Notas sobre criação audiovisual, Via: Ed. Alápis
Notas sobre criação audiovisual, redes sociais e web - Cinusp
Notas sobre criação audiovisual, redes sociais e web - Cinusp
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
21<br />
é exemplar neste sentido. A câmera ainda se mantém distante da<br />
cena, ou seja, é enquadrada em plano geral. O corte é resultado<br />
de mudança de espaço. Algumas das informações são dadas<br />
pela imagem, outras, por textos colocados entre as cenas.<br />
Aos poucos, americanos e europeus começam a desenvolver<br />
estratégias culturais técnicas do cinema para realizar um filme<br />
linear e proporcionar ao espectador um espetáculo continuo, ou<br />
seja, um espetáculo onde não se percebem cortes e os artifícios<br />
necessários à realização do filme são escamoteados. Neste processo<br />
o cineasta americano D. W. Griffith terá um papel central.<br />
O pesquisador Ismail Xavier destaca que não coube ao diretor<br />
inventar todas as técnicas e procedimentos como o close-up, a<br />
montagem paralela e movimentos de câmera. Estes eram utilizados<br />
mesmo antes de Griffith iniciar sua carreira. Coube a ele<br />
inventar a figura do diretor, figura responsável pelo conceito do<br />
filme, por buscar coerência dramática através de técnicas já em<br />
uso. Seu papel foi o de “transformar o close-up em canal de “subjetivação<br />
das imagens, adensar a psicologia no cinema e ampliar<br />
o alcance da narrativa, não só no plano da continuidade das ações<br />
mas também no plano da carga simbólica atribuída às imagens.<br />
Enfim, Griffith foi o mestre da decupagem não por tê-la inventado<br />
mas por tê-la transformado em peça-chave de um sistema narra-<br />
<strong>Via</strong>gem à Lua<br />
George Méliès<br />
<strong>Notas</strong> <strong>sobre</strong> <strong>criação</strong> Audiovisual, Redes Sociais e WEB