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O PRÉDIO CENTRAL Entre os inúmeros prédios construídos no Campus Belém, um se destaca como o mais importante por sua área de construção, pela imponência de suas linhas arquitetônicas, por ser o primeiro a ser construído e, também, por ser tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal. O prédio teve a sua construção iniciada no final do ano de 1952 e foi concluído e inaugurado em 8 de outubro de 1958, data a partir da qual a Escola de Agronomia da Amazônia transferiu todas as suas atividades acadêmicas e administrativas para o novo imóvel, saindo definitivamente das instalações do Instituto Agronômico do Norte, que então ocupava, por força do dispositivo legal. A partir daí o novo prédio passou a ser conhecido como Prédio Central (Figura 27), nome vulgarmente conhecido até hoje, embora por ato da direção da FCAP, na administração do Professor Manoel Malheiros Tourinho, contrariando a Lei n° 6.454, de 24.10.1977, lhe atribuir a denominação de Edifício Prof. Rubens Rodrigues Lima, numa homenagem ao decano dos docentes da instituição. Figura 27 – Vista frontal do Prédio Central da UFRA. Foto: José Maria Conduru Neto Em razão de sua importância para o processo de desenvolvimento sócio-econômico da região na formação de profissionais da área das Ciências Agrárias, então carente em nível regional, e sua arquitetura de linhas clássicas, única neste espaço geográfico regional, o Prédio Central foi tombado pelo Serviço do Patrimônio do Município de Belém, em 7 de abril de 2002. O Prédio Central, após mais de 5 décadas de sua conclusão, tem uma área construída, em dois pavimentos de 8.600 m 2 , distribuídos em 3 grandes blocos, as chamadas Ala A, a esquerda do prédio, Ala C, à direita e uma ala central chamada Ala B, onde ficaram localizadas por um longo tempo, ou seja, até a edificação dos demais prédios que hoje constituem os endereços dos diversos cursos e unidades acadêmicas e administrativa da EAA e suas sucessoras, todas as atividades administrativas, de ensino, pesquisa e extensão, à época em funcionamento na EAA. 94
Registros Históricos - Contribuição à Memória da Universidade Federal Rural da Amazônia O Prédio Central, com mais de meio século de existência e por vários lustres ter sido destinado para as atividades acadêmicas e administrativas da EAA, onde, nos seus laboratórios, salas de aula, auditórios, a administração superior e auxiliar, há intensa movimentação de discentes, docentes, servidores e pessoal que tem relacionamento com as atribuições deste estabelecimento de ensino, sem dúvida apresentava natural desgaste, pois a instituição, ao longo dos anos, não dispôs de recursos materiais, humanos e financeiros suficientes para uma manutenção adequada, de modo a mantê-lo em condições compatíveis com a sua destinação e tradição sócioeducacional para a região, em razão das reformas e reparos terem sido insuficientes para conservá-lo nas mesmas condições existentes no tempo de sua inauguração. Apesar dos esforços das administrações, desde 1958, ano de inauguração, até o ano de 2004, para manter o prédio em condições de uso para seus fins acadêmicos, é de se reconhecer que necessitava de uma reforma para cumprir com seus objetivos educacionais, especialmente no que se referia à sua distribuição locacional que exigia novo layout em face da dinâmica do ensino de Ciências Agrárias bem como a necessidade de laboratórios e outras instalações para contemplar as exigências que surgiram, além da adequação de alguns espaços em sala de aula para atender as modernas técnicas de aprendizagem. Na administração do Prof. Manoel Tourinho, já ao tempo da Universidade Federal Rural da Amazônia, o reconhecimento da classe política a este tradicional estabelecimento de ensino superior em Ciências Agrárias, com 60 anos de relevantes serviços prestados a sociedade amazônica, garantiu à UFRA dispor, talvez pela primeira vez, de recursos extraorçamentários provenientes de emenda parlamentar, pois através do Deputado Federal Anivaldo Vale foi atribuído a esta Universidade recursos da ordem de R$ 850.000,00, que a direção destinou para reforma da Ala C, do Prédio Central, enquanto a Ala A e o telhado, que há muito apresentava alguns problemas, foram contemplados com recursos de outras emendas de parlamentares do nosso Estado. Com esses recursos, foram feitas reformas do Prédio Central, inclusive parte do seu telhado, o que proporcionou a esse imóvel total recuperação, estando hoje em excelentes condições de manutenção e uso, onde estão localizadas várias unidades operacionais e acadêmicas. Após a conclusão da reforma no final do ano de 2004 o Prédio Central funciona, até hoje, sem qualquer interrupção, atendendo aos seus objetivos educacionais e administrativos. O Prédio Central logo após a reforma, que modificou parcialmente o seu layout, passou a ser identificado por alas nas quais se desenvolvem atividades em suas diversas instalações. Na Ala “A” funciona o Instituto Ciberespacial – ICIBE, com todo o seu complexo administrativo e educacional, constituído de diretoria, assessoria, gabinetes dos docentes, salas de aula e laboratórios de informática, sanitários masculinos e femininos, auditório Frederico Mergulhão, com capacidade para 30 pessoas, auditório denominado Anfiteatro, com capacidade para 200 pessoas, corredores de acesso e copa. 95
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