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A CRIAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL
RURAL DA AMAZÔNIA – UFRA
A origem da atual Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA está remetida ao longínquo
ano de 1945 quando, através do Decreto Lei nº 8.290, de 5 de dezembro de 1945, assinado pelo então
Presidente José Linhares, que substituiu o Presidente Getúlio Vargas, falecido em 24 de agosto do mesmo
ano, e pelo Ministro da Agricultura Teodureto Camargo, criou a Escola de Agronomia da Amazônia – EAA.
Segundo o modelo vigente, à época, do ensino superior brasileiro, a nova Escola, na condição de
estabelecimento isolado, foi vinculada ao Ministério da Agricultura, através da Superintendência de Ensino
Agrícola e Veterinário, que coordenava todas as escolas federais de ensino em Ciências Agrárias, quando
despontava como líder a Escola Nacional de Agronomia, localizada no km 47 da antiga estrada Rio – S.
Paulo, no município de Itaguaí-RJ.
A Escola Nacional de Agronomia que por muitos anos foi considerada escola padrão e paradigma
do ensino de agronomia, hoje se encontra integrada à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Como já referenciado neste documento, a Escola de Agronomia da Amazônia somente foi
instalada em Belém, no dia 17 de abril de 1951, data a partir da qual vem funcionando ininterruptamente
até aos nossos dias, através de suas sucessoras, a FCAP e a UFRA, contando com mais de seis décadas de
existência.
Desde a sua criação e instalação, a Escola de Agronomia da Amazônia tem características de
estabelecimento isolado, resistindo nessa condição a várias modificações legais que se sucederam ao longo
do tempo entre diversas instituições federais do ramo, e deste modo, permanecendo fiel à sua história de
destinação de especializada na área do ensino em Ciências Agrárias.
A Escola de Agronomia da Amazônia manteve-se isolada até mesmo por ocasião da criação da
Universidade Federal do Pará em 2 de julho de 1957, através da Lei 3.191 e oficialmente instalada em 31 de
janeiro de 1959, que incorporou sete faculdades federais, estaduais e privadas, existentes em Belém, como
Direito, Medicina, Odontologia, Ciências Contábeis, Engenharia, Farmácia e Filosofia, sem, no entanto,
agregar a nossa Escola, decisão governamental que reconheceu que a Escola de Agronomia da Amazônia
deveria se manter como estabelecimento isolado e especializado no ramo do saber em Ciências Agrárias e
áreas afins.
Todavia, com o passar do tempo o modelo jurídico e organizacional de estabelecimento isolado
já não mais se ajustava às demandas solicitadas pela sociedade, que requeria uma estrutura institucional
mais dinâmica para responder, no que lhe cabia, às exigências do processo de desenvolvimento regional,
sobretudo no setor agropecuário e florestal.
No decorrer dos anos, várias tentativas foram feitas no sentido da nossa tradicional casa de ensino
mudar o seu sistema jurídico e institucional, por inúmeras razões, inclusive a cobiça expansionista territorial
de alguns órgãos. A significativa área de seu Campus Belém, localizada em perímetro urbano, ainda que na
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