Notas sobre criação audiovisual, Via: Ed. Alápis
Notas sobre criação audiovisual, redes sociais e web - Cinusp
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Capítulo 2<br />
Outrar-se não é “tornar-se outro” em sentido frenia<br />
[mente/ personalidade#schizofrénie]<br />
mas talvez dialogue perfeitamente com o vocábulo deleuziano:<br />
desterritorializar-se…<br />
Outrar-se pode ser um “tornar-se outro” a medida em que,<br />
ao nos relacionarmos com os outros, somos afetados [assim<br />
como afetamos] e<br />
nestas constantes trocas nos transformamos em um novo ser.<br />
Não devoramos o outro [o desapropriando],<br />
mas nos permitimos sermos penetrados<br />
numa relação de penetração e reapropriação mútua.<br />
o Outrar-se, portanto, faz parte de uma nova ética: a ética da<br />
confiança na rede. confia-se que o enunciador do discurso<br />
apreendido — blog ou outro sítio— publicou [digitalizou sua<br />
escrita e a tornou pública] na data referente ao post [publicação<br />
relacionada à pesquisa]. E é a partir desta primeira ética<br />
— em rede – que pode ser validada a enunciação d’outrem:<br />
citação/ pertencente a<br />
Outrar-se exige, portanto: estima, respeito e confiança no<br />
‘outro’ e no relacionar-se.<br />
Ao ser convidada a participar como bolsista-doutoranda do<br />
projeto Novos Talentos, solicitaram-me que desenvolvesse uma<br />
atividade didático-assistencial de vertente tecnológica das “novas<br />
mídias” audiovisuais. Devo dizer desde já, do início deste texto,<br />
que cada dia aprendo mais com meus alunos. O papel do<br />
professor sendo mais o de orientador-fomentador em uma determinada<br />
área (disciplina) do que de “mestre-que-tudo-sabe”–<br />
uma visão tão antiga quanto as “novas tecnologias”.