RegistrosHistoricos
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Walmir Hugo dos Santos<br />
Encaminhado ao Ministério da Educação, o projeto de abertura do novo curso no Campus<br />
Belém, o Conselho Federal de Educação, através do Parecer nº 802, de 9 de dezembro de 1971, aprovou o<br />
funcionamento do Curso de Engenharia Florestal na Escola de Agronomia da Amazônia, o que motivou o<br />
Decreto Presidencial nº 69.786, de 14 de novembro de 1971, homologando a decisão do Conselho Federal<br />
de Educação – CFE e, em 27 de julho de 1977, pelo Decreto Federal nº 80.030, foi reconhecido como um<br />
curso que atende todos os requisitos para uma boa formação de um profissional de Engenharia Florestal.<br />
O primeiro Coordenador do curso foi o Prof. Humberto Marinho Koury, enquanto o primeiro<br />
chefe do Departamento de Engenharia Florestal foi o Prof. Nadir Silva Castro, ambos já falecidos, que são<br />
considerados grandes baluartes do novo curso.<br />
Em janeiro de 1972, após o vestibular que classificou 30 candidatos que constituíram a primeira<br />
turma de discentes, 27 deles, em 29 de novembro de 1975, colaram grau em Engenharia Florestal.<br />
Medicina Veterinária<br />
Na década de 70, apoiada pelo governo federal e em razão da política de incentivos fiscais<br />
promovida pelo órgão de desenvolvimento regional, teve início na Amazônia a expansão da pecuária e de<br />
atividades agrícolas, principalmente no Estado do Pará, o que deu oportunidade a esta unidade federativa<br />
de se transformar em um dos principais pólos da pecuária nacional, com ocupação de grandes áreas com<br />
pastagens plantadas, além de aproveitamento de forma racional das pastagens naturais existentes em<br />
grandes quantidades na região, o que elevou o plantel nos dias atuais, para cerca de 18 milhões de cabeças<br />
de bovinos, o quinto maior do país.<br />
No entanto, àquela época, o diagnóstico da situação de profissionais apontava para uma deficiência<br />
de pessoal com qualificação específica para enfrentar os problemas do setor, o que poderia criar empecilhos<br />
para o plano de desenvolvimento da atividade agropecuária, apoiada pelos órgãos governamentais que<br />
foram criados para o processo de crescimento de nossa economia.<br />
A Amazônia contava, então, com menos de uma centena de Médicos Veterinários que se<br />
distribuíam pelas unidades federadas da região, a grande maioria proveniente do nordeste brasileiro.<br />
A Faculdade de Ciências Agrárias do Pará – FCAP, nova denominação que recebeu a Escola de<br />
Agronomia da Amazônia, sensível a essa situação de carência de mão de obra para dar suporte técnico<br />
às atividades zootécnicas que experimentavam grande expansão na região, apresentou ao Ministério da<br />
Educação um projeto de abertura de um curso de graduação em Medicina Veterinária, o qual aprovado<br />
em 16 de março de 1973, pelo Conselho Federal de Educação, e foi autorizado a funcionar pelo Decreto<br />
nº 72.217, de 11 de maio de 1973, tendo obtido reconhecimento em 1º de novembro de 1978, pelo Decreto<br />
nº 85.537.<br />
Destaca-se na fase inicial do Curso de Medicina Veterinária o Convênio entre a então FCAP<br />
e a Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, que permitiu a preparação do primeiro grupo de<br />
professores treinados especialmente para ministrarem aulas em Belém, tendo recebido treinamento, nessa<br />
oportunidade, oito professores do quadro da Instituição. Em 1974 foi iniciado o curso, que contou com o<br />
apoio do Hospital Veterinário, o único no Norte do Brasil aquela época, após o vestibular que ofereceu 30<br />
vagas, todas elas preenchidas.<br />
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