então a<br />

nossa ideia é transformar isso em uma grande base de dados, atualizada<br />

diariamente, em que as pessoas possam se cadastrar solicitando o acesso.<br />

Esse projeto envolve Constituição Brasileira, Lei de Acesso à Informação,<br />

Lei da Transparência e tecnologia. Queremos criar workshops para iniciar<br />

esse trabalho. Já entramos em contato com cinco universidades e todas<br />

demonstraram interesse em apoiar o projeto, com a ideia de incentivar o<br />

desenvolvimento de TCCs com base nesses dados. Também queremos que<br />

os projetos sejam open source, ou seja, se der certo aqui pode ser usado<br />

por outras cidades, com a possibilidade de colaborarem, causando um<br />

efeito bola de neve. Isso vai afetar todo o sistema político que é baseado<br />

na falta de informação e transparência, e, consequentemente, tem a ver<br />

com a corrupção. Esses dados, todo esse conhecimento, podem gerar novas<br />

soluções. Também temos um projeto de indicadores de desempenho, em<br />

parceria com o idealizador Carlos Guedes. Vamos trazer os empresários<br />

para compartilhar o que fazem em suas empresas para definir os indicadores<br />

de desempenho de Cascavel, na educação, merenda, qualidade do<br />

ensino, entre outros. Vamos envolver a meritocracia no poder público<br />

e todos podem participar a definir os indicadores de desempenho da<br />

cidade. E até mesmo sugerir um prêmio em casos de bom desempenho.<br />

O bom servidor público não está acostumado a ser recompensado. Na sua<br />

empresa se você não recompensa o bom funcionário, o que acontece? Ele<br />

desmotiva. Muita gente que está no poder público hoje está desanimado.<br />

EM FLORIANÓPOLIS HÁ QUASE 30 ANOS FOI APROVADO<br />

UM PROJETO DE LEI QUE EXIME EMPRESAS DE TECNOLO-<br />

GIA DO PAGAMENTO DE ISS E IPTU. O QUE FALTA PARA<br />

EXISTIR UMA LEI SEMELHANTE, COM A INTENÇÃO DE IN-<br />

CENTIVAR EMPREENDIMENTOS DO SETOR?<br />

▸ Acho que temos que ir lá e pegar aqueles resultados e mostrar o que<br />

foi feito naquela cidade, de que maneira e apresentar os resultados. Não<br />

vamos reinventar a roda, vamos pegar bons projetos de lei que estejam<br />

funcionando em outras cidades e trazer pra cá. Propiciar uma discussão<br />

sobre isso, analisar nossa necessidade e qual é o retorno que a empresa vai<br />

dar. Sempre que você vai isentar um imposto a empresa precisa cumprir<br />

algum requisito. Com certeza lá tem um requisito. Não é simplesmente<br />

não vai pagar imposto. Ela tem que dar o retorno para a sociedade. Aí sim<br />

é de interesse público. Não vamos fazer imposto livre, mas vamos ajudar<br />

sim essas empresas crescerem.<br />

VOCÊ TEM ALGUM PROJETO OU PLANO DE AÇÃO PARA<br />

DAR TRANSPARÊNCIA ÀS CONTAS DA PREFEITURA E DA<br />

CÂMARA? E COMO TORNAR ESSAS INFORMAÇÕES MAIS<br />

ACESSÍVEIS PARA A POPULAÇÃO?<br />

▸ Além do projeto de dados abertos, promover workshops sobre transparência.<br />

O projeto de dados abertos também pode ser implantado na Câmara. É uma<br />

evolução necessária. A transparência faz parte da consolidação democrática no<br />

Brasil. Só que muitas vezes para existir avanço é preciso haver algumas rupturas.<br />

A gente espera fazer isso agora em Cascavel. Você sabe quanto a prefeitura gasta<br />

em publicidade? Eles gastam R$ 4 milhões, tem lá no portal da prefeitura. Só não<br />

tem dizendo quanto custou cada anúncio, outdoor… Nós queremos detalhado<br />

em tempo real. Isso vai ser solicitado. E quanto foi gasto com cada órgão da imprensa.<br />

Hoje não tem. E sobre os aluguéis, você sabe quem são os proprietários<br />

dos imóveis locados pela prefeitura? As pessoas têm o direito de saber.<br />

02_ Em meados de 1999, ainda adolescente, na Plusnet<br />

EXISTE ALGUM PROJETO PARA A ÁREA DE TI?<br />

▸ Vamos dar início com a Lei de Incentivo à Inovação, mas ainda não<br />

pensamos em nada específico para área de TI. Mas de alguma forma esses<br />

dois projetos perpassam pelas áreas de TI. A Lei de Inovação funciona<br />

com alívio fiscal para pequenas empresas que querem desenvolver ações<br />

e projetos inovadores. Não é uma lei de iniciativa da Câmara, mas do<br />

Executivo. Precisamos encontrar uma forma de mobilizar a prefeitura,<br />

com a população, para mostrar a importância da lei.<br />

O QUE VOCÊ PENSA SOBRE INTERNET PÚBLICA?<br />

▸ Sou totalmente a favor e já fomos buscar um projeto sobre isso em Engenheiro<br />

Beltrão. Só que a população cumpre alguns requisitos. Lá tem<br />

o IPTU participativo. Lá um percentual do imposto é destinado para um<br />

projeto que a população escolhe e eles indicaram que querem internet.<br />

Resumindo, lá eles criaram um provedor, não é terceirizado, e quase 100%<br />

da população tem acesso à internet gratuita de qualidade. Já estou com<br />

contato do prefeito para saber mais detalhes. Democratização da internet,<br />

sem contratos milionários e que funcione. A gente precisa garantir isso.<br />

Lá tem curso de inglês gratuito da prefeitura que dá o curso online. E um<br />

detalhe importante: só tem internet quem está com IPTU em dia. Só precisa<br />

comprar o modem. A prefeitura barateou todo custo da infraestrutura<br />

porque fizeram uma rede interna e tudo o que precisa utiliza essa rede,<br />

como serviço de telefonia. E me desculpem as operadoras, o interesse<br />

maior é o interesse público e as pessoas estão com dificuldade financeira<br />

hoje. Então se a prefeitura puder tem que dar o acesso gratuito, que na<br />

verdade não é gratuito, a gente paga o imposto. A gente tem que entender<br />

que a nossa omissão mediante algumas opções sai caro. Os políticos são<br />

reflexos dos eleitores. ▪<br />

SOBRE O VEREADOR<br />

/fernando.hallberg<br />

Fernando Bottega Hallberg, conhecido como Fernando Hallberg, é empresário, solteiro e<br />

não tem filhos. Tem 35 anos, nasceu em Cruz Alta (RS) e foi eleito vereador de Cascavel (PR)<br />

pelo PPL (Partido Pátria Livre) com 1255 votos no dia 2 de outubro de <strong>2016</strong>.<br />

15 / somosrulez.com.br


BRAINSHARING<br />

WILLIAM JULIO DE OLIVEIRA<br />

WILLIAM JULIO<br />

DE OLIVEIRA<br />

Advogado e consultor,<br />

OAB/PR 45.744, sócio da<br />

Boschirolli & Gallio Oliveira,<br />

Advogados Associados,<br />

sócio da BGO Participações<br />

e Investimentos. Compliance<br />

Officer pelo Insper São Paulo<br />

<strong>2016</strong>, possui MBA em Gestão<br />

Empresarial e Pós MBA em<br />

Negociação pela FGV e Pós<br />

Graduando em Direito Digital<br />

e Compliance pela Dvray<br />

Brasil e cursa LLM – Legal<br />

Law Master pela Fundação<br />

Getúlio Vargas.<br />

/williamjuliodeoliveira<br />

ESCREVA PRA GENTE!<br />

Quer compartilhar suas<br />

ideias? Seja um colunista da<br />

revista! Envie um e-mail para<br />

coluna@somosrulez.com.br<br />

QUATRO TENDÊNCIAS<br />

EM DIREITO DIGITAL E<br />

NEGÓCIOS PARA 2017<br />

▸ O ano de 2017 começa com boas perspectivas para o<br />

cenário de investimentos nos setores de tecnologia da<br />

informação e comunicação. Confira quatro grandes tendências<br />

que reuni para quem está de olho neste mercado.<br />

INVESTIMENTO-ANJO: Após a aprovação da Lei Complementar<br />

155 que regulamentou o investimento-anjo no<br />

Brasil muitos investidores estão buscando diversificação de<br />

seus ativos através de startups. A nova lei permite que seja<br />

realizado o aporte em uma empresa sem atrair a condição<br />

societária ou de responsabilidade dos administradores, mas<br />

tão somente a participação nos lucros da operação decorrente<br />

do investimento. Este aporte pode ser realizado por pessoas<br />

físicas ou jurídicas em startups constituídas como sociedade<br />

limitada enquadrada sob a modalidade de microempresa ou<br />

empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional.<br />

Ou seja, não necessariamente uma sociedade anônima sob o<br />

aspecto societário com operações mais sofisticadas. Contudo,<br />

a tendência é de que fundos de investimento realizem mais<br />

operações em startups na medida em que essa legislação deixou<br />

clara uma série de garantias tanto para o investidor-anjo<br />

quanto aos sócios da empresa em que o capital é aportado,<br />

como por exemplo, a possibilidade de venda conjunta ou não<br />

em uma futura rodada de negociação para um segundo fundo.<br />

PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS: No Brasil não existe<br />

uma lei geral de proteção de dados pessoais. A própria definição<br />

de dados pessoais não é clara e muito fragmentada em legislações<br />

esparsas. Contudo tramita no Congresso Nacional alguns<br />

Projetos de Lei que regulamentam não só o conceito de o que é<br />

dado pessoal, mas as regras para sua utilização pelas empresas.<br />

Tal discussão tende a evoluir, porque muitos negócios por meios<br />

digitais e em startups podem gerar um passivo no seu modelo<br />

de negócio. A captação, uso, cessão, transferência de dados, de<br />

pessoas e empresas, e aplicações que respeitem a privacidade e o<br />

consentimento destas afetam diretamente o modelo de negócios<br />

das empresas e, ao prepará-las para uma operação de aporte de<br />

capital a proteção de dados pessoais, é levado em consideração<br />

como critério de avaliação desse ativo. Isto tem relação direta<br />

com os termos de uso e políticas de privacidade adequadas ao<br />

Marco Civil da Internet, que já são uma tendência necessária à<br />

segurança do próprio negócio.<br />

COMPLIANCE: Como não podia deixar de ser diferente<br />

o Compliance vem tomando espaço tanto nas empresas<br />

tradicionais quanto nos novos modelos de negócios. Importante<br />

dizer que as empresas que possuírem programas de<br />

integridade terão um diferencial no ambiente<br />

de negócios em 2017. Alinhando-se a uma tendência<br />

mundial o Compliance no Brasil chega ao<br />

setor de tecnologia justamente para auxiliar na<br />

prevenção, detecção, verificação e saneamento<br />

de fraudes. Fraudes essas que podem se tornar<br />

atos de corrupção e colocam em risco não só a<br />

imagem reputacional das empresas, quanto a<br />

sua própria sobrevivência no mercado em relação<br />

ao aspecto financeiro visto que as multas e<br />

penalidades são elevadíssimas. A tendência na<br />

utilização desse mecanismo de transparência<br />

se revela na medida em que as empresas que<br />

prestam serviços a outras empresas envolvidas<br />

em fraudes ou atos de corrupção também podem<br />

ser responsabilizadas. Aqui os contratos bem<br />

definidos também ganham relevância. A grande<br />

maioria das fraudes ocorridas nas empresas<br />

passa de alguma forma por um meio digital,<br />

transação eletrônica, violação de sigilo, divulgação<br />

de informação confidencial estratégica<br />

e importante, informação relevante do departamento<br />

de pesquisa e desenvolvimento. Por<br />

isso, Compliance alinhado com segurança da<br />

informação é uma forte tendência para 2017.<br />

AMBIENTE DE NEGÓCIOS: Infraestrutura<br />

de comunicação, parcerias públicas privadas<br />

(PPPs) e investimento-anjo são tendências para<br />

2017. As empresas de tecnologia em comunicação<br />

já estão preparando investimentos para o<br />

chamado 5G. Na medida em que mais aplicações<br />

em dispositivos de tablets e smartphones são<br />

utilizadas para desenvolvimento de produtos e<br />

serviços, tal infraestrutura, que já passou pela<br />

fase de pesquisa e desenvolvimento nos últimos<br />

anos, tende a se concretizar. Isto também ocorre<br />

em razão do aumento de dispositivos conectados<br />

se comunicando entre si, ou seja, a Internet<br />

das Coisas (IoT). As PPPs, para desenvolvimento<br />

específico de projetos de infraestrutura, seja de<br />

comunicação ou de vários outros segmentos da<br />

economia também são uma importante alavanca<br />

no ambiente de negócios para o próximo ano.<br />

Esses investimentos de maior porte financeiro<br />

atingem a macroeconomia do país. Na microeconomia<br />

relacionada ao setor de tecnologia, temos<br />

os clubes de investimento locais que fomentarão<br />

o investimento-anjo regionalizado conectando<br />

boas oportunidades de negócios aos grandes<br />

centros. Isto facilita a organização de investidores<br />

exclusivamente de capital financeiro para<br />

fomento da inovação que pode vir a se tornar um<br />

evento disruptivo alinhado a essas tendências. ▪<br />

16 / somosrulez.com.br


AGENDA DE EVENTOS<br />

FIQUE POR DENTRO<br />

COMECE O ANO COM O<br />

2017<br />

<strong>2016</strong><br />

PÉ NA ESTRADA!<br />

Se<br />

você quer empreender, vive<br />

ligado em startup, inovação e<br />

negócios confira agora mesmo o<br />

que vai rolar nos próximos meses ;)<br />

EVENTOS<br />

DIVULGUE SEU EVENTO.<br />

É FÁCIL!<br />

Quer publicar o seu evento em nossa agenda?<br />

É de graça. Envie todos os detalhes para o e-mail<br />

agenda@somosrulez.com.br<br />

Acesse o blog e fique por dentro<br />

de tudo o que tá rolando!<br />

bit.ly/vem-2017<br />

JANEIRO<br />

SÃO PAULO<br />

12 de janeiro<br />

ECO.TIC <strong>2016</strong> HEALTH TECH<br />

Google Campus<br />

Liderança essencial, finanças pessoais e coaching<br />

para startuper. A StartUppers! é a divisão<br />

aceleradora de sucesso da VR Consulting,<br />

especializada em treinamento e desenvolvimento de<br />

líderes empresariais e empreendedores, consultoria<br />

e coaching para o crescimento de pessoas e<br />

negócios.<br />

Inscrições: bit.ly/startup-pers<br />

23 de janeiro<br />

COMM CLOUD<br />

Google Campus<br />

Jornalismo e Startup: o mundo está mudando onde<br />

você não vê!<br />

Saiba mais: bit.ly/comm-cloud<br />

25 de janeiro a 1 de fevereiro<br />

VIVÊNCIA EMPREENDEDORA<br />

Experiências para empreendedores de todas as<br />

idades, profissionais de TI que buscam crescimento<br />

e jovens que querem conhecer mais a fundo o que<br />

há de mais avançado em empreendedorismo e<br />

inovação no Brasil.<br />

Saiba mais: bit.ly/vivencia-empreendedora<br />

31 de janeiro a 5 de fevereiro<br />

CAMPUS PARTY #CPBR10<br />

Anhembi<br />

A Campus Party é a maior experiência tecnológica<br />

do mundo que une jovens geeks em torno de<br />

um festival de inovação, criatividade, ciências,<br />

empreendedorismo e universo digital. Confirmados:<br />

Duilia de Mello, Grayson Chalmers e Kobra.<br />

Mais infos: brasil.campus-party.org<br />

BELO HORIZONTE<br />

23 a 27 de janeiro<br />

DESAFIO GETC - GAMES,<br />

EMPREENDEDORISMO, TECNOLOGIA E<br />

CRIATIVIDADE<br />

Escola do Sebrae<br />

Uma semana intensiva de atividades para começar<br />

o ano com o pé direito para jovens de 11 a 19 anos<br />

que querem ficar antenados com o que tem de mais<br />

novo no mundo!<br />

Saiba mais: bit.ly/desafio-getc<br />

FEVEREIRO<br />

CASCAVEL<br />

20 a 21 de fevereiro<br />

OFICINA COMEÇAR BEM - ANÁLISE DE<br />

MERCADO<br />

Se você está pensando em abrir um negócio<br />

participe deste curso para entender o mercado.<br />

Inscrições: bit.ly/oficina-sebrae<br />

MARÇO<br />

BALNEÁRIO CAMBORIÚ<br />

10, 11 e 12 de março<br />

STARTUP WEEKEND BALNEÁRIO CAMBORIÚ<br />

Univali<br />

Inscrições: bit.ly/sw-bc<br />

18 / somosrulez.com.br


ABRIL<br />

CASCAVEL<br />

1 e 2 de abril<br />

CURSO PRÁTICO DE GOOGLE ADWORDS<br />

Banzai Coworking<br />

Desvende os segredos de uma campanha bem<br />

sucedida no AdWords e apareça no Google<br />

quando precisam de você! Aprenda na prática<br />

desde o básico até a utilização de recursos mais<br />

avançados para estruturar, gerenciar, orçar e vender<br />

campanhas.<br />

Informações: 45 3039-4203<br />

2 a 6 de abril<br />

MISSÃO ISRAEL ANJOS DO BRASIL<br />

TEL AVIV<br />

Conheça um dos ecossistemas mais dinâmicos<br />

para o empreendedorismo de inovação com Anjos<br />

do Brasil e Missão Econômica do Consulado de<br />

Israel em São Paulo. Tel Aviv é o segundo melhor<br />

ambiente para Startups no mundo. Nesta missão<br />

ao longo de uma semana, os participantes terão<br />

a oportunidade de interagir ativamente com os<br />

agentes mais relevantes do setor em Israel.<br />

Saiba mais: bit.ly/missao-israel<br />

MAIO<br />

SÃO PAULO<br />

16 e 17 de maio<br />

HSM SUMMIT – LEADERSHIP INNOVATION<br />

Palestrantes confirmados: Amy Edmondson,<br />

Charlene Li, Deli Matsuo, Guilherme Telles, Julian<br />

Birkinshaw, LarsFæste, Walter Longo e Marshall<br />

Van Alstyne.<br />

Mais infos: www.hsm.com.br<br />

Toda primeira terça do mês<br />

GDG - GOOGLE DEVELOPERS GROUP<br />

Banzai Coworking<br />

Grupo de Leitura e Estudos sobre Machine Learning.<br />

Saiba mais: bit.ly/gdg-cascavel


CAPA<br />

ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO<br />

Descubra como criar o cenário ideal para gerar empregos, aumentar a<br />

renda e conquistar recursos para atrair empreendedores e startups.<br />

ILUSTRAÇÃO: ANALIZIO VALTER RIBEIRO PINTO<br />

21 / somosrulez.com.br


Estamos em uma gigantesca corrida pela inovação.<br />

Há muito tempo sabemos que essa capacidade<br />

de inovar é o grande diferencial para aumentar a<br />

renda, criar empregos cada vez mais desafiadores<br />

e conquistar recursos necessários para o progresso<br />

econômico. O brasileiro, entre as 20 maiores economias<br />

mundiais, tem um dos maiores espíritos<br />

empreendedores, então como explica ele ser tão<br />

pouco inovador? O desenvolvimento humano está atrelado<br />

ao ambiente que um país difunde tecnologia e que reflete sua<br />

capacidade de participar das inovações tecnológicas. Assim<br />

surge o ecossistema de inovação, que modela a economia,<br />

tem a funcionalidade de viabilizar desenvolvimento e integrar<br />

elementos estratégicos que criem condições para o empreendedor<br />

brasileiro desempenhar essa nobre tarefa de inovar.<br />

O ser humano entrou nessa corrida há muito tempo, desde<br />

que o profeta da inovação, Joseph Schumpeter, falou pela primeira<br />

vez em “destruição criativa”, identificando a molécula<br />

do empreendedorismo, aliado ao conhecimento e a vontade<br />

de fazer algo novo como o grande motor do desenvolvimento<br />

econômico, ainda na década de 40.<br />

Há cerca de 15 anos a geografia da inovação integra este<br />

cenário com o Technology Achievement Index (TAI), elaborado<br />

pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).<br />

O Índice de Realização Tecnológica é usado<br />

para medir o quão bem um país está criando, difundindo<br />

tecnologia e construindo uma base de habilidades humanas,<br />

refletindo a capacidade de participar das inovações tecnológicas<br />

da era da rede.<br />

O TAI centra-se nas capacidades de criação de tecnologia,<br />

difusão de inovações e competências humanas para avaliar<br />

quais países do mundo têm conjugação mais próxima de<br />

cinco elementos: centros geradores de conhecimento, centros<br />

de financiamento da inovação, vontade de empreendedora,<br />

quadro institucional de leis e entidades que favorecem a inovação<br />

e um ecossistema com cultura e energia que fazem essa<br />

engrenagem rodar. No relatório, apresentado pela primeira<br />

vez em 2001, o Brasil foi o 43º colocado entre 72 países.<br />

Atualmente o Brasil possui alguns desses elementos, mas<br />

não estão integrados. Entre os países emergentes, o Brasil é<br />

um dos que mais tem produzido conhecimento científico. Por<br />

outro lado, o relacionamento entre empresas e universidades<br />

ainda é distante, no que se refere à pesquisa tecnológica. No<br />

setor privado a realidade não é muito diferente. Na China, por<br />

exemplo, sete dólares destinados à pesquisa e desenvolvimento<br />

vem do empresariado. No Brasil, são apenas dois dólares.<br />

Mais recentemente, em 2010, a Universidade de Stanford<br />

lançou a rede internacional de ecossistemas de inovação em<br />

cooperação com parceiros selecionados na Finlândia, China<br />

e Japão. O conceito confirma a quebra de paradigma e uma<br />

mudança fundamental no pensamento empreendedor. Uma<br />

nova métrica surge: a capacidade de inovação desses locais.<br />

Mas como desenvolver um ecossistema de inovação?<br />

Não é tarefa fácil, considerando as limitações regulatórias<br />

e burocráticas em um ambiente onde a velocidade de<br />

decisão e a flexibilidade para a inovação são bem diferentes<br />

do vivido pelos empreendedores, mas é possível unir alguns<br />

elementos fundamentais que contribuem para fomentar<br />

ecossistemas de sucesso.<br />

A Techstars, renomada aceleradora criada por David Cohen<br />

e Brad Feld, destaca cinco etapas para dar suporte aos ecossistemas:<br />

talento, densidade, cultura, capital e ambiente<br />

regulatório. Afinal, novas ideias vem de todos os lugares, o<br />

que vai consolidar a região como um ecossistema de sucesso<br />

é o ambiente assertivo para elas se desenvolverem.<br />

A <strong>Rulez</strong> acrescentou alguns etapas nessa jornada e elegeu<br />

os 8 passos para desenvolver um ecossistema de inovação.<br />

Confere aí!<br />

01. AMBIENTE<br />

Faz toda a diferença para o empreendedor morar em uma<br />

região desejável, de clima agradável e ter lugares para relaxar,<br />

se divertir, com diversidade no local de trabalho, mobilidade<br />

e imersa em cultura tecnológica.<br />

02. EMPREENDEDORES<br />

Focar nos empreendedores é essencial para garantir o crescimento<br />

do negócio. A região precisa investir em capital<br />

humano para construir e reter força de trabalho não só com<br />

habilidades para startups, mas também para ajudar a lançar<br />

negócios e inovação para o futuro. Isso pode ser viabilizado<br />

criando mercados flexíveis e diversificados de trabalho que<br />

atraiam pessoas com várias competências e experiências;<br />

apoiar a educação voltada para tecnologia e inovação e promover<br />

a diversidade no local de trabalho.<br />

03. POOL DE INOVAÇÃO<br />

Inovação o é algo que pode integrar grandes mentes. E<br />

uma região pode criar um pool de inovação com suporte e<br />

locais como labs, incubadoras, coworkings, universidades<br />

e aceleradoras. É imprescindível criar rede de mentores<br />

22 / somosrulez.com.br


e investidores, linkar pesquisas acadêmicas com negócios,<br />

além de fortalecer a relação com a mídia e seus canais, para<br />

comunicar o que o ecossistema está produzindo.<br />

04. COMUNIDADE<br />

A cultura é um ativo crítico do cluster de inovação. A região<br />

pode criar um ambiente empreendedor, destacando empresários<br />

como modelos (cases de sucesso), criando oportunidades<br />

de ensino para desenvolvimento de habilidades empresariais<br />

e geração de empregos em startups, como também fomentar a<br />

comunicação público-privado e aceitar as falhas como parte do<br />

processo de aprendizagem e uma chance de pivotar e reciclar.<br />

05. CAPITAL<br />

Seja o negócio que está começando ou buscando tração, investimento<br />

pode garantir a sobrevivência do empreendimento e<br />

de sucesso. Acesso a financiamento e capital inteligente são<br />

importantes para novas companhias. Investidores experientes<br />

podem evangelizar fundadores ao longo da jornada. O poder<br />

público pode tomar medidas proativas para criar incentivos<br />

fiscais para aos investidores, além de tornar mais fácil para as<br />

startups ter acesso ao capital necessário para iniciar ou escalar.<br />

06. AMBIENTE REGULATÓRIO<br />

Os governos têm um papel a desempenhar na criação de<br />

um ambiente regulador estável, previsível e de apoio para<br />

empreendedores e investidores. Para criar esse ambiente, a<br />

região deve se concentrar na facilidade de iniciar e fechar uma<br />

empresa, política tributária, responsabilidade intermediária<br />

e portos seguros, mantendo uma rede global, proteção de<br />

patentes que apoiam a inovação, formalizando modelos de<br />

financiamento alternativos e investindo em P&D.<br />

07. SUCESSO<br />

Prepare-se para viver em um ambiente com profissionais<br />

altamente qualificados em que o sucesso é mais uma etapa<br />

do processo.<br />

08. GIVE BACK TO SOCIETY<br />

Poder fazer parte de um ecossistema e começar tudo de novo,<br />

multiplicando o seu aprendizado e expertise, vai ser muito<br />

mais incrível!<br />

Quer enxergar melhor tudo isso? Dá só uma olhada no infográfico<br />

criado pela <strong>Rulez</strong> ;)<br />

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OESTE DO PARANÁ<br />

Um ecossistema em desenvolvimento<br />

Na região Oeste do Paraná, o Sebrae fez um levantamento chamado Território<br />

Oeste Integrado Startup PR para em conjunto com entidades de apoio,<br />

empreendedores, governos, centros de pesquisa e ensino, incubadoras e<br />

aceleradoras dar apoio às startups e criar ecossistemas de inovação envolvendo<br />

as cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon,<br />

Medianeira, Palotina e Toledo.<br />

DIAGNÓSTICO<br />

AMBIENTE FAVORÁVEL: Conta a nosso favor a região ser formadora<br />

de mão de obra, ter uma taxa de empreendedorismo média de 7,15%, acima<br />

da estadual (6,5%), com alto potencial de capital social (associativismo),<br />

existência de empresas âncoras, elevada presença de IES, referência no<br />

agronegócio, IDH médio dos municípios acima da média do Oeste e Paraná.<br />

OPORTUNIDADES: A região tem o empreendedorismo como alternativa<br />

viável, setores produtivos de relevância regional e nacional, movimento<br />

crescente de empreendedorismo nas universidades, fronteira que facilita<br />

a internacionalização via grandes cooperativas agropecuárias, existência<br />

de sociedade garantidora de crédito e cooperativas de crédito com taxas<br />

e condições mais acessíveis aos empreendedores e consolidação de um<br />

Sistema Regional de Inovação.<br />

AMBIENTE DESFAVORÁVEL: Ainda são problemas a resolver a<br />

desarticulação dos ecossistemas regionais, cultura do empreendedorismo,<br />

inovação e startups incipiente, preferência dos jovens por empregos<br />

formais ou públicos, pequeno apoio governamental às atividades de<br />

tecnologia e inovação, ambiente de negócios desfavorável com excesso<br />

de burocracia, procedimentos e leis ultrapassadas. Existência de poucos<br />

cases locais de sucesso em empreendedorismo e startups, visão do empreendedor<br />

com foco somente local (falta de visão e ambição global), além<br />

da inexistência de uma rede de mentores consolidada.<br />

AMEAÇAS: A região não é captadora ou mantenedora de mão de obra<br />

de alto potencial técnico, o que provoca riscos inerentes ao cenário de<br />

startups, frustração de empreendedores cujas startups não atingem o<br />

sucesso, aversão ao risco, intolerância ao erro, inexistência de fundos de<br />

investimentos estruturados e poucas estruturas de incubação e iniciativas<br />

de aceleração.<br />

Para atuar nesse cenário, em Cascavel, empresários do Núcleo Setorial de<br />

Informática e Telecomunicações da Acic (Associação Comercial e Industrial<br />

de Cascavel), estão envolvendo empresas, universidades, startups,<br />

coworkings e entidades em uma iniciativa inédita para desenvolver esse<br />

ambicioso projeto. Atualmente o grupo está trabalhando no planejamento<br />

estratégico de ações para 2017. As reuniões acontecem todas as quintas-<br />

-feiras, das 8 às 10h, na sede da Acic (Rua Pernambuco, 1802). Todos que<br />

querem fazer parte dessa construção estão convidados a participar.<br />

“Com isso esperamos desenvolver<br />

startups de alto impacto, criar cases<br />

de sucesso em ecossistemas locais e<br />

regionais fortalecidos e organizados.”<br />

OSVALDO BROTTO<br />

Gestor do Programa de Startups do Sebrae Regional Oeste<br />

POTENCIAL DA REGIÃO<br />

6 MUNICÍPIOS<br />

22 INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR<br />

• 42.000 Acadêmicos<br />

• 15.399 Acadêmicos em cursos de áreas afins<br />

para startups<br />

500 EMPRESAS DE TIC<br />

• 29 Empresas âncoras<br />

8 POLOS DE CONHECIMENTO<br />

• Agro<br />

• Saúde<br />

• Educação<br />

• Varejo<br />

• Turismo<br />

• Logística<br />

• Energias<br />

• Água<br />

100 STARTUPS EM 14 ÁREAS DE ATUAÇÃO<br />

E 6 MODELOS DE NEGÓCIO<br />

• App<br />

• Saas<br />

• E-commerce<br />

• Market place<br />

• Redes sociais<br />

• Hardware<br />

7 MERCADOS EM POTENCIAL<br />

• Agrotech<br />

• Varejo omnichannel<br />

• Start management<br />

• E-gov<br />

• E-health<br />

• Edutainment<br />

• Remote management<br />

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27 / somosrulez.com.br


BRAINSHARING<br />

CARLOS SCHULZE<br />

QUANTOS<br />

CNPJs VOCÊ TEM?<br />

Esse é o problema. O nosso velho<br />

costume de repetir padrões! O que<br />

faz com que tenhamos êxito em<br />

nossas empreitadas é a capacidade de se<br />

reinventar. De não pensar com a cabeça do<br />

cliente, mas com a cabeça de dono.<br />

CARLOS SCHULZE<br />

Graduado em Turismo pela<br />

Unioeste, MBA Executivo<br />

em Estratégias Empresariais<br />

e Especialização em Engenharia<br />

de Produção. Possui<br />

formação complementar<br />

em Criatividade e Inovação<br />

(Harward Business Review),<br />

Metodologia de elaboração<br />

de planos de inovação (Senai),<br />

Modelos de Negócios,<br />

Design Thinking e Canvas<br />

(FPTI). Atua como facilitador<br />

e consultor do Sebrae em<br />

marketing e inovação com<br />

experiência em estruturação<br />

de processos e fluxos de<br />

inovação em empresas de<br />

qualquer segmento e porte.<br />

/schulzeidee<br />

/carloschulze<br />

ESCREVA PRA GENTE!<br />

Quer compartilhar suas<br />

ideias? Seja um colunista da<br />

revista! Envie um e-mail para<br />

coluna@somosrulez.com.br<br />

▸ Fico abismado e feliz com as estatísticas que dizem o<br />

quanto o brasileiro gosta e quer empreender:<br />

• De cada 10 universitários, seis pensam em empreender<br />

• Quase 80% dos brasileiros querem ter o seu próprio negócio<br />

Mas também fico triste porque, no contraponto de toda<br />

essa avalanche de empreendedorismo tupiniquim, observa-se<br />

que 50% das empresas fecham as portas após quatro anos.<br />

Qual a razão para que isso aconteça?<br />

Estatísticas dizem que boa parte é por ausência de planejamento,<br />

falta de pesquisa de mercado e mais um monte de coisa<br />

que pode preencher esse rol, no entanto, quero me colocar<br />

como case desta estatística e atentar para outro ponto. O da<br />

necessidade de se reinventar constantemente!<br />

Por várias vezes pensei em desistir do meu negócio de<br />

consultoria, coaching e desse ímpeto de querer ajudar empresas<br />

e pessoas a obterem melhores resultados, porque simplesmente<br />

fazer o que se ama não paga as contas (às vezes).<br />

Comigo foi assim.<br />

Não foi falta de planejamento, nem falta de estudar o mercado<br />

ou destacar diferenciais. Em verdade descubro que o<br />

grande problema é que queremos, ou muitos querem, empreender<br />

para realizar um sonho, ficar rico ou poder “mandar”<br />

em mais gente.<br />

Anualmente bilhões de reais são investidos em empresas do<br />

mundo inteiro que estão em seu estágio inicial de desenvolvimento<br />

e o que vemos é que de cada 100 empresas que recebem<br />

investimento, 40 quebram, outras 40 geram retornos moderados<br />

e apenas 20 se tornam casos de sucesso.<br />

Minha empresa e as outras três que tentei gerar não são<br />

nenhum caso de sucesso e se você passou por uma experiência<br />

semelhante precisa entender que nem todos os que planejam<br />

ter sucesso nesta vida conseguirão obter. Alguns, por mais que<br />

se esforcem, não conseguem. Não é falta de nada, há coisas<br />

que simplesmente não se explicam e podemos nos lembrar<br />

do texto bíblico de Jó 38.33: "Sabes tu as ordenanças dos céus<br />

ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra?" Há coisas<br />

que são apenas livramentos ou algum ensinamento para nos<br />

tornar ainda melhores. Essa é a interpretação que tive até aqui<br />

e que infelizmente muitos empreendedores não entendem.<br />

Quando observo as estatísticas do empreendedorismo lembro<br />

das estatísticas de inovação: o Brasil ocupa os últimos lugares<br />

no Index Innovation e sua competitividade<br />

é péssima. O mesmo Brasil que é empreendedor,<br />

vislumbra oportunidades e é criativo ao iniciar<br />

um novo negócio não consegue ser competitivo<br />

a ponto de fazer seus CNPJs durarem, lançarem<br />

novos produtos ou serviços e se reinventarem.<br />

Quantas empresas você conhece que tem mais<br />

de 50% do seu faturamento oriundo de produtos ou<br />

serviços lançados nos últimos três anos? Lei do Bem,<br />

o que é isso? Captação de recursos para inovação?<br />

Aí está um problema. O nosso velho costume<br />

de repetir padrões! De não pensar com a cabeça do<br />

cliente, mas sim com a cabeça de dono.<br />

Se eu me dedicasse apenas para consultorias<br />

de inovação, não teria conseguido. Tive que me<br />

reinventar. Se apenas desse aulas na universidade<br />

e nunca me arriscasse a empreender, não<br />

aprenderia o que aprendi. Se apenas desse treinamentos<br />

de liderança e não me tornasse um coach,<br />

também não me sustentaria. Logo, o que faz com<br />

que tenhamos êxito em nossas empreitadas é<br />

nossa capacidade de se reinventar e é isso que<br />

dá qualidade aos nossos CNPJs.<br />

Steve Blank e Bob Dorf salientam que empresas<br />

de alto potencial são entendidas de fora para<br />

dentro, ou seja, do aprendizado com os possíveis<br />

clientes antes de começar qualquer coisa. Então,<br />

antes de ter um CNPJ, entenda bem seu cliente e<br />

tenha clareza do problema que você resolve. Eu<br />

não vendo inovação, vendo resultado e competitividade.<br />

Quando faço uma consultoria, vendo<br />

uma possível mudança de vida em um processo<br />

de coaching, não vendo sessões de conversas<br />

paralelas impactantes de cunho filosófico.<br />

Quando tivermos mudança de hábitos em<br />

nossas rotinas, experimentaremos um Brasil<br />

não com um grande número de CNPJs, mas com<br />

CNPJs geradores de emprego, renda e produtos<br />

e serviços inovadores. Isso é competitividade!<br />

Isso é qualidade! ▪<br />

28 / somosrulez.com.br


FIQUE<br />

POR<br />

DENTRO<br />

DE TUDO<br />

O TEMPO<br />

TODO>><br />

>>>>><br />

>>>><br />

>>> >>><br />

Tá afim de entender mais sobre<br />

startups, aprender a inovar e<br />

fazer bons negócios?<br />

>><br />

Acesse já o nosso blog!<br />

Acesse<br />

somosrulez.com.br


MAPA STARTUP<br />

KIDIZ<br />

ADEUS AOS<br />

BILHETINHOS<br />

DE PAPEL NA<br />

AGENDA<br />

CADERNETA DIGITAL ESCOLAR OFERECE QUALIDADE,<br />

QUANTIDADE E ALCANCE DA INFORMAÇÃO SOBRE A<br />

ROTINA ESCOLAR E O BEM ESTAR FÍSICO DOS ALUNOS<br />

01_ Tudo sobre a rotina de cada<br />

aluno é registrado na Kidiz<br />

▸ Perder a apresentação de balé da filha foi<br />

o insight que o engenheiro Alvaro Juliano<br />

Vicente precisava para lançar a sua startup. O<br />

problema dele era compartilhado por inúmeros<br />

pais que, por algum motivo, não receberam o<br />

recado da escola na caderneta de papel.<br />

Alvaro decidiu desenvolver uma ferramenta,<br />

mesmo já existindo outras no mercado, porque<br />

nenhuma disponível agradou a escola que topou<br />

validar a ideia entre os pais. Assim surgiu a Kidiz,<br />

que completou em <strong>2016</strong> um ano de utilização<br />

pela Escola Dei Bambini e Day Care, de Cascavel.<br />

“Os pais estão mais participativos, fazem<br />

questão de acompanhar os filhos à distância,<br />

muitos, como eu, tem a guarda compartilhada,<br />

encaram uma vida escolar antecipada com mais<br />

atividades extracurriculares e uma rotina infantil<br />

mais enriquecedora”, destaca.<br />

A mudança na rotina familiar abriu um novo nicho<br />

de mercado. Mas, por outro lado, 99% dos colégios<br />

em Cascavel ainda usam agenda em papel para<br />

mandar recados. Para ele, grande parte das escolas<br />

ainda não tem controle efetivo da comunicação.<br />

Foram criados três MVPs (Mínimo Produto Viável)<br />

e quando lançada a primeira versão o formato<br />

já evoluiu de agenda para caderneta. A Escola Dei<br />

Bambini e Day Care topou participar do processo de<br />

validação da startup e obteve resultados positivos<br />

e significativos neste primeiro ano de Kidiz.<br />

A Dei Bambini e Day Care redesenhou todo<br />

o processo e reorganizou o trabalho na escola.<br />

Além de investir em equipamentos e melhoria<br />

na estrutura de rede, os dados fornecidos<br />

pela Kidiz ajudaram a reduzir as horas extras<br />

de colaboradores.<br />

Com os dados foi possível descobrir, por<br />

exemplo, que a escola não necessitava de cinco<br />

professores em determinada hora do dia,<br />

mas apenas dois. Essa redistribuição reduziu<br />

a quantidade de horas extras, que foram revertidas<br />

em benefícios aos alunos, com uma<br />

atividade a mais durante o dia.<br />

Sem contar que pai e mãe recebem a informação<br />

sobre o filho simultaneamente e os<br />

avós também podem acompanhar. Via web,<br />

app no celular e e-mail os pais sabem o que o<br />

filho comeu, se comeu bem, hora de trocas, do<br />

soninho, a foto da festinha de aniversário e ainda<br />

rola um bate papo com pais em tempo real.<br />

Para Silvana Borghelot, uma das proprietária<br />

da Dei Bambini e Day Care, a tecnologia<br />

veio para facilitar o diálogo e otimizar o tempo<br />

dos funcionários. “Inicialmente os pais ficaram<br />

receosos, mas o acesso foi significativo e nós<br />

realmente conseguimos estabelecer um meio<br />

de comunicação assertivo. Foi muito produtivo<br />

conquistar em um ano essa mudança de comportamento”,<br />

frisa. ▪<br />

O QUE VEM PELA FRENTE?<br />

O fundador da Kidiz pretende ampliar os<br />

serviços com mais conteúdo e obter informações<br />

ainda mais precisas para otimizar<br />

a rotina da escola, reduzir horas extras,<br />

e desperdício de alimentos com dados<br />

específicos sobre a alimentação escolar.<br />

Alvaro também quer ampliar o esforço para<br />

rastrear na Kidiz todos os medicamentos e<br />

consultas médicas realizados pela criança.<br />

O app em iOS também é uma das entregas<br />

previstas para 2017.<br />

02_ As proprietárias da Dei Bambini e<br />

Day Care Silvana e Silvia Borghelot com o<br />

fundador da Kidiz<br />

30 / somosrulez.com.br<br />

Crédito: Arquivo pessoal/Divulgação


FICHA TÉCNICA<br />

NOME: Kidiz<br />

LOCAL DE ORIGEM: Cascavel<br />

DATA DE FUNDAÇÃO: Outubro de 2015<br />

FUNDADOR: Alvaro Juliano Vicente - engenheiro, empreendedor<br />

e pai de Pietra, grande inspiração deste projeto<br />

PITCH<br />

QUE PROBLEMA RESOLVE: falta de comunicação entre<br />

pais e escolas.<br />

QUAL É O DIFERENCIAL: funciona como uma ferramenta<br />

de Business Intelligence, pois coleta, organiza, analisa e<br />

consolida informações para rotina do colégio e das crianças<br />

com a entrega aos pais.<br />

MODELO DE NEGÓCIO: plataforma gratuita para pais e<br />

escolas, proposta de valor entrega em mobile, escolas como<br />

clientes e pais como parceiros e em 2017 venda de publicidade<br />

através das ferramentas Google.<br />

ESTÁGIO ATUAL: começou com a proposta de ser uma caderneta<br />

escolar, o que ficou para trás. Hoje é uma ferramenta<br />

de auxílio aos pais. Considera a versão 2.0 uma nova startup.<br />

INVESTIMENTO X FATURAMENTO: prefere não revelar.<br />

MERCADO X CONCORRENTES: quando teve o insight sugeriu<br />

a ideia para a escola da filha e disse que se não encontrassem<br />

nada adequado ele mesmo criaria uma ferramenta.<br />

MAIORES DESAFIOS X VISÃO DE FUTURO: seu maior<br />

desafio foi fazer os pais aceitarem migrar para o meio digital.<br />

Durante a validação da ideia muitas escolas não consideraram<br />

o projeto viável, mas na escola piloto cerca de 40 pais<br />

entrevistados se mostraram interessados na ferramenta. Para<br />

o futuro o empreendedor quer levar os serviços de Analytics<br />

e computação cognitiva para a plataforma para permitir um<br />

nível de automatização maior para a escola.<br />

ONDE ENCONTRAR: sistema web e mobile (Android) por<br />

enquanto restritos para usuários da escola piloto em Cascavel<br />

(Dei Bambini e Day Care). Em 2017 será lançado o blog e o site da<br />

ferramenta para o público em geral. Veja mais: www.kidiz.com.br<br />

RESULTADOS PESQUISA NPS<br />

1 ano de funcionamento<br />

130 crianças cadastradas<br />

240 pais e responsáveis<br />

100 acessos por dia<br />

30% que acessam são pais (homens)<br />

20% pai e mãe acessam<br />

55% dos usuários que acessam a Kidiz, 90% avaliaram com<br />

nota acima de 7 a experiência da plataforma nesse primeiro ano


LISTA DE DESEJOS<br />

#FEITOPRAMIM<br />

Cultura empreendedora, presentes legais<br />

e sonhos de consumo pra quem adora<br />

tecnologia e coisas diferentonas. Afinal de<br />

contas, valor é muito mais que preço!<br />

RPG DA DÉCADA<br />

FANTASMA NO AR<br />

Faz menos de um ano que a chinesa DJI anunciou o Phantom 4 e já está lançando<br />

no mercado uma edição Pro do drone para complementar o Mavic Pro, um aparelho<br />

menor e mais barato lançado pela companhia este ano. Tudo isso junto com o<br />

anúncio do Inspire 2. A versão Pro vem com câmera de 20MP, com opção de até 14<br />

fotos por segundos, ajuste de abertura das lentes, redução de tremor e sensor de<br />

imagem com tecnologia CMOS. E não para por aí, a Phantom 4 Pro corrige problemas<br />

causados pela diferença entre ambientes claros e escuros, vem com sensores<br />

de obstáculos posicionados em todos os seus lados, e não mais apenas na frente, e<br />

ganhou nova bateria capaz de suportar até 30 minutos de voo.<br />

Saiba mais<br />

store.dji.com<br />

Quanto?<br />

A partir de U$ 1.499 ou R$ 5.150 [apenas o drone]<br />

A partir de U$ 1.799 ou R$ 6.185 [+ controle de tela]<br />

Após 10 anos de desenvolvimento chegou o<br />

novo RPG da produtora japonesa Square Enix.<br />

O jogo Final Fantasy XV tem versões para<br />

PlayStation 4 e Xbox One e é a conclusão de<br />

uma história que começou em 2006, quando<br />

ainda era chamado Final Fantasy Versus 13 e<br />

se passava no universo e na mitologia de FF<br />

13. Ele também é o primeiro jogo da série em<br />

mundo aberto, que abre mão do tradicional<br />

combate em turnos por batalhas em tempo<br />

real, como em Kingdom Hearts. Neste novo<br />

episódio, você é Noctis, herdeiro do reino de<br />

Lucis, e precisa recuperar sua terra das garras<br />

do império de Niflheim.<br />

Onde encontro?<br />

www.submarino.com.br<br />

Preço<br />

A partir de R$ 210<br />

32 / somosrulez.com.br


PAPEL DO FUTURO<br />

Que tal um tablet com uma tela e-ink de 10 polegadas?<br />

O reMarkable já está disponível para pré-venda e de<br />

acordo com a fabricante, o dispositivo foi feito para<br />

substituir o papel de uma vez por todas, sendo um<br />

aparelho de altíssima resolução (872 x 1400 pixels)<br />

e uma tela sensível ao toque coberta com materiais<br />

de alta fricção para que, além de se parecer com<br />

papel, você sinta a textura semelhante. A caneta tem<br />

detecção de inclinação, 2.048 níveis de sensibilidade<br />

à pressão e praticamente zero delay. E ao contrário de<br />

um notebook de papel, o 8GB de armazenamento interno<br />

se transforma em uma capacidade praticamente<br />

infinita para armazenar páginas de leitura, escrita e<br />

esboço. Serve bem tanto para ler jornais e livros quanto<br />

para escrever ou desenhar rascunhos. Incrível, não<br />

é mesmo?<br />

Saiba mais<br />

getremarkable.com<br />

Preço<br />

US$ 379 [por aqui cerca de R$ 1,3 mil]<br />

TÊNIS IMPRESSO EM 3D<br />

O filme Back to the Future: Parte II despertou sonhos entre<br />

as marcas de calçados, mas só agora o avanço real na tecnologia<br />

pode estar muito perto de acontecer graças à impressão<br />

3D. Sapatos totalmente personalizados ​e montados<br />

sem cola ou costura significa um novo nível de conforto e<br />

desempenho. E já dá pra testar essa teoria com o Adidas 3D<br />

Runner, liberado exclusivamente para quem fez a reserva<br />

através do app da marca. O tênis todo em preto tem uma<br />

estrutura 3D projetada que é mais densa em áreas de alto<br />

estresse para desempenho e peso ideal e é emparelhado<br />

com um contador de calcanhar impresso em 3D integrado<br />

na sola intermediária. No futuro, a empresa espera combinar<br />

a estrutura 3D com a sua própria pegada pessoal, mas<br />

até lá está muito bem assim!<br />

Mais infos<br />

www.adidas.com<br />

Preço<br />

US$ 333 [somente pelo app para Nova Iorque, Londres e<br />

Tóquio]<br />

33 / somosrulez.com.br


BRAINSHARING<br />

ISRAEL LESSAK<br />

SHERLOCK, LEGO E O SERVICE DESIGN<br />

ISRAEL LESSAK<br />

Especialista em Human-<br />

-Centered Design, é cofundador<br />

da Kyvo, uma consultoria<br />

de inovação orientada<br />

pelo design desenvolvendo<br />

projetos de Service Design<br />

para corporações e startups.<br />

Também está a frente de<br />

iniciativas na Interaction<br />

Design Association, Service<br />

Design Network e Global<br />

Service Jam, fomentando<br />

as discussões e projetos na<br />

comunidade local.<br />

lessak@kyvo.com.br<br />

ESCREVA PRA GENTE!<br />

Quer compartilhar suas<br />

ideias? Seja um colunista da<br />

revista! Envie um e-mail para<br />

coluna@somosrulez.com.br<br />

▸ Meus olhos corriam pelas palavras que seguiam, uma<br />

após a outra, revelando mistérios e investigando assassinatos<br />

como se eu mesmo fosse o personagem das amareladas<br />

páginas do livro que eu tinha em mãos. De vez em quando,<br />

eu olhava para fora do ônibus, pela janela, para ver se já estaria<br />

próximo da minha hora de descer ou se ainda tinha tempo<br />

para mais alguns parágrafos. O que eu mais gostava em tudo<br />

isso era fechar o livro e olhar para as pessoas ao meu redor.<br />

Observá-las. Minha mente viajava, olhando cada detalhe: suas<br />

mangas, unhas, celular que usava, música que ouvia, bottons<br />

de sua bolsa… meu pensamento era que em algum momento,<br />

eu seria tão observador e dedutivo quanto o próprio Sherlock.<br />

Era véspera de Natal e eu estava radiante: rodeado de bloquinhos<br />

coloridos espalhados pelo chão, eu selecionava os que<br />

me pareciam mais promissores, agrupava por cores, encaixava o<br />

que eu acreditava que daria a estrutura mais firme da casa de<br />

dois andares que eu estava construindo. Não era simplesmente<br />

uma brincadeira – era o projeto da casa dos meus sonhos que<br />

eu estava criando! Como filho de professora, uma das mais<br />

criativas oportunidades que tive em minha infância foi ter<br />

caixas e caixas de LEGO com os mais diversos itens e peças,<br />

que se conectavam à medida que minha imaginação projetava<br />

novas composições. No fim das contas, eu desmontava tudo<br />

o que havia criado para que aquelas peças pudessem fazer<br />

parte de novas ideias.<br />

Essas pequenas experiências pessoais ilustram dois elementos<br />

que considero essenciais para criar e projetar experiências<br />

de serviço: se estendermos nosso pensamento sobre<br />

Service Design, perceberemos que o tempo todo trabalhamos<br />

com observação e com experiências.<br />

É natural para algumas pessoas serem observadoras. Contudo,<br />

a observação é uma prática possível a qualquer um! Basta<br />

um tempinho investido em treinamento. Exemplos simples,<br />

como o de observar pessoas que estão no mesmo ônibus que<br />

você e tentar deduzir suas histórias e motivações de vida já<br />

auxiliam no desenvolvimento da habilidade de observação.<br />

MAS VOCÊ PODE SER CRIATIVO!<br />

Um amigo meu, que é ator de teatro, me contou um dia que<br />

coleciona expressões: ele observa as pessoas quando riem e<br />

quando estão contando um fato chato do seu dia para alguém<br />

próximo; observa como as marcas de expressão do rosto se<br />

movimentam, qual é a entonação e a linguagem corporal que<br />

utilizam… Então, juntando toda a sua coleção de expressões,<br />

ele compõe os personagens e interpreta tais papéis!<br />

Por falar em personagens, lembro de quando lia as histórias<br />

de Sherlock Holmes. Quando ele se via cercado por uma<br />

intrincada e confusa rede de incertezas, fechava os olhos e<br />

imaginava a situação como um grande novelo de lã embolado.<br />

Ele tinha várias pontas soltas na mão, mas sabia<br />

que não podia puxar um fio e esperar que tudo<br />

se resolvesse: ele precisava pensar na situação<br />

de maneira completa. Assim, ele analisava os<br />

detalhes com um “olhar do todo”.<br />

Observar experiências cotidianas com um<br />

“olhar do todo” faz com que nossos projetos sejam<br />

mais relacionáveis ao ser humano. Esse olhar é<br />

alcançado pelo que chamo de método Sherlock,<br />

ou seja, buscar entender todas as situações<br />

vividas (seja por você mesmo ou por outra pessoa)<br />

como serviços integrantes de um todo, um<br />

grande sistema. Ao se estabelecer esse modelo<br />

de pensamento, começamos a visualizar os detalhes:<br />

diversos pontos de contato que geram os<br />

grandes problemas. É uma habilidade valiosa<br />

quando você consegue dar “zoom in” e “zoom<br />

out” intencionalmente na busca por mapear e<br />

melhorar serviços!<br />

E o LEGO, onde se encaixa em tudo isso!? Exatamente<br />

nos encaixes! A medida que observamos<br />

experiências vividas, as colecionamos em nossas<br />

caixas das ideias. Um designer de serviços<br />

também precisa ter prática quando estiver no<br />

meio do processo criativo, e retirar estas peças<br />

de experiências observadas para construir serviços<br />

melhores e mais inovadores. A questão aqui<br />

não é uma junção aleatória de diversos serviços<br />

existentes, mas possibilitar o encaixe de diversas<br />

peças para formar novos elementos.<br />

A OBSERVAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS É O<br />

QUE POSSIBILITA A CRIAÇÃO DE BONS<br />

SERVIÇOS.<br />

As possibilidades são incontáveis: uma única experiência<br />

observada pode gerar peças de todas as<br />

cores, tamanhos e formas! São funcionalidades,<br />

modelos de negócios, estruturas de gerenciamento,<br />

mecânicas, dinâmicas, relações entre<br />

componentes, relações entre pessoas, formas de<br />

aplicação em outros segmentos, formas de atuação<br />

no mercado, elementos visuais, conceituais,<br />

estratégicos… Enfim, qualquer coisa!<br />

Ouso dizer que observar experiências deve ser<br />

a base de qualquer processo criativo de Service<br />

Design. Esse modelo de pensamento voltado a<br />

serviços é o que chamamos de Service Design<br />

Thinking. Está preparado para o desafio? ▪<br />

34 / somosrulez.com.br


JORNADA STARTUP<br />

BOMO<br />

01_ Pitch no Encontro Estadual<br />

Startup PR do Sebrae<br />

ANO NOVO<br />

ACELERADO<br />

Startup comemora aceleração, negociação<br />

com grandes empresas do varejo e parceria<br />

com operadora de cartão de crédito<br />

O<br />

segundo semestre de <strong>2016</strong> foi, sem sombra de dúvida,<br />

muito positivo para Marcos Granzotto, fundador do Bomo.<br />

A <strong>Rulez</strong> acompanhou em três edições a evolução da startup<br />

e mostrou as dificuldades, avanços e desafios. Na última<br />

reportagem da série aproveitamos para fazer um balanço e contar<br />

o que vem por aí.<br />

O ponto alto foi a aceleração da Valley Connection, por meio do<br />

capital inteligente (smart money). A empresa de Toledo vai auxiliar no<br />

processo de validação do app, oferecer mentorias e conectar os sócios<br />

da startup à rede da aceleradora, inclusive com potenciais investidores.<br />

Para Marcos, a chance de conhecer empresários, investidores e<br />

outros empreendedores é estratégico neste momento. “E o Bomo<br />

está preparado para começar o ano com conexões e parcerias de<br />

impacto, para amadurecer e expandir”, destaca o empreendedor,<br />

que recentemente foi convidado para fazer apresentar o seu pitch<br />

na segunda edição do Encontro Estadual Startup PR promovido<br />

pelo Sebrae, em Curitiba.<br />

Durante a viagem, que se estendeu a São Paulo, Marcos também<br />

teve a oportunidade de apresentar o Bomo para grandes operadoras<br />

de cartões de crédito e fintechs do Brasil e outra grande conquista<br />

foi a parceria com a Rede do Banco Itaú, para colocar o app do Bomo<br />

na nova máquina de cartões do grupo, chamada Rede Smart, uma<br />

nova versão das maquininhas para lojistas.<br />

Ele também está em negociação com grandes empresas do<br />

varejo para ampliar a base de empresas cadastradas. Agora, o<br />

fundador do Bomo aposta que o desenvolvimento do aplicativo<br />

em Android e iOS vai auxiliar a atrair mais parcerias. Esse ainda<br />

é um desafio do time, rodar o app ainda nos primeiros meses do<br />

ano para começar acelerado em 2017.<br />

O Bomo também foi uma das startups da região Oeste finalista<br />

do Desafio Paraná concorreu a um prêmio de R$ 7 mil. A premiação<br />

foi promovida pela Aliança Empreendedora com apoio do<br />

Governo do Estado, Volkswagen e Sebrae. ▹<br />

35 / somosrulez.com.br


▹ Para quem ainda não conhece, o Bomo recompensa bons<br />

motoristas. O condutor se cadastra no app e, ao consumir<br />

em lojas parceiras, tem o direito de receber uma parcela<br />

do valor gasto de volta. Isso tudo com uma condição: esse<br />

usuário não pode ter nenhuma multa registrada no mês<br />

em que a compra foi feita. ▪<br />

03_ Com Claudemir Hellmann, da Valley Connection<br />

CONQUISTAS EM NOVE MESES<br />

02_ Durante visita no Cubo, em São Paulo, para encontro com a<br />

Rede do Banco Itaú<br />

“Estamos focados em facilitar<br />

a validação da recompensa<br />

para que o processo seja mais<br />

intuitivo. Com isso vamos ter<br />

um diferencial a mais para<br />

conquistar novos parceiros.”<br />

MARCOS GRANZOTTO<br />

Fundador do Bomo<br />

NOVOS SÓCIOS COM CAPACIDADES EM DIFERENTES ÁREAS<br />

INCLUSÃO EM PROGRAMA DE ACELERAÇÃO<br />

PARCERIA COM MARCAS NACIONAIS<br />

VISIBILIDADE NA MÍDIA<br />

COMO FOI O TERCEIRO<br />

TRIMESTRE DO BOMO<br />

AGOSTO - SETEMBRO - OUTUBRO<br />

+ + Parceria com rede de cartões de crédito<br />

+ + Incubação na aceleradora Valley Connection<br />

+ + Finalista do prêmio Desafio Paraná<br />

--<br />

Ampliar a base de empresas parceiras<br />

--<br />

Concluir o desenvolvimento do app<br />

CADASTRE-SE AGORA!<br />

Para se cadastrar no Bomo<br />

acesse soubomo.com<br />

QUER SABER COMO TUDO<br />

COMEÇOU?<br />

Acesse nosso blog e confira! bit.ly/startup-bomo<br />

36 / somosrulez.com.br<br />

Crédito: Divulgação


CLIENTES<br />

SATISFEITOS<br />

CLIENTES<br />

CONTENTES<br />

CLIENTES<br />

FACEIROS<br />

CLIENTES<br />

MARAVILHADOS<br />

GRÁFICA DE PROFISSIONAIS<br />

(45) 3036-1122<br />

www.positiva.ind.br<br />

Rua Cuiabá, 2037 - 85802-030 - Cascavel - Paraná


GIRO STARTUP<br />

EVENTOS PELO BRASIL<br />

ESSA GALERA NÃO<br />

É FRACA NÃO!<br />

VEJA POR ONDE<br />

ANDAM OS<br />

EMPREENDEDORES<br />

MAIS CONECTADOS<br />

DO PLANETA :)<br />

02_<br />

01_<br />

03_<br />

01_ Eduardo Serralheiro, diretor da AMEXCOM, que<br />

lançou a PayShopp em Cascavel, plataforma de reservas<br />

on-line para lojistas<br />

04_<br />

05_<br />

07_<br />

06_<br />

02_ Talk durante a Lean Startup Week transmitida ao<br />

vivo pelo AlfaCon com Sandra Corso (Festa Bem Feita),<br />

Leandro Lorenzetti (Lynx), Nicholas Dias e Carlos Soccol<br />

(MyPharma)<br />

03_ Diretamente do DevFest Paraná que rolou em Foz<br />

do Iguaçu: Luis Poletti (Iguassu Startups), Adriano Spanhol<br />

(Sebrae), Marcia David (Endeavor Brasil/Uniamérica),<br />

Adélio Conter (UDC) e Daniel Vieira (Servicili)<br />

04_ Café no Rotativos é o ponto de encontro oficial<br />

antes da reunião de quinta do Núcleo de Informática e TI<br />

da Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel)<br />

05_ A caravana da Aliança Empreendedora passou<br />

em Cascavel para selecionar as finalistas do Desafio<br />

Paraná que premiou as melhores startups do estado<br />

com R$ 28 mil<br />

06_ Agile Brazil, em Curitiba, com representantes do<br />

velho oeste: Marcelo Yokio Outa, Carlos Sella, Davis<br />

Cabral, Paulo Antiquera, Marcelo Carmizini, Diógenes<br />

Araujo e Vicente De Paula Filho<br />

07_ A Datacoper Software, de Cascavel, foi eleita<br />

pela sexta vez como uma das melhores empresas do<br />

Brasil para trabalhar no ramo de TI. O presidente Cezar<br />

Bernardon e o gestor comercial Adriano Stradiotto receberam<br />

o prêmio do GPTW (Great Place to Work)<br />

08_<br />

08_ A equipe da SetaDigital também está entre as<br />

100 melhores empresas de TI para trabalhar no Brasil.<br />

No Paraná ficou em 4º lugar na categoria empresas de<br />

pequeno porte em todos os segmentos.<br />

Crédito: Rodrigo Vieira/Divulgação<br />

39 / somosrulez.com.br


GIRO ESPECIAL<br />

STARTUP PR + CASE<br />

12_<br />

ESSA GALERA PEGOU A ESTRADA PARA CONHECER, SE<br />

INSPIRAR E MOSTRAR SUAS IDEIAS PARA O MUNDO!<br />

OLHA SÓ COMO FOI A MISSÃO DO SEBRAE PARA OS EVENTOS<br />

MAIS DISPUTADOS DE <strong>2016</strong>: O II ENCONTRO ESTADUAL<br />

STARTUP PR, EM CURITIBA, E O CASE, O MAIOR EVENTO DE<br />

STARTUPS DA AMÉRICA LATINA, EM SÃO PAULO.<br />

04_<br />

08_ 06_ 09_<br />

01_ Time em missão no Case<br />

02_ Selfão da Sandra Benitez de Andrade, consultora<br />

do Sebrae, com a galera da missão<br />

03_ Os empreendedores Marco Zanatta (Arko) e Luiz<br />

Felipe Cervi (EEMovel)<br />

04_ Hora do break no Mercado Municipal de São Paulo<br />

05_ Marcelo Shiraishi, Bruno Pellizzetti e Alexandre<br />

Antônio no Case dê olho no Pitaco da Blanko<br />

06_ This is Sparta!!! SQN :) Quem é o guerreiro das<br />

startups? O pai-empreendedor mais novo do pedaço….<br />

Luis Poletti!<br />

07_ MyPharma em ação no Case<br />

08_ Em pé: Luiz Felipe Cervi, Nicholas Dias, Carlos<br />

Soccol, Bruno Pellizzetti, Sandra Benitez de Andrade,<br />

Marcelo Massayuki Shirsishi, Camila Giacomeli,<br />

Leandro Scalabrin, Marcos Granzotto, Cristiane Muniz<br />

Schlindwein, Jhonata Willian, Paola Kugelmeier. Embaixo:<br />

Samuel Pedro Ribeiro, Alexandre Antonio Boom,<br />

Adriano Spanhol e Luis Poletti<br />

09_ O trio top da missão Paola, Jhonata e Camila<br />

10_ Pitch do MyPharma no Startup PR<br />

11_ Turma badalada no Case: Leandro Scalabrin<br />

(SWA Sistemas), Arthur da Igreja (Valley Connection),<br />

Sanderson Jorgensen e Rômulo Côrrea de Oliveira (Jazz<br />

Consultoria), Osvaldo Cesar Brotto (Sebrae), Carlos<br />

Soccol e Nicholas Dias (MyPharma), Marcos Granzotto<br />

(Bomo)<br />

12_ A Santa Ceia dos empreendedores! Camila Giacomeli<br />

(Iguassu Coworking), Bernard De Luna (Bunee.<br />

io/3days), Adriano Spanhol (Sebrae), Osvaldo Cesar<br />

Brotto (Sebrae), Marcos Granzotto (Bomo), Marcos Medeiros<br />

(Ponks Toy), Luis Poletti (Iguassu Startups), Paola<br />

Kugelmeier e Jhonata Willian (Pontools), Carlos Soccol e<br />

Nicholas Dias (MyPharma)<br />

40 / somosrulez.com.br<br />

Crédito: Divulgação/Assessoria


03_<br />

10_<br />

02_<br />

11_<br />

01_<br />

05_ 07_


VALUE PROPOSITION<br />

JORGE AUDY<br />

DESISTA,<br />

RECEITA<br />

DE BOLO<br />

NÃO<br />

FIDELIZA<br />

CLIENTE!<br />

JORGE AUDY<br />

Jorge Horácio “Kotick”<br />

Audy é escoteiro, formado<br />

em Análise de Sistemas na<br />

PUC/RS em 1987, mestre<br />

em Administração na linha<br />

de Gestão da Informação<br />

em 2015, professor universitário<br />

na FACIN da PUC/<br />

RS, consultor e agile coach<br />

na DBServer.<br />

/jorge.audy<br />

(51) 9999.0692<br />

jorge_audy<br />

▸ O Canvas de Proposta de Valor é um artefato complementar<br />

ao Canvas de Modelo de Negócios criado<br />

por Alexander Osterwalder, apresentado no seu livro<br />

mais famoso – Business Model Generation. O Value<br />

Proposition Canvas sugere uma modelagem visual<br />

sobre as percepções de ganhos e perdas pelo cliente,<br />

uma extensão à compreensão das personas e proposta<br />

de valor em relação ao formato atual e proposto.<br />

A partir do entendimento de quais são e prioridades<br />

entre os segmentos de clientes que queremos atender<br />

e que entregaremos valor, podemos focar em entender<br />

cada segmento, exercitando o senso de empatia. No site<br />

de Steve Blank há um diagrama que demonstra qual o<br />

desdobramento das colunas de Cliente e Valor do BMC<br />

em relação ao Value Proposition Canvas.<br />

O preenchimento inicia pelo círculo à direita, referente<br />

aos Segmentos de clientes, depois o quadrado à<br />

esquerda com as Propostas de valor (ambos extraídos do<br />

The Business Model Canvas que apresentamos na edição<br />

anterior), diminuindo perdas e ampliando ganhos. Ao<br />

mesmo tempo, vamos mapeando como pretendemos<br />

reduzir ou eliminar as perdas identificadas hoje, como<br />

queremos aumentar ou potencializar os ganhos e como<br />

ficaria o trabalho executado pelo cliente.<br />

O Value Proposition Canvas representa, para cada<br />

segmento ou persona que a gente queira entender e<br />

validar, um exercício de empatia alternativo ou complementar<br />

ao Empathy Canvas (aguarde, vamos falar<br />

dele na próxima edição!). Então, afinal, quais são os<br />

ganhos, perdas, como o cliente trabalha hoje, dificuldades<br />

e oportunidades percebidas?<br />

Não existe receita de bolo, decidir qual(is) dinâmica(s)<br />

utilizar depende de um entendimento maior do cliente,<br />

produto, serviço ou projeto, complexidade, tecnologia e<br />

características. A escolha deve potencializar a solução<br />

de problemas, necessidades, além de revelar oportunidades<br />

para antecipar validações do plano de negócios<br />

ou contínua manutenção e evolução dele. ▪<br />

#DICAEXTRA<br />

É comum e previsível surgirem durante essa discussão<br />

algumas informações pertinentes aos demais quadrantes<br />

do Canvas de Modelos de Negócios (que mostramos na<br />

edição anterior), como recursos e atividades-chaves,<br />

canais e relacionamento, tanto quanto concorrentes e<br />

suas propostas de valor. É fundamental que essas informações<br />

vão para sua parede com destaque para que,<br />

futuramente, você tenha a sensação de ter percebido<br />

um risco que poderia ter sido tratado e infelizmente<br />

não recebeu atenção.<br />

Manual de<br />

Instruções<br />

Tarefas do cliente: Como é o trabalho do<br />

cliente ou persona no que tange ao serviço ou<br />

produto em questão, suas tarefas e percepções<br />

sobre elas, as necessidades que eles têm<br />

de estabelecer ou os problemas que eles têm<br />

de resolver.<br />

Dores: Relacione quais os desperdícios,<br />

riscos, problemas e impactos, aspectos<br />

negativos percebidos, problemas causados,<br />

frustrações, deficiências, emoções negativas,<br />

entre outros.<br />

Ganhos: Os benefícios e desejos pessoais,<br />

funcionais ou econômicos, o que o cliente quer<br />

ou espera ganhar, podendo ser comparativos,<br />

insights, oportunidades que poderiam ser<br />

aproveitadas.<br />

Produtos e Serviços: Mostre como passará<br />

a ser o trabalho das pessoas para atingir as<br />

proposições acima, as características de seu<br />

produto ou serviço que ajudam os clientes a<br />

fazer o seu trabalho, se possível diferenciando<br />

em baixo, médio e alto impacto.<br />

Analgésicos: Como você diminuirá ou eliminará<br />

as dores explicitadas, destacar como<br />

seus produtos ou serviços aliviarão ou eliminarão<br />

os aspectos negativos percebidos, como<br />

custos, satisfação, entre outros.<br />

Criadores de ganhos: Como seu produto<br />

potencializará os ganhos desejados, podendo<br />

bem ser benefícios ou desejos, economia de<br />

custo emocional, funcional ou social.<br />

TÁ PRONTO PARA<br />

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42 / somosrulez.com.br


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Criadores de Ganhos<br />

Ganhos<br />

Produtos<br />

& Serviços<br />

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: Strategyzer AG<br />

The makers of Business Model Generation and Strategyzer<br />

Tarefas<br />

do Cliente<br />

strategyzer.com


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a gente tá falando :)<br />

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