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H - Fundação Biblioteca Nacional

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BÜ<br />

WÊk. '<br />

«<br />

CATALOGO<br />

EXPOSIÇÃO PERMANENTE<br />

CIMELIOS<br />

BIBLIOTHECA IA0I0ML<br />

Publicado sob a direcção do <strong>Biblioteca</strong>rio<br />

-JOÃO DE SALDANHA DA GAMA<br />

m Mb, \<br />

jil DE ií AN El KO<br />

S LKUKINOEIÍ fc FILHOS, Rl't UO OU


PREFACIO<br />

REORGANIZADA por Decreto de 4 de Março<br />

de 1876, e dotada de pessoal idóneo, tem agora<br />

podido a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> desenvolver rapi-,<br />

damente.as suas forças. Certo, si também outros<br />

recursos obtivera, mais arrojados vôos hôitvera já<br />

desferido. Ainda assim, nos sempiternos fastos da<br />

historia ¿patria, lá ficam, vigorosamente cinzeladas,<br />

as finas; e graciosas: fôrmas da EXPOSIÇÃÒ CAMO-<br />

«NEANA de 1880,' e o vulto mais senhoril e altivo<br />

da EXPOSJÇÃO• DE HISTORIA de iSSr. como documentos<br />

incontrastaveis de; sua fecundá actividade.<br />

Hoje, por esforço não menos ingente, rasga a<br />

Bibliotheca novas fontes e- novos horizontes á<br />

grande anciã dé ¿saber dg espirito humano,- dfes-<br />

,vendando-lhe os primores do seu ^opulento feio.<br />

Edições raras; exemplarei/ talvez unicòs ; •<br />

Outros esplendidamente trabalhados*por mãos dos<br />

mais afamados mestres; alguns, encerrando os..<br />

thesouros do pensamento das mais vástas>e po-


pfe'hte.v intelligencias d.qsftmpos idos ; esses offertaiido<br />

nps* asi primicias da sciencia, colhidas pela<br />

obserVação e pelo raciocínio; aquellesjpatenteando-nos<br />

í>s setíraos da arte, surprehendidffl pela<br />

inspiração ,e Mq*sen^imentO; áíi, a antigüidade<br />

cogi.Sua -rudeza, más com s»a -grandezít; aqi|i,<br />

actualidad'® com todos fi^seúSapuros;^ ?toda;s *aá 'y,<br />

Huas t alas . Ü (: '' menft ' descripto, con-<br />

; frontadô *è commentado, dará, .ÇorquSo. não dí- :V<br />

rátaOf? mais M 'aos pontos'controvertid« mâK 1 ,<br />

firmeza »ajf t' on il üis ^^S tas ' Estudo »P ac ente e<br />

».<br />

critica conÔ^iosa, hçi de recrudescer a febre cLó^<br />

movimentq, de qifíe fatal feptantFWrogrfsso,<br />

•"^aperfeiçoamento geral,<br />

Ao estude®®! analj sj&jprtxedeii a selecção |<br />

Nosjlicos archivoÉfda Bibliothecâ <strong>Nacional</strong>,<br />

'^separar e grupar, setèçte ê^onscieotenrente, alguns<br />

potocos exejnplafe de valor mais_subido;<br />

não ' é" tarefa de Sáfenos Jmportançià. O espaço<br />

de qüe dispunhamêsllim "ÍÉftremo diminuto, náo 1<br />

Ripermittia a exhiUlçao 'completa (Modas as no'ssas<br />

i ciqtfeis Era prett^.éseolhei Jgcolhcr sempu^<br />

examinar, comparar, ^tornar B ^bmparaV; até que<br />

í. as jóias,' ijror feu2¡¿queno numero, ^"por mais<br />

preciosas, se " pudififem accommodar nâfc/ caixá^<br />

*que Ihípi ^stjvam destinallasC Não obstantèv of "<br />

ívápoijçBo esg^ço, qui;, -nos obrigou em um ou<br />

iòutro ponto ¿ alterar a*¿i8|m chronoV>gicà, iotl-<br />

• seguimos 'fossem .representadas todas aá ' cidades


VII<br />

e todos os artistast »que se distinguiram na grande<br />

arte de (;¡itenber¿." Xa Allemanha, os l-'usts, os<br />

Schoeffers, os Zells, os Deckers, e os Gieseckes e<br />

Devrients; ria'Italia, os' (Salís, Esteväos Plancks,<br />

osf Spiras, os Coloftíás, os ]untàs"é os Aldps ; em<br />

•Basiiéa, os Frobens, os tartanders e os" Herrágios;<br />

na-Françaj os: Gerings, õs Ascensios. os Esteväos,<br />

os Mames, os Didots e os Claves: em Antuerpia,<br />

os Plantihos ns ;<br />

ém Philadelphia, os Collms: em Buenos-Aires, os<br />

Kralis; no Rio de Janeiro, a Imprensa <strong>Nacional</strong>,<br />

os Maximinos, os Lombaerts, os Laommeris eos<br />

I.euzingers ;. emfim, nô; Maranhão, os Mentos e os<br />

Frias. .<br />

Na SèçÇáo "de Manuscriptos, alinha-se. im-<br />

•j pqndo o respeito i: ä admirágãô,' a brilhante pleite<br />

de sabios illustres : Alexan.dre Rodrigues Féfreffa,<br />

Arruda Camara,. Lacerda, Velloso e Freire Allemfto,<br />

ali estão, como a convidar-nOfj a penetrar no coração<br />

de nossas virgens é seculares florestas e a<br />

abrir pelas amplidões d'está portentosa c inexhauriyel<br />

natureza a rota que: a sciencia inda procura.


VU! • • ' ( . ! B ' p f<br />

. I jf, _ -Si".'. •• H<br />

Mirrriles,. com


m 1 •<br />

;A ¿SEoIa álLemâ por, Atb.erto Dürer, Erederíco<br />

Wagner,. r MerU : : ,:<br />

A escola hullanduza, por Lucas, ci«. lloiianda.<br />

Henriqmç Goltzio, (jiiilherpiSHondiOy.Hergiano<br />

Swanewclt, ,0 Reinbrandt;<br />

y; A escola tlamctiga polos Salderérs. Van Dyck.<br />

l'aqjo l'oncio, é Pedro, Van Schuppen :.. '<br />

A ¡escola iiiglSçsit.p.or Hogafth ;<br />

A escola francez*^- ¡xír Xoel. Garnier. Jacob<br />

Caljótí- Roberto /Hanteuil, *G|íari|í> Audran, Gerardo<br />

F.delinck, os Drâvets, Debuçourt, Henriquèl<br />

Dupont, .e. Galllard ;<br />

, "escola hespanhola pelo Hes|ianholeto,- è<br />

FernandqvSelma;<br />

- A escola psrtuguez^Jpor Vieira Lusitano, João<br />

Caetano Kiva.ra. e João Vicente.' Priax :<br />

Todas captivaiii a nossa ^ttenç^o., ,<br />

D^sdfeiys. primèirpsMSnsaiòs da gravura, pti o<br />

até as magnificencias dós Audt-ans e dos;<br />

;Edelincks, lud


Zeferino' de Menezes Brum, Dr. José Alexandre*<br />

Teixeira de Mello," Alfredo do Valle . Çabral, ?e;<br />

. Bp Antonio Jansen do Paço, pela intelligeneia.. iüustraçfio<br />

e zèlo qti§ còristemiram na confecção d'este<br />

: Catalog®. Cáda um, em sua respectiva Secção, não.<br />

cumpriu iò o sfeu d : èver, trabalhou com dedicação»: .<br />

"insolutos todoà, não recuaram anté¡,:^i sacrificio,<br />

corajosamente p transpu|Jra : m, com os olhS^tps<br />

* ña patria e na sciencia.<br />

Dos Offici^fjs, os Srs, Antônio José Fernandes<br />

de Oliveira e João Ribeiro Fernandes, e do Auxilia|§<br />

o Sr,¡Antonio Luiz-winto' Montenfegro, nào .<br />

' deixaremos de fazer honrosa menção peio valioso<br />

i conducente com que nos auxiliarâm.<br />

Ao cavalheirismo e extrema obsequiosidad«,<br />

do iiiustrado Sr. Dr. Ladislaií Netfo, Director<br />

Geral do , Museu <strong>Nacional</strong>, devemos


•' • i<br />

'•'.XI •<br />

vir, sacrifiquesiBió^sWahtO é precisai® nome com<br />

as suas grandezas, a ¿u;


.SECÇÃO DE IMPRESSOS ><br />

E-<br />

CARTAS GEOGRAPHICAS


ESBOÇO IIISTORICO<br />

Tantas vezes se tem /eçentèniettte tFátado4e|<br />

assumptoJjespeéialijíentfclos J^nm da própria<br />

Bibliotheca, que a p||sepfé noticia «ã


¡ SoI>, ti-tí®H5ms!g|ía jR'-a! Bibliothecá da Ajudâf,<br />

-que seu avô;:: l.-'.l-Rei Ú. Jos)'- I, orgamsára para<br />

¡substituir a'qtí^-O terremoto R Lisboa em 1755.<br />

dispersara ¡¡ o consecutiva incendio sçopsumíi^; •<br />

; Collocada no. extenso e escuro consistorio da<br />

igreja da "O 3 * de: N penhora do Carmo, rua<br />

Si^ggfi'rmn. foi ¿Ha, não déjtodo 1 indistinctaih-éòte :;<br />

j fei^Sdavao publico, ^ma* aproveitada, dü ;8.¿|<br />

¡É¡ diante," peloV,estudiosos que para esse fim<br />

..obtinhamlplSfi, ejicil cflfentimento regio. Temos<br />

•presente unia ordem nçsse sefitido passada 1ÍÍQ *<br />

..Condi, "depois Marquez de Aguiar,«m nome. do;<br />

Principe Regente,' em de Dezembro de ^ ^<br />

dirigida ao .W s paqüim ©amaso,^<br />

•1 * % principio acCommodou>se'*arBibliptii ¡ ^ nos<br />

andar superior do hospital; tnais tarde, tendo.ella<br />

í leguramentç crAcifesooi dà livros quiseram'


17<br />

;i»Juz necessaria. nem offerec-e os commodos' indispensáveis<br />

em hum gstabeí&imento desta natureza,<br />

e que no lugar que- havia servido de : catacumba<br />

; aos Religiosos do Carmo se podia.fa^ei* huma mais<br />

própria ;e decente aceomodaçíto para a dita livraria:<br />

hei por liem, revogando o mencionado Real Decreto<br />

ide 27 de junho,r determinar quê. nas ditas catar<br />

cymbàsS'£êrija e açcomode a minha Real bibliothéca<br />

y. írtstnimentós de physica e mathematicá,fazendo-s«<br />

á custa da Kcal Fazenda toda a despeza condu -<br />

cente ao arranjamento e manutenção do referido<br />

Restabelecimento:' O Conde


18<br />

ViegäsVe Padre Joaquim Damas«} da*CoftgÂgaçà»<br />

do SfatorfÉFá clU.-.s confiou .jaç Principe''äVtiianu-<br />

* tençãp öSarranjamento intefner;da:siäa bibliotheca,<br />

cdö éfl^rítt^s^ÂtKtBpenbarami^de modo sai is •<br />

•'. Gregorio até 1821, em que törnou paia? £<br />

áti'o reino, ¿buí' aíkiôrte, ¡|| õ P. Damas® até Jüa'i, ertt<br />

qjie. krgltou também para Portugâíi ¡näö Hnd'o qué-'<br />

rido ãdhèrir ä emancipação da colonia. •<br />

• :Nâo^au porem fcómsiffô oíegitóbibliothècaíio *<br />

para o reino òVímpriSpos, eóiftô fiiera.á gràMÂarte<br />

> çfÉs, ínanuscripto« :da Rcítl Bjblíotheeá, os quacs ,<br />

fôram |)or eile de novo refrôlhidôáí á ?Üa Ajuda,<br />

Desde qujfea ®bliothec&; detinuK amento-se ,<br />

r ~ estabifllllßii no Ria de Janeiro foram-H-lhè ^gíe» "<br />

fSarändo,. por -daidtvas<br />

máiS de utn tifijcf, grandes e impôrtáH®I§ol|f^^%<br />

; lSjéí lívrôs, que hojfcem dia .á .constituem o què é. .<br />

' .N.o dominio colonial continuou a fâiér-se de LisboJlM<br />

remefeij dè;: livros âli impresaOss-Âjué, a tituligde :<br />

propinas^ jíecsbia,; aj^çasa reàl.<br />

Anteã pörenf.'de passarmos a fazer menção<br />

. d'ellas é Mb noíslô. rigoroßö dever registrar a do<br />

douiS ibbade* íp Santo Adrião de Sftver, Diogo<br />

"Barb^sí- MaÈhácfo, Aos incansaTeisi esforços d'este f<br />

distinctfssimo colKtor de preciosidades bibliogrà.-<br />

. phiüa|^dev|gl a herdeira'd a BibliotbçÂiÈ';da. -<br />

• Ajuda, a mais,que rara, pois é única 110 seu gvfu.To.<br />

' collecção di* opusculos valiosíssimos conccrncfites<br />

á historia de.'Poitug$j|e; do Brazil e que, pelo pa-<br />

, cxentB bibliophile reduzida com admiravef peíâe* ;.<br />

yerança a um só formato, ^consta de 85 voluriieswl<br />

de folio, pelo diligente rtlibade doados, V-co-n toiiii<br />

a sua rica divrarijt.e outÄi .coltecçafc febtia&S, at> .-<br />

Ref 1). José \ depois do terremoto. Es|lfe tlxísouros<br />

ficaram constituindo o núcleo d® actual Bibliotheca<br />

Publica do Rio de Janeiro ::\não podia ter.;:


19<br />

Entram na mestria linha,.de tonta as tollecções<br />

tjuèosabioabbadeorganisára sermões^ villancico^<br />

é retratos, que são outras tanta®, gemmas dê. subido<br />

quilate que a enriquecem díí preciosidades,' zeladas<br />

pelos recentes bibliotheckrios com o sumirlo cuidado<br />

*e; o amor de .entendidos, pois quem não entende da<br />

arte nãa a estima,, como já pensava o laureado<br />

cantor dos Lusíadas.. Alguns dos opusculos que<br />

Compõem esta collecção singular, mereceram e já<br />

repfoducção ^outros têem sido citados por Iliteratos<br />

e biblitóíãphos: são documentos interessantes<br />

muitos d'ellss, que nãcf fôram convenientemente-,<br />

explorados, e está aindà hoje por tonhècér-se toda<br />

a magnitude do seu merecimento, intrínseco: , t<br />

Nos ,Á¡ñi


20 «<br />

vidage Christo<br />

* i i n i santas e .principes "'eçclesiasticoft se-<br />

I B llIustl * es < em militares -Í<br />

elogios d|,pontifee^rincipesJiyar*5es insi|né¿<br />

em santidade, láttra^e arma^ftftliotlœlïioP<br />

gá&Traphos i<br />

orthographts»pmmaífco¿ ; rhetorieôs e oradorel*<br />

discursos oftieionatorio.s ; poetas iatinos portu-<br />

.gueze|,«stelhanoSife¿ttaios, symbole«, emblema?<br />

' emptezag-; %c¡onari^gntiquario| j lóly^Mi^''»<br />

WBBmsm d ? ^SBfflBS pÄ®|m'<br />

, jgSí so • p° m pa?*tnumphais tp fun árias;* politicé«<br />

r kw»« miscelánea; livrai de"<br />

» « . ^ o  ^ ^ è s t a li#airïa, vê«dadeirsi-»<br />

^«^t^^naá^riènoalquf ejcemplares das« 1 .*.<br />

d»s Lusíadas Lisboa, 15*2 , H 1597 ; í^fegS<br />

If59 , cßmmentarios do p«,ema pdr Fana, Madridr<br />

• «fcpas rimas ÄCamö^'porgiria, Lisboa\<br />

\ M dos L^giadaá por CorgáB - ¿2 -<br />

i^fíor fifoct^ *mmSk ry3i , nd kd "em fran«pfer<br />

• ¡ n n 15RÎ; Lusíadas em italiano por<br />

V Pagi, Ltsbga, ,1,65^ ^d. em inglez, LondíÊ, i


2Jí<br />

de Barbosa;^ Machado¡?SérSf ; preciso transcrever<br />

^grande:-parte .'do respectivo catalogo ; basta ponj. ás organisar-.e dó mérito d'clhts falle -mais uma<br />

vez o. Sñr.. Dr. Ramiz Galvão'ño artigo que con-<br />

Iságrou ¡Ilustre collsáor, inventariando a/sua<br />

'Jf 1 -' « Sabem Uvro^^créve;;<br />

Í |11QÍ; o que. são folhetos,, como e.spqcie bibliographica.<br />

Publiçaçõfis ; <br />

gtonserva-laâí .enquaáérnadas em volumes, paru os;<br />

qua«s mandou imprimir folhas de rosto «speçiá^Í:íM<br />

Mas não, parou ahi' .a paixão litteraria de Barbosa..<br />

-Seu grande mérito de icolleccionador èxtendeu-Se<br />

á chartográphia e ás artes, e .posto que em menqr,;<br />

escala no quilfcèspèijij: ao numero, cÇ^uêx.iieisÉeJ'<br />

genero hos^nsfirvou é:'de suínmo valor..<br />

ao. todo i J.5 volumes, dos quaés g 'in-fi>ãpitT<br />

imperial, 86 mfol. 47 m 4'te in S' repletos<br />

de : obras raríssimas, e, por mais de um titul%scrií><br />

doras da maior ;sstima, &quezas r,que certamente


22 *.<br />

entraram para esta BibliòfliSea quando se ella.<br />

constituiu.<br />

gPF.*.Efitretail to, pondera o-digno ^tebibliothe»<br />

.cario, causa magoÎT din«-lo, já lioje não existem<br />

•em sua perfeita integridade,, ou porque mão. criminosa<br />

ousiiú tocar-lhes, ou porque a exljíssiva<br />

. confiança de passados, administradores permittiu<br />

que &j^s>volume£if^emS^nraKadós_ fóra do»<br />

estabelecimento. » Com elfeito. faltavam o gigvvol.<br />

(todo relativo; íjAmeritapIf. Historia 4qs 'Uwifos;<br />

que depois, ; appareceu, 6 o 4. 0 ^VÒl.dos.<br />

WÍMneb%e£ MaÈEcclesiasticdí PortdgnMesf« Em compensação<br />

,porení ; ®.ssue-'â^Bibliotheça très volumes<br />

intitulados Noticia, das Embaxadas qne as Re%í tie<br />

Portugal mandarão aos S&fyivátiõs da. Jinropa, de<br />

què nlo faz menção o catalogo, e .volumes,


23<br />

mineurs, ainda então inédita, hoje publicada desdexgíS.i^xéeptu^dá;<br />

uma parte dp te^to, próximaf<br />

é píentÇ ! ;impressa rfos Archi^Sdo Máiàt <strong>Nacional</strong><br />

>tlo I\ÍJ de Janeiro, na sua totalidade.<br />

J-idSm ifls foi "para elíá comprada a livraria<br />

do l'r. ' Manuel Ignacio dá Silva Alvarenga;,<br />

f"-;.' compra-ísSsctuada em íSip* dà cóUeeçâo<br />

áe defenhos 'feitos á mao, estampas, camáfeSs,<br />

moldes,.ít., pertencente ao.architecto José da Costa<br />

e Silva, incluiam-se" também livros impressos. -<br />

Em« 1822 comprou "o Governo do Principe<br />

Regente do liraiúl para a Real BibKotheca a<br />

; Valiosa livraria dp çpnde da Barca, coijlpçjsta de<br />

muitas "óbras e raraíj -.que o douto estadista<br />

pudera./colligir,. verdadeiro amador que<br />

era, nas suas viagens e estada por dhfërsaï eôrtes<br />

da 'Europa. D'essa. livraria, da csua adjudicação á<br />

Biblioihcca: -\acional e da vida do seu behêmerito<br />

colleçtor eigrëveu o Sur. I >r. J. '/.. de Menezes<br />

lírum. cliofè ila secção de estampa*, minuciosa e<br />

conscienciosa" memoria, de forçosa leitura paira os<br />

quelle interessam «pôr estas cousas. Na aüudida<br />

memoria dá-se larga, noticia* das espeties biblio-<br />

"•sp&phieas de quis se compunha aquella copiosa<br />

• ijvraria, quê. • montava * a 2.365 obras .em 6.32«<br />

. volumes, e nãô a 70 pu 74.000 volumes, como<br />

a?severaváifS; representante " de João Piombino,<br />

éêèsionario dos herdeiros do Conde, quando tratava<br />

de haver do Governo Imperial, annos depois<br />

11871), o importe da compra d'aquella na verdade<br />

preciosa'¡CoUecção de livros, pela qual se pagou a<br />

avultada somma 'Sé maisïïjjî: 76x00^00. de 1 réis, :<br />

moeda ] brazileira.<br />

Km 7 de janeiro dej^i824 ¡adquiriu a Biblio?'<br />

: tReca, por compra, que fez. ; o Governo pela quàntia.<br />

¡,;4e i;Sap$úQ0 réis, a livraria do Dr. Francisco de<br />

, Mello - Franco, composta, segundo, accusa o res-


24<br />

bfp¡-s allé-<br />

¡/ííj3efe : sbbre inuitiSs rainos dasi^sciericias nat.unu;'si;;<br />

; reeûmmend^s*,i^ de i-typKrfephos ¡de'<br />

nomeada H"br


• • I 9 I 25<br />

cjesdé a pa^ irtaejjendçftqfe. até E—• Obras<br />

' sobré o' Jtfitad^ïOrieil^àï; dp. l.'nu;ujiy degèp dk,'<br />

sua^separação das Provincias Afeminas •—Periódicos<br />

public»«» tío Çs,tàdô<br />

dò Cruguay, pór ordém chrbnolpgíca L-ejgfslacäej<br />

direito*puMiCo e economia. Rfitiçà,— Poiy•<br />

¿raphasí philpsQphiaj e bellas Seuràs. .Estivam ne!la<br />

ctiffipíêíjen.dídM ¡ruiito§ mappas;,V|ilanc^s,iie; plantïs<br />

dçi diversas ;p»rçõç


26<br />

dag eollecçõ.(:s ultimamente reunidas â Bibliothecá,<br />

ra: riiajis importante fõí decerto . a. de'ij^ifi) de<br />

Angelis, mas essa mesma custou sonima, è não<br />

pequena. aos cofres


H 27<br />

@ • ' - -il—- — ^-V" 1 ;<br />

"registrados em Março d>: 18R2 nos livros da casa.<br />

Àlém d'essa dadiva na verdade principeseâ, pre-<br />

"senteou-mm S. Es." com um magnifico e nitido<br />

(Ivcmplar do suberbo Mafa Qeografict» de Ame-<br />

•fiiki MeWidfynàî; levantado por D. Juan -de la Cru/<br />

Cano y Olmtóffla: documento preeiosissiflio,<br />

por irrecusável, em favor do Brazil 11a pendiftâê<br />

questão de fronteiras do Império eojii_<br />

Confederação Argentina, nmppu composto niait"<br />

antes e impresso doín annosr antes do celebre<br />

Trajado IVflnmnar du limites entre Portugal «<br />

Hespanha. .<br />

Ao Sfir. José' C.urgol do Amaral Valente, Encarregado<br />

d« Negocios do Império nos Kstadospftidos,<br />

deve dgualmenté; a, Bibliothecá <strong>Nacional</strong> a<br />

offerta, tio generosa quão valiosa, de 68 obras em<br />

7 Mjumes, relativSs todás ao Canadá, éf-plguns<br />

map,|a«pstatisticos ,-e cartas geographicas, íôm o<br />

que des^ppar^M a sensível falta quf "-® lhe notava<br />

do noticias especules .d'aquelle paia.; . ,<br />

O Síir. commendador José/; Pedro Werneck<br />

Ribeiro de Aguilar, Encarregado do Negocios _do ,<br />

Brazil em Santiago, prese.nteou-a. no primeiro<br />

quartil do corrente anno, com .71 volumes dos<br />

Anfiabsje la UÎmerstdad df Chie de 1^0-82 e<br />

Sòm varias obras def ©scripttées distinctes d'aquella<br />

Republica,"sommando aquelles «gestas 84 volumes;<br />

d'enti>#íástas ultimas notam-se .as obras de_ Amuv<br />

nátugui : La cuestion -de limites entré Chile 1 la<br />

Republica Argentina — Ki terremoto dei • dej;<br />

Maycc de - 1645 — Vida dí D. Andres Be lp —<br />

La encyclica fcl Papa L«on XII contra la independência<br />

Kspa.íola. — e a de José Toribio Medina<br />

Los aò


as<br />

outro membro..>lo corpo diplomático brazlèiro;**o<br />

•Siír. Jose Augusto de Saldfaiha da Gama, ao deixar 1<br />

a cidade de Lima, onde-servia na Legação Impe-jí<br />

rial.como'addidS || x..f classe, trouxe-nos em ^brii'*<br />

. de 1884 , uma rica e variada messe de documentos<br />

e. «jibras antigas.


: 29<br />

o peculio historié;da»Bibiiòthééá. oSñr Dr Salvador<br />

dé' / Mendônça;§%iíml;< dé ürazil em Noval<br />

York fez-lhe presente de' Üma'importante «ollâçâo<br />


30<br />

Via e littératura do Chile, ramettidas dé"Santiago-,<br />

por intertóedio do S'nr. eommendador Ribeiro dé |<br />

Aguilar, Encarregado, de Negócios »ra na '<br />

q il elle Estado, e presente inéstjmavel do Snr. Romão.<br />

Brisefio dõilto conservador da Bibhothéca do Chile.<br />

D'essa opulenta 'òfferta, e do generoso movei que<br />

a determinou, dá detida noticia, no Jornal da Çomm-crao<br />

de fe d'aquélle mez, o actual Snr. bibliot^ecario.<br />

,. ,, .,<br />

' Da escolhida livraria que orgamsara o faliecido<br />

professor do I: Collégio de Pedro II, Dr. Manuel<br />

losé Garcia, mandou Jó Snr. Cons. Filfppe^Franco<br />

de áá, então ministri. dos Negocies, do Império,<br />

incorporar á Bibliòthlea <strong>Nacional</strong> 656. obras distn-<br />

Stbüidas por 999 Tolütes, d'entre as quacs sobresahern<br />

muitas relativas á educação e linguistica.<br />

Este magnifico contingente, que ficará, conhecido<br />

. na .Bibliotheca pelo nome de Colkcçao Frmtode.<br />

Sá,'que a'gratidão n&ó só-apontava como ímpunta,<br />

foi recolhido ao estabelecimento a 24 de Abril do<br />

corrente anno. \ , , ., H<br />

AtijSïi/em'iïrtudë dâ, falta .de pessoal ídonéo<br />

ç indispensável, não se havia feito das riquezas j<br />

dÍ Bibliotheca mais do quKum inventario summa- |<br />

rissimo S incompleto, sinão desordenado;f^quasi 1<br />

imprestável. Em, 1874 porem começou^o trabalho I<br />

í «regular do-cataloguerai K B H I<br />

- hoie apenaá para còmpletál-o a | f f i » H |<br />

obras de theologia: nestaafcpéeialidade,. no artigo ,1<br />

sana, WmËmSMmmSffiÈSÈÊm p«« 081 - 1<br />

Mades. Km iSS por força, do 4eçréSo MjgHhj J<br />

de 4 de Março, que reformou a BlbUotheca, dando-<br />

' lhe novo Regulamento e organisaçaí. conveniente,<br />

tiveram -esses trabalhos -vigoros^ e desusado impulso<br />

I deu ella agigantados passos pani se altfir<br />

ao nivel das suãs cOn^nereS; do -velho mundo Ao ;<br />

Sflr. Cons. José Bento da Cunha Figueiredo, então


31<br />

sinistro dos ííegoçioâ do ImpériojcdeV-é a Bibliothecá<br />

es^ igeftéralg melhoramento, ¿ qué a provada<br />

competencia do Sñr¡ Dr. Ramiz GalySp,;que<br />

k* tevé"„,cómo bibliothécario^e'o lexar*&-|ffeito, soube<br />

* dar :a maiSproveitosà ^ r i2éuhda execução.<br />

: .-A publicação dos Antuus da SMiothefa Na- «<br />

WjÉ^áf,- .com^^la peíasdito.ãfir. Dr. ®.amiz GalvS<br />

í em ift^ó q* cbntfñuada pelo seu sucCé^SOr ná^administração,<br />

tem por tini a divulgação de documento*<br />

preciosS¡4' qudfHfe- então ""j&zefam gsçonhecidoV,<br />

ainda de nós mismos; drtndo noticia, assim dos<br />

• livros raras §8 altamente estimáveis que- povoam<br />

aá ««"tantes^JI BibliotheC^jcomo dal peças matój<br />

I ^curieças que compllm o steu gabjnet«leiestampas,<br />

í" estudosf bto-bibliographicos sobre os mais-g:elebres<br />

• éscriptorel nafionaes,' emfirn tudo o qu®mporte<br />

nio s¿»il'bibl¡ógíapl% ; ,;ém geral, mas aind% ^wazileira<br />

em particular. Com :essá. ; "publM^o; :||»;<br />

3«stá no X wlum&obedecgu.o erudito biblicp.,<br />

théçarioBÍmais; judiciosa ins|»í&|^fé^n$ultoú os<br />

BB cultores difô boas lettras 'Os Atomos*<br />

•i da Bibi. Nae.-ttrão a tòdo tempo um''registro de<br />

: preçip^; dolimentos fj¡ informações sérias, apre-<br />

: cia.io do- bibliopliilo é do litterato, do amador r.<br />

"dé. sabio. '<br />

O catalogo geral, em que se 'cuida cpm afinqo,.<br />

a seu tempo fcstá igtádo preparado conve-^<br />

'"^úeofemente, dispondo-se dois catalo||s, um syst||?<br />

matico, outro alphabetíco, cuja mor parte se tem<br />

" " passado para, cartões volantes. qijg_ melhor se.<br />

prestan^ á procurâi; vencefldo-se a não pequen*<br />

ídificuldade qim ofjerece a organização de tr'abalho.s<br />

/. d'essa, natu,re2a nqs_paiz,es mais adeantadfe.<br />

Já ficeu dito ..fué' 1 por.0|creto de 4 de. Março<br />

de...i8^é fõW ã BibEojheca Publica-do Rio de Janeiro:<br />

reformada, áándó-se-lhe novó Regulamento.<br />

DividÍMe' : o : pessoal em tres se^óeS, ficando


32<br />

PtiS com — um bibliothecario, um secretario, trgg<br />

chefes de secção, o dé" estampas, m dirmanuscriptos<br />

'


verdade é que esse homem é a imponente personificação<br />

do que de'mais .elevado existe" na litte-<br />

»ratura de dois,povos, irmãos peía origem, e pela'<br />

lingua. A Exposição Cãmonearia da Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong> do Rio de Janeiro foi uma verdadeira<br />

apotheose. O discurso pronunciado pelo bibliothècafiOj.<br />

o Sñftr'i Dr. Ramiz Galvão, na sua abertura,<br />

é uAa obra-prima. D'essa#xposição singular subsiste'<br />

um catalogo especial {Rio Me yantírp, Typ. Na-<br />

:cim


34<br />

* geographia|^éSq o


35<br />

¡¡tal« 4 mais uma vez."'tomou O .Snr„:.Cbns.' Filíppelv<br />

'¿íFrainço de Sá na> sua passagem pela. publica admip§|<br />

S*:fliSíráção. :<br />

" Tal é em pãllidaf;re'se'nha ; ò histórico da fun- '<br />

dação,, desenvolvimento^é. estado; actual da secção<br />

de impressos da Bibliotheca N.âcioípj|é Publica do<br />

-• Rig de Janeiro. - - ,<br />

«é Bibliotheca <strong>Nacional</strong>, 27 de Maio de 1885.<br />

DE.. J.JSÉ ALEXANDRE TEIXEIRA CFC MELLO,<br />

'•Chefe dá, Secçílo. .


MOGUNCIA: MAINZ.<br />

- - (Mogõntiacwn.). •<br />

.Mn 1 _ (A Bíblia de 1462). 2 vols. irirfol.; ífâgjM<br />

'' . - ' . np" 4. 5,,SB-<br />

^Sierevàido este preciosíssimo meffliabülo 4ios Annaes da<br />

, BibUotheca <strong>Nacional</strong>, assim se exprime -o Snr JentadW;.?* .<br />

Oliveira (*) : ''. ' ' ' Cp-f 4 ^<br />

, A Biblia foi sem duvida alguma o primeiro livro pro- _<br />

« A edição de 1450-55 (Gutenberg fust e<br />

< S&idelda cómo. a primeira: Ü M Ü Ü M f f i<br />

- metal De Bure diz-nos que, estudando na. B.bliotheca Maza-<br />

I rina, foi agradavelmente- súrpréhendido achando esta primei^,<br />

• guinte titulo : «- Biblià sacra latma vulgata: Editio pnm®,<br />

•• f^etustatis peneis caracteribus ataque<br />

» typis: : Moguntmis IohKSi5,,-«nst4yulg»: Opus ^<br />

I I staum Éfi Fmsjr adseryatur, í, Bibliothe^<br />

1 « Ma7arina. ' -2 vòíâ. in-folí*» ,, |Ip<br />

g WÊÊm.' ¿'este descobrimento a Bibha que ate então<br />

era sonhecida í® Bíblia de 4* g$N receWp home mo g Bíblia M ^ M H M<br />

M m i W i geralmente • —<br />

M Vâo aqui corrigidos m ! ° W M S M I H B Í<br />

pabul àptAnwés da BiWiótheca maotial, vol. I, |||j 33S-


40<br />

a dizer algumás palavras sobre a edição de 1462, que aqui<br />

; temos representada em duplo exemplar na Bibliotheca <strong>Nacional</strong><br />

do Rio de Janeiro, e que é sfem duvida o mais bello<br />

incünabulo dá , nossa 'coíleéção.<br />

f « A Bíblia dé Moguiícia é à primeira que traz data, lugar.<br />

I de * impressão e nome de impressor . Não tem folha de rosto<br />

! nem título algum, havendo exemplares impressos em papel e<br />

Vem pergaminhoJsenda^aqueíles mais raros, porem estes de<br />

mais apreço e subido valor. Formosa e nitida impressão ain^a \<br />

l*>je apontada ^mo umDnpofí^ograghico ! x<br />

« ô"~exempiar~qW^c^crêv^^^está^impresso em perga-<br />

. minho, dividido* 1 em dõis, volumes, .contendo cada pagina<br />

'2 còlumnas com 48 linhas cada úma.j<br />

« Dibdin, na sua Bibliotheca Spencèriana, diz que Wurdtwein<br />

encontrou no livro de Hoseas só 47 linhas. Buscando verificar<br />

' este ponto, vimos que, na pagina onde começa o dito livro,<br />

a. i." còl;.' tem so 47 linhas, mas a 2. a tèm 48 è assim por<br />

diante.<br />

« O I o volume começa pelas seguintes palavras, escriptas<br />

com tinta vermelha':^ « Incip epl'a scï iheroními ad paulinû<br />

« psbite-/rü: deómíbs díuíne historie libris. ca. pmu. / »<br />

« As lettras iniciaes doá- livros e dos capitulo^ São feitas á<br />

mão com tinta ãzul e encarnada, não devendo passar sem<br />

reparo o que se dá no livro dos Psalmos, onde também as<br />

< lettras maiúsculas, que dão principio aos' períodos, são feitas<br />

á mão, cOm as' côres já acima mencionadas, o que não acontece<br />

em qualquer dos outros livros, onde estas lettras são<br />

impressas. Contem o i." volume os livros dá' Èscriptura Santa ,<br />

desde o. Genesis até os Psalmos, e termina com as seguintes<br />

palavras escriptas com tinta vermelha : Explicit psalteríuz<br />

Antí% AV* 1 \ Iccc'c*ij$<br />

« Tem 242 ff. inn.<br />

« O 2 o volume começa : « Epistola sanctí íeronímí presbíterí<br />

ad chro/matiü et eliodorü epos de líbris : salomonís. / » com<br />

tinta vermelha. Consta de 239 ff. inn. e encerra os. ljvros da<br />

Biblia desde os Proverbiòs até o Apocalypse de S. João, terminando<br />

com o seguinte colóphão e escudo, tudo impresso<br />

cõm tinta vermelha; •<br />

1 .VíW.^t-


41<br />

« Explicit "liber apocalyps' beati íohãnis apl'i: J ». e mait'<br />

abaixo:<br />

| « Pfís hofr r •<br />

opusculuz finítü .aír Cõpletü et- ad<br />

? « eusebiaz dei industrie íri ciuitate Maguntij<br />

•>'« per Johannê fust ciuê. et Petrü -schoiffher de<br />

»' « geras' heyra clericu. diotès' eiusdez est corisü-<br />

. « matü. Anno incárnàeõís dníce. M. cccc. lxij.<br />

« « In vigílía assümpcõis gl'Ose vírginis iriârie. » 9<br />

« No fim do segundo volume existem cinco folhas em branco<br />

e sobre a ultima está collado um autographo eòricebido nos<br />

* seguintes termos:<br />

« Ego hmãnç de almania ínstitor honestj ac díscretj vírj ' • • *<br />

« iohariís guymier, • alme . vníuersítátis parisien librarij publicj<br />

« ac íurátj fáteor vendidissé preclaro ac scientifico viro ma-<br />

« gistro guillermo tourneuille archípresbitero et canoníco an-<br />

« degauensí digníssimo dominoqz, meo suj gratia ac preçpptori<br />

« .eólendissimo, vnã bibliam magütí... ...essam in pergameno<br />

« ín duobus voluminibus Et hoc pretío et sü... qüadraginta<br />

« scutprü a me iriánúalíter ac realiter receptora Cuíus quidem<br />

< biblie. venditionev iprofiteor per ptit.es- rata et grata habere '<br />

« .nec contça venire ac domínü meü colendissimü dicte biblie<br />

« emptorem indempnem contra omnes releuare et de euíctione<br />

« eiusdem .biblie mè tenerj et antedictü dnm meü defendere<br />

« polliceor Teste signo meo manualí hic apposito hacdie quita<br />

«.mensis aprilis Anno dominj m°. cccfc 0 . lxx° ».<br />

Í! « Eu Herman d'AUemanha, agente do honrado e distincto<br />

João Guymier, livreiro juramentado da Universidade de Paris,'<br />

confesso ter vendido ao illustre e sábio Guilherme de Tourne-


ville, arcipreste e cónego de Angers, meu senhor gp rèspeitabilissimo'amO,<br />

uma Bíblia impressa em Moguncia sobre pergaminho,<br />

em dois volumes, pelo preço e somma de quarenta<br />

escudos, que realmente recebi, venda que ratifico por este<br />

presente,, promettendo não contradizer-me e defender o mesmo<br />

ksenhor comprador da dita Bíblia contra qualquer que pretenda<br />

hàvel-a por menòs do que custou ou queira relvindical-à comÕ<br />

coisa sua. Em fé do que, aqui deixo a minha firma escripta<br />

de meu proprio punho, no quinto dia do mez de Abril ¿o<br />

anno do Senhor 1470. »<br />

' HERMAN. • / •<br />

« Este Herman é mui provavelmente o mesmo Herman de<br />

Stathoen, . natural de Münster, a quem se referem Lambinèt e<br />

outroíT tratando da venda dos livros de Schoeffer em Paris.<br />

S « Alguns escriptores pretendem que diversos exemplares<br />

d'esta edição foram vencidos em Paps como manuscriptos, ao<br />

principio por preço excéssivo,, poreni que, augmèntando-se o<br />

numero dos exemplares e descendo o valor .exigido por Fust,.<br />

os primeiros compradores, desconfiando da rapidez com que<br />

sê, reproduzia tão longo quanto-f difficile trabalho, julgaram-se<br />

illüdidos e intentaram contra aqtielle qué o¡=>¿ enganára acção<br />

judicial ; que Fust, a'medrontacio., , fugira para Strasburgo e<br />

d'ahi para Moguncia,. Onde ensinára ; a süa arte a João Menteltn.<br />

O qué é porem cèrto, segundo as opiniões a que me<br />

reporto, é que o. Parlamento tomou conta da questão,' não<br />

proseguindo o processo pela intervenção de Luiz XI, que<br />

mandou alliviar da culpa aquelle que julgava innocente. Quiz<br />

sem duvida mostrar


• I 43<br />

tomgíaAgjçs pertenc^sehiijá^iaáèe msçienteja famqia .-¿e*certo<br />

nitígujem em;:bbá'-é^odêrá aoièaitari,<br />

|j|ò:M:ó'..»dltiittír 'qie os homens de'.Iettras %PtuXta capital dã<br />

'Ffahça, pudessem •desconhecer em 1462. a ejaaéemfcia da imprensa,,<br />

á. já deviapi ter tiotioiía do.P-mhnalum aflfix de 1457,do<br />

Hastíale Dtmnomim Offimorum de 1459«,rdas Clemenítnás<br />

J^ft.jífõó, álfm de^-mais dois oji tres liír®5if rodi#id®s «pela;<br />

arte tt®ographioa? Poder-s^aíjSirppor- «¡jipust e Schreffer<br />

n^o houvessem envliafí® Paris exemplares d?estas obras ? « Eti<br />

g-^fldúéféfi'imímfi/ d|S;-:®F


44<br />

de menos valoï.ninguem; suppoz àinda : que a respeito d'essaobra<br />

tivesse havido fraude.<br />

« João Andre, bispo de Aleria, em uma dedicatoria a<br />

Paulo II.;-que oerorre á frente de sua - edição das obras de<br />

S. Jeronvmo,' nos informa que livros, communs cuàtavam então<br />

20 escudos,;,":® que os respectivos manuscriptos^ vendiam<br />

antes do descobrimento da imprensa por 100 escudos e mais.<br />

« Maittaire assegura que^existem exemplares-em cujo eoloplião<br />

se .vi a palavra opus. em h^ar 'pé opusculum. Se^a<br />

sem duvida álgumí mais cabida* aque%'Impressão, desde: qüe:<br />

se tratava de umà . qbra de vultqÇ, porem ;Vati Praet nèga<br />

similhante alteração, e Lambinet affirma que. Srhœffer só usou<br />

-d'aquella palavra na reimpressão de 1472, nunca jmi exemplar,<br />

algum anterior a esta data.<br />

* « O mesmo Van Práet menciona um exemplar da Biblia,<br />

de 1462, contendo o aufographí^que transcrevemos. Meerman<br />

também o aponta, e Lambinet, apresentando a lista dos possuidores<br />

de exemplares d'esta edição, impresso^ 5 sobre pergaminho, nãosabe<br />

¿onde param oito ou dez,, entro os qiiars um havia, diz<br />

elle, que continha um acto de vencl^, muito curioso, escrirtg:<br />

•em latim e que pertenceu a Coustard, Conseffiçrr do Parlamentó<br />

de Paris.- , . * ^ :. -*<br />

« Á vista do que deixamos .dito. podemos ««segurar que<br />

o exemplar que pertenceu a Constarei é hoje propriedade da<br />

liibliotheca '<strong>Nacional</strong> dó Rio de Janeiro. Achacille, como<br />

se, vê, eta perfeito'estado de „conservação, parecendo que .õsséculos<br />

.. desviaram, respeitos!»; ' sua acção destruidora d'esté<br />

prifcóroso representante cias glorias typograyhiras. d'aquellas<br />

eras- remotas, para mostral-o á geração presentí;" com todo o<br />

brilho de seus., primeiros dias. .<br />

« O exemplar da liiblia, que. aqui descrevemos. veiii tiosda<br />

RealBibliothgfa;»i-eertamente & parte-dí.collecção délivres.,<br />

que par:! o Rio de Janeiro trouxe ICi-Rci 1).. João VI enriSoS.<br />

-w « 0. .que ë certo e que o-que.cstS'ériposk^ob este numero<br />

é o famosa' exemplar Ceustard, cujo .destino ignorava Van<br />

Praet, e o que tárubem é mdubitavel é que este precioso<br />

livro, si- não é dos mais raros, põis que d'elle se amhecem<br />

JK'IO mènos uns 30 a' 40 exemplares, 6 todavia o jirmcipe de*<br />

i^^S^náiBíbül^S,: ó. testemunho eloqüente da perícia de I-'ust<br />

c » SchutflVr .'e :mu das mais bel las obras qae gor yentura Jfl<br />

siliiram da caixa do compositor e do prelo


« 45<br />

« Graças á imprensa, disse o poeta francez^ do Jocelyn<br />

na sua Vie des grands komme s, soriiös iodos çóntepporaneos.,<br />

Converso com Homero e Cicero; os Homeros e Ciceros dos<br />

séculos porvir conversarão comnosco, de sorte que a gentê<br />

hesita em decidir si a imprensa não é tanto um verdadeiro<br />

sentido intellectual, revelado aó homem por Gutenbérg, como<br />

é uma machina material. Sae, é verdade, do papel, da tinta,<br />

dos typos, dos algarismos, das lettras,., que caem debaixo dos<br />

selitidos y mas sae ao mesmo passo do "pensamento, do senti*<br />

mento, da moral, da religião, isto é, uma porção da alma<br />

do genero human o. »<br />

: A Mogtmtiacum', Mfyguntia ou- Moguntia dos latinos,<br />

Mainz dós naturaés, Mayence dos francezesy Moguncia já<br />

agora para nós outros, tornou-se para sempre celebre, graças<br />

ä esta admirayel revolução da mecanica,a quepestão eternamente<br />

ligados Ö nome da cidade que lhe serviuVde berço e os<br />

de Gútenberg, Fust e Schoeífer, que o ideiaram e realisaràm.<br />

Ali'nasceu nos últimos annos do XIV século Háns (João)<br />

Gensfleisch de Sulgelock, mais conhecido por Gutenberg,<br />

nöme que lhe provinha do appellido da familia de sua mãe.<br />

Para a breve biographia que a natureza do presente trabalho<br />

rios fórça a dar do afortunado, moguntino, uma das<br />

mais puras glorias da velha Allemanha, a quem só• tardikmente,'<br />

já ¡ nos nossos dias, levantaram os seus conterrâneos .a devida<br />

estatua, não nos faltavam de certo largas fontes de consulta;<br />

j)aréceu-nôs porem preferivel aproveitarmos apenas, posto que em<br />

resumo, o qué á seu respeito consubstanciou Pedro Deschamps<br />

rio seu interessante Dictionnaire de géographie ancienne et<br />

moderne à Tusagé du libraire, pondo de parte tudo quanto<br />

havia de hypothetico e nebuloso na vidado pae, dos typographos<br />

e utilisando-se tão somente dos factos que, por incontróversos,<br />

haviam entrado para o dominio da historia.<br />

O sobrenome de Guten-Berg vinha de uma propriedade<br />

patrimonial, uma casa em Moguncia, que era o apanagio de.<br />

um dos ramos de sua famíliaó outro ramo chamava-sQ,<br />

Gensfleisch de Sulgelock ou" Sörgenloch.<br />

João Gensfleisch era o segundo filho de Frieló "'{Fritz,<br />

Frederico) Gensfleisch \ o mais velho, que tinha ó' sobrenome<br />

do pae, foi eonego do cabido dé Moguncia e morreu cêrca<br />

de 1460. Suá mãe, Elze (Elisa) de Gutenberg, era filha dè<br />

Claus (Nicolau) zum Gutenberg, tio-avô de Frielo e portanto<br />

parenta do marido em 3. 0 grau.<br />

Nada se sabe da mocidade dos dois filhós de Frielo.:<br />

Em 1420, por óccasião da revolta das corporações moguntinas,<br />

çmigrou a quasi totalidade das familias nobres da cidade;


46<br />

nessè numero > conta-se* a de Gutenberg,A. cujo noíne vem<br />

especificado no decreto de amnistia que lhes. concedeu em 1430<br />

•o Ârcebispo-Eleitor Gonràdo III. O nosso Gutenberg tinha-se •<br />

então, segundo grandes probabilidades, estabelecido em Stras-^<br />

burgo, 1 como se verídica- de actos officiáes seus o ccorridos<br />

de 1434 a 1443, aos quaes Deschamps se refere detidamente, jL<br />

Nas 'peças relativas "aò anno dé 1439 destaca-se uma concernente;<br />

a um pròçésso que gánhára, no qual. o ourives Hans<br />

«Dünne, depõe como testemunha que « havia tres ánnos po'ffco<br />

maiSft ou menos lhe'pagara Gutenberg perto de cem florins<br />

por cousas que concernem A imprensa (Drilcken.). » -<br />

D'este facto decorre que já então Gutenberg se occupava<br />

em segrèdo na manipulação de metaes apròpxiadds á realisação •<br />

da ideia que concebêra e deu depois em resultado o portentoso<br />

invento| que- immortalisou o seu nome. Para mais a<br />

gosto entregar-se ás suas experiencias se re.tirára para o convento<br />

de Saiiio Arbogasto, perto de . Strasburgo. Deschamps, •<br />

citando Aug. Bernard ^.eonclue que fôra ali que elíe preparára<br />

os seus typos' de chumbo, fundidos' em matrizes do . mesmo<br />

metal, achara a liga .conveniehte para lhes dar a consistência<br />

e malleabil-idade, ^ue a principio não tinham,<br />

< Cheio de .habilidade pratica,- diz Déschamps e de dextresa<br />

manual, fa'z-se desenhista, moldador, gravador


• • m:; . 47<br />

para le val-a ao/ cabo ? ,0 que ,é certo é, que se associou, por<br />

um contracto' iegalisado por cinco annos,-. com João Fust,<br />

opulento, banqueiro de Moguncia, que lhe adianta 800 florins- v<br />

mediante clausula de que ;todo ó material da imprensa que<br />

estabelecesse;,. Gutenberg lhe'v ficaria pertencendo até ao reembolso<br />

to'táí do. capitaL: Uma clausula verbal obrigava Fust<br />

á pagar a este 3,00 florins para cobrir os gastos que trazia<br />

Qomsigol a exploração ãe |Uma imprensa. Dois annos. se cònsqjpem<br />

inutilmente antes que a empresa pudesse encaminhar-se^<br />

novos auxilios pecuniarios sã^o fornecidos pelo sócio papitalisfa,,<br />

que lhe impõe-iim; terceiro socio, hábil calligraphp vindo fie<br />

Paris, que Fust fizera .seu .genro, encarregado de inspeccionar<br />

o trabalho • (¿o mé,stre; Pedro Sclioeffer de Gernsheim entra \<br />

assim para a. associação e... para.a immortalidade do nome.<br />

« Gutenberg' • dizríDeschamps, est lié> il lui faut passer sous<br />

lest fourches caudi^ies de 1'usure, parce qu'il veut. publier sa<br />

•BIBLE. » ^<br />

V A eiirpre^â era na verdade superior ás forcas de uni. só<br />

homem. Añalysando>materialmente o seu primeiro livro,';istò<br />

é,- o primeiro-, livro impresso que viu. o mundo,' früctó da<br />

admiravel pertinacia que" zombou de todos òs : ; obstáculos,<br />

conclue Aug - . Bernard, citado por Deschamps: «... pode-se<br />

por ahi julgar dos gastos imriiensos d'esta primeira e colossal<br />

empresa ] »'<br />

Teria sem duvida feito experiencias preliminares, ;.?cóm<br />

impireÉões de folhetos' e avulsos sem; importancia, O illustre<br />

e nobre martyr. Nem a consagração do martyrio lhe faltou!<br />

Não podendo pagar a Fust a somma, enorme para as.^suas<br />

posses, que tudo isto lhevacarretára,'"tomaram-lhe o material<br />

que-àccumulára 'ê viu-se .Gutenberg despojado da .sua parte na<br />

associação... leonina e na dos' lucros que proviriam da venda<br />

da Biblia. Viu-se obrigados 'a dar a Fust e Schpeffer tudo<br />

.0 que servira para á impressão:Aa'aquella obra-monumento<br />

e a ir lèstabelecer-.sé modestamente na casa' patrimonial da<br />

familia, emquanto, aquelles se : installavam triumphalmente em.<br />

estabeleciménto cbnsidéravel, em yastá propriedade do*opulento<br />

banqueiro,, com quem ò velho mestre não podia por certo<br />

competir vantajosamente.<br />

A • historia registra os nomes dê: alguns' dos operarios que<br />

se ^conservaram fiéis na hora dá desgraça ao glõrioso mestre,'<br />

auxiliando-o nos-embaraços em que devia teKo dèixa4o^a_<br />

dispersão .do ,seu material typographico; são Numrheister é<br />

Beçhtold de Hailau, e Henrique Keffer òu Keppfer, natural<br />

de Moguncia. Este acompanhou-o até á morte, segundo, as mais<br />

bem. deduzidas hypotheses.


I<br />

E<br />

48<br />

Posto que õ tivessepi elies acompanhado ^è tivesse o velho<br />

mestre continuado sem ruido a suá tarefa, publicando ainda<br />

muitas obras? entre outras a sua Biblia de j?


49<br />

^-gatearemos mais uma dúzia de linhar para recordar aós .<br />

leitores os primeiros passos da vida da arte prodigiosa que<br />

:^ ábriu horizontes illimitados ao pensamento, h.umano.<br />

« Para nós Gutenberg deu a lume a Biblia de 42 linhas,<br />

'^ a de linhas e o Catholicon de-1460, e não vemos motivo<br />

nenhum sério para deixar de lhe attribuir racionalmente a<br />

impressão de . alguns dos Donats, Cartas d? indulgencia, &.,<br />

não xylographicas, que precederam a Biblia, assim como não<br />

hejjtámos em crer que é d'elle a mór parte dos livros posteriores<br />

a 1455, executados com o- typo da Biblia de 42 linhas<br />

ouícom o que serviu para a impressão do Catholicon de Janua<br />

de 1460, posto qué a demanda de 1455 com oë seus Socios<br />

o tivesse despojado da melhor parte do seu material e séja<br />

impossivél determinar com exactidão o que lhe tomaram e o*<br />

que lhe deixaram.<br />

« Não nos demoraremos com a imprensa rival e triumphante<br />

de Schœffer ; ; são geralmente conhecidos os seus<br />

admiraveis productos : deve-se-lhe . a impressão do primeiro<br />

clássico ; a sua bella edição das Epistola Familiares, de<br />

Cicero, que dá além d'isso a primeira ode de Horacio que<br />

teve as honras da imprensa, e tantos outros primores da arte,<br />

servirão para que se lhe perdôem ou, pelo menos, se lhe<br />

jatténûem as injustiças que commetfèu associando-se ao deshumano<br />

ardor com que o velho Fust,*seu sogro, perseguiu<br />

até ã morte o infeliz Gutenberg.<br />

« Não nos esqueçamos de dizer que também teve a' honra.<br />

? .'de gravar os primeiros caracteres gregos, que empregoji pela<br />

primeira vez nessa mesma edição da obra-prima de Cicejro, e<br />

que é esse livro ao mesmo tempo o primeiro para o qual se<br />

• serviram de entrelinhas.<br />

« Do velho Fust não se falia mais depois do saque de<br />

Moguneia rfalleceu em 1467, na idade pelo menos de 72 annos.<br />

Seu filho Conrado, denominado Hanoquin, associou-se a seu<br />

cunhado e morreu por volta de 1480. »<br />

ultima obra de Sçhceífer tem a data de 1502, isto é,<br />

a 4. a ou talvez 5.* edição da sua obra-prima, o Psalterium de<br />

1457. Não quiz nunca deixar de üsàr nas suas impressões, no<br />

meio século que consagrou aos trabalhos da imprensa, dos<br />

velhos caracteres gothjcos de que se servira no comêço da*sua<br />

carreirapentretanto, já tinha começado a generalisar-se o uso<br />

• dos caracteres romanos. Deve ter morrido no principio de<br />

1 *5°3> porque seu 'filho João Schœffer publicou, com a data<br />

. de 8 4e Abril d'esse annó, um volume, o Mercurio Trismëgisto,<br />

em cujo colophão. declara que é a primeira obra que<br />

imprimia.


50<br />

Pela extensa e escrupulosa .noticia que ao immortal inventor<br />

da imprensa consagra D.eschamps e pela interessante<br />

cartavque a tal -proposito lhe dirigiu A. F. Didot,. fica fóra<br />

de contestaçâo que os trabalhos começados por Gutenberg em<br />

Strasburgo com-os, seus primeiros associados, e continuados'<br />

em Moguncia, justifie am pela, sua, importancia a gloria que se<br />

j liga. äa ;:-seu fióme*<br />


5*<br />

' • No Catalogo 4® Bernard Guaritch, Abril, um<br />

exemplar da. Biblia de Moguneia está avaliada em i,&o.o libras<br />

ou, i.S;09Q,Q0C! da nossa moeda ! S^ndo q nqsso o exemplar<br />

Çoustard, unieo queçontém o curioso- autográpho, muito mais<br />

'deve valer.<br />

A- Bibliotheea <strong>Nacional</strong> possue, qomo, já dissemos,'outro<br />

ejemplar d'esta Biblia, com algumas variantes e em cujoççlophão<br />

§e lê,em as palavras « Artificiosa adinventione imprimendi seu<br />

earacterizandi-»<br />

STRASBURGO: STRASSBURG.<br />

N. D 2. — Terantí' cú Directorio Voçabulorúi Senten<br />

tiarü, artis Comiee< Glosa iterlinâaü Cometarijs<br />

Ponato Gviàõne Ascensio,<br />

Mol- ÉssfiÇ1..NXVL.I"- «W I«-' 1 -» fccalP 5 Hl 1 -<br />

inn, contendo j VTérentíj dirççtoriü yocabularum ». as quatro p P j/yv<br />

pameiras» Terentii epitafihmm no v. e fim da 4..® e Therçntii<br />

i|f| cxeerptck > e fjpf Brunet, .<br />

É; muito estimada esta edição por,causa das numerosas<br />

grav. em madeira que contém, singulares e bellas, represen-<br />

•'Xxt<br />

H<br />

* 3<br />

"W<br />


52<br />

tando personagens é scenas das comedias do afamado Platiío<br />

carthaginez. Em 1499 Grüninger deu outra edição d'este<br />

poetaj in-fol.,' com as mesmas gravuras xylographicas... As<br />

mesmas estampas figuram ainda numa edição de Strasburgo,<br />

Grüninger, 1503, in-fol. ,<br />

São raros os exemplares d'esta edição.<br />

A impressão é digna de nota, porque, sendo vários os<br />

tamanhos dos typos empregados em todo o volume, na mesma<br />

pagina, o impressor soube conservar-lhe a ordem e a nitidez<br />

•indispensáveis. o<br />

5<br />

Strasburgo disputou com Moguncia e Harlem a prioridade<br />

no estabelecimento da imprensa.<br />

Na epocha de Gutenberg era cidade imperial «desde 1205 ;<br />

em i68í foi ànnexada á França por Luiz XIV; em 1871 foi<br />

recuperada pela Allemánha.<br />

Segundo a Chronique Contemporaine de Philippe de Lignamine<br />

(Roma, 1474), João Mentelin ou Mentelius ahi imprimia<br />

desde 1458. Isto se não ppde assegurar. Segundo todos<br />

os bibliogfaphos, a Biblia Sacra Germanica, in-fol. de 405 ff,<br />

a 2 cols., 61 linhas na col. completa, s. d., parece haver<br />

sido impressa em 1466.<br />

Henricus Eggesteyn, entretanto, fundou quasi simultaneamente<br />

um estabelecimento rival do de Mentelius; a sua Biblia<br />

allemã, in-fol. dè 404 ff., a 2 cols., de 60 linhas, ¿ provavelmente<br />

também de 1466. O i.° livro de Strasburgo com<br />

data é d'esté imprésâor: Graüani de cretum..., 1471, in-fol.,.<br />

â 2 cols., 459 ff, No mesmo anno publicou com os menores<br />

caracteres que pôssuia o Liber de remediis utriusque fortuna,<br />

de Adriano o Cartuxo, in-4. 0<br />

Depois d'estes, diz-nos Deschamps, os mais notáveis são:<br />

Adolpho Rusch de Inguilati, que passou a dirigir o estabelecimento<br />

de Mentelius; Martinus Flach e João Grüninger.<br />

Segundo La Serna Santander seguem-se aos dois primeiros<br />

impressores d'esta cidade : Georgius Husner (Jeorius nas edições<br />

e Leorius segundo alguns), que produziu poucas impressões de<br />

1473-1498; Johannes Bekenhub, socio do precedente, era 1473 ><br />

o seu nome só figura no Dürandi Speculum. — C. IV. (Conradus<br />

Wolfach?),^: impressor do Reductorium biblia, 1474; Martinus<br />

Flachi de Basiléa, e outros.<br />

Johànnei\ Gruningerus, um dos mais notáveis, cujo nome<br />

de familia era Reinhatt, trabalhou com muita actividade desde<br />

1483, e é o impressor do exemplar que a Bibliótheca <strong>Nacional</strong><br />

expõe sob o n.° 2.


53<br />

COLONIA: KOELN.<br />

(Colonid Agrippina.)<br />

3. — Incipit sermo beati Augustini episcopi i 2 I f\2><br />

super orationem dominicam ; s. 1. e s. d. (Co- S > > ^;<br />

loni&y Ulr. Zell. c. 1470?) in-4. 0 peq. de 8 ff.,<br />

27 11., caract. goth.<br />

%<br />

• . ®<br />

Começa: « Voniam domino gubernante iam estis in via<br />

regia constitüii. »<br />

Na palavra—- Voniam ^ falta a capital— Q-<br />

Na fl. °3: « Explicit sermo beati Augustini, de orõne dominica.<br />

Incipit exposicõ eiusdê sup Sybolü. »<br />

No v. da fl. 6 : « Explicit exposicõ super symbolum. - Incipit<br />

sermo beati Augustini epêscòpi de Ebrietate cauenda. »<br />

Termina no v. da fl. 8 : « per omnia secula seculorum<br />

Amen. »<br />

Basta a simples inspecção para reconhecer-se que temos á<br />

vista um incunabulo do XV século. A falta de fl. de rosto, a falta<br />

das lettras capitaes, que se não imprimiam para serem feitas á<br />

mão, a falta de indicação dé lugar, de impressor % de data,<br />

0" typo, tudo nos Convence, que temos diante dos olhos um<br />

precioso producto dos primitivos tempos da arte typographica.<br />

p O typo com que foi impresso este opusculo é conhecido<br />

e um dos mais estimados dos bibliographos; é o typo com<br />

que o famoso Ulrich Zell imprimiu suas primeiras obras.<br />

A tomada e o saque de Moguncia pelos soldados de<br />

Adolpho de Nassàu em 1462 trouxe como. consequência a<br />

dispersão dos typographos que ahi trabalhavam na officina de \<br />

Pedro Schçeffér e de João Fust, provavelmente sob a direcção<br />

de Gutenbèrg. Uns acolheram-se ás cidades próximas; outros,<br />

porém, foram mais longe levar' á Italia o grande descobrimento.<br />

Entre os primeiros nota-se Ulrich Zell ou Zel, de<br />

Hanauk que foi estabelecer-se em . Colonia; sua officina dê<br />

typographia já devia estar funccionando em 1464. Zell imitou<br />

sempre os: caracteres e os. processos typographicos da officina<br />

de Schoeffer, e a tal pontò levou a imitação que, si não figurasse<br />

o seu nome em algumas edições, passariam como obra<br />

da officina de Moguncia. _<br />

Maittaire, Panzer, Hain e outros bibliographos mencionam<br />

muitas obras executadas com òs caracteres de Ulrich Zell,<br />

-mas impressas sem designação de lugar, nem de impressor,<br />

nem data, algumas das quaes mui provavelmente anteriores a


54<br />

1466. Deschamps refere à êsté ànhò dê o primeiro livro<br />

impresso por Zell com data certa: «Johannis Chrysostomi super,<br />

psalmo quinquagesimo libet primus; I (Iil finè): « Deo et deifere<br />

refero gras infinitas de fine primi libri johaniscrisostomi sàncti<br />

do.ctoris & • episcopi sup psalmo quíquagesimo, per me Ulricü<br />

zèi dê hanau clericu diocesis Mogutinefí, Àhno dni millesímo<br />

qüadtígeteáimò" Sexto. )5 Iri-4. b de i'o ff. inn., S'etíi rètlãikós nem<br />

registro, èoiíi íiâhás íbhgâs ria pagiftá ceiripleta. Fói reim-•<br />

presso erh 1467 pelo mesmo typogfapho, in-4. 0 de 29 linh^g<br />

ppr pagina, com o accrescimo do livro segundo.<br />

 bttiissáó da palávíà Sêxdgè&M!) rib 'Cblb^Mo dá edição<br />

suscitou commentarios»' La Serna Santander dit q'úê 'Sê pódê<br />

ler do mesmo rnodb 1466, Oü qüàítjiieí" d'éstaè ôytías datas:<br />

1476, Í4S6 ê aiiidà 1430,; víátò quê Zell tfàbálhbu àtê 1499.<br />

Deschamps poretn stfetêiltá cofti foõná furidatnêhtbs quê déVè<br />

pteválecéf à priiriêítâ datã. Éritffe as ítòpressões séíá data d'este<br />

typògrapho devêttibS citar : £>è offitiiS, dê Ciêêrò, ifi-4. é dé<br />

6ó ff. com 34 linhas, íiripresfca cêrfca de Í466 éêgüttdO Brunet,<br />

mas, segundo Panzêr, anterior á de 1465 de âçhoefferj ê « fij<br />

ppé secüdi: Bulla retfáctátioníL.. », iri-4.® gòth., de it ff. inn.,<br />

§em tecitMvs riem fegistío, cõm 27 lottgás littháS riâ pagina<br />

intêifá.' Esta bulia, nà opiriiáó tlê Lá Serna* foi íniprêssá etti 146^<br />

DesChàtnpfe, jíoreín, de accôrdo córii de Büre e Bêríláfd, feuppôê<br />

que o fOssê arités dá inbfte dePíó II, a ípiai succedéü eiti 1464.<br />

Ulrich Zêll foi impressor de Philippe o Bom, Duque dê<br />

Borgonha, çelêbre collèccioriador de ; maiiuscriptos preciosos<br />

do seçúlo XV. Por Ordem doeste duque imprimiu a obra de<br />

Raul Lefebvre : « ítêcueil des líiátoires de Troces'. Compose pár<br />

venerable homnie raoul le feüre prestre chappellan de món tres<br />

redoubte seigneur Monseigneur lê Duc PhiLippe de bourgoingne<br />

En Ian de grace. mil CGCG. LXIIII. » In-foL peq. dê 283 ff,<br />

inn., sem Vedamos liem registro > 31 linhas longas, caracL<br />

goth. Para este livró, que foi o primeiro impfesso «ta fraiicez.*<br />

fundiram-se caracteres espêciaes* imitando perfeitamente a<br />

bella calligráphia d'aqüelle século. Segundo Bernard as lettras<br />

grupadas e as ligações dão a este volüme o aspecto da xylbgraphia»<br />

Quanto á data^ deve ser anterior á morte dê Philippè<br />

o Bom, que oécorreu em 15 de Junho de 1467.<br />

Com os mesmos caracteres da obra precedente Zêll iraprimiu<br />

outro rofiiancê d© mesínô autor-, JasoH^ iri-fol. pe


55<br />

a 19 de setembro de 1471, foi mui : provavelmente impressa por<br />

eile ahi mesmo/ sob as vistas é com o auxilio do mestre. Èsta<br />

'traducção, qüe offerecé a particularidade de ter sido o primeiro<br />

livro impresso em inglez, tambeih foi executada com aquelles<br />

caractéres especiaes,- que estavam em deposito nessa cidade,<br />

Em 1470 apparecem em Colonia outros impressores:<br />

|| Arnold Ther Hoernen, cuja primeira impressão é: « Sermo<br />

ad populum. predicâbilís in festo psentátioiiiã Bteatissime riiarie<br />

•Semper virginis noviter... per impressiona multiplicatus, sub àoc<br />

currentfi anno Domini M.° GCCC. 0 LXX. 0 »,' in-4. 0 peq. de 12<br />

ff. numi coôi algarismos árabes; 27 linhas. Das duas edições,, ou<br />

antes, duas tiragens que sé fizeram d'este livro com a mesma<br />

data, uma" tráz no v. dp frontispício um prefacio, no qual se lê :<br />

« In ciuitate Colõiêsi per discretü vi^ Arnoldü Therhoernê » ;<br />

na outra falta este prefacio. "Este livro passou por ser o- primeiro<br />

em que se empregaram os algarismos árabes | Deschamps,<br />

porem, affirma que estes algarismos foram empregados typográphicamenté<br />

pela primeira vez no Mamotrectus de João Marchesini,<br />

publicado na mesma datarem Betona por Elias de<br />

Lauffen. Em Vi 471 Hoernen imprimiu o Líber •Quodlibetorum<br />

de S. Thomaz, in-fol. peq. goth., que, na opinião de Firmin<br />

Didot, I o primeiro livro em que apparecem os titulos<br />

no alto: das paginas, joão Koelhoff, de Lübeck, também imprimia<br />

em Colonia desde 1470.^' Em 1472 publicou este typographo o<br />

« Joh. Nyder prseceptorium divinse legis, — Explicit prascepto-<br />

. irium... impressu Colonie per magistrum Jobannem Koelhoff<br />

de Lubick (sie) anno Dfii M. CCCC/LXXIJ», in-foL gothv,<br />

de 307 ff., a 2 cols. de 39 linhas, primeiro livro, com data<br />

certa, impresso com registro. Koelhoff foi o impressor da ceie- ,<br />

bre Chronica de Colonia de 1499.<br />

... Ainda em 147Ö começaram a imprimir ém Colonia Petrus<br />

de Olpe e João Veldener. Finalmente, no século XV, ainda<br />

ahi imprimiram : Henricus Quentel, com os caracteres de<br />

Ulrich Zejll; J. Quldenschaaf, de Moguncia; e Conradus<br />

Winter, de Homburgp.<br />

" Âssignámos ao opusculo que ficou acima descripto ..a^ dato<br />

-provável, de 1470, porque,. pode-se dizer, foi só depois „ á- Bibliothecá <strong>Nacional</strong> motivos para es-r<br />

timar e zelar o. exemplar qüe expõe sob o n.° 3.<br />

Este opusculo anda juntamente com outros no mesmo volume.<br />

Pertenceu a &eàl Bibliothecá.


56<br />

N." 4. —*Mí ' Fabil.^ílntííi^f oratoriarvm insti-..<br />

' fvtipnus^i líB-iCII. una cum; Déclamationibus<br />

. ciu.síiem argutissimis. ad" Kotrendae uetustatis<br />

eiéijíplarã^pQsit%, diligenterqz iinpressis Apvd<br />

.Saneiam Coloniam. MDXX1J1I. I:i-1'ol. peq. de<br />

CI.IX pp.. num. só pela frep.té.<br />

r\ Frontispício állWpj||®:grávada em madeira é as "palavras<br />

titulo ,a duas tintas, imprfsí@ em caractágs *comattpsi»<br />

' No de rot-to .traz: « Go>ta'rid:is Jtittorpius, 1*1-:tfippp<br />

I&W#i*htoni S«\-M. Sabij Qumtiham ínta —Errsjtulà,<br />

(ÇiijlHBt5<br />

'As.í®l§Maç5e^p|meç|Índo na fl.LÇXIII,'"'terminam no<br />

v. de fl. 'CLÍXJ,ondf- sé lê:. ? J^.j^biJ^iiiiit^<br />

tionu-mf Finis. Çolonise 'in "tedibus r .Eúcftarij Cerüicorni,<br />

Herônft Anno uirginei partus. M. D. XXI. méOs,éi<br />

A^Jdiías.¡primeiras edições d'esta unportanjg; obra são de<br />

' -RaWia, 1470. • : :: ;<br />

A i'mpress2$ dd ncfeíS eíemplar ® mtidaT uma ^as<br />

lhorfSjdo XVI século. Tem nas' margéns annotações manuscriptaí,<br />

-polutettia, segundo-'erei^ljfá^uelt©. ¿ei^l^K<br />

NORIMBERGA: NÜRNBERG.<br />

( Xonmberga ).<br />

Jn,* 5. — Jncipit pròlog-us. in legendas sanetoram<br />

quas collw.it in vnurn frater Jacobus ianuenlis<br />

1 de' o|jin^predicatorum;. •',<br />

Prerode. a primeira íl Cqtulogus Sam-toram, de que fahüm<br />

no no'^p exemplar a£ primeiras madVeríen do<br />

éacaéeiliador quando, aparou as foltó* doftjivrb." A ff. CLXV:<br />

« HisWia lpardici^pliciiivquã iaeotis d'voragie... » Scgucm-so


57<br />

addições--,; ate ff. CLXXXIII, ultima da vol., na .qual se lê:<br />

(( Firiit loiribardica hystoria p mandata Anthonij kòburger Nurenberge<br />

impressa Anno salutis. Mcccclxxxij. kl.' oetob.' »<br />

In-foí. á 2 colum., ^contendo 183 ff. num. pela frente, caract.<br />

,gpth.;:as ff. inteiras,,de 54 com. todas., as jfel%al • capitães:<br />

de côr vermelha e.a lettrà inicial illuminada a vermelho'e azul.<br />

Sem registro nem chamadas {reclamos).'<br />

O nosso exemplai;, idêntico ao descripto por Panzer vol.<br />

«II, pag. 192, n. 113, e mencionado -sub n. Jdcobus de Vorag^ne<br />

iio Bibi. Casanatensis Catalogus, foi restaurado em tempo e<br />

está em bom estado.<br />

A Legendas. dos Santos, appellidada pelo enthusiasmo dos<br />

seus contemporâneos LEGENDA AUREA, teve numerosíssimas edições,<br />

tanto em latim como em francez, desde a latina de cêrca<br />

de 1470, impressa, • segundo Gráesse, com os caracteres<br />

Berthold em Basiléa e da qual Panzer, t. IV, pag. 24.0, n. 268 e,<br />

não declara a data, e a edição franceza de 1475, in-4.", Panzer,<br />

t. IV, pag. ij, até a latina feita por D. Th. Grasse, bibliothecario<br />

do rei de Saxpnia, Dresda e Leipzig,, Arnold, 1846, in-8.° gr.:,<br />

mencionada por Brunei, vol. V, col. 1367.<br />

..De muitas das mais afamadas d'essas edições, incluídas<br />

algumas em italiano, hollandez, allemão, inglez e francez, dão<br />

minuciosa relação Graesse e Brunet, que omittem entretanto<br />

esta de 1482. Farémos especial referencia á de Strasburgo,<br />

Argentine^ ^486., in-fol. goth., a qual contém a lenda de<br />

S. Gangolpho, em que se acha, diz Brunet e repete Graesse,<br />

este conto digno, de Rabelais, que ambos reproduzem.<br />

O autor, que falleceu, segundo o Cat. da Bibi. Casanatense<br />

e P. Laroússe, em 1298, nasceu em Varaggio, a • alguns<br />

kilometros de Gênova, cêrca do anno de 1230. Tomou o habito<br />

/.de S. Domingos aos 14 annos de idade, professou as lettras<br />

sacras e, em 1292, foi eleito arcebispo de Gênova. Deve a<br />

celebridade de que gosou á presente obra, que naturalmente<br />

passou de mão em mão durante mais de um século,. até ser<br />

impressa a primeira vez. Compoz, além d'esta, a intitulada<br />

Sermones de tempore de Sanctis per totum annum, que também<br />

mereceu successivas reimpressões. A Historia de Gênova até<br />

I2Q2, Ae que falia o autor .do Grand Dict. du .X7X. me siècle, não<br />

é sinão a Legendas dos Santos, a. quê tambçm se dava esta<br />

denominação, despida porem da parte puramente legendaria.<br />

« Poucas obras, diz 1 ; este autor, tem gozado de tão estrondoso<br />

favor; foi reimpressa mais de cincoenta vezes no XV e<br />

XVI. seculos ; mas cahiu ha muito no mais justo, esquecimento<br />

e as fabulas incríveis que relata foram depois repudiadas pela<br />

mór parte dos autores ecclesiasticos. »


58<br />

; Norimberga também se aproveitou do saque de Moguttcia<br />

em 1462, e certamente foi das primeiras cidades da Allemanha<br />

a receber imprensa. Quem fosse o introductor d'esta | ainda<br />

uma .questão a resolver. Segundo Deschamps foi Henrique<br />

Keffer 011 Keppfer, natural de Moguncia, um dos poucos' discípulos<br />

de" Gutenberg que se lhe conservaram fieis até â morte.<br />

Para este . bibliographo, Keffer contmuou a trabalhar em Moguncia<br />

com Gutenberg ainda, depois do celebre processo intentaéo<br />

contra o. descobridor da imprensa; deixou esta cidade<br />

depois da morte do mestre, e foi fixar-se em Norimberga, onde<br />

se associou com João Sénsenschmidt, Bohemío, natural de Egra<br />

e artista habituado aos trabalhos metallurgicos. Foi este Sensens'chmidt<br />

quem fábricou os prélos, gravou é fundiu os« caracteres,<br />

puneções e mâtrizes para o estabelecimento commum, seguindo<br />

em tudo os modelos da oficina de Gutenberg; A partir de<br />

•1470 produziu ! esta associação muitos volumes em que não<br />

figuram os nomes dos impressores. O primeiro livro que ap-,<br />

parece com o nome de Sensensçhmidt é a Margarita Poética<br />

de Albertus de Eyb, de 1472,-cujos caracteres se aproximam<br />

^extraordinariamente dos da Bíblia de 36 linhas > e o único<br />

volume em que figura o nome de Keffer associado ao de Sen- í<br />

seíischmidt é a Pantheologia de Régnier de Pisa, 1473, in-fol.,<br />

descripta por Panzer, tom. II., pag. 170, e por Hain sob o<br />

•n.° 13015..<br />

A obra mais antiga dé Norimberga, cortt data certa, %<br />

na opinião


sè<br />

Ô Jiilúmê Si ais jinô®, tíb prfMeiro d'estes t iinprêsSbfés ê<br />

ialvc/ -ipa, J'sn/trr;e>} m ibl. jiot 1 !. dê È. :fH.. 2$*lklias, sírút<br />

ffifihmoi heifi registr^í ri em iéttras - iníííiá^s oü capitães, éxe-.<br />

cutacío .com qsl'mesmos caracteres 1 de outro em qne<br />

figura plMfi nóitf C. EstM);volumçs«©í?V:orrcríl c-itaiiuá tytitlo&ii<br />

jleâhít, n w zS e 46 Variijs oufclM Psaltériág imprCfcSbScoTrto <<br />

|"éu ríoiné ou friiri õs m^árfeg 'cafariíêreÇ iridlcam que essa era a<br />

.Jfeuberaer. terrível' Vivai de SensênscWidt e de. Kreussner,<br />

imprimlü eftí 1473 o Jffieffltf; reímprljniu em 1474 a, Paythr.Q-<br />

HHK de Régriifer de: " 11 «Btç 3 Bíblias<br />

cm í.j;5,* 1477 4;7Ík Exorçeu a "arte : víypograpliica desde<br />

I4F 3 iatè o-éomeço dò-sécuiQ-X^I. E sEyn contrarjicçãevo IFFLJS<br />

êé§bre im#àsoede Nõriihbergaj ^Hi^ÁsfensOTíJ&fbridaBfe<br />

competente, foi Ihfr Aú Uma» epiSMa W sèjfuHfte"eltígí«: «'Si- i<br />

qriSm cumlsiá líhrariorum facilè eWihter fidaMM<br />

aíqâã Iwmãíos mifeaíbi$&; nbn .inferiori l^no pojtíts -2- Lif~<br />

tejâjtwontaák et cojjsjiet fofS» , pervigjkiflifue curam a


I | 8 M<br />

60<br />

as CidadeS,.da Allemanha na impressão da musica em caracteres<br />

moireis;. de 1340-1600. Neuber, J. Montanns. Th.<br />

Gerlatz, á viuva GêrlaCh ;e outros fizeram grande numero de<br />

publicações. , .<br />

Lackmann menciona juipa '?j®prènsi particular do sábio<br />

Elias Hutter, nesta cidade, a*qual publicou em 1599 uma Míblia<br />

poiyglaila, Ebrake, Chaldake., Grcçic, /.atine, Germanke et<br />

Slavoflicè. .<br />

O exemplar sob n.° 5, pertenceu á Real Bibliothec». "<br />

6. — Registrum huius operi.s líbri cronicanam<br />

cü figuris et ymagibus ab inieio mfidi:<br />

Titulo que se lê na 1." fl, em lettras goth. de níissal,<br />

gravadas em madeira, ••<br />

Xr,-tbl. gr., caract, goth,, eo|»» mais de 2500, gray.., das ;<br />

quaes algumas, muitas vez®, repetidas,, fbems 'em madeira por<br />

Michael Wolgèmuth e Wilhelmus 1'luydenw.irfl'.<br />

©feol^começá^ depois do Registrum acima transcripto,<br />

por uma «"¡Tabula, operis huí dé temporibus mundi» em<br />

fig ff. não num. Segue-se : « Epitoma operü sex.ilierO de<br />

müdi fabricm Prologes », lio alto da i." fl. iium.<br />

I No fim. da fl. CCXKVI lê-se : « Completo in famosíssima<br />

IJurembêrgensi vrbe ; Operi,, de hystoriis etaíum mundi.;, ac :<br />

d&eriptione Vrbium. fqláx jmpíniiair finis. Collectum breiii<br />

tjmpore Auxilio doctoris hartmãni.; Schedel. quá fieri,,'potoit •<br />

. ^diligentia. Anno - x|i Milíèsimo qúadrjngentesimo nonagesimotercio.<br />

die quarto mensis Junij. Deo igitur optimo. sint ;<br />

laudes infinite. >,<br />

No fim do texto, lio.v. da fl. que corresponde á CCC e<br />

ultima, f lê-se a subscripção seguinte;:, Adest nunc studios«.,<br />

«lector fiinis libri Cronicarum per viam epithomatis & breuiarij<br />

compilati'yopus qdem preclarum. & a doctissiino quoqa comparand^m.<br />

Oontmet effl gèsta. qHMÍnjfedignibra sunt notatu«<br />

ab initio müdi . ad . hanc 5sqí, têporis nostri calamitatem." :<br />

Castigatüqz a viris doeílssünis vt magis elaboratum in lucem<br />

prodiret..'Ad intuitu auteià & preces prouidorü cíuiji Sebaldi<br />

Sohreyer & Sebastian; kamermáister Kunc librar» dominus<br />

Ánthonius koböger Nureínberge impressit. Adhibitis tamê<br />

viris mathématlcis pmgendiqz arte pèrijissimis. Michaele.<br />

Wolgemut et »-¡lheinio Pleydenwurff.. quarii solerti açuratissi- :<br />

ääaqz animaduersíone . tum ciuitátum tüm illustrium virorum


61<br />

fígiite iasèrte siint.''Consiiminatu • autem duodécima mensís<br />

. Juli;*. Atino salütis nre. 14^5:' »<br />

^iSegtipnse 2 ff ipteirámeiite**em br e sem num: e nrai^..À<br />

5 igu. ; Lnn;ntç inn.: -¿Dè ^atmacia rcglané Jiurop'â; estas<br />

7 £., collocadas, cStii© se v^ r.o fim da obra e dêpwis da •<br />

I l i M j l andam, ho dizer de Brutfèt^ém alguàá exémpíáres<br />

" a.lWfiútas,. oni nv° dí 6, das qíiffis s"ó uma em brumnl. eirtre<br />

as t:'. .CCl.XVI e£#<br />

» E»te livroj» conhecido" pelo nome dé 'Êkrt>nic:â íieNupouc^<br />

vulgar, e, sobretudo, notarei pelas, béllàs .<br />

gravuras ctn madeira, de


58<br />

nome sob o .ji;H! lambem.


63<br />

gauorgnanum.,. ex "Hyspano Idiomate in latínum Conuèrsá.<br />

Impressa in Celebri Ciuitate Norimberga. Cõuentui Imperiali<br />

presidente Sereníssimo Ferdinando Hispaniarü Infãte,<br />

& Archiduce Austriae... Anng. Dni. M. D. XXIIII: Quart.<br />

jío. Mar. Per Fridericúm Peypus. » Embaixo d'uma vinheta<br />

contendo as lettras -F.'-;e P. a palavra Arthimesius.<br />

. Segue-se a 3- a parte com o retrato xylographado do im^<br />

perador Carlos V e o titulo ¿i<br />

r;ttvlatio<br />

Iohannis Êochlei Gérmáni, supeü'-eiüs<br />

facta, nupèrqa"j|>romüIgataÍ£<br />

. / M, XXXV". /« fine: I.ipsice. i&vijßä&äl<br />

••'-f'Micfygl' BlMßfiyl¡t^JJi In^-Bto?/13';4ff. inn,,.<br />

çótnprehendido: ô: tit., i íl. cm branco. •<br />


64<br />

A imprensa foi introduzida nesta cidade no fim do<br />

XV século. O primeiro livro ahi impresso com data é o<br />

Joannis Annii Viterbiensis Glosa sup. Apocalipsim d- statu<br />

ecclie.... Lipczk, . 1481, in-4. 0 de 48 ff., opusculo raríssimo,<br />

executado; com os caracteres de Marco Brandis, segundo a<br />

opinião de Deschamps. Em 1484 appareceu um tratado philosophico<br />

do Arcebispo de Praga com o nome d'este impressor.<br />

: •— Sig-, Albicus, de rcgiinincIhominis.... Impressum in<br />

' Lipczk per Marcum Brand, in-4. 0 " "<br />

Conrado Kacheloven, que segundo Panzer é o ifesmo<br />

Conradus Gállicus, editou muitas obras de 1485 a 1516, e.<br />

parece ter sido o segundo impressor d'esta cipade; a elle<br />

segiiiram-se Mauricio Brandis ou Brandt, Jacob Thanner, Melchior<br />

Lótter ou Lotther, impressor de Donats, talvez mais<br />

antigos do que se pensa, mas que não trazem data; e muitos<br />

outros.<br />

No século XVI a imprensa d'esta cidàdte attingiu a grande<br />

desenvolvimento, é sua importancia tem-se conservado até. à<br />

época actual.<br />

Convém ainda citar: J. D. Emmanuel Breitkopf (1719-<br />

1794), o inventor da impressão musical em typos moveis,<br />

que se occupou durante toda a vida com a gravura dos<br />

caracteres; Tauchnitz, celebre pelas edições dös clássicos<br />

gregos e latinos ;> e, modernamente, Teubner, Brockhaus,<br />

R. Weigel, nomes que, na phrase de Deschamps, são a honra<br />

da typographia, não só de Leipzig, mas da Allemanha inteira.<br />

Leipzig I hoje, como todos sabem, um dos mais opulentos<br />

emporios do commercio de livros.<br />

O incunabulo exposto sob o n. 0 9 é um specimen -interessante<br />

da arte typographica no XVI século. Costuma andar<br />

juntamente. com outros ópusculos, impressos em annos e<br />

lugares diversos.<br />

N.° 10. Os Luziadas de Luiz de Camões Edição<br />

critica-commemorativa dp terceiro centenario<br />

da morte do grande poeta Publicada no<br />

Porto por Emilio Biel Typographia Giesecke<br />

& Devrieni estabelecimento graphico Leipzig.<br />

MDCCCLXXX. In-fol. gr.<br />

Precede o titulo o retrato de Luiz de Camões, em busto<br />

a tres quartos para á esquerda, dentro de ura. oval, com


65<br />

muitos.., brn^fòs gravnilorcs Noisier, Wagenn-.tum.<br />

Lindner- GoHberg. :Bem»ger^#chultlleiss, Martln,JL A obrà<br />

cor.téta o ¡rot-.ti^-ic.k). gravado -em- aço, dez pàgiiias, titulo,<br />

uma pàfa cadá oaRío, ent chromò-grávúra, • >rigir.a


66<br />

da edição do Morgado de Matheus, executadas pela casa Fritz<br />

fiO Porto. A publicação é toda . subordinada a um estylo<br />

rigorosamente,; uniforme* »<br />

Esta edição dos Lusíadas do Sr. Emilio Biel é, incontestavelmente,<br />

itma das mais bellas homenagens prestadas pela<br />

geração áctual ao grande epicò portuguez, no terceiro centenário<br />

da sua morte.<br />

fe / .j i A N. 0 11.*-— Deutsche Litteraturgeschichte von Ro-<br />

I ' $ ? bert Koenig.... Fünfzehnte, mit der zwölften<br />

.¿jbis vierzehnten übereinstimmende Auflage.<br />

Bielefeld und Leipzig\ Verlag von Velhagen<br />

df Jvlasing CDruck von Fischer âf Wittig<br />

in LeipzigJy 1883, in*8.° de 1 fl. inn.VIII,-<br />

840 pp. num., com 43 peças separadas color,<br />

e '¿54 gr. íntercal. ho texto, caract. goth.<br />

A primeira edição deve ser de 1878, como\;se deduz da<br />

data da dedicatória, que vem reproduzida neste exemplar.<br />

Na 15 8 edição, que acabamos de descrever, a dissertação<br />

segue a ordem chronologica, sendo dividida em três grandes<br />

períodos que eomprehendem o estudo da poesia no alto-allemão<br />

antigo* médio e moderno. 1<br />

0 texto % nitidamente impresso, geralmente no typo<br />

•'• allemao moderno, è, traz illustraçoes magnificas de toda a espécie,<br />

Coxáo seiam i .fac-similès de manuscriptos e frontispibios.<br />

dê diversas obras, retratos dé» éscriptores em diversas épocas<br />

% da yidá, reproducçôeS dé desênhps é de illustrações que<br />

•adornam outras obras, &,<br />

Èfttrè Os frontispícios reproduzidos citaremos 0 do Novo.<br />

• Tèsíâfftento de Martim Luthêrq, éd< de Augsburg, - Hans<br />

Schönberger, 1523, in-fófè; f£tre os retratos sao dignos de<br />

riõtã Os dé Goethe e"x>S de Schilíe.r; Goethe- ahi vem repre-<br />

-sêntado nada menos de. cinco vezes • aos 2Ô annos, aos .30,<br />

áõS ãoS' $3, e. ¿ainda. .depois de morto. ><br />

Ás pgças em separado" são lithographadas e quasi tod4as<br />

coloridas,' ai intercaladas no texto são gravadas, em madeira,<br />

umas e outrçsí-feitas cç-m grande esmero e perfeição,


I . 67<br />

~ A encadernação do volume é de panno com ferros<br />

¡¿Spèciaes, • |É<br />

v O exemplar exposto foi comprado pelo Dr. João de Saldanha<br />

da Gama, actual Bibliothecario,<br />

BERLIM: BERLIN.<br />

I f Kerolinum J¡ , . jaBBaBMiBK S ^jálS^B<br />

•^V^ A J-Jl;<br />

N.° 12. Œuvres de Frédéric la Grand. Berlin, jq ' j -J{J[-<br />

Imprimerie Royale, R. Decker, 1.846-57, 30 jq u j - $ 1<br />

toms. do texto em 3.2 vols. in-4° gr. ; 1 vol.<br />

'í itt'£° gr.Sdé Tablé genérale, e Min-fol. de<br />

"" atlas.<br />

AQ todo 34'Wols. " _ ' . r^ÉUsH<br />

Esta magnifica edição, dividida em ciricó partes, consta<br />

do seguinte :<br />

— (Tinires hishmqucs. toms. T-Vií. 1846-47.<br />

— Œuvre* fhih&tiphhlut-s. toms. VHITI'X*. 4 ;<br />

— (Jiuvrcs podiques, toms. i84y~5Q.<br />

'Correspondance, toms. XY.I-.N.X VI!,<br />

— Œuvres militairès,<br />

1850-56.<br />

toms. XXVIII-XXX, 1856.<br />

— Plans relatifs aux œuvres militaires dt. Frédéric le Grand .<br />

réimprimés sur lès planchés originales, 1856, in-foL ¡ » ••.""4<br />

s- Table chronologique générale des ouvrages de Frédéric Je<br />

. • 1857. Grand et catalogue raisonné des écrits qui lui sont attribués,<br />

A i. a edição das obras de Frederico II da Prússia foi<br />

impressa em Liège, em 1790, com a rubrica Amsterdam, e<br />

comprehende 24 vois. in-8.°, assim distribuidos : Œuvres<br />

primitives, 4 vols. ;—"Œuvres fcosthym'es, 19 vols.; —— Vie de<br />

Frédéric par Venina, 1 vol. Segundo Graesse, a edição de<br />

Potsdam, 1805, também em 24 vols., é esta mesma com o<br />

frontispicio mudado, '<br />

Esta i. a edição, segundo Preuss, é extremamente incorrecta<br />

" no texto e seu plano falto de lógica ¿ além 4'ÍPSO,<br />

muitas composições do aytor não figuram na coUecção,


68<br />

."Attendendo a f®Bs deífeftoá^ o rei da Prussia 1 i .1<br />

Gtailferme IV enEkrr^^^Ç^cidèífc Real das Scjehciáfe', da 1<br />

publfaftS daágfpbías cbmptetaBeWtJienttcas do leu lllustie<br />

aiitepílvaflU e poz á sua •• . ' J'i £*«tj|<br />

rio exempláftSlii-4 ° H'v ém papel velino, ornada d^\mhe.tasJ<br />

e -enriquecida de-.'^etratovígraya^s^ ^por entalho docfr v O n&jso'j<br />

ei^emplar pertenci 4 es'ta tríjftdfyi especial, qS n jifconcèito do<br />

Sfir. DMRataiz Galvão * I " JjL, ii-"* . X<br />

fflk JaneiroWj&7J¿), é ínSmitavélpefttSem^iiáateria de typo* (<br />

graphia -tun-slas trabalhos mats perfeitos ^que a impre<br />

tem produzido O ,papel |||j|cellente, o typo de uma slJB<br />

-gancia. extrema, tip tira¿erti~feita coi grand^uidadogpqr<br />

/Sida A^eíjcadernaçSflf em ehagrm 1 Kpm feraggsspeciaeâ^é rica, '<br />

-trazendo na éífe anterior as armas da ®asa real da Pru-Aiâ, ^<br />

posterior M monogramma de Frederico Guilherme IV, ;<br />

encimado com a corôa real- .°iÍ|f9HBHHHHHH<br />

• No primeiro vol váy|S» f retrato de Frederico®!, prijni||j<br />

rosame¿íéygráya|¡|


69<br />

drucker*, o direito de imprimir e vendír livros na cidade de<br />

Berlim. Neste^mesmo século ahi existiram vários livreiros que<br />

imprimiram grande numero de obras! ' Sobre estas vide Vogt<br />

e os catalógós de Heinsius e dos Elzevires.<br />

Nesta cidade existiu também uma ofíicina, fundada em<br />

um convento de franciscanos* cujos productos trazem ora esta<br />

declaração: In -Graven Kloster /ora est'outra: In monasterio<br />

Leucophceo.<br />

ROMA.<br />

13. — Rodericus (Sancius de Arevalo), Episcopus<br />

Zamorensis. "Speculum vitae 'humanàe^<br />

f cum epistola ad Paulum II, in qua auctoris.<br />

hujus libri vita et ejusque studia recoluntur.<br />

; Titulo factício, dado, com pequenas modificações, por.<br />

Máittaire,- I, pag. 280 fPanzer, II,J>ag. 4.08., «.• 8. ; Hain, Ily<br />

f. II, «.* -1393$; Dibdin, III, n.'f ój ÈÜèrf, II, n.° IQ2Z4;<br />

Brunet, sub nornine Rodericus; Graes.sr, idem; c outros.<br />

Som fl. de rosto, in .¡.\ não obstante lhe daíem.âs bibíio-<br />

-•graphos o formato dè fòl. peq.; de 150 ti', sem numeração, com 33<br />

linhas iada pagina, ias duas lettra ímciaes ¡Iluminadas é as<br />

Eicapitaes e os títulos* dos capítulos coloridos ;ds azul Q vermelho.<br />

A impressão; de nitidez admirável, é feita em papei de<br />

linho consistente e forte.<br />

Kdiçà» pririceps, provavelmente, como pondeirã Dibdin, 1 -<br />

/. cit.. :un dos. três primeiros 1 livros impressos em Roma, em<br />

cujo numero colloca as Epistolas de Cicero tio 1467 e o<br />

l.uctantius, de 1468.<br />

A obra compõe-se de duas partes, das quaes a 1.", dividida<br />

XI.111 capir.tlos, trata da vida civil e. a 2,.", em XXX,<br />

*o^pa-ie. da vida espiritual, Começa pe!:i dedicatória do autor,<br />

¡à.íajilò II: « (S) Anctissimo ac clemêtissimo m christo,» patri<br />

domino^í» A dedicatória, o I Prefatio jitilis m qua auctoris;<br />

• liuiu^ libri vita... *• e a,cstibuh capuuloium eius flJcBpam^ji<br />

primeiras f. e o r. da io.'.;No v. d'e$fà corneçá propriamente<br />

va.nobra: iJnçipittSapitulü primã primi libri: uídelicèti<br />

primo & subUmiori statu temporali... » Em cada uma, d.'essas


70<br />

partes têem os capitulóla sua numeração privativa, e a 2. a novo<br />

prefacio.<br />

'' iTodos os bibliographos citados e De Bure, vol. I do<br />

Suplement e.pgg.¿ 196 do vol. de Jurisprudence; eo catalogo<br />

da Bibliotheca Borbonica, tom. III, descrevem uma ed. da<br />

obra do bispo de Zamora, idéntica á exposta, feita em Roma<br />

em 1468 pelos afamados typogr. Conrado Swe^nheym e Arnoldo<br />

Pannartz, importadores da maravilhosa arte áquella<br />

cidade. Infelizmente, falta no nosso exemplar a fl. final? na<br />

qual se dévem 1er os versos citados por todos aquelles bibliogr.<br />

e .çjtie, começam': «;Edidit hoc pingue claríssima norma latine »,<br />

seguidos dos em que se declaram os nqtties dos impressores e<br />

o lugar e data da impressão;<br />

« Hoc Conradus opus suueynheym ordine miro<br />

Arnoldusqz simul pannarts una edé colendi<br />

Gente theotonica : roma expediere, sodales.<br />

In domo Petri de Máximo. M. CÇCC. LXVIII. »<br />

• Ha toda a probabilidade, sináo certeza, que o nosso exemplar<br />

pertença a esta.'.f dição descripta pelos! bibliographos.<br />

Diz da presente edição o autor do catalogo da Bibl;<br />

'Borbonica ;<br />

« Editio princeps, et raríssima; splendidissima etiam, ita<br />

ut nulla |n eadem desideretur elegantia. Typi Romani majuscúli<br />

nitidij et conspicui in lineas 33. trábuti, .satis latum marginibus»..<br />

Initiales adjectae sunt .ab Illuminatope, nam spatia<br />

tantum iliis Typographus destinaverat, e primam voluminis<br />

paginam insignetn reddidit colore rubro, et ooeruleo, et auro. »<br />

E acerescenta que no Cadalogus Mièl. Till£riancea pag. 356,<br />

.se dá esta edição como feita no anno de 1467.<br />

O -exemplar descripto por De Bure, Bibliographie instructive9<br />

vol. de Jurisprudence, começa exactamente como o nosso<br />

.pelas 4 Jf. da taboa alphabetica das materias. A sua extrema<br />

raridade é também attestada por elle.<br />

Do autor e d'esta e das outras suas obras se occupa com<br />

individuação Nicolau Antonio na sua Bibliothecct Hispana<br />

véñiSj t. H.<br />

Conrad© Sweynheym


71<br />

porem, em suas primeiras tentativas, não poude disputar a prioridade<br />

aos seus j-ivaes, que o excederam na rapidez da execução<br />

dos primeiros trabalhos que. emprehenderam. O caso<br />

paçsou^se do seguinte modo: .<br />

Com á noticia do lispngeiro acQlhimentQ que tiveram £Stg§<br />

trçs artistas, os impressores de SubiaçQ ¿er^nj-se |i|f||<br />

vir para a cidade, onde foram igualmente mui |J||| acolhidos<br />

e festejados.,<br />

No anno de 1467 estes impressores, que pouçp trabalho<br />

tiveram no transporte do seu material, publicaram 0 volui^g<br />

M. Tvllii Çiceronis Epistolarum àd familiares JLibri XVI.<br />

In-4. 9 de 246 ff., .sem reclamos nem registro.<br />

Este é o primeiro, trabalho dos proto-typographos de Roma,<br />

que vieram revelar á 7 cidade eternq os jnyiteríòs da maravilhosa<br />

arte de" imprimir. • \<br />

Sweynkeym e Pannartz, que j'á não çrajn ricos, exhauriram,<br />

com a publicação das Cartas de Cícero e com as despezjas do<br />

estabelecimento de sua residencia em Roma, todos os seus recursos<br />

e çahirâm em extrema pobreza. Comtudo, ç> impulsp<br />

que haviam dado ás lettras era enorme, e, ajudados de outros<br />

companheiros, ainda imprimiram um grande numero de volumes.<br />

Alquebrado pelas fadigas e pelas privações, Sweynheyrji abandonou<br />

a imprensa e dedícou-se exclusivamente á gravura, eity<br />

que era perito, yíndo a fallecer em .1478.<br />

Pannartz continuou sempre" a trabalhar comq typographo,<br />

e veiu a fallecer pelos fins de' 1486.<br />

; Ulrico Hahn estréa com uma obra mystica de Torquemadã<br />

\ •MèditaHones, 1467, ín-fol.<br />

, Illustraram-se ainda como impressores .d'esta cidade: çm<br />

1470, o àllémão George Lo ver; em 147? Leornaríjo Pflug \<br />

em 1474 George Laschel de Jteichenhal. Seguem-se Estevão<br />

Planck, Martim de Amsterdão, Eucharias Frànck ou Silber, a<br />

qtiem se deve o primeiro livro impresso em caracteres ethiopes,<br />

em 15*3,<br />

| Eis, em poucas palavras, ou em extracto o que encontramos<br />

de mais notável nos modernos escriptores acêjrca da<br />

historia da imprensa em Roma nç XY e principio 4o XVI<br />

século. Os melhoramentos que a arte tem abi adquiri4o> de<br />

então para cá, ¿são consideráveis, e o seu estado actual pôde<br />

ser apreciado nos exemplares que- expomos sob os n. os 18 e 19.<br />

de n.° 13, agora descripto e convenientemente restaurado,<br />

pertenceu á Real Bibliotheca, tendo feito parte da livraria<br />

denominada do Infantado.


72<br />

> J 14. -is Rodef/ci Sanei! (df' Arevalo),' Incipit<br />

? i compendiosa historia hispânica.<br />

' • ' fc< « È & ^ t 1 h f- ~ ^<br />

f„Sem fl. de rós,to' nem data.- In-4. 0 gr. de 185 ff., incluídas-<br />

13 finais, contendo*- a' tabula materiarum; em 'caracteres<br />

romanqs,,; sem règistro, nem numeração. O ; n..°-~dè ff. do<br />

nosso" exemplar! confere ; 4com o dado pela Bibil. \GrènvilL,<br />

citada ;por Graesse, : e com o dado por Dibdin -quanto ás, dá<br />

tabula]: nao são pois. 185 ff." com 16 de tabula, como dk,<br />

BPunet' e repete Graessé.,<br />

, ; A i. a fl., illuminada a ouro e ancores,, bem comó-á lettra<br />

•inicial, contêm Qv Summario :. impresso em, vermelho, do qual<br />

Brunet é outros extrahiram o titula.; cpntèm mais .uma dedi-,<br />

catoria a, Henrique, IV de Cantella, que" vai da,i. a A á metade<br />

do r. (la 3. a .O resto d':esta* e todo o 'seu v.i é preenchido<br />

pelo indicç dos capítulos da i. a parte. : '<br />

A obra está dividida em. 4 partes, das quaes a i. a * conta<br />

XVII cajfituloà; a 2..% com pirologó especial, não tem divisão,,<br />

de capítulos ; a 3.,% com um 1 Prepkatio ¿(sie) intròductiv e<br />

índice de ' ^ápitulos, contèhi XL capítulos, e a 4;*, também<br />

com o ^seu índice.e Prologus' in ^Quarta parte, xxxx capítulos,<br />

jNo.fim d'este, fl. 17 2. v.: « De .mandato. ,R. P. D.<br />

Rodêrici Episcopi Palèntini auctoris Huius libri. Ego Vdalricus'<br />

Gallus sine calanioaut pennis eundêm librum impressi. > O v.<br />

d'esta fl. está em branco. As iniciaes dos; cap. são coloridas<br />

de vermelho uma§, de azul outras. ' •<br />

Pelo colophão acima reproduzido se verifi'ca que a. obra<br />

sahiu . das mãos do famoso ; impressor de Roma Udalrichus -<br />

Gall ou Ulric Hahn, chegado áquella ,cidade em 1467, »provindo<br />

de Vienna d'Austria. Quanto á data da impressão, no<br />

fim do texto do nosso exemplar," em seguida ao colòphão,<br />

lê-se a seguinte nota msc., de lettra antiga: .<br />

« Líber iste Romas impressus per Vdálricum gaílum anno<br />

1470. Ita sentit Michael Maittaire, Annal. TypograpH. tom. i.°<br />

pág-i* 292.,. ubi v.? »<br />

: Recorrendo-se porem ao. autor e lugar citados," apenas sé"<br />

depara com o seguinte :.<br />

M Roderici Santii compendiosa Historia Hispanica: per<br />

Udalric. Gall. 4. 0 Romse../ (sic*) »<br />

Ebert dá cerca do anno de 1470 para a sua impréssão.<br />

Também Graesse a diz impressa em 1469-70, segundo<br />

Maittaire, ou, em 1470, segundo o Cat. bibl. Harlei, 11,<br />

pag? 489,


73<br />

• Audifredi . no ,seu, Cdtalogus historié,o-èriticus*. das eçliçôes<br />

romanas, diz a esje respeitp â pag. ; : ;<br />

. , « In rärissimae hüjps editionis, exemplo infra indicando,<br />

praeeunt-, tredecim -foHa indicis, -seu ^.Tabiiïlae... postquam,<br />

interjecto folio albo, sequitur prologus Auctoris... ».E-.quanto<br />

â data, apcrescenta :<br />

'. V « SuBscriptio àd calcem opposita non plâne demoristrat,<br />

uti existïmat J?. L. (Pater: Lœerius)) opus ante exitum anni.<br />

14Ç0. (quo AuctOr obiit)' excusùm fuisse » ej ç'ontinuando ^<br />

suà argumentaçâo, inclina-se a^preferir para a impressäö da<br />

bbra do), entäo bispo rde Plàcencia o anno de 1469, firmado<br />

no que diz; o autbr, quod viddy, no fini do ultimo capitulö da<br />

parte -iv da sua Histöria.<br />

: Panzer diz ; a este proposito : j Q » «<br />

« ;Sine nota , anni, -Verisimiler tarnen circa- annum 1470. »<br />

Hain,. vol. II, p:' : 11, n.° 13955,' diz tambem :<br />

« Praecèd. 13 ff. tabb. hoc pràefixo tit.: Infcipit tabula<br />

materiarum et rererum »(siej... » Depois de o declarar sem<br />

data, dä-lhe comffudo, a de cêrca de ï'470.<br />

• 0 exemplar» exppsto pertenceu ao Dr. Nicôlau Francisco<br />

Xavier da Silva, de quem: parece ser-a nota msc. citada.<br />

*N. 0 15. — Enee Siluii Piccol'ominei Qui et Pius<br />

Secûdus fuit Epistole in Cardinalatu edite.<br />

Lege feliciter.<br />

Sem fl. de rosto, de 75 ff., com 38 linhas cada pag.,<br />

,.'" caracteres rom., sem numeração nem registro, lettras -capitaes<br />

Villuminadas a ouro e as' iniciaes coloridas de vermelho e azul.<br />

impresso em papel forte de linho, com amplas margéns;;dé<br />

ambos os lados, apresentando todos ds caracteres das impressões'<br />

de Roma expostas sob os n. os 1-3 e 14.<br />

' ^t&jfme:- « Presens Liber Epistolarum famiíiarium Enee?<br />

'Siluii Piccolominei qui et pius secundus fuit: in Cardinalatu.<br />

éditarum impressus est Rome per Magistif Iohannem, Schurener<br />

. de Bopardia. Anno Iubilei ét ,2, Natiuitate dni. MÇCCCLXXV.<br />

: :'Spié. XIIII. Mensis Iulifc?Sedente Clemêtissimo Sixto- Papa<br />

Quarto Anno eius feliçi Quarto. »


74<br />

Contém 139 cartas, das quaes a i.» datada 'Vrbe.<br />

XXII. Decebris. MCCÇCLVÍ, ' dirigida ao Imperador Frederico<br />

Aygpsto, e a ultima, escripia Ex Roma. IX. Marcii.<br />

MCCCCkVIII, ao cardeal Ursino,<br />

Descre vendo-a dá Brunet á obra 76 ff. e o mez de Junho<br />

para a sua impressão, o que não é exacto. Panzer, II, pag. 453,<br />

nj 178, dá-lhe inadvertidamente ¡j formato de folio pequeno.<br />

O mesmo formato lhe attribue Maittaire, Annales, I, pag; 353,<br />

que entretanto apenas a menciona; provavelmente nenhum<br />

cPelles viu a obra;<br />

Dibdin, Bibl. Spencer., III, ii. 9 602, a dá como edição<br />

princeps e a classifica também de folio. De Bure 'entretanto,<br />

na süa Bibl. instructive, Be lies-legres, n.° 4134 e seguintes,<br />

descreve uma edição das Cartas: familiares, de Colonice, per Joannçm<br />

Koelhojf dç Ly.beçk, do anno de 1458, in-fo¡\<br />

« Edição raríssima, ajunta ellè., e que deu causa a muitas<br />

contestações na Republica; das J^ettras, motivadas pela indicação<br />

íio anno da impressão, designado na subscripçãp 4o fim<br />

do vol. como sendo de 1458. Está hoje reconhecido que a<br />

indicação é falsa e que ha erro na subscripção que a designa;<br />

não se de^ r WÓOu porem ainda em que anno foi ella feita,<br />

baseando-se todos em conjecturas; comtudo, embora os juízos<br />

dói sabios estejam divididos a este respeito, parecem inclinados<br />

a dar-lhe a data de 1468. Existem em Paris dous exemplares, &. »<br />

Em um d'esses exemplares ha uma nota msc. muito antiga,<br />

refere. De Bure, que serve para demonstrar que o autor desapprovou<br />

uma parte dos seus escriptõs quando foi elevado a<br />

posto mai_s. eminente e que mudou de modo de pensar, e<br />

transcreve essa nota.<br />

Cita ainda JDe Bure a seguinte ed, , que é também anterior<br />

á exposta : ¡J<br />

«.JEjusíJem JEne«e Sylvjj íÇpistolçe. Meãiqlmi,. Zarotus,<br />

I 473i w-foí- »<br />

Depois d'estas descreve a nossa, da qual diz':; « Edição<br />

muito estimada, posto que • só contenha a parte das Carras<br />

escripias pelo autor quando Cardeal. Essa parte foi depois' reimpressa<br />

em 3?aris em 1476 e é também procurada. »<br />

Assím^ ainda què não seja, como o acreditou Dibdin, da<br />

i.* edição o exemplar exposto, que pertenceu á Reàl Bibliotheca,<br />

tem bastante valor para merecer este logar de honra.


75<br />

^N. 0 l e . — B i Perotti Rudimènta' Gramma^ ><br />

tices; I<br />

num.,:ïbiuprehendida 4d®refae«i3'; I<br />

í p | afisDãto feia 1 as lettras «Rstaes Sfiloridas de "ter<br />

uu-lbo c 4 «ar«.. ,<br />

uj. ÍMttv * Régule granjtojtiq^líj- Reiíéretidissiiui,: patjis<br />

•BwK dominó; J||pGÍai -Perptti Archiepiscqpi Sypontini, virí<br />

iSptraimi atqifcjci}uerftistími absolute sunt féliciter Rom%<br />

quoqj, impresáé;,pír .'rae Vuei)dellinü dè "Egílla p 4rft% magffitrü'.<br />

jjuodeçimorl&lendas OctobHaâ. Amio s3[:ii:s Miiléhifiw- -<br />

qráãcb^èentesimóseptuagesiraoqKiiníõ.<br />

No v.: da i.*"fl. vémj||_fV,5tó» %n Regotys GtaMmafââfcssi''<br />

i\ o livro cfMisei?* na .¿'¿suinte í 1 . :<br />

« ©lejáisPerótti ad. Pirrym Perdttvra nípotenj és<br />

svâ^simym Rydiœtjita GramWa{j(^ mcipivpt. »<br />

MpííKserípta. pelos autóêsrçíe biblixwr^pKia. ora «ó >© título<br />

de o de HHHHQHS^^ SSSiMKpB Sbra '<br />

IUir n&ses jieíertaxwm vol.- U, ¡«.^H-.'i«." la&j^'; j?anze§;3to<br />

Mm Annales Typogrâflttd, XI, pag." 461, n ° 2 2 2; ' Dibdíli Soén 4<br />

^stíSf-Mfmwt to the /- ' * . * j * > > .¿.^.'••R,.''. I ÍOÍÍ^V<br />

'qiic a qualifica do modo seguinte : « This is a, rare 1 anãíésti- "<br />

^»léíiijipressioii »; e Sranet/'qiie noiítà^j^amâfjie<br />

Í0p|tt. 504, diz;<br />

Nêstf mesmo a-nno s dcjKáfrs ajmarcíreram da-isftoutrA<br />

¡pfeàAfe-fiemos ^HHBHHQ<br />

¿1? Stpiïâaha . .êiel'xvu ., wk'Sw Am. f'an/ittrfr,


76<br />

Anda juntamente/ho mesrnot ¡volume: n-Matidtvitff?:'. fíe<br />

Vita Beati Ifieronyml... edite in alma urbe neajx/k. i<br />

O nosso exemplar-proveiu da Real Bibliotheca.<br />

N.° 17.— De Varia Constructione Thesaurus:<br />

p Ant. Mancinellum Veliternura. In-_|.°'de 38<br />

ff. inn., sem ti. de rosto.<br />

; • ••'<br />

No v. da i.* fl. a dedicatoria datada de Éáme'Nptiis Sextilibus<br />

Anno Christi Mccccxc. *; .<br />

In-fine': « Impressum, est opus in Vrbe Summa diligentia'<br />

.per magistrum StSpbanum Hannçk... Anno Christi: M.coccxc. »<br />

Ruuer c Hain não "dosr.revi-ih esta obra.<br />

Antonio Mánçinelli, phílologo italiano, nascido em V«lletri<br />

em 1452 e tallecido, cm Ràma cêrca^de 1506, diz Larousse<br />

no seu Graft,/ DUthnnaire que ensinam as ieítras<br />

anilas em differehf^;eidadés da Italia.:<br />

As obras ite Mancinelji grangèãramílhé uma extensa reputação:.<br />

hoje 'estão esquecidas. Vide lliographie Universelle,<br />

tomo xxvi.<br />

Expomos o incunabulo sol» o n.° 17. menus pela Mía*rartdade,.<br />

do que por sèr iim.„producto , sabido, das oíticinas de<br />

Esteväio Planck, um dos ; inais distinrtbs 'typographos, dos<br />

que floresceram em Roma no XV século.*<br />

O nosso exemplár pertenceu á Real Bibliotheca.<br />

N.° 18. — Lyrica — Sonetos è; 1 Rima? de": Luiz<br />

Guimarães J. r Roma, Typographia lilzcviriana,<br />

MDCCCLXXX. In-12". de 246 pp.<br />

Elegante e nítida impVessão em caracteres elzevirianos<br />

modernos, similhantes em muitos pontos ao primitivo typo dos<br />

^afamados impressores que lhe deram o nome, o presente volume<br />

é impresso a duas côres, vermelho e preto, contendo<br />

vinhetas, cabeções de pagina e culs de lampe, de variadas fôrmas<br />

e lettras capitaes ornadas e igualmente coloridas, estas e uma<br />

das'vinhetas de côr de rosa, assim como a lettra inicial, e<br />

duas vinhetas de verde esmaecido.<br />

Divide-se o livro, dedicado á esposa; do poeta, em três


77<br />

partes: à primeira, sem titulo especial, composta na mór parté<br />

de sonetos : a segunlíà, tendo por titulo Os poetas mortos, contendo<br />

sonetos em variado metro dedicados á memoria de<br />

Gonçalves Dias, Càzimiro de Abreu, Junqueira Freire, Alvares<br />

de. Azevedo/ Castro Alves, Varella, Agrario de Menezes, Franco<br />

de Sá, 'Laurindo Rabello, Bruno'Seabra, Aureliano Lessa, José<br />

dé Alencar e Pòrto Alegre :- e a terceira-, contendo composições<br />

poéticas de difieren tes medidas 6 assumptos.<br />

Encérra o .volume 15.0 trechos de poesia admiraveis pela<br />

belleza irreprehensivel da fôrma e delicadeza ,-da idéa e que<br />

hão dé permanecer eternamente na litteratura não Isó patria®<br />

mas das duas nações que faliam a mesmà lingua,' í'como um<br />

ríiodelõ .no generó» isto é, uma das mais puras e suaves manifestações<br />

do lyrismo moderno/ brotado, felizmente pára o<br />

orgulho nacional, na terra de Gonçalves Dias, que parecia,<br />

entretanto ter lévado comsigo, para o seio da. morte, o segredo<br />

da melodia, alma da poesia lyrica.<br />

Nas poesias qúe,, em bôa hora, consagrou á memoria dos<br />

illustrès mortos seus predecessores e contemporâneos, teve o<br />

lyrico,^ fluminense a gentileza de dar por, epigraphes, e por<br />

fechos das • respectivas ^Peças 'tersos dos" proprios poetas commemorados,<br />

applicand^-os. a cada üm d'elles com a mais» én?<br />

cantadora originalidade?<br />

. O Sñr. Dr. Luiz Caetano Pereira Guimarães Júnior nascetf'í<br />

nesta cidade do Rio de Janeíro^a 17 de Fevereiro de 1845.<br />

Recebeu o grau de bacharel em- sciencias sociaes e jurídicas -<br />

da Faculdade do Recife no annó'de fí86¿ havend.o começado<br />

o curso em S. Paulo. Entrou em' 1872 para"© corpo diplomático<br />

como addido á Legação brazíjeira no Çhil§, tendo ántériòrmente<br />

sido nomeado para a Bolívia, onde nãoíchegou a ir. Em 1873<br />

foi'transferido no mesmo caracter jjara 4 Legação Imperial enr<br />

^Londres. D'ahi p.assÔu-sé^para-ã Italia/ onde permaneceu 5<br />

annos, como addido a Èmbaixada do Brazil junto á Santa Sé,,<br />

servindo sob as ,ordens do eminente poeta, chefe da* escola<br />

romantica nacional, Domingos J de. Magalhães, Visconde de<br />

Araguaya; A este proposito r'epetirémos com um dos seus críticos:<br />

« Sem offensa á seriedade do" officio, podemos dizer, e<br />

com desvanecimento, que fomos representados no Capitolio<br />

pelo Parnaso. » Promovido em 1878 á Secretario de Legáção<br />

pára Lisboa, onde serve actualmente4de Encarregado de Negocios,<br />

serviu ao mesmo tempo de delegado do Imperio no Congresso<br />

Postal Internacional, reunindo, naquella cidade.<br />

«.Carreira rápida e honrosa/..,


78<br />

brazileira, a Secretario da legação imperial em Lisboa (G.<br />

Lobato). »<br />

Do Chile nos mandára" o poeta por meiado ... do anno. de<br />

1873 um punhado de estrophé^s peregrinas què , se publicaram<br />

aqui na Republica oü na Reforma ou. em ambas. Não sabemos<br />

porque as engeitoü elle, pois não as vemos nas collecções com<br />

que brindou depois' ás lettras patrias.<br />

Na sua residencia em Santiago publicou na Revista Sud-<br />

America d'aquella capital noticias biographicas dos Snrs. Joa_<<br />

«fluim-Sierra, Máchado de Assis e D. Narcisa Amalia, a inspirada<br />

poetisa das Nebulosas. A sua pena pois tem, sido infatigavel,<br />

Coração generoso, aberto a todos os sentimentos bons, alma<br />

inaccessivel á inveja, tem sempre tido uma palavra de applauso<br />

para o merecimento alheio. Por isso o seu proprio merecimento<br />

tem sido applaudido dos seus e de extrahhos.<br />

Ém Lisboa, onde desempenha actualmente o nosso illustre<br />

compatriota aquelle importante cargo, | elle o fqcp de todas<br />

as attenções dos homens de lettras | jornalistas do paiz, que<br />

lhe apreciam devidamente o mérito litterario e qs dotes do<br />

coração. Ali passou elle pela dolorosíssima provação de perder<br />

a esposa que idolatrava e que lhe enchia de doçura" o lar<br />

trariquillo.<br />

Muitas revistas portuguezas se têem occupado com o no^<br />

tavel diplomata e poeta, dando traços da sua biographia, juízos"<br />

das suas obras e o seu retrato. Ultimamente ainda o distincto<br />

escriptor portuguez Gervásio tLobato consagrou-lhe bellissimo<br />

artigo no Occidente 224.<br />

Referindq-se a essa publicação, diz. O Paiz de 6 e 7 de<br />

Abril do corrente anno:<br />

(c Sentimos verdadeiro prazer vendo o modo por que é<br />

considerado em Portugal o. distincto . brazileiro, que ali occupa<br />

o lugar de secretario da nossà legação.<br />

« Se o. diplomata é acolhido com todas as provas de<br />

apreço, o litterato é constantemente victoriado pelos seus confrades<br />

nas. lettras, e mais de uma revista portugueza; tem-se<br />

• occúpado de Luiz Guimarães estudando., suas obras e trasladando<br />

paginas dos livros e manüscriptos do primoroso poeta e prosador.<br />

I<br />

• Depois de apreciar-lhe a carreira como diplomata e apontar<br />

os dados pri^cipaes da sua biographia, diz o escriptor do<br />

Occidente,v<br />

« Emquanto ao poeta a sua vida é tão cheia de glorias,<br />

cada um dos seus passos Jitterarios aecentuou~se na litteratura


79<br />

brazileira por uma obra prima de tal valor, qúe nesta rapida<br />

noticia biographica escripta a correr, com pouco, tempo e<br />

.menos espaço ainda, apenas podemos citar essas .¿ obras que<br />

marcam a sua ascensão áo; Jógar eminente que hoje occupa<br />

nas letras brazileiras. »<br />

É o que por nossa vez faremos.<br />

Q; Sñr. L. Guimarães fez as, suas primeiras armas como<br />

. •folhetinista no Diario do Rio de Janeiro, para, o qual elcreveu<br />

durante tres arinos chronicas hebdomádarias, que logo attrahiram<br />

aparai o sèii nçnie a àttenção publica. Y<br />

Alem do Diario do Rio de Janeiro collaborou o, Sñr. Guimarães<br />

júnior em outros jornaes, designadamente no Correio<br />

Paulistano e Imprensa Académica de S, Paulo, assignando as<br />

elegantes chronicas que lhes consagrou com os pseudonymos<br />

• Victor '^Murillo e Luciano de Athayde. Lembra-se todo o : Rio<br />

de Janeiro aindá da serie de folhetins, scintillantes no estylo<br />

. e conceituosOs rio variado assumpto,, que sob o titulo de Cartas<br />

romanas, assignadas Osear d'Alva, publicou a Gazeta de Noticias.<br />

• Publicou em avulso, ,por ordem chrpnologicá r" Uma sceria<br />

contemporánea, comedia; Historias para gente alegrç, Ria dei<br />

Janeiro, 1870, 2 vols.; — Carlos Gomes, perfil biògraphico<br />

ibif 1870 S9 Corymbos, poesias, ibi, 1870, primicias do s.eu<<br />

talento poético e, âs quaes chamou um critico córitempórari;eó¿<br />

Rime d? amorè dplce e leggiadrej Galeria brazileira : Pe.dro<br />

Américo, ibi, 1871; Filagranas, ibi, Garnier, 1872; Curvas<br />

e Zig-zágs, ibi, id., 1872-; Nocturnos, ibiy 18*12; Contos sem<br />

• pretenção, ibi, Garnier (1872); e, finalmente, o seu magnifico<br />

volume Sonetos e Rimas, que a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> expõe,<br />

tpúblicadp', como se vê, . em Roma 1880, e cuja edição de<br />

1500 exemplares se exgotou rapidamente.<br />

Mencionaremos ainda O lyHo'branco, tentativa de romance,<br />

e os seus ensaios no genero dramático Uma scena contemporánea,<br />

comedia em 2 actos ;* O caminho mais curtây ^m.<br />

i acto, e o drama em 5 actos As quedas fatae's¡.<br />

Tem o poeta entre içãos um livro sobre a Italia intitulado<br />

A Patria do Ideal ê mais de uma comedia e de um, drama,<br />

entre os quaes citam os seus Íntimos, o drama hi$%Qx¿zo, A-iídré<br />

Vidal; a comedia de saja As joias indiscreta.^ ; l/m' demonio,<br />

comedia em 2 actos; .gallinha e flsipirii'ó's e Monstros da<br />

Historia, pequenos, poemas modernos; em que figuram Cállígula,<br />

Nero, Messalina, Cleópatra; Lucrécia Borgia, Aretino, ||c.<br />

Promettém-nos os jornaes de Lisboa para breve mais um<br />

livro 1 de poesias, a que o autor intitulou Lyra final,, vasta colle.ç£ãó<br />

de preciosidades, esperada com anciedade péíos cultores<br />

das bôas lettras rios dous p'aizes.


80<br />

« O trabalho de Luiz Guiiharães, . ajunta o eScriptor portuguez,<br />

não se pôde apreciar, em uma rapida nota biographícà,<br />

escripta sobre o joelho; tem direito a um estudo serio e demorado-,<br />

^porque é a manifestação de; . um dos talentos mais<br />

robustos- e. originaes do nosso tempo, e porque esse trabalho<br />

representa uma pagina das mais gloriosas- da moderna, litteratura<br />

braziieira. »<br />

Referindo-se ao laureado poeta, diz outro escriptor<br />

tuguez, o 'Snr. Alberto Rocha, no Correio da Europa de 6<br />

de ^Dezembro de 1881:<br />

« Eu já tinha ouvido: dizer que o melhor soneto, de Luiz<br />

Guimarães é a Visita â casa paterna. Segundo a minha opinião<br />

o melhor soneto do poetai é sempre o ultimo que* acabamos<br />

de ler, quando percorremos o seu livro...<br />

« Cada uma das suas outras poesias tem um cunho particular<br />

e um valor inestimável. »<br />

Para accentuarmos os traços d'este rápido perfil biographico<br />

do festejado poeta-diplomata só com as glorificações<br />

transatlanticas, evitando assim que nos acoimem de suspeição,<br />

diremos ainda, com a eximia escriptora portugueza D. Guiomàr<br />

Torresão (Ribaltas e Gambiarras), acêrca dos Sonetos e Rimas :<br />

« Os sonetos, „de Luiz Guimarães Júnior parecem fundidos<br />

de um jacto, cõmo um fitão. de ouro derretido tomando de<br />

súbito, nps rendilhados do molde, o feitio de uma joia primorosa.<br />

Espelham-sé nelles as imagens,, nitidamente. recortadas,<br />

como em crystal diaphano, e. a fôrma de curvas opulentas e<br />

maciesas flexiveis, de linhas puras e contornos suaves, lembra<br />

uma madona arrancada aò mármore de Carrara pelo cinzel de<br />

João Goujon. » *<br />

Entre os seus títulos honorificos e litterarios, e são muitos,|<br />

contam-se o de membro da Areadia de Roma sob a designação<br />

de: Admeto Priamideu e cavalleiro do Santo Sepulchro de<br />

Jerusalem.<br />

Expondo um exemplar dos. Sonetos e Rimas preenche a<br />

Bibliotheca <strong>Nacional</strong> dois fins: fecha brilhantemente o cyclo<br />

das. impressões typographicas da. cidade eterna com um primor<br />

da arte, é* rende a homenagem devida ao Benevenuto Cellinido<br />

lyrismo nacional. O impressor romano, pondo no frontispicio<br />

dos Sonetos e Rimas o lemma horaciano: cere perennius,<br />

mostrou que tinha a intuição do futuro, pois a obra inimitável do<br />

peregrino pôeta sérà seguramente mais duradoura que o bronze.<br />

O presente exemplar é dadiva generosa do Snr. Dr., J. Z.<br />

de Menezes,. Brum.


H<br />

81<br />

N." 19. — lVila vita e dclk: opere (li Albertino<br />

Mussato — Saggio critico di Miehek Minoia<br />

- Ronux, FffrW^i"' e C;z 'iifa^i&i del "Scua/o,<br />

1884. ' 1 jgr<br />

i* Reçôntar a vida e commemorasíos siertosi e fôbrâsf#es®<br />

negoèiaijpr, poeta latina» historiador\®íinSí®, notabilísimo<br />

ju^ofisulto, mal ^cáj impgrfçitájnenté apreciada pelo* i;kc<br />

d'elle at(f hoje "se ,.^qjniajám^iãtal.''^,» ttefa güfiõ autor<br />

çhampu a- si, \ Os .es^fiptií de Mussató que tão importable<br />

pípèl. fa|inpeuhou_»es*commi|»OM tifilo S fèstatriá^br.íSas l#tlïa#latinasï-.<br />

.Devia haver ¡11,¡is uma cm br.ir.co, a i. K , falia no nosso,<br />

exemplar Nestfi ponto a dêscnpçào do exemplar exposto apre- '


senta essa. differènça/'que nfp é capital.. Contam-sè em cada<br />

pagina completa^ 4^linhas çaract. romanos; nitidamente, impresso;<br />

|¡¡¡ lettras illuminadas'a ouro e côres e as<br />

iníciaes de cada capitulo -coloridas de azul.<br />

. Xem duas subscripçõe's,'' t a 1.% «pollocada na fl. 236 r.<br />

(do nossos exemplar e 237 -"dos bíbliographos) : «Volumen<br />

prisciani... de numeris & põderibç & mèsuris expliçitú' est.<br />

,Annp domini M.CCCC.LXXV. » A 2. a fecha o volume e é<br />

¿coifcMñda do nrodo seguinte, depois da palavra Finis :<br />


83<br />

rt'iPu-parsc a Állemanha^e,; foi tira ^ que toais imprimiram<br />

I D »01: tempo ; Yont¡:ii:;ii!a por seu :rti:.'io Vimk-l:no dé'Spira<br />

etpor teolati;jjsalon, vindo de'Ftanjia. 6 M) .menos femâgS;.<br />

auxiliádo r4ste alguBias^yétés pelo-leu. eájSpatriota tpaS Rubèis;<br />

segufda, por, outros, dt: incunr uorécada c '


84<br />

N.° (Biblia sacra)<br />

Sem^'fl. de' rosto. In-4. 0 de 458 1 ff. sem numeta^áo, registradas,<br />

a 2 columnas, cáract. 'góth., capit. e iniciaes illuminadas<br />

e ^coloridas. '<br />

Gomera por: Prologus in bibliam, no alto da folha e,<br />

ácima da léttra capital, illuminada a puro e, azul; que occupa<br />

todá a largura da columna : ^« Incipit "epla sancti .Hieronymi<br />

ad paulinum presbyterum. de ómnibus diuine Kistorie libris<br />

©apitulum-, primum. »<br />

¿íp. fine: « Biblia impssa" Uenetijs p Octauianü Scotñ Modoetiensem<br />

explicit feliciter. Anno salutis. 1480. pridie kalédas<br />

iunij. » 42'p fl. Seguem-se interpretares. dos'nómes hebraicos:,<br />

« Irícipiüt interpretatioes hebraicorum nominuz 6m ordinem<br />

alphabeti. » 37 ff. a. 3 "Columnas.. '<br />

Diz d'esta edi^áo, Panzer, Annales typ.,^III, pag. 158,<br />

n.° 461: « Est prima ex ;hac ofíicína Biblior. latinor. editio. »<br />

Maittaire apenas faz d'élla a seguinté • men^ád nos séus<br />

Ahndlés typ., I, pagí' 404:<br />

« Eadem (Biblia Latina)-', impens. Octaviani Scoti. 4to.<br />

Venet. 1.480.,)). A p


85<br />

Panzer, ÏII, n.°-, 2379 ; Hain, II, p. 11* n.° 1328; Dibdin,<br />

Bibi. Spencer., III, n.° 756^ e Brunet e Graêsse, sub nomine,<br />

deve ler-se :<br />

« Venetiis in gedibus Aldi Romani mense Iulio M.IÍD.<br />

Impetrauimus -ab Illustrissimo Senatu Veneto in hoc libro<br />

idem, quod in aliis nostris. » ,<br />

Edição princeps das obras completas do auto.r, em lar- •<br />

gas linhas,,'de. 38 cada pagina cheia, dev amplaè margens,<br />

lettras capitaes ilíuminàdas a ouro e cores- i as iniciaes dos<br />

cap. Hçoloridas umas de azul, outras de vermelho e outras de<br />

ambas as côres ; "Caract. romanos. yC^«^<br />

- O titulo vem no meio dò r. da i. a fl., em ty.po ^peqúèno .<br />

commum, e no v. da mesma fl. a dedicatória do impressor:<br />

« Aldus Manutius Romanus. Marino Sannuto Leonardi filio<br />

patritio Veneto. S^ P. D. »<br />

" Segue-se na fl. immediata, "completa," o ;Index èorum, quœ<br />

hoc zblumine coniinentur. ; ' ' ; - '<br />

Depois d'estas 2 ff. prel^,. começa propriamente : a obra<br />

pelo : Angeíi Politiani epjsiolarvpi lib. primvs...<br />

, No nosso exemplar, que termina á fl. 231 pela palavra Finis,<br />

faltam, além das mais, as duas ff. separadas, de que falia Renquard,<br />

em que devem achar-se o registro dos. reclamos« e assinaturas<br />

e uma peça de versos acêrca da morte de Lourenço<br />

de Medicis. « A ultima fl., diz elle, do quaderno K está em<br />

branco e pôde faltar sem que por isso fique a - obra imper-•<br />

feita. » É éxactamente o que acontece com o exemplar exposto.<br />

Diz Renouard a respeito d'esta edição. :<br />

««Esta rara edição, uma das mais bellas que tenham sa- *<br />

hido dos prelos *Aldinos, é mais, ampla que. \a de Florença,<br />

1499, ifi-folio, porem" menos completa que a de Basiléa, apit d.<br />

Episcopip.ni, 155-3, in-fol-, a- uniça em que se acha a historia<br />

da conjuração dos Pazzi, omittida, sem duvida de proposito,por<br />

Aldo, qüe era bastante instruído pára não conhecer essa,<br />

edição, pois já desde 1478 tinha èlla sido impressa (in-4.*, •<br />

sem nome de lugar nem de. impressor) : receiou-se seguramente<br />

de incorrer no desagrado da côrte de Roma, reimprimindò<br />

uma narráção histórica que envolvia um soberano<br />

Pontífice na cumplicidade de um assassinato premeditado. »<br />

, 0 autòr da Bibliotheca Pinellianá, pag. 525, n.° 12711,<br />

menciona-a nos seguintes termos :<br />

« Politiani Angeli Ópera omnia, edente Aldo Manutio.<br />

Venet. Aldus. MCCCCXC VIII,. foi. — Exemplar nitidissimum ,<br />

atque mine pulchrítudinis, cum litteris initialibus elegantissime<br />

depictis & auro exornatis. »<br />

Graesse denomina-a bella> e rara edição.


86<br />

I D'gntfe as epistolas de qye'jlsjepmpae está parte da obra,:<br />

nota-«, á ñ. §4, uma .'"AjA*-'' W«tóMB-:*p v #tor; datada<br />

t Cwml Q w i á o anliàt^<br />

'"Ojff^ôv-èxgijpisir ^ w S af "ÇarfSs de' Psliofá^'<br />

e^äs^suasi-Misçelianêás^, rêüjo ¡<br />

« Aiígeli Politiani Mfecáfian&irvro ^ntvri^âpBsiáe ti LavrSftívjn<br />

Medican ¿íaefátia»i .fefwjna 'pela 1 palavra<br />

t^jmo ja * .. , ,,,<br />

jSngéíf Pol^fefíQ. ^SíSiTO i ¡mmmlo li^ar do¡3feu nisatiieijto<br />

{Montdwjtyjeiami jia T o a l l a ) , nasceu pelo am:o tS Amn$<br />

I • m m u M<br />

1 Kiis tom. em i v.;l. c;a'ar!. iín!. Kdií.-àa compléta¿:<br />

rA l.- a cd. é de Lig.nf., Sã A Grißla, parte i, -«532 ; parte a,<br />

' diz unia ediçaer da 1 i*ei!:í


87<br />

r delli' Kjredi di M. Lucántqnio f.innt|p primo di LuglioÃ&i'<br />

I. anno.^ M. I ).Xl.il. | . ,, .',/. '' t'! ' f'<br />

O 2 ' tomo ifentém, dfjpoís de nova dedicatória att<br />

-.mestop r,:i. ^ majs.ãsa^ü fàfeg.®. sjivaej ím tr.és<br />

^Mi^imSmiilBSOWf^T^T IiffigfâiS sBtfflWp<br />

hymnos, , estancas-em, oitafetrimâ « ainda Wn«;.». 'íeçía<br />

, | tomo r| |ͧgf|Éc® a pegl'^^^ÈàilôSaï » data da<br />

;. im,prSRãí(f^ v'i^a' ultima fl. a- mardij. typòfffanWéa-effl<br />

.ponto-, «rande, quai«©:, nas, eM<br />

/XedU2ida.<br />

» I S volume ^ w l j n." përteiKi®â '' iji : '<br />

Barbosa .Machado.<br />

W.° 24. — Viaggi fattí da Vinetia, alia Tanaji ¡n<br />

'Persíá, in "índia, ét in Constantínoptíí £j "cott<br />

la desçrittioãe particolare di Cittá, Luoghi,-<br />

^ Siti, Costumi, & delia Porta delv oran Tvfcdjr<br />

'.'•;. & di tutte l.t int.rate, spescv' tt modo--3«<br />

|J gouerno • suo,. & delia ultima Imprtóícontra<br />

/Portoghesi. MttXLV. ; ;<br />

'Éâty 'ffjlwBff A- dé ièarç4jtyjpog^phisflfeiíí<br />

.0 nome Aldus, por èlla partido nas duíslljrllabas;. 163<br />

WNSf ima'em branco not% com a mesma marca tjju<br />

*M, Francisi;.. llaym, méí®i®nai}dttíâ'na sui^á^^fcv<br />

Ita&étià, ..!, pafíjjSi, ||gfs|o n. | | . iSsjísSb.fo" Sàl'.'<br />

ífáffeSpI dé:'íiagens jptóo^brá. di -m^afãt Màf : iânÈM-'<br />

' !• id Mtn, ta Iti ia Antonin MtMzjiaím,<br />

impressa em ^eiéA^-fi^/k^Jlm^em 154a # em'<br />

''1545 no mesmo formato (fiu^ %.<br />

Brunet el^sfâSa J(eafe&f jbéy. %içfmjimti «j actre^senta® 4<br />

!p jontém •^ua^ob«i;feíje .fosaih!- B-.uk-irV), urna '-'Sé' Ambrogio.<br />

SSonUimi Sdií-is^ de Alu^PK Puls|seni rioaje~de*Süfpr.;.. ,Mí<br />

j ^sftíK -iféi, fj^jSÍ.. T ¿63 ~t?& 'mâifíí<br />

gbeya da que a edição original Is<br />

p à i í p i f f n i e jtâedfótitme hk - '<br />

ttaiiantf Milão, 1854 Sa, fob o titulo JLtbri tn dett* axt 1<br />

ÍTurcM,. intÇâ^Sps bio-bjblié^aphidivvsjuè podem parecer<br />

i:un


88<br />

pag 31J» níaatfa^Vir a-ecfi^feo de Xjglj ,®a quaUa tfoSfc) ie<br />

uSb tópia, mâs dte, muito melhor ímgífsslo, em' cjuja ultiftia"<br />

fl , itoáxo So jresefite" exemplar, se le A<br />

XiífifÉÍM:<br />

tyfjõgt em uma fl •ferrl 1 *b rgn \ " i 1<br />

Reíofrâí^^^totlS indioa^a, d4rf543> dçparlyg, depois •<br />

df reprodução, completa dPseu titulo, ó sggfunte', que fiareoé<br />

5o deixará de ser lido com wtagfyíi<br />

» (( EstÉ' f, Sítejã(f^K« ff.), recolhida ÇO», AntJ^I<br />

Man*»«, pe»*elle l|^Bafe*7Woáio.Barbarig®»ii.tém<br />

rini, fjòi^s (teÍAluinâ^jf-duas staynomè* de>-autqr, uma jb»<br />

quaes ttnhaífèSfSt imprelsa^pettíf^tdc^ çm 1539 E|tafM>i<br />

de 1I5I3 ? é Stt, 1 »da eollecçào completa, ainda<br />

Ç^ennarftó^^^pií umtf âi?"'! 541 • • Estivo!, d^<br />

r.mí", e, H<br />

; mejijl,, j).ons'<br />

qu% todavia rlaoS de mod çiposto «ob ¡jj,® a* pertenc&i<br />

Marli. ! d


89<br />

« Posto „que traga' só 'o- homefc.de 'Federico'/Turrisan,<br />

foi sem devida impre§so por „Paulo Maniy 10,, como o» foram, •<br />

em 1^50 e annos,-seguintes, o Arisfoteies in-8^ é muitós "outros<br />

livros- gregos, executados com os mesmos caraêteres, Apud<br />

Aldi' filiou,~ expensis vejo Federici. Jwrri-sani. , Parece, t[ue.- F.ederieoldésejára<br />

continuar as edições gregas',' então" quasi abandonadas<br />

ria 'Imprensa Aldina," cuja reputação Jiaviam outr'ora,<br />

(eito,.. ¿k<br />

„ « Este vol. é raro e mais amplo' do que a preciosa ediçãp<br />

-de -Calliefrgi, 1499.. in-fol. .gr. A i. a pag. do texto está ornacía<br />

de uraá grande vinheta em >njadeira, impressa em vermelho:,<br />

no IgQ^to da^ que andam naquella edição. As^ palavras manus-<br />

Índex est afipqsita, que ^se.-fêem- no titulo, 'signifiea.mwq.ue" toab^S"'<br />

•os kccrèscimos são designados por'íia rfão ^signal de impressão),<br />

¿precaução utilíssima e sem .motivo "despresada na edição<br />

dê ,Yeneza, 1710, infol., ,que, sem esse,, defeito,!"seria de-todas *<br />

à : '^melhor,/ exceptuada... todavia. a ultima, de LeijpsiC, 1816, 2<br />

vol. in-4. 0 .<br />

«"Np prefacio annuncia "Federico o intento dé^se. occupar<br />

¿^enamente^d.e^Siçiões^gregas, é cumpriu.a palavra:.. »:<br />

Brunet) $üb nominé. Etymologicüm, diz d "esta 'edição:<br />

« Bella édição, assaz rara e mais ampla dp qiue a 'prece-;<br />

dente (¡Veneza-, 1499); é impressa por Paulo IVIanucio, com a<br />

üneora áldina no titulo e»no fim do volume.?.. »'<br />

Estas descripções - adaptam-se perfeitamente 'aoi> nosso^<br />

exemplar ^ qiieconserva. r oi?x-lib%is,da. Rèal •Bibliotheca, de.ònde<br />

provêm.<br />

N,° 26. — P, Ouidij Nasonis Metaniorphoseon Libri<br />

XV. Raphaelis Regii Voíaterrani lucu-<br />

Jentissima explanatio, cum nouis Iacòbi Micylli,..<br />

additionibus. Laetantij Pláciti in singulas<br />

fabulas argumenta.;. Coelii Rhodigini Ioan.<br />

Baptistae í Egnatii, Henrici Glàreani, Giberti<br />

Longolij, & Iacobi Fanensis,... annotafeiones..J<br />

Venetijs, apud Ioan. Gryfhhtm, 1574, ' in-fol.<br />

dè 8 ff. inn., 337-pp., com xylographias inter-<br />

. . cal. no textos | 5 . * :V -. 1.'..<br />

-Precedem o texto as seguintes, epistolas : —. Iacobo Spie-'<br />

geaio... lacobvs Mycillivs; — Raphael Regivs Philippo Cyv-


90<br />

/,/«...: d:ü;«tas a primeira 'dè Franctott,.. 1543 |eaífegíioda<br />

âfe "W-ik za. Hf ;S§gíifçJ:: ¿lH$i0-$Uojfem íepítr® | |dg|j<br />

.JJfjiS^Ç aui^® 5 : M^W'- contrai-qtòslam<br />

mvfflate^éií- ^M^^i^'-- nothinâ jjl finalmente íaccéi My- •<br />

cítBi^n tifylljtíi lifrfl Mrhmofp}i'S$is annotatio.<br />

' Á pag u-conn-râ o íoNftu d;ts metnhH-rpríoses-. .¡uc Ãtv.iqjy -<br />

a parte&ntfáí de;e«â dâs iBptdijfss explicações<br />

® Rapjà«! RfgB ifo^^Sawdfr ^gu^f?. -referencias'<br />

nss ffliligCTSTátéfaes.


91<br />

ctionum Solutiones, prop-rgs l titulo a marca, em' tinta verínejha;<br />

do "gglÉjtór Lpc||| Antonio Junta, esfa marca* que insiste<br />

'•em uma flor de lis comi as iiiiciaes • L. er epetidá a tinta<br />

|||j|í|eih; cada:-tó i^^HtuBl^jiijIja®::: -<br />

p A iojpiessáó, muito riitida e elegante, é geralmente feita<br />

«doas Blumnas em typo^ romanos de diversos UUMIIÍW»,,<br />

çjm--âgumas 1 capitáes ornadas ; exceptua-se, porem, Bcotnj^Bf<br />

HWSW 8k parte II go yol I,«que, 9Í& r , H feita a<br />

^Sr JB 0 ®ta u£lnd y. depois a a çols desde o verso d'essa<br />

/folia at,4;g fim do vol. '<br />

A família Junta, Giuríti oü ''Ztttift, mui notável noi arvjães<br />

da impiènsa, ê originaria de Florença, oAde, c^fcfe da<br />

toüía^PKilijipe Junta, exerceu a typógraphia de -1497 ã 1517;<br />

stfc^éderam a e^fcgffi filhos eih Ijciedasde, ê rf^fe»^ Bériiardb<br />

Junta, que ijcsde . 15,51 passou a drirgii i officina<br />

ÉerBa ® tthe 03 ^J,!* de Florença nota-;»aind¿i||>uíro<br />

Philipçe, qiie falloreú ém 1604 : Um membro- ¿'esta familia, tf<br />

falíecidff em 1561, e$abâfeei>Mfe em LyãofjSm<br />

u ®í 'tj^Sraphiâ,--'#'é:em 159.2 ainda<br />

nffl^e. da» família 'Eueas Antonio Junta, ;èstabeleçeii-se em Venesa<br />

4p fim da 15 °|||jA;¿$Uas tídiçlj%-me datam dfefjlb,, '<br />

sfe anteriores,aá íe l'!i¡l : ppiyi/:::i¡o no:a¿-íoilavSPí mais esti- , :' , 1


92<br />

mado. BBWÈ$ÊÈÈÊÈÈÈÍ 'ThomasHIHBHi l SSO»I<br />

Bèrnardo. è -Modesto,. filho -^8jg|gjmdo<br />

Philipp® ; Jui|ía, que íserceu ' m pelo menos-.âte 1642...<br />

"ÓescK&ifips ain(^-:al%díiís trietaliras díièsta familia?. -esístv<br />

tíèçBjií -énx .'Salatoanc»Wq^si Re«fti«rd »80 MjgfflM<br />

São i UBI jutija, ique ali I trakjítouarte yv-pogranhi.-.t<br />

dé H H H seu filho"'LucaS^^Jujita, ¡ seguinte distSf .<br />

gravado a ; -buril: II JSm^Sffi^V-<br />

• "¿ÍO" y$ttmé"tân og&gmn'«» trabálhosKdê gfavura —um<br />

frpfttSp^í--¿ep!résentan4pj#i :á|iò®eOse de íÇagPsí<br />

(••.ijo busto e levado ao parnaso pela Fama e por outra mu.her<br />

aládavUrccillo^d$^.etitr¿ o |¡ tituló um. retrato<br />


J<br />

93<br />

J. Felix I^alanzani jglgundo .desenho dB»ão Baptista Pia&4ta?,*ï )<br />

entre Tjgtituld ária d®Aatona forai J||teljg|K<br />

das quaes 20 no principio dos 20 cantos do poema, represen- 1<br />

^tanA^^^umpto d^^pectiv^^ffio, q 1 't^y 1 . - ,, h HÉ<br />

|^ent;êSípa3dn|Aâ''da


94<br />

Tosti Antichi & alia sua vera lezione ridotto<br />

dá'Députatí di loro Alt. Ser. Nvovapetite<br />

stampato... Ii^ Fiafeééa^ nella Stampcria de i<br />

' Giunti (Filippo ^ Jacopo^ÍMinti ¿ fratelliJ,<br />

: MDLXXIII. L11-4. dc: 16 tf. prátínn., 578 pp.,<br />

2 ff. inn.<br />

* * A nri-neira é^ão do Decameron c dc Yenyza, por ChrisjS<br />

'jbfal Vkldarfer, 147® in-fol.,,. e d'slk, segundo Brunet |<br />

(¿aíteéticowEfetetfiiísIàé ápenàs um único exemplar.<br />

òííí^dsto pet|«ncí á ediÇlo conlxaida. peio noim: (1.6<br />

MÉMpp%J%ei Degutati, ijiié'"foi redigida pflir alguns membros^<br />

da Acidemia;ilella Çrusoa,. 'e'é procurada, pela| correcção do -<br />

texto 1 é uma edição mutilada | nella faltam qf-^jçchos dema.<br />

". siado .licenciosos 9 , ^<br />

'i Segundo Çtjesse ;ha uns ^éxempJaje^^M o retrato de<br />

Boccaccio e Outros emu uma flor de lis na' folha<br />

de lis aliais« destitulo e<br />

oStetratb de Bocifitgiio ,ifo'yísso s da fl. iS.' inn.,-i»fctá!Íõ 3e<br />

doutra retrato de mulher,.^teiiííá a'Siíbeç%ornadauma coróa., :<br />

0 roestlio volRontân ainda, emssegiiida-^êDecurn^n^p^<br />

J J' > • 5 i""^.'AnüotsiípM'ítl0itconi sopra alcvni lvoghi del Decameron,<br />

HP*"*»- '**• di Jí. áiovanníi Boccifli. jfatti dallÁnolto^'Mignifici. Sig •<br />

Deputati -da loro Altezze Sçrenisíúmè,. sopra la ^orrettiiné di<br />

«aso. B«(j¡t£cÍQ stampfe|'iftn(#MDLXXin.;:Çon l&ntia^etf<br />

: I privilegio. x In l : iore'ma, .nrl/a Mimfirria


95<br />

menor noção typographiea, e unicamente auxiliado por seus<br />

dote filhos Domingos e Pedro, dedicou-se por tal forma ao<br />

trabalho que conseguiu descobrir os processos até então empregado!<br />

e pôl-os em pratica-; Õ p>imeir


96<br />

íde;-266 ff., 34 linhas »ongas^'Está, palavra scripsSt encontra* "<br />

também em úrna . edição sem«-data


97<br />

Riccardiaha, oriunda da antiga collècção do Marquez Riccardi,<br />

é: em; cujo edifício celebra suas sèssõeís'> ! a notável Academia;<br />

delia iCrusca ; e finalmente' a Márucelliana.<br />

O exemplar exposío pertenceu á Real Bibliotheca.<br />

N.° 30Sl!|Rime e lettère di Michdágnolo Buonarroti<br />

precedute dalla vita dell'autore scrifcta<br />

da Ascanio Condivi. Firenze, G. Barbera, editore,<br />

'^i 86o, in-3 2de xvn-459 pp., 1 fl. inn; .<br />

de índice, com o retr.., de . Buonarroti gravado<br />

a buril.<br />

" Traz urü&:;jfrefazÍ0?ie_assigna.ãa. por G. E. Saltini.<br />

E^te editor, abastante coríhecido, imprimiu neste formato<br />

¿svmeltíores obras dosvèlasSicós italianos; o 'exemplar exposto<br />

pertence a essa collècção, da qual a Bibliotheca <strong>Nacional</strong><br />

possue 49 >vpls; todos elles trazem o ex-libris <strong>Biblioteca</strong><br />

' Conte di Áquila.<br />

A imprêssão-^.nitid%,, e o typo minusculo e elegante. ' .<br />

, , Esta obra figur^ spb o n.° 30,'çopip umélo necessário<br />

de transição entre as antigas edições florentinas e a moderníssima,.<br />

que a Bibliotheca expõe sob o n.° 31.<br />

N.° 31. — Domênico Milelli Canzoniere 1.° Mi- 9; >1,<br />

gliaio. Roma,. Casa editriçe A. Sòmmaru-ga e G.<br />

' (Firenzet\ Tip. deli'Arte delia Stampa), 1884,<br />

in-8.° de 196 pp.<br />

' Este' exemplar é um verdadeiro primor de 'arte typogra-i<br />

phica^e- dá perfeita idéa! do estado, actual da imprensa na<br />

cidade de Florença: . com este fim O expomos. O rosto,-o<br />

ante-rosto e as 3 íf. seguintes; bem como a. primeira folha<br />

do livro segundo, são impressos a çôres com clichês especiaes<br />

e bem executados; a impressão, muito nitida, e perfeitamente<br />

igual em ,todo o volume, , e o typo é o chamado elzevir- mo».


deynpi a gQmppsiçl© § prnaáa if vinhetas- np epmeçü e fira<br />

de e p papel g excellente. Jpi.eomprado pelo<br />

Dr. jpfo- dé Saldanha, actuel ÍJiblipthicarie,<br />

TREVISO.<br />

•ffi , f T(irvis;WW J><br />

32. Dé^ipyblieae venetsé administratione : :<br />

S> î\ ííi-4. 0 ;-de 14 ff, inn. '<br />

, Consta .do Jeguinté :<br />

' fl. 1, t. — o- 'titulo acima transcripto,,<br />

fl. i,:v. •-S « Bartholomsevs Vranivs Iacobo Pvrliliarvm Comiti : :<br />

;. : S. P. D. ».<br />

• H 2 — « Sebastiano. Patricio Veñetó Referendario et Séçretario<br />

Apostólico : : Iacobvs Comes Pvrliliarvm..S. D : : »<br />

• no y. da qual se lê, in finei « Iaéobi Çomitis Pvrliliarvm<br />

de Repvb. Venetae administratipne : : Domi et foris liber. »<br />

Segue-se o texto de ff. 3-14 f€4n fine' ^occorre ; « loannis<br />

Eaptistae Vranii Carmen i : », no v. da-14. a fi.<br />

. Esta obra de Purliliarum foi impressa em Tar&isium<br />

(Treviso), por Gerardus de Flandria, e ! vem descçipta; por.<br />

Hain -sob o. 13604, e por Panzer, Annales., vol: III.,<br />

, pag. 42? n.° 63.<br />

H A impressão é feita em caracteres latinos, (t e as lettras<br />

IÊÉ ' -papitaes, para as quaes se deixou sufficiente espaço em "branco,<br />

foram L substituida^-'--por lettras minusculas do.*,mesmo typo do<br />

IAlém d' esta çomppz, PurHliarum as seguintes óbras ; •<br />

—- "Qpvs Iàcobi Comiti's Pvrliliarvm epistolarvm familiarivm<br />

' ÇAâs


99<br />

Gerardo de Flandres foi o primeiro impressor de Treviso;<br />

vindo provavelmente de Moguncia, estabelecesse em Veneza,<br />

e segundo Van der Meersch, na officina do francez Nicolap<br />

Jenson; em 1471 passourse para Treviso, onde publicou nesse<br />

mesmo ànno iim tratado de S. Agostinho, De salute sive de<br />

aspiraíioMe qnime ad JXevm libjzr, in-4. 0 , de 20 ff. y em 147.6,<br />

estabelecendo-se na mesma cidade Manzolo e Hassia, transa<br />

portou-se Gerardo .para Vicencia, Frúili, Udina, &; voltando<br />

depois, ali permaneça até 1494 \ em 149$ reappareçeu ainda<br />

çn} Tr-evisç*, morrendo pçpvavelinènte np annp jegui^tf.<br />

Seguro De^ehamps, que np§ fornece gstes dgdQS? Gerarda<br />

dç Flandres 4 tira jíos piores nçmesâa suaepçça; é, talvez,<br />

çgsfa geu çnestçe Niç^lau Je^spUj o imprç^or W<br />

§eçiijp XV que levou arte typographiça aç mais ajto grau<br />

de perfei


100<br />

coincide com do "nossos até á palavra letrados, depois da<br />

qual continúa assim, segundo Clément e Salvá: « con yndustria<br />

y diligencia de Abrahã Usque Português : Estampada en Ferrara<br />

a costa y, despesa de. Yonna Tbb Atias hijo de Levi Atias.<br />

espanol en 14 d ! e Adar de 5313. » (1553-)'; '<br />

' Segundo David., Clément, Brunet, Graesse, etc, estes<br />

exemplares não são de duas. edições diversas, antes pertencem,<br />

posto que com variantes, á mesma edição..<br />

As 8 ff., prel. inn.do nosso exemplar contêem ; §§ i.°, a<br />

fl. de rosto gravada em madeira, onde se vê representada a<br />

arca da alliança ; — 2. 0 , a dedicatória: « Al... Senor Don Hercole<br />

da Este él Segundô.:?.'», assignada por Jeronimo de Vargas y<br />

Duarte Pinel, no verso do frontispício^—'3.um prologo<br />

Al leior, occupando a 2. a fl., r. e v.',; — segue-se depois a<br />

Tabla, a 3 cols., desde a fl. 3.® até o anverso da 7. 11 ; é,<br />

finalmente, o"'« Catalogo delos. juezes y reyes que reynaron en<br />

Israel y prophetas y sacerdotes mayores de sus tiempos; y<br />

sumario délos anos desde Adam fasta ano de. 4280. dei mundo<br />

sacado de Sedar Holam. »/ a 2 cols., óccupando o v. da fl.<br />

7." e a 8. a .<br />

' O texto, a 2 cols., oçcupa as 400 ff. num.<br />

„ In fine: Tabla delas Haphtaroth de todo el ano : i comprehendendo<br />

2 ff. inn.; qué faltam em muitos exemplares. Segue-sf<br />

mais i fl: innJ. -contendo o Registro e-:6;Colophão/\<br />

•: Segundo observa Creverina, Catalogue raisonné^ 1, pag. 25,<br />

ha alguns exemplares da Bíblia dos christãos em que falta>.,uma<br />

passagem, nò Lçvitico, entre o versic. 35, í cap. .^yíi," e a ultima<br />

palavra do v. 7, cap. viu., a qual devia açhar-se no Verso<br />

-da fl. 48, 2. a col..; em' outros exemplares, porem, suppriu-se<br />

esta lacuna pela reimpressão da mencionada folha. Crevenna<br />

põssuia um exemplar vcom a-lacuna e outro completo.<br />

Comparando v a nossa Biblia com o texto da Biblia Sagrada,<br />

Rio de Janeiro, Garnier, 1864, notamos que o nosso<br />

exemplar contém o cap. vn do Levitico até o v. .35 inclusive,<br />

com o qual termina a 2. a col. da fl. 48 v., e que a'fl. 49<br />

começa com o 8.° do cap. viu do mesmo livro; assim<br />

pois, faltam ,os v. 36-38 do cap. VIL, e os v. 1-7 do<br />

cap. viu. Temos pois 3 especiès differentes de exemplares<br />

da Biblia de Ferrara,-, ¿..¿saber: i. a , exemplares para uso dos<br />

Judeus ;r<br />

exemplares para uso dos christãos com a lacuna<br />

nos. caps; 'vn. e VIII. do Levitico-, — 3.% exemplares para uso<br />

dos christãos sem esta lafcuna.<br />

Segundo a melhor, opinião a imprensa começou nesta<br />

çidade no século XV, e foi introduzida pelo. francez André


101<br />

Beaufort,* que se assignava Andreas Galliens, Andreas Belforti,<br />

ou Andreas de Francia.<br />

0 primeiro livro impresso por Beaufort foi, segundo<br />

Ámati, uma edição dos Commentarios de Servius Honoratus<br />

sobre .Virgilio, que foi publicada em Roma por UdalricUs<br />

Gallus em 1471.<br />

»l(Deschamps, no seu artigo sobre esta. cidade, diz que<br />

Ferrara é um lugar estimado^ dos. bibliophilos, porque as<br />

edições princeps* as. raridades e curiosidades bibliographicas<br />

nella'abundam.<br />

Em verdade, assim. é. A Biblia que fica acima descripta<br />

e que expomos sob o n.° 33, é uma edição princéps, é;édição<br />

muito rara, é, emfim, a famosa .e estimada Biblia de Ferrara.<br />

O exemplar veiu-nos da Real Bibliotheca.<br />

PARMA.<br />

'N.° 34. — (Plinius Seniôi||| Opera ,'AnA Am'-, 7


iôâ<br />

iHâü 4, a iilHítá das í|üà^ tertóíüà tssitii : « VilítiréS fconéiântlvS<br />

ref|Ép;lmánt: i 1 * ' ~ ^<br />

I HHS^B^BE Bè w áS varando o numero de !?• |:<br />

seguinte Modot.ti âiHprêheiide p S, a primeira das qúâes é<br />

marcada ú rnnícni 6 íf. ; de •efyu ha i8 cadernos, cada<br />

ti" têm fi/ff cada um 8 ff; ÍBegueiiMa<br />

çaderh(HmareadH&i o de 4 ff ^ft^um Depois_continfia<br />

ãi^^S&yâe A a í, &fei|>rejieii(léndó íLçaflémõs de<br />

H ii'. i"ui:! um. (I nosso exemplar :liiitli¡ t¿Íñ 4 ff. Sp cãdêHÍB;<br />

Jif, Sibdm, porém, ^Hgúrà '.^^'jGril^tètíi í>ff,;&V


99<br />

DéschámjDS, urna collecgao dé 3 ojjuséulos intitulados : —<br />

PlktarcM TrcictatiLS de liberis educándis-, Gitarino Veronensi<br />

interprete.—Hierohymi PreSbitéH fie dfficñs UberofUm erga<br />

párenles. — Básilii Magni dé iegendisgentiliitm libris oratio ad<br />

adolescentes,¿Leonardo Aretino interprete-.^ Os tres trillados<br />

fbrmám um yol. in-4. 0 de 4b fFi> a á6 liñhas¿ sendo a ultima<br />

fl. em foráneo. Ña fl. 39, r., se le :<br />

ft Eiá qüib'us rést'at pueri spes única patrüm •<br />

. « Discite.: na facilis nüc tiiá mfcínstrát iter.<br />

t< Hó'c ftá ípíessit dpüs nóbís^ Fortiliá Páriílae<br />

te .Andfeas: mülttís cui dátür artis hdños.<br />

« Nono calendas detobres. M. CCCG. LXXII. i<br />

Erñ , esté íiiesmÓ impfessor publicou a celebre editad<br />

(Tés Trionfi di Péirárca, coití os conuiientarioS dé Fr&iicesco<br />

FiMfó, áx&bádá j&tidtr ñoñas marñi Í4f¿.<br />

Encontrón Portilia um rival formidavel, eih Ésteváo Gorállis,<br />

natural >de LyáOj oorigiderád^ d "ñiais Célebre impréisdf<br />

de Parma 110 secülo XV; trabálhou este de 1473 a I 477><br />

aeáénvolvendo na profissad á maior aCtividadé. A Achilleida<br />

de .Stacio, primeira obra que sahiu -dos séus prélos, teni &<br />

•data Parmae, M. C'CCt. LXXÜL X. Cal Apriíis, in-4. 0<br />

Dos frades cartuchos, impressorés dé Parma, só se menciona<br />

urna impressáo, com. a data M. CCC& LXXVII.<br />

Décembrvs, iñ-4, 0 ,. citada por Deschampé como bem execütada<br />

pelos' proprios cartuchos.<br />

: Cdnlo imjííessores dé, seculó XV nestá' cidade/ aiftda citáremos.:<br />

G^iiéxitfsdél Gérro, qüé' püblicoü um bello Tereticiv<br />

em 1481; D'eiphoebus de Olivefiis, que imprinliu em 1483 uñí<br />

ÍMc&ño-, e Atigelus Ugoiet'fcus-, dé qüem subsistem inuitas imfifessdes<br />

dé 14S7 a 1499,S é que é considerado o fneihor<br />

impressoí d'éss'é seculo dépdis dé Poí tilia ;e: Coíallis. G.<br />

Brunet, no seu Dict. de -Éibliologie Cathoiiqilé, dá á éste ultiiiidinlpressdr<br />

d n'oüié dé jWáHcisCv.<br />

¡ Í -.Qúasi tres seculos depois appareceu o celebre Joao<br />

Bautista, fíodoni, que tao' conheciaa tornou 11a Europa a imprénsa<br />

grán : ducal de Parma. Ü'elle tratar-se-ha no n.° 35.<br />

, Nossd exempiar pe'ítehceu á Real Biblidtheca.. '


104<br />

»I D ty 3 N.° 35.— Q. Horatii Fhcci opera. —Parmac,<br />

.' "?'m aèdibus Palatini^ typis:. BodoHianis:,<br />

CID IJCCLXXXXI, in-fol.<br />

Contém xiv pp., das q'.ia«s as x primeiras (trçupadas pciti<br />

prefacio do editor (if Azam e as restantes pela Q.<br />

Hoiatii Plata vita e Svcttmi jmetis, e 371 pp num. :,d,4'Jffilli<br />

A de*Vripçào" dada por Graesse d'e^tá soberbal.i edição<br />

quadril perfeitamente ,í.-pm Mndicaçòes qne;:q>reM:i)ta m 4- 0 "<br />

Tiraram- s|i£d'esta magnifica edição. 300 exemplares, d^l<br />

quaes 5S: em. papel fino, 50 cni pape' vellino de An:;on,ay e<br />

3 %õlçourò aperganii-.ihaíío.<br />

Ha d'eflfiuma reimprèssão incorrecta Parmae,<br />

Bad&éanis, 1793, m-4' gr, em 150 exempíáfflj|.<br />

outra, ibi, 1793, 200 exemplar®, *d|p quaes' muitfe<br />

em papei ".vcllino. . - '-<br />

Diz a .^eii^jçèq^MHntniitf; Manuel du libraire, tantas'<br />

vezes citado: j<br />

' « Edição de - .execução ¡.perfeita; é mai^ procKmuUi que a<br />

mór ":partc das demais producções do mesntjb impressor, fej<br />

- J gundo os dado's que 'ffe' subministra o catalog!!.' de iBddóhi,<br />

por J. dê Lama, tnalra|tifã|sí .alem dos' exemplares ordinários em<br />

pEqiètifgtóg .50 .emr papel superfmo ou -irrijAeíialj^Sp, ; ;fení||>ípel<br />

velliS, 25 em vellino Annonajr e 3 ou 4$em pefjjammho »<br />

Por j^â'na|ây.fíè Dibdm, Bibi. Spencer,, VlHpag 13%<br />

V sf verifica qüe um d'est'es'"ultimfsj exemplares foi comprado;<br />

para a Bibliòtheíá do conde^de Spenejglaoprtprio Bófini<br />

pelaquantla de quarenta e oito lutpjêf "de ouro


105<br />

O exemplar exposto prima não só pelas suas bellezas primitivas,<br />

de nitidez de impressão, feita em vistosos .caracteres<br />

romanos,, excellente papel de linho, com largas linhas e espaçosas<br />

margens ; como pela sua solida encadernação e perfeito<br />

estado de conservação em que se: acha. É pois uma impressão<br />

que faz honra ao impressor è á cidade em que foi , feita.<br />

João Baptista Bòdoni^fallecido em Pádua em 1813, na<br />

edade de 73 annos, naScêra em Saluzzo no Piemonte de pae<br />

typographo. As impressões que fizera, de 1781 a 1813, vêem<br />

mencionadas no 2. 0 vol. da Vita dei Cavaliere Giambattista<br />

Bodoni, obra de-•-en thusiasmo escripta por um amigo do famoso<br />

impressor, José dé Lama, publicada em Parma em 1816,<br />

segundo o Dict. de Bibliologie Catholique de G. Brunet.<br />

« A não serem as guerras, diz ,este autor, é as revoluções<br />

que assolavam a Italia e paralysavam ém Europa o gosto pelo<br />

estudo, os trabalhos de Bodoni teriam gòzádp de importância<br />

muito superior á que tiveram. » . Passa depois à uma analyse<br />

das suas edições, com referencia ás principaes, para a qüal<br />

remettemos o leitor curioso!<br />

Renouard, no Catalogué' d'un amateitr, I, dá indicações<br />

bibliographicas aproveitavèis para quem quizer conhecer a<br />

fundo a vida e o caracter do notável typographo parmezão.<br />

Como complemento a estas ! fon tes de consulta bio-bibliographica,<br />

apontam-se ainda as Memorie* p,necdc>tti per servire<br />

alia vita di J. Bodoni por Passer.oni, Parma,. 1814, in-8.°, e<br />

a Biographie des trois illustres Piemontais, Lagrange, Denina,<br />

Bodoni,. fallecidos ém 1813, por Gregori, Verceil, 1814, in-8.£<br />

Concluiremos com o trecho de Deschamps, Dict. de<br />

Géographie ancienne, et moderne... par un bibliophile : « Pelo<br />

meiado do ultimo século appareceu em Parma um grande impressor,<br />

cuja fama foi collossal e excessiva, João Baptista<br />

Bodoni, nascido em Saluzzo em 1740. Sob a sua direcção a"<br />

imprensa gran-ducal adquiriu reputação, européa. É certo que<br />

o luxo typographico das- suas grandiosas edições, luxo a que<br />

tudo sacrificou o impressor, até mesmo a correcção, pôde<br />

justificar, até certo ponto, o preço elevado a que chegavam,<br />

ha cincoenta ¿nnos, estes in-folios de margens despropositadas.<br />

Graças a Dèus, porém, ninguém hoje os compra mais por<br />

taes . preços e as edições de Bodoni têem baixado a preços relativamente<br />

medíocres, mas perfeitamente justificados. »<br />

0 exemplar exposto pertenceu á' livraria do Infantado e<br />

conserva o carimbo da Real Bibliotheca.


íôé<br />

VICÊNClA: VICÈN2A.<br />

( Vivvntia J.<br />

N.° Jpo. (Virgílio, Í'Erieidè fidòtta ineõmpeíídio<br />

dà Ataiíágio H travolta in vulgâfê.)<br />

Título dà'do pelo autor do Dizionario ~cti ofièrè artoniine ~e<br />

¡pseuãonime de scritúri iialiani e repetem> com leves alterações,<br />

todos os .üiblióf rapndsj<br />

No íim do vol. aévé Iêí-|èi<br />

« Tia qual e stata impressa ne la famosa cittáde de Vigência.<br />

per Hermaíího Leuilapidé da Còloüiá grade ne lano dil<br />

Signõr» M:GCCC.LXXVI. adi Marti. xi. Márcio. »<br />

. Se-guem^se dois versos latinos e as iniciaès. P. B. G. O.<br />

no r. da ultima fl.j e no v.- : « Püblii Ma-ronis Yirgilii Epitaphia.,'»<br />

*<br />

Éfepl pèq. de 91 ff. séfri num;, dè 23 liúhas cadá pagina<br />

cheia; largas linhas) caract, romanos, em pápel encorpado,<br />

com fegistro j foram deixados em branco os lugâres<br />

para á& léttras capitaes.<br />

Sem fl. dè tosto.<br />

O livro êomeça :<br />

\ . Maronié Vitgilii Libeí EheidóS felréitér Incipit.. í^olofVS;<br />

J><br />

íáhzer) Illj pág. 50$, n.° i5, citando Mâittàire, Crévenna'<br />

é òütrbs-, diz étii reíâçab áquelle bibliographó: | Quis sit isíe<br />

AMhágiuS tjíaéttis Se hêsfcire ditit Mâitt. 1. t. liot. 3. h<br />

Ê corfr effeito 370, Olrde<br />

sl tiiàèúte toda a matéria^ que dêü thenia a mais dè üriia<br />

contrüVfersia. A esté propósito diz Bíuítet que a obía hão e<br />

úlha tradücçãô itáíiânâ da Ettêidà iiitéirá, máS apenas Um ter<br />

áirho eíli ||f||# db poema, distribuído }3of cápitulOS à gíiisâ dê<br />

/ rbmMte, òfigiíiariámeíite, coíriposto ifi fángàtó tyuigâre\ |<br />

véih xiecláí-ado íió prólogo, p'ôr ürtt céitô Áthánãsio, grego,<br />

párá tíso de Gbhsíaiièio, filho do Imperador Gonstahtino: eih<br />

fíèhtfé d'ò vol. acham-se dous pfóíogos, Uifi do truãucio* itãliano<br />

a-itonyfho,. outro do 'grego Athanasio'. Lé-se com effeitó,<br />

e o nota Brunet; no fim do vol. : « ...opera gia in verso componuda..!<br />

è't ^á puoi de iierso in lingua uylgare reductà .per<br />

lo íitteratissimo greco Athanagio p consõlationè de Gonstantio<br />

figluolo de Constantino Imperatore... »<br />

Graesse observa a' este respeito: « Não é uma versão, mas<br />

&


1Ó7<br />

uffi ÍSMctb ñk fiaciaa étíic pHiSã fetò 'pkià {Msfíthttò; fflte<br />

SSBffll Nastagíá bü<br />

Jóitátói»» fraile laiiasfl®* .Sgasids uíis gfSgo da iia^oy flsíÉSB<br />

tinoí sè§unac: aafefcMeSià sbta/';fei puWcèâi, p# Antí«»<br />

' lííSííi.::;». imtarib i'!ll Kíí»n:in,:,1. •><br />

•--;• « MiBguáli; pèndém pey »fi tez. g" aaKfcf de &Ü »<br />

Crevenna, III,HÉpHo^ KBj^^^^^^BBH^ÍIWWSSÍÍmIBI<br />

este Atanagw g««, que m ãa poí autor ti'eím.<br />

eitt.ted« os lògftreí âs vafcnjgii, qt»} SMíetáfl®, lao- é . ;^<br />

nhettóo aeftl enftrer os pdétai ftaliSfio^ ntbi alftuíes» SMilfi<br />

céfto não ia itieio de.« descobrir fiãda de posam* a<br />

rsipmõ. s Fãíá o~ta«í esta »«dllÉçeOj síftlilhántó ini ifluii»<br />

pontes t ama tvàd, Msegífedã fi© VoéêòeMfifmia<br />

tshi spguís gtaade mt:Htsr ¡xl¡t -i®iaí maems, fferfiaií» fato.<br />

antiçiiíadé da.asa, ífíipteSsaoi<br />

O >UI9f do ffiçgfcrArtâ #ãg'áMbflyíttM'fepSíMoftJífflc«<br />

ítâiiM-ús, eitadó>'¡i¡Ki.<br />

•BS9-, pfã.ál&ttisíif'* ê véfdâpífíí tr&áaStgr feütopís ântesí<br />

rteatrSf â Wri|f;.èè0í


108<br />

desenvolvimentos, e assim Haym na sua- <strong>Biblioteca</strong> italiana, ;<br />

o qual, I, pag. 202, n.° 4, apenas diz;:<br />

« P. Maronis Virgilii Liber EneidoS feliciter incipit (in.<br />

prosa tràdotto per litteratissimo Greco Atanagio). . Vicerizâii<br />

1476 per Hermanno Levilapide in-4. 0 E Bologna per Ugone<br />

de' Rpgerii 1481 in-4 e Yenezia per Zoppino 1528 in-8<br />

eonafigure, »"<br />

Pelo que diz Brunet se conclue que o poema teve um<br />

traductor italiano anonymo, além do grego Athanasio, é- citando<br />

o que. SéjJê no fim do v|É r.'da fl.' 101 è' ultima,<br />

supprime, depois da phrase gia in uerso componuda, o - seguinte<br />

: « p lo famosissimo Poeta laureato. P. Marone Virgilio<br />

Mantuano ad honpre .et laude de Octauiano Augusto secundo<br />

-Imperatore de Romani..»' 1 A phiase. pois in uerso• componuda<br />

applica-se ao proprio Virgilio e a nenhum outro. Na verdade;<br />

os dois prologos postos no principio do vól. parecem indicar<br />

que- dois indivíduos tomaram parte no trabalho, especialmente'<br />

o segundo, redigido dó mòdo seguinte: «.Questd e il prologo<br />

(li! grecp athanagio_. » Nenhum dos outros bibliographos; nem<br />

mesmo Crevenna, Catalogy-e, raisonné, III, pag. 202, se occupa ;<br />

d'este, assumpto. •.<br />

A respeito dà sua impressão e valor como raridade biblio-<br />

• graphica diz este bibliographo :<br />

« Esta rara. edição é. executada em bellissimos caracteres<br />

rédondos 1 sans chifres, & sans reclames, mas unicamente com<br />

registros de cadernos, que. começam por «... » O exemplar<br />

que descrevia Crevenna estava mutilado em mais de um lugar.<br />

O registro do nosso começa por a 2.<br />

Ebert, no seu Allgemeines biMiographischen Lexikon, , II,<br />

apenas se occupa com o nome do traductor, Âtanagio ou<br />

Nastagio. , : -<br />

Este resumo ejn prosa da Eneida foi reimpresso em Veneza<br />

per 'Nic. Zoppino di Aristotile da Ferrara, 1528, in-8<br />

No mesmo anno em que se fazia na -mesma cidade de<br />

Vicenza a edição • expos,ta; fazia-se, a das obras do poeta., na.<br />

lingua original, per Joannem de Vienna, em nitidissimos<br />

- caract. romanos e in-fòl. .<br />

Dá-nos, conhecimento da serie de impressores _ J que no<br />

XV século se estabeleceram naquella cidade e suas visinhanças<br />

o Dictionnaire de Bibliologie Catholique publicado pelo abbade;<br />

Migne: Basta consignar-se nesta noticia que o primeiro que<br />

fundou imprensa em Vicenza ; foi Leonardo Achates; de Basiléa,<br />

què déii ao prelo grande numero de obras desde 1475<br />

até 1491, tendo.-se a • principio estabelecido em Sant'Orso,


109<br />

1474 ^rabalhára pn:i.ieir:mienrt£t;m<br />

VénezaTe tm; Kaduaí^,,<br />

I B '•pBBStvpographo ífe-.ifurdou officina nesta cidaíc$<br />

foi JTenuann Lic'hte'^tein HWmmiiiits.<br />

.náttiral ^^plol^^^qi^ali trafo^Mo * e em 1475.! e<br />

annoíI|gumte Foi de^© para Tréivisá», em 1-Í477 ; d'a]Pfé|:^<br />

ncm,a Vi(;cnza;^ncii^í|I|Hinuou a ímpriroii^MM" 1480 Deixou a<br />

mais tarde e- Í/ pig^soj.<br />

O 3 ° na ordem ohronotigica dos primeiS typogfap^H<br />

dágVifeçnzl é johann1:&^ie Renctóu .111 Rhe^^^^^ali trabalhe^<br />

de 1475 ati i


HQ<br />

tionem, emeridationem & interpretationem,<br />

praecipue, OrigenisP Çhrjpfostomi, Cyrilli, Vulg^rij<br />

, Hie^nynii,* Cypríaní 4 A'Pbrosij, Ht<br />

f-irij, Aiigiwtini. una çü Annotationilniij, quae<br />

ioRtorrin doceunt quid qua rations mutatum<br />

sit. Ouisquin igitur amas ucratu Theologiam,<br />

' B 9 cogposce; ac deindg if4ípa. Nfiqz. st^im<br />

qilBnilcrc.. siqúid mutatum pfforKloris,<br />

pen%, num jp melius, mutatum git Apud<br />

fmdyíâm Qà^memiAê Brasilaeam. Cym<br />

MpxifptMf? ètteyvris ne^avís gtiys w<br />

H M H fionytip, m H ^ ^ ^ B Miw<br />

exsvdat, mt Kntiigiiííodis omnibys symnui,<br />

« Íasilífei Antío restitutae sajvtis ¥ JD XV» Calends Pe<br />

brvarlis »; —« Erasmi Rotérodmii ^íriçlesis ad Içptprejji pivm»:<br />

It«; Erfiftíi llfarodíimi HBBjBroKBjH ErfelfiRQteTÇdaml<br />

Apoffmi» ;®iflnaimepte"r « BÍOI TQSTÊSSAPQH EVArpEAISTÍípí'<br />

»•life "TÓÍ MPOftEOV SfAPtl-pOE KAÍ MPISN EIJBIÍOIIOÍ<br />

LCNOTKUI. » da 11 Inn , epístob a'Lei.o- X, o texto<br />

vemlffi ntro tílft^,;?||j|ilj<br />

inferior d'esgs tarja ha um escute eta brancifeprov^lmente.<br />

SAnaddía^Eber o nome do typograph(f ,<br />

ijíifeuem se^24 gp |ii:-yr'ii')r.fHe|h.:i»lí-n os quatro<br />

B B - dos apè|o"los. Na primewe|;não num., ba<br />

iè& .tágá impressa á tinta pétá, ei® •çiija paftMníenS|<br />

se 1®, "dentro dê án «cv4a í 8 JbotuS tJP»'<br />

excvdebat» A ímpr^pip^-feita f ! Bgg<br />

3«j|jp latina ge'Erasmo' e ija da |««Sr(®m:e3áo Ççgo-<br />

Depcni dos AKTdosíapostcflçfctraz na ffl SgE MHBffl<br />

TIII KIIIRROAIIS ;N.R AIÍIOR nAMor ireos TO ri; FIÍMAIOH.<br />

gua ;ie refere \ á." pa(|f. : •-. ;>- --->>? '•. •' :... ; j<br />

: È6ta : 2-" PftltÇ «oratj PR W®i 3 WI1,<br />

meta 224 encerram as Epistolas SSHfl&M<br />

Ma primeira,- não num., ha um ea^Ççâo de paglnaleerqando<br />

a titulo par tos lados, a em cujos ramos lateraes ,|e . 16:;


Ill<br />

IQANNHS. ®P08Ef4I, c^eçjó. e dussSi|ttras çapitae§ qui<br />

^tj'iniam 3 pa^ir.a , >.tu ¡itiprt.£->svvs ' ¿i imt:! encarnada. N'y<br />

gag 224, m fiw, lé sE em linhas longas ; ' < Finis Te.s tarnen! i<br />

tqtiiis ad graicà iieritatê. uetüstissimorãqz Çôdicum latino'^:<br />

ad sjÂfissiwqÇ? àHlljqrû^^Étitflië jç- intsrpr®^<br />

tfauei^Ilbcurate ïpçogriiti, WCB mn A


112<br />

« Première éd du<br />

ppll quoique ampninSMhlsrfme<br />

cplle- d'Al<br />

îut<br />

i'JSI<br />

M H B très grand méiifff ciitiBBBarvjSTOijlu^ l-.rasme<br />

ciçi, '.?WS Jcte'sur plusieurs ntes.-,:' ceùycï ÇJêtaient pis<br />

àotlld'uhe Î^^Ri^qmtefâS^^W 1 "''PV' V tray; 4''<br />

H H r,înfEq,t Œcolampadius s#|pnt pàrmïs ti , I 3®<br />

plátiOB^ arbitralr^Mlon<br />

ifayeùr deÀîwulgate.<br />

leurã^onjMurts hasard® èt S i<br />

ln fo1 •<br />

td, i '»¿ra^ AtíLjc 1 ¡ 1 - ? , 1 J P a f*<br />

o texto grego, a . I j-jj- da<br />

direita pira « vülgSl» 5 * i 1 1 !!» 0 »«'—^<br />

H|Hffy6 de Erasmo a 2 cols , ggMp na<br />

9 B B B dllá Igtpclo da 4 * edsfepente.ep UUjU<br />

(vEsta '5 • edição foi 1 empressa §«g -ffj.,.<br />

I HHHR ' D • T 5t i B"/ ? "' i s a 4B 111 r ° l -'á|<br />

der^âaa B W B Erasmo , — nas ^ H Erastw!, por' Beatuj<br />

Rhenanufeaí ijgb, Tòm -VI,— Erasrtftíf or<br />

H H H T7o5«iUol, Tom. .VI. E?ta ultima<br />

fin. ã Tfem íroi&reccu'. còtn unjj'i.itulo^%ni Mg^dfjBfeg<br />

• P B H B H W B H W W W M B mer. , HA.I "Or fi-ratesse •<br />

Bas -F Perna,. if, BaSh Chr WUst |<br />

iô74> iPÇÊp ^î 0 ®» lr H I<br />

p-íÉítas 20 edições ImfSpaço de menos de 2<br />

para âtÇeíJar 9 naçre^írçVto da grs^o ^e ErasgiO, '


113<br />

I^^Äsinr^prMgte edtBgaK Erasmo, imGretóS, todJi<br />

por I^g^Äs durante, a iïtfaïsjf) tiaductor, a I I flfflM<br />

<strong>Nacional</strong> põssue a .primeira,' q¡ue expõe como 1 mais valiosa, e<br />

i (finrta qùè tém o mérito de facilitar o coiifj<br />

de a (M ^vul-gpfa<br />

uma tffidade muito_ii^tfl-Kel pel^^^E. îmfires-<br />

C l ¿j h, ahi imônç%ov que sahiu eriadamenteV<br />

gjfe « data MpccÊ^LfíifsaSlÊStk^. cccc.xcini,<br />

päifece mffljtàgirova | , ^ | „ ,<br />

^S»' 1 '®* a ilp* introduziâ% nj||pcidSdte por<br />

K ® ^ - I B '"B „• 1 H B<br />

,g't»çîa ] it pass, se ] i- Str. rgo, onde residi« pOEaJgum<br />

tempo e l all paÄ" H , 'itfflt^^"'''? 1 B 8<br />

1ÍMÍ4 . imprimido granjfc minliro flè livrât<br />

mas4 cám®, o seu illustre e màf^gtb anafre. el le os publicou<br />

« i i ® ' ' fl S m meÄ>^|L s data Um único<br />

f»lumë®o qual^figura E|noîB(S||§l5 iiiipiïgfeor, sérviu paiï<br />

recoi ÎJJr ffL'T i f * para attn i i ** * |<br />

œalidCTîuinm^de^valiimes em quBj|fc J fi¡ffi|m<br />

||P»Este \olunj£¡íe intitulado - (.Kapertor<br />

^ ^ H B B Âtèîiarum cum fideh narraS... I<br />

Jfditum a dgfeigsimo Irarutii arttqSfe JUgftro ^nradlHp<br />

Mffi§|g| LXX nij&'Ä d , m fol goth if. inn.,<br />

Hl reclamai nem registro, 6 a 3? 1 ^ ^ ^ H H<br />

^•BI Î^Rvolumë' lêlp ggg, unsí<br />

D P LESSERA ' BasiltJ. . »<br />

|^glfechamp\rt^pÂm,'s%uimoS*cl^^^^BítcIusád que<br />

IHHfl Rot Im P nm ia*ï® mejäfeam, ufl| Pelo anno<br />

l j U | | Ri*dme^KA împrê^JBgle uma BiÊja latina em<br />

« s . m-fbl. ; mas provavelmente a morte Rolheu antes de<br />

terrniaaT este grande trabalho, pois só o r ° yol. • é ímp&pP<br />

Hl 111 Eût-''¡2-O^i<br />

• S m Rich^l, bujguei de ÇasiJéáÂd^próvâvelmente<br />

H U | a H m primaros fun^BaraÇstab^» -9. offi<br />

«a, appatece logojVjV.L no typographo, foi eile quem<br />

?f "M|ft u I dt, lmpriMndo o 2 "gel em 1475<br />

com caïac^Sprop5^»(iU nome jgjjíde figoMd^S4^6,<br />

". fe-V dois pnmeiros-J^Bi i, 'i^Tim data em í " í<br />

sao de. 14745 o primeiro. Der ^^jySglfflWíM.,, foi pu-.<br />

P| lca do por Bernafio q'säggjl dabjdBp 13 de<br />

¡ K W ® Refe?tohmn\pi%> jQimVeuMefmi, tambemÄfol.,<br />

'•-S'-" 4 ?!®Í3


114<br />

appáreíMi sém né'fte iífipt'esííif, rtVâs sêiis cafàrteres %eo y>s -<br />

ukmwh de i^liei-s^'s'efyiïï M-tyuel Wfáislfcr ou Weirsel ha 'èdiça'o<br />

das» ÈpHloitts^m OapíriM , Estés d'oís typógráphosi, ímpii-<br />

IftiîfeïA JûntêÉf*ê1h í R o b ' e r H - U e í ^ a ü . . .<br />

r 3 r | Bafflea Éëniafiïus Ruhéí,<br />

( f¿ jmfrrtMKïre ínaii notareis de BAsiléa depfciS*" d'e^âj;<br />

saplf fjljjl fp;Âïto»bïeh.i Jjsf FrObëfi ou Eïobenius's - o itti-<br />

^tessó'í dá*íJJía fexp8ttaBjt>â3 Hef»ag.èfc Oïl Hervagiu% qrïê<br />

pùèfiÉôu uita Pdlyfho êtn tï; ih, e ía®a||| hbs rttetenTOetítitanté,<br />

'«H«.* 19 hittite ttfti èin..<br />

•¿re'go' etn fgji ; Andïeas tàftM^S de tluem > ex|î>mos-ilK>li'<br />

jJÍ." jïW tStóiíi ÎMÎmXfX, |p |5t9, :<br />

JÍ» 0{)(îrin(®Herl>sfftcU)» biagraphilï dÉCm^S J^Mé to<br />

lis 4 ,;' 'e filialmente iiomàz Guarnió; p iaprêssor. fla Brblfa<br />

do Utso Sobfê dtèi§ pnmSiWs tJeàcHâmpS ®T§Ptl l ' l,t e&;<br />

Côfi d^tâmpïp<br />

« Îâttni les grah^^mprlmêuts bâloiâ, que Zwinfeer akpelle<br />

ft^M^ilte -ffi&Jpl ïftiap áewSpciter jftft tlé Amerïîaçh,<br />

chef d'uftê &ta lie llluétrêBqUi)jftfee<br />

a & P^SSiPî 1<br />

l'&üsíífcla P/®iiîêï* iiyîéÎp|iS|; J48'j,<br />

-1« PriièeepWfiitM J. af' Nyder, dès frètes PrÈ^<br />

iBÍÉqÍS®9? ff. â 44 '!> ,|g|pÉi.$tóí AMWmiiiX'iJifyi;<br />

.est reste eëïèbié.î ïfeê trois fils SuitS&îfetit à son imprimerie et<br />

soubiAïieftt digntffiem.'1'héríMgt %atgtftel.<br />

• '• ts L'ùïi âH' * r[eçtêtfi% fût Je^.n FfotfeH, d% BMMieç.'<br />

í§rttek'|í46o'= I I5¿7), qnt âéviôt i'son tour PriilÙfs<br />

il fut ïé'pibtectiùï et trois;grandSi<br />

; hommes 1 • È'râsiilte, ËÊçélampàdé' ,et Holbêiri, qtii .pendant dé<br />

longues aimées lui prêtèrent-., leur rnmouh. Erîsmë plelire lamort<br />

dè Frsobén d'une façon totfchantei Niiiiqùafn aûtêhai<br />

'ïïxfiertià»feft '"¡'dit'lK- 1 qúnnfam -víiñ ''• frí • t<br />

máñíus riMmoruM : ní'liHvfn iMeratasmt<br />

Me, Frtôtntl ilesiilërmm ferre lion ^dssain.<br />

V


115<br />

nicum, que cUston a Joftó. Buxtprf trinta áiiuos de trabalfós,<br />

é é serásempre a gloria cf^ irpprensa Kcénig. Este enorme<br />

voliwe fói impresso por Lúiz ICoenig em 1639, spb as vistas<br />

de Joäö Buxtorf filKp.<br />

Péirtenceü á Real Biblióthéca.<br />

N.° 38. — Ávli Geliií noetívm atticarvm ybn XlX 3<br />

Ex inclyta Basifaa. — In fine 4 Basileae, a>pvd<br />

Afidream Cártdüdi'VM. Mense Septeinbri. Anho<br />

ff Syfflptv Lädctvici Hörnken Bibliopplae.<br />

In-fól. peq. de 14 ff. prel. inn., comprehendido ó tit'.,<br />

106 ff. num. de textój 22 ff. inn.<br />

Citado, por Panzer, tom. VL» pag. 016, ii>° 31p, .;<br />

.. O titulo, impresso á tinta vermélha á excepQäo da. indicágao<br />

da cidade, vem dentro de urna tarj^ xylographada em<br />

urna só pe?a; em diversos lugares d ? esta tarja acham-se cinco<br />

taboletas cöm dizejres tambem impréssos a tinta vermelha¿ ,e<br />

no ángulo inferior da direita se léem a data 1519 e as lettras<br />

H e F entrelazadas em mónogramma. No v. da fl. de rosto,<br />

na parte superior, urti prologo : .« Andreas Cartander bPnarvm<br />

literarvm stvdioso salvtem», datado « Basiliae, Calen. Sept.<br />

Anno M.D.XIX. », no qual o impressor dá noticia do como<br />

foi feita a edigáo, e na parte inferior ußia errata. As 8 ff. inn. .<br />

seguintes cpntém um Índice alphabetico; a este segue-se um<br />

índice analytíco,comprehendendo 5 ff. tambem inn.<br />

O, texto .occupa 106 ff. nüm¿ s& pela. frfente> e ná A. 1<br />

veril dentrp de urna tarja grayada em madejra, comppsta de<br />

quatro pecas.<br />

Äs fölhäs iiitj; do ñidl encerräiii:-— «Iii Ayli tJblii ríoctivm<br />

átticarvm bbMEöentäH^Si-' .bátíitvili Index », 8 ff.;— 2." « Dictionvm<br />

grsecarvm mterpretátid », 13 ff. Següö-se llmá ultima<br />

fl. com o colophäo dividido em duas partes, como já foi<br />

indicado; abajxo da ultima está;a marca do editor Lodovic\<br />

Womken, e nb vi a d,0 imprésSor. £114, Crir., qpm austro<br />

iñscrip^oes. lateraes | ésta ultima, é gráyad^ em niádeira e traz<br />

a mesml aatá e roonogisióroa ,1iq^fröntispifcip.<br />

r • primeíra edigäo das ^bites,attieas de ,Aulo'p-elliq,<br />

^PT^SSa fiomáh, íft. WMm Maximi^ 1469, in-fbi.> p<br />

inüito rara ; á segunda edigäo, que áppaféc'eii em 1472, na


116<br />

«lesma cldaáé è meios meSipos impressores, é ainda mais rara<br />

do que á primeira, fffijo texto! reproduz linha por linhà Entre<br />

mintas outras: 'ediçüestóo-Mi revisão do text@«otr simplgl reimpressões,<br />

é 'digna 1 me nota a^dé Kin. WCáèdifyys A^rn^tA.<br />

socen, mèn^iUímiri 1515, in-8.°, nâ qual,ç fexto foi revisto,<br />

por Joâ ;. -<br />

A iinpresá'co Jf feita cm '.ypo r. 1111:1110 coro capitais or::udas;<br />

nas margens 'do lextó oct:orrum numejôsas chamadas também<br />

em ptes romanó,%ror:ém menor'J' as citações são ímprefsas:<br />

em caracteres gregos.<br />

•í No • exemplar descriptoppor Graesse a disposiçãS -das<br />

íbihas É dtviersa da 'qií^rfiste apresenta; naquslh 1 I<br />

Índices foram colloeadosjiiiW fim t®o çolume, quqÉptontèm<br />

ff:<br />

Cartander, ; fl. 2<br />

* f.u fl. 3 r., « Kxeeilçntr viro Georgio Collimiiio Danstettçro..,


117<br />

Simon. Grynaevs S. »; fl". 3, v.-fl. 18 v., «Index »:; ff. 19-24,<br />

« Typi cosmographici et declaratio ét usus per Sebastianum<br />

Munsterum. »<br />

O texto qccupa 584 pp.<br />

Segue-se uma fl. inn. com o registro e o colophão, trazendo<br />

no v. a marca do impressor.<br />

O mappa, que em muitos -exemplares falta, é gravado em<br />

madeira e vem immediatamente depois da descripção de<br />

Sebastião Munstero. Na Bibi. Amèr. Vetustissima acham-se<br />

descriptos o original do mappa, designado pela lettra A, e<br />

mais quatro copias, differentes entre- si e também diversas do<br />

original; o do exemplar exposto> coincide com o original A<br />

em todos os pontbs, á excepção do titulo do alto da pagina,<br />

que é: TYPYS COSMOGRAPHICVS VNIVERSALIS,em vez<br />

de: COSMOGRAPHICVS VNIVERSALIS, que se lê naquelle; 1<br />

cumpre ainda mencionar a circumstancia de ser o mappa<br />

impresso em duas fqlhas, que reunidas medem o m j36pj-K'o m ,552.<br />

A • obra é uma collecção de noticias sobre viagens de .<br />

differentes navegadorese, com quanto seja pela maior parte<br />

uma simples reproducção, é de grande importancia para a<br />

historia da geographia. A .-compilação foi feita por João<br />

Huttich, mas ,.a sua publicação deve-se a Simão Grynseus, que<br />

escreveu e ass'ignou' o prefacio dirigido a Çollimitius,<br />

Esta collecção' é geralmente conhecida pelo nome de<br />

Qollecção de Gryneu, ou pelo de Gryneit-Hervagiana, segundo<br />

Ternaux, Bibi. Atnêr., ou ainda pelo "de Hitttickio- Gryneu<br />

;<br />

'tíervagianat<br />

tissima.<br />

• segundó Meusel, citado na Bibi. Amer. Vetus-<br />

Trõmel, Bibi. ' Américaine^ diz que o começo d'esta obra<br />

até a relação das viagens do indio José é uma simples reproducção<br />

do Itinerarium Portugallensium do monge Madrignano,<br />

Mediolani, 1508, in-foL, citado por Ternaux sob o n.° 13- e<br />

'açcrescenta qué, ella apresenta ainda uma parte das imperfeições<br />

do, Itinerarium e do II Mondo Nuovo, de H. Vicentino-,..<br />

Vicencia, 1507, in-4. 0 Segundo Ternaux, qué descreve o<br />

Mondo Nuovo sob o n.V 9, este ultimo livro é a primeira<br />

collecção de viagens que foi impressa.<br />

O Novus Orbis. foi impresso varias vezes: Parisiis, apua<br />

Afitonium Augdlerumy impensüs, Ioannis Parui & Galéoti á<br />

Prato, 1532, in-fol.; 'Basileae, apird^lo. •lierwgivmi : .i$$(>-$'ii<br />

in-fol., reproducção fiel da 1. a edição augmentada da carta<br />

de Maximilianus Transylvanus, secretrio de Carlos V, ao ;<br />

Cardeal de Salzburg; 'ésta • carta ^datada de Vallisoleti,<br />

24 de Outubro de 1522, e contém a primeira relação da<br />

viagém de Magalhães. A edição Basilea,e, apud Jo. Hervagium,


118<br />

1555» in-fjol. é a, mais cpmpleta,, e por isso são mais • prç^ura&ps<br />

sejjs é^empj^rõs/ Uernaux cita, sob o n.° 44, ujna<br />

de Basileaji^iât, in-foi., com a nota de 2." edlç,ãó.j convpr^.<br />

mencionar que nenhum outro catalogó,.aponta esta edição, e<br />

talvèz sçj^ a mesma de 1536-37, qúe Térjiaux não descreve.<br />

' Kstà còllCcção foi traduzida pairá b allctnào pot - Michel<br />

•Iíerr, e imprçssá em StrazbúVg\ duYkH Georgen Zffrtfehvr] t)t?h<br />

in-fpl.<br />

"Ô exemplar, èxppsto, é impresso çm typo iromanô, com,<br />

capitáés ornaaas, e has margens oceorrem algumas referencias*<br />

ém ítali'cô'j. ha nellé um érró'de paginação j as pp. 579^5.80<br />

e 58,1%S.á sãó nüméradas' ássim : 581-582,5 83-5841 esté erfòj<br />

;';poretà, córrigiú-sfe' nás duas. ultimas paginas dó texto, onde'<br />

f vênr "repetidps os ri. 08 583-5845 na fL dç. rpstò, sobre á<br />

marcá' dó impresSPÇ,. gcha-se çollada umÁ( ê^Yúr.a, repreSen-<br />

. tándo úhi escudo dê ouro fcòrii írès cabeças de pavão em<br />

róquéte, timbrado por uma éòrôa de conde, terçdo aos lados<br />

1 dois cãês.<br />

1 fisla obra pertençeu á Reàl BibiiotheCa da Ajuda, e.<br />

figurou iia Exposição de Historia do Brazil sob ós n. 08 798 e<br />

i|8i ; ò' hiâppa vem ' desçripto no, Ensdfo âf Chariògrãphià<br />

Èftizüeirà sòbò n.° 16.<br />

João.I H-efwagen, ou Hervagius desposou a viuva dó impressor<br />

âuíssó Fròben, e, ligando-se com Erasmo, dedicou-se<br />

aõ' aperfeiçoamento' da fundição do's, caracteres e da tirageto;<br />

« è uni' dos mais afamados impressores de Basiléà; fe.lle.eeu<br />

nesta cidade 'em 1564.<br />

\ • ^Ojá.iv -<br />

ç, , lj • 40. ^fellvm.Christianorvm Principvm, prae»<br />

cipiré" ÇállprVín, còptra,, Saraceíros, afino saj\fti§<br />

M.LXX^VljI pro terra saneta gestum: autore<br />

Roberto Momuolio. (KÍÇ) Carylvs Verardus de<br />

Wjfexpngn3tid||®regni Granatae: quae çontigit<br />

ali liimi. qu.-ulragesimo secundo anno, per ( i,<br />

ih.oFcíi rç^c.m r érdinandum Hispâniarurn. Crwtõphorus:<br />

Çolorn d« prima insularam, in ijiari<br />

: ífidico jsitarum, lustration^' quae sub rti;_>


9<br />

ficem VII. ac.Rqgê iVtagalfe: item «fe mmo<br />

boffl.çibus, ^|.monbuS ¿usdfem poputó, anissune<br />

babes hiç opus- quarundam historian;<br />

(juas ram ynipií typis nostris ex antiquo'®<br />

ícopto ^Implari w fuulgani«ui<br />

H ; , '. '..'K^fc^ g u I ;<br />

| m j/Ukt atme- D. M. X X X I I I »féV ; 1<br />

0 P ec l 3 ff prel mn , i49 pp Vrrç<br />

B ^ ^ f l - • • r H<br />

A 'fl. iI inii. contém ô titulo 1 '- m ff , - HH<br />

ifliSif<br />

H H W È È È Ê « 1 H H<br />

^.,PE?cedido5.d? um H H ^ H H H H H ^ H<br />

m h n i r a n<br />

H M » e< %i°' erl « mal O H l « de Rom<br />

• • 11 | S H 8 B —<br />

• H H H H Ra f h ffiem Sanxu m • ^ H H M M H H H<br />

e na fim M a ffi^^^H R S « ••<br />

Sffl e a I — M i ^ Hip, I t l g f -<br />

pagv • HWMHHHHkBB Innoíeií(ii;íBton>o II,<br />

n, 4S6, ..Egfe,' paft^cotóép : uma relação daiepibai'


120<br />

H i 4f) "impw§flt>rg^waíi>®avjd ao Papa Clemente VII,<br />

H n n 1KÀ aY^most I nies. .naqáfetlí<br />

Joâa IIJ a Cfemente ¥11,gatada d|||j|deg<br />

laflro -inHE:., e qáíííítí^Dawlllííl^ ¡WÍMSlf<br />

SD »Manuel, a duas ultimes a<br />

MHneilfc ,VII. Ne i JSKf'Kiiji ' e '"' s<br />

*Aettó|¡S,frtMn Lusitanam indéqz I atmain lmguam<br />

feadutá


121<br />

Erasmo I V<br />

.queggltóhaiii no fim ^ ^ H liVro,<br />

H rnp&âft ftffaracteyMIi* B H H H<br />

Si !lvro de Séneca Ludus ih mortem Ciàüdij fitc&uE, em que<br />

UyUHCBji n ®»tro IMMWH em tyio ma® do •<br />

no resto da o$ra M B j g de Beatus Rhenanfis nas mâr-'<br />

*gens cm tjpo tam^hf romaniHjggL<br />

impressão t fflt» a^munuCgi-flMtedígení d® volume<br />

notapi-a^ nuiíierosjA^apit,^»^ leítras .jomanas,, e!<br />

). vaijanfeif Wgajçctutas ®fita x 1<br />

A T^èdjB^dapfe d&Xseneáé dài'®f|S Mafth<br />

H H H E E H H B B rar!ss a, pon<br />

,em 1478 afeiTgegp; ,uma reii | ® , 5 |y , HM<br />

¡¡Hl » • • • ^ • H i<br />

sem lugar nem data,» nas* provaVelment^feita'' tamfe W<br />

v|n^-por Giov Tacuini?;* ífcgundo G ^ j »<br />

pecialmente as de Basilea anteriores á edição exposta A pri<br />

meira que ahi ãppareceu é de . 1515, M g jMMSÈlhtum<br />

Apois freimpreása'<br />

H H B B n m • exStR<br />

gffoh; dcpijtt vem a edição de i®, occu pando o v. n^jlag ff «Kg,


122<br />

A epístola nuncupatoria, ogtjlogo dos autores e o índice<br />

si« ¡ h u s ¡ s e l » i l f ® ¡ wmlmm<br />

da epístola 40S leitores ofeao em typ® aláia®« H » M M<br />

ttndo porem,Sue II ?? gÉgÉÊS tÉf|¡§<br />

se%»i¿ 'dá • iy-p


im<br />

njelho e as i&ißiaes dos capítulos coloridas umas de vermelho,<br />

outras de azul.<br />

Começa pelo « Prohemiü » : u r ger- Reinava, então, em França Luiz XI.<br />

•:-p||í três impressores estabejeceram-se depois na rua<br />

St, jßcqju,es e tomarap) ppr divisa um j/?/ de ourç, como se yé<br />

no í)pi dos Sermões de Utino, 1,477, 'e ali imprimiram muitas<br />

obras, já então com data, cuja relação summaria se pôde 1er<br />

nâ Histoire de Vimprimerie (Paris, 1 ^89), entre asquaes uma<br />

Biblíá in-fol., de 1475, que foi a primeira obra d'esse genérò<br />

editada em França. ' *<br />

Alguns annos depois mudaram-se para a rua da Sprbona,<br />

junto ás Escolas, de Theologia, onde se associaram a Guilherme<br />

.Maynial e mais tarde a Berthault de JLembolt, natural de<br />

Strasburgp, e ali imprimiram, entre outras, á x. a edição feita<br />

em Paris das obras de Virgilio/ cum notis 'per Marteolum,<br />

in-fol., 14925$ Psalterium ad usum Parisiensem, 2 vols. in-4.<br />

impressos em preto ; e vermelho, dos quae» fez Ulríb Gering


124<br />

presente .aos senhores da Sorbona de um exemplar tiradôv<br />

em velino, para lhes servir quando cantassem na respectiva<br />

igreja"; e a i. a edição da Venerabilis Bedoe opera, 1499.<br />

Era Seu nome'sóf imprimiu Gering, 'e foram as suas ultimas<br />

impressões,. -/^««. Franc, 'de Pavinis ¡Visitantium ô° Visitatorum,<br />

in-8.°, em 1508 ; ; .e Petri- Sùbefti lib: : de cultu vineçe<br />

Domini, &., taníbenvem 8.°, no mesmo anno.; ;<br />

. Gering empregou no principio caracteres redondos e poderse<br />

dizer' que as j suits impressões, depois que dissolveu a sociedade<br />

.que tinha com os outros, em_ 1478^ 'são de notável belleza:<br />

mais tarde, levado pela mo'da do tempo, fez uso de caracteres<br />

jjothieos-. •(Histoire de: V imprimerie¿ citada), ou talvez para<br />

differençar as suas edições das que, na Sorbona, faziam seus<br />

discipulòs, então seus rivães.-declarados.' É * esta. a opinião de<br />

Brunet.<br />

Gering: não se fez recommendavel .somente pelo exercicio<br />

da sua arte era-o também pela scieneia e pela probidade, que<br />

lhe angariaram a estima e amizade dos senhores da Sorbona,<br />

como -ainda o demonstrou por disposições testamentarias em<br />

favor do "eollegio mantido por elles. Foi sempre muito esmoler<br />

e por sua morte, legou metade 1 dos „ seus bens aos alumnos<br />

-póbres -do^ Gollegio de Montaigu, onde se guardou por muitos<br />

váhnos o ^èu retrato.<br />

| Por " sua -morte Berthauld de Rembolt continuou com a<br />

suà. officinã; é tomou-lhe a divisa ou marca typographical .<br />

Para I a§ , reimpressõès que. depois se fizeram em outros<br />

lugares do. Preceptorium de Niger veja-se Graesse, mais minucioso<br />

a esse^espeito do que, Brunet.<br />

São es,tes xoä primeiros impressores que tevea cidade de<br />

»Paris. Póde-sè' 'ver a relação . chronologica dos que depois ali<br />

se estabeleceram na citada Histoire de V imprimerie et de la librairie,<br />

où V ón vóit sow origine


125<br />

N.° 44. — Hystoria ecclesiasticaí<br />

HHBK> titulo dadcSper'p'ànzer<br />

" M ^ H Historia, latine, ínterprefe RuffiS<br />

ffif gjjpffredun K^SardlfcMprrecta »<br />

vêjfa fl. * ti. "V tetuH-rfev<br />

vinheta da macâ do impWÈsor, mífiS<br />

reprçsentadjà em 6 ° lugar, no iS®/de L C Silvestre, i ' H H<br />

La menciona Peâro Levetí como um<br />

dos imprëssOi||f,de Pans íégsde 1486 dffiJ^Bl<br />

B | açtêffl'da'* H M ^ B n H o vol<br />

WHBB P MMHi<br />

« goittr* boi|,airéü < * ernSfeta dib^entá petn leWçt pansu<br />

« impressa expensis Johãnis de cõbelès et prefati leuet ! Anno<br />

* IScJÀ. pridie Irijfiyijjlfflt^iipp^^l<br />

B B duvid í^ a dffta d'eirff impSSj «¿piada<br />

||lmt&|e, |aMseria decerto para o algarismo» 9I ' Entretantol<br />

Parizír, Hain, Orasse x.,i^longarp-.®t5ti; 'h0s: ! :<br />

• í 1:«Pjiicqs gg Mïch. '-pt^itt, t. I,: pg, 52«;..Jí-<br />

»JS^EW íWí^ffl^^^^pStAí f,' Ai, E B<br />

igMônttaife'citada, dá todavia a list% de* muitas outras<br />

®P»da Hisfêria. Ecp^^ui^bjc^quêlMirato tg lúiz no<br />

N E 1 V* H ' >*•!..' I<br />

^ O M 1 ^^^ 1 '* 0 Î01 m a Bibl Na'c, MjOip.Êή<br />

^Prlap fíS cuja^aséign àitogj®onse/fSr * „y


126<br />

N.° 45. — Gommétaríóirú WBànòi RaphaéliÈ Voíaturnini<br />

: octo et triginta libri cü dupljci éorüdem<br />

Índice secuiuiuni Tomos cíolíeclo. Iu:r àrc.onomi


127<br />

* deçórt.eni Bruteliasy d« onde foi ¡pata Feriará 'é ahi Si<br />

.gráafes- progressos nas linguas grtega e latina D'ãii ésteve<br />

ípi fcyao, onde ; explicou publicamente os antigos poetas te<br />

;J.èf®ôz e imprimiu grande copia de bons livros na officiBaSfÈ<br />

Joaó TretHsel,,m cuja fiUiíf^^Ritl. í>ot moMe dô fegro<br />

f.)i r»;.í:,- «m ttms. «ai 1.(99 ou. isfeMãolfâonvò fimí-âl<br />

ensinar a lmgua gregâ; más também pára restabelecer á arte<br />

typographica, que começava a declinar naquèílà cidàdêj tehàl<br />

eahido no ^othlcg Eestaurôu,á. 4ótn êffeitò, impmíiuSém<br />

bèUdS caractérés redondos, e perfeitos obras importantes; ¡eiija<br />

relação nos ministra a Btstoire Si PlmpriWerté citadá f*'<br />

primiu àlgümás de' sua 'composição própriãí elJèeíaltrtl^Rahmtotánta^fefiêífca<br />

de •quâta ííBêi es autores látihos Um filhos:<br />

Conrado BadiUs;: ,M. tááibem impreitotgjliv^çfc"''<br />

^ I * » «JifeJ^iéqnanto um tanfa.damrçííjKidoj do<br />

tempo, dáy bâír prova; do modo de imprimir d^sií»^..:<br />

IVíMircj ã R>a! liibi-o-Ji<br />

N.° 46. — Opera Vergiliana ddçfe, ét fatiiiliariter ZO A, JO-jí<br />

í -IxjiíjsííâIScfi quífléíBjifõiica &. :Êeòrgica a<br />

; Seruib. Donato. Mancinello: & Probo nuper<br />

.' . addítQK ou adnotatiónib' Beltiàldinis'.'.: ab Áiii' '<br />

güstíno' datho in feü principio. Opusculorfi,<br />

pfêfeï^à 4'uedam a$¡;¡ Doniitio Calcierino. Fa-<br />

; luiliariu^. vero oía Iam opera q opusçula ah<br />

Iodàcà' 'Badio Asoéncio...<br />

^aiíStta^tiltur a Francisco Rëgnault...<br />

No$lm • »Mijuœ omniá mrsus ejufepress^ sût jh wdibus<br />

Imanáis barWr,'vt(in calce totius dicetur qodicis »<br />

ïitjyi peq , numerado per folhas, a 2 columnas na mór.<br />

d'ellas, contendo em ama, em caracteresRomanos, o<br />

poetas fe em óütra, em çaract. goth.,^^M5mmentario<br />

tí aln ^a aotasr ou «Jamadas a margêmpSItiíis I capitaes I<br />

ornamentada® njwcolori^as.<br />

j O tit; esta .contido- em uma tarja xylographada e impresso:<br />

fe preto, e vermelho ' vinheta com a marca do impressor, de r<br />

fe ÍP em principio e q.ue te pode ver ila obra dè L C.<br />

Marques Íj$0rã0htfttft, sob o fi •


128<br />

No numero 'das repetidas edições das obrais do Mántuano<br />

mencionadas por Brunet não se depara com esta, indicada<br />

porém por Panzer e Graesse. Brunet,. citando entretanto a<br />

ed. impressa ad kalendas hovemb-. M. D. XV. in Parrhisiorum.<br />

academia, sem ,declarar ;^-nome do impressor, in-8.°, remètté<br />

o leitor para Panzer, VIII, . pag. 22, onde este bibliographo<br />

apenas menciona % ed. de Regnault, qúe a Bibi. Nac. expõe.<br />

Em seguida dá Brunet noticia da edição das Opera Vergiliçma,<br />

docte et familiariter exposita a Sérvio > Donato, Mancinello et<br />

Probo, cum adnot. Beroaldi, Aug. Dathi,' Calderini, • Jo doei<br />

Badii Asçensii, mas expolitissimis figuris et imaginibus illus trata,<br />

sahida da officina de Jacobus Saccon em 1517, em 2 tom. em<br />

1. $!ol. infol. Do confronto resalta a differença das duas edições<br />

§¡¡1 1515, ainda maior em relação com esta ultima, apesar da<br />

identidade do formato. Graesse refère a de Paris, Regnault,<br />

* i5I5,Sfifol., que é a nossa, e a da Pàrrhisiorum academia, 1515<br />

também/ mas in-8.% citada, diz elle, por Maittaire, Index, t. 11,<br />

pag.,/ 3 27, 'CÍta,çãQ:. que ,jfá também havia feito Brunet.<br />

Á.mda no mçsmp.aimo: se fez em Veneza, dn cedibus Aléx-<br />

'fiágmftâ^ò^ra.' .edição "das | obras . virgilianaS,: dos mesmas<br />

commentadores, in-fol.<br />

^jàííenhuili •4'^stes.;bil3lÍógr. í ,]p'orém. se refere a João Barbier,<br />

impressor donosso exemplar. Barbier, entretanto, foi um dos<br />

máís' habêís impféÉpfès : 'parisienses do seu -tempo, cpmo.se<br />

-pôde ver da Hisfoire de rjmprpkerie et de JaJibrqiHe, citada ;;<br />

foi livreiro-jurado e imprimiu"obras para Dioriysio Rossç, 'para;<br />

Pedro .Bacquelier • e para Jôãq Petit. Tinha por divisa, typo-<br />

"'graphica umá espada com o motto.: tout par konneur.<br />

François Regnault, cujo nome .se. lê na fl. de rosto do<br />

presente exemplar, livreiro-impress91.de Paris, floresceu de, 1 1512<br />

a 1551. Punha em baixo 4os livros, .que imprimia Parisiis; ex<br />

officina. horiesti ^viri Francj,sci Regnault,' è por àivisa, em Volta<br />

da sua marca, que era um-elephante-: En-Dieu est mon esperance.<br />

Distinguiu-se pela gtemde, quantidade de obras que imprimiu.<br />

Tinha dous irmãos, Jacqües e "Roberto, também livreiros.<br />

A i. á ed. das obras de Virgiíi^,,'segundo La'Serna, h;<br />

n. 9 1355, é de Roma, Conradus Suueynheym et Arnoldus<br />

Pannartz (1469), ;in-fol Audifredi, Editiones romance, pag. .23,<br />

discute a sua prioridade; a proposito da controvérsia que a<br />

esse respeito se suscitou entre Fabricius, De Bure e Crevenna,<br />

que suppunham ser a ¡¡j ed. das obras do vate.de Man tua a<br />

de Veneza, 1470, por Vindelino de Spira.<br />

O exemplar exposto consta de 2 tomos em 1 vol., circumstancia<br />

que. parece ter escapado aos bibliographos qué trataram<br />

da obra. Fez parte da Real Bibliotheca. ;


129<br />

Publiiis Virgilius; Maio, príncipe. dos, poetas latinos, háscení<br />

na aldeia de Andei, perto de Mantua,. no amo ;o' antes<br />

Chrísto j "seu-§aè era'oleiro, segundo; alguns dos seus biographos,,<br />

HMHi poesias angariaram-lhe a amizade de-^ Augusto, de<br />

Meeáas, • de Horácio. Morreu em Brindes, na' Calabria, de<br />

WH de uma viagem qtíef fizera á Grécia, à 25 de : Setembro<br />

dó- anno 19 M M na idade de 51 annos. Seu corpò, transportado<br />

para Nápoles, foi sepultado no caminho de* Pozzuoli:<br />

no - séú tumulo se gravaram estes versos, que elle propti|<br />

íorapuzera e o mundo inteiro sabe dé^í; , ';;,<br />

Mantua me, genúit,: Calabri rapuere, ume: numl'art':ienope;<br />

çecini pascua, rura, Iducej. ;<br />

jS}>1 &<br />

lí o £ Avgvstini Ric^de motu octavje Sphaer;e,<br />

' ' • Opus Mathematica, atqz Philosophia plenum.<br />

Vbi tam antiquorü, q iuniorü errores, ' luce<br />

clariys demõstran%„., Eíusdem de Astronomise<br />

autoribus Epistola.<br />

Imprimebat Lvtetia: Simon Colinajus, 1521.<br />

Perlege prius ;q iu.dices.<br />

¡ H y em fl. separada,. sem num.: I Parisiis, éx edibus;.<br />

Silhoms Colinei, e regiõe,4chpli£,ÍDecrétorum sitis. Anno. 1521.<br />

Beçimo Calen. Maias. »<br />

; ¡ B B 51 ff. numeradas pela frente,: earaet. romanos,<br />

WH cap. ^ornamentadas, em preto, com chamadas tias margens. I<br />

Branet não faz mençji d'esta: obrà,. dada entretanto «m<br />

* bastante individuação por.Panzer, VIII, pag. ¡92, n.° 1264,_ e<br />

, por Maittaire, 2/ parte, pag. 61,o, , e, este com mais extensão<br />

dlfique -costuma, O.Cát,; H I H Museu Bntannico: a<br />

menciona,-è assim Hain,: posto que ^tivesse incompleto o.<br />

exemplar que tinha á vista jTáo que pareêe edição1 diversa,,de,30.<br />

linhas cada pagina çheia, quando 9 mosso -conta 28 11. cadima.<br />

I Agostinho Rilf litteràtoffl medico italiano, .pascidS no<br />

cômico do 'XVEXeèulelH medico- do «Jr-<br />

; diizni- alguns tratados,, ! dé GallenfS A obra


130<br />

IXUmh^SS Wfflm H H H H<br />

, . pormenores ¡.Miaoraes ;|ue enewa,. - !<br />

• B H ou dç Colmes, M ainda dç Colime* im<br />

« • • H l eJíp0Sta ' S B S i 1 vmva de H<br />

ifflefflffll<br />

H B H H i H H H i ^ B H f f i H H<br />

^ ^ B B B i W — W M M<br />

hBnShBI a M M em H H oíde I — l i<br />

D B U • HHHÜ HHHH<br />

HUH1HW livreiros; mas jJ§m iJjÉmpnmíra em Paris-<br />

I h h H h S H B I • H n H I ^ H ^ H<br />

H- e muitd B entendido B H n^'sua i " "arte M I — H H typoA I ..."lí o 1<br />

m ^ B w t t m m HHI | M, l<br />

ç&enm, H Hwiiam '^ilgi alhuür.A. M »eu H H<br />

SÊÊÊB «? B 9 B (na g H r a M B H<br />

I H I54? - BiHHttaHi H lhe m a — w<br />

titulada &ri*inmaí


131<br />

lii Ruremundensis. Aidditis àd. calcem I. Iohannis<br />

Scoppae in eüdem adnotationibg.<br />

Venundantur in edibus Iodqci Bãdii Ascensii<br />

cü priuilégiis p'rimarke; àuthoritatis...<br />

. Sem 1. de impressão. A data vem no fim, na. referenciai<br />

ao privilegio concedido a Badius paraa reimpreçsâbY^.iâm<br />

pnmü m Rranciâ imçréssis; süb Èaschá. Mf Í3SXXII1. Vt<br />

patet in diplomafé âic- signato. — L. Ruzéus. »<br />

In>-fiV de 16 ff. preliminares sem Oumeraç&o e ei-xim,<br />

; nljmerâdas, de texto; largas linhas de imilressâo por caract.<br />

romanos, lettras "eap.;e initiaes 'ornamentadas, "não';fiblõfidas;<br />

chamadas nas margens ; registro.<br />

.. •*» 16 A pi" e l- eontêem: no v. da a. de rosto uma dedicatória<br />

de Iodocus Baditls; nas,$ seguintes, ., r. e metade do<br />

v. da 6.', em 4 í8lümnâs,''à TaíuíãHn Pérsil c/mtnentâríoi;<br />

no resto da 6.' fl. uma advertência de Philippus Beroaldus,<br />

&. ¡-nas 3 ff, seguintes ê.*. 'da 4.«, eni toda aláfgufa das paginas,<br />

o Preàmbttta Auli Persij fflaáí; a Vita Persit dit 'Joà


132<br />

>19 J & N.° 49. — D. Erasmi Roterodami Divae Geiiouefae<br />

prsesidio à quartana febre liberati Carmen<br />

| uotiuum, nunquam antehac excusum.<br />

Parisiisy excüdebat Christianus Wechelus...<br />

i-J" Anno M. D. X X X I I .<br />

In-8.° peq. de 4 fF. inn.<br />

A fl. i contém o titulo ; entre este e as indicações da<br />

edição acha-se a marca do impressor. O texto começa na fl. 2<br />

e vae até a ff. 4, r. ; no v. d'esta occorre novamente a marca<br />

do impressor.<br />

A impressão do texto é feita em typo aldino ou itálico,<br />

excepto as palavras Genovefa, que vem repetida seis vezes, e<br />

Francis ci, que figura uma só vez, as quaes são impressas em<br />

typo romano maiusculo. As iniçiaes de cada verso e todas as<br />

lettras maiusculas são também romanas, sendo ornada a capital<br />

— D —, pela qual começa a poesia.<br />

Esta primeira edição não está descripta nos catalogos que<br />

a Bibi. Nac. possûe. Panzer nos seus Ann. Typ., e ó Cat.<br />

Bibi. Mus. Brit. citam outra edição do. mesmo annò, Friburgi,<br />

1532, in-4. 0 ; além d'esta nenhuma outra vem mencionada.<br />

Christiano Wechel, natural da Allemanha, estabeleceu-se<br />

ern Paris com uma typographia em 1527; é afamado pela<br />

belleza e correcção das suas edições dos autores gregos e<br />

latinos. Falleceu cêrca de 1554. "O catalogo das suas impressões<br />

appareceu em Paris, 1554, in-8.° As marcas typographicas de<br />

que usou vêem reproduzidas em Silvestre, sob os n. 0B 464,*<br />

596, 820, 921, 922, 923, 924 e 1178. O nosso exemplar traz<br />

no titulo a marca n.° 921, e no v. da fl. 4 a de n.° 596.<br />

O volume exposto traz na guarda o ex-libris de Barbosa<br />

Machado, com o n.° 2891, e pertenceu depois á Real Bibliotheca.<br />

¿0 3 Û® N.° 50. — M. Fabii Qvintiliani, Oratoris eloqventissimi,<br />

Instifc^tionum Oratoriarum Libri XII,<br />

singulari cu m studio tum iudicio doctissimorum<br />

virorum ad fidem vetustissimorum codicum<br />

recogniti ac restituti. Eiusdem Declamationum<br />

Liber. Additae sunt Petri Mosellani viri eru-


133<br />

diti Annotationes in septem libros priores,<br />

& íoachimi Camejarii in Primü & SecundüJ<br />

Quibiis & acqéssit doctissimus, iCõraentarius<br />

Antonii ."PinBPôríodettiôei in Tertium, nune<br />

ipecèns editus. Cum Priuilegio.<br />

I (Jfsfe/á Vascosani....<br />

' M. D. XX*XVIJÍ.<br />

16 ff. inn. .<br />

A fl. X inn:; "contém o titulo, ingresso em Wfcterft TO'- .<br />

mánòs,_deAtro de utná moldura gravada^em madeira<br />

IJa fl- 2 BB I ima epístola J5>&íp* Mirins .. Muhaeí Va&osanus<br />

..S°. /.>., jiatad.i !'dt '•< . ¡rf. Iunms rejM ttá-r-'ffi'<br />

D 3 mng.oeçorre M Fab'a Qvintihmi\vita., no V d'eáa tiltrma<br />

e no anversq da seguinte, acha-se a^Tikmlcfccafitvm InstituhôMm<br />

Oraloriarum..., impressa a 2 ¡Sbi.,- ^ifjjfe-^ifc<br />

E B » fl. inn. HBH^BB^fln^^^^^fl^^HB^H<br />

Vola S, impjeift. toda em typo romano maiusculo<br />

• tAs Institut. 'orêfh, con» capitães ornadas e annotaçqés mar-<br />

I s : E H fim d'esía iíSmÊí 1:1111<br />

Kí^ophao. Na fl 187 vem reproduzida a moldura do frontispicio,,<br />

trazendo nífí centro M içarca typogiaphica usada .<br />

Badei n *JBA de^ilvestre&cinla da marca typo^phica : fsé¡ '<br />

•I® 0 titulo : M Fabit QvmtilmMmràtoris'eloguèhhssimi De-<br />

Wmmationes mStiW^fái; Hg abaixo t acham-^Bepfetidas^ as indM<br />

fós®* do frontispicii^»guese o texto dás declamações, de<br />

ff também com capifsujsj ornadas, mas sem anno^<br />

taçõg^marginaes-As 34 ff. segmntsá| contêeift" SânnoMâes<br />

de Pedro Mqsellano e de Joaquim Cameradgga 2cols. JSggl<br />

Miem se 33 ffMjfc nota numeraçao ;cpm os ctoimentamns de '<br />

primeira SEsSus folgas vêem ainda Vepro-<br />

|B£3B| moldura {¡d marra tvpofjtfehMBab indi<br />

edição ja mencioftaHa® ,*a impressão díeStÃfcommentarioá^é<br />

»ta a 2 pois As ,i6 JK mn do fim égiàtêem um indi^ alphabeticodos<br />

12®^ ãas.Inshtut Orat, a «ols No v daí<br />

ultima fl gljgorréíamda a marca trâ&HPhica<br />

A impiSs®® feita em t^^&jifemanqs de divâáp&tâ>- :<br />

manhos,. sendo prinçipalmehteidigna de nota a do tako da < '1<br />

Sficjamações, que+e um verdadeíno'primor de mti&eS^ o tjpÈJ<br />

¿pequeno, é mujto elêganfe e perfeitamentgj,igual<br />

Miguel gycqymo era. :giniid':dé Jodocus Badi^a^S»cunhado<br />

de Robeftp Estevão La^ÇailIe, na sua Htst áe


134<br />

l !mpr, ft ,le la nór-, diz. q® elle era livreira jurado, imprfJfpi:,órdinarÍQ<br />

(io ^rei é um. do^ mais; celebres e mais no-"<br />

faveis livreiros e írfiWessoarçs de Paris, tanto ítótó saber, como<br />

péla 'íMé^^LV â maxima per<br />

feição.<br />

traz na guarda o Sm~li}'rís 'de Barbosa<br />

Maeh.-uío, cr.-n o n."-^^;. e tó "frqiífspcíõi abaixo dà'<br />

data,* 1 occorre a s'çguint^áta matíüíòriptà : £x %iil. 'VÊM<br />

CarJonth-l tf 1645» %<br />

N.° MijSjf M.^yfJ; Cieuronis Opeía. Éx 'fetri<br />

Kctorii eodieibus máxima ex parte dèscriptà...<br />

EiVsdett Vfctorii explicàtiòneS snarum in<br />

Cieeronr.m, castiVatronum. Index re'rvm 'et<br />

verbòrym,<br />

Paxisns. vffiemeu Roberti Stepham,<br />

M.I>. XXXVIir. - M.I). XXXIX.. 5 tems. em<br />

2 vols. in-fol.<br />

• S m . l ,traz, no principio 8 ff. mn. A primeira fl<br />

H O | fituló. géraj


135<br />

Os ¿«ufes das j :partes trázem táinbem a luesma m&ra<br />

typtigràj)àirai quâ^ yêsjia fl, de rosto da ï&jsc^ïo.<br />

préSeàte f jdiçaQi iiïiptessa -em 'ty^psSfe romanos «Ai<br />

eapitaes -ornadas, e m>;avei pela «-xet-tn*.«» typographicii..<br />

-ap texto, é reimpressâo ¿o da Sedí^So 'âgS; Jant^-,<br />

píforr/ffs. in rffic-. f.iti&fr/IM. JunM\ 1534-37. 4 vols, in-foi.,<br />

que 'inira siiio e*pi:rgad.o-fefeo-rrec t


136<br />

.«, Un goût sévère Isè fait remarquer dans toutes les éditions<br />

de Robert Estienne. Ses, caractères, • avant même<br />

l'emploi des types de Garamond, gravés d'après les belles<br />

formes romaines, sont, bien fondus. Les seuls ornements qu'il<br />

se permette, sont ces belles; lettres fleuronnées dites grises ou<br />

criblées et quelque vignette en tête des livres ou des cha-pitres,<br />

reproduisant avec le goût de la renaissance ce que les<br />

manuscrits de Rome et de li Grèce offrent de plus beau eh<br />

cè genre. »<br />

O exemplar que expomos, e que pertenceu â Real Bibliotheca,<br />

confirma estes elogios.<br />

î n^ 52.— 0hsaïpos the íeaàhnikhs taí2sshs, Thesavrvs<br />

graecae lingvae, ab Henrico Stephano,<br />

_ Cf constructus, in qvo, praeter alia plvrima, quae<br />

primiis praestitit, (paternae in Thesauro Latino<br />

diligentiaè semulus) vocabula in certas<br />

classes distribuit, multiplici deriuatorum série<br />

ad primigenia, tanquam ad radices vnde pullulant,<br />

reuocata...<br />

Henr. Stephani Oliva. ' Cvm. privilegio<br />

CaeS. Maiestatis, et \ C'hristianiss. Galliarvm<br />

Régis. S. /., s. d.y ; 5 toms. em 4 vols, in-fol.<br />

: A il. de rosto tràz a marca typographica do primeiro<br />

Roberto Estevão descripta em Silvestre, Marques Tyfiogr.,-sob<br />

o n.° 508 ; no versd d'esta fl, : « Henrici Stephani Admonitio<br />

, de Thesavri svi Epitome, quae titulum :Lexici Grsecol. noui<br />

prasefert », impressa em itálico. Seguem-se depois : de pp. 3-6,<br />

a dedicatória do autor ao Imperador d'Allemanha Maximiliano<br />

II, a Carlos IX rei de Françá, a Izabel rainha de<br />

Inglaterra, a Frederico Conde Palatino, a Augusto duque de<br />

Saxe, a João Jorge marquez de Brandeburgo a varias academias<br />

d'esses estados, e majis duas peças em verso; de pp.<br />

7-8, « Aytorvm gr£ecorvm Cifealogvs », e. très poesias. assigna-<br />

. das Th. B. V. dicâuit; de |pp. 9-20, « Henrici Stephani ad<br />

lectorem epistola, sev prsefatio... » ; de pp. 1 - ix, « Scipionis<br />

Carteromachi Pistoriensis oratio de laudibus litterarum Grsecarium.»<br />

; de x - xi, « M. Antonii Antimachi de literarum<br />

Grsecarum : laudibus oratio, in Ferrariénsi gymnàsio publicè<br />

habita »,; de .pp.. xnxx, « Ex - Conradi Heresbachii ora-


137<br />

tione in «jcommendationeíii,-Graecarum literarum, ,e4cerpta ».<br />

D fMÍRümte traz '° 'it^c 1 do tomoJ^^S-cQmprehendBs,*-'*'<br />

•BI^'iAVií^Jaft li abrangájjs hftl-fl, ma fl et'm'\<br />

¿jiinte -'aitóitulo p-ccorré. uma; advertencia « Lectori hyivB-<br />

lll'í Acharo sel encadernldps. em um ísó<br />

Volume^. o mwMénilas- lettras n->£i o jy, fcomprehende \<br />

as*tettras 4> - Q É^g quaÇro< tomosgíoímam b dicctonnano<br />

.propriamente dít®'^<br />

I O desftgnaçao, traz «Ititúli «Appendix<br />

TÜ® 11 ^ 111 !- ¡í: S'Sgíié-' : V<br />

SHsS^BI Inde* prhesavrran lin^ft gfécae, alfcHeiiric|ÍJj<br />

gèphano ^âjistructum », que intern todas as palavras gregas<br />

pi^Wi&poRrdem^aJjhabetláa^rigorSsa 1 »^ 1<br />

jHgfa «ltima fojha, i^Baixo das cois 211 e 212, acha-se o<br />

jRjgKtrd .Compilo cfaSt 5 'tome®, ,<br />

. p„ A disposição das palavras no diccionario não segue ¿ip<br />

ordem ;jpphájteti¡jy rigorosa. J^Rutor julgoüj mais acertado<br />

ISWCãrJag-^ãltyj^Mimiteí^Sou derivadas logo em sfeguida<br />

H|uas respectivas rSjfllBu Sjb4Mpnmitr^S|¿|tár mnof<br />

ÍSSBP* de utilidade para oífettido^rofulido da lragíiaMgfega,<br />

tpraáffipjum íncBvenieuá^ para B pnncipianl3|Bexigm o<br />

||Í&çnno .do in¡4|M em ord,em r .. ' . ^j&qual 3 (pnmejra<br />

vista parece descabido em juni 'diccionario; Q prbprio iíntor<br />

jjtjífebu èssê acarescimo uma^advertenRi^qu^Slê no<br />

coitíeço da prima», parte do irrâiçm# J<br />

Çopiq&rtáe^ifento d'erfobrj^Sptuma juntar áoutrlE..<br />

fío nttVmo ultóbr :<br />

•1 I HH /. ¿l0 3 Q<br />

— « (jloasaria dub, é- situ vetustatis ertftaBBad utriusque J*<br />

Imguas pdgEitionem loMplejtífionem 'páijjtilia Stem de<br />

Atticjpimgu® seu dialecti idiomafis'éommemt. Hem Stepliani<br />

Utraque, nunc primtai in puHicum prodéunt —"lB5¿Ssl¿bat<br />

Mem^sWfrnanus Jtfr D> L%XIII » In-tól *<br />

rrv®. /¿rçj«« appareceu pela primeira veÉ *<br />

em' 1572, nos exemplares que trazem esta data se lê,np|itulo,<br />

dej. 1 .yTOSS?.-. x> seguinte « Thesaurüs tótôri Nunc ahfck<br />

mtreM^vestigia nostía ^gsquantur: :Me dut^;' plana ;v«Sa<br />

quae 'salebrosá '„ffiit.,<br />

Márs tarde ''ápijarecerarir outros e.\e!iiplÇsfeppn<br />

data, differináfe, xiíHrormmfcs, e d\z-,se qíte também<br />

exiátem. oatPfe com aí data MD LXXX<br />

i»o|s£%p6mplai nfclgíii®» data, e differed Jp|§|>rimei(-bs<br />


1S8<br />

idem "eompeníilium àffert dispêndio agitar in ea qn:t: proximé<br />

sequitnr epistola. — 2.\ 'embaixo da oliveira, Ao higur oecupadb<br />

•pela daí'a, •;tt?barst- u Ilenr. Stephani Gliva»., e hão tí Excadebat<br />

Jfer.r. jStephàmis como se lê nos.de<br />

DeterminGmiínpppEa- adata.do- exemrilarfexbòáto. Br.mét.<br />

&poÍ0.1)df%£ el?sgrv®ç®gg de Maitíuin-, é de op'ViAo que<br />

-hyuve diífts uliç.jo* differQiite*, iiir.4 dê- 137?, t a|£$r.tr:i r*:m<br />

data i e jiíiga que c?ta, última é ípôsterK>r a qpoca ena<br />

que ^sMula publmou o -seu V7 * .mo do The-smtrus de<br />

H,epr. ÊMcvào. Kin íilmno ílUisia opinião vC-em as segciinttV<br />

paia^a^ que s« U:eui na jlrftwnitic do verso da fí. dt* roBtõ<br />

tio 110S-0 esenipliir « ííÉfe , er.jm ^orvc(tâQnes?et ttui-menhtliottfS",<br />

non hi:iiésteifass, e Firmin Did@t "pSí, antes úVlle, "Ms<br />

Obwwatque<br />

occorrem no fim de um volume de «aa» Paris,<br />

1834, m-gl, Jiènsam qae fesm» Junra Sí> edição "Si sffunda<br />

mentos -dVnta opinião 'são os soguin-tos':<br />

x ° A pubíicacão d6 ^hesitUihs %efr9q|í|liò®do tfc"<br />

«•tfríás do "ifrijjréSSdr, é'ò<br />

RveriS HenriqjR L'JI'BgMlillo'tinha meios nem necessidade<br />

ds fazer nova- edição; 2."H folhas reimpressas «ta 'distribuidás<br />

eqm desigualdade «m todos ijxemplarsi em fiMbram int<br />

tmiju/.ififlí. na limitado, e em taijos osfaemplares<br />

; exist^%ten(fi partes qte ¡pertirfgáíh a edição de 15 7 2 J ' e3fB:<br />

IOÍ"|ílÉÍilÍO?"ÍtÍBiM / oneres» ,-d« muitas falhasv eín numèr®<br />

çUfóiguaia,. 1'oi -fe-ita-ífiaira «ompktar cwniplaris, repárçíidtpse<br />

modo '«^os de 'efflita nai %i?agem ou\pèrdas»«»das<br />

por q(uvlf|tu>r acciciinte; 3." ei ho-.ivusK- .soguirtia edi^j;^:<br />

uutor l-nria «i t:t;s^iriim>ente Ibilo as (¡írret.(,'õfs t: eiiunáus in-<br />

«)ispi'Hsavois. que ,promettto.jptiiMiear.-á. partemas -estassel®<br />

recções não eB60Wfram tid|i:esenaplpiras .«sem tdataj 4,'as<br />

paJayras ¿0 autor, 4ue parecem indicar edição f estertor a. Í1572,<br />

"• ÍÉÍs)Íg$W i' Henriq'Vie , Estevão-, -tendo . feito uma<br />

dáspeti -eíínsideraTOl « infruotifewiffjpa» ®nípletar bs<br />

extapiar.es, justou náo offender a verdudc •qualifiiaiu-io-a de<br />

sígHni ediçsaj com e que procurava çobrir o iefetit.


189<br />

Não obstaritè todo p peso d'estes argumentos, pãrèèe mâis<br />

acertado admittir a existencia de' segunda edição, á qual pertence<br />

ó n^oVexemplar, *s"éguirido assim a opinião dê Brunet<br />

e de Maittaire è aèçèítandò o testemunho- doproprio autor.<br />

Esta edição é posterior a 1.5 8o.<br />

Em relação aos exemplares datados ; dè 1580, Renouard e<br />

Didot pae julgam què, si de facto existem, é uma simples<br />

fraude 4e livreiros muito frequente no commercio; reproduziram<br />

o titulo com uma data mais moderna para fazér acreditar<br />

em nova edição.<br />

Aã duas edições não trazem lugar dè impressão ; mas Ô<br />

autor dõs .Aíriíiales- de V linpr. dês Èstíeniíe - suppõe ~


140<br />

N.° 53. •— Isaaci CasaÁ|ljoni ad Polybii históriarvm<br />

Librüm Primum|f;ommentarii. Ad Iacobvm I.<br />

Magnas Britaniae Regem Sereni^simum.<br />

Parisiis, apud Antònwm Stephanvm...<br />

M. DC. XVII... ,<br />

deSfiS 212 pp. mrn.<br />

:;N§: fl. -fié 9>sto|*S)tie a^marca^^^feàpffiiHdos Èsté-<br />

A l f e m legenda « H altvm sapeje x „^leguem-se de<br />

PP- Í. m » uma epistol^W^M) frimtil| 1. de Gráyèlle, Dy'<br />

Pin, Iflfe», e, no verso da -pàg. iij-ísídÃfltítoremi monitvnj<br />

» O jjfx.to,'sob nova numeiação; v|lÇkt?a pag. 212, na<br />

Ü ^ H f f l i um extracto do privifegíMoncedido, em 22,<br />

dè ©êzeihlro de 1616, a(,Çlorencia EstiennSvrava de Isaac<br />

'Casaubon.<br />

A mapf|S||P|è 'feita em ty)pò ^romano ,com algumas capitaes<br />

ornadas, as citaçffes do texto, ide Polybio impré&as'<br />

em cara ctètcíte^^ffim-^ireviatums.!'.<br />

. ..Antonio EsMag, filho de Paulo em Gê 2 }<br />

nebra étn 159^ e falleceu no lái^ital id^^^^em' 1(174. -EÍ"<br />

^fcerecendo-se^n^a ultima cidadã *'§fi^typ^aphi|8<br />

durante mais doflímcoeM annoJaBu-upando^utccssivamente<br />

^^teírg^s dp ii$imá^@i«|i rei dês^Sióis, adjunto da eommunldade<br />

dof impressores *éra'' 1626, e syndicahém 1649<br />

Em 1664 deixou de imprimir, tendei' 'passado «por grandes;<br />

emíaraço^ícioínm&mes : seu filho Henrique, tque olatrfera a<br />

seíbrevivencia rígj$Sa£go de imA^br do Têi, auxiliou-o na;<br />

desgraça, fall|»ndj||Breiii estall® 1661, Antoijfl^EÍstevão,<br />

•111) Jia v «iSria/peideu a vista e VeiuKmorrer no hospital;<br />

na^idailB. de ^a annos *<br />

Entre as sjíá? ediç^gtisitâm-se* como melhorei : as^f^âr<br />

' ! publiêítdàs.'- pbr Frimtnn


141<br />

No V. ;da fl. dei rosto traz o ex-libris do Abbade Barbosa<br />

Machado, com o n.° 2,753 ? pertenceu depois á Real Bibliotheca.<br />

N.° 54. — Histoire des plvs illvstres favoris anciens<br />

et modernes, recueillie par feu Monsieur<br />

P. D. P. Auec vn Iournal de ce qui s'est passé<br />

à la mort du Mareschal d'Ancre, sur l'imprimé<br />

a Ley de, chez Iean Elsevier Imprimeur de V Académie.<br />

c IoIocL XI.<br />

In-12 de 8 ff. prel. inn., 514 -121 pp. num.<br />

0 titulo occupa a fl. 1 inn. ; seguem-se 6 íf. inn. com<br />

uma epistola


138<br />

Bíüiiet considera a m->%a--'ed!çft.o e outra de í êóo/ que não<br />

enôpfeírámos desertpta, lts reimpíjlsâes" da & • 659,<br />

in7i 2, gue para BjBijR mais procurai® 11 M a miSBaffiR de<br />

ej^ântrar-Selfi Outra edição deWMi 677PIFV«|ÉSri-T 2,mB<br />

||||1£ por Lciii\í'ê4-"teiji j óúe© va&r^-,<br />

Barbfi dá a eâ"iç&© de 166 ijKBSjSmpressa à M^wÊÊm<br />

f.imprífr *',. Jean --Aissini. |||^imido esta,<br />

-opiniâa-é a indicação de Bruoef, TOvemo^ cepsidôrar a edição<br />

exposta 1 èórto. uma çoritraíkeçla da -de in-4. 0 , fèita. em<br />

Paris pyr u::', Ii.vct-iro (.ini 1 ^'(:lo. aimki apptirç-i-ea<br />

«.-siiui»;;! com o. titulSi;' ífe&feÁitó^<br />

M. /). /'. Ami/0-ãam,. An/. Af/aiitfr (/ 660; ¡11 1 H<br />

Faz parte da, coUecção Manuel F-prr.eir^ Ls)gds, adquirida<br />

WJa» Bi^ptli'eca^^^Sal em Março" de- iSrefrí<br />

N. ? 55•• Cornelius Ncpos De Vita exeellenr<br />

tium Imperatorum. Ex reiognittone Sstegh. Ãnd.<br />

Philipp^.,<br />

Lutetiae Parisioruw, Typis Josephi B.arbou,<br />

M.DCC.LIV.<br />

In-12 de 24-342 pp. num. e mais i inn., com i est.<br />

gravada a buril.<br />

No começo do yolume, de pp. 6-24, acha-se uma epístola<br />

« Dionysius Lambinus.v. Errico-' Valesio », datada « Lütétiae,"<br />

â. d. XIÍ. Kal, Êecemb. Anno à Salute hominum genéri data,<br />

M.D.LXVIII. » Seguem-se depois, sob novà numeração: «Bè<br />

Cornelii* Nepotis vita et scriptis" ex j&erárdi Jöannis Vossii,<br />

dê Historieis Latinis, Lib. I. Cap. XIV », de pp. 1-9; « Auctorum<br />

aliquot testimónia et judicia, qui Gornèlii Nepotis meminerunt)),<br />

de pp.' 10^24 j « Séries excellentium viíòrum,<br />

quorum vita a Çórneliò Nèpo£e scripta» estpp. 25-2,6. Äs<br />

vidas dos varões illustres oçcorrem, dé pp. 17-263,''e nó fim<br />

encontram-se : « Gornèlii Nepotis iragmenta, quae fèpèriri pptuerunt,<br />

omnia: olim summq Andrése Schofti" studio ? collectâ,.<br />

nunc récensita, emendáta, & álicubi aueta », de pp. 265-288 }<br />

« Ghronologia Impp. Graecias apud Cornelium Nepotem, oíini<br />

• ab Andrseá Schofto concinnata; nunc passim correcta, aueta,<br />

& interpoláta. Accesserunt Series annorum Catonis per éumdem<br />

Schottum: & V. €. Henrici Êrnstii Ghronologia Historias<br />

T. Pomponii Attici », de pp. 289-324; « Index rerum singu-


143<br />

rií ví^JNf Iwlot editienum; Comelii Nepotis<br />

de Vita. «xcellentium ímpetatorum u, pp. 34o-,42. A se<br />

lute 6 ' H B eensoris * Regií approbatio, datum<br />

Soucha^ Prll 'l 74 ? § H H pot jotó. H H<br />

• A estampa, gravada por Et. Eçssard segundo e N Cocfcm,<br />

representa yma apotbep^, aa autor, çujo husto, dentro<br />

de um escudo, se, aqha sabre ijçn^ columns, sustentado por<br />

jffljos. A composição, elegantç e . piuito nitida, è girabiiente<br />

ieita em typo, efreyir, cop capitães orladas; no copieço das<br />

£5 piographias ¡qecqrrem vinditas gravadas a buril com os<br />

" ,,t , os dos. íçirões biographadcK, o nesta partp dâ'Wito' ha<br />

também algumas ymhètaS li mus.<br />

J03é>Cíerard Barbou perteíce a uma familia de imprestóes ,<br />

notáveis- pela correeSab 'e elegáaefe: de suas edições.' O primeird-d-elles,<br />

João Barbou, estabeleeera-sè em Lyãó: Hugo<br />

Barbou, filho do precedente, teve sua officíaá em Mmogts<br />

Uutros membros da • familia , estabeleceram-se ett Paris no<br />

começo do seeulo XVIII, como impressores i livreiros; mas Èâo<br />

pouco notáveis.<br />

I J^U , Barbóu §«ccedetj-lhes em 1746 e ligou seu nome<br />

a uma bella collçççãq, dè clássicos latinos,í.iionstante de 76 vols.<br />

m-i 2, da qual faz parte ô gxemplar exposto.' Diz-se que foi<br />

o atteade Lenglet-Dufresnoyquem projeètSu reimprimir em 1743<br />

as Relias edições elzevirianas dos clássicos latinos Jíriíciada a<br />

publleaçaô p0r uma sôciedade de typographõs,' foi mais tarde<br />

eontinuada por Barbou, qué comprou , as edições já publicadas.<br />

U nosso exemplar traz nã fl, de rosto .a márca typographrea<br />

aos Elzenres coitt a legenda Nm sotus.<br />

A José Gerard súceedeu seu sobrinho Hugo Barbou<br />

em 1,789, e por morte (1'este a officina foi adquirida por.<br />

Augusto Delálain em i.808. . *<br />

0 exemplar pertenceu á Real Bibliothéca: ^<br />

N,° 56. — Puhlius Virgilius Maro. Bucólica,<br />

Georgica, et Aeneis.<br />

j Parisiis, in aedibus Palatinis, exeudebam<br />

. Petrus Didot, mtu major. M.D.tC.XCVIII<br />

Reip. vi. .<br />

In-fol. gr., de xt^gjr pp. num., com 23 magnificas 1<br />

gravuras abertas a buril segundo Gérard umas, e segundo


144<br />

GifodeWratçjs Bella^edição de luxo, imp*d|a f c |P rl 4|fV de<br />

irrèprehei*ivel nitidez, em. M U M M , redondoa^optra%,<br />

papel, largas maarg(S)5.H I HB^BHI<br />

Só nc|p| exefitolar »xr^pp^prel. gontêemáama, adverteheia<br />

d,o editor" {'Qfia^-M^ Sp?" S. D<br />

A respéífo fláp ediÇão Bru^eflH|<br />

« fdiçao lao&commeiMajH pela iuígxtrema JSbrrecção<br />

¡¡t>mo í&a'' -iBí^l^^iiâ^^pS.^t^^^po^íiíS^^I<br />

H gravuras,


145<br />

* Paris, uma "das&idáaes 'do velho mundo éiii que primeiro^<br />

®f*eieieeu a marávnhdsa arte de impressão e onde ellâ.<br />

pfcHfegou~# mais alto grau ikfifeerfocQamentiS 'esplendor,<br />

muitlf* deveu a família Didgi'umà dressas afamâ^as familias<br />

de typographe®, cujos îloiHes^'se perpëtuahi na historia e se<br />

succ|lift por longa sgrie' de l)iac#g como $s dos Ëstevaos,<br />

•doS Plantin»_d|||iElzevi^St^®« Juntas, dos AlfiKgd®<br />

GíyjM? mm fc


146<br />

Barbou, ^ Coustelier, Lottin, Anisson Düperron, guilhotinado*<br />

como aristócrata ; Momoro, guilhotinado como demagogo ;; e<br />

fecharemos ésta longa nomenclatura por um dos nomes mais<br />

gloriosos da typographia fránceza, o' dos Didots, cujo estabelecimento<br />

como livreiros era Paris remonta ao reinado de<br />

Luiz XIV; o peso d'essa nomeada européa è nobremente<br />

sustentado hoje (Deschamps publicou o seu Dicc. em 1870<br />

na casa Didof) pelo nòssô respeitável e douto editor, o<br />

Sñr. Ambrosio Firmin Didob, nascido em 1790 (a 20 de Dezembro),<br />

tão excellente bibliographó, como hellenista erudito<br />

e ardente colleccionador de livros'e estampas. »<br />

O artigo que consagra a ésta familia ou, antes, dynastia<br />

de impressores, o Diccionario universal de historia y de geografia<br />

(México: 1853) é tão compendioso e succulento que não nos<br />

furtamos á tentação de o transcrever na integra:<br />

« Didot: familia de impressores-livreiros, francezes, que<br />

muito contribuiu para os progresssos da imprensa em França:<br />

o primeiro d'esta familia que se distinguiu foi Francisco<br />

Ambrosio Didot, nascido " em Paris em , 1730- (Janeiro) e<br />

fkllecido em 1804 {a 10 de Jtilho). Estabeleceu em sua .casa<br />

uma fundição, de onde sahiram os mais formosos typos que<br />

até então se tinham visto; inventou um instrumento proprio<br />

para dar ao corpo dos caracteres uma justa proporção' e publicou<br />

edições admiraveis pela correcção do texto, entre<br />

outras a colleeção chamada D'Arto.is,' em 64 tomôs in-i8.°,<br />

e uma Colleeção de clássicos francezes, impressa por ordem de<br />

Luiz XVI {para educação do Delphini) em tres formatos,<br />

in-4. 0 , in-8.° e in-i8.°<br />

« Firmin Didot, filho do precedente, nasceu em Paris<br />

em 1764 e' morreu em 1836 ; trabalhou de accordo com seu<br />

irmão mais velho, Pedro, no aperfeiçoamento da sua arte e foi<br />

o primeiro que fez edições stereotypadas, em 1797: entre as<br />

suas edições estimam-se sobre 'todas Virgilio, - 1798,' in-fol.;.<br />

Horacio, 1799, no m esmo formato; os Lusíadas, 1817 (edição<br />

do morgado de Matheusy, a Henriada, 1819. Firmin Didot<br />

cultivava também /.às lettras; devem-se-lhe expelientes traducções<br />

em verso das Bucólicas de Virgilio, i8o6; àos ldylios;<br />

de Theocrito, • 1838, e uma tragedia, Annibal: foi eleito deputado<br />

em 1829 [aliás 1827<br />

Completando estas indicações biographicás. áccrescentaremos<br />

que Francisco Ambrosio era filho de Francisco Didot,<br />

primeiro do nome, livreiro, amigo do abbade Prévost, de<br />

querii publicou todas as obras. Nas ¡oficinas de F. Ambrósio<br />

é que se fizeram, em 1780, os priméiros 'ensaios em França<br />

de impressão em papel vellino.


147<br />

Deixou dois filhH Pedro FrauçiS Didot m$is velhcM a<br />

¡fluem cedêia a sua impren® em 1,7®, e Firmin Didot, seu<br />

IfltaÇptei: na fiindição^de typosJ^p6sfe já distingis na arte<br />

em vida me^mo do pae<br />

Pedro, nátayél, al^S'dp niáfij pél•795! fixando Jres filhos. Pedso Nicolau Firmino Didot<br />

èdiç8«s d^^S^íifíMy^P ¿«¡^||SR'i¥ot B H<br />

inventor .díipÍRel Mn fim, e Henrique Didot, hábil gravadsj'<br />

.e fundidor de ifypo^ inventor de uma fôrma especial ( "fôrma<br />

meio da qual^Mundem d'wna assentada<br />

¡¡¡gfa I5j*caiacteresj ousignaes typogiaphiclê, pára as edições<br />

cliatnadasMiíicrosçQjiiças.<br />

¿t*' FWibSéWrê 1 outras tejàsvq;u8|iiiprimiu, dffu'das Tailés:<br />

de logarithmes dèXallet uma èdiçãò sem o meii® erroSJ<br />

DaSja de 1.7tá;&átá,bãíecime4 i tó. d'esta tamiiiu cm 1'aris-.<br />

: jegUndo 0 Dtciton -uníi&rs des ContemfiorUfns de Vapereau<br />

Gregoire todavia, 1 1 1 . ' ¿ ' • B " t, de fyifrgríififyk, & ,<br />

tf-remoBr a nomeada da familiaMKannoS de i^ffl-1757,<br />

•desde F<br />

raiic isco Didot, da. co)inmlmdade -dos '~li~jreiros<br />

Ambrósio FirmingultiiíSi representante da familia, filho<br />

do deputàd®'irminà D i d o t , m e m b r o<br />

rioeas tradições


148<br />

díffiàrtèS^ imprimir ní cafifel díi lrançi, CQlrto-||k\oiita9.|<br />

'Sais elevado grui de aperfeiçoamento de qu%rá isu$«eptivel<br />

'ÎîïSï'il&if^Bïtdtf €1- P-<br />

H » ' ' 1 B ' ""ríe l ' • lu ado'q3tftí|<br />

Lottll *» , » í" 'í 1 , ' "r ' ' ""<br />

qfcdeven® "a bella edição de Vmgilií), Nle flue a -Bibi 'Mac<br />

MB^m-jatenfelâ^B- '" ! i ' ..ftcjfía edtóo,'J||uma<br />

dí 1 olpfcprimas, para empi'egariSj^lî á%gpi@ 1 teb'- |e Larousse !<br />

qie subsistirão no mundo rio num®ro£lp' m is bello: ' motiuhonrajg<br />

. nossa, pátria. Este homem tão<br />

de 1853. »<br />

N.° 57. — L'Imitation de Jçsus-Chri||jj<br />

Paris, L. Curmer, 2 vols. ¡11-8.". gr.<br />

« i<br />

¿ Edição de luxo,"'ornifl¡^®> vinhetas'e molífi<br />

efetas e diversamen|¡|||>taidás, ^®Hvariado^H'dí^nhos<br />

para cada pagin^,^ %. , t»<br />

: : fecedem aíopKírol. 5„ff.;inií., qifg»^«« 11 - !><br />

H titulo VImitahin,%e Jesus Christ, em um oval, dentro de<br />

ulna vr.iliçta^ — i! 1, v , as m^njKões Chro<br />

çfat— P a n s - e m gira<br />

vinh#â "encimada jior um chapeo, epi|fppal jpitenfcado por<br />

düas figuras lateraes, que representam'a fe e 0 *'un nPr.<br />

— fl i $#3itaa :'k i flãaÉá ; ;iaaWB®' r^®ítro;-um^iaço<br />

completamente em brinco o-v Weüfli 11 g o r ^ ^ H H<br />

acham sé em branif. - 1 fl 3» v É|? m P ortlc0 |¡B£Si 0 "5 a<br />

mentadoMsfcm varias figura*, fflhp qualité em um raH<br />

¡ — M<br />

fl 4 1 outro pflrti« também ornan¡te1Bd8 ¡tid/pial {gcprrc<br />

o'titulo "Ida oval, —fl. 5, 9 | B<br />

moldura, a'sefíiinte dffl\c*orW H Aux amis UjHMHi| PM<br />

leur concouis bienveillant ont encouragé Bacompl#iêMnt de<br />

uma almofada, sofríe frçktH» azul, a date'MDCCCLVl,<br />

O fWffHmWHmBBWW 'está êm<br />

As XII pp. iium. ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ • • H H W H H I<br />

I pelo editor, á%ôfintpÔ»çSo, em caraçte^romano^)®<br />

m M W I B P — — d¡gf pa,'in i-,, dentro «P nolduias<br />

I coloiidas^repre^itarfdWSsumptS^alTusivQS «o» dísfê meies


149<br />

do anno,' cujos nómes vêm impressos a diversas côres, em<br />

typo gothico, na margem superior. Segue-se uma fl. inn., na<br />

qual oçcorre, dentro de uma moldura, em fundo pardo, o<br />

titulo da edição de 1626, que é o seguinte :<br />

« IV Livres de l'Imitation de Iesvs^Christ qu'aucuns attribuent<br />

à Iessen d'autres à Gerson, & d'autres à Thomas, à<br />

Kempis, fidellément traduits. Nouuellement mis en François<br />

par M. R. G. A. Et reueu par-le niesme Autheur en ceste<br />

derniere Edition. — A Paris chez Nicolas Gasse, au Mont<br />

.St. Hilaire près la Court f Albrét M. DC. XXVI. — Avec<br />

. approbation.<br />

0 texto occupa 399 pp. num. ; no v. da ultima existe a<br />

seguinte insçripção, impressa em lettras douradas sobre fundo<br />

roxo : « Ce livre a été commencé le XV Août MDCCCLV et<br />

fini le XV Août MDCCCLVII. » Intercaladas no texto ha 8 ff.<br />

inn.,- das qüaès quatro' são titulos e as outras quatro são estampas<br />

representando assumptos religiosos; estas folhas precedem,<br />

diias a duas, os quatro livros da Imitação. A Table<br />

des matières,- que completa o volume, occupa i fl. inn. dé<br />

.tit. e 14 pp. num.<br />

-.0 téxto. e o indice tambem. se acham approximadamente<br />

no centro das paginas,, dentro de molduras de côres variadissimas<br />

e de todos, os estylos. A impressão, ém typo romano'maior<br />

que ò do Prefacio, é geralmente feita á tinta<br />

preta sobre fundo branco ; exceptuam-se apenas as pp. 266^267,<br />

270-271, que são complétamente douradas com a moldura e<br />

O texto impressos á tinta preta, e as pp. 276-277, que o são<br />

á tinta prateada. Sobre fundo vermelho.<br />

O 2. 0 vol. traz o seguinte titulo :<br />

.« — Appendiçe a l'Imitation de Jésus-Christ.,— Auteurs<br />

présumés " de l'Imitation par M. l'abbé Delaunay Chanoine.de<br />

Méaux, Cuje du Diocèse de Paris —• Histoire de l'ornementation<br />

des. manuscrits par M. Ferdinand Denis Conservateur<br />

de la Bibliothèque de Sainte-Genevîèvélp Catalogue Bibliographique<br />

indiquant .les manuscrits reproduits dans l'Imitation<br />

et les Imprimés cités dans l'Histoire de l'ornementation des<br />

•manuscrits— Index des manuscrits avec l'indication des noms<br />

(lès dessinateurs et des çhromographes — Grande danse raa-<br />

,cabre. _L. Curmer— Paris, 47, Rue de Richelieu, au premier<br />

•r- MDCCpLVUI — Tous droits réservés. »<br />

Neste titulo occorre uma pequena vinheta com as iniciaes<br />

dó'editor L C ; no v. do ante-rosto, dentro de uma vinheta<br />

assignada ^Bisson > - Coitar d ..sr.,,'..lê-se : L. Curmer Éditeur —-<br />

Lemercitr Imprimeur-lithographe — J. Claye et L. Perrin<br />

Imprimeurs- Typographes,


150<br />

A primeira peça d'este vol. , Les auteurs présumés de PImitation<br />

de Jésus-Christ, occupa 28 pp. num., incluídos nesse<br />

numero o titulo geral e o ante-rosto mencionados. É ornada<br />

de 7 cabeções de pagina è 2 vinhetas finaes, e acompanhada<br />

de 4 retratos fóra do texto, executados em photographia segundo<br />

gravuras antigas. São elles : Ioannes Gersen de Cana-<br />

Baco ; Jean Gerson ; Thomas de Kempis ; e Michel de Marillac.<br />

Esta peça é assignàda in fine : « L'abbé H. Delaunay,<br />

Chanoine de Mëaux, Curé du diocèse de Paris. »<br />

A 2. a peça, Histoire de V Ornementation des Manuscrits<br />

par Mr. Ferdinand Denis Conservateur à la Bibliothèque<br />

S te : Geneviève. Paris L. Curmer MD CCCL VII., occupa<br />

143 pp. de nova numeração, e contém os seguintes trabalhos<br />

de gravura: no verso do ante-rosto, uma vinheta, dentro da<br />

qual se lê : Louis 1 Perrin, impr. à Lyòn ; um frontispício<br />

Gom o titulo e as indicações transcriptas ; um florão ou cabeção<br />

de pagina; 120'lettrás capitaes ornadas, tiradas dos mais preciosos<br />

maiiuscriptos, incluidas nò texto ; 4 estampas occupando<br />

a pagina inteira, , a segunda das quaes representa a rosa de<br />

Jessé] e aS| outras très são capitaes ornadas ; e ( finalmente<br />

15 vinhetas finaes. Ao todo 142 ornatos, numero muito inferior<br />

ao de 200, que Brunet dá só para as iniciaes ornadas.<br />

A 3.* peça, Catalogue des Manuscrits et Imprimés reproduits<br />

ou cités dans VImitation et la notice. Paris L. Curmer.<br />

MD CCCL VIL, consta de 51pp. de nova numeração e<br />

eôntèm : uma vinheta no v. do ante-rostô com as indicações :<br />

Paris WÈ Imprimerie J. Claye Rue Saint-Benoit, 7; um frontispício<br />

Com o titulo; um cabeção de página e 2 vinhetas lateraes<br />

formando tarja para o prefacio ; 90 vinhetas illustrando<br />

as margens lateraes do catalogo e 2 vinhetas finaes. Ao todo:<br />

97 ornatos. No v. da ultima pagina do catalogo occorre uma<br />

erráta. • .<br />

A 4." e ultima peça, Index des Manuscrits Imprimés<br />

reproduits ou cités avec V indication des noms des dessinateurs,<br />

graveurs* et chromographes accompagne des figures de Iollat, de<br />

Hans Sebald Beham et de Hcms Holbein — MDCCCL VIII,<br />

consta de 8 ff. inn. Traz um frontispicio com o titulo, 4 vinhetas<br />

representando assumptos pastoris, 15 cabeções de pagina,<br />

é 132 estampas pequenas que completam as tarjas d'essas<br />

-8 ff. São ao todó 152 ornatos, .e não mais de. duzentas gravuras,<br />

como diz BrunetífiSeguem-se a este indice 16 pp. num.<br />

com o titulo : La grande danse macabre.<br />

Nenhuriï dos ¡ornatos d'este 2.° volume é executado em<br />

chromo-lithographia e a impressão de todos é feita á tinta<br />

preta.


151<br />

O i.* volume exigiu longo trabalho preliminar por parte<br />

do editor; Curmer teve dé:examinar cuidadosamente os manr.seriptos<br />

mais jirein'o^ÏH' das principaes bibliothecaà -da Europáj<br />

tâes,. èomo : a Bibliqtkèque Impériale, o Musie des Som:,<br />

veratns, a& dojL^mwhí) de Sainíe- Genevieve,jde V Arsenal, é'<br />

Motteley, um Paris ;/a.s de Rouen, Strasbourg, e Saint-Diè,<br />

nos departamentos ,§|e, nolilxtrangeiro, b Bntisb Muséum, as<br />

de Oxford e jjruxellas, o a.- da AUemar.ha. Os dcsenlnidore^,<br />

sob ' sua direcção, •reproduziram as îarj.ÎK"c ilhimihurâs'1 origi-'<br />

nat4 dos manuscriptos sem a'.teriirào alguma,, a não - ser o<br />

aughlènlb ',pti rediicção do "formato para obter unia medida<br />

uniforme; e assim reuniram 400 pp. para o ti-x-to, j6 para' 6<br />

indice, 12 pára o prefácio, 8 pura os títulos parciacs. o 6 de<br />

grelimmàrës} ao todo:"-*442 mòldurâs ou vinhetas difierindo<br />

todas entre si.<br />

A impressãoldoS ornatos ípi feita com o maior jj|idád;®<br />

Bjbre uma pedra typo*estabeleceram as divisões Mcessarias ;<br />

p ShromograplyTéproduzru sbbre ¿ta,bas«ijraço do^^gnho<br />

Prigih,al, fmMïïur^e trabalho de|^íl©ração, que consiste em<br />

fixar Ipbreián tas pedras quantaÊf^LcJ as cofeV a parte consagrada*<br />

a cada uma d'filîjs ;3ç> reunião d'estas- impressões deu •<br />

conjtfiiéjís que a~ pedrl negra depositaria-do texto véiu ,-compétàr.<br />

1 Quarftb 'ao^têxto, seguiu-se a traducção de Marillaç;edição<br />

de 1626, q.ic dá eni toda i'jsua pureza uma exicéllénte<br />

interpretação d


152<br />

sable .pour éviter la confusion des tdés, aux combinaisons<br />

artísfas que W|||^i|iliiiiin desenhadores, chrom'ogAphtbS,<br />

gravadores, photographosS &<br />

. Muito Sé tem fliStidô |||!||S1 da ^autoria d'esta ©"bra,<br />

ella tem SÇdò attribuida a Ç. BernardeOfa S (-Boaventura, H<br />

Thomaz dé -Kem|HÍM|j Gerseng/JiKLudofpho o Chartuxdffia


153<br />

Henrique de Kálkár; â^UbertinO de Casai, e a Joio Gerson :<br />

®!ffllí*aí>pareceu uma T opin|sà je&lettiea, que aitrilnic cada<br />

livro a um autor differerftg. Parece |5rèm marf provável que<br />

foi Thomá: de Kempis quem cotapazfSsti livf^ admiravel,<br />

de iiricçí|®BigiqSa^^^aaprecíado .por<br />

povos,<br />

N.° 58. — Püblii Vinjpli'i Maronis Carmina omnia<br />

perpetuo commentarió ad moáum Joanna!<br />

Bondrfxplieuit Fr. DuSer.<br />

Pariszis,\vx Typographia Firminoi'im Didot,<br />

MDCCCLVIII.;<br />

In ié de 2 ff mn dé^tit ¡\-xvj-4jo pp num", i fl ípn.<br />

As 16 ff jReiffeontèem P Virgtlu Marotm QUa et Wf<br />

úimm áãumiràtiff. O textc^Hcupando 470 pp., comprehende:<br />

Bua0bq, pp. 1^-49; 5 1-12 9./' "Aitietdos,<br />

jjfa) 131-425, Morítumt J)®' 427-4SfíL ^ 43 I_ 4:j?;<br />


154<br />

jf/Q I 1-À N.° 59. — Livre H prières' par Ch. Mathieu.<br />

OV, 4 -, 1 ^ Mris,MDCCCLViïm<br />

în-8i 8 ;àé: 5 ff. inn., I4sf pÛ. num., Hff. inn.Sjm<br />

gara do texto.<br />

Bella^ edição de luxo com ornatos de chromolithographie,<br />

;:-,-gfgundò ;«s , manuseriptás,. da. .média idade, do VIII dKXVI<br />

] século.<br />

rAs S £f. inn. |yitèem : fl. r, r., dentro de uma tarjfi o<br />

falso titulo Ornlmlnfsjiites manuscrits, em caracteres gèthicos,<br />

fl- 'dentroÔe» uma' vinhetJ||i8palavra Prteres, fl. 2,<br />

v., um porMgdourado, dentro do, qual um altai, ejlfsobre<br />

t/feStá; um quadra epu branco j^d©i| anjdsSaos ladoá, fl 3,<br />

tA3ÉL® 'mesmo portico e o* mesmoWltait''com yananlp nas<br />

cefel: dentro do Quadro o titulo da*obra, em lettrSídouradas,<br />

||H|f6re fundlípolfeímo > fl. • 4, r.® seguinte Òtutf^lgpOrnements<br />

d|s baniBcrlts du VÛP, au XVf-Siècle Reproduits en<br />

. coúléufe par B. Charles Mathieu. Tome I Prières illu»trées.'V<br />

Pans A More!^ JHite^r 13, Rue Bonaparte, imprtsst) â-fqtiatro<br />

^|j|toj|ijdentro de uhïa tarja, fl 5, ré®ti, em mi» quadro cèr<br />

¿ado por uma»i|dura, a dédkãtorià : «"Dédié a í&ÍIíminè|pÈ<br />

leffiàrdinal Mprlot Archevêque de Paris », em lettras douradas,<br />

st lU ~'. 'fundo solrerino.<br />

A Tablé des matières>, nitidamente impucssa a-J,quatro côres,<br />

dentro de tarjas igualmente gjflbtidas, occupa^ pp S 4, segue<br />

H B L f ^ na pag. c6 a Approbqtitjféû^o Cardeal Morlot, datadaSKaó<br />

de Junho dSS858, ém um quadro, impiessa em lettras douradáii<br />

O texto,é dividido em 7*partes, precedendo apèadVuma<br />

!"•", um front ispieio : 2'.'', tuna e>tampa representando a-ss-miptôreligiosoo<br />

respectivo titulo: todas estas peças são'primbiosament


155<br />

« Livre de prières, illustré à l'aide des ornements 'des<br />

manuscrits du moyen âge, publié' par B.- Charles Mathieu;<br />

suivi d'une notice historique et texte explicatif par F. Denis<br />

et B. Charles Mathieu. Chez Pàutèiir, rue de Four-Saint-<br />

Germain, 15. 1863 »,/2 vols; in-16.<br />

Esta segunda ediçâo foi publicada èm 23 fasciculos de<br />

1860-63.<br />

B. Ch. Mathieu , desenhador ' e lithographo de Paris ,<br />

nasceu em Aix-la-Chapelle em 18x0, e falleceu em Bellevùe<br />

em 1869.<br />

N.° 60. — Arthur Mangin. Les Jardins. Histoire<br />

et description. Dessins par Anastasi, Daubigny,<br />

V. Foulquier, Français, W. Freeman,<br />

H. Giacomelli, Lancelot. .<br />

Tours. Alfred Mame et Fils, êditeurs,<br />

M DCCC LXVII. In-4. 0 gr. com est.<br />

Nas pp. in - vii o prefacio, datado de Paris,• Fevereiro,<br />

1867, e assignado por Arthur Mangin. Seguem-se 444 pp.<br />

contendo o texto, a taboa dos capítulos e a taboa dos desenhos.<br />

No ;verso da ultima fl., em baixo," a seguinte indicação: Tours<br />

— Imprimerie Mame. As estampas são em grande numero, umas<br />

fóra do texto, outras intercaladas nelle, tendo também cotno<br />

cabeções de pagina pequenas estampas e vinhetas, todas gra-'<br />

vadas em madeira por diversos artistas.<br />

A casa, Mame foi fundada em Tours nos primeiros annos<br />

d'este século. Como bem observa juiz muito competente, não<br />

se deve avaliar 9. merecimento de: uma casa 'industrial por<br />

alguns trabalhos feitos ad kaç para as exposiçõès, e que éstão<br />

muito lpnge da producção ordinaria que ella fornece aos mercados;<br />

Mame, porém, reurie o duplo mérito de uma producção<br />

enorme, nitida ,e barata e de trabalhos, do mais apurado gosto<br />

e da mais irreprehensivel perfeição. Seus exemplares únicos em<br />

pergaminho são admiraveis, ;e constituem um therouro bem<br />

digno de ser transmjttido aos filhos de uma familia, que promette<br />

seguir ps passos dos Estevãos e dos Didots.<br />

O estabelecimento Mame, ^èontinúa o mesmo juiz, é, segundo<br />

cremos, o primeiro de França, e a julgar pelos seus<br />

trabalhos e estatistica, um dos primeiros do mundd^jNãò co-


156<br />

rher.emos sinào Brockhaus,'de l.eij>z:g. que a algun§|r£8peiíai<br />

lhe leva superioridade e vantagem. Dividido em dvfferêntes"<br />

'^s^^el|^|lle||}ompreliende todãs.asoffici B 'Ív, juTÍã<br />

SíiÃàs-á prépãí.à-ção dê um livrò, pro;priaii^uí|<br />

dita, oílié|na de en - • , t ; jM&pfyjÃ<br />

Wfâlíte madeira fallar n i ' ;<br />

è^jutraS'pequenas tndu^trias particulares^ne^.<br />

para assim dizér, pãü trablpiam srnãp..para o grandjfprod uctofÉ<br />

e que a|clle secacpaili ligadak fcomo si W^W^K pai p|mÊegrante<br />

d#8eu'.estabeleciinent;0 -eoios||^i:'<br />

O exemplar que a Bibluimèca expije-vc um dos mais a@3§p<br />

bados produetos f d||||p acredita^Mestabeleciment ¡¡^<br />

máià^ui preheiidt? J . f^àptiva Wibliophií|i|gi| q||í||| inrpressábjí<br />

l 4'êsta eílíraj|| Mai%iu.não foi .feita para nenhuma^qléninidade,<br />

, ò)i^certamen industrial,' masiBcomo muitas outras, atirada ío.<br />

mercado, -cáttiareirclb ; entretailfo,nitidez<br />

qtie elegahdíí? e que ^üaKTáde dÉfeyp^pe de tmt^p^<br />

Incontes'tavel|nente, ".esta- 'edição é Uma-íd^S mais bel las q.ud<br />

j;a sáhiram dos^íélos do impressa ..<br />

Ï /(. N.° 61v— ^'Ornement Polychrome ".Cent plancfès<br />

/ / e»-couleurs or -üt •argenl contenant environ<br />

, 2.000 motifs de tous%s^ styles-Art aniien et<br />

asiatique moyen agç renaissance 'XVIMBH<br />

XVIII sièiles Reclieil MstprwàHfet pratique<br />

publié sous la direction det,.M. À: Racin. :<br />

A^êfeUi d'esta moderntssima ed®o da muilo conhewdara<br />

afamada èiSa Didot diz'cÉSnr Bri Ramiz Galyârn" I


157<br />

; « Colleeção, histórica e pratica, ¿publicada sob a direcção<br />

de Mr. A. Raçinet, com ioo estampas coloridas, representando<br />

cêrca de 2,000 objectos;, da qual se distribuiu um. prospectus,<br />

donde não. duvidamos extrahir algumas notas mais importantes:<br />

Sabe-se que' a vulgarização das bellas formas ha sido em nosso<br />

século objecto de trabalhos dos governos, de associações e de<br />

amadores particulares,- imbuidos todos do pensamento salutar<br />

de diffundir o gosto elegante e acurado, que caracterisa as<br />

sociedades adiantadas. Muitás obras pois têem ultimamente<br />

apparecidÓ 'sobre este assumpto, mas, umas demasiado especiaes,<br />

outras muito elementares, quasi todas sem o emprego da côr,<br />

que de alguma sorte é á vida do ornato • das superficies, e<br />

muitas; emfirn publicadas por . preços extremamente elevados.<br />

São d'este genero os trabalhos de HittoríF, Zahn, Westwood,<br />

de Bastárd, Willemin, e dé Owen-Jones, o illustre e incansavel.<br />

autor da Grammair'e de V ornement:<br />

« A nova publicação de Didot differe d'ellas a muitos respeitos<br />

: i.° pelo emprego feliz da lithochromia, que hoje ha<br />

chegado em Europa a um subido grau' de perfeição; 2. 0 pela<br />

attenção particular e maior desenvolvimento dado ás -épocas<br />

da idade média, do„ renascimento, do XVII e XVIII séculos,<br />

qüe nas obras precedentes haviam sido um pouco, sacrificadas<br />

ás artes da Grecia, Roma e do. ; Oriente; 3. 0 pelo ,systema<br />

adoptado de apresentar o ornato sò, sem adaptal-o.- a esta ou<br />

aquella fôrma architectural, a este ou áquelle emprego industrial,<br />

e deixando. pôr conseguinte a cada qual a liberdade de<br />

fazer d'elle o: uzo que quizer, de'repecil-o, enlaçal-o, combinal-o<br />

emfim ao bel prazer da phantasia e das exigencias do<br />

trabalho..<br />

« Collio se vê, pois, L\Oriienient Polychrome, obra importante.;sob<br />

o ponto de vista artistiço e industrial, é um vasto<br />

repositório, onde poderão ir .buscáí modelos* archjtectos, esculptóres,.<br />

pintores, decóradorés, fabricantes de móveis, tecidos<br />

e papeis pintados,. tapeceiros,. joalheiros, e um sem numero de<br />

profissões liberaes. .,<br />

' « A' execução'jdo livrõ foi confiada a Mr. Â; Racinet, que<br />

sem duvida alguma íéscolheu éom felicidade os objectos,<br />

grupou-os com. engenho, desenhou-os' correctamente, e com<br />

•fidelidade os coloriu: Sob o ponto de vista typo e chromolithographico<br />

a obra' é exc.ellente, è faz de certo honra ás casas<br />

Didot e- Lemercier, aquella encarregada da primeira parte, e<br />

esta da segunda. »j •<br />

O exemplar foi* comprado pelo Dr. João de Saldanha,<br />

actual Biblióthécarío. ,


158<br />

N.° 62. BíSfes Saints ..Éyangi^-^ràáuc^on de<br />

1 Bóssuet.<br />

Librai&e HõehettíÊÊtC" M. DCC.C<br />

LXXIII. '2' vols, in-lo!. com o rosto impresso<br />

a duas tintas, «<br />

' Eis aha/flafatíílb dhf^évfyieii d ido implessC: geralmente í^mliec'i||!¡<br />

hoje :. pcí" nome<br />

D'*ta obra-firima dar typograph¡||K c .das art||i suas ïonf<br />

gener^^fem França, transeiÉ vt remuai aqui o i que dicë o Dr.;<br />

Ramiz Galvão em seu Relatqrig sübre as artes giaphicas rte?<br />

e.xposição imivçrsu! de Viemri cm 1S73 :<br />

« Tendo resolvido Wwtà' Hachette |||-'Comp,:-J^i<br />

cmprciiender uma' publicação, qu^à^ïeSfrnrn<br />

i860,<br />

teros. c . n t a ti d u que _S£iiam obje,ç.to TÏVUa (#flivros saj|ra-<br />

P>s,|llmeçOu por escolher uma traducíalo' ñanbeza; que , £<br />

mais de um respeito se fize9® digna dejBtençãoÇ Q nome de<br />

Bossuet' sç/ : apresentai em primeira Inftfll . mas' 'comog|^|<br />

celebre thëqfôgo.ë,orad Or nunca fizeia tradlicçao compléta dos<br />

Evangelhç&1?(ísto l í •;•* Wallon^ dû^ íi|stitutt|^<br />

:seCretario'çerpetü®Ía Academic I nr¡n * i 1<br />

lettras,'sáWcârregfeS delrencel-.i, ®oiftegiíí®jífazt' i¿<br />

d'estes^pf^ciosos fragmentos de încôn^estavel^rthoaixi^H^<br />

primorosa |ingiiagem,<br />

« Mas, a quem confiait >fílifficiUffla mferpretaçaq, plaât®<br />

dessemelhante texto ^Segunda .diffiçuldade A P&fílha do ar :<br />

Sflla recahiu, em Mr Bria, desenhista qujitooi sé\i raro mérito<br />

e •É¡jf® ; elevado já conseguiu ganhar a reputação dos grand®:<br />

pintores,, que. ¿lias pareiïl^jfiparadp paia uta comme»<br />

mento de tal. gcnerqjgra^as a. sm^stada pt>r vçzes .no Oriente^<br />

e ao exacto cpnj¡|c¿mentó. ¿¡Je ..tinha dos lugaie* evfeostumts-j<br />

efe paiz. „Çjftretan.to ¿\Jr. 1S


159<br />

MfaUie o que mais lou-ia* *<br />

comedida originalidade, «¿fiel reprodycflâo doá costumes ainda<br />

eín sguá pormenoj-ejgMpãrentemente in|igmficanB, ou emfim<br />

a nobreza do majestade dst compôsiçJ||||Com|j<br />

mui© bem dièéi Mr du Câmp, âpezar defuma ,certa familiai<br />

ridade qi® ' é sirçao a realidade bem prdduzidHe- difficil<br />

eitcanttar eomposiçõés históricas maBbem ordeçadai do jipe:<br />

a fferodiashÁ&Jlesurrelição da merlina,- d 1 - • , g<br />

Sb:«, aiCasa tíeç vettugÊ B


160<br />

iJistancfesffií&BeíSíirio rnnm, quaiiâ£>-j < lírWsfeijüc<br />

viam dificuldade diante -Ojío aiJfiJ^Tifram pfeclíos<br />

ISÍMr fiaucheiel idantes-paia immnart|||B<br />

«jivuias, que antes de serem Sníregues ap ímpressoríBai^ ainda ;<br />

íevi^" t Segundo • ^tírrec^oes índi *<br />

-¡Síf:-. , .Hédôuâit; ,; ' \ ' :. ;<br />

- *<br />

ap„csuitú 1


161<br />

:.:. ff A reunião; d'estas 3 impressões, vermelha, preta e rpòr entalhe,<br />

4oee,' não podia- ser /feita satisfatoriamente; sinão por<br />

artista mui£p hábil; foi; esta a razão da escolha de Mr. Claye,<br />

de cuja perícia estão de ha muito dando: provas os excellentes<br />

trabalhos que de: sua cása. têem sahido.<br />

« A impressão typógraphiça; começou pois em suas officinas<br />

ém Janeiro de 1869^ sob a , dirécçãó especial de Mr. Viel<br />

Çazal. Uma das grandes/: dificuldades que houve certamente<br />

a. vencer foi o registro dos filetes e das paginas,: porque, si a<br />

perfeita concordância, do verso e do rosto é difficil quando o<br />

papefcê -só molhado uma vez e ,só se faz uma tiragem, muito'<br />

mais deveria sêl-o neste caso, em que as folhas tiveram de ser<br />

molhadas repetidas vezes e passar pela • prensa não menos de<br />

4 vezesj,'s.o no que diz respeito á typographia.<br />

« A isto, aceresee que a grandeza do formato e a reunião;<br />

das duas paginas entre si pelos filetes que atravessam a margem<br />

superior complicavam ainda mais o trabalho., offerecendo um<br />

noyo : Obstáculo a superar; mas a dificuldade venceu-se após<br />

numerosos ensaios* e muito provavelmente após numerosas<br />

decepções. O resultado ahi está para ser comparado aos mais;<br />

bellos trabalhos typographieos do mundo ;> não ha uma vfalha<br />

•no' typo, um desaccordo de registro, um engrossamento ha<br />

tinta.<br />

« A impressão,: tanto das aguas-fortes dè Bida Como das<br />

gravuras dos ornatos de Rossigneux exigia' ainda mais tempo<br />

do que a primeira, e não era de Certo mais façil do que ella,<br />

particularmente quanto á impressão, dos. ornatos, visto que<br />

convinha imprimil-os no lugar, que/ lhes era reservado, pela<br />

impressão typógraphiça, e cumpria que não falhasse nem um<br />

millimetro.<br />

«:. « Foram estés. Os trabalhos reclamados pela edição in-folio<br />

dos, Santos Evangelhos, que á casa ,; Hachette apresentou em<br />

Vienna d'Austria, .é que Sem duvida alguma fizeram, fazem e<br />

ferão/sempre, a ; honra da typogrãphia franceza.<br />

« Só resta dizer qué; o papel velino foi 'fornecido pelas fato<br />

ricas 1 ãu Mar ais e de Sainte. Marie; o ¿papel de Hollanda<br />

pelos; Srs., C. e. S. Honig Breet de Zaandyle; o que protege<br />

a? gravuras pela casa Tonnelier Comp.; e as. tintas pela de<br />

Lorilleux filho ; tudo,, por conseguinte, dás fabricas mais afa^<br />

madas da Europa. ,<br />

« Não será inútil emfim enumerar as operações, por que<br />

passou cada folha d'este livro precioso. Segundo referem os<br />

editores cada folha passou pelo$ seguintes tramites: foi transportada<br />

da fabrica âo deposito de papel> do deposito á typo-<br />

11


graphia, humedecida ütna piiíiieifà ¥e& pafá a iííipjrèsáàó dos<br />

filetes em tinta rermfelhâ) g sfêStk na niá%hina â vajpblr, éüjaã<br />

rodak üntádaê dé bleb e rolbS êmbêbitibs em tíntâ fêfclámâiíi<br />

âiiida mais cuidados.; foi tirâdã d'âlii, envolvida éift cbbértü^<br />

ras húmidas para evitar a retracção db papel; f>ósta éín òiitfb<br />

prélo para a impressão do tixtó ; tirada dê ndvb, sêcça,.<br />

tranãpbftada pára as officinas do impressor das gravütàã} malhada<br />

para a imptesSãb dbà Ornaibá dô fêeto) Sêcfeâ è emfiiii<br />

itiolhadâ segunda vez pata a írttj3jres§áb ilÔS bifnatoS dó Véfsb.<br />

Gadà folha ddS Evangelhos* pbr gbfâségüihtê* foi . tóblhadá três<br />

vêzes, oito passou pela pfénSá, è 31 pèlâá mãos dbs b^éírariõá:<br />

Imagine-se agbra que cuidados nãb foMili pfecisoS, qüfe zêlb$<br />

- que delicadé-za, "e que pêriciã líão hbüvê iüistêiy. parâ 'êfitàí<br />

que uma só mancha viesse dêsfirttiãr eáta prbdübçãb typógraphica<br />

digna dé admiração pbr tbdbs dá titülbS-.<br />

« Seu custos sobe açíiiiã. dê tirh rdilhãb dê fráhcoã* qtté<br />

podetA calculâr-se èin dê nbssa ttibéda* é b fè 1<br />

súltado financeiro 'da eiá^fezâ dàtâ àôé editores uift ãjnfcil dé/<br />

3ob,íD0@ fr. òü ãindâ que se véhdâ a èdiçãb<br />

inteira.<br />

t< O que resta a coiicluif-sê é tjüé á feSââ Hkchétfe tfâbálhbü<br />

pela gloria* é íiada ffiáisj êstã gloria óbtêVe-a* jâ {>elb i/lzrédictum<br />

do jury internacional, que lhe conc.edeu em Yienrtâ ó<br />

gránde Ehrèn^DtyloM) já peló fcbhséiisb unaüiiiié dê Quantos<br />

tivérarti oceasiâb de examinar éStá Vefdadêífã ôbrá-J)rihia de<br />

typbgraphia. >)<br />

Tàl é a bpiníàó dé' úitt jtdíi^cçiâpetêtilê áoBré.ó magiiifieô<br />

éiettiplaf qüé eipbnlbs sob 'o h. b 62.<br />

 éstâttipá e^bsta. è ümá dâl niais tjêlM f rèprêsêiltã<br />

Jesus Christo na Synâgoga* 'entre dois doutores, cüràndo õ<br />

homérii da mão sêcóa Ou résicadá.<br />

Estampa. gravada á aguá forte por Celestino Nanteüil segundo.<br />

desenho dè Alexàndrê Bida;. sem dátá f Sêm lettrâ.<br />

O fcabeção da pagina segundo GarlbS Rossígtieúx, gfávãdò<br />

a buril por Leão GaucReréL No meio uma vide com folhai e<br />

uifi caehb dê uvas; abs lados ramos de figüêifa cbm folhas e<br />

| íseiú data e sem letfe.<br />

• Á lettrâ capital I> êeguhdò RbsSignèux, gravada- â bütíl<br />

pór Gaucherêl, enfeitada com um ramo de .flguêirá cbm fblháS<br />

í e fructos;. . • ;<br />

O exemplar ifoi comprado em 1873 feíò t)r. Rãhiiz<br />

Gálvâó, eíc-BibliõtlieóâTib.


ll33<br />

LYÀO: LYGN.<br />

fí.° é3.'r4r (tôiréér liistorial.j. •<br />

C IjigSúmtm). ^ A<br />

Sem m dê rosto hehti tiíü-ib: -(trLfAr tftckfr- J-.<br />

fíi-fol. de 14 ff. pitiiiii. e 2.17 inn.. a dtias Lòldnihas I'ii- '*<br />

sãmente separadas; de i8 11. c.ltl.i pag. chtS®-Wáfct; • B C'/


I<br />

164<br />

muitos livreis ¡¡¡»lie- pubhcfdfg porq x „ » U H |<br />

da trad démZ Testamento j?or jSpf Macho e F. /Parget:<br />

Irnh-imeiM^lto dictãm&te ^ H H ^ ^ ^ i ^ ^ m S H<br />

• A « Í? »• i. P° uc0 mais; ou<br />

mencte*JÉp(rti2Íf nqjJ^TW *ée H e m -<br />

j " ffl no cçfl®.»ao d®,<br />

* v (mdan íe tãMrafMeni'êhru>W, de • • Barth. Buyer<br />

vem qlialiíí ' St l • .w* . B |<br />

da 0©r o, titulo CpMC°<br />

'"•Fim^Rulum finalls i^nbutiontó'MMitum::per .. mf-<br />

v fflijHS^fi^^^^^^^^flS J l


165<br />

inn .


m<br />

PiSlUi notável typ&wpi» jrêm jffl^H^HH<br />

Nicolau "y^iii^e.'ae: BëgsShçim \ Marcos,l&piiihart, de Stt^sburgltei^<br />

jjBj^SljjuS Hœs e<br />

fîlbri, ; sãl^^^^K^^^S; Hslià; 1 . tiffî W - também'<br />

ailetiS^Kpeírp ' ' '<br />

BatUndk%, d? fíafô, {M> -^^SSK^ 1 ^® 0 ^<br />

Treschei, aiienjão, impressor daSÍN i^B'WSï'.SS<br />

«WBflafcilsSÊfeS^a^<br />

]a àquî s£ tratou Sas filhps Melchior eSastar foram também<br />

impressores nS mesma cidade* " 1 t '^<br />

Estes e "outros mestres insignes da arte em L^ãb,<br />

ram n*a aQ içais alto grau a que po'di||Pla chegar rfqs XV<br />

e XVI séculos J " ^ «<br />

a jtò XY século, diz Montfalcon, a impreifsa, hoife^<br />

.•Slimenttwa' um* parte da" Europaygin^g^^»'disS^ã?<br />

fçiraí, as fiabulas dai que gosavam, SjseguraYam as e<br />

à que foi depois FráÍRkíbrt e 'é hoje. Leipzig,* is|o égcfàmporió-do'*oûmpeifcio<br />

de livros do mnnddf leltridô, très séculos<br />

dépdis 'vSáB reduzida 'a* trinta"" tj^ographtas." que' não<br />

lhavam muitafe-TÊzeS por falta cflMfeu f hpjí embaía pos<br />

suira dia trinta p^fiffilIl^^TOls}- "<br />

.'. Q exemplar que a fiibl. noteyçï pela Micatieza;<br />

do. ty,po e nitideï 'aã", mão de obpa, pprtençem« * Real Bi<br />

l>Uotíi


leí<br />

parq a sastPj. preliminares, 141 num; com lettràs: romàna^dè<br />

texjq-é uma - inii. ne fim. .Nesta vem uma Spàf/pfe áe Jòâpl&el<br />

Regãis zMpauto CornôlMÊ &<br />

fíó Vi e ütii da i.\u tl.Jt.n$dmu'in idlüi/ia f&jmms^Grkêi<br />

fim e^pensis fatmçsji vird^ Guilielmi B^qnl^e.<br />

NV. í. de. \(>st(>, . a marca da editos,<br />

(/cutt im; m^0gw«yna ^J^^snpffie't ¿íà®,<br />

ifprèa .¿fti^jiem 9 n.° 4S9 na obra de SSiyãfire, com o acíresV<br />

çji^o jli de ffeç^ dg fo monograinma.<br />

íçvs reimpres»® inmediata, da qual diz Sr^esse><br />

¿-./.ir A ed. de 152-8 /'« e i»-fof., saliida dos mçsmçSrelqç,annunciada-?po»<br />

igffcitftafrf, 111, coincide<br />

:v¿k£ent-c com'a mkçsa,<br />

¡jj. H*jv 1 s de Ovidiç'tiradas isoladamente, imprimiam se:<br />

1 primeiro as Mèicigtlum Epistola ; | ÍJas<br />

»lídatá prova-wlmente de i4fa\(PÍbl\^emerWa, pag. 204).<br />

Das suas abras'Smpfotas têem a prioridade *a de SaÉiesqr<br />

Azàguídtus, [Eçmptensh... « primus m sua ciuitaie artis impressorie<br />

mentor », 1471, ¡»-foi-, 5gt a deteRoma, do qieçâl<br />

anno, de Swgynhfynt et Pannartz, 2 vol cuja descnpção<br />

inVie. vej-se gnp, Bçu^eJj çwrçw.uq ijãft fe»- mg%çãó jfei<br />

WSÇMí-, Rigíi-fSft 4? « ed- í«' Azoguidius to 1.*'<br />

livro que.pl ihaprimiu'em liwlonlta.<br />

d^ç, primeiras ^npjej^ej fete. êm tyâo e do<br />

«ftç de imprimir,'<br />

4 ed. éas Metainorpho^tífcjilê^a iíiblhitj^cjV. <strong>Nacional</strong><br />

apre^çhta BBi, ffimo se Vjê, ímpfçgsa po® Joãq On^pim, cujaáj<br />

mdicaçoej tnographicas faltam nas obras espe&aJSFISnao* lhe<br />

3S5W as do .ÍBipijessOTj jurisconsulto e titteráto; do<br />

ujcsinp voi;\e, v-íU.'jral de Ásn,,-,


168<br />

Silvestre reproduz com effeitò, sob Os ri. 08 794, 795, 796,<br />

891 e 1004, ésta marca ' com modificações de umas para as<br />

outras, e diz :<br />

« Crespin (Jean), libr. et imprim. à Genève. 1550-1571. »<br />

A Biographiè UniversèMe ancienne d moderriè, t. x., que<br />

o dá fallecido naquella cidade em 1572, tendo-se' nella' refugiado<br />

em "1548 sahindo dé Paris, não faz menção das Metamorphoses<br />

como impressão. sua.<br />

O mesmo se lê, posto que mais resumidamente, na Nouvelle<br />

biographiè -générale, publ. por Firmin Didot Frères.<br />

Tanto em uns como em outros 'as edições de João Crispim<br />

vão de 1554 até á. época cia sua morte, indo mesmo além<br />

d'esta o diccionario de Larousse e as obras de biographia<br />

citadas.<br />

Em resumo: . não saó muito claras e seguras, as noticias<br />

dadas pelos, especialistas ¿ sobre este typographo.<br />

O exemplar que se expõe pertenceu á Real Bibliotheca.<br />

el/0 ob *** R at i° na l e diuinorum officiorum: qui-<br />

. buscürti'qz sacerdotibus: ac singulis sacramentorum:<br />

et eorum que in ecclesiasticis aguntur<br />

officijs rationes scire cupientibus perutile: editum<br />

per reuerendum patrem dominum Guilelmum<br />

Durandum quondam episcopum Mimaten...<br />

(Lugduni) 1536.<br />

In-r4. 0 gr. de clxvij ff. num. pelo; r. e .9 preliminares. sein;<br />

numera^äo; a duas>eolumnas;; caracteres gothicösi; lettr. ca-:<br />

pitaes orriamentadas; • annotates marginaes;; registro.<br />

A fl. de rosto e impressa em verinelho e preto; o titulo<br />

estä contido em uma tarja xylographada.<br />

No fim: « Finit -Rationale diuino'ru officiorä... öbnixa elucubratiöe<br />

magistri Boneti' de locatellis bergomensis ; correctö.<br />

Lugduni in edibus Nicolai Petit et Hectoris Penet consortia.<br />

Impesisqz eorund© Impressum Anno yt supra. » \<br />

No v. da fl. de rosto öceorre uma carta, de Johannes Aloisius<br />

Tuseanus,. auditpr da Camara Apostolica, a Petro cardinali<br />

Tirasonensi, encarecendo o merito da obra. As 9 if. inn. cönteem<br />

a Täbula generalis et summaria 'tptius öperis. Cönv^in nOtar<br />

que a i. a fl. do texto tem a numera^äo deFo. Ip^.com o tit,<br />

Prdemium. Este come^a: « Incipit Rationale diuinoruz officiorü


169<br />

éditõ. per... dium Güillelmuz Düfandi... qui çõposuit speculum<br />

iuris etpatrum pontifieale. »<br />

Como se vê, neste final se contém uma referencia a outra<br />

Obra do mesmo autor.<br />

No. y. da ultima fl. occorre a marca typ,. do impressor<br />

.•conjuntamente.'com- a do livreiro : marca que se pôde ver sob<br />

0 n.° 336 ná obra de Silvestre. Nicolau Petit e Heitor Pénet,<br />

impressor e livreiro, floresceram em Lyão de 1534 a. 1545.<br />

A edição que a Bibi. Nac. expõe do Manual dos officios"<br />

divinos não se encontra mencionada em nenhum dos autores<br />

de bibliographia; mas, como se verifica de iodos elles, meíeceu<br />

ã obra de Durand numerosas reimpressões e foi das primeiras<br />

divulgadas pela imprensa logo depois do seu invento. A i. a<br />

edição dó Rationale divinorum officiorum, referida por Dibdin,<br />

Panzer., Hain e outros, é de . 1459, in-fol.,,« per Johannê fuSt<br />

ciuê Magütinuz. Et petrü Gernszheym.'» Esta é a : única*ed.<br />

de que . trata David Clement na sua Bibliothèque Curieuse,<br />

vil, que a classifica de .extremamente rara. É a proposito d'esta<br />

edição discute era nota si seria ella o i.° Ou o 2.® livro impresso<br />

em Moguncia, e conclue que é o 3. 0 Pinelli também a<br />

collpca na categoria de edição , prineeps: Est" vero, diz elle,<br />

' liber ob insignem raritàtem celeberrimus.<br />

Em Lyão foi elle impresso pelà i. a vez em 1481, per Martinum<br />

Huz de Botvar, in-fol., caract. goth. Teve naqüella cidade,<br />

para,só fallarmos d'essás, mais as seguintes reimpressões: —<br />

Magistri Boneti de Locatellis. Bergafnensis' correctum... 1499,<br />

Ín-4. 0 ; — 1500, sem nome de impressor, também in-4*; —<br />

elucubratione magistri boneti de locatellis:,.. correctum... et Impressum...<br />

per-..\Stephanum Balaud, 1508,, in-fol.; — impressum<br />

per Jacobum. Sàcon, correctum ainda obriixa elucubratione<br />

magistri Boneti de locatellis, 1.51 o, foi. ; — id., id., 1512, in-fol^<br />

mènor; impressum.-.. per Jacobum Myt, corregida por Bonet,<br />

1515, foi.; — impressum... pelo mesmo Jàcob Myt, 151 Z, fol.<br />

O Catalogo^do Musèu Britanniço menciona ainda uma edição<br />

de Lyão de 1565 em 8.°, sem declarar ov nome do impressor,<br />

e Graesse, depois da numeração 'das diversas reimpressões dà<br />

;o'b'ra, 'cççhcbie-: •'<br />

. « A ultima- edição do Rationalei,divinorum officiorum gpj,<br />

paieceu': Lugd., 1.672, ín-8.° »<br />

Hain, ; còmo observa Brunet,' descreve no seu Repertorium<br />

43 edições do Rationale de Durand feitas no XY seçülo,. das<br />

quaes. 10 sem home de logar nem de impresso||jnem data.<br />

Referindo-se á ultima edição/a. de 1672, diz ainda Brunet:<br />

« Ultima ed. do texto .'latino d'esta grande obra... »<br />

' Segundo Panzer, citado pelo autor do Dict. de bibliologie


17Ó<br />

catholvqm-, só nó século XV; teve ella 38 edições^ e mai,s $<br />

de 150Ò a 1536, além de uma em francéz.<br />

Acerca dós' principaes typógrá|>hos. de Lyão é daç intrpducção<br />

e desenvolvimento da impréns^ em seus muros, ^a aqui<br />

se tratou sob o n.° 64.<br />

P • que % Bibi. Hac- apresenta dó Manual de<br />

Durarei pertenceu á &çal Bibliolheca-<br />

67. rrr Vita Jesu Christi... ex feeundissimis<br />

, euangeliorum sententijs... per Ludolphum<br />

de Saxonia... çum ma^ginalíbus àJBpferfe^rt<br />

t^i^... aç ^anct^ An^ie yita^ s.umrr\is(qz (ii^i<br />

joaefyim laudihus... 1537.<br />

lM-4.. 0 , com régistro de 8e.°, a 2 çolurn., caracteres gothiços,<br />

em vermelho ' e, preto o. ti'tük>t e a i. a fl. dò texto, numera$p<br />

por folhas, com duas estampas xylographadas, lettras Capitães<br />

é miçiaes, allegoriças, notas maírginaes (como, no tit. Sé dççlara)<br />

>: >15' ff. ihnumeradas, preliminares,^ contendo, à ThÒitki<br />

'àlphabetica das matérias. Nó v. da fl. de rosto : « Epistola.<br />

Jódocús Badius Ascènsius dnp Petro Rostano. »<br />

No fim: « Uita' dni nostri Jesu Gbristi graphiçe p retígiosum<br />

virum Ludolphum cie Saxçmía... cum ... tãbúHs. Lugduní<br />

coimpressa Sumptihus honorat. vir. Jacobi. q. Francrscr


171<br />

que; jím (Telles, Silifipf, íali njsçido eiíi ^oJfrSjjfÉl a píó-?<br />

6saa da ;497 a 1517 Seus stósoíes e lerdarços imprimi<br />

nní dos biographos da família<br />

Ádírrádetrij. (afira impressa pejbs que IP seguiram o a colite ?<br />

çtç de Mau,-de IfiT Iiiflhf iflijIjB«lil»). D'ali passaram-se<br />

outros para YYtre»i. QutrS;ramp 'da fàniilia viveu em<br />

Hespanhá .(Burgos e Madrid)|||nde deu á ,«taíuS"nÇ""corrér<br />

gm XV4 jue.ilo; diversá* obra.s, hoje raras'. *'•<br />

A derradeira impressão Sfenhejída áés Juntas de "Venijza<br />

MKflS-:-gkia-.iaW flt*de febribus, dotafiioMe "1657 :"<br />

I B O jfljQi B H ^ H<br />

rslaçfo ^ O&H MS quatro sedej da femilia.<br />

^ n Q B ^ ^ ^ E O ÃVte B ReMuard, H ^ S I m W<br />

edição dg que »vSMlV „ prçiet.iie (•.-ç.-én.iplar nã" wai<br />

•nrang da ífjM<br />

5474 (aliiét& lm>y,<br />

' ''<br />

S | %{a ed.içãp, diç Çruçstj ^mpre^ çgjn 0« carãet, de<br />

l^ge^eyn, m %njpburgG>,» j, tfcojisj(}ee3,da fiftmo; a<br />

pBCMMmja HHR S»ra-gtJom data. I A< glwãck. d$ ftdçwia^<br />

.'qPBWBW«>-SwHfc- menos "rara..¥ffi-1í 4<br />

Foi traduzHa-em frandjgj||m catalão, em-íesranhol, em<br />

jtetiigúez: D.'esta ultima traddeção, que" Br.unèt àa como feita 1<br />

¡«r- ir. Iii.-a:ard„ de Alcobaça, diz Intajgjncio *F dá Silva '<br />

' Aflribuè-séJIie a versão da mui celebrada :<br />

QW pe dá^ emprehendera, ou'j||||hiira em 1445,"fe gue"sá,<br />

TOO & Ira cincosnta anrips d®siS^B'de 149$ . rif 1<br />

A dtesfa traduc^ãp serve de "prova rncpncussa<br />

e peçmanente dei que Portugal possuírem ijg|| em toda a<br />

pes^içâp possível, este -invento maravilh|||f$jije' dèviãSn- 1<br />

1114?; píanteàdá 1 fiibHo^raptóSpor-<br />

- j, ' .. ' . . ••• •<br />

O ^mplar^®|i^g.pertençêü ávReal Kbli^thiâBÍí!<br />

ít- 6.8. — M. Actii Blavti eomoediae"\5Ígínti. A, M.<br />

.yWffd ' .Mryphivni EtfÉdvmí*íiáft<br />

posto quJfoi.tegglhe afrmâljWwiMÉi l i^V^*"<br />

I de f. M^H^RSa por 1<br />

fta^-Vertáucia, (íonsid^ra se êsta obra como dividida em


172<br />

O jeàetàplar ^^Sa Bibi \ . expõe é m um só rol, ¡<br />

Ó3ra-:'í¿78: pp. num dej||guida, incluidas |||de fl de .íostó J<br />

* ' SgPfl r«,' -entóS'tií,M»i|^p de; n.<br />

./dJffimpr.® datá.. a'^n^^i Wp.', rpl^aoitMMIvJOr •fíilvesfcf^j<br />

W „ » K i M> G^phiH, lwreffirimi H H H<br />

ílV 1 5 :2 Íll j i55^|.Bh¡íH:í. nái' luiilHH-.e'.i'^^^ditáo. feita emijcjj|<br />

"sáoteres itálicos» jj¡g$¡t a qaaHMft, como® sabe, chamanátl<br />

grvphos, ào que-»pijmcir^^g em S<br />

4» fygBkifaiftäBbfjwK florescimento da arte" ;em jgjlb te<br />

seu tcmpofld! i / A ' .j,'.TlI^S<br />

« IJfebastiào jGtarnK famo " *" M S<br />

AllemanM ftêrra H'elttßä, fallecidÄ 7 d^Ä:embrf® 155®<br />

imprimiu .algufis livios^liebnJMK grande numer$Jlîclassic||<br />

i^Slîs, q&lsí i^^R^I'í! mos, .^rem livroj<br />

Ii;; 1.1 s, exact f'TOnie." S i * m ^is proWawSpïà.riî<br />

'v^ggÉ&teta jfljie ¡pyiSKp} Maittaíre "riojRíeti /" " « M<br />

iijsft^ ^ÄÄS^pmoteta, poisnào meHcjona cpräs<br />

anteriores a 152g,Stretanto .Gr'ypho ímprim 1 - M<br />

iinba elle poi empre?fiuiii;%npho em cima d|Mm cuWllgäOT<br />

•^r'íffliaSbklií^^ à divisa -. — Virtuü^<br />

» I<br />

Quanto a I.y^^^<br />

Gryphos, dos Dplet, Ss João de B B do$; Réfille;;<br />

^ H ^ ^ H ^ n H j j multidão de operatítel<br />

ëmprelàvam-sHbia 'da arle a sua ^gjffl||SSH<br />

• p duvida prospera, páfç^ESvé^Mrarem n 1 S3<br />

é¿lemnÍ*¿f HenriMgfflem 15 JÉ qmaígctaitos jgggggg 1«<br />

pressbres, marc hando em corporação, banden* a f®I . «• nao<br />

rfflRHHBBt^^P^W ijijS .. setim de mangas goip<<br />

• la<br />

AÖE&medias ÄPlaiJ^»j»toela 1 1 1 *i % ' j<br />

lume cpi V e n e z i , » * » " 1<br />

Vindelmidt Spra, ¡H| ¡«jÄfieimpnmlram se «DIS m«j<br />

• - n, »cidadlHem Trifisb em Ffàgça, em A11tueÂa/ân.Parl^<br />

em Amsterdão« «n Padua;<br />

finali», em Ejjão,~onde tiveMI<br />

àiKce*ss«iv^^B,-s>àhsîl|ydas mesmaV affiun:S||||<br />

em||S35> M B 1 1 w g nossa), 1549 e { B B ^ l<br />

todas ..^^^Âùndo-a perfunctoirf not» que d ellas m-,<br />

H M Â de tetr0<br />

Posteriormente foram amda reu Berli m, Londrfd<br />

LeiSf GlasgbV, Zwêybrucken g Baviera?, Goettmgue,«


173<br />

lonia, Basiléa, Parma, Genebra, Viénna, Turim e. Quedlinburg<br />

e Bonn (na Prússia), &.<br />

Pedro Antonio Çrevenna, Catalogue raisonné, v\, pp. 162-165,<br />

dá a relação chronologica das edições dos Gryphos descriptas<br />

na stia collecção, e referindo-se a Sebastião,. diz : .<br />

« Distinguiu-se principalmente pelas suas bellas edições dos.<br />

autores clássicos e. outros dos mais estimados, em lettras italiòas,:<br />

.e em pequeno formato, de * 8." e - de 12.. Dolet, Julio<br />

Scaligero è Conrado, 'Gemer cumularam-n'ó. de elogios.<br />

«Antonio Grypho, filho'de Sebastião, continuou-honrosamente,<br />

em 1558, na imprensa paterna sob o nome de Herdeiros<br />

de Sebastião e . cessou era 1567 de pôr em suas<br />

producçõès esta designação, substituindo-a pelo seu nome, com<br />

qúe continuou a imprimir até 1587, data depois da qual não<br />

encontramos nenhuma menção d'élle.<br />

« Notar-se-ha na nossa lista um João Grypho, que exerceu<br />

a arte de imprimir em Veneza em 1552,^ 1556 e 1576. Sopios<br />

de parecer, que pertence á familia dos Gryphos de Lyão: As<br />

suas producçõès são estimadas e louvadas, sobretudo pela sua<br />

exactidão na pontuação. »<br />

iv;. Em Paris estabelecera-se também um dos Gryphos, Francisco,<br />

irmão de . Sebastião, e.ali trabalhou pela. arte dé .1532<br />

á 1540, segundó o mesmo Crevenna, distinguindo-se pelas bellas<br />

edições, que deu das obras, de Cicero em caráct. romanos.<br />

As primeiras obras que Sebastião Grypho. imprimiu em<br />

Lyão foram Sallustius; Terentius; De Re vestiarid, todas<br />

em 1529 e in-8.°<br />

O exemplar exposto das Comedias de Plauto pertenceu á<br />

Real Bibliotheca.<br />

N.° 69. —^ Vray discovrs et tres espovventable dv<br />

Rosne desbovrdé a Lyon, le II.de Décembre<br />

M. D. LXX. Avec déclaration; av Peuple de<br />

Lyon sur le desbordement dudict Rosne : &<br />

exhortation à faire penitence. Le tout en vers<br />

Heróiques par Leonard de la ville> Charolais :<br />

Maistre d'Escolë & escriuain audict Lyon.<br />

A Lyon, par Iaqves, Rovssin. M. D.<br />

LXX. A-Uec permission.<br />

In-4.* de 24 pp. num., - incluidas as da fl. de rosto ; em


174<br />

cafcuä: italifcbs; nötas margiöles;. iihpr&säS grii typé réâoHâb:<br />

Logo depois do titulo oocorre a iriarcfedp inigïëssIW;; c8ftäitüida<br />

pfelä'flgura de ijiië dâ ëneëtra.<br />

i, i Gifiista de très pättesj cditlo iio tittild S6 deelfttaj ëffi tgrätl<br />

tddasi * Discbvür dv Rasnë desbbrdë.,;; Ôeclaràtibli faiëtf<br />

av pevple de Lyoïi dv desbordement:,; dil ROâtië j ExhöttätigH<br />

av pevple de l:vtm à faire Péaitencë; » Cidâ iittia d-'éltâg peças<br />

eomeça por uma gtandé lëttfe éapital bnlffla,' tëhdB tëûaé iiäi<br />

diStieb em latittl: A 'tercëira 6 ultitnà tëtthinâ : i Antëh; Pin:<br />

La, ronde dë là Ville;'))<br />

. Rarissime. Nenhtimä daî mâis niiüiMosto ttilfübgraphias<br />

eonhêcidas faz d'éllê tfençâds M«8 de Sëlâ àiifori' iftpënêi é<br />

Catalogue de P'jBjfyfo., de.-ifäföcty t. vm, p8|i J8Ô, Coi. il,<br />

43|ï) ;o désigna do seguinu; modo : ; :<br />

H M i sur Ilesponvantable ët merveilleux deSÜijfäfaÄht<br />

du Rosne d;ms ,et à l'entour !;i ville dol.yon, et sur les misères<br />

et cal.imitoz qui y sont advenues:—l.yon, par : V-'t.<br />

A: — 1.5 70: i/é-, Hulpeaw, in^f 'Pûçèir<br />

. J- MontrSi-Hilcâre^,$ lKénstîgne du<br />

Peltûàn, ïn-8<br />

6: — ig7i. —• kMt%A, Riikâï'ti L'illilfaakâ, in^S.' Pièce, » ,<br />

Gomb isè vê, àli n&9 iô, nâo Sè fîëéiarâ<br />

Aintd sC tmiittc a prêisëfife éàiçâd; frlta nfj Hièsnib liigar do*<br />

sufiflst», qiië nafràj fâltaiqile se; näb pdde attribiäir â pouca'<br />

important, da ob'ra, pois teve duas ediçôM Snc«êss'i>"iis e:n '.<br />

Paris ,1' àindà; diitfâ em Ruâd., .<br />

N^ prdpÄäi pärcis iliâicaçÔÔ iiib^râphioaâ


171<br />

tanto a preserit'ë fedlçãd 'edhio al §É áciihâ Sé falia, dando<br />

entretanto noticia de outras composições do autor.<br />

Diz a respeito d'este.a obra citada:<br />

— La Ville (Léonard de), íitterato francez, nascido em Charplles<br />

no XVI secul©;Foi. mestre-escçla 1 de ésçripta em Lyão<br />

e, jDtibiicòu àâ dbtàs SegtiinVeâ L Complcâftte ei Quérimvnie ãe<br />

l Êgtû'e â'sdn epóüèè J.-C. kóHtrè les Mrêti'çû'es et Tércs ; Lyon,<br />

1567,'Ín-8< 0 ;; — ThtiÇé de îa Prédestination, contre Calvin;<br />

ibidi ; —- Lettres "envoyées des IndeS Orientales^ contenant la conversion'.de<br />

cinquàfite mille protestants à la Religion chrétienne ès<br />

isles dç 'Sodor et de Eude (sic) ; ibid., 15 71,. i'n-8^, tfad. do<br />

latim: de. Fernando, de Santa Maria, jacobino.; — Dacrigélasie<br />

•.sfïHttièllè dû fài ÍChàHfrs 1X Sur les/còmbatÈ et flïctdirèb òbtènues<br />

córàh l'éystãitiefox ît febdîéstiéféÏÏfyùeS: ibid*, 1572, 'in-8. , ëtfc.<br />

Â'çêrba dò irlijjrëssOï nenhûrîiâ iiidíéàçáo inais ila à àfc'crëà-<br />

. cëiïtàr.<br />

O exëmplàr que a Bibl. Nac. âprësenta, péla súa extirema<br />

raridade; do poemà de Leornardo de la Ville pertenceu á<br />

Real Bibliothëëài , I<br />

N.° 70. — Les viëilx pápifers . d'un impirirhëûi-<br />

Recueil poétique pâr Aimé Vingtrinier<br />

Lyon, ¡¡g Scheùrïng, M DGGC DÛCÎt<br />

y ïn-8. 6 de '219 pp. num.,- comprehendidas as da T&blè deS<br />

Matières; em papel amareííado, contidas tpdas as páginas em<br />

uma moldura' feita por um fiíete impresso enj. vermelho* tèndo v<br />

a pags de subtítulo moldura de arabescos, '.em typo elzeviï,<br />

lettras capitaès fldîretëadas á maneira antiga.<br />

No v. da i. a fl., antes do titulo :<br />

Tiré par Gillot. — Entre de la maison Prudon\<br />

• No fim : Typogr'àphiê d' Aimê Vingtrinier.<br />

, 0 exemplar que a Bibi. Naç.i, expõe servira de termo de<br />

comparação entré as imprëssoës feitas ëm Lyão ná infancia dg,<br />

artë, na época -dd seti líiáitíí expiendor, è ilòá noâisóS tempos.<br />

Foi cdiíiptádò jJelõ Dr: Jtíão dé Saldànhá, áçtíiâl Bibíiò- »<br />

theèarití.


176<br />

ANTUERPIA : ANVERS.<br />

' (iAntuerpi&J* "" •<br />

N.° 71. — BibUa JSaôgfc. H eb raie e, C haldaice, '.Gtxce-, ;<br />

!Vv',S. :Latiae' Philippi Il. ^iëgs '..Cathi|j||Mtate<br />

;>,stvdio • adOsâcrosanctae'JEccles^ae VSvm<br />

I > ' /' " .< / // ' ' * 'i<br />

8 vols, in-fol.. Cotejando a desçripçâo minuciosa que de ,<br />

cada urn d'elles fazem os àiitores dos 'Annales Plantiniennes<br />

pp. 128-135, sob a data 1573, n.° 1, verifica-se que aquella<br />

"desçripçâo se adapta ao nosso exemplar ; para ella podèrâ re-<br />

Correr o leitor curioso.<br />

Quanto a data : o Bibliothélce Casanatensis Catalogus, cuja<br />

desçripçâo da obra, com ser. mais succmta nâo é merios<br />

exacta? di^: ; V. T. 1569. - 70.,' N. T. 1571., Ajiparatum 15.72^<br />

O Cat.- Bibl. Musei Britannici, na summaria noticia que<br />

d'ella dâ, diz entretajito :<br />

« BIBLIA REGIA, sivé, Antverpiana, Hebraice, Chaldaice,<br />

Graece,- fet Latine,;-cum Prsefat. Benedict! Arise Montani et<br />

Apparatu. Ant'.' apud Plant. 1569, Fol. »<br />

O Catalogues dà, Bibl. Burbonica, 1, nâo . sô lhé. recûa a<br />

data, coriio lhe dâ mais um volume. Diz elle :<br />

« BIBLIA REGIA ANTUERPIENSIA, Pétttaglotta, i. e. Hebraice,<br />

Ghaldaiçe, Syriace, Graece, ac Latine,.. Philippi II piçtate,<br />

iussu, ac sumptibus édita ; curante Bened. Aria Montanô.<br />

Accedunt Apparatus, cum Lexiçis, aliisque ôpusculis- Biblicis.<br />

Antuerpiae, per Christôphorum Plcintinùm, 1568-72 ; .vol. ix.<br />

in-fol. »<br />

"É em nota : « Novum Testamentum Graece tantum,<br />

Syriace, ac Latine • inipressum extat. »<br />

Com effeito .0 vol. v consta do N. Testamento Jfiterpretatione<br />

Syriaca.<br />

•„'• Glementy Bibliothèque Curieuse, 111 -<br />

« Biblia Sacra Hebraice,. Chaldaice, Graece- .& Latine,<br />

Philippi II... studio..'. Christoph. Plantinus éxcudebat Antverpiae.<br />

(1569.—1572.) ih Fol. Vol. vin. Edition très - rare. »<br />

• A suâ^ desçripçâo, feita vol. por vol. , cuidadosa è exacta<br />

si bem que sobria, muito aproveitavel se torna aos bibliophiloâ.<br />

Referindo-se ao tomo v, diz Clement :. « Depois de uma bella


177<br />

estampa e diversas peçâs preliminares, vem o Novo Testamento<br />

impresso èm iv çolumnas, que .occupam cada vez duas<br />

paginas, fronteiras uma da' ©utra. A priméira columna apresenta<br />

a versão sy-riaca corn 'o seu cáíacter fjroprio; a segunda<br />

uma traducção. latina do syriac.o feita por Guido le Fevre'dg<br />

lá Boderie; á terceira Vulgata e a quarta - o texto grego.<br />

Deixou-se em. baixo das" paginas espaço^ sufficiente para .a<br />

versão syriacá, errí caracteres hebraicos, com os pontos, para<br />

facilidade sdos qu.é não sabeiii ler. o syriacò. »<br />

Como a edição da Biblia Antuerpiana anda truncada em<br />

algumas bibliotheeas> .ac.cresèenta Clement: « .. ...esta obra deve<br />

ter oito partes para ser. completa : cinco para á grande Biblia<br />

e Ifés pára-;o Apparatus;. . »|<br />

Dibdin, no sèü supplement© 1 á Bibi. Spenceriana, diz:<br />

« BÍBLIA POLYGLOTTA. Antv. 1569, &c. Folio, 8 vols. »<br />

.. E,. posto qtiei só lhe consagre cinco linhas, depois de se<br />

ter eximido do ¡trabalho de verificar a data extrema, classifica-a<br />

verdadeira piagnificencia e edição talvez única.<br />

Brunet, Manuel du libraire, acha-a muito bella e mais<br />

completa que á Còmplutensey 1514-17,em 6 vol. in-foi. «Elie<br />

doit ipòurtant, açcrescentá, trouvér une place dans toutes les<br />

grandes bibliothèques, » E quanto âo numero de vols, e data<br />

^da impressão: « Antuerp., Plantin., 1569-73, 8 vol. in-fol. »<br />

A esta data extrema, 1573, é que queremos chegar.<br />

Na interessante e completa monographia que acêrca das<br />

edições do famoso impressor flamengo, honra da patria e da<br />

arte, escreveram C.- Ruelens & A. de Backer, Annales Plantinienne,s;"de<br />

1555 a k pag. .128, data 1573, n.° 1, dão<br />

elles este anno para a impressão final da obra monumental de<br />

Plantinó. A descripção, extensa e circumstanciada, que d'ella<br />

fazem, põe de accôrdo o exemplar que, descreviam com o que<br />

a'Bi^liotheca <strong>Nacional</strong> ora* expõe. Consultaram todos os dor<br />

cumentõs, tiveram á sua disposição todas as informações: do<br />

seu ássêrtó, pois,- se deduz que a sua impressão, começada em<br />

1569, só se concluiu era 1573, embora no vol. ultimo da<br />

obra, na fl. de rosto, se Teia a data de 1572, .que se repete<br />

ho fim d'elle.<br />

As datas de impressão de cada voli / observadas no exemplar<br />

presente, são as seguintes: » '<br />

O i não* traz indicação alguma a este respeito nem na fl.<br />

• de rostQ,,nem no fim;' no 2. 0 prefacio, porém, de'Montano,<br />

lê-se.: Datum Antuérpia. X. cal. sextilési cloIoL XXI. Em<br />

üm dos' âç.tós don rei cathoíico acêrca da obra vem a data de<br />

*569' e na 'Censvra dòictorvm Parisiensivm a de 1572.


178<br />

H W .¡Rimerá*:,. B H [ em língua •iáste-<br />

•lfljna, que sê J'e Iqgo adeánte, vem com effeito o seguinte \<br />

: •< Fecha en la nuestra villa de Madrid, a veyntg y fios,<br />

Mfpgj; mes. Sê- Hebrero dei : aûo-'del .nascimiento de nuestrò<br />

S^lúaáqr jpP; Çlífisto, dfe mil! y iquimieiitos 'y setenta ytres: »<br />

• Do que naturalmente se ' conclue que estas peças foram'<br />

íjnpressas depqis.de terminada a imprgss^|irà|»;^S<br />

¡1 nãò téiii ija^t' tambsiti:<br />

NBii Saò se vê nenhuma declaração de .^líitttí&í<br />

jhEI^^^EK^S •çffmmmií''. piantims •Mrmfr0^<br />

M. 0,<br />

O v.tpaz no faq éfã fl separa jf/itaîrpïœ excvdeÇat. .<br />

(a marca do compasso) Anna çló, le. LSXT Ivql Betrvaríi<br />

O VI, Nròvm Testanjentym,, dá ,ã de îfl. D, t-XXII "<br />

O' yn 1 t ' • ' Ú ifnk Tdio ni,<br />

a mesma data Este vol .contêm ¿¿¿tas gravuras juntas 1<br />

: vi© v.u, ¡¡naliníiitf, J-mmn ••&v0tv>ê, • tantq ji§ fl. de<br />

tpsíQ çsfflo. ns fira, íwi-B fsfà dp í57í isindi."<br />

¿Pxjp, rgsjj^ítg, d'este gMndSeijqtecinieqítiíJIQS domínios dá<br />

, ílilprçnsft,: paraphraseando Clement, diremos : « AW, fef.O<br />

SfíWTo,, basta 'garaS^^nliBr a disposição d'e^'fj, "obra impeUfijte,<br />

ju?(0 ^ pfçnj mçsmo passo notipia<br />

dos eme nejlatqmâram pai te, ã t? \ c ir<br />

(me Ífy/Çfj ^çvidçi.<br />

%V honra da idea tx - 1 jBi J irisf|8|| ÍPlanlSiõ. A glorfl<br />

da sua reahsação catje: aõ rei de Hespanha Philippe II Ao<br />

eardpî fSpinèsa toça pão* peqUjéwparcsUa, ,por ter induzido,<br />

ggjfei a «oncorrer para «Í|p$aí da imjftfeSsao, auxiliando de<br />

ma^Q eficaz ao famò$p -typographo Mão 1 mencionareniôs' ps<br />

nomçs dos qjie ; se '..encafregaraiB 'de organisât, traduzir, harmonlsar<br />

todas as partes de que' se' compõe a obra, rara nãq<br />

Ali|f|af : d£ma0iádò' j^píJOifiá;'.'.; 1 ,<br />

.¿ííSPP.^&iHtpre? dqjjAqnífs Plantirrfapos direipoiiHS<br />

I G • . #áj(?jt ^oqteciHiçnt? 4s<br />

d ti Clirisí. Plfiníi;^-^ çoiqq o Thesaurus gzfeçff liqgç® q ÍPÍ<br />

da vida de "HppriqJj^ EstevãP- Bastariam.esVej diçíis Bipsu-<br />

0 nome dos .t.pe tif r;n-<br />

$epi-• OÍ-^stfttelseiiïifntfï dé cris e Antuéípia<br />

teíiam SeiH riuvidS&dcançadp JWtneaija, Bias pm que<br />

cpn^jstjpia a. spa gloria ? " " '<br />

« UStijns il'ef!.:! 'gglfbrn publjeaçãQ constitue, umapagiq%.<br />

isiporfante, dí vida sJe PÍantiriq


179<br />

KA examplo. de Van Pfaet, dQSíífeitóferes do eaíaléHO<br />

• da gfcllothfega J3ê Amsterdãí eiOutroXfflNgfWphQ&.legnSlB<br />

ao afane áíMfsfi a çlata final da i B ^ M H H W i<br />

nhuma • de partes:-tragi data pqlteríar i lija,<br />

motiw-; to^q o CQjpí dá¡::»Kra ñ'épu canBluidai.entteSjíhnás<br />

de 1360 s j'572; ití ultimas indiéaijões ¡si». de diviií^- meaes<br />

d'este ultimo anoo; ás preliminares, pbrem, que fonriaiji uma<br />

volumosa intrPduSçãb, sfi^íãhiram PlantíüQ no<br />

.{ftjmeçâ da de. tjnj. , Qqrfa effeita, dqis. das- actos nella raeneiqnados,<br />

os pjrivslsgias de Philippe II para Ca^ttlla e Aragão,<br />

são da 22 de^ Fevereiro de 1573 ; privilegias oanéédidos depóis<br />

do mo.tu pràpirta Gregaria XIII, datado de r.'de Setembro<br />

philippá II, datada de sa de<br />

J|¡$ip?l®f|> .Trienio gnno, »<br />

Rsfenn4b se a importancia db ^tabe&iipftittk de Plan<br />

nipnDgrgphfft -fif<br />

, f f ri:ti, Para néSi porem, a gw:ije fiüií in:i ¿e An:¡ii.-rp¡,i<br />

H B m « H * ¡r é fP n hffiimép|^:;inteiramentf'MrticHlàres;<br />

TO&íkrr» prestou maig- serviços! sfWncia, na Beígíçfc nwlíHmà<br />

iBBjsQffÇfa.í^pme. rila favoreset: q desenitoÍYimenW&s<br />

flirt 1 ®»?- Pode diserte au.ej.ejji' torno ^nomedwlantifaf : |g -<br />

É|rupam


lièijlfeó<br />

IÇO<br />

BgleJ livrofflJjRtfemamfente raro s<br />

M ^ n m n m dos autovavel que<br />

"«JEMPlantm»mptim/dÒ a MS|ll§ Ijísí* 13 *^ 361111 duvid:!,<br />

,ccip3§|sem importa.ní^ 1 , almanak||gabeefedaTic|J| & - , fôi esta<br />

t&imha


181<br />

^de Antuerpia ura museu,. gç>:; na, sua especie,,composto dl<br />

edificio, do material, hvrana, quadros^ e %chWos da famosa<br />

§|Oflicina, «conservada até aos nossos dias por seus desmientes<br />

•HBhuDMoretus. » V. a este H H H H i 7, do<br />

• ll^élíte; Catalogo. ..<br />

I Christovâo; Hantino^çím em 15Í4 ém uma aldeia peVto<br />

BHUBSE era filho de...um creado de servir. Aprendeu: o<br />

^officiq^edm um impressor,©m CaeiFê ali |psÉou. Em M<br />

d ' 0is PÍ|i de P ô . ls , do' mis. in.cnto do primeiro .filho,TSlí<br />

morreu cnança-^beftA-se êm Antuerpia, que era então a<br />

cidade .mais ílnrcscenti: e mais opulenta dSnorte'da Europa<br />

.„Exerceu . a;; principio a arte Ce •cncaderimuor e preparador de<br />

marroquins. Em. 1555..,¡abriu Uma femená typography e em<br />

poucos annos, apesar das perturba|§ls. feligiosas' do tempo»:,'<br />

. .tornoú^ío.primeiro miprtssor dos 1'aizes Baixfil alcançando':'<br />

de Philippe II o titulo de .impressor do rei, Protoh-foiraphus<br />

Ke&us, tnniirsc lfc em varias das suas prmcipaes edíçSéé Ao<br />

mesmq, passo & ^sua livraria ' era das mais Kmáffleraveis da<br />

i etjpíía. JMgannos' em que o partido do príncipe de OrartdU<br />

.'esteve de'cima, foi elle o imprêssofí official dés ; EstadosfflgB<br />

transferindo-ia :d;ép0is para : teyd®, íimpfessor dá<br />

SWmversidade calvihiftap dóS ; Estados? dá' Holíahda. - Wpòis*<br />

da tomada de. Antuérpia põr Alexandre' Farnesio, voltou a<br />

gjpumir a direcção das suas ófficinas|i que deixáWab cuidado<br />

• ir seu genro Míjretus: A partir de rçíi; teve Kantino uma<br />

j|®.-sucCursal èm Paris. Tève taffiÊem' agêntéfcm Hespájlfia,<br />

:;deppisi.isása filial em Salamanca, 'e ^tflfeonou abrir Outra em<br />

. «ondres. Uma .parte: da Diluía em hebraic® ; (is6éf«"lespalhad|vpâr<br />

um agente 'espéêialjgeü em Barbaria. Todos As<br />

^Síjj í a á « lel.re feira deTrancoibrtc o:¡ lá mandava uln de<br />

Seus genros. Poz cm pratica toda a sua vida a fjSibi!á¡ divisar,<br />

que adoptara Lahore et tonstantia Nao obstante a&Ialamidades<br />

da época,'apesar de»'embaraços financeiros,|fbralgui¿<br />

>.||mpo insoluveis|f| sdeMfficuldades fiieessá»teS, ¡.deiB^^iria.<br />

«tuna que p Sfir. Roosés, autor da mohpgrápíiia mrafomeníã •<br />

de que;>e tratará no 11. 0 73, r.ào receia avaliar cm mais de 4m<br />

milhão de francos.<br />

« . Passa depois o Sñr Rooses/que úoè ministra estes dad'ps,"<br />

em revista as pessqas, dar família e%stranhaSi que' es^Stm<br />

cm contacto com o fábiòfe typográpho. Kentre esfatc|>nvem :<br />

;®g¡áéar «Hirçetòr da afamada Bíblia mTiMMj'íSiJ».<br />

ífaihicq . Arias de Philippe II,liJuSto<br />

Tipsio, illüstre. e devotado amigo de Plantino atj>"á morte<br />

8Çj|ste^v,-:<br />

i «lEsta biographia de l'lantáio é ao mesmo tempo uma


182<br />

galeria át»á sabiò§s ártlMte,; impféSòrés 8 livíêiros flô Xvl século<br />

iiëë Páiíes-BiíítS ffié & sflr Paul Firêdêrfa}, ná Revue<br />

A sualeitura levaria ao con .''¡'••Íílfpvsife 1 parfisu-<br />

.fepdaàe eoiiteúiporaiieá curiosa, relativa não só á arte 'Oe' iíi»primir<br />

e kòs; que nfíia ise'empregavam, como »03 prSpriôs<br />

autioreji «lãs, obras qui fnt% se estamparam; \<br />

A pèrtê Jhêmetià ëëM'êëhîSâte ã Bíbtiá Mtgiti, qtíè<br />

à flifcb Nâc: BkpSè, ê itttià ffiolfegíaplíiá 36 stibidë VaMIJj na<br />

,pial se ênfeótitiaíè píêfeWaS ' fiafftiéhãíésáéêrêá dbS .átàqMéS<br />

apaixêfiádbS que j solevântdu «le gíaiidg emphfeëndlmëfiib<br />

séîefltiïiëâ ,ë inaústtialí sem eiabàígó dá protectora :tpjih«',4i;:to<br />

dS FapS fe do Rei.<br />

' C. Rr.eÍeiis M Á, dl Eiçfe, Jitt® Piœ^tmmf^ dão<br />

.<br />

3g tal modo poiêm que maíPpatfSiíiuma phantasia de artista<br />

sffi^^^R é^cfâfcípfiginal jfflj» m^niïcâ^c^gjapliia<br />

çkiî^^jii Fí$p,èh, do Sft^ mòp^Ss®* EDffl|<br />

'MireSfi^ 'Rolfll®^<br />

antigas miãròas da imprensâ pfe^tini^na<br />

O ^ftmplar qué fa JfiMï^ëÉifc Naewmal expÔe da BtíSa<br />

^ ^ • • S E M S-èái biblbtiêfiïl' pr^vinÇo• livraria<br />

pu©«á de S fe«K}ïte, §hi Lisboa, por doaçUa d|$x>po Soaras,<br />

a ( N. fa 92. Deteriptiõ pvbÍícSj gr&tvlaiwnis, sp«c»<br />

Í taéviorvm et ivdervm, in adventv Sereniss.<br />

r'Principis Ernesti ArcfeiScis Aystriae..-. leígicisi<br />

Ptwirieiis a Régia MàSWGathoL Pfciïfecti,<br />

Ari. M.D.XClíII:.. Atifterpís ëditofvm.<br />

G vi est praeflxa, Dé Belgij Principatu ...<br />

- ftarratíd ...<br />

Cnm carmine Paregyrico in eiusdem Prineipis<br />

... in c.-asikm Prouincias aduetitura...


183<br />

Othnia a foamíe Borfrio ... tíonãeripíá.<br />

ti ** Ôfficina Planitínanà. ' M.<br />

D. Xl V.<br />

ijfíto fim da. píinleirâ p/ffté lêisé/'<br />

^ H • otea mittihma, ttfa/i mvdM a-jÍÀliéik<br />

Afóntvni. M.£>:XFC. > •!":ir.


184<br />

,' O.títulò,. emi|(;rrnél%> i'in:noul>:mdo»i:m um<br />

frontispicrôjí desenhado porâSüofredo Ballain pairai próprio<br />

Plantmo, 61^1564, e qiie«mnca fora empregado, utilisou-o<br />

agora oiiáfelligente impiessor tonlBporaneíMeptQduzindo-o<br />

.J>or phototypia ee'dandoS paja 'p&%lil©"do "magnífico p .expies-'<br />

did® monumento ejguid^á memoria do apho régio •<br />

VErêcMe ao titulo o retrato dej?lantino, em Bto, gravado ;<br />

a âguf-forte por J. B. Michiels cm M y com bjfaif simile^..<br />

'j£j%atuia d


185<br />

Plantmo, &é MagdajjÉ|, sua mulher, de Crispim 1 ] i f|<br />

* antaerpenM, de ^ía%de 'glije;iamdo%!ravura de i M S<br />

I B H h arcbiduqu'e 3' Vustria, ¡fnernad •<br />

' BápÉiia; HiSglrt;, autor,d^M^&gMMSS<br />

íy MleMMflmteeáe&tM , . te, de CarlBdel'ffi'lifee de '<br />

^ ?lSü 0f ÍÍ 10 ' flBMi^Pno» d lespectivob '<br />

ímmovèiáf ffiflUantia' áWi^2Q


186<br />

séü ápparecínÂft, édttóájpa >il§ sfir. Pätil Fífeáerlcí} nâ Rivúe<br />

HisUrfqíát julgámos sätisfäzer a jasta c&iosidadedó lèittjf<br />

de bibliophile qtií hão tiverem á mfto a bbra möhutttehtäl.<br />

Tüäo ö'frtie esta flbticia e a bbra Sfhgüíar de RotlséS pddfcm<br />

conter 'dr-MWKSSe relátivafiente' à Christbvãô Plkntjtiõ, ja :<br />

fldàl pbr íiós apíaVeitado mb h ' 71 do fresâttê Atâlogô, a<br />

prbpositó da sha Bíblia Pènta 1 > tá.' .¿¿^<br />

G'sflt. ü-ööses, etíéarjrégadô de otgatiisaf o -museué dfe<br />

ápíovèiiárièe, parà a gl&rificaÇãô do liômê db mestre, dé tudb<br />

qéaãto se gäaräaVa nas . suas áfátnadás. afflcinãs^ tem apresentado<br />

muitos e eruditos: ti-ábatiibs acérca'' dâ ítnptenáâ plantihiana, *<br />

eHfcâ«»»^ Plàtâtn é^ttia profegbaf ||||rt,12ete Ädifljjéfôíiciá.<br />

: " " ' ,,<br />

Ja a ßMue'vSifttäir '« France Pêfrdjtgt?H tfb<br />

sèú a.' ij, dt»'fci.tfe futubro dfc iS"?6, pp 404 é 405, titíná'<br />

chainádd á atteneão da Êttfápa e d® mntidö páta a. ftmdaçãb<br />

dSilöle mtäilt'iíiatirpfeçâtfi -'.ebinò "uma : vi'r;!:ideifa<br />

riaiavilha ¡quê .síria' 'li l.rtvf jnttfvj:«« i'i..:UÍ!iii-ai,«.i Sfe<br />

toddá ^tSli-KisÖs de mjhaMax, täS attMhente pelä stia espefcial<br />

tfelltíâ^ê espeèiat valor Ö"1ari;jgb da ReÈtgiSaimque föl trátfifóido<br />

paf| ."VorttigueÄ e püttieattÖ intêgralnjeflte no Gaio de<br />

14 dé Abril áèJBIí'.<br />

iRefeimdVte a ofcc inâ e seus|aposentos,r que ipela phototypia<br />

tèiitds ¡âeséites e füé 0'âú'tftr do alludMb artigo teve a*<br />

ferttifta'Slägride<br />

gráVes J àeôntetimentolÂqA &Aira, relémbraÊdo'|;m persfr :<br />

nãgê&S Htótorítos da ep§je; v® 1 á. lembrança H<br />

merisagéirós


187<br />

ií Compíehenàeí-rsa-ia que contentajtieilt® J&fatti Senti!<br />

oís /-eus .«lis quar.dn viram èm Sstedo dS eflWntfaí «¡té pâ-'<br />

qàâ; o 'cuitó do Jlãs^ãa loíjtâo 'féiU<br />

giósáüiéntegpárdadõ, sem que um SÓ documentó) um único<br />

opjfiC.U d»; arttfc t>è dic ést Tabaei, tJêu Jfi- XJ<br />

Gotiatia -ifscriptio Medieo-CheiriírgicQ-PHârmaceutifca<br />

vél ejus pni parado et tisú!; itl dirtnibus<br />

fêrfriè cotpóris Hiírriafti irttiõrrttitfiâ. Per .Iohaflrlfeín<br />

fífearidrum BÈènjéníetn, Philosóphuin et<br />

iMediçum,<br />

Luffluni Batavomm, ex: Qffipihà' ;tsu$ci-<br />

El'zñtífí {nrati ArailcHiiie Tipiígyaphi, Anníi<br />

1 ' • !<br />

In-i}.- 0 ; de aa ff; jrfel. inn.j 357 pp; iiutti., 2 ^'íiíifí'XJ,<br />

as/EO ff: iiin. cdntêero: na r.' fl. o frotitlspi.e||galtegorice<br />

1TO. ÍSitulop*.'WBKÍjarfeacQ • lio vi'rsr, dá 2.* fl. , ó retraiu<br />

at? u-itur ^rt.'- 3Í1 de Le Í!!:!::^^'.'rifólo. Hirpo. í-leftlro do uni<br />

Oval .insèripto ein Um p.iralleiogronimo. grávado ã buril pof<br />

W> • Delff, segundo D. Bãilly, trazeiido no' òval • o seguinte • •<br />

dizer í « iOHJsWNES nEAÍÍhéR bEEMErSIS, pHILOSOPHUS ÉT mE- •<br />

VWWÇ- JÍNATFO AN;" XXVJ, »H^HNT : '<br />

rnarg|m ntj^olr, quatro disticos latinos, subscriptos por P. S.,<br />

tómbem gratados j r Epistòlà dédièatbfk jllMWibts »¡: datada "<br />

' Lugdípi apud Bátate» 7. Kâl; Máij Stjfl. Gíegoganhò Do-


188<br />

miniMesJlghjisti ÏBrrçatoris Ven »^^Esignada' « Johannes'j<br />

l^ean d£r - iSpigûéngl^® Pra|^<br />

H iï.||J@ H 4a RH^^^fl^^^^HB ^^E&SoGES<br />

«§ji|S| Dvran^fc^éMramma^), B« • • H TdsthiyftMi-<br />

WËK » fl.pl S<br />

•j dê ia ' doï» epig amn^yfín v f i V.* - laœ »,: ! ^îgnàdos;<br />

'üifÉítvs Ravpten® M fflLe," no v JlTatiaci aliqtîjit diffeién- :<br />

tiae » , na 20 o titulo »II a Palavra^cbmMoX e em<br />

t A numyra«ao< *atiÉ5gi tia pagfflïgsegumte, que é jygjceira<br />

AKEITORSE^ tnSt^- 7, lAdrfvíndo notar q» pot ertO'dein<br />

*1 pag. 2® païaUjflnB, ïji,<br />

:<br />

>.'~ïijBfim gtcorrem 2 ff. inn ' %mt.endo verios. flamencos<br />

en, -ZàtfP'VgjS^P Taa -^i, es N^ndir,<br />

3 ï ' b "*," , VSjíffl<br />

O froiiítÀpicio, gravado<br />

broück, vem descripto 110 Catalogo dé ^ ^ l i d h i d ) )<br />

no Dl&onnaric^e Biijlra AoidïœJljjjBj doftitulo ja jran -<br />

e Diana,'^e/n pé sobre iMçlç^ 0 ®-?»'<br />

duas mulheres-ieprejjrita •• • • 4 1'. •<br />

mic|^B'Wamca ^ H B j ^ ^ ^ ^ ^ B<br />

e sobre elles a data: ANNO 1626. Sem«gistîo.<br />

* Irf 1 h 1 i < I J :xto afcliam- SSL 1 -<br />

^¿^^^.S^primei^^g^ada? a buril|j|ei]p> afegnaturajfepre<br />

KSÎai^fÎSiÉ^^^ de jcada! urna<br />

«¡•Slii^^<br />

d & r ' me Íl|<br />

assigna I * N 1 I 1 •Kg-'" r . ¿, nas 7, r9jj£M ï^'iip<br />

H 27 • ^ ^ ^ H J ^ ^ ^ Œ B H H ^ F F L<br />

•vaa t%.tént>rouck, .representando a maiielra de--eõll • . IE £<br />

• ¡ ¡ M ^ H ^ n tjgBgteenr I |iM| M H h K ; '<br />

M m m m n<br />

WÇ'^-vem dí,criptas<br />

m g h<br />

|<br />

HD<br />

não trazŒMpattS (¿1 1 , I -1 '"1 ' lligmaicalîi-n'as<br />

L I I M W I M I P " ® 3 FLLTIIBASR-I^-P S RA :<br />

Ïvïtd^" a,i6uâfl| remSptam diverses utenstlag para fumar 0<br />

tabjbo î só aftiltima vem àssignada ElXÊgit, mas ;êvidente|<br />

sâiiltï^s ^pSSjillf<br />

ItiWffliiPBi<br />

VB<br />

: ^V-fi^-Bs*•*<br />

•Élem d^fcjbís^í. S.<br />

U<br />

16« "'-4° de 20 ff prel mnj<br />

^»npreheiMi&î njà® num||l|s| falso titulõ,s


189<br />

frontispice gravé, .précédant le faux-titre, et le titre imprimé<br />

V ® slble B mais je perffeî.âu'ali^Kst W fhmBfeiel<br />

ajoute pWfeîoup, pafflk qu'il n'a ¡îas Me,feuilliat


190<br />

estabeJéeer-sAcamo impressor da A.« .idemla, e publieôít' ®o<br />

Barlandi.<br />

camitum. historia et íeméi, iM^ Matap&gs^^fic. Chr. />/,«•<br />

tini, ii&A, ínrfol.', illustiada iètn bellos íetrMoi gravados sobre<br />

^bw :.. Peja retirada 4a Plantipo estaJ oficisít pâSsõtiípir| seu<br />

gemo ÍRaphelinge Data ainda do<br />

isento (ios RJaWirw nerta- a 1712 quatowè .<br />

membros ¿'aâta notável tamill.i iwww.im ií arte. typr.graphiin<br />

i) r a-,H¿ÍWnda!;s;%n%j& d« l.«yd


íei<br />

- — .* Ioanoís Boten de Kegno Gallice íe.latio », de pp. 56^5^ :.<br />

— (Í Règvm et reginarvm eoronatia »•, de pp 5 fg-6p6<br />

p| t Series èt chrímologia hrevis regvm Galli» % de pp. 606<br />

-kúif-<br />

A-> 5. ff. inn. coptêem : •<br />

Vtíi «Tifpai:. in Rem^llícaráv' Galli® iy que vag do veiso Ha<br />

- S*íf8f3 ate a 4 » fl. jmçi, r. I<br />

— « Svirima Privilágt^Ê ;; 'íiattío -Ma-ij, 1626 x, i^ asl'<br />

I •'.'sigttádp «. G, V. Hertevelt -yj » e i I vau Góòhii>{ aua<br />

>'i}6G#a,a v. da 4J fj. mn. a'* r. da s^uinte.<br />

exempla^ exposto, nitidamente impresso e em peiteito<br />

esfcdp df consefyáção, faz parte de uma bella ca. n 1 ' / ¿V »<br />

pequenos .tratados.' estatísticos, de differentes estados editada<br />

por Boaventura a Ãbráhão Elzevir; ¡, éstes tratados, impressos<br />

tadps np formata • ifi 24, são conhecidos; pela denominação<br />

"'-'geijíl'Séfiif/iças, e 'o numeru 4 ella sobe a 33, segundo o<br />

^f»Mit^rum^ffifna ElseVirtaUtté:,,, 1644, m-4° de 4 ff; ,<br />

jt MMse catalogp Jao eiradas na seguinte ordem — « Angtee/V,<br />

• YeneàJÍ:$auno®, Romana^^Wli®Pc|L.'<br />

lonia, WjWjíÇ. Helvptoe; Da frincipatibus Itallfe, Hispanue,<br />

Dâujee, Belgn conffijerati, Rus^A v sive Moasovise, Tursi®,<br />

SIÍBGÍEÇ, Impèrii ipág. : Mog. sive Tndiae, Hebrseorum Cunaai,<br />

Grascprum Emmii, Tópographia Gonst. GyMii, Idem de Bos- ;<br />

fltoo Thracia. Africse Leònis AfricanC "liriiEe, Busbequii<br />

Tuteica, ValasiáS ét Alpium desçr , Rhetias, Mare lib. Grotii -- -- íf^ o<br />

£ O Privilegio concedido a Boaventura e Abfahão Elzevir, í<br />

em. 15 dá Maio de 1620, para a publicação díestes tratadas a J<br />

\.%JJ . ura efeito retroactivo. E, com effeito, na Svmma Pn \ Jí ><br />

l<br />

!fMpf-- que se e:ncontra no fim do, exemplar descripto lè-se: 1<br />

« Me quis pratar iilorum áiit hauredum voluntateip atque com- \<br />

^ -¡«tesim:. mui il.e»i!!»iiia proN;i|io,- ';ais in - regionibus ulla ratione )<br />

' eicudatj aut alibi filtra proviriciajr-- fexcuSés ipfurat vendalve, - - -<br />

: Ifhrcisj I, hunç pr®Sentem, cui titul-us, Respublica, sive Status<br />

Mgni Gallife 1 •' - ri, edítos; ante huno súb istis ferp titulis, Respublica<br />

Angli», Venetiaraim, & Romana; in, pauloqiie post ,<br />

tractatus de : Republica & .administratibiie Septte,<br />

Polonjas, Hispânia, Dâiiise,' Norwegie, Sueeise, Grffipiffi, Turcise,<br />

. Vogar»', Qennaniaê, *Bohemis, Helyffis.<br />

1<br />

. •' AsyPepi/ó/icas foram -tão -proGii-radas .a principio que qiíasi<br />

todas ^^ítonmiram^ari^vezesSl^ffiando^flgiMtes,^ ter tres<br />

edições diferentes no meáao anttoísiiíerdido, porém, o meritqkg2<br />

da opportumidade é esgotado o iprazo do privilegio, os editores -<br />

Hão eòijiplitaparo a cpllecção. Actualments não são pjacuradas;


192,<br />

entretanto," quanto á execução typographiça, áinda devem<br />

merecer particular estima dos bibliophilos.<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue duas, collecções das Republicas;<br />

uma que lhe foi offerecida pelo Ex.?° Snr. Barão de<br />

Vasconcellos (Rodolphd); e outra : que pertencéu.'á Real Bibliotheca.<br />

A primeira está completa e os exemplares perfei-><br />

tamente conservados e encadernados em marroquim vermelho;<br />

á segunda, menos bem conservada, faltam apenas 2 volumes,a<br />

saber : Bugbequii Turcicà, e Mare lib\ Grotii.<br />

Em ambas ha mâis de uma edição de algumas das obras.<br />

O volume exposto pertence á primeira collecção. .<br />

'/.•. A familia "Elzevier (Helschevier, Elschevier ou ;Elsevier),<br />

é originaria da- Bélgica. D'entre os,seus membros quatorze exerceram<br />

a profissão de livreiro ou a de typographo e' prestaram<br />

ás lettras importantes serviços durante cenío e .trinta annós<br />

consecutivos, de 1583 a 1712, tendo-sê estabelecido todos na<br />

Hollanda,.. em Leyden, Amsterdão, Haya e Utrecht.<br />

Luiz Elzevir, primeiro do nome e chefe da familia,<br />

nasceu em Louvain em 1540 e falleceu, a 4 de Fevereiro<br />

de 1617. Passando-se para Leyden em 1580, desde 15% foi<br />

conhecido como livreiro. O primeiro livro impresso com o seu<br />

nome v foi: J. Drusii Ebraícorum qucestionum, sive qutzstionum<br />

ac responsionum libri duo, videlicet. secundus ac ter-.<br />

xtius.. In Academia Lugdunerisi, 1583. (In fine:) « Veneunt<br />

Lugduni Batauorum. apud Ludouicum Elseuirium, è regiotne<br />

scholse novse. » In-8.° peq. de 126 pp.^ç? A- inn. Tendo-se<br />

expatriado pôr prestar adhesão ás idéas da Reforma, voltou<br />

depois a Lèyden, publicando então, de 1592-1617, 150 edições.<br />

Convém declarar , que Luiz I nunca fòi impressor, mas somente<br />

livreiro. Déixõu cinco filhos : Matheüs,, Luiz II, Gilles, Joost,<br />

e Boaventura.<br />

Matheus, qualificado de livreiro em Leyden desde 1591?'<br />

o foi até Setembro de 1622 ; -por morte do pae associou-se.<br />

com Boaventura. Morreu em Leyden com mais de 75 annos<br />

de idade aos 6 de Dezembro de 1640. Deixou 3 filhos :<br />

Abrahâo, de quem trataremos depois; Isaac e Jacob. Isaac<br />

foi impressor' em. Leyden de 16.16 a 1625, vindo ..a fállecèr<br />

a 8 de Outubro de 1651. Era elle quem imprimia para;á sociedade<br />

do páe e do tio, A officina de Isaac foi a primeira<br />

typographia elzeviriana. Jacob Elzevir, o terceiro filho de<br />

Matheus, foi livreiro em líaya de 1621 a 1636, e morreu<br />

depois de 1652.<br />

Luiz- II foi livreiro em Haya antes do precedente, pouco<br />

mais,, ou fmènos desde 1600 até 1621, epòca da. sua morte.<br />

Publicou apenas 4 arestos e umà carta acompanhando um d'elles.


193,<br />

i — m Ê K Ê m m<br />

> M W M M<br />

HBBBHI M — h h b b<br />

• • B H U B H R M H B m I e<br />

II;me#e- em ^ ^ ^ B H H M H ^ H I U H i #í-oiinnada-i<br />

I ^ e é W o prie^forwí, B B H H<br />

B tmprensa HBHHg^^UBEB " fUndar<br />

, Bowntur I m I(8, m ,,<br />

•nB^H^flRlHlMHBlM B J a íe «fcpavá -<br />

— — M M Le /l en ' IbBSÍS a 17 de<br />

b — — WBÊBB&ÈÊ<br />

• Agostb GãlEi 6r, IHSHH MiBBBB SBÉSS sm • R H<br />

tio e o* I<br />

• ^ • H H ^ B 2 4 e 25-de De-<br />

I qjfaac H ^ H U H H<br />

^ ^ n H H H H I K i i i m H n H g<br />

M m b b b m m — 1 ü i •<br />

1 ' B B H n i<br />

M B B M B B I B H H H H B Í H H ^ ^ ^ O formaJ|||;<br />

Haya$ I | B H B B ' ficou da hvrana de<br />

1 1 mm ilitòMMB BBHHl<br />

H ^ ^ B R B E H 1 H D l V a t h e € I<br />

« I ' •• S n U B S • em H<br />

I H H I H H H<br />

B M M B — I<br />

— a w B B i E U BMIU—II1MIM<br />

H H ^ ^ ^ ^ B H B B H IgíMflFfM<br />

• I l i B i i i B M M M I<br />

< i ^ i n j — i


194,<br />

KM fleiMiido fílhSS meftorêã, entrt


195,<br />

rtffittâB vôçifc repetida, cômquanto também kppartça a indivAviC'<br />

f,uJv'H'-Í/trl t\hr?iri7/m ¡ititolHi-rmrílíe lisnda. Trâbalhandp<br />

só, Lui2 III desenvolveu muita actividàflâéfágando<br />

Bpubl^Kde ljS-1654 iia|ípmi^^de 1 ediçdós, «Witte<br />

: áas jqiiàes de grandí merecimento, a 6uã eäifeheWUndHB<br />

porém, fel o desçuidar-se da impressão de muitas feutrâí<br />

A associação com seu primo Daniel, filho fl&MKfeiitüta.<br />

4X cMvtotíioiiâda 16^4 '{¡ÒTTT eftêi&y..,ht5,fim d'este SMIÓ'<br />

o séu nome déixá, de figurar isolado embaixo das ediçââ;,ÂIÍ<br />

â pâítif de 1655, tfáiem ordinariamente* ístas índifcâçèés<br />

Afètt Ám&ÍMAftf tf Daniels»- I : ,y í"'>:'-'|, -óti<br />

dhd E-ktfjírianã. dez ahrids, dt! .j6^§?<br />

~4fé"-|R>4-JÍ5, e foi umÂnefidiÇ parará'.imprensa çíeViriana de<br />

Amsterdão. 'Foi lambem a epôca de Maior esplèüdór. fubliíaiàm<br />

88141 äj|||Bjttdistmguihdo® entre Was ítofla serie de<br />

cktssictjs/ hlrticf^étítit hòttíi %à'ríòriUn. in-S.d;; um<br />

^. fítymvitígtMn • LinvUce Lãtthce\ H ff»mert>, trti 2 vois. in-^.";<br />

Wfe, revistopór HeinSius, í ÖgSi .3 ; o Novo TtsttíMiíHpi<br />

de 16J8, mtuto aptèfciadSí ô t^tíbie^^puS^^^k^tSs,<br />

iífõjj'2 Wls lBfál,, ijufi 56 ftíjsôe sob 11° Jt), rónsidttâtló<br />

pôr A F Didot úinã verdadeira obra prima typographiça.<br />

, Luiz III desde 1664 resolvera relifãr-se dos' negoeios; em<br />

Bfd&dtem rtãj sft abpârWenl 4 {diç


196,<br />

' Reunindo a todas- as edições já mencionadas as . 171 anonymas<br />

; e pseudonymas impressas pelos Elzevirês de Amsterdão,,<br />

se citadas por Pieters, teremos 668 edições elzevirianas da<br />

mesma' cidade.<br />

Resta-nos ainda fallar de Pedro Elzevir, filho de outro<br />

de igual nome e neto de Joost Elzevir. Pedro Elzevir nasceu<br />

em Roterdão em 1643 B E foi "çom seus paes para Amsterdão.<br />

Estudou direito na universidade de Utrecht e depois ahi<br />

exerceu a profissão'de livreiro de 1667-1675. Nesta data<br />

vendeu a livraria -e abandonou o commercio. Foi sepultado<br />

em Utrecht a .22 de Setembro de 1696. Publicou apenas<br />

10 edições com ò;seu nome. Segundo Pieters, Pedro era somente<br />

livreiro-editor.<br />

G. Brunet, em um artigo, sobre esta familia, inserto na<br />

Nouv., Biogr. Générale por Firmin Didot Frères, vol. 15. 0 ,<br />

cóí. 911, apresenta o, seguinte resumo, que convém transcrever:<br />

« D'après le releve que nous avons fait avec soin sur les<br />

Annales de V Imprimerie Elzeviriemie, publiées par M. Charles<br />

Pieters, de Gand, nombre total des ouvrages de 'tous genres<br />

portant le nom des Elzevier s'élève à 1213 ; 968 sont en latin,<br />

44 en grec, 126' en français, 32 en flamand, 22 en langues<br />

orientales, 11 en allemand, 10 en italien. » Recorrendo á<br />

mesma fonte ;(.2. a ed., Gand, 1858, in-4. 0 ), chegámos a um<br />

total de 1214, excluindo da - contagem as' 136 edições anoîiymas<br />

é pseudonymas de Leyden ,e as 171 de Amsterdão.<br />

.Para maiores esclarecimentos vïde a obra de Charles<br />

Pieters e o artigo citado, da Nouv. ; Biogr. Générale. ;<br />

N.° 76. — L. Annaei Senecae Philosophi Opera<br />

omnia ; ' ex ult: I. Lipsii emendatione ; et M.<br />

Annsei Senecae Rhetoris quae exstant ;,ex And.<br />

Schotti recens.<br />

Lugd. Balav. ApucL Elzevirios, 1640..<br />

3 vols, in-12.<br />

O vol. i consta de 12 ff. prelim. inn., 552 pp. de textoí<br />

Aqueílas comprehendem : o frontispicio gravado á buril com o<br />

titulo e as indicações acima transcriptas igualmeilte gravadas ;<br />

« Epistola dedicatória D. Petro Segviero », datada Lugdurd<br />

Batavorum, ipsis Kal. Decemb. cio Io c xxxix, e assignada<br />

« Bonaventura' & Abrahamus Elzevirii » : o busto de L. Annœvs


197,<br />

gravado a burilI « Vita C.<br />

A ' L í S t t ' 1 ¡menta çt)BbrS,S|jie(j^ quj lijiercide-J<br />

runtâr; uma gravura! a buril ribresenraiido uni homem quasi "riu^<br />

p-em pé | * ; u i bac i 1<br />

•B^o-nti^M) gravado vêem-se ®s ^lacM d^ titulSB<br />

ifgüras ( ^¿g^ém^corpo,,. mteiro; erii P§ua, no<br />

• méjíBima Jígi


198,<br />

mato in-12. No anno anterior^ tinham publicado em separado<br />

as Notas de (j-ronovius, i vokin-12, quo costuma acompanhar<br />

a edição de 1659.<br />

Das edições mencionadas se feç' tiragem em separado das<br />

Epistolas, as quaes trazém respectivamente as datas, 3:639, 1649,<br />

¿16.58,<br />

A imprensa çlzeyiriana de Amsterdão ainda publicgu Qijtrg<br />

edição das ot>ras dos


199,<br />

describuntur et Iconibus supra quingénias<br />

illustrantun<br />

Lygdvft; fiatyyory?nA -apyd Jpraneiscu^i IfackiuM,<br />

et Amsielodami,


200,<br />

Os très exemplares são completamente, idênticos, ponto<br />

por poiito.; ' entretanto, Pieters,' nos Annales de VImpr. des<br />

El&eviers, descrevendo esta obra, diz, ,á pag. 257, n.° 94, que<br />

ellä*' consta de '12 ff. compr. o frontispicio gravado, 327 pp.<br />

è 2 ff. inn. no fim, o que está em completo dèsaccordo com os<br />

exemplares .presentes. Procurando elucidar este ponto, verificámos<br />

que Pieters confundiu a Historia naturalis Brasilien,<br />

quanto á numeração das paginas,, com est'outra obra : Gulielmi<br />

Pisonis' Mediei Amstelazdamensis de índice utriusqüe re<br />

naturali et medica libri qvatvordecim ... Amstelœdami, apud<br />

Ludòvieum et Danielem Elzevirios. A.° c Io Io c Iviii. In-fol.<br />

D'esta obra,?: cujo frontispicio gravado é um 2. 0 estado do da<br />

precedente, . a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue dois exemplares,<br />

ambos com 12 ff. inn., compr. -o tit. gr., 327 pp. num., 2<br />

ff. inn. de indice, a que se seguem 39-226 pp. num., 1 fl.<br />

inn., que complétam os exemplares. Este engano se torna<br />

patente recorrendo á descripção d'esta ultima obra, dada por<br />

Pieters á pag. 283, n.° 255 da "obra citada.<br />

AMSTERDÃO : AMSTERDAM.<br />

" \ (^mstelodamumJÊk||<br />

N.° 78. — Mémoires Bs .satóá' et royalles œocl<br />

riomifé d'Estat, doméBtiqves, ^4>litiqvé^!Œi<br />

. militaires de Hfenry^laiprand...<br />

Et c^l; sorvitvdtes. vtiles obeissances cçra<br />

uenables' & administrations, loya||s de Maximilian<br />

St Bethvnej..<br />

A Amstelredav, ' 4leïifipsgraphe de.<br />

Çlearetimelee,^& GÊwfifie&echon de I,istari$lm<br />

A Venset^nRcm trois Vertus couronnées<br />

d'Amœrani&A^i<br />

4 tarn .Hrf.,1 vol r in fyl.^ •<br />

®Gral|se, depcHs de Öesctever as duas ediçô?;, de Lotidre^<br />

1747, e i ï i . J<br />

sej£a ph te 'edição dizÄ;:^


201,<br />

« À primeira H e suas^teimpr dlpm ser «Sservadas,<br />

s. porque contêcmj||>bra tal^uï|a dilou o autor<br />

Êethvrf* tiufue ^^^^Kemquanto qie ms iupramcnuonada?i<br />

tit. da referida primeira ed.flHHHHHËSR<br />

L,'. no ofiffello de Sully em 163^por ta impressor;<br />


202,<br />

muito f.ira. ¡ÍVni aindàM^^pmixDn^d^ por conterem «¿obra*** 1<br />

.taif|ual sMiu 'da draáipõa. »••<br />

Jylaximi)iâpp 4fi -Bethime comp-se IS em ¿ãrõjisse, mmprára"<br />

ielit 1602' e restaurara çi casteílo íié ' ßially, sede de -uma<br />

baroniá desde o. XI século, berço da- famiíia I iqi lie me,<br />

cujo mais illustre representante foi õ autor das presentes' Mer<br />

monas Na tope chamada de Béthune. estabélecêra; ellè máls<br />

•tarde uma- imprensa clandestina, bride se' fèz esta afamada im-<br />

SSSB-®!^^ 5 1 1 tt*v<br />

viços- do Seu ministro erigindo em c »I iá ...<br />

iPara eile se retirou 'Suíly depois da morte do soberano; eeraali<br />

qiäe; rpdeado dos seus- secretários, i sas<br />

obras (Grand £>icL. umv- du XT'X sièçle). » Sobreviveu aò rei<br />

mais de 30 ,ö.ünos<br />

obra citacja^ft da nadado f% 13 1 '.'Sil 1 '. ro de<br />

e-falíecidp, nó séti casfellO' ¿é Vjlle-bpn, a fã<br />

de 1641.<br />

„ „ Pierig Ppsçhãmgs, no seu Di de : i iÄömpl^.<br />

xa.en.Xo ao Manuel du Iii ' '"L 1 S 9 ^* 3a<br />

férmdoíse ás Memoires 1 es sagcs ãan. nniei g i si á imi!rd^|»|<br />

no Castello d'aquelle nome, ajjfflilW<br />

« Edíçã|Sisinal' |g<br />

se acham essas três capii 1 :s (çifi 1 da çasã d,e BéthunljHga<br />

Ipridág^de vepjc, » .-<br />

K Biographie citada poi Queiaid, qualifica a<br />

obra nós seguintes termos':<br />

I P


203,<br />

N.° 79, — CorpuS. Juris Civilis, Pandectil- ad 4 0 H b - jl<br />

F%f«Htinum archelypum expressis. InstituJ<br />

tioiiibui, Codic'aAt Növäjiisi, addito Vt|stu<br />

Grajeö, ut &ailr.Digestis &' ¿Codice, Legibus<br />

y & Cofstitutionibus/Qrae'^s, cum gjptlmis<br />

quibpsque Jiditifgibqs collatis. Cum nqfe<br />

integris, repetitae quintum . prslöctionis, Dionysii<br />

Göthqfredi, JC, Preetar Jqstiniani Kiliula,<br />

; \Jigon|| ¿t aliorum Impcnuprum Novcllas. ,ac<br />

CIIJKMISS Apuswli.innn, & L»tii)4'<br />

Feudorum LibroÄ|Leg«8 XII- Tabul. & alias<br />

ag jus :;>|!«rtinentes Traetatus, Fastös- .Cpnsulard^;<br />

Indicesqae Titulorjim zd Legum ; &<br />

^pecu^Hl in ultimjs Parisierjsi vel Lugduijensi*<br />

editionibiil^antinentur, hyic 'jeditiflni ngyfc<br />

; a»sferunt Pauli recept» Sententiae cum<br />

notis J. Cüj§MB$t unt<br />

¿^ versumAorpus Antomi Anselms, A- F- Ä,, .<br />

N; ]C, ÄntWerp. Ob^J"vatioae^|sipgHiargg,<br />

Remissiones & Mota Juri? Civilis, Canonici,<br />

& Novfesimi ac in Praxi rfecepti ilil'ferenti.im<br />

kontinent»; dei}{qi},f! 1,e(.'li(>ni'.!? yuflii: & 1<br />

:.;. Natsg ggleete Äugustipi, ^ellonii, Geve.ani,<br />

f. /CujpBi, Duareni, Ktl0a_rdi, Hottomanni, Gontii,<br />

Roberti, Rsevardi, Charondae,('Grotii, 'Salmasii<br />

' i & ' aliprijrn. C^ÄÄ: Ssi* Studio; : Simonis van<br />

Leewen, JC, tugd, P'3-t<br />

Hyglmsteledami, a.p-ü.^ yeetfiti^p, Bldett,. . Lty-<br />

' > dgvicum, & Dqnieletn El&qvMföÄ. Lugd. Baftyvo-<br />

- ^wn-, qpudPratiQfäcum HucfriuM, M DQ LKIH,<br />

Cnm \ S, Q.<br />

- ? yols 111'fol , SßO^lspiClÖ giÄ^<br />

K 0 jviiüv i dö'io ff. prelirn. ton., 796 pp num.<br />

A primeira i%}fölli.as inn.ijiim frontispicio gravado a buril, . "<br />

^sigiiado emlii^lx^ « C. van Dalen seulp » ii uma espletn<br />

didj. Mtampa. N® eentro v^-sPunn pedgst^l


204,<br />

titulo gravado : « Corpus Júris Civilis cvm D. Gothofredi et<br />

aliorum notis Postremá editio omnibus priõribus auctior &<br />

émendatior. Sumptibus Sociatis ». Sobre o pedestal está o<br />

busto de Justiniano, - dentro de um. redondo sustentado por<br />

duas crianças; sobre este; a figúra da Justiça, sentada, com<br />

seus attributos. Aos: lados do pedestal duas figuras de mulher ;<br />

a da direita, apoia o pé direito sobre uma èsphinge ; com a<br />

mão esquerda segura um livro aberto, qüé descansa sobrè a<br />

coxa, e com a direita, uma penna ; esta representa a historia ;<br />

a da esquerda; representando a lavoura, segura cóm a mão<br />

direita uma canga apoiada sobre o , chão, e com a esquerda<br />

sustém uma brida. Entré esta figura e o pedestal nota-se um<br />

cão, Em baixo, á direita, os emblemas da navegação e do<br />

commercio; no centro, um busto sobre um pedestal;, e, á<br />

esquerda, a cornucopia da abundancia, vários fructos e saccos<br />

com dinheiro.<br />

Estampa não 4eàcripta.<br />

Na segunda fl. inn. occorrè o titulo fielmente transcripto,<br />

e, no versoj a « Surnma Privilegii, Peractum Kalend. Sèptemb.<br />

cio Ioc LXiii ». As duas ff. immediatás coritêem : « Epistola<br />

dedicatória Illustrissimis ac Praspotentibus D. D. flollandise,<br />

Westfriâiasque Qrdinibus Simon van Leeuwen,.J. C. », è '« Typographi<br />

ad lectorem ». Seguem-se nas 6 ff. restantes : « Notitia<br />

júris ante et post Justinianum reliquiarum, partim à<br />

Jacobo Gothofredo, D. F. partim à Josepho- Maria Suaresio<br />

Vasionensi. Episcopo conscripta »^é^ « Index omniurn titulorum<br />

in hoc universo júris corpore comprehensorum ».<br />

O texto d'.este vol. abrange 796 pp.<br />

In fine a subsçripção Amsteîodamï, Typis Ludoviei Danielis<br />

Eízéviriorum £ cio lie LXIII.<br />

O vol. Lii com suas peças subordinadas, tem numeração<br />

v a r i a . . y • /.. 1 :' " :<br />

No fim do vol. occorrem 20 ff. inn. contendo : « Index<br />

omnium legum Pandectarum, seu Digestòrum, ordine alphabetico<br />

digestus » ; e « Index omnium legum totius .Codiçis,<br />

ordine alphabetico codicis.. »<br />

Nos, Annales de VImpr. , des Elsevier... par Charles<br />

Pieteh, Gand, 1858, in-8.°, pôde vêr-se a seguinte nota:<br />


205,<br />

ont iB8 habilement va %f n'était Ss pne' cÎûliaisée<br />

que dé gjmbiner, sans «infusion dés--âfÎctères romanis à®<br />

plusieurs dimensions,^HitaliquSdeSapitales, de<br />

jffife,. etyfl'en cgjvrir f»pa^Bmprim»IPux;i^ai|<br />

et ÇfatOTpes poUi ainsi dire de notoâ marg .15 •<br />

H tes cei iifficulteS|dbt été • M | ,<br />

' la justi^Sn#Si|îi<br />

1 abondante des, matièf»/jgftiivre se lit a « une grandi<br />

H BHUUI éSinbarras m fatigu|tt)ur ljgyeuxlptty édition<br />

«Mn est Restée la plus belleiWime elle esf la meilleure d'e'<br />

cet oiîvfeage impéat®S.et«isouvent iseimpnméfe»»<br />

t&^Mpet ; pn fait ]p plaide cas. »<br />

I, d'esta ftfenosa ediçao dos<br />

|llM*';:pêrtenceu- a Real Bif&rthecâ.<br />

N.° 80. — ... Hobat; Âlebabot Obrigaçam dós ¿A J 4,<br />

Coraçoens Livro moral de grande erudição &<br />

• P lá iloctrina. Composto na Língua Arabica<br />

pello devoto' Rabbenu üahie O Daian, Filho<br />

I )e Rabbi Iosseph, dos famosos Sábios de<br />

'¿.;;EspanfiajÍ& traduzido, na lingtia Santa ¡ pelo<br />

Insigne Rabi Jeuda Aben Tibon. E agora novamente<br />

tirado d,à'Hebraica,''! Língua 1'ortuig«Sza,<br />

para util d


206,<br />

Pescfcipto, por In|||eêjfeo da ¡lilva mo seu Dtctyl? por An<br />

fômo RxbetrB das Santqs nas Metntirimgtfg Litt. Pvrtí^jia<br />

Açad R das ünEnif pag. 353, Ní^WnsiojiadMtâr BÍ<br />

Míuinuiti.<br />

st)9'r(>t|-?|ifS< Ba fl dgJ^Sjàntes do trttíB tmúscrip||||<br />

pôr tres palavras em caract. t B l i M H t.-.ifc;».'<br />

jjW^BHBSHW tnesnía fl. JH| num., é «taãA^feMv^ptO M mesma •<br />

ktlgfua 1 tegtí^Se Orttfãsfflgj» DetiSgm toto a wMfiaitmà Msià<br />

;obt'a..., que oefcupa o festo da fl e toda a seguinte, que' tem<br />

o n ° 3 No v d esta jjfe ProBèo A a 0V§ê füe. ^<br />

^ H da fl. H numera®j|56 ttâ fferfffi, -^n^SrtV: A<br />

Aip-àvafam ddi eminentes e doíásítitws, SS HahcMtífi do K.<br />

ffe dada .jfistá cldÉiê é às 26 i» 4é NiSãn<br />

^ W j í - S *> sem nuni »(¡¿j,-."<br />

tMfiil^Hdo tampem innúií; ¿¿Z?<br />

H H H | •' ff' ' ' B B / " f n n<br />

em língua Sll§lÉSp>, SMm d'est.1 6." fl. contêm Ij .<br />

estampa, que se devem correger. A fl. seguinte, c A v H j<br />

p^iil^i 7, tenferjutiiSrãyãfedfisBSiffijy^jjrttiS 'primeiro<br />

tràdirctor... quê •traduzio este Livro,, . do Arabicõ- Ho<br />

irebraufjjSÊjmknche ff, numifadas 5, -6, 7<br />

tSg, £ terminq, fim IStq direy »« «t j»<br />

' ' ' * í ' '' *' ' ' ' 3h ^SHE» 1 I<br />

em deanté a numefaçâò I pfipaguias, começlès^pbr 9 slté^i'':<br />

De 17 a 2 3 passlt de novo »numerar-áe p®á ff Estas pp e ff<br />

Ç><br />

Segundo, declara os requisitos da Obrigação de Contemplai mos<br />

nas < 1 ituras, à nos muitos Ibeneticios que dê Deus recebem —<br />

õ Têrcêtoo,.- declara õs requisitos da obrigação de receber aí cir<br />

klumstanciás, & dependTOifs — O OutwS, declara oí ra}uisiH0#<br />

»da «Írigação» Coptí^S homê :^^®>taar a siià. âlma<br />

e a


207,<br />

por amor de Deus —O Noveno, déclata os requisitos dã pbri-<br />

Blsí 0 H & 9> ua * ^^H diremos profesar. — O<br />

Decimo, declara os : requisitos da obriga< ío do Amoi d M<br />

* i * M<br />

í.'. 11 teîitô começa ha pag: 24, continuando" a numeração até<br />

á pag. , 31; d'esta passa á pag. 33, sem que falte nenhuma<br />

pelo: seguimento do texto ; d'ahi continúa sem ^ K o H S H n<br />

|||'pag PpK um^P do hvro<br />

1 Esta longa descripção seria excusada a não ser a necessidade<br />

de ãuthenticar a identidade do exémplar que se expõe, á<br />

vista do que a seu respeito diz Innocencio da Si H<br />

Htliogi ...i , ra, pp. 22S-.9, que teve ensejo de examinar<br />

um exemplar muito "bem tratado da ptta, cuja,ÍS|t||ripçãa<br />

com o ' ríêfiio, 1<br />

« Barbosa, diz elle, ignorou totalmente a existenci; d<br />

livro,-e a do seu traductor, por isso que d'elles não faz menção<br />

alguma na Bibi. Ribeiro dos Santos aponta na verdade esta 1<br />

sbraj mas parede quB^rejgife unicamánfe ao teste;munho §8<br />

menção^que»WÜla encontrou em Wolfio i ,D. J^^Miíriguè^<br />

de Castro, .pois não nos diz que tivesse visto exemplar algum,<br />

ou noticia d'elle em Portugal, e o modo porque nc<br />

tado indica os summarios dos tratados, me confi 11 VfoV?<br />

n jpmiao. I<br />

O exemplar visto por Innoçencio é no seu conceito o uniam,<br />

tjttti kâj^jctste eni LiW0%e áteem Poffiigw' tendo apenas achadiP<br />

noticia de oütro, mencionado com a nota de r,H ; aeçir-conia<br />

BeA"Cí


208,<br />

J d U SO 81. —Livro da Gramatica hebrayca & chaldayca<br />

Estilo breve & fácil.-.<br />

Dedicado a os Ss. Parnasim de Talmud<br />

Torà, & Thezoureyro de Hes-Haym. Por Selomoh<br />

de Oliveyra.<br />

Em casa de David Tartas Por Semiiel<br />

Teyxeyra 5449.<br />

A data corresponde ao anno de 1689 da era de Christo.<br />

ln-8.°, com o registro de 4. 0<br />

O titulo e mais indicações da fl. de rosto se contêem em<br />

uma portada xylographada, em cujo alto se vê uma inscripção<br />

hebraica. A data, aqui fielmente transcripta, não tem entre<br />

parenthesis a sua ^correspondente na era vulgar ( 1688, aliás<br />

1689), como dá erradamente Innocencio da Silva, Dicc. Bibi,<br />

portuguez, vu, pag. 226.<br />

Compõe-se 0 livro de uma parte em portuguez, com 71<br />

pp. num. ; de outra parte nas duas linguas orientaes de que<br />

falla o titulo, e de uma como que terceira parte, com o' seu<br />

titulo especial, nas,tres linguas. Esta parte intitula-se :<br />

1 « ... Hes-Haym Arvore de Vidas, Thezouro da Lingua<br />

Sancta ... Dedicado ... ppr Selomòh de Oliveyra... »<br />

Depois do titulo da fl. de ros,tO- vem a Dedicatoria, em<br />

4 PP- preliminares inn. ; ; a esta segue-se em fl. inn. a relação<br />

das materias comprehendidas no vol., que é a seguinte :<br />

« Gramatica Hebraica... — Gramática Chaldaica... — As<br />

Rayzesda Escritura..JB O Chaldaico da ,,S. S... — Alpha-<br />

Beta Hebraico... — Vocabulario Portuguez... — Rethorica<br />

Hebraica.,. — Poezia Hebraica... — Lógica Rabinica...— Yndex<br />

dos Preceytqs...;, » ' ;<br />

Vem este livro, segundo affirma Innocèncio da Silva, mencionado<br />

no Catalogo âé Isaac da Costa, com a nota, de raríssimo.',<br />

-<br />

Nas Memorias da Littérature Sagrada dos Judèos Portuguezes<br />

de Antonio Ribeiro dos Santos, publicadas nas Me7<br />

morías da Acad. R. das .Sciencias' de Lisboa, se depara cóm<br />

o pouco que em nossa lingua se escreveu ac.êrca dos judeus<br />

portuguezes e da sualitteraturaextremtida das preoccupaçoes<br />

; da. sua crença. . • , ' • . ' .<br />

Expellidos .'de Portugal, foram procurar asylo na Haya,<br />

f em Amsterdão, em Hamburgo, em Londres, onde viveram desassombrados<br />

1 de perseguições por motivos de religião e ali<br />

deixaram copia de si nas muitas obras que fizeram imprimir.


209,<br />

Íí Com a qu«| Bibi Ñadí aptefenta de^ Schelomâo de Olí- ^<br />

ní 8a, publicada^ em Amsterdão,<br />

dá-se uma amliátra do Sfneripi não só ppiito* aos autores,<br />

Smcl'quantc^p)' luéasr 'de ímjJraMa, J*"'<br />

llS§f§Undo Ribeírá'jjjs''S^ InnBjjpj. da<br />

g1lva^®emoh*®'Salom^fedp OJrvelra era filho de David<br />

naturt.1' fc* Lisboa, e mestre do? judeus portugijé^Wffi Ams?<br />

teídáS, fall&eu por 1708. HJ01 GrammatipOTque alcançou<br />

¡ilustre nome peias - • iifeí..v)f" _ _ ;'<br />

SESarfeosa: Machadofeioíi o nome SchèlSno ie Ovaeíra, diz,<br />

PEro ie féra mestre dJISyttagòga em Amstefdâo, onde jx-<br />

•ctHBBp S rande erudição Talmud, eSeferindo'-se -¿s^suas<br />

obras accrescf I .. f , I *<br />

Nellasfs§,\Jidmira a, vasta litteratura'que tinha assim da<br />

íntelligencia da Iing|j|;£tebraica¡-19 ChaldaipfcOmo da Astro-<br />

''"Si 1 - 1 ' ' * ' B<br />

O ÍBIS exemplar pertenceu, á Real Bibliotheca.<br />

VALENÇA: VALENCIA.<br />

f ValentiaJ.<br />

N.° 82. — Epistolas de|¿ant Hierpnimò. :<br />

T,ífulo impressoSgm vermelho , con tido ém ' utíte,. 4apga "<br />

I Coitada aberta em madeira Abaixo do titütòcomprehendido'.<br />

na.própria^pfíítaday fem um^stylinha:<br />

«^p^tínimi epLsS pistrmi rubiginis pio »<br />

I H ^ ^ H , goth, numerado pôr<br />

folhas,, lettras capltaeâ e miaaês^çjm^as peq^ê&tòstampas<br />

xylogfaph. intercaladas no „tçxto e duas maiájjl uma nq, v.<br />

da fl _d®jstq e out imaMdas ff, preliminares. '<br />

Jíf/Íip"; fim, S^llllftl?"' S 0 ^.:<br />

¡jífi A gloria \y loor dela sEitissima Sfíndad padre hijo" -<br />

m espíritu sanetp^ y dela sacratíssima reyna délos ágeles Maria<br />

llbví¡gen madré Je dto¡§|ll>g¿da y^efipra nía Fue imprimida<br />

plL V ^^ÉntSbta êla feigne 3J coronada. Sdad de Valêoia |<br />

|át%.,jr Jorge costóte' acâH| .xxx, de 'tón® año de nfa repa-<br />

%£,iun dh'-Mil. H js'x^yj. » • . . ..<br />

g A'kFaJlandq de uma edição posterior;SemMa MRfl diz Salva<br />

H H l b da sua bibliotheijipig, n'.° 3918 ;' 14<br />

V \


2id<br />

l^íifioO traductor aestgi ÊpfsWas fôj, o bâcliaMl fu!m dj<br />

'SBjííSl Ói^ençaiipWn.en'fós,ãi, ^édicãtória a-Di. ítarià<br />

Enriquez de Boq1| dugBad^ Gaffila^ do & -qbffle dc | 'j<br />

H 518 a B t s de ^dfpjtenq^ ¡Hj, lifwrj oúê ifcí3«íyífra' ffi?<br />

§m Ao volume ¡Wo^çolihecEii Bcfflíu Antonio Ji fiíêçntcs<br />

W W « ® ® qi^SsiíSm; Lai^MíiS<br />

•êni \-ileft ia py Juiti Jofit M B B I Jetti H<br />

. , Çõrn effeito no ei da. presente ¿d j não Mencionada por<br />

Salva nem; praesse ,-jieni Brunei, Íè'-sè á dédiéatória de que<br />

.»lia,j o, ..pmWjwjBropr^a vermelí,,!• cq;. i . IL<br />

ettt uliia,-tarja a^êrtgèm madeira, dedKatofia que corocçSíj<br />

< Spistolã pfiériria (ptotmial) dei. Bachiller Jua . dè !Ãffinà<br />

•ffijjre lj |J J^. òbiati. H E i)o ,íjm dq<br />

que elle• se"reierei.postai áritès


211,<br />

Fray Francisco Mendez/ na sua Tipografià ~Espuk&lay segunda<br />

edici^n corrigida por DonJDionisio Hidalgo, ppí 50 e<br />

.sèguintès, confirma este asserto, - baseando-se no seguinte impresso,<br />

primeiro que com fundamento se assegura feito em<br />

Hespanha: Certamen poètich, eu lohor de la Concedo, collecção<br />

de versos de trinta e seis poetas- contemporâneos, pela mór<br />

parte naturaes de Valença, retinida por D. Bernardo Fenollar,<br />

distincto cidadãb váíenciancr, parâum-torneiõ qüe ali se "'celebrou<br />

no dia da Encarnação, 25 de Março' de 1474. Imprimiu-se<br />

en Valencia, iffiQy iii-4-° Falià nombre de impresor.<br />

« Todas estas circunstancias, conclue o autor, deciden á favor<br />

de la. edicion de este libro én este ano.:- y se corroboran con<br />

el final dei siguientê:.. »<br />

Kv Refere-se a outra obra sem titulo fiem portada, eomo su-<br />

£ede en muchos de los antiguos,' de cujo prologo se infere qüe<br />

'•.sé.» intitula.. Comprehensorium,: . e-,por autor,.•:Juan, ,e\ termina :.<br />

.« trèsèhs' hüiüS Comprèherisorii préçlárüm bpus Válèntie v impssüm.<br />

Anho; M. Mcce. LXxV... finiff fèliciter. Tutfõl. t> Este'<br />

livro sèfve igualmente - Esses incünabulos da vproto-typographia valenciana, de ha<br />

longo tèmpò rarissimos, 'são verdadeiras e inestimáveis preciosidades.


212,<br />

De Jorge de Costilla, impressor d'estas Epistolas de Sant<br />

Hieronimo, nenhuma noticia encontrámos nas obras especiaes.<br />

O exemplar exposto pertenceu á Real Bibliotheca. -<br />

SARAGOÇA: ZARAGOZA.<br />

( Ccesaraugustct);<br />

N.°" 83. — Las quatorze- décadas de Tito Liuio<br />

hystoriador délos Romanos: trasladadas agora<br />

. nueuamente del latin en nuestra legua castellana.<br />

La primera: tercera y quarta enteras<br />

según en latin se halla: y las otras onze<br />

segu la abreuiaciõ de Lucio floro. In-fol.<br />

0 Sñr. Antonio José Fernandes de *Oliveira faz d'este<br />

livro a seguinte descripção nos Annaes da Bibliotheca <strong>Nacional</strong><br />

: ..<br />

« O titulo está impresso em quatro linhas, com lettras,<br />

vermelhas, por baixo de üm , escudo • das armas impefiaes,<br />

illuminado a cores ámarella, preta, verde , e encarnada. -No<br />

verso vê-se uma grande, estampa, gravada sobre madeira, representando<br />

um-rei sentado no throno cercado pelos grandes<br />

da corte, e destacando-se do grupo uma figura que parece<br />

representar o autor, offerecendo o seu livro ao soberano. Nas<br />

duas folhas immediatas se acham: a dedicatoria a Carlos V<br />

pelo traductor, e advertencias.<br />

« Impresso em typo gothico, contem o volume 533 fF¿ num.<br />

de um só lado, e mais 9 inn. com o; colophâo, que em seguida<br />

Copiamos, é. a Tabla ou indice :<br />

« Aqui se da fin & conclusiõ alas decadas dei clarissimo<br />

« orador Tito liuiò: hystoriador délos hechos délos Romanos:<br />

« según la translación q delias hizo, (agora nueuamente en ñra<br />

,,« lengua castellana) el reueredo padre fray Pedro de la vega<br />

. « de la orden délos frayles de sánt Hieronymo.; .Imprimidas, en<br />

«la noble y Cesarea ciudad de çarogoça: por industria y<br />

«espezas del experto varón George Qoci Alemã dé nación: y<br />

« morador en la dicha ciudad. Acábarõse a veynte y quatro dias<br />

.


213,<br />

& Este coiopbão estiini^^SScom £nta.. encarnada e preta<br />

e sobreposto a um escudo tom as armaS^de Cocij tendo as<br />

H 1 fSiÎESfeka* ' • *' I ' M H l<br />

«.< Dç tí^^^^^^^^Uâ^^ra^^^^t^^^^p^^ultái^os^feenhúm Como<br />

SalVa' • I H ra mais tmnKòosidadef^ exarçãtr^a edição<br />

ér rara ,e de grande valor bibliQ^pbicBSŒlàu<br />

Antohiá fé eerto' a 'nãck. conhéceu, pois e de modo duvidoso :<br />

que falia em fr Pedro de la Viga como traductor aas T>eca<br />

das degHTiéo Lmo, sem animar|j| a 'traiíscrev^í çiquer o<br />

titulo dressa excellente versão 1<br />

I ^ffia provar quej nãp è exaggerada a apregjagiüi que fa-.<br />

zemJffíquantq "ao meritín d'este ^¿aleotypcF' bast^feitar as<br />

Jiajavraf efeptas por Salva sobre es» J^mpta. «<br />

•i Ésfeimag'nini^^ralûme^^Hsin disputa el más perneta ;<br />

«qiùë'.igjiè de-H prensas dqFdistmguido Joigffl.ci, y con<br />


214,<br />

« Eleito vigário, foi Sb sápida feyá8bu.O priorato, sendfcN<br />

•depois nomeMwápaa 8#Éfc'c*j;».»i


215,<br />

y dels Cõtes de Barcelona: e Reys d,ç Arago ;<br />

ab moltes coses dignes de perpetua memória.<br />

Compilada per Jo honorable y discret mossen<br />

Pere : Miquel Carbonell: Escriua y Archíuer<br />

dei Rey nostre senyor. ç Notari puiblíçh<br />

de Barcelona. Nouament imprirqída enlany.<br />

M.D.xlvij. " " ' f :<br />

Em dialeçto catalão.<br />

Titulo impresso cm vermelho e preto contido em uma<br />

tarja xylographàda;' al^ãi^o do qual è dentro da mesma tarja<br />

lima' vinheta diversa de outra que vem no fim dp vol. e é a<br />

marca dp impressor. Bella amostra das impressões do tempo,<br />

apesar- da sua .-pouca'-'nitidez; em -' cãract. gotli., 'a 11,<br />

n.* 2855, na descripção que faz da obra, que confere com a<br />

do exemplar que a Biblrotheca <strong>Nacional</strong>, expõe, salvo uma<br />

visível falha na transcripção do colophão.<br />

Eis o que' a respeito da presente edição diz o erudito<br />

bibliographo h^spanhò^H<br />

«,Ni.ç. Antonio mencioíia uma edição de Barcelona 1536,<br />

% qual si existe, dp que duvido, deve ser summamente rara,,<br />

pois nunca a. vi. Da de 1546 passaram-me pelas maps pelo,<br />

menos doze exemplares .e talvez entre tpdos não havia dois<br />

completos e em bom estado : geralmente carecem da ultima<br />

fl.; qüé é â que- contém os signaés da impressão e a sua >


216,<br />

é 'seiii duvida ra^^g circumstancia quMfâM deve o terA'<br />

í^gúns bibliögtäphos'suppfesto 'ijiÂSêJdSÂtetcêira edição, de<br />

1547,' datà; do iruntispiJ-ijá. » .<br />

Nicolâu Antoni^ effectivamentefâbp nome Petrus Vifhaet<br />

(vujlf Pere-MiqvWk resumidaihèflte<br />

o titulo da oKra, a, du gm Tàrmlim.<br />

opus dê Epndemia **'et Peste, traduzido em datelão. por Juan<br />

Villar, é de 1475.-V{<br />

\a op&iaó de: Desdhariips K * ' 4 ' ^<br />

uuthenticfâ-áde Baree/ona^dC^^^^Mrãr _ 0 \ 1 c.öllti' Spm:<br />

delêr, allemãõ, JlvPedro Bru ou Bruno,''sífj|byan


217,<br />

v ' Não vemos menbionado por nenhum dos citados bibliographos<br />

o nome do nosso impressor, Carles Amoros, d'entre<br />

òs que exerceram a arte naquella cidade. G. Brunet, porem,<br />

no seu Dict. de bibliologie catholique, columha 932, escreve :<br />

« Indicam ,os bibliographos 1473 ou I 475 como o ànno-em<br />

que a typographia se estabeleceu em Barcelona; fallou-se até<br />

do anno de 1468, mas o asserto, parece duvidoso; Pedro<br />

Bruno e Nicolau Spindeler imprimiram naquella cidade desde-<br />

1478; o primeiro associou-se a um padre, Pedro Posa; o<br />

segundo trabalhou até 1506. Assignalam-se também Pedro<br />

Miguel, 1481-98; Matheus Vendrell, 1484 ; João. Baro, 1493;<br />

João Rosenbach, de Heidelberg, 1493 a 1526; Jacques de<br />

Gumiel, 1494-97; e Charles x Mor os (sem data). Pode-se,<br />

accrescentar o allemão. João Luchner que, de 1495. a 1503,<br />

, imprimiu ora em Barcelona, orá no convento de Montferrato.<br />

» '<br />

O nosso exemplar, completo e em excellentes condições<br />

de conservação, graças á restauração por que passou, pertenceu<br />

á Real Bibliotheca.<br />

SEVILHA: SEVILLA.<br />

( Hispalis).<br />

N.° 85. — Quinto Curcio Historia de Alexandre ^ l<br />

magno.<br />

No fim, á ff. ciiij^ffs-<br />

« Enèl nombre de dios todo poderoso ariiê. fenesçe el<br />

dozeno libro d'la ys.toria de Allexãdre magno fijo de Felipo<br />

rey de. macedónia: escripia de Quinto Curcio ruffo muy enseñado<br />

: & muy abundoso en todo. & sacada en vulgar: al<br />

muy séreno principe Felipo maria tercio duque de Milán &<br />

de Pauia & conde de .agüera : & señor de Genoua : por Pedro<br />

candido dezimbre su sieruo. El qual fue impresso enla muy<br />

noble & muy léal; civdad de Seuilla. por Medardo vngud<br />

alemán : & Lançalao polono compañeros, acabóse a. xvj. de<br />

mayo, año de mili y quátrocientos y nOuenta y seys. »<br />

In-fol. peq., a duas columnas, em caracteres goth., lettras<br />

iniciaes e capitaes Ornadas, numeração romana, com registro,<br />

sem reclamos.<br />

Na fl. de rosto uma gravura em madeira, representando


218,<br />

A^ïftHdre, divide j» titulo paf¡jna,9 partes Esíe'é impress© enr<br />

grandes çaract goth , chamados de missal<br />

-AÒ;éálqphão-aéi«ia liaâscriptojségtië^e a,marca dos jmpressoijês-èôpa<br />

II iniciaes dó? séus' n.omês .)/. i: .V. Ésta marca<br />

M«1U reproduz^ em i^jgdfíz, îljfewfe® p?g iciF<br />

Silvestre nã/j a traz.<br />

Meniez, dando nóçtauj da obra,<br />

* « Candid® Decimbfé tradüzm a lio latim part j<br />

Ü împrlmiu'sêJÇem Floreliça i478Í|Mízí Fenole* traduziu SÍ<br />

pi ra " è hmdSim Sfiublieoa sè em -Barcfelonà 148® esta ttttj<br />

ducçãp {¡aSsou para o castelhano| èm 1496. »<br />

OJnA?>. exemplar' contem, do verso fl debito até<br />

M. 4, .^^Sm^aB^Sf^íe.-. a¡^~"'•' , JíX•> , Bréljhiinaj®,* iffl|<br />

fwém<br />

H B fl. < Aqiia»*¿nii«rt9q UjUBii.^'<br />

xandre magno sacada en vulgar fielmente de Pedí a: " *<br />

ffiiíia^^uSr SZ IÍM|WM|Í|I iijli Jilil|ii ..Bt'WLLWBB<br />

eí primero &®Eíffiundo qug* en Id auestfa édadf non IB<br />

hallan. » ' ' * .<br />

O livro fecha com a « :0ue.ha quem.syppo.nba<br />

que í^p.^rç -Çaiidído tr a duziu' a'|o|M d¿'£Ciirc,ió' parava^ língua<br />

tosfjátlâ, ma^ >ígrior^^^]uem a p_.asso.il d' esta para a ojcelhana<br />

e q!:e dt. esta ' . ; ' .. uric^ è^íiçiõn^M<br />

A !ra(i:irç.\ij\cíísu;r::an:i impr^s&a .pm<br />

idtl$


219,<br />

lendana trfttferitfa, o que já nos havia ,diÇo Mendez no lugar<br />

acima citado^ . _ :<br />

. Com efiei|o, no Bitilioibecaz Regi®, Catalogue (Londini,<br />

1824)7 vemos mencionadas mais de uma edição d'essa traducção<br />

e era primeiro, lugar:<br />

a Istoria di Alessandro Magno, tradotta in volgarç da<br />

Pietro Candido Decembrio,( incominciandp dal terzo I^i'bro..,<br />

aptid $anctym Jdcohum de fiipçli, Florentia, 1478,<br />

cqrwt-, .sigr/,.- -Edizione prima. »<br />

A obra quê a Biblíotheeâ <strong>Nacional</strong> expõe é pois trabalho<br />

dos primitivos imprèssores de Sevilha; - o que lhe dá o mais<br />

alto valor bibliographieoi -<br />

A arte de imprimir estabeleçeu-se 1 pela primeira. vez naquelas<br />

cidade, segundo Melchor de Cabrera citado por Mendez,<br />

importada em 147.6 por João de Leão; eminentisifno en el arte<br />

tipográfico, -O que todavia não parece incontestável. E fora<br />

porém ,de duvida para Deschamps, Diet, de Géographie, que<br />

data de 147.7 á importaçãp da imprensa em Sevilha, a Hfspalis<br />

dos latinos, .que foi a .quarta cidade de Hespanha a gosar<br />

dg maravilhoso. inventoainda mais, foram hespanhoes os<br />

sçus primeiros impressores. O primeiro livro com data certa,<br />

sahido: dos prelos sevilhanos,.. é, o de Alfonsa Diaz de Mprb<br />

talvo., impresso naquelle anno de 1477, injol., a 2 çolum.,<br />

caract. goth. peq., descripto por Desehamps. Iroprimiram-n'o<br />

Antonio Martines, Barthplomeu Segura e Affonso do Porto,<br />

cuyos apeltídòs parece no dpjan duda de que son espanoles, assim<br />

como a obra intitulada Sácrarftental, de Clemente Sanchez de<br />

Vercial/ no; mesmo árino, in-4. 0<br />

Enumerando' Os -mais ; afamados typographos sevilhanos<br />

Deschámps dá ps nomes de Meynardo Ungut e Slam'slau (Lanzalao.)<br />

-PoIoná, impressores da presente edição de Quinto Curcio<br />

e aos'quâes se deve a impressão das Cienfo Novèíàs de Juan.<br />

Boccacio, do mesmo anno de 1496, in-foL, goth. O polaco<br />

Stanislau passou-se depois para Alcalá, de onde existe uma<br />

impressão èua de 1503; O nome d'este impressor vem em uma<br />

de suas edições Ladislaus-, o que' nos parece mais conforme<br />

com o que lhe dão os hespanhoes, apesar de que a inicial<br />

usada na sua marca typographica social é um" S, como vimos.<br />

Da presente edição diz Brunet:<br />

< Uma trad, hespanhola de Q. Curcio, impressa em Sevilha<br />

em 1496, in-foi.y é citada por Caballero. . É talvêz a<br />

mesma que a de Gabr. d,e Castanheda, que appareceu em<br />

• Seyilha, em casa de Crombèrg.er, 1534,'in-foh goth. »<br />

. Dps prelos sevilhanos possue a Bibliótheca <strong>Nacional</strong> um


220,<br />

raro e precioso exemplar dos Tratados del doctor alonso ortiz...<br />

imprimido por três, Allemanes. cõpaneros. Enel ano dei senor.<br />

M. CCCC. xciij, in-fol. goth., que também' lhes faz honra. Por<br />

se referir a tão notáveis mestres da, arte de imprimir julgamos<br />

opportuno transcrever o que d'elles diz Sàlvá no sèu Catálogo.<br />

« Os tres aílemães companheiros que realisaram esta bellà.<br />

impressão foram João Pegnizer de Nuremberga, Magno e<br />

Thomaz, cujo escudo se encontra no fim do volume, Comparando-©<br />

com o que vem nas Siete Partidas de 1491, verificarse-ha<br />

que é bastante parecido com aquelle, consistindo a diíferença<br />

mais notável em haver-se supprimido no presente as<br />

iniciaes de Paulo de Colonia, quje já havia sem duvida deixado;,<br />

a sociedade. »<br />

Ainda a proposito dos primeiros impressores de Sevilha<br />

diz Don Rafael Floranes nos seus Apuntamièntòs sobre la imprenta,<br />

publicados na 2." edição da citada Tipografia Espanola<br />

de Mendez, "que quasi que .se estabeleceram em Sevilha quatro<br />

typographias ao mesmo tempo, a de Tallada, a de Paulo de<br />

•Colonia e, companheiros, a de Ungut e socios e a de Pedro<br />

Brun e Juan Gentil. « Prova, ajunta elle, da grandeza, riqueza,<br />

fama e muito çorrimercio d'aquella insigne cidade. Em outro<br />

tempo pretendiam os barbaros germanos entrar em Hespanha<br />

com exercitos armados para destruil-a; agora apparecem nelía<br />

em companhias pacificas, para instruil-a com. as doçuras de<br />

uma arte exquisita, que- torna immortaes as prodúcções do seu<br />

engenho, como tinha a arvore do paraiso a virtude de preservar<br />

da morte os'que provavam do seu fructo. »<br />

Flo.ranes referia-se. ao anno de 1493.<br />

« Dois annos depois, continúa elle^ em 1495, deram estes<br />

mesmos allemães, na mesma cidade de Sevilha, os Provérbios<br />

de Séneca, que -foram reimpressos em 1500, ainda ali, por industria<br />

y arte. de Jhoannes pegnizer de Nuremberga y Magno<br />

herbst de fils. »<br />

Para fechar o cyclo dos afamados ; propagadores da arte<br />

civilisadora por excellencia naquella parte da peninsula, diremos<br />

ainda com Floránes que a sociedade typographica dos<br />

allemães Ungut e ^companheiros permanecia em Sevilha em<br />

1498; nesse anno conçluiram elles a impressão da notabilissima<br />

obra ã Peregrina, do bispó de Segovia D. Gonzalo<br />

Gonzales de Bustamante, com a douta e extensa glàssa denominada<br />

Bonifacianà, do nome de seu autor o dr. Bonifacio<br />

Peres Lisboà, jurisconsulto portuguezí que acompanhou á Càstella<br />

a rainha D. Joanna, mulher de Henrique IV e filha d'el-rei<br />

D. Duarte. No anno seguinte, 1499, imprimiram elles na mesma<br />

cidade Las trescientas de Juan de Mena. Lanzalao Polono, um


221,<br />

ItóS: da .referida sociedade, passonJMeÇÓis- »ira Alcalá de<br />

Hgiares, como Age disse.<br />

'O nosso exemplar do Qupiio ÇW^i,I<br />

(jlpsenta dignamente o pfotcfiiéío da imprensa naqueila importante<br />

cidade' de Hespanha na infância da arte._ Está em<br />

ijítn estàdo de donservação. Pertenceu» Real EibhotheSa<br />

ff.® 86. — Suma de geographia q trata de todas<br />

las partidas S prouinéias del mundo: en especial<br />

delas inclias. & trata largamêté del<br />

arte'del marear: juntamête con la espera en<br />

romãce : con el regimêto del sol .& del norte ;.<br />

nuevamente hccha.<br />

Con prèuilegio real.<br />

K%fo, fim « FenSde la suma de, Jflígraphia Vue impressa<br />

enla nobilíssima H muy leap ciudad de Seuillft-^por |||g)ao<br />

BõbfegerHema ôel afio ,(Tla enqam|çi® de Äiiestro senor.<br />

de milTfe*'gumientos & diez & naeVe »<br />

%%?>3iÈ£ pe«J., sém numeração, 'carapterè^


222,<br />

ip siíb-titulo um tanto ¿Jivdrao do que ¡¡«abamos^e daiyiegundo<br />

^ -Biblioth. heber. ... e indica ^mte'&tíoiíai Jdí^l, 4e! ¡i|3<br />

*Jo.,taesma^irp^ess{>r, i^m d?, jg g. assj»,¡como, urna te¡3<br />

' A|U#reS: de Bur^JS^, do:,iffi^o;foxmatq¿ : »,<br />

• .Srrt^j^B.-^.v^fl^ijTO^Í'jlj^^Jai^^ irfclúida g<br />

pripe'ira^^fcmo Bvé, rarísima •<br />

"g|^|autor t. I<br />

lljol i m ii' - '7 , ' , lyor á'e<br />

QwBh d iM¿ tül ° V®!« n " B BBMMll<br />

«i fcBstelbatio .fflodsrno) .e; as seguintes indicares: jKr/tó'<br />

iifn¿U\ Andr^am .de Rur&qs i/i-ü.U.<br />

íj* Suppoz se ier havidd um# éí anteíbr ,com efl'éB^HH<br />

Mefltf ez, na stá. íipdgrtifiU efytUtWld, -i 4 definió; $4, d»<br />

« Simia di: (ictisraphb/ por Martin: ^inaBdfezf Denci'sól-j<br />

. .En-Sevilla -1482,. '<br />

« Dudo niego'; ííjut hay i tal: .pdjcicjn, "¿ijíes Wyslg¡l<br />

D- Nit^M Antonig^|fg ^ ¡ l i y r a H d M¡ ••• Sfi.'ffjl<br />

tíerfipo... ,<br />

, Aó';.:®; '#6fÉStféirtá b. Tt'q^i inuádor:<br />

« Esta bien dudaos), „y mucho unejor^pisgado» porte<br />

efectirannientf Ja primera .^^^j^'jK^tóll^l^ffljhl^;<br />

B.«sa, i!c jticii;(o Crpmbeijer,aleman, ano cfcí.igi^^ssiI :<br />

prÍY}i|^¡) ,que para ella le di¿ ei rey y emperádor.'E". Carlos<br />

(á quien. ía. deciica¿...t;»'<br />

n.* éaicáoiM^Bto. de Joáo Cromber-"<br />

ggr, feita na ^ejpuu'adad^, dfe&viyiaj.<br />

Leclerc ha ; feúa BiWjttlhecci Americana, pag 57, n 6 192.;<br />

diz:.. ,<br />

V«. Encisp (M Fernande¿ de\ "SuijiaMe geographia qpfl<br />

trata,;d®.g^te14as.jjaít¡id|S .y,pro:|i^eia^,^ > n Ti<br />

de las índiasffii la fin ) SeuiUa, Jua«t&mfeerg^r, 1530, m fol,<br />

go:hiq:¡c, ,yel^' ¿<br />

,. -E accrescenta *« Volume mui raro e infinitamente 'j^í^'.<br />

©bj;t. ft»i im-.<br />

p^s^" jftláüinmeiia vez eiji 1519 ¡ Renaprinüu-séf¿fli 1J30 e<br />

jif461-.it E. cite um tíeBarris®É^:Ju|jiyen»s nír breie<br />

ii¡j!.ii.-:a que é:i r Siipia ,<br />

di.^eo^ra^riifi ¡U) N'íívo .Muniio eiflai Ríjt¡ri*go .(ic l!:t*tidaSy<br />

hmi m planejador da exped||¡MJcfe í ' ¡


223,<br />

Balboa, ê 'acompanhou a Ójeda ém süa-víagéñi ào íònfínèrité';'<br />

Enciso_.se estabe.lecêra a •principio em. S. Domingos. »<br />

« The account of America is principally fro,m his own<br />

observations (Riçh.)s » ¡ ;<br />

¿ « E obra raríssima. »<br />

sTernaux, pag< 4, n.°, .20* classifica-a : « C'est le premier<br />

livre, $&pagnól> qui traite dé l'Amérique. » Ë cita exactamente<br />

a nqssaediçáo.<br />

'•/ O exemplar que a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> expõe pertenceu á<br />

Real Bibliotheca: •<br />

N.° 87. — Epístolas dei glorioso dotor sant Hieí<br />

ronyrno. Agora nuevamente impresso y emendado'.<br />

153?,<br />

- Còn priüilégio Ymperial.<br />

• . In-fol., cáract< goth., em vermelho e pretõ* lettraâ capitães<br />

è iniciaeS Ornamentadas, com registro, sem reclamos,<br />

frontispicio' .xylógraphâdo,'" um retábulo jom a imagem de<br />

Sv Jeronymo; ambos coloridos. A declararão do priuilègio no<br />

altó' dá A.- de rosto. •<br />

As primeiras ' 9 íf.y- com ade titulo, numeradas, contêem :<br />

No V. da fl. de rosto uma gravura em madeira, colorida<br />

á mao que toma toda a pagina. A fl. 11, r. e v., « Epistola<br />

{jtòhemiai del Bachiller Juan de Molina... Dirigida ala Illustre<br />

y muy. R. Señora Doîfe Maria Enrriquez de Borja: Primero<br />

Duquesa - dé Gandia. Y .agora.Abadessa dignissima de sarícta<br />

Ciará... » As ff. ni usqice Viu r.^« Tabla déla presente obra. »•<br />

No v. a'ésta ultima fl. reprodûz-se 1 a éstámpa do v. da. de<br />

rosto-.. '<br />

Da fl. ix em deaüte o. texto, que òomeça pelo seguinte<br />

titulo impresso em tinta vermelha ¿<br />

íffflp. .Çõmieçan'. las epístolas ..del glorioso santo, y , muy~§s-<br />

^áreciab^' doctor... el bien.auenturado señor san. Jeronymo.<br />

partidas, en ; Libros.«;'por el bachiller Juan de Molina : natural<br />

de ciyd'ad Real... »<br />

A obra divide-se em sete livros e consta o vol. de cciv ff.<br />

•numeradas á romana. No v. da ultima occorre a dedicatoria<br />

do..,traductor,, cujo nome se perpetuou addicioriado dò• seu<br />

tituló de. bacharel. ;<br />

Ñá • il. que 1 se segue, sem ttumeráção, vem a subscrípção


224,<br />

em grandes çaract. goth., em tarja floreada, com que termina<br />

o volume,:<br />

_ « A glória y loor .dela santíssima Trinidad padre hijo y<br />

'espiritu santos.. Fúe impmida la^psente obra enla isigne &<br />

muy leal ciudad d'Seuilla. En casa. d'1 Jurado Juã Varela de<br />

Salamãcá cõ puilegio real y Jmperial dõde largamêté se .con-tiené<br />

las penas por diez Anos puestas: al q la imprimiere én<br />

- toda castilla o de otra parte ípressa la vediere. Acabose<br />

a. xxv. de Junio. Enél ano de nro Reparacioii de mill y<br />

quiniêtos y Treyhta,:y dos anos; »<br />

É reimpressão, como se vê, da obra precedentemente<br />

desçripta. sob o. n.° 82, ,e tão rara como ella. Saívá, como já<br />

se viu, menciona apenas-a ed. de 1548, da mesma cidade; de<br />

Sevilha, e refere-se á uma ed. de Valença, 1520, por Juan Jofre,<br />

da qual possuiu um exemplar em Londres. No fim do nosso,<br />

lê-se a seguinte nota msc:: « A prim. ra impresãão em Valença<br />

em eaza de Ioão Iofre anno 1520 folio. »'<br />

' Salvá pois não cônheceu a presente edição. Brunet não<br />

cita nenhuma dás edições da tradücção castelhana. d 'estas<br />

Epistolas. Graesse, como se viu no alludido artigo, menciona<br />

a de Valença., 1520, e refere-se á de Jorge de, Castilla; (aliás<br />

Costilla)., Salamanca (aliás Valencia),. 1526, injól. y á da<br />

mesmá cidade d.e Salamanca (aliás. Sevilla), .1532, in-fol.; e<br />

Burgos, 1554, injól. também. Graesse dá assim a nossa como<br />

feita, èm Salamanca, pois como tal sé deve tomar a expressão<br />

ib de : que úsáj do que se segue que não a viu, è de onde se<br />

conclue a sua. raridade.<br />

A respeito dá intrdducção da imprensa em Sevilha nenhuma<br />

noticia deve merecer-mais^confiança do que â que nos sübministram<br />

Mendez , e o seu continuador na obra citada, Tipografia.<br />

Espanola, no trabalho especial de Don Rafael Floranes—<br />

'Apuntamient.os sobre la imprenta em Hespanh<br />

tigações se verifica que em' 1485 foi què se generalisou na<br />

peninsula o maravilhoso invento que faz de Gutenberg um<br />

semi-deus. « No citad.o anno 1485, diz ò douto investigador,<br />

a achamos (a arte ,de imprimir) também introduzida em<br />

Sevilha e, o que é mais digno de apreço, servida por ! um<br />

Mestre natural do paiz. Tal é o impressor Antonio Martinez<br />

de la Talla, -em cuja officina sahiu ali impresso, aquellè .anno<br />

o Espejo, de la Cruz, livro dé autor anonymo italiano,, traduzido<br />

em romance pelo chro.nista Affonso de; Palencia... »<br />

Dos outros typographos primitivos dé ,Sevilha, Paulo de Colonia,<br />

João Pegniczer de Nuremberg, Magnus de Herbst,<br />

Thomaz Glockner, allemães, trata particularmente o autor, a<br />

quem recorrerá com vantagem o que desejar maiores in-


225,<br />

formações. La Caille, na sua Histoire de i imprimerier dá<br />

cpmo primeiros impressores de Sevilha os allemães supracitados,<br />

que imprimiram de parceria Flòrètum Sancti Matth&i.,. in-fol.,<br />

ë Alphonsi Tostati opera, igualmente in-fol., ambos em 1491.<br />

Çita depois Maynardo Ungut allemão e Ladislau polaco, de<br />

mieni já aqui se tratou no n.° 85, ë a sua edição'da Crónica<br />

Mel Rey Don Pedro... 1495? in-fol.<br />

.O que parece póis mais certo é que a imprensa fôrá introduzida<br />

em Sevilha por João de Leão em 1476, mas só mais<br />

tarde ' se generalisou 1 e tomou mais largo desenvolvimento..<br />

Deschamps, no seu excellente diccionario de geographia,<br />

menciona, d'entre- os typographos de mais nomeada de Sevilha,'<br />

á Juan de Varela, impressor da presente edição das<br />

Epistolas do senhor são Jeronymo. No Dictionnaire de biblîùlogie<br />

catholique de Gustavo Brunet publicado pelo abbade<br />

Migne, figura o nosso impressor Juan de Vorela (seguramente<br />

Varela), no trecho seguinte, : còl. 933:<br />

« Meynard Ungut e Joãoí Pegniszer de Nuremberg imprimiram<br />

em 1496 em Granada a Vita Christi. Depara-se<br />

depois d'elles em 1505 com Juan de Vòrela, qíie trabalhou<br />

em Sevilha de 1511 a 1534. »<br />

O exemplar exposto é um bello specimen das impressões<br />

sevilhanas, valioso por si mesmo e pela sua raridade : pertenceu<br />

á Real Bibliotheca.<br />

SALAMANCA.<br />

f Salmantica).<br />

*N.° 88. — (Lvcii Marinei De Hispaniae lavdibvs mm<br />

libri VII.)<br />

n. offic. n- in-JoL de LXXV ff. num. só peloí. ^<br />

S^l^rso... .<br />

' '"..Obra «Kma,<br />

on<br />

minuciœjuti&nfe ffggíripta por Salv|||||J<br />

0 3021.<br />

SpÉlè a djesciapção d'e]^* '<br />

Pl. Ï, r |'%jmplctamfente em branffi^EBg<br />

Wl' 1, y . « Ad magpannmm S illvstjeSac virtVtis, cvltorem 5<br />

l$fi|tc.vm PementellvífeiBena^mti «©omitem 4 fifehssimvm<br />

Lvc»Mãr,inei ''Sid^.jjBk. 9 Lql| qué; vae até flí^n, r.


226,<br />

Fi-in, y.: Verseis latinos de « Rodeiicus Äätirictts Arias<br />

bärbpsa ^HE Petrus ihartyr ».<br />

ü HIT, ^H Cöiiic%-a a, obra; « Ad fi-fMöricvni , Perfleñtellvrn<br />

.'Comitem Behaventanvm<br />

L-Vtn Matmei 'Sicvli »®IispañJsb4 lavdibus<br />

intipit ». '<br />

Fl. ffiHi, r. ¡a I bri<br />

Idem, Vi- « Lufím marmetts sk-nlus.. U •. 1 ¿gSS<br />

benauenli.>&omitib lihuí uito<br />

' dicityeP' 2<br />

n Lxxinij r. : termina a epistola precedente, e segue-se:<br />

| Lutius niarinéus siculus Rodorico Marico sálmantini<br />

gymnasir rectori clarissimo salutem ». "•<br />

FL LXXIV, y. — LXXV, r. : Versos latinos do autor, sob o<br />

titulo : « Siculús alloquitur librum suum V í.<br />

O. verso da FL. LXXV eátá em branco:<br />

Na descrip^áo de Sálvá seguem-se 2 ff. inm de indiéfe<br />

que faltátti ao nosso exemplar.<br />

Iiripresso ém l'ettra redonda com éapitaes ornadas é réelamos<br />

ou chamadas para b texto cóllócádas ñas margehs.<br />

Diz, a respeito d'esta obra, o doutó bibliographo cästélhano<br />

:<br />

« He descrito este volumen con tanta escrupulosidad por<br />

sú : estremada rareza; 'efectivamente;, solo Nie; "Antonio lo<br />

menciona entre todos los bibliógraphos.—El papel es magnifica<br />

y de («hermosa: letra redonda la impresión, que demuestra<br />

ser del siglo XV. y de Salamanca. Aun cuando los tipos y<br />

demás circunstancias no fueran bastantes ¡ para justificar mi<br />

opinion, no me deja lugár '.á dtídáS que es del año 1496 o<br />

principios del 97, el hallarse entre Jos .elogios de los varones<br />

ilustres contenidos en ella el del principe D. Juan, hijo de los<br />

reyes Católicos, á quien supone entonces de diez y seis años,<br />

y ensalza la instrucción que le habia dado Fr. Diego Deza ;<br />

y al hacer eí panegírico < de este prelado hácia el fin del. toiiio,<br />

dice que era obispo de Salamanca y anteriormente maestro de<br />

aquel principe. Fr. Diego Deza fué agraciado con el obispado<br />

en 1496: en 7 de Octubre de 1497 murió en aquella ciudad<br />

el. principe D. Juan, de diez y nueve años de edad, y su<br />

preceptor pidió en seguida sé le trasladasse ä otro punto, lo<br />

cual se verificó en 1498, pasando á la silla de Palencia. De<br />

consiguiente, si .la impresión, hecha' ségun dice al fingían de<br />

prisa que no habia dado tiempo á. su autor para releerla, fuera<br />

posterior á eiste año,. ñi hablaría del principe D. Juan- como<br />

ä vivo en su élogi^;' ni hubiera dejado de mencionar su<br />

muerte en el de Fr. Diego Deza, ni supondría á este obispó,¡


d0.ígalamirtói, SiátideloSíe Paleiéia ó Jágii. dol® estuvo<br />

ddàptiss DB tjuk es aítsriar al ^504 no hai cuÔion, pues<br />

¡"Jtt^ne «finante á Isabel I. ^ÇÍ.,,- murció 'en dicjiq año>. ¡><br />

Passa ja analysarB eonteâdtS da obra e á rjzâo<br />

d4°sM¡-WfS$sgz, tH-mmámdti • «Y«fno he visto otro ejemplar<br />

fli' coáózcQ' la existencia de ninguno en lãs varias "(jiblioteeas<br />

Visitadas por mi ó dágut hai jatalogos tomados »<br />

'¡s 1 V itn¿ fbis/^ exémplar qft expomos sob o n 0 88 é Veí-<br />

S,Máíá tilfci9sidáde biBJiographS, de altcjlvajar por fetiâ<br />

tÉftmá raridade. ;<br />

iíHj fres prmienos li^íStbntfiem a descri jf|aq das c'idaáes<br />

Je Hespanhafou antej,notícias resutnidáS de suas Bfeffis mais:<br />

ít^JMSLos tòáif-b ultimo^Vomprèhendeift bio*¿¿.;jhiás H<br />

relações dos.' mais importantes feitós de alguns homens dra<br />

''«¡BI» ° m l SIÍl ^ pa;z "ffitâs noticias, com sup¿ít%§®,>fle<br />

í afi' ^llP ilI Í9ÍB p3 ' "^HS® additameiMé de ñlüitas hovpi,'<br />

||||ph mcluiBaá ña o"brá cío mestno átitor, Si rtbiii Hiif'm^<br />

m (?H&aik!gBÊ(In < " 'k*' *"* MiJm\<br />

Mm, Afense filio An M t) XXX In fbl d| t¿ ff prfelim ,<br />

•Hffii ¡F Em 1^33, 'pot- ordeiji do rei, 6up¡)rimitam se il^tâ'<br />

ultitta dpra as ff. 12^75,, rálatiVas a biographias >tlfe varOêS<br />

fizeram ndvas folhás 'de préhtniháreS® ®ifi litera^ ¿hpbíelsão<br />

e. fèctiâeáçàõ do Índice, retoprimindo-se também a ñ iíá,¡<br />

-tía .qual se poz. .t |f Jv||2^1cT;plião : Invpr'éMiini ^õfáplkíí-p^y-: Mi-<br />

Eguia, AbsoI)thVfí isi niatsé Mcaf Atotv ai<br />

reãeitift* M D XXXIII AgBibliotheca <strong>Nacional</strong> possue um<br />

Bjfeiiplar d'rttá segunda .BSJiefcié, ^oih.S ff. pr&lim., vXscvüj k<br />

tlllMÍ. , ,1<br />

1."Osfeetíiplareà sqmplefb^ -de 1530 üe^eifli ter soffiido per-<br />

SBgiÜçao, Segundo observà Salva, pois slo icimtadb^ os que Ifc<br />

mije^eñi sem que «Bejarii tnutlMein drffpreii^s lámares de "|flSpti.i !i<br />

ífiám ; Pa'mllpna^ Alcalá de ^f¿laréf,,Ággrqño, BurJ^s^ jTojeqo,<br />

Q ,roais %n.tigo impregno que >s£ q .íntitu-<br />

U ' - £ ' h \ ; í " jffl<br />

x^'tí 1 Ñeáfissénsts grdwâfíéí •<br />

expheliik Salmuniicié úütiíl nattíli chri$4i¿ino' M. • • '


228,<br />

• L r . / A • Deo gmñas, obrai r»i|âma, m-fol. ígoth.,<br />

IS 2 BÊ^®»«"'' íóomgfflt|3a'.í)uÈUcarJsS no anno anipriór<br />

i.- ,'QÍputros kVÀH iníprèsfqB em Salamanca nesta época sao,¡|<br />

"pela mator Hfrtv gtammaüsopb 11 JiijS<br />

tórja» & (* * stm g um d(^^BUire ® últimos o Can<br />

>. i D - j&C BfflRe<br />

aHa4td0sm496, m fpl rqcíá5|¡n obras vêmjinfeBtialmente t<br />

Fr. F.-vMjggJzí,' ^' ega<br />

«orr e augm « por D Dionisio Hidãlgp, Madrid, TSÕI I - . \<br />

«pp. njy 2 97®359 * H T ^1181<br />

Imprimiram nesta qdadW, jinda no •Bfc'XV: Leonardo"<br />

Alenífm, y Lupo gan? fe *^rra,||iompaM o. Magi<br />

MendSsuppO&'^erem^KpnmeirosJHunící 1 1 1 J<br />

Salamanca-no scculaj, Juan de Hans Jj|g||| Ale . fI f|l<br />

âífSilgenstal (Seligenstadt* Juan PfcePou de P ^ ^ ^<br />

ChristofoTO fle Alerifahiilptado por W. Síncho Ray


229,<br />

de Lucena embaxador y del cõsejo délos<br />

reyes nuestros señores studiãdo enel preclarissimo<br />

studio dela muy. noble cibdad de<br />

Salamanca. v<br />

S. I. n. òffic. n. d., in-4. 0 dé 87 ff. inn.<br />

Impresso em caracteres gothicos, sem reclamos, e ornado<br />

de lettras capitaes, que faltam em alguns lugares.<br />

Ensina o modo de jogar o xadrez, indicando como se<br />

pode dar scaque mate em cento e cineoenta diversas posições;<br />

os differentes jogos vêm representados em 164 figuras gravadas<br />

~em madeira. "<br />

As. 87 ff.- são distribuidas por 12 cadernos do seguinte<br />

modo: A contém 8 ff.; aa, bb e cc, 8 ff. cada um; dd e ee,<br />

6 ff.; B, C, D, Ê, F, cada um 8 ff. ; e G, ,3 ff.<br />

. , Es,ta é a segunda parte do volume.<br />

A primeira intitula-se:<br />

« Repetición de amores compuesta por Lucena hijo del<br />

muy sapientissimo doctor y Reuerendo Prothonóthario don<br />

Juan Ramirez de lucena embaxador y del consejo délos reyes<br />

nuestros señores en seruició de la linda dama su amiga estudiando<br />

enel preclarissimo , studio dela muy noble ciudad de<br />

; Saiàmãca. »<br />

As duas partes estão subordinadas a um titulo geral,<br />

impresso em grandes lettras capitães gothicas e concebido<br />

nos seguintes termos:<br />

« Repetición : de amores : e arte, de axedres con. CL.<br />

juegos, de partido! » ,<br />

. Este titulo* óccorre na i. a j fl., r., onde também se nota<br />

um jogo de xadrez gravado em madeira.- No v. d'esta fl.<br />

está um epigramma latino de Francisco Quiros, In laudem<br />

operis, em 9 disticos, e em seguida, sob o titulo Lücena in<br />

suo opere, 18 disticos também latinos, que terminam na.<br />

2. a fl., r. No V. da 2. a fl. occorrem : o titulo, já mencionado,<br />

•da primeira parte: «Repetición de amores compuesta por<br />

Lucena, etc. »; ; logo abaixo' o Preambulo, e em seguida a<br />

esté o Exordio.<br />

Esta primeira parte contém cinco cadernos, marcados<br />

a ) b, c, d, e. Os quatro primeiros, Constam cada um de 8 ff. ;<br />

o ultimo tem somente 4 ff., sendo á do fim em branco. São<br />

aò todo 36 ff. inh.<br />

:'Panzer, no vol. iv, pag. 417, n.° 21 ? menciona'esta<br />

•obra nos seguintes termos: « Repetición de Amores, y Arte


230,<br />

d® Ajedrez «otea 150 íuegds de partida,; auetar»; aáonyroq. de*<br />

-filio JoMpiiíi^ ij #<br />

Ham, no ÉSfâfi . IQJJ4V®<br />

ímetamc £ nome s ~ Tn determinar o<br />

1 ligai nem o ,anno da 11 ''5313<br />

PfttjllfefaaSan^ . XV.' siècle,<br />

@|||g m,f Jlsli 122, H 874, fã/ min-uUosa desíirip^ão, dizendo'!<br />

que psusiá]» MvrosHiiífáa tão. {afps homo este SffstaBH[<br />

BstíSkM dei Mendez,- 2." ed. corr. e augni- fat Hiíaffl<br />

fete itaX se 'declara que'»'a' a|iSa. «foi imprensa cêtra d®,<br />

anr.o 1495.<br />

Brunet é Gra&|l§ também lhe (^ig-ííitoj® esta ultiiraã<br />

época. /<br />

^fljflIilP» um exepiplar, que descreveu sob o ti."<br />

® qualKantmha siS&jení^.a segunda«j>arte d'e§ta obr^,,*<br />

Éxpjididas todas esta^ opiniões, Sççndusao mais pro<br />

Va\el t que.esÇe livro rarissimC tenha siüo inipfrcssg em<br />

•&,l£fiji|Bc^^B>po dia^^Rr; no nm ddsljlillo XV<br />

Pertenceu a Real Bibliotheca. ...<br />

'zá;*'Dirigi(la aç> fcticruiailLssimo sn/ir o snãr dõ<br />

¡juo d€"saüsa;Â.reebpo "& Sõr da Cidadápde<br />

guâ primas das spanhas ré. nouamête feita pe^isto<br />

figüefcá;/ i||eharel§|gi çanonep residente' em o<br />

s tudo de .Salamanca. E por màdado tfc' sua Soria<br />

iiwpressa.<br />

... / 'Este titulo #ém Çléhtro.'¡íe fma tarja, grosseira,' que mede<br />

de latg.


ââi,<br />

O Dr. Ramiz Galvão, nos Annaes da Bibi. WÈm.rv-câ. T.<br />

pag. 370, ,faz 'd'este exemplar a seguinte descripção í<br />

• « É um vol. in-4. 0 de 4 ff. inn. e 58, numer. pelo anverso,<br />

de char. goth., contendo: '<br />

Fo]L i. a (inn.) r. : titulo ;<br />

Idem v. : Começa o prologo (que


232,<br />

porque não vem citado- nas mais importantes obras de bibliographia<br />

que a Bibi. Nac. possue.<br />

Lourenço de Leão, mercador e; impressor.'de Salamanca,<br />

foi um dos melhores do século XVI. .Segundo, Deschamps,<br />

trabalhava, -em 1519, e, segundo G. Brunet, de 1512-1516.<br />

É porem certa.que imprimiu pelo menos, até 1521, anno em<br />

que publicou a Arte d'rezar de Xisto Figueira, que a BiblÍQ-,<br />

theca expõe.<br />

G. ^Brunet dá a este impressor o nome de Laurent de<br />

Léoh de ' Rey; não é exacto 'j>, no nosso? exemplar se lê:<br />

Lorenço. de leõ d' dei.<br />

N.° 91. — Coronica delas Jndias. La hystoria general<br />

de las Jndias agora nueuamente impressa<br />

corregida y emendada. 1547<br />

Y con la conquista dei Peru.<br />

In-fol., caract. go.th;v a duas' columnas, lettras capitães e<br />

iniciaes ornadas, registro, com estampas no texto grosseiramente<br />

abertas em madeira. O titulo principal, impresso em<br />

vermelho, contido em orla xylographada, e fóra d'esta, em<br />

prètò, a 2. a parte do titulo; ésçudo das armas impériaes sepa-<br />

/rando em .2 partes ó tit. principal.<br />

A Chroniça divide-se em duas partes, a primeira das quaes<br />

com cxcij ff., comprehendidas ;J6,, de Tabula e uma Epistola<br />

do autor; a segunda, dè que se tratará em seguida, com<br />

lxiiij ff.; contendõ o- vol., no fim, a. -Coitquista dei Peru, com<br />

xxij ff. num.- e -uma sem numeração.<br />

No fim da primeira parte lè-sê-:<br />

« Fin dela primera parte dela general y natural hystoria<br />

delas Jndias' yslas y tierra firme dei mar oceano'; que son<br />

dela corona Real de Castilla. La'qual- esçriuio por mandado<br />

dela .Cesarea y Cathplicas magestades èl cápitan GonÇalp;. Fer^<br />

nandez de Ouiedo & vald,es.:. La qual se acabo & Jmprimio<br />

'enla muy noble Çiudad de Salamanca e'n casa de Juan de<br />

Junta a dos dias dei Mes de Mayo Ano de mil y quinhentos<br />

& quarenta & siete Anos. »v<br />

impressa antes em Toledo por industria de maestre Remò<br />

de Peiras, 1526, in-fol. goth. ; depois £m Sevilha (J.° Crowberger),<br />

1535, no mesmo formato, só a primeira. parte; diz<br />

da obra Brunet no seu Manuel du libraire, iv : « Obra pre-


233,<br />

idiosa, porque o autor residiu por muito' tempo na America.<br />

Foram compostos 50 livros, mas ésta edição (0 de-1535) e a<br />

seguinte (a nossa, de 1347) só contéem os 21 primeiros. »<br />

Da nossa diz élle: « Segunda edição,, augmentada da<br />

Conquista do Peru por Fr. de Xerez, que constitue uma segunda<br />

parte... Este volume raro fói vendido por 37 fr. Santander...<br />

e com o 2o,° livro . da. 2. a parte por 4 libras e 6 sh. »<br />

Continúa Brunet: s<br />

« Libro xx de la segunda parte de la general historia<br />

de las Indias... que trata del estrecho de Magellanes. Valladolid,<br />

por Fr. Fernández de Cordova, 1557, in-fol. de LXIIII ff.<br />

numeradas. .Unico livro publicado d'esta segunda parte, cuja<br />

impressão não se continuou pela morte do autor: é um fragmento<br />

raro, que se acha algumas vezes reunido ao volume<br />

precedente, , o qual, assim completado, poude ser annunçiado<br />

eomo impresso' em' 1 Valhadolid em 1557. '»<br />

Reimprimiu-se modernamente em Madrid-, 1851 - 55, 3 t.<br />

em 4 vol. in-j..* gr., na lingua castelhana. Imprimíra-se uma<br />

traducção franceza,' (dos 10 primeiros livros) em Paris, 1556,<br />

in-fol., e uma italiana em Veneza, 1534.<br />

Salvá, mencionando com individuação, sub nomine Fernández<br />

de Oviedo y Valdes, as edições de Toledo e de Sevilha,<br />

diz a proposito da nossa :<br />

, « Brunet,cita uma edição em cujo frontispicio se adverte<br />

que - é nuevamente impressa, corregida y emendada y con la<br />

conquista del Peru. Salamanca, por ••• Juan de Junta, 1547.<br />

Folio, let. goth., a duas columnas, figuras' de madeira. Apesar<br />

dos melhoramentos- que anñuncia o frontispicio é de trazer<br />

no fim a Verdadera relación de la conquista del Peru, por<br />

Francisco de Jerez, p sñr. D. José Amador de los Rios, na<br />

advertencia que precede à. edição de Oviedo publicada pela<br />

Academia, disse ser prgferiyel a primeira, de 1535, por havel-a<br />

cuidado e corrigido d autor. »<br />

; A segunda parte da obra, com folha de rosto e numeração<br />

especiáes, traz no frontispicio, apenas circumscripto por um<br />

filete, encimado pelo mesmo brazão d'armas; o titulo:<br />

Libro. XX. Dela segunda ..parte de la general historia<br />

delas. Jndids. Escripia porel Capitán Gonçalo Fernandez de<br />

Ouiedo,. y Valdes... Que trata deLestrecho de Magallans.<br />

En Valladolid. Por Francisco Fernandez de Cordoua...<br />

Año de M. D. L. vij. In-fol:, caract. goth. duas columnas,<br />

notas marginaes, lettras capitaes e iniciaes ornadas, 64 ff. numeradas<br />

á romana, com registro e. estampas xylogr. no texto.<br />

No v. da fl. de rosto começa o Prohemio^ que occupa as ff. 11<br />

e IH e metade, do r. da iv; séguindo-se- lhe um segundo


234,<br />

¿^MHtt^ Introducion d' l libro veynte: essas, ff. sâo„ rmprès»a's<br />

de lado a lado e. não por colam,, como o resto do livro Este ,;<br />

Z^FFL XX dmde^^gi xxxv v jSfktulos, ficando o ultimo'<br />

incompleto: no fiiii d'este e r. da fl lxiiij, lê-se: « No- se<br />

imprimió mas desta .¡fea, pnrqui: murió ei autbr; ÉpBeee^l.<br />

libró. x\ S i l P art ?-.. | i •«» en H gg§f I<br />

raK Fernandez de Corpus En este ano de. M. D. H 9H<br />

Segue-se ainda, com fl dSjstffispebai', orla aproveitada/'<br />

Q^affuma mo^PpaÇfoí


ââs,<br />

Tres rare Jp Brunet comp yimps¡,í|3¡aB5ificara ¿e raras tanto<br />

a i. Ju ' parte reunidas, como o fragmento que trata do<br />

. estreito de Magalhãtís^. ¡J<br />

wf K^nndom, edição moderiïa'"'dt|'Madrid, lía imprensai<br />

^to»adfeniia gis torta, çm fHvol» diz SalVa<br />

« Prejtpu a -tíjfflqjnja um ^pnalafjo íjejviça ás lettrasíji<br />

a historia publicando ogAflj as addições dos ti fiíS'iífi'<br />

prtpf qtié • O-sgêdo deixte^pianliiscript^^Kná'oi'-íp que<br />

haviam fi||do inédit« Do pjerito eldo íátMgiá que *dSí ;<br />

Fpeíta a ^bra dç pvledo pode fazer^egídeia pelo juiz© qupK!<br />

»|eu respeito ftinftë Sf sBr D Jose 'Amador de los Ríos na<br />

ffldaíy que ultima'í(Siçáp #í"W<br />

Maéí^^ » . . '.. . H H '¡ygH<br />

Este magistral julgamento, «ue Salva transciW por tKí<br />

o maior jslogip qup JÉ pdssa teaer<br />

, :¡ K Las.àienciâs;, filos^fi^ y naturales; ponplue JJ. Ama^pj<br />

H H 9 la medicina, la oosmogpSa, la nautiBy aup la<br />

mïbaa


236,<br />

BURGOS.<br />

I I I /.urgi).<br />

iff rt »<br />

N.° 92. — Doctrina & instreTciordela arte ¿tó cauaUcria:<br />

*<br />

Itipft.Cdgácisjxviií. .ff. iram. 96 pela frente, fflp. inrní<br />

A flMgEião nmajMponÇem «jHItulo transcripto» aberto<br />

èi^.l^^in^HvfV.V. l^ I ctMn^^th^SK^ipp^B.a tintai<br />

pretiif AlifiS*o «ulo Jia uma ¡¡¡¡tampa, tatónjni afoerta eni.<br />

«mad&a¿ Vepjèseatand® um Svallerfo aRlhj


237,<br />

• O texto : começa ria fl: mi. Na' fl. cxxvm.. v., vem uma<br />

' Conclusion, que termina no r. da fl.- 'seguintey ínn., onde se<br />

lê: Fue imprenso este libro . en


238,<br />

àbrèviadà \. Por Mòsspn Diego de Valèfxt ... 1487/ iri-fol. ;<br />

ô Libro de los Santps Angeles, 1490, in-fol., raro; a Suma de\<br />

cdfèssiõ llamada defecerut... 1499^ e a primeira edição<br />

do Cid, Crônica dei famoso cauàllero Cid Ruydiez Campeador $'<br />

1512, in-fol.<br />

Següe-.sé' João de Burgos, cujas edições sào bâstante raras.-<br />

Trabalhou este typographo desde- i 491, imprimindo suççesèrvamente:<br />

6s< Commentarios de, Cesar, 1491, in-fol; •go.tíkj'.'<br />

de linhas longas, sem num. ; o livro chamado Compendio de<br />

la humana salud, 1495'$ in-fol. ; ã Art.è de Gràmatica de Frjiy<br />

•Andres de Cerezo, 1497, in-fol.; a obra exposta de Alonso d§<br />

Cartagena, . no mesiho armo, in-fol. : Ml Baladro dei Sabio<br />

Merlin co sus profecias, 10 de Fevereiro de 1498,/in-fol. gõthv ;<br />

Los doce trabajosfo ercules eopilad&s por dpn "erriq de vilkm*<br />

j499, in-fol.'; De ta yid Centòn.<br />

epistolariò dei Bachiller Fern&n Gomez dè- Cida- Real .,. Fue<br />

vestampado .


239,<br />

GRANADA.<br />

/ Grúnatà);. ;<br />

N.° 93. — Habes in hoc yolvmine amice lector. ^^><br />

MY\x Antonii Nebrissensis iRetvm a Fernando ¿tùfr à<br />

& Elisabe Hispaniarú fœÎicissimisv Regibus<br />

gestad Decades duas; Necnõ belli, Nauariensis<br />

v 71ibros duos. Annexa insuper Archiepi Roderiçi<br />

Chronica, alijs(|z historijs antehac non<br />

excussis. _ Cvm imperiali privilegio. Ne quis<br />

alius excudat aut.Vendat. Anno M. D. XLV..<br />

Tres partes em i vol. in-fol. \<br />

Este titulo precede >a primeira parte, que tem 8 ff. prelim.<br />

inn., LXXXVI. ff.•".-num.tsó pela 'frente..<br />

A i. a fl. inn. contém o titulo mencionado precedido de ,<br />

um grande-escudo das armas impe'riaes- ë^dentro de uma tarja<br />

grávadà em madeira, em cuja parte stfperior se vê ,a inicial Y,<br />

Na 2. a fl. inh.., r., acha-se a dedicatoria « Philipp© Avgvsto<br />

Hispani^rvmJ; ' Principi Caroli Csesáris,: l^uinti filio ^ Xanthus<br />

Nebrissensis ST. », datada,. « Ex officina" nostrà literaria apud<br />

inclytam Granatâm. Ann'ô. millesimo quingentésimo' quadra-<br />

'gesimo quinto, calendis...Decembris » ; fej "&o?y.¡ da'-mesaia fl.,<br />

« Ad PhiKppvm Hispaniarum Principém carmen », e « In Ne- •*.•<br />

brissensis Lavdem » ; nâ 3. a fl,, « ^Elii Antonii Nebrissensis...<br />

ad..,. Ferdinandum diuinatio in scribenda historia incipitur »¿<br />

datada no fim « Ex município ' Cõplutènsi. ãd' idus;' Aprilis, *<br />

Anno salutis ' Christiáne. M. D. IX. » As .5 ff. restantes


240,<br />

Na FL. LXXIII, r. / onde¿4termina, H oécprre est'oütra dé- !<br />

claragäo; « Hactenus in Nebrissensis ! árchétypis' & protocollis 1<br />

inuentüm est, eseteja -incuria quOrundam, -& fucorum rapacitate 1<br />

nihil; aliud riman tium, quam quomodo autorum lucubrationibuSv j<br />

insidien tur, -perierunt. »<br />

Segue-s'e, no v. da ñ. LXXIII, ¿«S JElii Antonii Nebris-,<br />

»•sen'sis...- de bello Nauariensi...-» em 2 .-lwros,;


241,<br />

A fl. dé rosto dà terceira parte tem uína. tarja gravada<br />

em madeira,, cpm a inicial Y em três 1 ugarês : • differentés:<br />

Dentro da tarja nota-se uma vinheta circular xylographada,<br />

representando. - as armas imperiaes, e com a seguinte legenda<br />

aio redor dás armas : « Çarolvs. Ro. Imp. Semper Ávg. Hispän.<br />

Vtr. Sicil. Hier.. Etc. Rex. » Abaixo da vinheta oècòrre ò<br />

titulo:<br />

.•'H Episcopi Gervndesis Paralipomenon Hispanicè Libri- decern<br />

aniehac- nonéxcvssi, —.Cum imperiali privilegio.<br />

Fora-da tarja, na "'inárgem inferior \ Apvd ine^cm J Gr4natam.<br />

Anno M. D. XLV. Mense Octobru '<br />

Compreliende esta ultima parte 2 ff. prel. inn., ^xxvir.V;<br />

ff. num;;'-só pela frente. A, primeira d'aquellas traz<br />

no A d* lector em Parenesis, que termina : « Vale^^j^cína<br />

nostra literária. Anno. M. D. XLV. » O Index; pccupa 'a. 2. a fl.<br />

inn. Na fl. 1., r., acha-se,: « Avtòris Proemivm, InVqvo ^Fèrnando<br />

. et Elisabse Castellse & Aragoniae. Regibus (pr^sens •<br />

ôpúsconsecrat. » No verso : « De Historiogràphis ÍTispanise^», que<br />

termina no r. da fl. seguinte. O texto';, começa propriamentè<br />

no v. da mesma fl. 11 e vae ;até ; p 'v. .da fl. LXXVII; ..onde,<br />

acaba o decimo livro.<br />

Salvá descreve minuciosamente 'esta obra sob .o 3078..<br />

Segundo essa desçripçãó falta/^ao .nòssp" exemplar, na.. 3..*<br />

parte, uma folha fipaFcom o escudo do impressor. Esse .escudo?,<br />

que vem reprodüzidq\"em"ôálvá, num.; cit., tambepi. app^reeev<br />

no fim da . primeira parte do' nçfséo/e^èmplàr,-,^^^<br />

Primeira" "fedição, esplendidamente impressa em caracteres,<br />

romanos'com todásaâ cápitaes ornadas.' A,exceííencia do. papel<br />

junta-se a nitide-z da impressão.' O^exemplares completos encontram-se<br />

, com diffiçuldade por terem sido T vendidas em separado<br />

as; diff?rentes,apartes de r que ,consta.-â,iobra;1 ;•.-<br />

O bibliogr aphobcaStelhano'', jáí ! citado faz sobrei esta édição'<br />

e. vsobreik} impressor: as; seguintes' considerações :í 52<br />

l ! ?No ^cuerdo habere visto': libyov^áígukó,^- imprésp . en,<br />

aquella épbca, más magnifico que fel, presente':',' el papel es<br />

hermò&o, y lá edicion béllissima . y* mui parecida á las : de .<br />

Badio'Asensio ¡ ' lástima quê èl impresor. .de ella, 'quienJo, fuév<br />

dejyotráí» obras", t las°èuales tambien/pueden prèsentarse comp,<br />

modélds 'Trowram^^<br />

nòmbre y sòlo usará de la -inicial"Y, qué hallâmos .ya enlazada,<br />

e'n las elegantes orlas' dè-stís portadas^ ya en el escudo que<br />

Hisaba- com.o dis.tintiyo— »<br />

• .li Àkteriores! iáP conquista de Granada í existem alguns livrÔsj ;<br />

datádosvda Campanha: \de Granada^ os quaes Deschampsi' réjjütá !<br />

ü I . '„ 'i6


343<br />

¡Smessospo aQampamento idos hésgarthées, ou antes na eidade<br />

ÍBáStÉBaÁy ^aqiiellà em virtude da permanência do<br />

'<br />

l^ilifí rMl^oíèiJtegíWQ c#Í#anK'!nfistas .vçondrfjfá;<br />

quctãàmo. "miem' de Ipi<br />

HlcMgUff tfranfimàSi Fecha enfia rnga de<br />

./Çr&mfó» «ísift foi de impressão, mas que começa assim:« Afio -jM<br />

HUiuMl ¿ej foragra H i n B ¡BM8«fiffllB8| m;n « qua.<br />

^0ci|nJ6®e nojenta anos.ífrel Rey. YoR^K'f'WI»<br />

m Q I ^ ^ ^ B B ^ n ^ ^ n ¡11 ti,:. • — 1<br />

• aptes ".da tomada, da ^idadp.^fjjò' Se deduz. dai,.fgdár!jsão s<br />

H ^ ^ n ^ H H H H 11<br />

•j HHaÍÈS?» ¿ W ^f 3 - J?lM am B§ diz gKpnqlas ¡STâq<br />

®íl JtfffwfSífe^ ¡ff W prjncipiq da frWSffl?çao^H<br />

i Í S I q r S QSgSÜ de tod® pf {ifbHpgrwhps 9<br />

BHHSBHMDM^^^^BI çi'4afje, ffiplfipja^^<br />

atcJícíu ¿ÉEÉtSjMtjMÊÈ? I B B B B Xypaemf<br />

mmW^iÃÀfiffimmmM^fÉPÉÍÍP8 D<br />

I 1<br />

' * a tãdpy empressn<br />

(gpprlmervjlumeii de vitrclBh de fray frpjBaJI ^jmçjjeg!, gn la<br />

^^^¿"íHfa^fltfrfffítififftfistíSi Sff^lWTOI 1 8 âel<br />

• v^EmBlfH^® .«S^tojSwyK.si• .madadij; y •<br />

ÍÍHBIHIB [MB|[^MB FFIGSSBSRAEHH<br />

ffl^^^^BBO<br />

-áâ_ ¿KEe)fBiad09'lJ|(^at *jèhajafl Pigtíffiibete twatBiuaaffip<br />

haviam estabelècido em Sevilha desde 1ilevados provavelmente.<br />

Fernando de Taiavera. A •<br />

Foram 'êllfs ii^MiAtod^toaeáH^ai: ráa^í^ipii feanM&.s<br />

A<br />

H B Í M 4 S I F ¡ML»®-<br />

11® • l í i l B ^BH<br />


239,<br />

rtiwète sa$ef la Lingua A-mtdga, -e VôeabMista Arauigo en<br />

ktr& Gasteiiana.<br />

Neste mesmo século apípaireoe © impressor éa ofeía exposta,<br />

tão distiêcto -»a ¡ópiàião 4e fealvá, jaaas dujo nome eé «hégou á<br />

posteriâaée sob & forma 4a incógnita ¥, qtae elle mesraii©<br />

adof^ára.<br />

Pertenceu ã Rêal Bibliothecà.<br />

VALHAD0I4D:' VALLADOLID.<br />

U, 0 94. — Chronica dei muy;^d&reçido<br />

ifr y r«y 4óA Alonso: «1 qual fue par de Emperador,<br />

& hizo, el libro delafi siSte ' partidas.<br />

(Vinheta.) Y ansí misnidSfin deste lifertí<br />

; ya eticorporada la- Çhronica del rey Doti Sacho'<br />

iirC èí Bi"aUõ,Mo d€


244,<br />

;•$»>•* A mn , r , lê-se « Aqui oomrénca la tabla<br />

^íayítul^jgj la ' W*' fl*'talflSMKonde se lê: « I I djyJgi I içá- J<br />

muy noble rey don^andgfc el %i " se lãtfSSla deste<br />

m ^ ^ H D da mesm^ fl e<br />

termina no recto dajsepMgte l»n., onde se ^cha •"> - " il &<br />

« Aqui «encaban las^Scion ¡mmcteidel ftcla /<br />

rcuèHj príncipe vg|||5 don Alonso clighio que'i i i í<br />

^geradbnf^toífaal ÜuSel libr®Jelas S'etfe pa<br />

dõ l^anehíCíl^^rfflo. R MH<br />

Fueron" impressas en ®1Mq1i4 a costa y en casa de Sebastian<br />

Martini" Mfturâ&ffi Henero de mil vjt<br />

Ix)gcM||Sjcb 'do jjjlophío a' sfcuinte!,decfe-ação<br />

• l ^ r a ^ ^ m Q don EernJjMhijo dei r#j<br />

gfcifon AlqV iò: y<br />

tómete dei rèy dõ ^PernandSfel Wi®to qoe> ganó a Seuilla' y<br />

padrejdel rçjR ddh ÁlojBBsl<br />

,çuya|-m-onica esta tambien impressa »<br />

E,SSDm efiSeittj, no®esmo voIpiAsegwpsei,-afiebra mencionadá:|ffTie<br />

passamo$|| d4scí|ver < -


245,<br />

— Crónica -del mujfvalerqso.t-rêy., dòn Fernando, Visnieto dei<br />

¡Tv, sarMp v '^%i doh Femado íjíic- ,t;;ui'Kf a ÍH'-uiila. Nieto dei<br />

/.rey dõ Alon^que fue ''par d'cmperaptó/ & hiz|l|ll libro.<br />

HBJieKj parád¡|||l¡fue hijo del rey daSanclfcj el Igra-uo ;<br />

BP ;,Qni|l||||ê;stan imp||sia,s y fue padre del rey<br />

BKSÜ Aloso onzeno qRiio las Algeziras. y<br />

don Pedro. • Guyas crónicas tatñbié están impressas .Este<br />

H^^l^l rey^di>n Femado qué diz'en que^mu'rio emplazado<br />

W.de loMfeâruajales. Imf rúso en Vullmuihd. Año 1554' Con<br />

Priu \ / "-i en<br />

In-fol.<br />

Este titulo vem cercado da mesma tarja qué figura . nos<br />

frontispicios das outras chronicas. Acima d'ellé está uma<br />

:¿inh4%fx> . .<br />

II^Çíí^^^KmeçMna fl JÍJ, r , e termina no «Bfl lxXvij *¡<br />

Er '233ÍÍ' ¿aTÍ 1 ""' |)onto, ate o v da fl lx*Sviij,|Éndè se<br />

é-m||ntra. llrojophão :<br />

•-•A 4, Agria y alabança da^^ghristgnu|:sj^ y , dfai<br />

la'p^^E¿'Cr|í|ica?d'elinuy itõ|leVB»fí<br />

dá'-lfí^V • [uarto Mlfeiõbie, • d'ljis, íe^ej que reyn^ron en<br />

Cástilla y en' león. Fue impressa en la muy noble villa d' Ualladolid,<br />

a costa y en casa d' Sebastiá Martínez Año d' M.<br />

D. L111J F ^<br />

BfeontáráSjjB chronica 70 "ff. ñí§n. emS^feí^Kes^omas.osi;<br />

a numere "i ». porcurÇ» ajfresenta as'/eguiritfcs irregularidades:<br />

1 fl xl ê penadamente numerada lx. ; 2." depois<br />

da fl lxinj à numeração -contmuajlfeim lxxnj, 'Ixxmj .<br />

Ixxvil^/riy^IzM^ lxv, lxvjI.. lxx.<br />

cliro.aitlfe 'sobfl^fen. 0 * 2B&5 WsSpfSó,<br />

^P^stentando na ultima aMéguiiiío nota :<br />

Cronisa v® de 1). Alonff el Sabio";y D. Sancho<br />

son mu/ raras,; por fncJ§Í§f&íi de elÜB; mlsí|p¡||on queja de<br />

1554. .Fernán ilIípV^Sj l.ivanô de Val&Mid fue, ¡según<br />

autorde 'estas^p^Crónica^lque fornfan<br />

lã coutinuacion de la general. »<br />

' O» Stxemplares que po§suimí||sd'estas edi$fe preciosaf¿<br />

I 1 ;e em bnn^pstado de |||n|e|MçaQI I<br />

.. Aí.impressão é feita em ê i.i 1 -V^Sjfcitf ""','<br />

.ornadas 5 ; exceptuam'se^ap^í-ti," I» tafki da chroní(&5¡


246,<br />

de IX» AfiíOnso. X é. os éois' privilégios que o» são em* cáraeteres'-<br />

latinosi; estes em' li&hasj lo®«gas,. e aqniella a ¡a cols.<br />

A antigá cidade d'e. Pintiá,, em Tarragpna, depois chamada<br />

Valdoletum,, Vallis Qíetum, e, hójè conhecida pelo nome<br />

de Yalhadolid 1 , também tevê a sua imprensa ainda nos- fins do<br />

século ,s,en(Jó, ' o primeiro impressòr Juan de Froncoür,<br />

qfiè.. M^^jJez,- 'aHemão- (Jjuan;-,dfe írancour^ ^e Desçh^mps.<br />

julga sér de nacionalidade franceza (Jean Francòeur).<br />

No Ensayo dè üna Üibl. esfáhofa de Zarco- dei Valle e<br />

D. vSancho Rayon vem uma relação de livros impressos nesta<br />

cidade a partir de 1492: O primeiro d'elles é o Tractado breue<br />

de, cQnfe$si:. Per -mestras; de Dona*tionih<br />

Os< impressòr es;: da; miesma cidade no século. XVI são : o.<br />

a-famado. Arnai©' Oiailítem d^: Brocar,. qp^j também.! imprimiu ena<br />

ôütKos lugares?- de. Hespanha; Lazaro' Salvag.Oj .de; Gênova* que<br />

em 1527 trabalhava no citado convento de ,N.< Si do Prado,r,;<br />

ííieola& Thierry ;> Ju' ani Villaquiran Diego- Hesnandez de<br />

CordOva-,:, etc.<br />

1 •


iil<br />

ALCALÁ DE HENARES.<br />

f Compíúíüiñ).<br />

N.° 98.- — Vétífs tésíarftentu riiuki^íié? tín^tíá- níré<br />

primo im'presáüñi, Et ftttpffmfé Pentatéuchus<br />

Héfeíáíco? Greéo" átqz ChaMafco fdiów^té'.<br />

Adiüctá unicuiqz stia latina interpr etátióne.<br />

' 6 vols. in-fol., dos quaes os 'primeiros 4 con'téñáo' ó<br />

Antigó Testamentó 1 p ío 5;. 0 o ¡ Novo- Testáménto & ó r 6.° um<br />

vocabulario hebraico e chalda'ico d'aquella i. a parte.<br />

: .No,. fim do .4. 0 xpl..; .« Explicit quarta^et yltima pars totius<br />

veteris festanctétí Hebraico* .^reeoqz et latino idiomate- nunc<br />

primü impnessa 111 hac preclarissima Complutensi vniup-rsitate.<br />

.De mandato ac sumptibus Reuerendissami m christo patris &<br />

dqñiini:" (domin i.. F. . Francisci; Ximenez de Gisneros>>. ,Car-<br />

(íinalis. Hispanie Árcíiiepiscopi ; Toletani &, hispan-jarum. primatis...<br />

.Industria & solertia honorabilis viri, Arnaldi Guille.lmi<br />

dV -Brocalrío artis impressorié Magistri. Ánno Domini Mil-le-ssimo<br />

qngetesimo décimo, séptimo, mé^is Iulii die décimo. »<br />

v Errí icád'á votóme' está ó tituló" déntró de Urna tarja<br />

^lográphada /; aícitóa d'ó' tituló'" ó tíasáb' d^ár¿ías do'cardéal 1<br />

Ximénes"' irápréékb' efe Véi^méllíó, e aóiiiia d''éll^iqifá;trp v 'ff#^metiós<br />

l'ati'nos que tiffi-jtiéfttatyMt?... Précedem o<br />

texto no r.°, volume o JPróíbgús dó cardéál áb papa. Léáp X e<br />

óüt'ro aé létióreñi é? otóos ¿trólógós é pé^as ])íeliminar^.<br />

Stem nume^ao todós' .-felíes; c'oAi' recláMos; óofai registró,<br />

riótá's^ fhargiñáeS, íétítráis cápitaeS ornadas. ;;.<br />

0 2. 0 ' contení : « Secfrda pars' Veteris testamentí' Hebraico'<br />

(jíé'cóqz idiomatp® núhó prímüm impressá: s adiunCtá, vtriqz ! sua<br />

latina inferpretatiohe.. »' ' . .'.. , ..r. í •<br />

O 3. 0 : « Tertia pars Veteris testamentí... adiuncta vtriqz<br />

sua latina interpretatióñé. # •.:;•'<br />

O 4. 0 : « Quarta pars, &. »<br />

Todos ¿ estes títuloscom a mesma taijá, armas' e versos<br />

latinos. Nésta 4/' parte, depbiS do cblVpháoj que •. ficóu<br />

'transcripto', "ségue-sé na mesma pagina a marca do impressor<br />

' com a seguinte, divisa: ¡ In. hoc • signo vine es. Convem advertir<br />

que; esta marca é" müitissimo diversa da que reproduzem<br />

M'etódeZj p'ág. íóf da süa :: Tipógrajiá Éspatiola, 2. a eidl^ao,<br />

Hidalgo> seu continuador, á págt' da ; m'd^riá" ó^ráv


248,<br />

A dá I';tnzqr, vsoiag'. .J42. 11. 0 7, da<br />

.famosa Biblia^^f vae SHii d ¡8% 4 primeir® Wlumel|jifc''<br />

, Mattarre* AfMMpfTfye^MflfSSmih pag. zgs,, gt£k-a nS;<br />

«termos seguirftêsJ;J|£<br />

!i Bibha per Arnoídíim .GlpSlmum de Bro-<br />

1517., » ^HBj^RHgng^M<br />

QÍpôs Bff^BraRBBStMBBÍBHfll »<br />

E 4»a||||evel c^ffiídiitdualmeffi, a começar peffl<br />

vdi®N. T. fpi ||gjj|ffiem l|i4;, . 0 e m ,<br />

já vimolj<br />

em 1517.<br />

TJrunet, qae^^nSba nq, mSnò titulo ggiíeri<br />

da obra, diz-jaJ^eii.,respeito<br />

« Estifc|Wlí •1J1 |'| "a J i I pdjHfaiem e HScusta dó<br />

cardeal XiifíengMfegEiusi^Miii^erfiwii nome, e<br />

«ie tenha 'sidor pubíicMíV que as<br />

demais po:v} 111 ,» ' % vj < > ' x , ^ ><br />

ié; 1 1 ,0 (jue^é tadaíiWBâstante {Jafa lhe consetvar'<br />

Í&ns|ieravel valpr no comm ""V,'' (- , e 3 exem ;<br />

plareg d'é|íf||ivro impr§|||| em pergaminho, & » fila relação<br />

que dá de cadfe volum|s d^pbi^fijui 1<br />

" ^Sm^< ífe do8^®| Ydim Clarke ao ducme de Susscx,<br />

•femXdata de^g^ Fe^CTffio" W|'®4,'^Srta ná?'i2.<br />

ptí^^mgl^^ffana jEgrtifica qife o titiilí> e as SB ff<br />

-pjel.à»^B dpíta^^^^ftj-JáÇrn^^^Há .fido<br />

1 $ 3 H k M B > 5 0 vol.) que contém o fim da Epistola<br />

I Hebreu s e «ífT» c ^ S \ i v £ . * JL' • I ®am<br />

iraprefe^ra duafe^wize* e'com dit^geiiciífei typographic^l Pará<br />

2^^®{arjfciui.,da fl. , 1 , " vohtmIB<br />

differe em dois exemplares não só "^^j>orda|^Hde madfeiÁ';<br />

qufr aj^ga, acS> pela (M)0^ç®ty|"oááphic®Ho'HuflH<br />

qual IjjSfem seis linhas em umKi> quantaf qije êtnrí>litro tein<br />

uItTmas,.Wfsim<br />

"Il^S mteípretatioilt<br />

I O^B<br />

_


249,<br />

O nosso exemplar é dos que têem as armas impressas em<br />

vermelho e sete linhas no titulo.<br />

Clement na sua Biblioteque curieuse, m, descreve largamente<br />

a Biblia de Ximenes e accrescenta em nota indicações<br />

históricas que resumiremos.<br />

« Posto que, diz elle, tenham muitos sabios fallado d'esta<br />

importante obra, creio que a maior parte dos leitores, que<br />

não dispõem de tempo e commodidade para os consultar,<br />

estimarão ' achar aqui uma descripção circunstanciada d'ella.<br />

Sabem todos que Francisco Ximenes de Cisneros foi o grande<br />

autor d'esté emprehendimento. Lançou-lhe os primeiros fundamentos<br />

em 1502 : mandou vir òs mais hábeis personagens<br />

dó seu tempo, Demetrius de Creta, grego de nação, e Antonio<br />

de Nebrissa, Lopes Astuniga, Fernando. Pintian, professores<br />

das linguas grega e latina ; Affonso, medico de Alcalá, Paulo<br />

Coronel, Affonso Zamora e João Vergara, eruditos nas lettras<br />

hebraicas. Puzeram elles ' desde logo mãos á obra e durante<br />

cêrca dè quinze annos ininterrompidos, gastando nisso o<br />

cardeal mais de cincoenta mil escudos de ouro, não cessaram<br />

de trabalhar. »<br />

Quanto á sua raridade diz o mesmo Clement :<br />

« Antes de encerrar este artigo tenho algumas particularidades<br />

a observar : a primeira relativa á raridade &' esta<br />

edição, que provém em parte do mediocre numero de exemplares<br />

que d'ella sé tiraram. O papá Leão X acompanhou-a<br />

de uma bulia, datada de 22 de Março de 1520, pela qual<br />

permittiu a .sua venda- depois do fallecimento de Ximenes :<br />

nella marcava 0 numero de copias, usque ad sexcenta volumina<br />

vel amplius impensa ejusdem Francisci Cardinalis impressa.<br />

Ora, o que eram 600 exemplares, ou pouco mais,<br />

para uma obra procurada? Nem. chegavam para as bibliothecas<br />

publicas, de onde não sahem mais. Eis o. que fez com<br />

que fosse esta edição já muito, rara antes do fim do XVI século,<br />

como o declara Arias Montanus no primeiro Prefacio<br />

que poz em frente da famosa Polyglotta impressa em Antuerpia<br />

por Plantino em 1569-72... O que ha de mais<br />

lamentavel a respeito d'.esta pbra é que existem exemplares<br />

incompletos e privados de um volume inteiro, como já o<br />

havia notado Alvares Gomesius na Vida do cardeal Ximenes,<br />

pag. -47, n.° 10. »<br />

É a nossa Pçlyglotta a primeira das dè qüe faz menção o<br />

Cat. da Bibliotheca Casanatense : ,<br />

« Biblia Sacra (1517. Ximeneana, Oomplutensia, & Tetraglotta,<br />

seu IV. ling. nuncupata) seu Vetus Testamentum mui-


filiei lírígfftá tóún'é f)riÉiütti iteí|breâ34ufti. Et iíffpíiín'fe Pèntateuchus<br />

Hebraico Grsecoque aíquè- Çhíaldáied idfõWáté.; »<br />

No- Gdttií&guè des livres de BOÍoñgár o-G ré vennáy r, Thèo-<br />

¿¿gtày Vem ela d'ésérípt'a fárñbérfr erá' ptiiáéirO 1 fegat édrrf á<br />

ndta-:<br />

; « Três bel, & três , eomptet ExémpMre de la píemière<br />

Polygloète^ d@n$ onr eonnoit la rareté & le prixL »<br />

' < itfcàiá- dé líenles;',, lugar ,de inrpYcs^âo' d'esta afamada<br />

Mblia, patria _ 4é tóig.uef. de Cervantes, éH'amada Cómplutum<br />

pelos latinos,..possuiu o'utr'ora urna Üniversidádé, fundada ém<br />

i ! 4£9 pelo m'esmd . cardeal Ximenes, , .á friáis celebre do réirio<br />

no XV s'tolp¿ depois" da de Salamanca, te^e provavelmente<br />

imprénsá,' |©gÓ' dépóis dá' fundação úniyérsTfaria é cbmpleméritó<br />

i'ñdispénsáVél dVsta,- ; como diz P. DescHamps. Ño d'izér dé<br />

MétçMor dé ^alDrera,, por elle citado,, o priñiéird que. áli<br />

esfábélecéu. officina typográphicaVserí.a o licenciado Varez de<br />

Castro, á quem cardeal,. na sua qualidade* 'de gobernador de<br />

Espana, çcíncedêra notáveis privilegios.<br />

Âó polaco S'tánislaúV porém, ó Láñzátao Polono ,d'os<br />

bibliographos nacionaes, impressor de Sevilha, é qué párecé<br />

averiguado ¡ á 1 Déseftaíii'^s deVer AlcáM ! a' inWod^c^áío 1 '2; e. 15;*$., é accréscerita-:<br />

« O- mais. belof titulo'", de gloria/ de ArnáldO' Guilhérme dé<br />

Brocar é ter; .s-ido- o iMpressof da mui justameiite celebré<br />

Polyglotta de Ximenes, impressa em Alcalá


251,<br />

é; Logroño ; Juan aé Étocur, fíílíó dé Arfrald'ó', i<br />

Ándxé • $.é Atiplo, 1563 i ¡Sébdéftáii ÉtdriínezJumt<br />

Iiiigitez de Leqüericd, 1572-87 > fúriñ Gractdn, 1574-8*8, e<br />

sük yiuya, a paítií de 158*9.<br />

A pfiméírá cidWjé dé Hes£añfia étit. cpré! tra^áífi-óu $éíá<br />

árté ó iíflp^áfdir' fóf PáiMploná,- segundo' ííidafgío 1 , ó<br />

qual, descreve mais de urna impressáó sua d'aquella cidá'dfe,<br />

iré i40[:, á-149"9- •<br />

O, exempíár ex-posto, q,ue ve¿tá ,em boim est'ácífr. de consetaaiga©,<br />

perténceu 4 &eal\ Bibliotlaeéa,. tendo an^es íeito<br />

parte daji. livraiiiia dcr Cqílegk) da, Gompaniiia. de Jésus. ¿ni<br />

Coimbra.<br />

9-6pK Libro de la invención liberal y arte<br />

del juego del Axe'd'rezi, muy vfil y proiate-ckosa':<br />

assi' para los- que' efe ñueúo qúisiérerí dépfen de r<br />

á'jugarlo^ como para íosque saben jugjár.<br />

Compuesta aora nueuamente por Ruylopez<br />

de Siguraí eleTig'O, veziiÉO d?ela« vidla. Ca?fe..;'.<br />

Ew Alcedo, eti casa dé Andrés dé Aftgmd.<br />

1561. Con privilegio.<br />

In-4. 0 dé 15b ff. nu'm. ;'e 8 innum. preíim.., contando<br />

com. a, da titulo.. ,<br />

; C^ntém/o livrii, ms,.8,íx./píeíim..:./|i titulo;,no y. d',este<br />

o decreto real¡ epixcedendo, ad: autor privilegio paxa. imprimir<br />

a; obra;., urna-.«Epístola nvncvpátoiria de. Ryy López d,e p^ura<br />

....}a][ .... señor don. García, de Toledo», que vae db( v. da<br />

2. a fl., ao - r.- da 41 a , cujó^ yersó estáem branco'« e^c.Aduertimiéto<br />

de.las~ enmenctas qué en estepresente irBrb se con tienen »;<br />

, nas restantes folhas. Segue-se o texto.<br />

O livro é impresso era largas., linhas', de 27 11. cada pag.<br />

inteira, era caráct. rom., numerado por ff. em caract. arábicos,<br />

CÓm lettras iniciaes ornadas^ v&^^Lo^^rectámos-,. tendo no alto<br />

das paginas o tit. principal* cía óíirá, metade em uma e o resto<br />

na outra, e pequeñas notas á margem.<br />

'/'Termina no r. da Á ¿jo'pelá-ségudnte declara^áó: Fve<br />

impresso En Aléala de Henares, en casa de Andrés de Angulo.<br />

Aña ;de M.,1). LXI. G v.. d'ésta; fl.. está ensu franco./<br />

Brunét • e, •Graess.e^ naf breye- descripsáo, que fazém .da obra<br />

dé J&iif Lop^á, dáb a itMiéagad db lugar d^ iáipressafr é nóme


252,<br />

do impressor como si só viessem no fim do volume, quando<br />

estão não só nf^principio , mas também no fim, xbmo se vê.<br />

O i.° ajuntS.': Obra rara: vende-se por 4 libras, &. É.um<br />

tratado do jogo de xadrez, do qual existe uma traducção italiana<br />

por G. Domênico Tarsia, Veneza, presso Cornélio Arrivabene,<br />

1584, in-4E também uma traducção franceza com o<br />

títu|g|v¿|?<br />

• Le Jeu des êchecs, avec son invention, science et pratique,<br />

trad. d" espagnol en françois. Paris, 1609, in-4..* Reimpresso,<br />

com ó titulo Royai jeu des é che cs: Paris, Robinotf 1-615 > ou<br />

Paris, Gourault, 1636, in-8.°, e também sob o titulo Royai et<br />

nouveau jeu deis êchecs. Paris, Aht. de Roffé, 1674, in-12.<br />

Graesse repete estas indicações.,<br />

Pedro Antonio Crevenna, no seu Catalogue raisonnê, 11,<br />

pag. 236, menciona do modo seguinte a obra de Ruy Lopes:<br />

Libro de lq invención liberal y arte del juego del Axedrez,<br />

composta, por Ruylopez de Sigúra. Èn Alcala, en Casa de Andres<br />

de Angulo, 1561., ifi-4. 0 , e ajunta:<br />

« Este livro é muito raro, e difficil de achar completo e<br />

em' bom estado, o que é commum a quasi todos os livros.<br />

' hespanhoes. O nosso exemplar está o mais perfeito que se possa<br />

desejar..'» A<br />

Nicolau Antonio, B. Hispana Nova, sob o nome Rodericus<br />

Lopes de Segura, faz menção da nossa edição, e depois'<br />

de se referir ás traducções já acima mencionadas, accrescenta<br />

que, segundo Um improviso em Verso,de Affonso Ciaconius, ó<br />

autor falleeêra no anno de 1570 ou pouco depois.<br />

Sal vá não o- menciona.<br />

Dando noticia no n.° 95, da introducção da imprensa em<br />

Alcalá de Henares'^:ficou consignado o nome de André de<br />

Angulo como um dos seus impressores mais afamados.<br />

O exemplar que a Bibliothecà <strong>Nacional</strong>, expõe, em excellentes<br />

condições de conservação, pertenceu á Real Bibliothèca,<br />

provindo da livraria de Barbosa Machado, de quem conserva<br />

o ex-libris.<br />

MADRID.<br />

(Madritum).<br />

N.° 97. — Tésoro de la Lengva Gvarani. Gompvcsto<br />

por cl 1'ailre Antonio Ru® de: la


253,<br />

. Compania dé lés^sfiDediftado a la Soberana<br />

Virgen Maria...<br />

[ Con priuilegio. F.n Madrid par luak San-<br />

Vu.c/íÍKAW iójç. In- J.-<br />

• g s indi|||ljife'-do lugar, nomeio imprggssor- e data, 'vêm<br />

lMpetidas.no fim.<br />

[^fcrem 8 ff prel nãtf>|íum., 407 num pela ^fnjK^a duas<br />

mais r:;fl. inn. • : " •<br />

1 fí®tÍspicio^^Hirre uma gravara.a buril rpptêWiftando<br />

Vifgçm ^Ma,ria, ê \ lados o : sin —<br />

MáncnÁdf — petàd/c[^n$iial,:


250,<br />

EK e$tas ipanprtess#es ;%jlla Leclerp na «aia &$lÍQtfyfeia Americana,'<br />

n. 0 "' 2246 e 2.247; mas não viu .e$ji$ãò p^mjkiva.<br />

;Sofe o ,d\ es $£vs 7 £fv 1 ft. inn. — Ç&fáci$ma> t¿tu|o<br />

facsímile sda edição de 1,^40 ... »<br />

. 'E aocresce-nfa aoêrca do. autor;<br />

« O P. Ruiz de Montoya, celebre m-issionario do Paraguay,<br />

nasceu em Lima em 1583. Entrou para -a Compantiia de Jesus<br />

em 1606 e foi enviado' ás missõ^]- onde Ooriverteu mais de<br />

cem mil indigenas. Este sabio religião morreu em Lima<br />

ein' 1652. '\ 'v • v ; ; *f"'" '', • "-; '<br />

-A- 'Bibi. <strong>Nacional</strong> possue a reimpressão do "benemerito<br />

Visconde dè Porto' Sèguro é a de Platzmann.<br />

A edição de Porto Seguro inscreve-se:<br />

(c Grammatiça y diccionarios (Arte, Vocabulario y Tesoro)<br />

de la lengua Tupi ó Guarani por éí P. António' Ruiz de<br />

Montoya, Natural de Lima, Misionario en la antigua reducción<br />

de Lo reto, junto al rio Paranápanema del Brasil, Superior en<br />

ofras, y Rector del Colegio de Asumpcion, etc. Mueva edición;<br />

mas correcta y; esmerada que la primera, y con las voces indias<br />

¡¡H typo diferente. Vienta, J?$ç$i y Wti^'É ü H'<br />

$el g,stçt$0l; Èq>rfs, Jrfqifatffifuçe y 1876, ÍJITS.?,<br />

jjjjíji., a dya§ coJ$n}. » .(^q fim ;) final, assign&ia.<br />

pglq dgjuíp e4,ití?f-<br />

S^Jvá n|'Q yiij ex,en?pjar alg|im dp "Jespra j mencionando<br />

porém, sOb o n.° 339.1 do seu Catalogo, a Conquiistq, ç$pirify$l<br />

íffijt9f> MÇfdwdi ittÜ ;<br />

i< Libro rarp. Del mismo autor existe, según Nic. Anr<br />

tonio, el' Tesoro de la lengua Guarani, Madrid, fMm y ^


255,<br />

Arte, y Vpcabplario de la lengua, Guarini (sic). Ibidem, 1640.<br />

También publicó un Catecismo de la lengua Guarani. Madrid,<br />

ifyö, 8.° '' \ 1 ' k \ • / . I<br />

« Por una ' aprobación puesta al principio de la Conquista<br />

espiritual, y por la firma de la dedicatoria, se saca el segundo<br />

apellido Montoya. »<br />

Nicolau Antonio, còm effeito, na enumeração que faz das<br />

supracitadas obràs do incansavel missionário, diz antes :<br />

í? '« António Ruiz de Montoya, Limerais, Jesuita,strerçuus<br />

in Paraguajana provincia ' operarius, ár non unius collegii<br />

rector . » E depois :<br />

« Superstiti etiam tunc hos tribuit libros Bibliothecd Sòçietatis<br />

auctòr.' Sed tandem obiit magna sanctitatis fama Limas,,<br />

duin ex Hispania ad Paraquarenses suos remearet. XI. Aprilis<br />

MDCLii. » ;<br />

Brunet e Qraesse dão o titulo da obra de Montoya ÇLO?<br />

termps ' seguintes<br />

Tesoro de la lengua Guarani, que §£>usa en el Pe/rù., Paraguay,<br />

y Rio de la Plq,ta. Madrid, J. Sanchez, 1Q39, in-4.<br />

XtivxQ. que \e fçz, exclue Brunet-<br />

Q titubo sup^a vem repetido de. ftioçlo ideçitiço pelos pp.. de<br />

Çacker na " s,ua Jßiblio^Mqw Ulf 4 e W C^pagni? |¡¡<br />

Jé$u$% tomo I, que dá rejaç^o das outras qbras impressas dó<br />

. Carayon, Bibliographie historique dë lu Compagnie de Jésus-,<br />

apenas, menciona a Çoxtquisfa espiritual^<br />

Da edição primitiva possue a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> dous<br />

exemplares : um, o que Sé, expõe, quç. pertenceu a,o pranteada<br />

americanista nacional, Dr. Baptista Caetano de Almeida No-,<br />

gueira, cóm a dedicatoria, éo vòlumie ao Sñr. ßr, Ramiz, Galvão<br />

escripta de sua lettra ; e outro, bastante damnificado, que<br />

pertenceu ao Sñr. conego João Pedro Gay, vigário de Uruguayana.<br />

-<br />

,/Da edição fac-simüar de Platzmánn possue a Bibliotheca<br />

ainda outro exemplar quej posto que cóm falta das ultimas<br />

folhas, se conserva pela qualidade do papel em quefoitirad;av<br />

Obscura e cheia de duvidas e incertezas epi seu comêço<br />

a historia da imprensa de " Mádríd, como. pondera Deschamps<br />

e confessà ó proprio Mendez ná sua Typografia Española,<br />

grande numero de autores comtudo fazem remontar ao anno<br />

de . 1499 a, inxportajçãjo da arte de irapriiwr 4qieUa cidade.<br />

Reflectindo-sfe porém qvté Madrid Só ^dqyjriu cert,a importancia<br />

depois que recebeu em seu seio a afamada Universidade de<br />

Alcala 'd'e Henares cora ó seu' admiravel ' museu, rica biblio,-


256,<br />

theca e mais' estabelecimentos litterarios, e que só em 1560<br />

nella sè assentou a capital da Hespanha, transferida de Toledo,<br />

fácil é ó. suppor-se que só mais tarde é que gosou dos bene-<br />

' ficios do invento de Gutenberg, propagado de ha muito pelas<br />

outras cidades da Europa e mesmo algumas do reino.<br />

Como seus primeiros impressores citam-se òs nomes de<br />

Pedro Cosin, Alonso Gomez, fallecido em 1586, Francisco<br />

Sanchez, chefe de uma dynastia que imprimiu até ao fim do<br />

XVII século;. Pedro Madrigal, Guilhermo Dr,uy, Querino Gerardo,;<br />

o. liceíiçiado Varez de Castro, &.<br />

' r« Entre òs impressores subsequentes, que nos parécem<br />

dignos desmemoria, continúa Deschamps, citaremos Juan de la<br />

Cuesta, qüe, estabelecido a principio em Baeza, deixa a seu irmão<br />

Pedro a direcção d'essa typographia e se domicilia em Madrid,<br />

-onde'lhe coube a honra de publicar, em 1605, a primeira<br />

parte da immortal historia de Dom Quichote ... Citemos ainda<br />

Thomas Junti, impressor del Rey, em 1621, um dos últimos<br />

representantes do ramo hespanhol dos celebres Juntas de<br />

Florença. » ,¡í '<br />

_ Conclije o autor à sua resenha acêrca da typographia madrilena<br />

por « uma lembrança e.:- testemunho de veneração á<br />

admiravel imprensa de Joachin Ibarra, nascido em Saragoça<br />

em 1725, que foi nomeado impressor da camara d'el rei em<br />

Madrid e levantou a typographia hespanhola a um grau de<br />

perfeição inteiramente desconheci/io até então na peninsula. »<br />

Nenhuma indicação porém nos offerecem os bibliographôs<br />

especiaés relativamente a Juan Sanchez, impressor do Tesoro<br />

de Montoya,' trabalho ouriçado de dificuldades pelo peregrinismo<br />

de uma das linguas em que tinha ¡de ser impresso e que<br />

não - seria - seguramente confiado, a quem o não pudesse desempenhar<br />

cabalmente.<br />

X JS-Âk j N. 98. — Ara poru aguíyey haba : conico, quatia<br />

poromb.oe ha marângâtu. Pay Joseph Insaurralde<br />

amygrl rembiquatiacue eunümbuçu reta<br />

upe guarâma; Ang rarríò mbía reta mêmêíi^<br />

gatu Parana hae Uruguai ígua ,upe yquabeê<br />

mbi Yyepía môngeta aguíyey haguâ, teco bay<br />

tetirô hegui ynepíhyrô haguâma rehe, hae teco


257,<br />

marângâtu rupiti haguâma rehe, ymbopïcopïbô<br />

Tûpâ gracia reromânô hapebe.<br />

Tabuçu Madrid é hape Joachin Ibarra<br />

quatià apo Uca kara rope. Roí 7759. pn.pe-60.<br />

Dois tomos in-8.° peq., de 12 .ff. inn., , 464 pp.' num., e<br />

7 ff. inn.,, 368 pp. num.<br />

Ch. Leclere na sua Bibliothèque Américaine descreve-a. sob<br />

o n. 0 759 é ajunta-:<br />

« A traducção abreviada do titulo é indicada d'esté modo<br />

nas" licenças : « Buen uso dei tiempo. »<br />

. « Obra. muito râra e importante para a litteratura Guarani ;<br />

é o livro mais volumoso que se haja impresso inteiramente<br />

n'esta lingua. Foi publicada don forme o msc. do autor pelo<br />

p. Luiz de Luque, da Companhia de Jesus. Demais, parece<br />

ter-se conservado desconhecida dos bibliographos. Todavia<br />

d'ella falia Adelung no vol. ni, 2, pag. 432, do seu Mithridaies,<br />

onde vem indicada sob a data 1759; talvez não tivessè.<br />

Adelunf conhecimento do tomo 11.<br />

. ~ « O p. Insaurralde era superior das missões do Paraná e<br />

do. Uruguay.<br />

« Os pp. de Backer, vol. vi, pag. 228, apenas indicam o<br />

segundo volume. »<br />

Com effeito os autores da Bibliothèque des écrivains de la<br />

Compagnie de Jésus'jÈjL c., transcrevem toda a fl. de rosto do<br />

tomo segundo, in-8.de jé$ pp- > precedendo-a do seguinte :<br />

« Insaurralde, Joseph, est -auteur d'un ouvrage en langue<br />

guaranie, intitulé : Le bon emploi du temps.'..»<br />

Brunet, Graesse e Sal vá não conheceram a obra, o que<br />

comprova a sua raridadé.<br />

• No que ficou dito no n.° 97 acêrca -da tardia introducção<br />

da imprensa na capital das Hespanhas, rendemos<br />

homenagem de consideração pela memoria de Joaquim Ibarra,<br />

a quem a arte deveü ò maior esplendor a que attingiu no<br />

século passado na península, transcrevendo textualmente 0 que<br />

a seu respeito disse P. Deschamps no seu Dictionnaire de<br />

Géographie^ Accrescèntaremos agora, com mais propriedade de<br />

lugar, ò que do mesmo notável impressor diz J.-Fr: Née de<br />

la Rochelle nò ¡seu opusculo Recherches historiques et critiques<br />

sy,r l'établissement de V art typographique en Espagne et en<br />

*Portugal^ pp. 65 e 66:<br />

.« Quando os reis christianissimós fixaram mais tarde residência<br />

em Madrid, attrahiram. para, èsta cidade impressores,<br />

aos qüaes deram o titulo de Impressores Reaes. Estabeleceram


254,<br />

também umi;.ímpretóa Rea); â imitação da de Fiança. No I<br />

ultimo 'selnlò^^Sé^liíe Jpaekim fiarra, mWldo etn SaragqfIM<br />

; em J 7fS> f°i ""^B^fíttt camará, WSÍWet en^Ê<br />

Maititt e leMtó»perfeÍÇ&o da SUa arte à um gijtu até então 9<br />

"dafeonhecido fiã Europa, a êmúíáção qllfe íhspitoU aõsíl§|M|<br />

Hfl 1 'WÊS3bM&* BEHM^po^raphiiSS x^vESSnH<br />

vinte anifos_ mais Jrq^Sosipo qup haviã feito .nds dois se-<br />

•••••« Ibarra .ijlüstrou-se poríediçoes magnificas, em qu^hjjS^H<br />

dg« gravuras sè^ajt&atg^Híypo^^^ffi. Extrema jgaSIcÇãdi- I<br />

e á superioridade »pBíir&èelmt'-:pistihgugm^^ '*«B<br />

bellas .ediçõesã.. tradaCçãO ftesgánhàla de Sallustiá gélo-infanté Jj<br />

E>, Gabriely:publibáda em Madrid em 1772, in foi (iJteAíJ<br />

iftna Dissêrtaça».: erudita aeêrca.y.d© alphabêto.;;-® lingí$41os*Í<br />

Phenictds por Fr, Perez Bayfer, 177,:,. m foi. : uma ilibiia<br />

latina, também in-tfol um Don Quix%^ípStbçfc'ilè « -'¡,3<br />

vàntesMj^So, em 4 belíps .íolâgie 4.^-cõiti: fig.; riiesijiB •".1<br />

ãnhô Uma bôá edição/da Historia de HespanhajJor Manatiííâ,>,l<br />

em2 vols. in-íol.:, éj " tantos, outros bons e bellos livros que I<br />

iPlf lon S° Çnu^rarMjiití Tivemos que lamentat-lfc morte<br />

ijo. anno.0^788; mas sua viuva justenta a';àia iglOrto, pçr<br />

algumas ¡publ^^^B importantes, notavelmente ípela dti um<br />

Diraonar%o. de la Lengaa ÇasteliUHa, ew!M6tdnd, rSòiWBÊjk<br />

¿M»<br />

H B<br />

nòss6iV.ii(n e nonr.a de<br />

que ficaram acima ttanscrip®^^<br />

;£>^ÍS^$mprado'.em Paris em 1.S7K pí.!:t quan n 1<br />

fran^^feAcha^se,' perfeitamente Conservado, ;<br />

j^tsy M 3 H» 99» •— La conjuracioft^S ÇatiliíifcJ lâ ¿üéífáj<br />

: dé. Jtiinlrla por . Cayo Saluslio Crispó,<br />

-^(No fim:) Eu Máérid:Púr ijétithiii Ibctrra,<br />

Impresor de GdMara. del^Iiei'NtiBtn S<br />

J / J ) C C I X X / / .<br />

Ó; titulo'«« contido em umã: .bella .lafjâiallegbííHgMivada<br />

a 'IjLirilMj.íór E. Mqnfor.i.<br />

• Iii0Í.. "éõlai UM reOâWidè Sãliistiõ, éátaní|>ás, iiin ttíapjp<br />

da Xumidni -jjttiititu e nutnerovis vinhetas, todas ptimofbsamèftíè<br />

abittas f 'gtavadâsj|íettrás' eajutàes « UJíCíaés oíu&das.


859,<br />

Cotóa de ff pi-él ínn , ^nj eSlnlát a ai tít, t 3^5 ff!Í<br />

rifàIA-. í\4 tf:iwiijdb trâ04títo^fc( Ôê'<br />

a vida f prihcipáles 1 K M dé Sãltótigiár fcã'écçâ®<br />

jÃstêlháfâ; jSfgrèm Enfftó^tfe.typB' ítàÍi^KÍâ6Ô«ipáálftdà,<br />

àa pirVé iníeríbt dá* pàginà, dS" texto latíftè,<br />

Kt^iftssbreín carácteres fedondtí® â difiS tollntifltó<br />

Brufjêt diz ! qa librai<br />

Íií* « ||||||ffiça®»da tía4®ao dwSáUuS, íeitaiielBnfahíe.<br />

D Gabriel, sob ^a diríteçSo de Fr. Rbfez Bay^j. seu ^ree^itoj-,.<br />

è .éousrãeradã côm'- fâMo eoiftg .ibrr-prilnti typographicai •<br />

.Àeiaplafeá'; fotâttt pelâ nftJr parte distriBuidbsÉlíintíilpresehteí<br />

más nãb sfto .áiuito ftroísi'.-. Os exemplares impressos em papel<br />

parte bráncp parit aBiiíadbi


260,<br />

« Este é sim duvida, o livro melhor impresso. em Hespanha<br />

ños dois últimos séculos poucos porém são os exemplares<br />

que se encontram de papel branco é uniforme, como o -:que<br />

possuo. — Attribue-sé a traducção.. ao infante D. Gabriel, si<br />

bem que a reviu e . corrigiu Pérez Bayér. -—Fez-se outra<br />

edição em Madrid, Imprenta real, 1804, 2 vols, in-8." e d'ella<br />

Sé, tiraram , alguns exemplares em papel grande.— Ambas as<br />

impressões levam junto o texto latino. »<br />

Da imprensa de Madrid desde o seu começo já aqui<br />

se deu noticia no n.-° 97, e do afamado Joaquim Ibarra já<br />

também aqui se. fez honrosa menção no mesmo n.° e no 98.<br />

O .magnifico exemplar, que a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> expõe<br />

da Conjuração^ de Catilina y la Guerra de Jugurta, dá a mais<br />

alta idéa do grau de perfeição a que chegou à arte de imprimir<br />

ña capital da Hespanha e o que nesse, sentido deve a patria<br />

a Joaquim Ibarra.<br />

N.° 100. f 2 - El ingenioso hidalgo Don Quixote<br />

de la Mancha compuesto por Miguel de Cervantes<br />

Saavedra.<br />

Nueva, edición ' corrigida denuevo, con<br />

nuevas notas, çom nuevas estampas, con, nuevo<br />

análisis, y con la vida de el Autor nuevamente<br />

aumentada por D. Juan Antonio Peí-.<br />

liçer bibliotecario de S. M. y Académico de .<br />

numero de la Real Academia de la Historia. I<br />

En Madrid, por D. Gabriel de Sancha,<br />

' 1797~9 8 -<br />

Cinco tom. em 7 vols. in-8.°, em pergaminhó, com o retrato<br />

. do autor, gravado a buril por D. Duflos, estampas e vinhetas<br />

t, fac-simile^ dá assignatura de Cervantes.<br />

Nosso exemplar consta, como se. vê, de 7 volumes, distribuidas<br />

por elles as duas partes de que se compõe a obra<br />

do modo seguinte: — No i.° Notas- al tituto de la historia,<br />

< dedicatoria de Pellicer, Discurso preliminar, Vida de Miguel<br />

de Cervantes, Prologo, \ e. outras peças accessorias que, occupam<br />

as primeiras ccxliv pp. do vol., a que se seguem 13 capítulos<br />

da parte primeira do téxto.<br />

•V — No vol. 11, continuação da paite, primeira, çap: ;Xiv


261,<br />

•fi' M* Hf BpBWlfl. m se;ÇOTtinôaf^ïiHdaKu; priiBeirai.¡saít|v<br />

cap . xxxi'v24 -LU.,— No iv, que é*o i4 da segurada parte,<br />

Hptrr I-rWBMpfi AdjfeÛ^mAa -conteem se ÎÛ 'primeiros<br />

xxv cap. da segunda. parte.— No v vol. os cap<br />

'•¿¿vi a^^ÉÂÂd'isïa, WS?— No vi, os> cap xjpÉ; yx<br />

íii^iíatt^uÜB txxiv, um Blndicg-deùas<br />

mas;:notabÂy:


£02<br />

preliminar trata-se e|&s primeiça% edições, das variante^ 1||<br />

gitimicfôçle dq seu tex|o4 de ^lgunpaé t.raducções; ;è" do prirftei.ro Ê<br />

\\YXo de cavajlaria, impreso em Hespanjha^. cuiq freroe se<br />

arremeda em Dom Quichote,..<br />

i (< No, ficft d ' elle ajunta o, commettador ym^ d-esçripçãQ<br />

iorh^ge&gmphica §§§ -viagens de D, Quichote, em que se relatam<br />

Varias antiguicj^íies Mancha é de Aragão.<br />

Ambas. as edições, bôas,.. Qs desenfoca feitos com<br />

propriedade por Camarón, ?aret, Isfayarro e Jimeno, HRm<br />

gravados por Moreno Tejada e, em Paris, por DuSos : o ç\i\e<br />

tudo junto faz digna ésta, edição do apreço distincto que tem<br />

entre as, melhores que se hão, feito do Quichofe.<br />

Referindo-se depois» go]?, ò. n. 9 1577, á edição, feita w<br />

Mexico em 1842 pòr Ignacio Complido, 2 vols, in-3:.° fçancez,<br />

diz judiciosamente Salva:<br />

. « Qyasi ^Qd^s as nações dp ^ntigo continente haviam pago<br />

uni jusfóp tributo, ,aq ^relevante mérito d¡' este livro, reproduzindò-a<br />

em magnificas edições já fia língua original, jjá,. efti<br />

traducções nos varios idiomas europeus: ò Novo Mundo, sobretudo<br />

a parte d'eUe em. que s,e falia a lingua de Cervantes,<br />

não. podia deixar de as^ociaç-sè áquellas levantando também<br />

um monumentq typogr^phico. ao autor clássico da su^,. lingua<br />

nativa. «<br />

Cérvantes, só an$os depois de publicada g, primeira parte<br />

da sua portentosa narrativa, compos e deu ao. prelo Q segundaparte.<br />

Antes d'elle,.porém,, um certo Alonzo. Fernandez de.<br />

Avellaneda (pseudqftymo que, n,oY djzèr de Gr^esse,; nunca se<br />

desvendou) publicç^ um segundo volume de î),on Quixote,<br />

que se tornou raríssimo por tel-o supprimido o proprio Cervantes..<br />

« Sem a existencia, ^çcresçenta Qraesse, da verdadeira<br />

•continuação por parte d'esté, teria certamente a ojara 4 e<br />

Avellaneda adquirido a nomeada 4 e uma das melhores produççõès<br />

da litteratura hespanhója. »<br />

Na m.Qiiographia, porém,, de Don Adolfo d.e Castro,, intitulada<br />

Varias ofyfas inéditas, çle Cervantes 1 ..:, ÇOtnw-evM iikfs- .<br />

traciones. s,obte la VÍd de notoria reputação, D. Juan Ruiz çle J<br />

Alarcon y Méjidoza, fundado em razões que o autor ^dép 1<br />

e discute. - . •<br />

« De lodo resulta mayor gloria para el principe de los<br />

novelistas, conclue ó auctór« No se trata ya de que tuyo un adversario<br />

vulgar, siii^r' un .escritor admirable en ajgupas de siis ; -í<br />

qbras, de excelente -erudición,., de elegancia en el decir, y '<br />

agrada y delicadeza en 1Q$ pensamiento^, por mis que en el


263,<br />

ybra',^1 .gue pretendió competir con el autor «Jfel<br />

Yoiicicjo.<br />

• I De todas "maneias, I^^fsm^s puéíje 9»® Avel,<br />

lffietja f\ié,.jin j}tgno aval» de^Ç^ryantef t<br />

mm<br />

primeira parte da historia dó in>gen,ioso bidalgo fora<br />

impressa em Madrid, Juan de la Cuesta,, 1605,. m-4. 0 peq.<br />

e logo fez outra edição o mesmo impressor, no $neSmo<br />

anno 1 na mesma cidade* tal foi o enthusiasmo que despertou<br />

a maravilhosa composição de Cervantes, já quando esta primeira<br />

parte corria mundo, impressa em Valença, em Lisboa,<br />

em BruxeUas, f^ais de uma vez, do mesmo modo em Madrid,<br />

. uma -vez em Milão, foi. que Juan de la Cuesta deu na capital<br />

da Hespanha,. em 16,15, a Segunda parte no formato da<br />

-primeira,<br />

Avellaneda publicara a. sua continuação do dom Quichote<br />

,ena Tarragona, 1614.<br />

A obra monumental cie Cervantes, que Brunet qualifica<br />

de admirável romance, mereceu as honras de passar para todas<br />

¡.as linguas e litteraturas do mundo, como já o disse Salva, e<br />

na própria Hespanha Joaquim Ibarra imprimiu-a nas suas offi-<br />

,ç\nas em 1780. e. 178.2, em 4 vqls., com tal apuro, e gosto, que<br />

fez: da: sua edição uma obra-prima typographica, illustrando-a<br />

COm'gravuras da mão dos melhores artistas naçionaes, edição<br />

que, em * yiuva. de .Xbaxra repetiu em 6 v-ols.<br />

,As duas partes reunidas foram pela primeira vez impressas<br />

por Sebastian Mathevad em Barcelona, en casa de Bautista<br />

Sortia» 1617, in-8.. 0 ,'' ,<br />

JSm Lisboa foi a primeira parte dada á estampa no mesmo<br />

anno. em que se fazia em Madrid a primeira impressão do<br />

. original,.'<br />

Ultimamente Se imprimiu no Porto, por uma associação<br />

para esse fim organisada, uma primorosa edição da famosa satyra<br />

dê Cervantes, com as seguintes indicações : .<br />

.,,. « O engenhoso. • fidalgo Dom Quichote de_.la Mancha por .<br />

Miguel Cervantes de Saavedra. • Traductõres Viscondes de Castilho<br />

e de Azevedo (e M- Pinheiro Chagas.) com desenhos de<br />

Gustavo Doré gravados por H. Pisan. r'»<br />

. Porto, Imprensa da Companhia. Litteraria, 1876—78. 2 vols..<br />

. intfol. max.<br />

Esta impressão é conhecida em Portugal pela denominação<br />

ide adição dos -typographos. ,<br />

Ness,e infervallo de tempo, em 1877, o, visconde de Benalcamfor,<br />

laureado, çommensal das boas lettras portuguezas,<br />

auxiliado por D. Luiz Breton y Vedra, transportou de novo<br />

para a. nossa lingua as grotescas aventuras do engenhoso fidalgo, .


264,<br />

dàíido • • 2 vol itn$P>'! coffljS|desenho' ' ' .'CJStI «J<br />

• / 2 ( * j<br />

Ãlt^®CTiipanha>Sifcͧiia sua €ttribul^láv peregrnfoção<br />

peia v i a J w Ô ® ' ^<br />

i m m o r<br />

talisoü 'fílVínjMiieJ^^Buy&tria. • -r" _lr22gHH<br />

d'a


265,<br />

que o Don Qui/oteyjàbra, cheia de úma alegria tão franca, foi<br />

ëscripto no fundo de uma prisão, onde os alcaides de uma<br />

aldeia da Mancha haviam lançado Cervantes em seguida a<br />

uma d'essas embrulhadas judiciariam tão communs na Hespanha.<br />

? -.«Cervantes, diz Larousse no seu grande diccionario> foi<br />

um heroe antes de ser um grande escriptor e realisou grandes<br />

acções antes de ter escripto uma obra prima. A sua vida offerece<br />

:o raro modelo das mais altas virtudes que honram a humanidade<br />

:. coragem intrépida nos perigos, paciência e abnegação<br />

na desgraça, probidade e resignação na pobreza, extrema<br />

indulgência casada a profundo conhecimento do coração<br />

humano, amor pela familia, reconhecimento peloS benefícios,<br />

tranquillidade deante da morte, taes são os exemplos que este<br />

grande homem legou á posteridade. »<br />

Na capital do Chile commemoraram em 1878 os admiradores<br />

do preregrino noyellista çomplutense o CCLXII anniyersario<br />

dâ sua morte e publicaram uma bella memoria sob. o<br />

titulo Aniversario CCLXII de la muerte de Miguel de Cervantes<br />

Saavedra, livro'curioso é merecedor de consulta pelas noticias<br />

importantes' que encerra.<br />

Da edição que a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> expõe do Don<br />

•Quixote', só se tiraram, como dissemos, 6 exemplares em pergaminho.<br />

Além do. nosso, e do exemplar de Salvá, Brunet diz<br />

que-outro se conserva na Bibliotheca <strong>Nacional</strong> de Paris ; outro,<br />

que tinha sido pago por 3,000 francos, ainda em 1838 alcançou<br />

400 francos.<br />

Ligando o- seu - nome a uma publicação de tanto mérito,<br />

D. Gabriel de Sancha entrou para o numero dos., mais afamados<br />

impressores da Hespanha.<br />

N.° 101. -7—: Epísodios ^Nationales por B. Perez<br />

C.a'.dôs. '. Iüustrado por I). Enrique y I). Arturo<br />

Mélida.<br />

'Á Madrm ( /m^mmé lit. de la Çuirnalda,<br />

glP^oni grandílljumerò'; mot partërîi|eîv j<br />

nu iuxto^^'HTa^i'/ip::aos ornada»; -¡19 pp. d(ï mune- I<br />

lição.mmtéï|pmpîf3^B<br />

E O:: |0mo u davobra geral do mèsmo titulo^^|agrado<br />

BD àli^óriS'S-H^QnHfl^MMH^MRflM<br />

jB'dl/é'ù. if<br />

j°ii<br />

yis;


266,<br />

• • ¡ ^ ^ C g H ^ H S S dít^-c^Ss; coro a marca . junio. '••" Âof^çêrunt<br />

Libri jgúl Vulgo diçuntur Apççr^pht... quJbus<br />

etiam adjunximus Novi Testamenti libra#<br />

, "exisermone Syfö áb «odemíTe^mellio, & ex'<br />

iGrseco.à Theódoro Beza in Latinum .Versos..'ív<br />

• A .6lÍ>unda cura Fràmcisci Jtinii.<br />

! i ^ini, An. Dm.<br />

TiínV) in-.prc^y.im carac:. tvpi^. dentro tio. u;n porMgní<br />

aberto em madeira e ltei;H|q„ a data 157<br />

ql.;,. á duas e^umnas,Ättras ilfpiaes<br />

o: rçr/.iwlj's. minier.içiu .i^bicy.,.- uqta* tnuruinaes.<br />

rasíssimas, emtàtvendo. muítai.<br />

l)i\ ide se este cm 4 partes,, cada unia, cotn<br />

titii 1 q^speÇ 1 í na quarta, que.se inscreve<br />

quqrta, PtQ.f^^e^ji^f^nÁes,, vem a d^U. M.D.XC/l.<br />

e a marca, typographica coilítituida pelo caducêu nö ceiUtq §


267,<br />

¿tuaâ cornucopias lateraes.. A estas partes seguem-se os Libri<br />

Ap,Q£ryphi> com fl. de. rqsto especial, a mesma data e marca<br />

de impressor; e, finalmente, o .Testamewtum Novum, também<br />

ipmt a sua fl. de rosto, na qual se declara:<br />

= ÈoMini, MxmdebqnA Reg. Typograpk. Anne salutis<br />

humana- 1592. -<br />

Mencionada apenas na sua primeira edição, Frcincofurtí<br />

aâ.Moenum, 1575-79, no Catalogo do Museu Britannieo;<br />

esta e : a segunda, Londini exc- Menr. Middletonus impensis<br />

Cv B., fffiç-80, no Bibi. Casanatensis Catai. ; omittida por<br />

Brunet, Graesse, Dibdin, pelo Bibi. Regia- 'Catalogas e por<br />

Clement, que só menciona a edição primitiva, que qualifica<br />

de. raríssima; só achámos descripta a presente edição no<br />

'•Gàtalogus- Ubrorum qui in... Bibi. Borbonica adservantur. Na<br />

designação da localidade da impressão e nome do impressor,<br />

di'z . 0 autor do; referido catalogo; Londini, per- Guil. B. R.<br />

N. et R. B., 1593, in-fok e accrescenta:<br />

«Hanc Tremellio-Iuniaiiam interpretationem, secundis<br />

l^cet vcüris recognitam, ne Ánglis quidem Theologis usque-<br />

Çuaque probatarçi fuisse, ex. çénsura Londinensi, quae opeçi<br />

praefígitur, apparet: Multa sane admixta continet, quae<br />

humánum ingènium sapere eadem liondinensis facultas iíidi^<br />

cavit, et adpionuit. »,<br />

. Na noticia que eyn nota dá Çlenxent, #iklwthèquç çtqrietíse,<br />

í v > .MS- 111 primejra ediç|ç> da pyesent£ Bifrlia algumas<br />

in^iç^ções §e. ^è^afam applicaveis' a esta.<br />

« Ainda que, diz elle, n^da ha de mais eommuip, do que<br />

a Bibüa de Tremellius & de Junius., da qual se fizeram cêrca<br />

de trinta edições dá versas, não deixa esta primeira edição de<br />

ser muito, rara, porque está dividida em cinco partes, que<br />

foram impressas separadamente e em diversos tempos. Ella<br />

parece, além d'isso; incompleta aos que não a conhecem<br />

exactamente, porque não tem Novo Testamento. Encontram-se<br />

todas as edições-seguintes acompanhadas do Novo Testamento<br />

de Theodoro. de Beza. E quem não acreditaria que elle falta<br />

nesta primeira edição?.,. Gamtudo. os/conhecedores devem<br />

procurai^, por ser a única edição verdadeira de Tremellius,<br />

que começára esta traducção em 15 71 e que 4 tinha consideravelmente<br />

adeantado antes que Francisco JDu Jou lhe fosse<br />

associado pelo Eleitor Palatino. Frederico III, o que só se<br />

deu em 1,573... ><br />

« Trerpellio falleceu no anno seguinte (Emmanuel Tremellio<br />

n.. em Ferrara em 1510'e m. em 1380)• Junio, vendo-se<br />

senhor d'esta Bíblia, fez-lhe a principio mudanças na segunda<br />

, edição, que publicou em Londres em 15S1, in-8.°, adicionada


268,<br />

do N|vo TestanWto 1 8®? » ContmuAno me^moipe sxJWL<br />

1602, anno* em q ítífíf S f j tfi. I 'e gr'tè tflfejgp ¿¿11<br />

nossa ediçãoI ê H - H * 11 * àKvè^Sdi<br />

ffteflBlio . » Clement refere-se, como se disse, á i." edição. 1<br />

este autor, nem o<br />

ES«' 1 1 ''' 1 ' ^ ^ liurhonit^i neitffU<br />

cRc£(|rt Watt na sua BimSteda BrifannuU^dmSSi 1824),<br />

¿ftgsendairi (o ndrtfe do impresdiiî ou d|ipj| ediçMsjM<br />

ment& esfpMfeiaft biblipgrapl^, que^M^Sndè ¿Mnoticias<br />

das obras de ' TremeHiJsBl J'm'MBr^^Kr^V^M^m^M<br />

tifipMlB a propbsifp d'Hte,, te exemplar das nnpre^^S^B<br />

Si. I* hipanhia de<br />

Jwl^em Paris, doado por AcKiÄf*"de S^tâ^íHnleí dè<br />

. Londres, metropole Mgíeino «UnidjO da GiaSMnKa,':.; 'J|<br />

capital da Ing^terra, (ÄfeuXGuilhermä'Caxton M&ortaçáb


269,<br />

«Caxton, diz um dos seus biographos,, dirigiu durante<br />

perto de quinze annos o seu estabelecimento e deu ao prelo<br />

obras, que os bibliògraphos disputam hoje. a preços excessivos...<br />

Este laborioso artista era o proprio que traduzia os seus livros^<br />

imprimia-os, coloria-os, encadernava-os e, como não se usavam<br />

ainda as erratas, corrigia á mão e á tinta vermelha Os erros'<br />

que continham. »<br />

Na abbadiã de Westminster, onde fundara a sua ofiicina,<br />

porque as terríveis cofnmoções que sublevaram naquella época<br />

fatal a velha Inglaterra o arredaram da cidade , propriamente<br />

dita, acabou a sua laboriosa velhice o proto-typographo inglez,<br />

em 1491.<br />

O primeiro livro, porém, verdadeira e rigorosamente<br />

impresso em Londres é o de. Antonii Andrea — Questiones<br />

super XII. Ltbros Metaphisicm... per... Johannem Lettou,<br />

1480, in-fol.j que não declara entretanto o lugar de impressão.<br />

No anno seguinte imprimiu o mesmo João Lettou as Expositiones<br />

super psalterium. By Jacobus de Valencia, in-fol., com<br />

aquèlía declaração.<br />

Associou-sé depois este impressor a Wilhelm de Malines<br />

ou Macklyn, como lhe chama Dibdin, que cita duas obras<br />

impressas por êlles. .<br />

Depois d'estes merece especial , menção Wynkyn, Winken<br />

ou Winandus de Worde, estrangeiro, que, como Lettou., era<br />

provavelmente um dos operários allemães recruta-dos por<br />

Caxton em Colonia oii em Flandres quando levou para ã<br />

Inglaterra á arte de imprimir. Este herdou do mestre^ o material,<br />

os typos e mesmo a officina, e,continuou em Westminster<br />

até 1501 òu 1502, estabelecendo-se depois em Londres.<br />

Ahi, o primeiro liyro que imprimiu, Manipulus Curatorum,<br />

in-8." peq., traz em cima do titulo o monogramma de Caxton<br />

e no fim a data de 1502. O ultimo livro que parece ter<br />

imprimido é úma edição dos Colloquios de Erasmo, de 1535,<br />

citada por Maittaire e Panzer. Foi incontestavelmente Wynken<br />

de Worde um dos maiores impressores de Inglaterra; aperfeiçoou<br />

òs velhos e rudes typos de seu mestre, como diz<br />

Deschamps, regularisou-os, variou- lhes os tamanhos, e as suas<br />

edições, que attingem, segundo Didot, o numero de 408,<br />

têem hoje um valor exorbitante.<br />

Na impossibilidade 'de . darmos o historico de todos os<br />

typographos da metfopole inglêza que fizeram honra á gloriosa<br />

arte, citaremos apenas. os que mais se distinguiram no.<br />

XVI século.<br />

Ricardo Pinon ou Pynson, natural de Ruão, a quem déve<br />

a Inglaterra a adopção do caracter romano, imprimiu em


âvo<br />

Lbttdrfts «te t -BmnVy\<br />

Wf Bwímer e Gh Wiittngkam, qufcj^beram «U»ai tiu*Wlíe<br />

o .Tjoinc inglez univbual da civilisàçãd" peld<br />

imprensa, b eonclue •<br />

«A bBa láeeUçãá typegfajjhiBã, aitHl« da$ lüirai' ®8}HfflHfit|í<br />

ê cbtoa 'aãaí^^õçíHSgar^êm Inglffteríâ, èllã p*>fêBS<br />

no 'HH^naii^ Bffl^H ^ ^ ^ ^ ^ H H H H B tós;<br />

tfflflè' da íis^ieíáçás' jífi iasjíâssèfegs<br />

e ãabwie àlfi" » líBHíaaâg dt J ÍHl^i)Sa:ê lililflitidai


271,<br />

e que cada qual tem « 'direito de estabelecer umá imprèns»<br />

ou .uma livraria, ' sem que nisso hajam de intervir as àütórie<br />

dades dò, páiz; entretanto, está também nas'-tradições 'e nos<br />

velhoshábitos exigir rigorosamente 7' anhos completos dé<br />

aprer.di/ageíu a • iõi.ò õ artista' typographo, que£|i!: .destina a<br />

impressão õu ácQtnpósição.<br />

; > 111! inanuiciiçao fiel d'èâte preceito resulta dueiaSfroge,;<br />

ratios das officinas sâo ein gerál homens-hábeis êm sua especialidade,<br />

áfflãdóres .flèlla, porquê com. -0tempo • lhe gatinatain<br />

estima, ^ conheced.or.es^de ¡todos esses pormenores - mamiaes<br />

e mecânicos,Sgfuê fazein olx,m typograplio... Quanto .nóSr<br />

a Inglaterra nãó de%è a outra causa o.beni acabado d


272,<br />

at> his shop in: Pauls Church-yard at the signe, of the Rose. 1625.<br />

' , 0 5. 0 vol, tern titulo différente, assjm. concèbido : :<br />

k— « Pvrchas his Pilgrimage or Relations of the world and the<br />

religions obserued in all Agës and places discouered, from<br />

/ the* Cfëàtion vnto this Present. Contayning a Theologicall<br />

and Geographicall Historié of Asia, Africa, and America,<br />

with the Hands adiacent... The fourth Edition, much enlarged<br />

with Additions, and illustrated with Mappés through<br />

the whole Workè:; And three whole Treatises annexed,<br />

One«of .Russia and other Northeastern^ Regions by S. r<br />

Ierome Horsey ; The -second of the Gulfe of Bengala. by<br />

Master William IVfethold ; The third of the Saracenicall<br />

Empire, TranslateaXout of Arabiké by T. Erpenivs. By<br />

,Sarrivel Purchas... »<br />

Neste vol. as indicaçôes sâo as mesinas, differindo apenas<br />

na data, que é 1626. Os très tratados mencionados no titulo<br />

estâo collocados no fim do volume : ôs dois, primeiros, ; sob<br />

urhâ so fl. de rosto, occprrem â pag. 969 ; o tercëiro, com<br />

outra fl. de rosto,; a^pagî 1009.<br />

' COllecçâô. de viagens muito procurada, citada por Ternaux<br />

Gompans sob'o ,n.° 479. Os exemplares completos e -bem Conservadqs<br />

iencontram-se com muita difficuldade. Lowndes fez<br />

uma descripçao d'esta obra, especificando, para cada volume, 0.<br />

numéro de fdlhas das peças açcessoriàs e. do texto, as cartas<br />

geographi'cas fora d'elle,- é os ërros dépàgjnaçâo. Esta descripçâo<br />

foi reproduzida em primeiro lugar por Brunet, e depois com<br />

menos, exactidâo" por Graesse. O nosso exemplar^ perfeitamente<br />

conservado, conféré com o de Lowndes em todos- os pontos<br />

menos' um : faltà-lhe uma folha de lista das cartas gëographicas,<br />

que deve.ria achar-se no -começo ' do .»vol. 1, logo depois das<br />

11 fF. inn. de indice; Assim, além do mereciniento scientific©<br />

que lhe attribuem,; tambem tem grande valor bibliographico.<br />

• A fl. de rosto dp; 5. 0 vol. declara-o impresso -em 4. a ediçâo.<br />

SegundO" Paul Trômel, BÎbl. Américaine, este 5. 0 vol. pôde<br />

ser • considerado como precursor e.. resumo ; da grande ; obra de<br />

Purchas. Elle appareceu pela primeira yez em 1613, e. foi reimprèsso<br />

" em 1614; a 3." ediçâo, London, printed, by . William<br />

Stansby for. Henry Fetherstone, 1617, itt-fol., vèm longamente<br />

descripta naquelle catalogo sob o n.° 69.<br />

A imprèssâo de toda a, obra é ..feita r em papel amarellado<br />

com '' caractères .romanos e italicos;, /capitaes ornadas, vinhetas<br />

iniciaes e finaes.' Nas margens occorrem notas explicatives. As<br />

cartas gëographicas^ intercaladas no texto on. fora d'elle,; sâo<br />

todas gravadasem metal. As : figuras, porém, sâo umas gravadas


273,<br />

ira üietal é^íBÍtras em madeira;, A paginação de todòís *os vò-<br />

RpicS foi muito dcst uidada pclu impressor.<br />

0 jfeniplàr ex]||fto, êiickdernaclo em couro da Russia, foi<br />

adquitido para a BiHiotlieca Niícioiral em 1:881, seiiitp-com-<br />

WmÚ'^ na Kiiropa por 1.900 francos.<br />

N.° 104. — Bíblia .^Sacra Polyglotta, Complec- l ® , 5 }<br />

Rfencia .Textus Originates* Hebraicum cum<br />

Pentáteucho Samaritano,. Chaldaicum, Grseeum.<br />

Versionumque antiquaram... Ou Squid coinparari.<br />

.poterat...' Cum Àjjparatu, Appendigfíçibus,<br />

Tabulis, Varus. Léctionibus... Opus<br />

5'; atum in sex Tomos' tributam,-• Edidit Brianus -' ;<br />

Waltonus...<br />

- Lonãini, Imprimcbat Thomas Roy croft,<br />

%;MBCL VII, k vols, in-MÍ>.<br />

Estampas á agua forte grav. por Wenceslau Hollar j- ó<br />

vol. com. o titulo impresso a duas cores,, frontispício do<br />

mesmo gravador precedido do retr. de Walton esculp. por<br />

Pedro Lonibart; pp. numeradas, registro e reclamos, O 2.°, 3. 0<br />

e 4. 0 vols, sem front., que. falta lambem no 6.°; este porém<br />

-com íl. tie rosto especial.<br />

. A descripção que faz Brunet com toda a minuciosidade<br />

da presente polyglotta confere com a do nosso exemplar,<br />

menos no addicionaraento do Castelli Lexicon, que De Buie<br />

descreve aparte, publicado annos depois.<br />

Diz a seu respeito o Manuel ãu Libraire« Esta polyglotta,<br />

á qual cumpre , ajuntar: Lexicon heptoglotion 11 dm.<br />

Castelli, Loud., 1669 seu. ró86, 2 vols, in.-foi., é a que mais<br />

procura, por mais completa e correcta do que as outras.<br />

Os sábios que, depois de Walton e Castell, mais contribuíram<br />

para a sua publicação, quer traduzindo os textos ou revendo-os,<br />

1 lier fornecendo importantes subsídios,. quer em fim ajudando<br />

.o autor com os seus conselhos, são o arcebispo Usher, Herbert<br />

Thovndike, Edw'. Pococke, Th. Greaves, Abrah. Whee-<br />

.. ¡ock, Sam. Clarke, Dudley Loftus, Th. Hyde, Alex. Huisli,<br />

ih- Pierce, etc. » Dá em seguida os preços por que tem ellu -<br />

sido vendida, e accrescentá :<br />

[


274,<br />

« Os exemplares a que nfto andajunto o I.exicon.le Castell ^ ^<br />

Iperdem um terço do valor.;., » :<br />

« Ha" exemplar» d'est» W H » M IPmHíIWIHH<br />

' mato atlantico, que, segundo se pretende, i,no |^am efe-<br />

• doze; mesmo una patte dos que se conhecem nao lêem «<br />

I Lexktm em : pápèt grande... » , : : «CsÀ*. i : .. , ,.<br />

tífe- Antes da publicação d'esté M f f l Bryan Woltôn ptibjf-<br />

^ • eára dòis optisculos para bestado das lmguas^wtaes«^ :..<br />

• • H B ü M M W M I «« Ü M a i l l<br />

! presso 'em Londres, 3655, « P impressor da, polyglotta, se g<br />

declara que já estava esta a imprtmu-se, jam sub freto<br />

g r . As seguintes indicações m-m ainda forn^áa^, pelo<br />

j^P^BS^I^iËËÉ^a f<br />

I MBiMIBHBHHBË O protectorado, M trqmwell. Walton<br />

I ''fizera menção, do protector em um<br />

H 10 do prefácio, ímmedraâamente an^es da lista WgOgm<br />

^concorreram para a obra; depoU da restauraçarggggg<br />

• B M 1 trecho e subst.tum .as duas H H _<br />

seu prefacio por très outras, nas, quaes fez mudanças § H H g<br />

— W M Ü M consideráveis,, «mo ,.«, j j j j j f f l W Í M<br />

tando as duas versões. Coao m exemplares com o P® <br />

BLfácto são raros em França, ^ H H K<br />

em Inglaterra ha alguns annos pelo; cuidados de Adam U. kc, |<br />

Pteproduz Brunet a -passagem stfppniuiáa e I lnff-ITWBWWS I •<br />

• Zqua*a pito» • •<br />

!i ' com a trecho qúe llie 1 « I B Í Í Í H M Í M Í ><br />

I M S 3 £ & i g B D. carola m o E ^ s f f l m m<br />

tertee ao numero, dos que passa.am tx>r ftta f^rôlfëffiHa H<br />

- dedicado B ^ B M W M W I 1 —<br />

• rolo H l excusa declarar-se que no lugar md.cadodo^o»<br />

nao se allude de<br />

U ^^Cesar de M.ssy, segundo affi-m, Brgfet, quem\pnmeiro,<br />

em uma-carta in£rta°na obra de ¡ E M<br />

I The brigin eftnntins;, torwu ÍOThçiydas as duasSip » ' - .<br />

rentes do prefeío de Walton. &BH j i M Ê M M H ;<br />

E m E M Ü 1, e mais tarde H. J. j H ^ H H ,<br />

sobre o mesmo issumpto novos esclarecimentqs que nada<br />

deixam a desejar. r -i i<br />

« Temos, diz Brunet, ainda duas observações a fazer sobre f<br />

o primeiro vol. d'esta polyglotta e «m.a.*er: qM««^contm<br />

em alguns exemplares uma epistola ded,cataria a VfâS» U, cm<br />

quatro paginas, que debalde se, procuraria nos outros, e que


â75<br />

em grande parte dos exemplares do mesmo volume se nota><br />

ha 2." columna da pag. 48 dos Prolegomena, um cartão que<br />

cobre a passagem que começa: Quarto, Extraditioiie, »<br />

Quanto a esta ultima circumstancia, que se não observa<br />

no nosso exemplar, Bolongaro-Crevenna a notara na noticia<br />

que consagra á Polyglotta londrina no seu catalogo, reproduzindo<br />

os trechos assim supprimidos.<br />

Brunet dá-nos a relação das obras de Walton e outros<br />

que podem servir de complemento á polyglotta e as edições<br />

que se fizenyn em separado do seu Apparatus e Prolegomena,<br />

e das peças que lhe são relativas e é bom rcunir-se-lhes.<br />

Thomas F. Dibdi li, no seu Supplément to the Bibliotheca<br />

Spctlccriana, diz da Biblia de Walton :<br />

« Uma das collecções de volumes mais notáveis do mundo;<br />

em papel grande. Esta : condição torna extrema a raridade do<br />

livro. Possuímos em nosso paiz cinco exemplares,similhantes,<br />

dos doze que foram impressos. » É enumera .em ríòfà os respectivos<br />

possuidores ; notando-se que todos elles são acompanhados<br />

do Lexicon Heptaglotton, também ém papel- grande,<br />

O exemplar que elle descreve pertencêra ao Sur. Payne,<br />

que o comprara em Paris pelos começos da revolução franceza.<br />

« Em geral, diz ainda Dibdin, existem exemplares d'esta espécie<br />

( em papel grande) divididos em doze volumes, para evitar a<br />

divisão em seis, de que resultavam vols, excessivamente grossos.<br />

Nâo é, porém, pequeno sacrilégio biblipgraphic.o uma pratica'<br />

que, além. de diniinuir-lhe as dimensões, perturba a ordem<br />

original de uma colleçção de livros quasi sem igual, O exemplar<br />

é uma copia real, como o são, segundo creio, todas as<br />

que foram tiradas em papel grande; porém S. S. (Lord<br />

Spencer) possue outro exemplar encadernado em bezerro liso,<br />

papel pequeno* trazendo o Lexicon de Castell, e que é conhecido<br />

pelo nome de copia republicana.4. »<br />

£)iz Robert Watt na sua Bibliotheca Britannica que a<br />

polyglotta de Walton foi o primeiro livro qile se publicou por<br />

subscripção na Inglaterra. Modelada pela edição de Paris de<br />

Le Jay, é-lhe superior no cuidado da revisão, na qualidade<br />

do papel e em outros melhoramentos introduzidos, si bem que<br />

inferior na execução typographica.<br />

O exemplar que a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> expõe d'esta famosa<br />

Biblia pertenceu á Real Bibliotheca e acha-se em bom<br />

estado de conservação.<br />

Com esta fecha a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> a exposição que<br />

foz das suas biblias mais afamadas, sentindo não dispor de<br />

mais espaço para apresentar outras merecedoras das honras<br />

d'esta exposição, como é sem duvida a Biblia, interprete Se-


276,<br />

bastiano Castálionc ... impressa em Basiíéa, per• Ioannenr Oporinum,<br />

Anno Salutishimànce M. D. LPI.II, iit-jfe/., a duas<br />

\:leplum. O exemplar qúe^i Bibi. Nác. póSfié da Biblia de Oporiiio<br />

Sem o ex-libris da Real B:b'.:otheca, para onde passou do' Colíjégio<br />

dà |oèiédaÍe- de Jesus em Paris, á q-.ui o doára o Conde<br />

de Beaumont. É realmente um íorsnçfsn* livro, impresso com a<br />

maior nitidez e elegantes caracteres. J<br />

N.° 105. — Espejo fiel de vidas Qué Contiene !, ^r^<br />

los Psalmos de David Rn Verso Obra Devota, ;<br />

Vtil, y Deleytable ; Compupsta por Daniel<br />

Israel Lopez Laguna. Dedicada al muy. Bé-<br />

. ¡lio-no y Generoso Señor. Mordejay Nunes<br />

Almeida.<br />

En Londres con Licencia délos -Señores del<br />

Mahamad, y aprovacien del Señor liaham.<br />

. A-fio 5480.<br />

!i!-.;. 0 de fis. fírdun. inn.. im-hida ni:.-.-* n::iiK-r a* ¡i.<br />

ásrosto, ¡M pp, nvim. de texto, 1 íl. inn., com 2 est.'*ftra<br />

tío texto»<br />

Impresso no íinno 1720 tía t ra ehristü,<br />

Na (1. de t¡t|f|. 'ha imia vinheta grayaífii íi Sferil, repre-<br />

»|RÍndo,|6ávid sentado no ttirono a tocar llarpív. NoAlapau<br />

inferior do throno iO-sc: « AbJ^I,opes de 01ivei% Fecit, »<br />

As 13 ff. inn. seguimos rontOeü'.: di^iás petiçOe.s em verso<br />

hespanhol;— •< Aprobación de' Excelentíssimo Sr. H. H. lv. David<br />

Nieto, RaJj, del k. k de Londres », datada de Lmnlres JR. IT.<br />

Sivan JíÍW^ 1719); — uní trecho cr.i hebraico : — 7 peçitSr cm<br />

verso, sendo a primeira 1 cm ingloz e as outra.s em Hcspanhol j<br />

— -.nn elogio cm pro>a, assignado .1/. A*'. — « ¡'Ve de ertT.ia.-,» ; •<br />

—«Apiaebaciori (o sea Cenztii-a)'de jr.h,:.•';>. i !eiiri i'í¡i:e> rimenttíl,. ,<br />

; (gifll Don Manuel de Humanes; a pedimento :dal Meíéiias,<br />

y lo mas cierto al merecimiento digno del Autor»; 1 —•« Prefacio<br />

de Abraham de Jahàcob Henriquez Pimentel. Al l.cc'.or » ;<br />

—«Eccos del Autor », em versos hespanhoes; — e finalmente o<br />

Prologo em Desimas também na lingos hespatihola. As ultimas<br />

11 fl. inn. encerram 24 poesias divei-sas, escripias por diferentes<br />

autores. Duas são inglezas; . duas outras latinast e as<br />

restantes hespanholas.


277,<br />

V As duas estampas são abertas a buril pelo mesmo artista<br />

Abraham Lopes de Oliveira, e representam enigmas. A i. a<br />

occorre antes da fl. de rosto; a 2. a entre as ÍT. prelim. 19 e 20.<br />

As 286 ff. num. de 'texto contêem a traducção dos 150<br />

Psalmos de David. Cada Psalmo traz uma especie de argumento<br />

ou explicação do assumpto respectivo, feita em verso<br />

rimado. A traducção é mui variada quanto á versificação; é<br />

feita successivamente em madrigaes, endechas, lyras, .decimas,<br />

oitavas, redondilhas,. quartetos, quintilhas, canções, romances,<br />

tercetos, esdruxulos, e versos heroicos.<br />

A fl. inn. do . fim tem no r. uma decima, e no v. uma<br />

glosa eçi. decimas: « Da gracias al Criador el Autor de que ei<br />

fin deseado gosa en esta gloza. »<br />

Salvá descreve esta obra sob o n.° 944, e accrescènta em<br />

nota a noticia deí mais quatro versões castelhanas dos Psalmos<br />

de David; a saber: —a do Dr. Juan Perez, conforme á la<br />

verdad de la lengua Sanefa. En Venecia en casa de Pedro<br />

Daniel. M. D. LV/I., in-8.°; — a de Dauid ABenatar melo,<br />

conforme ala uerdaderã Tracduccion ferraresqua... En Franqua<br />

Forte Anho. De 5386 (1626")., in-4. 0 ; pja de Yahacol Yehuda,<br />

Leon Hebreo. Amsterdam, 5431 (1671), in-8. Q , acompanhada<br />

do texto hebraico ;-~e á do Dr. Tomás Gonzalez Caniajàl.<br />

I'iflc//(i(i, /). luiiito Monfort,. 181 y, 5 vols. Ksla ullima s<br />

versão foi reimpressa por- Salvá pae, em Londres, 1829, ¡11-32,<br />

c mais tarde em Paris, 1848,- in-32 e in-18.<br />

Pertenceu á Real Bibliotheca. Figura na exposição x:omu<br />

specimen das impressões rabbinicas de Londres feitas na lingua<br />

bespanhola.<br />

N.° 106. — Sermam fúnebrepera as exequias<br />

dos trinta Dias, cio Insigne, Eminente, e Pio<br />

Haham e Doutor, R. David Netto. Composto<br />

pelo Dr. Jshac de Sequeyra Samuda, Medico<br />

do Real Collegio cie Londres, e Socio cia<br />

Real Sociedade.<br />

Em Londres, 548$. Com licença dos Senhores<br />

do Mahamad.<br />

In-8.° com registro de 4. 0 ; armo 1728 da éra christã.<br />

O titulo vem dentro de uma tarja preta, e è dividido em<br />

tres partes por dois filetes horisohtaes. Em seguida á fl. de


278,<br />

rosto "ha viii pp. ponteiro \ a ¿3 Dedicatória, A os Senhores<br />

Patn||sim e Gabay do K. K. de Sahar Hassamaym de Londres ii,<br />

assignada « íshac dc Sequeyia Samtida »,jS loâ® depbiv mais ;<br />

H pp. com uiffadverteácia « Ao Leito?. V ,3 5?*<br />

• Na tpag. i, não nurfier., "í-oitjeía. ojíS&imam fun«bre »,<br />

cujo tirana, « Conheceo o Sol seu Ooc$w twfclo do'B>aI 104,<br />

v. -í9, abi vem reproduzido em cift»o*eres hebraicos.<br />

-exemplar »está inc.cmipieto; ..contém 118 pp., terminando<br />

a ultima por estas palavras: « Morreremos, como<br />

toáo|-oa-terra; míS- com mays privilegifes:que a Pheáix, renascerémos;.<br />

cóino e^colhidos^ nu -» 1<br />

Antonio Ribeiro ^gáíiantosij nas Mé%wrias im,Litteruiura<br />

«te Século (Mem. iv.j,<br />

inserta «Ssí tomo. íÃaS». Jrt^^pW^^-wlft^iii^^^^B<br />

.fsla A,-ml. A'. £i%ãmtc<br />

nag. 337, do seguinte modo: HH H ^HHHH .<br />

rf J« Sermão funebrjglpara Js exepjãs. 4$$ :<br />

David Neto be» Pinhas. C 1728)^8.° »<br />

E atoeseenta Tjue este sermão to que tinto. cm irtmUiW"-<br />

l Jf->" u ><br />

illlÖlSf 0 ¿¿ilipi. isfe^ÄJ fe^ -^^^^S'^sif i*<br />

lnnoctndS~i»pM littenlmente'cste titulo menos exaclo,<br />

e meteibna sduiente ä cxistSRcül dL^dois exempTiweä: um de<br />

RWeirö*doS' 1 Santos, e outto que pertencera a kyisria de Mofc-r;<br />

senhor Hasse e devw tei p-issado paut a liibkotheca da Uin-<br />

:<br />

vfistdade*" e& Coi.tiibia. Assim, 0 r9Bfp"e.xemplar t o terccusej<br />

RfaiiiheeÄlo S'ejle l.tio opigfiulo<br />

l odo 0 volfme e impiesva cm cartUeics latinos» cvte<br />

i;tuando-se apenas a advertencia Ao Uifor, "e'-e " e eir. typo.<br />

I italM-.Su gryphO; No texto ipäcofrein varias eita^s ;hebraicasy:<br />

;uidas das respectivas interpretações em notas na »argem<br />

H fériòr. :ior.<br />

O autor compoz ainda outra, obra, que se conserva medita,<br />

citada por InftoeeneiÓ,/coiro 6 titi®J í<br />

— Viriadas daiAefà-Màe é Sequem, Saimida, Meàar<br />

lusitano, e Serie da £. Sociedade de Londres. Obra fosthvma,<br />

digesta e tónclmda pelò doctor Jdcoi de Castro Sarmento, medita<br />

lusitano, etc., que offerece ao maior frotftior 4as leiras, p.<<br />

muito alie e poderoso senhor P- João V, re> de iortugal.<br />

Foi,


275,<br />

E. um poema em oitavo rima, contendo 13 cantos com<br />

1465 oitavas, escripto segundo o gosto da escola hespanhola.<br />

Pertenceu á Real Bibliot.heca, Figura na exposição por<br />

sua raridade e também como specimen das impressões 'rabbíriicas<br />

de Londres feitas em portuguez.<br />

í A. mm<br />

N.° 107. — Qvinti Horatii Flacci Opera. — ^' ^<br />

Londini aaiieis tabvlis incidii Johannes Pine<br />

MD CC XXXIII.— MD CCXXX VII.<br />

^líq^-^plV gi..<br />

«Èàfe^fiu-íV.. pre!i:n. i:.ü. No iverííQ iída- fl.<br />

0£kqi;i Cfiwia giavura l epre-sentalièlo a musa Ctato, aa|;2 11 fl. o<br />

tvt^jfc ras :—- Dedioato-ík Frederico,<br />

Pnnafi IValliae, .asHgnada Johannes Pine, —Prefacio<br />

S , —• Seis listas de subscriplores; — Dedicatória da Vida de<br />

H H 9 P o p q I ^ ^ H H Vita, e Ve- j<br />

tuftyvExem&ni íaatpg^, No i. da ulgma flt/iun «acha-se o<br />

^tíataül 1-Io.t acio,r em bmt^^juo v. a dedicatória do pu-<br />

EwnriU^ ivrij -áa^^llys a Roberto \V:il|)ti.](.',<br />

.tcxjt!, âtíipar L'iJ- numLjjJfaíapiiijentle i." Os<br />

.4« I'JE&a-'" Qdcis H H Ro&rlo Walpole, a Riçaitáo<br />

Conde de Burlington, a João Duque de Rotland, e a Ricardo<br />

TCllys. — i'O livro dos li/m/os, deduado a Arthur Onslow,<br />

—. 3 0 O Seeuíáre .


280,<br />

feiimí dedicatória a Jörge DodiiigtlÄs. No fim'hái 7. ff. iiájv de"*<br />

Figvrarvm expücatia.. Entre as pp. ,48 e 49. 94 c gg->;. Jjj? S.<br />

153, 172 e 173. existem 4 ff. ii'.n., .ene. separam c<br />

livros. Cada uma d'estas. ffí.*fe»tèm nír f. uma estamÄ eis«<br />

v. a deidiçatoria da°'peça ségiãote.<br />

S'Esta ediçào c toda •¡gaavada» njtíjjril, sendo cada pagina<br />

Stóta em um tiò ctaja, p. texto seguido foi o da edição de<br />

Jacob Tai^ct, Ciifftbhítze, 1701, i^.2.<br />

Os 2 vais contêeiti assíeguirít#> peças de ornamentação<br />

As duas estampa* do..começo dos' vols , representando<br />

Evata e a Historia, já cf^scriptas. y.íjj 04busto de Hsyacio<br />

na fl 16 ma. do x 0 vol — 3." Sete estempas OQcypandcfl<br />

precedentes, a pag ¡sätfeira^Sj^ias, nas ff flSglB<br />

citadas, ü a lúnaia %% — A,'¡Gragl^j ir.i•<br />

meio de ^.teç^e» de pagingi. e vinhetas finsses j4ejwesentand|>.:<br />

mais. vauados ada?,. f2> começo c ;<br />

"çada poesia. ^ 5,.VLettras capitacs 1 ,,ornadas<br />

E para aprecia&se nestajobra,! nitidez e igualdade cd«í<br />

ca-raefees gravados^guer itálicos, qtier latijojL assnn.como -fe<br />

elegancu de todos os oinatos e a excellencia do papel Vide<br />

-â este respeüp no fim do vc!..- ü /'¡¿f-rar: w ICxptüath..<br />

Ha «templms de duffic$lBuic'*, qu» sç distfi\giiem _por<br />

^MkhiiJí^ v.iii uik na (fiflfe 1 • Au„u,io ji<br />

-cuboçao díi pig 60% do íoL MaB^MJ"^» uu<br />

exemplaras,


281,<br />

N.° 108. — Ensaio sobre o homem dè Alexandra<br />

Pope, traduiido verso por verso por Francisco'<br />

Benlõ Maria Tàrgini, Barão de São Lou-<br />

SKÉOTÍSV- Dado a luz por h.inia sociedade üte-<br />

KSoria da Grão-Bretanha.<br />

0. (»¡¿.»udreA na offitina tj/fstívòhia íe C.<br />

Wlnttmgkcm, CoMegs HouSe, Chislvick. /S/ç.<br />

Tres vols. in-4. 0 gr. com est. e aquarellas.<br />

O vol. 1. consta de xxiv-380 pp. num., e contém:<br />

— «Dedicatória. Ao... Senhor Rei Dom João o Sexto.;. Promotor<br />

das artes, sciencias, e commercio », datada «Em.28 de<br />

Maio de 1818 », até a pag. xxiv ; — « Prologo do traductor »,<br />

seguido da tradueção de «Ò Messias^ écloga sagrada», com o<br />

original inglez ao lado. Esta trádueção, feita verso por verso<br />

pelo proprio Targini, está sob o mesmo titulo de « Prologo<br />

do traductor» è termina na pàg. 31.. Segue-se depois « The<br />

design = Prologo do autor », até a pag. 39. Este volume encerra<br />

o original e a tradueção das duas primeiras epistolas :<br />

1 « Da natureztt e estado do homem a respeito do universo »,<br />

11. « Da naliifoza o estado dó-homem a rcspèrto' de^-incsitto,"<br />

como individuo » Cada uma é seguida de extensas e eruditas<br />

notas do traductor feitas sobre quasi todos os versos.<br />

O vol. n consta de 2 ff, de tit., 232 pp, num., e contém<br />

o texto e a tradueção dá epístola iu, « Da natureza é estado<br />

do homem, a respeito da sociedade », seguidos das notas do<br />

traductor.<br />

O vol. IH contém 2 ff- de tit., 331 pp. num., é eh cerra<br />

o texto e a tradueção d a epistola iV, «Da natureza e estado<br />

do homem, a respeito, da felicidade», também seguidos das<br />

respectivas notas.<br />

Ornam a obra 6 estampas gravadas a buril:<br />

I. 0 retrato do traductor, em busto, em um oval dentro de<br />

um portico. Em baixo, á esquerda: //. J. da Silva<br />

inv. et dei.; e á direita: G. F. de Queiroz sçulp. em<br />

1815, No pedestal lê-se: FKAWCIS^Ò BENTO MARIA TAR-<br />

GINI VISCONDE DE SÃO LOURENÇO. J8IÇ. D'esta inscripção<br />

deduz-se que a estampa foi primitivamente gravada em<br />

1815 e depois retocada em .1819. É, pois, 2. 0 estado.<br />

II. O retrato do autor, em corpo inteiro, sentado. Embaixo»<br />

á esquerda: Jeryas p inxit; e à direita: J. II. Robinson<br />

sculp. Mais abaixo, no centro : « Alexandre Pope<br />

tó"T<br />

(3JZ


282,<br />

de liiim retrato original, íjífêr seu atíug^^Jer^s;- sk t<br />

acha prescniememe 'em poder do senhor • a:é is-v-<br />

VI. Assumpto allusivo á epistola iv. No primeiro plano, á<br />

.direita t «m rapas e am» moça, de mios. dadas, coroados


283,<br />

EfÜe flores :i esquerda: duas cliãiBças brincando no chão,<br />

í perto. 2JS As ^tampas |S,oitberta> » buril<br />

com correcção e elegancia, c as aquarellas c «.rutadas lom<br />

ilcfcuk-za e IBffliBI O exemplar tém gfàndWiiarggB«, Çs<br />

"3 B E estio Ricamente'<br />

SmfÉigas eantotieil^s e fechóle piafa dpuiada e lavradi,<br />

"era i^basBi&es^sla encadein^çfç P»i\<br />

,(«¡31, mui bera dofrída e mtidam^aftjgíanipada^ie^Oj<br />

fc 'ájüb'Ésffií niereciiiiento .gMipúbuç^j^f® 1 LOjiclrg'<br />

; .:»1 fciw&igam sitúalo E&raçtp,íS P Ammo¡ ,1" •<br />

gr Sfcpp , Sm leiturg,lMisqeiik^ ^lf5¡Iri<br />

O templar exposto perteirclí á Real Hiulictl-.eca, s¿ndo<br />

.«¡fenecido a D. Jilo VI pelo proprio traductor. .E a,to$g|<br />

.os respeite^ um sxçtaplar especial.


284,<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> tanibem expõe na respectiva secção<br />

o maniiscripto original d' esta obra, em 4 vols., igualmente<br />

offerecido ao rei pelo traductor. O manuscripto também é<br />

ornado d,e estampas ; estas, porém, differem das que figuram<br />

ná obra impressa, '<br />

N.° 109. — Correio Braziliense ou Armazém Literário.<br />

. Londres; Impresso] por W. Leivis. Pa-<br />

¿crnos ler - Row, 1808-1822.-28 vols. in-8."<br />

O Correio Braziliense durou 15 ànnos e publicava-se em<br />

fascículos mensaes de numero incerto de paginas.<br />

Cada numero trazia a divisa:<br />

. « Na quarta parte nova os campos ara,<br />

E se mais mundo houvéra! la chegara. »<br />

Camoens* C. vii. e. 14.<br />

^ :í|nnocencio da Silva não leve ra/ito quando, pretendendo<br />

corrigir a asserçíio de Varnhagen, clH que o Correio conieçou<br />

em 1807. A verdade é que o primeiro numero sahiu em Junho<br />

de 1808; e esta. affirinação já consta do Diccionario fiibliographica,<br />

na parte supplcmenlar (vol. x), trabalho do sfir. Brito<br />

Aranha.<br />

Foi redactor do Correio: Braziliense Hypolito José da<br />

•Costa Pereira. Furtado de Mendonça, natural da Colonia do<br />

Sacramento, onde nasceu em 13 de Agosto de 1774. Segundo os<br />

seus biographos, Hypolito era formado em Direito e philosophia<br />

pela Universidade de Coimbra. Depois do desempenho<br />

de uma commissão scientifica nos Estados-Unidos que o Governo<br />

portuguez lhe confiara, voltou a Lisbôa em 1802, onde<br />

foi preso e processado pelo Tribunal da Inquisição como<br />

franc-maçon. Conseguindo evaclir-se, Hypolito asylou-se era<br />

Londres, onde passou o resto da vida, consagrando-se á<br />

defesa e propaganda das idéas livres e constitucionáes. Nesta<br />

cidade fundou o Correio Braziliense/ orgiío dedicado a interesses<br />

políticos e litterarios e que devia exercer uma grande<br />

influencia sobre ò espirito dos seus compatriotas. 0 Correto<br />

Braziliense, pela liberdade de opiniões em que era escripto,<br />

chamou desde logo a attenção da Corte, e a Regencia de<br />

Portugal determinou primeiro fazêl-a combater por escripto, e


285,<br />

a este intento, diz Innocencio, se publicaram em Portugal<br />

algumas' refutações ; porém depois tomou outro partido mais<br />

expedito, que foi o de prohibir a introducção e leitura, da<br />

obra em Portugal, debaixo de penas severas, repetindo-se a<br />

prohibição não menos de très vezes, das quaes a ultima foi<br />

em 25 de Junho de 1817, sem que, contudo, se tornasse<br />

effectiva a efficacia de taes prohibições. A attitude patriótica<br />

do eminente jornalista, que puzera os seus serviços á causa da<br />

independência do Brazil, grangeou-lhe a affeição de D. Pedro I<br />

e de todos os que desejavam a separação entre a colonia e a<br />

métropole. Hypolito falleceu perto de Londres, em Kesington,<br />

a 11 de Setembro de 1823, um anno depois da realisação<br />

das idéas pelas quaes combatera, isto é, um anno depois da<br />

emancipação politica do Brazil.<br />

iïoi elle o. primeiro: que, na imprensa, advogou a causa<br />

abolicionista em relação ao Brazil, julgando a escravatura lima<br />

instituição incompatível com a civilisação das sociedades modernas.<br />

A vida intelleçtual d'.este homem foi notavelmente fecunda,<br />

attendendo-se ás circumstancias agitadas e á curta duração.<br />

(49 annos) de sua existencia. Hypolito escreveu diversos<br />

livros sobre politica, economia, industrias, historia, grã m malien,<br />

memorias aiito-lMOgraphiras, além de outros escriptos esparsos<br />

110 Correio Brasiliense. Attribue-lhe Michaud, na sua<br />

Jliogr: Univ. (Vide Innocencio da Silva—Uicc. t. v), ; um<br />

Tratado sobre a Origem ' da Architeciura, de que não lia<br />

noticia em confirmação« No Correio Brazi/iense, xvit. 1816,<br />

dá-se a noticia de que Hypolito.se occupava então cm escrever<br />

uma Historia do Brazil o descobrimento até a immigração<br />

da familia real portugueza. Semelhante empreza parece<br />

que não foi levada a effeito 011, pelo menos, os seus resultados<br />

perderam-s.e ou descaminharam-se.<br />

O Correio Brazilieuse existe na Bibliotheca <strong>Nacional</strong> quasi<br />

completo; dos vinte e nove volumes (1808-1822) dé. que<br />

consta a publicação,, falta-nos o 29®. e ultimo volume que comprehende<br />

os números de Julho a Dezembro de 1822.<br />

A collecção completa é muito rara.<br />

N. 0 110. — Transactions and proceedings of the conference<br />

of librarians held in London October,<br />

1877. Edited by the secretaries of the confe-


286,<br />

rcnee, Edward 1!. Nicholson, Librarian ot the<br />

London Institution, and Henry R. Tedck-r,<br />

Librarian of the /\tr.emrmr>. Club.<br />

Z&tujfan .- printed sit the Cfasr&ki Press by<br />

C Charles Wlntkwglumi, 1878.<br />

; In-4. e gr. cie xi - 276 srp." num.<br />

Tr.iz'uYna i;r.roi!'.ic(;ao. i^ignfla: por Henry K.. Tedder.<br />

• F.nirc-'os variUdosMtiffips queiisbmpOem/ a^aj^ra, ii'iiiitos<br />

ha bibliographieos, referindo se mais ou menos e-specialmenLe<br />

a impresKO*. Nn arligu do Henry Stevens, i:i •<br />

tulado: ; '


287,<br />

emendatumqz: fausto sydere est explicitum. Tmpressum florèti<br />

in ç iu i ta te CJlixbonensi. Ann o salutis christiane. Millesimo<br />

quadrigentesimo nonagesimoqz octano, xij. Kalendas iulij. Et<br />

officina Nicholai de Saxonia. »<br />

Edição muito rara.<br />

Magnifico specimen da imprensa era Portugal no XV' século.<br />

Por entré os vestigios dos annós que perpassaram, ainda<br />

se divisam em nosso exemplar algumas das exeellentes quali-^<br />

dacles': das edições d'aquelle século. « Certo que se vêem nellas,<br />

diz Ribeiro dos Santos, alguns donaires e gentilezas, que<br />

ainda hoje não tôem envelhecido, porque podem emparelhar<br />

com as edições modernas mais perfeitas e acabadas. O papel<br />

pelo. comrnum é muito liso, igual, corpulento, e bem batido;<br />

0 que o faz ser de uma forte consistencia; em algumas' obras ó<br />

assaz branco, noutras uni pouco trigueiro e basso... A tinta é<br />

sempre muito-preta e luzidia, e còrre por toda a parte igual<br />

e solida. Usavam em algumas obras de imprimir de encarnado<br />

OS titulo» e stimmarios, as lettras iniciaes das orações, e outras<br />

partes... Em todas as edições que vimos, a forma do caracter,<br />

é sempre de um mechanismo' regular, e a lineação igual e<br />

recta, mostrando suas linhas bem assentadas, sem pequenas<br />

desigualdades.;. Os ijossus impressores, á iinilaçao dos e.\lranhos,<br />

usaram em algumas edições de pôr enfeites e ornatos<br />

de portadas,. 1 -¡tarjas e' divisas, e também estamparia de figuras,<br />

que eram como as galas da typographia, com qué se ella enfeitava<br />

em suas obras, »<br />

Segundo se vê da descripção que $cirna fizemok? Ribeiro<br />

dos »Santos equivocou-se'quando assignalou* para a i.", edição<br />

do Missal a data de 1496.<br />

«I)'este Missal, diz elle, se fez depois uma nbv'a èdiçào em<br />

Salamanca era 1502 in-4.® na off. de Joãç dêviPorreg, por<br />

ordem cie 1). Diogo de Sauzã; outra em 1538 por. ordem çle<br />

1 Jorge de Almeida, Bispo de Coimbra, eleito Atcebispo de<br />

Braga; outra em Leão. de França em 1558, foi., enf-pergaminhoj<br />

por mandado de D. Bakh?zar Limpo, na off. de João<br />

de Borgonha, que se intitula Livreiro iVEl-Rei de Pprlugol,<br />

da qual ainda hoje usa a Igreja Bracarense. »<br />

Não são accordes as opiniões sobre o anno em que se<br />

estabeleceu.em Lisboa a arte typographica. Si consultarmos<br />

Ribeiro dos Santos, Lisboa foi, depois de Leiria, a cidacle de<br />

Portugal que apresentou ém utilidade das artes e das sciencias<br />

bem providas officinas typographicas, acreditando elle que o<br />

livro Sepher Orach Chàim R. Jacob Ben Âscer foi ali impresso<br />

em 1481. Michel Denis, o continuador de Maittaire,


288,<br />

tem este livro conio impresso em 1485. Pánzer e outros bibliographos<br />

contestam que a impressão seja de Lisboa, affirmando<br />

que o volume é da officina d'Iscar Soria, em Hespanha.<br />

Deschamps é de opinião que a obra õ de Lisboa, mas estampada'no<br />

anno de 1489, da qual existe um exemplar na Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong> de Paris. s<br />

No fim (laquelle século um typographo allemão, natural<br />

de Saxe, veiu estabelecer-se em Lisboa, • sendo ahi mui bem<br />

acolhido por todos os homens de lettras. Este typographo é<br />

Nicolau de Saxonia, que se immortalisou, deixando-nos na<br />

impressão do Breviário Eborense 1490, na Vita Christi 1495,<br />

no Breviaiio Bracarense 1496, e no Missal Bracarense 1498,<br />

provas incontestáveis de seu grande merecimento como artista<br />

-impressor..<br />

Pertenceu á Real Bibliotheca o exemplar que expomos.<br />

112. —r (Thesaurus Pauperum sive speculum<br />

puerorum). In-fol. goth. -<br />

r.'Impresso a duas tintas. Consta de 41 ff. sem numera^ao.<br />

Nosso exemplar 'tern apenas 40, faltando-UTe a fl. de. frontispicioi<br />

ond§,j?segundo RilSeiro dos Santos, traz- estampadas a<br />

aireita as iiraias reaes de Portugal, e a esquerda em propor^ao<br />

igual uma esphera, epor baixo em lettra gothica maiuscula.<br />

Grawmatiea JPdstrance. .<br />

A 2. a fl.; come9a com estas palavras impressas com tinta<br />

Vermel ba<br />

-Irtcipit compendium breue vtile sine tractatus jntitulatus:<br />

Thesaurus pauperum sine speculum puerorum editum a magistro<br />

Johime .de' pastrana. »<br />

f•Em seguida a.este Tratado vein :<br />

« Antonij martini [Trimi quonda huius. art is pastrane in<br />

alma vniuersitate Ulixbonerisi preeeptoris : mateneriim edilio<br />

a baciilo ceconim breiiiier col lee ta incipit. »<br />

No fim a declara^ao :<br />

« Explicit maveriaruz editio a Petro rijbo ex baculo cecorfi<br />

breuiler colleta. Impressa yero Ulixbone. Anno domini<br />

millesimo qngentesimo xiij. sydere. »<br />

A grammatica, que se chamava. Thesmro de fob res e Es-<br />

Jiclho de mcnittosy foi impressa pela primeira 'vez, segundo Ribeiro<br />

dos Santos,. em 1501 pelo afamado impressor Joao Pedro


289,<br />

Bonhomini. Edição raríssima. O exemplar que a Bibliotheca^<br />

expõe é da segunda, 1513, do mesmo typographo, quasi' tão<br />

• rara como.a^ primeira.' -* -<br />

« Lisboa, escreve aquelle douto investigador, -ytotítinuou<br />

nò século XVI^ os séus trabalhos typographicos, fazendo gran-*^<br />

• dicteos- jff^jjressos -nesta' ar.te,'. -|>ela .quantidade' de officirias que<br />

• erigiq.. Foi uma d'ellas a de'S. Vicente de Fóra, que já houve<br />

naquelle século, e foram 'das. mais famoèas, ê de mais trato, ás<br />

de Valentim Fernandes, de Jacob Combreger, de Herman de<br />

^Campos, de João de Kempis, de João Blavi©| todos'állemães:<br />

de João Pedro Bonhomini, italiano de Cremona e de Germão £|<br />

Galharde, francez; e as dos/nacionáes Luiz Rodriguez, te Luiz<br />

Corrêa. D'estas officinas publicaram-se naquella idade innu- ¿j.r 1 J<br />

meraveis obras, que ainda hoje formam a preciosidade das/'<br />

livrarias mais distinctás. ' 1 ' ül'<br />

' H H • .<br />

o J M<br />

; . '«.Johan Pedro de Boõs homens, ou Bonhomini, ou Bom Ja ¿j jn<br />

homyni, ou Bognonino', em/latim de bonis- homÍnÍbusT(que * ,_, .<br />

assim diversamente se acha escripto) foi milanez,de Cremona: • "— ^<br />

parece ique já. tinha officina typographica em Lisboa no fim<br />

do século XV. No seguinte estampou" elle- varias obras, e al- ó V'<br />

gumas de parceria, comi Valentim Fernandes. » "¿«At-*<br />

O exemplar tem o carimbo da Real Bibliotheca. ••'<br />

. 4 0,í> H<br />

N.° 113. — Tratado ('da sphera. com a Théorisa<br />

¡¿;:,eJo So! ;St da Lua. E liùro da<br />

:; Geographia de ClaudioíglPtolomeó' Alexãdrino. ) tf:<br />

Bffirados nouamelfc'/de Latim em lingba^ém \jJ V ¿t> f % HK§§<br />

pello Doutor I'j;rd Ximcs Cosmoyraplio. Ucl<br />

Rey dõ João h,o tercèyro deíf^Somê rtBgg®<br />

' Senhc® E âcrecfcdos de mü|^B,a'nnôÍÍÍ0éS<br />

, ; ¡8^ .figuras ger que mays facilmente se podem<br />

entender.<br />

Item d<br />

sobre a . carta de nraáar. Km òá quaes;<br />

se decrarãt) todas as princip'aegli'piiidas da nauegacão.;'<br />

Cõ as tauoa-è , do mòuímento d^osol :<br />

& ;sj|i declinação, E O; Rcginiêlo da afiara


290,<br />

assi , ao meyo dia: como nos Outros tempos.<br />

Com previlegiò real.<br />

(ISfo fim:) Acabousç de èmprimir a presente<br />

obra na niuyto nobrg


291,<br />

ceram na Europa », nasceu Pedro Nunes na villa de Alcacer<br />

• do Sal, salaciensis, como elle proprio o declara na traducção<br />

latina que se publicou em Coimbra em 1546 dos, : sèus Tratados<br />

das cartas dè marear. Não se sabe ao certo' em. que<br />

anno nasçêra nem a data da sua morte; estando porém averiguado<br />

que ainda vivia, em Lisboa, a 6 de Setembro de 1574.<br />

Segundo, os seus bipgraphos, e são elles muitos, especialmente<br />

Ribeiro dos Santos na sua citada memoria, Pedro Nunes<br />

cursára humanidades, philosophia e medicina na Universidade<br />

de Lisboa, muito antes da sua transferencia para Coimbra, e<br />

nella recébêra o grau de doutor na ultima d' aquéllas faculdades.<br />

Cultivava-se, por esse tempo com decidido zèlo â mathematica<br />

na Universidade de Salamanca ; para ali se passou elle depois,<br />

como parece provável, afim de se dedicar ao. estudo d'aquella<br />

disciplina, tão de sua particular predilecção. « D'alli foi elle<br />

chamado para o Reino pelo Senhor Rei D. João III. para vir<br />

honrar-nos, diz Ribeiro dos Santos, com seu illustre magisterio<br />

». Professou então pm Lisboa um curso de artes nos annos<br />

de 1530 a 1532; mudada para Çoimbra a Universidade, regeu<br />

ali a cadeira dé mathematica do anno de 1544 ao de 1562,<br />

em que foi, pprcarta de - 4 de Fevereiro, jubilado; formando<br />

com as suas sabias lições aproveitados discipuios que muito<br />

Honraram o nome do mestre e deram novo lustre 4 patria<br />

pela mathematica. A D. Sebastião, de quem recébêra Varias<br />

mercês em remuneração dos seus serviços, diz-se que, ensinara<br />

philosophia e sjciencias mathematicag; foram ao certo seus discípulos<br />

o infante P-huiz, o cardeal, depois rei, D, Henrique?<br />

e o afamado vice-rei da índia p, João de Castro. D, João IIÍ<br />

nomeara cosmokrapho, mais tarde elevado, a çosmographo<br />

mor, do reino. SuppOe-se que depois da jubilação continuara<br />

a viver em Coimbra, de onde foi chamado á cêrte por P.'§ç.'<br />

bastião em 1572.<br />

f ' Os que pretenderem, ifÉe iíwpcencio d a Silva, noticiasmais<br />

cirçumstanciadas acerca d'este varão verdadeiramente<br />

iJJustre, e que tamanha honra dá á nossa patria, consultem a<br />

Memoria, da wa vida e escrjptos por Antonio Ribeiro dos<br />

•Santos... e Q Ensciio histórico sobre a origem e progressos d^<br />

Math. epi Fçrtugal por §tQçkJ.êrt,, Dos trabalhos d'este? dous<br />

académicos compilou e abreviou o> sr, M, J. M- Torres umf<br />

nofipia que inseriu no PanQrctmax -yol Y (1841)... »<br />

Varnhagen, Visconde de Porto Seguro, de saudosa mer<br />

mo ria para. as lettras nacionaes, na sua Historia Geral do<br />

Brazil, ppí'467 e 468 (nota 83) da i> edição, adduz argu-r<br />

mentos, a; que se referiu com reserva Innocencia da Silva,<br />

tendentes a prayaç que o Dr. Pedro Nunes, mathematico e


292,<br />

lente, é„ o mesmo Dr. Pedro Nunes, védor da Fazenda na<br />

India em 1520, do qual se tem féito dois . personagens distinctos*<br />

Indica também a Bibliòtheca Hispanica de: Nicolau<br />

Antonio, t. m ; Bailly, Historia da Astronomia moderna,.<br />

liv. ix ; Lalande, Tratado de astronomia, liv. 11 ;. Bayle, Diccionario<br />

; Weidler, Historia da Astronomia, pag. 361; os autores<br />

do Dictiopano..:Mstoricor '"critiço: bibliographico, Paris 1822,<br />

t. xx, que reproduz quasi pelas mesmas palavras o 1 artigo respectivo<br />

do Diccionario de Chaudon.<br />

• No grande diccionario de Larousse vêm enumeradas as<br />

obras do abalisado mathematico portuguez.<br />

Na Biographie universelle: ancienne et moderne, t. xxxi,<br />

acha-se, entre outras noticias açêrca do nosso autor :<br />

« Tinha o uso da bússola mudado as praticas da navegação<br />

e dado origem a. novos problemas • que;' pareciam insolúveis.<br />

Nunes foi dos primeiros que com isso sé occuparam<br />

e, si não teve o mérito de inventar methodos exactos, teve o<br />

de chamar para estas tjuestões a attenção dos geómetras ».<br />

Referindo-se á refutação de Oroncio :<br />

« Este Oroncio, professor no Collegio Real de França,<br />

imaginava haver descuberto a quadradura do circulo, a duplicação<br />

do cubo, a triseçção do angulo e a resolução do<br />

problema das longitudes... Emfim... vê-se (nas suas obras')<br />

um tratado de algebra {Libro de Algebra, en Arithmetica y<br />

Geometria), que esçrêvêra em hespanhol e appareceu em Antuerpia,<br />

em 1567, in-8Diz-se que elle prezava muito esta<br />

Obra, que dedicara ao seu antigo discípulo 0 principe D. Henrique.<br />

Em uma edição de Sacrobosco lê-se uma nota de Nunes<br />

acêrca dos climas, na qual prova, um tanto prolixamente,<br />

como soia escrever, que a largura dos climas diminue á medida<br />

quê Se se apprOxima do polo... É principalmente conhecido<br />

pela ideia de um instrumento, em demasia gabado, que devia<br />

dar os ângulos com grande exactidão... Primeiro d'entre os<br />

geómetras modernos, applicou-se ás questões de maximis et minimis,<br />

isto é, dos valores maiores e menores que pôde adquirir<br />

a vari&yel de um problema. No meio de muitas investigações<br />

d'este genero citaremos. a solução elegante e. completa que<br />

dêu do problema do niais .curto crepúsculo... Os maiores-geómetras<br />

do século passado, Bernouilli, D'Alembert, etc., nunca<br />

puderam achar a formula principal de Nunes, a da duração,<br />

e todos elles estacaram em uma formula accessoria, também,<br />

achada por Nunes, que não é mais que um fio para se chegar<br />

à resolução do. problema verdadeiro ».<br />

D'entre os escriptos do dr. Pedro Nunes mencionados<br />

por Larousse, acha-se um sobre os cometas, que não vemos ci-


293,<br />

tado poflnriòcencio. Do Libro de Algebra falla o Diccionario<br />

de biographia citado. « É, diz Stockler, o compendio mais<br />

. methodicO, é'éscripto com mais clareza, que até áquelle tempo<br />

se' publicqú ». J<br />

Deis outros escriptos seus, de que dá testemuho o proprio<br />

autOr .em ^composições suas impressas,.deu Innocencio da Silva<br />

a: seguinte relação: — Tratado da geometria dos triângulos<br />

spheraes. -WÊTratado sobre o astrolabio. — Tratado do planisferio<br />

geométrico.— Tratado da proporção ao livro V de Euclides:—<br />

Tratado da maneira de delinear o globo para o uso<br />

da Arte de navegar, —Roteiro do Brasil. — Os livros, de Architectura<br />

de Vitruvio, traduzidos e illustrados em linguagem.<br />

Do Roteiro do Brasil, cuja existencia muitos põem »em duvida<br />

e que provavelmente nunca se chegou a imprimir, diz o<br />

Sñr. Valle Cabral em uma das suas Cartas bibliographicas,<br />

publicada no tomo i da Revista Brazileira, pp. 595 - 606, a<br />

proposito do, cosmographo mór Manuel de Figueiredo, suc-<br />

• çessor de Pedro Nunes no cargo :<br />

« Segundo o testemunho de Simão de Yasconsellos escrevêra<br />

Pedro Nunes um Roteiro do Brazil, mencionando-o no<br />

livro i, n. os 14, 17 e 66 das Noticias antecedentes, curiosas e<br />

necessarias das cousas do Brazil, que precedem a sua Chronica<br />

da Companhia de Jesus. Esta noticia dahi passou para a Bibliotheca.<br />

Lusitana de Barbosa Machado e deste autor, para<br />

Ribeiro dos Santos, e provavelmente de ambos ou ¡de um<br />

delles foi que Stockler teve conhecimento do Roteiro do Brazil<br />

de, Pedro Nunes ».<br />

: Simão de Vasconcellos parece ter visto a obra, pelo menos<br />

em manuscripto, pois d'ella cita no n.° 17 das suas Noticias<br />

um trecho relativo á provinda do Brazil.'<br />

\; Pelo modo por que o mencionou Innocencio, o proprio<br />

Pedro Nunes se refere a esse seu roteiro em outras das suas<br />

obràs : não nos parece, pois, que só o fizesse o distincto bibliographo<br />

por vêl-o indicado pelo • chronista da: Companhia de<br />

Jesus. Nãò se sabe porém onde pára hoje esse roteiro, a que<br />

também' allude Gabriel Soares, no seu Tratado descriptivo do.<br />

Brazil.<br />

Ribeiro dos Santos conclue a monographia que escrevèra<br />

acêrca do grande geómetra portuguez com a enumeração dos<br />

eseriptores, tanto nacioriaes como extranhos, que d'elle fizeram<br />

honrada memoria; o que nos dispensaremos de repetir aqui.<br />

No Manual bibliographico portuguez coordenado pelo Sñn<br />

Ricardo, Pinto de Mattos (Borto, 1878), depois de uma breve<br />

noticia acêrca do afamado cosmographo mór do reino, lê-se<br />

uma completa descripção da sua obra, déscripção que confere.


294,<br />

com a do nosso exemplarj menciona-se a traducção hespanhola<br />

com o titulo La Sphera de Juan de Sacrobosto. Nueva y<br />

fielmente traduzida de Latín en Romance, por "Rodrigo .Saem<br />

de Santayana y Spinosa... Valladolid, 1568, in-4?, e outro<br />

exemplar em latim. E accrescenta-se, a proposito ; da que a<br />

Bibliotheca <strong>Nacional</strong> expõe:<br />

« O Tratado da Esphera é hoje livro ráfo e estimado, dô<br />

qual foi mandado ufn exemplar á Exposição de Paris, de 1867.<br />

tf Deste precioso livro sabemos onde foi avaliado um<br />

exemplar pôr 50^000 réis que comptára em Pariz o, visconde<br />

de Moncorvo, O mesmo pelo qual depois o conde de Azevedo<br />

' deu livros em trOca no valor de 2ÒÒ$OOO réis. >)<br />

O Sfir. Luciano Cordeiro, no artigo que estampou no<br />

Boletim dá Sociedade de Geographia de Lisboa, 4." serie, n.° 4<br />

á que deü pôr tituló. De como havegàvam os portuguêzes no<br />

começo do século XVI, por investigações bibliographicas escrupulosas<br />

a que se entregára, chegou á conclusão, acêrca da<br />

prioridade de Pedro Nunes em publicações concernentes á<br />

cosmographia, de que;<br />


â95<br />

guaâ, coiímientáda, ampliada e discutida pelos mais notàvëis<br />

astrónomos e mathematicos do tempo ».<br />

É termina a sua extensa nota bibliographica pelo seguinte<br />

GorOl'lario ;<br />

« -Pedro Nunes teve antecessores, vê-se ».<br />

O tratadd da esphera do cosniographo inglez fôra traduzido<br />

em portuguez por Gaspar Nicolau, mathematico, natural<br />

dé Guimarâes, e publicada, antes dé Pedro Nunes.<br />

É tódavia de advertir. qué ir n'o titulo da obra declara Pedro<br />

Nunes -. Tirados ñoñamente. de Latim em lingoagem, ficando<br />

assim subentendido que já outro ou outroso haviarh feito antes<br />

d'elle.<br />

Do tratado da esphera conheceu Innocencio da Silva tres<br />

exemplares, um dos quaès fôra avaliado no inventario do.possuidor<br />

por i:ooo$ooo réis ! Um dos outros pertence á bibliótheca<br />

particular d'el íei D. Luiz I de Portugal. O douto bibliographo<br />

classificou-ô como obra rara e preciosa.' .<br />

Do Tratado do sabio mathematico de Alcacer do Sal<br />

possüe a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> do Rio de Janeiro dois exemplares<br />

: um, o que se expóe, pertenceu á Real Bibliotheca^<br />

tendo para ella passado da livraria de Barbosa Machado ; o<br />

outro fez parte da do Conde da Barca, sob -0 11. 0 1415 do<br />

respectivo catálogo. Tem este - exémplar no alto da fl. de rosto<br />

a seguinte nota escripia á máo :<br />

' « Ëx Libris Car. Fr. 01 Garnier, et Amicórum a e embaixo :<br />

« Cet exemplaire est accompagné de Notes marginales manuscrites,<br />

utiles et curieuses. (1537) »<br />

E no Vv dé urna fl. era brartco que precede a do titulo :<br />

« Traduction. — Traité de ja Sphère avec la Théorie du<br />

Soleil et de la Lune Et Je premier livre de la Geôgraphie de<br />

Claude Ptolomée d'Alexandrie, nouvellement traduit du latin<br />

en portugais par le Docteur Pierre Nunez Géographe du Rôi<br />

don jean III. avec des remarques et figures qui en facilitent<br />

l'intelligence.<br />

« Ce livre renferme deux traités du même autéur sur la<br />

Carte marine où Ton éclairCit les principales difficultés de<br />

. la Navigation avec les tables' du mouvemént du Soleil et sa<br />

déclination, le règlement de sa hauteur tant a Midi-qu'aux<br />

autres heures. 1537 ».


296,<br />

25 {> J3 114; -4-gPanãiyrka' oratio elegantíssima plurinia<br />

rerum & historiarum copia refertà Ioanni<br />

huius nommis tertia inuiéfesimo Lusitaniarum<br />

rfegj" nuncupata Antoneo Lodouicó '^lyssfporsi<br />

medico awcTtoré.<br />

Ulysbonae. Apud £.pgãoitw» Rotorigik Ty-<br />

: pographu. M. D. X X X I X . In-l9|<br />

Pnrn'effa obra, segundo' erêmos, sahida da sfficma do<br />

afamado impressor LuiztBAttM§|||efta impressa'^» fcarac^eres ;<br />

H H n n s i g a i ij^v^oí<br />

v^'^vJrt^^ctimqJll^Xpressa Ribeií^te'San - ^, tratando d/este<br />

' typogíapho ' , . . . •<br />

•« Kite iU'Htri: iiiu^ííor. qiife residiu em Li^íp/. tem nas,.<br />

íC eíbrâS Sqiuj * * (WtituloRn^í^ftontestaTéis para ser<br />

quallfi^do^entÀ os tófts' ti pBgragfcos do tieu tempj ainda<br />

i " ''HM^Bnefeuub as suas edições, eMre^Ji®hàÃJ*distM3guem:<br />

muito as seguintes:... »<br />

. Sa primeira (pefÉi^é a P^nagpitcu. Oratio, quê temos<br />

presente n , f*<br />

MB útufjiá&WtíMié umafbfclla portada gravada em<br />

madeira^ ~, *<br />

No v. Ha fl.iBs^i^i'^^ms&ad lectt>r£frt~<br />

aíérn dé. I." fl. inn., (kg xLiiíj<br />

íf. mmí. R^H N^^^^^^^fima ^ ida. .a<br />

• div " ,f ^ a^gi^'ii^i^^^^de Ligf||íi| que usava de pôr<br />

no fim dd'suaf li ^ 1 i^I^.expirime Ribeiro i • ^ .i ^ l.<br />

& ' o u drag.à||;om ^ai^ ,exten


297,<br />

Nosso exemplar faz parte do tomo i.° dos Elogios oratorios,<br />

é poéticos dos reis, rainhas e infantes de Portugal, collegidos<br />

por Diogo Barbosa Machado,.<br />

Esta preciosa collecção, como já temos dito, foi offerecida<br />

por Barbosa, á Real Bibliótheca d'Ajuda, d'onde nos veiu,<br />

trazida por El-Rei D. João VI.<br />

N.° 115. — Statutos & constituyções dos virtuosos<br />

& reuerendos padres Conegos azuys do especial<br />

amado discípulo de xpo & seu singular<br />

secretario sam Joã apostolo & euãgelista, & ho<br />

fundamento de sua apostólica & muy louuada<br />

congregaçã da clerizia secular reformatiua<br />

em a obseruãcia de siia vida.<br />

In-fol. goth.<br />

O titulo, em uma portada xylographica, é impresso com<br />

tinta preta e vermelha.<br />

Fl. 2. a r. — Prologo.<br />

Fl. 2." v. á 4." r. Tauoada.<br />

Fl. 4. a v. — Uma estampa gravada em madeira, téndo<br />

no . centro uma allegoria á Igreja e em volta os doze Apostolos.,<br />

O texto consta de 52 ff. numeradas de um só lado.<br />

No v. de fl. 52. a a subscripção:<br />

« Forã impressas estas cõstituições por mandado do muyto<br />

virtuoso & Reuerendo padre ho padre Frãcisco de sancta Maria<br />

sendo Rector geral com consentimento & lugar do capitulo<br />

& padres que pera as mandar imprimir lhe dera primeyro. As<br />

quaes foram impressas ê casa de Germã Galharde imprimidor.<br />

Acabarõ-se aos xxv. dias .do mes Dagosto. Anno de. M. D. XL. »<br />

E edição muito rara. v<br />

Ribeiro dos Santos, no tomo vin das Mem. da Litt. Port.<br />

dá- a esta edição, sem duvida por inadvertencia, a data dé 1543.<br />

« Foram reimpressos, diz Innocencio, os referidos estatutos,<br />

em Lisboa, no anno de 1804, de mandado da respectivá congregação,.<br />

sendo reitor geral o P. Antonio José de Faria. Os<br />

exemplares d'esta segunda edição são no mercado tão raros<br />

como os da de 1540. Deu-se nella uma equivocação' assaz<br />

galante. O compositor typographico, ao ter de reproduzir o<br />

nome do impressor da primeira edição, confundiu de. tal modo


298,<br />

O G com o B, tomaiido este por aquelle, que compoz Berna<br />

Balharde em vez de Gerínã Galharde, e tal qual se imprimiu,<br />

porque o revisor, que não estava mais adiantado que o compositor,<br />

dçixou passar o engano, em que só veiu a attentar-se<br />

muito deppis da obra estampada. »<br />

De Germão Galharde, escfevé Ribeiro dós Santos o seguinte<br />

:<br />

« Germãp Galharde (que diversamente se acha escripto<br />

Gailharde, Galharde, Galhard, e Gaillardo) foi francez de<br />

nação, e veiu a ser impressor régio desde o anno de 1536, ou<br />

talvez antes > a sua oflicina se acreditou por uma das mais<br />

illustres do s£u tempo. »<br />

ÜÈm ségüidâ enumera os sèuá pfiíicípáçs trabalhos.<br />

A darmos credito á Bárbosá, foi autor d'estes Siafutos,,<br />

ou D. João Vicente, ou então Pedro de S. Jorge. Elie attribue<br />

a obra a ambos.<br />

O exemplar da t. â edição, que expoítios, pertenceu á<br />

Real Bibliotheca. .<br />

35 0 J¡A . N.° 116.É&- A paixã de Jesu xpo fiossò deos &<br />

sñor assi como a escreuê Os quatro euangelistas<br />

; & como a decrarã os sanctos: & doctores<br />

catholicos.<br />

In-4. 0 de 62 ff. num.<br />

O titulo, que acabamos de escrever, vem dentro de uma<br />

portada e embaixo dê' uma vinhetâ 'mui bem gravadas êm<br />

madeira.<br />

Nâ versó d'esta fl., a licença para a impressão, de Frei<br />

Hieronimo dazambuja, datada de 15 de Fevereiro de 1551.<br />

A Tauoada do que contem esiè- tratado occupa a fl. seguinte.<br />

.No r. da 3.* fl., ó titulo dos tres tratados dê que se<br />

.. compõe o livro. No v., uma excellente estampa com a imag'em<br />

do Senhor Crucificado. -<br />

Nas fi". 4. a , 5. a e 6. a : «Proemio pera veremos como he<br />

verdade que déos morreo por nos & quanto lhe deuemos por<br />

esta obra. »<br />

A parte ou tratado termina no v. da fl. 45.<br />

Fl. 46 inn. r. : « Elegia a Madanela» (sic)Y}.<br />

Fl. 47 inn. r.: « Outra elegia a madanela de outro autor.»


299,<br />

Fl. 49 f. : « Tratàdo dôS ptoveitos qUë verri ads homes<br />

de Serem mertibros dé Iesu xfto nosso sefior, & quàrn nécéâsaria<br />

cousa he comesaremos nossas côntemplaçôes polia sua<br />

I gâcfàtissima humanidade. »<br />

- De fl. 58 v. a 62 V. : « Breve aparelho pera receber 0<br />

saiictissîmô sâcraméilto tifado dasdoctas &' ftiuit'ô deudtas<br />

meditiiçôes do padre frey Luis de Granada- »<br />

Intlocèncio daSilvâ, dêpois dé descrevef 0 priitteito titulo,<br />

diz : « Tal é a descripçâo que d'esté rarissittlo livfo nos<br />

dâ Pedro José da Fonseca â pag. 165 do seu Caictlogo dos<br />

autofes, collocado por elle â. frente do tomo e unico do<br />

Diccionario da lingua portuguê2a. »<br />

Sobre esta tarissima èdiçâo, e probabilidades de âégùridâ<br />

é terceifa, vidé o iftesïno Innocencio, Dicc. vol. 6.° pag. 333.<br />

.. Nossb exemplar estâ em muito regular estado de conservaçâo,<br />

$ pértencëu â Real Bibliothecâ.<br />

N.° 117. —-• Este libro he do coineço da historia<br />

de nossa redençam, que se fez para consolaçarn<br />

dos que nam sabë latim. Pede a Au tor<br />

delle aos lèctôres que com charidade lhe digam<br />

por amor de Deos hu Pater noster polla aima.<br />

M. D. LXX.<br />

In-fol. de 2 if. imi.-içi pp.<br />

, Este titulo estâ dentro de uma portada gravada em<br />

madeira, e no centro vê-se uma vinheta representando N. Senhora,<br />

tendo ao collo o menino Jésus.<br />

No da fl., de rosto, a licença para a impressâo concedida<br />

por « Frey Hieronymo da Azâbuja, Mestre na sancta<br />

Theologia & deputado polio Senhor Cardeal Iffante & Inquisidor<br />

geral nestes Reynos de Portugal... A. 9. de Iulho.<br />

De 1551. », ' • • _ •<br />

Na fl. 2. a : « A Muyto e Excellente Princesa, .& serenissima<br />

Senhora Iffante Dona Maria filha do muy alto & inuenciuel<br />

Rey dom Manoel da gloriosa memoria. loam de Barreira<br />

Imprimidor. S. »<br />

1 Nesta dedicatoria Joâo de Barreira déclara que a obra é<br />

de « dona Lianor de Noronha filha de dô Fernando Marquesde<br />

Villa Real tam affeiçoada ao seruiço de V. A... »<br />

Segue-se -.o/ftexto, e no fim a subscripçâo/. « Em Lisboa.<br />

Por Joam de Barreira. Impressor del Rey. M. D. LXX. »


300,<br />

A i. a edição d'esta obra é dé Lisboa, Germão Gálharde,<br />

1552. Ha uma segunda parte'cóm titulo especial, impressa em<br />

em Coimbra, por João da Barreira, 1554-<br />

Innòcencio dà Silva, em seu Diccionario, discute com<br />

muita lucidez e precisão o valor bibliographico d'esta obra.<br />

Referindo-se á 2. a edição, que é a que expomos e foi acima<br />

descripta, escreve ; .<br />

« A edição de 1570 era não ha muito tempo tida para<br />

alguns em conta de falsa, ou duvidosa... Falla d'ella o erudito<br />

Cenáculo nas suas Memorias Históricas, pag. 270, dizendo que<br />

este raríssimo livro fôra impresso ém Lisboa em 1552 e 1570,<br />

havendo-se dado a licença para se imprimir em 1551. E adiante<br />

diz:,que pela edição do anno de 1570 sabe-se que é autor<br />

d ? aquella excellente obra D. Leonor de Noronha. Donde bem<br />

claramente se infere que, tendo elle visto a edição de 1552,<br />

não achava nesta fundamento bastante para deduzir quem<br />

fosse o seu autor. - '<br />

« Ultimamente Ò Sr. Figaniere acabou de verificar o ponto,<br />

no que diz respeito á existencia da edição de 1570, de que<br />

muitos, duvidavam. Existia, segundo me afíirma, um exemplar<br />

na livraria das Necessidades, já depois removida para o palacio<br />

d'Ajuda...<br />

« Lembro-me de' ter visto, ha talvez doze ou mais annos,<br />

um exemplar d'esta obra (não direi cómtüdo de qual dás<br />

edições apontadas) em poder do finado livreiro Manuel Lourenço<br />

da Costa Sanches ; e o mesmo me disse aò fim de algum<br />

tempo havel-o vendido, se me não engano, pór 6$ooo. »<br />

O que se deve concluir é que ha noticia apenas de mais<br />

um exemplar em Portugal d'êsta raríssima edição, havendo<br />

pertencido o que expomos 1 á Real Bibliotheca.<br />

gZ N.° 118.—Os Lvsiadas de Luis de Camões.<br />

Com privilegio real.<br />

Impressos em Lisboa, com licença da sancta<br />

Inquisição âf do Ordinário: em casa de Antonio<br />

' Gõcaluez Impressor 15 72. In-4. 0<br />

Consta de 2 ff. inn. com o titulo, o privilegio, e informação<br />

do qualificador Fr. Bertholaméu Ferreira, e de 186 íf,<br />

numeradas pela frente, com o poema; caracteres itálicos.<br />

Apraz-nos transcrever as seguintes palavras do Snr. Tito<br />

de Noronha acêrca de Camões e dos seus Lusíadas; •


301,<br />

• « Em 1572 publicou-se em Lisboa um poema, que estava<br />

destinado a ter mais tarde uma reputação universal, resumir<br />

uma litteratura, e representar uma nacionalidade.<br />

. « Apezar dos seus defeitos, de todos os defeitos que accintòsamenté<br />

lhe têem descoberto, òs Lusíadas, são ainda uma das<br />

mais bellas, sinão a mais bella, das epOpeas modernas.<br />

« Todos, nacionaes e extrangeiros, continuam a reverenciar<br />

0 inspirado cantor dos nossos fastos épicos, o soldado audaz,<br />

quê legou á posteridade este famoso padrão litterario, este repositorio<br />

da lingua, este copioso estendal das nossas passadas<br />

façanhas., onde a par do mais grandioso patriotismo resalta a<br />

vasta erudição de um homem que foi grande no seu século, e<br />

que o continua a ser tres séculos depois.<br />

« Camões é uma gloria nacional, e si foram audaciosas as<br />

emprézas qué elle cantou, elle cantou-as com sublimidade condigna.<br />

« Pagou-lhe mal a patria, mas a posteridade tem saldado<br />

fartamente a divida, fazendo justiça inteira ao talento peregrino<br />

d'éste grandioso vulto,, creador d'este poema sublime, o<br />

mais grandioso, o mais grave, o mais novo dé quantos a Europa<br />

moderna tem produzido.<br />

' « Por uma coincidencia fatal, o cantor da patria morreu<br />

no anno em que esta era subjugada pelas hostes de Philippe II;<br />

mas si o paiz deixava de ter existência politica, si o seu cantor<br />

escondia a sua miseria n'uma sepultura iríais que modesta, á<br />

posteridade legava um monumento que o tornou bem conhecido<br />

è ã patria, os Lusíadas. »<br />

O Sfir. Dr. João de Saldanha, no seu Catalogo da Colíecção<br />

Cantonearía, presta também a este grande vulto da litteratura<br />

portugueza uma justa homenagem, péla fôrma que se segue:<br />

« Si as artes, as industrias, é as gloriás militares elevam<br />

o poder das nações, e sobre ellas esparzem o vivo brilho de<br />

üma civilisação aprimorada, as lettras, éloquente manifestação<br />

da intelligencia e da razão, sobre tudo as engrandecem, e lhes<br />

erigem para o porvir monumentos inda mais duradouros que<br />

a pedra e o bronze.<br />

«Os agricultores com os seus braços; os commerciantes<br />

com as suas ousadas viagens, enriqueceram Portugal; os artistas<br />

com a sua palheta ou o seu buril lhe aperfeiçoaram as formas<br />

elegantes e o romano perfil; os guerreiros com a sua espada<br />

lhe centuplicaram o poder, e rasgaram á sua ambição horizontes<br />

infindos; mas o Camões, o cultor das lettras, o grande<br />

épico, salvou do esquecimento todas estas glorias, talhando nos<br />

Lusíadas para o portico da immortalidade, o vulto athletico<br />

de Portugal. »


3Q3<br />

Nesta edição o titulo está mettido em portada de madeira,<br />

composta de plintho, duas çolumnas canelladas na metade inferior,<br />

e na superior um entablamento com


303,<br />

II. A edição de 1584, mutilada no texto, é a segunda.<br />

III. Posteriormente a esta ultima edição, e antes de 1585,<br />

se fez outra, subrepticiamente, similhante em tudo á primeira,<br />

com a mesma data, mas com algumas variantes e diversa orthògraphia.<br />

Os princípios em que o aütor assenta estas conclusões são,<br />

em resumo, os seguintes:<br />

Os primeiros editores e commentadorês? como Pedro de<br />

Mariz, Manuel Corrêa, Manuel Severim de Faria, e Faria e<br />

Souza, referém-se a uma edição única;<br />

•Foria.e Souza, só mais tarde, em 1685, é que distingue<br />

duás edições; .<br />

• Depois de Faria e Souza- assentou-se que houve duas<br />

edições. dos Lusíadas em 1572 ;•<br />

O impressor Antonio Gonçalves era pouco diligente; no<br />

mesmo anno de 72 publicava. ainda outra obra, a Primeira<br />

parte 'do Compedio da chroniça do Carmo, folio, de 242 pp.,<br />

e não é de presumir que se affoitasse á reproducção de um<br />

livro que, parece, nãp foi/grandemente considerado;<br />

A producção do livro foi neste anno pvuito restricta ;<br />

A guerra feita ao poema pelos Caminhas, Bernardes, e<br />

outros litteratos do tçmpo, havia de naturalmente influir sobre<br />

a açceitação dos Lusíadas;<br />

A epocà era pouco asada para çmprehendimentos litterarios,<br />

pelas causas de mais-conhecidasj<br />

As variantes entre as duas edições ditas de 1572 não são<br />

tão notayeis que se possam attribuir ao autor j<br />

A pretendida segunda edição é tida como a mais correcta,<br />

e também feita sob a vista do autor, não só a temos por isso,<br />

mas, o que é mais, como a primeira, e a única pelo autor<br />

vif ta; .<br />

A chamada primeira edição éuma falsificação feita em 1585,<br />

para a curiosidade dos amadores que estavam indignados pelas<br />

mutilações que havia soffrido o poema na edição de 1584;<br />

A orthographia das duas edições não é idêntica; isto<br />

prova que a§ edições sahíram de prelos diferentes, visto não -<br />

ser plausível admittir que um impréssór,. no mesmo anno,<br />

tivesse duas fôrmas de orthographâr a mesma obra, e além<br />

d'isso se esquecesse de dizer que a 2. a era uma nova edição,<br />

que a podia fazer, visto para isso ter privilegio poi* 10 annos;<br />

A põrtada e os typòs .de que se serviu A. Gonçalves para<br />

os Lusíadas são os mesmos que foram de Germão Galharde e<br />

que serviram para a impressão do Summario de Lisboa e<br />

outras obras, e nestas o pelicano está com o rosto voltado para<br />

a esquerda.


304,<br />

São -estes os principaes argumentos do Sfír.' Tito de Noronha.<br />

Expostos assim em esqueleto, despidos das galas da<br />

erudição e da linguagem, crêmos que basta apresentai-os para<br />

reconhecer-se que a sua força é maisapparente que real ; que<br />

repousam tão somente em presumpções;" que lhes falta a evidencia,-<br />

que impõe a^convicção, a certeza.<br />

A algumas das razões o proprio Snr. Noronha se encarrega<br />

de responder. Diz elle que não é provável que no mesmo<br />

anno de 1572 se fizessem duas edições dos Lusihdas, porque<br />

não havia necessidade d'isso, visto que o poema não' era procurado.<br />

Entretanto na pag. 78 diz: «Publicou-se a i. a edição,<br />

çòm privilegio por dez annos: a edição esgotou-se,\: .ou, por<br />

ser pequena a tiragem, ou por terem ido exemplares para a<br />

índia ...,» • -<br />

A principal razão em qué se funda o Snr. Noronha para<br />

affirmar que a chamada segunda edição é que é a primeira,<br />

está em ser ella mais correcta que a chamada primeira.<br />

O capitulo viu de seu excellente trabalho começa com<br />

estas palavras: « Temos ppr certo que em 1572 não se fez mais<br />

do .que uma edição dos Lusíadas, e também nos quer parecer<br />

que o autor não viu provas ... »<br />

Si o autor não viu provas,, como quer o Sfír. Noronha<br />

tirar argumento da maior correcção da chamada segunda para<br />

affirmar que ella é que é a primeira, por isso que, foi corrigida:<br />

por Camões? Além de que, o argumento é contraproducente.<br />

Pòr asso mesmo que a segunda é mais correcta é que não tem<br />

probabilidade de ser a primeira. Em regra, são âs primeiras<br />

edições ás.-menos correctas.<br />

Da sua própria obra extrahimos ainda as seguintes palavras<br />

do douto acadêmico Trigoso: « Nada ha mais ordinário do<br />

que emendarem-se em uma segunda edição os erros em que<br />

setemcahido na primeira ; aproveitarem-se' os autores das criticas<br />

qué se fizeram, e melhorarem por meio d'estas a sua obra:<br />

assim quando são ellés os que fazem uma e outra edição, quasi<br />

que pôde haver certeza de que a ultima é preferível. Guiados<br />

por estres princípios é que sobretudo nos persuadimos de que<br />

a edição a que Manuel de Faria, o Padre Thomás, e i><br />

Sr. D. José Maria de Souza chamaram primeira, realmente<br />

o é, porque a achamos bastante inferior á outra. »<br />

As asserções — que se não deve presumir, que um impressor<br />

orthographe a mesma obra. por dois modos diferentes no mesmo<br />

anno, e -^ qpe se esquecesse de dizer que a 2* era uma nova<br />

ediçãoy visto que pard isso tinka privilegio por 10 annos, não<br />

são também procedentes.<br />

Porque um impressor, no mesmo anno, não pôde ortho-


305,<br />

gfàphar a mesma obra por duas fôrmas différentes? Qual o<br />

obstáculo? Nas edições' antigas, e ainda nas modernas, não se<br />

vêêm as-mesmas palavra^ orthographadas de modos différentes<br />

até na mesma linha? ;.J<br />

O privilegio concedido por ïo ãnnos para a impressão da<br />

Obra, não isentava o autor e o impressor das difficuldades e<br />

delongas de no.yo exame ou censura,: ca^o quizessem reimprimir<br />

a obrá. Está, como* pensam muitos, pôde ter sido a causa<br />

de haver, ©'impressor omittido a declaração de 2. a á nova<br />

"edição.<br />

" ^, Não' nos parece provável que 'Gamões tivesse corrigido e<br />

dirigido pessoalmente a impressão da chamada segunda edição ;<br />

mas,' a semelhança que existe entre as duas faz-nos crêr que<br />

sahiram' ambas das òfficinas ' de Antonio Gonçalves no arino<br />

de 1572. A hypothese aventada pelo Snrt Noronha de haver<br />

sido reimpressa a obra "em 1585, com os mesmos typos'comprados<br />

a Antonio Gonçalves, não tem a menor probabilidade.<br />

No ilargo espaço de tempo de; treze annos, (estes typos, oü ;esT<br />

tariam completamente inútilisados, ou já muito gastos ;; ë,<br />

quando não estivessem, não é de presumir que, em mãos de<br />

outra, pessoa, tivessem produzido uma obra tão semelhante á<br />

^primeira.<br />

Por ultimo,: a razão de • estar no Summariò de Lisboa o<br />

pelicano cOm o: collo voltado para a esquerda, e dever estar<br />

assim na i. a edição dos Lusíadas, não é valiosa. Não ha<br />

duvida que se fizeram duas portadas : uma tem o pelicano<br />

com o rosto voltado pata à esquerda, "outra o tem-com o rosto<br />

voltado para. a direita.. : E certo também, como diz.;©' Snr. Noronha,<br />

que a que foi empregada no Summario é a que traz o<br />

pelicano comisgr collo voltado para a esquerda:; Qual d'ëllâs,<br />

porém, foi empregada na i. a "edição e qual ná 2, a ? É este<br />

• exactamente o ponto da duvida, que o Snr. Noronha não reçoive.<br />

A razão que dá - não é 1 bastante para affirmar-se.: qüe a<br />

¡ chamada segunda edição. ,é. qüe é á primeira, por isso que<br />

tem. o pelicano- com o rosto vOltãdo para.a esquerda.<br />

f Em um ponto- estamos de perfeito accôrdo com o Sfír. Tito<br />

de Noronha.: é quando S. S. a combate a opinião do CoiiselheiróKJqsé<br />

Feliciano de Castilho; que entende que,'com a<br />

data de 1572, houve talvez quatro, e pelo'menos très edições.<br />

Em verdade, a explicação que dá o Snr. Noronha das variantes<br />

encontradas pele?' Conselheiro Castilho é muito plausivèl : «As<br />

differenças.qüe por ventura se popsam encontrarem exemplares<br />

semelhantes' provém de se terem Baralhado cadernos ou mesmo<br />

folhas dos dois exemplarps, Ou mesmo de se haver entresachado<br />

em exemplares incompletos quaesquer folhas de edições pos-


306,<br />

ísriores fe- parecidas. Por 'esta »©rmi; -duas ^di^ñes podem<br />

.parecer tres oui : -qmã?r©.j,-e mãis até,,-por-;nã^;cpnférirém exactis*<br />

iiui.mitm'1- 1:111 íèâ^ 1 Sí^à^'^ um<br />

M Com OrSenitf^s^íTSÇ.P mesmocaso<br />

ternos vistor exemplares cõW livros de edições diversas,<br />

mas 'formando uin todo corai'tíl^fo,/»<br />

Os exemplarei da H^ünda edição,que a lÍLblrathcta<br />

cionaV êXpõe .soti, o n.° iiSrsâò tão r:iros e estimados» como<br />

• •.' Q : nosso pé'ítérii éa: a $P,.. .Biego -de Roe be 11' y' de S o<br />

cuja aisiglialura aútógrãpha .'se pdda lêr na folha de rost&, logo<br />

abiixu dã' data 15.7=; Épi ; comprado ||MM R.unV. Galvão<br />

aò 1 Sñr B'.- 1.. Garnier pela '-'qua n tia de 1 405:5;00'0 rs.<br />

N.° 119. -- Orthosjraphia da lin^va |)orlv,t;vez;t.<br />

, Olira vtil, & nejeessafia, assi pftra 'beift<br />

•feireuef a htlg-Od Hespanhol, como a Latina,<br />

& quMsqiier outras, -que da > Latina K m origem.<br />

Item, hvitn tractado dos. pontes das clau-<br />

, sulas. Pete/ Llcericiado Duart|i Munez da:<br />

Uao.;<br />

Em Ligfaa.por ./yE^fe<br />

pressor del M. D\ LX^VI. In-4,'<br />

Li vro' rnirito ram 'e .hem im'presso; - cqn'staiido' de 4 ,ffpteliiri:.<br />

e ,718 if;, nnrn de urn so !ado. .•..'".;•'•• ,-. "- 1 .<br />

Nb; c&tro'\ da' ft. ami!.\mlicta' em ftrijia:<br />

dvti^ifptn eeta legsnda em volti? Omnia<br />

NaSr • fl as hcun^a» dtitadas de. isi4,ii 1576<br />

--N^j v. da 2.' 11. o r-riviiivio. • '<br />

¿irtai'dr Pi4rte<br />

selheiro da Silva. ^¡¿-.'^'i •<br />

' Piz-noS 7 Innocencio, esfrnladai «<br />

lerabra rios.i.-que no 'Catagg|> de livftts e. pttrtuguezes<br />

.d'e Salva yem; menctonada ia a nota da<br />

rarissima.<br />

F01 de Dlogo Baibosa Machfdbf de cujaJ; toacs p^aisotl<br />

ptti-a a. Real Bibliothec^^^


307,<br />

N.° 120» — Historia da prouincia sâcta Cruz a<br />

: quë' vulgâf rftête' ehafflamos BraSil feita poï 1<br />

Pëfo dê Màgalhaès de' Gàndaûb, dirigida âô<br />

muito Ills, snor Dom Lionis Mg gouernador<br />

que foy de' Malaca & das mais partes do Sul<br />

aà Ihdiâ.<br />

In-4; 0 de 48 if. num. pelo r» com 2 est. intërc. no texto.<br />

m a dè rosto as arin&s dos Peféiiâs. (In-fine i) Mpresso<br />

ém Liiboà-, nû offi'cinû ûè Affî'ohio Gôhsalu>ez>. -Awtoô 'dë iffâ.<br />

Ô Dr. RàniiZ Oàlva'ô ii©!s ÂnhUès 'âà Bîbtiotheéà Nucî'ohàî<br />

fez d'este exemplar à seguinte exacta descripçâO i<br />

i «O titulô, assim como a portada do frontispicio, é 'todô<br />

àberto a buril por artista que ahi mesmo se subscreve com as<br />

iniciaes i. 1. Contém.: o titulo : no v. d'esta folha—as<br />

licenças (sem a deçlaraçâo de Vendeuse ern casa de Joâo<br />

lofiez liureiro nà rué noua—):} ,tercettoë de Camôes ad. LioiîiS<br />

Pereira; um soneto do mesmo autor ao vencedor de Malaca ;<br />

a dêdicatôria de Gàndavo; prologo ao lector,, e finâlmènte a<br />

Historia 'dividida ém 14 ¡éâplttdos.<br />

« Antecedê- ao cap. iii" Uffiâ pequêfiâ' graVUîâ ou ante?<br />

uma vinheta Xylographicâ rtëprese'ntàndo a friôrte que davam<br />

os indigenas brazileiros aos prisioneiros. A estâînpa, que<br />

O'Cèoîfè nô V. da fl. 32, tfett-àta 6 mdiiâtro rtiàrinho, a que<br />

àllùde o autoi nô cap; çt è<br />

« Figanière e Innoceflcio, hâo sàbemôs coin que fundament©,<br />

assignam ao volume , 3 if. inn. - 43 ff. num. pela<br />

frente, . é acçresçentam âs licenças a nota de — Vendeuse de<br />

qti'e 'aôima se Mlotl.<br />

. « A Historia de GandavO é liyro rarissifnd, do quàl së tiio<br />

éonhecêm mais de doië exèmplares : este, e o que pertenceu<br />

a TèrnauxiÇompàns, de cujo destino nâo havémos conhecimentOi<br />

« Foi reptbdûzido em Lisbda^ na Typ\ da Acad. Heal das<br />

Sciendas, i8§8j in>4.° de xx-68 pp« coin i;.'est., segundo<br />

uma copia ri\èc. ' que d'.ella fcxistia na bibliotheca da ftiesma<br />

Academia, e é ô n.° 1 i 1 ,dô. tomo ï- 0 da Càllecçâo de opuscules<br />

reimprèSSos: relatives â kistona das nttvegaçèes, vittgem 2<br />

cènqùistas d'oS Portugueses'.-<br />

«.No mësm© anno, 1858 pagavâ 0 Brazil justo preitô.de<br />

homenagém ao Seu primeiro c^ronista, reimprimindo por ( sua<br />

vez a obra de Gandavo no tortp xxi da ReVista do Instituts<br />

Histvrico è Geographicô Brazileiro, Onde a poderâo açhar os<br />

"•mm


308,<br />

curiosos, dé pag. 367 a 430, corri uma est. lithogr. na Lith.<br />

Imp. de Ed. Rensburg. Para esta reproducção serviu o texto<br />

original, que temos á vista e ora se descreve cómo joia inestimável<br />

da Colleççãò Barbosa Machado.<br />

« Todavia, muito antes de Portugal e do Brazil, já Ternaux<br />

-Compans, apreciador intelligente do valor d'este precioso livro,<br />

ò havia feito conhecer' traduzindo-o para françez é incluindo-o<br />

no tomo 11 da collecção intitulada Voy ages, relations et mêmoires<br />

originaux pour servir à V histoire de la dêcouverte de.<br />

PAmérique. Paris, Arthus Bertrand. 1837, in-8- 0<br />

« Força é porém confessar, que nem esta tradUcção é de<br />

todo irreprehensivel, nem as reimpressões portuguezas de 1858<br />

foram feitas com a desejável fidelidade. Livros d'estes photographam-se,<br />

não se reimprimem á carreira e com descuidos<br />

de copia. »<br />

3 D. N.° 121. — Rhythmas de Lvis de Camoes, diuididas<br />

em cinco partes. Dirigidas ao muito<br />

Illustre senhor D. Gonçalo Coutínho. Impressas<br />

com licença do supremo Conselho<br />

da geral Inquisição, & Ordinário. -<br />

Em Lisboa, por Manoel de Lyra, Anno de<br />

M. D. LXXXV. A custa de Estevão Lopez<br />

mercador de libros. In-4. 0<br />

Diz p^/Sr. Dr. João de Saldanha em seu Catalogo da<br />

Collecção Cdmoneana:<br />

« Editio prinCèps das rimas de Luiz de Camões. Os<br />

exemplares são muito raros. » .<br />

Na pagina de; rosto tem uma vinheta com uma arvore no<br />

centro e* esta,- legenda: « Mihi Taxvs. » Do lado esquerdo<br />

uma figura de mulher sustentando um ramo. Do lado direito<br />

outra figura de mulher sustentando um espelho. No verso d'esta<br />

pagina traz âs licenças: i. a , de Fr. Manuel Coelho ; 2.% do<br />

Bispo d'Elvas, de Diogo de ; Souzã e ;de Marcos Teixeira, dár<br />

tada de, Lisboa, 17 de Novembro fde 1594/ No- v. da fl.<br />

seguinte vem O privilegio | concedido por Philippe II,. pelo<br />

tempo de dez arinos, a Estevão Lopes para imprimir varias<br />

Rimas poéticas de Luis demCáftiões, que inda não forão impressas...,»<br />

No v. d'esta fl. e na Iseguinte vem a dedicatória


309,<br />

de Estevão Lopes a D, Gonçalo Coutinho, datada de Lisboa,<br />

27 de Fevereiro de 1595, na qual allude ao real serviço feito<br />

ao poeta por este fidalgo...<br />

Todo o volume contém 182 ff.<br />

Esta edição, devida aos. cuidados do douto Surrupita,<br />

não é, como nos diz píSñr. Visconde de Juromenha, muito<br />

correcta, o que se devé attribuir ao escrupulo que teve Surrupita<br />

de emendar estas poesias, apesar de as achar viciadas<br />

pelos copistas.<br />

Traz na guarda esta nota a lápis, posta provavelmente<br />

pelo livreiro Trübner: Sir William Tite' s copy sold, May<br />

20th.,*, 1874,'for £ 30.<br />

« Foi Manuel de Lyra, diz o illustrado autor das Mem.<br />

de Litt. Port.y mui nomeado entre nós pelas muitas edições<br />

que produzirão seus prelos. Entre outras merecem aqui particular<br />

memoria a da Entrada que em Portugal fez D. Philippe I de<br />

Portugal por Isidoro Velasques em 1583... a dos Cercos de<br />

Malaca de Jorge de Lemos 1585... a da Tragedia múy sentida,<br />

e elegante deD. Ignes de Castro em 1587, 12, que he a mesma<br />

de Ferreira com alguma alteração, sem nota de lugar, edição<br />

raríssima... a da Elegiada de Luiz Pereira dé 1588... a do<br />

Discurso sobre a vida e morte de Santa Isabel Rainha de Portugal,<br />

com outras.varias Rimas em 1590... a do Reportorio dos<br />

tempos At André de Avéllar, tambemv em 1590 ;sem nota de<br />

lugar... Obras de Francisco dé Sá de Miranda 1595... Regimento<br />

do Auditorio de Évora 1598. »<br />

O nosso exemplar das Rhythmas traz o ex-libris J. E. G.<br />

Rebello da Fontoura. Foi comprado pelo Dr. Ramiz Galvão,<br />

ex-Bibliothecario.<br />

N.° 122f|f- Constitvições do Arcebispado de Goa. ¿Of J<br />

Approuadas pello primeiro Prouinçial.<br />

Em Lisboa. Impressäs, cõ licença da Sane ta<br />

Inquisição. .1592. Soli Deo Honor.<br />

* Esta raríssima edição já foi estudada e deScripta pelo Dr.<br />

Ramiz Galvão no ,i. b vòl. dos Annaes da Bibliotheca <strong>Nacional</strong>.<br />

Pédimos-lhe venia para reproduzir aqui algumas de suas palavras<br />

:<br />

« Á pag. 102 do tomo li de seu Diccionario Bibliographico<br />

diz Innocencio: • ' : ¡


310,<br />

« Ç> P. Tosé Caetano de Almeida nos seus apontamentos<br />

« manuscríptos á que tenho já alludido algumas vezes, affirma<br />

« que na bibliotheca de D. João V. vira um exemplar das Consti-<br />

« tuições de Goã, impresso em Lisboa em 1592; d'esta edição"<br />

(f não me consta que exista ao presente algum, quer nas livrarias<br />

« publicas, quer nas dös particulares, que pude consultar nesta<br />

« èidadeC ».<br />

« Esta duvida levantada pela expressão do illustrado bibliographo<br />

deve hoie passar para o dominio das noticias verdar<br />

deiras e incontestáveis. Existe de facto a edição de 1592, e a<br />

Bibliotheca <strong>Nacional</strong> do Rio de Janeiro se ufana de possuir<br />

um dos' poucos exemplares que restam d'ellä, si ê que por<br />

ventura algum outro existe em local até aqui não determinado.<br />

« Eis a sua descripção:<br />

« Ô titulo acima transcripto está dentro de uma tarja elegantemente<br />

gravada e coroada pelo escudo' das armas, de Portugal.<br />

• .<br />

. ..« É um vol. in-foj. peq. eom assinaturas de &.% contendo<br />

94 folhas.» a saber:.<br />

«Foi i. a o titulo- . 1<br />

« idem v,: as licenças assignadas por Frey fierthefameu<br />

Ferreyra^ ¿%wt(miß de Mendia e Diogo dç<br />

e > embaixo,<br />

duas vinhetas, representando O Senhor Crucifiçadq e N- da<br />

Çon'çeição.<br />

« Foi. 2.® Prologo.... v<br />

« Idem v,: Álvara, dç Arcebispo (D. Jorge Te.mu,do)^ e<br />

Decreta dç. pr-wieim -ÇencUiç. jptwinml sçêtç as.<br />

(em latim e em vulgar).<br />

"Seguem-se: os « Titulos »3 os «Cânones Penitenciais»; os<br />

« Casos reservados ao Papa»; os « Casos da Bulla,'da cea do<br />

senhor qtíei cada anno se. publicam em Roma na quintafeirav'de<br />

laua pees,,-quç sam mais estreitamente reseruados' a<br />

sua Sanetidade. » Depois vem: o | Primeiro Concilio Provincial<br />

celebrado em Goa, no anno de M- D, LXYII. » Termina<br />

q vyqi, com duas bulias de Pio IV e a «Tavoada»-<br />

« Estas Constituições, continua o Br- R- Galvão» feitas por<br />

D. Gaspar de Leão, prime'iro arcebispo de Goa, e ápprovadas<br />

pelo Concilio ' Provincial d'aquella cidade, sahiram pela primeira<br />

vez á lume em 1568; d'esta edição princeps existe um<br />

exemplar na Bibliotheca <strong>Nacional</strong> de Lisboa. • . ^<br />

« A segunda impressão é a vde 1592, cUjá existência Confirmamos<br />

no presente artigo; não consta que èxista em Portugal,<br />

•e pode bem ser que nao reste outro exemplar além do nòsso.<br />

O proprio'' Ternaux-Compans não na cita em sua estimada


Sil<br />

Bibliothèque Asiatique, quando é certo que teve conhecimento<br />

da edição de 156,8.<br />

IH « NossO "precioso exemplar, posto que victima doS insectos<br />

damninhos,') está perfeitamente legível . e pode dizer-se salvo.<br />

Pertenceu á Sé de Cochint, como se deprehendé .dê uma<br />

nota msc., que figura na fl. de rosto; talvez mais tarde ao P.<br />

Domingos Pereira, cujo nome achamos em dois lugares do<br />

volume, e, ultimamente, á Real, Bibliothecà, donde se passou<br />

em 1&08 para o Rio de Janeiro com os mais livros d'aquella<br />

procedencia. »<br />

Innocencio cita ainda uma terceira edição, que não viu,<br />

descripta por Pedro José cia Fonseca, assignalando-lhe a data<br />

de 1643, e cujos exemplares são assaz raros. E exacto; apenas<br />

em um ponto se engana P. J. da Fonseca: á data d' esta edição<br />

1649 ç.não 1643.<br />

Estè engano foi devidamente corrigido no Supplemento<br />

do Diccionario de Innocencio, '<br />

Temos d'ella um exemplar.<br />

• Fez-se modernamente uma edição d'estas Constituições,<br />

corrigidas e accrescentadas por D. Manoel de S. a Catharina.<br />

Lisboii,, Imp. Regia, .1810, in-fol.<br />

• ; Em duas palavras r o exemplar que expomos sob o n.° 122<br />

é váliosissimo; talvez hão exista outro.<br />

N.° 123. — Svmmaria Recapitvlaçam da antigui- ^<br />

dade da Sé de Lamego, Bispos, & Christandadé<br />

delia; & da sua nobreza. Composta pello<br />

Dbutor Manoel Fernandez, Conego, & Leytor<br />

da escriptura sagrada na mesma Sé; & tirada<br />

do capitulo trinta & cinco.da,süa Portugueza<br />

flÜiseellariea.<br />

Com licença iMpréssa, em Lisboa, por Manoel<br />

de Lyra, 1596. in-4. 0 '<br />

Ó opusculo constá de 15 ff. sem numeração.<br />

, O titulo está dentro de uma portada gravada em madeira. •<br />

No verso da fl. do titulo a mfoimação de Fr. Manoel Coelho<br />

e a licença para a impressão assignada pelo Bispo d*Elvas,<br />

Diogo de Souza, e Marcos Teixeira. Na seguinte fl. vem à


312,<br />

dedicatória da obra a D; Antonio Telles de Menezes, Bispo<br />

de Lamego.<br />

Antonio Ribeiro dos Santos faz d'éste opüsculo menção<br />

muitõ súmmaria.<br />

'(-- rlnnocencio da , Silva diz:"• •« Copio aqui a indicação do<br />

rosto, • tal-, como a apresenta o snr. Figanière na sua, Bibliqgr.<br />

tida por . elle da Bibliotheca Publica do Rio de Janeiro,<br />

onde existe*um exemplar, que parece ser o .unicp hojé<br />

conhecido d'este rarissimo opusculo. » ;<br />

A vista d'estas palavras, pode bem avaliar-se o grande<br />

valor dOi exemplar, que a Bibliotheca expõé Sob já, n.° 123.<br />

Pertenceu á Real Bibliothecá.<br />

É v-fef Poemas Lvsitanos do Dovtor Antonio<br />

Ferreira. Dedicados por sev filho Miguel Leite<br />

Ferreira ao Príncipe D. Philippe nosso senhor.<br />

Em Lisboa. Impresso com licença. Por<br />

Pedro Crasbeeck, M. D. XC VIII. Com Priuilegio.<br />

A custa de Esteuão Lopez Liureiro. In-4. 0<br />

Primeira edição, muito rara e estimada. .<br />

Traz no centro da fl. de rosto a marca Ou divisa do<br />

impressor Pedro Graesbecek, assim descripta por A. Ribeiro<br />

dos Santos: « Pedro Craesbeeck, impressor de grande nome<br />

entre nós, tomava por armas .um escudo, e um gyra-áol voltado<br />

para o. sol, que do alto o attrahia, tendo na orla esta lettrá<br />

—• Trahit sua quemque valuptaste— Como se acha entre outras<br />

na edição dps. Poemas de Antonio Ferreira. »<br />

Na- fl.- 2. a : Offerecimento da obra ao rei por Miguel Leite<br />

• Ferreira.<br />

No v. da fl. 3." uma poesia de D. Francisco de Moura e<br />

outra dé Jeronymo Corte Real á Antonio Ferreira.<br />

Següe-se o. texto com 240 ff. num. SQ pela frente, e ãcaba<br />

com a Taboada, em 4 fF. inn.<br />

Para a biográphia de Antonio Ferreira j)ódé consultar-se<br />

Barbosa. Machado, Bibl. Lus., VQK ; pag. 272, Pedro José<br />

j. dá Fonseca, na segunda edição d'estes Póemás, e, Innocencio<br />

da .Silva, 'Dicc. Bibl. Port., vol. i.°, pag. 138.<br />

Para çómpletar a descripção do exemplar, transcrevemos<br />

as justas observações de Innocéncio: :


313,<br />

' •


314,<br />

A t ,- a edição dos; Poemas, que fiea acima descripta, foi um<br />

dos primeiros e mais importantes trabalhos sahidos de suas<br />

officinas. . "•, •<br />

0 exemplajr pertenceu á Real Biblio.thecà.<br />

3 S( Ot > N.° 125. — Discursos Politieos-Moraes, compro-<br />

. « vados com vasta erudição das Divinas, e<br />

ijflllj| '¿Gj o humanas Letras, a fim de desterrar do mundo<br />

os vicios mais inveterados, introduzidos, e<br />

dissimulados. Primeiro tomo dedicado ao 111<br />

e Exc, m ®; Senhor Sebastião José de Carvalho e<br />

Mello... Por seu author Feliciano Joaquim de<br />

Sousa Nunes, natural da Cidade do Rio de<br />

Janeiro.<br />

Lisboa^ tío, . Off, de Miguel Manescal da<br />

Costa. 1758, in-8.° '-f:<br />

Comprehende } 31 ff. in», com a dedicatoria, precedida<br />

• de uma vinheta; prologo ao , leitor; satisfação apologética;<br />

cartas encomiásticas, e versos dirigidos ao autor, Índice dos<br />

|f - sete discursos que se contêem no tomo; por fim, o texto<br />

com 369 pp., precedido de uma pequena vinheta.<br />

Diz, XuRocencio da Silva: « A historia d'este livro é assás<br />

curiosa. Consta que o autor viera do Brazil a Lisboa, trazendo<br />

comsigq o manuscripto da sua obra, já concluida, e que devia<br />

produzir ^não lei quantos volumes. Imprimiu o primeiro, e<br />

Julgando talvez que faria com isso a sua fortuna, dedicou-o<br />

ao primeiro ministro, esquecendo-se todavia dè consultal-o<br />

previamente e sollicitar a; sua acceitação. Indo porém apresentar-lhe<br />

o volume já impresso, o futuro Marquez de Pombal,<br />

que não soffria quebra nas regras da etiqueta, deu-se por<br />

; offendido, tratou-o com o maior desabrimento, reprehendeu-o<br />

severamente por dar publicidade a doutrinas anarchicas, e<br />

ordenou-lhe que voltasse sem demora para o Brazil, relevando-o<br />

dé maior peña que não fosse a de queimar desde'<br />

logo' todos os exemplares do tómo impresso, e o manuscripto<br />

dos seguintes! Assim partiu desappontado o pobre autor, 'e<br />

segundo sé affirma só tres exemplares impressos, que antecipadamente<br />

estavam já em. viagem para o Rio de Janeiro, escaparam<br />

á.¡destruição geral;.. »


315,<br />

Segundo Innocéncio da Silva, escaparam sómente três<br />

exemplares d-esta obra ;- assim, o que está exposto é uma ver-.<br />

dadeira raridade bibliographica.<br />

• , As doutrinas sustentadas pelo autor neste livro nem sempre<br />

são justas, nem exactas era suas applieações praticas. /<br />

O exemplar encadernado em marroquim vermelho- e com<br />

douradura neste e pelas folhas parece indicar que, coirj èffeito,<br />

o autor desejava offerécel-o a pessoa de distineção.<br />

Traz 0 çx-libris da Real Bibliòtheca.<br />

126. «h>-Q Uraguay Poema de José Basílio m<br />

da Gama nâ Areadia de Roma Termindo Si^<br />

pilio Dedicado ao 111.®® e Exç.®° Senhor Fran*- (ÍJt^.j^<br />

cisco Xavier de Mendonça Furtado secretario<br />

de estado de S. Magestade Fidelíssima,<br />

Lisboa na Regia Qfficina Typograficà.<br />

Ama M.DCCLXIX.<br />

In-8.° peq. de 3 ff. inn. - 102 pp. - i fl. inn.<br />

Primeira edição d'este -notável poema,<br />

; « Os exemplares d'esta edição, diz InnocenciO da Silva*<br />

vieram depois a tornar-se raros; ou porque o governo de<br />

D. Maria I, os mandasse recolher» como alguns affirmam ou<br />

porque o proprio autor, segundo dizem outros, procurasse haver<br />

a si todos os que podia, para inutilisál-os, com intento de<br />

afastar dos olhos do publico uma producção escripta sob o influxo<br />

de idéas e doutrinas,; que desagradavam altamente á<br />

nova Corte, «<br />

Hoje, os exemplares d'esta- edição ainda se tornaram mais<br />

rarqç.<br />

Garret fôrma àcerca do Uraguay este juízo : a O Uraguay<br />

de José; Basilio da Gama é o moderno poema que mais mérito<br />

tem na minha opinião- Scenag naturags mui bem pintadas, de<br />

grande é bella execução descriptiva ; phrase purâ e Sétíi afectação<br />

; versos naturaes sem ser prosaicos, e, quando cumpre,<br />

sublimes sem ser guindados j. não são qualidades communs.<br />

Os Brasileiros principalmente lhe devem a melhor coroa de<br />

sua poesia, que nelle é verdadeiramente nacional, e legitima<br />

americana. Magoa é, que tão distinct© poeta não limasse mais<br />

o seu poema, lhe não desse mais amplidão, e quadro tão<br />

magnifico o aeanhasse tanto. Si houvera tomado este trabalho,


316,<br />

dssappareceriam algumas incorrecções de estylo, algumas repetiçõesf<br />

e um certo desalinho geral, que muitas vezes é<br />

. belleza, mas continuado e constante em um poema longo, é<br />

defeito. »<br />

Este juizo vem transcripto nos 'Annaes da Imprensa <strong>Nacional</strong><br />

do Sfir. Valle Cabral.<br />

A primeira- edição brazileira d'este poema é da Impressão<br />

Regia i8ix.-'Em 1845 foi reimpresso por Varnhagen. Em sua<br />

opinião, « considerado com respeito á forma artística, este<br />

poema é sobretudo notável pela força da harmonia imitativa,<br />

e pelo talento com que o autor, perfeitamente iniciado no<br />

mechanismo da linguagem, sabe adaptar os. sons ás imagens.<br />

Assim o vemos fazer ás vezes correi» os seus versos fluidos e<br />

naturaes, -outras vezes, demorados de propositó, quando deseja<br />

representar distância, socego, ou brandura; outras finalmente<br />

precipitados, quando nos., quer apresentar imagens vivas ou<br />

audazes, e até finajmente nas descripções ^ de combates, e<br />

outras semelhantes, soube fazêl-os roçar asperamente uns com<br />

outros.»<br />

• José Basilio da Gama nasceu no arraial de S.' José do<br />

feo das Mortes, Capitania de Minas-Geraes, em' 1740, e<br />

morreu, em Lisboa a 31 de Julho; de 1795, sendo sepultado<br />

na igreja do extincto convento da Boa-hora.de Belem.<br />

O exemplar foi adquirido por permuta feita com o<br />

Sñr. Valle Cabral,«<br />

N.° 127. — Medicina Theologica ou supplica humilde,<br />

feita a todos os Senhores Confessores,<br />

Cj : 2'' v 1 5,0fí'O e Directores, sobre .0 modo de proceder com<br />

seus Penitentes na emenda dos peccados, principalmente<br />

da Lascívia, Cólera, e Bebedice.<br />

Lisboa : na, Off. de Antonio Rodrigues Ga*<br />

lhardo. 1794, in-4. 0 de 147 pp. - 2 ff. inn.<br />

Do extenso artigo publicado por Innòcencio F. da Silva<br />

sobre esta obra, extrahimós, por mais importantes, os seguintes<br />

topicos :<br />

« Para a impressão e publicação da Medicina Theòlogica<br />

precederam todas as formalidades requeridas nesta especie de<br />

processos, conforme a legislação do tempo: e havida : a compe-


317,<br />

tente, licença da Real Meza da Commissãp geral sobre o exame<br />

e censura dós livros, para a qual tinham passado em 1787<br />

modificadas e ampliadas as attribuições da Meza Censória, foi<br />

¿livro exposto á venda nas lojas dos livreiros de Lisboa em<br />

20 de Novembro de 1794. Levantou-se porém tal clamor contra<br />

sua doutrina*. por parte de muitos animoS pios e zelosos, que<br />

para logo a qualificaram abertamente de perigosa, e de heterodoxa,<br />

que as queixas chegarám até o throno, e o governo<br />

apressou-se. em dar prompta satisfação aos escandalisados. A<br />

obíá foi mandada recolher, e a Meza da Commissão geral<br />

dissolvida e extincta por decreto de 17 de Dezembro do mesmo<br />

anno, em teritfos nada honrosos pára os membros que a compunham.<br />

« Da prohibição do livro seguiu-se o resultado quasi inevitável<br />

nestes casos. Tomou corpo a fama da obra, e decuplou-se<br />

o valor dos poucos exemplares que por então escaparam ao<br />

Confisco.<br />

« Quanto ao autor, não se pouparam da. parte do ministério*<br />

e das autoridades suas subordinadas, diligencias para o descobrir,<br />

e, se fosse conhecido, é provável que lhe teria sahido<br />

cara a ousadia.<br />

« Hoje não ha perigo algum na manifestação do segredo.<br />

Diga-se pois, e fique de uma vez assentado que o autor da<br />

Medicina Theologica foi o medico brazilèiro Francisco de Mello<br />

Franca . Só cheguei a saber isto casualmente, mas por modo<br />

irrecusável. Em uns papeis que a fortuna me deparou, escriptos<br />

da mão do P. Joaquim Damaso, bibliothecario que foi d'El-rei<br />

D. João VI, achei esta noticia, 'com algumas outras, abonadas<br />

todas de verdadeiras ¡pelo caracter honrado e fidedigno de<br />

quem as escreveu. Corita elle, que o proprio Mello Franco<br />

lhe declarara no Rio de Janeiro ser sua aquella obra, mostrandó-lhe<br />

por esta occasião um exemplar d'ella, çom algumas<br />

correcções e copiosíssimos argumentos, a qual se propunha reimprimir,<br />

e sem duvida o fizera, si a morte sobrevinda entretanto<br />

lhe não cortasse a execução -d' este e de outros projectos.»<br />

Pelo que fica exposto, pode conclu,ir-se. que o livro exposto:<br />

sob o n.° 127 tem um grande interesse bibliographico.<br />

Quanto ao valor intrínseco, não diremos que o tenha, n.otando-se<br />

em toda a Obra um mixto, uma confusão de religião<br />

e de medicina, inexplicável' e injustificável.<br />

.0 exemplar pertenceu ao Sfir. Valle Cabral.


318,<br />

N.° 128. •—; ïgnez de Castro Episodio extrahido<br />

JjF, S i m m do canto tefdeifo do poema épico Os Lusíadas<br />

de Luiz dè Camões, Edição em quatorze línguas.<br />

Lisboa Imprensa Nationale 1873*<br />

tn-fol-. de 46 folhas innumeradas, contendo Um qüádro fcôïû<br />

o nome dos traductores é -coin a data ê lugat dás edições; e<br />

era Seguida a este quadro às tradutçóeà.<br />

O Snr. Dr. |ôao de Saldanha, no sèu Cdtàtogo du Còiktçúb<br />

Camoneaná, ànnota âsáim â presente èdiçáo :<br />

« Rica edição, impressa .em superior papel.<br />

« Antes da folha dó titulo çòmprehende i.jUma folha<br />

' com as seguintes palavras: « Luiz de Camões E^isódió dê"<br />

Ignéz dê CàstrO extrahido do canto têreèiíó do poèma epicò Os<br />

Lusiadas. ». — ii. Öüträ folha cOrtí estas pàlaVfãS : « Igtiei dè<br />

; Çastro. » — in.' Outra folha, "tendo na pagina do rosto umá cóiftô<br />

mpldum verde é rosa, e, no centro, esta dedicatoria impressa<br />

çom tinta azul. A Bibíiòthecà Nàtionâl do Rio dè Janeiro<br />

Ôfferece a ïmpfênsâ I&aciOnàl de Lisbóà Ï874. — iv. 0 retrató<br />

de Camões copiado dó de 'Gérard, é grav. por J. P. de Sóüia.<br />

- v. O 'Episodio*.'<br />

'¡.. "« Está impressão é*um precioso specimen dos mais bellos<br />

trabalhos aã Impíensà <strong>Nacional</strong> de Lisboa, e como tal figurou<br />

ê niereceu ..altóis louvorès na Exposição Universal dè Vièrina<br />

ein if 73. »<br />

? 4 ¿ L?. N.° 129. Gonçalves Crespo. Nocturnos.<br />

Lisboa 18, Rúâ Orieitiàl tio Passeio i88á.<br />

I Ih-8. 6<br />

Na í. a fl. inn. lê'-se : Nocturnose à seguinte dedicatoria<br />

y do proprio punho do autor escripta com tinta vérmelha: A<br />

Bibliotheca do Rio de Janeiro Off. , o autor.<br />

No v. d'está fi. á declaração :<br />

« D'esta edição tiraram-sê mais trinta exemplares que.não<br />

èntraíãm no mercado ; sendó :<br />

12 exemplares em ¡ papel Japão........... n. 03 1 á í 2<br />

, 12 exemplares em papel 'Whátman...... n. ôá 13 à 24<br />

6,exemplares em papel da China n. os 25 a 30


319,<br />

' O dã Bibliotheca tem o n.° 19, e a assignatura autographa<br />

do autor.<br />

A 2* fl. é a do titulo. * '<br />

Na fl. 3." ou a i. a num. ' a dedicatória da Obra, pelq,;<br />

autor, á sua mulher Maria Amalia Vaz de Carvalho,<br />

O texto abrange 160 pp. .<br />

r . Da pag. 161, a 164 o indice,<br />

A ultima: fl. sem .num. traz a declaração ou subscripção :<br />

Na parte superior; K Tèrminou-se a impressão nos prelos<br />

da Imprensa <strong>Nacional</strong> de Lisboa a 6 de Março de 1882. »<br />

No "centrQ: uma pequena vinheta em fôrma oval com as<br />

lettras A e F entrelaçadas em monogramma, tendo em volta<br />

ás palavras: Avelino Fernandes editor. Na parte inferior:<br />

18, Rua Oriental do Passeio—- Lisboa -.<br />

Elegante opüsculó, em bellos caracteres impresso, caprichosamente<br />

brochado, com suas margens integràés, Válioso<br />

producto dás áfamadas officinás da Imprensa <strong>Nacional</strong> de<br />

,' | /;' , - - • |<br />

«Antonio Candido Gonçalves Crespo, diz o ofir. Dr.<br />

Blake em Seu Dicc. Bibi. Braz., nasceu tio Rio de jâiieiiró à<br />

11 de Março de 1847, e fallecéu a ii de Junho de 1883 na<br />

côcte : de Portugal, parã onde fòrá müito joveh, ahi fáÉéndõ<br />

toda a sua educação, natyralisando-sé cidadão portuguez ê Casándtí-se<br />

| com a festejada escriptorá Mariá Aíüalia Vaz de<br />

Carvalho. Formado em direito péla "Universidade de Coimbra,<br />

foisdeputado ás Ciôrtes pela índia éin 1879 > ei ' a sócio dà<br />

Real Academia das Sciencias de Lisboa e dè outras associações<br />

de lettras. ».<br />

Escreveu também as Miniaturas, sobre cujo merecimento<br />

o mesmo Snr. Dr. Blake transcreve este juizo de Candido de<br />

Figueiredo: « São pequeninos quadros de uma extraordinaria<br />

belleza artística e de uma excessiva delicadeza e mimOí »<br />

BRAGA.<br />

' (Braçha


320,<br />

ler nas parrochias destê nosso Arcebispado<br />

onde não ha prégaçam.<br />

Em Brãga. Por Antonio de Maris Em-,<br />

pressor do /Senhor 'Arcebispo. E cõ licença de<br />

sua S. R. 1564. ,<br />

In-4. 0 dé 6 ff. inn. - CCXL ff. Hum:, só pela frente.<br />

No meio da fl. de rosto uma" vinheta'gravada em. madeira<br />

representando as: armas do Arcebispo.<br />

In-fine lê-se : « Acabovse de .imprimir o presente Catécíiismo<br />

na Cidade de Braga em casa de Antonio de Maris<br />

Empressor do Senhor Arcebispo aos iiij de Nouembro 1564. »<br />

Primeira e muito rara edição.<br />

Barbosa Machado e Innocenciò, talvez por não a terem<br />

visto, descrevèm-n'a menos fielmente.<br />

« Dominicano, Arcebispo de Braga, havido por um perfeito<br />

imitador dos prelados da primitiva Igreja, escreve Innocencio<br />

da Silva, nasceu D- Fr- Bartholomeu dos Martyres era<br />

Lisboa em 1514, e não em 1614 como por erro typographicö,;<br />

não corrigido ; se estampou no tomo 11 da Bibi. de Barbosa;<br />

Professou o instituto de S. Domingos a 20 de Novembro de<br />

1528. Foi sagrado Arcebispo a 3 de Setembro de 1559.<br />

Tendo renunciado a mitra archiepiscopal em .1582, recolheu-se<br />

ao convento de Vianna, que fundára, e ahi morreu aos 16* de<br />

julho de 1590. • As suas acções e virtudes foram dignamente<br />

historiadas pelo seu confrade Fr. Luiz de Souza, na Vida<br />

que lhe escreveu... »<br />

Em nosso exemplar occorre uma circumstancia, qüe lhe<br />

augmenta extraordinariamente o valor.<br />

A ff. 2, embaixo, encontra-se a seguinte assignaturá —<br />

O arcebispo primas. —No v. da fl. de rosto esta nota manuscripta<br />

: « O Sinal que esta na folha e' frente q dis O arcebispo<br />

primas he feito pela mão dô mesmo Arcebispo D Fr Bartholomeu<br />

dos Mártires<br />

Fr Manoêl de S Hyacintho<br />

prg.dor g.alv.<br />

Consultado o muito illustrado Fr. Çamillo dé Montserratè,<br />

a cujo exame foi submettiao o exemplar, manifestou por<br />

escripto a opinião — qiie a firma não . lhe parecia ser traçada<br />

á Smão, sinão impressa por meio de estampilha, seja volanté,<br />

seja, e mais provavélmente, intercalada ná forma typographica.<br />

— -


321,<br />

.• Nada se póde affirmar; é certo, mas as lettras da assignatura<br />

parécem ser do" XVI século, assim como as da nota<br />

manuscripta, provavelmente , de contemporáneo do illustre<br />

Arcebispo. Assim, temos por ; mais plausível a opinião dos<br />

que pensam que a, assignatura é do proprio punho do Arcebispo;<br />

sendo, portanto, de grande valor este exemplar que<br />

possuímos do Catechismo ou Doutrina Christaã.<br />

« Braga, diz A. Ribeiro dos Santos, foi a terceira cidade<br />

de Portugal, que se honrou e ennobreceu com a typographia<br />

rio século XV, offêrecendo ao publico as primeiras producções<br />

d'esta arte pelos annos de 1494, ou talvez antes. A. sua typographia,<br />

quanto até aqui nos tem constado, foi a principio de<br />

livros latinos, que eram os de mais trato e uso em uma<br />

\ cidade, em que só figuravam os estudos do clero. »<br />

Tratando dos mais celebres impressores dó XVI século,<br />

, , ' escreve :<br />

« Antonio de Mariz foi pae de Pedro de Mariz, ambos<br />

bem conhecidos em nossa historia litteraria e typographica,<br />

em que deixaram illustre memoria de seus nomes. Tinha.já<br />

officina em 1557, e por 1567 se achava com ella na cidade<br />

de Braga, aonde foi impressor do Arcebispo, como se vê da<br />

edição do Catecismo de D. Fr. • Bartholomeu dos Martyres, e<br />

do fim do Compendio e Summario de Confessores, impresso<br />

em Viseu em 1559 por Manoel João. Tinha em sêus prélos<br />

^ V,ç%racteres muito, claros e. formosos, como apparece de suas<br />

bellas edições. Passou depois, a Coimbra, e ficou impressor<br />

da, Universidade. » •<br />

;, ,0 exemplar n. 130 foi offerecido á Bibliotheca por S. Ex. B<br />

o Sfir. Barão de Cótegipe. „<br />

N.° 131. — Sermão preegado Na See de La- 0, T.<br />

mego, dia dos bemaventurados Apostolos,<br />

.& gloriosos Martyres, sam Simão, & Iudas<br />

Thadeu, aos 28, Doutubro, de 1567 Annos...<br />

Polo Doutor Manoel Fernãdez, conego da<br />

conesiâ doutoral da mesma See.<br />

Ajuntamse cinco suauissimos Psalmos dos<br />

principaes dó Psalteyro tirados em língua<br />

Português... pelo mesmo Autor. In-4. 0<br />

Contém a primeira parte 38 íf. inn. Termina com estas


322,<br />

palavfásf Aã sanetissitna Tiindade, & íhdiuisa vmdade, & a<br />

crucificada humanidade de Jêsu Christo nòâso saluador, & a<br />

limpissima inteyreza da gloriosa, virgem sua mãy,' seja gloria<br />

eternamente. Amem »<br />

A segunda parte têm 14 ff., também sem numeração, é com<br />

clue assim : Impresso em Êragã, em casa de Antonio de Maris,<br />

impressor do senhor Arcebispo Privlas, & 3 . AhhO -Mi D. LXIX.<br />

Innoeencio da Silva, pelo modo pof que descreve a obra,<br />

parece que não a viu. • -<br />

« A traducção de cinco Psalmos que fez Manoel Fernandes,<br />

diz Ribeiro dos Santos, pelo commüm é chegada a lettra do<br />

texto> com grande propriedade, e energia, é o seu \estylo tem<br />

muito' da força e magestade do original.<br />

« Barbosa, accrescenta elle, faz menção d'estás obras na<br />

Bibi. Lusit. Temos uma cópia ms. qUe havemos por liberalidade<br />

:do Ex. mo e Rev. mô Principal Castro Reitor, é Reformador<br />

,da Universidade dê Coimbra.»<br />

O : exemplar de Barbosa è o que expomos sobre 0 n.° 131,<br />

hoje' píópriedàde da Bibi. Nac. Sería exemplar único ? Talvez,<br />

vistó qüè os tiibliôgraphos nãó dão noticia de outro. O que<br />

podemos âfRrmar é que sâo extremamente raros.<br />

SETÚBAL.<br />

' f Ccètobrix).<br />

& 0 J A íf N.° 132. — Regra: Statiitõã : & diffinções | da ordem<br />

de Sanctiaguo. In-fol. goth-. a 2 col.<br />

Livrô rãro.<br />

No v. da fl. de fôstó o indice do qufe Côtttém o volume.<br />

• No v. da 3." fl. também inn. a figura do santp gravada,<br />

em madeira e colorida á mão. No v. desta fl. o prólogo;.<br />

O texto., com GXV folhas, traz na fl. CVIII a seguinte sub-,<br />

i scr^pção: . ..<br />

« ÊSta óbra fue empnmida êm •Setutial: per mi Herman<br />

dê Kempiá -alemã Í, Ê nel antto de Mil quinhêtós & noue: se<br />

acauo a treze dei mes de Dezembro. >)<br />

Como Se pôde ver das palavras de Ribeiro dos Santos<br />

que em seguida reproduzimos, a obra, que ficou acima des--


323,<br />

cfiptà, ë a primeira que foi impressa em Setúbal) pelo primeiro<br />

impressor doesta cidade — Herman de Kempis :<br />

« Setúbal entra na conta das villas de' Portugal, que tiveram<br />

prélo portátil, qual foi o que lá ÍevOu Herman de<br />

Kempis, alemão. Os liVros* mais antigos que ali imprimiu,<br />

quanto nós podemos saber* foram a Regra e Estatutos dà<br />

Ordem Militar de Santiago,.. e... Cqnfissioûal da maneira que<br />

os Cavallêiros


324,<br />

Vem, pois, o riossó a ser o quinto que se conhece d'esta<br />

raríssima edição,'<br />

« Almeirim,-rdiz Ribeiro dos Santos, foi outra villa, que<br />

se 'honrou por algum' tempo com um prélo, portátil, que ali<br />

levou Herman ou Gérmão de Campos ; d'elle; sâhiu. em 1516<br />

a edição de Regra, Estatutos e Definições da Ordem de Áviz,<br />

é nelle se começou a imprimir o Cancioneiro de Garcia de<br />

Rezende, que depois se, acabou de estampar em Lisboa em<br />

1515, pelo mesmo Germão de Campos. :»<br />

Deschamps, no art. Almorimum, diz :<br />

« Imprimerie en 1516. Regra e estatutos da Ordem de<br />

avis. Por Germão de Campos. Ce fut'là aussi que fut commencée<br />

par le même Herman de Campos l'impression du<br />

fameux Cancioneiro general de, Garcia, de,Rezende... qui fiit<br />

terminée à Lisbonne cette même année 1516, par cet imprimeur,<br />

et ce Germão de Campos n'est autre que le français<br />

Germain Gaillard, dont noul retrouverons le nom à 'l'jhistoire<br />

de la typographieLisbonne. »<br />

Pertenceu á Real BibliotheCa.<br />

ÉVORA.<br />

(EboraJ. "{<br />

N.° 134. — Livro das obras de Garcia de Reè*<br />

Jio' l' iL sende, que tracta da vida & grandíssimas<br />

virtudes & bõdades: magnanimo esforço excelentes<br />

costumes & manhas & muy craros<br />

feitos do christianissimo muito alto & muito<br />

poderoso príncipe elrey dom Ioam ho segundo<br />

, deste nome... cõ outras obras q adiante se<br />

segue. Vay mais acrescêtado nouamente a<br />

este liuro hua Miscellanea ê trouas do mesmo<br />

auctor & hüa variedade de historias, custumes,<br />

casos, & cousas que em seu têpo accõtescerã.<br />

1554. In-fol. a 2 col.<br />

O titulo, como na i. a edição de 1545, é impresso, em<br />

linhas óra vermelhas, ora pretas, e occúpa a parte inferior , da


325,<br />

pagina, .tendo, na parte superior estampadas, como bem observa<br />

Innocencio, da esquerda a esphera, e da direita o escudo das<br />

armas do reino.<br />

.Segue-se o alvará de privilegio e prologo de Garcia de<br />

Rezende, em 6' ff. inn.<br />

A obra' consta de cxxxiiij-xxiijVff., tendo no v. da<br />

lútima a declaração : « Foy impressa esta Miscellanea de<br />

Garcia de Reesende em ha cijdade de Euora, em casa de<br />

Andrée de Burgos impressor do; Cardeal iffante. & accabouse<br />

a ho.-.fim de Mayo do anno do nacimento de nosso senor<br />

Ièsu Christo de 1554.' »<br />

^ Vem depois em 4 ff. inn. a Tavoada, e no fim. d'ella<br />

est',outra declaração: « A louvor de Deos e da gloriosa<br />

Virgem nossa senhora... » Foy impresso en Euora em casa de<br />

Andree de Burgos . impressor do cardeal iffante. ao fim de<br />

Mayo. do anno de mil & quinhêtos. liiij.<br />

' /"'' "Esta pouco vulgar edição é a segunda da obra de Garcia<br />

de Rezende, da qual se contam seté edições, Sendo a ultima<br />

, de Coimbra, 1798.<br />

: Sobre a biographia de Garcia de Rezende e sobre o con-,<br />

ceito em que é tida pelos cri ticos k sua obra, vide Innocencio<br />

da Silva, Dicc. Bibi. Port. vol. 3. 0 pp. 120 e 121.<br />

• Por sua própria conta emitte Innocencio o seguinte parecer<br />

: '<br />

« íío que, porem, a meu vêr, cabe, maior censura a Rezende,>é<br />

no factó já hoje demonstrado exuberantemente de<br />

haver .convertido em fundo pi oprio o alheio, apropriando-se<br />

a chronica . (em seu tempo inédita e que ainda esteve por<br />

mais de dois séculos) de Ruy dé Pina, que primeiro que elle<br />

estrevêra das acções de D. João II, para copiar-lhe. não só<br />

os pensamentos e ideas, mas até os periodós e as palavras,<br />

commettendò um plagiato, de que ninguém poderá absolvel-o<br />

ao confrontar a sua chrómca com a de Pina, impressa pela<br />

primeira • vez: em 1792; por diligencia da nossa Academia. »<br />

{ : Segundo Ribeiro dos Santos, a cidade de Évora começou<br />

de ter officinas typographicas logo desdê os .princípios do<br />

século XVI, tornando-se muito afamada a de André de Burgos.<br />

A mais antiga edição, que menciona, impressa nesta, cidade é<br />

a do Itinerário da Terra Santa, de Fr, Pantaleãó de Aveiro<br />

||l|pnnoeèncio da Silva sè lhe oppõe com estás palavras:<br />

«O douto acadêmico e bibliothecario-mór Antonio Ribeiro'dos<br />

Santos, na sua muitas vezes citada Memoria pára a<br />

história da Typ. no século XVI, á pag. 92, dá o Itinerário<br />

de Fr. Pantaleãó impresso em Évora em 1512, edição què<br />

f


336,<br />

nunca hóúve neni poclià haver, quando sabemos pejo que ngs<br />

diz de Si próprio Fr. Pantaleãa, na sua obra, que eile chegara<br />

a Jerusalem em 1563,. e que s. passad.os glguris annos depois<br />

de voltar á patria, é que" apronaptára o seu livro para a impressão.<br />

Como que o /(inerqrio parece haver sido predestinado<br />

para dar-nós, repetidos exemp}os,"$a fecilidade com que entre,<br />

nós adormecem 0$ I%omero$ ... »<br />

• Temos, por |tɧ§i certas às informações dos que nos 4izepi<br />

que "© celebre impressor de Lisboa J. Oomhregçr, ou Crom-<br />

Hérger, ou. Oromberguer foi . chamado para Êvo,ra em 55x9 qu<br />

15,39 pflOs PP. dé %. Domingos^ e ah i imprimiu o i^'t/o 1<br />

2.' 9 livros das Ordenações da edição de 15 21, d[e que a Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong> possúe um exemplar.<br />

Alem de jf. Combreger e de André de Burgos., trabalharam<br />

nesta cidade Martini de Burgos e Manuel de Lyra.<br />

Q çxemplâr, que expomos, ccmserva, o ex-K'bris de Barbosa<br />

Machado;,;.e o carimbo da Real Bibliotheça.<br />

Ji g A J 3. N.° 135, '••"rr- HistQria da antigüidade da Çid^de de<br />

Eiiora. Fecta per- meestre Andrée de Ree-<br />

./sende. E agora nesta segunda impressam<br />

emendada pejo mesmo aytor. 1576. In-8.° peq.<br />

No, fim a smbsçripçã©:<br />

, íc Fqy impressa historia |§fl ^ntÀguiíJã^e:i .âá. muito<br />

noblç & s,epre leal cidade d.e Èuórg em hg. mesma, cidadã; P§ r<br />

AnçJrÇ de, Byrgos, impressor Ç.auaileiro çjia çasg Cardçal<br />

Iníaíjítt-. prímêirp, gig. çle Ferreiro Mí Xt- xíxxvl, k<br />

Tnnççèpiciq .C& Silva descreve fielmente esta pouco<br />

vülgár" e(Jiç.ãQ':<br />

« Terá no frontispjcío uma tarja aberta, em madeira, è<br />

. ectosta do 5 5 folhas sem numeração... Quant-O á primeira edição<br />

que doesta obra se fez, na mesma eidaüe d^vóra^ e segundo<br />

Barbosa pelo mesmo impr-esser rg^, 12.% não ha sido pòssivel<br />

•verifíeai 1 a ©xisteneia d'aígúm exemplar. Pareee que Monsenhor<br />

Ferreira Gordo tivera um na sua livraria, a ser exacta a' descripção.<br />

que apparece no respectivo Catalogo, que existe manuscripto<br />

e aut@.grapfee> na. íta Aead- R-. ites- Sc. '-m Ha-os com<br />

abundância èã terceira, feita por- diligencia de Bento José de<br />

" F^rinhai na olf,


337,<br />

ultima andar incorporadas no livro ÇqUçcçm dds Antiguidades<br />

^ Evora do referido Farinha, que já .acima citei, pis; tenho-os<br />

.visto tombem em separado •<br />

« E de notar nesta histçria a singularidade dã cçns,trucçào<br />

syntaxioâ e da orthographia no maior rigor etymologico, com<br />

..que está escripta. Parece que o autor, exacto e ferrenho investigador<br />

das antiguidades, quiz até nas palavras, de que se serviu,<br />

.guardar o meio mais própria de descobrir-lhes a origem e conservar-lhes<br />

a derivação. Assim escreve sempre: non, regnar,<br />

star, comptar, epses, cognescido, hact-ç, x nocte, numqua e outros<br />

infinitos vocábulos, que dão aquella obra um aspecto de ancianidade,<br />

em que o.s archçologos i}ãp p.pçlem deixar de com-<br />

;prazer-se. »•<br />

André de' Rçséndé nasceu e fallecéu na cidade de Évora.<br />

Foi profundo latinista e distineto antiquaria, e como'•••tal, gõza<br />

de reputação universal.<br />

Nosso exemplar, em bom estado de conservação, pertenceu<br />

a D, Barbosa Machado? e depois á Real Bibliotheca, donde<br />

HQ5 veiu.<br />

N.° 136. — Canstrvicam em. lingoa portygneza Ji^ |É<br />

• sobre Horacio. Ofíereeida aos iflvstrisimos<br />

senhores D. Verisimo & D. Carlos de Lancastro,<br />

pelo Padre Aleixo de Sequeira natural<br />

da Villa de Panoyas. Cóm licen^a, & Privilegia,<br />

Em Euovapor Maneel Carualko. 1633. fn-8.°<br />

No centro da fl. de titulo urna vinheta aberta em madeira.<br />

No r. da fl. 2.* as licen^as, datadas de 1631. O v. d'esta fl.<br />

e a 3.« contéem a dedicatoria datada de Evora, 24 de Már$o<br />

de 1633. Fl. 4. a — A o curioso leitor<br />

';.:-• Estas 4 ff. nao téem numerario.<br />

O texto oceupa 173 ff. num. só de um lado. , i';^) -,'<br />

; De ff. 174-184 — Index das fabvlas qve contem este Euro.<br />

^ Obra muito rara.<br />

Barbosa e Innocencia, por nao a terera vist®, descrevero-n'a<br />

de um modo incompleto e inexacto<br />

« Aleixo de Sequeira, diz aquelle, natural do lugar de<br />

Panoyas na provincia, do AHemtejo, muito perito no escindo<br />

das Jettras, humanas. Para que a moeidade .portugu^a peree-


328,<br />

besse claramente as moralidades, que estão occultas nas Odes<br />

de Horácio, as traduziu, na língua materna, e ás dedicou a<br />

D. Veríssimo de Lancastrè, depois Cardeal da Igreja Romana. »<br />

Foi da Real Bibliotheca o nosso exemplar.<br />

COIMBRA.<br />

( Conimbrica j. !<br />

oLO 4 si , N.° 137. — Cortieçase ho prologo em ho liuro<br />

que se escreüe da regra & perfeyçam da conuersaçam<br />

dos monges, ho qual liuro foy copilado<br />

per ho Reuerendo senhor Lourenço<br />

Justiniano primeyro patriarcha de veneza que<br />

foy dos primeyròs fundadores da cõgregaçam<br />

de sam Jorge em alga. In-fol. goth. a 2 col.<br />

Consta de xciiii ff.<br />

Falta ao nosso exemplar a fl. do titulo Com a portada<br />

gravada em madeira, e no fim)? algumas folhas com o índice.<br />

No V. da fl. xciiii vem a supscripção :<br />

« Foy imprimida a presente obra em ho insigne;moesteyro<br />

de sctã Cruz dà.muy nobre & sempre leal Cidade de Coimbra,<br />

per Germã galhárde. Em o ãno de nosso senhor Jesu christo<br />

mil .& quinhêtos & trinta & huü a. xxviij. diãs de abril. »<br />

Esta obra, esCripta em latim por S. Lourenço Justiniano,<br />

foi traduzida; por D. Catharina, Infanta de Portugal, filha<br />

d'El-Rei D. Duarte.<br />

Tanto Ribeiro dos Santos como Innocencio consideram<br />

rara esta traducção, e Innocencio accrescenta : « é : tida em<br />

estimação como um dos mais antigos monumentos da nossa<br />

linguagem. » '<br />

Este livro foi pela segunda vez impresso, com titulo différente,<br />

em Lisboa, na off. de Simão Thaddeo Ferreira, 1791,<br />

« Tendo sido Coimbra uma das principaes cidades do<br />

Reino, escreveu o doüto autor das Memorias de Litt. Port.,<br />

todavia não foi das que se honraram com o recebimento da<br />

typographia no século XV. O Real Mosteiro de S. Cruz, aonde<br />

a principio se achava depositada quasi toda a litteratura de<br />

Coimbra,y.foi o que hospedou os primeiros- prélos, que nella se


329,<br />

erigiram: pelo que diz Fr. Braz de Barros na dedicatoria do<br />

Espelho.- de perfeycam, e pela súbscripção que vem no fim do<br />

livro, parece que os impressores eram Conegos do mesmo<br />

.mosteiro.<br />

« A Universidade trespassando para Coimbra as suas escolas<br />

de Lisboa, fundou outra officina de. grande nome, que<br />

apostou primores com as mais famosas do Reino j foi assentada<br />

nos paços d'El-Rei, e para ella ajustou o P. Fr. Diego<br />

de Murcia, Reitor da Universidade, os dois grandes impressores<br />

João Barreira e João Alvares, por contrato... Estes doís<br />

•homens, e Antonio de Mariz¿ nomes memoráveis nos fastos<br />

typographiços de Portugal... foram dos principaes que levaram<br />

a typographia deiCoimbra ao mais alto ponto a que ella chegou<br />

entre nós naquella idade. »<br />

Passando a enumerar as obras pais notáveis impressas nesta<br />

cidade, R. dos Santos cita em primeiro lugar o Reportorio dos<br />

Tempos, por João de Barreira, 1519.<br />

Innoçeneiò da Silva contesta-o, a nosso • vêr com razão,<br />

dizendo que, ao menoís quanto ao impressor, ha erro èvidentissimo,<br />

pois que João de Barreira, em 1519» não tinha idade<br />

para ter. officina typographica por sua conta, ou em seu nome.<br />

Deschamps, Dict. de géogr. anc. et modérne, nega também<br />

a.existencia da obra impressa naquella data, inclinando-se,<br />

fundado em N. Antonio e em B. Machado, a assignar-lhe a<br />

data de 1579; entretanto assegura que o primeiro livro impresso<br />

em Coimbra foi á Chronica do Imperador- Clarimundo,<br />

livro, cuja existencia é peremptoriamente negada pelo illustre<br />

autor do JDicc. Bibi. Fort. .<br />

O que parece averiguado é que a typographia não começou<br />

èm Coimbra sinão em 1530 ou 1531, sendo talvez o Livro<br />

da Regra e Perfeição dos Monges, traduzido por D. Catharina,<br />

o mais antigo impresso d'aquella cidade.<br />

. / Nosso exemplar pertenceu á Real Bibliotheca.<br />

N.° 138¿ —- Liuro das constituções & custumes<br />

que se guardã em o mosteyro de sancta Cruz<br />

dos conegos. regrãtes da ordem de nosso<br />

padre sancto Agustinho.<br />

In-4. 0 goth.<br />

Livro raríssimo.<br />

O titulo, impresso com tinta vermelha, está no fim da


330,<br />

pagina de rosto, ©ocupando o alto uma vinheta gravada em<br />

madeira, representando a Cruz sustentada por dois anjos, e em<br />

volta, as palavrasi.« Ecoe lignum crucis. in qua. salus mundi<br />

pependit. | Venite adoremus. »<br />

Esta fl. de rosto nãp tem numeração.<br />

Segue-se na j. a fl. num. o Prohemia.<br />

. O. texto vae até .a fl. xom v., onde se lè a seguinte<br />

subscripção:<br />

« Foy imprimido em o mosteyro de sancta Cruz da muy<br />

nobre & sempre leal cidade de Coimbra de mãdado de<br />

D. Dionísio por erasteyro: per dom Esteuam .& dom Manoel<br />

oonegos do dito mostèyro, Anno de nosso sõr. Jesu xpo 153?. »<br />

Depois da subscripção, 4 íf. inn. com o Repertorio. No<br />

v. da 4.* fl- uma vinheta representando o Agm^s Dei.<br />

Termina o vol com & ff. sem numeração, das quaes a<br />

1.* tem no alto uma vinheta que representa S. Agostinho, e<br />

embaixo, da, vinheta as palavras do titulo:<br />

«. Começasse a Regra composta -per o muytò famoso &<br />

benaauenturado doetor nosso padre saneto Agustinho bispo da.<br />

cidade de Iponia. » .<br />

«O único exemplar de que acho noticia certa, diz o douto<br />

Innoceneio fallando d*esta primeira edição, existia antes do<br />

terremoto na livraria real d-el-rei D. João V, segundo • os<br />

apontamentos manuscriptos que vi do respectivo bibliotheeario<br />

© P. José Çaetanp de Almeida. »<br />

Vê-se, por essas palavras, quanto são ràros os exemplares<br />

d*esta edição de 1533. O que está exposto pertenceu a Diogo<br />

Barbosa Machado, e depois á Real Bibliotheca.<br />

Impresso também pelos religiosos do. Mosteiro de Santa<br />

Cruz, pqssw a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> -O Espelho, de perfeycam<br />

em linguoa português, $533, in-4. 0 meio goth.<br />

É livro raríssimo e de muita estimação, diz- Innocéncio<br />

da Silva. - /<br />

Foi offerecido á Bibliotheca pelo Snr. Dr. Duarte Paranhos<br />

Schutel.<br />

19 J J rp. N.° 130. — "Líuro ordinário do offieio diuino<br />

' f ' Segundo a ordem de Cister. Nouamente<br />

> correcto & emendado.<br />

Foy impresso por Ioctm aluetres & Ioam<br />

da Barreira empressores dei Rey^ na vniuersidade<br />

I de Coimhra Aos xij dias de Iunk&De M. D. L.


331,<br />

peq. de 17 ff. inn. -391 pp., 4as quaes só não<br />

têem numeração as pp. 1, 390 e 391.<br />

No. val. 1. 9 dos Aimaes da Bibli'otheca <strong>Nacional</strong>, em suas<br />

Motas Bikliographicàs faz o Sfir. Dr. Ramiz Galvãq a seguinte<br />

descripção. d'este rarissimo livro:<br />

« O titulo se acha em um frontispicio rodeado de 8 vinhetas<br />

gravadas em madena, que representam, em cima os<br />

quatro evangelistas, e embaixo, " S. Bernardo, N.. S. áã Conceição,<br />

o S. Sudario e ó Senhor Crucificado. Ño y. da mesma<br />

% do titulo — à sceua do Pentecqstes¿ também gravada, em<br />

Uia^eira. Segue-sç, fl. 2: Prol'ogo de frei Bartholomeo Monge<br />

Professo dd ordem de Cister... dirigido ao wiuytQ reuerevMo<br />

em Christo o padre frei Antonio JDom¡ prior do conuçnto de<br />

Toyiar âr administrador ide toda a orçfc de Christo.,,<br />

« FU- 4 r • A o lector 'éèr. (Advertencia prejiminarj Que<br />

''termina no r. da fl. 7. a ) * " -' '<br />

« Fl. 7 v. a 10 r. ('Explicações do bissexto, do concurrente,<br />

do auréo numero, da epacta, da indição e do lustro.)<br />

« ; 'F1.- 10 v. a 11 r. (Taboa.). y<br />

' ' « Fl. 1 i: v. —: Declaraçam da tauoada.<br />

«Fl. ' ig x- a. 17 Y, — f Çajendai"ÍQ-J<br />

« O - texto. occupa 389 pp,<br />

»Pag. 390 inn. —'-(Beélaração dj fréi Gonçalo da Silva<br />

abbadg é frei Pedro de Rio Maior, reitor e- vice-reitor do<br />

Qollegiq de S. Bernardo, cliz.efldó. que feaviam visto, corrido<br />

I e^amÍMdo este livro,, ç que 0 tinham a?ha¿Q verdadeiro e,<br />

conforme em "tudo aos ordinarios antigos de Ci§tçr ç a. todo<br />

•© bom costume è cerimonias da Ordem? &.> —declaração<br />

¿atada de 28 de Maio de 1550.)<br />

« Pag. 3Qi, tambçm.mn Mfr@$ §m< nesta, obxa mm. —<br />

ç pis aqui a descripção minuciosa e exacta, de um livro<br />

rarissimo, e do qual não sabemos si existe outro exemplar<br />

epmpleto.<br />

« Innocencio dá Silva-que em 1858, ao publicar- o tomo i.°<br />

f.dê seu Dici. Bibl. Port., ainda não havia conseguido vêl-o,<br />

dárnos noticia no tomo VIII (ou i¿| do Supplemento), que<br />

viu a luz. em .18655, de um exemplar truncado, que em 10 ; de<br />

Novembro, d*esse anno fôra arrematado pela Bibliotheca <strong>Nacional</strong><br />

de Lisboa ao levar^se á praça a livraria Gubian.<br />

« Como elle proprio confessa, não tem este exemplar sinão<br />

378 pp. e a fl. de erratas3 faltam-lhe pois as pp. 379-390...<br />


332,<br />

ff. prel. e a pag. i. a 6 .ff. ocçupadás por um calendario<br />

completo, que segundo toda a probabilidade não pertencem<br />

de proprio ao volume, mas lhe foram.addicionadas por algum<br />

de seus possuidores. Este calendario é impresso em lèttra<br />

gothica com tinta vermelha e preta...<br />

j « Este livro escripto em-muita boa linguagem, e certamente<br />

digno de figurar no . Catalogo dos auctores que se leram, para a<br />

composição do Diccionario da lingua portuguesa, tem além de<br />

sua extrema raridade o merecimento de haver sido o primeiro<br />

que neste genero se imprimiu em Portugal, è de offerecer-nos<br />

uma noticia por menor e fiel dos officios é ceiémonias religiosas<br />

de uma ordem monastica, que ainda no século XVI<br />

ostentava todo o viço de sua pristina' grandeza.<br />

« Com o andar , do tempo veiu a tornar-se antiquado e<br />

inçompléto para o uso dos religiosos, e por isso se resolveu<br />

fazer outro Ordinário, que no século seguinte foi publicado... »<br />

Nosso, exemplar pertencéu á Real Bibliotheca.<br />

N.° 140. —' Coronica gefal de Marco Antonio<br />

Locio Sabelico, dès ho começo do mundo, ate<br />

nosso tempo. Tresladada do latim em lingoagê<br />

Português por Dona Lianor filha do Marquês<br />

de Vila real Dom Fernando. Dirigida aa<br />

muyto alta & muyto poderosa senhora Dona<br />

Catherina Raynha de Portugal.... M. D. L. Foy<br />

vista & examinada a presente obra pollos senhores<br />

inquisidores & deputados da sancta<br />

inquisiçã, & com sua autoridade impressa.<br />

In-fol.<br />

Typo goth. a, 2 col., lettras capitaes ornadas, cccxLviij.<br />

pp. - 4 ff. prelim. inni,- com o. titulo dentro de uma portada<br />

gravada em madeira; dedicatória á Rainha; a Taboada; Prologo<br />

de Marco Antonio. No fim: «Acabouse a primeyra<br />

eneida dé Marco Antonio Locio; Sabelico^ tresladada de latim<br />

em lingage Portugueza por a senhora dona Lianor filha do<br />

Marques de, Vila real . dom Fernando. E por seu mandado impressa<br />

em a muyto nobre & leal cidade de Coymbra, por Joam<br />

da Barreira & Joam Aluares, empremidores dei rey na mesma<br />

uniuersidade. Aos' xxv. dias do mes de Setembro., de M. ©. L. »


333,<br />

Em nosso exemplar faltá/a - folha com às pp. cccxLix<br />

e/CCcL., mas de pag. ecçLj á GceLxiij traz em forma dê<br />

appendice : « Capitulo de Iob de que nam faz mençam Sabei ico. »<br />

No fim tem: « Foy visto & examinado este'capitulo &<br />

tractado da historia de Job pelo doutor & mestre Diogo de<br />

Gouuea per mãdado especial dó senhor Cardeal Infante Inquisidor<br />

geral nestes reynos & senhorios de portugal. Em Lisboa<br />

a xvij. de Julho. M. D. L. »<br />

- , Obra rara e estimada.<br />

Diz flnnocencio da Silva : « Também Farinha nó Summario<br />

da Bibi. Lusit., tratando da Chronica de Marco) Antonio<br />

Sabelico, diz, que no exemplaria primeira parte d'esta<br />

obra, que elle vira na. livraria d'el-rei, andava junto : Tratado<br />

da historia, de pela mesma traductora, e Sem mais indicação<br />

;; más que este tratado faltava em outros exemplares<br />

que vira. Não sei que alguém mais fizesse d'então até agora<br />

referencia a similhante Tratádo, e menos que seja hoje conhecida<br />

a existencia de algum exemplar d'elle. »<br />

Farinha tem razão. Pela déseripção, acima feita, confirmamos<br />

¿a existencia de üm exemplar d'aquelle Tratado na<br />

Bibliotheça <strong>Nacional</strong> do Rio de Janeiro. Agora, já não é<br />

possivel a duvida. Os bibliographes qiie, como Innocençio,<br />

somente por delicadeza e em attenção a Farinha, não-negaram<br />

peremptoriamente sua affirmativa, devem hoje - dar-se por convencidos<br />

é assegurar comnoscõ —que em alguns exemplares da<br />

Chronica de Marco Antonio Sabelico anda junto : Capitulo de<br />

fdb de que nam faz mençam Sabelico, pela mesma traductora<br />

É). Leonor de Noronha.<br />

A obra de Sabelico tem uma segunda parte,<br />

¿v >.O titulo começa: «. Coronica geral da erieyda següdk...»<br />

0 mais como na primeira parte; não tem, porém, como naquella<br />

a data M. D. L. e., em seguida a esta data, as palavras Foy<br />

pista examinada, &. Termina a. segunda parte com a se-<br />

• guinte indicação : Aos dez dias do mes de funho de M. D, Liij.<br />

e as palavras : « E por a arte da impressam ser muyto delicada,<br />

&. ter tantas miudezas como tem, vão algüs erros que ho discreto<br />

.léytor. pode suprir cõ muita facilidade aiudándo. aa letra,<br />

porque não se põe aqui, por serem de pouca, substancia. »<br />

Attribue-se «ainda a D. 1 , Leonor a obra : « Este liuro he do<br />

começo da historea de nossa redêncam » — que é também,<br />

como diz Innocencioj traducção de uma década dás Eneidas<br />

de M. A. Sabelico. J. Cardoso e depois d'elle Barbosa^ mencionam<br />

da mesma autora um Tratadinho com très meditações<br />

da paixão... :


334,<br />

D. Leonor de Noronha, filha de D. Fernando, Marquez<br />

de Villa-real, nasceu no anno de 1488 e falleceu em 156.3.<br />

O exemplar exposto, [restaurado em tempo, pertenceu à<br />

Rêâl Bibliothêca.<br />

N.° 141. — Vida & milagres da gloriosa Raynha<br />

f sancta Ysàbel, molher dô cathôlico Rey dõ<br />

Dinis sexto de Portugal. Com ho compromisso<br />

da cõfraria do seu nome, & gfâças â 6llâ<br />

concedidas. M. D: LX. ín*4. 6<br />

Este titulo occupa a parte inferior da pagina; na parte<br />

superior, uma estampa aberta em. padeira, representando a<br />

Santa, e embaixo da estampa estas palavras : « Cruz & spinea<br />

domini mei Sceptrum & Corona mea. »<br />

No v. da fl. de rosto: Tauoada e a licença de Fr. Martinho<br />

de Ledesma para a impressão , da obra.<br />

Na 2. a fl. : « A muy alta & muy poderosa Raynha Dona<br />

iCatherina primeyra deste nome de Portugal. ». E a dedicatoria<br />

assignada por Antonio Dalpoem? e Antonio Brandão. Depois<br />

da dedicatoria: « Os Mordomos ao ley for. ».<br />

Segue-se o texto com 76 pp. No verso da ultima, innumerada,<br />

a subscripçâo;<br />

« Foy impressa a presente obra pòr mandado dos Mor^<br />

domos & confrades da; confraria da gloriosa sancta Ysabel<br />

Raynha de Portugal. E a.instãcia da senhora dona Ana de<br />

Meneses, Abbadessa dô moâtâyro dê sancta Clara de Côymbra<br />

& das senhoras dona Marta da sylüa & dona Ambrosia de<br />

Craâto, sanscristáãs do mesmo mosteiro, pera louuor de nosso<br />

señor, , do Sr. Figaniefe, à pag. 24 se<br />

pôde vêr cifGümstanciáda a deSctipção d'esta Obra, de que<br />

se diz existir um exemplar ia Bibliothêca Publiéa do Rio de<br />

Janeiro. Em Portugal é por. certo livro raríssimo entre os raros,<br />

Comtudo parece-me inaisculpâvel 0 descuido do compilador<br />

do pseudo Catalogo da Academia em não a mencionar, eá-v


335,<br />

tando a obra descripta na Bibh, de Barbosa, a quem, provavelmente<br />

pertencera esse exemplar, qúe hoje existe no Rio de<br />

Janeiro- »'<br />

É exacto; o exemplar que pertenceu a Barbosa é o' que<br />

figura na Exposição sob o n.° 141 e cuja descripção acabamos<br />

de fazer.<br />

No vol. IX. pag. 118. Sufiplemento ao Dicçionario, accrescenta<br />

Innocençio :<br />

« Da Vida milagres de sàncta Ysabèl, conservá-se um<br />

exemplar na Bibi. Eborense. Consta de iv- 76 pp., e nâo çleclára<br />

em parte alguma o nome do seu autor, »<br />

Esta nota, como se vê, confere com a descripção que<br />

acima fizemos. Realmente,, a obra . consta de iv-76 pp., e<br />

nâo traz em parte alguma- o nome do autor, que é Diogo<br />

Affonso, secretario do Cardeal Infante D. Affonso, filho d'El-<br />

Rei D. Manuel.<br />

Ô exemplar que expomos d'esse raríssimo livro está em<br />

bom. estado de Conservação, porque- foi restaurado em tempo,<br />

e guarda ainda o carimbo da Real Bibliotheca.<br />

PORTO.<br />

( Partus-Calle)r<br />

N.° 142. — Cõstituições sinodaes do bispado do<br />

Porto, ord'nadäs pelo muito Reuerêdo & magnifico<br />

Sor do Baltasar lipo bispo do dicto<br />

bpado. & c. In-foL goth.<br />

>»Tem x-cxxx ff. e mais uma inn» com a subscripção :<br />

« Estas Constituições & Ceremonial áã^ missa cõ os mais<br />

tractados forã jmpressas na Cidade do Porto por Vasco dias<br />

Tanqúo de frescenal... Acabarõ se de imprimir no primeiro<br />

dia do mes de março do Ano do nascimento de nosso Redemptor<br />

Jhesu Christo de mil & quinhentos & quarenta & hü<br />

Annos.;»<br />

Ás palavras do titulo são impressas com tinta vermelha,<br />

dentro de uma tarja gravada em madeira, tendo no centro o<br />

brazão d'armas do Bispo D. Balthasar Limpo. Lettras capitaes<br />

ornamentadas.<br />

Na io. a folha prel. uma gravura representando N. Senhora<br />

sentada, tendo ao collo o Menino Jesus; no verso da ultima<br />

fl. inn. outra gravura, também aberta em madeira.


336,<br />

Na -fl-, ii7, dentro de uma portada xylographada, este<br />

titulo :<br />

« Seguense os Cânones. E casos rèseruados ao Papa.»<br />

Nafl. í23,' ,com o frontispicio também gravado em madeira,<br />

est'outro titulo<br />

« Seguese a Bulla da Cea do Senhor q se mãdou publicar<br />

pollo Papa Clemête Septimo. »<br />

A í. a edição d'estas Constituições foi impressa no Porto,<br />

cêrçá do anno 1497.<br />

' A que expomos é a segunda, quasi tão rara como a primeira.<br />

D'estas Constituições, diz o Arcebispo D. Rodrigo da<br />

Çùnha:. « Serem tão bei®? ordenadas, que não devem nada aos<br />

démais bispados/,é d'ellas depois se aproveitaram muitos prelados<br />

para emendarem e melhorarem as suas. »<br />

Referindo-se á segunda edição," diz Innqcenciò : « Vi uni<br />

exemplar bem tratado d'esta mui rara edição na Bibi. Na-<br />

• oiõnal. . Consta-me que existe outro na livraria, dó fallecido<br />

^Joaquim ^Pereira da Çòsta. »<br />

D'estas Constituições fizeramr-sê aiiídá terceira'e quarta<br />

edição.<br />

Segundo Ribeiro dos Santos, o impressor Vasco Dias<br />

Tanco de Frexenal assentou sua officina na cidade do Porto,<br />

e parece que foi ò primeiro quê ali exercitou a arte typographia<br />

no XVI século ; foram partos- de seus prelos — o -Espelho<br />

de casados, em 1540 — e as Constituições Synodàes do<br />

Bispado do Porto, em 15 41.' »<br />

, A cidade, do Porto, posto que já dè muito * commeício no<br />

XV século, não teve cómtudo typõgraphia fixa e permanente,<br />

sendpf ;?diz Ribeiro dos Santos, prelo portátil e volante o que<br />

ali imprimiu a Ley ou Ordenança,, de que se diz ter existido um<br />

exemplar ha curiosa livraria de Gregorio de Freitas, escrivão<br />

da Correição de Setúbal.<br />

Nosso exemplar pertehiceu a Diogo Barbosa Machado e<br />

depois á Real Bibliotheca. Sentimos não poder, por falta de<br />

espaço, expôr, como documento do estado actual da imprensa<br />

na cidade do Porto, o bello exemplar da immortal obra de<br />

Cervantes—O Engenhoso Fidalgo D. Quichote de la Mancha.<br />

Traduzido pelos Viscondes de Castilho e de Azevedo. Desenhos<br />

de Gustavd: Dbré. Imprensa da Companhia Litteraria.<br />

2 vols, in-fol.<br />

Soberba edição, sob qualquer aspecto por que seja considerada.


337,<br />

VIENNA: WIEN.<br />

Vietma J, ^<br />

N.° 143. T - Ciceroms pro M Cielio oratio J°l,<br />

t 'Vunntz Bg$nt& EeyÄmt^qmla- 3mgUei>at<br />

V »í&raf/itó Anna Jrelgí SÊÊgmliriJ An<br />

¡¡¡§&.. D. "L..<br />

' 111 fi »cpÄstando de 37 pp. nto - ilum«gä5 '<br />

registro t_ * , 1 • •<br />

HE)'entre alaúde cnm^^a^f edaá õdsH^^^lras dp&iltgir,<br />

^^H^^^ffl^^^D^HHDnj^B de«|f>çpni ^Wà^Êp*' 1 ' I<br />

ÍStáiM Eabrlöiijs; Ebert, ; Dé -Bilre, Pa»H Hain, Dibdm, •<br />

Hattrop, Lebert, Graespe^F Did®t,"9*çtçft, Bésçhampê, Ore<br />

' ymq^^l^'i^ratB^il^^nKt'^S^Su -.""' IRäl<br />

MÄ-polygrapho romano nao liQu|-e qjjap|que anno nenhumy|j|<br />

iSbciáftenteWio "-xVl seculo„ em UiTStee' 5QSi^|p|rraa:<br />

nente, B&a i uma rar daSÄibliographiea, mfr^^ÄB^rtajfajB<br />

bonra da FÇL, "I,J • r ^WÉHP'*''' 1 ^*<br />

¡w'WpiL"'" fTl» Uli I e tendol|,ittbiik^®i*imp ffli<br />

(i® - fimSfílí noájKexemplar BB'^»!? 1 \<br />

cib^^ÍHi^ilif^^^^p* •ida arte em uma J,<br />

• árde,. que depois a levou a tãó. alto grau de perfeição, como ,><br />

WÊ jMÍde ver feio exemplar, e&postij^sJlWò n 145 • [


338,<br />

- N.° 144.— ... Líber Sacro sancti Eyangelii Dif<br />

Iesv C-hristõ Domino & Deò nostiro, Reliqua<br />

hoc Códice çomprehensa pagina fíojsima indicabit.<br />

Div. í SMinandíijíJRom. ImperatOris'<br />

designai; iussú & liberâlitátes' eharàctaribus<br />

& língua Syra, Iesv; Christo vernácula, Diuino<br />

ipsiug ore eõaecrata, et à Ioh, iÉua&èlista<br />

Hebraica d(cta, Scriptorio JPrelo diligieter Expressa<br />

' á mão, impressíV o' latim em A'etríielhóé preto, bccorrêm, iiõ<br />

^Ito,as afinas do lírtprfcí; bf, ê, crn baixo, ã met!i!egia|,;e",:!t seguinte índteltò Víeme'Austrík\$:wdeHi<br />

•- fflithfcn ¿yvhnekMâét. ^Aúno. M. D. I.XÍL » • "<br />

^ g H ^ H f S ^ ^ r a ^ H J C- iii|:t*triu'. ctii !:!ti;n)<br />

.ciMnt":n:tti'!r- peil^-^^ córitíà^flôMI dá òbralfnò v. ,a dé-<br />

^'lafàçfe das matérias,,'Sia XI $âf|^J|®m1Sdàino vol<br />

8§jR ultimo ctíltfjpíõtEí 1 ¿puífflHBHH,''.-« In vrW Vlãrniâ,,<br />

' ampliSsimarvm Qrientalis Avstrise provinciãrvm ¿íêjfppóli.flo-<br />

ÉentiSsima, ad hvnc èxhibih m pcidvctvm _est divinvm' hoó<br />

B ^ ^ n B M H H H n xxvnfimteÉ,'<br />

Regliâ íhijjMfe ÊljHflkí&al^ftl CÜàw.<br />

«ws Sytos ANtMyi íern aci^fcipewCHMiíSí<br />

miuiB| prelq %t fcgStls feupg efeudfcbat » Termina o vcilam« i<br />

com versos .:hçiaMétros latmos- 4d Dn JPhilippmh Cuide<br />

hum, explitando- pof*MU8 tleste livro SÍimpíí^W MK d«;<br />

môdo n ^ H ^ H ^ Q ^ H H j j H<br />

diantea-resposta'd'e Gundêlio, em m ^ f l K l t t d i j<br />

«F 'àpípS % igséfilsatf<br />

sVriál| b tfê; titoít vifthM£/


339,<br />

• É a i." ed., segund'o ambos, do Novo Testamento ein<br />

.syrjaco, de que se tiraram mil exemplarës e d'estes forani 500<br />

enviados para a Asia pelp; rlmpérador Fernando I.<br />

Ediçâo. de 1562, mas começada em 1555, - comp se verificà<br />

dà fl. de rosto e do final da cârta de Widmanstadt a<br />

Grihger, à que s.e segue o colophào acima reproduzido.<br />

apTjî.-ô- cat. do Museu Britannico apènas faz a seguinte mençâo<br />

d'ella : Testamentum (-IVovumj—Syriac. Edit. Jo. Alb. Widmanstadt.<br />

Vien. 1555. 4. 0<br />

: 0 iioSsb exeinj)lar, em perfeifo estàdo de Conservâçâô,<br />

tbiii nb alto da prtmeira fl. (aliâs ultima),, escripto â mäo: Êiblioiftèçû.<br />

; (MbërHnàfy e abs lâdds-, na mestna fi. : Colïegii Paris.<br />

Sdcàtat Jesu. , é b ex-libris da Real Bibliotheca. •. ,<br />

145§§- i)as Buch der Sckrift enthaltend die ^fU^HP<br />

Schriftzeichen, und Alphabete aller Zeiten und<br />

aller Völker des 'Srdkreises'zusammengestellt L<br />

und erlaütert von Carl Faulmann.;; Zweite " <<br />

vermehrte und verbesserte Auflage.<br />

Wien, 1880, Druck undVerlag der Kai-<br />

• serlich— Königlichen Hof— und. • Staatsdruckerei,<br />

'. ih^S, 0 gr. de XII -286 pp. num. na margem<br />

".: inferior, 1 fl. inri.<br />

A piimeira ediçâo é de 1878, como se dèduz da data<br />

dö pf-olbgo que vem reptoduzidÖ. no ëxerhplâr desciipto.<br />

Esta segunda edîçâo esta nîtidamente impressa em bom<br />

papel, sendo tpdas äs paginas ornadas de uma tarja simples v<br />

impressa com tinta encarnada ; exceptuando as oit© primeiras<br />

paginas, èrii que as liiihas sa© dispoâtâs ém Uiïià Sô. çolumna,<br />

no rfeto do volume a cb'mpôsiçâ© é ¿èralttîente feità a duas<br />

Qolumnas, ein typo romano. Os caractères dos alphabetos empregados<br />

pelos différentes povos em todoâ os tempos sâo' aqui<br />

reproduzidos com o maiö'r esmero ë perfeiçào ; entre elles<br />

notam-se os alphabetos gregös • das très idâdês cotti grande<br />

numéro de ligaçôes e âbreviaturas, dé pp'. i |ö-it8o*| O alphabet©<br />

ë abrëviàturas usadas por Gütenberg, pag. 203 ; e finalmente<br />

-os caractères empregâdos por Speyer, Aldus, Garamond, .<br />

pèlos Estevaos e JDidot.<br />

A Impr'ensa Imperial e Real de Vierina é sem contcstaçâo<br />

0 prinieir© estabelpcimento typographie© do imperio austriaco.


340,<br />

Entre, as suas especialidades são dignas de nota a impressão<br />

dos livros orientaes e a galvano-plastia, por meio da qual ,são<br />

preparadas bellas e úteis estámpas pára o ensino dos cegos.<br />

O Dí. Ramiz' Galvão, no seu Relatorio sôbrèas artes graphicds,<br />

entre muitas informações sobre este notável estabelecimento,<br />

diz o seguinte: « A Imprensa nacional auxilia muitas<br />

vezes a industria particular fornecendo-lhe matrizes e punções,<br />

e emprestando-lhe textos- compostos em- linguas estrangeiras;<br />

dest'arte sua influencia sobre a imprensa em. geral se tem feito<br />

sentir9de um modo benefico. Ella tem pára assim dizer concorrido<br />

mais do que qualquer outra causa para o estado em<br />

que se acha a. arte typographica no império, e para crel-o<br />

bastará considerar que de seu seio como de um grande viveiro<br />

tem sahido centenas' de hábeis operários, .que por toda parte<br />

vão melhorar a industria particular. »<br />

O exemplar foi- comprado pelo Dr. João de Saldanha,<br />

actual Bibliothecário.<br />

STOCOLME: STOCKHOLM.<br />

( Holmia).<br />

N.° 146. ii D. N. Jesu-Christi SS. Evangelia ab<br />

t ..;Ulfila Gothorum in Moesi a Episcopö. circa<br />

ani?lim ä Nato Christo CCCLX. Ex graeco<br />

Gothice translata, nunc cum Parallelis Versionibüs,<br />

Sveo-Gothicä, Norrsenä, seu Islandicä,<br />

& vulgatä Latinä edita.<br />

Stockholmicg, Typis Nicolai Wankif Regij<br />

Typogr, Anno Salutis M. DC. LXXI. In-4. 0<br />

A 2. a parte da obra traz o seguinte titulo: « Glossarium<br />

Ulphila-Gothicum, lingujs, affinibus, per Fr. Junium, nunc<br />

etiam .Sveo-Gothica auctum & illustratum per Georgium<br />

Stiernhielm. Hohnice, Typis, Nicolai Wankif, M. DC. LXX. »<br />

Em uma folha. em brancö do principio do volume estä<br />

lan^ada esta" nota msc. : « The Glossary at the end of this<br />

book is exceedingly valuable. — Many words in the German<br />

and English which appear anamalous may have been traced.<br />

M. G. »<br />

O livro 6 impresso em caracteres redondos, italicos e


341,<br />

got-hicos, dispostos com excellente ordem. Traz um frontis-<br />

-picio .ialíegorico, gravado a buril por Dionysio Padt-Brugge,<br />

segundo David Kloker d'Ehrenstral.<br />

&' Brunet, fallando d'esta edição, diz: « Édition rare et<br />

recherchée. »<br />

' Deschamps,. fundado na- autoridade de Alnander, Lengrén<br />

'e Schrõder faz remontar a origem da imprensa na cidade de<br />

Stockholmo ao anno de .1483. Foi,; provavelmente, seu primeiro'<br />

impressor um flamengo de nome João Snell ou Smed,<br />

que fixou primeiro sua residênciajj .na' cidade de Odensée, em<br />

1482, onde imprimiu um livro célebre,, o Guil. Çaorsini de<br />

Obsidioné et bello Rhodianq. No anno seguinte pàssòu-se<br />

para Stocolme, oride imprimiu o Dialogus Creaturar. Moràlizatus.<br />

In-4. 0 goth. João Snell Ou Smed morreu lm 1495.<br />

No XVI século floresceram impressores célebres, figurando<br />

á testa d'èlles Amundus Launentiiis. Kl<br />

Nosso exemplar talvez pertença á Collecção *Çonde da<br />

Barca.<br />

S. PETERSBURGO: PETERBYRRZ.<br />

(Petrópolis-J. ,<br />

N.° 147. — Reimpression fidèle d'une lettre de ,<br />

- Jean Schõner à propos de son globe, écrite !<br />

I en 1523. • . . 7 „<br />

St.-Pélersbourg : Imprimerie de Kôttger<br />

- , éf Schneider. 1872.<br />

In-4. 0 de 6 ff. inn.<br />

Edição rara, de que se tiraram apenas 40 exemplares. '<br />

Na fl. 1, V., oçcòrrem o titulo e as indicações acima<br />

transcriptas ; no v. : Tirage à 40, exempaires, e logo abaixo,<br />

ém lettra de mão : n...." 15. Na fl. 2.% r., lê-se est'outro<br />

titulo :<br />

T. « De Nvper svb Castilise ac Portvgalise Regibus Serenissimis<br />

repertis Insulis ac Regionibus, Ioannis Schõner<br />

% Gharolipolitani epistola & Globus Qeographicus, feriem<br />

nauigationum annotantibus. Claríssimo atq ; disertissimp<br />

uiro Dno Reyméro de Stréytpergk, ecclésige Babenbergensis<br />

Canonico dicatse. 1<br />

I<br />

1


342,<br />

« Cum noua delectent, fama testante loquaci,<br />

« Quge recreare queuiat, he noua lector hábes.<br />

Cum privilegio Imperiali ãenuo r,o~boraio ad annos<br />

• acto ârc. — ' -<br />

A Epistola-' começa na fl. 3, assignada 3: « Claríssimo<br />

atqve -.disertissimo viro domino Reymero de Streytpergk...<br />

loannes Schoner. Gharolipolitanus S. D. »; occ-upa toda esta<br />

folfea, o f. e o v. da seguinte, que traz a assignatura 4, é<br />

termina, na fl, 5, sem -assignatura :. «"Timiripa®, Anno Incarnationis<br />

dominicse Millesimo quingentesimo uigesimoterfcio. »<br />

Na 6. 3 fl. vem uma Advertência, era portuguez, datada<br />

de St. Petersburgo, 20 de Agosto-de 18f2, e assignada : P. Ãdi<br />

de Warnhagen. - :<br />

Esta Advertencia éconcebida nos seguintes termos:<br />

« A plaquette adjuncta Çoi entregue ao prélp ha algun§<br />

mezes, tendo-se era vista" o exemplar da primeira edição pertencente<br />

á Bibliotheca Imperial de Vieiina.<br />

« As circumstancias porém de repararmos nas. assignaturas 3<br />

e 4 postas nas ff. 2.% 3.% e de suspeitarmos que faltariam duas<br />

paginas-entre o fim da quarta pagina, e a palavra habeatur, do<br />

principio • da folha qne leva a assignatura 4 (nas quaes devçria<br />

o autor dar conta dal expedições feitas desde 1492 a 1498),<br />

fizeram-nos hesitar na publicação, até ver se conseguíamos encontrar<br />

e examinar alguns outros exemplares da mesma plaquettè.<br />

« Felizmente conseguimos ver dois mais; sendo um delles<br />

O que possue em Londres o British Museum : e, encontra,ndo-QS<br />

ambos identicds ao de Vienna, julgamo-nos. autorisadosj a dar<br />

publicidade a esta impressão;' cedendo á evidência I de taes<br />

factos; . embora em noss^, animo fiquem ainda, subsistindo as<br />

mesmas .aprehensões e. duvidas.<br />

« Tiramos desta; edição apenas. quareijt% exemplares. Vai<br />

feita a reproducÇão linha por linha, com tão escrupulosa fidelidade<br />

' orthographica que respeitamos até os proprios. erros<br />

manifestps da edição anterior; taes como,: Melacçum, Cortese<br />

e Mogellanú por Malacam, Cortes e Magalhaens.<br />

« Já em outro' lugar [veja-se o nosso folheto Jo. Schôner,<br />

e P. Apianus (Benewitz) etc., Vienna," 1872, pag. 56, e seg.]<br />

dissefiios como julgavamos que a primeira edição/ti vera lugar,<br />

não em Bamberg, mas em Erfurth; e que saíra. ; dos proprios<br />

prélos ,do aiitor. »<br />

Não encontramos descripta a primeira edição.<br />

No exemplar exposto a impressão dp texto ^a carta e do<br />

respectivo titulo é muito nitida, e feita em -bellos caracteres<br />

itaíiépsj podendo, dar idéa: exacta do estado da arte typographica<br />

na importante cidade de S. Petèrsburgo. ô papel é ex-


343,<br />

I? celleiïte. O- exemplar está encadernado com mais 5 obras do<br />

' "Visçonde de Porto Seguro, impressas em Paris, Havana, Caracas;<br />

Erma e "Vienna.<br />

Todos os bibliographes são ,dê' opinião que a imprensa<br />

fpi introduzida ep S. Petersl>urgo por Pedro Q Grande no<br />

. anno de 1711. Bachmeister, sub-bi'bliothecario da Academia<br />

. das Sciencias, em seu. Essai sur la .bibliothèque et te cabinet de<br />

curiosités, relata por menor o estabelecimento das diversas tytygraphias<br />

dè S. Pétèrsburgo :<br />

« En 1727, continúa .ainda o Dû t d&géogr . anc. etmod.,<br />

TAcadémie des Sciences vient à bout d'avoir sa typographie<br />

propre ; le premier vol. est le recueil des dissertations savantes<br />

4e l'Académie :'; Comirneniarii Academice Scientiamm fetroptlitanà,<br />

in-4,. 0 La première, série de çgttg précieuse cplieetion,<br />

qui" se continue, est comprise entre l'es années 1726 à" 1746,<br />

• et forme 14 vol. in-4. 0 Les discours lus aux premières assemblées<br />

de l'Académie en 1725, quoique portant le nom de<br />

Pétersbourg sur le titoe> avaient été imprimés, à Revel. »<br />

MACAU.<br />

N.° 148. -¡¡¡Jornada, que o Senhor Antoni©' de~<br />

Albuquerque Coelho Governador, & Capitam<br />

geral da Cidade do Nome de Deo§, de Macao<br />

na China, fes de. Goa athe chegar a ditta Cid fe<br />

dividida em duas partes.. 0#erece esta ©fera<br />

a Sua Senhoria o. Capitam Ioam Tavares de<br />

.! Yellfs, Guerreyro seo menor servidor..<br />

, In-fòl". peq. de . 185 pp.<br />

- Esta .primeira edição foi impressa em Macau, em papel<br />

dobrado, peloprOcesso xylDgraphico, segundo o estylp chinez'.<br />

Diz Innocenoió da Silva que tem a data de 29 de Maio<br />

de 1718. Não encontramos esta. data em nosso exemptar, posto<br />

que. não duvidemps que tenha elle sidb ali impresso.<br />

Accrescenta Innoeençio : « Edição rara e estimada. A Biblipfheca<br />

<strong>Nacional</strong> de Lisboa possue um exemplar ; e na<br />

livraria que foi dé Joaquim Pereira da Costa existe outro.<br />

(( A obra,sahiu reimpressa êLisboa-, na Olf: da Musica, ( 17 3a.<br />

comquanto a Bibi. Lusit.s o chamado Càialogo da Academia<br />

tragam erradamente 1721 ). In-8.° de xvi-427 pp.<br />

« Náo' podendo dizer-se rara, ê comtudo pouco vulgar esta


344<br />

segunda edição: da qual se tiraram também alguns .poucos<br />

exemplares em formato de 4. 0 »<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> do Rio de" Janeiro tem também<br />

um exemplar d'esta segunda edição.<br />

O que expomos,- impresso pela primeira vez em Macau,<br />

foi da Real Bibliotheca. '<br />

TOKIO (JEDDO).<br />

9 n 3 1/ 149. — (Diccionario usual e encyclopedico<br />

de Takai Ranzan). Jeddò, 1863. 2 vols, in-4. 0<br />

com estampas coloridas.<br />

. Do excellente relatprio do Dr. Ramiz Galvão sobre as artes<br />

graphicas" extrahimos os; seguintes trechos:<br />

« Em materia de typographia e de artes graphicas . .em<br />

geral, o qué se pôde esperar de um Estado que até ha 20 annos<br />

atrás fechou obstinadamente os olhos a tudo quanto foi progresso<br />

e luz, e que ainda agora luta para vencer preconceitos<br />

I Hfl^^^H arraigados no povo?<br />

«"Certamente mui poUço ou nada. Eis o caso do Japão;<br />

V elie- nos offerece um ©specimen do passado e uma tentativa do<br />

presênte ; . nada mais.<br />

« A exposição de livros japonezes foi feita, não pór parti-<br />

^ ' ' culares, más pelo governo. ,<br />

« Q systetna de impressão, quem pudera crêl-o ? é ainda o<br />

da primitiva: gravura em relevo aberta em madeirá, e quasi<br />

sempre em páo dé cerejeira por ser mais dócil á acção dos<br />

• instrumentos; passagem da tinta de nankim sobre á taboa gravada,<br />

juxtáposição do papel, e pressão exercida por um grande<br />

pacote de fibrás de bambú, que faz as; yezes de prélo, e que<br />

nem ao rhénòs é-^p prélo imaginado junto áo berço da typògraphia.<br />

pçr João Gènsfleich.<br />

« Como se. vê, não ha em substancia a menor, differença<br />

• entre este processo e o das famosas impressões xylographicas,;<br />

que precederam no Opcidente ao descobrimento dos typos<br />

moveis, e que produziram entre outros livros a celebre Bíblia<br />

Pauperunv, a A rs. moriendi, o Speculum humana salvationis,<br />

Apocalypsis sàncti Johannis e a Historia Virginis ex Cântico<br />

Çanticbrum, — obras todas anteriorês ás Cartas de. Indulgência<br />

. de 1454'i,<br />

I


345,<br />

« São por conseq[uencia verdadeiros block-bqoks todas as<br />

obras expostas nesta galeria.<br />

« O que nestes livros nos parece sobretudo digno de nota,<br />

é o relatório bem acabado de algumas gravuras, não no que<br />

respeita ao desenho em si, que é ingênuo as mais das vezes,<br />

mas á igualdade das tintas, ao relevo dos pormenores. Inquirindo<br />

da, causa d'esta tál ou qual perfeição, chegamos á conclusão<br />

de que ella não provém sinão do papel èmpregado.<br />

« Sabe-se com effeito que desde muito tempo um dos motivos<br />

por que a gravura ein madeira não adiantou grandes<br />

passos até este século, foi a imperfeição dos processos de fabrico<br />

do papel. ... . . • • • • • • ' . • " • ;<br />

« Hoje os melhoramentos são innumeros, e é a isso em<br />

parte que se devem os modernos triumphos da xylographia.<br />

Q que é certo entretanto é que, por muito que se haja progredido<br />

nesté fabrico, ainda os' povos mais adiantados do<br />

Occidente não conseguiram obter um papel que, igual aos da<br />

China e Japão. fabricados com a pasta feita do bambú, reúna<br />

as duas qualidades preciosas: solidez e macieza, . . . . ..<br />

« No Japão começou agora a tentativa de progresso. Os<br />

especimens de typos moveis, que de certo não são ainda òs que<br />

a arte empregará para o futuro, em todo o caso significam um<br />

passo para a verdádeira arte de imprimir. »<br />

• Ó bello exemplar, exposto sob: o n.° 149, foi comprado<br />

em 1S73 pelo Dr. Ramiz Galvão, ex-Bibliothecario.<br />

N.° 150. — (Guia illustrado da cidade de Ieddo J^o<br />

ou a moderna Tokio.)<br />

Sobre a maneira de imprimir |io Império do Japão dissemos<br />

sob o n.° 149 ò que nos pareceu mais importante.<br />

' " O que.se não pode contestar é que. nestes últimos trinta<br />

annos, graças ao contacto com as nações civilisadas do Occidente^<br />

o Império do Japão tem feito grandes progressos. Na<br />

arte typographica, como em todas as outras, tem introduzido<br />

melhoramentos notáveis. É, pois, de esperar que, em breve,<br />

adopte o emprego do typo movei que, no pensar dos competentes,<br />

é a grande palavra do progresso em matéria de imprimir.<br />

O exemplar foi offerecido á Bibliotheca <strong>Nacional</strong> pelo<br />

Sfír. Capitão de Fragata -Luiz Philippe' de. Saldanha da Gama.


346,<br />

GOA.<br />

n.° 151. Cplpcji^os dos simples., e drogas he<br />

cousas mediçinaés da índia, e assi dalgüas<br />

frutas achadas nella Onde :se tratam algias<br />

• pousas, tocantes amédiçina, pratica, e outras<br />

çous^Sr bqas, pera saber çõpostos pelo<br />

gaççia dorta: físico dei Rey nosso senhor,<br />

vistos pelo muyto Reuerendo senhor, ho Kçençiado<br />

Alexos diaz: falcam desembargador<br />

4a> casa da supplicaçã. inquisidor nestas partes.<br />

Com priuilegio, do. Conde viso Rey.<br />

Impresso em Çzoa, por loannes de endem<br />

aos X. ditys de Abri} de 1563. ann&s. In-4. Q<br />

As seis ff. preliminares innuiner^das çontêem : Do liçengado<br />

dimas,mdm.-^/^n^i^nç.';^. leitor ; Privilegio vièo-<br />

.rçi,f ^ãta4o


347,<br />

mente nos últimos annos dó. século XY. Eatieceu na índia,<br />

em idade mui provecta, sem que os seus. biographos saibam<br />

d;izer-nog. a; data; prp pisa do pbitp. ^nSif<br />

: Q, jui?o criticp, domegmó'- InnóÇénciçj sobre o v^lor intrínseco'<br />

da obra é exMes^o nos seguintes termps :<br />

« São ps Cßlloqi/tios um livro estimável por diversos respeitos,<br />

e dós que mais honra fazem á nação portugueza, pelo.<br />

^ver pijodyzid^». Monumento; 4a ;i|^telligenci§i., g ' do.'<br />

seu, benemerLto autor, nelle appareceram a primeira, e mais,<br />

exàcta 4pscrípção, da cholera morbus epidemica* (como bem<br />

observa o Dr.' Lima' Leitão,)? e Varias outras igualmente notáreis,<br />

e- importantes de plantas orientaes, até então désçonhe- •<br />

çidas, É sem duvida grande, desar para nós que SP. não fizesse<br />

ate áàpi;a u¡ma norça, edição. d,'ps^ oj^ra, verda,dpiro ^pgcimen<br />

de nossas passadas glorias. Diversos projectos etentativas têem<br />

tido. lugar a este intento, porém o mau fado que . nos persegue<br />

as fez sempre,. abortar, obstando á sua realiisaçãóí Comtudo,<br />

ta^yez nãoesteja longé o ijempo, d_e vérmop em fim<br />

spjyida esta divida nacional, çm cujp, pagamento sç. açhã, como<br />

que espont^aneamiente ernpenhado ; o zelo p,atrio$cò do mui<br />

illustradp consocio o. sr. dr, Xsi.doro Êmilio. Baptista ; p qual,<br />

tendo desde muito, tempo enriquecido e addicipiaado a 'obra<br />

do nosso antigo physipo indiano com importantes notas e<br />

observações, fructos áfo. e dos conhecimentos-locaes<br />

que felizmente • possue, não deixará de publical-a logó que as .<br />

©irçumstanciasVo - permittáia. »<br />

Os desejos; do illustrado. bibliographo, de ver publicada<br />

Uma segunda edição d'esta obra, foram satisfeitos 'pór um<br />

distincto brazileiro, Francisco Adolpho de Varnhagen, Visconde<br />

de Porto Seguro.<br />

Da Imprensa <strong>Nacional</strong> de Lisboa^ em^ 1872, sahirarn reimpressos<br />

os Collpquips, dgs, Simples, segunda. edjção, dedjcada<br />

pelo,editor á Academia Imperial de Medicina do Rio'd&Jgî^ijÇifc<br />

f Esta obra foi, logo qué appareceu em 1563, traduzida<br />

em castelhano por Christo vão de Cresta ; em latim por C.<br />

Clusio ; em italiano por Annibal Briganti e em francez por<br />

Arthur Colin.<br />

São raríssimos os .exemplares d'esta primeira edição, dóçuinento<br />

da mais alta, valia das antigas iippressões da índia?<br />

João de Edem e João Qupquennio de Cajnpania for^m<br />

pis' primeiros e. mais nô^veis 'impressores de Goa;, cabeça do<br />

Imperio Lusitano, ná Asia.<br />

/ O exemplar qup éxpomos sob o n.° 151 pertençeu a.D. Barr<br />

;boáa Machado, cújo ex-libris ainda conserva.


348,<br />

MANILHA: MANILLA.<br />

luJLJo ' I I<br />

N.° 152. — Relación de lo sabido de la \|B||'y Martyrio dcl milagroso<br />

«l» -padre MferaloOÊ^raiiíSj^ Mastrili de la Gompañia<br />

de Iesus, rnartyrizado en la ciudadSgf:<br />

Nãgàsaqui dei Impprio del Iapõ a ijjtj de<br />

V Octubre : de'¡ ,-sacada de informacionei<br />

autenticas, echas a instancias» dei P..Barth » . t, "' .' v<br />

' Cetppfin.generui V/i;; las Islas Philip'ínas. \<br />

que o illustre. ,<br />

O exemplar faz parte da de Barbòsj|||<br />

Machado.<br />

MEXICO.<br />

j j¡ / » J N.° 153.—Ortografía castellana. A Don Ivan<br />

: , de Billela, del Bnsejo deKrei ngestfo señ


349,<br />

En Mexico. En la emprenta de Ieronimo ><br />

Balli. Año 1609. Por Cornelio Adriano Cesar.<br />

In-4. 0<br />

Na 2.* fl. inn., a approvaçâo assignada por fr. Diego de<br />

Montreras.<br />

No v. d'esta fl., as erratas.<br />

Na ¡§¡ fl. inn., a. dedicatoria a D. Joâo de .Billéla, firmada<br />

pelo autor.,' " . ' | -Jp<br />

NO y, d'esta fl. e na 4. a , 5,* e 6. a ff. inn., dois prefacios<br />

do .autor, 0 primeiro com o titulo : M. A. à Méjico D. S. ;<br />

0 segundo com o titulo : Letor.<br />

•i O texto se, extende por 83 ff. num. só pela frente.<br />

Obra muíto rara mencionada sob o n.° 1060 por Leclerc,<br />

que em nota assim desçreve um exemplar em velino :<br />

/ « 6 fnc. 83 ff. Sur , le titre, les armes de Juan de Billela<br />

gravées sur bois. À lai suite du titre 1 f. contenant lé portrait<br />

de Alemán parfaitement exécuté sur bois. C'est une pièce<br />

curieuse et qui doit être bien rare.<br />

« Çe livre fut composé par le célèbre auteur .du Guzman<br />

de Alfarache, lors de son voyage au Mexiqué: Il est''d'une<br />

très grande rareté et peu connu. •<br />

« Très-bel exemplaire grand de marges et dans sa reliure<br />

originale. »<br />

Do Guzman de Alfarache, ce célebre roman, como o qiialifica<br />

Graesse,. possue a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> as ediçôes de<br />

Barcelona, 1599 ; Madrid, 1723; Ambères, 1736; Porto, 1792,<br />

tradueçao portugueza de Vicente Carlos de. Oliveira.<br />

Como se deprehende do Catalogo de H. Ternaux, a<br />

arte typograpicá foi introduzida no Mexico na primeira metade<br />

do seculo XVI. O mesmo Ternaux tránscreve o qué diz Gil<br />

Gonsalez Davila em seu Theatro Ecclesiastico :de las Indias<br />

Occidentales : ' .<br />

.«.En .1532 le vice-roi D. Juan de Mendoza introduisit<br />

l'imprimerie à Mexico ; le premier imprimeur fut Juan Pablos,<br />

et le premier /livre qu'il publia VÉchelle céleste de- S. Jean<br />

Climaque, traduite en espagnol par Fr. -Jean de Malemà,<br />

1 rréligieux d »<br />

« Fernandez, Hist. e'cc. de nuestros tiempos, accrescënta<br />

• Ternaux, rapporte le même fait, mais il nbtóme le traducteur<br />

Alonzo de Estrada, et dit qu'il était fils naturel du vice-roi. »<br />

. Parece-nos provavèl que fosse o Mexico a primeira .cidade<br />

. da America que se honrou cóm o estabelecimento de uma


346,<br />

,ofh( ína tjcpograpiica • Eçtá é ai-azão porqu e) i occupa õ<br />

primevo lugar ?m nossà Exp(%Lçãq<br />

' 0 exemplar sob o n/Hj-.pertem.ftfid T ? -Ï I .¿'„jW<br />

AÃ, 4. , N.° 154. -SSvcelos de las-lágs FilipinaBí^igiilo,<br />

a Don Cristoval Goffleí 3cySat5douai y Rôjàll<br />

D i R ^ ' C ^ Ë Por . I So'cior Antonio de<br />

Morgà, . Alcaä^|?,dÍ). Por\'.Cot^t ; ¿io. h/rñów. Ih-J0<br />

No (4a fl dê ïoéfô al áVrna^ ido títiqufe tfe C$á" ^<br />

P'á " " Ä mn a ap^rovaÇâo assi'gria'da por<br />

M ñ. 'o privilégio pOr déi^b^fiíxjíitedído áii<br />

autor P ara pnsiíL^oljra,gMSâgigifáíUraí ÍÔ D Lilfe<br />

Wo |{?||||g|' fl. fflfl^Rg^BMH


351,<br />

•Mu México. Impresso ¿on Ucencia. En la<br />

imprenta dé luán Ruyz| In-4. 0<br />

Na fl. de rosto um brazáo d'armas gravado em mádeira.<br />

. . Na 2. a fl. as licenpas, datadas do México, urna de 3 de<br />

Junho de 1631* e óutra de iá do mesmo mez e anno.<br />

No v. d'esta fl. as lettras symbolicas da Companhia de<br />

Jesús.<br />

" Segue-se ,a dedicatoria em 6 íf., cómó as duas 'precedentes,<br />

inn.<br />

O texto occupa '56 ff. num. pela frente.<br />

Termina cotn estas palavras : Laus Deó Virginique sine<br />

labe Concepta;,<br />

É obra citada por LeClerc, n.° 1212, onde diz, descreyendo<br />

um exemplar em velino : « Bel exemplaire. Cet ouvrage<br />

n'est pas mentioné par Pinelo ñi par Antonio. »<br />

- Nós diremos que náó é tambem.mencionada, netó por<br />

Salvá, nem pelos PP. De Backer, que aliás descrevem. outras<br />

obras'do mesmo 5 autor.<br />

Isto nos faz crer que a obra é de bastante raridade.<br />

Eis algüns apontámentós biographicos que de Pedro<br />

Moreioh nós dáo os mestnos Backer:<br />

« D'une illustre famille de Medina del Campo, naquit en<br />

§§¡f¡¡ entra au noviciat en 1577, s'embarqua pour lés Indes<br />

en 1586, et passa plus dé cinquante ans dans lés missions dés<br />

Indes et du Japón; il eut pour compagttóris dé ses traváux<br />

Jatqués Quisay et Jeáíi de Goto, qui fureht martyrisés dans<br />

la,suite. ..'En J620, il fut député á Rome en qualité de prócuréur<br />

du Japón;. devint recteur du cóllége de Meacó en<br />

1633, mais mourut peü de temps aprés. »<br />

Nosso. exenjplar pertenceu a Barbosa Machado e depois<br />

á Real Bibliótheca.<br />

N.° 156. — Promptuario Manual Mexicano. Que<br />

á la verdad podrá ser utilissimó á los<br />

Parrhocos para la enseñanza; á los necessitados<br />

Indios para su . instrucción; y á los<br />

que aprenden la lengua para la expedición...<br />

Añádese por fin un SermOíi de Nuestra<br />

Santissima Güadalupana Señora... Dispuso el<br />

P. Ignacio de Pai-edes de la Compañía de


352,<br />

jesús... dedica afectuoso y rendido al Señor<br />

D. Feliz Venancio Malo de VillaviCencio, del<br />

Consejo de su Majestad... Con las licencias<br />

necessarias.<br />

En Mexico, en la Imprenta de la Bibliótkeca<br />

Mexicana, enfrente de San Augustin.<br />

Año de 1759. In-4. 0<br />

Com 23 ff. prel. inn., em qué sé notam:<br />

Urna estampa grávada em madeirá. representando um'<br />

brazáo d'armas. Será o de D. Feliz Venancio dé,yillavieencio ?<br />

Dedicatoria ao mesmo senhor.;<br />

Parecer de D. Carlos de. Tapia Zenteno e outro de;<br />

D. Ignacio Carrillo de Benitua ;<br />

Licenças do Ordinario e da Religiáo ;<br />

Resposta de D. Domingo José de La Mota a urna consulta<br />

que lhe fez o autor d'esta obra;<br />

Razón de la obra al lector ;<br />

Indice.<br />

« Este rarissimo tomo, diz Salvá, em nota sob 0 n.° 2373,<br />

está todo el escrito en lengua mejicana, y es talvez la obra<br />

más Voluminosa que existe en dicha lengua. » '<br />

Os PP. De Backer, vol. 6.° pag. 422, citando as palavras<br />

de C.h'. de Pougens e de Th. Lorin, dizem : « Volume en langue<br />

mexicaine de la plus grande rareté. »<br />

. . Leclerc, sob 0 n.° 2331, illustra assim a descripçâo d'esta<br />

obra :'<br />

«, Cet ouvrage, écrits entièrement en mexicain, se compose<br />

de quarante-six entretiens religieux avec des exemples et exhortations<br />

morales, ét de six sermons pour les dimanches du<br />

Carême ; le tout servant d'instruction religieuse pour les cinquante-deux<br />

dimanches de l'année.<br />

« Les pages LXXIII à fin, Contiennent un sermon sur N. Damé<br />

de la Guadalupe avec un abrégé de l'histoire de son apparition.<br />

« Le P. Ignacio ' Paredes de la Compagnie de Jésus, né en<br />

1703, au Mexique, était. fort instruit dans la langue nahuatl.<br />

Brassêur de Bourbourg pense qu'après l'expulsion de son ordre<br />

du Mexique, il vint mourir , en Italie. : Il a publié à. Mexico,<br />

en 1739, un abrégé de la très-rare grammaire du P. Carochi<br />

et une traduction du .Catéchisme du P. Ripalda. »<br />

Em nosso exemplar, no v. da fl. em branco que precede<br />

a do titulo, lê-se o que se segue por lettra do primeiro<br />

possuidor do livro :


353,<br />

«Al Sr. Commendador , Doctor Carrón du Villars su at°<br />

af" SS. M. Paono ministro de hacienda México Julio 25<br />

1853. Ouvrage très-rare. »<br />

N.° 157.— Historia de Nueva-España, escrita<br />

por su esclarecido conquistador, Hernán Cortes,<br />

aumentada con otros docvmentos, y notas por<br />

el Ilüstrissimo Señor Don Francisco Antonio<br />

Lórenzaría, Arzobispo de Mexico. Con las<br />

• licencias necesarias.<br />

En Mexico en la Imprenta del Superior<br />

Gobierno, del Br. D. ^Joseph de Hogal en la<br />

.„/ .Calle de Tiburcio.. Año de i7jo. In-fol.<br />

.. Este titulo é impresso a. duas tintas.<br />

. No centro, entre o titulo e as indicaçôes de lugar e<br />

typographia, urna pequeña gravura aílegorica, tendo no alto<br />

ésta lettra : « Opibus clara religione nobilior. »<br />

Na fl. 'seguinte, urna bella gravura em frontispicio, aberta<br />

em aço por Návárro.<br />

;, Vêm depois 6 ff. cpm uma carta do Arcebispo, impressa<br />

em caracteres maisculos, tendo a lettra capital ornamentaçâo<br />

aílegorica.<br />

^ Seguem-se o prologo é a errata, e logo opós • « Plaño de<br />

la Nueva España en qué se señalan los Viages.que hizo el<br />

Capitan Hernán, Cortes... Dispuesto por D. Iph. Ant.® de<br />

Alzate y Rañurez ano .de 1763. »<br />

O exemplar tem dé texto xvi -400 pp., ë termina com<br />

o Indicé^em 9 íf. inn.<br />

As xvi pp. .contêem : « Viage de Hernán Cortes desde<br />

la;. Antigua Vera-Cruz à Mexico pára la inteligencia de los<br />

Pueblos,, que expresa en sus Cartas, y se ponen en él Mapa. »<br />

: Acompanhemos .agora Leclerc, que faz da obra uma resumida<br />

ma£ excellente: desçripçâo :<br />

« La Carte de là Californie se trouve entre les pp. 328<br />

6329. Çette carte a été dressée à Mexico en 1541 parle<br />

pilote Domingo del Castillov "<br />

« Ouvrage extrêmement important, contenant de précieux<br />

documents sur l'histoire de la conquête du Mexique. Il suffira<br />

d'indiquer que les trois célèbres lettres (la seconde, la troisième<br />

,'et la quatrième) , de Fernán d Cortes sont réimprimées<br />

dans ce volume pour que l'on juge de sa valeur historique


354,<br />

que feêotfimândent eneoré les flotes du savant archevêque de<br />

Mexico. Entre lès pp. 176-177, sous le titre de :. Cordillera<br />

dé los Pueblos,' que antes de la conquista pagaban tributo a ¿1<br />

emperador Muctezuma, y en . que especie y*'cantidad., sont<br />

3Í pl. (num. 32 ) représentant le fpc-simile d'un livre mexicain<br />

en caractères hiéroglyphiques, avec la transcription en lettres<br />

latines et là traduction espagnole.<br />

«Cet important document faisait partie de la célèbre<br />

Collection de Boturini. Ainsi que l'indique le titre, il renfermé<br />

là listê de différentes villes qui, avant la Conquête, payaient<br />

tribut à-l'empereur Muctezuma. » '<br />

'.O Snf. D. Diego. Barros Arana, em sua i Notas para una<br />

Bibliografía, menciona urna ediçâo mais moderna d'está obra,<br />

publicada em Nova-York, 1828, in-8,® por D. Manuel del Mar.<br />

Ëm flotá, diz : « Ës tina reimpréSion incompleta de la<br />

Colecciofl de Cartas i otros documentos concernientes a Cortes,<br />

que. con ese ftiesfflO titulo publicó el arzobispo Lorenzana,<br />

en Méjico', en' 1770. »<br />

O titulo nao- é exactamente, ô mesïfto, mas tambem a<br />

Variante náo é eonsideravel.<br />

0 exemplar que a Bibliotheca expóe é um bel^o exemplar,<br />

dé bom papel, ampias margens, e em excellente estado de<br />

conservaçâo.<br />

LIMA<br />

Ao A Jí -N. 4 168. — Constituciones. Synodáles del Arzobispado<br />

,i|flk Reye^ eft: ílEirv. Meshas y<br />

g ¡i56rdeii|íg^s por el Ill^stríssimo y Reverendissiipí<br />

fj^ttieñor Don.<br />

bispo de la dicha Ciudad dé k« Reyes, i'.cí<br />

Conseja de spi Magéetad: PvMicáda| J;éii1i<br />

Synóao ! d^isfiéana qve Sv S.eijoria Illustrissima<br />

celebro en la dicha Ciudad én el año del;<br />

Seflar de í&íj.<br />

• V'áB» Jtweiujfjbt Frmitüct) dd Canto.<br />

Año dé M.DCTllII.<br />

In-fóli de í» i*:'. inu.» -14 u¡¡m, *<br />

6 ff. illa, ds indicas, £ mais 1 láe strnua*.


355,<br />

As 6 ff. prelim, inn. fcbAtèemi o titulo" acima transcriptOj<br />

onde se -acham, dentro de um quadro, as armas do. arcebispo<br />

cbni a . legenda: « Ave MaHa gratia plena DoihinvSt j. — a<br />

«Lícendiá Mce-rn) Don Ivan de Mendoza y Luna,<br />

Marques dê Monteàclaros;». Fecha en Lima êh quatro de<br />

Noüièrtibre de mil y seysCiefttos y treze anoS. », assignada:<br />

« EL Marqves. », e mais abaixo: « Por mandado dei Virêy.<br />

Gaspar Rodriguèl de Castro »|Á—' Don Bârtholome Lobo Gvferréro...<br />

A los.u Hermanos Deán y Càbildo^v y a los Curas,<br />

y Beneficiados delia, y Clero de nuestro Arçobispado* »j S. d.,<br />

àisignadoi «El Arçobispo de los Reyes » j e finaliáente;<br />

«Relaçion dei principio qve vVo en lã celebracion desta Sy-*<br />

nodo Diocesana, y dei nbmbramento quê én ellá sé hizò dê<br />

examinadores y' lüezfes Synodales. », s, d. nefri âssignatura^<br />

0 texto das Cbtistitüiçõeg Synodaes Vâe da fl. 1 até a<br />

fl. 'êy v., onde se achá o mandáftiettto que têílüína asâifti:<br />

«Ètt los Reyes en veinte y seys dias dei mes tíe Otubre dê<br />

mil. y seyscientos y treze afíos. El Arçobispò de los Reyes...<br />

El 1). Hernandè Becerril. Seefetarib. » Na fl. 8&, r., decorre<br />

•:õ tèírmb 'At.PüèHtAátni das Constituições, passádb pelo Sec'rêtâkiò<br />

e datado de 10 dê Fevereiro dê 1614. Por este termo §è vê<br />

quê as Constituições fôrâfti lidas e publicadas há Sánta Igreja<br />

, ríiâiór de los Reyês em dois dias, Dbtningo '27 e Segunda*<br />

. feira 2$ de Oütubrb de 1613, âssistindb á solemnidadé o Arèebíspo,<br />

b Vice-Rêí, a Real Aüdiencía, o Deâb, o Cabildo e<br />

0 RêgittiehtO dá cidadê, âSãitíi como grâlidê CÔhcÜtsb de pôVO.<br />

As ff. 89-94 contêem 8 Provisões do Vice-Rei relativas ã<br />

assuiríptós ecclesiasticos, datadas todas de lbs Reyes* as seis<br />

primeiras de 1613 e as duas Ultimas de 1614.<br />

A i.* fl. inn. do fim traz o indice dos títulos, é ás biittas<br />

5 o índice alphabetico das matérias contidas nas Constituições.<br />

Na ultima'd'estas folhas vem o seguinte colophão: En Lima.<br />

Por Francisco' dei Canto. Ano de M. DC. XIIII.<br />

Em flossõ exemplar a fl. inn. de erratãs está eollocadâ<br />

entre, as íf. 88 e 89.<br />

Estaobrâ é irripreSSá êfai typo rotóáno Üe aòis tâôiànhos,<br />

Còíti lèttras cãpítèeâ Offtadaâ.<br />

A. respeito da introdüççãò dá imprénsa em Lima pouCas<br />

ihforhiâçôes podemos dár. ^ernãüx, M -ÉiU. Amêricaine,<br />

n.° í!5i,. Meticidttà à Bèguiftle obíâ, t|ue ê.fceífi 'dtitààâ âlguma<br />

-'uma das mais ántigas impressas nesta cidade :'— Tercero catecismo<br />

y êxposici&n de la dottrina cristiuna, po


À Â3<br />

356,<br />

mero impresor en estos reynos del Perú. M. JDLXXXV. In-4. 0<br />

de 215 ff.<br />

Esta obra é urna collecçâo de .31 jsermôès em hespánhol,<br />

quichua e. aymara. Ternaux accreseenta a seguinte nota:<br />

« Thomas (Histoire de- V imprimerie en Amérique) croît que<br />

l'imprimerie n'a été établie à Lima qu'en 1590. Colton<br />

(Typogr. Gazetteer) cite un. volume de 1586 ; il paraît, d'après<br />

cela, que celui-ci est, sinon le premier, du moins un des<br />

premiers, qui aient été imprimés dans cette ville. »<br />

.Do testemunho das outras obras expostas deduz-se que ahi<br />

trabalhavam : Francisco del Canto, em 1614, e Geronymo dé<br />

Contreras, em 1621. Em 1648 existia urna officina de Juliano<br />

de los Santos et Saldaña, na quai se imprimiu nessa data a<br />

Hypomnema Apologeticvn} de D. Didaco de LêonPinelo.<br />

No seculo XVIII, "havia as seguintes officinas : Imprenta •<br />

Real de Joseph de Contreras, em 1702 ? ; a Oficina de: los<br />

Huerphanos, em 1761, e a Oficina de la Calle de S. Jacinto,<br />

em 1772..<br />

Em 1825, J. Gonzalez reimprimiu na Imprenta del Ésiado'<br />

a Constitución política de la República Peruana de 1823.. Modernamente<br />

introduziu-se ¿m Lima a estereotypia. A Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong> expóe sob o n.° 164 a Historia del Perú Independiente<br />

por Mariano Felipe Paz Soldán, Lima, 1868-74, 3 vols.<br />

in-8.° gr., na qual, occorre a seguinte nota: Esta obra es la<br />

primera que se ha estereotipado en el Perú, por Carlos Paz '<br />

Soldán, en Id imprenta y Estereotopia del autor, administrada<br />

por Fernando Óberti.<br />

A cidade de Lima, tambem conhecida pelo nome


357,<br />

fratribvs meis. Ad. Heb. 2 ». Seguem-se: 2 ff. de licenças e<br />

àpprovações ; — 2 íf. dé dedicatória « Al Rey N.° S. or en su Real<br />

Çpnsejo de índias » 2 fF. de « Prologo al letor» ; — e 1 fl.<br />

de « índice de los capítulos». O texto dá Extirpacion vae de<br />

pp. i - 127. Contém ainda este vol. : « Edicto contra la idolatria»;<br />

—•« Constitvciones que dexa el visitador én los pveblos<br />

para remedio de la Extirpacion de la Idolatria ; — Modvs et<br />

forma reconciliando excommvnicatos » f ~ « Litanias » ; é, finalniente,<br />

« índice de algvnos vocabíos ».<br />

No v. da ultima fl. inn. a mesma vinheta da fl. do tit.,<br />

com a seguinte lettra no alto e embaixo : « Ab hoc principivm.'<br />

Ad hoc refer exitvm ».<br />

A impressão é feita em typo romano com capitaes ornadas.<br />

Os PP. De Backer, na Bibi. des Écrivains de la Compagnie<br />

de Jésus, t. v, pág. 15, desçrévem esta obra do seguinte modo :<br />

« Extirpacion de la Idolatria de los índios dei Piru y de<br />

los mediós para la conversion de lios. Lima-, H. de Contreras,<br />

1Ò21, in-4. 0 » A não admittir-se a existencia de . outra edição<br />

com as mésmas indicações da exposta, forçoso é; convir que òs<br />

citados bibliographos não viram a obra que descreveram.<br />

" Na mencionada Bibliotlieca, 1. c., encontram-se os seguintes<br />

dados biographicos. do autor :<br />

« Arriaga, Paul Joseph de, admis au noviciat d'Ocana, sa<br />

ville natale, le 24 février 1679, s'embarqua pour-le Pérou, et<br />

s'y distingua par sa vertu. Après avoir enseigné la rhétorique,<br />

il gouverna d'abord le collège d'Arequipa, et ensuite.celui de<br />

Lima, pendant 24. ans. Envoyé par sa' province à Rome., il fit<br />

naufrage près de Cuba et périt l'an ^1622, à l'âge de 60 ans. »<br />

Ò volume exposto pertence á Collecção Pedro de Angelis,<br />

e é 0 n.° 23 do respectivo catalogo.<br />

N.° I6O./7- Hypomnema apologeticvm pro regali J<br />

Academia Limensi in Lipsianam periodvm...<br />

Accedvnt dissertativncvlae gymnasticae pales-<br />

,i. , tricae, canonico-legalesj aut promiscuse : partim<br />

extemporànese* expolitse, & vtiles ; ceu res<br />

ipsa ostendet. Avthore D. D. Didaco de Leon<br />

Pinëlo..;<br />

Limae, Ex Officina Ivliani de los Santos<br />

et Saldaria, Anno Domini MDCXL VIII.<br />

In-4.", com 15 ff.; inn. : -155 ff. -19 ff. inn. - Entre âs


358,<br />

ff. 22 e 23 ©Géorrem 16 ff. num.. a->q. Antes da fl. de rosto<br />

eontam-se "mais duas, uma com o subtitulo -da obra e outra<br />

com uma vinheta representando o sol, com dois dísticos latinos.<br />

O titulp, impresso em preto e encarnado, está contido<br />

em. umá tarja. Lettras eapitaes é inieiaes ornadas; registro e<br />

reclamos.<br />

Leclerc menciona-a na süa Bibliothéque Americaine, histoire<br />

géographie, sob o h.? 1772.<br />

« Esta obra, diz elle, composta pelo irmáo do precedente<br />

(o bibliographo Antonio de León Pineld), nao vem citada em<br />

Ternaux. interessantissima para a historia da Urtiversidade<br />

de Lima ». -<br />

O exemplar que se expSe, impresso em papel almasso e<br />

em largas linhas, é um bello specimeri das ímpressOesperuanas<br />

ito XVII seeulo. Faz parte da valiosa eollecpáó de documentos<br />

históricos e litterarios concernentes ao- Perü, com que enriqueceu<br />

a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> o Sñr. J. A. de Saldanha da<br />

Garría, addido da Legado Imperial naquella República.<br />

N.° 161; cSArte de la, lengva, Mos^» con su Vocabulario,<br />

y Catheeismo. Compuesto por el<br />

M. R. P. Pedro Marban de la Compañía<br />

Jesys, Superior, que fue, de las Mjssipnes de<br />

Infieles, que tiene la Compañía de esta Provincia<br />

de el Perü en las dilatadas Regiones<br />

de los Indios Moxos, y Chiquitos.<br />

( Lima J En la Imprenta Real de yoseph<br />

de Contreras. S. d.<br />

com marcado de 4. 0 , POIQ 7 fí- pr§l., 664 ~ 3,02 pp.<br />

é niaís 1 fl. ijin¡<br />

Brunet, que "ó classica de raro,'.dá á pidade de I^ma e<br />

fe anno de 1701 para a sua impressáo: no seu Manual du Libraire<br />

assigna-lhe o formato de 8.° peq., e na Table méthódiqu,e<br />

o de 12. Qraesse repetiii as indicapóes dadas pelo<br />

priítieiro.<br />

A descripgáo de Leclerc, Bibliothéque Americaine, Catalogué<br />

raisonné, é mais.completa; porisso a transprevemos.<br />

(f 7 ff. náonum.; Arte, pp. 1^117; Vocabulario Español<br />

Moxq,"pp. j 18-361; Vocabulario Móxc^Msp^ñdh pp. 362-664;<br />

Catítecismo,pp. r-108; Conféssionario, pp. 109^142, i.fl. inn.;<br />

Cartilla, y doctrina Cristiana, pp. 143-- 202 ; Indice, 1 fl. inn.»


359,<br />

, CcilvcBi Itãu só ^ue as pp. 143 a kÇ^y ày, ÇqrtilfíMí<br />

.»as tçuijbíB qn» titule d'ísfj sfígfe-V<br />

cáar.Cu: o lujíHr e a ripo 'K' ¿W : '-0[í*e:>s.to, •''»mo • ••<br />

>'. dmír%na Cristian», en. hngua ^raBHH<br />

V . 'f í 11 I • * r ss í eQ l "02. J<br />

fT-ptí TudQ" quanto sabemos do. autor d ,f esta preciosa e im-<br />

m m m m m aafimikt era w .Vufi*mi>r «la.« wUsftês<br />

u A" siiiiWtf/í fp. oiiiica obra pi;bLdada sebre a língua dos<br />

inj&epaij ¿^"tfaêijas regiôeâ^ -ehamades WÊfâJtífosMf aoje na<br />

Éolivia frArrfftiea jin<br />

A lmkug. M « tem imitias dlaleeteS Haure, Tikommt,<br />

Chuohu, lêkfim, MoSotte, e Mmona eu J f e l l a â e j<br />

ria m,issãó^|KÍs'^avier. t<br />

« Ludewig íffi umij^rt» diWa l/mgua. Baure escrtto fçr<br />

Wí, í' Antonio ta. Conigáma


360,<br />

reglas que prescribe la Real Cédula dada en<br />

• Madrid á 9. de Julio de 1769.<br />

Impresa, en Lima. 'En la Oficina de la<br />

Calléele S, Jacinto. 1772 - 73, 2 vol, in-4. 0<br />

O vol. í-com 26 ff. inn., 207 pp., 2 ff. não num.—VoL ii<br />

com 78 ff. não num., 306 pp.,: 2 ff. inn. de Indice.<br />

Leclerc, Bibliothèque Américaine, Histoire, Géographie,<br />

Voyages, descreve sob o n.® 1713 um exemplar idêntico, ao<br />

nosso e acrescenta :<br />

..«^' Importante e raríssima collecção de documentos officiaes<br />

nos quaes se encontram um estado completo dos bens pos-,<br />

suidos pela Companhia de Jesus no Perú. É ò complemento<br />

dos mèsmos documentos impressos em Madrid em 1767. V.<br />

,N.° 1882 .(aià.s 1883).»<br />

No n.° 1883 deáerevé Leclerc a Collection general de Documentos,<br />

tocantes > a la persecución, que los regulares de la<br />

C ia suscitaran. contra D,; Bernardino, de Cardenas, obispo del<br />

. Paraguay e ajunta :<br />

« Collecção extremamente importante para a historia do<br />

Paraguay. Contém as- peças seguintes... »<br />

Devido seguraménte á sua extrema raridade não vem esta<br />

Cole,ccion de las aplicaciones mencionada nas obras espeeiaes<br />

de Brunet, Graésse e outros, nem no Catálogo da bibliotheea<br />

de Salvá.<br />

O nosso exemplar, impresso em excellente papel almasso,<br />

com registro, reclamos e notas á margem, encadernado em<br />

pergaminho,' está perfeitamente conservado e tem, além do interesse<br />

do assumpto, o mérito de representar com vantagem a<br />

imprensa do XYIII século nesta parte do Novo Mundo.<br />

« i J ja N. 9 163r^~ Constitución Politica de la Republica<br />

Peruana jurada en Lima el 20 de Noviembre<br />

• de. 18.23. ,<br />

Lima : 1823. Imprenta dei Estado por J.<br />

. Gonzalez.- ;<br />

In-8.® peq,, de exil. Jij 52. pp. num,, 2 ff. inn.


361,<br />

Rodriguez. 7—Hypólito Ünánue. — Carlos Pedemonte. ^ Justo<br />

Figuerolo. —José Sanchez Carrion.^ i jPosé Gregorio Paredez.<br />

— Francisco Javier Mariatègui. » 2. 0 — Decreto dó Libertador<br />

Simon Bolivar, de 20 de Março de 1825, autorizando 0<br />

Dr. D. Francisco Javier Mariategui a reimprimir a Constituição<br />

• politica. 3,y—Decreto do. Congresso Constituinte, prohibindo<br />

a reimpressão da Constituição sem prévia autorização e<br />

licença do-governo ; datado de 17 de Novembro de 1823,<br />

e no niesmo dia. sanccionado pelo presidente da republica José<br />

Bernardo Tagle. 4. 0 — Decreto do Congresso Constituinte<br />

designando as solemnidades que se devem praticar na prómul-<br />

. gáção e juramento da Constituição ; datado de 11 de Novembro"déi<br />

1823, è sanccionado em ¿5 do mesmo mez e anno<br />

pelo referido presidente.<br />

Na pag. i. não numer., vem réproduzido o titulo do<br />

frontispício sem as indicações. O texto da Constitucion, com<br />

á'competente sancção, vae de pp. 3-48. Segue-se nesta ultima<br />

pagina uma' proclamação sob o • titulo: El Congresso Constituyente<br />

dei Peru. A todos los pueblos de la Republica; esta<br />

proclamação, datada de 20 de Novembro de 1,823 e assignada<br />

pelo presidente e' secretários do Congresso, termina na pag. 52.<br />

No v. da i. a fl. inn. e no r. da 2. a occorre o indice..<br />

A Constituição peruana Vem assignada por 56 deputados ;<br />

fói decretada pelo Congresso )érh ; 12 de Novembro de 1823, e<br />

nõ mesmo dia sancionada pelo presidente da republica José<br />

Bernardo Tagle.<br />

É reimpressão dai edição de 1823.<br />

Este exemplar, juntamente com outros de constituições<br />

•mais modernas do mesmo Estado, ,foi offerecido á Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong> pelo Sfir. José Augusto de Saldanha da Gama.<br />

N.° 164. — Historia del Perú Independiente por «2,0 J, S -<br />

Mariano Felipe Paz Soldán...<br />

Lima. M.D CCCLXVIII.-MD CCCLXXIV.<br />

Tres vols. in-8.° gr., com retr. e cart. coTór.<br />

Nos dois primeiros volumes .lêem-se as seguintes declarações<br />

no v. do ante-rosto: « Esta obra es la primera que se ha<br />

estereotipado en el Perú, por Carlos Paz Soldán, en la Imprenta<br />

y , Estereotipia del autor, administrada por Fernando<br />

Oberti. » ; e na parte inferior da mesma pag.: « Impresa en el<br />

-Havre, en la Imprenta de Alfonso Lemalé. »<br />

-No 3. 0 vol. só existe a ultima declaração, assim modifi-


362,<br />

cada: se Impresa en el Havre, en la Imprenta de A. Lemale<br />

A?né » : e 11a fl. de rosto falta a indicação da cidade, que<br />

vem nos outros dqis.<br />

JV obra ^ dividida erçi 2 periodos; -p primeiro» de 1819<br />

-1822, pQçupa todo % yol. ;. p segundo, de<br />

abrange p 2.° ypl, e 0 3.® -I<br />

. O yol, contém: « Prologo »; ~ o. texto do periqílQ¡¿TTT-.<br />


363,<br />

Os retratos d'este volume sao ol seguintes: « Jos6de la Riva-<br />

Aguero »j — « Antonio Jose de Sucre »; —- « Marques de<br />

"Torre Tagle a; e « Simon Bolivar »; este com o facsimile<br />

da assignatura do libertador. No 3.° It-se: Imp. lemercier<br />

et Gy* Paris', e hos Outros: >S. Straker ds* sons. sc. Sao todos<br />

gravados em metal.<br />

O vol., 3. 9 contem: eontinuapao do texto do .a. 9 periodo;<br />

—«Apendice de rectific'aciones, anotaciones y refutaciones<br />

hechas a la Historia del Peru Independiente »; —« Catalogo<br />

de Doeumentos Manuscritos que forman parte de mi Archivo<br />

historic© » Jlir « Indice alfabetieo » e « IndiCe » das materias.<br />

0 Gatalogo de manuscriptos d'este vol. e feito sob novo piano.<br />

Nos anteriores ©s manuscriptos s&o distribuidos pelos differentes<br />

annoS) seguindo-se em cada anno tambem a ordem<br />

chronological neste cada anno e dividido em secpoes segundo<br />

a natureza dos documentoSj Este vol. nao eont£m retratos nem<br />

cartas geographicas.<br />

Toda a ©bra foi estereotypada> e segundo pessoa competente<br />

a execupao e perfeita; um ou outro senao que se Ihe<br />

nota nao tira' 0 merecimento do trabalho. Ha em poucos<br />

lugares lettras apagadas, em outros lettras tortas, e com mais<br />

frequencia certo sombreado entre ellas; mas isso constitue um<br />

defeito inherente ao systema empregado.<br />

^ Sendo o primeiro trabalho de estereotypia feito no Peril,<br />

e de boa execupao, esta obra representa mui legitimamente os<br />

progresses de Lima na arte de imprimir.<br />

Fpi ©fferecido a Bibliothec^V N^cional 1884 p$Q,<br />

§nr. Tps6 AugustQ de Sg.ldanh^ 4a Grama-<br />

boston,<br />

N.° 165. — Festus A'.poem by Philip James<br />

Bailey. • lliustratiops by .•• Hammett Billings,<br />

: f ' ^rom t;he thijrd e4l&P. n -<br />

$Qf(oni, - • Mltwwth, (mi Srgqtyi<br />

H j,,Un-4.°veom est,<br />

O ln'i|.:.tem' mi pp mm . ¿BaaiP i t^nd^,<br />

facio, indice das gravuras e'Ae-xtb. poerpa. divididy em -<br />

Philip James Bailey, naseeu em Nottjiifham,<br />

llbnl de*' i8il||b .eiic|||ir os seus estudos na universidade'


364,<br />

Glasgow ; habilitation par§. à j&dvocacia, teve de abandonar a<br />

carreira, nâo se sentiHd©;\corhf vocaçâo para .e.lla. Foi entâo<br />

que se entregou â poeài^e pubiicou o célébré poema ,Festus,<br />

em Londres, 1839, 0 tpaJppgiduziu uni successo extraordinario<br />

na Europa como nà „ A*merîca. - •. Bailey ' ainda publicou posteriormente<br />

dbis poeniàs : O mundo dos Anjo.s (The Angel<br />

World, 1850) e O Mystico ÇThe Mystic, 1854)'; . ;<br />

A sua obra capital é, todavia, o Festus, poema espiritualista,<br />

açoimado de extravagante ou de irreverente, mas reeoiihecido<br />

^comp um . producto elevado da imaginaçâo e da-,<br />

originalidade. O Festu's é propriamente a auto-biographia do<br />

poeta, ou a historia de um espirito inconsistente e avido de<br />

repouso. A acçâo do poema« é desenvol vida sob a forma dramàtica<br />

e passa-se 'eca um mundo phantastico e sobrenatural, no<br />

céo, no inferno, no espaço, ém cidades e templos arruinados.<br />

A présente ediçâo é a primeira americana, feita de conformidade<br />

eom a 3.* ediçâo ingleza do poema. O. Proemio<br />

que précédé a obra foi escripto para a segunda ediçâo ingleza<br />

e àpparece tambem na ediçâo americana.<br />

As gravuras, que vèm na présente ediçâo, em numéro de<br />

13, sâo feitas sobre aço e. em papèl espeeial fora do ,texto.<br />

O desenho é de Billings, sendo gravadores Wagstaff and<br />

J. Andrews.<br />

« En 1674, escreve Ternaux-Compans [Notice sur les imprimeries,<br />

john Foster obtint la permission d'établir- une<br />

imprimerie dans cette ville, privilège dont l'université de<br />

Cambridge avait eu jusqu'alors.la jouissance exclusive ; l'acte<br />

qui la lui accorda nomma en mêmè temps deux censeurs<br />

sans l'autorisation dêsqueïs il ne devait rien publier. On ne<br />

connait cependant pas d'ouvrages imprimés par lui avant 1676.<br />

En 1704, B. Gréen commença la publication d'un journal<br />

hebdomadaire intitulé : The Boston News — Letter; c'est le<br />

premier journal des États-Unis, qui. dèpuis en ont vu éclore<br />

un si grand nombre. Parmi les premiers imprimeurs de cette<br />

ville, on compte un Indien connu sous le : nom de James<br />

Printer (Jacques l'Imprimeur). 1 Ce fut lui qu'Elliot employa<br />

à. la composition de sa? Bible en langue indienne. Ce fut-aussi<br />

Daniel Henchman, imprimeur de cette ville, qui établit, en<br />

1730, le premier moulin à papier de l'Amérique anglaise. »<br />

O exemplar n.° 165, mui bem impresso, é apresentado<br />

como dçcumento do estado présente, da arte typographica na<br />

cidade de Boston.<br />

1<br />

Foi cqiïïprado pelo' Dr. joâo de Saldanhaj; actual Biblio r<br />

theçario.


'mm<br />

BW^Ê-,<br />

BflBS p<br />

N.° 166. -^Historical arifchSftu^tical Information, 3 ~<br />

respecting the histor^|. cor ptión' and prospects<br />

of the Indian EtflKg&éff the United States<br />

: Collected and prerare^ tlhder the direction<br />

of the Bureau of Indian Affairs, per act of<br />

Congress of March 3. d , 1847, by Henry R.<br />

Schoolcraft, LI. D. —Illustrated by S. East-,<br />

man. Capt. U. S. Army. Published by authority<br />

of Congress.<br />

Philadelphia, Lippincott & C.° Printed by<br />

T. K. and P. G. Collins, 1851 - i860, 6 vols,<br />

irt-44 0 gr. com o retr. do autor- e est.<br />

0 titulo do 2. 0 vol. varia assim:<br />

«Information respecting the History, Condition and<br />

Prospects : »<br />

O titulo do 3. 0 vol. é igual ao do 2. 0 Part in.:<br />

O titulo do 4. 0 vol. é igual ao do 3. 0 Part iv.<br />

O titulo do 5. 0 vol. varia assim:<br />

« Archives of. Aboriginal Knowledge. Containing the original<br />

papers laid before Congress respecting the history, an-,<br />

tiquities, language, ethnology, pictography, rites, superstitions,<br />

and mythology of the indian tribes of the United-States. »<br />

O titulo;.do 6.° vol. é igual ao do 5.®<br />

O volume primeiro consta de xvin-568 pp. ; o vol. ii<br />

de xxrv-607 pp.; o'vol. m, de .xvm-635 pp. ; o vol. iv, de<br />

xxvi prelim, e de 627 pp. num.; o vol. v, de xxiv pp.<br />

prelim. 718 pp.; o vol. vi, de xxvm-726 pp. de texto e<br />

indice geral.<br />

Alguns volumes, in fine, além da indicação da impressão,<br />

trazem do lado esquerdo a nota: stereotyped by Fagan.<br />

O livro não possue uma divisão determinada de partes:<br />

é antes Um archivo em que iam, mediante 5 uma classificação<br />

provisória, consignados os documentos e os factos á medida<br />

que eram colligidos ou descobertos.<br />

Esta obra é um vasto repositório de interessantes noticias<br />

sobre a historia, prehistoria, ethnographia, anthropologia, mythologia,<br />

linguagem e estatistica das raças aborígenes, o Red<br />

Man da America do Norte. Cada volume traz appendices e<br />

notásj alguns dos quaes consignando proposições a resolver e<br />

questionários sobre o assumpto. Além dos indices por mar


362,<br />

terias..quê.' de' cada volume, vem<br />

no ultimo uril indic^^pilyl^K em Ordem alphabetica.,<br />

A obra de Sóhc»iè¥áft fcii publicada a expensas da naçãó<br />

e por uma lei do Cdagresso <strong>Nacional</strong>, em uma edição de luxo,<br />

ornada de numerdsaj est^^^j .que podém âèry , de uma maneira<br />

geral, classifié^HMHKt j-.<br />

Gravuras a buril» cQnstando f : do retrato do autor, a<br />

méM côrpô,. sentado, a tres quartos parâ a esquerda, gravado<br />

pbr ànonymo da ofíicina de Illtüan & Sottá, no vi vol.<br />

De duas vinhetas na Ü. de ròsto de cada vol. ,„'",<br />

De muitaâ estampas grandes fóra dõ. texto, gravadas por<br />

diversos artistas, uns anonyfrios, outros, não.<br />

Estampas -lithogrãphadas: monothrqmáticãs, chròmolithogíaphicàs<br />

é coloridas %, agüarella, fóta do texto*<br />

Xylographias por anonyrttos intercaladas no 7 texto.<br />

O Snr.. Dh Salvador dê Mendonça, a cuja ObséquiôSidade<br />

deve a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> a posse d'esse bello exemplar da<br />

importante obra de Schòolcraft, diz o Sfeguinte hO Catâlogó<br />

mahuscripto de sua preciósá collecçãó:<br />

«Os seis volumes que remetto d'esta importante obrâ sem<br />

igual, constituem um dos exemplares da chamada Èdiçào dó<br />

Governo, de que apehas se tiraram poucos exemplares, lantes<br />

da edição que para distribuição e venda publica fizeram õs<br />

editores. O exemplar pertenceu aò sfir. Henry C. Murphy,<br />

que o teve como membro do Congresso, presidente de umá<br />

Commissâo do Senado.<br />

« A respeito d'está obra êscrevè um bibliographo: « Esta<br />

importante obra é um completo Thesaurus, um erário abundante<br />

dê saber, ácerca dos aborígenes da America. Abrange a<br />

sua historia, ethnographia, antiquidades ê linguas; ,a sua geo*<br />

graphia antiga e moderna; òs 6eus modos e costumes $ religiões<br />

e superstições; a sua agricultura, commerció e trafico;<br />

as suas artes de ornato, e âs suas peculiaridades phyèicas e<br />

intellectuaes. Todos estes assumptos são tratados, não de modo<br />

geral e summario, mas com mínuciosidade, sendo cadá. tòpiço<br />

paciente e completamente discutido e esgotado, e tendo a obra,<br />

põsto - que executada principalmente pela mão do autor, recebido<br />

os contingentes de muitos eruditos, perfeitamente farni 3<br />

liares com certos assumptos éspeciaes, contidos ent suas paginas.<br />

O resultado foi uma obra tal como não poderia ter sido<br />

feita de outro modo qualquér. É o mais completo è perfeito<br />

repositório de trabalhos relativos aos iiidiòs, e cortiprehendè<br />

também a única historia geral da raça aborigêne, que jamais<br />

foi publicada. É umá bibliotheca de historia e ethnographia


367,<br />

indígena, i e abrange a substancia de tudo quanto é conhecido<br />

em relação ás tribus como tribus e. á raça como raça. »<br />

, Na Notice sur les imprimeries qui existent ou ont existé<br />

hors de V Europe deparamos com as seguintes informações':<br />

« Philadelphie, capitale de la Pensylyaniè, fut fondée en<br />

1638,v.ét avant l'expiration de quatre années, William Brodford<br />

viçt y établir une.' imprimerie, où il publia d'abord un<br />

alittanaçh pour l'an 1687; il parait cependant que son établissement<br />

n'était pas d'abbrd dans l'intérieur de la ville, car la<br />

souscription porte : Printed and sold by William Bradford, near<br />

Philddêïphia in Pensylvania. Mais il vint? s'y établir bientôt<br />

après, car Thomas cite une brochure sur les églises de la<br />

Nouvelle-Angleterre, imprimée par lui em 1689, á Philadelphie.<br />

¿En 1692, Bradford, mis en jugement pour avoir imprimé<br />

un ouvrage contre les Quakers, fut, çar leurs persécutions,<br />

obligé de quitter la ville et de se retirer à New-York<br />

l'année suivante. Il eut pour successeur un certain Reinier<br />

jansen, qui parait n'avoir été que son prête-nom. André<br />

Éràdford, fils de William, vint en 1712 s'établir á Philadelphie<br />

et commença en 1719 la publication du premier<br />

journal qui ait paru en Pensylvanie. Depuis cette époque,<br />

l'art typographique y a été. pratiqué avec autant de perfection<br />

qu'en Europe... »<br />

. Q bello exemplar, cujo i.° vol. expomos, foi offerecido<br />

á Bibliotheca pelo Sftr. Dr. Salvador de Mendonça.<br />

NOVA YORK: NEW-YORK. J°I,<br />

N." 167. - Pictiircsqilf: America : or Upland we<br />

S. live in. A ideiirteation by pen aid pencl|i|)f<br />

I thSinountains, j-ivsr», flakes, forests, water-<br />

|8-fells, shores, canons, -valley|i®ties, and othe#-__<br />

•A. pictiira||ue feature^ of our Country. With illusii-rtration^ön^^ftl<br />

and' wood. by eminent ame-;,<br />

ffJpeah Artists.'; Edited by William, Gullen Bryant.<br />

L " u-¥ork D. AM&toh a»(i Company. 2<br />

¡ ..• vols, in-J||ij|<br />

^ ^ ^ e m is|j|ibas de rosto dols'tiJuk»s,Ss > ^lois "volumes,<br />

/grayados a buril<br />

>f<br />

A parfe jppälli otf'o tejcto (BftÄjrÄ .


368,<br />

direcção do grande poeta americano W\ Cullen Bryant, com<br />

a collaboração 0 4e •'•.•diversos escriptores, ' sobtretudo 1 dos que<br />

observaram pessòâlmenté à natureza americana.<br />

Ao Snr". Oliver B. Burce, diz Bryant, deve-se a selecção<br />

dos assumptos, á escolha de artistas e a distribuição geral<br />

da obra,<br />

O vpl. i compõe-se de um prefacio de Bryant, um indice<br />

das matérias cóm os nomes dos, collaboradorés ê outro indice<br />

das gravuras sobre aço,/em viu pp. num. Em seguida, vem<br />

o texto de >568 pp. num.<br />

O vol. li contém vi pp. preliminares de indice das matérias,<br />

de autores è gravadores e 576 pp. num. de texto.<br />

As gravuras,, no dizer-do proprio Bryant, são delineadas<br />

com a fidelidade, espirito e animação artística, que nenhuma<br />

photographia reproduz. • •< ' r 1<br />

O.titulo do i.° vol. representa uma vista da cascata dá<br />

Virginia, cóm o dizer : « Picturesque' America. New York.<br />

D. Appleton & Ço Publishers. » É gravado á buril por R.<br />

Hinshelwood, segundo Harry Fenn.<br />

O titulo do 2. 0 vol., com o mesmo "dizer, representa . o<br />

'Zimbório do Capitolio, e é gravado por E. O. Brandard, segundo<br />

Harry Fenn. . .<br />

Todas as. outras estampas são, abertas a buril ou xylogra'phadas,<br />

umas occupando paginas inteiras,, outras intercaladas<br />

no texto, pélós artistas, Harley, J. Filmer, W. J. Linton, lïenrique<br />

Linton, F. W. Quartle.y Meeder, , Chubb, Bogert, J.<br />

Karst, Alf. Harral, Richardson, R. S. Bross, A. Bobbet, H.<br />

W. Morse,- e outros, segundo Harry Fenn, R. Swain Gifford,<br />

J. D. Smillie, &.<br />

« New-York. Cette ville, são palavras de Ternaux Compans,<br />

fondée par les Hollandais, fut cédée par eux à l'Angleterre'<br />

en 1664. Il ne parait pas qu'avant cettei époque l'art typographique<br />

y ait été introduit. En 1693, William Bradford,<br />

expulsé de Philadelphie, transféra son établissement à New-<br />

-York et débuta par un volume petit in-fol. contenant les lois<br />

de la colonie. Les premiers successeurs furent j., P. Zenger et<br />

J. Parker. »<br />

O exemplar, que a Bibliotheca expõe, basta para testemunhar<br />

'a perfeição a que chegou a grande arte na grande<br />

cidade norte-americana.


369<br />

ï, *Por causa tão lamentavel quanto inexplicável, só agora<br />

recebeu a Bibliothêèa <strong>Nacional</strong> O; soberbo exemplar, que aó<br />

diante succintamente descrevemos, impresso na importante cidade<br />

de Nova-York. ,Sr mais cedo^ o houvéramos recebido,<br />

certamente figuraria elle neste utilíssimo cbncurso de verdadeiras<br />

preciosidades bibliographical.<br />

Não.obstante a impossibilidade em que estamos de o expôr,<br />

por carenciã de' espaço, tal é o seu valor, sób qualquer aspecto<br />

por que *Sé o »considere, que não hesitámos um instante ' em<br />

mandar suspender a impressão d'está . folha só com o fim de<br />

ser nella inserta esta breve noticia a seu respeito. Mais ainda<br />

4ö- que ó'-seu merecimento, ditou-nós a resolução o vivo sentimento<br />

de gratidão que hos anima e ora nos prende aos que,<br />

"com perfeita cortezia, nos offertaram este esplendido producto<br />

das artes graphicas na cidade de Nova-York, um dos mais<br />

activos e opulentos emporios da civilisação de liossos dias.<br />

Eis a descripção :<br />

State of New York. . The public service' of the State of New<br />

York during the administration of Alonzo B. Cornell,<br />

Governor. Historiçaî, Descriptive and Biographical Sketches<br />

by various authors. Illustrated with Views and Portraits.<br />

In three volumes, .Hon. Paul A. Chadbourne, D. D.,<br />

LL. D. Editor-in-Chief. Walter Burritt Moore, A. M.<br />

Associate Editor.<br />

! Boston : James R. Osgood and Company. MDCCC<br />

V LXXXII. 3 vols, in-4. 0 gr.<br />

No yerso da fl. de; rosto de cada volume acham-se as seguintes<br />

dèélarações-:<br />

. Entered, according the Act of Congress, in the year one<br />

thousand eight hundred and eighty-two, by James R. Osgo.çd<br />

anã Company, in the office of the Librarian of Congress, at<br />

Washington.<br />

Wised, Parsons and Company, printers' and eléctrotypers,<br />

Albany,' New- York.<br />

Magnifico exemplar impresso em bellos caracteres, com<br />

algumas lëttras capitaes ornamentadas.<br />

A execução typographica é nitida e primorosa, a tinta<br />

perfeitamente igual por toda parte, e o papel de excellente<br />

qualidade. Adornam a obra numerosíssimas estampas fóra do<br />

texto, tiradas em papel mais encorpado, representando vistas<br />

de edificios, monumentos e paizagens, assim como retratos dos<br />

cidadãos mais notáveis do grande Estado.<br />

24


370,<br />

Todos os trabalhos de ar-te sâo. feitos pelo' 'processo de<br />

heliotypia, uns segundo o natural, outros segundo gravuras, e<br />

algiins, âo que pareee, segundo pinturas.<br />

QuantO ao assumpto'da obra., para avaliar de sua importancia,<br />

basta lêr os seguintes trechos do prefacio de P. A.<br />

Chadhourne, que dâo um perfeito resume do que nella se<br />

contém.: .<br />

« The first volume begins with a condensed history of. the.<br />

State, and includes those subjects that pertain to the Executiye;<br />

Departments of the public service.<br />

« The second volume treats mainly of the growth and<br />

modification of the Legislative Department of the Government,<br />

and contains sketches and "portraits of members of Assembly<br />

and Senate during the present administration.<br />

.« The third .volume is devoted to the Judiciary of the<br />

State,. to-the interest of Education, and to the relation of the<br />

State to the Fédéral Government.<br />

' « The mechanical execution of the wòrk, in the beauty<br />

and finish^of itS heliotypes and in its letter-press, needs no.<br />

commendatioh. »<br />

. Os tres vòlumés estão Caprichosamente . encadernados, em<br />

•chdgrin >preto, cOm, ferros especiaes:. Sobre a guarda estão impressas<br />

a ouro as armas do Estado de Nova York, coin o dizer-:<br />

^/Fhê Public Service of the 'State of the New York 1880-81-82».<br />

- âòb a mesma guarda, élegántementé-circumdada .de filetes<br />

dourados, acha-se a, seguinte dedicatória, impressa a ouro sobre<br />

o chagrin, cóllado. em uma almofada de setim rôxo: «Pr.esentèd<br />

to -Empire of Brazil for the Imperial Library, at Rio; de Janeiro<br />

by the. Trustees .of the State Library of the State of/<br />

'New York, U. 'S-. A. 1883. »<br />

LORETO.<br />

( £>aureturn. J.<br />

N.° 168. — Manuale ad usum Patrum spcietatis<br />

Jesu qui itWeductionibus paraquarise versantur<br />

ex rituali romano ac toletano, anno domini<br />

MDCGXXI. Superiorùm permissu.<br />

Laureti, Typis PP. So details Jesu, in-8.°<br />

Titulo tirado do Manuel du Libraire' de Brunet, onde<br />

occorre a seguinte nota :


371,<br />

« Ce Manuel, en latin et eti langue guarani serait, selon<br />

une note du dernier Catai. Renouard, n.° 54, le premier livre ""<br />

sorti des presses de la mission des Jésuites au Paraguay. II sé<br />

compose d[un titre, dè 266' ppt et de 40 ff. non chiffrés.<br />

Gette dernièré partiey entièrement én guarani, , est impr. avec<br />

d'autres ,caractères que le eorps du volume. »<br />

A parte, toda escripta. em guarani, não começa, comò<br />

diz Brunet, na i. a i, inn., sinão no v. da 8. a , que devêra<br />

ser a pag. 282, sendo, porém, os titulôs, ainda mesmo nesta<br />

parte,; escriptos em latim. ,<br />

O Manual é também mencionado por Graesse e descripto<br />

pelo Sfír. Valle Cabral na sua Bibliographia da língua tupi ou<br />

guarani, sob o n 1 . 0 52, por onde se vê que Pedro de Angelis<br />

possuia um exemplar d' este livro, tendo-o descripto em seu<br />

catalogo pelo modo que segue : « Manuale ad usum Pattum<br />

Societatis Jesu Paraguarije. En espafiol y guarani. Loreto,<br />

1724, in-ê>° »<br />

•'.' Este raríssimo Catecismo, como parece aos bibliographos,<br />

é o. primeiro livro impresso nas Missões -do Paraguay nó XVIII<br />

século. Assim, posto que incompleto, é digno de muito apreço<br />

ò exemplar que a Bibliotheca expõé.<br />

. ,Foi-lhe. offerecido pelo .Snr. D. Sebastião" Larangeira,<br />

bispo do Rio Grande do Sul.<br />

CORDOVA DE TÜCUMAN:<br />

CORDOBA DEL TUCUMAN.<br />

( Córduba Tucumatiorum ).<br />

N.° 169. — Ciafissimi Viri D. D. Ignatíi Duartii 4 *<br />

* et Quirosii Gollegii Monsserratensis Cordubae<br />

in America conditoris Laudationes quinque,<br />

qiias eidem Collegio Regio Barnabas Echaniquins<br />

O. D.<br />

-. CordubcB Tucumanorum. MD CCL X VI.<br />

Typis Collegii R. Monsserratensis> In-4. 0<br />

No .VI da fl. de rosto a licença para a impressão.<br />

Na 2. 8 fl. a .dedicatória de Barnabas EcKaniquius.<br />

As 4 ff. seguintes também ihn., são oecupadas pelõ<br />

ptologoí<br />

O texto tem 87 pp.


372,<br />

Opúsculo raro e de alto valor bibliographico> porque,<br />

segundo affirma Pedro de Angelis, é a primeira producpáo da<br />

' imprensa de r Gordova.<br />

Pertenceu á v Collecpáo Ángélis,<br />

BUENOS-AIRES.<br />

• tX - . 111 • I •<br />

2H N.° 170.— Representación del Cabildo, y vecinos<br />

de la Civdad de "S. Felipe de Montevideo,<br />

qve mandó- el Ex. mo S. or Virrey sé imprimiese,<br />

. para que^ fuese aun mas publica su lealtad<br />

constante, y fiel ofrecimiento. Con licencia.<br />

En Buenos ÁyresEn la* Real Imprenta<br />

dedos-Niños [expósitos. Año de 1781^-— m:4.°<br />

O exemplar tem 6 pp. inn. nao comprehendendoa fl. dé<br />

rosto; é impresso ern caracteres maiüsculOs, que variam para<br />

corpo menor na ultima pagina. As asignaturas que vem no<br />

.y fim, do'«opusculo sao impressas em itálico. A lettra inicial é<br />

ornaméntada.<br />

Segundo sé vé do Catalogo - de 'Pedro de Angelis, fot<br />

esta a primeira producpáo da impreiísa em Buenos Aires ;<br />

. hoje, livro raro .e por todos os títulos precioso.; Entretanto,<br />

T. Compans acredita que, a prinieira producpáo d'esta cidade<br />

é a : Carta Pastoral de. Fr. Joseph : de S. Alberto, impressá:<br />

no mesmo anno, dá qual possue a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> um<br />

exemplar, que figura na Exposipáó sób o n.® 171.<br />

Convem advertir que T. Compans dá erradamente a esta<br />

Cárta a data de 1791.<br />

A Representagáo, que constitue a materia do livrp> é<br />

datada de Montevidéo, 14 de: Maio .de 1781. 'y<br />

Da Real Imprenta de los niños .expositos a Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong> possue productes importantes e valiosas.<br />

Neste mesmo volume, o opusculo n.° '2 da Miscellanea,<br />

foi allí impresso em 1799, sob o seguinte titulo: Constituciones,<br />

de la Real Congregación del alumbrado y veiaCcontinua al.<br />

' Santísimo Sacramento reservado en' los Santos. Sagrarios... .<br />

É sempre cóm profundo respéito e inexcedivel carinho<br />

que os b'ibliophilos guardam estas...raras> e curiosas reliquias<br />

do primeiro estabelecimento da grande arte era ..todos os<br />

paizes do mundo,. O exemplar exposto sob o n.° 170 é urna


d'esças vènerandas reliquias,<br />

n'este certaine de preciosidades<br />

Perténceu a Collecçâo de<br />

373,<br />

seguramente digna de figurar<br />

bibliographi'cas.<br />

Pedro de Àngelis. ',<br />

N-° 171.—Carta Pastoral, qve dirige a lös parrocos,<br />

sacerdotes, y demas fieles de sv dio-<br />

• cesi el. Illustrisimo y Reverendisimo Seilor<br />

D. Fr. Jôsef Antonio de S. Alberto, del consejo<br />

de S. M. y Obispo de Co'rdoba del Tur<br />

eu man.<br />

Buenos-Ayres, MDCCLXXXI. En la<br />

: Recd Imprenta de'los Ninos Expositos. In-4. 0<br />

de; ÎI fl. inn. -g 64 pp.<br />

:No mesmo volume, formando miscellanea, encontram-se<br />

estas obras do mesmo autor : ' ' •<br />

— « Carta Pastoral Segvnda. »<br />

— « Carta Circular ô edicto. »<br />

— Ϋ'/Carta Pastoral... con ocasion. de haber fundado en la<br />

Capital de .-(ïôrdoya dos Casas para Ninos huèrfanos y<br />

huèrfanas. » .<br />

|ll ;« Sermon de graçias->predicado...': con la noticia de! -nacimento<br />

de los infantes D. Carlos y D. Phelipe de<br />

• ' Bferbon. »<br />

— « Çarta segunda pastoral... a los curas,, tenientes y sacerdotes<br />

de. su! Diocesi. » '<br />

fep'T'Estas cartas foram publica das entre 1781 e , 1786.<br />

- Esta' ultima carta \é assignada por D. Fr. J. , A. de<br />

•S. Alberto como Arzobispo de La Plata.<br />

:, O exemplar da primeira, que éxpomos sôb.o n.° 171, ë<br />

que T. Compans acredita sei a primeira producçâo da imprensa<br />

de Buenos-Aires, é do mesmo anno da Representation _<br />

del Gabildo, isto é, do anno em que appareceu o primeiro<br />

"trabâlho typographico de Buenos Aires ; é, portante, si nâo<br />

0 primeiro, documento preeiösissimo para o estudo da historia<br />

da typographica na Con'fedèraçâo Argéntina.<br />

^;v ;Per-tenceu â. Collecçâo D. Pedro de Angelis.<br />

&V4,32-îl<br />

* ¿WBî


374,<br />

Jty A. N.° 172. -jJfTratádo preliminar sobre los limites'<br />

de los Países pertencientes en America Meridional<br />

a- las coronas ele España y Portugal,<br />

ajustado y concluido entre El Rey'N. S. y<br />

la Reyna Fidelísima, y ratificado por S. M.<br />

(i en San Lorenzo el Real á ti de Octubre<br />

de 1777. En el qual se dispone y estipula<br />

por donde ha de correr la linea, divisoria de<br />

unos y otros dominios, que dispues se debérá<br />

fixar y prescribir determinadamente en un<br />

Tratado Definitivo de Limites.<br />

En Madrid en la Imprenta Real de la<br />

. Gazeta año de MD CCL XX VÍL Reimpreso en<br />

Buenos-Ayres en la Real Imprenta de Niños<br />

Expósitos, ciño de M.D CCXCVI. In-4. 0 de<br />

30 pp.<br />

A ultima fl.g';cóm as pp. 29 e 30, traz como appendice.:<br />

« Articulo ix del Tratado de Limites de 1750, que se cita<br />

en el Articulo xn del Tratado Preliminar de 1777, y deberán<br />

tener presente los Comisarios nombrados para la éxeeucion de<br />

. este ultimo Tratado. »<br />

Firmam este Tratado, como plenipotenciarios, o Conde!<br />

de Floridablanca e D. Francisco lnnocencio de Souza Cóü : .<br />

É conhecido pelo nome de Tratado de Santo Ildefonso.,<br />

que «fixou as fronteiras de ambas as Colonias pelosul 6 pelo<br />

norte¿ '<br />

A ratificaba© da clausula que estipulava a - restituido a<br />

Portugal da IIha de Santa Catharina, tornada ño anno anterior<br />

por D. Pedro Ceballos Cortéz y Calderón, foi firmada rió:;<br />

Tratado do Pardo, -assignado em 11 de Margo de 1778.<br />

G exemplar exposto, sobre ser um documento valioso para<br />

a historia sul-americana, recommenda-se muito especialmente<br />

ao ¡nteresse dos bibliographos, porque é um dos mais antigos<br />

representantes da imprensa de Buenos-Ayres. .<br />

Pertenceu á Cotí. Pedro de Angelis.


375,<br />

N-° 173.— Telegrafo Mercantil, Rural, Politico<br />

-Economico e Historiógrafo dei Rio de la<br />

Plata. Por el Coronel D. Francisco Antonio<br />

• Cabello y Mesa Abogado de los Reales Consejos,<br />

y primer Escritor periodico , de estas<br />

Províncias, y Reyno del Perú 8c... Con privilegio<br />

exclusivo.'<br />

En la Real Imprenta de Ninos Expositos<br />

de Buenos-Ayres.; 5 tom. em 2 vol. in-4. 0<br />

Precedem á Collecção: « Analisis dei pápel periodico intitulado<br />

Telegrafo Mercantil.., 1800 »j uma poesia do editor<br />

com está epigraphe extr. do Ecclesiast. .cap. 10, v. 2.<br />

, « Qualis Rector es Givitatis, '<br />

".. tales et inhabitantes in ea,.. »<br />

Em seguida: ^Censura dei Sr. D, D. Benito de la Mata-<br />

Linares »\ « Licencia dei Superior Gobierno » ; « Analisis » assinada<br />

por'Cabello y Mesa; « El . editor a los Sénores subscriptorès<br />

»; «' Lista de los_seííores subscriptores. »<br />

' O primeiro tomo contém 35 números, ' de Abril a Julho<br />

de 180i j. 0 segundo, com 37 números, vae de Agosto a Dezembro<br />

do mesmo anno. O segundo volume com os tomos<br />

3. 0 ; 4. 0 e Ép começa a 3 de Janeiro e térmima a 17 de Outubro<br />

dé 1802.<br />

No frontispício do periodico. vem, abaixo do titulo, a<br />

'ínsferipção: •<br />

'.*• «. Admiranda tibi levium spectacula rerum,<br />

jo,: . In tenui labor: at tenuis non gloria; si quem<br />

Numina loeva sinunt, auditque vocatus Apolo. .»<br />

A assignatura do periodico era; de 2 ps, mensaes em<br />

Buènos-Áires e arredores.': ; ><br />

iS^T.elegrafo' Mercantil'' &ç. foi a primeira- publicação<br />

petiodica de Buenôs-Aires, e mesmo do Rio da Prata, como<br />

se deprehende do Catalogo de P. de Angelis e do prospecto<br />

.(Análisis) rda própria publicação.<br />

y / Seu redactor foi D.'. Francisco Antonio Cabello y Mesa,,<br />

hespanhol natural da Extremadura e militar ao serviço da metrópole<br />

na Çolonia súl-americaha.<br />

• '. D. Francisco Cabello, homem emprehendedor, pode-se<br />

considerar como o fundador da imprensa periódica na América-hespanhola<br />

meridional. Foi élile quem fundou os primeiros<br />

periódicos do Perú, era Lima, o Diário Curioso, o Mercúrio


376,<br />

Peruano, o Semanario Critico, "etc. Em residenciaem Buenos<br />

Ayres •". fundou o primeiro periodico "õ t. Telegrafo' Mercantil<br />

que: aqui expomos. D> Francisco Cabello, conjuntamente com<br />

á- ? 'puDlicação, realisou a idéa de uma « Sociedad Patriótica y<br />

Economica » . moldada sobre as de Vera, Benevente e Medina<br />

da Hespanha.<br />

: Por esse tempo era viso-rei do Perú -o marquez de Avilès.<br />

O Telegrapho Meicanfil é hoje. CollecçaO râra e estimada.<br />

Pertenceu'á Bibi. de Pedro de Angèlis.<br />

N.° 174. — Gaceta dei Gobierno de Buenos-Aires.<br />

Buenos-Aires, Imprenta de los Expositos,<br />

I8OÇ—IO, in-4! 0 \<br />

Os números da Gazeta, de impressão -mais antiga que a<br />

da folha de rosto, variam no titulo e nas indicações de lugar<br />

e typográphia. O titulo. é simplesmente este-: Gazeta dei Gobierno.<br />

As indicações São :. Báenos-Ayres: En la Imprenta de Ninos <<br />

Expositos ou En la Imprenta de los Ninos Expositos.<br />

O volume comprehendé 50 números, publicados com a<br />

data de 14 de Outubro de 1809 até 9 de Janeiro; de 1810,<br />

data do ultimo, numero.<br />

- -^Em ordem chronologica, é o quarto periódico que se publicou<br />

em Buenos-Aires - .- • -<br />

Era sobretudo noticioso, apresentando em todos os sèus<br />

números ò resumo dos succèsgos europeus ou americanos. O<br />

n.° xxxvni,' por exemplo, é um • extracto das Gazetas do Rio<br />

de- -janeiro.<br />

Esse periodico era a reproducçãó da— Gazeta dei Gobierno—-<br />

de Hespanha,daqual sempre trazia a data. De lavra<br />

própria, apenas publicava b movimeiíto marítimo de Buenos<br />

-Aires e Montevidéo. ,<br />

Por esse. tempo, o rei' de Hespanha D, Fernando, coagido<br />

é ' ainda resistindo : ás forças de Bonáparte, refugiara-se em<br />

Sevilha, que assim provisoriamente se tornárá a capital do<br />

reino.'- ' ,<br />

O sys.tema que adoptou a gazeta bonairense de conservar<br />

Ou transcrever em seus números a mesma, data dos jornaes<br />

europeus, de que se servia, deixa o espirito em perfeita confusão<br />

e apenas apto para levantar uma ou outra conjectura.'<br />

Assim o n.° 1 traz a data de 14 de Outubro de i8p9,. evidentemente<br />

data da Gazeta official hçspânhola, por isso. que as.


377,<br />

noticias loca.es que se encontram no mesmo numero (movimento<br />

do porto) chegam até á data de 29 de Dezembro,<br />

f- ' O mésmof systema produz outros inconvenientes dé maior<br />

monta. Havendo necessidade de. publicar as noticias máis recentes<br />

em primeiro lugar, Observa-se que, considerando os<br />

números da publicação na ordem crescente e natural, como oS<br />

n. 08 .41, 4-> 43 etc.', nota-se entretanto uma ordem inversa<br />

nas" datas, fejèOmo 20 de Janeiro, 18 de janeiro, 16 de Janeiro,<br />

etc.<br />

Tómandò ; -se como base o numero médio de dias (70 a .80)<br />

ém que um navio á vela poderia vir da Hespanha àd Rio da<br />

Prata, pode restabelecer-se, embora com approximações variaveis,<br />

as dataà da publicação de~ cada numero. O que desde<br />

lego offêrecè uma conclusão positiva: é quê a —- Gazeta 9H<br />

não podia ter apparecido antes dos últimos dias, 30 e 31, de<br />

Dezembro de 1809.<br />

0 exemplar pertenceu a D. Pedro de Angelis.<br />

n.° 175. — Mensages del Gobierno de Buenos ÜO^<br />

-Ayres.<br />

Buenos- Ayrés, Imprenta del Estado e de<br />

; la Independencia, 1839-1850. 4 vols. in-4. 0<br />

D'estas Mensagens a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue as edi^oes<br />

ingleza's e francezas, que se fizeram de 1844a 1850.<br />

Rarissimos sao os exémplares da edi^áo da 28. a legislatura,<br />

Cómo se vé da següinte nota mss. que nos deixóu D.<br />

Pedró dé Angelis:<br />

« Hasta aqui habia llegado la impression de este Mensage,<br />

el -dia '3 de Febrero de 1851, cuando se dio la batalla de<br />

Caseros. Toda la édicion se mandó al Parque de Artilleriá,<br />

para hacer cartuchos,, y este es uñó de los pocos ejemplares,<br />

que conservé para mi uso. »<br />

Esta circumstancia dá inestimavel valor ao exemplar, que<br />

ora nos pertence e expomos sob o n.° 175.<br />

n.° 176. — Trofeos de la Reconquista de la<br />

Ciudad de Buenos Aires en el año 1806.<br />

Publicación Oficial.<br />

¿iO) J s J3<br />

I i/


378<br />

Buenos Aires, Litografia, Imprenta y<br />

m Encuadernacion dè Guillermo Kraft, 188:2, in-4. 0<br />

"de 7,8 pp.<br />

• Na parte superior da folha de rosto, separada do. titulo<br />

por Um filete, esta decla,raçâo : « Municipalidad de la capital<br />

— Republica Argentina.<br />

Todas as paginas sâo orladas de filetes aîzues e o volume<br />

traz um retrato de Santiago Liniens e 6 estampas chromo<br />

-lithograpHicàs,<br />

An tes do titulo- e do retrato a seguinte dedicatoria do<br />

èxemplar â Bibliotheca f^acional, por lettra do proprio pu'nho<br />

do Sr. Alv.ear : «. Torcuato de Alvear Intendente Municipal de<br />

la Capital de la Republica Argentina A la <strong>Biblioteca</strong> <strong>Nacional</strong><br />

de Rio ?de Janeiro. »<br />

Foram Collaboradores nestà, intéressante ë importante* pu- 1<br />

blicaçâo os Snrs. Drs: D. Vicente F. Lopez, Bartholomé Mitre,<br />

Andrés Larnâs, Manuel R. Trelles é Àngel J. Carranza.<br />

No fim do volume occorrem as assignaturas de Torcuato<br />

de Alvear e Mariano Obarrio secretario, : .,<br />

O exemplar figura na Ëxposiçâo como excellente specimen<br />

,do estado da arte typographica em Buenos Aires na çpoca.<br />

actual. Com effeito, o papel •emprêgg.do nesta ediçâo é de<br />

muito' bôa qualidade j. o typo é formoso e bém fundido ; a<br />

impressâo é cuidada, e mesmo nitida.<br />

/ MONTEVIDEO. ^<br />

n.° 177. — Oracion Inaugural que en la apertura<br />

dé la <strong>Biblioteca</strong> Pûblica de Montévideq,<br />

•' celebrada en sus fiestas mayas de 1816, dixo<br />

D. A. L. Director de éste «establecimiento.<br />

Montevideo: en el mismo ano (1816),. in-8.°<br />

. -Specimen das primeiras impressôes de Montevideo. .<br />

O exemplar tem 16- pp. num. No v.-da il. do rosto; vem<br />

a inscripcâo : « Ménsis" iste/ vobis principium menMum, primus<br />

êrit in mensibus anni ». Exod. 12, 2. A oraçâo ou discurso<br />

termina por um hymno.<br />

As festas mayas do Uruguay, parodia as festas romanas<<br />

assim qualificadas,' faziam-se para celebrar -as datas : 25 de<br />

v


379,<br />

Maio de 1810 — dia em quê âs Republicas. do Prata, proclamaram<br />

os direitos de independencia, e 18 de Maio de 1811,;,<br />

quê marca a victoria de las Piedras.<br />

, Naquelle mesmo anno da abertura da Bibliotheca (1816)<br />

começava a guerra que havia de, como consequência, annexar<br />

à republica oriental ao Brazil, sob o nome de Provinda Cisplatina.<br />

Na opinião dê. Ternaux-Compans a arte de imprimir foi<br />

introduzida em Montevideo no anno de 1807, por um americano<br />

-chamado William Scolloy. T. Compans não nos diz,<br />

porém, em que bases assentou este seu . asserto. O que nos<br />

parece provável è que a imprensa ali começasse, ou naquelle<br />

mesmo anno de Í 807, ou talvez antes, importada por artistas<br />

procedentes de Buenos-Aires.<br />

Em todo caso, ^.com a exhibição do .exemplar n..° 177 a<br />

Bibliotheca colloca ante os olhos dos interessados üm specimen<br />

dos mais antigos documentos d'aquella cidade.<br />

iPei tenceu. à colIeCção Pedro de Angelis,<br />

N.° 178^-—Refutacion de la calumnia intentada. Zb<br />

contra Don Carlos Alvear inserta en la Extraordinária<br />

de Buenos' Ayres dei 28 de Diciembre<br />

de 18 i 8.<br />

Imprenta Federal, por William P. Griswold<br />

y John Sharp (Montevidéo), in-8,° de 10<br />

PP-<br />

0 autor, Don Carlos Alvear, defende-se da accusação de<br />

traidor que appareceu em um numero extraordinário da Gazeta<br />

ministerial de Buenos-Airés, de 28 de Dezembro de 1818.<br />

A gazeta alludida accusa a Alvear, Carrera e Artigas de<br />

alliados, ãós portuguezes com a intenção de burlar o governo;<br />

bonairense. Deu caso a esses successos à recommendação quê ,<br />

fez- o ministro de Madrid ao Vice-Rei do Perú de enfraquecer<br />

o dominio dos rebeldes, protegendo a facção dissidente de<br />

Carrera contra a administração de Buenos-Aires.<br />

O Opúsculo termina com dois documentos e uma nota<br />

do editor, relativos á questão.<br />

Pertenceu a D. Pedro de Angélis:


I<br />

380<br />

n.° 179. -fcEl Febo Argentino. ^<br />

.. Montevideo, Impr. de Torres:] 1823, in-4.? '<br />

O exemplar contém os 3 primeiros números da publicação<br />

: o i.° de 13 Junio, de 10 pp.-; —*o 2." de 26 de Julio,<br />

pp. 11 -T 30 ; — o 3. 0 de 21 Octubre, pp. 31-42. O primeiro<br />

numero fói impresso ! na Imprenta, de Torres; os dois últimos<br />

na — Imprenta de: los, Ayllohes y • Compañía.<br />

A, folha tem caracter' politico é;. 1 acoima de atheistá e<br />

maçonico o governo de Rivadavia e Manuel Garcia. No ultimo,<br />

numero faz referencias ao Governo brazileiro em relação<br />

á politica sul-americana.<br />

Não sabemos de quantos nümeros consta a collecção<br />

d'este ••jornal, a qual não pôde ser hoje muito vulgar. A<br />

Pertenceu a D. Pedro de Angelis.<br />

n.° 180. II Constitución deíla República Oriental<br />

dei Uruguay, sancionada por la Asamblea<br />

general constituyente y legislativa el 10 de<br />

Septiembre de 1829.<br />

Montevideo, Imprenta Republicana, 1829,<br />

in-4. 0<br />

O exemplar consta de 38 pp. num. — A çonstituição foi<br />

dada na Camara Constituinte a 10 de Setembro de 1829,<br />

dois annos depois que,,.havia sido proclamada avindependencia<br />

,do Uruguay, e reconhecida pelo tratado preliminar de paz<br />

com a Republica Argentina e o Imperio do Brazil, celebrado<br />

em 27 de Agosto de 1828. Presidiu a assémbléá constituinte<br />

Silvestre Blanco, deputado por* Montevidéo. Assignam como<br />

secretarios Miguel A. Berro e Manüel ]'. Errazquin.<br />

O exemplar pertenceu a D. Pedro de Angelis. 1<br />

n.° 181. — Memoria elevada al Exmo Gobierno<br />

de-Ha Republica Oriental del Uruguay sobre<br />

; el establecimiento de un nuevo muelle y la<br />

consiguiente forro ación de un puerto abrigado,<br />

en 1.a bahiá de Montevideo. Por el ingeniero<br />

Carlos Enrique Pellegrini.


381<br />

Montevideo, Imprenta de la Independencia,<br />

1833, in-4. 0 de 25 pp. num.<br />

Traz no fim a assinatura do autor e a data de 15 de<br />

Março de 1833./<br />

.. . Esta memoria é uma resposta, a um Officio do Governo<br />

Oriental, de n de Fevereiro de 1833, consultando o aut'or<br />

sobre um projecto (le porto ou construcçãó" de um dique em<br />

Montevidéo. Inferé-se, pela leitura, que¿p : Engenheiro Pellegrini<br />

áchava-se," naquella cidade, de passagem.<br />

A Memoria . contém-: « Exposición del proyecto de un<br />

nuevo muelle»; « Introducción»; « descripción de.las localidades<br />

y detalles estadísticos »; «determinación del sitio del<br />

muelle»; «tiempo, que se gastaria con buques de vapor para<br />

ir de Montevideo à lós diferentes puntos » ; «sistema de<br />

construcción adoptado»; « descripción de la, obra y sumario,<br />

de su presupuesto »; « medios de realisar la empresa. »<br />

O' exemplar pertenceu a D. Pedro de Angelis.<br />

n.° 182. ^-'Apertura de la Casa de Moneda <strong>Nacional</strong><br />

dela Republica Oriental del Uruguay;,<br />

Creada' y establecida en Monte Video, du-w<br />

rante el asedio de esta capital por el ejercito<br />

de Rosas.<br />

Montevideo, Imprenta del <strong>Nacional</strong>, 1844,<br />

in-4. 0 de 17 pp. num.<br />

O exemplar contém o discurso do Chefe de Policia e<br />

Encarregado da Caga-de Moeda, o Sñr. Andres Lamas, e<br />

diversos documentes relativos* • á inauguração do estabelecimento.<br />

O trabalho typographic© é bastante regular; as, folhas são<br />

tarjadas; a folha dé rosto é impressa em côr verde : a lettra,<br />

capital é' orñaméntada.<br />

- Pertenceu a D. Pedro de Angelis.<br />

n.° 183. a Codigot : de Ja Univlgsidad Mayor dç | «iAja,<br />

:<br />

la Republica Oriental del Uruguay mandado ' Y j , ,<br />

publicar por el Exm.^Gobierno. ° * J *°dlx<br />

8®<br />

Vi


: ; '•<br />

382,<br />

Montevideo, Imprenta Uruguayana, 1849,<br />

v. O exemplar consta de 97 pp. num. e 1 ft. de errata. É<br />

uma "collecção de leis relativas a© ensino ein geral e á Universidade<br />

da republica, desde 1833 a 1849, mandada publicar<br />

pelo Governo»<br />

Apresentamos o exemplar como specimen da arte typo*<br />

graphica no Uruguay, no anno de 1849.<br />

Pertenceu a D. Pedro de Angelis, •<br />

¿¿i A N.° 184. — Estudios literarios por Francisco<br />

Bauza.<br />

Montevideo Establecimento Upo gráfico-editorial<br />

de la Libreria <strong>Nacional</strong> de. A. Barreiro<br />

• y Ramos, 188$. .<br />

In-8.°, de 291 pp. num., i inri, de Indice. Faz parte da<br />

bella collecção intitulada <strong>Biblioteca</strong>, de autores uruguayos,<br />

editada pelos mesmos impressores. Esta curiosa e importante<br />

Collecção, qué faz honra á imprensa montevideana, já conta<br />

16 obras em 19 vols., escriptas pelos Sñrs.- Carlos Maria Ramirez,<br />

Sansón Carrasco, Palmas y Ombües, Juan Zorrilla de<br />

San Martin, Justino í;|¿ de Aréchaga, F. A. Berra/A. de<br />

Vedia, C.' M. de Pena, Adolpho Berro,* Luis Melián Lafinur,<br />

Magariños Cervantes, Garçia de Juan; e, finalmente, o Sfir.<br />

Francisco Bauzá, que nella toma parte não só cóm a presente<br />

obra cómo com a Historia de la dominación, española enei<br />

Uruguay, em 3 tomos*<br />

A obra que a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> expõe como um termo<br />

de comparação entre as impressões antigas e as de recente<br />

data da Capital da República visinha, prima pela sua nitidez<br />

eT correcção. É impressa 'em bellos caract. redondos, com o<br />

monogramma dos; nomes • dos impressores na fl. de rosto/<br />

: let tras capitaes ornadas, cabeções de pagina e culs de lampe r<br />

á guisa das impressões antigas, que a arte moderna tem nestes<br />

, últimos tempos imitado em' toda a parte do mundo.<br />

Os Estudios literarios, do distincto descriptor uruguayo<br />

comprehendem esboços biographicós, juízos críticos e quadros<br />

de ÇOstumes nacionaes. Nos primeiros trata ae : Francisco<br />

Acuña -de Figueiroa, notável poeta do Estado visinho e que,<br />

tão mal ; conhecemos, não tanto porque a maior e melhor


383,<br />

•parte de suas composi


• \m<br />

384,<br />

publicação tem umcertp cunho official, e trata de um assumpto<br />

tão transcendente, coino : seja a jurisdicção em ultima instancia<br />

dps bispos sobre os négocios diocesanos, que denota ser'0 seu<br />

autor,' não só pessoa de alta pósição na hierarchia ecelesiastica<br />

como entendido em matéria theologica; ora D. Rodriguez<br />

Zorrilla, era, ^conjuntamente, o governador interino do Bispado<br />

e Lente de Theologia na Universidade de San-Felipe.<br />

Outro facto que vem dar maior força a essá conjectura, é<br />

que, D: Rodriguez Zorrilla, em politica, defendia o domínio<br />

hespanhol e condemnava as tentativas de independencía do<br />

Chile, pelo.-, que teve^de soffrer éxilios, privações e outras consequências<br />

que "a Sua opinião acarretava y ora, no exemplar em<br />

questão, desde as primeiras palavras, o .autor extranha que ps<br />

americanos pensem sómente em liberdade, quando Vêem o seu<br />

rei (Fernando VII) e o papa desthronisados pelas forças de<br />

Bonaparte.<br />

O exemplar é um antigo impresso do Chile e é exposto<br />

como amostra dos primeiros tentamens da arte typogíaphica<br />

naquelle paiz.<br />

A imprensa foi fundada no Chile pelos esforços de Carrera<br />

que mandara vir dos Estados-Unidos alguns typographos<br />

è o material necessário a uma typographia. Dirigia as publicações<br />

o padre Camillo. Henriquez, Sectário dos princípios da<br />

revolução franceza. Segundo Gaspar Toro,- e alguns biõgraphos<br />

como Luiz .Montt ê Suarez, o P. e Henriquez deu á luz os primeiros<br />

periodicos chilenos, entre elles, a Aurora, periódico<br />

que teve uma acceitação enthusiastica e foi creado para o fim<br />

da propaganda revolucionaria. Eram collaboradores conjuntamente<br />

com o P. e Henriquez, Don A. J. Irizarri, guatemalense;<br />

Bernardo Véra, argentino ; " Juan Éngafía,. peruanò; e<br />

Manuel Salas. ,Ó P.® Camillo Henriquez fói contractado para<br />

redigir posteriormente a Gaceta de Buenbs-Ayres, commissáo<br />

de que se dispensou mais tarde por força de suas idéas e sentimentos.<br />

É de 1812 que data a primeira publicação periódica<br />

do Chile. 1<br />

n.° 186. Proyecto de Constitución Provisoria<br />

para el Estado de Chile.<br />

Santiago de Chile, Imprenta del Gobierno,<br />

1818. In-4. 0 ,<br />

O exemplar consta de 4 fls. inn. de introducção e 48 pp.<br />

de texto e advertencia final.


385,<br />

Esté projecto não foi sanccionado. Depois da revolução<br />

dè i8io, 1 óccaSionada prematuramente pelo effeito da ánarchià<br />

então dé posse da Hêspanha, alguns políticos interessados no<br />

rfióvimentò' revolucionário, crearam. um projecto de constituição,<br />

sob o titulo": Reglamento Constitucional provisorio dei<br />

piieblo de Chile, publicado em 1811. Esse projecto pretendia<br />

conciliar a liberdade com a submissão á autoridade real da<br />

Hespanha. Õ projecto de 1813, mais liberal, não foi também<br />

sânCcionado. ,0 desastre de Rancagua (i.° de Outubro de<br />

1814)- tinha feito retroceder o Chile ao período colonial, de<br />

que sè libertou definitivamente com a victoria de Chacabuco,<br />

em 12 de Fevereiro de 1817.<br />

For em seguida a esses acontecimentos que se promulgou<br />

pelà terceira vez um projecto de constituição (18x8), que éo<br />

presente, mas que ainda d'esta vez,não foi sanccionado, assim<br />

cdmo outros que se lhe seguiram. A primeira Constituição<br />

Politica do Chile" data verdadeiramente de 23 de Outubro<br />

de 1822.<br />

O Projecto de Constituição Provisoria. de 8, de Agosto<br />

âe 1818 foi elaborado por uma commissão nomeada pelo<br />

Director do Chile Bernardo 0'Higgins, em vista da impossibilidade<br />

de reunir-se o Çongresso <strong>Nacional</strong> para legislar sobre<br />

o caso. A commissão compunha-se dos Sfirs. José Ignacio<br />

Çiènfuegos, Francisco Antonio Perez, Lorenzo José de Villalon,<br />

José Maria de Rozas e José Maria de Villarreal.<br />

Governava o Chile como Director Supremo B. 0'Higgins,<br />

tendo como secretário Antonio José de Irisarri.<br />

V O exemplar pertence á collecção Pedro de Angelis.<br />

JjNf 187. — Constitución política del Estado :de<br />

i\ Chile promulgada el 23 de Octubre de 1822.<br />

Imprenta del-Estaztcr. In-4. 0<br />

Nas 2 íf. seguintes inn. : La Convención a los habitantes<br />

í; • de rChile., -<br />

Assignam: Francisco Ruiz Tagle, presidente; José Antonio<br />

Bustamante, vice-presidente; Camilo Henriquez, deputadò<br />

secretario ; Dr. José Gabriel Palma¿ secretario.<br />

De pp. I-VI : Convocatoria con que se reunió la Honorabie<br />

Convención.<br />

De pp. VII-XIV, duas Mensagens do Poder Executivo.<br />

. Dé pp. xv-xvi: La Convención Preparatoria.


386,<br />

• ,P textQ da Constituição abrange 78 pp. É referendada<br />

£éIo jft'ésicfeñté dá Republica Bernardo Ó'Higgins, e pelos<br />

miriistròs dö- gtrtérhá, estrangeiros é márinfia, é dá guérrá.<br />

Está fot a primeífá Constituição definitiva dá Republica<br />


387,<br />

discursos, memorias e dissertapóes sobre pontos de litteratura<br />

on. de sciencia.;' D'essa parte, que é evidentemente á mais<br />

n o<br />

útil, D. R. Brisefió organisQU um Índice exacto até 1873,<br />

seu • Catálogo Razonado. :<br />

v A Bíbliotheca <strong>Nacional</strong> posgue a collecpáó compléta dos<br />

Anales da universidade chilena e tambem o Indice jeneral,<br />

em ordem alphabetica, de 1843 a<br />

A Universidade do Chile nasceu, sob a influencia do<br />

ministro Montt, da fusáo do Instituto com a Universidade de<br />

San-Felipe, era 1843. Foi seij primeíro reitor o notavelgrammático<br />

e erudito Andrés Bello e secretario geral D. Salvador<br />

Sanfuentes.<br />

Fizeram parte d'ésta corporagáo alguns sabios europeus,<br />

como Claudio" Gav, naturalista, e Andrés Gorbea, que fundou<br />

no Chile o estuco das ;. sciencias raathematicas. A historia<br />

natural tem sido o objectívo principal dos estudos d'esta<br />

instituipáo.<br />

Assim, sobeja razáo teve a Biblíotheca <strong>Nacional</strong> escolhendo'para<br />

figurar, na Exposi^áo o i.° voluifte d'esté vásto<br />

.repositorio de noticias sobre a historia dó Chile, sem duvida<br />

uma das mais importantes publicapOes periódicas da America<br />

do Suí.<br />

VALPARAISO. • .„<br />

¡ag j'í,<br />

N.' 190. — I listona genera' de el Reyno dé;<br />

•.".•• Chile;. I'landes Indiano por yl K, P. Diego*<br />

de Rosales, de la Compañía |¡%ii;fesus: dos<br />

veces V. Provincial de 9 V. provineiS. de I<br />

, ChilM calificador Sjfel San® OíTieio tléH InquisidiSh"?<br />

natural |s|¡§Mádrid Dedícáday-^ll:,<br />

R&í4e España D ¿Tarl>a II N S "publií<br />

'"cad^, anotada i precedida de la vid|| api autor<br />

i átte^úña Stensa*.noticia de ¡sus obras<br />

|mr Benjamín Vicuña Mackennai;<br />

-78, 3 vols. in-4. 11<br />

,.> 0 1.* vol. tetn i.kix pp. 'praU/e 556.pp.,.:a dual<br />

i:as. lie l;-xl¡»


388,<br />

Gontêem: Advertencia dei Editor \ Videi de<br />

Diego de 'Rosales, por B. Vicuna Mackenna; Prefacio, e finalmente<br />

dedicatórias, approvações, censuras, poesias e Protesta .<br />

dei aiitor.<br />

A fl. de' rosto é impressa a dUascôres e o trabalho *<br />

typographiCo é, em geral, bem cuidado e, como tal, aqui<br />

figura.<br />

É esta a primeira impressão da notável Historia do padre<br />

Diego de Rosales. • '<br />

.2 Ò manuscripto havia sido copiado e ornamentado em '<br />

Santiago,' no goçtó do século XVIII, devendo 1 .- seguir para/ a<br />

Hespanha para ser • ali impresso ; por causas, porém, que ainda<br />

não estão, esclarecidas,, extraviou-sé. o manuscripto, indo parar<br />

nos fins do século' XVIII em Paris, sendo nest-a cidade o seu<br />

ultimo póssuidor o notável orientalista Lànglés. Após a morte<br />

d'este. sábio, D. Vicente Salva adquiriu emleilãpómanuscripto<br />

que, mais tarde, |?ficpu entre..o patrimonip, de seu filho primogénito<br />

D. Pedro Salvá. Foi á custa de. muitos esforços e até<br />

de epistolas desabridas que o Snr. Vicuna Mackenna Conseguiu<br />

a posse do precioso manuscripto!';:<br />

O padre Diego de Rosales escreveu também a Conquista<br />

espiritual dei reino de Chile, livro, que continha apontamentos<br />

biographicos de importancia para, o : estudo da historia da<br />

catechese no. Ghile. Esse livro perdeu-se em parte,; existe "<br />

bom numero de fragmentos e capitulos, si bem que truncados.<br />

e em lugares diversos, v<br />

O padre Rosales, além do mérito de observador sincero,<br />

passa como uma das mel horesautor idades erri lingua , castelhana<br />

pela correcção e pureza da phrase.<br />

A publicação da Historia General dó Chile, feita, ém Valparaiso<br />

e, segundo diz o editor, sem auxilio oíficial e apenas<br />

Contando com o favor publico!, começou ém 1877 e terminou<br />

com o 3. 0 volume em 1878.<br />

O exemplar foi comprador pelo Dr. João de .Saldanha,<br />

actual bibliothecario.-<br />

R, RIO DE JANEIRO.<br />

• /) \ ' .0/ .<br />

cf . yn° 191.;®- Relação dâ entrada que fez o excel-<br />

||p§entissimo e reverendíssimo senhor D. Fr. Antonio<br />

do Desterro Malheyro, bispo do Rio de<br />

. Janeiro, em o primeiro dia deste prezente


389,<br />

Anno de 1747 havendo sido seis Annos Bispo<br />

do Reyno de Angola, donde por nomiação de<br />

Sua Magestade, e Bulla Pontifícia, foy promovido<br />

para esta Diocesi Composta pelo Doutor<br />

Luiz Antonio Rosado da Cunha...<br />

Rio de Janeiro. Na Seg unda Oficina de<br />

Antonio' Isidoro da Fonseca. Anno de 1747, in-4?<br />

M O exemplar contém 20 pp. num. e i fl. in-fine de licenças.<br />

• É uma obra preciosa pela raridade e é uma das primeiras<br />

publicações .feitas nó primeiro estabelecimento typographicoy<br />

fundado no Rio de Janeiro no governo de Gomes Freire de<br />

Andrada, Conde de Bobadella.<br />

No mesmo volume, em seguida á obra citada, encontram-sè<br />

às duas outras impressões feitas, por aquélle tempo, nas mes^<br />

mas officirias. São: Em Aplauso, do Excelléntissimo, e Reverendíssimo<br />

Senhor D. Frey Antonio ; dó Desterro Malheyro <<br />

Digníssimo Bispo desta Cidade. Romance heroiço,. S. 1. n.<br />

d. , in foi. de 5 ff., inn. impr. somente de um lado. Epigrammas<br />

em latim e um soneto em portuguez. S. 1. 11. d., in-fol. de 12<br />

ff. inn. Contém 11 epigr.<br />

. Isidoro da Fonseca teve primeiramente of&cina typographica<br />

em Lisboa; esta é a razão da declaração de segunda<br />

que se lê na obra exposta.. Esta Relação da entrada do bispo<br />

fòi a única qüe então aqui se imprimiu: a côrte da metropole<br />

Mandou-a abolir e queimar, para não propagar ideias, que<br />

podiam ser contrarias ao interesse do Estado. Quanto ao Exame<br />

de Bombeiros, dêscripto sob o n.° 192, acreditam alguns que<br />

• também sahira á luz nó Rio de Janeiro. ;<br />

O' exemplar sob • o . n. 1 \ i 91' é da colléçção histórica de<br />

Barbosa Machado. :<br />

W° 192. — Exame de Bombeiros, que compre- - J (j fy i| *}<br />

hendé dez tratados.; o primeiro da Geometria,<br />

o segundo de huma nova Trigonometria, o y<br />

terceiro da Longimetriá, ; o quarto dá Al time- r J<br />

tria, o quinto dos Morteiros, o sexto dos<br />

Pedreiros, o sétimo dós Obuz, o oitavo dos<br />

Petardos, o nono das Batterias dos Morteiros,


390,<br />

Com dóus Appéndix: o primeiro do. methodo<br />

mais fácil, que se pode inventar, pára saber<br />

o numero de balas, e bombas nas Pilhas: o<br />

segundo como dado hum numero de bàlas ou<br />

bombas, se &e podem achar ç>s lados das<br />

pilhas que se cjuizêrem formar ou sejam triangulares<br />

ou quadrangulares, o décimo da Pyrobolia<br />

ou fògos artificiaes da guerra, com dous<br />

Appendix: o primeiro dos fogos extraordinárias,<br />

o segundo dos Fogarèok e Candieiros<br />

da muralha* Obra n


391,<br />

mais, a probabilidade de .um tal facto, autorisa-nos a apontal-a<br />

aq.ui sob' o n.° 192.<br />

Il Barbbsa Rachado em 1759 falia da exiçtencia .d'ésjta obra<br />

como mânuscripta, ignorando portanto a sua impressão (Barb.,<br />

.Bibi Zus., tom. iv).<br />

A obra é o complemento ou 2." parte de outra que, sob<br />

0 titulo Exame deArtilheiros, sahiu á luz em Lisbôá em 1774,<br />

•isto é, 4 anhos antes e a qual foi mandada recolher por Garti<br />

Régia de 15 dp Julho ,dé j 774, dirigida ao corrégedpr dp<br />

bairro de Alfama, sob pretexto de que se não cumpriu no lívrq<br />

com a pragmática acerca de tractamenios.<br />

Esta i. a parte, segundo diz Yarnhagen em sua Hist. Geral<br />

do Brazil, é edição muito mais rara que a do Exame de Bombeiros.<br />

A Bibliothecá <strong>Nacional</strong> possué d'ella um bom exemplar.<br />

n.° 193. — Relação dos Despachos publicados na :<br />

corte pelo expediente da Secretária de Estado f^e<br />

; dos Negócios Estrangeiros, € da Guerra no ¡*<br />

Faustissimo Dia dos Annos de S. A. R. o /<br />

.Principe Regente N. S. E de todos os mais<br />

que se tem expedido pela mesma Secretaria<br />

deáde a feliz chegada de S. A. R. aos Estados<br />

do Brazil até o dito dia.<br />

CIn-fine :) 1 Rio de Janeiro. Em 13 de<br />

Maio de 1808. Na Impressão Regia.<br />

Eí-fol. de 27 pp. num.<br />

j Esta. obra foi a primeira publicação da Typographia <strong>Nacional</strong>,<br />

então Imprensa Regia,sahiu á luz. no mesmo dia da<br />

sua fundação, isto é, em 13 de Maio de 1808, data em que o<br />

Príncipe Regente D. João VI, sendo -ministro Dom Rodrigo<br />

de Souza Coutinho, depois Conde de Linhares, decretou a<br />

instituição de uma typographia officiai. O decreto edo teor<br />

Seguinte -.<br />

« Tendo-me constado, 1 qué os prelos que sé acham nesta<br />

capital, eram os destinados para a Secretaria dé Estado dos<br />

•Negócios Estrangeiros eda ¡Guerra ; e aittendendo á ia.,eces'sldade<br />

quae ha da Dfficaaaa de impressão nestes meus Estados : sou<br />

servido, ••que a casa, onde elles se : estabeleceram, sirva interinamente<br />

de Impressão Regia, onde se imprimam exclusivamente<br />

toda a v legislação e papéis diplomáticos, que emanarem de


392,<br />

qualquer repartição do meu real serviço; e se possam imprimir<br />

todas e quaesquer outras obras ; ficando interinamente pertencendo<br />

o seu governo e administração á mesma Secretaria.<br />

Dom*Rodrigo de Souza Coutinho, do meu Conselho de-Estado,<br />

ministro e secretario de Estado dos Negocios Estrangeiros e<br />

da Guerra o tenha assim entendido, e procurará dar ao emprego<br />

da Officina a maior extensão e lhe dará todas as Instrucções<br />

e Ordens - necessárias, e participará a éste respeito a todas as<br />

i' - Estações o que mais convier ao meu real serviço. Palacio do<br />

Rio de Janeiro em tréze de Maio de mil oitocentos e oito.<br />

Com a rubrica :4o principe regente ri. s. »<br />

A creação da Imprènsa Regia dependeu de uma circumstancia<br />

occasional. Quando se operou a' mudança da Corte<br />

portugueza para; o Brazil, Antonio de Araujo de Azevedo,<br />

depois Conde da Barca, trouxe na nau Meduza alguns volumes<br />

de materiaes typographicos que existiam na secretaria dos Negocios<br />

da Guerra e Extrangeiros em Lisboa, D'esta- circumstancia<br />

o Principe Regente e Souza Coutinho tiraram ò melhcr<br />

pârtido, creando* como ficou dito, á primeira* typographia no<br />

Brazil. Nós seus annaes, pois, a obra acima é o primeiro, e<br />

por isso mesmo, o mais importante documento.<br />

¿ ' . n.° 194.«¿- Reflexões sobre alguns dos meios<br />

# * * ^ ^ propostos por mais conducentes para melhorar<br />

/ /q,'¿¡¡ o clima da cidade do Rio de Janeiro.<br />

Rio de Janeiro, 1808. Por ordem de S. A.R.<br />

Na Impressão Regia, in-8.° de 27 pp. num.<br />

e¿i^fl. inn.<br />

Logo após a fl. de r. vem o Prologo; começa o texto na<br />

pag. 5 e termina na pag. 27, com o nome do autor — Manoel<br />

Vieira da Silva—. Ségue-se ; a fl. inn. com as Erratas.<br />

O autor, medico formado na Universidade dé Coimbra,<br />

e da câmara d'El-rei D. ^João VI, foi^ _condecoradó; com o<br />

titulo de Barão de Alvaiazere; era physico-mór do reino e<br />

provedor-mór da saúde da côrte e Estado do BraziL<br />

A òbra é curiosíssima e de grande valor bibliographico,<br />

por sçr o primeiro trabalho medico que se, imprimiu no Brazil.


393,<br />

n.° 195. — Gazeta do Rio de Janeiro. ^s^ ^<br />

Rio dé. Janeiro. Na Impressão „ Regia, h i<br />

1808 -22, 15 vols. in-4. 0 gr. e in-folio pequeno. «J-ctCH<br />

É á primeira publicação» periódica do Brazil. No fronti"<br />

1: spicio, logo abaixo do tituló,, traz a divisa seguinte, extrahida<br />

i; de Horat., Od. III, Lib. IV:<br />

«. Doctrina sed vim promovet insitam<br />

Rectique cultusspectora roborant. »<br />

Esta divisa foi alterada do 2." numero em diante pela<br />

I omissão de sed, substituida por um signal de reticencia.<br />

Collecção rara. Foi ^íprimeiró periódico, Acornó se disse,<br />

E; que se publicou, no Brazil; . começou no dia 10 de Setembro<br />

Ir de 1808, sendo redigido por fr. Tiburcio José da Rocha, ao<br />

i qual. succederam'ó ; Brigadeiro Manuel Ferreira de ÁraUjo Gui-<br />

I maraes e o Conego Francisco Vieira Goulart.<br />

A 14 dé Novembro de 1822 estampou ' peía primeira vez<br />

i as armas brazileiras. Findou a 31 dé Dezembro de 1822, sendo<br />

K; substituido pelo Diario do Governo, impresso na mesma typofe;<br />

graphia. No ultimo anno trazia o titulo simplificado ^ Gazeta<br />

w^fdo Rioi -<br />

No primeiro numero, declara que a publicação será semanal,<br />

pá mas do segundo em diante começou a publicar-se duas vezes<br />

1 por 'semana; emfim, desde ó-n-° 53, de 3 de Julho de 1821,<br />

§•," sahiu a , Gazeta as terças, quintas e sabbados. '<br />

f Na 4. a pag. lê-se a seguinte decláração: «Esta Gazeta,<br />

Brainda que pertença por Privilegio aos Officiaes dá Secretaria<br />

i. de Estado dos Negocios Estrangeiros e da Guerra, não he<br />

1'. com tudo Official; e o Governo, só mente responde por' aquelles<br />

».papéis qué; nella mandar imprimir-em seu nome. »<br />

;.. Esta Gazeta, como é fácil suppor-se, nenhuma ou quasi<br />

i- nenhuma influencia exerceu sobre os negocios dó Brazil, limi-<br />

K tando-se á publicáção dós actos officiaes e á transcripção de<br />

^|iioficias extrangeiras, sobretudo das que diziam respeito , á<br />

|p França, éntãó sób o dominio de Napoleão.<br />

O seu valor é puramente bibliográphico, e não é pequeno.<br />

I':- O exemplar pertenceu á Real Bibíiotheça.<br />

¿AfS/U ><br />

i M


394,<br />

n.° 196. — Marília de Dirceo. Por T. A. G.<br />

f Themaz Antonio Gonzaga J. Nova "Edição.<br />

Rio de Janeiro. Na Impressão Regia, (Infine:)<br />

Vende-se na Loja de Patdo Martin por<br />

• '24.00. 1810, in-8. : °<br />

O volume é dividido em três partés: á primeira com<br />

118 pp. j a segunda com 108 pp.; e a terceira com no pp.<br />

Cada uma das'partes tem folha de rosto especial.<br />

É a primeira edição que se fez M no Brazil das poesias<br />

de .Gonzaga e çujps exemplares são hoje muito raros Outras<br />

edições successivas se fizeram no Brazil, em '1812, 1835, 1842,<br />

1845, 185.5, 1862 e 1868. .<br />

A primeira edição portuguezá é de Lisboa 1792.<br />

Numerosas tradueçÕes das Lyras têem sido feitas para.<br />

ás línguas cultas, sendo as mais conhecidas a de Monglave et<br />

P. Çhalas {Paris, 1825), a de Vegezzi Ruscalla {Torino, 185$),<br />

e a traducção latina do Br. A. de Castro Lopes (Rio.de Janeiro,<br />

1868). \<br />

,Questões intermináveis têem-se suscitádlo -sobre a patria<br />

v de Gonzaga. Pe -todas as investigações resulta, poré-m, que T.<br />

A. Gonzaga nasceu n,o Porto de. familia brazileira; que<br />

viveu a mais importante porção de' sua vida nç Brazií; que ahj<br />

inspirou-s^ e pelo Brazil teve a corôa do martyrio. (Cabral,<br />

Annq.es d(i Imprensa, pag. fj.y<br />

. O fecto que pode indicar com mais ver-dade a sua qualidade<br />

de brazrleiro por adopção e vontade ^é a parte incontestada<br />

que tomou na conjuração mineirá ém favor da emancipação<br />

colonial.<br />

Gonzaga foi eOndemnado èm 1792 ao degredo em<br />

Moçambique por dez annos; ali casou-se e passou os últimos<br />

annos. dè siita vida. A data dp seu faílecimento é incerta e seus<br />

biographos çollocam-n'a entre 1807 -e 1809.<br />

Marília é a única colecção de versos de T. A- Gonzaga,<br />

Tem-se-lhe ajfctubuido, mas sem fundamento, a autoria,<br />

das Cçwtas Chilenas,<br />

Entre os biographos e críticos que se distinguiram na<br />

elucidação de varias questões relativas á vida e obras de Gonzaga,<br />

deve-se citar o Snr. -Gons. J. M. Pereira da Silva, A.<br />

Yarnhagen e o Snr. Joaquim Norberto.<br />

O exemplar foi offerecidO pelo Sfir. Valle Cabral.


395,<br />

N.° 197.— Variação dos Triângulos EspHericos 3 H J i<br />

para LISO dá Academia Real Militar por Manoel<br />

Ferreira de Araujo Goiiharães Sargento<br />

Mór dó Real Corpo de iíÊngeinheiros Lentè Í<br />

do 4." anuo da referida Academia.<br />

Rio de Janeiro. Na Impressão Regia, 1812 > _<br />

' Por VrdeM m s: 4. R. In-Ç 4 .' ^ rJ%'f<br />

T> pp. num. 0j)uwsi>lb muiio raro.<br />

0 :,utnr . adopta,, como meio r-lu sqliíçdo'. .0 cáltülb diffe-<br />

•gncial, admitlldn o caso cm que aí varia«;.lei d.j Irun-iilo<br />

| núo i s. eil.iin a o*.i.'. Comptòvá n methôdO adoptado cum<br />

I j(i|iliLar,u> em Astromimiii. O aiitur c.dndei'nna o mel lindo<br />

• h w » §9«. cõusi.dcrjiido íÓTÍieine :is variações dos ladus 4<br />

Boo aiigiilfs (los triangulo;, çspliericos, ...jmo infinitamente<br />

!pr'iuenos, resolvem as quea^es d'esse genero por meio da<br />

' J rjf;onoiiiL-tri.i plana.<br />

Manuel Ferreir.t de Araujo Guiinjrïiui Rã o redactor<br />

•Ml.,'do l'atriota, que dirigiu de 1813 a 7814.<br />

Publicou ainda outras obras didacticas, entre ellas os Ele<br />

1. MÍ«Itos de Astronomia.<br />

NíR.198. — Rimas de Bernardo Aveltmo Fer- 0t JS~<br />

reira. e Souza, offcrecidav aos seus amigos. r^ M<br />

Rt9 4e Jefàeito, Nq. Impressão Èegia, -wxjjys^<br />


396,<br />

S (A P R, «WE — O Patriota ^jornal litterario, ; politico,<br />

mercântil &c. do Rio de Janeiro.<br />

Rio de Janeiro, Na Impressâo Regia, 1813-<br />

1814, 3 vols.. in-8.° peq. e in-8.° gr. com est.<br />

;<br />

Of<br />

J-OtCv^ Foi a primeira piiblicaçào litteraria do Rio de Janeiro;<br />

publicoi^se mensalmënte durante o priméiro anno ë de dois<br />

, enu dois mezes no anno seguinte.<br />

No priméiro anno a assignatura era de ^ooo por semestre<br />

(6 n. os ) e 800 rs. pot cada numéro. No segundo,<br />

6$opo por anno (6 n. 03 Mm<br />

) e cada numéro 1^200. ,<br />

. O periodiço trazia na fl. de rosto a divisa:<br />

QkV -<br />

« Eu desta gloria só ficò'«contente<br />

Que a minha terra amei, é a minha gente. » -<br />

O nome do redactor principal d'essa publicação, Manoel<br />

Ferreira de Araújo Guimarães, não apparece em nenhum dos<br />

volumes; suppõçm alguns que são d'elle as poésiâs assignadas<br />

cóm o pseudonymo — EImano Bahiense.<br />

. Entre os collaboradorès dó Patriota devem; citar-se: Domingos<br />

Borges de Barros (Visconde da Pedra Branca)<br />

Marianno José Pereira da Fonseca (Márquez de Maricá}<br />

P. F. Xavier de Britto. Antonio dé Saldanha da Gama, F<br />

;de^B. Garção. Stockler, Fr. Archanjo de Ancó.na, José Bonifacio<br />

de Andrada e Silva, M. I. da Silva Alvarenga, Silvestre<br />

Pinheiro Ferreira, José Saturnino da'Costa Pereira, Camillo<br />

• Martins ;Lage, J. J. Ferreira de Souza, M. J,* Pereira da<br />

' Fonseca, José Bernardes de Castro, Gaspar Marques, &c.<br />

A assignatura freqüente B*** é de Domingos Borgeá<br />

de Barros (depois Visconde da Pedra-Branca).<br />

0 Patriota é um. repositorio importante de informações<br />

sobre a nossa historia e geographiá. No>primeiro volume,<br />

que ¡comprehende os fasciculos do primeiro sémestre, notam-se<br />

artigos .sobre a industria agrícola e introducção no Brazil de<br />

plantas exóticas, e sobre questões de historia patria e de<br />

política intejná.'.<br />

'O prospecto d'esse périodico appareceu em 1812, e a<br />

Bibliotheca também . 0 possue.<br />

A collecção completa do Patriota, incluindo' o índice<br />

geral publicado em 1819, é hoje difficil de encontrar-se. .<br />

Ex-libris da Real Bibliotheca.


397,<br />

N.° 200. — Almanach do Rio de Janeiro para o<br />

anno de 1816.<br />

. Rio de Janeiro, Na Impressão Regia, in-12.<br />

: Contém 394 pp. num;, incluindo as addições è o Indicé.<br />

A Gazeta \ do 'Rio de Janeiro de 3 de Agosto de 1816<br />

noticia ò ápparecimento do Almanach nestas linhas :<br />

V « Sahio á luz o Alinanack do Rio de Janeiro para o anno<br />

de 1816. Vende-sé na loja da Gazeta em papel branco a<br />

800 reis, e de Hollànda a i$2oo; tüdo em brochura. »<br />

Esté almanach; sahiu nos annós de 1816, 1817, 1823,<br />

; 1824, 1825 e -1827.<br />

É a primeira publicação, no generó, que tivemos no Rio<br />

; de Janeiro.<br />

? ~ São raros os. exemplares.<br />

Ex-libris da Real Bibliothéca.<br />

N.° 201. — Corografia ^Rrázilica ÍBiSReiaçâp<br />

1 Historico-Geografica dq;: Reino do Brazil composta<br />

eSjedtcada a Sua Mag^óáí; FidèlilJ<br />

si:na por Hum Presbiu-ro Stxular do (»rani<br />

|| «Priorado do Crato (Manuel AwisÊde Êazal)<br />

• Rio Janeiro. Impressão Regia<br />

m'MZ^EkX-Vff,hVyols. in-4.°<br />

O i.° vol. contém 6 ff. prel. de dedicatoria, licenças, in<br />

' idice resumido e lista de subscriptores ; segue-se ò texto, de 420<br />

pp., éoptendo à Introducção e a dèscripção das Provincias do Rio<br />

V Grande do Sul, do Paraná, do Uruguay, de Santa Catharina<br />

de. S. Paulo, de Matto-Grosso, de Goyaz,«de Minas-Geraes<br />

a errata (2 ff. inn;)V?.'e o índice alphabetico.<br />

w?'0 2. 0 volume :èontém i fl. inn. de índice; a descripção<br />

das Provincias.. do Rio de Janeiro, Espirito Santo, Porto-<br />

Seguro, Bahia, Sergipe d'El-Rey, Pernambuco, Parahyba, Rio<br />

Grande, do Norte, Ceará, Piaühy, Maranhão, Pará, Solimões,<br />

Guian na; um indice alphabetico e 2 ff. inn. de erratas.<br />

B^-iSsta é a primeira edição da çelebrt Çòróigtafia Brazilica<br />

|;'do Padre Ayres de Cazal, O. nome do autor, que não appa-.<br />

tèêiÇGÇ na fl. de rosto do livro,' occorre logo na Dedicatoria e<br />

;nas Licènças..<br />

^pé^Ov Padre Ayres de Cazal, segundo affirina\Varnhagen,<br />

ffist. Geral, t. II, p. 1176, 2.*- ed., pretendia fazer uma<br />

^segunda edição da Corogruphia expurgada de alguns defeitos<br />

rtçi/iwOt<br />

, A/JC& 5$<br />

IJglB<br />

|M;§ SSÉfiS<br />

4'roLa.<br />

• . AJLP^ . I<br />

í ® I ' I<br />

i i/xnf^s 3<br />

'Iso)<br />

M A ItólfefiliM


398,<br />

da primeira- Os materiáes quê ajuntou por* observação propria<br />

ou communicação de pessoas habilitadas, entre outras, de J.<br />

B. de Andrada e . Silva, perderam-se. ou foram inutilisados<br />

nas mãos de setxs herdeiros, ignorantes talvez da preciosidade<br />

que possuíam. Vide Mello Moraes, Çorogr. Histor. tomo I<br />

pag. ni. O que é certo é que as indagações posteriores, feitas<br />

a esse respeito, não produziram resultado positivo.<br />

Cazal acompanhou a Corte no seu regresso á Lisboa e<br />

ali falleceu poucõ depois, na Congregação do Oratorio do<br />

Corpo-Santo, 1 não se sabendo, âo certo, onde jaz sepultado.<br />

A publicação da edição princeps da Corografia foi tão<br />

tnoròsâ è irregular que deu causa a reclamações repetidas do<br />

autor e do Padre Joaquim Damaso, seu intimo amigo. Como<br />

documento d'esté .'facto existe, nos Archivos da Typographia<br />

<strong>Nacional</strong>, uma carta que a Silvestre Pinheiro Ferreira, membro<br />

da . Directoria da Impressão Régia, dirigiu o Padre Dâmaso<br />

em i de Maio de i8i'Ô, e que se acha publicada nos Annaes<br />

da Imprensa <strong>Nacional</strong>, pp. 139-140.<br />

Fez rsé uma nova edição da obra de Cazal no Rio de<br />

Janeiro, na typographia Gueffler e Comp., 1833. O resto d'esta<br />

edição foi adquirida pela casa Laemmert, que deu aos exemplares<br />

nova fl. de rosto, com indicações suppostas e data de<br />

1845- Os exemplares da i." edição são hoje- muito raros.<br />

O mérito da obra de Cazal consiste, principalmente, em<br />

que as observações são, na maxima parte, pessoaes, feitas com<br />

ás maiores despezas e até com sacrifício da propria vida.<br />

Os erros do livro, .'como observa Varnhagen Çloc'p: cit.) são<br />

principalmente históricos e 2. Corografia drazilica é na realidade<br />

um moitiumento levantado á geographia patria.<br />

O exemplar pertenceu a Monsenhor Pizarro, de quem,<br />

parecé, são as notas manuscriptas que contém ; passou depois'<br />

âo Senador Dias* de Carvalho ; na venda da livraria d'este<br />

foi comprado pelo livreiro Snr. J. G. de Azevedo ; ' a .este<br />

foi comprado pelo Sfir. João Capistrano de Abreu, que o :<br />

permutou pôr outra obra com a Bibliotheca <strong>Nacional</strong>.<br />

' N?° 2O2M- Jornal 4e Annuncios.<br />

Rio de Janeiro. Na Typographia Real,<br />

1821, ih:4®<br />

. O Jornal de AnbúhçiOs c.omeçoti a publicar-se em 5 de<br />

Maio de ï821 -e terminou em 16 de Junho do mesmo anno,<br />

©O sétimo numero, O preço de cada numero era de 40 rs.


395,<br />

BfflT^T"*"^ 1 « u e o numero de .feitas<br />

• variava conforme a abundância de.í p . s li.' 7, o ultimo<br />

;irai'esta declaração final: « Por motivos invensiveis (sic) não"<br />

rpode. continuar este Jorna] : e pôr isto.roga-se Aos Senhores<br />

fcgnMrâ queiram mandar á Loja receber a differença que<br />

resta para .prehendier o semestre qne ^agati^iCC^<br />

feStfiira<br />

pífio de^ leVai-âfe a ,fcfa ai dolíircilro do»3Í igitónt^*,0 an-<br />

.nuMg^atavairi^Of^ por lmha e emm gratuitos fiara os<br />

\ássi| intf !<br />

K l Naç„i rara.<br />

N.° 203.^®etistauiçào; PolittóSb ImperÈ do. jOb 3 lltilk<br />

fa-Brasil. •<br />

•fe. Rio de JpfeÇwa, JVq Tyfiagrqphia Na-<br />

^»1®/; In-4:">>ide 47 pp. num. e mais^uáfc jnn. -<br />

Bplpindice.<br />

B E I - i r«itarám \ '*'••<br />

jjwwiento notam se, a ^ f e t e 4« Sa de Bçükmçoi] ££•"V" ;<br />

B ,MV Dí. Antonio Polyçarpo' Çabi I .3>r.fpift.r ^fcjpg^s;<br />

igtpo officia.1 Interprete A<br />

~~ Consfit. j. VgÇjffljjíflg' Alphl~-J'diatr<br />

Wf. Estemplar aconéicionado em uma caixa metalica circular,<br />

K :•"•••.•"'. b 11 " 0 do primeiro Imperador em relevo, obra de A.<br />

i-f.auginet. I '


400,<br />

3 ?- N.° 204. — Poema Heróico sobre o amor devido<br />

aó Ente Summo contemplado como hum na<br />

sua essência, e como trino nas pessoas. Por<br />

Fr. Francisco de Paula de Santa Gertrudes<br />

Magna...<br />

¿cI/k&s Rioy de .Janeiro. Na Typographia <strong>Nacional</strong>.<br />

1825. in-4. 0<br />

• ujcc Bi 1 • 1 m m I<br />

O exemplar tem 2 ff. inh., contendo a folha de rosto e<br />

uni prologo, e 32 pp. num; contendo o poema.<br />

O poèma é escripto em versos brancos e endecassyllabos,<br />

dividido em dois cafitos', dos quaes o primeiro é uma simples<br />

invocação.<br />

, Innocencio'daSilva, mencionando esta Obrf diz: « Não<br />

pude até agora descobrir exemplar algum. »<br />

É que elles são de extrema raridader<br />

Fr. F. de Santa-Gertrudes escreveu ainda dois Cantos<br />

poéticos em 1825 e 1827; — dos quaes o primeiro foi publicado<br />

sob as suas iniciaes.<br />

Dos seus trabalhos litterarios,., o mais antigo de que temos<br />

noticia é 6 Sermão em memoria do faustissimo dia em que S.<br />

A. Real desembarcou n'esta Cidade da Bahia; este trabalho<br />

veiu á luz na ímpreSsjzo Regia, Rio de Janeiro, 1816.<br />

A vida de. Fr. F. de Santa-Gertrudes Magna não é bem<br />

conhecida; ignorasse a data de seu fallecimento.. :<br />

Na. folha de rosto, após b>, seu nome, , seguem estas indicações.<br />

((Monge Benedictinó, Pregador Geral. Mestre de<br />

Rhetorica, • e Poética na sua Congregação de Portugal, e Orador<br />

da Imperial Capella. »<br />

èU f?*R- N.° 205. — 0 Spectador Brasileiro. jf|ario Poli- ;<br />

tico. I .iltcrario e Commercial. '..'.<br />

Rio de Janeiro, Nd'ImpericdI Typographiá<br />

de Plancher, Impressor Livreiro de Sua Magestade<br />

o Imperador, 1826, in foli''<br />

-voLct<br />

O Spectador era uma/publicação diaria de 4 pp. num.<br />

cada numero, a duas columnas.'. - ; .;.:••'.<br />

Trazia, acima do titulo, estampadas as armas imperiaes<br />

^ (Vv/ » ' è, abaixo do titulo, à legenda :<br />

. Tout pour la Patríe.<br />

H B i


401<br />

O i. p numero do Spectador, exposto sob o n.° 205, appareceu<br />

em 1 de Maio dé 1826: A assignatura era de i8$ooo<br />

Tannualmente; ou 9^000 por semestre; ou 4^500 por trimestre.<br />

V;: A duração do Spectador Brasileiro não foi muito longa,<br />

passando. em 1 0 oks, Outubro de 1&27 a denominai' ^ Jornal'<br />

KÊÊÊffi&fF ?' ainda bot^idmerva.. . ' .<br />

m- vía iIiec í a °* àt&sptc&ibrS!<br />

N.° 206. — Jornal do Commercio'||knnos<br />

J\ " ' " > /1 I /' f max. "<br />

t Nos^rimeiro&^nosgéra'uma 'pu^^^Bdiaria ds^jSft<br />

num, a 2 Columnas 1 , trazendo no aliada i ' mj um em-<br />

Kblema 'al!usívqf4iy,^mmerGÍo ; tem<br />

titul<br />

íj- •<br />

1<br />

'í" .<br />

1<br />

í " I ffl&sMm<br />

iJpKj • • ¡ M i ' f e ^<br />

IBRES BBBIIBHH<br />

W 'Exp. ãejHüy''l ' ¡ í^fegüinfe notã;:í<br />

^Substituindo Q Specmãotí jBrasMetw o seu 1"/.numero<br />

em i raE 0 n t u b l ; 0 -de> £ de- quarta feira 3<br />

Ei ° de quihra^ feita 4, e o 5 ° aeSeíy? feira«MH|<br />

• 36


w<br />

402,<br />

primeiros números, os quaes<br />

figuram ua ii.xiv'jßii^iiw syb 206.<br />

1 (» Jorna! a'v Gtrmerriu. o t '-imfiyta<br />

da cidade ::deCampos,' p o Diário. de Pernmhhico; dö'Recife'<br />

Ião açtyãlmejite _os; -jofnaês mais antigos do Império.<br />

* Jornal dt) CommerA^e^-s&.é hojácoasemão«euM<br />

nas lui|| *os^a£tjdô|gi e-.tá neutralidade jpohticâ^porém, nãôr<br />

o tem impedido de. apresentar e "disÕB|í®múita^«(mâ£i<br />

Römern®»} • 'ÂÍI^^S-dò -ÍBlliEBtít^es®<br />

^•^'IWPW 1 * i'IMHMra» 1 ' "swnriafj<br />

W» H wç.lettras e artçe, figura uma grande parte dê<br />

B n ^ ^ B ^ H Incontestavelmente'é um>'dos<br />

fl a imprensa' periódica 'rfáe inais influencia tem Alcido<br />

sobre ps nossóí;; negôGioè^,^,<br />

hf N. p 207, BgpUmanak administrativo mercantil e?<br />

indastrial'.do Riöj'de, j||eiro.<br />

Rl0 äff Janeiro, Eduardq^eiHenriqn^<br />

, ff ^ Laemmert, 184^85, 42 vols, m-8, £ ®<br />

' " lal Bls^H<br />

, é raríssima, t<br />

^KÄf* f I !„>i( E 'i!"B 0 BßniJiert RSca a ij> de Agesto de 1806 no '<br />

grão^dtódo de Baden<br />

fern 1S27 chegou ao Rio


403,<br />

« Henriquè Laemmert nasceu em Rogemberg a 27 de Outubro<br />

de 1812. Em 1826 entrou no commercio de livros como<br />

apprendiz. De 1832 a, 1835 esteve empregado na muito conhecida<br />

livraria de "Cotta, eaitor das Obras de Goethe e Schiller.<br />

Veiu para ©„ Brazil em 1835, a convite de seu irmão Eduardo,<br />

e no anno seguinte tomou parte na gerencia da casà, contribuindo<br />

para o gradual desenvolvimento d'ëlîa.<br />

« Eduardo Laemmert fallecen em Francfort a 11 de Janeiro<br />

de 1880, è Henrique Laemmert nesta Côrte a 10 de Outubro<br />

de 1884. Ambos prestaram ás nossas lettras importantes serviços.<br />

« Presentemente a firma social d'esta casa é Laemmert & C. la<br />

São seus proprietários os Sflrs. : Egon Widmann Laemmert,<br />

Arthur Sauer, e Gustavo Massow, todos tres natúraes da Allemanha,<br />

« O estabelecimento typographiqo situado no vasto terreno<br />

da rúa dos Inválidos n;° 71 foi consideravelmente augmentado<br />

pelos actuaes proprietários, introduzindo os aperfeiçoamentos<br />

exigidos pelos progressos da artet e acerçscentando novas offieinas<br />

de electrotipia, fundição de typos e gravura- Trabalham<br />

cònstantemènte grandes machinas aë imprimir, que produzem<br />

diariamente 18 a 20,opp folhas impressas de diyersos formatos ;<br />

3 machinas de aparar; 1 de ässetinar : 3 de dobrar ; 1 de<br />

furar brochuras; i tornó para aplainar ás chapas que sahem<br />

da stereotypia ou electrptypia, Tudo é movido por uma machina<br />

a vapôr da força de 1$ cavallos, Além d'issp, possue<br />

uma machina para dourar, um balancé, ë tudo quanto é necessario<br />

-para fazer èncadérnações sólidas e de luxo.<br />

« Occupa para cima de 100 empregados, artistas typographes<br />

e encadernadores, além de numeroso pessoal para redacção é<br />

revisão. Tem também constantemente 20 a 30 aprendizes^ a<br />

qüem se ensina qualquer das artes que se praticam em suas<br />

officinas,^; -tendo d'ellas sahido artistas para muitos estabelecimentos<br />

d'esta Corte.<br />

«A casa Laemmert occupa-se especialmente com as edições<br />

de obras patrias, de direito, historia e geographia, sendo<br />

muitas illustradas com boas gravuras. Publica annualmente o<br />

Almanalc da Côrte.; e as suas Folhinhas, Cuja edição annual<br />

é de 100,000 exemplares, «e acham espalhadas por todas as<br />

provincias dò Império. »<br />

N.° 208. —^Collecçâo completa das Maximas Pen- ^ / À f 4<br />

samentos e Reflexões do 111.® 0 - e Ex.® 9 Mar-


404,<br />

quez de Maricá, natural do Rio de Janeiro...<br />

Edição revista e emendada pelo autor.<br />

Rio de Janeiro. Eduardo e Henrique<br />

Laemmert. 1843. In-8.° • '<br />

Exemplar raro,, impresso em papel de côres diversas;<br />

cçonsta de viu pp. num.íçOíno prologo dos editores, 1 fl .facsimile,<br />

376 pp. num. e o retrato do autor li th. por Heaton & Rensbürg.<br />

O Marquez * de Maricá publicou primeiramente as suas<br />

maximas em 3 fascículos, que Sahiram á luz Segundo a ordeni<br />

chrohològica: o i.°, em Janeiro de 1837; o 2. 0 , em Janeiro<br />

de. 1839; o 3°, em Maio de 1841; essas publicações .successivas^foram<br />

feitas á custa do autor e distribúidas gratuitamente.<br />

Marianno José Pereira da Fonseca, Marquez de Maricá,<br />

senador pela provincia do Rio de Janeiro, nasceu no Rio de<br />

Janeiro: a 18 de Maio de 1773 e ahi morreu a 16 de Setembro<br />

de 1848.<br />

Além das edições já citadas, convém notar as seguintes:<br />

ES[ ÍJovas Reflexões etc. do Marquez de Maricá. Rio. de Jar<br />

neiro. 1844. 1<br />

— Novas Maximas etc. do Marquez de Maricá. Ibi: 1846.<br />

— Ultimas maximas' étc. do Marquez de Maricá. Ibi. 1849.<br />

— Collecçao ^completa das maximas etc. do Marquez de<br />

Maricá.. Typ. de Laemmert. Rio de Janeiro. 1850. ..<br />

Esta ultima edição, apesar da supposta indicação de ser<br />

impressa no Rio de Janeiro, foi impressa, segundo nota Innocencio<br />

F. da: Silva,' em Paris è, ,ao que parecé, em r86o<br />

(Innocencio — Dicc. Bibliógr.). ^<br />

A impressão do exemplar , sob o n.V20% é uma das mais<br />

esmeradas dá acreditada casa .dos editores e typographos E. e<br />

H. Laemmert.<br />

N.° 209. jSi* Constituição Politica do Império do<br />

U Brasil seguida do Acto Addicional e lei da<br />

sua interpretação.<br />

Rio de Janeiro, Typogr.apkia Universal de<br />

E. & H. Laemmert, 1861, in-4. 0<br />

Tem 78 pp. num., todas ornadas de filetes : duplos.<br />

*; • Divide-sè em 3 partes: .<br />

I. Constituição, dècretáda em 25 de Março de 1824, tercèiro


405,<br />

anno da- Independencia e do Imperio, com o Juramento<br />

j', da : mesma data peló primeiro Imperador.<br />

II. Acto Additional,, decretado pela Regencia permanente na<br />

/. menoridade do . Sfir. D. Pedro II, segundo a carta de lei<br />

de i2 de Outubro de 1832 qué fez alterações e suppressões<br />

na Constituição.<br />

III. Lei de 12 de Maio de 1840 interpretando alguns artigos<br />

da Reforma da Constituição.<br />

Exemplar impressso em excellente papel, com tinta preta<br />

e igual por toda parte, bellissimos caracteres redondos, dispostos<br />

com extrema regularidade.<br />

N.° 210. -ÄAnnaes da Bibliothéca <strong>Nacional</strong> cío '-¿xt- LÁ&J<br />

Rio de Janeiro...<br />

Rio de Janeiro, Typ.. de G. Leuzinger ' /a /<br />

& Filhos e Typ. <strong>Nacional</strong>,. 1876-1883, 10 vols, r S/fackQr<br />

in-8.° gr. com o retr. de Diogo Barbosa Machado.<br />

tü/QT<br />

A Bibliothéca expõe o 6." volume,, que contém : •<br />

« Manuscript© guarani da Bibliothéca <strong>Nacional</strong> do Rio de .1 f ,<br />

Janeiro sôbre a primitiva catèchese dos indios das Missões f ^<br />

cómpostó em castelhano .peio P. Antonio Ruiz Montoya, vertido<br />

para guarani por outro padre' jesuita, e agora publicado comi<br />

a traducção portugueza, . ñótas, e um esboço grammatical do. .<br />

Ahafieë 'pelè Dr. Baptista Caetano- de Almeida Nogueira. »<br />

I""-, õ volume começa cop um prefacio pelo Dr. Benjamin<br />

Franklin Ramiz Galvão,, 'seguindo-se-lhe umà carta do Dr. Baptista<br />

Caetano .ao Dr. Ramiz Galvão-e a dedicatoria da obra,<br />

em lingua guarany, a Si. M. o. Imperador o Sñr. Ç). Pedro II.<br />

Além dó merecimento intrínseco. do trabalho do distincto<br />

philológo brazileirò, este volume mereceu as honras da preferencia<br />

pela nitidez e elegancia da execução typographica,<br />

producto dâs afamadas officinas dos Sfirs. G. Leuzinger &<br />

Filhos d'esta Côrte?, y -, -<br />

;?/ « O chefe d'esta firma, George Leuzinger, respeitável<br />

ancião de 72 annos de idade, nasceu em Outubro de 1813 na<br />

aldeia de Mollis, cantão de Glaris, Suissa, e chegou ao Rio<br />

de Janeiro em 30 de Dezembro de 1832.<br />

- « Começou a sua vida commercial como empregado de seu


406,<br />

tio, na casa importadora e exportadora^Z


407,<br />

uni d'esses 1 espjrítps- seriamêhte cuítQs de que pôde òrgulhaí-sé<br />

tpda uriia geração. A Bibi. <strong>Nacional</strong> paga aqui a devida hómêhagêm<br />

de réspeifo e gratidão á sua ihérÜOriâ.<br />

Õ Dr. Baptista Caetano nàsceu na antiga villa de Caman-<br />

4ocaya, hoje cidade de Jaguary, provinda dé Minas-Geraes,<br />

a 5 de Dezembro de 1826, em uma familia illustre pelo. seu<br />

patriotismo e amor ás, lettras. ;<br />

Formára-se em mathematica na Escola Militar d'esta- côrte<br />

e era viée-director da Repartição gerai dos telegraphos do<br />

Estado,- quando foi arrebatado ao amor da familia e á estima<br />

| doS seus concidadãos, á 20 de Dezembro -de 1882. Para a sua<br />

biògraphia offerecem elementos seguros a Gazeta de Noticias<br />

de 21 e 2.7 d'áquelle mez e anno, na qual o Snr. Jv Capistrano<br />

de Abreu, com a synthese admiravél que lhe caracterisa<br />

os escuptos, o descreveu de modo tão magistral que nada<br />

pode. desejar-se mais. Veja-se ainda o Dicc. bibíiogr. de Inno-<br />

-\Gencio da Silva, viiij Suppl.; Q Monitor Sul-mineiro de 20 de<br />

Janeiro de 1883; a Província de Minas de 15 de Marçoo<br />

Cruzeiro de 23 de Fevereiro do mesmo anno e a Gazeta Litteraria<br />

de 15 de Janeiro de 1884: vozes unanimes a apregoarem<br />

os seus reaes meiecimentos como cidadão e como sábio.<br />

n.° 211. — Memoria sobre o 'exemplar dos c AJ<br />

l.usiadas da bibliotheca particular de S. M. j- fl ^<br />

o Impt-rador do Brazil pêlo Conselheiro José ' ' , _<br />

Feliciano de Castilho Barreto e Noronha J\ 2., -5 j A J<br />

publicada a expensas da Bibliotheca <strong>Nacional</strong> ^ ^ij . |<br />

do RiQjde Jáneirb por occasiào do Centenaríb ^-"''^fH<br />

de Camoésrj.sde Junho :.'. ^ X > % ^ '<br />

Riü de ' Ja/iíipra Typtigfãftliiçi Nctcibnal<br />

W M B B B B H M M M M I H H M W B M , Wm<br />

jy- ' 15,to'- .<br />

, Atites da Memotxa e da Dedicatória ã S M o Iirijsèritdor; ^ , , fj<br />

idiã-Se-ã advérteneiâidò Sni\/Dr. B : . : F. Kstmiz'ôalvâo, cbn- fg LW'


408,<br />

nem por; isso , lhe era - licito esquivar-se aio patriótico e louvável<br />

impulso das gerações portugueza e braziliense de 1880,<br />

que pagam justíssimo tributo de homenagem ao autor de suas<br />

glorias passadas e um dos mais insignes; ingenhos poéticos<br />

de todas as idades.<br />

« Vae neste opúsculo; uma das contribuições da Bibliotheca<br />

á festa, do Centenario.<br />

x « Faltava á bibliographia camoneana um documento, do<br />

qual tinham noticia os eruditos, mas que raros haviam tido<br />

.a fortuna de conhecer em sua integra; d'esse documento<br />

S. ; M.


409,<br />

« E alguma cousa mais. Adiante da phrásé Luiz de Camões<br />

seu dono, cóm o auxilio da mesma lente se distingue, posto<br />

due apagadissima a data 576. Este facto corrobora a hypothese<br />

de. haver pertencido ao poeta este precioso volume, e traz<br />

para a discussão do assumpto mais um argumento de pezo,<br />

que é pena tivesse escapado ao sagacíssimo auctor da Memoria. »<br />

« José Feliciano de Castilho Barreto e Noronha, diz<br />

Innocenciò da Silva na pag. 316, vol. 4. 0 do séu Diccionario,<br />

do Conselho de Sua Magestade, Fidalgo da C. R., Commendador<br />

.-das .Ordens de^Çhristo, e de N. S. da Conceição;<br />

Doutor e Bacharel em Direito, Medicina e Philòsophia pelas<br />

Universidades de Coimbra, Paris e ..Rostock; Socio da Academia<br />

Real das Sciencias de Lisboa; da Sociedade Real dos<br />

Antiquários do Norte; da Academia de Historia de Copenhague;<br />

da Sociedade Pharmaceutica de Lisboa; do Instituto Histórico<br />

-geographico do Brazil e de outras Associações scientificas e<br />

litterarias. N. (conforme a sua declaração) em Lisboa a 4 de<br />

Março de. 1812. No intervalo decorrido de 1835 até 1847,<br />

anno em qué se retirou de Portugal para o Brazil, foi successivamente<br />

nomeado para varias e importantes çommissões do<br />

serviço publico; das quaes não tiveram effeito por circumstancias<br />

supervenientes a de Secretario; do Instituto das Sciencias<br />

Physico-mathematicas, cuja organisáção "foi mandada suspender<br />

pelo decreto de 2 de Dezembro de 1835, e a dé<br />

Governador civil de Santarém, de que não chegou a tomar<br />

posse impedido pela revolução de Setembro de 1836: exerceu<br />

os'dé Bibliotheçario: mór da Bibliotheca <strong>Nacional</strong> de Lisboa<br />

desde Março dé 1843 até 1847; Presidente da commissão encarregada<br />

da administração e reforma do Archivo <strong>Nacional</strong><br />

da Torre do Tombo ; Deputado ás Cortes em varias legistaturas:<br />

serviu, também militarmente como Tenente-coronel do batalhão<br />

de ; Voluntarios - da Carta, creado em Outubro de 1846, cuja<br />

ofganisação lhe foi commettidà. »<br />

Sfir. Brito Aranha, no vol. xii, ou 5. 0 do Supplemento<br />

áquelíe Diccionario, corrige 'o' artigo de Innocencio, pelo<br />

modo seguinte:<br />

« Emende-se, em primeiro logar, a data do nascimento,<br />

qüe não foi em 1812, más era 1810. .<br />

« Nunca recebeu o grau de doutor pela universidade de<br />

Coimbra. Era só bachárèl formado em léis. O unicó de seus<br />

irmãos que se doutorou, n'essa universidade, foi o Augusto<br />

Frederico de Castilho, que era ^outor em cânones, como<br />

ficou registado no tomo viu, pag, 341.<br />

« M. no Rio" de janeiro a 11 de fevereiro de '1879.. >y


410,<br />

0 e,«iu|;!,


411,<br />

gtaridiogââ hoifténagens rendidas ao épico ihiiiiprM, trias a<br />

nossa intelligencia nào alcança retraçar a pagina historicâ que<br />

trânsrriittè â posterldàde a noticiâ das festas moriumentaes eom<br />

quë nestes dominios da lmgua pôrtugueëa âê celebi-oti* o tereêiro<br />

cetiteriario de Luiz de Camôes... t><br />

O Relatoriô, captiçhosarriente impresso ërti excellente pape!<br />

Whàtniàn, com amplas margens, faz honra â periGia/è bom<br />

goâto dos Sfirs. Moreira, Màxirilino & C. ia , proprietarios de<br />

uiûâ dâs mëlhores ôfficinas typographicas da oidade do Rio de<br />

Janeiro.<br />

.".',• O Gabinete Portuguez de Leitura êffectuou a sua primeira<br />

se.ssâo, em assembléa geral dos âccionistas, no dia 14 de<br />

Maio de 1837., sendo eleitos:<br />

; Presidelite, Dr. José MarcellinO da Rocha Cabrai ; i.° Se-<br />

:cretario, Francisco Eduafdo Àlves Yiànria ; 2." §>eêfêtâM


412,<br />

Em Dezembro de 1878 possuía 47,616 vols., 1,433 sócios<br />

e 126 subscriptores.<br />

Em 10 de Junho de 1880, para commemorar o 3. 0 centenário<br />

da mprte de Luiz de Camões, lançou a primeira pedra<br />

do.edifício dá rua da Lampadoza, hoje Luiz de Camões; o<br />

qual deve ter capacidade para mais de 200,000 vols., salões<br />

para leitura, reuniões, conferencias litterarias e scientificas.<br />

O edifício é bello, de puro estylo Manuelino, vindo,<br />

portanto, a ser um dos mais notáveis monumentos da Côrte<br />

do Rio de Janeiro; ;<br />

Hoje conta á bibliotheca do Gabinete Portuguez 30,935<br />

obras em cêrca de 62,473 vóls., e' mais de 125 revistas e<br />

periodicoS' diversos.<br />

O exemplar qjie aqui figura sob o n.° 212 foi offerecido<br />

á Bibliotheca pêlo Gabinete Portuguez de Leitura.<br />

^ % S é . N.° 213. — Lycêo de Artes e Officios Polyanthea<br />

Commemorativa. Aulas do Sexo feminino.<br />

In-4. 0 com est.<br />

Este titulo, em caracteres maiusculps; a 'duas cores, bem<br />

como a tarja ornamentada, que o circumda, são lithogravados.<br />

;<br />

Traz um segundo titulo; o verdadeiro* que assim se<br />

inscreve:<br />

—• « Polyanthea Commemorativa da Inauguração das Aulas<br />

do Sexo Feminino do Imperial Lycêo de Artes e Officios.<br />

- Edição de trezentos exemplares. Rio de Janeiro, 1881. » —<br />

Entre os dois titulos, a dedicatória á Bibliotheca, por<br />

lettra dos organisadores da Polyanthéa, duplica o valor do<br />

, exemplar. Os organisadores, que também assignam o prefacio,<br />

são os Snrs. ': Guilherme Bellegarde, Felix Fërr.eira e Dr. J. M.<br />

Velho da Silva Junior.<br />

" . No v. da 4." fl. oçcorre a indicação: Rio de Janeiro. —<br />

Typ. e lith. Lombaerts àr* C. — 1881. »<br />

Nas ff. 5 e -.6j a lista doscollaboradores. Segue-se o texto<br />

de pag. 9 a 113.; ^<br />

O exemplar é ádornado cõm os retratos dé S. A. I. a<br />

Snr. a D. Isabel, da Baroneza .de S. Matheus, D. Zeferina Marcondes-Carneiro<br />

Leão, D. Belmira Amélia da .Silva, e D. Lucinda<br />

Furtado Coelho.


413,<br />

- São desenhados por Belmiro e lithographados- por A.<br />

Pinho : e Vallèí<br />

jV' Esta. colleptãnèàj para a qual ^concorreram muitos dos<br />

mais distinctos escriptóres nacionaes e alguns extrangeiros,<br />

pôde dar, pela sua execução typographica, idéa exacta da im :<br />

portancia dás officinas dos Snrs. Lombaerts, uma das mais<br />

acreditadas do Rio de Janeiro.<br />

O Snr; Dr. Teixeira de Mello, nas suas Ephemerides Napionaes<br />

(Novembro 24 de 1856 e Janeiro ió de 1857), dá<br />

exactas, posto que rresumidas informações sobre esta utilissima<br />

instituição; d'ahi extrahimos os seguintes dados:<br />

0 Lyceu -de Artes e Officibs fundou-Sénesta côrte, como<br />

complemento á Sociedade Propagadora das Bellas Artes, por<br />

iniciativa e esforços do Síir. Gommendador Francisco Joaquim<br />

Bethencourt da Silva, professor de architectura da Escola<br />

Polytechnica, em 24 de Novembro de 1856.<br />

Inaugurado no consistório da matriz do Sacramento a<br />

10 de Janeiro dç 1857, passou-se depois para a igreja abandonada<br />

"de S. Joaquim^ onde funccionou pôr 19 annosv D'âhi<br />

mudou-se com toda a solemnidade, a 3 de Setembro de 1878,<br />

para o proprio nacional da-rua da Guarda-Velha n.° 3, onde<br />

esteve por muitos annos a Secretaria do Império, depois de<br />

cónvenien tem ente adaptado ao seu generoso intuito.<br />

: Esse edifício, que o benemerito professor e director do<br />

tyceu continua a affeiçoar ao seu alto destino, dispõe de<br />

vastas salas para o ensino do desenho de figuras, de ornatos,<br />

de architectura civil e naval, de machinas, . Calligraphia, mathematica,<br />

geographià e outras disciplinas indispensáveis a um<br />

perfeito operário, è acha-se preparado para dar a instrucção<br />

simultanea a mais de mil individúos. O seu professorado compõe-se<br />

de mais de quarenta patrioticos cidadãos, que sem estipendio<br />

algum se prestam a ensinar as artes e sciencias applicadas.<br />

O Lyceu possue igualmente um gabinete de physica e um<br />

láborãtorio de çhimica, dispostos a auxiliar de um modo pratico<br />

as sciencias que a instituição propaga com louvável zelo e<br />

infatigavel esforço ha quasi trinta annos.<br />

Além dos cursos públicos e gratuitos de sciencias applicadas,<br />

mantidos com a maior regularidade, prepararam-se no<br />

edifício da rua da Guarda-Velha, officinas de ártes mechanicas<br />

para o ensino pratico dos alumhos,<br />

Com a creação das aulas para o , sexo feminino, que data<br />

de 11 de Outubro de 1881, completou-se a idéa altamente<br />

civilisadora da instituição, resgatando-se a barbara injustiça<br />

de privar-se o bello sexo do direito que lhe assistia na - com-


414,<br />

participação dos conhecimentos humanos, que deviam fazer<br />

da mulher brazileira uma perfeita mãe de familia. A Nova<br />

Legião, de que falia. Luiz Guimarães, tem agora abertos<br />

diante de si os mais 1 largos horizontes;<br />

Hm 3 A H N.° 214. — O Lycêo Litterario Portuguez (1868<br />

M¡ ' -1884).<br />

Rio de Janeiro, Typ. è Utk. de Moreirà,<br />

Maximino âf Q, 1884, itt-4, 0 com est.<br />

O exemplar tem '207 pag. num. e 6 ff. inn. supplementäres.<br />

A fl. de rosto é impressa sobre papel à düäs cô.rés ) o<br />

exemplar traz uma photographia representando o edificio do<br />

lycéu e três estampa's representando ós planos do mesmo edificio.<br />

No fim do livro ha está indicação : « Acabado de imprimir<br />

em vinte.de Julho de mil oitocentos oitenta e quatro<br />

por Moreira, Maximino & C. a para o Lycêo Litterario Portugüez.<br />

Rio de Janeiro. »<br />

O livro foi publicado pára a Çommemoração da Festa<br />

de Inauguração do novo edificio dó Lycêo Litterario, a qual<br />

se realisóu em 11 de Junho de 1884.<br />

A edição d'esta publicação fòi de 724 exemplares im;<br />

pressos ém diversas qualidades de papel,. O exemplar da Bibliotheca,<br />

em papel Whatman, traz 0 n.° 8 e foi offerêcidol<br />

pela Directoria dó mencionado Lyceü-.<br />

Este trabalhó, como outros, dós Sñrs,; Moreira & Maximino<br />

se recómménda pela nitidez da impressão e elegancia;<br />

dós caractères.<br />

Fundada" em 1868, funccionou esta benemérita associação<br />

em diversas casas, até que, por meio de donativos e subscripções,<br />

a actual Directoria adquiriu o magnífico e espaçóso prédio<br />

do antigo lârgó da Prainha, que sérvia outrora de Escola de<br />

Marinha, e para o qual, preparado convenientemente e dotado<br />

de todàs. as condições desejáveis, se mudou definitivamente,<br />

• -corn o mais .solemne applauso publico, a 11 de junho de 1884,<br />

estando matriculados nessa data nas suas diversas aulas 1,123<br />

alumnos de todas as nacionalidades. Reúne em si - ó Lyceu<br />

todos os elementos necessários a tornal-o um estabelecimento<br />

de instrucção de primeira ordem ; representando, com o Gabinete<br />

Portuguez de Leitura e o Hospital de S, João de Deus,<br />

um dos magestosos. monumentos erguidos na capital dó Imperio<br />

pela patriótica e laboriosa colonia portugueza.


415,<br />

N.° 215. — Innpèirieia por %Ivio ©inane 3 JQ<br />

: çragnolle Tagnay) autor da Mócidadê®'- de-<br />

Trajano, Céos e Tetra» do Brazil etc. 2." edição.<br />

ffi de %amtq,ÍTypogr


416,<br />

de Novembro de 1874, e publicada no Diario do Rio, refe-<br />

. rindo-se a nacionalisa^S-o litteraria, diz:<br />

| Sylvio Dinarte compenetrou-se d'esta verdade e procura<br />

xios seus romances,acima de tudo, estudar o modo de viver<br />

peculiar, % indole e os costumes dos habitantes das provincias<br />

extremas do Brazil,, d'aquellas onde ainda o homem se en-<br />

. contra quasi desaCompanhado, face a • face com a natureza.<br />

Innocencia pode-se dizer um esboco apenas, mas um esbt>90<br />

encantador que promette admiraveis quadrbs,- logo que o seu<br />

autor conc&ba t6las mais amplas, e onde possam entrar mais<br />

desaffogadamente os varios episodios da existencia dos fazendeiros<br />

' nb sertad.<br />

«Quem d'este. modo pensa nos caracteres, quem tanta<br />

atten9ao presta ao desehho das physionomias, 6 um roman-<br />

.cista em toda a extensio do termo, s^o-hia ainda que nao<br />

tivesse tao potentes qualidades, descriptivas, ainda que lhe faltasse<br />

o sentimento dramatico. »<br />

Ha ainda outras aprecia9oes criticas publicadas nos jornaes<br />

do' "Brazil e Portugal. O.Jornal do Commercio, em fins de 1872,<br />

trouxe uma -de Fernando Casti^o, muito lisongeira. para b<br />

autor.<br />

O exemplar, que expomos, primorosamente impresso e<br />

encadernado, sahiu das celebres officinas dos Sfirs. G. LeUzinger<br />

& Filhos, e ' sem contradita, um dos mais perfeitos<br />

produeto's da typographia na Corte do Rio de Janeiro.<br />

Off. a Bi$lidthfeca pelos Sfirs. • Leuziriger 0: Filhos.<br />

BAHIA.<br />

g if X % n.° 216.—. Observagoes sabre a franqueza da<br />

Industria, e estabelecimento de Fabricas no<br />

Braziit'vpor Jose da Silva Lisboa.<br />

Bakia. Na Typdg. de Manoel Antonio<br />

da Silva Serva. 1811. In-4. 0 peq. ele vn - 55 pp.<br />

Jqs6 da Silva Lisboa, depois Visconde de Cayrii, estava<br />

' ria Bahia, onde havia sido professor de Philosophia Racional<br />

e Moral, quando emigrou a Familia Real em 1807 e foi por<br />

sua. influencia que se lavrou e publicou a Carta Regia de 28 de


417,<br />

Janeiro de 1808, franqueando os portos brazileiros ao : com -<br />

íiiercio internacional, primeiro passo dado para a emancipação<br />

da'colonia. Nasçéu na cidade da Bahia em 16 de Julho de<br />

1756 e morreu no Rio . dè Janeiro em 20 de Agosto de 1835.<br />

; O Visconde de Cayrú é- autor de importantes e numerosas<br />

obras* sobre Economia politica e Direito Mercantil e , 0<br />

primeiro publicista nosso na ordem chronologica. Prestou,á<br />

patria e á scienciá'econômica assignalados serviços, por mais<br />

de cincoenta annoS. » É uma gloria nacional.<br />

Na - Vida e escripias; de José da Silva Lisboa..., que na<br />

Impr. Nac. publicou em 1881 o Sfir. Valle Cabral, , terá o<br />

leitor não só uma relaçao exacta e minuciosa das edições das<br />

obras do notável economista, como os factos e datas averiguados<br />

da sua laboriosa vida.<br />

\ \ O opúsculo presente contém somente ,-a- primeira parte.<br />

A 'obra completa foi publicada 'anteriormente. ná\ Impressão<br />

Regia, Rio de Janeiro, 1810 ; dividida em 2 partes in-8.° gr.,<br />

contendo à 1, v-70 pp.; num. e a 11 243 pp. num, A analyse<br />

d'esse trabálho sahiu noCorreio Braziliense, vol.. v,<br />

pag. 614. O critico, pósto que reconheça grande mérito<br />

nos talentos e illustração do autor, e admitta os principios<br />

em que elle assenta os seus raciocinios, discorda, todavia, de<br />

suas applicações com relação ao Brazil, '<br />

O editor Silva Serva (vide V. Cabral, Annaes da Typ.'<br />

Naç.~) prometteu a reimpressão da n parte; a promessa*<br />

¡porém, parece que até ao presente se não realisou.<br />

n.° 217. — Pastoral (de) Dom Fr. Francisco de<br />

S. Damazo de Abreu Vieira, Arcebispo Eleito<br />

da Bahia. (In-fine:) Bahia: Na Typog. de<br />

• Manoel Antonio da Silva Serva, (1814). In-4. 0<br />

. ' O exemplar não tem fl. de rosto e consta de 9 pp. num.<br />

No. fim Vem esta nota, que designa o assumpto do opusculo :<br />

« Pastoral, pela qual V. Ex. a R. ma ha por bem exhortar<br />

0 Reverendo Clero aos Estudos das materias Ecclesiasticas, e<br />

estabelecer o methodo dos que devem ter os Ordinandos. »<br />

' Traz a datäiMe 28 de Novembro de 1814- e é bem provável<br />

que este fosse o anno da sua publicação.<br />

O autor, que era natural de Portugal, da ordem de<br />

'S. Francisco é oppositor na Universidade de Coimbra, occupa<br />

o 14. 0 lugar na serie dos arcebispos do Brazil, tendo sido<br />

'anteriormente bispo de Malaca. Falleceu a 18 de Novembro<br />

• 27 '-


418,<br />

dê iSiój téiido governado a archidiocése desde 20 de Setembro<br />

de 1.814, a. principio como governador e vigário<br />

Câpitiilaí.<br />

Os exemplares d'está Pastoral são pouco vulgares, e, como<br />

Sé" vê, é ümá das mais antigas impressões feitas na cidade<br />

da Babiâ.<br />

s n.° 218. — Idade d'Ouro do Brazil.<br />

Bahiaz N'a Typog. dè Manoel Antonio da,<br />

Siiva Servat 1814, 1816, in-4. 0 de 6 ff: ínn.<br />

Traz Como divisa :<br />

Fallai em tudo verdades<br />

Á quem em tudo as deveis. 1<br />

Sá de Miranda.<br />

A Bibliotheca possue dois exemplares do n.° 65 de 1814,<br />

e o m 0 19 dé 1816.<br />

Foi o primeiro^ jornal que sé publicou na Bahia ; a collecção<br />

completa é muito rara.<br />

Redigiu-o o p. Ignacio José de Macedo, natural do Porto<br />

e que residiu no Brazil por mais de 40 annos. A seu respeito<br />

e d'esté periódico yeja-se o que diz JoãO Bernardo da<br />

Rocha no Portugaez n.° 38, Junho 1817, pag. 846. v<br />

3 i (y<br />

31 ¿.â.<br />

N.° 219. — Oração íjjnçbfe recitada por Fíj<br />

jjaprancisco^t Xavwr de Rita Bastos, nas<br />

- éxequMí e offiqiou pontificalihén®^»<br />

JgHjja. prirr^cial do Çollegio,. desta<br />

Cííjrade, > ®Jj5JxceÍlentissíni(3R ReSjrendissimM<br />

Sni\ Dóm Frei" Francj'®-da S Damajfc de<br />

. Abreu Vieira, Aísçbisjpo da J'.ahia... no dia<br />

8 da Sinho de na morte da Noséa<br />

Fidelíssima Rainha tltM Portugal e' ïïenhorâjj<br />

Donâ Maria PHlrtéirâ...<br />

' : Èa^,^ Typographia de Manoel An-<br />

.•tomo da Silva Serpa, *4nn& cfó-1.8Ép^ in~8.°<br />

* O. cx-.m;vl.i" j.:imM;i da fl uma. déc^ãR^iá<br />

Arc-eii*]^ d.j l,;ihiu tf da Or^-ui.


419,<br />

v, : . O autor, Francisco Xavier de Santa Rita Bastos, era religioso<br />

da Ordem franciscana, da provincia de Santo Antonio<br />

do Brazil. Pouca coüsâ se sabe a respeito de sua biographia.<br />

Faleceu no convento da sua religião na cidade da Bahia<br />

em 1846.<br />

A - Oração funebre - achã-se descripta em Innocençip<br />

f. dà Silva, . sem nota bibliògraphica; entretanto, são muito<br />

faros os exemplares d'esta Oração.<br />

N.° 220. 'Á-j? Relação dô Festim que ao Illm® e<br />

Exm° Senhor P. Marcos de Noronha e<br />

Brito, VIII. Conde dos Arcos, Marechal de<br />

Campo dos Reaes Exércitos» Grão-Cruz da<br />

ordem de São Bento de Aviz, Governador<br />

e Capitão General da Provincia da Bahia,<br />

Gentil Homem da Camara de Sua Alteza<br />

Sereníssima o Príncipe ReaÍMÍ Deram os<br />

Subscriptores da Praça do Commercio, aos<br />

6 de Setembro de 1817, por occasiâo de<br />

: • collocarem ttella o Retrato do mesmo Excellentissímo<br />

Conde, Sêii Fundador.«i<br />

Bahia, Na Typog. de Mandei Antonio da<br />

; Silva Sefva. (1817), IN-4. 0<br />

É um volume de 64 pp. num.t cuja maior partej da pag. 14<br />

á 60, consta de poesias laudatorias, terminando estas por um<br />

poemeto em latim, Epinuium> dó celebre brazileiro José Fíancisco<br />

Cardoso de Moraes, autor do Trípoli, poema em latim,<br />

traduzido depois por Bocage,<br />

O Spinicium ainda nãò foi descripto pelos bibliographos<br />

que trataram das obras do autor. Demais, o nome do autor,<br />

•iftífe: é geralmente tido por José Francisco Cardoso, traz nesse<br />

exemplar a addição do appellido — de Moraes. Segundo se<br />

vê da narração do Festim, o Epinicium não foi recitado « por<br />

ser em língua morta. »<br />

Entre as peças poéticas do exemplar convém citai O<br />

Êlogio (pag. 23), composição de Domingos Borges de Barros,<br />

depois Visconde da Pedra-Branea.<br />

A manifestação quê fizêram os eoihmerciãntes da Bahia


420,<br />

aö \ Conde dos Arcos, e que constitue o objecto do livro<br />

presente, foi- uma prova de gratidão pelps serviços que o<br />

Conde prestara ao paiz, fundando á Praça do Commercio da<br />

Bahia, a primeira do Brazil, e pacificando em Março e Abril<br />

d'aquelle anno os movimentos revolucionários de Pernambuco.<br />

. Os serviços prestados á Bahia pelo VIII Cónde.dos Arcos<br />

foram muitos è muito importantes : a elle devem'os, Bahianos<br />

não só a Praça dp Commercio, como o Passeio Publiéo* a<br />

Pyramide commemorativa da passagem de D. João .VI,|o canal<br />

dá Jequitaia, a Bibliothecà Publica, etc.'<br />

Os exemplares d'está Relação são muito raros.<br />

3 o I Z X4 221.-SAnaUse áo Decreto^ do i. de Desembro<br />

de 1822, sobre a Creação da Nova<br />

Ordem do Cruzeiro: com algumas notas.<br />

Illustração ao Brazil; e ao nosso Imperador<br />

o Snr. D. Pedro I. Oferecida ao Publico pelo<br />

Dezengano.<br />

Bahia, 1823, in-;8.° de 29 pp.<br />

No verso da fl. de rosto lêèm-se,; como divisa, os versos:<br />

"•'. « E vê do Mundo todo os Principaes,<br />

Que nenhum no Bem Publico- imagina,<br />

Vê nelles," que não tem amor á mais,<br />

Qu'á si somente* e.a quem filaucia ensina. »<br />

Camões.<br />

O exemplar .provavelmente foi publicado,, embora não<br />

haja,.declaração, na typographia da viuva SerVa e Carvalho,<br />

. successores da'antiga typographia de M. A. da Silva Serva:<br />

pois d'esse tempo nao temos noticia de joutro estabelecimento<br />

do 'mesmo genero na Bahia.<br />

A omissão do. nome da officina justifica-se: o pamphleto<br />

; ataca violentamente o governo imperial e ò considera uma<br />

successãó e prolongamento do despotismo portuguez.<br />

O exemplar é precioso. 'e muito raro.<br />

^LU 2 J£ 222. — Corographia ou abreviada Historia<br />

Geographica do Império do Brasil, coordinada,<br />

acrescentada e defecada, á Casa ¿Pia e Cotíjgq


421,<br />

dos, Órfãos de S, 'Joaquim d'esta cidade...<br />

por Domingos José Antonio Rebeílo.<br />

Bahia, Na Typograpkia Imperial e <strong>Nacional</strong>,*<br />

182Ç, in-4. 0 peq.<br />

O exemplar está ém excellente estado de conservação e o<br />

•livro é raríssimo, tanto que não existe d'elle exemplar, segundo<br />

nos corista, na Bibliotheca Publica, da Bahia.<br />

Contem 255 pp. de dedicatória e texto, e 2. ff. inn. de<br />

errata e índice. ;<br />

m m livro occupa-se do Brazil e còin especialidade da província<br />

e cidade da Bahia/^- O autor era natural da Bahia<br />

e ali negociante matriculado é Director de uma Companhia<br />

de Seguros « Commercio Marítimo ».<br />

.Não sabemos ao certo si a obra foi mais tarde repro-<br />

-âuzida. • - . v<br />

N.° 223. — Relato rio dos Acontecimentos me- ST<br />

. moráveis dos dias 13, 14, 15, 16 de Março de<br />

* 1 1838 na cidade da Bahia, mandado/ publicar<br />

pelo Marechal João Chrisostomo Callado, Ge- 1<br />

neral em chefe do exercito restaurador.<br />

Bahia, Typ. do Correio Mercantil, de M.<br />

• L. Velloso âf C. a , 1838, in-4. 0 de 126 pp.<br />

-1| Esta publicação, apresentamol-a como um specimen pre-.<br />

^cioso do tempo è-lugar em que foi impressa.<br />

A obra. é um documento importante para/ a historia dos<br />

movimentos revolucionários da Bahia, no período da Regencia.<br />

í O volume contém mais duas obras:<br />

§f| (Felicitação da Camara dos Deputados ao Marechal João<br />

Chrisostomo Callado.) Rio de Janeiro, Typ. <strong>Nacional</strong>, 1838, •<br />

in-4. p de ió pp. num., sem folha de rosto.<br />

Exposição dos successos do Marechal João Chrisostomo<br />

paliado... Bahia, Typogràphia de J. P. Franco Lima, 1838,<br />

in-4. 0 de 38 pp. e 1 fl. inn. de errata.<br />

/t/O marechal. Callado nascêra na cidade d'Elvas, em Poi^<br />

tugaly/a 24 de Março de 1780 e falleceu nesta côrte a 2 de<br />

Abril de 18,57, segundo o autor das Ephemerides Nacionaçs,<br />

j§>pag.-içó, coL 11. O Dr. J. M. de Macedo traçou a sua biographia<br />

no 1 yol. do, seu Anno Bipgraphico, pp. 371-375»


422,<br />

YM 3 224. — Collecção de obras relativas a historia<br />

' / da Capitania depois Provinda da Bahia ë a<br />

sua Geographia mandadas reimprimir pelo<br />

Barão Homem de Mello, do Conselho de Sua<br />

Magestade o Imperador, Presidente da mesma<br />

Província. I. Historia da America Portuguesa<br />

por Sebastião da Rocha Pitta,<br />

Bahia, Imprensa Economica, 1878, in-4. 0<br />

O volume consta de 9 fl. inn.> contendo folhas de rosto,<br />

prologos e licenças, e dê 513 pp. num. de texto, indice e<br />

appendice. •<br />

Apresentamos esta edição como sendo um dos trabalhos<br />

mais esmerados que têem sahido dos prelos da Bahia. Foi impressa<br />

na Imprensa Economica.<br />

Sebastião da Rocha Pitta nasceu na Bahia a 3 de Maio<br />

' de 1660 e morreu a 2 de Novembro de 1738. A primeira<br />

" edição da America Poriugueza sahiu á luz em Lisboa, na Imprensa<br />

de Jose Antonio da Silva, em 1730. Esta edição princèps<br />

é hoje preciosa e rara e a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue<br />

um exemplar d'ella.<br />

; A edição que expomOs faz parte, sob o n.° 1,, de uma,<br />

• Collecção de obras relativas á historia da Capitania e depois,<br />

Provinda da Bahia, que projectava publicar o Sfir. Barão Homem<br />

de Mello.<br />

O plano organisado para esse fim evidentemente não, t'nha<br />

em vista somente a reimpressão, mas também a publicação de<br />

trabalhos inéditos j ao menos é o que, Com justiça, se pôde<br />

concluir do titulo geral : « Collecção de obras mandadas<br />

rèittlprifnir OU publicar. »<br />

No mesmo volume, como appendice, encontram-se :<br />

I. « Biôgt-àphia do Coronel Sebastião da Rocha Pitta, pelo<br />

; Abbade Diogo Barbosa Machado — Bibliotheca Lusitana. »<br />

II. « Narrativa da expedição dos Hollandezes á Bahia em<br />

1638, extrahida da obra in-folio,. publicada em Amsterdam<br />

em 1647 • Historia dos factos recentemente oceorridos no<br />

Brasil e em outros lugares, durante oito annos, sob o governo<br />

do Conde João Mauricio de Nassau — escripta em latim por<br />

Gaspar Barleo. »<br />

, Cri ticos autorisados se manifestaram, pela forma que segue,<br />

acêrca do merecimento da Historia de Rocha Pita :<br />

Diz Innocencio da Silva no seu Dicc. Bibüogr. Port.:<br />

« Bem como todos os livros que tractam especialmente


423,<br />

das cousas 0 -i ni te con ito« Se<br />

y j, JT2E3E! J55J& JK ^i* defeito lie aece. > Wj<br />

EE>. ' 7j|* *>• -Sit' I B "èò li"! '"XÍUSIlH<br />

• H I Q p p j - ore ' . 'Jg.'*!:<br />

portugua, • . Quanto - VV r , elegãntè e bello,<br />

tanto quanto o permittiam o gosto'da epoeha ¿,',', {lt, ... 7,.<br />

• 'ff; «* to * 'màfaceitfá/<br />

^ Historia'da Ameiic < .'> * t epoç/iá m-que/¡V<br />

W&qm- etw melhrtq muito pobre de obras lii tofiíü^f^Mm^^^<br />

•a , JSjÍ' '' I ' I^H^B^Hfflfl<br />

de materiaes i-t *.v!.VtTS»I H . . BBB<br />

gibmUnentãm um hânraM a hnma è a<br />

•litteraturã portuguesa. »<br />

ÍSIS^HoíjÍÔ^: iMelte.i'Jiigi;';:<br />

reimprimindo a Historia dq America, Portiigueza, prestou Ba!<br />

-M^ 1 ^eriíliUp^:' lettrás e: -Mj^f-yu^Mj


«<br />

W S<br />

424,<br />

'BSWSi Ní°|225. — Memoria sobre a Arároba| pelo Dr.<br />

. Joaquim Macedo de Aguiar.<br />

Bahia, Imprensa. Economica, 18,79, Iin-4. 0<br />

de 153 pp., i fl. inn. cõm est.-?<br />

A Imprensa Economica é a melhor typographia da cidade<br />

da Bahia. Com effeito, á publicação presentC tornà-se, digna<br />

de nota pela perfeição typographica com que foi executada,<br />

• òs typós , de diversos corpos ? e .feitios são dispôstos^ com bas-<br />

. tante. regularidade!.e- a impressão é nitida..•,. <<br />

A ? " obra é uma monographia. da Ararobct considerada<br />

êm suas applicações therapeuticçis, repróducção;;; melhorada e<br />

augmentada" da these de doutoramento apresentada pHo autor.<br />

O exemplar foi comprado 1 pelo Dr. João de Saldanha,<br />

actual Bibliothécarió.<br />

S. LUIZ.<br />

N.° 226. — O Conciliador.<br />

Maranhão, Na Typographia^<strong>Nacional</strong>,<br />

1823, in-fol.<br />

. Traz' abaixo do titulo a divisa:<br />

Sit, mihi fas audita loqui.<br />

Virg. Aéneid. L. 6.<br />

Na parte'superior uma vinheta, ou emblema em oval, representando<br />

duas mãos que se apertam, e a legenda: HABET<br />

ÇONCORDIA SIGNUM.<br />

Foi este. o primeiro periodico da capital dó Maranhão.<br />

A collecção é hoje muito rara. A Bibliotheca expõe-os n. os 210<br />

e 212 de 1.823: ' :<br />

(c A primeira typographia que funccionou nó Maranhão,<br />

diz o Sni Joaquim Serra em seu excellente trabalho Sessenta<br />

annos de_jornalismo, publicado sob o psemdanymo de Ignotus,<br />

foi a mantida pelo erário real em 1821. Chegou de! Lisboa<br />

31 de Outubro d'esse anno e começou - logo- á| funccionar.<br />

Tinha uma administração composta de-tres membros, sendo o<br />

' principal um desembargador. Até 1830 foi;essa a única impreâsa<br />

que possuiu a província. Depois da independência passou a<br />

denominar-se Typographia <strong>Nacional</strong> 'Imperial.


425,<br />

O Conciliador sahiti^ manuscripto désde 18 de Abril de !"j<br />

1821 até á chegada do primeiro prelo em-Outubro domesmo-ia<br />

anno, O programma d'este periodico não foi e não está ainda »8<br />

bem definido. O Sfir. Serra diz: « o.ccupa-se de.assumptos pror ,<br />

prios á seu destino. Dá resumidas noticias do exterior; faz .<br />

algumas transcripções, e traz vários annuncios de caracter òffi- '<br />

ciai.» O Snr. Frias iriclina-Se, ao que parece, a dar-lhe sem<br />

hesitação o . caracter de folha official. Innocencio da Silva,<br />

fallando da parte que tomou na redacção d'este periodico Rodrigo<br />

Pinto Pizarro de .Almeida Carvalhaes, 1.® Barão da<br />

Ribeira de §abrosa, accrescenta: « teve parte na redacção do<br />

Conciliador, folhá política que parece bem mal desempenhara<br />

;o seu titulo. »<br />

• '¿Parece que Innocencio „allude ao desejo que tinha o periódico<br />

de unir òu "Conciliar os dois grandes grupos — brazileiro<br />

•e portugüez, então' em completo, antagonismo na província.<br />

. O que se .nos afigura averiguado é que foram seus' principaes<br />

redacorets o mesmo Almeida Carvalhaes, um padre maranhense<br />

conhecido pelo appellido de Tesinho e F. Marques.<br />

Gómç nota o Snr. Valle Cabral, o -Snr. Serra diz que o padre<br />

se chamava Antonio da Cruz Ferreira Tesinho, e o Snr. Dr.<br />

César Marques diz que se chamava José Antonio Ferreira da<br />

Cruz Tesinho ou José Gonçalves Ferreira da Cruz Tesinho.<br />

Um justo reparo faz ainda o Sfir. Valle Cabral Sessenta<br />

annos . de jornalismo:<br />

O Snr. Joaquim Serra dá ao peripdito õ titulo de Conciliador<br />

do Maranhão. Observa o Sfir. Cabral, e com razão,,<br />

que o titulo é simplesmente O Conciliador.<br />

•••. O exemplar que expomos o attesta. ><br />

N.° 227. -SProjecto de Constituição para o Im- 3£<br />

perio do Brasil.<br />

Maranhão, Typographia <strong>Nacional</strong>,. Anno<br />

• de 1823, in-8.° peq* .dê ^ó pag.<br />

Esse exemplar, além de ser raro, é uxn documento do<br />

estado ;'da arte, typographica no Maranhão nos tempos da In- |<br />

dependencia. A Typographia <strong>Nacional</strong>, acima alludida, foi man- ,<br />

dadà vir dá 'Europá, segundo affirmâ Frias ¿Mem. sobre a arte<br />

iyp.), em outubro de 1821 e nella publicou-se o Conciliador no<br />

mesmo anno e seguintes. •


426,<br />

l| Frias suppõe que a mais antiga publicação maranhense<br />

ém fôrma de, livro data de 1826, constando da


427,<br />

A V<br />

V » "• \ ;<br />

Esta çollecção marca a 4&ta em que começaram as impressões<br />

mais notáveis do Maranhão. Foi impressa por Joaquim<br />

•Corrêa Marqiíès; Torres, que em 185 2 fizera a acquisição d'à typographia<br />

Magalhães e iniciou uma serie de publicações que tinham<br />

ppr modelos materiaes outras publicações extrangeiras (Frias, '<br />

Mem. sóbri a arte typ. pag. 18).<br />

A Bibliotheca dramática, diz Frias, foi uma das melhores : .<br />

iifipressões que ; prpduziu a officina Torres em sèu principio.<br />

A officina de Joaquim Corrêa Marques Torres é hoje propriedade<br />

do estimado, impressor o Snr. J. M. C. de Frias.<br />

, /. ,<br />

O exemplar exposto pertenceu ao Snr. João Caldas Vianna<br />

Filho, hoje Visconde de Pirapetinga, cuja assignatura autograp'ha<br />

pccorre na primeira folha, em cima, á direita»<br />

I N.° 229. — Parnaso Maranhense, Çollecção de<br />

Poesias.<br />

( S. . Luiz: do Maranhão J, Typographia<br />

do Progresso. Impresso por B. de Mattos (lêói),<br />

In-4. 0 ?3(<br />

peq.<br />

Consta de 3 ff. inn, de prologo, 28s pp. num. de texto,<br />

ï , vi pp. de indice e 1 fl. inn. de errata,<br />

0 exemplar exposto recommenda-se pela nitidez da im-<br />

| pressão e elegância dós caracteres,<br />

Belarmino de Mattos é com justo titulo cognominado o<br />

í Didat Maranhense.<br />

J. M. de Frias conta que já em 1848 a typographia do<br />

Progresso fizera adopção do çylindro de pelle na distribuição<br />

| da tinta e 0 impressor B, Mattos foi o segundo no Maranhão<br />

| que adoptou para as impressões o systhema de prelos mecafnicos(<br />

Vide : Memoria 'sobre a typographia pp. 8 e 10), :<br />

O mesmo autor citado, diz adiante (pg. 20) que das im-<br />

I pressões sahidas da officina do Snr. B. de Mattos distinguem-sè,<br />

| como as melhores.,.^, 'do- Parnaso Maranhense e as Obras de<br />

João Francisco Lísbôã,- ambas feitas em prelo a braço.<br />

Nosso exeníplar' esitá impresso em bom papel e mui bem<br />

encadernado. -»->


$ 428<br />

Y-H-H M. N.° 230. — Memoria sobre a Tipografia Maranhense<br />

apresentada a Comissão directora da<br />

Exposição Provincial do Maranhão de 1866e<br />

exposto como prova tipografica pelo ¿tipógrafo<br />

J. M. C. de Frias.<br />

S. Luiz do Maranhão, Typ. do Frias,<br />

1866, in-4. 0<br />

Com» 39 pp. num., a fl. de rosto impressa a 5 côres, e ò<br />

texto, em todas as paginas, emmoldurado em' elegantes filetes.<br />

Quanto á execução artística, basta dizer que Frias, umdos<br />

nossos mais peritos typographos, preparou esta edição para<br />

ser exposta em 1866 como prova typographiça ; em verdade,<br />

tanto pela variedade e formosura ¡dós typos,^éòmo pela igualdade<br />

e boa qualidade da tinta empregada; ' o resultado da<br />

' prova correspondeu á sua espectativa.<br />

• Considerado quanto ao assumpto, o trabalho é um valioso;<br />

documento para a historia da typographia naj Provincia do<br />

. Maranhão. .;.<br />

' Aqui damos ós. titulos : dós capítulos, ou pontos em que se<br />

divide' a obra:<br />

I « <strong>Fundação</strong> da primeira typographia no Márânhão é das mais<br />

que se lhe seguiram 'até hoje, material empregado, sua<br />

qualidade, melhoramentos introduzidosj seus introductores,<br />

em que épocas e vantagens obtidas. » *f<br />

II « Analyse dos trabalhos typographicos, seu aperfeiçoamento,<br />

e cansas que concorreram para elle, ou o embaraçaram.»<br />

III «Pessoal typógraphico, suas habilitações, e qualidades;<br />

economia typographiça; necessidades mais urgentes da'<br />

typographia, e os meios de as remediar. »<br />

. Tendo em vista esta synopse, pôde julgar-sé dá importância<br />

d o/-contingente que o Sfir. José Maria Correia dê Frias<br />

prestou ao estudo d'esta especialidade no Brazil.<br />

OURO PRETO<br />

v ^ N.° 231. — iVilljjRica, Poeir^^p|:j3iidio: Ml|<br />

in 0<br />

; nae.t dá Costa. .Árcade: i.i)ti"naoB&o<br />

• nome de; Glauceste Sáurç^-^í^ilrèc^çi ao


429,<br />

Illm.® e Exm.° Snr. fjosé Antonio Freire de<br />

Andrada, Conde - de Bobadella &c. &c. no<br />

anno de 773.<br />

Ouro Preto, Typ. do Universal, 1839,<br />

in-4. 9 - '*•<br />

Dado á luz em obsequio ao Instituto Historico e Geographi®<br />

Bráziieiro por um dos seus sócios correspondentes, como<br />

se declara na fl. de rosto, José Pedro Dias de Carvalho depois<br />

senador do Império pela província de Minas:<br />

."As XIX pp. prel.comprehendem : o titulo; no verso da<br />

fl. de rosto estas palavras de. Virgilio :-'<br />

« Ultra Gàramantos, et Indos proferet imperium..»<br />

Virg, ^En. 6.<br />

{,ySeguení-se.: « Carta dedicatória; Prologo; Fundamento<br />

historico. » O Poema occupa 79 pp. Na pag. 80 e ultima vem<br />

um soneto de- José Maria Francisco de Assis: ! « Aos primeiros<br />

;quatro cantos,do Poema da fundação da capital de Minas; e<br />

suas extensoens, que pretende dar á luz' o Sr. Dr. Cláudio<br />

Manoel da Costa. »<br />

Nesta mesma pagina, embaixo, a seguinte indicação:<br />

Òuro-preto, 1841. Typographic^ do Universal. Praça numero 15.<br />

No bilhete do. Catalogo systematic© da Bibi.' Nac. está<br />

lançada a nota que segue: « Única e rara edição, d'este interessante<br />

poema. No fim do volume occorre a data de 1841,<br />

o que faz suppôr que só então acabou-se a impressão, começada<br />

em 1839. »<br />

'.Segundo as notas collegidas por Innocencio da Sijva, o .Snr.<br />

Cons. Pereira da Silva, J. Mi da Costa e Silva e Fernandes<br />

Pinheiro, lo distincto poeta Cláudio Manuel da Costa nasceu na<br />

cidade de; Maríanna, na provincia de Minas Geraes, a 6 de<br />

Junho de 1729. Concluídos os primeiros estudos no Rio. de Ja- :<br />

neiro, partiu- para Portugal aós 17 annos. de idade, è formoü-se<br />

em Coimbra na Faculdade de Cânones em 1753. Regressando<br />

em 1765 para o Brazil, estabeleceu, a sua residencia em Villa<br />

Rica, e; começou a exercer a profissão de advotíacia, na qual<br />

'adquiriu honrosos créditos.<br />

O Góverriadór da Capitania D. Rodrigo José de Menezes<br />

o nomeou 2. 0 * > Secrât^io do Estado em 1780, | lugar que re-..<br />

signou ém 17 §8j volta|ido: á vida particular, na occasião era<br />

,:què o Visconde de Barbacena entrou na administração d'aquella<br />

'província.<br />

^' • Implicado* pouco .depois como um dos chefes na conspiração<br />

tramada, em Milhas Geraes para a independência do


430,<br />

Brazil, foi; preso juntamente. com os seus amigos Gonzaga e<br />

Alyarenga, e ,poucos dias depois achado morto na prisão, havendo-se<br />

enforcado,/, com uma liga, isto nos princípios de 1789.<br />

Taes são as palavras de Innocencioy tòmo 11, pag. 79 do<br />

seu Diccionario.<br />

' A pag. 80 encontramos o juízo critico ácercâ do poeta<br />

brazileiro:<br />

« Claudio Manuel da Costa, colho poeta, pertence sem<br />

duvida á escola italiana, ainda que no seu estylo apparecem ás<br />

vezes resaíbps de gongo rismo; vê-se que procurava imitar Petrarca,<br />

Guarini e Metastasio, de cujas obras tinha muita lição<br />

e estudo. Entretanto, é certo que J. -M. da Costa e Silva o<br />

excluiu da referida escola no sèU Ensaio Biographico-criticò,<br />

reservando-o para a hêspanhola. Quanto ao seu mérito, todos<br />

os críticos portugüezes e estrangeiros, e entre estes últimos ó<br />

Sfír. F. Denis e Sismondi, se accordam em julgai-o digno e<br />

feliz imitador dõs seus modelos. 'Porém o seu ultimo biographo,<br />

o Snr. Pereira da Silva, levado sem duvida de excessivo, comquanto<br />

desculpável sentimento de nacionalidade, vai ainda<br />

mais. longe, e affirma que Claudio conseguira aperfeiçoar o<br />

soneto portuguez, de modo a, se não exceder, ao menos rivalisar<br />

com os de Petrarca. Bocage (diz eile) é mais harmonioso<br />

na phrase, menos porém completo na poesia e no sentimento.<br />

Leiam-se o§ sonetos de Claudioj e julgue-sê-seu merecimento<br />

com justiça e imparcialidade. 1 — Apezar d'este appello, não sei<br />

se os entendedores sentenciarão o pleito a seu favor. Duvido-o<br />

muito. ><br />

Não. nos compete a nós decidir tão importante questão.<br />

O que está fóra de duvida é que Claudio Manuel da Çosta é<br />

um grande poeta, ei o Brazil se orgulha de o contar entre eeuâ<br />

filhos*<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue duas copias nianuscríptas<br />

d'este Poema, ambas datadas de 1773, mas com variantes.<br />

s. pU r n.° 232. — O Recreador Mineiro. Périodico Litterâriò.<br />

: Qufo Preto, Typ. Imp. de Bernardo Xavier<br />

Pinto de Soum, 1845 - 1848«, 7 voll in-4. 0 com<br />

84 ntinv e est. lithogr.<br />

O volume exposto com Drehende ,QS números do primeiro<br />

sejttfestre do anno de 1845/-— Cada numero tem 16 pag. a<br />

duas columnas.


431,<br />

Fpi seu fundador e redactor principal Bernardo Xavier<br />

Pinto de| Souza.<br />

' O caracter da publicação é artístico e litterario. O volume<br />

do i.° semestre traz as duas gravuras seguintes: «'Imperial<br />

Cidade de Ouro Preto e Vista' (do Rio de Janeiro) tomada<br />

de Santa Thereza »; as duas gravuras trazem a assignatura<br />

do gravador A. Çhenot.<br />

- Pinto dê Souza falleceu.no Rio de. Janeiro a 29 de Setembro<br />

de 1884, tendo nascido em Coimbra, segundo Innocencio<br />

da Silva, a .27 de Novembro de 1814.<br />

fe^-O., prospecto da folha foi publicado em 1844 e existe na<br />

Bibliotheca <strong>Nacional</strong>.<br />

RECIFE.<br />

N.° 233. -HSentinèllá ' da Liberda.de na Guarita S.oLt, (í<br />

r de Pernambuco.<br />

Pernambuco, Nas officinas de Cavl âf C. a ,<br />

[ e na typ. de Pinheiro e Faria, 1823 — 1835. In-4. 0<br />

)t* A publicação do periodico era irregular, sahindo mais ou<br />

menos-duas vezes por semana. O preço do.numero avulso variava<br />

dè 40 a 80 .réis, 'conforme o numero de paginas de, impressão. O<br />

seu titulo, no correr do tempo, soffreu diversas modificações,<br />

supprimirido-se por vézes o trecho na Guarita de Pernambuco ;<br />

. ora, 4om o titulo Sentinella da liberdade á beira-mar da<br />

Praia- Grande, ora com o de Sentinella,na sua primeira guafita,<br />

a de Pernambuco, onde hoje brada, etc., etc.<br />

A Sentinella, ào que parece,: interrompeu a Sua publicação •<br />

entre ,1823 er 1834. O seu principal redactor foi ~ o afamado<br />

f.Cypriano José Barata de Almeida, deputado, natural da Bahia.<br />

O periodico, nos seus primeiros tempos, advoga o constitucionalismo<br />

, atacando por vezes o governo imperial,;<br />

applaude a -revolução de Abril, que ocçasionóu a quéda do<br />

primeiro reinado e, sob a Regencia, aconselha a Federação<br />

como único systema quê poderia salvar o paiz. -<br />

V , Este periodico, um dos mais antigps da província, é valiosíssimo<br />

para a sua historia.<br />

O exemplar expostò foi offerecido á Bibliotheca <strong>Nacional</strong><br />

pelo Snr : , Soares de. Souza. •


432,<br />

N.° 234. B Diario do Governo de Pernambuco.<br />

Pernambuco, Typ. de Cavalcanti & Comp.y<br />

1824. In-fol.<br />

O specimen presente, é q n.° 51 de 28 de Fevereiro<br />

de 1-824. Traz no alto as armas irñperiáes e, sob o titulo, a divisa<br />

Quid, autem, si vox * libera noil sit, liberum esse ? ',<br />

Tit. Liv.<br />

P preço de. cada número era. de 80 réis.<br />

Foi' este o primeiro jornal official da provincia ? ,Nãb'<br />

temos noticia de outro.<br />

A collecção do Diario do Governo é hoje muito rara.:<br />

S». oLl P . N.° 235.— O Carapuceiro. Periodico." s,e.mpre<br />

moral e só per açcidens politico*'<br />

Pernambuco, Na typographia de M. F. de<br />

Farias, 1837 a 1842, in-4-° com vinhetas,<br />

'í * 1 * '


433<br />

•pertenceu o exemplar ao Sñr. M. A. Vital de Oliveira,<br />

passou depois' para o Sñr. Antonio. Çarlos C. de M. S. e Andrada,<br />

e, mais tarde, para a Bibliotheca <strong>Nacional</strong>.<br />

Segundo os seus biographos, nasceu o P. Miguel do Sacramento<br />

Lopes Gama em Pernambuco a 29 de Setembro de<br />

1791, e téve por pães o Dr. João Lopès Cardoso Machado e<br />

D. Anna Bernarda do Sacramento Lopes Gama. Morreu na<br />

Cidade do Recife a 9 de Dezembro de 185.2.<br />

N.° 236. — Parasitas. Versos de José de Vas- Y 3/ L /<br />

/ concellos.<br />

Pernambuco, ' Typographia do Jornal do<br />

Recifeg 1871, in-4. 0<br />

O volume consta de 2 ff. inn., jòjontendo folha de rosto e<br />

advertencia, 135 pp. num. de texto, e 2 ff. inn. de indice.<br />

0 exemplar é apresentado como um documento do estado<br />

da arte typographica em Pernambuco. A impressão é boa e<br />

nitida, notando-se diversidade e belleza de typos. Todas as<br />

paginas são tarjadas e as "tarjas coloridas em formas e côres<br />

variadas.<br />

PARÁ.<br />

N.F 237. — (Resolução do Governo do Pará. Acta<br />

official.)<br />

Pará, Na typog7 r aphia nacional1824,<br />

> in-foliO.<br />

- , É uma communicação que fazem o Conselho da Provincia<br />

mais autoridades provinciaes do Pará ao Governo Geral,<br />

indicando as medidas que tomaram extraordinariamente em vista<br />

da necessidade da manutenção da ordem publica. Entre essas<br />

medidas avulta a da prisão e subsequente embarque do Brigadeiro<br />

José Ignacio Borges, que ameaçava a tranquilidade<br />

geral.<br />

O exemplar é um dos mais antigos documentos ..typographies<br />

da Provincia e -considerado raro.<br />

Naquelles tempos goVernava a provincia José de Araujo<br />

Roso, tendo por Secretario José Thomaz Nabuco de Araujo.<br />

28


í<br />

MÊjm H<br />

nn'AA<br />

434,<br />

N.° 238, — Falla, éom que o Kxm. Sr. Dr,.joS0<br />

C'Apistrario Bandeira d¿ Mello I-'ilho abtíti<br />

, * dalK®Q|is|atitu& ¿á Aásèm"Bféi;<br />

legislativa 'da Provlft'eíá do "Pàíá em ij de<br />

í'ttverfúro dê i . r ... 1<br />

J'ará. l'yp. do Livre do Commertfio, l'ho*-<br />

&" Côrrtp:, AdM. AnfM/io Ribeim<br />

^ " •BB in-^^p<br />

0 ê3Éêmp% ' tem igõ pp. ,num 1 .;,- í il.. H-.rt. e :.XV¿M pp.<br />

num. de'<br />

. . A tapa do* «jampU- é :mpi' ê a impressão<br />

typog^rphíuo<br />

expostrí dom^^^cjRl'lh arte typfly<br />

ptovWMs. dõ Pará. V - ' ;<br />

, Comprado pelo Dr.- Saidaiiha/âetuaí Bibliotheearill<br />

RIO GRANDE.<br />

N.° 239..—: HiránfS-que- >sô cantou, na nofitJfpll<br />

dia Í4 do ^rrente,%Mk felfa noticifi, da Gloriosa<br />

Sr. Dom Pedro IMÍa<br />

Thruno do Hnuü. '<br />

Af GrÊmlKJi^de Akm^ da 1831 por<br />

v ^M^ÊÈMkI ^^^E^l 0 . D I jálelo; sêu Valor<br />

hiSíórtéò^ngurã na Eipysiçaíj X'erínaneníí;;' ; 4o<br />

PIRATINIM<br />

Ñ.° 240. — Manifesto do- Preittente da>'Republica<br />

Rio Gfârfftensè em nõíhe de sêus cdns-.<br />

tituintes; In 4.' dfi !: pj>. nutri.<br />

, il.fíadíV df» FI-rrtnH-rt. 2b dé; • rí^g. .


435,<br />

Grande dp: Sul Antonio Rodrigues; Fernarídes Braga, rebentou<br />

a revpluçâQ. republicana a- 20 de Março de'iS^ capitaneada<br />

por Bentó Gonçalves cía. Silva e depois por Jiavid (.>.¡¡I:I'.u doiiáMtQ de-'<br />

clára qué a provinaa^cpta, a c®n|ederaÇíW'de or>tras¡ que<br />

. Assinam® manife§iò'j' ¿¿áfc<br />

BB | S ^ H ^ H H M<br />

:da Praia. Autqrisarai-nps essa ncíusão,' ei 1 neiro In , as<br />

dificuldades e grave responsabilidade de imprimir no paii<br />

uni Wfe^ítsñieáte tfàfi®íg' fe s •<br />

máxinté 1 em uma época em que as condições dé páz eram<br />

precarias; Depois; o trabalho typographioo eijtá eivado de<br />

ceifo® erros e defeitos que indicam claramente que õs typographos<br />

occupadb impr. i [la- ngua cas<br />

lhana. ^ Assrrri, e.nçonti 1 I ucas as as ijlH<br />

uso esists ót III Sabre ^ogal, VemjS eie'mplar cf HipK-v<br />

títt£o-|»gtío gtimnm á .n^Savfingua á ètefrislô sem o<br />

ft/Te apenas levando um accento agudo. Nãò obstante, âfíèSS'<br />

•! p->«>:h:;*.irir, dè haver M


436,<br />

unia<br />

do CcÃcfe áêJ&Ed, no v »ta fl a inaiíípfde lugar e<br />

• • H ^ H * Q fl iKlNMtfl<br />

tíanseSlg na' 3 * * H ' S *ij&fotottà assignada Po, «<br />

W&ítiÊBlM 1 . ¿H- I \ . D<br />

s 111 1 .j<br />

^ • m n i I J Lopes t H H I<br />

O livro, apffnr do. tom laudatotio em • foi g5CTip||M<br />

é um R«iento de valor !»#> hlít&na HB^BQBH<br />

, respeita á pacificação da »pWinclaSgo<br />

BBHBïïffl illustre Barão, depow Duque de Ipíf^fc,,, r<br />

A ò «ífSSS?: 5 ? 116 "<br />

JSste («áealò Wtopf^ tofBapdo raro<br />

H H B 242. — ' Vieira—A musa mo-^<br />

IH I U derna. ^JjEJtfglflHH<br />

Porto Aaigm, Tyft doji^milo CommercMI<br />

i < "G6n,ta'«mvfrii*pp i '><br />

^ • . I 'TMBMI<br />

• pBWlWfPMgMWMtiiyiMiLiffl d«|g§|<br />

• n h h . dflmthb b<br />

npr MHHj . 11BHH pubi^fe®BKm? e « ue<br />

M H H B Dr Tobias laptop , 1 ' ' I<br />

B H s H H ^ m BEBKBSaQB&biiiHM<br />

• m i ^ n ^ H R n S j ^ ^ ^ ^ ^ B B B 0 E H<br />

m ^ m n ,1 njESKJUHy^un^a<br />

H g W t vf* • a S ^ Dlz D • • *H<br />

I ' I « a i n fflail 1 novo polo magnetico : o artista perdeu ^ a •antiga B attitude ^ U ga H e| B<br />

• n i f l n B<br />

^MMWBMHB H n ^M t^M lHp I<br />

i ' l 1' 1<br />

1<br />

• H ^ H da eter&»*aii^»ftaidade{,. 'IBf»«<br />

— — I H ^ H H<br />

• B ^ ^ n ^ n<br />

.ij. ixw'.¿sm^ 1<br />

11,- . ,,iK! - •, J *- sfat^?.', tit<br />

, A musa moderna nao restnnge subjectivamente o tonspiMei&as<br />

cbncep?6& amjrlia ¿Japoderandt)-se de toaos


437,<br />

os .problemas sociaes e fazendo-os passar atravez do sentimento<br />

como raios solares atravez de um prisma.<br />

« O homem é o seu assumpto preponderante...<br />

« O realismo que seguimos não faz uso de constantes hyperboles<br />

nem impõe-se á admiração dos ingênuos por meio de<br />

estylo transcendental, mais proprio de compendio de philosophia<br />

do que de um livro de indole poética-: antipathisamos<br />

com tudo quanto sé oppõe á fácil comprehensão do bello artístico.<br />

« Não ' nos enthusiasma a poesia emphática, retumbante,<br />

pedantesca, entumecida de citações históricas, cravejada de<br />

comparações eiiigmaticas.<br />

« Faz-nos lembrar as phantasticas dansas macabras... »<br />

Quanto á fôrma :<br />

« A "poesia é uma musica especial; convém ser sempre<br />

harmoniosa, de maneira que agrade simultaneamente ao ouvido<br />

e ao entendimento. »<br />

Impresso a duas côres, em papel amarellado, caract. redondos,<br />

sem registro, o livro do Sfir. Damasceno Vieira representa<br />

dignamente a imprensa rio-grandense neste ultimo quartel<br />

do século.<br />

0 exemplar éxposto foi offerecido á Bibliõtheca pelo autor.<br />

S. PAULO.<br />

N.° 243.4^0 Farol Paulistano.<br />

6*. Paulo, Na Imprensa de Boa e C.,<br />

1837- 32, in-folio peq; a^oST e^ií os-vwc<br />

E, segundo Cremos, a primeira publicação periódica da<br />

Provincia de S. Paulo.<br />

: , Foi a principio semanal; continuou depois a publicar-se<br />

duas vezes por semana. Cada n.° custava 80 réis.<br />

Trazia a divisa : La liberté est une enclume qui usera tous<br />

les marteaux. O texto, impresso a duas columnas, compunha-se<br />

de 4 paginas, numero excedido algumas vézes quando apparecia<br />

supplemento.<br />

A publiéáção durou- 6 annos : a colleçção da Bibliõtheca<br />

<strong>Nacional</strong> tem algumas lacunas.<br />

O fundador e redactor principal d'este periodico foi José<br />

da Costa Carvalho, depois Marquez de Monte Alegre.


438,<br />

; O Fa?ol • :£auMßfdquiriu unía officina typqgraphica<br />

próprla, em qüe fbram ímpréssos . o Justiceiro (1834 -^35) j O<br />

Novo Farol Paulistaño (1-831) e 'o Úbsetvador Constitucional<br />

(1829 - 32). _ - . • ' _ ' ' . • '<br />

A fllf&i. dó periódico é política ; seus artigos sao, em<br />

geral,"'consagrados á defez'a dos principios constitucionaes e<br />

éscriptos ém linguagem moderada.<br />

i A N.° 244» — Diario da Viagem do Dr. Francisco<br />

José de Lacerda e Almeida pelas ¿Capitanías<br />

do Para, Rio Negro, Matto Grosso, Cuyabá,<br />

e S. Paulo, nos annos de 1780 a 1790. (Im7<br />

presso por ordern da Assembléa Legislativa<br />

da Provincia de S. Paulo.)<br />

S. 'Paulo., Na typographia de Costa Silwir-®!,<br />

1B41, in-4." 0 de Sg pp. - 1 pag. inn. com<br />

a errata.<br />

O. livrp «de importancia para a geographia do interior<br />

' do Brazi%|@ Diario é excessivamente condensado, attendendo-se<br />

a. que é a descrip^äo de urna viagem, segundo diz o proprio<br />

exploradora de 648 J /2 leguas de térras invias e inexploradas.<br />

O autor, Df. F. Lacerda, era o astronomo da Expedido<br />

'que por mandado d'el R'ei B. José vanha fázer as demarcares<br />

dos dominios reaes . na America, segundo se vé do proprio<br />

exemplar. • ; ; •<br />

A Bifoliotheea <strong>Nacional</strong> possue o msc, -autógrapho ,(Cod.<br />

ccxxxvii '(16 - 103) 16 ff. inn. 30, ^18): de uma .par-te d'este<br />

diario, comprehendendo a descripgao da viagem desde Villa<br />

Bella de Cuyabá até a cidade de S. Paulo : esta parte coi;-,<br />

responiíe no impresso ás pp. 43 e seguintes.<br />

A publicagäo presente e a primeira,- de que temos noticia,<br />

do Diario dp Dóu'tor F. J. de Lacerda e Almeida, e foi feita<br />

por ordern da Assembléa Legislativa de S. Paulo.<br />

Os exetnplarés .sao pouco vulgares. | .<br />

Figura na Exposi^ao. cómo um documento intemediaTro<br />

| da arte de imprimir na provincia de 'S. Paulo. -Com effeito,<br />

si 0 compararmos, veremos que sua impreSsäo já nao é a do<br />

n.° 243, mas tambem áinda iiäo é a de n.* 245.


435,<br />

N.° 245. ~ Compendia; da Gramaiatica poriáà- W<br />

gucza, para uso alumaos .dè humanfíàjJSi; :<br />

que freqiiimiam a aula de Portugui»*.. compilado<br />

pelo Bacharel em Direito Augusto Freire<br />

- - s Pululo, W^ogr^faM, de 7ok¿IÉm<br />

• SeiilerW•&, iSSj, in-0 d« -238-va pp.i<br />

otra i 'imliiadü ¡j mpkjjorw 4a Dr, jele Xell ¡SeriBáV *<br />

0 ^tS.^è.gg!Jifip,' ; £ '<br />

TsrKOTàff-çfllime çgjn o 4 fflss<br />

& ajisffisnte © ¡¡sp tracei}® »h: a. .gaaria


440,<br />

abono da suÄSillifeadä: c^di^fe.contra o ca-<br />

«llmniador Antonio da Roclü|Íjezerra, qiie com<br />

falsidades ptetendeu^denegnlo.<br />

ReimpfteSjo na Typ. Wacü^l do Cea-mm<br />

1828, m-tel|||<br />

E a 5eimprgSs|íãj de um artigo publicado edyqpíhnente<br />

no -JorMfl do Rio df< Janeiro n • (iSjWe'ao de<br />

I Ä . de i I *<br />

O ^impressor precede a publicarão algumas uniia^<br />

encomiásticas ao accõsado e assigna se: Por hum Cearense *<br />

• ^'tftypogrtipkia tMafiionalWÍ a rnjsrna em ^^sè ímpnimu<br />

a Gazeta Cetcriné em ifiab E provável portanto que as Refle i<br />

.tó« sejam um isS.nuais ant® 1 11 í "¡Of* > ncla -<br />

yy J/l. '< N.° 247/—Rodo^p TheophilS Historia dalecca!-<br />

Fortalefn, fvp- do Libirtadbr, iS$3, m-ffl<br />

~0*ssffiBiplar ten\ 501 pp num Hfe iptto, 4 PP m 18<br />

indice e I RMM^^^^^H^^ffl^^^D do .autor, gravada<br />

if§ madeira,<br />

sua assignatura, Jagg<br />

xylAifap^^Se|oies8Htando figuras humanas e onto chroftidli<br />

I ^Staplnas i^preSentando »<br />

Hh idi" a geographia,, ^<br />

•i


441,<br />

CARTAS GEOGRAPHICAS<br />

n.° 248. — Karte von Ärtierikai aus deih Iahre<br />

•':,. 1500 entworfen von Juaitidi la Cosa Begleiter<br />

des Columbus auf dessen zweiter Reisi||aufge-<br />

Hfundcn Von Alexander Humboldt.<br />

föftdJM. Bauer Wk Raspein 'WüAierg-,<br />

E|P°,339 ; >


442,<br />

d:' áñcignneg cartes européennes et orientales..,. publiés en facsimile<br />

de la grandeur dee originaux par M. Joaiar-d... Paris,<br />

in-fol. max. »<br />

É o xi* 0 16 da cpllecção.<br />

O exemplar está exposto, emmoMurado em elegante qua-<br />

4*©, na Secretaria da Bibliot&eea-


INDICES


INDICE DOS AUTORES<br />

»KT (E.), 206.<br />

KÍ¿A.GOSTINHÓ (S. Aurelio), 3.<br />

t, AGUIAR (Joaquim Macedo de), 225.<br />

I. ALAMANNI (Luiz),'23.<br />

Aleman (Mat.), ,153.<br />

IÉ-Almeida (Cypriano José Barata<br />

•pde),233.<br />

||? ALMEIDA (Domingos José de), 240.<br />

| ALMEIDA CARVALHA ES( Rodrigo<br />

R: Pinto Pizarro de), 226.<br />

£ ALMEIDA NOGUEIRA (Baptista<br />

K Caetano dé), 210.<br />

I Ai .POIM -(José Fernandes Pinto).<br />

•p92.<br />

[ Alvares (P. e Francisco), 40.<br />

IvAlyear (D. Carlos). 178.<br />

|r; ALTEAR (D. Torquato), 176<br />

PVALZATE T RAÍTURES (D. Iph. An-<br />

•gpnio), 157.<br />

I||ANTONIO LUIZ, 114.<br />

i ARAUJO GUIMARÃES (Manuel Fers<br />

: reira de), 195, 197, 199.<br />

•^ARISTÓTELES, 27.<br />

ARRIAGA (Paulo José de) 159.<br />

BAILEY (Filip. J.), 165.<br />

BANDEIRA DE MELLO FILHO (João<br />

^Capistrano), .238.<br />

BARROS (Domingos Borges de), 220.<br />

BAUZA.(Francisco), 184.<br />

BELLEGARDE (Guilherme)J 218.<br />

(POR NÚMEROS)<br />

BOCCACIO (João), 29.<br />

BOCHIO (João), 72«<br />

BOSSUETVJ. B.), 62.<br />

Br.YAN WALTON. Vide "Waltos.<br />

BRYANT ("W. Cullen), 167.<br />

BUONARROTI (M.), 30.<br />

CABELLO T MESA (D. Francisco<br />

Antonio), 173.<br />

CALLADO (João Chrysostomó), 223.<br />

CAMÕES (Luiz de), 10,118,121, 128.<br />

CARBONELL (Pedro Miguel, vulgo<br />

Fere-Miquel), 84.<br />

CARDOSO (José Francisco). Vide<br />

CARRANZA (D. A. J.), 176.<br />

«•CARTAJENA (D. Alonso de), 92.<br />

CARTHAGENA (Affonsó), 93.<br />

CASAUBONO (Isac), 53.<br />

CASTILHO (José Feliciano de), 211.<br />

CASTRICIO DARMSTATINO (Mathias);<br />

jj 42.<br />

CASTRO rLuiz de), 206.<br />

CASTRO (M. Moreira dé), 206.<br />

CATHARINA , filha d'El-Rei D.<br />

Duarte (D.), 137..<br />

CÀZAL (Manuel Ayres de), 201.<br />

CERVANTES SAAVEDRA (Miguel<br />

de), 100.<br />

CICERO (M- Tui.), 51, 143.<br />

CISNEROS (Card. Francisco Ximenes<br />

de). Vide Ximenes.<br />

COCHLEU (João), 9;<br />

CONTAKINI (Ambrosio), 24.<br />

CORNÉLIO NEPOTE, 55.


Cortez (Fernando), 157.<br />

Costa (Claudio Manuel da), 23<br />

Costa Carvalho. (José da).,. 24<br />

Cunha (Luía Antonio ¿osado da<br />

911.<br />

-—CURCIO (Quinto), 85.<br />

David, 105. r<br />

Diogo Aeeonso, 141.<br />

Du Put (Pedro), 54.<br />

Durand (Guilherme), 66.<br />

EchaniqÍtiò (Barn!), 169.<br />

Egnacio (João Baptista), 40.<br />

.. Enciso (Martim Fernandes dé), 86.<br />

—«-Enéas Silvio Piccqlomini, 15.<br />

Erasmo Koterodamo, 87, 49.<br />

Escragnolle TavítaTt (Alfredo<br />

de), 2l5* .<br />

Estevão (Henrique), 52.<br />

«Eusébio, 44.<br />

D<br />

E<br />

• F ..<br />

FAULMANN (Carlos), 145.<br />

Fe èír andes (Manuel), Í23, 181.<br />

Ferreira (Anf-onio), 124.<br />

Ferreira (Félix), 213.<br />

. Ferreira e Souza (Bernardo Avelino).^<br />

' 19á.<br />

Figueira .(Sixto), 90.<br />

Florida-blanca (Cende de), 172.<br />

FrèDerico o GranDe, 12.<br />

; Frias jfJ. M, C. àè),- 230.<br />

G<br />

Gama (José Basilio, da), l2é.<br />

Gandavo (Pero de Magalhães de),<br />

120,<br />

GèlLio (Aulo), 38.-<br />

Giosafat Bárbaro, 24.<br />

GlAíívillá (Barthól. de), 7,<br />

Gonçalves Crespo (Antonio Candido-),.<br />

129.<br />

Gonzaga (Thomaz Antonio), 1ÇÍ6.<br />

GotfLART (Francisco Vieira), 195.<br />

Grtmèu (Simão), 39.;<br />

Guerreiro (D'. B. Lobo). Vide<br />

Lobo Guerreiro. ,<br />

Guimarães (Luiz), 18.<br />

446,<br />

H<br />

Herrera (Miguel de.),, 94.<br />

Homem kb Mel to. (Bação), 224.<br />

Horácio FlÃccõ (Q.), §5, 107.<br />

Horta (Garcia de), 151.<br />

humbotàt (Alexandre), 248.<br />

Huttich- (João), 39.<br />

Hypolito. Vide Mendonça.<br />

1 M<br />

Insaurralde (José), 98."<br />

Ishac Abaz (Samuel), 80.<br />

j<br />

Jeronymo (S.), 82, 87:<br />

JUSTINIANO (S. Lourenço), 137. -<br />

K.<br />

Kempis (Thoroaz de), 57;<br />

KòEnig (Roberto), 11.<br />

L<br />

Lacerda e Almeida (Francisco<br />

José de), 244.<br />

La Cosá (João de), 248.<br />

Laemmert (Ed. e Henr.), 207.<br />

Laet (João de), 77.<br />

Lamas (D. Andres), 176, 182.<br />

La Vega (Fr. Pedro de), 88.<br />

La Yille (Leonardo de), 69..<br />

Leão (Duarte Nunes de) < 119.<br />

LeIo (Dí Gaspar dè), 122. .<br />

Leon Pínelo (Diogo de), 160.<br />

Limpo (D. Baltbasar), 142.<br />

Lívio (Tito), 83.<br />

Lobo Guerreiro (D. Bart.), 158.<br />

Lopes (D. Vicente F.) 176.<br />

Lopes Gama. Vide Sacramento.<br />

Lopes lãgúna(Daniel Israel), 105.<br />

Lorenzana (D. Frañoiscd An-<br />

; . v tonio'),f.'157.<br />

4 "iLupRNA (D. João Bemifez.de),<br />

M<br />

Macedo- (Igriácio José de)> 218;<br />

Maefeu Volaterranq (R&fael),<br />

V; í<br />

• «Mancinellj (Antonio), 17. ¡<br />

Mangiñ "(Arthur),' 60.


Marban (Pedro), 161.<br />

Marcgrav. (Jorge), 77.<br />

Maricá (Marquez de), 208.<br />

—Marineu (Lucio), 88.- '<br />

Marques (F.), 226.<br />

Marttres (Fr. Barthol. dos), 130.<br />

Mathieu (Carlos), 59...<br />

Mello Franco (Franc. de), 127/<br />

Hendonça (Eypolito José da Costa<br />

Pereira Furtado ãé), 109.<br />

Milelli (Domingos), 31. -<br />

MinoiA (Miguel), lá.<br />

Mitre (D. Bartholoméu), 176.<br />

MonachO (Robeíto), 40.<br />

Monte Al-e^re (Marquea de),<br />

Yide Coita Carvalho.<br />

Montoya (Antonio Ruiz de), 97.<br />

Moraes (José Francisco Cardoso<br />

de), 220.<br />

Moreion (Pedro), 355.<br />

Morga (Antonio de), 154.<br />

N<br />

Neander (João)j 74.<br />

Nebrissense (Elio Antonio), ...<br />

Nepote (Cornélio). Vide Cornélio<br />

• ÍO Nepote.<br />

Nisholson (Edu«rdo B.), 110.<br />

—Nider (João), 43. ~<br />

Noronha (D. Leonor de), 117,140.<br />

Nunes (Pedro), 113;<br />

Ntder. Vidè Nider:<br />

Oliveyra (Selomoh de), 81..<br />

Ovídio Nasão (Publio), 26, 65.<br />

. Oviedo y Valdez (D. Gonçalo<br />

Fernandes de), 91..<br />

Paredes (Ignacio de), 156.<br />

Pastran a, 112.<br />

Paz, Soldan (Marianno Filippe),<br />

Pedra-Branca (Yisconde da).<br />

"Vide Barros.<br />

Pellegrini,(Carlos Henr.), 181.<br />

Perez (Jeronymo), 152.<br />

Pekez Galdós (B.), 101.<br />

"•Perotti (Nicoláu), 16.<br />

Pérsio (A.. F1.V 48.'<br />

Piccolomini. Yide' Enéas Silvio.<br />

447,<br />

Picot (F. A.), 20©.<br />

Pison (Guilherme), 77,<br />

Plauto (M. A.), 68.'<br />

-Plínio Sénior, 34.<br />

«Policiano (Angelo), 22.<br />

Polibio, 58.<br />

Pope (Alexandre), 106.<br />

"Prísciano Ce&artensb, 20.<br />

Ptolomeu (Cláudio), 113.<br />

Purcha» (Samuel), 108.<br />

publiliabo (J. C.), 82,<br />

Q<br />

Quintiliano (M. Fab.), 50.<br />

Rabbenu Bahie O Daian, 80.<br />

Rabí Jetjda Aben Tibon, 80.<br />

Racinet (A.), 6Í?<br />

Ramíz Galvão (Berijámín Franklin),<br />

210. "V ..<br />

Rebello (Domingos José Antonio),<br />

222.<br />

-Reginaldeto (Pedro), 64.<br />

Resende (Garcia de), 134, 135.<br />

Ricci (Agostinho), 47.<br />

Rocha (Tiburcio Joal dã), 195.<br />

Rocha Pitta (Sebastião da), 224.<br />

Roderígo, 98.<br />

Roderígo Sancio. Vide Sáiieió.<br />

Rodrigues Zorrilla (D. José<br />

Santiago), 185:<br />

Rooses (Max), 78,"<br />

Ròsales (Diego),- 190.<br />

Sabelico (Marco Antonio Locio),<br />

140.<br />

Sacramento Lopes Gama (Miguel<br />

do), 235.<br />

SÀLLusTio Crispo (Cayo), 99. •<br />

«ÍBanció de Arevalo (D. Rodrigo),<br />

„ "13, 14,<br />

Santa ' Gertrudes Magna (Fr.<br />

Francisco de Paula de), 204.<br />

Santa Rita Bastos (Fr* Francisco<br />

Xavier de), 219.<br />

Santo Alberto (D.-Fr. José Antonio<br />

de), 171.<br />

S. Jorge (Pedro de), 115.<br />

Sauer (Arthur), 207.<br />

Savorgnano (Pedro), 8.


Takai Ranzan, 149.<br />

•Tasso (Torquato), 28.-<br />

Tedder (Henrique R.), 110.<br />

^Terencio Aper (Publio), 2. .<br />

Tesinbo (P."), 226. —<br />

Theophilo (Rodolpho). 247.<br />

Trelles (D;. Manuel R.), 176-<br />

Tremellio e Junio, 102.<br />

448<br />

Saxonia (Ludolpho de),.67.<br />

Schöner (João), 147.<br />

Schoolcraft . (H. R.),. 166. Ulfilas, 146.<br />

Seneca (II. Ann.), 41, 76.. -.<br />

' Sequeira (Aleixo de)r 136.<br />

Sequeyra Samuda (Isac), 106.<br />

Sigüra (Ruy Lopes, de), 96.<br />

Silva (Augusto Freire da), 245.<br />

Varnhagen (Franc. A. de), 147.<br />

Silva (Bento Gonçalves da), 240.<br />

Vascóncellos (José de), .236..<br />

'Silva (Manuel Vieira da), 194.<br />

Velles G-uerreiro (João Tavares<br />

Silva Juniötb (J. M. Velho da), de), 148. . f<br />

213. ? \<br />

VerardÒ (Carlos), 40.<br />

Silva Lisboa (José da), 216.'" ".<br />

Vigente (D.


índice dos impressores<br />

ALBRIZZI Q. GIROL (João Baptísta),<br />

28.<br />

Aêdq (.Filhos de), 24,<br />

»•AIBO ROMANO, 22..<br />

ALVARES (João), 139.<br />

AMOROS (Carlos), 84,<br />

ANGULO (André de), 96.<br />

APPLETON (D.), 167.-<br />

ÁQUILA (Egidio), 143.<br />

BADIÔ ASCENSIO (Jodoco),45,' 48.<br />

BALLI (Jeronymo); 153, 154.<br />

BARBÈRA (G.), 30..<br />

BARBOU (Jósé), '55.<br />

BARREIRA (João de), 117, Í19,<br />

V • 139, 141.<br />

BARREIRO T RAMOS (A.), 184. ' '<br />

BAZIN, 165.<br />

BLUM (Miguel), 9. '<br />

BÔA e C. a , 243.<br />

-BODONI (João Baptista), 35. •<br />

BONHOMINI (João Pedro), 112.<br />

¡¡¡jg BROCAR (Arnaldo Guilherme de),<br />

BROWN, 165.<br />

^UKQOS (André de), 134, 135.<br />

"'BURGOS (João de), 92.<br />

•*.B..UYER (Bartholomeu), 63.<br />

CAMPOS (Germão ou Herman de),<br />

f • 133. • , '.<br />

.CANTO (Francisco dei), 158.. •<br />

" (POR NÚMEROS)/<br />

I CARTANDER (André), 38.<br />

CARVALHO (Manuel), 136.<br />

CAVALCANTI & C. a , 234.<br />

CESAR (Cornélio Adriano), 154.<br />

| CLAYE, 62:<br />

Coei (Jorge); 83-<br />

COLINET oú de COLINES (Simão),<br />

' 47. ,<br />

I COLLINS (T. K. e P. G.), 166.<br />

"^COLONIA (Hermano Levilapis de),<br />

. -36..<br />

-TCOT.ONIA (João de), 20.<br />

CONT RERAS (Jeronymo • de), 169. -<br />

I CoN^REtiAS (José. dé), 161.<br />

CORDOVA (Francisco Fernandes de),<br />

|l 9i. . • . /,•I jH v:<br />

'COSTA (Miguel Manescal da), 125.<br />

ÇOSTA SILVEIRA, 244.<br />

COSTILLA (Jorge de), 82. ,<br />

CRAESBKECK (Pedro), 124.<br />

CRISPIM (João), 65.<br />

CROMBERTIER (Jacob), 86:<br />

I CUNHA TORRES (J. C. M. da),<br />

I 228,<br />

I Curmer (l.), 57.<br />

. tfhKi. •<br />

DECKER (R.), 12.<br />

DEVRIENT, 10;.<br />

^lJPidot. (Firmino), 58, 61.<br />

^«J):DOT, L'AINÉ. (Pedro), 56.<br />

EDEM (Jòãò de),. 151.<br />

ELLSWORTH; 165.


.^ELZEVIR (Abràhão), 75, 76.<br />

f ELZEVIR (Boaventura), 75, 76.<br />

y ç ELZEVIR (Daniel), 79,<br />

V Elzevir (Isac), 74.<br />

\ELZEVIR (Luiz), 79. .<br />

ESTABLECIMENTO TIPOGRAFICO -<br />

EDITORIAL DE LA LIBRERIA<br />

; NACIONAL, 184.<br />

•ESTÊVÃO (Antonio), 1 53. - -<br />

£ESTEVÃO (Henrique)., 52. -<br />

VjSsTEvlo (Roberto), 51.<br />

FARIAS (M. F. de), 235. .<br />

FETHERSTON (Henrique), 103.<br />

.FISCHER, 11.<br />

—FLÃNDRIA; (Gerardo de)y. 32.<br />

I FONSÉCA. (Antonio Isidoro da),<br />

191,; 192.<br />

FORZA.NI E Ö>, 19..<br />

FREXENÁL: ( VascoDias Tañeo de),<br />

,142., ,<br />

FRIAS (J. M. O.- de), 2â0<<br />

F ROBEN (j.Oãòj, 37.<br />

—•FUST (João),' I. - "<br />

GALIIARDE (Germão)j ll>3; 115.-<br />

GALHÁRDO (Antonio Rodrigues),:<br />

127,<br />

«•GALL (ÍJdalricoj, 14.<br />

GALLARDO fpS J. ©¡É 185,<br />

»GERING (jUlrieo), 43. :<br />

*-GHERRETZEM (João M. de), 20.—<br />

GIESECKE, 10.<br />

."GONÇALVES (Antonio),- 118, 120.<br />

GONZALEZ. p4u 1|É|<br />

GRISWÜLD (W, P.)¡ 178,<br />

—GRUNINGERO (..João), 2..<br />

'" GRYPHIO (João),.26.<br />

GRYPHIO. (Sebaslião), 68:<br />

HACKIO (Francisco), 77.<br />

HERVAGIO (João),, 39, 40, 41.<br />

HOGAL (D. José de), 157.<br />

G<br />

H<br />

IBARRA' (Joaquim), 98, 99.<br />

IMPRENSA ECONOMIÖA, 224, 225.<br />

450,<br />

i '<br />

IMPRENSA IMPERIAL E REAL DÉ<br />

VIENNA, 145.<br />

IMPRENSA NACIONAL (de Lisboa), .<br />

i 28, 129. •<br />

IMPRENTA DÊ LA BÍBLIÓTHECA<br />

MEXICANA, 15,6.<br />

IMPRENTA DEL ESTADO (Lima),<br />

163. '<br />

IMPRENTA DEL ESTADO (Santiago),<br />

187..<br />

IMPRENTA DEL ESTADO E DE LA<br />

INDEPENDENCIA (Buenos Aires),<br />

BBBB<br />

IMPRENTA FEDERAL, 178.<br />

IMPRENTA DEL GOBIERNO, 186.<br />

IMPRENTA DE LA INDEPENDENCIA,<br />

,«J.8l.<br />

IMPRENTA Y LITOGRAFÍA DE LA<br />

'GUIRNALDA, 101.<br />

IMPRENTA, DEL MERCURIO, 19Q.<br />

IMPRENTA DEL ÍTÁCIONAL (Moñ-<br />

. tevideo),' 182.<br />

IMPRENTA DEL NACIONAL (Santiago),<br />

189.<br />

IMPRENTA DE LA OPINION, 188.<br />

IMPRENTA REPUBLICANA, 18Ô.<br />

IMPRENTA IIÏIÎ SIGLO, 189.<br />

IMPRENTA DEL SUPERIOR GO-<br />

BIERNO (Mexico),. 157.<br />

IMPRENTA DEL SUPERIOR GO-<br />

BIERNO (Santi ágo), 185.<br />

IMPRENTA DE TORRES, 179.<br />

IMPRENTA URUGUAYANA, 183.<br />

IMPRESSÃO REGIA, .193, 194, Í95,<br />

." 196, 197, 198, 199, 200, 201.<br />

''JUNTA. (Francisco),^ 67.<br />

JUNTA (João), 91. .<br />

JUNTAS (Filippe e Jaco)?), 29.,<br />

JUNTAS (Herdeiros dé Lucas An»<br />

< toftiO), 23:<br />

UUNTAS (dé Venesaa), 27.<br />

K<br />

KEMPIS (Hefttian dé), 132.<br />

»K-OBERGER (Antonio), 5, 6.<br />

KRÁFT (Guilherme), 176.<br />

LAEMMERT (Eduardo & Héníi-<br />

I que), 207, 208, 209. '


IjEAQ (JjOUtencjQ "de,), 9,0.<br />

Leüzinger $ fu-{ios ' (G.), 210,<br />

' 21o. •<br />

VLevet (Pedro), 44.<br />

Lewis (Guilherme), 109.<br />

Lombaerts & 0. a , .213.<br />

. Lopes (Isidoro José), 241.<br />

... Lyra (M^iel de)i 121, 12?.<br />

Mame et FILS (Alfredo),<br />

Manucio (Paulo), 25..<br />

Mariz (Antonia,de), 130, 131.<br />

Martínez (Francisco), .192.<br />

Martínez (Sebastiao), 94'.<br />

Matto,s" (B?)arminq ? ae), :22$.<br />

M<br />

451,<br />

Rodrigues (Luiz), 114.<br />

róttger, 147.<br />

Roussiñ (Jaeques), 09.<br />

RP"?croet (Thomaz), 104.<br />

Ruyz (Joao), 155;<br />

Sancha (Gabriel de), 100.<br />

Sánchez (Joao), 97.<br />

Saxonia (Nicoláu de)¿ 111.<br />

Schkuring (N-), 70.<br />

Schlogel & C.» (Theophilo), 238.<br />

schneidér, 147. ' . .<br />

^•Schoeffer (Pedro), 1'.""»<br />

•schurener de bobardia (Jo.5ó),<br />

Ív'Moreira, Maximino & 0. a , 212.<br />

214.<br />

•Moreto "(Joaó); 72..<br />

Oberti (Fernando), 164.<br />

Oficina Juliani de los Santos.<br />

e Salda&a, 160.<br />

Oficina de la Calle de S, Ja-<br />

'/.cinto, 162.<br />

Oporino (Joao), 42..<br />

..Pajínartz (Amoldo), 13.<br />

Parsons, :l67v V.<br />

PAZ: SOLDÁN (Carlos), 164.<br />

Penet (Héitor), 66.<br />

¡ Petit (Nicoláu), 66.<br />

Peypo (Frederico), 7, 8..<br />

Pimpin (Thoiníiz)j-J.52.'<br />

Pine (joao), 107. ?<br />

Pinheiro k FarÍa, 233. j<br />

Planciier (Emilio Seianoí), 205,<br />

206. -. ••- ;>.-v-V ;<br />

'>4«coto (Ocíavianoj, 21.<br />

Seckler & C.» (Jorge), 245. "-:<br />

Sharp (Joao), 178.<br />

Silva Serva (-Manuel Antonio<br />

da), 216, 217,- 218,. 219, 220, 221.<br />

Soúza (Bernardo Xavier Pinto<br />

de)', .232.<br />

'"SWÜYNHETM (Conrado), 13. ««<br />

Taggard, 165.<br />

Teyxeyra (Semuel), 81.<br />

Tipographia dell'Arte • della<br />

Stampa, 31.<br />

-MFREáCHEi. (Joao), 64.,<br />

Turrisano (Frederico), 25.<br />

Typis Collegii R. Monserratensis,<br />

169.<br />

Typis PP. Societátis Jes u, 168.<br />

Typographia do Correio Mercantil,<br />

223.<br />

Typographia Elzeviriana, 18.<br />

Typographia Imperial e <strong>Nacional</strong>,<br />

222.<br />

kPLANNCK (Est-evao), 17:<br />

Typographia do Jornal do Com-<br />

-Plantinó (Christovao), 71.<br />

ercio; 242.<br />

•»Poloko (Estanisláu-, Lanzalao), 85. Typographia do Jornal do Re-<br />

•íPortilia (Andreas), 34.<br />

cife, 236.<br />

Typographia do Libertador,<br />

247.<br />

Typographia do Livro do Com-<br />

Be-vl Imprenta de los Niños mkrcio, 238.<br />

.. Expósitos, 170, 171, 172, 173, Typographia <strong>Nacional</strong> Do Cea-<br />

174. ..."<br />

ra, 246.<br />

Regia Officina Typographica, Typographia <strong>Nacional</strong> (Mara-<br />

- 126. •<br />

nhSo), 226, 227.


•TYPOGRAPHIC NACIONAL (Pai¿á),<br />

- 237. " • '' • *<br />

452<br />

TYPOORÀPHÍA-, NACIONAL (RIO de<br />

Janeiro), 203, 204, 211.<br />

TYPOGÂAPHIÁ X>Ò PROGRESSO, 229.<br />

TYPÒGRAPHIA PVEAL, 202.<br />

TY-POGRAPHIA DO REAL MATEIRO<br />

DE S> ORTIZ, 1B7, 138. I<br />

.TYPÖGRAI'HtADO UNIVERSAL, 231.<br />

U<br />

-**Tnqut (M-ey nardo), 85;,<br />

VARELA (João de), 87.<br />

VARGAS, (Jèronynio de),, ,33.<br />

VASCOS AN (MieuelJ, 50<br />

VELLOSO & Cf.« (M. L.), 223. ;<br />

VILLENEUVE (J.), 206. . , Vj<br />

• guilla (Vuendellino de), j.6. ^ ?•<br />

W<br />

WANKIE (Niepláu), 146.<br />

WECHEL. (ÇJaristiano), 49.<br />

WEED, 167. . , *;<br />

.WHIÏTINGHAM (Carlos), 108,110.<br />

"WITTIG, 11.<br />

-ZELL (TJlrieo.); 3. |<br />

ZYMMEKMAN (Miguel), 144.


INDICE: DAS CIDADES<br />

PAGS. .<br />

axoala dé henares — "'•" 090<br />

almejrim.. v.s.,^,^,.,:.....,...****..'.:. ............ 323<br />

amstè'RDio .. .v.-. 200<br />

Antuerpi a............................— "• •••••<br />

BAHIA ...: -<br />

IwliARCÉLÔNArij.......<br />

- ............. v . . . . . . . . . . . . . . . . 1 0 9<br />

V^ERUMÎ.ÏA ; « ORO<br />

- ^BOSTON,^...... I R^/<br />

BRkGA\, ......i ••••<br />

BjJKîros-albes —•••• ,.....,............; olz a n<br />

^—BUAigos : à - gb -<br />

" ' CojMBRA .....>...... ozo ;<br />

JITCOLOKIA . ^<br />

(JORDOVA DE TUCU.MAN.I,<br />

EVORA<br />

^FerraJra ••••••<br />

•......... . «H L ;<br />

324<br />

¿j •<br />

FLORBNÇA.... J<br />

; FORTALEZA<br />

< 6OA. , -<br />

•••••<br />

| ••••- ••••<br />

4oJ<br />

|46<br />

Gra'NADA<br />

JïiAit S<br />

^h^j-iîën . r 1 • H :<br />

. H H<br />

h h fe'v,<br />

.LONDRES<br />

......:...........;....... I ^<br />

I I m<br />

,v m • m 11 m » :<br />

^ ^<br />

«<br />

H<br />

•<br />

^ > ! ^<br />

-<br />

h<br />

•<br />

•<br />

...<br />

l Jffi;;: ^ H H •<br />

MiCim<br />

H M i<br />

: ;;jfi9iLHi<br />

..sk.ivs .,î,\.«Sttr 1 '


454<br />

paska..,;.,.. l . . ^ , . . . : , . . , ^ . . . ^ ^ "òl - f t '<br />

PHILADELPHIA.. ........v..............i..............A.....,..., 365<br />

PIRATINIM 434<br />

; Porto 335<br />

PORTO-ALEGRE 435<br />

recife, 431<br />

Río GRANDE '. 434<br />

Río pe Janeiro................i..... ;........,. 383 il.jf<br />

Üp—-ROMA .,:.,......„. 6 9 I -<br />

AI AMANO A-, -.....!..., 225<br />

'••SANTIAGO DE CHILE....;.................. ....'..... 883-<br />

— S. XJUIZ ...,,,. 424<br />

V^S. £ATTLO v^-i—- • » 437<br />

WS. PSTJCRbBTTRGO. Í..C-.-.V. 34I •<br />

»/^saragoça ~2í2<br />

•^SÉTUBAL. .....,«.......,,..:.....,.....,.. .-., ¡322 »M<br />

* w»^SEVILHA „.,.»... „,„!."..'..;;./.•....:.'. '217 ^ 0<br />

¿"•"S^OCOLM ic........... 340 . 3<br />

^STrasbiihgo....?........„ ...y,,.,. 51 i<br />

frroKio.:..:.....;.:. 344 ... i<br />

—^.treviso.... ¡ 98 •>>.•<br />

V/Yalença V ;.'..• '209<br />

RV-VALHADOLID .A '£43 Y \<br />

VVVALP A R Aiso.....,......:.......— 387 jö«<br />

—VÏSNÉZ A ....................... ' ®l v nA>$<br />

-^VïCKNeiA ..,...,..*. ... 106 §V* I<br />

^VViENNa ,...,-.,.;.,'.?.'...'> L* 337


SZECÇ.Ã.O<br />

DE '-<br />

MANUSCRIPTOS


ESBOÇO HISTORICO<br />

• 'Como já. se "viu no histórico da.J}t:êçâo de<br />

impi^sos* fundo primitivo da secção- de manuscriptos<br />

da Bibliotíieia <strong>Nacional</strong> Spv£mol-JB.4t,<br />

RjjjpBibliótheca, que noá deixou D. João VI,<br />

Kfei/^tot^a dir-ecçãtí do padíe Joaquim Dá'T<br />

maso.<br />

Elff padre', nao querendo a^ití^r H inij^gèn-<br />

Rncia do Brazil,-Svól^^Bpara Portugal, levando"<br />

|Sa .0ccasiao,. si :iao todos os manuscriptos, que<br />

cópia d'elles ou tàffyÈj?<br />

glgjfei" maxima^, parte , Nj^© conduziu, ||j|ffém, o<br />

padre* 1 lamaso.ít&W.undo se diz, toda a collecçitb<br />

'de manuserititos, tantewn p-i'i/i"' •' • IhhiiotJiçt'ji t/o<br />

pBpfeimp da Infcmtadfy, designaçõ|jj|<br />

fc@In que^se distinguiam âs duls. livnmagMHB4fe<br />

em uma Illiflpb-P nome de Real Biblipfcffieà ; em<br />

munêro superior a .mil, muito s>||dos ; qu a esyP© r a m<br />

do uso prtvativaífc -D- José I e de .J). João VI,.<br />

existem na .çespectivajjifeççao. V<br />

)•.Francigc^^K^^^a Serra JSm unia caria sua<br />

pi'Qbr^mssumptos litterario^Pirigida a D, Maria M<br />

depois «de 1791. allude a uma bíblia em portu^Efe<br />

do)- XV fil XVI seeulo ^ùi ¡existia na Real Bibi®<br />

thiçá d'Ajuda • JaW<br />

Rjry te®í®nto -,:eu húa; Bíblia em Portujir do.,<br />

Spíilo: X\'. «tj XVI. q M®!<br />

parou -pela seg „vez no pQcIer do ultimo CardéalgpunhaX<br />

H'ojKliiîie., n;a Reâl Bfljtí^fl};? por


458,<br />

fspmprai feita èsÇerança do 'i<br />

foèjijijj db Vp^M LStJ^^fe ] .ara<br />

fifíçã de uma Áarta su4' M i t t e n origin^},<br />

no ^rcMv'd Pufclicprí" O VisconiM de Villa No?|f;<br />

dá Rainha,, ^ãtóà jóias dá Corôa, conseívxm-a em<br />

uíS^iiJeâaã. ílo Hstai'o )iíi rua do Ouvidor. fídÕTS^H<br />

f óltou com D jájb jSgj§LiS*Boa Doesta collecfcSo,<br />

que "Jegundo jse dtz, títy prfc^sissima i® qilfií cbtitava<br />

perto uè; KÇta mil cbdiòes,^ (iiit'hi ficou 110<br />

Brazil; S^sHprppifj^dadK ds èofôâ portuffltóáljl<br />

pr©*fjfeiij)£M J e 'il^^fe^fetir^indá hojlglno. Pm||<br />

d'Ajuda de 1 .isWi.<br />

. DÓS' ínânuscriptos que constituíram ®f; nuel®|'<br />

da.,-s|s§ç&P, muitbfifd'ellesi 'cbmp * di^aH sã»<br />

preãteaíLç íntéíess&nt^ Além dôs que sao Ax<br />

'postí^j. procedências se declaram;2pjalguns<br />

dos inârfiMi^eÍB :<br />

,'>.' Çkc^fáij^iy del Key Dom,:'J^atóB


453,<br />

• twme e dos Reis. dg - Pmtugal 9 d&veMSmW dag Reis<br />

pom Puarite j)õ 11 íBigWs^p volume<br />

in-ípj s • •<br />

• Memi>í$àd


460,<br />

ao mesmo e ao CSBde-de Oeiras de*f r í®a 177f£<br />

Va'sta jíplfecção de papeis sobre a Inquisição<br />

de Goa, em S^vols de proçjeigos; ordens,s!<br />

e .correspondência official ;<br />

i) * t /1 ' i 1 o 5Z IS<br />

tíSs&í Sto^íwawSglÀ»»» Lustíça^rSin, dej||[oäo '<br />

Soares de Britl|^%J||5, »fißdice qu®pertäceu aò<br />

padre Serra® provavelmente arp^B a ítórbrisaP<br />

Machado ;<br />

: A. HiMr *' ^ /-' / sboM dtrtigltlTk aos citfpMäs de '<br />

i .. / mB||ié;> i í ' ' " > ' ! as e antiguidades<br />

.pêlo padre Adriáo Ppfro, msd.; in-fol quçt,<br />

• jDàrajlí não estar<br />

:"'A Historia, Jierídicp Panegírica,WI&tShnMto 1<br />

Tohpgraphico swc&ße&s^'t f<br />

D " *í . se e • ^ffi I ' se conduzirem<br />

'as -',1 '! , Livres c<br />

^fe outras Pomps* < r ' ' I ~ • '<br />

Lmoa, Hcripta em 1^745,'pelo Dr. WàcjSBàrbosa<br />

Machado, „ín-Jbl.lEe 2fí-, msc. qujagftf-''<br />

tenceu antes ao padre Sfei1 1' . I t ^ I B B M<br />

• -O raswnho original dos-ÄSi J' ͧt~í<br />

1titimpi da do mesmo<br />

Ignacio Barbosa Machado, çhjtnbuidos por meJji<br />

de JaneifoR DÄmbro, em um grosso volume !<br />

i^VÂ^^íTBÂ I J'ahHHHH<br />

A /> t i < ' '• irei I'<br />

>' - ' ' j ' ' de ! '. J<br />

fScriptaHo&rftèida a D. João, principe do Brazil,<br />

por'jjji Rodrigue^ereir.i ..áHÇ.ttOs, m fôl de.<br />

5! i pp.:<br />

A MetnèA, dos i 4<br />

•fM^ibMlh^ '¿fflfeg de N$imbrv deWBk afef^dtf<br />


461,<br />

O Resumo ou brev'è% '"noticias muito curiosas<br />

das antiguidades da Nobre Villa de Vouzella, e<br />

seus -arrabaldes, Capital do • Concelho de Lafoens, escripia<br />

por ;J.o_sé Marques^ em 1776 ;.<br />

A Relação Politica da Historia, e Estado da<br />

Real Casa de Sabofá¿ escripta em 1791 por D.<br />

Rodrigo de Sousa Coutinho, depois Çonçle de Linhares<br />

;<br />

As segu i rites obras autographas do padre<br />

Francisco José da Serra, Exame sobre a Histoire<br />

•Generale' du Principaute du Brésil; Nascimento<br />

: Legitimo da Augusta Senhora D. . Tareja, Primeira<br />

Rainha de Portugal; Alforje do homem<br />

pobre sem vergonha ou Gandaya de q. m he pedinte<br />

fite' come do -seu e do alheosem ~ temor da Lei;<br />

Cathalogo dos A. A., que nãô. sendo naturaes escreverão<br />

das cousas de Portugal; e Breves ReflexOens<br />

•sobre a Bibliotlieca Histórica de Pinto de Sousa;<br />

Alguns escriptos e cartas do padre, Antonio<br />

Vieira, dispersas em diversas collecções de papeis<br />

varios;<br />

.0 precioso Thesouro desciiberto no Rio Amasonas<br />

do padre João Daniel;<br />

Os Annaes do Rio de Janeiro, que, segundo<br />

julga corri algum fundamento o Sftr. Capistrano<br />

de Abreu, parece ser obra de Lara e Ordonhes ;<br />

E os livros de registro da correspondencia<br />

official de D. Fernando José de Portugal, governador<br />

da Bahia, de 1788 a 1801.<br />

Em 18 l i entraram para a Real Bibliotheca<br />

,os manuscriptos do espolio de Fr. José Marianno<br />

da Conceição Velloso, ofíerecidos pelo provincial<br />

cio Convento de Santo Antonio d'esta côrte, onde<br />

falleceu ò botánico brazileiro. Por essa occasião<br />

veiu-nos o precioso original sda Flora Fluminensis<br />

do notável franciscano, a 2.* parte do Diccionario


462,<br />

•f>orfagH-e~"c dnisifigno. esmpto do punhofÉl 9<br />

original paité,'Ajy'; foi irnpfgssá"%j¿'<br />

Pa, acquis»,-íio que >>1; (")!â ' latina ¡!fa XIII ou- XIV* sSCtílH que vaç"<br />

' B i s; dó<br />

1 >a¿& raria do Dr. FranqtsS'o de. SU-1! l'iar.in<br />

comprada pelo Governo eni 1824 ¡mnirran'. j; hi;u<br />

nugcriptos.<br />

. Ejltráram 122 pastan de' papeis oom<br />

djerito'. das different^' S"Mretar¡as - de||Í,-£:tado del<br />

Portugal, qu®, dizia,, em Margo d¡í ifi.H.t 11 liii>l:>v<br />

tb 1 111/11' ftlartJSraniB mandaidas para adm eji)<br />

ou tro ^mp


457,<br />

seu felatorio d'aquelle anno, em que se lê :<br />

« Existem na Bibliotheca Publica cento e quinze<br />

pastas,' contendo documentos manuscriptos sobre<br />

o Governo Portuguez na Regencia do Senhor<br />

D. João VI, os quaes, por morte do Marquez de<br />

Santo Amaro, passaram do seu .gabinete particular<br />

para aquelle estabelecimento. Talvez graxtde numero<br />

d'esses documentos interesse áo Governo<br />

Portuguez, e seja para nós objecto de méra curiosidade<br />

: assim faz-se indispensável um escrupuloso<br />

exame naquelles papeis e: sendo verdadeira a<br />

supposição, em que estou, convirá agenciar a troca<br />

d'elles por outros, que interessem ao Brazil, e<br />

tenham passado d'aquella Bibliotheca para Lisboa,<br />

quando o mesmo. Senhor D. João VI regressou<br />

a Portugal. » t<br />

Da livraria de José Bonifacio de Andrada e<br />

Silva, doada pelos seus herdeiros á Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong> em 1838, provieram muitos códices em<br />

portuguez e allemão, uma copiosa collecçáo de<br />

cartas originaes e autographas de muitas pessoas<br />

notáveis de- todos os paizes e boa porção de<br />

papeis e documentos. Entre os mánuscriptos<br />

flOtàffi-se um livro curioso . de Ditos de reis, infantes<br />

e péssoas illustres de Portugal e homens<br />

celebres do mundo, em 1 vol. de foi. de 684 pp.;<br />

Noticias p. a as Memorias dei Rèy Dom João o<br />

in-fol. de 291 fí. ; o tomo primeiro da primeira<br />

parte da Vida do Sereníssimo Rey Dom João o 4. 0<br />

por Fr. Raphael de Jesus, autor do Çastrioto<br />

Lusitana; as Cartas de Francisco de Sousa Coutinho<br />

escritas de Roma â Raynha Viuva de El Rey<br />

D. João VI. e a El Rey D. Affonso VI, de 6 de<br />

Janeiro de i6|| a 20 de Abril de 1659, in-fol. de<br />

196 fí. ; o Diário de. Novidades de Francisco Leitão<br />

Ferreira, em 1 grossos vols, dê 4. 0 ; algumas obras<br />

do padre Vieira ; e 13 volumes de Papeis Vários,


464,<br />

q,®;iSê -egiitéein muitasSabiás, importantes é<br />

;Gjiriòfas çmyprosa e verso, tudo por ièpia .'de<br />

Btjia "do<br />

-«"íp^mBuffio^ift; vieram Sgjrtílumes, de<br />

variaspgbras d» çiedicoí è naturalista Dr/.Antonio<br />

'¿ôtíió®: d^fiádlí^fem.t^tà-:<br />

nwtll gelfflgator ao- Govênno Imtíffliál. FiiM'jjM<br />

n®;r|p'tòs,^Íptivòs à histèri^nãtutjal, met'<br />

e I ctefea, muito importan tes1||<br />

'aínda serct^jiservam íneditosV¡ á B / 1'<br />

ranherisisj- que e exposta e a ^ /'<br />

são : »ibalhtM ques fencerram abundarte® efee- 1<br />

ci||||çÉ noticias. ' • I<br />

Em fin'4f|ds Hfemfará- .glp.i mésirio; anñjfligj<br />

o Gove-rno unia acquisiçãd d'e al.to ^fflpr,<br />

étimprando ã||iivraria de^Pedro de Arí^eí^;em qge<br />

se eijntavam 1,305 mantAcriptos, relàti^fc: tódH<br />

ae>v sul da America. D jlsta 'Coll^ltp lia ¡catalogo/<br />

iraprelffSior oçcasião da venda, sob "ó tituIo|l||Í<br />

* ^ ' 4 L >' t I • -J," H<br />

priHn^ètlmanít: ^del Ria la, Prata, 1 < %<br />

de Aramis<br />

•%'Hk 11872 offereceu á<br />

Bibliotheca*. lllrca efe 2pt|pvólumes. manuscripto.s,<br />

contendo muitos «livros vdè ¿registros da corr®:<br />

.p,omfenc*ia official


465,<br />

algu.fls wâhu^^ràÂ&pig^^ystioà^feiiâô'<br />

« Ö g o l i o F e i n e r .<br />

Em 'Qutubrö»d'a Aesfeç» annó^foram-lçom-<br />

;,v|raSnr. Dr. 'Jceé Maria ¿a » a<br />

¡'aninhos,. a curiosa codlecção de papeis, doiliíutteatos<br />

AKicattas colligidas pätfWi'saOndfö d©<br />

Rio Branco nas suas missões diplomáticas nö Rio<br />

da Prata, principalmente no ;»mpo> Ã grnerra do<br />

Paraguay; do Snr. João Martíils Ribeiro, livreiro<br />

a'esta côrte. iS volumes manuscriptos de bastante<br />

valor que foram do esgflíoS§jo Marqttèa ÄOlinda,<br />

Ändo-nos entfe ellesjipor èkcellente cépia, a His-<br />

•firm do Brazil


466,<br />

Callado ; do SñrloíI^M Frariti^eò António Pimenta<br />

Bueno númeroso-s • doeumentós sobre a provincia<br />

de". Matto r. Candido dè Oliveira<br />

Lins de Vascoiicellos, :g)ehíó e frôssuidor dos<br />

papeis; qílfi foram do i-onseihci'ro 1'e.dro de Alca,n.<br />

tara Bellegardfep^S'vvaliosos manuscriptosf >e do<br />

Sñr. Cofnmèndádor Joaquim Nòrbeíto de Soti|l<br />

Salva .32" manusdíiptôs.' i sobrSaíffiimptos braziileiros.<br />

Em Junhq?''"dé 18?!$ foram -rampradós pela<br />

Bibliothecàráo ,-Sñr. Dr. Meild -Moráès Filho alguns<br />

manuscriptosi^idocumentós officials quê perten-<br />

|!|ràm : áo JUsspolio í Jíw Dr» Mellôfí Moraélp por<br />

3:0005000. D'éísta acquisição provieram<br />

morías^ yfç Familias de todas' as Gfipitçinmsi dm<br />

•^HplEW Rofpje'' kfatftfi! Macedo Paes -Leme,-:<br />

1792—i8j9^^®:jburiosas doConSelHeirô"<br />

Drümmond. ••<br />

São estas' a? mais i hot^veis a.cquis(ç5S& que<br />

tem.^fealizadb'a Bibliothecaefesdè'


487,<br />

Sglothecario em todos os. trabalhos do estabelecimento.<br />

*<br />

w A¡_ reõfganisaçâo porém antes<br />

ÍÉ; chamava ArtfyíuQ e^d^gs Gabinete Ms ManuifPMlt,<br />

data da -fecunda administráçârô do ¡Sñr.<br />

Dr. í.vF. RamgJfÇalvão ;, em; princi^fesiilk 1.873<br />

fôi.'êlla objecto, dos seus cuidado!»* Tr€s anrios<br />

ciqiois. em 187.6, por occasião


468,<br />

lio Sur. 1 >r. Ramiz Gairflo i: orgaáisado com o<br />

dêlènvolvimehtg que ' i^clamam trab^^ d'esta<br />

natureza,; r^çíiamS{i^blièaáoS: os. 1res primeiros<br />

volumes da primeira |«irié ; constará de alguná<br />

mais, pois por ora àpeaasjplfega a® ao período<br />

1721 . dos m^nus:^iptos que tratam do Brazil<br />

em geral. A divisão Besta primeira parte SB<br />

^ Brazil em geral ; IL; Amazonas e Pará; HL Ma-'<br />

ranhão, PiauhyçjSeará, . Rio Grande do Norte, e'<br />

Parahyba; IV. Pfcrnambníl), Alagoas o Sergipe;<br />

V. Bahia ; VI. Espiipto^Blinto e Rio de' jatieígrf<br />

VII.íp, Paulo : Vil!. Paraná. Santa. Catharina è<br />

Rio Cirande do Sul : IX. Mina^Bra:«^; X. Goyaz :<br />

MafctfJ Grosscf, XII Çteg$tões«de limitesiïfïeferencias);<br />

XIII. Obras, varias de brazilçjros; XIV*<br />

Impeis relativos a brazileiros: XV. Cartas e auto;<br />

graphos«e br^l^jíos nq^veiã, e de extrangeiros<br />

de qualidade qiíS|J||stiveram no Brazil ou d'elle<br />

se'iocçuparam,<br />

. Mas de grande pjirte dos manuscriptos, que<br />

dizem respeito á historia ;e|&fographia do Brazil,<br />

acham-sáljndicáções succintas,$ásparsas, 'no Catálogo<br />

da Expo^ífOfaU Historia do Brasil, publicado<br />

em m81. Este cataloga póée servir deiji)i;a aòs<br />

: ^studiò ; s,os|^Úfe;;t]irocúiçm e^^ftçeti o que fcteíip<br />

.ern'mailScrip^/a Bijfcraáli, .em quanto não sé<br />

cohoI(iir der.todo o rgsipectixb catalogot<br />

A ae^M^epngfl^^pbo^JSibocáó.. de ¿¡¿rias<br />

guqgraphicas manuscriptas, principalmeàfœelativas<br />

4; America do Sul; Em sua m^ior parte provieram<br />

ellas da Real Bibliothecá. das valiosas collecçõe®<br />

de Pedfo d» Angelis», e Manuel ;Eeri|j|ra Lagos,<br />

conjuradas pelo Governo,, 1 Vestes mappas começou-se<br />

a "public®^ no yolume I rios Annaes, da<br />

Biblio,thêca uma relação, a q® ficou; prejudicada<br />

por que foramájepois »-todos descrintos no referido<br />

Catalogo da Exposição de Historia, fazendo-se


469<br />

ainda,juntamente, comas cartas impressas, tiragem<br />

cni separado sob o titulo. línsaio de Vartographia<br />

BS^letra. E pois outro auííSiar para os que<br />

ftesejem tera.noticia do que guarda a secção ein<br />

iratc.ria d


CATALOGO


MAHÜSCKIPTOS DO XIII-XT SÉCULO<br />

N.° 1. —(Bíblia). •<br />

Sem titulo., por lettra gòthiea muito miúda, a très tintas<br />

(preta, vermelha e azul), a duas columnas,, em finíssimo pergaminho.<br />

Com iniciaes polychromàtiças, de fôrmas variadas,<br />

álongando-se àlgumas em arabescos .até tomar toda a altura da<br />

parte escripta da pagina ; ora simplesmente illuminadas, ora<br />

'representando santos, demônios e animaes, na maxinia parte<br />

dragões.<br />

Traz algumas correcções marginaes escriptas em tinta mais<br />

esbranquiçada do. que a do códice.<br />

;<br />

Dé 567 ff. inn., sendo a fl. 258 em branco, de o m ,i3i de<br />

ait. X o m ,o89 de larg.> tendo a parte manusCripta o m ,o88Xó m >°6o.<br />

S. 1. e s. d. (fim do XÍII século, 1300?).<br />

Começa pela Epistola de S. Jeronymo ao presbytero<br />

Paulino de òmnibus divina historia libris : « Frater ambrosius<br />

m tua munuscula pferens detulit siml & suauissimas littãs... »<br />

Segue no pp da fl. 3 o Prefacio de S. Jeronymo ao Pentateucho'<br />

de Moysés : « Desid'ij mei desjd'atas açcepi épi'tas<br />

qui q°dã psagio futuro^ cü daniele sortitus est nom ... », o<br />

qual» termina no r. da fl. 4I<br />

No v. d'esta fl. começa pelo -livro do Genesis o texto do<br />

Velho Testamento, que vae até o v. da fl. 425. Logo em seguida<br />

continúa iia mesma pagina o Testamento Novo que<br />

finaliza pelo Apocalypse no r. da fl. 524.<br />

, No r. da fl. 525 segue um indice alphabetico de nomes<br />

proprios, que acaba no r. da fl. 567 pélas palavras : « Expliciunt<br />

•int'pret'ones »...<br />

No v. da fl. 524 occorre uma Epistola, escripta com<br />

lettra gothica, á tinta menos carregada do^fè""" a de todo o<br />

livro, talvez por outro copista que não o do cpdice, tendo á<br />

margem a apostilla, apenas legivel : « Eplã pauli ad laodiceíí. »,<br />

em lettra commum ; na pagina seguinte reproduzimòl-a na<br />

sua integra, tendo em frenté o mesmo texto sem abreviaturas,<br />

com os erros de copia corrigidos e as principaes lacunas<br />

''preenchidas.


Eplã pauli ad laodiceñ<br />

474<br />

aulus aplüs nõ ab hoîbus<br />

nèqz per hoïem :; sz per ihm • '<br />

xpistum. frïbus qui sût laodicee.<br />

Gratia uobis et pax a deo patre<br />

et dfio nro.ihü xpo. Gratias ago<br />

deo meo per omëm orationem<br />

meã. q' permanetes estis meo et,<br />

perseuêntes pmissü expectätes<br />

in die- íudicíí. Neqz * destrent<br />

uos quorfidã uaniloquätia ïsmu-<br />

: aritiü tit uos aduèrtant a ueritate<br />

e^ãgelíí quod ame f)dica- ;<br />

tur'. Et nuc fàciet deus ut qui<br />

sût''ex me ad pfectu euãgelíí deseruiêtes<br />

et- faciëtes benignita-<br />

-V, tem operãqz salutis uite et'ne.<br />

Et. palam nue sût üícula mea -<br />

que patior in xpo íhü quib® letor<br />

ut gandió. Et hoc michi ë ad<br />

. salute perpetua, q' ipm fatm o-:; :<br />

ratioïb? uris et admistrante<br />

spu sço sitie per morte. Est efií<br />

uiu'e uita in xpo et mori gaudium<br />

et id ipm in tiobis faciet<br />

mîam suam et eandê dilectionê<br />

habeatis et sitis vnanimes.<br />

Eigo dilectissimi Ut audigtis<br />

pfitiam et retínete et facite..<br />

sine retráctil qcüqz facítis:<br />

. Et quod est : Dilectissimi<br />

•gaudete in dño et pcauete<br />

^•sórdidos ï lucP« Oms sint-<br />

^ palam apd' deü. Et estöte<br />

firmi in sensu xpi. Et que<br />

integre & uera sut et pudi-<br />

-'ca & iusta & amabilia facite. "<br />

Et . 5 äudistis & accèpi'stis in ,<br />

corde • retínete. Et erit uobis .<br />

pax. Salutant uos sancti.<br />

Gratia dfii nri íhü xpi cum<br />

spû uro. Et facite legi co<br />

locentiu uobis.


475,<br />

Epistola Pauli ad Laodicenses.<br />

Paulus Apostolus non ab hominibus,<br />

neque per hominem/ sed per Iesum<br />

Christum, fratribus, qui sunt Laodicese.<br />

Gratia vobis et pax a Deo Patre<br />

et Domiho nostro> Iesu Christo, Gratias ago<br />

Deo meo per omnem orationeni<br />

meam, quia permanentes estis meo et<br />

perseverantes promissum expectantes<br />

in die judicii. Neque disturbent<br />

\ vos quorundam vaniloquentiam insimu-<br />

• lantium (veritatem), ut vos advertant a veritate<br />

Evangelii, quod a nie predicatur.<br />

Et nunc faciet Deus, ut qui<br />

• sunt ex me ad perfectum Evangelii (sint) de-.<br />

servientes et facientes bööignitätem<br />

operamque salutis vitae asternse.<br />

Et palam nunc sunt vincula mea<br />

quse patior in Christo Iesu quibus Igetor<br />

• et gaudeo. Et hoc • mihi est ad<br />

salutem perpetuam, quod ipsum factum (est) o-<br />

. rationibus vestris, et administrante Spiritu<br />

Sancto,^ (sive per vitam) sive per mortem. Est. enim<br />

vivere vita in Christo et mori gaudium:<br />

et id ipsum in vobis faciet<br />

misericordiam suam, ut eandem dilectionem<br />

habeat.is et sitis unaniiries.<br />

Ergo, dilectissimi, ut audistis,<br />

prsesentiam (Domini) et retinete et facite<br />

sine retractu quaecumque facitis.<br />

y .' -Et quod (optimum) est, - dilectissimi,<br />

gaudete in Domino et peircavete<br />

sordidos in liiero. Omnes (petitiories vestrae) sint<br />

palam apud Deum. Et estöte<br />

firmi in sensu Christi. Et, quse<br />

. integra .& vera sunt et pudi-<br />

. ca & justa & amabilia, facite.<br />

Et quas audistis & accepistis in -<br />

corde retinete. Et erit vobis<br />

pax. Salutant vos Sancti.<br />

Gratia Domini nostri Iesu Christi cum<br />

Spiritu vestro. Et (epistolam) facite legi Colossensium,<br />

vobis;. 1


476,<br />

Esta Epistola, havida pela Igreja como apocrypha (vide<br />

ás pp. 17 e seguintes do vol. xxn, 1823, da Biblia de Vence,<br />

4.* edição, Paris, Mequignòn Junio,r, 1820-1824), vem integralmente<br />

transeiipta, em latim, na Bibliotheca Sacra de Xisto<br />

Senènse, Veneza, 1575, á pag. 1.80 do livro 11; rio Novum<br />

Testamentum XII Unguarum, Norimbérga, 1699, e èm muitas<br />

Biblias allemãs ; e traduzida em francez ás pp. 1289-1290 do I<br />

do Dictionnaire des Apocryphes da Encyclopédie thèologique, do><br />

Abbade'Migne. A do códice exposto apresenta algumas variantes.<br />

Pertenceu este interessantíssimo códice á bibliotheca do<br />

Conde da Barca, d'onde passou para a Bibliotheca <strong>Nacional</strong><br />

por compra feita pelo governo colonial em 1822.<br />

n.° 2. — (Breviário).<br />

Sem titulo, por lettra^ gothica, eom duas tintas, em pergaminho;<br />

com miniaturas grandes- emmolduradas em arabescos<br />

anthophylloides com alguns animaes, sobretudo aves, e outras<br />

maiores,, intercaladas no texto; iniciaes iUuminadas a ouro e<br />

a côres, e em grande numero de paginas — margens também<br />

ornadas df arabescos. De 200 ff; inn., medindo 0^,242 de alt.<br />

o m , 173 de larg., tendo a parte msc. das paginas o m ,i32 de alt.<br />

5< o m ,o8i dè larg., com 20 linhas era qúasi todas ellas. S.<br />

1. (Roma?), 1378.<br />

Cont'ém:<br />

Nó) v. da fl. 1, cujo recto está em branco, uma miniatura,<br />

representando o martyrio de S. Sebastião em uma - paizagem,<br />

na qual se vê o.brazão do reino de Portugal entre a folhagem<br />

da arvore, a que está atado ò santo. " .<br />

Dã fl. 2 a 7 o Çalendario em, latim, tendo cada pagina<br />

uma pequena miniatura entre arabescos marginaes. No principio<br />

de cada mez oçcorre um adagio em latim, no genero do seguinte,<br />

do iriez de'Janeiro: « Prima dies mensis: et septima<br />

truncat ut ensis», e . a indicação do numero de dias, do mez e<br />

da lua; è no fim a do numero de horas do dia e da noite.<br />

A fl. 8 emi branco.<br />

• ; Dô v. da fl. 9 ao v. da fl. 16 occorrem quinze orações<br />

a Jesus .•;• Christo, precedidas de uma miniatura grande (*) -no.<br />

(*) As miniaturas- aqui denominadas grandes têem todas o mesnio typo : occupam<br />

á pagina inteira, salvas estreitas margens ; conteem um. assumpto principal dentro de um<br />

pórtico, em cujos cantos ha quatro- pequenos redondos- com santos, e sào orladas de<br />

arabescos anthophylloides, com animaes, principalmente passares.


477,<br />

v. da fl- g, com O rosto em branco, 1 representando cinco<br />

assumptos: o Salvador era um.pórtico > dois Papas, um Cardeal<br />

e um. Bispo em quatro Redondos nos cantos do portico. No r.<br />

da- fl. io : «Ineipiunt quindecem orationes ad xpm (rubrica).<br />

0 Ihesu xpriste eterna dulcedo... (principio da i. a oração)»;<br />

Bo v.- Ia fl. 16, o final do texto da 15. a oração: « in tentapcionem.<br />

Sed libera nos a malo. Amen. » .<br />

' Da fl. 17 v:. ao v. da fl. 19, Commemoração á Santíssima<br />

Trindade, precedida de uma miniatura grande representando<br />

a Santíssima. Trindade.<br />

No v. da fl.. 20, com o, r. em branco, uma miniatura<br />

grande, figurando S. João Baptista, precedendo á Commemoração<br />

do mesmo santo. '<br />

Depois dá fl. 21 encontram-se duas tiras de pergaminho<br />

adherentes á costura da encadernação, resto evidenté de duas<br />

ff.} ^ 22 e 23, primitivamente existentes no códice, cortadas por<br />

algum barbaro bibliolyta.<br />

fbú t)o v. da fl., 24 ao v. dá fl. 37, sete orações," ou mefaiòriàs,<br />

. em duas folhas cada uma, dos seguintes santos:<br />

S. Jorge, S. Christovão, S. . Anna, S. Catharina, S. Maria<br />

Magdalena, S. Margarida e S. Barbafa. Em cada oração o r.<br />

da i." fl. está em branco; o v. d'ella tem uma miniatura<br />

grárrde representando o santo commemoradó.<br />

De fl. 38 a 89 V., o Officio da Virgem ¿Santíssima por<br />

Horas canónicas, com hymnõs, antiphonas, psálmos, lições. e<br />

rèsponsorios (pela maxima parte diversos do que a Igreja<br />

actualmente reza), simultaneamente com o Ofíicio da Santa<br />

Cruz, por breves Horas canónicas. Cada uma das Horás d'aquelle<br />

officio é precedida de duas miniaturas grandes, uma no v. da<br />

i. a fl. representando um passo da Paixão de Jesus Christo,<br />

outra, no r.; da 2. a fl., com algum acto da vida da Virgem;<br />

é Seguida da Hora corrèsponderite do officio da Santa Cruz.<br />

— Matinas, do v. da fl, 38 ao v. da fl. 45, com uma<br />

miniatura grande representando Jesus Christo no horto das<br />

oliveiras, e no r. da fl. seguinte a Annunciação.<br />

Laudes, do v. da fl. 46 ao v. da fl. 53, com uma miniatura<br />

grande, — o Osculo de Judas, e no r. da fl. seguinte<br />

outra —• a Visitação da Virgem Maria á Santa Isabel.<br />

Do v. d'esta mesma fl. ao v. da fl. 59, uma serie de<br />

Memorias, todaà precedidas de.rubrica, e são : «' Memoria de<br />

sanctp spiritu. »; — « ... de sancta trinitate. » ; — «... de sancta<br />

cruce. »; — « ... de sêo michaele. » ; -—«... de sancto iohanne<br />

ba.ptista..».; — « ... de sancto petro et paulo^ »;•« .... de<br />

saácto andrea. »; — «... de sço stephano, »; — « ... de sco laurentio.<br />

»;, — « Memoria de sancto..¿ (Thoma|. » ;—« ... de


478,<br />

sartcto nicholao. »; — « ... de sancta maria magdalena. »; —<br />

« ... de sancta katherina. »; — «... de sancta margareta. » •<br />

— « ... de oibus sanctis, »; — « ... de pace. »<br />

Seguem no v. da fl. 59 as Matinas da Santa Cruz até ao<br />

r. dá fl. 60.<br />

Do v. da fl. 60 ao ; r. da fl. 65'JslPrima, com duas miniaturas<br />

grandes: Jesus Christo levado á presença de Caiphaz, e<br />

—• o Menino Jesus recem-nascido adorado por sua Mãe Santissynâ,<br />

S. José e uma mulher. Do v. da fl. 65 ao v. da fl. 69 —<br />

Tertia, com duas miniaturas grandes: J. Christo açputado e o<br />

Annuncio aos pastores, ¿rrf Do v. da fl. 70 ao r. da fl; 74 —<br />

Sexta, com duas miniaturas grandes: J. Christo carregando a<br />

cruz, e a Adoração dós Magos. Antes das primeiras palavras<br />

da Hora e na margem superior occorre o seguinte dizer éscripto<br />

por lettra diversa e mais moderna : « Primiciant gentes dfím te'<br />

xpe fátentes. » — Do v. da fl. 74 ao r. da fl. 78 — Noa, com<br />

duas miniaturas grandes: J. Christo crucificado no Calvario e<br />

a Oircumcisão. — Do v. da fl. 78 ao r. da fl.. 83 — Vesperas,<br />

Com duás miniaturas grandes : o Descendimento da cruz e a<br />

Matança dos innoçentes. — Do v. da fl. 84 ao v. da fl. 89"}?^.<br />

Completas, com duas miniaturas grandes: o Enterramento de<br />

J. Christo e a Fuga para o Egypto. .<br />

Do r. da fl. 90 ao v. da fl. 102 — Louvores á Virgem<br />

Maria, em versos latinos rimados, e os Sete gozos da mesma<br />

Virgem precedidos de outras tantas miniaturas pequenas intercaladas<br />

no texto.<br />

Do v. da fl. 103 ao v. da fl. 112 — Meditações sobre a<br />

imagem de Jesus Christo, precedidas de uma grande miniatura<br />

representando diversos passos da Paixão do Senhor, e uma<br />

serie de Orações.<br />

Do v. da fl. 113 ao r. da fl. 135 — Os Psalmos penitenciaes,<br />

òs Quinze Psalmos graduaes, a Ladainha dos Santos,<br />

e onze Collectas, precedidos de uma grande miniatura:<br />

J. Christo salvando as almas do Limbo.<br />

Do v. da fl. 135 ao v. da fl. 176-ipl Officio de defuntos<br />

com. Vesperas, Matinas e Laudes, e Encommendações das<br />

almas, precedido de uma' miniatura que representa 1 a Resurreição<br />

de Lazaro.<br />

Psalterio da Paixão de Jesus Christo, do v. da fl. 177<br />

ao v. da fl. 186, còm uma miniatura grande^ representando<br />

Jesus Christo chagado, entre*sua Mãe Santíssima e S. João<br />

Evangelista, em pé, junto á. sua sepultura.<br />

, j. ^saltério de S. Jerònymo.! Vae do r. da fl. 187 ao v. da<br />

Ifé' 199. No r. . da fl. 187, uma rubrica, que occüpa toda a<br />

pagina: «Beatos uero iheronimús in hoc modo. psalterium


479,<br />

iriud disposuit fcdft angfelus docuit eum'per spm santü pkrra<br />

pro^ter ;' hoc '^líWg^SIK^^^Iitt'' regnum etérnum.<br />

QíStio. » 5 no v. d'esta folha a oração: « SUséíjeré-digneris<br />

Perbmniasèeuiaseçulorum. Amién;<br />

grande miniatura"<br />

S Jeronymo sentado ,lejddBrio r da fl jssf « Incipit psal 1 '<br />

feium sancti Meronihii 4rübri'c4}V : VErba - nefêk auribz percipí<br />

f|ftimme »; Hg» r, da:®,; i§|f® final .do 'Sálterii r «'ej^»^<br />

i uus tuus sum d8 « Gloria patri », da antiphona -<br />

reminiscaris domine.de -peccatis * nostris >i e do, prin-<br />

¡¡pip 'da^^àíi« OMnipotens^^plitèrné dspi/clementiaiíi<br />

tuam... », a qual açaba Mv ija mesma .foÍta^lÔS{Mviáá:<br />

^lll/mfiMp^^SMfeâ^iflfajM. Amen. i.'<br />

Termina JJijüfiSij^í; A 19$ v pelp segàinj&colophao<br />

V Ipse dipicture que conti .<br />

net bociibro fumnt manúfacte:<br />

• • ; Ker Spinello Spinelli -et/illas. deri<br />

gebat R.° P. loadiimu de sá ora<br />

tor àmplissimtís in Çnjíorio Ré .<br />

4<br />

giá D.' Ferdinandi Portugalie IRP<br />

• pro ipsso Rege Menístrus Lusitáíiíe '<br />

..., apud Sanctissimum ü>. Gregoriü<br />

XI. Anilo 1378,,/.»<br />

" A ultima folha, 20o||||Ijbranco.'<br />

I Pertenceu a sCasa do Infantadft® passou para a JR,eál<br />

;Bl|]iotheca,<br />

N.° 3. —t(Breviário).<br />

Jjlfein tl iltej^' r *^ ttra gotlmd||éiií fino peigaminhío^^fe}<br />

¡gandes miniaturas-emmolduradas em arabesco! anthophylloidls<br />

|||||ianimaes H^ersonagens grotescos, e outras menérfes -ín-<br />

^wadas no texto^miciaes íllummadas a ouro e ladbôres, e<br />

nas Onze ultimas, margens nflor-<br />

Sfasgt dííióadQ De. ff.g|?.n.|«Wyit3 H<br />

•L">«4 de.larg , tendo a parte manuscripta das pij^as»<br />

E^Bfcs^fC^ttf 17 linhas»Aquasi todas eJlaS-®!.:<br />

K S®-? 6 . Si d ' W met?de do á j * do XV..s


480,<br />

fl. i 6, precedidas de uma miniatura representando jesü<br />

Christo crucificado no Calvario.<br />

As Horas canónicas do Espirito Santo, do v. da, fl. 16<br />

aó y. da fl. 20, com uma miniatura, — a Descida do Espirito<br />

Santo.<br />

Quatro Evangelhos: de S. João, S. Matheus, S. Marcos<br />

e S. Lucas, do r. da fl. 21 ao x. da fl. 25.<br />

, Oração á Piedade da Virgem Maria, do.r. da fl. 25 ao<br />

y^ da fl. 2.8, com uma miniatura marginal representando a<br />

Virgem Santíssima sentada ao pé da cruz com Seu Divino<br />

Filho morto- no regaço. ,<br />

Tres orações á Virgem Santíssima, do r. da fl.. 28 ao r,<br />

da fl. 31, tendo a primeira, á margem uma miniatura representando<br />

~ujn : anjo tocando harpa em frente á Virgem Santíssima<br />

com o Menino Jesús nos braços.<br />

O Offició da. Virgem Santissima, por Horas canónicas,<br />

com hymnos, antiphonas, • psalmos, lições e r.espOnsorios, pela<br />

maxima parte diversos dos que a Igreja* actualmente usa, com<br />

6 miniaturas: i ,a a Annunciação, entre varios assumptos, da<br />

vida da Virgem, no começo das Matinas ; 2. a a- Visitação da<br />

SS. Virgem á S. Isabel,. no começo das Laudes; 3. a Maria<br />

Santissima e S. José adorando o Menino Jesus recémnascido,<br />

no começo de Prima; 4. a o Annuncio aos pastores, no coriieço<br />

de Tértia ; *5. à a Fuga para o Egypto, nò começo de Vesperas;<br />

6. a a Coroação da Virgem, no começo de Completas.<br />

Faltam, duas miniaturas, que deviam occorrer antes de Sexta e<br />

Noa, por terem sido súbíraliidas -as -ff. 70 e 73 do códice,<br />

onde também se déviam acMuí' a Oração de Tertia, o principio<br />

de Sexta, a oração final d'esta Hora, eo principio de Noa.<br />

Os Psalmos penitenciaes, dó r. da fl. 88 ao v. da fl. 99,<br />

na mesma ordem em que ainda hoje os recita a Igreja, com<br />

uma miniatura, representando David penitente, ajoelhado.<br />

A Ladainha de todos os Santos, com duas orações em<br />

seguida, do |||da fl. 99' ao v. da fl. 103.<br />

O Officio de defuntos, com Vespéras, Matinas e Laudes,<br />

do r. da fl. 104 ao^r. da fl. i 45, com uma miniatura, representando<br />

o enterramento de um defunto.<br />

Do r. da fl. 14$ aõ v: da fl: .153 uma serie de Orações<br />

á Santissima Trindade e a varios Santos, com os titulòs,; pela<br />

maxima párte em frahcez, eScriptos á tinta vermelha.<br />

No r. da fl. 154 occorre o seguinte titulo, á tinta vermelha:'<br />

« Prosa fràtris iohãnis ' lemoni'censis móñaclii clareuál-.<br />

lensis. .Salutatio deuota ãd ymaginem saluatoris n'o^tMv» Vem<br />

em seguida o texto com algumas emendas á margem, e com<br />

as rubricas, umas em latim, outras em baixo allemão.


481,<br />

Finalmente, no r. da fl. i6o, logo abaixo das palavras<br />

finaes da Saudação: « lucis; et • quietis. Amen. » lêenï-,se :<br />

a Confíteor deo & » e « Misereatur tui & »,I um tantq semelhantes<br />

aos da Missä segundo o rito Carmelitano, escriptos á<br />

tinta preta e lettra gothica différentes das


482<br />

fl. 71 ao v. da fl. 73, Com umá miniatura representando J.<br />

Christo Crucificado entre os dois ladrões. •<br />

Breves Horas. canónicas do Espirito Santo, do r. dafl. 74<br />

ao v. da fl. 76, com uma miniatura: a Descida do. Espirito<br />

Santo.<br />

Os Psalmos penitenciaes; os mésmòs que ainda hoje reza<br />

§¡ Igreja, do r. da fl. 77 ao v. da fl. 88, com uma miniatura:<br />

David penitente ajoelhado.<br />

A Ladainha de todos os SanctoS seguida de duas Orações,<br />

do v. ída mesma*.fl. 88 ao v. dá fl. 93.<br />

A fl. 94 em branco.<br />

O Officio de defuntos, seguido das primeiras palavras de<br />

tres orações, do r. da fl. 95 ao • r. da fl. 123, com uma<br />

miniatura representando o enterramento de um defunto.<br />

No v. da fl. 123, á tinta vermelha, uma rubrica em forma<br />

de reclamo: « les XV ioies nostre dame », servindo de titulo<br />

ás seguintes Jaculatorias á Virgem Maria, que vão- do r. da<br />

fl. • 124, adornado cóm uma miniatura, figurando a Virgem<br />

Santíssima sentada ao pé da cruz, tendo ao rêgaço Jesus<br />

Christo mórto, ao v. da fl. 132 e ultima. O texto d'esta parte<br />

do códice, todo .-' em francez, principia: « DOulce dame de,<br />

miséricorde mere dé pitie fontaine de tòús biéiís qui portastes<br />

nre seingneur», ihü. crist. IX. moys en vous precieulx flans et<br />

qui la laitastes de uous dóulces mamelles. »; acaba: « Sainte<br />

vraie "croix aouree qui .du çorps dieu fus aournee de sa suoúr,<br />

fus*arousee. et de son sane entummee. Par tá uértu par ta<br />

puissançe. garde mon corps de meschãce. et motroit par ton<br />

plàisir que vray cónfes puisse mourir amen. Pater noster. »<br />

Modernamente foi addicionada a este códice, antes da<br />

i. a folha, uma insignificante pintura a guache,.fei a em papel<br />

rendado, representando Nossa Senhora do Rozário, tendo por<br />

baixo,o titulo: •«.Regina S. S. Rosarij ».<br />

Encadernação de marroquim encarnado, ornado''com ouro<br />

ev lentejoulas brancas e vermelhas, tendo J nas faces externas<br />

das guardas um brazão :; em - um escudo sem indicação de côr,<br />

uma estrella de prata com oito raios entre uma quaderna de<br />

crescentes dét prata, com uma coroa 'de conde por timbre,<br />

muito semelhante ás armas da familia Carvalho : em escudo de<br />

azul, uma estrella de ouro com oito raios entre uma quaderna,<br />

de crescentes de . prata.<br />

Pertenceu 'á Casa do Infantado e passou á Real Bibliotheca.


483,<br />

N.° 5. — Carta de Pero Vaz de Caminha a El-rei<br />

D. Manuel, dando-lhe noticia do descobrimento<br />

da terra de Vera-Cruz, hoje Brazil,<br />

pela armada de Pedro Alvares Cabral.<br />

Com.. -•= Sfior. posto que q' çapitam moor desta vossa<br />

frota e asy os outros çapitaães spreuam a vossa alteza?,<br />

a noua do achamento desta vossa terra noua que se<br />

ora nesta nauegaçom achou, nom leixarey também de<br />

dar disso minha comia a vossa alteza asy como eu<br />

, milhor poder aimda que pera o bem contar e falar<br />

O saiba pior que todos fazèr —<br />

Ac. = o que de la Receberey em muita mercee. beijo as<br />

maãos de vosa alteza, deste porto seguro da vosa ilha<br />

da vera cruz oje sestá feira primeiro dia de mayo de<br />

1500.—pero uaaz de caminha. ==<br />

Cópia authentica, extrahida! do original autographo existente<br />

na Real Torre do Tombo de Lisboa, gaveta 8, masso 2,<br />

n.° 8, pelo erudito official-maior da referida Torre do Tombo,<br />

Snr. João Pedro da Costa Basto, em fins de 1876.<br />

Era seguida á carta, que consta de 12 folhas num. , occorre<br />

em folha separada : « Barão de Santo Angelo, Cônsul Geral<br />

do Brazil em Portugal e Domínios, &, &, &. ¡¡3 Reconheço<br />

authentica esta copia da Carta de Pero Alves digo dé Pero<br />

Vaz de Caminha a El-Rei D. Manoel sobre a descoberta do<br />

Brazil, escripta pelo Snr. João Pedro da Costa Bastos, Official<br />

maior da Real Torre do Tombo. — E para que conste mandei<br />

passar a presente que assignei e fiz sellar com @ Sello das<br />

Imperiaes Armas deste Consulado Geral. — Lisboa 12 de Dezembro<br />

de 1876, ^ Barão de Santo Angelo,- Cônsul Geral, »<br />

I S precedido o códice por duas cartas autographas, relativas<br />

a esta cqpia da relação de Caminha, uma do Barão de<br />

Santo Angelo ao ex-director da Bibliotheca <strong>Nacional</strong>, e outra<br />

# Sílr. Costa Basto ao Barão de Santo Angelo.<br />

Eis os primeiros trechos da primeira carta, que é datada<br />

de Lisboa â 11 de Dezembro de 1876; •« Meu caro Snr. Dr.<br />

Ramiz Galvão.—Fiz-lhe uma promessa ha dias, e eil-a na<br />

ponta da esperança. Aqui vae a carta de Pero Vaz de Caminha,<br />

• escripta pelo Official mor da Torre do Tombo,-o<br />

inestimável Sr. Bastos, homem de recondito saber e preclara<br />

estima. Imagine o favor que este sábio fez-lhe, e o tempo que<br />

empregou para tanto. »


484,<br />

Agora a integra da carta do Sfir. Costa Basto:<br />

« Torre do Tombo 7 de Nov. de 1876. —Ul. mo eEx. mo Sñr.<br />

yf- Só' hoje consegui acabar a copia da carta de Pero Vaz de<br />

€aminha, que V. Ex.* desejava; É longa, como vê ; não é<br />

fácil de lêr; e os negocios- do meu officio tiram-me muito<br />

tempQ«'(ou, para melhor dizer, tive de descurar alguns para<br />

me dar a i&tp). Procurei conservar na transcripção a orthographia<br />

e os defeitos' do „original, apezar de ficar, por vezes,<br />

Obscura, não para V. Ex. a , mas para os leitores menos habituados<br />

$ao modo dè escrever daquella época. '<br />

« Durante este trabalho, lembrou-me (que se faria delle um<br />

folheto curioso e ao alcance de todos, publicando o texto com<br />

máximo rigor compatível com os typos usaes, e dando por<br />

baixo, como-, nas edições ad usum Delfitii, uma transcripção<br />

correcta, . com a orthographia, e pontuação que actualmente<br />

empregamos. O leitor vulgar contentava-se com esta, e o<br />

homem de lettras ficava Com elementos bastantes para avaliar<br />

da fidelidade da copia, e boa ou má interpretação que se dava<br />

ao velho' escripto. ) < .<br />

« Se V. Ex. a aceeitasse esta idêa, lembraria ainda que se<br />

augmentaría o valor do opusculo juntando lhe um pequeno<br />

vocabulario das palavras obsoletas, empregadas pelo autor; -e,<br />

por ventura, também um fac-s¿mile das primeiras e ultimas<br />

linhas da carta com a competente assignatura. -<br />

« Resta-me pedir a 1 V. Ex.® que desculpe a imperfeição da<br />

cópia, e que disponha,da boa vontade de quem é — De V. Ex.'<br />

a— am.° e. criado m. t0 obrigado — João Pedro da Costa. Basto.»<br />

Nesta carta, como se sabe,- Pero Vaz de Caminha relata<br />

dia por dia o descobrimento do Brazil.<br />

« Graças ao raro talento de observação de que era dotado,<br />

diz a este proposito o Sfir. Ferdinand Denis, graças<br />

sobretudo á fácil ingenuidade do seu estylo, o Brasil teve um<br />

historiador no proprio dia do seu descobrimento... Caminha<br />

descreve admiravelmente os , sitios que teve. sob . os olhos e os<br />

traços salientes da naçâo Tupininquim, que os portuguezes<br />

acharam de posse d'essa bella região. »<br />

« Si alguma cousa, diz algures o mesmo sabio esçriptor,<br />

pôde dar justa idéa dá simplicidade com que se realizam os<br />

acontecimentos historíeos mais fecundos em resultados, são<br />

essas fontes primitivas, essas chronicas contemporâneas, que<br />

contam sem exaggeração o proprio facto antes que seja involto<br />

de circumstancias extranhas, ao. acontecimento principal, e que<br />

permittem a quem o lê fazer-se por um momento historiador...<br />

Alguns dias depois do descobrimento, na presença de uma<br />

natureza cuja fecundidade 'se compraz em . recordar, Pero Vaz


485,<br />

de Caminha, um dós escrivães dà frota, referia a El-réi D. Manuel<br />

ö qüê se havia passado e ó espectáculo que tinha ainda<br />

deante dos olhos. »<br />

Esta carta, sublime na sua singeleza e uniça no seu gênero,<br />

que a nossa Bibliotheca possue por cópia authentica e<br />

official, cópia valiosa e fidedigna que foi pedida para Lisboa<br />

com O intuito de se publicar nós Annaes da Bibliotheca, a sèú<br />

tempo será ahi inserida com a mais escrupulosa fidelidade,<br />

corrigindo-se as provas typographicas pelo proprio original,<br />

de acCôrdo com o que graciosamente nos offereceu o distincto<br />

paleographó da Torre do Tombo, Sñr. Costa Basto.<br />

' « Por vezes, diz Varnhagen, temos visto e admirado o<br />

seu original ; são séte venerandas folhas de papel florête, que<br />

constituem . o mais antigo documento jque existe em nossa linguà<br />

-materna, escriptó no nosso proprio paiz. E u"m documento<br />

digno de reproduzir-se pór fàc-simile. »<br />

Por largo tempo conservou-se inteiramente esquecida e<br />

' ignorada esta notável carta, ; com justo motivo considerada o<br />

auto do nascimento do Brazil. ><br />

Em seu original éstudou-a Múfioz pouco antes de 1790,<br />

nos ricos archivos da Torre do Tombo, e d'ella fez o respeitável<br />

historiador do ; Novo Mundo, um extracto para a sua<br />

collecção de manuscriptos (NAVARRETE, Coleccion de los viages<br />

•y descubrimientos,, que hicieron por mar los. españoles, tom. Iii,<br />

pg. 45); entretanto só foi publicada, pela primeira vez em<br />

1817 pelo pádre Manuel Ayres de Cazal na introducção ao<br />

tomo i da sua estimada e preciosa Corografia Brazilica, impressa<br />

no Rio de Janeiro. Cazal precedeu-á porém do seguinte<br />

historico, dando razão de • si e do logar onde encontrou a<br />

cópia da dita carta : « Havendo relatado o dèscubrimento do<br />

Brazil çom Barroz, Goes e Ozorio á vista, communicando-se<br />

-me depois no Arquivo da Real Marinha do Rio de Janeiro a<br />

'copia d'huma carta escrita em Porto Seguro pelo mencionado<br />

Pedro Vaz de Caminha, companheiro de Pedralvez, que refere<br />

Ö caso contrario daquelloutros, não só com miudeza, mas athé<br />

çom veracidade palpavel, me vi obrigado a dar-lhe preferencia:<br />

e estimei tanto este encontro, que escrupulizó faria injustiça<br />

aos méus leitores não lhes dando aqui delia a copia seguinte. »<br />

O originalj ainda accresCenta Cazal, conserva-se no Archivo<br />

da Real Torre do Tombo, gaveta 8, masso 2, n.° 8.<br />

« Dando á luz tão interessantprqúão desconhecido manuscripto,<br />

dizlo 'Sñr. Dr. Moncorvo de Figueiredo no seu opúsculo<br />

Os'seis primeiros documentos da historia do Brazil (Rio<br />

de Janeiro, 1874, in-8.° gr|j||: prestou o erudito padre Ayres<br />

de Cazal um assighalado serviço á historia pátria, descortinando


486,<br />

factos de- summo interesse, até então ignorados, e rectificando<br />

os êrros das primeiras datas do descobrimento do Brazil. »<br />

Em 1826, a Academia Real das Sciençias de Lisboa, dando<br />

o devido apreço a este notável documento, fel-o inserir no<br />

tomo iv da sua Collecçao de noticias para a historiei e geografia<br />

das Nações Ultramarinas, sob n.° 111. Traz o seguinte<br />

titulo : Carta de Pedro Vaas de Caminha a El Rei D. Manoel,<br />

sobre o descobrimento da Terra de Santa Cruz, vulgarmente<br />

chamada Brazil. .<br />

Esta edição da Academia, como era natural, sahiu muito<br />

mais correCta do que a dada á luz pela primeira vez por<br />

Ayres de Gazâl. Nella também se procurou conservar a orthographia<br />

do original.<br />

O Patriota Brazilèiro, periodicò mensal, no primeiro e<br />

ultimo numèro que viu ;íá luz {Paris, Buchon, 1830, in-8.°<br />

gr.), transcreve-a entre outras cousas de valor para a nossa<br />

historia.<br />

Ignacio Accioli de Gerqueira e Silva reproduziu-a no<br />

tomo 1 (1835) das suas Memórias históricas e políticas da província<br />

da Bahia, de pp. 19 a 42, extrahida da Corografia<br />

Brazilica e com a mesma orthographia da copia de que se<br />

serviu Cazal.<br />

O Dr. Mello Moraes também a inseriu, "extrahida da<br />

obra de Cazal, no tomo 1 (1858) da sua Corographia histórica<br />

ao Império do Brazil, em nota, de pp. 49 a 59. Depois<br />

ainda a reproduziu no Brazil Historico, tomo 1 da 2. 8 serie,<br />

1866, de pp. 57 a 63.<br />

João Francisco Lisboa, o notavél littêrato e historiador<br />

maranhense, desgraçadamente roubado tão cedo ás lettras patrias,<br />

nos dá uma traducção d'esta carta nos seus Apontamentos,<br />

noticias e observações para servirem â historia do<br />

Maranhão, insertos no JORNAL DÊ TÍMOKT {Maranhão, 1883,<br />

in-8. b gr.'), na nota A, de pp. 195 a 216. O illustre escriptor<br />

dá nas seguintes linhas razão da traducção qué fez da carta<br />

de Caminha, pondo-a em linguagem corrente e amena: « Empregámos<br />

o termo traduzir, diz . elle, mesmo em relação a<br />

esta carta, porque está escripta em um portuguez tam antigo*<br />

e a orthographia é tal, que ao commum dos leitores não<br />

seria hoje fácil a sua intelligencia, se não procurássemos remoçal-a,<br />

mediante a traducção que fizemos. Este documento<br />

•rarissimo, posto quê já publicado em quatro diversas edições,<br />

só o temos visto, sob essa fôrma obsoleta e difficil, na Corographia<br />

Brazilica do padre Ayres de Casal, e em urna traducção<br />

de Fernão Denis que, buscando principalmente servir<br />

á claréza, estragou e desbotou, as formas .originaes e coloridas


487,<br />

do auctor, tornou-se muitas vezes., frouxo e- diffuso, sem que<br />

todavia nem sempre acertasse .com a verdadeira intelligencia<br />

do texto...» A traducção de Lisboa sahiu reproduzida no tomo<br />

II :;js865) dassuas Obras, impressas em S. Luiz do Maranhão,<br />

íê pp. 428; a 450.<br />

Ma Bibliotheca Histórica dó Brasil: producções de auctores<br />

naçionàes e estrangeiros descFó século XVI até o actual, collec-<br />

'ciofiadas pelos Drs. Augusto Cezar Miranda de Azevedo, Antônio<br />

Mendes Limoeiro, José Ricardo Pires de Almeida, com<br />

mnotações de collaboradores brasileiros, que; fez ponto logo<br />

iias suas primeiras folhas, impressas no Rio de Janeiro, na<br />

Typographia Carioca, em 1876, in-fol., também vem a carta<br />

de Caminha como o primeiro documento do XVI século<br />

relativo ',ao Brazil, ..precedida de' uma Noticia sobre Fero<br />

Vai de Caminha pelo Dr. Lirpoeiro, de pp. 5 a 21. Foi reproduzida<br />

da edição de Cazal e alguns erros lhe escaparam.<br />

Francisco Adolpho de Varnhagen, depois Visconde de<br />

Porto Seguro, nO tomo 1 da sua Historia geral do Brasil,<br />

.nos dá vários tópicos curiosos d'esta carta, relativos á recepção<br />

de dois mdigetías trazidos á bordo do navio de Cabral e á<br />

pintura dos habitantes do paiz, deixando de seguir'passo a<br />

pâsso as acções do capitão-mór e dos mais da armada, nem<br />

as dos nesta occasião hospitaleiros habitadores da terra, nos<br />

jpito dias que se demoraram os navegantes, até seguir sua<br />

,derrota para o Oriente, porque o dispensava d'essa tarefa o<br />

«minucioso chronista deste descobrimento, o ingênuo Peiro Vaz<br />

de Caminha, cuja narrativa .epistolar dirigida ao proprio rei,<br />

..destas plagas virgens, tanto nos. encanta.;» |<br />

Para se tornar mais conhecida a sincera narração de Caminha,<br />

já antes Varnhagen tinha escripto um pequeno conto<br />

sob o titulo Chronica do descubrimento do Brazil e -o fez inserir<br />

no tomo iv (1840) do Panorama, pp. 21, 33, 43, 68,<br />

101. Traz por assignatura as iniciáes dò seu nomé. ínnocenció<br />

da Silva diz que viu uma-f Carta do autor, dirigida a<br />

um sábio- e respeitável litterato, r na qual dava .razão d'es'sa sua<br />

composição, dizendo « que a escrevera para fazer chegar ao<br />

conhecimento do publico a interessante carta de Pero Vaz de<br />

Caminha; é preferira a fôrma de romance por sér este O<br />

melhor meio de adaptar ao .gosto dè todos a historia do paiz. »<br />

D'esta composição ha edição em separado, com o titulo — O<br />

descobrimento do Brazil: chronica do fim do decimo-qúinto<br />

século. Segunda edição authentica revista, correctd' e accresceniaãa<br />

pelo auctor. Rio de Janeiro, Typ. Imp. e Const. de J.<br />

Villeneuve & C. a , 1840, in-8.° ou 16. 0 gr. de 70 pp^ num.,<br />

e mais uma de indice.


488,<br />

•Ultimamente porém o historiador ¡brasileiro fez imprimir<br />

integralmente a carta de Caminha,, precedendo-a de algumas<br />

considerações geographicas, no tomo xL (1-877) da Revista<br />

do Instituto Historico; parte 2.*, de pp. 5 a 37, sob o titulo<br />

Nota acerca de como não foi na. —. Coroa- Vermelha — na en-<br />

, sêada de Santa Cruz que Cabral primeiro desembarcou e em<br />

j 'que "fez-dizer a primeira missa, acompanhada do, texto integro, (e<br />

tião truncado-, segundo ò publicou Cazal) da carta-chronic a do<br />

descobrimento, es cripta ao rei D. Manoel pelo cavalleiro de sua<br />

casa Pero Vaz de: Caminha, que ia. de escrivão na armada.<br />

Quasi âo finalisar á interessante nota diz o. benemerito historiador,<br />

dando razão da sua edição,da carta: « ...Pero Vaz de<br />

Caminha, cuja carta escripta ao rei, d'este Porto Seguro, constitue<br />

por si só," n'este ponto, como em tudo o mais, a chronica<br />

mais iminuciosa e authentica, que possuímos d'este descobrimento,,:<br />

ao passo que é, • ao mesmo tempo, o documento<br />

mais venerando da historia colonial. Pelo que muito pedimos,<br />

nesta oCçasião, ab Instituto que não tenha, por mais tempo,<br />

privado d'elle a collecção dos seus annaes, e que se resolva a<br />

annexal a á esta nossa memória, vàlendo.-se da cópia que, com<br />

esta, lhe, offerecemos, conferida-por nós á vista do original,<br />

e muito mais correcta, e não truncada como a de Ayrès do<br />

Casal. Além dé que, pela . commodidade dos leitores, preferimos<br />

dal-avcom umaorthographia mais regular e menos antiquada,<br />

pontuando-a. convenientemente. ».|<br />

> JSouthey nas primeiras páginas da segunda edição (1822)<br />

do tomo i da sua History of Brazil, .quasi que procurou reproduzir<br />

a carta de Caminha, quando narra öS .successos relativos<br />

aos primeiros dias do descobrimento,' imprimindo d'esta<br />

sòrte maior exaçção aos factos que relata. Quando o historiador<br />

inglez em 1810 publicou o tomo I da sua obra, ainda<br />

não tinha .conhecimento .da carta de Caminha e só o teve<br />

depois de< 1817 pela' ÇorografiçtBrazilica de C.azal ; pôr isso e<br />

outras causas, mais viu-se obrigado a fazer nova edição em<br />

1822 d'aquelle tomo primeiro.<br />

O Sr.. Ferdinand Denis traduziu-a em 1821 para a lingua<br />

franceza e foi publicada por Verneur no Journal des Voyages<br />

(Paris,- 1818-^24, 24 vols. in-8i°). ;<br />

O douto litterato francèz também publicou a sua traducção<br />

sob o titulo Lettre de Pedro Vas de Caminha, sur la<br />

dêcouverte du Brésil, no tomo vi "da interessante e pouco<br />

vulgar olyra *Le Brésil ou histoire, mceurs, usages, ¡et coutumes<br />

des habitans de 'ce royaume, par H. Taunay et F. Denis<br />

(Paris, 1822, -6 tom. in-121% de pp. 4 a 59. • Esta traducção<br />

franceza anda também reproduzida na Art de vêrifier les dates.


489,<br />

tomo xiii, parte 3.* (Paris, Dènain, 1832, in-8.°), nota B, de<br />

pp. 441 a 457- : .<br />

Ainda o. Sr. Ferd. Denis nos dá alguns trechos da carta<br />

no s6u trabalho intitulado Brêsil, que se acha .no Ühivers,<br />

collecção publicada em Paris por Firmin Didot Frères.<br />

¡¿ : '.. Olfers traduziu-a para a lingua allemã no Feldner" s Reisen<br />

durch Brasilien, .1828, 'tomo 11, pg. 159.<br />

r O sábio Humboldt submetteu a carta de Caminha a uma<br />

critica luminosa no seu Examen critique de Thistoire de la<br />

gêqgrdphie du nouveau continent (Paris, 1836-39, 5 tom. in-8.°),<br />

fazendo sobresahir o seu incontestável valor.<br />

Como se vê, a carta de Caminha é datada do i.° de<br />

Maio d" este Porto Seguro da Ilha de Vera Cruz, pelo que parece<br />

certo que Cabral acreditava que esta terra-era uma ilha.<br />

«Esta data encobre tres revelações (obsérvou o Visconde de<br />

Porto Seguro)^?' primeira, que o nomé dado ao ancoradouro<br />

foi'ò que elle,-.ainda hoje'Açonserva; segunda, que a terra foi<br />

então' conceituada como uma .simples ilha, conceito, em que<br />

estava ainda o proprio rei nas instrucções, que deu a joão<br />

da Nova, quando ia para-a índia/depois do regresso de<br />

Cabral, na carta, que de .Cintra (Symtra) dirigiu aos reis ca-<br />

, thblicos; terceira, quê á terra foi posto o nome não de Santa<br />

'Çruz, mas 'sim de Vera Cruz. »<br />

Agora passemos, a dar os poucos dados biographicos que<br />

possuímos sobre Caminha, segundo o Snr. Ferd. Denis,<br />

r Pero Vaz de Caminha em 1500 embarcou para as índias<br />

ria expedição de Pedro. Alvares Cabral na qualidade de escávão<br />

do almoxarife ou recebedor do imposto real, que tinha<br />

de administrar a feitoria de Calecut. No emprego que exercia<br />

tinha por companheiro a um certo Gonçalo Gil Barbosa. Já<br />

chegado á idade madura quando pmbarcou para a memorável<br />

expedição que se effectuou depois da de Vasco da Gama,<br />

tinha uma parte da familia estabelecida em S. Thomaz. Suppõe-se<br />

que Caminha morreu na deplorável escaramuça que se<br />

deu em Calecut sob. a influencia - dos commerciantes mahometanos<br />

ali estabelecidos, e na qual o almoxarife Corrêa .mostrou<br />

tanta resolução, sem poder salvar, os membros da feitoria.<br />

Esse fatal acontecimento sucçedeu a 16 de Dezembro de 1500.<br />

A opinião todavia que dá Caminha como uma das yictimas<br />

d'este successo, apenas se basea numa supposiçâo. Nenhum<br />

-documento faz menção d'elle depois da expedição de Cabral.<br />

A longa e interessantíssima carta de Pero Vaz de Caminha<br />

£ o.verdadeiro diário do descobrimento do Brazil, e-não é<br />

preciso encarecer a sua importancia.


490,<br />

MAHTJSCBXPTOS DO XVI-XIX SECUIO<br />

N.° 6. H(Manuseripto japonçz.-)'. „<br />

Em papel especial collado ém i<br />

"'R? 1 ® mede "lír* 1 1 '" 1 * ' ' '<br />

-de largo Contém 9 iliustrações, a cores e a oii-n * .<br />

• »Este: curioso manúscriptò. foi. offerecido' á Bibliotheca <strong>Nacional</strong><br />

pelo ¡Ilustrado Snr Carlos de Koserif^^Si®®|<br />

. OKbseritá^^^^Mf nà' mesma occ^siA^^SBiblitsí<br />

.^^¿Hiiis dote trabalh®s.sjaponeMM i,' cm ¡faria datadal|l<br />

||g|Mí JaneirogÍ7ide Julho Mfetido annõ Í dirigid 'Si<br />

Sfir. I Oaplstrario Sk Ahteu, da ||g segure J*<br />

esclarecimentos sobre' os tres manuscriptos:<br />

" 0s n<br />

de pergaminho japonezes,' que Ihe.remetti còm<br />

destino á Bibliüthei:'a- <strong>Nacional</strong> foràn^^^Jpr^MHha^ annõs<br />

em Yokahama por um amigo n .!<br />

sente São pois trabalho: dá actualidade e represent uri o estado<br />

da<br />

•p»i* Um teíío íèsGi®td~-4 illus<br />

trãções. i' ,<br />

;,^ 0 Uma pfc-éhsia éé : sem<br />

què não' precisai» porque são m sií 111 íente expressivos).<br />

.,.-« 3-° Uin mappa<br />

syslfeinaula. terra.<br />

8 "Mb! rotMfce Kiíum pe^Çt^coi&ídflJpcfe^OT^^Íj<br />

pornographia qui?' por isto fbrtei. í. '<br />

« Respondo peia aut-henticidade dós pergaminhos. É digna<br />

de nota a qualidade superior dó pergaminho e sobretudo a<br />

maravilhosa. 1 finura dos desenhos e o seu colorido.' -São' tintas,<br />

eujo segredo possuem os Japonezes e que á mais apurad^SH<br />

feuropéa não pode Ift&tar<br />

«. Jalgo jfeSM^vPei^miiíhS tem igum 111 1<br />

a Bibliotheca, porque Hão creio que outra qualquer biffiiThedi<br />

d'America rs'iitl;llaresv ''Náiif.iiropa meímo sãò<br />

raríssimos esses trabalhos japonezes, porque, feitos á mão,<br />

tnuito Caros 'rio proprio 1 Japão. »<br />

O 9110 a Bibliotheip^ expye^ o t." d'estes manuscriptos,<br />

ista -tj, o romance conj illiistraç^s.' 1 h


491,<br />

n.° 7. — Cartas dos padres da Companhia de<br />

Jesus sobre o Brazil, desde o anno de 1549<br />

até ao dé 1568.<br />

É o proprio livro de registro. Bella lettrá do XVI século.<br />

226 ff. num. 16 i,i5.<br />

Não traz titulo. E o n.° 7 do Catalogo dos manuscriptos<br />

da Bibliotheca <strong>Nacional</strong>.<br />

; Contém:<br />

fl. 1. — Carta que ho padre Manuel da nobrega Proeposito<br />

prouinéial da Companhia de Iesu em ho Brasil escreueo<br />

ao p,® Mestré Simão ho anno de 1549.<br />

E escripta da Bahia. Imprimiu-se pela primeira vez no<br />

tomo y (1843) da Revista do Instituto Historico, de pp. 429<br />

a 432. Sahiu reproduzida no 2. 0 volume da edição de Lisboa<br />

de 1865 da Chronica da Companhia de Jesus do p. Simão de<br />

Vasconcellos, comò appendicê, de pp.' 289 a 292.<br />

ff. 2. —»j Outra do padre Nobrega para o p.® Mestre Simão,<br />

do anno de 1549.<br />

É escripta da mesma cidade da Bahia. Imprimiu-se pela<br />

primeira vez. no referido tomo v da Revista do Instituto,<br />

pg. 433. Também foi transcripta no mesmo volume da edição<br />

citada da Chronica do p. Vasconcellos, pp. 300 e 301.<br />

ff. 3. ¡P Carta que o padre Manuel da nobrega preposito<br />

Y prouinçial da Companhia de Iesu em as •.terras do Brasil<br />

^ '. ezcreueo ao p.® Mestre Simão Preposito prouinçial da dita<br />

Companhia em Portugal, ho anno de 1549.<br />

É datada da. mesma cidade a 9 de Agosto. Foi impressa<br />

pela "primeira vez no tomo v da Revista do Instituto, de<br />

PP- 435 a 44 2 e depois reproduzida no 2. 0 vol. da edição<br />

citada dá Chronica de Simão- de Vasconcellos, de pp. 293 a 300.<br />

ff.' 5. y.— Informação das térras do Brazil mandada pollo<br />

. padre Nobrega.<br />

Nãò traz data, mas é do anno.de 1549. O original porhiguez<br />

sahiu impresso pela primeira vez .nos Annaes do Rto<br />

,de Janeiro At Balthazar da Silva Lisboa, .tomo vi (1835), de<br />

PP' 39 a 46. Imprimiu-se também no tomo vi (1844) da Revista<br />

do Instituto, de ppr 91 a 94 e no Ostensor Brasileiro,<br />

tomo 1, 'de pp. 226 a 228. Ainda vem transcripto no 2. 0 volume<br />

da edição citada da Chronica de Simão de Vasconcellos,<br />

de PP- 3 o1 a 305.


492,<br />

Foi vertida para a lingua italiana e impressa em Veneza<br />

• na collec^áo de Miguel Tramezzino intitulada Diversi avisi<br />

partícotari dal /' Indie di Portogatto ér, publicada em Veneza<br />

em 1559, in-8.° •<br />

ff. 7. —"Carta que lio p.® Antonio píz escreueo do Brasil'da<br />

capitanía- de Pernambuco aos Irmáos da Companhia de ij<br />

de Agosto de 1551.<br />

Imprimiu rSe •. no tomo vi da Revista do Instituto, de<br />

pp. 95 a i 03. Foi vertida, para a lingua italiana e anda sem<br />

o nome do autor na citada collec^áo de Tramezzino de íf. 41 v.<br />

a 48 com o titulo Cavato dvrí altra mandata de Pernambuco.<br />

ff.-io. — Outra do padre Nobrega mandada da mesma Capitátania<br />

de Pérnambuco ho anno de 1551.<br />

Traz no fim r ,á data — 1549 —. O original portuguez<br />

imprimtesé pela primeira vez no tomo vi. da Revista dó Instituto,<br />

de pp. 104 a 106, d'áhi passou a ser transcripto no<br />

2. 0 vol. da ediíjáo citada da Chronica de Simáo dé Vasconcellos,<br />

de pp. 309 a 311. Tambem anda no Óstensor Brasileiro,<br />

tomo 1, pp. 228 e'2'29. Vertido em italiano, vem sem o<br />

n,ome do autor, na collecgáo Tramezzino, de' ff. 48 a 50. "<br />

ff. 11. —Outra de Affoiisó bras mandada do porto do spirito<br />

Sancto do anno de 1551.<br />

O original portuguez publicou-se pela primeira vez no<br />

tomó vi da Revista do Instituto, pg. 441. Foi vertido para<br />

; o . italiano e anda sem o nome do autor na collec^áo Tramezzino,<br />

de ff. 50 v. a 52.<br />

ff. 12.—Outra do p.® Francisco pirez da gidade do Saluador<br />

do anno dé Í551.<br />

Foi traduzida para o italiano e sahiu sem o nome do<br />

autor na collec^áo Tramezzino, ff. '52 á 55 v.<br />

ff. 13 v. — Outra de Leonardo nunez do porto de S. Vigente<br />

do ánno de 1551.<br />

Traz data de 24 de Agosto. ' Foi vertida para o italiano<br />

é anda sem o nome* do autor ña collecgáo Tramezzino,<br />

ff. 55 y. a 60;<br />

ff. i6||§— De hüa do padre Nauarro para os Irmáos.<br />

É.escripta da Bahia. Nao traz data. Em castelhano.<br />

ff. 16 V. — Outra dó padré Leonardo nufíez. de xx de Iunho<br />

• de 1551. L 1


493<br />

l ^ ^ ^ ^ n n n ^ r a hh •<br />

0,"itaíiãnõ' e salim na colíecçãò Tramezzino, ff- 137 yi a i^gg<br />

ff. píM-De^iiiia do Stáiao Pero correa de dcMEõ<br />

l|s',âe , " ,<br />

,t Traduzidlgjfa&fD italiano appareceu na ^ li 1 1 . Tia,.<br />

•fLiezzino,,,'^. r4D v. e 141^<br />

ff; do.^.rneíimò. irmãos que ^Èrnikú.<br />

pííl»^^ííff^^^R^^ 1 r- •I - fe" ¡kS<br />

WKÊjitvêftiâk. para l^MferaQ/e sahii.i na g||l|©|ao Tramai<br />

zino, ff. 141 a ife.j •<br />

jf H v — Carta do p |Nobrega parsj, o|||rm&os do cojle^io<br />

I de?'ParanatobuqVde ||j| de Sfet !<br />

ff 21: v. —'De hü|^


494,<br />

È escripta da Bahia a 10 de Junho de 1557 pelo padre<br />

Antonio Blasques por commissão do padre Manuel da Nóbrega.<br />

Imprimiu-se peja primeira vez no tomo v (1843) da Revista<br />

do Instituto, de pp: 214 a 223.<br />

ff. 39. — Letras quadrimestres de Setembro a Jan. r0 de 1556.<br />

do- Brasil da Baya do Saluador para Nosso p. e Ignacio!<br />

.Não trazem nome de autor, e não chegou a ser terminada<br />

a, copia, vindo em branco menos da metade da fl. 43 r. e<br />

todo o v. da mesma fl. 42.1: .-, ^<br />

ff- 43- fpCartâ q o Irmão Ant.° blasqz escrèueo da baya<br />

do saluador das ptes do brasil o afio de 1558 a noso<br />

padre Geral.<br />

Traz data do ultimo de Abril. Escripta por commissão<br />

do p. Manuel da Nóbrega. Em castelhano.<br />

ff. 48" v. — Terllado de hüa carta do padre Ant.° pTz da Bahia<br />

* de 19 de Julho de 1558.<br />

ff-, 5 o - — Terllado doutra da Bahya de 12 ,de setembro de<br />

7*558. •<br />

ff- 5 1 Y- — Copia de hüa carta do p." M. d da nobrega que<br />

, esçrèuéO do,-Brasil da Baya de todos 'os santos a 5 de<br />

julho de 1559.<br />

ff- 57- — Carta escripta da cidade da Bahia, sem nome dg<br />

autor, nem data.<br />

Posto que não traga data, é do anno de 1559.<br />

ff- 58- — Copia de hüa do p. e Ant.° blazquez


495,<br />

ff. 66. — Copia dé (sic) do p.® fr. 00 pirez p.* o p.* Doutor.<br />

11 Traz à mesma data da antecedente.<br />

ff:'67. — Copia de hua do p.® Manuel da Nóbrega que es-<br />

Kt .creueo ao Inf. cardeal; de S. Viçëte o prim. ro de junhp<br />

^ , de 1560.<br />

'••, Foi impressa pela primeira vez pelo conselheiro Balthazar<br />

da- .Silva Lisboa nos: seus Annaes do Rio de Janeiro tomo vi<br />

(1835), de pp. 102 a tu. Imprimiu-se também no tomo v<br />

àz.- Revista do Instituto, de pp. 328 á 334 e sahiu ainda reproduzida<br />

no 2. 0 volume da 2. a edição de Lisboa da Çhro•>.<br />

nica do p. Simão de Vàsconcellos,-dè pp. 312 a 317. Também<br />

acha-se inserta no Brazil Historico, tomo 1, 2.* serie, 1866,<br />

de pp'. 115 a 118. «<br />

ff. 70^ — Carta que escreueo o p.® M. eí da Nóbrega à thome<br />

- , de'sousa da Baya à 5 de julho de 1559.<br />

f/ Sahiu impressa pela primeira vez nos Annaes do, Rio de<br />

Janeiro 'de Balthazar da Silva Lisboa, tomo vi, de pp. 63 a<br />

. 101.<br />

ff. 79."— Carta que escreueo o Irmão- Joseph ao p.® geral, de<br />

. , "Yicente P prim.' 0 de junho' de 1560.<br />

• É do ¿.padre José de Anchieta. Em castelhano. Foi traduzida<br />

por Balthazar da Silva Lisboa e impressa nos seus<br />

Annaes, -tOTs^p vi,'de pp. ni a 139.<br />

ff. 85. — Copia de hüa carta que escreveo o Irmão Joseph<br />

• • ao p. e geral, de S.- Viçente âo ultimo de Mavo de 1560.<br />

p;. É do mesmo p. Anchieta. Em latim. Esta notável cárta<br />

- foi impressa pela priineira vez e annotada pelo conselheiro<br />

Diogo- de Toledo Lara Ordonhez no tomo 1 (1812) da Collecção<br />

ultramarina, sob o titulo Josephi de Anchieta Epistola<br />

0ámplurimarum rerum naturalium, .quce S, Vicentii (nunc<br />

Si,^auli)provinciam incolunt, sistens de'scriptionem. Ha tiragem<br />

em separado. D'esta interessante carta fez o Dr. Teixeira de<br />

Mello ' com o concurso d° Snr. Martinho Corrêa de Sá uma<br />

• versão portugüeza sobre o impresso e sâhiú nos Annaes da<br />

Bibi. Nac. volume 1, de pp. 275 a 305.<br />

ff. 90 vI,:tt DO p.® Ruy pereyra p. a os padres e Irmãos da<br />

Comp. a da prouinçia* de Portugal da Bahia a 15 de Setembro<br />

de 15 60.<br />

Sahiü impressa pela primeira vez-- nos Annaes do Rio de<br />

Janeiro de Balthazar da Silva Lisboa, tomo vi, de pp. 139<br />

SjfiÉij


496<br />

ff;¿


497,<br />

* : O copista declara que « esta Carta não trazia firma. »<br />

Foi impressa no tomo ii (1840) da Revista do Instituto, de<br />

pp. 418 a 423.<br />

ff. 129 v. — Copia de hua do Irmão Joseph, pera ò'P.* geral,<br />

de S. Viçenté de março de 1562. R. da a 20 de Setembro<br />

. do dito annò. :<br />

1 É do padre José de Anchieta. Em castelhano: Sahiu<br />

impressa pela primeira vez nos Annaes da- Bibl. Nac. vol. 1,<br />

de pp. 205 a 208.<br />

ff. 131. — Copia de hüa do Padre Luis Roïz dos ilheos pera<br />

o Padre Goncalo Vaz a 11. de março 1563.<br />

ff. 132. Copia de hüa do P. e Leonardo da Baja pera ho<br />

Padre guòncalo, Vaz Prouincial da comp.* de Jesus de<br />

portugal. aos 12 de majo de 1563.<br />

ff. 137. — Copia de hüa do 'Padre Antonio de Saa de Per-<br />

V" nãbugo pera os Padres e Irmãos de Portugal da comp."<br />

lífi-de Jesus de 8.. de Séptembro 1563 Annos. '<br />

ff. 138^— Copia de hüa do Irmão Sebastião de Pina de<br />

Baya para para o Padre G. 10 Vaaz de 12 de Mayo de 1563.<br />

ff. 139 v. — Copia de üna de S. Viçente dei hermano Joseph<br />

de Ançhiete (sic) para' el Padre M.® Diogo Laynez<br />

cr». Prseposito general de 16 de Abril de 1563.<br />

Em castelhano. Foi traduzida pelo conégo Januario da<br />

Cunha Barbosa e impressa no tomo 11 (1840) da Revista do<br />

Instituto, de pp. 538 a 552.<br />

ff. 144 v. — Copia de hüa do Irmão Antonio Blazquez da<br />

baía a 4 de aguosto (de 1556) para os padres e Irmãos<br />

de san Roque.<br />

Em hespanhol.<br />

,ff. 145. v. — Copia de hüa dè Ant.° Blaqz.<br />

Datada da Bahia ao ultimo de Maio de 1564. Em castelhano.<br />

fl. 149 v. -— Carta q escreueo o Padre p.° da Costa do spirito<br />

Sancto aos padres & Irmãos da casa de Sam Roq. de<br />

Lisboa, afio de 1565.<br />

É datada da Casa de São João a 27 de Julho.<br />

!53v—Copia de hüa de Antonio blazqüez pera o P.®<br />

Prouïcial de Portugal.<br />


498,<br />

jöäfaöä 06 dôlkfiô da lähia á § dê Mäio dé ígój. Em I<br />

héêpiâfihôL<br />

ff. 156. — Copia dé una. del P.® Antonio blázquez del Coi- J!<br />

ligio dé la bâjâ de tOsdólóá (He) Sânct'éS dél Brasil p.* I<br />

portügâl y es'tritä a i3 de §étiembré de ¿$64.<br />

Em castelhano.<br />

ff. iêë v. — Gößlä de hüá dd: P.* Jdfgfe Réfe dos Ilh®w<br />

do Brasil pera os P. 68 e Irmãos da Cofiip." dê IeSV dé<br />

Portugal, escrita a 21 de Agosto de 1565.<br />

ff/v;i"62.®¥pdjpiíá dé 'feüâ dó Padré Antòüio -gl« dá éaáá de 1<br />

são pedrö de porto seguro do. Brasil Pera o Padre Dioguo 1<br />

Miràof preuineial de pertügaí escrita ä- ig. de feuéreiro 1<br />

de 1566. '<br />

ff. ¿65» — Do P. Léónardo.-<br />

Bátada dé Sj Vieêntë (S. Pâulõ) ä, 23 de Junho dê 1565. 1<br />

Sahiu impressa pela ßrimeifa Ve^ no to»!® ¿V (184 ¡2) da Me- 1<br />

vista d© Instituto, de pp. '224 a 231.<br />

ff. Copia de hüä do P. è Joseph pr.* o padre Mèstre I<br />

Diogo Lainés prseposito Geral da Companhia de Jesv. I<br />

E do padre José dé Arichiéta e datada do Collegia de i<br />

S. Vicente em Janeiro de 1565. Em castelhano. Foi publi- I<br />

câda pelo Dr. Teixeira de Mello nos Ânnaes da Êibl-. Ñac.-, I<br />

vol. ïî, dé pp. 79 a 123<br />

ffí 188 vj ~ Côpia de hüa do jJadrê QuiriciO dà Baya 13 de I<br />

Juin© de 1.561 fala tafiibë no Rio de Janêjro q escrfcueo 1<br />

ao. padre Dioguo Mirão prouincial da companhia de Jhûs. i<br />

ff. 190 v. — Copia de hüa do padre Joseph dà Baya dè tóclòíos I<br />

Sanctos que escreue© ao padte Doutor Diogtio Mirão pro- I<br />

uingial da companhia de Jhûs de 9 de Julho de 1565. I<br />

É do padre José de Anchieta. Foi impressa pela primeira I<br />

vez nos Anna.es do Rio de Janeiro de Balthazar da Silva 9<br />

L-iâbôâ, tütíiô Vi, dé pf). iè6 a iêï.<br />

ff. 194 v. — Copia de hüa do Irmão pito Correa Ô qtiäl foi 1<br />

morto éôã Brâêiis à Oytö dé Júilhd de ¿$5. (sit) áhnos I<br />

pera o p. e Belchior nunez em Coimbra.<br />

Sem data ; mas foi escriptä de Vicente em 1554-


499,<br />

ff, 195 v. — Copia dé ,hüâ do padre fr,*° píz do Brasil de<br />

Nouas depois da geral.<br />

Não traz data, mas foi escripta da Bahia em 1556.<br />

ff igà— Copia de outra do Brasil do Irmão díôfud. Ja-<br />

; còme peia òs p. es e Irmãos do Collegio de Coimbra, não<br />

tê era.<br />

Parece qüé foi escriptã pêlos annòs de 1^66.<br />

|| 199. Litterge quadrimestris à Maio usqz ad mensem<br />

septembfis — ex índia Brasilljca anno 1554.<br />

Sâô dõ p. José de Anchieta. Em latim. Vertidas para o<br />

pdfttígüez pelo Dr. Teixeira dé Mello foram publicadas tios<br />

ÂHnaeS da Bibi. Nac.y Vol. í, de pp. 60 a 75. ;<br />

-ffí .205/Carta datada da Bahia a 19 de Julho de 1558-.<br />

Não traz nome dê autor, nem titulo.<br />

ff, 207. — "feriado doutra da Baya a 12 de Setembro de 1558.<br />

Também sem nome de áutor.ff,<br />

|Í| w. Annüâl dêl brasil p. a la pttiíiêia tòlétana y aragOnia<br />

dél anno 15Ô7.<br />

fí datada da Bahia ã 16 dé Janeiro dê I|é:$ e èScfipta<br />

pélõ pâdrè Diògõ Gonçalves<br />

ff ãii. íljj Copia de híía do Brasil da capitania dé S, Vicente<br />

de peratininga aos 5 dé défcembrõ dé 1567.<br />

Esetipta pelo padre Balthàzar Fernandes.<br />

ff. 213 v. — Copia de hfià do Brazil da capitania de S. V. te<br />

. á 22 dê abril dê 1568.<br />

Eseriptà pelo mesmo padre Balthazar Fernandes, pôr commissão<br />

do padre reitor José dê Anchieta.<br />

ff. 215. — Cârtâ do padre Augüstin de Laçefda.<br />

pátafã da Ilha de Sânto Thottlê â 18 de Fevereito dê<br />

ij>6ô è èscriptâ por commissão do padre Francisco de Gouvêa.<br />

Dá circumstanciadâ noticia da Viagem qtiê fizeratn de Lisboa a<br />

Angola e Ilha dé Santo Thomé. Não ttaz titulo. Esta carta e a<br />


500,<br />

ff. 225 e 226.—índice das cartas do .Brasil q ha neste livro<br />

segundo os anos.<br />

Todas estas cartas, documentos das primeiras missões" do<br />

Brazil, são muito interessantes, principalmente as de Nóbrega<br />

e Anchieta.<br />

As de Anchieta, pôrém, já se acham hoje publicadas, cabendo<br />

á Bibliotheca N^èional do Rio de Janeiro a honra de<br />

concluir tão importante serviço, encetado no começo do século<br />

pdo ^conselheiro Lara Ordonhez, què imprimiu a primeira<br />

carta do venera ver jesuíta contida nesta própria collecção.<br />

Este registo de cartas dos padres jesuítas, escripias do<br />

Brazil á casa de S, Roque de Lisboa, onde residiam os seus<br />

- prelados, foi offerecido pelo' conselheiro Lara Ordonhez, que<br />

o,, hõuve em presente do Marquez de Pombal.<br />

Lara Ordonhez" por occasião de rèmetter à .preciosíssima<br />

, collecção a D. João VI pára a Real pibliotheca fêl-a accompanhar<br />

da seguinte carta dirigida ao conselheiro Thomaz Antonio<br />

. de Villa Nova Portugal: « 111. 910 e Ex. m0 Sfir. — Em<br />

virtude da insinuação de V. Ex. a para eu ter a honra de<br />

offerecer a él-rei nosso senhor algum manuscripto interessante,<br />

entrego com muita satistação a V. Ex. a o mais antigo e prerciòsõ,<br />

que possuo, qual é a Collecção das cartas dos jesuítas,<br />

escriptas do Brasil desde que chegaram á cidade da Bahia a<br />

29 de Março de 1549 até 1568; para ser apresentado por<br />

mão de V. Ex. a ao mesmo augusto senhor* — Deus guarde a<br />

V. Ex. a — Rio de Janeiro, í de, Fevereiro de 1820. — Il'l. mo<br />

e Èx. mo Sfir. Thomaz Antonip de Villa Nova Portugal. — De<br />

V, Ex. a fiel criado®— Diogo de Toledo Lara Ordonhez. »<br />

Esta carta acha-se no Album brasileiro, collecção de<br />

cartas de pessoas notáveis publicadas pelo Sfir. J. Norberto<br />

de Sousa Silva, na Revista Popular, t tomo xiii, pg. 218.<br />

Effectivamehte, o conselheiro Thomaz Antonio, ainda que<br />

mais tarde, si a data da carta de Ordonhez está exacta, como<br />

é de suppor, no dia 24 de Março de 1821 remetteu á Real<br />

Bibliotheca o volume manuscripto, como óonsta do registro dos<br />

livros entrados para esta Bibliotheca em 1821.<br />

. Do nosso códice foram extrahidas uma copia em um<br />

grosso volume defolio pelo Sfir. Dr. José Thomaz de<br />

Aquino, a qual se . ^conserva hoje no Instituto Historico e<br />

v,outra em dois volumes de 4. 0 pelo conselheiro Agostinho<br />

Marques Perdigão Máíheiro em 1847 e-, 1848, exceptuando as<br />

já ¿publicadas na Revista do Instituto. Perdigão Malheiro declara'<br />

que . fez a cópia .« com toda a fidelidade e exactidão,<br />

com a mesma orthografia, pontuação, virgulação, lacunas,


501<br />

i faltes,\e tamBêm^pofeue<br />

copia 'dé. 2» d'estas. cartas ainda feita pelo conselheiro Pereâafao<br />

Malh^fby. "" *<br />

||Em-i꣍K^'algunlJiS das primenas d estas<br />

santíssimas cartas foram vertidas para a língua italiana e im-.<br />

BjgSgy.: -erii '•yàWffifeifc, rfeaMfcfew^lt Uoie rw» collecção<br />

fe Miguel rrâm^MÓ'„da I iJjJT I jJE, J<br />

H B ^ ^ H H v^fetRom ^ n<br />

BKjB a tíjjmfeira c em d e l l aHHB<br />

Wj As cartas que ah^ficami|Mí||ã||^ p.aèçGem^raduzidas;'^;<br />

MB ^^^»'propri8ftAdi|'M>or B • ' ;jpe<br />

fera B P r aMntax^^Sífeinaiiejaiu.fflgr^^mplow,-$op-<<br />

pressão em i na d'elfas-d ma linha inteira d4.Éjg|g|®,g tól0 ><br />

Rtiiiclücru ia de cruzes^jjo.slas Cu * ,<br />

IÉbHP , V "ip^K® I® Vl » ítibana de Uech^fe^ffl<br />

llignalaaô^^^ÉíMmas, toiam yertidas integralmaitfflKgãs<br />

..jKjrém augmên-tadas. com- topicos de diversas,- ilgu ias mda<br />

com suppressões, de sorte que muitE eí á ] meira vista<br />

- lütiiii^&^ria uefen<br />

sejam as mesmas que possui u os.<br />

NH8Í Historia dos* trabalhos da sem ¿ventura<br />

" Isèa natural da fcMfJS EphesctjTO dçfe;<br />

RSmòreWâé Clareo 1, e Florisea Com RealpriMegiO.<br />

MBj*! •) ijí .¡ s do*KVlto i • Bsp»;<br />

do XJX século. Contém 104 lf, inn., que medem 19 cent fc<br />

B&taipor :r2 de 16rgo. . '<br />

' ' M I 'Í3E fC,\' vem este N ¿ áo<br />

'copista': " Até aqu-i he escrito em letra-grifa I " 1<br />

: porpo da Obra porem he emflIfelObcÇjkg^-_l j n "<br />

ãíios' témpi .da Impri 1:sa, n J r • * BB<br />

dfe íponto, e dois .pontos, que servem qraasi sempré de \irgula,,<br />

e. as vézes de ponto e virgula Este Livro não tia j<br />

cator q vem líotfito da ObrajS||BiJi.rd rasto]» «¿tempo<br />

ÜP oi-i presa-. Po. e'su,;i-tar-sé foi r n Hespmlu'poi<br />

varias palavras HeSÇanholas, q talvez o Impressor


502,<br />

puze-se por outras Portuguesas analogas, q. pelo som confundió<br />

e trocou. »<br />

A Historia é dividida, em xxxi capítulos numerados e<br />

mais um intitulado Capitulo final &,<br />

Em seguida- acha-se ura Soneto que hum caualeiro fez cujo<br />

-nome se encobre pera majores cçusas, e uma dedicatoria^<br />

senhor doutor Jerónimo Piriz a quem pay diregida a obra.<br />

O final do Prologo diz assim : « A historia vay composta<br />

por ella mesma. (/sea) e de mim emendada em algüas partes<br />

somente nas falas e ordê seguindo em todo ho mais o original<br />

delia. E por. isso recebe com amor a questa obra lector discreto<br />

nam me culpado por algüs erros se as ella leuar mas antes<br />

lopuãdo pollos muytos que agora vam emêdados nouamente.»<br />

Cf capitulo xxvii termina com a. seguinte declaração:<br />

« A Belifronte^ e Arminador deu grão pena a perda de Floresinda.<br />

Porem como se ella coubrou se diraa na Coroníca de<br />

Feletsindos: que este feito'e outros mais notaueis forão por<br />

elle acabados : como muy larguamente faz no seu liuro menção.<br />

Porque está historia não trata das áuenturas de ninguém se<br />

nam de minhas desaventuras. ».<br />

« 'Quasi ao terminar o Capitulo final lê-se : « quero dar-lhe<br />

fim :;^èom propositó-'de em algum tempo es creiier a segunda<br />

parte* delia: que trata dos grandes feitos de Felesindos: e do<br />

que lhe acontece© na demanda da fermosa infanta Luciandra.»<br />

O impresso d'esta Historia é livro de extrema raridade,<br />

pois por ora só se sabe da existencia de um exemplar, que<br />

pertence ao Sfir. Francisco Antonio Fernandes, do Porto, e.<br />

que lhe custou ha pouco tempò nada menos de 5o Encontra-se<br />

noticia que até então o único exemplar de que se<br />

.conhecia era- o que" pelos-' finá; do século passado existia na<br />

livraria do i.° Visconde de Balsèmáo e quê continuou a permanecer<br />

na riiesma casa até que" por occàsíão, segundo se diz,<br />

do Cerco do Porto em 1832 desappareceu, ignorando-se de<br />

todo o destino que teve.<br />

A descripção do impresso, segundo ô Visconde de Azevedo<br />

e Mattos , é: Historia dos trabalhos da sem ventura Isea<br />

natural da Cidade de Epheso, àr dos Amores de Clareo &<br />

Florisea. Com Real preuilegio. Sem logar nem .dãtâ o.e impressão,<br />

ih-8.° peq. de 136 ff. num. pela frente e mais 3 com<br />

um soneto è a dedicatoria ao Dr. Jeronymo Pires. A portada<br />

é gravada e. foi reproduzida em fac-simile pelo Sfir. Brito<br />

Aranha no tomo x dó Diccionario de Innocencio, segundo<br />

processo photó-lithographico.<br />

Da obra ha traducção em hespanhol e em francoz. A<br />

• heSpanhola sob o titulo Historia de los 'amores de Clareó y


503<br />

plorisea, e dç los trabfijçs de Iseçt foi imposa Çffi Y ,e Bftfâ. P9- r<br />

Gabriel Qiclito em 1552, 2 tom. inr-8.° fraz çluas partes,<br />

sendo a segunda em verso. A 4edjeatpriâ ©g intrp^upção ê<br />

^sjgnada por Alonso Nunes de Reinoso, que diz traduzi» .a<br />

0kra do grego, o que é muito prpvavej, Veja-se o que a seu<br />

respeito dizem o Diçcionario de Innpcençip e Brungt,<br />

A franceza é áccusada por Brunet, que assim a descreve:<br />

LA PLAISANTE histoire des amours de Florisée et de Claréo,<br />

et aussi .de là peu fortunée Yséa, trad. du castillan en français<br />

par'Jacq. Viiicent. faris, Jdçq. Kerver, 1554, in-8.° — JE<br />

tíaducção da i. ft parte.<br />

Agora, quanto a 2.? parte epf- português nejn q yisconde<br />

de Azeyedp nem o Spr, Brito Aranha? aiubps PP Diççionario<br />

4e IpppeeB.cipj nem MajttPS np seu M&i&ql .se refergijj^a ella,'<br />

o que dá á entender que nunca foi impressa. '<br />

O códiee pertenceu a Jpsé Bonifaeú? de Andrada $ Silva.<br />

9. — Carta dp padre Antonio Rufe (d.e Montoya),<br />

datada do Rio de Janeiro a 25 janeiro<br />

de 1638 e dirigida ao padre Juan<br />

Baptista de Qrnos, contendo varias notiçias<br />

relativas ás Missões e aos portyguetes.<br />

•Com. = Ihs. — P.® Ju.° • d# Orop.§. ^<br />

dia.de Santa Teresa sahimos de Buenos ayres y llegamos<br />

a este Rio Jenero *==>>,<br />

Au.togra.pha. 2 ff. inn. 29 )^1.8.<br />

Po sobrescripto da carta collige-se que o padrç Orjips<br />

açhava-se' em Loreto. Na mesma folha onde vem o sobrescriptp<br />

vê-se uma nota assignada do punho dp referidp padre Ornos.<br />

... "Este interessante 4p cu Acento ïîps; prpveiu 4a çpll.ecção<br />

Pedro de Angelis e jra? jíPta de ter perfçncidp ao Archivo<br />

de las Missiories. .<br />

O padre Antpnio Ruiz de Montoya, celebre missionário<br />

,;.|âo Paraguay, era natural de Lima. Muiíp o recpmîîîendam<br />

. e. louvam o p. Nicolau dei Techo na sua Historia Província<br />

Paraquarim Societatis Jesv (Leodii, , iíi-fpL) § Francisco<br />

Xarque em sua obra Insignis npis§wnêr&§ dê l& Çí>nppa§ia 4e<br />

Jesus en la provinda, dei Paraguay (Pamplpsa* i®-fol.),<br />

como a um dos homens mais illustres gu# tem prp^u^úf® P<br />

Perú. Nascido em igSgj en tf pu sa Çpiflpaotóa de Jfgus en?


504<br />

e sendo empregado nas missões converteu, diz-se, perto de<br />

mil; indígenas. Morreu no' logar, setí nascimento em 1652.<br />

Conhecedor profundo da língua guarani, publicou varias obras<br />

relativas a ella e. o seu Tesoro de la lengua guarani é, na<br />

opinião dos entendidos, um verdadeiro thesouro para a grande<br />

língua da America do Sul.<br />

n.° 10. — Cartasdo Conde de Villa Pouca .de<br />

Aguiar, do Cond# % de Castel-melhor, do Conde<br />

dè Attoüguia, de Francisco Barreto de Menezes<br />

e do Conde de, Óbidos, governadores<br />

geraes e capitães generaes do Estado do<br />

Brazil, do anno de 1648 ao de 1663.<br />

É o ljvro de registro*. Consta de 117 ff. num. 24 X 14.<br />

Não, traz titulo.<br />

. Um dos mais antigos livros de registro da correspondencia<br />

official dos governadores gerais do Brazil que possuè a Bibliotheca,<br />

a primeira carta dirigida a Salvador Corrêa de Sá<br />

.eBenavides, 'goverdador do Rio de Janeiro,. é datada da<br />

Bahia a 6 de Janeiro de 1648..<br />

E o n.° 30"do Catalogo dos Manuscriptps da Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong>, em que se acham descriminados todos os documentos<br />

que contêm o Códice exposto.<br />

n.° 11. — Conqvista temporal, e espiritval de<br />

Ceylão, Ordenada pelo padre Fernão de<br />

Qveyroz, da Companhia de Iesvs, da província<br />

de Goa, com muytas outras proueytozas noticias<br />

pertencentes â disposição, gouerno do. Estado<br />

de índia. Em lisboa no ano (i687j:^?1<br />

Original, com a assignatura autographa do autor.. Consta<br />

de 12 ff., inn., 321 ditas num. 26 X 17.,<br />

Prece^em-n'a: Dedicatoria «Ao Excelentíssimo Senhor<br />

Francisco de Tauora, Conde de Aluor, V. Rey, e Capitão<br />

Geral da- índia, do Concelho de S. M. &. »; « Aos Portu-


505<br />

•guezes, que 1 lerem a seguinte Historia»; « Primeyra protestação<br />

do Autor »; e« Inventario dos Liuros., e Capítulos desta Obra. »<br />

É dividida em 5 livros.<br />

Com. o livro /= Cap. I. Do sitio, grandeza, e nomes da<br />

ilha de Ceylão, e de seus pouoadòres. — Fica a celebrada<br />

ilha de'CeyIão fronteyra ao Cabo de Camorim,<br />

neste dilatado mar Indico, na garganta do grande<br />

golfo de Bengâla^p^m.<br />

Ac. o .ultimo. — e istS deue sèr o que mays anime a Portugal,<br />

pera à -recuperação daquela Ilha/" ==f?fl<br />

• í Segue-se a « Seguidla Protesllção do Author. »<br />

A dedicatória ao Conde- de Alvor é datada- de Goa ao<br />

i.° de Outubro de 1687 e nella é que veni a assignarura- do<br />

proprio punho do autor. ' '<br />

Traz a seguinte licença Sa Qompânhia de Jesus dada em<br />

' Goa -para imprimir-se a obra :<br />

« 'Gaspar Affonso, da Companhia de Jesv, Prouincial da<br />

Prouincia de Goa, por -particular cõmissão que tenho de nosso<br />

M. R. P. Prepósito - geral, deu licença, pera que se imprima<br />

este liuro, intitulado^'Conquista temporal, e espiritual de<br />

Ceylão, ordenada pello p.® Fernão de Queyrôs da mesma<br />

Companhia Prouincial que foi desta Prouincia; 1 euisto, e<br />

approuado por religiosos doutos da mesma Companhia. E por<br />

' verdade dey esta, por mim assinada, e .sellada com o sello de<br />

meu officio/ Goa. 6. de janeiro de 1688.— Gpar Affonso. »<br />

Em seguida vem o sello a que se refere a licença.<br />

Apesar d'esta licença a obra não foi impressa, morrendo<br />

O autor pouco tempo "depois, no Collegio de S. Paulo|de<br />

Goa, a 12 de Abril do referido anno de 1688, com 71 annos<br />

dè idade. „<br />

Esta obra parece, ser'a mesma a que sob o titulo Conquista<br />

temporal, & espiritual do Oriente, re refere o autor na<br />

pg. 262 da sua Historia da -vida do irmão Pedro de Basto,<br />

êscripta em 1684 e publicada em 1689. Barbosa Machado na<br />

•Bibliotheca Lusitana s áccusa com éste titulo.<br />

O p. Fernão de Queiroz, foi reitor doy Collegio de Tan á<br />

\-è de Baçaim, prepósito, da Casa professa de Goa, depois provincial<br />

e finalmente eleito Patriarcha da Ethiopia- A sua<br />

''Conquista de Ceylãp é obra muito importante e muito curiosa.<br />

O-msc.. pertenceu ao padre Francisco José da Serra e<br />

depois á Real Bibliotheca.


506<br />

n.° 12. — Trattados, actos; çonyettçoens, e outros<br />

maiSgímportan^èSPapêiS) i dos quaeç se faz<br />

menç4o:. na priiíièyra parte destas Memorias,<br />

í fe que servem para a sua inteligencia. -<br />

Vasta e vaiif»ííf coliecçÃo de tratados, actos e convenções<br />

entre varil|£p|itene>as e ajKproa de Portugal. Abrange dóéu£<br />

mentarle a l jr^, eiU


507<br />

obsequioso devido rendimiento A sus Altezas<br />

los Sereníssimos Señores Principe, y Princesa<br />

de Asturias Señor Don Fernando, y Señora<br />

Doña Maria Barbara, su digníssima esposa,<br />

.Nuestros Señores, que Dios prospere felices<br />

siglos para vien de.esta Monarchia; D. Marcos<br />

de las Roelas, y Paz lurado perpetuo. dela<br />

Ciudad de Cordova, (i 728 - 29.)<br />

' Original. Em pergaminho. Consta de 37 ff. num., qué<br />

medem 41 cent, de alt. p'ór 27 de larg. e mais 3 folhas „maximas,<br />

desdobráveis, forado texto e em pergaminho mais forte.<br />

Contém no texto numerosos desenhos do tamanho do<br />

livro, -cabeções de pagina, tarjas, vinhetas, lettras capitaes, &,<br />

tudo feito com muito zelo e esmero, ora a aguada de nankin,<br />

ora a .pennejado, a uma ou duas côres. Em todos os desenhos<br />

o autor não dispensa de assignar o seu nome.<br />

O titulo çfo çodice oCcorre na fl. 2. Na fl. 1 r. vem:<br />

Ansias amorosas de vna Alma Contrito, en la presencia de<br />

m Crucifixo, que constam de 10 estrophes, sendo a ultima a<br />

seguinte:<br />

« Conceded para mia alma — Palma,<br />

. y pues que ya en vos blasona — Corona,<br />

para que cante én la gloria — Victoria-.<br />

Que aunque foy del mundo escoria,<br />

vuestra sangre lograreis<br />

mi Rey, si me concedeis<br />

Palmay Corona, Victoria. »<br />

E no v. da mesma fl. vê-se um crucifixo, tendo na parte<br />

inferior uma dedicatoria do autor á Princeza das Asturias<br />

D. Maria Barbara.<br />

Entre os desenhos de que é repleto o manuscripto notam-se:<br />

,<br />

Na fl. 3 v., o retrato do Principe jurado das Asturias<br />

D. Fernando de Bourbon, tendo na parte superior o seu brasão<br />

de familia;<br />

Na fl. 4, o retrato, da Princeza D. Maria Barbara;<br />

Na fl. 22, o Desean ço da fuga do Egypto;<br />

Ná fl. 26, o Descimento da Cruz;<br />

Na fl. 30, uma batalha, vendo-se no alto o Principe<br />

D. Fernando a cavallo;<br />

E na primeirá das tjes grandes folhas desdobráveis os


508<br />

retratos "de D. Fernando, rei de Hespanha, e dos Principes das<br />

Asturias' D. Fernando e D. Maria Barbara e tres brasões<br />

d'armas de familia.;<br />

Este matiuscripto é uma verdadeira curiosidade calligraphica,<br />

todo .recheiado de prosa e verso e de desenhos'de<br />

diffic.il e paciente execução. Nisto é que consiste todo o seu<br />

merecimento.. O autor em uma das suas Constantes dedicatorias<br />

(fl. 3 v.) chama-o « corto volámen escrito, y delineado na<br />

Ciudad de Cordova» e, accrescenta que é fructo de sua<br />

applicação. De facto ,nesta parte foi Roelas y Paz de applicação<br />

admirável.<br />

O códice pertenceu á Real Bibliotheca.<br />

n.° Aba reta y caray ey baecue Tupa upe<br />

ynemboaguiyé uca hague Pay de la Gomp. a<br />

de Ihs poromboeramo ara cae P. Antonio<br />

Ruiz Icaray ey baé mongetaípí hare oiquatia<br />

Caray ñeé rupi yma cara mbohe hae Pay<br />

ambuae Ogueroba Aba ñeé rupi Año pipe<br />

S. Nicolas pe. Ad majorem Dei Gloriam.,<br />

Cópiài In-4. 0 peq. (o m , 200 de alt. por o" 1 ,143 de larg.)<br />

Consta de í fl., 254 pp. num.<br />

,E versão guarani da obra do padre Montoya— Conquista<br />

espiritual hecha por 'los, religiosos de la Compañia de Jesus, en<br />

las Prouincias del Paraguay, Parana, Vruguay, y Tape, ór\,<br />

impressa em Madrid em 1639, in-4. 0 O nosso texto guarani<br />

foi traduzido.,pelo Dr. Baptista Caetano de Almeida Nogueira<br />

e tanto o texto como a traducção brazileira foram publicadas<br />

nos Annaes.da Bibliotheca <strong>Nacional</strong>, vol. vi (1878-79). Veja-se<br />

a., esse respeito a erudita introducção do Sfir. Dr. Ramiz Galvão<br />

que precede a publicação. Ainda o Dr. Baptista Caetano antepoz<br />

á sua traducção «m Esboço grammatical do abáneê ou<br />

lingua guarani è accompanhou^-a de um extenso e valiosíssimo<br />

vocabulario das dicções que figuram, no manuscripto e que,<br />

sob 0 : titulo Vocabulário das palavras guaranis usadas pelo<br />

irdductor> da Conquista Espiritual do padre A. Ruiz de Montoya,<br />

constitue todo o volume vil (1879-80) dos referidos<br />

A nnaes da Bibliotheca <strong>Nacional</strong> \<br />

Ultiniamente o Sñr; Conego João Pedro Gay offereceu á


509<br />

Bibliotheca <strong>Nacional</strong> "a cópia d' este manuscripto a que se refere<br />

o Sfir. Dr. Ramiz Galvão na sua introducção á versão<br />

em portuguez do Dr. Baptista Caetano. Esta cópia, que também<br />

se expõe, foi achada pelo Sfir. Conego Gay em S. Borja, onde<br />

era vigário, em 1850. É de lettra do século passado, faltando-lhe<br />

.0 titulo e algumas folhas do texto, mas traz em 3 ff. o final de<br />

uma especie de introducção, que não vem no original castelhano<br />

da Conquista espiritual, nem na cópia dà Bibliotheca que serviu<br />

para a traducção e publicação nos Annaes. A declaração com que<br />

termina á cópia offerecida pelo conego Gay, é:<br />

Opaíma tecocue reta mombeühaba.<br />

Ymombeü catupíramo toíco anga Tüpâ, haè<br />

y chi marâney ymombauca harera.<br />

San Borjape haè Junio 2 de 1737 pipe.<br />

Tüpâçí marângatu boya poriahu.<br />

Iaime Bonenti.<br />

Este ultimo nome, porém, talvez escripto pelo mesmo<br />

tempo da cópia, não é da mesma lettra do çopista do códice<br />

guarani. Também a palavra — ymombauca —-, que se acha na<br />

3.® linha, está emendada para — ymombeü uca -^l : .K<br />

0 Gabinete Portuguez de Leitura no Rio de Janeiro<br />

possue Uma excellente cópia do manuscripto guarani, sem o<br />

texto preliminar que se nota na cópia offerecida á Bibliotheca<br />

pelo Sfir. Gay, e que termina com esta declaração, igual á do<br />

códice que se expõe : ,<br />

. Opayma tecócue reta mombeü haba<br />

Ymombeü catupí ramo toíco ânga<br />

Tupâ, haè y chi marâney<br />

ymombeü uca harera<br />

S. ra S. to Anna,<br />

Mayo 4 de-<br />

1754-<br />

/ Em seguida vem, da mesma lettra da cópia:<br />

« O P. e Manuel Ayres de Cazal natural da Villa do Pedrogam<br />

pequeno copiou este. Livro de outro manuscripto, que<br />

achou na Livraria do Convento de S. Antonio da Cidade do<br />

Rio de Janeiro: em Março de 1796. »<br />

Por esta declaração se vê que a cópia do Gabinete Portuguez<br />

de Leitura é da lettra dó autor da Corographia Bra-


510<br />

silita publicada em 1817, o que a torna ainda mais pretsies&,<br />

E pois bém possível que fosse ellâ esrtrahida do hosso proprio<br />

exemplar, que parece ter pertencido a Fr. Vellosoj fallecido<br />

em 1811 no Convento de Santo Antonio, ônde Casal encontrou<br />

o manuscripto que copiou, Como se sabe, a livraria de<br />

Velloso passou para a Real Bibliotheca, d'onde nos proveiu<br />

o eodicê.<br />

n.° 15. —;Historia Topográfica, e Bellica da<br />

Nova Colonia do Sacramento do Rio da Prata.<br />

É precedida de um Prologó, que cometa = Cönfessote,<br />

leitor amigó, qüe á sem räzäö com qiié Vivéiñ tío esquecimento<br />

os spiritos mais üobres do novo Miindo Bra¿ilicó,<br />

; Com. a obra ==, Livro 1.. Näö pretendemos mostrar<br />

• \com estudo, alheio ó-direito de*Portugal na Conquista<br />

da Nova Colonia do Sacramentó do Rió da<br />

Piatäj fe<br />

E dividida em 3 livrós, teíidó ao todo 517 n. 6ä ou §|i<br />

Termina com á transcripto de urna Carta de Gomes<br />

Freiré de Andrada datada dó Rio de Janeiro a 18 de Junho<br />

dé 1736 e dirigida ao Coionel Luiz de Abreu Prego.<br />

Näö traz faóifle de áutor nem data; mas ha toda á probabilidad©<br />

de ser dó Dr. Simaó Pereira de Sä. Barbosa Má*<br />

chado, tratando d'este' autor no tomo 111 (i 75 2) da süa Bibliotheca<br />

Lusitana; - ac'éusa*- entre as suas obras mänuscriptas a<br />

seguinte: Historia Topographi'ca e Bellica ¿la nova Colonia do<br />

Sacramento dé Rio de Janeiro, accrescentaüdo:


511<br />

- Páfèeê^sèr tòpitl, ilpiWr flé- no Cutulags dos prectesM mànM/Mtos<br />

fca BlfrkoÈheca da Gasa dós Murqmezèt de CãsCeito<br />

Meihói-, sób n." iJ6 da i. a parte, dizer-se ; « Parece ser<br />

\rafho »1 e ¡fcat ia ttxf de Btst do Draztl,<br />

1 ; • T.et.trlsM^aipreeQulo. Gbnètá dé ã ff,'inn.,<br />

270 pp. ^^"'jg^Pff^ml^^^^nm^CTmn^^^^^M<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue outra cépiti, também de<br />

ghtr» d« XVIII século, in-fol., tf.,'. 23 2 PP- hum.<br />

Wtt&tMjfôc il®|m, im fíGi-andc, Roteitt "bV Riv da Praíâ<br />

mais exactas, que pudt avançar ria tVa^em<br />

•! •'' • , »*>' , ¿-¿SjKi 1* Kg*- ' " 1 inii.<br />

mm um Majfflm Rtftda Prata, a aquarella.<br />

K^S.ai"* 1 " r ' * ?>t 1 I 1 lo<br />

p t i . i a pjb Js^Mtopleta^gltaiido ainda toáo o longo<br />

têxtd ' que é actusado no referido summario desde f Sabe &<br />

ctauadfá.Ho Rio Üe Jarféí®^Com


512<br />

' : Propiigríaculo dá Advocacia ignorada pôr seus Professores.<br />

.Sabedoriá perfeita, e Tarde conversada.<br />

. Í0oriceitds*jocj3sèrios ..em Problemas e Cartas. — Nosjubilos<br />

dá America vêm sob -í>;b titulo « Conceitos joco-serios para<br />

divertir ^ melancolia. »I<br />

Oraçoens Acadêmicas.<br />

; Obras' Médicas..,<br />

' Além d'estas descriptffe por Barbosa, hos Júbilos da America<br />

se accusa ainda mais outro manuscripto:<br />

Pesffluçoens jurídicas, e Problemáticas.<br />

n.° 16.%- Provisão de Santo Officio da Inquisição<br />

de Lisboa, datada a 23 de Abril de 1750 e<br />

Y assignadà pelo Cardeal da Cunha, nomearfdo<br />

Manuel Barbosa dos Santos familiar do mesmo<br />

Santo .Officio dá cidade \ae Lisboa.<br />

\.4tQriginal.. íra pergaminho e' escriptá em excellente lettra.<br />

1 n., que medé. o m ,22b-jp|ió ,n ,326:<br />

Np.verso lê^se;'« Reg. da a fl. 254 do L.° 14 das criasoens<br />

'te; Mihistro&fe ;mas ffic)' off. w desta Inq.* m Lix." nò Santo<br />

Off. 0 ^J,2 dê Junho--de ij50. '*—Manoel da Silva Deniz. »<br />

E documento curioso e foi offerecido á Bibliotheca pelo<br />

Síír. Dr. B. F. Raniiz Galvão.<br />

n.° 17. De S; Mag/ F. Diário da Terceira<br />

Partida de Demarcação da America Meridional.<br />

An no de 17,5 3. J;--a<br />

• ¿Começa a n : de Novembro de 175-3 e termijia a 15 de<br />

Dezembro de i f 754- Em Janeiro de 1755 chegou ä commissão<br />

demárcadora á Assumpção, segundo declara o'proprio Diário.<br />

Original. .,Traz Mia por dia as assignaturas au|ographas dos<br />

demarcadores.poftuguezps e hespanhoes José Custodio de Sá<br />

e Faria, Miguel Xiera e João Bento Python^e Manuel Antonio<br />

de Floréz, Âtlíànásio ;Vàranda e Alonsó •'Pacheco.' Constâ de<br />

1 fl., 236 pp. jpum. '30*^;; 15. •


513<br />

10. Foi imprésso em 1841 no tomo vn da Collecgao de noticias<br />

para a historia geografia das Ná$oes Ultramarinas, de<br />

pp- 364 a 553- . .. ..<br />

Apesar de publicado, o manuscripto é precioso por ser o<br />

original, com as assignaturas autographái dos demarcadores das<br />

duas eoróas. Accresce ainda que é exCellente a lettra em que<br />

está escripto. . £<br />

Proveiu ,0. códice da bibliotheca da Casa dos Marquezes<br />

de Castello Melhor.<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> póssue em 2 vóls. dé fol.. urna<br />

copia "contemporánea de documentos e memorias muitó interessantes,<br />

relativas a esta partida de demarcado, sob o titulo<br />

Colee(áo de varias Ordens, e Papéis pertencentes á Demarcasao<br />

Ms Limites da America Meridional a q. se deo principio em<br />

virtude do Tratado pelo quál se. regular do as Instrufdens p. a a<br />

mesma JDemar(ao (sic) em 17íd¿ Jan. ro de 1754 (aliás 1751,<br />

corno vem exácto no. titulo, do 2." yolume). — Abrange documentos<br />

de 1751 a 1770, ; ; §end'o .ó,s dos dois últimos anrios,<br />

lima carta do governador de Mafto" Grosso Luiz Pinto de<br />

Sousa°Coutinho datada dé Villa Bella,'a 4 de Maio dé 1769<br />

e dirigida aO Brigadeiró José" Custodio de Sá' e Faria; pedindó<br />

urna copia do mappa do rio Paraguay desde a cidadé de->Assump^áo<br />

até o marco do Jaurú, eoutras informales, e " a reSposta<br />

d'este datada do Rio de Janeiro a 1 de Outübro de 17 7 o -<br />

N.° 18. "P Mappa ¿Geographicum; quo Flufnen<br />

Argenteum, Paraná, et Paraguay exactissime<br />

nunc primum describuntur, facto initio a nova<br />

Colonia ad ostium usque Fluminis Iaurü, ubi,<br />

ex pactis finium regundorum, Terminus „de<br />

marmore positus, terrarumque. insigniores Prospectus,<br />

et quorundam animalium forme suis<br />

qucelibet aptse locis delineantur. Opera, ac<br />

studio Michaelis Ciera R. F. geographi.<br />

Original. -A aquarella. 35 if. o m ,377 X o m ,288.<br />

, : Na prjimeira fl. vé-sé ém uin pedestal um .genio em fórma<br />

de< mulher contemplando o bpsto^de D. José I, em um medálháo<br />

oval, que ella Sustenta com a mäo direita. Em torno<br />

" dQ medll'häo fe-se : Losephus I... Grat. Portug.'.et AlgarRex.


514<br />

MPCÇZPJJf. Çorêa o pedestal o brasâo das armas de Portugal.<br />

(Na ^egunda fi. acha-se o titùlo e depois seguem-se mais<br />

3 || esçriptas pela frente, em que se acha uma dedicatorici assignadaptlp<br />

autor çontendo 47 distiçQS latinos sob a rubrica<br />

Jid.lQsepkum /, M- F. Q ¿i^ticp<br />

« Anne aufidesse iuvat ? tacitis eerte «omnia desunt.<br />

et gratos animbs paucula sœpe probant. »<br />

A earta é dividida em xy. partes ou 1 ff. num., e em frente<br />

de cada yma açham-se outras tantas ff. com pmturas represent&niÎQ<br />

|||#||| tQpo|raphia|s, vistas e aves e quadrupèdes que mais<br />

abunçlâm em qa4a zéna descripta. Entre pinturas notam-se j<br />

« Planta Jjj Praça da Coloria do Sacramento » ; j< Vista por<br />

derçtrp. ¿a Praça II GolpR-ia s ; « Traje das Muîhere§ ( e ) dps<br />

HQmgris 4e Paraguay » ; « La? Piedras de I- Cathalina que<br />

esta© perto da CiiJaae 4P Paraguay J> ; « Vista da Cldade da<br />

dp Paraguay '« ; « VÎsta dà serra dp Pan de asypar<br />

tirada do lugar R. » ; « Vista dos très IrmâQS » ¿«Vista da<br />

Serra 4e Pan de a§ucar tnada do lugar Q. »; « Vista do Pan<br />

4e asuçar»; Vista da CowJiW*^ Fernando oWeryada<br />

ng-lupr P, |j g Vista ppr îi®ip> da Lagoa « Vista<br />

da Cpr^ilheira de S- Fernando tirada ¿0 lqgar A » ;


315<br />

Bahia de todtos dê tódo® f'sw). es Santos até o»<br />

" dfe 1762. ÔfFerecida a Eírey FídeÍ. mo D. Jate o<br />

• N, S. Composía • (porj E>.


516<br />

m."" falssid.® 8 Conclui finalm." por ord. m de Vossa Mag."* a<br />

Historia Militar do Brazil, comprehendéndo todas as CorppraturaSf<br />

. militares, gràdúáções dé postos, prèvilegios concedidos,<br />

e' mapas das;.Tropas, e soldos principalm. 4 ® pelo g<br />

respeita a esta Capitania, pois forão frustadas todas as deligencias<br />

q fis p. lBS noticias mais exatas que pedi do R.° de Jaii.",<br />

e Pernambuco. »<br />

Ahi também diz Mirales : « e soldado a .55 annos vesti<br />

a farda,ííifèíainda não a despi/»<br />

Como sé vê, o manuscripto de Mirales é um dos trabalhos<br />

encetados na época da Academia Brazilica dos Renascidos<br />

(1759-60) e concluidô depois da sua extincção. Apesar<br />

porém dos esforços que o autor empregou, como declara, esta<br />

obra está longe de ser uma historia militar do Brazil até o<br />

tempo em que foi escripta e hão servem de boa fonte as suas<br />

informações.<br />

O manuscripto foi comprado em Lisboa, provindo da<br />

Bibliotheca da casa dos Marqüezes de Castello Melhor.<br />

n.° 20. — Cathalogo dos Liuros da Livraria de<br />

Diogo Barbosa Machado distribuídos por elle<br />

em matérias e escrito por sua própria mão.<br />

Autographo. Consta de 2 ff. inn., 112-ditas num. 18 X 14.<br />

As duas folhas inn. contêem o titulo e o Index das matérias<br />

em que está distribuído o Cathalogo dos Liuros.<br />

O Snr. Dr. Ramiz Galvão, tratando d'este precioso manuscripto<br />

do autor . da Bibliotheca Lusitana, d iz : « O catalogo |<br />

é : súmmario ; longe está de se poder chamar uma obra biblio- 1<br />

graphica, nem foi ^eisse o intuito com que :ó escreveu Barbosa,<br />

que só desejava por assim dizer uma relação das riquezas de<br />

sua livraria. » V. Annaes da Bibi. Nac., 1, pg. 29.<br />

No v. da fl. de rosto vê-se o ex-libris do p. Francisco j<br />

José da Serra, a quem pertenceu o manuscripto, que depois j<br />

passou para a Real Bibliotheca, d'onde nos veiu.<br />

n.° 21. — Noticia histórica da ilha grande de<br />

Joarines ou Marajó, pelo Dr. Alexandre Rodrigu<br />

es Ferreira.<br />

Com. =r Illm. 0 e Exm.° Sfír. — Ensayar a Historia da ilha


517<br />

Grande de Joannes, por outro nome Marajó, "informar<br />

dos Productos n. es que ha, e podem haver na<br />

d. a Ilha; escrever de cada húa delias hua relação<br />

circunstanciada, =<br />

Ac.===os lugares p. a onde se devem conduzir, estão<br />

sêccos: á vista do exposto V. Ex. a ordenará o q<br />

fôr servido. — Alexandre Rodrigues Ferreira/^ • -<br />

Não traz data; mas foi escriptá em Dezembro de 1783.<br />

- Sem titulo. Autographoi.., Consta de 14 ff. inn. 29 X 15-<br />

Traz algumas alterações e correcções marginaes feitas da<br />

-própria mão do autor por lettra posterior. Está riscado o<br />

principio, qüe era então assim :<br />

IS?= Illm.° e Exm. 0 Sfir. — Trabalhar com sucesso no<br />

Exame das próduccoens — Acho ésçripto, que, os Tapuyas<br />

o chamão == Queceuene: a cor da sua agua he branca,<br />

em contraposição da do Rio Negro,


518<br />

ã"'o deites, far. I<br />

dkiriehtó,' &.*, vê-È'e j âóíd. b dè pfttçà' não' serve 1<br />

\y lí òvttikto, httn'. ti ile SN;Í'.N


519<br />

lâixõ dâ- estampá, que è pifitada á aguada de Mftkim, em<br />

margem .floreada, li*-sè:<br />

« ... hil rriâjus gêfteratür ipso;<br />

Nêe tàget ^üidquam Siôlílíj aut sécundtitn :<br />

Próximos illi tàmen.óeupavit<br />

' Pallas honores.<br />

Horac. lib. i.° Carm. 121»<br />

E no angulo esquerdo, por baixo d'estes versOS vèfti:<br />

L. B.° fècít.<br />

Este manuscripto proveiu da bibliotheca dâ .Gaáa dos<br />

Màrquezês de Castello Melhor e faz parte do n.° 341 do respectivo<br />

catalogo.<br />

N.° 24. -- Máppâ bõtaiiicD paira \itó dò Íl. hie ê<br />

Ex. mo S. r Luis de Vasconcellõs é Sdizá Vicé Rey<br />

dõ Ést.° dó Brázil.<br />

Original. Sem nome de autor nem data. Consta de 21 pp.<br />

;num.,34®2ó.<br />

O te&tcfé todo âdòrnâdo de figuras fèítâã' à -pêiiná.<br />

Traz frontispício allegorico désenhadO a peímejado: na<br />

parte inferior dá êstámpã um IndiÔ Sêiitãdõ ilo chãõ, tjbfiÜÓ'<br />

pllll âos fcabellôs dois grandes raníós dé árVOre constituída<br />

dé folhas, flores e ftuctós de diversas familiaá bOtâhicââ> éntfêláçádOS<br />

com fáxás, em qtie se lêètíi Os nomes das lhesmâà<br />

fámíliàs. E fià pârte supètiot vê-se 0 brasao de Lttii de Vás 5 -<br />

éMcellóS e SOüfea eiltrelàÇâdO com outros dois ramoè* igtiâès<br />

âô dá parte inferior/ têfido por báiXO O titulo que fiCà âCirriâ<br />

tê^òditóidoi^ISffi baixo da eâtámpâ lê#e * Dezenhado f>61ò<br />

Ajüd. 6 Ingenheiro Jozê Correa Rangel. »<br />

I -Fàz parte do n.° 34Í dõ Cai. dès frei. Msi. dâ bibi. dâ.<br />

Mârtftóèèès dé Cãstello Èíelhòr, d'ófidê ÜOs píOvèiü<br />

;codice.<br />

N,° 25* — Florse Fluminensis seu DisGriptiõnum<br />

plantàrõ PiPaêfêêitüfâ Fluminensi spònte ílaâcentium<br />

Líber primus Ad systema sexuale<br />

concinatus IU. ac Ex. m0 Dno Aloysio d'Vas-


520<br />

conçellos & Souza Acons.- S. Maj. Totius dition<br />

Brasil, terra, mariq. Prsetoris Gener. ac<br />

Pró Reg. IV. &c. &c. &c. Sistit Fr. Josephus<br />

Maríanus a Concept'. Vellozò Praesb. Ord.<br />

,:S. Franc. Refórm. Prov. Flumin. 1790.<br />

. ; Original. Texto. 2 vpls. 27 X.i3- Estampas 11 vols.yn-fol.<br />

máximo.; I<br />

Tanto 9 texto como as estampas estão publicadas.<br />

O texto, só foi impresso em parte em 1825 na Typographia<br />

<strong>Nacional</strong> do' -Riò de. Janeiro; ultimamente sahiu toda a obra<br />

completã^nós/Atckivos do Museu '<strong>Nacional</strong>,., constituindo o<br />

vòl. v (1880). As estampas porém foram todas publicadas em<br />

Paris em 1827', em 11 vóls. de foi.<br />

A fr. Antonio de Arrabida, bispo de Anemuria, que foi<br />

o í:.° Bibliotheçario da Bibliotheca <strong>Nacional</strong>, se deve a impressão;<br />

da obra de Velloso.<br />

Este notável manuscripto provei a do espolio da livraria<br />

do botaniço Nbrazileiro, offerecido á Real Bibliotheca em 1811<br />

pelo provincial do Convento de Santo Antonio do Rio de.<br />

Janeiro, onde falleceu Velloso.<br />

, De parte do texto ha outro exemplar igualmente original<br />

cóm ligeiras variantes, e das estampas possuímos também<br />

outro exemplar original dos 3 primeiros volumes.<br />

O precioso manuscripto de Velloso, antes do . bispo de<br />

Anemuria, que o « julgava inteiramente perdido », era conhecido<br />

por A. de S. Hilaire que o viu e examinou, segundo<br />

refere o Visconde, S. Leopoldo no tomo 11 de seus Annaes da<br />

Província de '. S. Pedro (volumé publ. em 1822), que ahi,<br />

entre outras cousas, diz na pg. 35 : « Possa a Flora Fluminensis<br />

não ficar para. sempre inédita e confundida na Bibliotheca<br />

Publica do Rio de Janéiro ! Taes. são os meus votos em utilidade<br />

da sciencia, e por gratidão especial á memoria d'aquelle,<br />

que será ornamento da Patria, e da Ordem Religiosa, da<br />

qual foi perfeito observante. »<br />

Antes porém do Visconde de S. Leopoldo, o autor das<br />

Reflexões sobre a historia natural do Brasil, que precedem a<br />

Instrucção para os "viajantes, publicada -,iio Rio de Janeiro<br />

em 1819, já accusava na pg. xxvi a existencia da Flora Fluminensis<br />

de Velloso na Bibliotheca Publica do Rio de Janeiro.


521<br />

J^O 26. — Principe perfeito. Emblemas de D. João<br />

de. Solorzano. Parafrazeados em Sonetos portuguezes,<br />

e offerecidos ao Sereníssimo Senhor<br />

D. João Principe do Brasil. Pello baxarel<br />

Francisco Antonio de Novaes Campos. Anno<br />

de I790.<br />

Em : pergaminho, illuminado,' de excellente lettra em caracteres<br />

de imprensa e admiiwéhôé|ite'---!5ô!üservadó. > ; «08'.'^<br />

num. a lapis, medindo 18 cent, de altura pôr 13' de»làrgo; ' : .<br />

; Contém C emblemas em lafim, ví ttím a respectiva traducção<br />

em sonetos portuguezes em frente. Cada emblema é ornado<br />

no alto dè uma, miniatura e cada soneto traz o seu titulo dado<br />

pelo tráductor.<br />

No principio do códice acham-se très sonetos do tráductor<br />

dedicados ao principe D. João ; o primeiro,' -,que é escripto<br />

em papel e de formato maior que o do livro, diz assim :<br />

; Chega o Livro á Prezénça sempre Augusta .<br />

; í)o Principe, por Mãos da Espóza bella ;. 1<br />

Que sendo do teu Norte Clara Estrella,<br />

Todo o temor, que tens etn vão te assusta. '<br />

A Lição, que conténs ás Leys se ajusta;<br />

. Porque a Arte, de reinar hé só aquella,<br />

Em que o Principe adora a Deos, e vella<br />

Pela Páz do seu Povo santa, e / justa ;<br />

' Assim os Cêm Emblêmas traduzidos,'<br />

Fiquem alem de impréssos na memoria><br />

No Real Coração sempre esculpidos :<br />

. Resta, Augusta Princeza, em vossa glória,'<br />

f. Darem-se. ao tráductor prêmios devidos,<br />

Por Vossa Intercessão, para memoria.<br />

0, segundo soneto é escripto a ouro e o ultimo traz por<br />

titulo 4o Principe dos Luzos dedicado.<br />

O manuscripto, como se vê, pertenceu a D. João ! VI e<br />

yeiu-noá da Real Bibliotheca.


522<br />

N.° 2 7 » EstanlJjàs representando assumptos de<br />

" história natural,, pela maior parte insectos<br />

peixes e aves. Des'erihqs a lápis, rtãnkim e<br />

aquáfèlià pelo Dr. Manuel Arrudá da Camara.<br />

São 82. Origina.es. Sem data, nem o nome do autor.<br />

In-4. 0 de 83 ff. num. A ultima contém uma nòtá explicativa<br />

escripta do punho do, autor, das 8 especies de abelhas, que se<br />

vêm réprésèhtádas há êstãmpa 76.<br />

Prbvièi-am do éspolio dé Manuel Ferrfeíra Lagòs.<br />

O Dr. Arruda dá Camâra, nàtural da villa do Pombal dã<br />

Parahyba do Norte, então pértèncente á provincia de Pernambuco,<br />

nas'ceu pelo meiado do XVIII século e morreu na<br />

-cidade,. então villa, dé Goyana, em 1810. Era formadb. em<br />

medicina, *distincto naturalista e muito dado aos estudos de<br />

botanica. Entre-varias obras que compoz, algumas das quaes<br />

publicou, deixou^ ém manüscríptoura trabalho sobre a, flora<br />

pèrnambucaáá, que parèfceserviu de base para 0 Diccionario de<br />

botanicà brãsúeira de Almeida Pinto, pois neíle se dèçlará que<br />

foi coordenado e redigido em graiide parte sobre os manuscriptos<br />

dó botánico brazileiro.<br />

A Bibliòtheca Ñafcidnál pòssue o aútographo da Memoria<br />

sobre- a cultura, àòs algodoeiros que Arruda da Camara escreveu<br />

em 1797 e fòi publicàda em Lisboa em 1799, in-4. 0 , çom est.<br />

N.° 28. — O ratio in exequíis augustissimae, ac<br />

fidelissimae Uniti Regni ex. Portugallia, et<br />

Brasilia, Algarbiisque Reginae, Mariae L, habita<br />

III. nonas Decembres M. DCCC.XVÍ. Conimbricae<br />

in regali Universitatis sacéllo a Joachimo<br />

Navarro Andradio in Gymnasio Academiçb<br />

Faculta tis Medicae Professore P. Ò. Aphorismorum<br />

interprete, Regias Cu ria e pro diri¿endis<br />

Portug. et Algarbior. studiis sextyiro,<br />

Chfisti Ordiñis- eqúite.<br />

Original, em primorosos - caracteres 'de-' imprensa. Consta<br />

de 36 pp. num., 1 fl. de errata. ,22 X 14.?.'<br />

Foi publicada no Rio de janeiro, nà Impressão Regia,<br />

1818, in-fol. de 27 pp. num.<br />

Da Real BibliOtheca.


23<br />

n.° 29. —Ênsâiô 'sõBfe ò hóii^éfri, pòettià philosophicO<br />

de Alexandre F6f>e traduzido verso,<br />

por verso e dedicado a Elrei Nosso, Senhor'<br />

Dom João VI por Francisco Bento Maria<br />

Targini, Barão de. São Lourenço. Inserta no<br />

Prologo do Traductor a versão, por elle também<br />

-feita verso por verso, do Messias, Écloga<br />

Sagrada do meshió Alitbr... Rio de Janeirò,<br />

: 1818."<br />

> Original. Consta de 4 tomos encadernados era inârròquiin<br />

encarnado, tendb nas faces externas de cada um aã armas<br />

da càsa réál portugueza. Medem as folhas 22 cént. de alt. por<br />

16 de largo.<br />

No còrtieço da dedicatória âó Hei vé4e üín cabeçàò Ü'e<br />

pagina íepüresentando as àrrrtaS de Portugal e Brazil, com allegòHaèj<br />

á agüada dfe hankim, trázeíidô à seguiiitè ássigiiàtura<br />

ê dàtã : « Vliveirâ BrazilieWcè fèz. Rio. À. roí/. »<br />

A versão trãz o texto inglez em Frente e é accòmpannãda<br />

âè extensas notas do traductor.;<br />

Adornam-n'a 5 estampas gravadas a buril, sendo o retrato de<br />

Pope e (Juatro allegorias correspondéntes áâ quatro epistolas<br />

de que se constitue o poema. Os desenhos d'estas estampas sâo<br />

|| Henrique José da Silva e todos trazem a data de 1815.<br />

A priméita allegoria grávadá por anOhyrtib (A. Godefroy ?)<br />

tirai na iriargem iníeríôr o ségüinte dizer:<br />

« Confia humilde pois de voar treme,<br />

« Espera a sabia Morte, a Deué adora.<br />

Epist. 1. Mrs. pi


524<br />

E a :quarta gravada por... (A. Godefroy? J|Ili<br />

a Sabe 'pois qt^e^fáefe-beris ¿¡que aspiramos, '»<br />

« o Cèo destina á E>p


525<br />

punho de Manuel de Aráujo Pörto Alegre, depois Barão de<br />

Santo Angelo: « Esta bélla producção - é obra do Conego januario<br />

da Cunha Barbosa, que ainda vive; este íhanuscripto<br />

é precioso por ser anterior á impressão do Poema, e por<br />

conter variantes. — Bruxellas 1837. — Araujo Porto-alegrè. »<br />

Como .se vê, as iniciaes que se acham na folha de rosto<br />

correspondem ás do nome do autor.<br />

. Este poemeto foi publicado em Londres em 1822 com o<br />

nome 'expresso do autor, in-4. 0 de 60 pp. e 1 fl. de erros<br />

Wmgfaphicos, a qual foi porém impressa no Rio de Janeiro<br />

e adduzida aos exemplares.<br />

Os exemplares do impresso são hoje muito raros, mas o<br />

poemeto foi. reproduzido por Varnhagen no seu Florilégio da<br />

poesia brazileira, tomo ri, de pg. 667 a 682.<br />

Entre o manuscripto e o impresso notam-se de facto<br />

muitas variantes. Os primeiros versos da composição no manuscripto<br />

São :<br />

« Em brandas faxas infantis jazia<br />

Nicteroy de Atlantida nascido,<br />

Quando Mimas seu Pai, gigante enorme,<br />

.Que aos Ceos com mão soberba arremessara<br />

A flamigera Lemnos arrancada<br />

Das agoas, no furor de guerra impia, ••<br />

Tingio de sangue os mares, salpicando, &. »<br />

E os correspondentes no impresso:<br />

« Nos braços maternaes, nascido apenas<br />

Jàzia Nictèroy, Saturnea próle,<br />

Quando Mimas seu Pâe, Gigante enórme,<br />

Que ao Ceo cóm mão soberba arremessara<br />

A flamigera Lemnos, arrancáda<br />

Dos mares no furor de guerra impia,<br />

-Tingio de sangue as aguas, salpicando, &. »<br />

0 manuscripto contém 48 notas; no impresso foram supprimidas<br />

3, d'ellas.<br />

O autor nasceu no Rio de Janeiro a 10 de Julho de 1780<br />

e morreu na mesma cidade a 22 de Fevereiro de ' 1846. Era<br />

conego. da Capella Imperial, foi o i.° director da Imprensa<br />

<strong>Nacional</strong> é o 3. 0 BibliotheCario da Bibliotheca Nacionál. Prégador<br />

afamado, poeta, politico, jornalista e litteráto distincto,<br />

auxiliou com os seus serviços a Independencia do Brazil e<br />

çontribuiu bastante para o engrandecimento da litíeratura<br />

patria.<br />

Acerca do seu merecimento como litteráto, poeta e orador


526<br />

sagrado assim s© expressa o Sfií*j Di. üaniiz Galvão no- seu<br />

Fulpitõ m Brasil \ « Januário da Cunha Barbosa alcançou nas<br />

lettras urna reputação solida © um nome 1 d'esses que vivem<br />

por largos annos na memória da posteridade. Muito applicado<br />

e até versadissimo no estud©< da Mágoa vernacnla, fatiava Januário<br />

uma linguagens eorreeta e para, como não é hoje<br />

çommum; conhecedor profundo dos segredos da philosophia<br />

ensinou-a por muitos annos com o maior applauso, embebendó<br />

OS espirito» da mocidad© cons Os preceitos da mais sã moral *<br />

dotado d© uns talento poético immenso e. d'uma veia iiaexhaurivel,<br />

deixou-nós um Poema o -— Nicteroy , que pelos<br />

bellos versos e iteãgens grandiosas qwe encerra, pelo apurado<br />

bôm gosto que revela, bastara para inscrever seu nome nos<br />

annaes dá littérature nacional, e prova bem claramente - que o<br />

jõfôâlisM, d philosopha © ê purista, dedilhava também as<br />

cordas de «ma harpa sttbíiíne.<br />

« Mas não era só um genero a especialidade do poeta;<br />

embocava tão bem a tuba épica,, como vibrava a lyra de<br />

Caldas/ como zurzia o latego da satyra e da critica rnordaz :<br />

- e' até si se pudéra notar naqueíle, gênero tao variado alguma<br />

inclinação para este ou açjuellê genero de composição, fôra,<br />

• sem duvida o genero cultivado por Marcial e Guerra o de<br />

" sua predilecção^,; os Garimpeiros e a Mutuca testificam-no<br />

cabalmente..<br />

« Emfim como orador sagrado alcançou Januário da Cunha<br />

Barbosa um nome ' que, si não pode rïvalrsar com nenhum<br />

dos membros do triumvirato oratorio formado por S. Carlos,<br />

Sampaio e Mont'Aïtërné, é coiütüdõ citado entre" os pregadores<br />

de nota. »<br />

ft Quanto ao mérito dos sermões de januario, parece-nos<br />

elle, pelo que-lemos, merecedor do logar elevado, que sè lhe<br />

tem dado ; más não pôde seu talento oratorio correr parelhas<br />

com o dos oradores d'esta êpocha ; distingue-se em todos<br />

seus Discursos uma dicção correcta, pura e castigada ; seu<br />

estyló ê quasi sempre simples e elegante, raramente guindado<br />

e sublime ; não ha grandes concepções, nem pensamentos arrojados<br />

etn qúe o gênio"da orador se patentée; os quadras ora-^<br />

toríòs são raros, si bem que algumas vezes não sejam destituidos<br />

de força e élegancia, Emfim Januário da Cunha Barbosa, a<br />

julgár pelos discursos que lemos, era um orador que podia<br />

agradai, podia até encantar; mas nunca" arrastar nem commover<br />

ütn auditório. As paixões não se perturbam ao ouvir<br />

as' Suas palavras ; sempre a imaginação sente-se ferida por<br />

um raio dé "belleza, mas o coração nunca se. agita, a vontade<br />

nuîlea sé detgrmina^ emfirn o ouvinte não se sente apprimido


527<br />

j<br />

No alto do v. da ultima fl. occorre a seguinte declaração<br />

escupta dO punho de Araujo Porto-Alegre, depois Barão de<br />

Santo Angelo: «Este manuscripto foi-me dado pelo seu<br />

aijthor. no di.a 22 de Novembro qe. 1839, em que elle partio<br />

pafa o Maranhão como 'Secretario do Presidente Luiz Alves<br />

•derLima.— Araujo Porto^aiegre. »<br />

O- autor, depois Visconde de Araguaya, nasceu na cidade


528<br />

dó Rio de Janeiro a 13 dé, Agosto,de i8n e morreu em<br />

Roma a 10 de Julho de £8:82, exercendo o cargo de Enviado<br />

Extraordinário e Ministro Plenipotericiario do Brazil junto á<br />

Santa Sé.<br />

n.° 32. — Livro Primeiro da Eneida de Virgilio,<br />

trkduzido por. Manuel Odorico Mendes.<br />

Com. =='. Eu sou quem d'antes na delgada avena<br />

Múdulei versos® e, ao sahir dos bosques', %]<br />

• praia em praia todo o mar voltêas. == • ;<br />

ÃMtographo. 16 ff. 18'X IO -<br />

Precede-o em fl. separada à seguinte declaração de Porto<br />

Alegre, depois Barão de Santo Ângelo: « Este 'manusciágtoj que<br />

offérêço á <strong>Biblioteca</strong> <strong>Nacional</strong>, é do próprio 'punho do meu<br />

particular amigo o S, r Manoel OdoriooMèndes.'Riòdé Janeiro<br />

26 de ybro. de 1847. — Manoel de;Àraujo Borto-alegre.<br />

— N. B. O Traductor, no momento de partir" para. a Europa,<br />

a edúcàr> seus filhos, ^dtinha já • : coínpletado , % versão do.<br />

6." livro*;'»<br />

Este : livro • está impresso, juntamehte- còm; ' os mais, na<br />

Eneida Brasileira, publicada em Paris em 1854, e da qual<br />

fez o illustre traductOr nova edição era 1858, augmentada com,<br />

a traducção das outras obras do epico; latino," sob o1-titulo* de<br />

Virgiliò Brazileiro.<br />

Manuel Odoriço Mendes nasceu no Màranhão a 24 de Janeiro<br />

de 1799 e morreu em Londres a 17 de Agosto de 1864. Foi<br />

latinista profundo e poeta distinctó. Deve-íhe ainda a, traducção<br />

do original grego dá Illiada de Homero qüc ,corre impressa.<br />

n.° 33. •— Flora paraense-maranhensis; Por Antonio<br />

Corrêa de Lacerda. 1821-52.<br />

Autographo. 11 vols. 30^9, a duas columnas.<br />

Em quasi todos os volumes encontram-se intercalados no<br />

texto desenhos a lápis* representando folhas, fructos, jflores, &•<br />

. O volume xi traz o seguinte titulo: « Photographia Paraenle-Maranhensis,<br />

- Sive descriptio Plantaram in Pará et


529<br />

Mararíhão lectis. AbA-, C.déLaçerda. Volum. n (tertium<br />

Phytographiíe Maranhensis.) í Ann o 1849 ~ 1 850ÍÍ» '<br />

I O autor-'era bacharel formado em medicina e cirurgia<br />

pela lÜniversidade de Coimbfa-- .'Nasceu na villa da Ponte,<br />

em Portugal^ em.>1777, è morreu no Maranhão a 21 de Junho<br />

de 1852- Passando-rse dé' Portugal para o Brazil poucos annos<br />

antesVpà Independencia, estabel,eceti-se no Pará, refugiando-se<br />

por pouco tenipò (1835 -36) em Cayena e nos Estados Unidos<br />

por causa dos movimentos revoltosos da provincia. Depois<br />

veiu residir no Maranhão, onde permaneceu até a morte.<br />

Exerceu a clinica nas duas provincias e gosou sempre do<br />

melhor, egnceito pelos, seus conhecimentos e honradez. Dedicoii-se<br />

- cóm todo enthusiasmo aos .'estudos de historia .natural,,<br />

principalmente a botamca, pela qual tinha vocação especial, e<br />

deixou . muitas i obras inéditas. Estas, entregues , ao Governo<br />

Imperial ha. Conformidade .dás disposições testamentarias do .<br />

autor, passaram pára a Bibíiothecá <strong>Nacional</strong>.<br />

' . ' A maior parte d'ellas acha-se descripta no Catalogo da<br />

Exposição dè História do Brazil e no da Exposição Medica<br />

Brasileira.<br />

O Dr. Lacerda era trabalhador incansavel e escreviá quási<br />

diariamente^ ctímo. se "vê pelas datas dos seus estudos. Além<br />

da obra exposta, é digna de apreço a sua.'Zoologia Paraense<br />

(i8ái - 1852) èm 9 volumes. Fez observações diarias thermometricas,<br />

hygrbmetriçáS e barométricas no Pará desdé 1, de Janeiro<br />

de 1^29 ate '17 de Maio dé 1835, e no Maranhão de Junho<br />

'dei7841 até 14 de Junho; de 1852, poucos dias antes, de morrer.<br />

Os casos potáveis de i sua clinica eram também archivados e<br />

"deixou-nos muitas observações. Foi naturalista notável e si<br />

o:seu "nome não é hojé, citado entre, os de Velloso,. Martius,,,<br />

Freire Allemão outrosj . que estudaram a Flora brazileira, é<br />

porque tudq. quanto esçréveu das suas investigações botânicas<br />

nada foi publicado.' Pôúco • tempo antes de fálleder pe^'iü auxilio<br />

ao Governo Imperial para impressão de um trabalho seu<br />

sòbre a Materia jiaediCa do Pará e Maranhão, como se pode<br />

ver no • volume viu do Diccionario de Innocénçio. ; ><br />

_ Dó;, >1 egado v do autor ao Governo A provieram tàmbem<br />

algumas éstámpas de historia natural, coloridas â mão. v<br />

n.° 34. — Estudos botânicos e ; desçripções de<br />

plantas brazileiras pelo Dr. Francisco Freire<br />

Allemão. 1836-66. .<br />

c> - Original. 17 volumés in^fól. com-muitos desenhos a côres,<br />

. • 34


53Ü<br />

á ptnnà atópís, . intercalados ,',Äo>/textö. .São bsvesboçoV<br />

originaes do iUqstíe botánico brazireiro, acóínpanhados de<br />

m'ipueÄQsas éeaèri pçoes' VSciéntificás ' e de observações'\ histológicas<br />

interessantes, A)'; íp áüt'or ' riãsèéü 'ño Rio dé Janeiro a. 24 r de Julho ' de'<br />

i 7971ë; ahi mqrréiï á ; ï 1 dé Novembro de : ±874. : '<br />

AFi'OIHUPHOS<br />

n." 35. -- iGarta paíefrtAi. datada > dóuiPalaeia de, ' j<br />

• !'rib::ri;o -Maurici.-^il'erriaynl'iiooV a ¡5 dei i<br />

; jä^efit)';®» 1643 e passada por<br />

"•„ Conde fiapi:taQ¡: •<br />

• AlnAan-te General 'd&Ôrazil por-Syáf Aiitfeas:;'!<br />

'jgínhóVel Estad'ôs'-'^feraèsi'da'^otnbàft'h® ' S<br />

. das: I"dixs Olgden táes, iiorneántlç) MaK¡tr.:'ti;mu I<br />

c|;;a¡¡(]¡i,c.?i: qç,¡fcdwílHitó.<br />

d:0\G^Fptt,'para Capitáú : ;díjimroa'©OTnpatihia i<br />

aiíw^lS/ínfantàwtf.^ollandfaaí''^«<br />

; Êm' ftôlTaiidë'z:'/,<br />

' "'Ofigitiá!, 1 'com 11 à''assighatufà àùtôgràphà' clò Goride'de :<br />

Nassau: 1 v Ëm' pérgammOió^ Com^b^sèllò' : dò;'( óridé.^í fi' 1 "'<br />

'Nassau 1 , 1 ' foi ; îgpvèrnàyoï' e g^'eraí t^ 1 fôrç^'hôUariâezas' •<br />

no Brazil «Ffr 1ô^fpT^^e por r-A'o 1<br />

Nasceu'èiri Dilténboiirg 1 em' ïôq'4 *é 1 m6rrèií'-'tm' í6'eïjV ;<br />

n.°, 36. ^'Éà'rta íi^ââô^b "L^í l :;dät^ä|" jal<br />

LeyÄga : aiS, dp Julh^.' dç,''.1^2,9; SiÍíJÍÍÍSítoi^S'<br />

,-nptawelîantiquário, botânico e advogado hol-<br />

'andçz Arnaldo linche] [Arnoldus Buchelliusk<br />

^M^lirtíêôkt.' 1<br />

Em h ßlla^ide^^i<br />

Autographa. 1 f], t |||||||iSn<br />

' ç agradsçç: ; íítfyií»-advoga'? o .r^ceViaiyntí de


531<br />

umar carta e ; de- um 7 esciipto, acha este de muita utilidade para<br />

o seu intento edeclara;quô ! d'elle se servirá ^om o reconhe T<br />

cimentoJdo nome ' do .sabiam coin© convém. < Diz-lhé mais; qu e<br />

llíL¿;''faj:ta ainda a ordenação de conformidade com a qyalse<br />

arrendam QS meios de communa na provincia i éo advogado e<br />

que ;a tratáíá.'de ófetèr por i qu^uer .meid, ¡<br />

Laet, geographo flamengo,nasceuem Antuerpia em 1582 1<br />

e morreu na mesma cidade em 1649.; Publicou, muitas obras<br />

geògráphicas, uma das quaes, o Novus Qrbis,: diz respeito ao<br />

Brazil. •<br />

N.° 37, — G^rta de Luiz XIV, datera de. Yersáilles<br />

a 15 de Maio de 169Ö:<br />

, Cousin lafflictiòn n'a pu ñrempes'c'^er de<br />

.;réceuoir, ,agréabllement la lettre '•==" .;<br />

i fl. Não' traz ò rióme dä pessoa a quem é<br />

dirigida.<br />

I: Acepsa o recebimento de carta em que, sç lhe fà||a da<br />

mortç, 4 e r .sua filha a Delfina,/ .<br />

Lui? Xiy, rei de- ¡França^ cognominado O Grande, nasceu<br />

enx en Laye, a 6 de Setembro de 1,638, segundo<br />

;.p:;,CanîuV:e piorrgu em Versailles a. j de Setembro de J715.<br />

TeVe ïorigô réínãdo, o mäiör da riioh'arcíiiá, favoreceu éx'tfa,ordinariamente<br />

as lettrãs e as artes, è coube-lhe por isso a hbnra<br />

desdar ao século o seu nome*<br />

' Qfferecida por Sua Aljjeza 9 Principe Sñr,, D. Pe4rç> ¡Au--<br />

"gtòô.\* '<br />

N.° 38. — Carta do Padre Antonio Vieira, datada<br />

da Bahia a 15 de Julho.de 169Q,<br />

- Com. = Excellentiss.® S. or — Depois que as frotas - ntos;<br />

• h. trarão a frequente çí>municaçãP: do ,Reino iftäf % ser<br />

in as novas ;de. Pqrtugíil ;CQmo as novidades das arvpres:<br />

huã vez cada aano. Ifc^ft ••<br />

11; . Original,-, çom a assign, e as , palavras finaç? De t JñfixS<br />

— criado — autographas. ï fl. • Não traz o nome da pessoa 3.<br />

quem é dirigida. Inédita ?<br />

ágil verso lê-se de lettra antiga diversa da da carta : « Carta


532<br />

feita por 1 mão do P. e Antonio Vieyra. » Entretanto , a carta<br />

como se. vê não é toda es.cripta dó punho do autor.<br />

O P. Antônio Viéiray |um dos maiores ¡cia ssicos da lingua<br />

portugueza, • nasceu -em Lisboa a 6 de Fevereiro de 1608, veiu<br />

•para ffl Brazil não contando ainda 8. an nos de'idade, e morreu<br />

na Báhia a 18 dé Julho ,de 1.697, no Colíegio da Companhia<br />

de Jesus, a cuja ordem pertencia.<br />

• Foi comprada ha pouco tempo em- Lisboa.<br />

n.° 39.— Carta da Marqueza de Maintenon,<br />

datada de Fontainebleau a 27 de Julho dé<br />

1711 e dirigida ao Duque de Richelieu.<br />

Cpfy, — J'ai dpnné vostre lettre au Roy Monsieur ==j<br />

Autogfapha. 2 ff.<br />

Declara interessar-sè pelos negocios do Duque e refere-se<br />

a um filho, d'este.<br />

Francisca d'Aubigné, Marqueza de Maintenon, tão conhecida<br />

por este, seu nome nobiliarchico, sègündà mulhèr de Luiz<br />

XIV, nasceu em Niort a 27 de Novembro de 1635 e morreu<br />

em Saint-Gyr a 15 de Abril de 1719. Escrevm cartas e memórias<br />

interessantes, que correm impressas em différehteà edições.<br />

Offerecidà por Sua Alteza o Principe Snr. D. Pedro Augusto<br />

n.° 40. — Carta dè Alexandre de Gusmão, datada<br />

de Lisboa a 19 de Fevereiro dé 1746 e dirigida<br />

ao Padre João Monteiro Bravo.<br />

Aüéogfaptid. 2 ff.<br />

Dá conta dos seus haveres.<br />

- ' Pertenceu-a alguma collecção: as ff. trazem as numerações<br />

123 e 124i - il;' \\ •<br />

Alexandre de Gusnftão, o 'famoso secretario privado de<br />

D. João V, nasceu em Santos, prov. dé S. Paulo, em 1695 e<br />

morreu em Lisboa.em Dezembro de 1753.<br />

• Proveiü-nos do leilão do espolio de Feiner evem descripta<br />

no respectivo catalogo no lote n.° 1470.


533<br />

41.— Carta patente do Principe Regente<br />

D, João, passada em Lisboa a 28 de Maio de<br />

1802, nomeando a Carlos Frederico Lecór<br />

sargento-mór da Legião de Tropas Ligeiras.<br />

Original, com a assignatura autographa do Principe," depois<br />

D. João VI. i fl. Traz o sello grande. Com as àssignâtüras<br />

do' Condé de S. Lourenço e D. Antonio Soares de Noronha.<br />

; ",.-D. João VI, 27. 0 Rei de Portugal, Imperador;titular do<br />

Brazil, nasceu em Lisboa a 13 de Maio de 1767, chegou ao<br />

Rio de Janeiro em 1808, voltou para: Portugal em 1821 e<br />

morreu a io de Março de ,1826.<br />

Offerecida pelo Capitão Luiz Pedro Lecór.<br />

n.° 42. — Carta credencial passada em S. Cloud<br />

a 5 de Julho de 1810 por Napoleão I ao<br />

' Conde Défermon, dando-lhe plenos poderes<br />

para negociar, concluir e assignar com o plenipotenciario<br />

do Rei de Westphalia à. convenção<br />

necesaria para regular a cessão dos<br />

dominios que estavam á disposição do Imper<br />

rádor nas antigas provincias Westphalianas e<br />

no Hanover.<br />

Em fráncez.<br />

v • àriginal, ltòm. as assignaturas autographas de Napoleão,<br />

do Ministro-Secretario de Estado Duque de Bassano e do<br />

Ministro das Relações Exteriores Champagny Duque de Cadore.<br />

Em pergaminho. 1 fl.<br />

{ Napoleão I nasceu em Ajaccio a 15 de Agostó de 1769<br />

e morreu na ilha de Santa Helena a 5 de Maio de 1821.<br />

Offerecida pelo Dr. Ataliba de Gomensoro.<br />

n.° 43. — Alvará de 21 de Novembro de 1815,<br />

pelo qual o Príncipe Regente D. João admitte<br />

á profissão da Ordem de Christo a Frei Jòsé


5M<br />

Cufetódió dè Càfiiáfgó ê rnàrida lançar o hábito<br />

dâ rfteSmá Ordem. • '<br />

..;-.! Qrigmaii/ siç>m a; assignatuija láutogíaphavj do Príncipe, .1<br />

depois D. Joãó 1 Vi' • 2 íf.<br />

¡Nâ .ségutid,a fJ> açha-se. p original; dp attestado, de D. Matheus<br />

, de, Abreu Pereira* Bispo de .0. Paulo, declarando que |<br />

lartçou habito, e -reç.êbeü /a . profissão ..da,, .Ordem, de.Ghjristo<br />

a Fr. José® Gustodi©r-de 'Camargo, a 23 de Fevereiro de 1819. I<br />

NO' : y.' dâ ''ií a fl. vééfn. J se entre óütTas 4s àâáigíiàturas<br />

âütdgí&phás - dê '• Mônsènhof : Miranda, Mofisênhor Almêidá,<br />

joã<br />

Sousa Lobato J e Antonio do - ^ánto- QüêVédò CâátrO -Máscàrenhas.<br />

N>° 44. Carta rdé .António Carlos Ribeiro<br />

Andrada .Machado e Silva, datada de Olinda<br />

a ,24 de Julho dé i 81 6re> dirigida a iseu irmão<br />

; : José: Bonifacio de Andrada e Silva* em Lisboa.<br />

,, Aytogtfapha. . ff...,<br />

" ' Ápfêè.énta,"'Lüiz" írâncrêco'GávàTcâiiti dê Albuquerque e<br />

j)êdê' sqüe ! ó ;i rêcdifitfíètídê^ tóW' lêÀtès dâ Universidade (de<br />

Coimbra) > para onde iâ.<br />

.' O autor, irmão de Jqs^ • Bonifácio<br />

nasceu em Santos, prov. de S. Paulo, a 1 de Novembro,de<br />

1773 è morreu no Rio de Janeiro á 5 de. Dezembro de-1845.<br />

Prestou, importantes^erviços á causa da Independençia de<br />

Brazil (e. symbolisa a eíoquencia pàrlamentâr bra-zileirã.. ;<br />

' Provéiu Üo êèpblitjrdè Jbàé' Bonifácio; :<br />

45.11- Carta de Martim Fran-çísçò fólaeiro<br />

de Andrada, datada a 1í de Agosto "e diri-<br />

, gida a seu irmão-josé-JBonifacio de Andrada<br />

e Silva, então na Europa. -<br />

| ¡.; , /Sem» declaração, ,de lugar nem anno. papel<br />

íraz em- lettras d água a data de 1816. 1 fl.<br />

Tráta^cÉ dlveirètís 'assiiftiptOS;' •


535<br />

í) O autoír: nasceu jem Santos, Gsegundo .Inndceiicio da Silva<br />

em 1776.; segundo ;o jDr. Tejxeirade Mello em 1775 .e segundo<br />

"Azevedo, Marques' em 17.74; e morreu na. mesnfâ . cidade a 23<br />

.de 1844. 'Cõfh. feus>' doiâ" 'íióíavteiV' irmãós José<br />

àoèiíâèiò e Antonio ' Garlos- : : coriCót"réii pôderosartiêfif ê para a'<br />

Jixdépjàidenciai.; èa ¿Brazil;, n:<br />

N.° 46. Atteâtado do Capitão-mór das Ordenanças<br />

da . villa e. termo do Recife Antonio<br />

' de Moraes " Silva, datado do Quartel dá Boa<br />

Vista a 28 de Junfór dé ^1817 e passado em<br />

H, favor. do: Coronel Manuel^ Corrêa de Araujo,<br />

-. -em relação ,aos;.aGont^cimentos de Pernambuco<br />

)V()de 4ò4 e . Ma-rço do mesmo ,annpr<br />

''Qóbí: == Áttesto e júrb aos'. 'S. Evaiig. os e o ,farei, qd°.<br />

. cumpra, -;-em. Juizo,-' ¥ér'' ; pnl51Í€:o,/ r é notórioV'^ 1 ó' Cor.® 1<br />

; Manuel Correa d'Ar.no .infausto dia 6 de Março<br />

'f do'T corr.- e andon toda. a tarde organizando o seu<br />

i -;. ¡Regimento dos' Nobres, effidefêsadá causa d'Elrei<br />

.Nosso ' S.° r , ! o^iq. 1 ' 1 não pôde, pôr em-pê dê atacar os<br />

inimigos rebeldesj por se acharem nacáijla dó car-<br />

1 tuchame, § se árrôbou, e estava .17 de Julho de<br />

;I.8i7;>i;: fl.: I .. .<br />

, Este documento parece pertencerá ;a[ algum dos volumes<br />

4a;.I3gvassa; da revolução ^ de Pernambuco de «.817, é rio alto<br />

-vêtse ;á numeração de folhas — 174.. • 0<br />

Antônio de j Môrags Silva, autor idoi e&cellentè £>icèionâriò<br />

¡¡¡p Hijigiia polrtugueza, que ,j á . feojita 7 edições:, nasceu noRio<br />

il Janeiro em 1755 e; morreu; em Pernambuco a 11 de Abril<br />

âe (18.24: Além i dó-íPidcionafio/. Moraes escreveu um Epitome<br />

dd. G:ranmàtic


536<br />

n.° 47. Carta regia escripia no Palacio da<br />

Real Quinta da Boa Vista a 14 de Novembro<br />

jji de 1817 e dirigida a Carlos Frederico, Lecór,<br />

general em chefe das tropas destinadas á<br />

pácificação da margem esquerda, do Rio da<br />

Prata.<br />

!'' • Original, com. a assignatura autographa do Rei D. João VI.<br />

2 ff.<br />

Offerecida pelo "Capitão Luiz Pedro Lecór.<br />

n.° 48. — Carta de 14 de Abril dè 181^ pela<br />

qual Elrei D. João VI faz mercê ao Barão<br />

da Laguna, Carlos Frederico Lecór, Gòvér-<br />

, nador' e Capitão General de Montevideo, do<br />

titulo do seu Conselho.<br />

• ( Original,, cpm a, assignatura autographa do Rei. É referendadapor<br />

Thomazu Antonio de Villanova-: Portugal. Em<br />

pergaminho'.,;2 ff. Traz pendente, o- sello da Chancellaría.<br />

- . Na ,2 A fl.,;:açhamrs,e entr^ qoutras, as assigriaturas autographas<br />

do Visconde de Magé e de. Monsenhor Miranda.<br />

.¡ .' Pfferecida á Bibliotheca pelo Capitão Luiz Pedro Lecór.<br />

n.° 49. — Carta de Diogo Antonio Feijó diri-<br />

:! gida ao Padre Antonio José Moreira.<br />

1 Autographa. 'Sem datai 2 ff.<br />

Sobre assumpto- relativo ao Congresso das Cortes Geraes<br />

e Constituintes; de Lisboa.<br />

' O Padre • Diogo 1 Antonio Feijó, um dós homens mais proeminentes<br />

da sociedade brazileira e ardente advogado da abolição<br />

do celibato clerical, nasceu em S: Paulo em Agosto de<br />

17S4' e morreu na mesma cidade a 9 de Novembro de 1843.<br />

Foi Deputado pelasua província ás Cortes Constituintes de<br />

Lisboa) Deputado á Assembléá ; Geral Legislativa, Ministro da<br />

Justiça, Senador do Império e Regente por eleição popular<br />

na menoridade de Suá Magestade o Imperador, desde 1835<br />

até 1837, e Bispo eleito de Marianna.


537<br />

n.° 50. —Carta de Guilherme, Barão d'Eschwege;<br />

datada de Hessen-Cassel ao i.° , de Junho<br />

i • de 1822 é dirigida a José Bonifacio de Andrada<br />

e Silva.<br />

Em pòrtuguez.,<br />

Autographa. 2 ff.<br />

Refere-se ás suas viagens pela Europa e Brazil e dá muitas<br />

particularidades interessantes da sua vida.<br />

Il EsChwegê, viajanté e naturalista allemão a quem devemos<br />

algumas -obras interessantes,:' principalmente sobré ! sciencias<br />

naturaes do Brazil, por onde viajou, nasceu perto da cidade<br />

de Eschwege, em Hesse, Allemanha, pelos annos de 1778, e<br />

morreu em Wolsfsanger a x de Fevereiro de 1855.<br />

Proveiu-nos do, espolio de José Bonifacio.<br />

n.° 51.-—Carta de 16 de Janeiro de 1823, .péla<br />

qual Sua Magestade o Imperador D. Pedro I<br />

fâz mércê ao Barão da Laguna, Carlos Frederico<br />

Lecór, das honras de grandeza.<br />

Original, com a assignatura autographa do Imperador, e<br />

'referendada por José Bonifacio de . Andrada e Silva. Traz<br />

pendente o sello da Chancellaria do Império. Em pergaminho.<br />

2 íf.<br />

Na 2. a -fl. vêm-se entre outras as assignaturas autograplias<br />

de • João Maria da Gama e 'Fréitas Berquó, dépois Marquez de<br />

Cäntagallo, Epifânio José Pedroza, è Monsenhor : Miranda.<br />

D. Pedro, fundador do Império e i.° Impérador do Brazil<br />

e 4. 0 do nome dos Reis de Portugal, nasceu em Lisboa a 12<br />

de Outubro de 1798 e morreu na mesma cidade a 24 de Setembro<br />

de 1834.<br />

' O documento foi .offerecido pelo papitão Luiz Pedro Lecór.<br />

n.° 52. — Carta de 11 de Abril de 1829, pela<br />

qüal Sua Magestade o Imperador D. Pedro I<br />

: faz mercê ao Barão da. Laguna de o elevar<br />

a Visconde do mesmo titulo em sua vida.<br />

; Original, com a assignatura autographa do Imperador e


538<br />

referendada pprv José ¡Clemente Pereira., Traz: pêftdeiite o áello<br />

da Chancellaria do Imperio- Eai pergàminhõ, 2 ff.<br />

Na -2.® fl^acham-se entre outras ;as-.assignatyj$s ^utpgraphas<br />

3ê-' Antaáid' ^è.^tíé^^klko^Cfei^fis^ ' Albino "dos .Santos Pereira<br />

e Bérnardõ Joaquim Costa Ribeira. ;<br />

Offerecida á secção -pelo Capitão Luiz Pedro Leçór,<br />

n.° 53 — Car ta do Cónego Januário da Cunha<br />

Barbosa, datada (do Rio de Janeiro) a 16 áe<br />

,junho, de 18.31 e dirigida ao Conego Felisberto<br />

Antonio Pereira Delgado. ;<br />

AutogràphUi 1 ft. Não tràz J ò home dapesèoââ queirté<br />

dirigida.<br />

Declara que, como a Typographia <strong>Nacional</strong> está em mudança,<br />

para um. dos repartimentos do edifício do Thesouro<br />

Nacionais : da Bibliothéca-"Nácional,<br />

depois da Independência. Vide o n.° 30/^<br />

n.° 54. — 1 Carta de Fr; Antonio de Arràbidâ,<br />

Bispo de, ,Anernur.ia, Bibliothecariof daJ BIBLIO:<br />

theca Nacionai, datada do Rio de Janeiro a<br />

19 de Agostô de >1831 - e dirigida ao seu âju^<br />

: dànte Conego Felisberto - Antonio- Péf eira<br />

Delgado.<br />

Autographa. 1 fl. . ' ' t . -<br />

- / Réstkue a Portariade sua dèhiissãò 1 dê biblíothécàrio e<br />

envia, òs rascunhos do offtcio_£-xarta que dirigiu ao Governo<br />

pedindo demissão do cargo, para serem registrados^ no livro<br />

^On^pet^ntê.j jb íild/i - • ' --••• ,».'•;.'•< './•«•<br />

*iFjL Antonio, • de , Arrabi^a ..nasceu , "em L^sbpa a. 9. de. Setembro'<br />

í a^fe^iíi^i^.pa^^o Brazil, P<br />

úiotrêu no Rio de Janeiroá ; f^-'ifAbíril de/ 1S30: Foi'o<br />

BibliôthéCaÉib • dá' \ BibliOfehècá/ -<strong>Nacional</strong>/- dêpó&da- Independencia.


ssâ<br />

55. — Cärt'4 S.^yari'stS; t'V.rk'ira da Vèiplf '<br />

i i;«: clirígidíu aí«eu ¿rimo Justtno José Tavace^<br />

fíit:1o alumno cío Cürso juridicd «U" S. I'amo.<br />

H .^^MMXif. H<br />

»gfeSf: partido moderador só faltam chefes para dmgü-o,<br />

^lie o^Riö: de. Janeiro ;tem estado tranquillo,. mas qnè' se falla<br />

em. rusgai para brève ;e' qúé 'os, escravos estão atrevidos, porei|i'<br />

ipipfcêm trjm ^ aff armaS' tia inao : , . K¡]<br />

'Corpo<br />

/ ;Eyaristo .Ferretra!na.w.01 no H:3¡iíe:-(l¿tuta¡0 aäft HB 1:837.<br />

Jloiu jornalista.,mui to • notável. tomando parte activa : em : todos<br />

.teu .tempo* j:*i ; redMí^r<br />

ríaI . hiivra -Fulmínense,- já..como deputado, e .homem. de parfjilp:<br />

o l^íoi psiq, Sfir.<br />

^EJ^W^^SjHJ® 11<br />

N.° 56. — Carta de Fr. ;F»n«îse» dfli'Monts-Mv<br />

,a ; 0ygme, datada, (.do Rio de,, J^ngirp) a .20 dfps<br />

pj^Ttemfeto.. de 6 dirigida ao Sfiki Nieplau<br />

• Aütonic» Nogimira da < ¡ama, 'actual ; Bai'äö Junhojde 183«),«.«<br />

datada f^^^^S" deíj^gs^ttpjdâ a Sua Ma-<br />

I ' o Impi .I í ' . ' : V . J .<br />

. \ ¡Sitéi dirigidSí^eWj Sfir. Barão


540<br />

de Nogueira da Gama ao director da Bibliotheca <strong>Nacional</strong> •<br />

« 111. m0 e Ex. mo S. r D. r João de Saldanha da Gama.—<br />

Tenho a honra, díe reméttér á V. Ex. a as inclusás cartas<br />

quatro ortographas e uma por cópia, de Fr. Francisco do<br />

Monte-Alverne, as quaes destino á; .Bibliotheca <strong>Nacional</strong> da<br />

Corte, se V. Ex. a entender que têm ellas logar no Archivo<br />

d'essa Repartição a seu cargo.<br />

« De parte as expressões de benevolencia, com que nas<br />

de 1831 a 1833 honrou-me tão immérecidamente aquelle meu<br />

venerando mestre -e amigo, parecem-me todas ellas interessantes<br />

pelo séU mérito litterário, principalmente a em que elle<br />

alludé á discussão politica que, sustentou pela imprensa com<br />

ó sabio Visbonde de Cairu.<br />

« Cégo, havia 18 annos, e mais de 20 depois d'essas<br />

cartas, quando, convidado • p. r Sua Magestade o Imperador<br />

para prégar em 1854 o sermão de S. Pedro de Alcantara,<br />

achou-se em grandes diffieuldadès para satisfazer o desejo do<br />

Mesmo Augusto Senhor, conforme refere na mencionada carta<br />

p.* ! cópia,' cuja entrega^ (jue se não realisou p. r pedido méu,<br />

elle rae havia confiado.<br />

« Sua boa vontade, porém, para corresponder á confiança<br />

de Sua Magestade, tudó venceu ; e o Sermão foi-lhe ouvido<br />

na Capella Imperial, por occàsião da respectiva festa a 19 de<br />

Outubro d'aquelle annó. '<br />

V Sòu com muita consideração — De V. Ex. a ¡|l|am. 0 att.°<br />

e cr.° —- O Cons." Barão de Nogueira da Gama.—Rio de<br />

Janeiro 12 de Junno de 1885. »<br />

Fr. Francisco do Monté-Alverne, uma das glorias do pulpito<br />

brazileiro, nasceu no Rio de Janeiro em Agosto de 1784<br />

e morreu em'. S. Domingos de Nyterõi- a 2 dé Dezembro<br />

de 1858. Era da Ordem de S. Francisco e as suas eloquentes<br />

obras oratorias correm impressas. « Mon te-Alverne foi por<br />

muitos annos para os Brasileiros o primeiro homem de seu<br />

paiz, diz o Sfir. Dr. Ramiz Galvão ño Seu Pulpito 110 B^azil;<br />

o povo em massa corria ançioso, para ouvi-lo nos pulpitos,<br />

como a um enviado do Céu; no auditorio que o ia admirar<br />

encontravam-se sempre as mais altas illustrações brasileiras; e<br />

a. mocidade, a mocidade ardente de saber e de glorias, a mo-,<br />

cidade admiradora enthusiasta quasi fanatica, de seu talento,<br />

essa entoava-lh'e os mais lisongeiros hymnos de apotheôse,<br />

applaudia-o até com phrenesi, e venerava-o como a um<br />

apostolo. »


541<br />

n.° 5 1 ?. 7- Carta do" Conego Francisco Vieira<br />

Goulart, datada do Rio de Janeiro a 2 de Outubro<br />

de 1833 e dirigida ao Conego Felisberto<br />

Antonio Pereira Delgado.<br />

Autographà. 2 ff.<br />

• • Remette 29I440, valor do jornal de 92 dias a 320 rs.<br />

do'escravo que serviu á Casa (Bibliótheca <strong>Nacional</strong>) no : trimestre<br />

findo e pede recibo da importancia que se despendeu,<br />

desde 'o principio de juíhoatéió déf Agosto, em que entrou<br />

na administração dá referida Casa.<br />

Fratíeisífô Ferreira Goulart, 2. 0 Bibliothecario da <strong>Biblioteca</strong><br />

<strong>Nacional</strong>, depois dá Independencia, parece que era<br />

formado em sciençias naturaes e também parece que natural<br />

da ».Ilha do Fayal, Açores. Foi nomeado ajudante da Bibliótheca<br />

por decreto,, de. 12 de Agosto.de 1833 e.promovido<br />

a bibliothecario por decreto de 11 de Janeiro de 1837.<br />

Falleceu em Nyterõi a 21 de Agosto de 1839. Era conego<br />

da Capella Imperial.<br />

N.° 58. — Carta do Dr. Pedro Guilherme Lund,<br />

datada '¡da Lagoa Santa (prov. 4e. Minas<br />

Geraes) a 8 de Outubro ¡de 1844 e dirigida<br />

a L. A. Prytz, consul geral da Dinamarca no<br />

Rio de Janeiro.<br />

Ëm dinamarquez.-<br />

AÜtdgrãpha. 2 ff.<br />

Offerece ao' consul, por intermedio de Pedro Nielsen, um<br />

cavallo de Minas Geraes, de excellente raça, e pede que ó.<br />

aepeite corno pequena prova de amizade e reconhecimento.<br />

I,,. 0 Dr. ; Lund, notável geologo, .paleontólogo ,e 1 botânico,<br />

a quém devemos muitos trabalhos importantes, nasceu em Copenhague<br />

a 14 de Junho de 1801, viv,eu largos annos no Brazil<br />

e. morreu na Lagoa Santa a 25 de Maio de 1880.<br />

A carta exposta e mais duas datadas de Oüro-/ Preto a<br />

9. de Dezembro- de 1834 e de Sabará a 2 de Março de 1835 e<br />

dirigidas ao consul dinamarquez D. Hermann, foram offere-,<br />

cidas á Bibliotheca pelo Síír. Emilio Nielsen.


542<br />

n,° 59. Çarta 4e Anton«?.. Gonçalves r :Pia


543<br />

§¡p 61 — Carta de Fr. Camillo de Montserrátê,<br />

''"'dirigida' à J. P. da Rocha Vianna, exproprie- ;<br />

tario da câsã do,fLargo .da Lapa, em que se<br />

'acHa .actualmente a Bibliotheça<br />

; ¡íBílPc rascunho. iSgpv- data ! nein ©1 nome da pessoa a quem<br />

é, dirigida, i .fl- o<br />

Pede que lhe dedlare o dia em que pretende éntregar äs r '<br />

chaves da casa do Largo da Lapa -ao Governo e permissão<br />

pára 'passar- para ella - as duas estatuas de Pedro I e de<br />

D. Pedro II.<br />

: ' -'Nb', v. ^áéílfsê;outro" rascunho' de carta, ' ig^alm^nté sç m,<br />

däta riêm nqttië dp' destinatarip, rèlatiyá á n^dançã das dv$S<br />

referidas êstótüjte." '<br />

¡Frr .Çafpillo de Mp.ntserra.te fei o |:oí Sihíiothecarío da<br />

Bibliotheça • Naciqnal, e da.; sua vida, escripta pelo Sñr, Dr.<br />

Barniz. Çralvão, r extrahem-se os. seguintes , interessantes dados :.<br />

>• :i


544<br />

tpria .e Geographia antigas do. I. Çol^égio Pedro II, honrosa<br />

incumbência que lhe confiou; o Governo por decreto de 28 de<br />

Setembro ide i 850.'<br />

« Ahi começou a revelar-se publiçaâíente*á sua admiravel<br />

illustração, e quanto lhe era 1 familiar o conhecimento da<br />

arçheologia, da epigraphia 'e das litteraturas antigas em geral.<br />

« Por decreto: de 23 de Abril de 185,3 f°i nomeado Bibliothecario<br />

da Bibliotheca Publica, occüpando o posto vago por<br />

morte do tDr.,i José de,. Assis. > Néste estabelecimento prestou<br />

distinctos serviços, , promovendo. a mudança da. Bibliotheca<br />

para jbj novo, edifício, em que |i|a ainda.fi.oje .se acha, completando<br />

e melhorando os seus catalogoS, e fazendo preciosas<br />

acquisições de livros e. manuscriptqs, cujo valor mais do que<br />

ninguém elle era capáz dé conhecer. Si não foram maiores Os<br />

früctós de süá administração, foi isso devido aos minguadissimos<br />

recursos dò antigo orçamento, ab .pouco apreço dado<br />

naqueíla epocha pelosf poderes públicos a esta instituição, e finalmente<br />

ao seu estadt) de saude sempre precário e melindrosl^<br />

« Falleceu no dia* 19 de Novembro': de 1879^ Figura seu<br />

busto modelado ení bronze ,,no Salão de leitura da Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong>, que^õ .reputa um "dqsí geus mais sábios e mais dignos :<br />

administradores,; foi mandado fazer e pfiferecidp. este busto<br />

pelo cpmmendador João Bâpiijita Calógeras, seu amigo intimo<br />

e fidélissimo companheiro, dé;lides litterariago'-<br />

« Fr. Camillode .Monserrat; coin{Í0z ;, a interpretação dé<br />

um celebre enigma grego és^iptàvi®ji3rj' -latim e impressa na<br />

Minerva • Brasiliense de 15 de Novembro de^.1844; vários<br />

artigos para folhas periódicas sobre Assumptos litterarios;.<br />

numerosas inscripções existentes no paiz; a decifração de<br />

bulias escriptás em caracteres lombardos è pertencentes âo<br />

ArChivp Publico "Sa Côrte; e varias memorias todas inéditas<br />

e infelizmente incompletas sobre diversos assumptos de interesse<br />

pátrio,- Como: colonização, abolição da escravatura e<br />

trabalho livre, exploração ,d° rio Amazonas, cunhagem de<br />

moeda, fabrico dé papel-moeda impossível de falsificar, &.<br />

« Deixou mais um acervo enorpie de notas mais ou menos<br />

sistematizadas sobre epigraphia grega é latina, arçheologia do<br />

Oriente, e particularmente sobre as. antiguidades da America<br />

Central e do México, que foram nos últimos témpos o principal»<br />

objecto de seu éstudo.<br />

«Foi um sábio na mais ampla accepção da palavra, e ao:,<br />

mesmo tempo um 'coração da mais fina tempera.,»


545<br />

n.° 62. — Carta de Carlos Frederico Hartt, datada<br />

de S. Fidelis (prov. do Rio de Janeiro) a 5<br />

de Julho de 1865 e dirigida ao Snr. Joäo<br />

Caldas Vianna Junior, actual Visconde de Pirapitinga.<br />

Autographa. 4 ff.<br />

. Versa sobre direcçôes de instrumentes meteorologicos e<br />

sobre diversös objectés relatives â sua expediçâo ao Brazil.<br />

- 0 . professor Hartt, sabio geologo norte-americano, - queprestou<br />

distinctos serviçôs ä seiencia e ao Brazil, nasceu na<br />

cidade de .Frederictown em Nova-Brunswich, no Canadà, em<br />

1840,' e morreu no Rio de Janeiro a 18 de.Março de 1878.<br />

.Veio ao Brasil pela primeira vez em 1865, fazendo parte da<br />

expediçâo de Agassis e dépois aqui voltou, encarregado de<br />

outras commissôes geologicas e finalmente foi nomeado Chefe<br />

dai-i^ommissâo Geologica do Brazil, fallecendo antes de terminar<br />

os seus interesSantissimos trabalhos. Dedicou-se com<br />

muito enthusiasmo ao estudo da linguistica e do Folklore do<br />

Amazonas e quasi todos os seus escriptos sobre estes assumptos<br />

conservam-se na ; Bibliothecâ'' Naeional, offerecidos pela respeitavel<br />

viuva do notavel naturalista.<br />

n. 0 63. Carta dé Francisco Adolpho de Varnhagen,<br />

Visconde de Porto Seguro, então Barão<br />

do mesmo titulo datada de Vienna d'Austria<br />

a 3 de Fevereiro de 1873 e dirigida ao Snr.<br />

Dr. B. F. Ramiz Galvão.<br />

Auiographa.; 2 ff.<br />

Trata de assumpto relativo a Prosvpopeia de Bento Teixeira,,<br />

lembra a conveniência da reimpressão das Memorias<br />

Ditxrias de Duarte de Albuquerque no original castelhano,<br />

refere-se a creação de uma sala especial na Bibliòtheca só de<br />

obras impressas no Brazil ou acêrea do Brazil e a outros objectos<br />

relativos á bibliographia.<br />

, ,.O .Visconde de. Porto Seguro, a quém se deve a Historia<br />

Çeral do Brazil, que conta duas edições, nasceu, em S. João<br />

dé "Ipanema (Sorocaba) , provtnçia de .S. Paulq, a 17 de Fevereiro<br />

de 1816 e morreu em Vienna d'Austria a 29 de Junho<br />

-


546<br />

Brazil naquella côrte. Historiador, geogräpho e investigador<br />

infatigavel, publicoü; além da Historia Geral, numerosas obras<br />

éõm qüe prestou' os mais relevantes serviços ás lettras braziléíras.<br />

Ainda ao Visconde de'Porto Seguro devemos muitas<br />

edições de Obras importantes, e reproducções de\ineditos valiosos<br />

relativos ao Brazil, entré ellas o Roteiro de Gabriel<br />

Soares de Souza, e a Narrativa epistolar do P. 'Fernão Cardim,<br />

manuscriptos que se'. conservaram inéditos , por largos anriós.<br />

n.° 64. — Carta do Conselheiro José Martiniano<br />

de Alencar, dirigida ao Dr. B. F. Ramiz<br />

Galvão.<br />

Autographa. Não traz data, nem o nòme da pessoa a quem<br />

é dirigida, i fl.<br />

Remette as Gedrgicas de Virgilio, e pede o Palmeirim.<br />

José de Alencar nasceu no Ceará á i dê Maio de .iß 20<br />

e failéçeu no Rio de Janeiro a 12 de Dezembro de 1877. Ê<br />

o ptimeiro romancista brazileiro e um dps nossos mais aprimorados<br />

prosadores. Dotado de talento admiravel, foi abalisadö<br />

publicista e jornalista infatigavel e sèu noitíe "está intimamente'<br />

ligado á historia littéraria do Brazil.<br />

65jk- Carta do Visconde do Rio Branco, datada<br />

do Rio de Janeiro a 27 de Novembro<br />

de 1877 e dirigida ao Dr. B. F. Ramiz<br />

Galvão. ^<br />

Autographa. Sem o nome da pessoa a quem é dirigida. 1 fl.<br />

Agradece á remessa dos Annaes da Bibliotheca <strong>Nacional</strong>.<br />

Ö âütor, üm r dos vultos mais proeminentes da nossa historia<br />

politica no presente reinado, e -a quem se deve' a áurea<br />

Léi de 28 de Setembro, de * 1871, da libertação do ventre da<br />

mulher êscrâva, naâcéu na Bahia a 16 de Março de .1819 e<br />

morreu no Rio de Janeiro a 1 de Novembro de 18-80, Cerçádo,<br />

da admiração dos contemporâneos.


547<br />

N.° 66. — Autographo de Sua Magestáde o Im^<br />

perador o Senhor D. Pedro II, relativo á<br />

cómmemoração do tri-céntenario de Camões<br />

rio Rio de Janeiro,<br />

' Dirigido, posto que o não declare, á redacção da Revista<br />

Brazileira, e por esta publicado iio tomo iv (1880), precedendo<br />

a Homenagem d Luiz de Camões. Sem data,. mas foi escriptò<br />

em Junho de 1880. 1 fl.<br />

: Sua Magestáde Oi Imperador o Senhor D. Pedro II nasceu<br />

no Rio de Janeiro a 2 de Dezembro * de 1825; subiu ao<br />

throno a 7 de Abril de 1831, por abdicação de seu pae.<br />

D. Pedro I^ 1 Vp fundador dó Império, e reina desde então,<br />

sendo sob regencia até 23 de Julho de 1840, em que foi<br />

declarado maior. Foi sagrado e coroado Imperador a 18 de<br />

Julho de 1841.<br />

Offerecido á, Bibliotheca pela redacção da Revista Brazíleirã.<br />

N.° 67. fl Carta de Ferdinand Denis, datada de<br />

Paris a 16 de Maio de 1832 e , dirigida ao<br />

Snr. Dr. B. F. Ramiz Galvão. .<br />

Em francez.<br />

Auiographa. 1 fl. Não traz expresso o' nome da pessoa a<br />

quem é dirigida.<br />

Accusa com enthusiasmo o recebiménto do Catalogo da<br />

.Exposição de Historia ' do Brazil.<br />

O autor, Snr.. - Jéan. Ferdinand Denis, director da <strong>Biblioteca</strong><br />

de Santa' Genoveva, de Paris, litterato distinçto, a quem :<br />

não pouco devem as léttras no Brazil, nasceu em Paris a 13<br />

;Pê"Agosto. dé 1798. Tem publicado muitas 11 obras, fructo, pela<br />

maio? parte, das suas excursões pela America no primeiro<br />

quaftel do. século.


548<br />

N.° 68. — Discurso do Snr. Dr. Benjamin Franklin<br />

Ramiz Galvão, proferido perante os empregados<br />

da Bibliotheca <strong>Nacional</strong> do Rio de Janeiro<br />

a 24 de Julho de 1882, ao deixar o cargo de<br />

Bibliothecario.<br />

Aütographo. Sem titulo. 3 ff. num, in-fol.<br />

Foi publicado no Jornal do Comviercio de 25 de Julho<br />

• de. 1882.<br />

0 Sfir. Dr. Ramiz Galvão,


INDICE


INDICE DOS AUTORES<br />

' (por números)<br />

Abreu Pereira (D. Matheus ¿Le),<br />

43 - • •<br />

Aff.on§o (Gaspar), 11<br />

Alencar (José Martiniano de),<br />

64. |<br />

ALMEIDA (Monsenhor), 43.<br />

ALMEIDA NOGUEIRA ( Baptista<br />

'/f-Caetario de), 14.<br />

ANCHIETA (José de), 7, ff- 29 v,<br />

82 ' 79, 85. 125, 129 v.? 139 v.,<br />

. }67 v., 190 y-, Î99.<br />

Andrada (Martim Francisco Bi-<br />

" freiro âe), 45,<br />

Andrada é Silva (José Bonifácio.<br />

, ^e), 51.<br />

AndradaMachado e Silva (Antónip<br />

Carlós Ribeiro .de), 44,<br />

Andrade (Joaquim Navarro 4e),<br />

HpEl<br />

Araguaia (Visponde 4è)., 31.<br />

ArRÃbida (Fr. Antonio de), 54.<br />

Arruda, da Camara (M^puel),<br />

•gög;<br />

Attóííquia .(ißpn4 e de), 10.<br />

Babtista Caetano. V Almeida<br />

Barbosa Maçecá3?o (Piogo), 20-<br />

Bassãno (duque dp) v 42.<br />

Berquó (João Maria da Gama e<br />

* Freitas). Y. Cantagallo (Marquez<br />

de). .<br />

B lasques (Antoniojf 7, ff. 34. 43,'<br />

i "'58, 62, 10.5, 144 v., 1.45 v., 153/<br />

-<br />

Bom Retiro (Visconde dç.) ML<br />

Braz (Affonfco), 7, tf. 11.<br />

• Cadore (Champágny, puque de),<br />

Caminha (Pero Vaz de), 5.<br />

: CántagallO (Marquez dè), 51.<br />

Canto Quevedo Çastro Masca-<br />

' ren-has (Antonio do), 43. -<br />

Carvalho Chaves (Antonio Josë<br />

- de), 52. ; '<br />

Castel-Melhor (Cpnde ¡¡Je), 10-<br />

Caxa (Quiriciö)j 7, ff. 188 y.<br />

Ciera (Miguefck^lf, J.8.<br />

Corrêa (Pedro), ' 7, ff. 18 (2)y<br />

194 V.<br />

Costa .(Pedro da), 7, ff 149 v.<br />

Costa Basto (João Pedro da), 5.<br />

Costa Ribeira (Bernardo J,oaqujin),<br />

52,;<br />

Couto Ferraz (Xiujiz Pedreira<br />

do). V. Bom Retiro (Visçonde<br />

de). ^<br />

Cunha (Cardeal 4&),<br />

Cunha Barbosa (Januário 4 a ) ><br />

30, 5.3.<br />

Dents (J. Ferdinand), 67.<br />

Drumm.qnd (Antonio de Menezes<br />

. yasp.oneellqs 4s)> 22-<br />

Esch WEGE (Guilherme, Barão 4e),<br />

'5.0, -<br />

Feijó (Piogo Antonio), 49. '<br />

Fernand®« (Balthazar), 7, ff. 211,<br />

218 v.<br />

Flo^p/. (Manuel Antonio), 17.<br />

Freire Ali.emão (Francisco), 84.<br />

Gonçalves {an.tonio)i '7i ff- 162-<br />

Gonçalves (Franci?çio),'7, ff. 208 v.<br />

Gonça'lvus Pias .(Antoniç), 59.<br />

tSouLART (Francisco Vieira), 57.<br />

Grã (Lui» de), 7, ff 115.<br />

Gusmão (Alexandre de)) 40.<br />

Hartt (Carlos Frederico), 62.<br />

Jacome (Diogo), 7, ff. 196 v.<br />

João VI (D;), 41, 43, 47, 48.<br />

Lacerda (Antonio 'Corrêa 4 e )><br />

- ' 33.<br />

Lacerda (Augustin de), ß, ff. 2lo.<br />

Laet (João de),. 36.<br />

Leonardo ¡ffeadre), 7. ff. 111 v.,<br />

116, 132, 165.'.


552<br />

Ltriz XIV, 37.<br />

LUND (Pedro Guilherme), 58. •<br />

MAGALHÃES (Domingos José Gonçalves<br />

de), V. ARAGUAYA (Vis-- conde de).<br />

MAGALHÃES COUTINHO (Joaquim<br />

- José de), 43.<br />

MAGÉ (Visconde de), 48.<br />

MAINTENON (Marqueza de), 39.<br />

MELLO (João de), 7, íf. 98 v.<br />

MENDES (Antoniò), 7, ff. 217 v.<br />

MENDES (Manuel Odorico) 32.<br />

MENEZES (Francisco Barreto de),<br />

10.<br />

MIRALES (D. José de), 19.<br />

MIRANDA MALHEIRO (Mons. Pedro<br />

Machado de), 43, 48, 51.<br />

MONTE ALYERNE (Fr. Francisco<br />

do),' 56. -<br />

MONTSERRATE (Fr. Camillo de),'<br />

61.<br />

MONTOYA (Antonio Ruiz de), 9',<br />

14.<br />

MORAES SILVA (Antonio de), 46.<br />

NAPOLEÃO I, 42.<br />

NASSAU (João Mauricio, 1 POPE (Alexandre), 29.<br />

PORTO ALEGRE (Manuel de Ar.<br />

Conde<br />

. dé), 35.<br />

NAVARRO (João de" Aspilcueta),<br />

v 7. ff. .16.<br />

Nóbrega (Manuel da), 7, ff. 1,<br />

2, 3, 5 v., 10, 19 v., 5Í v., 67,<br />

70.<br />

NOGUEIRA DA GAMA (Barão de),<br />

•J'56.<br />

NORONHA (D. Antonio Soares de),<br />

41.<br />

NOYA ES CAMPOS (Francisco Antonio<br />

de), 26.<br />

NUNES (Leonardo), 7, ff. 13 v.,<br />

N, 16 V.<br />

ÓBIDOS (Conde de), 10.<br />

PACHECO (Alonso), 17. . i<br />

PEDRO I (D.), 51, 52.<br />

PEDRO II (D.), 60,- 66.<br />

PEDROSA (Epifânio José), 51.<br />

PEREIRA (José piem ente), 52.<br />

PEREIRA (Ruy), 7, ff. 90 v.,. 103.<br />

PINA (Sebastião de), 7, ff. 138.<br />

PIRES (Antonio), 7, ff. 7, 26, 48 v.,<br />

100 v.<br />

PIRES (Francisco), 7, ff. 12, 65 v.,<br />

• 66, 195 v.<br />

0 ),'<br />

V. SANTO ANGELO (Barão de).<br />

PORTÓ SEGURO (Visconde de), 63.<br />

PYTHON (João Bento), 17.<br />

QUEIROZ (Fernão de), 11.<br />

QUIRICIO (Padre). V. CAXA (Qui-<br />

. ricio).<br />

RAMIZ GALVÃO (Benjamin Franklinj,<br />

,68.<br />

REINOSO (Alonso Nunes de), 8vv<<br />

RIO BRANCO (Visconde do), 65.<br />

RODRIGUES (Antonio^ 7, ff. 65 v.<br />

RODRIGUES (Jórge), 7, ff. 160 v.<br />

RODRIGUES (Luiz), 7, ff. 131.<br />

ROÈRIGUES (Vicente), 7, ft. 21 v.,<br />

24 v.<br />

RODRIGUES FERREIRA (Alexandre),<br />

21, 22.<br />

ROELAS y PAZ (D. Marcos de<br />

las)*, '13.'<br />

SÁ (Antonio, de), 7, ff. 62, 137.<br />

SÁ (Simão Pereira de), 15:<br />

SX E FARIA (Jose Custodio dei<br />

17.<br />

SANTO ANGELO (Barão de), 5, 30,<br />

31, 32. " -<br />

SANTOS PEREIRA (Albino dos)Y 52.<br />

S. LOURENÇO (Barão de), 29.<br />

S. LOURENÇO (Çònde de), 41.<br />

SILVA PARANHOS (José Maria da),<br />

V. RIO BRANCO (Vise. do).,<br />

SOLORZANO (D. João de)f 26.<br />

SOUSA LOBATO (Luiz Antonio de<br />

Faria), 43.<br />

TARGINI (Francisco Bento Maria).\<br />

V. S. LOURENÇO (Barão de).<br />

TEIXEIRA (Francisco Affonso), 46.<br />

VARANDA (Athanasio), 17.<br />

VARNHAGEN (Francisco Adolpho<br />

de). V. PORTO SEGURO (Visconde<br />

de). ;<br />

VEIGA (Evaristo Ferreira da), 55.<br />

VELLOSO (Fr. José Marianno da<br />

Conceição), 23, 25.<br />

VIEIRA (Antonio),,38.<br />

VILLANOVA PORTUGAL (Thomaz<br />

Antonio de), 48.-<br />

VILLA POUCA DE AGUIAR (Conde<br />

de), 10. %<br />

VINCENT (Jacq.), 8. •<br />

VIRGILIO MARO (Publio),'32.


SIEOÇîJLO<br />

de<br />

e s t a m p a s


teàs manifestações do bello .q^-; affectam a<br />

(Sais duradouras e


556<br />

sentando o.íetrato àoJMmdB^^SM^^^F ^<br />

Brvtannique, pp 289 a .¿^gpo n 0 '5, le Ma<br />

de Í883) '<br />

Sem pffâyijgr emparelhar com a BièliOífifecáSsa<br />

•<strong>Nacional</strong> de Paris, o Mu^ã Britannic^^ía Bi- •<br />

bliotheca Imperial de/ Vié®^., d'AüStria, aiiiblÍQÍ : 5a<br />

thecà', <strong>Nacional</strong> do Rio Janeiro pode ufanaria!<br />

de possuir uma .collecçfto iconographica digna de<br />

qua^^S|$iblió|Eeta de primeira ordem, «áltít^do;<br />

numerosos olesênhos origin^S pTincipalmente dá 1<br />

*éíCola italiana, para mais de trinta mi^IptampfísS<br />

de ípasi todüá QS mestreS /(âç-^òdas* as escolas,<br />

¿¡entre as quaíeá : muitíssima« obras-' primoièjjtaB<br />

grande- numero de Usstampas raras Jtt alguma^ I<br />

peças únicas. que^sè : não acham alhures'.",<br />

O de.-íejá' de facilitar ao público 4 o exame e<br />

estudo d'estes thesouros e a necessidade, de pÔf»*l<br />

a' bom recato, em molduras, Ip famosas l>íflã£híis''m<br />

de Àíéxandre Magàp,' gravadas ptrr p"erardòjStfdrankJ<br />

e Gerardo Edelinck, è ( -outras estampas.-dt: ma- |<br />

xima grandeza, que dobradas andavàm .gúahià®||H<br />

em pastas, estragando-se por Síste modo incon-WJll<br />

nienteáiBe ãccommodaçâo, foi o principal; itaè^^B<br />

d'esta exposição.<br />

Dito isto, resta-nos accrejfeeritar algüijiás pa- !<br />

lavras sobrè; o modo, par quepfbi ella orgániiadasaj<br />

Ni, -escolha das estampasífâui^Séviamwar» exfiof^j<br />

tas. tivemos em : vista sobretudo apresentar a-V^a<br />

obras primorosas dos mais. nbtayèísi:.,gíayadoresíé;a<br />

as peças raras ou únicas, ainda que nem<br />

óbras de^summo valor artístico; entretantoíalffiU; 1 ®<br />

mas gravuras, nãcf raras, de artistas de>.àaátèifl>MB<br />

merecimeijffií foram { .escolhidas ,pára|Ég-urarem ria jl<br />

, (*) A estampa é geralmente conhecida por esta denominação; entretanto o autor<br />

do Catalogo de Btirgy, 1755, a .designa sob o titulo de Retrato famoso do 'Medico Pedro<br />

Van Tol e mais recentemente Mr^.VqsmaerJ citado por Ch. Blanc (L' (Euvre de Rembraitdi),<br />

affirma que a pessoa retratada é com effeito um Medico, de nome Arnoldo .<br />

Tholinx e na® Pedro Van ' Tol./


557<br />

exposição sómente^jspmo specimens d» iad;a<br />

V Nao podemos"tíeiifar dejfestimar que ao lado<br />

-dás nufherosas obras primásíè-dàs estampas rarás,<br />

c|p máis. celebres mestres (ias' escolas italiana,<br />

alíêmã, hollandezâ; flanieSn : g£|. i|í|lBza e franceza,<br />

de ^íirar grande eopia dè jBlas gravuras'<br />

daS escolas heipanhola, portugu|zaj'< americana B<br />

br-azileira, que mais'perto nas, interessam; .por<br />

igr, ,muita j|íja:ssfep numero dãsstestampas que<br />

tiàsaá escolas, já de lí pouco tjca;| posSue a<br />

'Jfellotleígi NaciiSial.<br />

P.Si logramos o intento de dSteyèr ntifethodi-<br />

^entfej»éstè 'Cataldo ¿àlg estampas, expostas,<br />

>|éguindo as pegadas dos mestres na matéri§s|jm<br />

lètepfe'pudemos, na distribuição d'ellas pejas pafd0esiè(vi,trinas,:;<br />

cdílocalr§s-;na mesma ordemsm<br />

¿ufi Btâo.descripiai,: cpmo taiaipj íôra para, desfejar.<br />

Os ditic.rentes fonnalos das tblisas


ESBOÇO HISTORICO<br />

| ? A historia dà Secção de esíampa.s. em seu<br />

principio obscura, confunde-se com a da Real Bibliotheça-dè|íprtugal'<br />

e.a da. Bítiliótheca: <strong>Nacional</strong><br />


560<br />

versas XamiliaSí. (â f&lf§ 56)> jtontendofsestampas:<br />

gravad^l em ígetal;:e, em madeira, {¡¡jfela mór pa'rij<br />

tiradasfde ;è, d


561<br />

;>¿. í^íSfo ha .negal-o; essa uni.lo liybrida. ofíensiva.<br />

SiSsi''^VfSift;®'® dM|¿íj repugnante dè' ; .|%trat


562<br />

assignaturas aütogrâpha» dos seus antigas, píMfui."<br />

dores j Jeão GrtsbremU (*); Hi dt Luis Cèsik<br />

tem estampai de seu filho Félix da (¡Sita/i<br />

agora he de André Gonçalves Piftt&r (*); —-A. P,)<br />

Cosia; —^ ôtívéifã; taes assigñ&turas porém flãô<br />

pòdem determinar de modo defiflitivo--^íjlif a dâta<br />

em que a Real Bibliotheca adquiriu essas estampss:.<br />

De Mss: da Bibliotteca »||ionaHconcluè*sé<br />

quê áí-Mvraria do Còllègio de; Todos os San® da<br />

Ilha ,de S. - Miguél, qu^íípertencêrS«'<br />

Jesuítas, foi incorporada á .Reál Bibliotheca? fe<br />

Ajuda, sendo afinal gáprovetada sómentê' baíte :<br />

d'ella.<br />

ÍÍ:n ii d


563<br />

<strong>Nacional</strong>, livros em cujas folhas de 'rosto occorre,<br />

no 'alto, a seguinte declaração : « IJxim^ publica do<br />

ISmgrtip." de JESV,de Ponta Delgada. »<br />

Ha na Bibliotheca <strong>Nacional</strong> quatro volumes<br />

JfjSstampas representando assumptos de hiáferia<br />

íafciral,' mappaápgeogrãphicos, &, gravadas por<br />

,diversos artistas portuguezes ria Oficina talcogfa-<br />

Wm^\:ty!poplastica e littcraria 3otfmL-d»<br />

'¿itâo, sob a direcção do illustre bötamcjäjibraziä|)ro:<br />

Fr, José Marianne da Conceição Velloso.<br />

Tendö sido, por decreto de 7 de Dfiembro ik: .1 áo 1,<br />

éxtineta "a dita Officinaj, pède-sei suppor que esses<br />

4 : volum®.'tivessem entrado para a Real- Bibliotheca<br />

por essa época.<br />

ijfcs} chapäs d'essäs estampas, remettidas de<br />

Lisboa pelos Governadores do Reirto e recebidas<br />

na Real Bibliotheca do Rio dá Janeiro .em 2 d


564<br />

Daâ


565<br />

| ..Mariaft: CarraccBMjbitinho,Ann||®ie Luk§ ;<br />

l&daitigliora^oao BenedictoB CavedoneNga^obj;;<br />

[ : XHgnam |Carlos>, CretiVDonatiKginaj&<br />

Bpii-.PfflenKfevantar duvid^s, pasilSqiae pela nfafor<br />

I parti: ; , ^p|m >.; ellefgjter: sido feitqf^ pclfM propri|||i.<br />

H artista«|ap§ qu ^ihaiddSgSj<br />

Bjlpfendo t':il"K:ci(*io (•> Conde da Iiarca em Si 7<br />

I; no Rio de Janeiro, foi a sua livraii|| ( 7 Y- ley^da a<br />

Bffca ' ^tfiT'*'*' / Kragy^Jji / . t •V'^'"'<br />

^BMywmhiq.*® ^kw^^'M^iAitM^io Ftitiidqidti<br />

corrid ' 1 , j w d f t >>. . ' *<br />

^imkK/jfhmn vforam ¿now tmWjitrs<br />

ftgjs!&-"'i (7) Vide, para mais esclarecimentos a este respeito, o nosso artigo, Z)e> Condi da<br />

Barca', de seus escrifitos e'livraria, nos Annaes da Bibliotheca <strong>Nacional</strong>, 11, pp. 5 a 33<br />

HOB 4p3. Devemof entretanto advertir que nesse artigo alguns enganos escaparam, que<br />

vio corrigidos aqui em grypho.<br />

]. De uhs autos originaes, recentemente adquiridos pela. Bibliotheca National, cuja<br />

tolha de rosto reza: « 1822 / Rio de Janeiro / Proprios Reaes e Nacionaesjl©.© Ill. m ®<br />

Mr. Cons'.o Prpc.»' da; Goroa e Fazenda./ para se adjudicar, / A Livraria do Ex. 01 ® Conde<br />

.da parca falecido I... », extrahimos alguns do's, dados que seryiram para a eorrecc5& d'esses<br />

«n§4nos. •


566<br />

pHgão iA r)ekdà: çg$nrtemüiàfáfii$t>s òeàs do dito<br />

Gònde, 'qtíé Undávàm èm praça pela execução d'&.<br />

'(¡Mlle PertAïà Piklo- B " ilèssaot<br />

tou-se I'.- Joaquim Damastt, Bibliothecario da<br />

Real Bibliothetó, dizfftdbqtie, por ordem de 5.<br />

Aiiê&'fr Reid õPHMcipe Régenté de Britkã-, Vinha<br />

arrematar para • a mesma Bibliotheca A livraria,<br />

posta novamente èm prâçá, peltt preço da a va<br />

liaçfto. si n;V> iiouvesííé »¡fiem rnáiã deSSè ; dê feito,<br />

não apnarNVmlo «litro liritant«:. foi a livraria,<br />

tlepois dëfe^ïe;ehehtdas -ás formalidades- do -Sstylo,<br />

aríefhatáda pelo Govt.-fnn por Jtsi J6:7jo$çyo, em<br />

qué fôra àvaliadáj^om a obrigâçi^Xde èíltrar o<br />

arrematarité cbm essa Igjiíkhtia Jpará o Bánço do<br />

Bíàzil, nb prasü dé très diàs.<br />

«®tîi segUicta foi á livraria do Conde' da Bàtca<br />

iiicbrpôfada aos próprios n.iaonaes pór ; Ãtcotdâo<br />

dó Tribunal da Gàsk de - Süppiicáç&o do Rio


567<br />

portanto a faltar d'esta Cúllecçãò tão somente cinco<br />

Whimes Ml 21 '^ 0 óçtitf&jpoi', o 7/.° e o na,"<br />

Antes . de fazer ponto nsste'assumpto, sejamridte<br />

permittidas duás considerações: •<br />

x I.*. que nos foi suggerida pela recente leitura<br />

do auto ide arrematação da- livraria


56S<br />

pinas (doações voluntarias. remessas á mie eram<br />

obrigados os editQlrè^&nHE<br />

Regressando a FamiiiShde Bragança paia Portugal,<br />

em 1821. deixou a Real Bibhótheca no Rio<br />

d®Janeiro,-onde ficõü; ate: hojòj.;.passando a ser<br />

dfe: direiíp propriedade^te Brazil pèjó; ajuste-ide<br />

cOtiit^ feito e.ntre ). Portugal esííBi Império,<br />

anni de 1814 a-|ièal Bibliotheca<br />

tornou-se publica por ordem do Principi Regente<br />

,-D. Jóãó, caracter, em tem conseryâdo até<br />

,0 presente, .sendo porém, depois da Indepencenda,<br />

«nominadâ, nos.;,|!i|Sprios documentos officiaftsjíiéra<br />

Bjfft^&cà Publica,.¡Jjjra - umas vezss Impfrtql,<br />

outras Pail^gà. ou -X^iiperiál e<br />

NaíiSnal atêf(^le Março de i®||jem.que fínalmenteç|onioi^ítituló::<br />

qüè. actüéliBentàjtem.<br />

Na «falta de-..J'j'ei Gregorio José, Viegas, qlie<br />

acompanhiS a Família de Bragança para jjbrtugal,<br />

-e P.' Joaquim Dáf|jpt0, que, por. não<br />

querer adherir á causa da indepèndencia do Brazil,<br />

resignou o emprego, foram notneados por decreto<br />

dê l^^p|Outub® de Bibliothtíeàrio,, o religiosdfjfrancipano<br />

Fr. ^pt.onio de .ÀrralJiÃl ult&<br />

riormenteí:,B|spO^®8 Anemuria, e .Ajudante. do<br />

.BibliotKecari(|jo. Padre Felisberto Apiifonio Pereira<br />

Delgado^c|fJJ|M dj||t|§jd^JIAgOisto<br />

servia na Real Bibliotheca.. |ípmo encarregado especialmente*<br />

da conservação- e classificação dós<br />

manuscriptos.<br />

... Em 7 de Janeiro de l&slfj adquiriu já Bibliottíè'®<br />

<strong>Nacional</strong> a livraria do distinetó e¡Ilustrado<br />

mediçQÍ brazileiíó, Dr, Francisco de.Mello .Franco.<br />

, ,Por ..:#||S de 13, de S^fe^ibl - © ;dè 1824,<br />

âssignádj?' por João Severiano Maçiel da Gosta,,<br />

'dppois; MarquS d? QueluzAçntâouMinistro do<br />

Império, foram -mandados pôr -. t:m execução^-¡os<br />

Artigos Regulamentares • para t>} regimen da. Bi-


569<br />

b%otheoa InspefaaL\ » "pubh$Si>, in(»^ft;|tendo levado ao^cortJfÇ-ttiiento<br />

doi ®í§írno íèste precios||j achado,. S» entso Mi- ;<br />

ni,tro do Iitip|rio Estevão Ribeiro de»E3gnde,<br />

mâisftWie SarquezattLe Valénça, por poliria lá»<br />

/j de Agitteto de 1825 manda qinS^ptiã^mdm sf,-<br />

^^Zo^Wjmí«?« aqui - Kj" lo<br />

Bibliòthei^rioBl^^B 1 ' siç Sm<br />

mira&Êíideira fican ' fat-e^<br />

wmutrk * ias Deséi^èf a S H » ^ »<br />

Iminpd: ' 1; 1 >' • < > u •<br />

1 1 L 111 •*•'>' ' /^t-'*'' "'" ' '*•<br />

L .) ; gr/k 1 i' ¿y i j ' < I B<br />

miuiSfiSi^r^tífM^^i pamtatismo.<br />

n Si quanto as estampas; ,a .ord|ín íoi então<br />

plenamente* executada; sjihindottellas á luz da pu-<br />

Iblicidade, em r8aH em Parigna »fficina lithograffider<br />

tfN 0 do E H),r<br />

'rtio ilfli completame«teuanto ,ao j^Kto/ P or qj|g<br />

•Vi parte d'ell(fflHf*foi impreco no J a "<br />

Eiro, na Ttopagraphia J^cional, de|»||gg<br />

pi.- E. Jf.) .<br />

m n H o RiB&de Janêiro asf estampas<br />

d'es ta importante coll«'aa-Jid5nogrâphi^, da quaU<br />

miiitos exemplár^s' f o r a m a Typogrâphia Na-<br />

km, .;a.d! aorioso


570<br />

cional e á Academia de Bellas Ártes, sendo porém<br />

o maior, numero d'ellas confiado á.guarda da Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong>.<br />

Por ordena do Ministério do Império de dif-<br />

(ãarentes datas receberam colleçções completas da<br />

"i')»!** 1 Proyi«c^íf||do Império, o<br />

Museu <strong>Nacional</strong>, o Jardim. Botânico, a Academia<br />

¿Militar, a Academia Medico Cirurgicai^wttialr Faculdade-.de:.:<br />

Medicina|): a Sociedade de Medicina<br />

(hoje Academia Impejlâl de Medicina), o instituto<br />

Historian e Geographico Bfazileiro, algumas pessoas<br />

particulares;. ¡Jstabelécimentos pubUcQB'iextrangeirú8....j<br />

más ainda assim ficava em deposito,na<br />

Bibliotheca <strong>Nacional</strong> grandíssima quantidade de<br />

estampas da dita Mora.. • Flíiwineusis,.cuja historia<br />

vamos esboçar á vista de documentos existentes<br />

no Archivo da Bibliotheca <strong>Nacional</strong>.<br />

Em officio de 4 de Março.S i Sj9 informou o<br />

Bibliothecario: Francisco Vieira Goulart ao Ministro<br />

do Império quinas lojas da Secretaria da Justiça,<br />

onde H«i achavam havia j.à nov® annos toais de<br />

soo caixões, com a|tàntpas da Flàfoíi ffluiwneruis,<br />

tinham ^É|rap|itas accommodações especiaes para<br />

®S ditos caixões, ficando elle de posse da chav'e<br />

da porta, que. dá servidão para essas lojas,.<br />

Em officio dirigido ao Ministre, do Império<br />

em i8 ífe Março de 1859, pondera o Bibliothecario<br />

Fr. Camillo de Monserrate qu^ .fflurna<br />

bibliotheca publica i com áffeito um deposito íe<br />

livros de uso eífectivo e corrente, não deve ser<br />

o lugair i&rmaji para deposito permanente de<br />

muitoa exemplares de uma só obra, 6 pede que<br />

Sftjam ;restituidoa afeseu oJe^tino natural ós salpes<br />

dá Secretaria da Justiça e da Bibliotheca <strong>Nacional</strong>,<br />

quer mandando remover d'ali para outro armazém<br />

i^epefidentéfí dft Bibliotheca ¿ilíadonal 0$ exemplares<br />

da ffluniòwAsis truncados, deteriorate


571<br />

e inutitadbs, quer .órdertandò ípio seja còntSSíí<br />

táda a venda 011 troca d'elles'com a má fabrica<br />

: Por aviso do Ministeriwfíío Império dejí^lle<br />

Março de 1*5(1 foi ó, Bibliothecario atitormádo a<br />

ï-icpntrHctar a venda óu troca dos deteriorados ou<br />

trtincadSiiSpelb modo.: : por qùejj|enïb"ra no seu<br />

offlciò .dMHPdtí corrente, distribuindo os que estivarem<br />

cátnplttpt jMgtgi boiw.^pdo, pelas BibMo-<br />

"íhâíSB das " ; Faculdades, e ppSprrovincias onde<br />

adëtifërh ta® ' ëStabëllilWjerltoB, 'I permutâMo-os<br />

«Hm íis B : l>H»thvr«t.< ttacionaea ou extranjíéiras, e<br />

aindá com pode*se comtudo<br />

^ppôt* li'tun rxciiipiar para o destino ínençionado<br />

n


572<br />

TencjiS ;o: Bispo de|!Ànemuria pecfpo ¿Seá<br />

16 de Agosto de i 831 obtido a suà demissão,, foi 1<br />

SSnterinamente B®§a®regado da admio|áÍja(Jâo dá 1<br />

Bibliotüeca pgjllórjal o;J«j'0dante do Bibliothecario .1<br />

v0oow®;^plisberto''•' Antoni^ Pereira Delgado, '0 =íl<br />

qualjKr. décrfeto OM2 de Agosto de iSjpfei «<br />

excíherado dó lugar, sendó por|®S||jtó dá mesma )<br />

Sáta Smeadóigara ó T íSü ! b|títuir.o Padtóí Francisco í<br />

Vieira (ibulart.<br />

Em MHlfe A^^^BddS^Jíll entregou o Co- 3<br />

.•«¡p? P»Sía: Delgado alBibliothecâ <strong>Nacional</strong>, aó<br />

Padrê (¡»uiart. mas a pr|||:xt;o-' dc não poder ser<br />

deririttido, f ffflp$er vitalício b',||ugar d^ fBibliothecario.<br />

e dfBjíítar áncaiTOâjadp dareSiBfil-vação da<br />

Kvriiipf do Infantado, Continuai ''a residir na parte<br />

• da vtjggipque {Bj&pava ft 'è jWtíM em ;séu poder m<br />

*.tpdbswfáfèí'; papéis, livros, e mais objeÇtoà -perten- I<br />

Mentes á ! Bijpliothfeca Nao' obstante ter sido inti- • {<br />

do- Chefe ,de policia* Eusl||o de li<br />

^^HÇóütinho Matto JBtí&mara,* de 28de Setembro<br />

Jde -18*3-3, pxpedi.díMIem Gonsequeíicia do 5<br />

AviB' .do Ministério do Império do dia anteaOSl<br />

dÉ^&lpãjra °df||pejar a oasaitór cima da Bp}|A.Va<br />

thecá. Publica," então: pava, (:ntregamlo ao-âl<br />

seu successor todos os objectos á sua guarda per- «H<br />

-W |ll BlPH' SP^ 1 Biblétheta; tf ConexoTjjjreíra<br />

¡I^elgãdo não. cumpriu .a'--ordem. &-ndo nek(:ssaffiil||<br />

para que^lla*fbl||^; executada, que peio Juiz :<br />

direito da i. a vara cni{& da "Corte, Lourenço José /<br />

RibeifO, ^fcxpedisse em |j| de Outubro de 183*5 Jl<br />

mandado de no pras


573<br />

«rateia Bibliothèca;g|a8:; pastai; çom papeis- retítivps<br />

Rj3¿ásPcios que correram ,pelas difterentfes<br />

||||8tarias Jfe Estaco de Çqrtu^Menviad^ por<br />

Francis'co Gcrçiíes daLsfl-i4?¡ or.antpnòmasia O<br />

|Pfef®'!llí >0 ' r ^^B D Marquez cpj S 'Amaro,<br />

BcorrSa, |m 12 deJj.gpstK dUBB^' I<br />

•m (6otÍKntos .m^s. que pertenceram ao seu<br />

gabinete particular, rqái| , e,4 ! teã , "ao GovernBPortügiílzsísob<br />

a r^^jçia jj|,. PrihJ|||||Ppm Jpâo, d§|<br />

pois D. João §1; finalmente, em Ma¡p de •Hjj|<br />

os j herdeiros do %randç' patriota JpijB;pnifáJ;iò<br />

•d'e,: Andrada mj , Sila^ffi..Qâram7lhB a SpC liyía-r®<br />

unportMifflnâoHBa luz da biblii&raphiagmas<br />

tombem peíijs doçurne ihu-^'J 11 i imanulcriptg;!<br />

e cartas autggraphas de pessqa's nota<br />

Antonio Fçrnandçs 4a, Silveira,<br />

que lésde ¡¡p ^P ut >p® r0 H», ®7 mBp" dg<br />

Ajudante d® - Bibliothegirio, eátè-fiá te||a da Bibliot^B<br />

Ñacional dèjiôS doV fái|Íçim^»do I><br />

¡¡¡bulart ati'^ Í-W' em 'l uo<br />

¿ Conego Januario da Bar£>ps§, nomeado<br />

Biblfihecano por decretJjlB d§j!||tpmbrp dp,<br />

méstno anno, tompu posse do.lugár. A 7¡<br />

«mbro


574<br />

.Durant^ à administração de Fr. Camillo ad*<br />

quiriu a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> : em Julho de<br />

1853. ! volumes dé mannscripfos ùo distincto<br />

medico "ô'Jnaturâlista portuguez, Antonio Correia<br />

de Lacerda, q,ü&es. « «eomprehendem noticias<br />

inéditas, abundantes.,* e, preciosa^ .sobre a historia<br />

natural 6. especialmente, açercà'de plantas do Pará<br />

e Maranhão e suas applicaçõeS .medicinaeS e eco.<br />

nomicas,: sendo àçcompanhados os volumes d'esta<br />

colléççãó |ïl<br />

2". t*m IJezi'inbro de 1^53, a importante livraria<br />

e manusCriptôs âfe, D Pedro de Angelis;, com o<br />

respectivo Catalogo,<br />

Por estar a Bibliothecai Macional mal acrotnmodada<br />

M^^aficfi dó antiS hospital do Carmo,<br />

comprou o ' «overnO a um particular, por .i J5.. apo- ;<br />

liées da divida pübliêa de Conto de reis.cada uma<br />

il)r. Moreira Éi. Azevedo,. O AV */À$pi-MtUï't> ¡1.<br />

t fSSa capâííhfeje n.° 48, do íafgó da Lapa, para<br />

nella eollocar 'à : mesma liiblioihoKa. A nova casa<br />

era, em ferdade, mais vasta que. o antigo local;<br />

faltavamv-lhe pp-ém pÈiifíos requisito?,'né^sSarios.<br />

a um ¡jitabeljftiménto 4;'esta ordem, e já hoje é »<br />

insufficie«, -i<br />

('•raças nos cuidados ei^iêlo do digno Biblio-|<br />

thj^çarto, tudg>J quanto >havig»,;*ria casa da rua dej<br />

detraz do > ijarmo, livros, fistampallmanuscriptosM<br />

trastes, &, foi removido sem estrago rtém perda<br />

para a .do largo da. Lapa, ficando inteiramentê<br />

concluída a mudança a 4 de, Março de 1X58; mas<br />

em consêquencia de obras èspeciaes nètêssarias!<br />

á acBmmodação da Bibliotheca no novo edifício,<br />

^{àjentó. a 4 dBAgosto tfeSsfljanno pôd&jella -ser<br />

franqueada ao publico.<br />

Falleçendo Fr. Camillo , de'glonserrate a 19<br />

de .^ósembro dej«i870, foi,, por decreto de (4 de


575<br />

Dezembro do mesmo-ànnô, nomeado Bibliothekarin<br />

o Snr. Dr. Benjamim Franklin Ramiz Galvão,<br />

q.lít tomou posse 'a© ' lugar ä áà do dito mcz b<br />

annct. O talento, ¡nfetifúeçào nãó vulgár, assidnidadç<br />

ao trabalho, «mor doslivrós e conhecimentos bibliogrâphicos,<br />

jâ j pWvadtífj do noyo>BibliothecttiSo o<br />

fècothmèndkvam, diremos até, o impunham á<br />

bedoria do Governo Imperial.<br />

O intellifeénte e lsSorioáo s^ftístro dô'Império,<br />

Sflr. Coíisèlheiro João Alfredo Correia de 01®<br />

Veira, qúe rèferertéóti^bvdeeiteto dé-nome^pM do<br />

Sftfi 'Df. Rainiz Gilväo, não • liMito)|§ a prover<br />

a Bibliôthèea Kadónal de r.m director tixóepcioialmentè<br />

idoneo; com a força de vontade, que lhe j?<br />

peculiar, ordenou ufilâ serie de medidas íèndênteSi<br />

tôdas reforma radical' d'este ,estabêleííMietltô:<br />

BKmfcj doj||jl«®œ t^^pi^B^u; o * Sflr. Alftédo<br />

do VaHe Cabral officiai addiä® â BiblioÜiecä,<br />

itlèumbindo-o de |j|ftr, estudar, ordéttai catalogar<br />

os ntâôuseriptos ;<br />

Encarregou o Bibliothecario de ir, ëftti K/,;.<br />

á Euröps lÄMakr a : drganifa^ii.idâ'â suas mais<br />

täVe'fä bibliothec'ftSitfiö intuitftÄ adoptar ípará a do<br />

kii) de Janeiro ös rtielhorametiWs que lhe fossem<br />

appliciVêiS ;<br />

fe-Nomeou "uma 'CoMHtiisão de Gâtalà'gôiïi com-<br />

Sòsta idó§ Sfifs: Br. João de Saldanha da Gama,<br />

Cr, Antonio Mendes Limoeiro. Alfredo db; Valle<br />

Cabral, Antonio • Jo&ö Fernandéslid'ev Obveirâ,KÍõ^ê<br />

Cârlo||te'Faria, Baóharel Domingos Jacy Mo^fti|o<br />

Junior, Dr. Francisco Moreira Sampaio ¿ Antonio da<br />

C (Min e Sá (quÄserviü por pêüéo tempdiJj|Jâ:Â<br />

otgàniî'àr ö&Bataiqgiääi nptessarios á Bibliothétáí<br />

gtnquanto j nào levava a efifeitö as ífeformas. que<br />

tinha em mètiíeí'<br />

' 1 FinalrnetitSl propèz e obteve dò pçdér legislativo<br />

não Só que a'verba aquinhoada £ Bibliotheca


576<br />

.pelas ^iii^dáV.orçatnentfl : anterioretíjfosse eleà||ada<br />

altura das suas necessidade^serviços |<br />

yRs. .B^IíIIk;.!!^ ^mHmjnK^i'Goyerkb fi- j<br />

cassfe autorisadó a reformal-a sí:m augmento da<br />

í^feíW? ella §481 do i<br />

|f|ri, 16 da leí ní .d^^radeJSutubro; ^Ji875j¡' ! ||<br />

Os vaiTMpBj da politicai não permittiram que o<br />

¡Ilustre MinistBa«rematasse(;*a cupula ido edíficicí®3<br />

, cujo$¿ fundaméátjfeeóm tanto aserto aásentára; é i<br />

•¡porém de rigorosa justiça quesd'aqut lheiendamos I<br />

Mfubhca homenagem -pelos ^^CTante^SrviçdSjque i<br />

«ais lettras; prjestoir e que procj^memos ííSeu nome 1<br />

íí^Qinó o iie um dos bemfcitores da Bi.bliothccaiXa- I<br />

''ílional.<br />

As prirteipaes «ocurrencias da administração i<br />

'do : Sñr./E)r. Ramiz Galvão até ao « H Ab|il •<br />

de 18 7•i são:<br />

A sala de leitUaa a»Hfcnt5&-frangifeada a®<br />

pul4iéb?'de.À^Biora^ :da manhã ás¡S da tarde;.ò foi ]<br />

igualmente de|f.lás v 9 horas da tarB'^a começar do<br />

• dia H difcMai(Mg'<br />

O fallecido Dr. Alexandre Jgs^dJBMjello I<br />

Mob^ offejlKeu á BBiptheca, em l|||te cérea |<br />

^K-200,^0lumes, de' ma^ieriptos ^^Bleernados, i<br />

;|icontenH| muitos documefttos officiaas, pao todavía i<br />

®pr,d^á^^M®vindô iñÉOmpletQ&' 3<br />

pelo neifjjjim cuidado qjj^j^^ve no wu agrup^* .3<br />

BéntOvéjarranjo » (Annaes da Bibl. Nac., IV 'Í 3<br />

13 j ** Ipl<br />

ijiendador Manuel Ferreigi- Lagos, por 28:oopfq®c|<br />

OJaior,partedaimiportantél^rafia,;<br />

•'^lie/f^^^Kll^^gíBstandp déffi§fíâj; volumes, I4Í|<br />

mappájj'^f31 manuscriptos, fólb$|j¡j¡ núlitas<br />

gazetas e relatorios, e i ispluiijgSiom estampas litho-,<br />

^r^phadãsj^^fcridas á mão, para Sobra da Commissão>scientifièpdo<br />

Ceará flxji'


577<br />

;>,;. Reimprimiu á •PràsofVpèa por Bento, Teixeira.<br />

í - Ref riíhtcçao J^eL daí edição de 1601 'Sçgugtdo^ o. íéxefri^<br />

F^ 'piar, e-hí'st,ente. na Wmbhotheca <strong>Nacional</strong> ê Publica do<br />

[ R10 d^^Aro Rio de Jíjfnari iSy^,<br />

Etncfuánta'' o ?Bfl|hothecano esteve em com-<br />

| miss&cí em|jÉaropa o fSttãfffl^irp^p» Wfl ínteri-<br />

< nímènp' admm:stradoKpcl Kclatorio^^?v bibliolhçcaspu '.uropa<br />

Et e a '13 de jMarçs| de 1875 outroSbre^ffMlrabal/iQS<br />

WtJiçemiaãos tfàt L Maciondli > ( / 1 ? anno<br />

ir dé M&A, e seu estado actual (Annexo D. do Rela-<br />

^ ^ B H Império de- 1 StSl^M<br />

í . Neste .ultimo reíijfeó «Bè 1 ' RamffiEalvãó<br />

B^iomo nas ,su&s investigações chegou ao descobri-<br />

I mento mais prectóseitalvez de quání^B|nha feito<br />

E^ em 1874, isfó _é; da riquíssima? e mtmerosta coMPdÇã®<br />

I dlMçfampas de fyida: / e dos tnais afamados.<br />

P£ J nmfYttf* qtie vm Uiustraram a artelida<br />

e reclama dofjíiyernQ,/;; a. bem


578<br />

selheiro José Bento da Cunha e Figueiredo, dando 1<br />

á Bibliotheca <strong>Nacional</strong> a actual organização.<br />

O novo Regulamento dividiu a Bibliotheca em<br />

très sèches:* I.", de impressos e cartas geogra- |<br />

graphicas; 2. a , de manuscriptos ; '.3,», de estampas;<br />

estabeleeeü o pessoal dê!^^ïbibliothecari%Î3 chefes !<br />

de secção,; 3 ¡officiaes, B secretario,, 8 auxiliares 1<br />

guarda ê £» porteiro, destacando : para o serviço 1<br />

da sècção déSêliamp^^a chélfe. detf&ção e 1 auxiliar,<br />

^çregu os AigÜfsVa Bibht>them^íJú,(ional (®),<br />

revista tóriodica destinada," á -publicação dos ma- !<br />

nàipiptos interessantes da Bibliothets» e trabalhos I<br />

bibliographícos de - merecimentâ|jcompcfetos-< pelos 1<br />

empregadòs ¿»repartição ou'por indivíduos éx- J<br />

tranhífá a ella.<br />

O autor d'estas linhas, %omeãlo- chefe -da f|<br />

Secção estampas ppr d^êieto de .Março<br />

de r 8» s tomou 1 posse do lugaf epi 1 pe Abril: do j<br />

mesmo anno; dia em qtie''foí posta em execução I<br />

a reforma da Kihüóthcca Narioria'.<br />

A Secçàíí de r estamé^| pôisjsçomeça 3' ter ; j<br />

existerifcia "e- 'historia proprias Somente dépois d'esta I<br />

reforma.<br />

. Ás acanhadas proporções-idb edifício em que 1<br />

funcciona Bibliothgca NapionaJ^nâo pêráiittirain 1<br />

que a Secção de estampas fosséí melhor jiCá|'m- '<br />

modada, pois que lhe eombèrait|


579<br />

conderijos da casà, tinham jazido esquecidas oi:<br />

desconhecidas, pastó da traça e do eup}& e victimas<br />

da |)i)e:ra. da humidade e de outros agentes de<br />

destruição, haviam sido salvas de aniquilamento<br />

quasi certo, colleccionâdas e guardadas no local da<br />

ráecção>'.de estampai*' e uma selecta e numerosa<br />

livraria especial, constando dc obras classicas sobre<br />

ieontígraphia, de monographias, catalogas e livros<br />

diversos concernentes a assumptos de bôas-artes,<br />

tinha isidfSadquirida para uso aa Secção.<br />

(f^jÒoro ttfes recursos' foi inaugurada a Secção de<br />

estampas, 'O campo á -làvrar era vasto : os instrumentos<br />

da melhor fabrica ; o trabalhador, talvez<br />

cafeeédor de .áütras bôas partes,. era todavia do-<br />

,tado de^muitó -SààSontade e dé amor ao trabalho.<br />

O Sûr. Dr. Rámiz Galvão tiñha já feito importantes<br />

estudos sobre grande numero de estampas<br />

da BibliothêCa' JMacional ; apesar "potémBre&e valioso<br />

subsidio, pódeíli dizef que as riquezas da<br />

nossa lôleeçãò iéonographica; continuavam 1 dçsáf*'<br />

nhèeidas, tanta era a quantidade qü|||d'ellas hàvia.<br />

Depois de alguns exames é : estudos preliminares<br />

foi assentado o plano dos trabalhos da Secção<br />

dfi estampas'' classificação; 2.°, arranjo e colloeação<br />

; limpeza, concerto, restauração e montagem<br />

(«).<br />

• 1* Â classificação ô'feita )|pgúndo o systema<br />

adoptado na Bibliotheca <strong>Nacional</strong> de' Paris (J. Duipesne<br />

ame, ' la Bibliothèque Impériale,<br />

pag!:xin) "Eom ligeiras modificações'qué pareceram<br />

•¡'•cessarias á nossa. 1'ara facilidade dás J pèiquizas<br />

ha tres catklogOs' em via de organização por es?<br />

eglas, por materias, alphabetieo geral.<br />

.. ( w ) i'or'ârtild^i'a da significação que dá Aulete ao encabulo, cmprfgamol-o aqui<br />

pím (lesiqnar a aéeSn de eollüíar ^uma estampa sbbre uma folba maior ccm o nm de<br />

íaín-Wb; margens íaeticiás ou réalqardbe ¿ belleza.


580<br />

a) JNfo Cat


581<br />

diñaría quet q Sñr. . Conselheiro Francisco: Maria<br />

Sodré Pereira lhe. Concedeu em 1880. quando Ministro<br />

do Imperio, , pôdé*. a Bibliothêea : <strong>Nacional</strong><br />

prover a Secção désestarnpas dos principaes moveis,<br />

especialmente: apropriados ao séiU, usot: um arcáz,<br />

com '19 gavetões, uma grande -estante, duas vitrinas<br />

Com estantes na ,partèp|inferior e diversas<br />

moiduras.<br />

k-' Das estampas inventa riadas classificadas as<br />

que estavam encadernadas :como livros foram collocadas<br />

em estantes : as avulsas, cm parte mettidas<br />

em pastas distribuidas* por escolas e arrumadas nos<br />

gavelSeS do aroaz, contendo cada pasta as estampas,de<br />

um gravador, e em partev éxpostas.<br />

Quando a, Bibliothêea <strong>Nacional</strong> dispuze§8|jde<br />

meic^^tetünianos rhais avultados «de caía,mais<br />

espa|ó¿a, todàá?5as®stampa^s avulsas, quéí-gsljâo<br />

hoje guardadas em pastas nb; areàzj^erão convenientemente<br />

acomlicionadas cm encadernações me-<br />

' canicas especiaos e collocadas cm estantes como<br />

livros communs..<br />

8|j|pfPâra íá; limpeza, cOincerto. reparaçáo. montagem,"<br />

&. das estampas, creou- se uma oHicina cm<br />

ponto llqueno ccim os u;tèilsilios mais necessários<br />

para fazcl-á ftmecionar.<br />

V Ksur serviço é 11111 dos mais importantes da<br />

SécçãoÁe demanda,. àlém de conhecimentos especiaos.<br />

muita- pa6ÍenGÍá',:igetí,&:^tíelicádeíÍ' manual;<br />

felizmente para a BibliothfeÉaiNácional o auxiliar<br />

que fsêrve nà Secção, Sñr. Antonio Êtiiz, Pinto<br />

Montenegro, é dotado dt: todos estes requisitos; ¿1<br />

já tem dado copia das suas habilitações -tios numerosos<br />

trabâihtols, qtfe tem executado. merecendo<br />

ser apontados bom especial menção limpeza,<br />

^concerto. e restauração das folhas da preciosa<br />

Collecção Araujpkse, cujos volumes estão em maxima<br />

partè encadernados de, mòdo condigno, e


582<br />

I<br />

de quasi tôdâs ás éétàmpas ágora expostas, principalmente<br />

dSà batalhas de Alexandre, t-.ijo desenho<br />

foi admiravelmente restaurado pSl^Sfli-. Sebastião<br />

AúgtaStô Sisson, distlndó lithüjjrãpho trimccz. mui<br />

conhecido Biltre nós' pelö's .Meiià : trabalhos, o qüäl<br />

com a maior benevolência se' ífchstitulu collaborador<br />

gratuito da Bibliotheéà. NacfiJhal.<br />

Antes de passarmos adiaÂ/íparèce-nos que<br />

tbém cabido indicar aqui os ; seguintes trabalhas.\litte^ri'(>.S;<br />

.'«^tbõr^dtos pela Sucção de cs-<br />

^mpaÇMíblicados nösf^^P^Ä Ihbtiolhcca -Mßcional<br />

Vo^f»gHíos 1*142 á 149 — Noel Garnier<br />

0»g esmmflas aindq não dçse>y,ptas, 1, 355 a 362 '<br />

— Do Qmde dá Baria, de seus eSlfifiios e livrimap<br />

§jf 5 a ¿3 e .359 a 493..<br />

- ^ AfcQUisiçSÉs. As estampas adquiridas péla<br />

-Sépçío, dêo


583<br />

¿Di* feitas. Todas estas estampas inTçlie montam<br />

áo • numero s 4-<br />

I: EM Agosto dê .1882 o Sñr. Frederico Antonio<br />

Stë'ekèl. oflerecék à Bibliotheca <strong>Nacional</strong> á serie<br />

fflHI eVtaîtspas -gravadas por José Longhi G<br />

outros artistas, segundo*»José Appiani, conhecida<br />

Ipela IIÍe^omiilÉição.fae Fastos def- Napaleão encadernadas<br />

em um rico, album, .<br />

'¿ Manda a faœtmos aqiïi cônfissão<br />

publicando agradecimento da'Bibliothe'ca <strong>Nacional</strong><br />

pelos -donativos qxiW feenerOs&meñte lhe ¡izerurn<br />

tiào só'^iéí èavalheiros acima nomeados, como ainda<br />

todo¿ «Os outros cujos nomes coïn pesar omittímos.<br />

mas qtie licam perpetuados éoift veneração »nos<br />

reHitrSs • d


584<br />

tographias, de Victor Frond,, .(com lacuna cc;<br />

.a"folhas), adquiridoNpvembro de 188o>jJv<br />

¿fé,, ejtánipás, Sm Jgeral raras, de gravadores<br />

•Aflandezajl; compradas t em fevereiro de 1 V<br />

'6 estampas de Raphael Morghc». havidás em<br />

Agosto de 1882;<br />

230 estampas diversas|S|âiífÍirellás,'desenheis<br />

íHravuraBs litbographiasj sobre vários assumptos,<br />

#omprad'âgáâo Sflr. José Rodolpho Marcondes do<br />

Amaral efe Setembro de<br />

A^Bag^ias^foçte^ de Salvador ^ofe^ompradaS'<br />

''0 Migu^f Navarx-0 y CafMzarç|i em H84;<br />

A Secção estampas, também aügiiíéhtou a<br />

,Süaffi : vraria0ies ! pecíal, enriquecendo-se com obras<br />

»Clássicas? láobre •'• '^nogí^hi^^^K^c^wottógfa-.<br />

phiá ; Siy : &í que 'ardquiriu por iCompra.<br />

. A e w í ^ ã o .Camoneana. —: comni£|<br />

moróii; f nesta eidad® o terceiro ; ,^p,pnariS,do : :<br />

|ágSaii|ÉntQli'd&Luiz de áCamõ^S, ã i t)J de Junho<br />

,di ao -¡quiz. a Bibliotheca"; NacSálWSflíí^<br />

o|i«S^|,:'®ípr8star publica homenagem de ail::ii-<br />

Sásart ao prineipMdcÃ'poetas portuguez6svfe lembrOu-Ê®,íKl:.p^ÍçÕrrer<br />

com o Iru coRngente para<br />

abrilhantar a feita, .do >gran® 1 episl qusBséreveu<br />

na lingua quev também SJ a nossa fazendo uma<br />

Exposição Camorfpana.<br />

• Snr. Dr


585<br />

áiyfeísas. línguas ($53 números);;;,— d) dÊ; trabalhos<br />

d'arte allusivos ao poeta #ás suasgobras (148 num(»r,,s;<br />

— e) d<br />

mfn®ü,â J,..<br />

:: A Sêxpósição permanfcuíiaibeí|p: a 16<br />

(B|unh®: dé: P * >, te 11 !•> á : ,^Haffluid®^ranfIe;<br />

numero cie visitantes, na» só meros curiosos e<br />

amadonèsi. mas tambom tgffclí quanto entíjlflJlSvia,<br />

no Rio de -Janeiro de mais sefsscto, nas jettrag.<br />

||fefll>5festa plifeD"' Bibliotheca'« não desmentiu os:<br />

intui^-^oA fíjufeí^ra projectai ' •<br />

clisinatnenü:» á grandeza do assumpto;-;jÜifsini os<br />

applauSóçSjque '-Alcançou .*de doutos- e in®l|Ós,<br />

nacionaes.VW -fextrangiiros,. foram unanimes.<br />

U Expa|itóo pé híjJoria ; a .exposição<br />

camoniana .gusfiitgu a id8 defuma ^exposição<br />

de historia do Brazil. Q|§iize dias depois;<br />

^©encerramento. d'áquélla. p in^nsâvel Snr. Dr.<br />

Ran«- Galvaóji^feíd»®, organizado a chave da<br />

Btesifi


586<br />

fletriôs rorpo. propondo âo Governo os méios de<br />

íèaltaa-lo, ê pOndo â.i disj)tíSiçâõ de tâo nobre<br />

causa ri fio sô os grandes i*:curso» da Biblíétheca,<br />

ííinào também •ígtètividade fe às prOVadàS habilitações<br />

dib:-* empfegadbâ d'eSte estabelè,cimento,<br />

còín cüjo 4êló é patriotismo riòS-fera licito "contar.<br />

Nãó foi illuSÔWa a:^^erahç'à; á, ]yij§§sição é ütn<br />

fatio nàS&teria d'ô .páiz, ¡ff ò catalogo vê hoje<br />

a lúí dá publicidade .pata dar coéy|t^áS vindouros<br />

idea dasdii> respeito álfeé^p^rtístfca,<br />

cüjo. trabájlip foi «çlusivamehte^labpradQ :peK.<br />

Sfecçâo de estampas.<br />

Os i %bjettõsy deScript0S nâ secç.lo àrtistica<br />

acham-se distribuídos por 6 class^Ri (xí) ! Vistai.<br />

-Páis.aÊiíiitMüfínhas.; íxvt) ^¿¿^a.itlIBi^id<br />

periodóè e compteS|ndehdo Re^tosffidieextrdri&Sgos,<br />

que seprenãefó. á historia da pàiz) ,'<br />

(IVftl lypas thím ^^Ap^Fjpjn) G&utdBgta<br />

tieifaldita , (2ax) Refrit^tMshíuas B^sfdsi subdividida<br />

em 7 §: Reis dè Portugal, 'Primipes üttt-


587<br />

(atei do Brasil, Frtfíiilííl Imperial, MikisiriS $t<br />

Estàdô, Corpo fagulajn'h\ St.rits > grupos 'rírriõ?, e.<br />

RetrnhS rlru/si>s.; (xx) Historia iiaiural., subdividida<br />

ero,, i Eiktiògráipnià, Zdèiògia,, Êomkiçit,<br />

% Çeo/ogia.<br />

Grato liüà èb'i4nsigíi4r que, durante um nieá<br />

êfíi què ésfeVè aberta, enorme dfe<br />

viáftâates honrou â Exposição, que me'riflS os<br />

èípgiol dôs entendidos e competente®, nãó. sendo<br />

a âétçâo ârtiátiga; | menol^^üínhoâdaiipô fàvor<br />

publiepgâéste singular certame litterario e artístico,<br />

primçifò c|tl£, ie realizava no Império e quiçá<br />

no mundo.<br />

Com chave de ouro fechou o Snr. Dr. Ramiz<br />

Galvãoa carrreira da sua idministráção, levándo<br />

a íffeito a exposição de historia do Brazil.<br />

Si acãsõ a lètflbfáhçá d'ésta festa litteraria é<br />

o nome do seii'« organizador viessem i:m dia a<br />


588<br />

administração intefligebte, laboriosa fecunda ÇijgS<br />

o cbgnome de Restaurador da Btblio,f.hecu <strong>Nacional</strong> 1<br />

titulo müeSp.õrvcerto a História no|^u imparcial 1<br />

jui/.í^mlo Saitixará çtè lhe .coiríirmar.<br />

PÉSwra dirigir Sjerinamente a Bibliotheca foi I<br />

dèsignado o Chéfe daj*Jfeç


589<br />

pr.irclcnria que lhe damos; quanto ás estampas<br />

•j: fteenhos, ftstäo" dig|ribui||pSjlJ|>6r escolas, e em<br />

cada


BIBLIOGRAPHIA<br />

DAS ORAS CITADAS NESTE CATALOGO.<br />

Andresen.<br />

Handbuch fíir Kupferstichsammler... von Dr. Phil. Andreas<br />

Andresen. Leipzig, T. O. Weigel, 1870 -1873, 2 vols. in-8.°<br />

Annaes da Bibliotheca <strong>Nacional</strong> do Rio de Janeiro. Rio de<br />

janeiro, G. Leuzinger Filhos e Typographia <strong>Nacional</strong>, 1876-<br />

Í883, 10 yols. in-8." gr. ; publicados sob a direcção dô Dr. B. F.<br />

Ramiz Galvão até ao ix volume (Catalogo da Exposição de Historia<br />

do Brazil) sob a do Dr. João de Saldanha da Gama o<br />

Supplemerito ao mesmo Catalogo e o outro volume posteriormente<br />

dado á luz. Obra em via de publicação.<br />

Archivos do Museu <strong>Nacional</strong> do Rio de Janeiro. Rio de<br />

Janeiro, Imprensa Industrial, Typ. do Imperial Instituto Artístico,Typ.<br />

Economica de Machado & C, 1876-1881, 5 vols.<br />

in-14. 4 gr. Obra em via de publicação.®<br />

Arte de grammatica da lingua braziliça da nação Kiriri,<br />

coitiposta pelo p. Luiz Vicencio Mamiani... Segunda edição<br />

publicada a expensas da Bibliotheca <strong>Nacional</strong> do Rio de Janero.<br />

Rio de Janeiro, Typ' Central de Brown & Evaristo, 1877,<br />

in-4. 0<br />

Assis Rodrigues.<br />

Diccionario téchnico e historico de pintura, êsculptura,<br />

architectura e gravura composto por Francisco de Assis Rodrigues...<br />

Lisboa, Imprensa <strong>Nacional</strong>, 1875, •<br />

Aulete. Diccionario.<br />

Diccionario contemporâneo da lingua portugueza (por F.<br />

J. Caldas Aulete). Lisboa, Imprensa <strong>Nacional</strong>, 1881, in-4. 0 g r »<br />

B. Vide Bartsh.


592<br />

Barbosa Machado.<br />

Memorias para a Historia de Portugal... escriptas' por<br />

Diogo Barbosa Machado..." Lisboa, Officina de Joseph Antonio<br />

da Sylva e Sylbianna,' 1736 - 1751, 4 vols, in-4. 0 gr.<br />

Bartsch.<br />

Le peintre > graveur, par Adàm Bartsch. Vienne, J. V.<br />

Degen, e Pierre Mechetti, ci-devant Charles, 1803- 1821.<br />

vols, in-8.° e 1 atlas in-4. 0<br />

Basan.<br />

Dictionnaire des graveurs anciens et modernes... par F.<br />

Basan... Seconde édition... Paris, 1789, 2 vols. in-8.°<br />

Baverel & Malpez.<br />

Notices sur les graveurs qui nous ont laissé des Estampes<br />

marqûëés, de Monogrammes, chiffres... (par J. J*. Baverel et<br />

Màlpez). Besançon, Paulin Dèssirier, 1807^1808/2 vols, in-8."<br />

Blanc (Ch.)';.;'''<br />

Histoire des peintres de toutes les écoles... par M. Charles<br />

Blanc , anéien Directeur ' dès Beaux-Arts. Paris, V. 7 " Jules<br />

Renouard; Librairie Renouard, Henri Loones, successeur; 1863<br />

- 1874 (?),. 14 (?) vols, in-4. 0 gr. .<br />

Ch. Blanc. L'Œuvre de Rembrandt décrit et commenté<br />

par M. Ch. Blanc... Ouvrage comprénant la reproduction de<br />

toutes les, estampes du maître exécutées sous la direction de<br />

M. Firmin Delangle. Paris, A. Quantin, mdccclxxx, i vol.<br />

in folio, com 3 de estampas.<br />

Bocher (E.). Lancret.<br />

Les gravures françaises du XVIII. e siècle,- ou Catalogue<br />

raisonné des estampes, eaux fortes, pièces en couleur, au bistre<br />

et au lavis de 1700 à 1800, par Emmanuel Bocher; Quatrième<br />

fascicule. Nicolas Lancret... Paris, Librairie des Bibliophiles<br />

(D. Jouqst), 1877, in-4. 0 gr-<br />

Br. Vide Brulliot.<br />

Brulliot.<br />

Dictionnaire des monogrammes, marques figurées, lettres<br />

initiales, noms abrégés etc. par François Brulliot. Munich,<br />

J. G. Cotta, 1832-1834, 3 tomos em i .sô volume, in-4. 0 ë r •


593<br />

Bryan:<br />

j^^&^lpgfleaphií^ of paint& arid<br />

m i I I ti Brváfí» Vnen li H B^B<br />

r "f • ''.¿i D «29 S j<br />

Catálogo de Behague.<br />

Cí I' ' i n* j j a 1 D<br />

Octave Behague donl la yent& lilgí rii I 'i " '^j,'.'-'<br />

l l f v H H H M l ' ' Gcorg 1« i , Sp^<br />

L" B B w^W**<br />

Catalogoíaa Ex] i " * iu e *


594<br />

Duiiiesnil (R.).<br />

Le Peintre-graveur français... par A. P. F. Robert Dumesnil.<br />

Paris, xhez Gabriel Waré-e.. (M. me Huzard; veuve<br />

Bàüchard Huzart), 1835 - 1850, 8 vols, in-8.® Òbra continuada<br />

pòr M. r Duplessis (George) £ em mais 3 c vols., Paris• :<br />

1865^-1871.<br />

Duplessis. Mémoires de Wille.<br />

Mémoires et journal de J.-G. Wille... publiés d'après I<br />

les manuscrits autographes... par Georges Duplessis, avec une<br />

préface par Edmond et Jules çle Goncourt. Paris, V. e Jules \<br />

Renouard, 1857, 2 vols. in-8.° gr.<br />

Duplessis. P.. Graveur.<br />

Lé Peintrè graveur français.^-Vide Dumesnil.<br />

Encyclopédie méthodique... par uné Société de gens de i<br />

lettres... Paris, Panckoucke, 1782-1792 ; Agasse, 1792-1832;<br />

166 vols, in-4. 0 , còm estampas.<br />

Exposição, da classe dé pintura histórica da Imperial<br />

Acçademia (sîe) y das Bellas-Artes no Anno de 1829. Terceiro 1<br />

anno da sua installação. S./vf. (Rio de Janeiro), R. Ôgier, j<br />

s.' d. (1829). .. In-4.? ,','••".. ; •<br />

Exposição publica ,da Classe de pintura histórica na Imperial<br />

Accademia .(sic), das Bellas- Artes no Anno -de «1830.. í<br />

4-° anno de sua installação> • Rio de Janeiro, R. Ogier, f. à. j<br />

(1830). ln-4."<br />

Firmin-Didot.<br />

Les Drevet (Pierre, Pierre Imbert et, Claude). Catalogue I<br />

raisonné de leur oeuvre précédé d'une introduction par Ambroise<br />

Firmin-Didot... Paris, Firmin-Didot et Ç. ü , .in-8; a gr. â<br />

Gallia Christiana.<br />

• Gallia Christiana,; in províncias ecclesiásticaS distributa ; 1<br />

qua series et historia archiepisçòporum, episcoporum et abba- j<br />

turn Francias vicinarumque ditionum ab origine. Ecclesiarum<br />

ad nostra |éMpora deduçitur et probatur ex aUthénticis ánstrumentis<br />

ad. calcem appositis. Opera et studio Domni Dionysii 1<br />

Sammarthani... Lutetiœ Parisiorum, Johannes-Baptista Coignard<br />

e Typ. r'egia, 1715-1785, 13 vols, in-folio.


595<br />

Gersaint & Bartsch.<br />

, Catalggue raisonne dg töljtgs leg estampes qui forpient<br />

. l'ceuvre de Rembrandt... par les Sieurs Gersamt, Helle,<br />

Glomy et P. Yver. Nouvelle editiori, entieremente refondue...<br />

par- Adam Bartsch .. Vienne, A. Blumaer, 1797, 2 vols.,<br />

"in-8.°<br />

Goncourt (I?.). Z' CEuvre de Watteau.<br />

. Catalpgue raisonne de ,1'oeijvre pgjnt, dessiije et grave<br />

d'Antöine Watteau par Edmojid de Goncourt. Paris, Rapilty,<br />

1875, in-8. e gn<br />

Heineken, Dictionnaire.<br />

' Dictionnaire des artistes, dont nous avons des estampes,<br />

aveö une notice detaillee de leurs ouvrages gravis. Leipsig,<br />

Jean-Gottlob-Immanuel Breitkopf\ 1778-1 y^Q, 4 vols., in-8.°<br />

Sem nome do autor (Baräo de Heineken). A jmpressäo näo<br />

passou das le^tras — D 12 —MB<br />

Huber & Rost.<br />

Manuel des curieux et des amateyrs de l'art, par Huber<br />

et Rost. Zürich, Orell, Gessner, Fuesslin et Comp., 1797-<br />

1808, y v"ols.,.4hr8i 0 ., -<br />

Innocencio. Diccionario. Vide Silva (Innocencio F. da).<br />

Joubprt.<br />

, Manuel de l'amateur d'estampes,.. par F. E. Joubert.<br />

Paris, 3 vols., in-8.° gr.<br />

Laianne.<br />

'^-„.•Dictionnaire historique de: la Francg... par Ludovic La-'<br />

lanne. faris% Hajhette et , 1872, in-8,° gr.<br />

Larousse.<br />

Grand dictionnaire universel du XIX. e sidcle... par Pierre<br />

Larousse^ Paris ; Librairie classiaue Larousse et Boy er, e outras<br />

• typ-, l8


596<br />

Leblanc. WiUe<br />

Le faveur en taill^^.u'œ;/^' Catalogqe. de l'œuvre dej.<br />

G. Wille, ']iar 'gharles Leblanc:• MmimStràïigè; 1848, .<br />

| H •<br />

Lefebre.<br />

• ^ ^ H | if îjji 1 iyp- Vf^ÏÏivs Cadvbnensis, et<br />

|lp|pjÉI|lliari Vcru-H.-ns.i's invenlar.r.u. înÊ pbxcn:r.'.,-.


597<br />

Moreira de Azevedo (Dr.). — O Rio de Janeiro.<br />

O Rio de Janeiro, sua historia, monumentos, ho mens notaveis,<br />

usos e curiosidades pelo Dr. Moreira de Azevedo. Rio<br />

: de jàneiro, B. L. Gamier, livreiro, editor (typ. Cosrhopolita),<br />

is??,.'2 vo'ls. in-4.. 0<br />

Nagler. Lexicons ' .<br />

V '•. Neues allgemeines Künstler-Lexicon... Bearbeitet von Dr.<br />

G, K. Nagler. Munich, E. A. Fleischmann, 1835-1852,<br />

22 v€>ls. in-8.° gr.<br />

Nagler. Monogrammisten.<br />

Die Monogrammisten und diejenigen bekannten und<br />

j unbekännten. Künstler aller Schulen... bearbeitet von Dr. G.<br />

K. Nagler. Munich, George Franz, 1858- i870'(?), 4 (?)<br />

s vols. in-8. p - gr. (obra näo terminada ?).<br />

NaumannE-^r^/y.<br />

Archiv für die zeichnenden Künste, mit besonderer Beziehung<br />

auf Kupferstecher und ihre Geschichte (Archivos das<br />

artes do. desenho> occupando-se principalmente da historia dos<br />

gravadores em cöbre e em- madeira).,.. Herausgegeben von<br />

Dr. Robert Naumann... unter Mitwirkung von Rudolph<br />

Wèigel... Leipzig, Rudolph Weigel, 1855 - 1870, 16 (?) vols.<br />

in-8.° gr. Öbra em via dé publicaçâo (?)•<br />

Novo almanack de lembranças luzo-brazileiro para " o<br />

äüüo äe. 1884. Lisbôa, Lalleniant Frères, 1883, in-i6:° '.l 1<br />

Ottley.<br />

An inquiry into the origin'and early history of engraving<br />

upon-copper and in wood... by W; Young Ottley. London, John<br />

and Arthur Arch, 1816, 2 vols, in-4. 0 gr., com estampas.<br />

Pas.- Vide Passavant.<br />

Passavant. P. Graveur.<br />

Le peintre-graveur, par J. D. Passavant. Lèipsig, Rudolph<br />

Weigel, 1860-1864, 6 vols, in-8.° gr. ,<br />

Passavant. Raphael.<br />

. Raphael d'Urbin et son Père Giovanni Santi par J.<br />

ßvCPassavant... Édition française.i,-- revue et annotée" par<br />

M. Paul. Lacroix... Paris, V.? e Jules Renouant, éditeur (P.<br />

A. Bourdier et CM), i860,. 2 vols. in-8.° gr. •


598<br />

Raczynski. Dictionnaires<br />

Dictionnaire historico-artistique du Portugal pour faire suite<br />

à l'ouvrage ayant pour titre : Les Arts en Portugal, Lettres<br />

adressées à la Société artistique et scientifique de Berlin et<br />

accompagnées de documents; par le Comte À. (thanase) Raczynski.<br />

Paris, Jules Renouard Ç. ie , 1847. în-8.° " •<br />

Raczynski. Lettres.<br />

Les âitë ett Portugal, Lettres adressées à là Société artistique<br />

et scientifique de Berlin, et accompagnées de documents<br />

par le Comte A. "(thanase) Raczynski. Paris, J. Renouard &<br />

CM, 1846. In-8.°<br />

Relatorio apfesentado à Assembléa Gérai LegislatiVa na<br />

quarta sêssâo da décima quirita legislàtura pelo Ministre fe Secretario<br />

d'Estado dos NégOcios do Iniperio Dr. Joâô Alfredo<br />

Correa de Oliveira. Rio de Janeiro, Typ. <strong>Nacional</strong>, 1875,<br />

in-folio.<br />

Réveil & Méfiârd.<br />

MUsêe de peinture et sculpture... dessiné et gravé à l'eau<br />

forte par Réveil avec des notés descriptives, critiques èt historiques<br />

par Louis et kéné Ménard. Paris, V. e A. Mdrel &<br />

C.**j 18^2, 10 vols. ih-t8.°<br />

Revista trimensal do Instituto Historico, Geographico e<br />

Ethnographico do Brasil. Rio de Janeiro, em diversas typ.,<br />

.1839-1883, 46 toirioè, in-4. 0<br />

Revue britannique... 59. me année, n.^55 Mai 1883. Paris<br />

( H ennuyer),<br />

Rôcha Pitta.<br />

Historia da America portuguezâ... composta por' Sébâstiâo<br />

da Rocha Pitta... Lisboa, Officina de Joseph Antonio da Silvay,<br />

1730, in-fol.<br />

Sadeler. Recueil.<br />

Recueil d'estampes, d'après Raphaël* Titien, Ca'ràçhe,<br />

Baroche, Polydore, et autres, et principalement d'après Martin<br />

Devos, gravés par les, célébrés Sadeler. Contenant plus de cinq<br />

çeiits . estampes./WzV, Laurent Cars, 1748, 2 tomos in-folio<br />

maiimb (648 rnillimetros de altura, 475 millimètres de largura).


599<br />

GÍ 'exemplar .da Bibligtheca <strong>Nacional</strong> ¿stâTencadernado em<br />

¿à volume ; • com o ex-libris de Diogo Barbosa Machado. I '<br />

- /O i," tOmo coníita da folha de rosto e de 104 folhas com<br />

fc j^iánil^^BE^daj fol lia) - ffi^jMj&S^V^ ^05- íolífe com<br />

22-^stâmpas : l|fo portanto 496 esí'árnpas||f não par;<br />

PgvMaernatóSas dos Jiadc'lor^s, "<br />

Parece qüe IPw'ffl d'é's'fâfxol lcC^àç, allais tambettl era, ~<br />

vaâõri fendo 111,-lis em. vista òs interèsâes do mercador do qüe<br />

os da árfe, imprimiu e publicou estas estampas sem methòdo, .<br />

folha occ arem i ; le series différentes, ou então<br />

fp imprecas em 1.° lugar estampas qi por < lem < 11 ><br />

nã dõlfecçãõ «jfeVs • ^tag^^jãNSÕt.<br />

¡BTal das suàá, olsfas âe-pstros ^rtStsvWfSTo fíof èxemplo<br />

H 1 PS • ^ftp^'r- ^BQKhI^I<br />

Pi, I t í V a riyado. ppl^^BiMerlo.<br />

Sainte-Marthe Vitífe Gallia Christiana.<br />

Silva (Innocent io Francisco da). %<br />

Diccionario bibliographico p I >ue: estudos de Iiuio-<br />

¿éicio. Francisi o da Silva appíicaveis a Portugal c au Hrisil.<br />

¿iih-t.'* /mf-rwii iVadoitul. 1 «5 «S-l .S83, ío.voi-. In .S." ! gr.<br />

_ Soares de Souza (Gabriel).<br />

• Tratado descriptivo do Brazil em 1587, Obra de Gabriel ,<br />

Soares de Souza Edição castigada e accrescentádã . por<br />

"Francisco Adolpho de Varnhagen. Rio de Janeiro, 1851. —<br />

SsiSí ÉémÀ A lnstitiih^^ Bt&nl,<br />

iVOi. iSçf. ;<br />

'Sousa.<br />

• Historia gen< dogica 1 Casa, Real Portugueza desde a Sua<br />

•I ft n; oj<br />

^Kieys «típfíSereatssim«|FjDiiques de Bragança por I>. '<br />

iptomo'Çaetano (Je -Xsípi M j ¿xtomo<br />

K i M L h , 1735-1,7^9 tom" m rol (incluso*s«|||!<br />

Taborda.<br />

;r itegMS da arte da' pintura... escriptas' na Lingua Italiana<br />

.por Ili&ïïs.'Ai^ BedieádSss; ao... .Marquei «de


600<br />

Borba... por, José da Cunha Taborda... Àccresce Memória<br />

dos • maiá famosos Pintores Portugüezès, e dos melhores Quadros<br />

seus que escrevia o Traductor. Lisboa, Impressão Regia,<br />

t1815, in-4. 0<br />

Teixeira de Mello (Dr.|lf$<br />

: Efihemerides naciónaes colligidas pelo Dr. J(osé) Alexandre)<br />

Teixeira de Mello e publicadas na Gazeta de Noticias.<br />

Rio de Janeiro, 'Typ. da Gazeta de Noticias, 1881, 2 vols.<br />

in-8.° gr., Ka duas col.<br />

Teixeira Pinto (Bento). 1<br />

Prosopopea.. por Bento Teixeira. Reprodticção fiel da edição<br />

dé 1601 segundo, o exemplar existente na Bibliothecâ <strong>Nacional</strong><br />

, e Publica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Typ. do Imperial<br />

Instituto Artístico, 187.3, i n ~4-°<br />

Thausing.<br />

Albert Dürer, sa.yie et sès ceuvres par Moriz Thausing,<br />

traduit de 1'allemand avec rautorisation de 1'auteur par Gustave<br />

Gruyer... Paris, Pirmin Didot C. ie , 1878, in-4. 0 gr.<br />

Trusler.<br />

The Works of Williám Hogárth... by the Rev. John<br />

Trusler and o the rs... London, The London Printing and Publishing<br />

Company, ;s.' d. (1833 ?), in-fol.<br />

Van-Dyck.<br />

-, Lê ca.binet des plus beaux portraits de plusieurs Princes<br />

et. Prineesses, des Hommes illustres, Fameux Peintres, Sculpteurs,<br />

Architectes, Amateurs de la' Peinture & autres, faits par le<br />

fameux Antoine Van Dyck... Lesquels l'Autheur .mesme a faict<br />

Graver ^à seâ, propres despens /par fès melieurs Gravéurs de soií<br />

teitips. A Anvers, chez Henry ò* Corneille Verdussen... (sem<br />

data). In-folio.<br />

Vapereau.<br />

Dictionnaire uniyersel des contemporains... par G.-Vape-.<br />

reau. Paris, H.achette &> C. ie , 1870. 1 vol. in-8.°<br />

Varnhagen.<br />

Historia geral do Brazil... pelo Visconde de Porto Seguro<br />

(Francisco Adolphò de Varnhagen)... WÊ edição... Rio de Janeiro,<br />

em casa de E. 6° H. Laèmmert (Vienna, Imprensa do<br />

Filho de Carlos Gerold), sem data (1876), 2 vols. in-8.° gr-


601<br />

Vieira Lusitano (Francisco de Mattos Vieira, dito).<br />

I' 0 insigne pintor e leal esposo Vieira Lusitano, Historia<br />

yërdàdeira> que/elle escreve em Cantos Lyricos... Lisboa, Offidna<br />

Patriarchat de Francisco Luiz Ameno, 1780. In-8.°, com<br />

os retratos do autor e de sua mulher em uma só estampa.<br />

Villot.<br />

V ' Notice des tableaux exposés dans les galeries du Musée<br />

Impérial du Louvre par Frédéric Villot... 3.® partie. Ecole française.<br />

3.® édition. Paris, Charles de MourgUes Frères, 1864.<br />

In-12.<br />

Volkmar Machado (Cyrillo).<br />

Cpllecçâo de memorias relativas ás vidas dos pintores, e<br />

escultores, architectes,' e gravadores portuguezes, e dos Estrangeiros,<br />

que- éstiverão em Portugal, recolhidas, e ordenadas<br />

pòr Cyrillo Volkmar Machado... Lisboa, Victorino Rodrigues<br />

da .Silva, 1823, in-4.*<br />

Weigel.<br />

, Supplements au Peintre-Graveur de Adam Bartsch, recueillis<br />

et publiés par Rudolph Weigel... Leipzig, R. tVeigel, ,1843,<br />

in-12. 0 .<br />

Wolf.<br />

Le Brésil littéraire. Histoire de la littérature brésilienne...<br />

par Ferdinand Wolf... Berlin, A. Asher &'C.°, 1863, in-8. 0 gr.<br />

Zani.<br />

Enciclopédia metódica critico-ragionata delle belle arti<br />

dell'Abate D. Pietro Zani. Parma, Typ. Ducale, 1819-1824,<br />

28 vols., in,8.° gr.


CATALOGO


•ï'-'è<br />

N IGELLOS


ANONYMO I.<br />

N.° 1. — O triumpho de Galathéa, segundo Raphael.<br />

><br />

Galathéa, em pé, com o rosto voltado para a direita,<br />

dentro dê uma grande concha com rodas, puxada por'dois<br />

golphinhos que se encaminham para a esquerda, .vem acompanhada,<br />

dé tritões e nereidas e precedida por um Amor, que<br />

segura , com ás mãos as barbatanas peitoraes de um dos golphinhos,<br />

parecendo como qüe o querer dirigir.<br />

; . No ar vòâm mais quatro Amores, tres dos qüaes despedem<br />

settás contra os tritões e nereidas, e um quarto carrega<br />

um feixê de settas.- Ò fundo'do nigello está coberto de talhos<br />

crüzados. Em baixo, á esquerda, acha-se a taboleta em branco<br />

de M. A- Raimondi (Vide o n.° 42 dá taboa dós monoV<br />

grammas, J, Cópia invertida da estampa de M. A. Raimondi, n.° 350<br />

de B.. (xiv, sem marca ou monogramma "do copista,<br />

nem ¿ata.<br />

y.. Altura, 88 millimetros ; largura, 62 millimetros.<br />

D'este nigello, que aliás tem os característicos proprios<br />

de tàês provas de impressão, descriptos por Duchesne ainé,<br />

Nielles, ás paginas 84 e seguintes, diz o. mesmo autor, á pagina<br />

225 da dita obra : « O triumpho de Galathéa, que Raphael<br />

pintou no Vaticano, foi gravado por Marco Antonio, e este<br />

nigello é sem duvida uma cópia "feita segundo a estampa d'este<br />

"rgràvador, pois que tráz a sua taboleta. Mas por ter o fundo<br />

coberto de; talhos cruzados, deve esta peça ser considerada<br />

como prova de um nigello, provavelmente dos mais modernos,<br />

visto como o uso,"vdas alfaias d'esta natureza cessou inteirâ-,<br />

mente, segundo afiirriia Cellini, desde o principio do XVI<br />

./século. »<br />

feiPassav^nt, P. Graveur, n.° 236, voL^ii, pag. 279, diz<br />

que Zanetti conta somente quatro exemplares d'este nigello,<br />

^impressos em-papel; podemos pois addicionar que hoje é<br />

^conhecido mais Um quinto, o exposto na Bibliotheca Na-<br />

'cional. *<br />

á* Vide Annaes da Bipliotheca '<strong>Nacional</strong>, artigo « Dos Nigéllos.»,,<br />

i, pp. 142 e "seguintes/


II<br />

GRAVURAS


ESCOLA ITALIANA<br />

MANTEGNA (ASURÉ»<br />

¡|f,: ; A lidié SM'ahtegna, pin |r a buril, 'nlfctido&em<br />

HBiSeih i4fiSe5felleiido aii.ManSSi.ia"ía'de'§§leifM|||&<br />

1506, foi. a- principio pastor, m sua proj nsao para as<br />

arte de imitadlo o levou a empregar os seus l em I sentar<br />

os objectos, que Ihe impressionava vist Francisc<br />

Sq cic 1 nominado o pae do ntore 1 1 1 tlhecimen<br />

'est j idaó de \ Mantegna, tomou a sen cargo a<br />

sua educado e tai 1*1 imizad lhe teve, qui * icabou ] 05<br />

ü t tfÜ^E^ir' filS e' instituil-^^f hiMa-Tjj.<br />

por certo 0 inventar da* gra\ ura,<br />

mas nao é menos verdade que contribuiu para o incremento<br />

d esta arl ' entáo na h, referindó-sé a autores<br />

S 1 r D • • Jtjl • B H * .j<br />

irara em Roma-, e accresceiita ¡jue,<br />

pfet'-J-gra^a-T m?' añilo ' •<br />

lí í' t u n l / 1<br />

¡¡fes 9: 4itjfcsMo ww ¡fe fMí B® • %li§H¡¡i<br />

'sua maneira de. grayar, cpm sombras executadas por tragos<br />

pá-ialMos, duros, e nao por tragos cruí los (hachu<br />

Como pintor, A Mantegna é aínda hóje müito estimado<br />

pelo conjunctó das suás boas partes: desenlio correcto, judi-<br />

..ciosa ordenagaoj excellente harmonía, conhecimerito da per<br />

spectiva e do escorio e viveza do colorido , •• 1<br />

Á. Mantegna foi, fg^^^^^SíSwej^ffiprglégWO,,! 1 ®''<br />

B M ¿ n t u a , que,' .1 •f<br />

leño, e pelo JnQp^^^i^y líl.<br />

N.° 2. — Jesús Chrísto descendo ao limbo.<br />

• No-méio, o Salvador,. visto pelas cc ., com urna bandeira<br />

ná. tnáo esquerda, a porta do limbo; i esquerra, o<br />

, ! bom ladráo, de pé, segurando lima grande cruz ; á dircita,<br />

2,añeiáos- e urna mulher ; e no alto da<br />

íloia dos„qUáeS tOcaado trOIfllletá


612:<br />

No yão da porta, á esquerda de Jesus Christo, vêem-se<br />

duas figuras, unia a meio corpo e a outra mostrando somente<br />

a cabeça.<br />

• Bellissima estampa, muito rara.<br />

O exemplar exposto está um poucó mutilado; as dimensões<br />

indicadas são pois as maiores encontradas:<br />

Altura, 431. millimetros; larguray 333 millimetros.<br />

N.° 5 de B. (xm, 231).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

CADUCEU (MESTRE DO)<br />

N.° IO.<br />

Diversos são os nomes dados a este artista: uns erradamente<br />

.0 chamam Francisco de Babylonia; outros, em consequência<br />

do-lugar do 'seu nascimento, e prolongada moradá em<br />

Veneza, dão-lhe o nome de Jacob Walch (Italiano) ou Jacob<br />

de Veneza; estes o de Jacometto; e finalmente aquélles o _de<br />

Jacob de Barberino, Jacob de Barbaris ou de Barbarj. Comquanto<br />

eile proprio se tenha assignado em um quadro existente<br />

na Galeria de Augsburgo Jac.° de Barbarj P. 1504,<br />

com a marca do Caduceu, e em um recibo, escripto em italiano,<br />

passado èm 1510 a Diogo Flores, thesoureiro de Margarida<br />

d'Áustria, Jacobus de Barbaris, também com o Caduceu,<br />

nem por isso é certo, segundo Pàssavant, Le Peintre Graveur,.<br />

que ò:. verdadeiro appellido de familia do artista seja esse,;<br />

porquanto tendo elle angariado a protecção da distincta familia<br />

veneziana Barberi ou Barberini, é possível que esta lhe tivesse<br />

permittido tomar o seü nome, como então sucçedia em Italia;<br />

seja porém como, fôr, em iconographia o 1 artista é geralmente<br />

conhecido pela denominação de Mestre do Caduceu.<br />

• Sobre outros pontos da sua vida'têm havido também<br />

controvérsias; e apesar das pesquizas até hoje feitas, persistem


613:<br />

ainda duvidas e incertezas: assim tem-se-lhe dado por patria<br />

a Allemànha,; á Hollanda, a França e a Italia; a data dó seu<br />

nascimento não é conhecida còm exactidão; e o lugar e data<br />

da sua morte são' inteiramente ignorados. A este respeito o<br />

que se tem podido apurar é que: nascêra cêrca de 1450,<br />

indubitavelmente em Veneza; em 1 de Março de'1511 ainda<br />

vivia, como consta de um acto de Margarida d'Austria, Goverfnadora<br />

dos Paizes-baixos, eoncedendo-lhe nessa data. uma pensão<br />

annual de cem libras, emattenção aos seus bons e contínuos<br />

serviços e á sua debilitação e velhice; a 17 de Julho de 1516<br />

já era fallecido, porque, no inventario, então feito, dos quadros,<br />

livros, jóias e moveis, que possuia a mesma Margarida d'Austria<br />

rio seu pàlacio de Malinas, se faz menção de vários quadros pintados<br />

pelo finado Mestre Jacob de Barbaris; e que fôra pintor<br />

a oleo e em miniatura, nigellador, esculptor e gravador a buril<br />

è em madeira.<br />

Por muito tempo viveu . em Veneza o Mestre do Caduceu,<br />

'considerado e estimado, trabalhando principalmente como<br />

pintor; pouco antes de 1495 fez uma viagem a Norimberga,<br />

onde conheceu è tratou de perto com Alberto Durero, voltando<br />

depois á sua patria não se sabe quando.<br />

:'V Segundo opinião,, que prevaleceu por muito tempo, foi-se,<br />

em- 1506, aos Paizes-baixos, em companhia do Conde Philippe<br />

;d.e, Borgonha, passando por Norimberga; Carlos,, Ephrusi<br />

porém {Gazette des beaux-arts, xiií do 2. 9 periodo, pp. 378<br />

e. seguinte) nega estes factos e data; entretanto não é menos<br />

certo que o nosso artista fôra chamado por es.te prineipé.aos<br />

Paizes-baixos, que ahi residira por longo tempo, fazendo<br />

muitos trabalhos para o dito. Conde e para Margarida<br />

d'Austria. •<br />

. . As gravuras abertas em metal pelo Mestre do Caduceu,<br />

umas no gosto allemão, outras no italiano, revelam mão hábil<br />

em manejar o buril; a maneira porém por que são gravadas é<br />

muito desigual. Esta desigualdade tem.fácil explicação': alternadamente<br />

sujeito á influencias diverêas e até-contradictorias,<br />

á de : João Bellini, de André Mantegna e dos Állemães, não<br />

possuindo o condãò de imprimir ás concepções alheias certo<br />

cunho de originalidade, apanhando aqui e acolá 0 que estava<br />

•nas forças do seu talento, o Mestre Caduceu /nunca teve "uma<br />

janeira inteiramente pessoal, nem podia deixar de ser desigual,<br />

com0 todos _os artistas que, por mais hábeis que sejam,<br />

substituem a inspiração pela experiencia, imitam antes obras<br />

alheias do que cream composições próprias. Deve-se ainda<br />

observar que, em muitas estampas, a maneira de gravar do<br />

nosso artista se approxima da de Alberto, Durero, principal- ;


614:<br />

"mente nas primeiras - obras doeste mestre ; o que é talvez'<br />

devido antes ã terem ambos bebido' na mesma fonte < Mártiffi.<br />

Bèppf|p!® o-aittrci. %<br />

A obra- gravada do Mestre do Caduceu consta de 30 estampas<br />

abertas em metal : ¿4-descriptas por Bartsch ejlSpor<br />

Passavant, I^ifíir^^rti^íír, e dê um xylògraphia,-10 fainQ:i||<br />

planó ítc Veneza, gravado em 6 pranchas, de 147S a 1500.<br />

Esta gravura é, ao quê parece, a mais antiga das Ws"<br />

aâada.Va de<br />

altura" e' 1,^6 de largura,' quando todas as suas folhas<br />

reuni.las. •PaSsávantjÇàft^à^fcj»^, attri-bi^^#í!í(SSUrtÍs§í<br />

mais duas xylogrãphias (n. 31 e 32); Eimlio^GaMioï<br />

porém f/ÉíüWWflíí^ ÜaSe arts, x\ do 1 ¡peETCidcf, .p^'^jlM<br />

é de opinião que essas estampas não são obra do MfeíítrèJ<br />

'Gkki^^^vi^o ^mo nada têm do^eu estyló ê maneira. -<br />

O ; Mestre ^»tead|»3j e, apesar dos^Veus<br />

dèrado eepio um (los" ípais famosos gravadores do ,'seu tempn.<br />

I n fazâoefetjpiad^ P^ó^^^KjflS<br />

meii^S ^raridade â^Z<br />

":.VSféiâpii^î^'S^Spï- 516-527j-' Passf-vant,' jP4ntr(,,(jfié<br />

1%iur, m, pp' > ÇmefiO^ des \be(iiix-art^ xi i.°<br />

' pènoMBfe & m é 445-459. vnifflaí.* p<br />

1223-230 ; e xiii do 2." período, pp 363-^2. 1<br />

n.° A Sacra Familiai<br />

Ao pé de uma arvore, no meio dã estampa, a Virgem<br />

Sai 1 1 así nt tem a mão direita sobre um. livro aberto,<br />

e coin a esquerda achegâ I íinò Jesus, que está .em<br />

pé junto d'ella. Por , detraz e á esquerda da Virgem, vê 56<br />

uma Saarfa«,mulher, ei pe, ç aa^esqjjerda J^Muiri-aíjji<br />

d eátí grupo aperto dt^<br />

uma arvore, á direita, S. José,<br />

rando com glWiiasf m%ps uma Ssp«fa, cuja poftta 1, . j<br />

«hiaoíSa^<br />

uma fonte de mad ingEra»* ' •*- ^ . v* Mnjj<br />

' A marca do gravador (h." 10 da Taboa dos


615:<br />

MONTAGNA (BENEDIÇTO)<br />

Benedicto Montagna, pifitor e gravador a bütil, násCêji<br />

etti Vicéncia; a datâ dõ §eu naScimêiito é duvidosa: uns á<br />

di2èm desconhecida, emquarito outros á mencionam com precisão,<br />

aifidâ que discordando entre si, 1458 (Huber & Rõst),<br />

1516 (fèâSãn); parece porém certo que floresceu no Cõiftêçó<br />

do XVI século} è tnórreü em Verpnnâ em I530. B. Môfitâgná<br />

trabalhoü durante qúâsi toda á Sua vida em Vênêzà, tofnandó<br />

ppf ínodelòs, fia pintura, a JoãoBellini, ê na gravura, a<br />

Marcos Antofiiõ Raimóftdi.<br />

; Á's estampas de Bènêdictp Montagfiá são duras, talvê?<br />

por terem sido abertas nõ COffieçõ dá arte dá gráVura em<br />

Itália, e muito taras.<br />

n.° 4. — S. Paulo o Eremita.<br />

Á esquerda, S. Paulo, de pé, encostado a uma arvore,<br />

com um livro na mão direita, íazendo com a esquerda um<br />

aceno, contempla S. An tão, morto, á direita, visto pelas<br />

costas, sentádo, com o braço direito sobre uma pedra, á<br />

élitrada da gruta em que morava. No 2. 0 plano": o mar ê<br />

alguns barquinhos.<br />

Sem data, nem assignatura do gravador.<br />

Altura, ij5 millimetros; largura 171 millimetros.<br />

N.° 42 de Pas., P. Graveur (V, 156).<br />

Da Real Bibliotheea.<br />

RAIMONDI (MARÇOS ANTONIO)<br />

m â<br />

N." 5. ' N / 43'.<br />

. Marcos Antonio Raimondi, mais conhecido por Marco<br />

Antonio ou Marcantonio, ourives, idesenhador é gravador a<br />

buril, nasceu em 1487 ou 1488, em Bolonha, onde falleceu pelò<br />

atino de 1539. •<br />

Aprendeu o desenho, e a gravara com Francisco Raibo-


616:<br />

lini, dito Francia,, ourives e pintor, para quem trabalhou obras<br />

de nigello, em cujo exercício se familiarizou com o manejo do<br />

1 buril e com .os princípios e prática de gravar a tálho-doce.<br />

As suas relações com Francia duraram muitos annos e foram tão<br />

intimas, que M. A. Raimondi -foi cognominado Marco Antonio<br />

di Francia. De Bolonha passou-se para Veneza:, onde<br />

viu pela primeira vez a Pequena Paixão de A. Dureró, da<br />

qual fez uma cópia em aço, imitando exactamente a maneira<br />

das xylogíaphias do grande mestre allemão; de Veneza passóu-se:<br />

para Roma. Nesta cidade travou relações com Raphael,<br />

captando-lhe ém breve as bôas graças; assistido dos<br />

seüs conselhos, gravou muitas composições d'este mestre e até<br />

diz-se que este gravava os contornos nas chapas que o discipulo<br />

abria, para-que o desenho d'ellas fosse reproduzido com<br />

toda a fidelidade.<br />

Depois da morte de Raphael, Julio Pippi, cognominado<br />

Romano, empregou M. A. Raimondi em reproduzir pela gravura<br />

as suas composições, d'en£re as quaes uma serie de 20<br />

estampas sobre assumptos lascivos, ditas As posturas, acompanhadas<br />

de sonetos, tanto òu ainda mais livres que as estampas,<br />

compostos por Pedro Aretino. Por causa d'esta serie<br />

incorreu Marco Antonio no desagrado do Papa Clémente VIII,<br />

que 0 mandou encarcerar,. sendo afinal posto em liberdade<br />

pela intercessão do Cardeal Julio de Mediçis e do pintor<br />

Baccio ^Bandinelli. O maityriò di S. Lourenço, que M. A.<br />

Raimondi gravou segundo o mesmo Bandinelli, em gratidão<br />

ao. serviço que este lhe prestára, agradou tanto ao Papa, que'<br />

se constituiu desdê então protector do gravador.<br />

Á tomada e saque de ,Roma pelos Hespanhoes, em 1527,;<br />

M. A. Raimondi perdeu todo o seu haver, o que o obrigou<br />

a tornar para Bolonha, çmde viveu retirado até fallecer.<br />

Marco Antonio, emulo de Alberto Durero e de "Lucas de<br />

Hollanda, foi o primeiro gravador italiano que elevou a sua arte<br />

á perfeição até então desconhecida em Italia, principalmente nos<br />

assumptos qué gravou segundo Raphael. A reputação d'este<br />

famoso gravador, espalhada não só pela .Italia, como também<br />

por outras partes da Europa, attrahiu á sua escola muitos discipulos:<br />

Agostinho Venéziano, Marcos dé Ravenna (os mais<br />

notáveis), o Mestre do dado, Julio Bonasone, Jacob Caraglio<br />

(João), Enéas Vico, os Ghisis, Nicolau Beatricio, Bartholomeu<br />

Beharn, Jacob Binck e Jorge Pencz.<br />

As estampas de M. A- Raimondi são muito desiguaes; e<br />

podem, segundo a maneira por que foram gravadas, ser divididas<br />

em quatro classes ; nas duas primeiras devem ser incluidas<br />

as que, gravou em casa de Francia, as quaes são


617:<br />

desenhadas sem muito gosto., por vezes incorrectamente, abertas<br />

com buril sècco è duro, talhos mal ordenados é estreitos > as '<br />

da 3. a classe, executadas na pujança do talen.to do artista, pela<br />

maior parte segundo Raphael, são notáveis pela. graça, expressão<br />

e correcção dp desenho e pela nitidez, , bom gosto e delicadeza<br />

do buril- ; as da 4.' finalmente, gravadas nos últimos<br />

annos da vida do artista, São uni poupo inferiores ás. da 3."<br />

lidasse (Vide B., xiv pp. ix a xi). •<br />

•f Marco Antonio trabalhou desde 1505 até ao anno em que<br />

'falleceu.<br />

5. — A Virgem Santíssima sentada èm um<br />

throno, segundo Raphael, ou discípulo da sua<br />

escola.<br />

A Virgem assentada em' 1 uma cadeira, cujos pés representam<br />

patas de leão, pousa a mão direita sobre um livro febhado,<br />

e Com a outra segura o Menino Jesus; sentado no seu<br />

.regaço.<br />

Por detraz da cadeira vê-se uma cortina, como servindo-lhe<br />

de espaldar, e mais além um parapeito; no 2. 0 plano,? uma<br />

paizagem com casaria.<br />

A,gravura não está acabada ; as duas extremidades superiores<br />

da cortina e a pata do leão (á .esquerda) estão abertas<br />

somente a traço. Ao dizer de Passavant, a razão por que M.<br />

A. ¡ 'Raimondi não terminou esta obra, foi por se ter desgostado<br />

d'ella. Sem data, marca ou monogramma.<br />

Altura, 176 millimetros ; largura, 131 millimetros.<br />

N.° 46 de B. (xiv, 52) ; N.° 19 dè Passavant, P. Graveur<br />

E? 'fflff--<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 6. — O julgamento de Párís, segundo Raphael.<br />

Páris, de perfil para a direita, sentado á esquerda da<br />

estampa, entrega ,© pomo a Venus, em pé diante d'elle, entre.<br />

Juno, que o ameaça com a sua vingança, fazendo para elle<br />

tim gesto çòríi a mão direita, * e Pailas, que se vê de costas, já<br />

tratando de embuçar-se no seu manto. Por sobre as cabeças


618:<br />

de Veiius é Pallas, um gênio alado, que adeja no ar, trata dê<br />

pôr" na éabeça da vencedora uma corôa de loureiro, que tem<br />

na-"mão direijá; .perto de Vénias 0 Amor afagando-a ; entre<br />

Páris é 0 grupo das contendoras, Mércurio dispondo-sè a<br />

•levar a nova aos deuses no Olympo; por détraz de Páris, na<br />

extrema esquerda da estampa, três nymphas; e em baixo, á<br />

direita, dois Rios e uma Nayade, sentados ^no chão. No alto<br />

vê-se.: no meio, precedido por .Castor e Pollux, montados acavallo,<br />

o Sol na sua quadriga, cercado dos signos do zodíaco •<br />

e na extrema diiièita, Júpiter, com a "sua -águia, acompanhado<br />

pdr Gany medes, Diana .e. outra deusa, são transportados no<br />

ar por Um Vento.. Em baixo lê^se;.: «Sordent prae forma/<br />

ingenivm.. viRTvs. / regna avrvm », em uma taboleta, á esquerda;<br />

e « Raph. Vrb (e não Vrbi) / (monogramma n.? 5<br />

da Táboa dos monogf.) inven um pouco para a direita.<br />

Sem data.<br />

A estampa exposta, além dos precedentes caracteres descriptos<br />

pelos iconographos, apresenta a seguinte differença:<br />

a -pequena porção do panno, perto da mão direita da figura<br />

que representa o Vento, está gravada, sómente a traço e não<br />

sombreada.<br />

Altura, 434 millimetros; largura, 293 millimetros.<br />

N.° 245 de B, (xiv, 197), estado, não descripto.<br />

Esta estampa é das mais perfeitas, do buril de Marcos<br />

Antonio Raimondi. Para fazer sobresahir. os claros da gravura,<br />

o artista passou pêdra-pomes na chapa, depois de aberta; as<br />

estampas »impressas pela chapa assim trabalhada apresentam<br />

um effeito de claro-éscuro muitp notável. Nas .primeiras provas,<br />

a cujo numero pertence ^estampa exposta, descobrem-se facilmente<br />

os traços da pedra-pomes em muitos lugares (Vide Passavant,<br />

Peiktre- Graveur, n.® 137, á pp. 25 e 26 do vi). .<br />

Um soberbo exemplar d'esta bellissima gravura foi vendido<br />

em Paris, em 1875, no leilão da collecção de Emilio<br />

Galichon por 6705 francos.<br />

Da Real. Bibliotheca.<br />

MUSI (AGOSTINHO DI), dito O Veneziano<br />

' Agostinho di Musi ou de Musis, mais conhecido por<br />

Agostinho Veneziano, desenhador e 'gravador a buril, nasceu<br />

em Veneza cêrca do anno de 1490 e falleceu em Roma pelo<br />

anno . de 1540 (Huber & Rost). Os autores não mencionam<br />

quera i foi o primeiro mestre de Agostinho Veneziano ; entre-


619:<br />

tanto é èerto que em 1516 já elle trabalhava em Florença,<br />

onde gravou uma estampa (n.° 40 de B., np vol. xiv, pp. 45-46),<br />

segundo André dei Sarto. D'esta cidade passou-se A. di Musi<br />

á Roma e ahi trabalhou sob a direcção de Marcos Antonio<br />

Raimondi, cuja maneira de gravar imitou; por vezes mui felizmente.'<br />

Foi na escola d'este mestre, que travou réláçòes com<br />

Marcos de Ravenna, Com quem se associou, para gravarem<br />

juntos; depois de 1520, porém, separóu-se d'eile e cada qual<br />

trabalhou por conta própria. •. .<br />

8 As estampas de Agostinho Veneziano, abertas com buril<br />

fino, são por vezes incorrectas no desenho, o quê não' obsta<br />

,que eile seja considerado como um dos mais distinctos gravadores<br />

"do seu .tempo. A. di Musi: floresceu de 1509 a 1536<br />

(datas extremas que se encontram nas suas estampas).<br />

N.° 7. — A batalha do terçado, segundo Julio<br />

Pippi, dito Romano.;<br />

As. estampa representa os Carthaginèzes combatendo contra<br />

os Romanos ao mando de Scipião*. Por toda a parte cavalleiros<br />

batem-se com soldados a pé; á esquerda: no i.° plano,<br />

jaz no chão um homem morto e junto d'elle um terçado, do<br />

qual á estampa tirou a denominação por que é conhecida, é<br />

no-.fundo, uma cidade ardendo em chammàs.<br />

r- '.As lettras « -A • V- » oçcorrem esçriptas em uma taboleta,<br />

que se vê no chão em baixo; á direita. Sem data.<br />

Altura," 337 millimetros ; largura, 4.^3 anillimetros..<br />

' N.° 212 de B. (-XIV, 173); N.'° 40 dé Passavant, P. Graveur<br />

(vi, 55).<br />

Cópia invertida, cuidadosamente aberta, da estampa n.° 211<br />

de B. (xiv, 172), gravada por Marco Antonio (?) ou por Marcos<br />

de Ravenna (?).<br />

: í)a Real Bibliotheca. '.<br />

N,° 8. — O guerreiro, segundo Raphael.<br />

Nú, marchando para a direita, com o rosto voltado para<br />

^esquerda/ : para onde aponta cóm o braço direito estendido,<br />

em%açando um escudo redondo no esquerdo, do qual pende<br />

um'manto curto que lhe cahe sobre as costas.- No i.° plano,


620:<br />

á direita, jlma|Rf d#®vQ$!,*'e íô./ V*¡í'cleímar com á<br />

Sem . a, MHBfcnmaBft^»^^<br />

e iê|D data,: Iio^B||?#stámpáSS<br />

I B H H n 103 millimci ' i j<br />

HB&^ftH^^JHHf wPHp^íÁ â-áí -í<br />

VmOrJfk, ôiippMBí diz a resp i ' i ¡t r i 1<br />

'-¡íi 0 c0: B H D 1 H^Q^D M M magros"?!<br />

ij i f l > ) '"H* H<br />

H «-»pP H a Smargeift BrafflSdlsi ídrWceiM<br />

á Real BibIiotliécEir : r' l,<br />

GHISI Bñif BA]'IC6T& DITO^C ManlmmSik<br />

ibm-<br />

N.° 1.<br />

- 1 ' J^ão Baptista GJmsí, ^dlp lletiano ca I/fi^Ê^^Wdm bem<br />

Miinfuan-í. íoi grçlUlHHH&m&t; pinè^H j|iaiiád ; ó%a buril<br />

^ n b A j f l i j C ^ ^ a ^ r d e artistas, que «Snartun «BâÉíJi<br />

mobrenom? pátrio; de Mhntteüinrfstf '<br />

m ^ J B a i-esjSSo das da WSfíl êda:i<br />

?|Hube);» Eosfli5o3®e,Blaítc), i5®B ,! • -^l-^jjl<br />

^"cS^ÍP á data da morai ^dj7 ^BMsvl^ qffêr é ^^ratiUiçieiite<br />

desconhecida , cntret-iflíb, Jsê Blan}. affirma "jal<br />

Ghisi morreu cm 1575 Este artista teve ] 1 mestres<br />

Pippi.ditòftitioMániiMb^ítz Jofij^M<br />

JaliosEomanó tive^e^idq mestr&É|| J. B.<br />

Críiiái; állCgaffd^na^S^a ido em i49i,''Ti|ó'-..qjodia i'et<br />

stdò discípulo^d'aqu^Ue, um aimo/lep^J&y<br />

c o m • '^'IB^á do'jpaajhjjb 3e J. ,B. GljUMMer<br />

15*% este argumento, de |||B;:ét pódèKlÉf " 1 3<br />

çludènte.:<br />

sua^Tmãtfeira^fle gravar,<br />

assemelha Jte a de ífcfffSi Antonio Ranfjpndi, iSainda mais<br />

especialmente á do Mestre dp dado.


621:<br />

9. R— Um Amor tocando cravo.<br />

|V Ürá menino âladò, visto pelas Costas, quasi de perfil para<br />

a direita, sentado no chão,,discorre o teclado de um cravo, posto<br />

diante d'elle, encostado a uma arvore; em baixo, á direita, vê-se<br />

um facho/ revirado, e, dependuradas na arvore, -as armas do deus<br />

da gíierra.<br />

. Em baixo occ'orre: á esquerda/ o monogramma do gravador<br />

(Vide o monogr. n.° i) pé á direita, a data «1538 ».'<br />

. Altura, 86 millimetros; largura, 123 millimetros. 1<br />

||i B.- (HÍÍ^BÇ 0 12 LB - S' D<br />

P&tía Real BiMlotbeea 5 .. ,<br />

DENTE J(MAR5«H<br />

ySC<br />

4 3 .<br />

Marcos Dente, mais conhecido pelo seu nome pátrio Marcos<br />

Ràvtgnano ou de Ravenna, nasceu nesta cidade em 14.96 e<br />

morreu em Roma em, 1550. . .,-, > ,/ • _ '<br />

Foi discipulo de Marcos Antonio Raimondi ao mesmò<br />

tempo que Agostinho Veneziano, com quem trabalhou de parceria<br />

até 1520, anno em que se separaram, começando então<br />

cada qual a marcar as suas estampas com o proprio monogramma<br />

Òü as lettrás iniciaes do seu nome.<br />

• 0 talho .de M. Dente não é sempre uniforme ; parece que<br />

não erà forte no modo de dirigir os talhos cruzados (Jiachures),<br />

o que entretanto o não impedia de fazer cópias fidelíssimas e<br />

muito bellas, como a Matança , dos innoc entes, sob n.° 10<br />

d'este Catalogo, e outras.<br />

. As. estampas de M. Dente, parecem-se um pouco com as<br />

. :de, Agostinho Veneziano e ainda mais com as de seu mestre<br />

M. Air- Raimondi; entretanto um olho amestrado nunca as<br />

íçonfundirá com as gravuras d'estes dois artistas.<br />

Vide a descripção ,dà estampa n.° 13 d'este Catalogo.


622:<br />

N.° 10.B-A matança dos innocentes, segundo<br />

.Raphael.<br />

A scena passasse em uma praça, onde se vêem carrascos<br />

mulheres e crianças, ao todo 23 figuras, das quaes as mais<br />

notáveis são : áe^querda, uín homem nú, desembainhando com<br />

a mão direita uma espada, e çoih a esquerda puxando pelo pé<br />

uma criança que sua mãe aperta ao seio, para a salvar; no meio,<br />

uma mulher, dé frente, com a boceà aberta, corre espantada<br />

para o espectador, eoiíi o filhinho nos braços ; á direita^ outra,<br />

-com. um joelho em terra, repèlle com a mão. esquerda o braço<br />

de um carrasco, também nú, no acto dé desfechar um golpe<br />

de espada contra o filhinho, que ella segura com a direita; &.<br />

No 2. 0 plano: no meio, uma ponte e casaria; á direita,<br />

pérto dó cai\to. superior) uma mouta de arvoredo, onde se não<br />

encontra uma arvore esguia, semelhante a um pinheiro ; e j.<br />

esquerda, sobre um pedestal, lê-se:- « Rapha / Vrbi / inven.<br />

A F M em monogramma (Vide o monogr. n.° 5) ». Sem data.<br />

Altura: á esquerda, 272 millimetros; á direita, 276 milímetros./<br />

Largura, 419 millimetrqs.<br />

N.° 20, 2." estado, de B. (xiv, 23)'; Cópia da estampa,<br />

dita Ao*pinheiro (au chicot^ alia falcetta)., descripta por B.<br />

(xiv, 21) sob n.° 18.<br />

As estampas n. os 18 e . 20» de B., gravadas no mesmo sentido<br />

em 2 chapas "'differentes, distinguem-sé entre si pela existência<br />

ou não do pinheiro; além da sua belleza, ellas têm-se<br />

tornado celebres pelas discussões que têm motivado.<br />

Tempo houve, em que se disse ter sido M. A. Raimondi<br />

o grávádor de ambas as chapas ; esta opinião porém, que sé<br />

originou dè uma anecdota contada por Malvasia, não é seguida<br />

hoje por quasi ninguém.<br />

• Bartsch é de opinião que a estampa com o pinheiro<br />

(N.° 18 de B.) é obra de M. A. Raimondi e qúé a chapa sem<br />

o pinheiro (N.° 20 de B.)?fói gravada por Marcos Dente de<br />

Ravenna; Zani attribue, pelo contrario, a M. A. Raimondi a<br />

estampa n.° 20, e a M.Denté a n.° 18; finalmente Passavant<br />

diz ter plena convicção de que % estampa com o pinheiro é<br />

obra do buril de Jorge' Pencz e que a estampa sem o pinheiro<br />

é indubitavelmente gravada por M. A. Raimondi. Na impossibilidade<br />

de darmos um juizo definitivo sobre o assumpto,- e<br />

forçado a tomar um partido, adoptamos a opinião dé Bartsch.<br />

Vide Bartsch .¿(xiv, 19-24); Zani (11 parte,, v pp-i<br />

349 e seguintes); Passavant, P. Graveur (iv, pp. 101 e 102,<br />

e n.° 9 no volume vi, pag. 12); Delaborde, n.° 22 (pag. 209);


623:<br />

• Ejuchesne ainé, Galerie de la Bibliothèque Imperiale, (n.° 49<br />

pag. 31)- 'V• ' ..••"<br />

§£§§: íEsta estampa, muitö bella e raríssima, € á opra prima do<br />

gravador. Pertenceu á Real Bibliotheca.<br />

Um exemplar d'ella já foi vendido pór 7,500 francos.<br />

n. 0 11- — Venus ferida por um espinho de roseira,<br />

É; segundo Raphael. . ><br />

fs/- Á esquerda, pérto de uma moita de matto espesso, Venus,<br />

nua, de perfil para á direita, sentada em um panno estendido<br />

no chão, tira do pé esquerdo um espinho de roseira. Em baixo,<br />

â direita, um coelho; e no 2,? plano, um castello no cume<br />

de um monte,' por cujo sopé passa um rio.<br />

, , Em baixo," pCeorrem :' o mónogrammá n.° 43, sobre uma<br />

pedra, á esquerda; e « Ani. Sal. exc. », á direita.<br />

Altura, 262 millimetros; largura, 168 millimetros.<br />

1 I N.° 32,1 de B..'(xiv, 241 - 242).<br />

f} Ainda que Bartsch não o diga, é fóra de duvida que esta<br />

tbelhssima estampa é cópia de outra gravada por Marcos Antoriio<br />

Raimondi. No exemplar da obra de Bartsch da Bibliotlieca<br />

<strong>Nacional</strong>, todo emendado( e ánnotado por 0» amador<br />

tòuitoi entendido e criterioso, que nunca achámos _êm erro,<br />

primeiro possuidor dó dito exémplar, oceorre o seguinte additamento<br />

a descripção d'esta gravura: « L'original par Raimondi,<br />

três raie.' 1,050 francs. » '—Vide: ' Passavánt, P. Graveur,<br />

n.° 30, á pag. 69 do vi; n.° 288, á pag. 44 do vi; e Ottley,<br />

n.° 251, ä pag. 8x1 do ií-<br />

• A estampa exposta pertence ao numero das impressas<br />

depois do retoque feito na chapa primitiva por Francisco Villamena<br />

(B:;). '<br />

Da Real Bibliòtheca.<br />

ANONYMO II<br />

N.° 12. — Dido,: segundo Raphael.<br />

No meio de uma päizagem, Dido, em pé, segura com a<br />

mão esquerda um punhal ém posição de quem vae craval-o<br />

no -seio, *e com a outra aponta para uma fogueira, á esquerda.


624:<br />

Em uma taboleta encostada á uma arvore, á direita, lê-se:<br />

« AnrEEIS (sic) J 0ANATOS / ZQH ».<br />

Em baixo, occorre o seguinte dístico :<br />

« HOSPES ABIT: SED VT EST EXTINCTA PVDORIS HONESTAS.<br />

ME FERRO EXTINCTAM COGIT INIRE ROGOS, (sic) » (<br />

" Sem data, marca ou mònogramma.<br />

Altura, 179 millimetros.<br />

Largura: em cima, 130 millimetros; ém baixo, 127 millimetros.<br />

Cópia invertida da estampa de Marcos Antonio Raimondi,<br />

n.° 187 de B. (xiv, 153).<br />

É a cópia A de Bartsch, no i.° estado, ou antes em outro<br />

differente (anterior a esse?), á vista da discordância que ha<br />

entrè o dizer latino que se lê na estampa e o mencionado<br />

por este autor. •<br />

Passavant, P. Graveur, dá mais uma copia (N.° 22, vi,<br />

pag. 23) desconhecida de Bartsch, por elle attribuida a Enéas<br />

Vico.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

anonymo iii<br />

n.° 13. — A Poesia, segundo Raphael.<br />

Uma mulher alada, sentada sobre nuvens, com uma lyra<br />

na mão direita, sustentando com a outra um livro fechado,<br />

apoiado sobre o joelho esquerdo ; aos lados vêem-se dois gênios,<br />

segurando cada um uma tabella. Na da esquerda lê-se:<br />

« NVMrE / AFLATV / R ....<br />

Sem data, nem monogramma ou marca.<br />

Altura, 178 millimetros; largura* 155 millimetros.'<br />

Cópia A de Bartsch da estampa de M. A. Raimondi, n.° 382<br />

de B. (xiv, 291), reproduzida traço por traço em sentido inverso.<br />

.,..' ••'<br />

Bartsch (xiv, pp. xxu e xxiii) propende para a opinião<br />

de que esta estampa é obra do buril de Marcos Dente.<br />

Da Real Bibliotheca.


625:<br />

BONASONE (JULIO) :<br />

fò' Julio Bonasone ou Bolonhéz, desenhador, pintor e grava<br />

dòr.a agua-forte e a buril, nasceu em Bolonha em 1498 (?).<br />

Aprendeu á pintura com Lourenço Sabbatini e a gravura com<br />

Marcós Ãntoniò Raimondi, cuja maneira de gravar adoptou.<br />

As,suas estampas são abertas segundo as próprias composições,<br />

óá-ségündo. jLs de Raphael, de Miguel Angelo;, de Francisco<br />

Mâzzuoli, dito- o Parmense, é de outros ; deve-se porém observar/<br />

qüe Bonasone nem- sempre gravava estas estampas ,<br />

exactamente segundo, os quadros originaes dos pintores, mas<br />

antes, segundo cópias qüe d'elles fazia, com alterações de sua<br />

invenção; taes estampas ordinariamente elle as subscrevia com<br />

•o dizer: «i Bonasone imitando pinxit èt celavit. » Este artista<br />

trabalhou principalmente em Roma, onde morreu em<br />

1580 (?).<br />

N.° 14. — Scipião ferido na batálha do Tessino,<br />

:;. segundo Polydoro Caldara, dito de Cara-<br />

X vaggio.<br />

No mçio, Scipião, de perfil , para a esquerda, com o<br />

.•braço direito envolto em uma atadura, meio levantado por<br />

seu - filho Publio Scipião, .depois cognominado o Africano,<br />

¿encarregado por um soldado visto pelas costas, para'retiral-o,<br />

.do campo da batalha. Em baixo, ,á direit^.^ê-se: « Iv. Bo-,<br />

NAFÍÕ IMITANDO PINSIT &' CELAVIT /. A. S. SQDEBAT ». Sem<br />

'data'.<br />

Altura, á . esquerda, 199 millimetros; altura, á direita,<br />

203 millimetros; largura, em cima, 266 millimetros ; largura,<br />

em, baixo, 271 millimetros.<br />

. N.° 81 de B. (xv, 133) N.° 344 de L.B. (1, 448)..<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

DADO (MESTRE DO)<br />

• N.° 2,6 a. - N.° 26 b.<br />

^^ O, verdadeiro; nome d-este artista é ainda hoje duvidoso:<br />

alguns/ochamanr Beatricio : ofyantigo; Le Blanc, julgando-o


626:<br />

descendente de um pintor italiano, Bernardo Daddi, attribuelhe<br />

o nome de B. Daddi; o certo porém é ser elle universalmente<br />

conhecido pelo nome de Mestre do dado, proveniente<br />

da marca de que usava.<br />

Da sua vida pouco se sabe: acredita-se que nascêra no<br />

principio do XVI século (1512 ?) ; trabalhou em Roma de<br />

1532 a 1550; e ignora-se inteiramente quando morreu.<br />

O Mestre do dado, pintor e gravador a buril, indubitavelmente<br />

perte'nce, pela sua maneira de gravar, á escola de<br />

Marcos Antonio Raimondi. As suas estampas não têem igual mereèimento<br />

3 mas pode-se dizer que, em geral, são correcta<br />

mente desenhadas e bem gravadas. , - ' .<br />

O principal senão que, como desenhador, se lhe - pode<br />

notar é ter feito as figuras muito curtas, com cabeças milito<br />

grandes e braços e pernas muito reforçados.<br />

Jjfo 15. — Santa Barbara, segundo desenho de<br />

um Mestre, que se aproxima da escola de<br />

Raphael, ou de João Antonio Razzi, dito o<br />

Cavalleiro Sodoma.<br />

No meio de uma paizagem, com casaria no 2. 0 plano,<br />

vê-se a Santa, de frente, em pé, com a palma do martyrio<br />

na mão direita e pousando a esquerda em um modelo dá<br />

torre, em que estivera prêsa. .<br />

Em baixo, á esquerda* está o dado com a le


627:<br />

portam feixes de flores e ramos. : de arvores; aquelles atiram<br />

maçãs nos outros ; finalmente, um no fundo, á direita, segura<br />

iifn dardo -com a mão esquerda levantada. Por baixo dos . pés<br />

d'èste está o dado com* a lettra B (n.° 26 b. da taboa dós<br />

monogr.).<br />

A estampa acha-se um pouco mutilada. '<br />

, ' Dimensões da gravura no seu estado actual :<br />

Altura, i8¿ millimetres ; largura, em cima, 281 millimetros<br />

; lárgura, em baixo, 279 millimetres.<br />

•V N.° 3P de B. (xy, 206) ; N.° 69 .de L-B. (n,<br />

f'/ Da Real Bibliotheca.<br />

anonymo iv<br />

17. — Ganymedes raptado pela aguia de<br />

Jupiter, segundo Miguel Angelo Buonarroti.<br />

No alto, entre nuvens, vê-se Ganymedes, com os braços<br />

extendidos, e as pernas seguras pelas garras de uma grande<br />

aguia vòando. .<br />

Em uma rica paizagem, um cão ladrando, em baixo, á<br />

direita. Na parte inferior da estampa occorre : « GANIMEDIS.<br />

TVVENIS. TROIANVS. RAPTVS. A. IOVE. » Sem data.<br />

Altura, á direita, 417 - millimetros ; altura, á esquerda,<br />

422 millimetros; largura, 276 millimetros.<br />

N.° ih, i.° estado, de Passavant, P. Graveur (vi, 119),<br />

na. obra de Beatricio, isto é, sem as palavras « MICHAEL<br />

>ÂNG. »<br />

Passavant attribue esta gravura a Beatricio; Robert Dumesnil<br />

(ix, 134-135) porém nega positivamente que seja do<br />

buril d'este Mestre, dizendo que esta e outras estampas, que<br />

.elle aponta no mesmo lugar, foram provavelmente executadas<br />

em Roma, na mesma época, em que vivia Beatricio, e talvez<br />

ao lado d'elle.<br />

Da Real Bibliotheca.


628:<br />

vico (ÈNKAS)<br />

.fi.v<br />

N.° 4. ;<br />

Enéas VÍ£0, desenhadore gravador em metal, nasççu; eft<br />

Parma, pelo ánno de 1520, flófjeseeu. de 1541 %,.i56ó e morreu,<br />

em Ferrará êm .1570, ^ V.<br />

Mudou-se, ainda muito moço, de Parma para; Roma, 1<br />

onde teve por mestre um gravador - medíocre;, commerçian^<br />

de estampas èm larga escala, Thomaz Barlaçhi, para<br />

furidòs trabalhou por algum tempo. Não sè sabe aó certo,||Í<br />

Enéas Vico teve outros mestres melhores que Barlachi, nem<br />

quaes Fossem ellés; entretanto é" innegavel' que .progrediu<br />

consideravelmente na arte, a ponto :.ãe Ser jlfnsiderádo um<br />

dos mais. hábeis gravadores do seu tempo, apesar 'dt r Jpjp|<br />

imperfeições das suas estampas.<br />

Enéas Vico esteve em 1545 em Florença, onde. grS|B%<br />

Conversão de S. Paulo, segundo Francisco Floris; e enâs«<br />

foi chamado pelo Duque Affonso II á Ferrara, , 'onde' rasidiiK<br />

até morrer.<br />

As estampas de Enéas Vico anteriores a 1550 ffè^graV<br />

vadas á maneira de differentes mestres: Julio Bonásop,;<br />

Agostinho Veneziano, Jacob Caraglio e Marco Antonio<br />

de.pois d'este anno Enéas* Vico adquiriu uma maneira-:.®<br />

gravar própria e característica. t _ *• , 1 %<br />

Enéas Vico não • foi somente hábil artista, 'mas, também<br />

cultor das sciençiás; estudou com particularidade a numisrn^<br />

tica, e escreveu obras sobre esta disciplina, qire : ^nessa'-epp^<br />

foram muito estimadas. .<br />

Reina grande incerteza sobre muitos factos da vida d. este<br />

gravador; a esse proposito vide Bartsch, : xv, 275 '^.281.<br />

n.° 18. — Os amores de Marte e Vénus. -se-><br />

gundo Francisco Mazzuoli, dito o ParmegiaU^i<br />

k esquerda, VenUs, nua, sentada em se* leito, amam«:tando<br />

Cupido ao seio direito, passa o" braço, esquerdfc^g<br />

os hombros de Marte, que está sentado a seu Lulu, ve«ica,<br />

de armadura. * ; ,- V í' - V M<br />

Em cima, á esquerda, v6-sê um Amor, tendo ;0 ,cqW>í<br />

coberto de plumagem, com crista, cauda e ps de gaao, o^


mindo, sentado sobre uma janeílà, pela qual entram largos<br />

"feixes de raios luminosos (da aurora ?). '<br />

. No canto superior esquerdo, o monogramma n.° 4; na<br />

margem inferior: i.°, quatro versos italianos, em'duas column<br />

ñas, « Qui tra Venere... di Cesare' in Tes agit a. »; 2. 0 Ant.<br />

'Sal. exe. », no meio: Sem data.<br />

Altura, sem a margem, 282 millimetrös ; altura, com a<br />

margem, 300 millimetros ; largura, 200 millimetros. '<br />

. N.° 2i de B.-(xv, 292), 2. 0 estado, isto é, com o' endereço<br />

de A. Salamanca.<br />

[ . Da Real Bibliotheea.<br />

N.° 19. Í| Retrato de João dé Medíeis.<br />

Em busto, de perfil para a direita ; dentro de um oval,<br />

em um portico-.<br />

Á esquerda, a Victoria; á direita, Marte ; em baixo, dois<br />

escràvps maniatados ; em cima, duas mulheres aladas, segurando<br />

o-~-brazáo dp. retratado ; e por toda a parte, diversos<br />

attributes da arte da guerra. Lê-se'no oval : « IL S. GIOVANNI<br />

DE MEDICI. » ;• em. cima : « COSMO FLOR., II. DVCI OPT. / IN-<br />

'VICTISS. IOHAN. MED. FILIO; D¡ /.¿ENEAS VICVS PARMEN. /» ;<br />

5&-®os pedestaes das estatuas da Victoria e de Marte: « CVM<br />

/ PRivi / LE / GIÖ », á esquerda ; « SEN. / VENE / TOR. / MDL. /<br />

Ant. Lafrerij Romee. », á direita.<br />

Estampa um tanto mutilada.<br />

Dimensões da estampa no estado actual :<br />

Altura, á direita, 467 millimetros ; á esquerda, 477 millimetros;<br />

largura, em cima, 300I.millimetros; largura, embaixo,<br />

•307, millimetros.<br />

N.° 254 de B. (xv, 338).<br />

í- Passa est| bella gravura por ser umä das melhores do<br />

•mestre.<br />

Da Real Bibliotheea.


630:<br />

GHISI (ADÃO), dito O Mantuano<br />

m<br />

N.° 9.<br />

Adão Ghisi, dito o McCntuano, desenhador e gravador a<br />

buril, filho de João Baptista Ghisi, nasceu em Man tua em<br />

1530, segundo Hubert & Rost, trabalhou desde 1566 e morreu<br />

em Roma em 1574 (L.B.)*<br />

Adão Ghisi gravou segundo vários mestres italianos \ a sua<br />

maneira de gravar é muito semelhante á de seu irmão mais velho<br />

Jorge Ghisi; o seu buril porém não é tão firme nem tão delicado.<br />

Em desenho era Adão Ghisi tamtíèm um pouco interior<br />

a Jorge.<br />

N.° 20. — A escravidão, segundo André Man- j<br />

tegna.<br />

Um moço, visto a 3 quartos, com o rosto voltado para<br />

a direita,- carregando ao hombro uma canga, marcha com diffi-1 \<br />

culdadê para a esquerda, por ter presos os pés por uma péa, á 1<br />

cuja extremidade está amarrado um grande pêso esphericõ.<br />

. Em baixo occorre : á esquerda, o monogramma do Mestre 1<br />

(Vide monogr. n.° 9); e no meio, « SERYVS EO LAETIÔR QVO J<br />

PATIÊNTIOR ». Entré este dizer e os pés do moço lê-se o en- |<br />

dereço de « Gio: Jacomo Rossi le stampa in Roma alia Paci».<br />

Sem data.<br />

Altura, 203 millimetros j largura, 140 millimetros.<br />

"N.° 103 de B. (xv, 428) • N, ü 123 de* L.B., 2.* estado . |<br />

(n, 291).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

ZENOI (DOMINGOS)<br />

Domingos Zenoi ou Zenoni, pintor e gravador á agua<br />

-forte, natural de Veneza, onde floresceu de 1560 a 1580.<br />

Além da sua officina de gravura, da qual sahiram estampas<br />

da própria lavra, notáveis pelo seu valor artístico, teve em*<br />

sua çidadè natal casa de négocijj d^abjectos de arte (quadros<br />

e estampas), cujo commércio f$i rapl activo e extenso.—


631:<br />

Da vida é obras d: f eate artista pouco se sabe. Para maiores<br />

Ê3clarecímeritos a esse respeito, .vide Nagler, Lexicón, xxn,<br />

gês ; IpRilliot, n " 669 da 11 e 301 da m.<br />

n.° 21.1- A Piedade,; segundo João Baptista.<br />

Rs' Franco.,;/<br />

Ir »Onze figuras em'--nina pai/sgem NaBp plana^" a<br />

j. Christo," morto, • sentado sobre- uma pedra, com o corpo<br />

^éio§i|â-ftta cabeça Jí e no pieiO,<br />

iS- joio, ; — no' 2.° plaáõ, a pWziâ' âíréita|gj<br />

2 arvores, Ja? 1 éifeuei^Sif*^ /f \ ' ! J. ' - * ,<br />

Kelvin baixo, sotçius pés de J. Christo « Uomír.icus Ketíoi;<br />

fcfidebat », e ji&o « l'xcaáeb»t,;.J;fconio diz, Zani; e â direita,<br />

Ijjpgttras « j r . B. »Hnuitb, apagadas S||n data.<br />

Wlkltura, 219 millinieràQS, largura, rg§ miHmfetros<br />

MBafcihvèrMdá • le João I. • | il J • • liou »<br />

4«' 11'parte, ^A,- 229, dia<br />

^ji^ çltC copia é. béllissima e -muito rãra<br />

íK -C estampa exposta pertence a um êstado, * nàó (iescripto,<br />

«BiorMgitfW traz o endereço « WÊÊ I^fSry"./Formii')|<br />

. píir baixo da|||bscripção do Gravador.<br />

ptvDá Real Biblíothtíçá.<br />

CARRACCI (Luiz)<br />

•lpg-7 rairarn. mntor e gravador,a agu$ fortellja buril,<br />

filho is um carniÉeifo, -naíceu. em Bolonha- em- -jj j$. '•^ÊK<br />

par primeiro mestre a Prosperé-'E-ontama,.« como os (eús progressos<br />

evan: muito ientiis, esto llie aconselhou que renunciasse<br />

-ao ffitlidp da pintura; o disclipSporém n||.desanimou, é foi-se<br />

'á-lgípí&a^parí. tomar JicçOéS-:com-i'iííndré del Saito * Domingos<br />

Cristi, : dito o \Passignana, e i Parma para estudar/ãj.<br />

obraSi ãe Cowggio. 'Depois àe ter visitado Mantua e Vene»,<br />

votou V Bolonha t ahí fundou, com o concursa de seus<br />

primos é discípulos feffitihhp e Annibal, * #fbre esoola de


632:<br />

pintura, que denominou Accàdemia delle Incamtrünati. .Ainda<br />

que inferiores ás de seus primos, as gravuras de Luiz Carracci<br />

sãó com razão muito estimadas.<br />

Luiz Carracci morreu em Bolonha em 1619.<br />

N.° 22. — A Virgem Santíssima dos anjos.<br />

A Virgem, sentada', de perfil para a direita, contempla<br />

o Menino Jesus, que sustenta nos braços. No alto, á direita,<br />

.4 anjos, dos quaes um, de thuribulo, incensando, e outro<br />

com uma naveta na mão esquerda.<br />

Em baixo, á esquerda, occorre: « Lo. C. Petri Stephanony<br />

Exc. » Sem data.<br />

N.° 2 de B. (XVIII, 24) ; N.° 5 de L.B., 2. 0 estado (r/607).<br />

Altura, 162 millimetros; largura, 116 millimetros.<br />

Da Real Bibliothèca.<br />

carracci (AGOSTINHO)<br />

i Agostinho^ Carracci, pintor e gravador á agua-forte e.a<br />

buril, filho de um alfaiate e primo-irmão dè Luiz Carracci,<br />

nasceu, em Bolonha em 1557. A principio exerceu a profissão<br />

de ourives; mas desamparou-a para'dedicar-se ao desenho, a<br />

pintura e k gravura, tendo 1 por mestres, de desenho e pintura<br />

a Prospero Fontana, de desenho a peñriejado a Bartholomeu<br />

Passerotti, e de gravura a Domingos Tibaldi, Cornélio Cort,<br />

o qual por esse tempo trabalhava em Veneza, e ^ seu primo<br />

Luiz.<br />

Como pintor, Agostinho Carracci occupa lugar distincto<br />

entre' os artistas da escola italiana ; associou-se a seu primo<br />

Luiz para fundar a Accademia degli Incamminati e collaborou<br />

com seu; irmão Annibal na pintura da galeria do palacio<br />

Fárhese, i eiii Roma, onde executou os assumpto.s de Cephalo<br />

e Aurora e de Galathea ; e como gravador as suas estampas são<br />

trabalhadas com muita sabedoria e, salvos alguns pequenos<br />

senões, poder-se-hiam chamar perfeitas.<br />

Agostinho Carracci tinha grand^^enetração de espirito


633:<br />

e era muito versado em difieren tes. ramos de lettras e sçièncías:<br />

philosophiá, mathematica, geographia, astrologia, historia,<br />

poesia, medicina; e até em musica diz-se qué fôra, hábil.<br />

Morreu em Parma em 1602!:<br />

n.° 23. — Pan vencido pelo Amor.<br />

Era uma • paizagem: á esquerda, o Amor subjugando a<br />

•Pan em presença de duas. nymphas, á direita.<br />

Em baixo, á direita : « 15Ç9. A.


634:<br />

n.° 24. •— A adoração dos pastores.<br />

- Setéf%üíif "i I JlBSSntP' ^'* fiafnsirof",<br />

Na í.° plano: 4 Memn^Deús deifadflSibre palhas<br />

adorado pêmanjos, nSiefc )V a Virgem S&tissima ajp'él^H<br />

V dé mãos postás', á direita; e 4 do? qws? Q.ipe<br />

» áfeelhàdoi perto .do esteio;', Se m.a(terra,.tòs#. üa cabaia<br />

,téln-.á' mão direita' apoiada, nfelje-, á esq.kTda. „ No 2,1 ikrf;,.<br />

á direita: São dando'à


635:<br />

BRIZIO (KKANCIHCÍ.)<br />

Francisco Brizio ou Bricci, pintor e gravador â agua.<br />

-forte e a buril, nasceu em Bolonha em 1575 e morreu na<br />

mesma cidade em 1623. Foi a principio sapateiro; tal era porém<br />

a sua inclinação para o desenho, que deixou o seu primeiro officio<br />

para ir aprender desenho e pintura com Bartholomeu Passarotti,<br />

acabando de aperfeiçoasse nestas artes com os Carraccis (Luiz<br />

e Agostinho), que lhe tinham grande affeição. Brizio collaborou<br />

çofn Agostinho Carracci em algumas dás estampas gravadas<br />

por este e vice-versa. Ainda que se pareçam com as<br />

de Agostinho Carracci, as estampas de Brizio são-lhe inferiores<br />

na correcção do desenho e na expressão. Brizio dedicou-se<br />

também á perspectiva e á architectura, tornando-se tão provecto<br />

nestas disciplinas que as ensinava em curso publico.<br />

N.° 26. A Virgem Santíssima voltando do<br />

Egypto para a Judéa, segundo Luiz Carracci.<br />

No i.° plano: a Virgem Santíssima caminha para a<br />

direita, levando o Menino Jesus pela mão, acompanhada de<br />

•S. José, que com a mão direita levanta a fralda do seu manto ;<br />

no¿2." plano: á direita, um anjo conduz Um burro, ao qual<br />

dá feno a comer.<br />

.. Èm baixo, á esquerda: « Lodo. car. th. » Sem data.<br />

Altura, 213 millimetros; largura, 134 millimetros.<br />

. N.° 2 de B. (XVIII, 254), mas sem o dizer: « Fra. Brício. »<br />

á direita; o que faz crer que a nossa estampa pertence a um<br />

estado anterior ao. descripto por este autor.<br />

$1, Da Real Bibliotheca.<br />

RENI<br />

Guido Reni, toais conhecido pêlo seu nome de baptismo,<br />

O Guido, pintor e gravador a agua-forte, nascido em Bolonha<br />

èm. 1575, morreu na mesma cidade em 1642. Depois de ter<br />

aprendido os elementos da sua arte com Dionysio Çalvaert,<br />

passou-se para a escola dos Carraccis, onde fez grandes progressos;<br />

mais taíde foi á Roma, »0 intuito de .se aperfeiçoar


636:<br />

ná sua arte, estudando as obras de Raphael e de outros<br />

grandes mestres;<br />

Guido gravou com desembaraço e espirito; ,ò seu desenho<br />

é puro e correcto; as cabeças das suas figuras são nobres e<br />

graciosas è as roupagens tratadas com muito gosto e mestria.<br />

Como pintor G. Reni é também muito estimado, e os<br />

seus quadros correm parelhas em belleza com as suas gravuras.<br />

Trabalhou em Bolonha, Mantua, Nápoles e Roma, onde<br />

encontfòu ura rival e inimigo figadal em Miguel Angelo<br />

Amerighi, dito Ox Caravaggio, e um protector no Pontífice<br />

Paulo V.<br />

Escravo da paixão do jogo, que lhe acarretou a perda<br />

dos seus haveres e amigos e da estima publicay passou os<br />

últimos annos da vida no -esquecimento e na miséria.<br />

27. — A Sacra Familia.<br />

Á esquerda, a Virgem Santíssima, de perfil para a direita,<br />

assentada, olha para o Menino Jesus, á sua esquerda^ ó qual<br />

estende uma das mãos para levantar o manto de súa Mãe; á<br />

direita, S. José, sentado em frente a uma mesa, com a cabeça<br />

apoiada sobre a mão esquerda, tendo a direita pousada sobre<br />

um livro aberto.. No alto, vêem-se dois anjos espalhando flores<br />

sobre a Virgem e o Menino Jesus.<br />

Embaixo, á esquerda, occorre « GVIDVS RENVS, INVENTOR<br />

ET INCIDIT »; e na margem inferior:<br />

« Maria mater gr atice, Mater misericordiae,<br />

« Tu nos ab hoste protege, Et hora mortis suscipe. »<br />

Altura (com a margem inferior), 223 millimetros; altura<br />

(sem a dita margem), 210 niillimetros. Largura, 151 millimetros.<br />

N.° 10 de B. (XVIII, 285). -r- Vide também os ii. 08 9 e' 11<br />

da obra de Reni em B.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

n.° 28. — A Sacra Família e Santa Clara, segundo<br />

Annibal Carracci.<br />

No meio da estampa, a Virgem, de frente, assentada,<br />

còm o Menino Jesus ao regaçò; á esquerda, Santa Clara,<br />

tendo na rrião direita uma ambula, sobre a qual ò Menino


637:<br />

mãr «iajnultidao<br />

de||pbres, qüe forrem de -to


638:<br />

anonymo v<br />

N.° 30. ¿r A Virgem Santíssima com o Menino<br />

Jesus, segundo Guido Reñí.<br />

A Virgem assentada, quasi de perfil para a direita, sustenta<br />

nos braços o Menino Jesus, que se lhe lança ao pescoço<br />

para beijal-a. Atravez de um arco, vê-se, no 2. 0 plaño, S. José<br />

marchando a pç para a esquerda, em uma paizagem.<br />

Na margem inferior occorre: i.°, .0 disticô latino:<br />

« ¿Eternum Patrem refero pià Mater in ulnis.<br />

Me pete qui ora eupis clara uidere Patris. »<br />

nô meio; 2. 0 , « Gui. Ren. In. », á esquerda.<br />

Sem monogramma ou marca; e sem data.<br />

Altura: (com a margem" inferior), 190 millimetros; (sem<br />

a margem)^ 178 millimetros.<br />

Largura, 133 millimetros.<br />

Cópia invertida, não descripta, da estampa de Guido Reni,<br />

n.° 1 de B. (xym, 278)« ..<br />

Da Real Bibliotheea.<br />

anonymo vi<br />

N.° 31. — A Magdalena penitente,<br />

A Santa, a meio corpo, voltada para a direita, de mãos<br />

cruzadas sobre o peito, contempla um crucifixo, que segura com<br />

a mão direita. Na sua frente vê-se, sobre uma pedra, uma<br />

caveira em cima de um livro aberto.<br />

Sem data, nem assignatura dô gravádòr. .<br />

B. diz que o desenho d'esta estampa é geralmente attribuido<br />

a Guido Reni, mas que parece antes ser de Odoârdo<br />

Fialetti ou de Jacob Palma Júnior.<br />

Altura, 174 millimetros: largura, 130 millimetros.<br />

N.° 24 de B. (XVIIÍ, 322).<br />

Da Real, Bibliotheea.


639:<br />

pasqualini (joio BAPTISTA)<br />

? João Baptist» l'asqualiui. pintor i: gravador à »gua>forte e<br />

BBM nasceu em Como, iwrto cki Bolonha,,MB (I- >>,<br />

SCem átewKuber '& Rost « Bryan). Aprendeu a pintura<br />

muitos pintores B^KJíjr.<br />

'z^áprinGipalinente • següíidoí^^^úyppiiipatriota. JjsJoi Francisco<br />

Jáíbieri, dito o Guercino] cújii';,es.tyÍo em halúe ttrr.tou imitar<br />

nas estampíSf que ai.riíi segundo «te m«trc : cntretan'-o, «<br />

üão foi bi 1 succed da nésté'jartiçùbTi' as suas gravuras não<br />

deixam d i l erto n.i, m<br />

Trabalhou em Roma dfc 1619 a 1630, e se nlo sabe onde<br />

infem quando. Mjeeeu<br />

NH32. ^ Qs>péregrinos dfljEmaüs, segundo<br />

João Francisco Barbieri, dito-o Gtorcpta.<br />

ÉSp 1TRTS ; ÍÂ3«VMIH.VS.; CilífÈBWsiS» W»W>. I6I9;®penas visiiW<br />

« b f l B i -<br />

Altera, 184 míllimétroS; largura, 244 mil&aetfos. „<br />

N.° 25 dê NagWJfil®* $5 6 ><br />

1 » iSiSir.ptíi:<br />

Da Real Bibliqtheea.<br />

coriolano (baít«lomet|s|<br />

K.fBarthotólÃfc^eoriolano, desênhadorB>'graya


640:<br />

e abriu muitas chapas de madeira segundo este artista, os<br />

Carraccis, Paulo Macci e "outros. Da sua obra parte é constituída<br />

por xylographias ordinárias e parte por claro-escuròs,.<br />

muito estimados.- Estes são gravados em tres chapas de madeira:<br />

uma para os contornos ,e sombras fortes, a segunda para as<br />

meias tintas e a terceira para as partes claras.<br />

B. Coriolano trabalhou de 1620 a 1650; ; e-foi agraciado<br />

pelo Papa Urbano "VIII com d titulo de cavalleiro da Ordem<br />

de N. Senhora do Loreto e. com uma pensão, em consequência<br />

de ter offerecido á Sua Santidade umacollecção das suas estampas.<br />

Morreu em 1654.<br />

N.° 33. — A Virgem Santíssima com o Menino<br />

Jesus, segiindo Guido Reni.<br />

Dentro de um oval ao alto, inscripto em um parallelograínmo.<br />

A Virgem, a tres quartos para a direita, vista até aos joelhos,<br />

sentada, sustenta com as duas mãos o Menino Jesus<br />

adormecido",- sentado em - um coxim sobrê o regaço dè sua<br />

Mãe. Á- esquerda, á meia altura da estampa : « G. R. In. /<br />

B. Cor. / F. » ; Ve, em um cartuxo por baixo do oval : « Iesvs<br />

MARIA. » Sem datá.' . •<br />

Claro-escurq a tres pranchas de madeira, impresso em papel<br />

azulado'. • - ••">* r ".<br />

Grande diâmetro do oval, 173 millimetros;<br />

Pequeno diâmetro do mesmo, 143 millimetros.<br />

Dimensões do para|lelogrammo: altura, 202 millimetros ;<br />

larguraj 151 millimetros. i . •<br />

N.° 7 de B. (xu,53)., Vide também os N. 08 5 e 6 do<br />

mesmo gravador (B., *xn, 5 2 ~53)-<br />

A estampa carece de margens.<br />

Da Real Bibliotheea.<br />

BELLA (ESTEVÃO DELLA).<br />

IB<br />

N.° 15.<br />

• Estevão Della Bçlla, desenhador' e gravador á agua-forte<br />

e a buril; nasceu em Florença a 18 de Maio de 16,10. A pnn-


641<br />

çipiò dédicou-se á pintura, tendo por mestre a Cesar Dandini;<br />

mas a sua manifesta inclinação para a gravura decidiu "seu pae<br />

á mandal-o aprendqr esta arte com Remigio Cantagallina, em<br />

cuja officina teve por vcóndistipulo Jacob Callõt. As guas primeiras<br />

estampas, são no gosto doeste mestre ; com o andar, dos<br />

tempos porém adquiriu uma maneira de gravar própria, que<br />

sé distingue pelo bom gosto e pela delicadeza e ligeireza da<br />

sua ponta. Della Bella trabalhou ém Florença, em Roma, e<br />

em Paris; e em 1650 ausentou-se d'esta cidade para voltar a<br />

Florença, onde morreu a 2í de Julho de 1664 (*). Gravou<br />

assumptos de historia, caçadas, paizagens, marinhas, animaes<br />

e,.ornatos; a sua obra consta de mais de 1400 estampas.<br />

N.° 34. — A batalha dos Amalecitas.<br />

_ Em uma paizagem: no meio, dois Amalecitas a cavallo,<br />

fugindo para a esquerda; um d'ellés defendendo-se em vão.do<br />

ataque de um Israelita, que o fere/com a sua ; lança; aquém d'este<br />

grupo, um cavallo e seu cavalleiro mortos,' no chão; e além,<br />

o forte da batalha. Na margem inferior lè-Se r i.°, « Stef delia<br />

Bella In. et fe. », á esquerda; « Cum, priuti Régis », á direita;<br />

2. 0 , « Bataille des Amalecites », po meio; 3.®,'aos ladós d'este<br />

titulo, quatro versos: um distico latino, á esquerda,<br />

7 « Tãdeat haud súplices ad sydera tendere palmas<br />

Moses ; namque ense, pluS*-agis ipse prece »,<br />

c a sua tradücção em francez, á direita:<br />

,'"« O Grand Legisiateu-r esleue au ~Ciel Jes bras<br />

Ta pfiere fait plus que mille coute las?:»<br />

Sem data; entretanto Le Blanc dá-lhe- a de 16.63 -{i. 01<br />

estado ?).<br />

-.„/Altura, 104 millimetros; largura, 278:millimetros. "<br />

N.® 3 de L.B. (1, 251), Vide Zani, á pag. 179 do 111 da<br />

ii. a parte.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

(*) Quanto ás datas da vida de Della Bella, vide Marietté.«<br />

41


642:<br />

N.° 35.— Uma mulher, de pèrfil para a direita,<br />

toda envolta em um grande lençol, sentada<br />

em um escabello, de. pernas firuzadas, e com<br />

o mento apoiado na mão direita.<br />

Cópia de utn baixo íéievà, segundo 1.%; ou dá estátua<br />

de Agrippina sahindo W banho ? (Vide :.:« Statues, st bustiss<br />

antiques des Maisons Rá^les j, l. partiParis, M.i>c.i.xxíx,<br />

estampa vrn). " ; •<br />

Na gravura esposta níso se yk a data


643:<br />

e énsinou a-,pintura a suas tres x filhas,. Isabel, (arnosa artista,<br />

mais adiante mencionada neste Çatalògfò,' Anna e Baibara.<br />

As, suas estampas são gravadas ,çpm ponta extremamente<br />

espirituosa..<br />

— Luçfeçfe.<br />

Vista até aos joelhos,, assentada perto de uma mesa, spbre<br />

a qual apoia p braço direitoj ^segurandp com a mãq esquerda<br />

ó punhalj!. Com que acaba de ferir-se pp §eip? mosfira, na phy-<br />

Sionomia o desfallecimentó precursor da morte.<br />

Altura, 196 millimetros; largüra : (em cima), 1.34 millimetros;<br />

(em baixo); 136 millimetrôs.<br />

' N.° .,1, estado, de B, (XVIII, 148.) ,<br />

v Ainda que a estampa esteja privada das margens, .0 estado<br />

ponde ser determinado pélas dimensões.<br />

' Da Real Éipliotheca.<br />

n.° 38. — Apollo e Marsias. *<br />

'ff. Dentro de um oval, em largo.<br />

Á esquerda, Marsias, no chão, Com o tfonbo recortado<br />

S0hfè uma eminencia, de braços abertos, e tnanialadp? coín o<br />

joelho esquerdo em terra e p direito" exteridido para a frente,<br />

i| bocca aberta (gritando), e- mostrando na ph£sipnoi|liá a<br />

Expressão de dôr vivíssima..; á. direita: défròhté d'éilé, Apollo,<br />

ajoelhado, tendo presa entre . . as suas a: perna esquerda, do<br />

Satyro,: eséorcha-o com uma faca na mão direita na altura da<br />

axilla esquerda, e com mão esquerda levanta a parte dá pellê<br />

já esfolada. • 4<br />

Em baixo lê-se: « SIRANO » por cima .da flauta de Marsias,<br />

câhidá nó éhãõ. Sem data.<br />

Maior diáméíto (lárgúrá), 192 niillimetrps| mfejior diâmetro 1<br />

(álturaj, 136 milliiiiètrÊfe.<br />

• ' N.? 2 de B. 149);-^,<br />

Da Real BÍbliothèca.


644:<br />

CARPIONIj ••{Jj^ággS<br />

Julio Carpioni, pintor e gravador á agua-forte, nasceu em<br />

Veneza era 1611. Aprendeu desenho e pintura com Alexandre<br />

Varotari, e em pouco tempo adquiriu a reputação de hábil<br />

dèsenhador e pintor gracioso. As estampas, q.ue gravou segundo<br />

as suas próprias composições, são desenhadas com muito bom<br />

gosto e executadas com mestria, ainda que pòr vezes com<br />

alguns pequenos defeitos; recordam a maneira de gravar de<br />

Guido Reni e de Simão Caritarini, aos quaes parece que Carpioni<br />

tomou por modelos neste particular. Trabalhou em Padua,<br />

Placencia, Vicencia e Verona, onde morreu em 1674.<br />

N.° 39. — Santa Magdalena.<br />

A Santa está de joelhos, quasi de perfil, voltada para a<br />

esquerda, olhando extatica para o alto, d'onde^ partem raios<br />

luminosos, que cahem sobre ella, com as mãos postas; e os<br />

cotovellos apoiados sobre uma pedra, na qual se vêem uma<br />

caveira é dois fémures. No alto : á direita, 2 arijos e 2 chérubins<br />

; e á esquerda, mais um cherubim entre nuvens. Em<br />

baixo, á direita : « CARPIONI VEN. / FEC. » Sem data.<br />

Altura: 211 millimetros (com a margem inclusa); -198<br />

millimetros (sem a margem).<br />

Largura, 138 millimetros.<br />

N.° 10 de B., i.° estado, isto é, sem o endereço « Matio<br />

Cadorin forma In Pad. » na margem inferior (xx, 184) ;<br />

N.° 13, i.® estado de L.B. (1, 597). ;<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

CANTARINI (SIMÃO)<br />

Simão Cantarini, pintor e gravador á agua-forte, nasceu<br />

em 1612 em Oropezza, perto de Pesaro, d'onde lhe provém<br />

o sobrenome pátrio de Pesarese ou Pesarense, por que é conhecido;"<br />

v<br />

Os seus primeiros, mestres foram Pandolfi e Ridolfi, que<br />

deixou para frequentar a escola de Guido Reni, de quem.<br />

foi um dos melhores discipulos e cuja maneira de gravar imitou<br />

aponto de terem sido as suas estampas algumas vezes attribuidas -<br />

áquelle mestre.


645:<br />

Cantarini estudou em Roma a obra de Raphael; trabalhou<br />

em Bolonha, onde estabeleceu uma escola de desenho, em'<br />

Mantuâ e em Verona. . . " ^<br />

'O Seu caracter Orgulhoso e invejoso alienou-lhe as bôas<br />

graças de seu' mestre G. Reni e dé outros protectores seus, e<br />

fel-o adquirir muitos inimigos entre os officiaes do mesmo offiçio'.<br />

Dizrse que se suicidára; outros porém pensam que fôra envenado<br />

por um de seus inimigos.<br />

Morreu em Verona em 1648.<br />

N.° 40. — A Sacra Familia, segundo Guido Reni.<br />

Á esquerda da estampa, a Virgem Santíssima, de perfil para<br />

a direita, sentada ao pé dè Uma arvore, sustenta nos braços<br />

o Menino Jesus, sentado em seu regaço, com a cabeça reclinada<br />

em seu seio ; á direita, Santa Isabel, sentada perto de<br />

S. José, e entre elles S. João em pé.<br />

Esta estampa, descripta por L.B. sob n.° 3 (1, 581) e por<br />

B. sob n.° 10 (xix, 1.28), é cópia invertida de outra (n.° 2<br />

depicíB, e n.° 9. de B.)" do mesmo gravador. Segundo Bartsch<br />

as principaes differençás entren ó original e á cópia são : no<br />

original, o nariz da Virgem é illuminado, na cópia porém ella<br />

tem o nariz e o rosto sombreados; na cópia, o rostò do Menino<br />

Jesus está inteiramente coberto de sombras, ao passo que<br />

no original tem apenas poucas sombras; finalmente, a differença<br />

capital consiste em verem-se, na cópia, os dois braços<br />

do Menino Jesus, que no Original hiostra somente .0 direito.<br />

A estampa exposta não tem dizer algum, monogramma ou<br />

marca, nem data. »<br />

Altura, 121 millimetros; . largura, 189 millimetros.<br />

Esta gravura pertence ao i.° estado (BI),;o qual se differença<br />

do 2. 0 , por não trazer dizeres e não estar figurado o<br />

contorno interior do braço esquerdo de S. João.<br />

. Da Real Bibliotheca.<br />

ANONYMO VII<br />

N.° 41. O repouso no Egypto, segundo Simão<br />

> Cantarini, dito de Pesaro.<br />

- Nó meio, a Virgem Santíssima, de frente, sentada no Chão,<br />

levanta nos braços o Menino Jesus, que tem os seus abêrtos;


646:<br />

\ ¿àguerda, S. Josçj de 'perfil para a direita, também sentado<br />

lio chão, apoiando -Se fio braço direito, e dom u m bastão,, nà<br />

m ã o esquerda ; á direita, u m sacco e 'urá púcaro.<br />

Nã estârïipà hão ócèòryé moriogramiínaj marca, ou dizer<br />

algum, riem dàtâ.<br />

Altura, 178 millimetros ; largura, 262 miílimètrós. '<br />

"Cópta^ invertida da gravura d'e Simão Ca'ñtaririi, n.° 6 de<br />

B, (xix, 126) ; n.® m de Zarii (Jag. 38 clô Vi da rc> pàrtè).<br />

Como-a estampa exposta tem as margens mutiladas, Mo se<br />

pôde verificar si é alguma das cópias descriptas por Zani. •<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

ANONYMO VIII<br />

N.° 42. — A Virgem Santíssima com o Metíino<br />

Jesus; segundo Simão Cantarini, dito de<br />

Pesaro.<br />

A Yírgeni, sentada em uma gloria, §u0tenta enu pé o<br />

Menino Jestjs» sçgurandò-o, çom a mpo direita pelo tronço.e<br />

còm .ã, esquerda pelçs pés.. Em ba^o, a'esquerda, .vêêip-se dois<br />

çhgrutíris ; e no £unç(o, á direita, treà anjo$,ei}i adoração. Em<br />

baixój no meÍQ? lè-se: « St 'Sfampçt. da tyqtteo Giudici alli<br />

Cesafini. ».<br />

Sem data.? (A, estampa não tem margens).<br />

Altura.,. i4?; i^iïliiïïetçps; ; largara,,. 11 ? milli^etró?; ,.<br />

Cópia, iiivertida § não ^esçrijpta..(?.) da estampa de Simão<br />

Caritarírii, n.° 17 cie B. (xix, 132) e n? 10 X'.B,,.(i, 58,2).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

LO LI (LOURENÇO)<br />

Lourenço Loli, pintor e, gravador á agua-forte, nasceu em<br />

Bolonha çm 1612 e morreu a 5 de Abril de 1691 (L.B.).<br />

Foi discípulo dç Guido Reni e ; # Jpão Antonio Siram;<br />

gravou com ponta fácil e espirituosa, segundo as próprias<br />

cojnposições, e as, de seus mestres, no gosto e maneira d'ellçs,<br />

a ponto de muitas das suas estampa? sefêm atitrib^id^s a est«.,<br />

Loli era conhecido em Italia pélô nome dè Lorenzino de<br />

Signor Guido Reni', em çonsçquençia, da particular feição que<br />

este lhe tinha,


647:<br />

N.° 43. — Dois Amores lutando.<br />

O da esquerda tenta resistir, firmando-se no chão com a<br />

perna esquerda e com ¡^joelho direito sobre uma pequena<br />

eminência dó terreno, na qual se apoia com a mão direita, mas<br />

parece a ponto de succumbir; o da direita, com o pé esquerdo<br />

tio chãO^ c joelho direito fincado na côxa esquerda do seu<br />

adversário, àtáca-o com ambas as' mãos. Em baixo, uma pequena<br />

margem em branco. Sem nome, monogramma ou marca<br />

do gravador : e -sem data.<br />

• Altura, com a margem, 172 millimetres'; altura, sem a<br />

margem, 140 millimetros; largura, 126 millimetros.<br />

vv tç de B. (xix, 175).<br />

Da Reai BibUotheca.<br />

ROSA (SALVADOR) '<br />

Salvador Rosa, pintor e gravador á agua-forte, nasceu a 20<br />

de Junho de 1615 em, Renella, villa perto de Nápoles, e falleceu<br />

em Roma a 15 de Março de 1673.<br />

De criança revelou grande .propensão para o desenho, a<br />

musica e a poesia ; embora seu pae o destinasse á carreira juri-<br />

-diea, poz-se de motu-proprio a, estudar desenho com seu tio<br />

Paulo Greco e pintura com seu cunhado Fracanzani. Mal<br />

adquiriu certa pratica de manejar o pincel, começou a dar<br />

passeios pelos arredores de Nápoles e a pintar as paizagens e<br />

figuras que acaso' encontrava.<br />

Levado pelo-seu gênio aventuroso fez uma excursão pelo<br />

Abruzo, onde te;ndo-se internado, diz-se, fêm feito prisioneiro<br />

••dos salteadores d-essa região, que o retiveram por muito tempo-:<br />

as =suas series, á agua-forte, de Salteadores :,e Soldadm pareeem<br />

•inspiradas pêlos typos d'esses homens. Pouco depois da sua<br />

volta :á Nápoles, Salvador Rosa, ainda muito moço (í8 annos),àehou^se<br />

a braços com as maiores dificuldades: não só tinha<br />

EU prover ás próprias necessidades, mas também de sustentar<br />

;a »numerosa, família de seü pae, cujo encargo 'lhe ficara por<br />

"morte d'este. •<br />

Começou então a trabalhar com ardor; os adellos eram<br />

•os únicos Ipeguezes que lhe acudiam, os quaes entretanto, mál<br />

lhe pagavam as suas pinturas. Arrastava assim a exisíeneia,<br />

•quando um dia.-o célebre pintor João Lanfranco, que então<br />

'vivia: em 'Nápoles á lei da grandeza, passando de carruagem<br />

pela casa de um d'esses negociantes, viu um quadro, Agar no


648:<br />

deserto, que*o impressionou, pintado.por um artista obscuro<br />

que não conhecia, á quem chamavam Salvatoriello ; comprou o<br />

quadro e levou-o in-çontinenti comsigo. Tanto bastou para<br />

realçar o merecimento de Salvador Rosa aos olhos dos seus<br />

freguezes habituaes ; e desde logo as suas télas, começaram a<br />

ter maior estimação.e obter preços mais elevados../<br />

Entrementes veiu o nosso artista a conhecer o. então afamado<br />

pintor de batalhas, Aniello Falcone, e por intermedio<br />

d'este a José Ribera. Frequentou as ofíicinas de ambos, Como<br />

os gênios de Salvador Rosa e do Hespanholeto se não coadunavam,<br />

pouco duraram as relações entre elles ; mas com A.<br />

Falcone succedeu justamente o contrario, ; pois tornaram-se<br />

amigos até á morte. Com a frequência da officina de A. Falcone,<br />

Salvador Rosa offeiçoou-se ao genero de pintura predilecto<br />

d'aquelle e em pouco tempo conseguiu emparelhar com<br />

elle, a quem os Napolitanos cognominavam o Oráculo das batalhas.<br />

.<br />

Vendo que não fazia carreira na patria, resolveu mudar<br />

de terra; foi-se á Roma em 1635, onde, graças á intervenção<br />

de um antigo camarada de collegio, o abbade Jeronymo Mercuri,<br />

obteve a protecção do Cardeal JBrancaccio, que o levou<br />

comsigo a Viterbo para executar ali algumas pinturas, entre<br />

as quaes se conta a celebre Incredulidade de S. Thomé para o<br />

altar-mór da igreja Della Morte.<br />

I Aborrecendo-se da posição subalterna que tinha na casa<br />

do Cardeal Brancaccio deixou-a e tornou a Nápoles. Dos trabalhos<br />

que executava nesta cidade mandava alguns á Exposição<br />

annüal que se fazia no Panthéon em Roma : um d'elles,<br />

o Prometheu, causou então grande sensação. 1 Julgando o ambicioso<br />

artista opportuno o ensejo para entrar na Academia de S.<br />

Lucas o que era naquelle tempo considerado como baptismo do<br />

talento e consagração de superioridade artística, partiu de novo<br />

para Roma; não teve porém o gosto de ver realizados os seus<br />

desejos pela má vontade e inveja dos officiaes do mesmo officio.<br />

Apesar d'isto eram as suas pinturas bastante estimadas, quando<br />

um facto extranho à arte concorreu para tornar : o nome do<br />

artista mais conhecido e popular : no carnaval de 1639 elle organizou<br />

uma mascarada, cuja principal figura, o Signor Formica,<br />

desempenhava, atirando a torto e a direito ditos espirituosos<br />

cheios de fino sal attico, espalhando epigrammas, distribuindo<br />

receitas contra todos os males particulares e calamidades publicas,<br />

cantando canções, &. Vivia ainda na cidade dos Papas<br />

quando arrebentou a revolta de Masanieljo em Nápoles (1647S<br />

correu a unir-se aos revoltosos e alistou-se, na Companhia da<br />

-morte, cujo capitão era seu amigo A. Falcone ; sendo porém


649:<br />

süffocàda a ephemera revolução,, o nosso aventuroso artista,<br />

voltou de nçvo á Roma. Ahi pouco se demorou ; tendo nas<br />

suas poesias e em algumas das suas pinturas satyricas (entre<br />

outras, A Fortuna distribuindo os seus favores) feito allusões<br />

nmi'transparentes aos personagens da terra: pintores eminentes,<br />

Principes da Igreja, grandes Senhores, &, levantou contra si<br />

tamanha animosidade e celeuma, que julgou prudente ausentar<br />

rse de Roma ao menos por algum tempo. Aproveitando-se<br />

então 4 a prbposta do Grão-Duque de Toscana, Fernando II,<br />

que o chamava á sua côrte para executar algumas pinturas,<br />

pôz-se a caminho para Florença. O Grão-Duque tratou-o antes<br />

como amigo do que como protegido: concedeu-lhe uma avultada<br />

pensão e muitas honras ; a gente da côrte e a melhor<br />

sociedade de Florença porfiavam em acolhel-o com a maior<br />

benevolencia e agrado. No meio de tantas honras e proveito<br />

tinha saudades de Roma e pensava sempre era voltar para lá ;<br />

de feito. em 1652 deixou Florença para estabelecer-se naquella<br />

cidade, onde viveu até morrer, com excepção de algum tempo<br />

:(í6'6'í), durante o qual esteve de novo na capital da Toscana<br />

para assistir ás festas por occasião do casamento do herdeiro<br />

presumptivo da corôa grãõ-ducal (depois Cosme III) com a<br />

princeza Margarida de Orléans.<br />

7 Â grande batalha, sua obra-prima, ainda hoje admirada<br />

no Museu do Louvre, pintada em quarenta dias, que foi offerecida<br />

a Luiz XIV por Monsenhor Corsini, Núncio na Côrte de<br />

França, e muitos dos seus melhores quadros foram feitos neste<br />

.período da > sua vida.<br />

Cinco ou seis annos antés de morrer já não trabalhava<br />

mais ; a doença o tinha -condemnado á inactividade.<br />

4 .Salvador Rosa tratou de assumptos historicos, paizagens e<br />

batalhas ; avantajando-se nestas mais do que naquelles..<br />

As suas composições são cheias de calor> de vida e de<br />

energia de expressão ; nellas resumbra entretanto certa melancolia<br />

e azedume,, devidos talvez aos infortúnios dps primeiros<br />

annos da sua vida ; desenhava de modo antes grandioso que<br />

correcto ; as suas figuras ém geral não têm elegância; e trabalhava<br />

com muita- rapidez, o que não pouco influiu para que<br />

ás vezes os seus quadros não fossem bem acabados.<br />

As suas paizagens. principalmente, com velhos troncos de<br />

arvores carcomidas, fendidos pelo raio ou derribados pela tempestade,<br />

com rochedos escarpados e abruptos, com sítios de<br />

aspecto' selvagem e lugubre, são admiraveis ; neste genero<br />

não téve predecessores: tirou inspirações somente do seu talento<br />

fecundo ; e não terá talvez imitadores.<br />

A obra gravada de Salvador Rosa, hoje bastante rara,


650:<br />

consta de 86 aguas-fortes (Nagler, Lexicon), abertas com ponta<br />

livre, fácil e espirituosa; muitas d'ellas são feitas segundo<br />

os seus proprios -quadros.<br />

Salvador Rosanao foi sómente pintor e gravador; cultivou<br />

também a poesia fff a musica e. foi no seu tanto áctor.<br />

Taes prendas e. dotes eram ainda realçados pela graça do dizer<br />

e pela facúndia da sua conversação amena e agradavel. Quando,<br />

•depois do carnaval de 1639, foi conhecido o nome da pessoa<br />

que representou o papel de Signor Formica| o nosso artista<br />

deu o tom em matérias de, bom gosto, tanto em Roma, como<br />

em Florença : a sua casa era o ponto de reunião dos seus<br />

amigos, dos homens dé espirito e dos grandes senhores, que<br />

todos apreciavam e • admiravam as boas partes de tão predileétõ<br />

filho das musas.<br />

Jffo 44:, fki Alexandre Magno visitando Diógenes<br />

assentado á entrada do seu tonnel, ás portas<br />

de Corintho.<br />

Doze figuras e um Cavallo, em uma paizagem. A esquerda,<br />

Alexandre de perfil para a direita, tendo na mão esquerda um<br />

bastão de mando apoiado no chão, faz com a outra mão um<br />

gesto a Diógenes, que se vê á direita da estampa, sentado no<br />

•chão á entrada do seu tonnel, olhando para o poderoso monarcha<br />

e fazendo-lhe com a mãò direita um aceno de afastar-se.,<br />

como para dizer-lhe: não me tires a luz do sol que me não podes<br />

dar. Em baixo, um pouco para a direita, |f seguintes versos<br />

de Juvenal (Satyra xiv, versos 311-313), escriptos em um<br />

cãrtaz: " •• 1N<br />

« Sensit- Alexander testa quum uidit in illa<br />

Magnum habitatorem quanto felicior hic, qui<br />

Nil. cuperet, quam qui totum sitò posceret orbem. »<br />

e por baixo dos versos: « Saluator Rosa Inu. ».<br />

Sem data.<br />

Altura, 445 millimetros; largura, ||| millimetros.<br />

N ° 6 de Nagler,. Lexicón,, x.° estado, não d^nptp P or<br />

este autor, a, saber: sem a palavra abreviada « sctil.» em se-<br />

.guida a « Inu. »<br />

Comprada no Rio de Janeiro pelo <strong>Biblioteca</strong>rio, Sfir.<br />

-Dr. João de Saldanha da Gama.


651:<br />

SIRANI (ISABEL,)<br />

I,Isabel- Sirani, pintora e gravadora á agua-forte, nascei<br />

em Bolonha em 1638, e morreu na mesma cidade em 166.5.<br />

. Aprendeu a pintura com. seu pae João André Sirani; e<br />

.eró brev^j graças ao seu raro talento e assidua, appliçação.,<br />

tornou-se assista consumada. A.s suas pinturas são no estylo gia-<br />

,:GIÒÂO . do Guido j a quem tomou ' por modelpi - Isabel Sirãni<br />

formou einpintura. muitas discípulas ; Yeroniça Franchi, Viceneia<br />

Fabri, LuçreciaScarfaglia, Genoveva Çantofoíi, &,<br />

As gravuras de Isabel Sirani, também no gosto das de G.<br />

Reni, são abertas com ponta espirituosa e. por isso muito<br />

estimadas;<br />

-se que esta artista morrêra ènvenenada por suas riva.es<br />

Èa arte. O SÉU èctfpo foi depositado no tumulo do Guido. '<br />

N.* 45. —- À Virgem da legenda, segundo Raphael.<br />

ff Dentro de um redondo, inscripto em um quadrado, a<br />

Virgem? vista até aos joelhós, sentada, sègura com as duas mãos<br />

o -Menino Jésus, que," com o pé direito sobre uma almofada<br />

¿e o -esquerdo no regaço de sua Mãe, extende as mãos para<br />

tomar uma larga fita, que Sv João, á direita. ¡


652:<br />

o qual muitas vezes o tomou por. modelo de suas figuras, visto<br />

ser moço muito bello e bem proporcionado de fôrmas ; Nagler,<br />

porém, na sua obra, Künstler Lexicon, fundando-se nas datas<br />

do nascimento de Rossi, 1640, e da morte de Cantarini, 1648<br />

negá formalmente estes assertos, por não ser possível que em<br />

tão tenra idade (8 annos) Rossi já tivesse aprendido a pintar<br />

e a gravar e servido de modelo para figuras de homem feito.<br />

Huber & Rost o dão como discípulo de Cantarini e de João<br />

Baptista Buoncore.<br />

J. Rossi gravou apressada e negligentemente ; apesar d'isto,<br />

não deixa de ser considerado como distincto gravador.<br />

N.° 4-6. — Duas crianças ; segundo Guido Reni.<br />

Em uma paizagem, duas crianças nuas tentam apanhar<br />

um passarinho, que lhes fugira; a da esquerda,* é vista pelas<br />

costas, cahida no chão, e a da direita, correndo para a esquerda,<br />

está prestes a segurar na ponta de um cordel preso a<br />

um dos pés do passarinho. Em baixo, á direita, « G. d0 R. no ».<br />

Sem data.<br />

Altura. 196 millimetros; largura, 261 millimetros.<br />

N.° 5 de B. (xix, 237); N.° 5 de Nagler, Lexicon<br />

(xiii, 43 6 )-<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

MATTIOLI (Luiz)<br />

Luiz Mattioli, nasceu em Crevaliore, lugarejo do Principado<br />

dé Masserano, em 1662, e morreu em 1747- Quasi todos<br />

os autores o dizem pintor, desenhador e gravádor á agua:<br />

-forte; Bartsch porém afíirma que elle nunca exerceu a arte<br />

da pintura, mas somente o desenho e a gravura;<br />

A principio foi discípulo de Carlos Cignani, e depois de<br />

José Maria Crespi, cognominado o Hespanhol; e tal era a<br />

affeição que este dedicava a Mattioli, que lhe-permittia assignar<br />

0 seu nome nas estampas que elle mestre gravava. Foi esta<br />

amigavel generosidade causa de se confundirem algumas das<br />

estampas d'estes dois gravadores; entretanto Bartsch pretende<br />

ter dado o seu a seu dono na descripção, que faz das obras<br />

de ambos.


653:<br />

Mattioli gravou segundo vários mestres e os proprios desenhos;<br />

as suas- estampas são correctamente desenhadas e abertas<br />

cóm ponta fácil e bem exercitada, de modo que não deixam<br />

de. ser agradáveis á vista e de merecer geral estimação.<br />

N.° 47. — A ama de leite favorita de Antonio<br />

van Dyck, segundo o mesmo.<br />

fê? ,XJma mulher sentada, de perfil para a esquerda, com o<br />

fostõ voltado para a direita, olhando espantada para uma ave<br />

dè rapina, qüe se vê sobre uma jànella aberta, segura com a<br />

mão esquerda um, menino reclinado no seu regaço, e com o<br />

braço direito achega a'si; outra criança de pé, a seu lado. No<br />

fundo-uma còi;tína tomada. Na margem inferior lê-se : i.°,<br />

«La Balia favorita di Ant.° Van-Dyàk in casa dei SigS Co:<br />

Senatore Orsi in Bologna -9 » 2°, "por baixo e á direita<br />

d'este dizer « Lud. Matthiolus f » Sem data.<br />

Altura, á direita, 245 millimetros ; altura, á esquerda, 243<br />

millimetros; íargura, 208 millimetros.<br />

IH 0 140 de Nagler, Lexicon (viu, 458).;-. N.° 13 de L.B.<br />

'(:ii, 6i6). Vide também B., á pag. 411 do xix.<br />

Bella gravura e rara. Pertenceu á Real Bibliotheca.<br />

PETRI (PEDRO ANTONIO DE)<br />

ri«'Pedro Antonio Petri, Pitri ou de Pietri (Pires, em portüguez),<br />

pintor, gravador á agua-forte e a buril, nasceu em<br />

Premia, no Novarense (B.), ou em Roma (Basan), em 1663,<br />

segundo uns, ou em 1671 segundo outros; e morreu em Roma<br />

em 1716.<br />

Teve por mestres de pintura a José Ghezzi, Angelo Massarotti<br />

e Carlos Maratti, de quem foi dos mais distinctos dis-r<br />

:cif»ülos. Gravou segundo as próprias invenções, trabalhando<br />

as Suas chapas á agua-forte e retocando-as a buril com muito<br />

cuidado. Poucas estampas d'este mestre apontam os icpnographos.<br />

Ni 0 48. — O purgatório.<br />

\ No alto, a Virgem Santíssima e S. José Sentados sobre<br />

nuvens; á direita, Si Antonio pedindo aos Santos Esposos


654:<br />

que intercedam perante Deus pelas almas do purgatorio. § por<br />

baixo dos pés. da Virgem e;de S. José; um anjo derramando<br />

sobre ás almas em pena um liquido ; contido em um grande<br />

vaso. Era baixo, ã direita lê-se : « Peirus de Petri Inuen. et\<br />

Sculp. » Sem data.<br />

Altura, 389 millimetros ; largura, 255 millimetros.<br />

Estampa bella e rara, mui bem acabada, descripta por<br />

Nagler, Lexicon (xi, 185), sob n.® 2, no i.° estado.<br />

Bartsch só conheceu ,0^ 2. 0 estado (n.° 2, xxi, 290), do<br />

qual diz que se lê, á direita, em; baixo,: « Gioseppe Marini<br />

Pecè Fare per sua Deuotiõne^e Ded. a JDip,. Pietro A. de<br />

Pietri Inue. et Sculp. A. 1694. — cqn lie. de sUp. »<br />

Da Real Bibliòtheca.<br />

VOLPATO (Joio)<br />

João, Volpato, desenhador è gravador, nasceu em BáSsano<br />

em 1730 (Nagler, LexUiáfa ou em 1733, 173S e 1758 (segündo<br />

outros), e fàlleceu em Roma em 1803. •'<br />

Nos primeiros tempos da sua vida applicotx-se á arte de<br />

bordar, que aprendeu, com suà mãe, mas depois dedicou-se á<br />

gravura, não tendo a principio outro mestre nesta arte mais j<br />

que o seu talento.<br />

. Querendo aperfeiçoar-se nella passou se á Venéza, onde j<br />

foi discípulo de José Wagner, gravador è rriêrcador de es- I<br />

tampas, e de Francisco Bartolozzi.<br />

Tanta affeiçãó lhe tomou este què o çhamou ã sidéü-lhe<br />

bom gazalhado na sua casa e instfliiurP em tpdos os segredos<br />

da sua arte; também pof isso teve Bartolozzi stí.bre o, disei-:<br />

pulo é a sua maneira de gravar muito mais influencia do que<br />

Wagner. •<br />

Em 1769 , fo,i VolpatO; â Parmâ e ahi trabalhou por algum<br />

tempo) voltou depois á Veneza, e durante esta segunda roo:<br />

rada nesta cidade gravou muitas estampas para a casa com:<br />

méroial de Wagner ; finalmente mudouTse para Roma, onde<br />

se estabeleceu como mercador dé estampas, continuando sempre<br />

a trabalhar como gravador.<br />

Na escola dè Volpato formaram-se hábeis discípulos, que<br />

lhe seguiram as pegadas: Raphael Morghen, quê; se casou com<br />

sua filha, João Folo, Domingos Çunego e outros.<br />

• J, Volpato parece que viveu algum tempo em Paris (cerca<br />

4o £j,nn© de ;?6i), ou pelo menos trabalhou pára merpadores<br />

de estapp^s d'essa cidade, çoíiio se infere do nome afraneer


655:<br />

zadô, João Rénard, com que subscrevia as suas gravuras publicadas<br />

em Paris.<br />

Em Veneza Volpato gravou segundo Piazetta, Maiotto,<br />

Amiconi, A. 2uccarelli> M. Ricci, Brand .o Velho, e Bartolozzi;<br />

e em Roma segundo os mais celebres artistas italianos,<br />

Raphael, Miguel Angelo, Paulo Cagliari, dito o Veronensc,<br />

Leonardo de Vinci, Guercino, Tintoretta, &.<br />

As gravuras abertas por J. Volpato em Roma são muito<br />

numerosas, e podem dividir-§e em duas especies : não coloridas,<br />

e coloridas á agúárélla.'<br />

Em grande numero d" estas ultimas, que tiveram então<br />

niuita sahida e ainda hoje sãp. estimadas e caras, Volpato teve<br />

por collábòrador o pintor e gravador Suisso Pedro Ducros.<br />

Da obra de Raphael no Vaticano, que por essa época uma.<br />

sociedade de amadores mandara gravar por vários artistas, as<br />

melhores estampas" são abertas por Volpato.<br />

J. Volpato »soube alliár vantajosamente á ponta com o<br />

buril; ainda que as suas estampas se resintam por vezes de<br />

certa friezá na expressão, têem muito, valor na opinião dos<br />

entendidos.<br />

N.° 49. — O tumulo do Conde Francisco Algarotti,<br />

no Campo Santo de Pisa, segundo<br />

Carlos Bianconi.<br />

Dentro de um nicho, cavado em um portico, vê-se .uma<br />

grande urna funeraria, sobre cuja campa está Minerva reclinada,<br />

lendo;, no alto do nicho dois anginhos, um dos quaos<br />

sustenta um medalhão èom o busto de Algarotti. Em baixo :<br />

no meio, sobre o patamar de uma escada de tres degrau:;,<br />

•um grupo de cinco pessoas em difFerentes posições; á direita,<br />

sentado' em um dos degraus- da escada, um mendigo, com seu<br />

cão ao pé de si, pede esmola ás pessoas do grupo acima,<br />

âpresentando-lhes a sua gorra; finalmente na extrema direitá,<br />

um moço, sustentando com a mão esquerda uma lapide, levantada<br />

do chão, mostra-a com o dedo indicador da direita<br />

ao tijeSmo grupo. Na parede, aos lados do portico, vêem-se<br />

varias pedras tumulares com inscripções, &.<br />

, No Corpo da estampa occorrem os seguintes dizeres : i.°,<br />

no entablamento do portico,;« ALGAROTTO OVIDII ^EMVLO /<br />

NEWTONI DISCÍPULO / FRIDERICVS MAGNVS », em uma lapide ;<br />

2.V ÊM outra, por baixo- do medalhão, « ALGAROTTVS / NON<br />

OMNIS »; 3. 0 , na peanha da urna, « ANNO DOMINI MDGCLXIIII »;<br />

È na margem inferior : ,« Pisis IN CCEMITERIO », nó meio;


656:<br />

« Carol:..Biarictini Bonon: is fec. », à esquerda; e « Joan. Vol~<br />

patus sculp. Venet: is i/Óç. », á direita.<br />

Altura, 610 millimetros; largura, 431 millimetros.<br />

• N.° 35 de NaglerLexicon, xx, 523..<br />

Bella gravura. O exemplar exposto, procedente da Real<br />

Bibliotheca, tem o senão de lhe faltarem a^ margens; mas<br />

apesar d'isto é uma óptima estampa.<br />

MORGHEN (RAIHAKI.)<br />

Raphaël Morghen. gravador á ¡rgua-forJV.eJrbupl, nasceu<br />

íeti -Floreft^íi fiQ. dè Junho de i^l^MÉPi»^®*'*<br />

disciptilor^ú-olau Tahnerini. wiofrv&m elle privo:u\' escreve:;. *<br />

o Catalogó ofimpleto.da obra do' Mestre, puHiiípB : .áit>áa, em<br />

vida d'esiTe,. -J--V 1 . ' .<br />

Raphaël- MOrghèfi: era filho de um gravadoi;:4e origetu<br />

•illêinà; '.'lrlippu Morghcn, comjj^^^cetõ^éK^a{Mndtt,<br />

a gravura ; ¿fSsfï" annos' de idade abriu '.mia


657:<br />

jjo 50. — A Ceia de Jesus :Cliristo .comJ8®l<br />

s •* Apostolòs.•" secundo a -famosa pintura mural,<br />

fefâtá por Leoftardo ^de Vinci no refeitoriçi d a . UB<br />

HHM com as mios .abortas na altura .dó pèi«pín..;signal<br />

Wèspanto; e os outros do®de perfil, Itpâp p ultimo»<br />

BBai firmadas sobre aMíi', A esquèrjlà--dt? Salvador: uta:<br />

Astolo sentado, de braços abertos, por detraz ü'estc, outro,<br />

lia pêi voltado para Judas, comi) o indicador da, mão direita<br />

Hb^te em ar de amáça,' por suspeitar que seria elljgg|<br />

traidor, juntá-do', primeiro doestes f|M| dretipulos, putrp,<br />

^ » t em t>êi .com as mios no peito; êpmWquem pergunta:,:<br />

Jkwnquii ègo surHt, em seguida ^ eáte, ilm grupo de tres,;<br />

W M em differentes posições, em colloquio a respeito do.<br />

B K Sobre a mesa: ¿prátotípta:' vianda e peixe,I pãeSj :,gar-<br />

; fafásilttpos, &. Por baixp da .mesa QajSlKEE dos con-<br />

Mvjs.' No : fundo, atravez de uma porta e d'.aui,jane.!as libertas,<br />

llpiia paizagem cbrfi caseia. Hi 1 '<br />

v A »tampa . tem ;lál, margens mutiladas; da inferior resta<br />

PP!«" uma pequeníssima "^«fcísnde se lêem ef seguintes<br />

" fflÉiSs: ¿LèÓMrdüsvfânciüs :pinxit »íf^ esquérdá .;, « TeM0f;<br />

Mattemi delmemiit », no!jil&d', « Raphael Mvrghen sculpsit »,<br />

a.direifa. ,<br />

da estampa no SjB: estado actual:<br />

j'" Altura, 434 miiUnietros; largura, 893 miilimetros. .. .<br />

J N.WBíe L.B N&çr'se pôde determihar:si:;a^|impa<br />

|feo&/perteh(Í!Sij. (,st:líl " d ' eát


658:<br />

estados da chapa, nem tão pouco ao 6,", por não apresentar<br />

signaes de retoque d'esta.<br />

Apesar cie estragada em alguns lugares, 'a nossa estampa<br />

dá bem ideia d'esta obra prima do gravador, a qual é já<br />

muito rara e muito cara; na venda Debois um exemplar no<br />

3, 0 estado foi vendido por 2,030 francos, segundo L.B.<br />

A estampa foi comprada no Rio cie Janeiro pelo ex-Bibliothecario,<br />

Sfir. Dr. B. F. Ramiz Galvão.<br />

N.° 51. —- A Sacra Família, conhecida em iconographia<br />

pela denominação da Virgem do Sacco,<br />

segundo André Vannucci, dito André dei<br />

Sarto,<br />

Á direita, a Virgem Santíssima sentada no chão, a très<br />

quartos para a direita e com o rosto de frente, tendo, aó<br />

regaço o Menino Jesus quasi nû; á esquerda, S. José, de<br />

perfil para a direita, também sentado no chão, com 0 antebraço<br />

direito apoiado em um sacco, lendo em um livro, que segura<br />

com a mão esquerda. Em baixo occorrem os seguintes dizeres<br />

escriptos em duas lapides : « QVÊ GENVIT / ADORA - / VIT »,<br />

á esquerda; « AN. DOM / MDXX/V », á direita; e em cima,<br />

nos dois espaços triangulares aos lados do arco que limita<br />

á compòsição superiormente, «ANDREAS / VANNUC / civs /<br />

píNx. », á esquerda; « IN CLAVSTRO / SERVITA / RVM / FLOR»,<br />

á direita.<br />

Na margem inferior lêem-sé :<br />

1.% a Andreas Vannuchius pinx t . vulgo dicto And. dei<br />

Sarlo », á esquerda; « Theodorus Matteini^ delin. », no mèio;<br />

¿Raphaël Morghen Sculp: Flor: », á direita; ' . *<br />

2. 0 , por baixo dos precedentes dizeres a'dedicatória,<br />

tendo de permeio o brazâo da pessoa a quem é dedicada a<br />

estampa: « A SUA ECCELLENZA IL SIGNOR GENERALE MARCHESE<br />

MANFREDINI I Cavaliere Gran Croce de Santo Stefano... Proprietário<br />

I d'un Regimento... Toscana / Raffaello Morghen<br />

D: D: D:»<br />

Sem data (1795). r . . V<br />

Altura, 377 millimetros,; largura, 725 millimetros.<br />

N.° 95 de Nagler, Lexicon ; N.° 13, 3. 0 estado, de L.B.<br />

Rara ê bellisáima estampa, comprada no Rio de Janeiro<br />

sob a administração do actual Bibliothecario, o Snr. Dr. J.<br />

de Saldanha da Gama.


659:<br />

N.° 52.— Retrato de Francisco dè Moncada,<br />

1 Marques cí


660<br />

e á gravura. Teve por mestre de desenho & de pintura a Julião<br />

Travallesi jllde gravura ao florentino Vicente .Vangelisti, que<br />

trabalhada efitao em Milão ' * 'V ^<br />

" ~Í í&ejíísVr )le ^peffeíçOár^e no desenho; iui-ííe á Roma, a,<br />

ésturlar as obrás de Raphacl -é''de Gúido Reiii : - nesta vcidadè;<br />

dedicou-se 'também 'ao estudo da poesia c fez repetidas vezes o<br />

curso de anatomia cóm O profdssor José Cervi. Foi em Roma<br />

que J. Longhi- travou* relaçûes de' amizade cora Raphaël<br />

Xlorghen, relações que se tornaram cada vez míds estreitai e<br />

perduraram até á Ijüa morte.<br />

j^l^ÊÍI.onghi, depois de exercer a pintura por algum tempo,'â<br />

dosamjv.rou-a, para dedicar-se unicamente ;:_â'! gravura. Pela<br />

morte 8ÇVI. Vangelisti (1798^ foi nomeado professor d'çsta 1<br />

¡¡rie t:ni ürera e leve a felicidade d^^co^jWíbÇif organização<br />

da sui sfesla eVi' excellente nn-thodli das; suas lições, formar<br />

iiÙSIïbàùs -discípulos, que espalharam á sua nomeada por tpda<br />

Europa. t. s^bmE<br />

J. l.ongni foi poeta, cscriptor sobre assumptos de be'.las<br />

artes ¿'séSiO. dé quasi todas as academias de aríe, existentes<br />

em Europa^ .angariou pelo aprimorada (las.suas gravuras as<br />

bôas. graças de Napoleão 1 : e teve as condeqpraçAcs da Coroa<br />

dè ferro é de Constantinide Parma.<br />

Pdtírifs artistas têern deixado gravuras tio bem ¡rabadas<br />

como Longhi. Os .Fastos de Napolçio /, gravata.de 1807<br />

,;a iStfi por elle ejjior-íoutros* abridofês sob a sua direcção,!<br />

Miguel .Bisi, Benaglia«^flé íránpiigo Rosaspinã, segundo<br />

André Appiani, mérec'è,m: : especial menção como collccçio ;<br />

à chapa dó iJdãfS, final de Miguel Angelo, segundo desenha<br />

i dteácnardi, " e 'a da Virgem jj^Sí segundo Raphaël, Mngïi<br />

não as poude terminar; éstâ^orém foi acabada por ¿ett dftcipulo,<br />

ò cavaîfeiro Tosçhi.<br />

N.° 53. — Os desposorios da Virgem Santíssima,<br />

s, Segundo Raphaël.<br />

Á direita, k José ,apresentando o anriel nupcial á Virgem,<br />

à esquerda- no^meio, ,0 Summo Sacerdote, sustendo-lhês^s<br />

mãos. -Cinco mulheres, acompanham a noiva e, cinco mancebos<br />

ÎÉ nOiyo ; São estesgls mollogràdos pretendentes á mao de.i<br />

ISKs^SeíihOTáWSÍ Um d'elles q::cbra à8 joelho a sua vara;<br />

Jerusalém, 118188118 S œ B n S H g n H l , t S 3 S P<br />

içada": — — n a H9 B B **3. BanSHB^raHllffl<br />

. SaÊBÊÊMÊllMmMSËBBaÊ^^^ *<br />

peinture et sculpture, ii, 25.


661:<br />

outro, agastado, quebra também á sua, servindo-se das mãos somente<br />

; os tres restantes trazém-n'as levantadas. No fundo,<br />

uma praça publica com um templo, de dezeseis faces, cercado<br />

de uma columnata, tendo por cima do arco do meio : « RAPHAEL<br />

VRBINAS / MDIIII ». No ultimo plano,uma paizagem. Na<br />

margem inferior, o brazão do Imperador d'Áustria, no meio;'<br />

e differentes dizeres àos lados,d'este: i.°, « Raffaelio Sanzio<br />

dtp: 1504. », á esquerda; « Gius. e Longhi dis: e ince Milano<br />

1820. », á direita; 2. 0 , a seguinte quadra em italiano, disposta<br />

em duas eolumnas:<br />

« Se di tai pregi adorno Mai non precorse il giorno.<br />

> Fu Sanzio imberbe ancora; Piú luminosa aurora. »;<br />

3. 0 , a dedicatória, « AIV Imp. le '... MAESTÀ di FRANCESCO- I.<br />

Imperatore d'Áustria... ed Illirio õfc. &c. &c. D.D.D. in<br />

attestato d'osseq : ma sudditanza Giuseppe Longhi »; 4. 0 « V Originale<br />

esiste nella I. R. Galleria di JBrer a in Milano -o »,;á<br />

esquerda; 5. 0 , « Lissant impresse in Milano. », também á esquerda.<br />

Altura, 719 millimetros; largura, 487 millimetros.<br />

N. a 4, 5. 0 estado:, L-B. (11, 567).<br />

Bella estampa comprada nö Rio de Janeiro durante a<br />

administração do actual Bibliothecario.<br />

CAL AM ATT A | ® | S<br />

Luiz 4 * f HM -<br />

r.eir.i cic lapisariã||cí:-jt:m ''.i-tV/j^Jw 1 - ' ' J'' r^ií ''<<br />

¡ 1 $ a " fespeito^^s/ifclSeírqs ^tnitosíJa Mg<br />

Bia ¡descendente ililTjiílitniTiliirílj l|Blmia8Jp|fl]W B H |<br />

ftàitRoma, a educação art^ttóffije _f i .1 «L V,''"".SÍp ^ 1<br />

Ri;: Escola :.de : Sío. Miguel, mal 1 1 j! % tí »3?<br />

tendo por nuSttes A JllangíatQMM Kiccianiie Mare] iij<br />

jfaade o nosso-aítista, então sdê%|g||| 17 m<br />

1 11<br />

ütrwbji -íSaçôe! fr 11 1 A I<br />

^^^^RSHHfiHH^^D andaJ dos tempos se toj B<br />

(Sm cada vtf maisapstreitae, e amigavei DeMkoma pa sou-vj<br />

$ gfcifençaâá?» dt'*.r-sJl ' I." Üi ? r ©H? í« m EÊ><br />

e ibsl~"" !• ir 1 * >^hhkéihpbh^hh<br />

^^fflAiveriguado ;qiUeí^qu< 1 I- 1' "íjij 1 ^ Íí * paíle<br />

f|râvipl|jfl¡¡rjaraS»' 1 ''I't*-J<br />

io e i ue<br />

tejgfeste (Man o Jj®jjÍPÍ ara - 1 '® pnmeij^WâS c<br />

tira algun) dinheitc&para í&arrer as ] r u• 'r ('' spezas.


662:<br />

Pouco depois de ter chegado a Paris, L. Calamatta publicou<br />

a sua gravura a Mascara de Napoleão, que desde logo<br />

se tornou celebre, não só pelo seu alto valor artístico, mas<br />

ainda por se lhe ter dado certa feição politica : de feito<br />

gravar naquella época a mascara do Imperador eqüivalia á<br />

uma demonstração de opposição aos Bourbons restaurados.<br />

Entre os annos dé 1825 a 1826 começou a gravar o<br />

Voto de Luiz XIII\ segundo Ingres; círcumstancias porém independentes<br />

da sua vontade o obrigaram a interromper esse<br />

trabalho; entrementes occupava-se em reproduzir pela gravura<br />

alguns dos assumptos mais apreciados no Salão. D'entre essas<br />

gravuras merece especial menção a de Bajazeto e o pastor<br />

segundo Dedreux Dorcy, aberta em collaboração com Coiny<br />

(>*27s- ' ^ " « B a<br />

Em Paris conheceu L. Calamatta um distincto gravador<br />

hollandez, Táurel, o qual, precisando de um collaborador,<br />

induziu o nosso artistà a acompanhal-o á Hollandapelo anno<br />

de 1830. Durante um a dois annos trabalhou L. Calamatta<br />

em Hayasi a sua residencia nesta cidade lhe não proporcionou<br />

outras vantagens, serviu pelo menos para restabelecer-lhe<br />

a saúde.<br />

Voltando a Paris, tratou de continuar a gravura da chapa<br />

do Voto de Luiz XIII, a qual só depois de sete annos de<br />

trabalho foi publicada (1837). D'esta afamada estampa diziase<br />

então que, si Ingres soubesse manejar o buril, não a teria<br />

gravado melhor.<br />

Pouco depois da publicação do Voto de Luiz XIII, partiu<br />

L. Calamatta para Bruxellas, a convite do governo da Bélgica,<br />

para fundar e dirigir nesta cidade a Escola de gravura,<br />

Escola em que formou muitos discípulos distinctos: Biot,<br />

Leopoldo Flameng, Desvachez, Meunier, Demannet, Lelli e<br />

outros. Não podendo por si só dar conta de todas as obras,<br />

que lhe encommendava o governo, o nosso artista encarregava<br />

a execução d'ellas a seus discípulos, limitando-se a superintender<br />

os trabalhos e ás vezes a retocai-os. O nome de Calamatta<br />

seguido da palavra direxit occorre em grande numero<br />

das estampas gravadas por seus discípulos, publicadas na Bélgica;<br />

entretanto é forçoso confessar que muitas d'ellas são<br />

bem pouco dignas de ser subscriptas pelo nome de gravador<br />

'tão distincto. Foram assim gravados: o Museu belgico,<br />

collecção de retratos historicos; as Lojas de Raphael no Va-<br />

. ticano, segundo as copias de Carlos Meulemeester; e uma<br />

serie de desenhos, segundo os grandes pintores italianos, feitos<br />

pelo proprio mestre quando esteve na Italia, gravados á aqua<br />

-tinta; entretanto a mais bella estampa d • esta serie, a Visão


663:<br />

de Ezequiel, segundo Raphael, foi, por excepção, inteiramente<br />

gravada só pelo proprio L. Calamatta.<br />

. ; Pensando sempre na suã Italia, vivia na Bélgica o nosso<br />

artista como que desterrado ; de vez em quando fazia alguma<br />

viagem ao seu paiz, sempre no interesse da arte; até que em<br />

1862 pediu a sua exoneração de director da Academia de<br />

Bruxellas, pór ter acceitado, a convite do ministro italiano<br />

Màmiani, o lugar de professor da de Milão,<br />

Encarregado pelo governo pontifício de gravar a Disputa<br />

do Santíssimo Sacramento, a Divina Disputa, como elíe a<br />

chamava, metteu mãos á obra, que não teve o gosto de acabar<br />

por ter fallecido antes.<br />

L. Calamatta, desenhador provecto, costumava, ao contrário<br />

de Raphael Morghen, fazer pelas suas próprias mãos os<br />

desenhos das pinturas que pretendia gravar; taes desenhos são<br />

verdadeiras obras primas. Esta circumstancia e a maneira<br />

perita e algumas vezes peculiar com que manejava o büril e<br />

a ponta valeram-lhe a bem merecida nomeada de um dos<br />

melhores gravadores do século. Das suas mais perfeitas estampas<br />

as que gozam dê maior estima são : as gravuras á maneira<br />

de lapis segundo Ingres, executadas com tão maravilhosa<br />

.fidelidade e expressão dei sentimento. que a dois passos de<br />

distancia é irtipossivel distinguir a gravura do desenho original;.<br />

o Voto de Luiz XIII, segundo Ingres; a Virgem da<br />

cadeira, segundo Raphael; a Jucunda, segundo Leonardo de<br />

Vinci;, á Virgem e o retrato, do Conde Mo lê, segundo Ingres;<br />

a Disputa do Santíssimo Sacramento, segundo Raphael, &.<br />

'.M Calamatta tinha por ihabito não gravar de úm jacto<br />

as Suas chapas: trabalhava alternadamente em muitas d'ellas,<br />

prá em umas ora em outras; corrigia assim, por continuas<br />

diversões, já que de todo o não podia evitar, o que tem de<br />

fastidioso o trabalho do abridor. É a esta circumstancia que<br />

Sç deve nãò 'ter podido terminar a chapa da Disputa do Santíssimo<br />

Sacramento, ainda que durante oito annos se tivesse<br />

pCç.upado com ella.<br />

Obteve o nosso artista por oceasião da Exposição do<br />

Salão de 1837 uma 1." medalha; e na Universal, de Paris de<br />

1855 ttma medalha dé i.* clasãe, sèndó então promovido á<br />

official da Legião de honra, da qual já era cavalleíro; foi<br />

membro correspondente da Academia de "bellas-artes de Paris.<br />

Fallèceu a 9 de Março de 1869, em Milão, de onde foi<br />

depois o seu corpo trasladado para a França e enterrado em<br />

Nohant, no castello de George Sand, cujo filho se casara com<br />

Lina, filha única do artista.


664:<br />

N.° 54.f||Retrato do Conde Molé, segundo Ingres.<br />

' - - íyístò áté.á|iW joelhos, em pé, a tres quartos -para a direita,vestitao<br />

r.om um (^sã^o quásitodo-abotoado,.segurando<br />

.com a mão direita uma luneta prêsaa uma fita pendente do<br />

pescoço, e apoiando o cotove!lo.ves'|uerdo sobre o espaldar.de<br />

uma .|íi?ltrona. So fundo: á direita^ livros é uma penna'iein<br />

cima de um grur.d.e movei; e á esquerda, em i:m dos pedes,<br />

taes do dito movérfi • « J. INGRES PINXIT /i%4>: No alto, á<br />

direita,,« MAIHIKU 1.OCIS COMTE Mpri: ». Na margem inferior:<br />

« PEINT PAR INOÍES. », À èsqüerdá; .« PARIS,;'Í840. B, ; no<br />

meio ; «* 1">;.SKI;N.VI1> K iy(T:ÍH()VPÍY;f.. CALAMATTA..», À direita;<br />

2.", « Imp? par Charcon •ainé. *et .Aze. », no meio, muito em<br />

baixo. Sem lct-tra.<br />

.. Altura, .365 millimetros; largura, 283 millimetros. ^M<br />

S.° 13 de L.B..<br />

Esta bella gravura foi comprada pelo .ex-llibliotaecaric,<br />

Sfir; Dt. B. F. Ramiz Galvão.<br />

ESCOLA ALLEMÃ<br />

S C H O N G A U E R (MARTIM)<br />

M é S<br />

39.<br />

Martiin; J&d/ongauer, ourives, pir.tor e gravador a buril,<br />

! descendente de uma familia


665:<br />

Martim Schongauer nasceu em Colmar entre os annos de<br />

1420 e 1430 e falleceu na mesma cidade a 2 de Fevereiro<br />

de 1488 ; teve por mestre o pintor de Bruxellas, Rogero<br />

Vander Weyden, cuja influencia se revela nas obras do discípulo,<br />

tanto pinturas, como gravuras ; e viveu por largos annos<br />

(pelo menos de 1469 até morrer), na sua cidade natal, onde<br />

ainda, hoje se vêem muitos dos seus quadros.<br />

Martim Schongauer é considerado como o fundador da<br />

escola allemã de pintura, dita do Alto Rheno. A seu respeito<br />

escreve Ch. Blanc, Opere citato : « A sua influencia faz-se<br />

sentir .tanto na Italia como na Allemanha, pois que até as<br />

primeiras composições do proprio Raphaël accusam reminiscências<br />

do estylo do mestre de Colmar, de quem diz Jacques<br />

Wimpheling (Vide : Vimphelihgi Rerum German. Epitome,<br />

Cap. LXVI) que: « elle se avantajava na arte da pintura em<br />

« tão eminente grau que os seus quadros, procurados com émit<br />

penho, foram transportados para a Italia, a Hespanha, a<br />

« França, a Inglaterra e outros paizes do mundo. De todas às<br />

«nações vinham pintores copiar os existentes nas igrejas de<br />

« S. Martinho e de S. Francisco, em Colmar. De feito, segundo<br />

« a opinião de todos os pintorese.de outros artistas, ninguém<br />

« saberia executar pinturas em que se vissem mais perfeitamente<br />

«reunidos a graça ea elegancia (?). » Sem partilhar o enthusiasmo<br />

de Béatus Rhenanus e de J. Wimpheling pela, « graça<br />

e elegancia », que justamente faltam nos quadros d'este mestre,<br />

não se lhe pôde recusar lugar mui proeminente, attendendo<br />

ao : estado da pintura em geral naquella época. As suas figuras<br />

téem animação e notável variedade de posições ; as cabeças das<br />

suas mulheres são muitas vezes animadas de profundo sentimento;<br />

mas a ignóbil magreza dos seus Christos traz á memoria<br />

o gosto byzantino; os contornos ordinariamente duros,<br />

as posições, frequentemente desagradaveis por sua extravagancia,<br />

offendem sempre as leis da esthetica. »<br />

Apesar da sua grande nomeada como pintor, Martim<br />

Schongauer é muito mais Célebre pelas suas gravuras do que<br />

pelas suas pinturas. ' Attribue-se-lhe erradamente a invenção da<br />

gravura a buril em Allemanha ; o que porém é certo é que,<br />

embora antes d'elle tivessem apparecido á lume da publicidade<br />

'varias estampas, em geral sem grande valor artistico, de<br />

mestres innominados, foi M. Schongauer o primeiro gravador<br />

de nome donhecido e portanto predecessor de Israel van<br />

Meckenen, paê e filho,- de Martim Zagel, de Alberto Glockenton,<br />

de Miguel Wohlgemuth e de Alberto Durero.<br />

Embora nenhuma das suas gravuras tenha data, presumese<br />

que M. Schongauer principiou" a gravar cêrca de 1460 ;


666:<br />

tratei elías demonstram um buril faeil, desembaraçado e ímal<br />

ó '.pise explica, péla ldiigá practica dà profissão de ímriwí<br />

que antes exercêra.<br />

Nas ssa« gravuras «itortlrfmi-se as «sésmas bôaS partes .<br />

defeitos s#0B Íjuídrós: xiquèza de .eúiájWiçSo, muita va<br />

riedüde de postçSe* e déserfô Erecto, a par de contornos<br />

mm MMgâapadoBB», áüguldssis • nàS roupagens, "de corte<br />

magros e descarnados com extremidades^ dedos muito longos.<br />

B. e Paisavant descrevem nàs , obrai citadas, não só as<br />

estampas gravadas por, , SchOngaüer, mas também as aue<br />

lhe são atlribuidas com oú sem razáo.<br />

N.° 55. — A morte da Virgem.<br />

Tréze figuras. A Virgem i representada-moribunda, dei.<br />

tada em um leito com sabrécêo, -do qualjpíndem cortinas.<br />

Em torno do leito vêem-se o: A-poSÈolos,. dós quaes : um sustentando<br />

com. a mão esquerda um cirio que a Virgem tem na<br />

diréitg,jgg dois outros ajoelhados, i áSqíerda, lendo attentamente<br />

«n livro apoiado no leito. Á direita^ nép.* plana, um<br />

grattde candelabro com um brandão -acçeso. Em baixo, no<br />

meio, vê-ss t msfca dó gravador (n." 39, da Taboa dos mo,<br />

nogramrnafi). S. d.<br />

Altura, 258 miüiraetros; largura, 169 millimetres.<br />

. M.° 33 de B. : .<br />

Bella e raríssima estampa, que foi graciosamente offerecMa<br />

4 Bibliotheea <strong>Nacional</strong> pela Ex.»" Sir.« D. Luiza de<br />

Queiroz Coutinho Mattoso Perdigão,<br />

Na venda da ^oHecção Galüçfum, realizada, em Paris em<br />

1875:, uma bella prova d'esta gravura ári vendida por 1,305<br />

franco?.<br />

DURERO (AIBESTOJ<br />

M<br />

N.° 3 a. 3 b. N.° 3 c.<br />

Alberto Durero, pintor, gravador em metal, á agua forte<br />

e a buril, e em madeira, architect© e esculptor, nasceu em<br />

Norimberga a 21 de Maio de 1471 (Thausiiig, pag. 31).


667:<br />

fSeu .1VU-. no dia 30 de Novembro<br />

de 1486 (Thausing, pag. 42), a Miguel Wohlgemuth (*), seu<br />

visinho, e pintor então de nomeada, para ensinar-lhe a sua<br />

arte por tres annos (Thausing, pag. 42).<br />

Antes de sahir da oíiicina paterna, A. Durero já se dedicava<br />

ao desenho nas suas horas vagas, como bem o demonstra<br />

Thausing (pp. 42 e seguintes); os seus conhecimentos e pratica<br />

do officio de ourives e as: suas relações com o futuro<br />

mestre, ajudados pekfproprio talento, explicam facilmente este<br />

facto.<br />

v Terminado o tempo do contracto com Wohlgemuth, A.<br />

Durero propo?-se a yiajar, como costumavam por aquelle<br />

tempo fazer os artistas. De feito, depois da Pasçhoa (11 de<br />

Abril) de 1490, metteu-se a caminho e só voltou a Norimberga<br />

depois do Pentecostes de 1494(18 de Maio); Ignoram-se<br />

ainda hoje todos ps lugares por onde andou, sendo entretanto<br />

certo que d'esta, feita não esteve nos Paizes-baixos, como muitps<br />

affirmam. Foi nesta excursão que conheceu os irmãos de<br />

ííartim -Schongauer: Gaspar e Paulo, ambos ourives, e Luiz,<br />

pintor* em Colmar (1492), e Jorge, ourives, em Basiléa, os<br />

qjiaes o trataram com muita benevolencia e amizade; e que<br />

fez uma primeira viagem á Veneza (1494), segundo proya<br />

Thausing, pp. 77 e seguintes.<br />

Pe volta á patria, para condescender com a vontade de<br />

seu pae," casou-se com Ignez Frey, filha de um celebre; mecânico<br />

de Norimberga. Esta mulher, que tanto tinha de formosa<br />

quanto, de avara, imperiosa e. briguenta, foi, segundo affirma<br />

Bilíjb^ldo Pirkheimer, amigo intimo do artista, seguido neste<br />

particular pelos biographos de A. Durero, o constante flagello<br />

do marido durante a sua vida, e talvez a causa da sua morte<br />

prematura, pelo trabalho sobreposse 'a que o obrigava com o<br />

fito (de enthesòurar riqueza que viesse a herdar. Thausing,<br />

por£» (pp. ng e seguintes), esforça-se por negar esse caracter<br />

de Ignez Frey, attribuindo o juízo desfavorável de Pirkheimer<br />

a respeito d'ella, á misanthropia e 'irritabilidade, que<br />

Çontra tudo f contra todos mostrava este nos últimos annos<br />

da sua vjda, em consequência da gotta de que soffria, e á<br />

. , i§! Na interessante obra « Chronicarum liber (per Hartmaii Schedel). Hunc Ubrvm,..<br />

Koberger Nuremberge impressit.,. Ànno 1493 », ín-iolio máximo, mais. co-<br />

»ftecida por ChronÜM Mundi « Chropiica de Norimberga:» oceorrem cêrca de 2500 -xyióipiitSl<br />

(contando com as repetidas) abertas ppr Miguel Wohlgemuth e Guilherme PÍey-<br />

n dos quaes exposto


668:<br />

má vontade que tinha á viuva do grande artista, por não ter<br />

ella querido ceder-lhe um par de bellas pontas de veado, que<br />

fôra do defunto.<br />

Em 1506 foi Durero pela segunda vez á Veneza e depois<br />

á Bolonha, onde pouco se demorou, porque no mesmo anno<br />

já estava de volta á terra natal.<br />

Estando o Imperador Maximiliano I em Norimberga<br />

em 1512, encommendou a A. Durero vários trabalhos, dos<br />

quaes o artista se desempenhou com a maior galhardia, sendo<br />

entre elles digno de especial menção o Arco triumphal do Im<br />

perador Maximiliano I (N.° 138 de B.j; pôr todos estes trabalhos<br />

o Monárcha agraciou-o com o fôto de nobreza e uma<br />

pensão annual de cem florins, pensão que lhe foi depois continuada<br />

pelo Imperador Carlos V.<br />

A 15 de Julho de 1520 partiu A. Durero em companhia<br />

de sua mulher e de uma criada para os Paizes-baixos. Ahi foi<br />

geralmente muito bem acolhido ; a propria Governadora, Margarida<br />

de Parma, muito o distinguiu a principio, mas depois,<br />

em consequência de ter o artista esposado as ideias da Reforma,<br />

retirou-lhe as suas bôas graças. Foi nesta viagem que<br />

Durero travou relações de amizade com Lucas de Hollanda,<br />

Luthero e Melanchton.<br />

Depois de um anno de estada nos Paizes-baixos, voltou<br />

para Norimberga, onde falleceu, aos 57 annos de idade, no<br />

dia 6 de Abril de 1528.<br />

Embora andasse em viagens, Durero trabalhava sempre<br />

como pintor e gravador, quando se demorava em qualquer<br />

parte por algum tempo.<br />

Os críticos em assumptos de arte não se fartam, apesar<br />

dos pequenos defeitos que notam nas obras do grande mestre,<br />

de prodigalizar-lhe os maiores elogios e o consideram como<br />

o fundador da escola allemã de pintura e de gravura. As suas<br />

composições, caracterizadas pela riqueza da imaginação, têem<br />

certa côr local, eminentemente germanica, que. um olho exercitado<br />

facilmente reconhècé e não deixam de ter certo arde<br />

semelhança com as do Mestre do caduceu, com quem tratou<br />

de perto e cujas pinturas apreciaya, talvez devido, como ja<br />

-aqui se disse, antes a terem bebido ambos na mesma fonte<br />

(Martim Schongauer ?) dò que a ter um d'elles imitado o outro.<br />

Como gravador A. Durero é talvez mais celebre do que<br />

como pintor. Nos tempos hodiernos as suas estampas têem-se<br />

tornado raras e attingido a preços elevadíssimos, por vezes<br />

fabulosos • já na sua vida ellas eram muito estimadas e procuradas,<br />

a ponto do proprio M. A. Raimondi não se dedignar<br />

reproduzir a buril a Pequena Paixão, simulando xylographie


669:<br />

¿ que deu origem ao conto, em que ninguém mais acredita, de<br />

ter Durero dado queixa á autoridade judiciaria era Veneza<br />

contra M. A. Raimondi, porter este falsificado a sua obra.<br />

O buril de A. Durero é fino e fácil; quanto ás xylogra-<br />

[ phias marcadas com. ò, seu monogramma, ainda que descriptas<br />

pelos icognographos como estampas suas, não são todas graúdas<br />

por elle: Durero mui frequentemente fazia os desenhos<br />

na madeira, que era entalhada pelos seus discípulos e callaboradores;<br />

outras vezes, porém, eram estes que reproduziam os<br />

desenhos do Mestre na madeira e abriam a chapa assim de-,<br />

. senhada. 'D'isto provém que essas xylographias apresentam<br />

entre si sensíveis difFerenças.<br />

gi-Nos Archivos de Naumann, vi' (i860), pp. 186 e se-<br />

I guintes, R. von Rettberg dá a lista de todas as gravuras de<br />

A. Durero, ém metal e em madeira, por ordem chonologica,<br />

indicando a data certa ou provável de cada estampa. D'essa<br />

lista se vê que a primeira gravura de A. Durero, o Grande<br />

i Correio (n.° 81 de B.), foi feita em i486, isto é, dos 15 para<br />

I os 16 anriòs da sua idade, quiçá quando ainda trabalhava de<br />

í ourives na casa paterna.<br />

I. — GRAVURAS EM METAL<br />

N.° 56. — Adão e Eva.<br />

Duas figuras, em pé, de frente, mas com os rostos de<br />

perfil; a serpente, um boi, um bode, um gato, um coelho,<br />

um ratinho, um papagaio e um cabrito; em uma paizagem,<br />

[ com a arvore do bem e do mal, no meio.<br />

Á direita, Eva com uma maçã na mão esquerda, toma<br />

[ com a outra mão segunda maçã, que lhe dá a serpente; de-<br />

[ fronte de Eya, Adão segurando com a,mão direita um ramo<br />

da arvore, em que pousa o papagaio e está pendurada<br />

r uma taboleta, extende o braço esquerdo para tomar o fructo<br />

I que Eva lhe vae entregar. Perto do canto superior direito,vê-se<br />

• o cabrito sobre um rochedo, dispondo-se a saltar. Na taboleta<br />

I lê-se: « ALBERTÇ / DVRER / NORICVS / FaciEBAx ; / o monogramma<br />

do gravador (n.° 3 a. da Taboa dos monogr.) j 1504 ».<br />

Altura, 249 millimetros; largura, 190 millimetros.<br />

N.° i de B. (vil, 30),._ ' / - - > •<br />

Estampa raríssima e muito bella,. obra capital do gravador.<br />

A gravura exposta é uma excellente prova, infelizmente<br />

I em parte mutilada e estragada, que pertenceu à Real Biblio-<br />

. theca.


670:<br />

N.° 57. — A Virgem Santíssima e o Menino Jesus<br />

Em uma paizagem, vê-se, á direita, a Virgem sentada ao<br />

pé do tronco de uma arvore, sustendo nos braços o Menino<br />

Jesus e apertando-o contra p seio.<br />

No alto, no meio, occorrem a data, 1513, e o monogramma<br />

(n.° 3 b. da TabOa dos mOnogrammas).<br />

Altura, 117 millimetros ; largura, 74 millimetros.<br />

N.° 35 de B. (^11, 55); N.° 12 de L.B. (11, 161).<br />

A estampa exposta, bella e rara, carece de margens.<br />

Da Real Bibliothecá.<br />

N.° 58. — O cavalleiro da morte.<br />

Um cavalleiro, de perfil, armado de ponto em branco,<br />

dirigindo-se para a esquerda; ao seu. lado direito marcha a<br />

morte, montada em um rossim, tendo na mão direita uma<br />

ampolheta; e após, o demonio com uma das garras extendida,<br />

como quem o vae tomar. Perto dos pés do ginete do homem<br />

armado vêem-se 'um cão a correr e um lagarto. Em uma taboleta<br />

encostada a uma pedra, á esquerda, lê-se a lettra s, a<br />

data, 1513; e o monogramma (n.° 3 b. da Taboa dos monogr.)<br />

e sobre a mesma pedra uma caveira. Em uma paizagem<br />

agreste, com uni castello no 2. 0 plano.<br />

Altura, 245 millimetros ; largura, 190 millimetros.<br />

N.° 98 de B. (vil, 106); N.° 98 de Passavant, P. Graveur<br />

(iii, 15.5) ; N.° 80 de Delaborde, pag., 262.<br />

Esta estampa, muito bella e raríssima, é uma das melhores<br />

do mestre; representa, segundo à opinião mais acceitavel,<br />

um cavalleiro christão da idade media,, revestido de todas as<br />

peças de uma armadura.<br />

A gravura exposta tem as margens mutiladas.<br />

Na venda da collecção de Ch. F., em Paris, 1859, um<br />

exemplar d'esta gravura foi comprado por 760 francos, e na aa<br />

collecção Brentano - Birckenstock, em Francoforte sobre o<br />

Meno, 1870, comprou-se outro exemplar da mésma estampa por<br />

340 florins.,<br />

Da Real Bibliothecá.


671:<br />

N.° 59. —- Retrato de Frederico III, o Sabio,<br />

Eleitor de Saxonia.<br />

Em busto, quasi de. frente, um pouco, voltado para a esquerda,<br />

de chapéu na cabeça. Nos cantos superiores occorrern<br />

ps dois, escudos das armas de Saxonia; e na altura do hombro<br />

direito do retratado o monogramma n.° 3 c., pouco visivel. Em<br />

uma grande" taboleta por baixo do retrato, lê-se: « CHRISTO.<br />

ÍACRVM. F ITLE. DEI VERBO, MAGNA PIETATE. FAVEBAT. /. PER-<br />

PETVA. DIGNVS. POSTERITATE. COLI. /. D. FRIDR. DVCI. SAXON,<br />

S. R. IMP. 7. ARCHIM. ELECTORI. /. ALBERTVS. DVRER. NVR.<br />

FACIEBAT. I .B.M.F.V.V. / .M.D.XXIIIL » .<br />

Altura, 193 míllímetros; largura, 124 millimetros.<br />

N.°, 104 de B. (VII, 112); N.° 90 de L.B. (ii, 166). . .<br />

A estampa tem as margens mutiladas.<br />

«J Da Real Bibliotheca.<br />

A Pequena Paixão.<br />

II. XYLOGRAPHIAS. ;<br />

Serie de 37 estampas, gravadas em madeira, de 1509 a<br />

1510, descriptas por Bartsch sob n. os 16-52 (yii, 09-122),<br />

' R. Weigel, citado por Nagler, Die Monogrammisten (1, 183),<br />

considera como obra verdadeiramente original do grande Mestre<br />

somente a chapa que representa o Homem dás dores (n.° 16<br />

de B.), devendo as outras da serie ser attribuidàs a gravadores<br />

muito hábeis que, por aquelles annos, trabalhavam sob a.<br />

direcção de A. Durero, segundo desenhos seus.<br />

Todas as estampas d'esta serie trazem o monogramma de<br />

A. Durero; e, segundo Ottley (11, 729-731), somente quatro<br />

têem data :• Adão e Eva expulsos do Paraiso, 1510; Jesus Christo<br />

•conduzido perante Pilatos, 1509; Jesus Christo carregando a<br />

cruz, 1509 ; e o Santo Sudário, 1510.<br />

Ha varias edições d'estä Paixão; as estampas da i. a edição,<br />

sem titulo,' e sém texto impresso no verso, eram muito estimadas<br />

pelo proprio Durero, e por isso eile as reser.va.va para<br />

presente a seus amigos.<br />

Altura, ia8 millimétros; largura, 97 a 98 millimetros.<br />

Serie de estampas bellissimas e muito raias.<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue d'esta serie somente 31<br />

estampas da i. a edição, infelizmente quasi todas muito estra-


672:<br />

gadas; e algumas até imprestáveis, razão porque só expõe<br />

as 28 abaixo descriptas. Além d'estas, expõe também uma<br />

cópia por Anonymo da i. a estampa da serie, o Homem das dores<br />

(N.° 16 de B.). Vide o n.° 91 d'éste Catalogo.<br />

Vide B., loco citato ; Nagler, Lexicón (111, 504 e seguintes);<br />

Passavant, P. Graveur (111, 159); Ottley, loco citato; eu,"<br />

155-191 de L.B. (11, 168). '<br />

Provieram da Real Bibliotheca estas xylographias..<br />

N.° 60. — O peccado de Adão e Eva.<br />

Os dois peccadores abraçados; Eva tomando com a mão<br />

esquerda o fructo prohibido, que a serpente tem na bocca; á<br />

esquerda um cerdo, e â direita, um bode. No canto inferior<br />

direito, o monogramma n.° 3 b., em um uma taboleta (N.° 17<br />

de B.).<br />

N.° 61. — Adão e Eva- expulsos do Paraíso por<br />

um anjo.<br />

Á direita, o anjo, tendo uma espada levantada na mão<br />

direita, e, com a esquerda nas costas de Adão, expelle os dois<br />

peccadores do Paraíso.<br />

Em cima, á direita, em uma taboleta dependurada nos<br />

ramos de uma arvore, a data, 1510, e o monogramma n.°3 b.<br />

(N.® 18 de B.)<br />

N.° 62. — A Annunciação.<br />

Á direita, a Virgem ajoelhada, olhando para o anjo, á<br />

esquerda. Por sobre a cabeça da Virgem, o Espirito Santo sob<br />

a fôrma de uma pomba, cercado de uma aureola.<br />

Em cima, á direita, o monogramma n.® 3 b.<br />

(N.° 19 de B.)<br />

N.° 63. — A Natividade de Jesus Christo.<br />

Cinco figuras e ,um anjo. Em baixo, á direita, o monogramma<br />

n.® 3 c.<br />

(N.® 20 de B.) ;


673:<br />

N.° 64.^ Entrada triumphal de 'Jrifeus ChríàtcK<br />

5 4em Jerusalem.<br />

K:u firna, :f- di£e;ta, o monogranima 3 c.<br />

BMt'sJygffiWY<br />

N.° 65. — A Ce!a*<br />

i Com o üionograipma n.* 3 b., èríi bauto, um pouco para<br />

|ít direita.<br />

(N.° 24 de £.)<br />

N.° 66. — Jesus Christo lavando os pés<br />

g'dilslipujos.<br />

Hw ffioij^gtfátHma n.° 3 b., em ' á direital|pj|e um<br />

mtfí.<br />

• f c S s fleB) ^<br />

N.° 67. — Jesus Christo orando no monte Oli-<br />

Ê||áte.<br />

0 monogramma n." 3 b. jogçpije ern" b.i<br />

N.° 68. — A prisão de Jesus cáfeò.<br />

Com osmonogramma in." 3 b.. em baixo, á d^Éta. 1<br />

N.° 69. — O Summo Sacerdote Caiphaz dilacerandp<br />

as suas<br />

65, D| xawipgramma. n. 3 , i^íxo,/ á^esquprcia^<br />

(».' !) di t jte&jHj»


674<br />

N.° 70. Jesus Christo escarnecido no Pretório.<br />

Seis figuras : ö Sal'va^Ö^/H'e? òlhósVyeridados judeu'<br />

(|iÍrando bu/.ina.* e ös Outros em varias posições. Gôíii o mor.ogramMa'n.<br />

0 3 b., em bai;xo,.â; .esquerda.<br />

Wmã (•<br />

N.° 71. — Jesus Christo conduzido perante Pilatos.<br />

Emi', baixo, para á esquerda, vê^sl-^ma taboleta com a !<br />

data, 1509. e o monogramma n.° 3, b.<br />

W Btf- a<br />

N.° 72. — Jesus Christo arrastado á presença<br />

dé Herodes.<br />

Com o raonográmma n. 3 b., em baixoj á direita.<br />

•?' 32 |f|SM|<br />

N.° 73. — A flàgellação.<br />

Em baixo, no mèio, vê-se o rnohogramma n> 3 b.<br />

N.° 74.I^S jesüs Christo coroado deiièspinhos.<br />

Com o monogramma n. 3 b., em baixo, á esquerda.<br />

:>:.:(;g:f'34 d : é B.)<br />

N.° 75. — O Ècce. home.<br />

Traí o. roonograuasaa a. 3 b., em baixo, na meio.<br />

äP-fis d « ®I1|


675:<br />

76.Ä-.0 santo ^siidano<br />

frZ^i a 'yicduKi mu'.her mrislrar.(]o p sudario,;<br />

remfcrdi. (S ^^^S^^EmiX^f^QiiD itleio,<br />

1510, sobre uma trave; e ein baixo, no meio, 0 monogramma<br />

PSI b-<br />

(N.' 38 de 4HH<br />

N.° 77. fig* A crucificaijäo. I<br />

0 monogramma n.° 3 b. occorre em baixo, a direita,<br />

(N.° 39 de B.)<br />

N.° 78. ü Jesus Christo nö limbo.<br />

HK^m qjjiram^ijam'ma n. ^b.,^erra^!bajxo,^-'direita.<br />

|f •Ptglr de B.)<br />

N.° 79. |iite.Ö' dl^^^SrafeiltO^^Hcrtfz.: 1 " *<br />

i^mmagg? 0 3 b.<br />

1 (fo • 41 (Je L-W<br />

N.° 80. b|0 corpö,,de,-Jasus ChrigJI, ao p^,da<br />

cruz, pianteado pelfl| santas tm|f|ere$.<br />

U moiogramna j b. \ fcip ^aixg., ncv'riJcj'iK. •<br />

(N 0 43 d "ß-SmsS<br />

N.° 81. — O enterro.<br />

L SLSLM r 1 M J j » b. ||jy<br />

um cartaz.<br />

(N.° 44 de


676:<br />

N.° 82. — A resurreição.<br />

Em baixo,, á direita, occorre o monogramma n.° 3 b., em<br />

um cartaz.<br />

'"deJim<br />

N.° 83. — O Salvador apparecendo victorioso á<br />

sua Mãe Santíssima.<br />

Sobre uma pequena estante,• á esquerda, está o monogramma<br />

n." 3 c.<br />

•KÑ, 0 46 de "B.) >•<br />

N.° 84. — Jesus Christo apparecendo á Magdalena,<br />

- sob a fôrma ^e jardineiro.<br />

Em baixo, á esquerda, occorre o monogramma n.° 3 b.,<br />

em um cartaz:<br />

BBN.« 47 fe-jB,^.,,<br />

N.° 85. — Jestis Christo em Emaüs.,/ "<br />

'tamborete,, em que está sentado o 'discipülô ípt esquerda,<br />

tfè-sé' ó monogramma n.° 3 b., em um cartaz.<br />

•H." 48. de<br />

N.° 86. — A ascensão.<br />

: O monogramma n.» 3 b., em uma taboleta, Occorre<br />

baixo, * á esquerda.<br />

(N.° 50 de B).<br />

N.° 87. — O Pentecostes.<br />

. Em baixo, nó meio, vê-sé o monogramma n.° 3 b.<br />

»II St dei B.jgj


A vida da Virgem.<br />

677:<br />

Serie de 20 estampas, gravadas em madeira, de 1504 a<br />

1510.. N. os 76-95 de B. (vri, 131-133).<br />

A. Bibliotheça <strong>Nacional</strong> não possue a serie completa; mas<br />

sómente algumas estampas,, mais òu menos estragadás, de quasi<br />

todas as edições e algumas cópias. Da edição sem texto no<br />

verso (a i. a ) são expostas as duas estampas abaixo descriptas,<br />

as mais apresentáveis da serie :<br />

N.° 88. •—S. Joaquim abraçando Santa Anna na<br />

porta aurea.<br />

Em baixo, á esquerda, o monogramma n.« 3 b., em uma<br />

taboleta^ e no canto inferior esquerdo a data -^'1504 —,'e<br />

não ; — 1509,— como diz Bartsch.<br />

Altura, 297 millimetros; largura, 209 millimetros.<br />

£ : (N.° 79 de B.^i -<br />

Rarissima e muito bella. Da Real Bibliotheça.<br />

N.° 89. — A circumcisão.<br />

Ó monogramma n.° 3 b., em uma taboleta, em baixo, á<br />

direita. Sem data.<br />

Altura, 296 millimetros ; largura, 209 millimetros.<br />

(N.° 86 de B.)<br />

.. Rarissima e muito bella. Da Real Bibliotheça.<br />

O Apocalypse de S. João.<br />

Serie de 16 estampas, inclusive a de titulo. N.' 8 60-75 de<br />

B. (vii, 127-129). Segundo Passavant, P. Graveur (hi, 160-161)<br />

ha cinco diíferentes edições d'esta serie. A Bibliotheça <strong>Nacional</strong><br />

possue diversas estampas.da i. a edição, sem texto no<br />

verso (a de Passavant), e da 4.®, com texto latino no verso,<br />

impresso em 1511 {d de Passavant), mas não tem nenhuma,<br />

serie completa; e expõe somente a estampa abaixo descripta,<br />

por ser de todas a melhor:


678:<br />

N.° 90. Os quatro cavalleiros montados em<br />

cavallos de differentes côres.<br />

Dez figuras, um anjo, quatro câvallos e um dragão. No<br />

alto, um anjo voando para a direita; por baixo do anjo, quatro<br />

cavallos a galope dirigem-se para o mesmo lado, montados: o<br />

primeiro (do fundo para a frente), por um homem de coroa<br />

na cabeça e arco e flecha nas mãos; o segundo, por outro<br />

homem com uma espada na mão direita levantada; o terceiro<br />

por um cavalleiro com uma balança na mão direita; e o quarto,<br />

por um velho, de ensinho nas mãos, figurando a morte. Por<br />

baixo do cavallò da morte* vê-sé um dragão "boquiaberto, etn<br />

acto de tragar um homem coroado, cahido no chão; e na<br />

frente dos cavalleiros, varias figuras, uma correndo, estas cahidas,<br />

aquellas cahindo no chão. O monogramma n.° 3 b., em<br />

baixo., np meio. A estampa exposta traz texto latino impresso<br />

no verso.<br />

Altura, 395 millimetros; largura 280 millimetros.<br />

Muito bella e rara, procedente da Real Bibliótheca.<br />

ANONYMO IX<br />

]M".° 91. — O Homem das dores.<br />

Jesus Christo coroado de espinhos, sentado em uma pedra<br />

quadrada, descansando na mão direita o rosto, cujas feições<br />

exprimem grande tristeza e dor. Na pedra vê-se o monogramma<br />

n.° 3 b.; e por cima da imagem do Salvador lê-se: « ... (Fiffm®?)<br />

PASSIONIS DOMINI / NOSTRI IESV' CHRISTI. », em caracteres typographicos.<br />

Sem aatá.<br />

Estampa mutilada.<br />

Dimensões da. estampa no seu estado actual: altura, á esquerda,<br />

122 millimetros, a direita, 118 millimetros; largura,<br />

85 millimetros.<br />

A descripção que dá Bartsch (V11, 121) da cópia xylographica<br />

do Homem das dores (N.° 16) da Pequena Paixão de A, Durero,<br />

condiz com a estampa exposta, ,e por isso a consideramos<br />

cópia, e não original, ainda que Bartsch não faça menção do<br />

titulo: « ... (FIGVRÍE?) PASSIONIS DOMINI/NOSTRI JESV CHRISTI »,<br />

que, na estampa da Bibliótheca <strong>Nacional</strong>, foi impresso depois.<br />

Vide nos n. os 60-87 a descripção da Pequem Paixão.<br />

Da Real Bibliótheca.


679:<br />

CRANACH Senior (LUCAS)<br />

Ainda que este, artista seja denominado por uns Lufas<br />

Muller e por outros Lucas Sünder, o verdadeiro appellido de<br />

sua familia tem ficado até hoje ignorado; os seus contemporâneos<br />

chamavam-n'o simplesmente Mestre Lucas, Lucas Maier (pintor),<br />

ou, segundo o uso da época, Lucas C-ranack, por ser ejle natural<br />

da cidade de Cronach, na diocese dé Bamberg. Foi este<br />

ultimo nome que prevaleceu entre os autores de iconographia.<br />

Lucas Cranach senior? pintor principalmente dç retratos,<br />

e gravador, nascido em 1472, çerviu por mais de sessenta<br />

anttos na qualidade de pintor da côrte dos Duques de Saxonia,<br />

o Eleitor Frederico, o Sabio, João, irmão d'este, e João Frederico,<br />

o Magnanimo, cujas bôas graças .soube captar, a pojito<br />

de lhe ter o Eleitor Frederico conferido fôro e brasão de<br />

nobreza.<br />

A obra de' pintura de Lucas Cranach é muito numerosa<br />

e grangeou-lhe grande nomeada; poucas são as suas gravuras<br />

em cobre -; em compensação porém as xylographias que trazem<br />

as suas marcas ou monogrammas são numerosas. A respeito<br />

d'estas xylographias devemos observar que não pôde dizer-se<br />

que fossem propriamente .abertas por eile, e sim, somente segundo<br />

desenhos seus por artistas que elle tinha ao seu serviço,<br />

como se deduz da desigualdade e variedade do büril d'essas<br />

estampas; entretanto, não duvidamos, imitando os autores de<br />

iconographia, incluir na sua obra as estampas que aqui vão<br />

"descriptas.<br />

L. Cranach dedicou-se também ao cómmercio; teve não<br />

só loja de livros e papei, mas também rpharmacia, por haver<br />

comprado em 152.0 uma botica, para a qual obteve privilegio<br />

do Eleitor.<br />

Além da marca citada neste Catalogo, usava .este artista<br />

de muitas outras e de vários monogrammas. Para mais largos<br />

esclarecimentos sobre este ponto e.sobre a sua vida e o<br />

vide Brulliot, n. cs 1367 63276 da i. a , e Passávant, P. Graveur, iy,<br />

pp. 3 - e: seguintes.<br />

. Lucas Cranach falleceu em Weimar a 16 de Outubro<br />

: de 1553, com 81 annos de idade.


680:<br />

A Paixão de Jesus Christo.<br />

Serie dé 15 xylographias, inclusa a do titulo, que é 0<br />

seguinte : « Fassio D. N. Jesu Christi venustissimis imaginibus<br />

eleganter expressa, ab illustrissimi Saxoniae Ducis Pictore Luca<br />

Çaranôgio. Anno ijoç. » B., N. os 6-20 (vu, 280- 281).<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> expõe somente as. quatro estampas<br />

abaixo descriptas, que são as melhores da serie truncada que<br />

possue.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 92. — Jesus Christo perante Caiphaz.<br />

Á esquerda, Caiphaz, sentado em um throno, faz com a<br />

mão direita um gesto para Jesus Christo, que está defronte<br />

d'elle maniatado. A esquerda do Salvador, um Judeu, visto<br />

pelas costas, toma-o'-pelo braço esquerdo; e á direita, outro<br />

segura com a mão esquerda a ponta da corda que prende os<br />

punhos de Jesus Christo, e mettendo a direita ná bocca escarnece<br />

d'elle. A direita da estampa, muitos Judeus, uns na sala, outros<br />

entrando por uma porta. A composição termina superiormente<br />

em arco ; e nos dois tympan os, aos lados, vêem-se os escudos<br />

das armas da casa de Saxonia, de que usava o Mestre como<br />

marca, um á esquerda e outro á direita (Vide o n.° 25 da<br />

Taboa dos monogrammas).<br />

Altura, 245 millimetros ; largura, 167 millimetros.<br />

N.° 93. — Pilatos lavando as mãos.<br />

Quatorze figuras: á direita, um fâmulo, com uma bacia na<br />

mão esquerda e um jarro na direita, ministra a Pilatos, sentado,<br />

a tres quartos, olhando para os Judeus que estão á esquerda,<br />

a agua com que este lava as mãos. Á esquerda, Jesus<br />

Christo, maniatado ; e no, canto inferior do mesmo lado, um<br />

cão. Por cima da cabeça, do fâmulo, vê-se a marca do gravador<br />

supra citada. Sem data.<br />

Altura, 248 millimetros ; largura, 169 millimetros.


681:<br />

N.° 94. — Jesus Christo, descido da cruz, pranteado<br />

pelas santas mulheres.<br />

Nove figuras: Jesus. Christo, morto, deposto no chão, com<br />

as pernas ainda presas" no lençol com qüe'o discípulo o descêra<br />

da cruz, tem a cabeça e o corpo reclinados sobre os<br />

joelhos de Sua Mãe Santíssima, e o braço esquerdo meio levantado<br />

pela Magdalena, para beijar-lhe a mão! No fundo: o<br />

calvario e a cruz, á. direita; e a cidade, á esquerda. No alto,<br />

á esquerda, a marca do gravador (Vide o ji.° 25 da Taboa<br />

dos monogrammas). Sem data.<br />

Altura, 249 millimetres; largura, 170 millimetros.<br />

N.° 95. — O entêrro.<br />

Dez figuras, em uma paizagem. Os dois discípulos depõem<br />

no.sepulchro o corpo morto de seu Divino Mestre.; no meio<br />

da estampa, a Virgem Santíssima, contristada, de mãos cruzadas<br />

no peito, contempla seu Filho; e á direita, aquém do<br />

sepulchro, a Magdalena ajbêlhada. Em cima, á esquerda,<br />

vêem-se os dois escudos das armas da casa de Saxonia (Vide<br />

o 25 da. Taboa dos monogr.), dependurados a uma arvore.<br />

Sem; data.<br />

Altura, 248 millimetros ; largura, 170 millimetros.<br />

BINCK (JACOB)<br />

m<br />

N.° 13.<br />

Jacob Binck nasceu em Colonia em 1490 (?) ou em 1504 (?).<br />

O seu talento applicOu-se a muitos misteres ; é assim que<br />

Biiich foi desenhador, pintor, architecto e abridor â talho doce<br />

e a talho forte.<br />

Discípulo da escola allemã de Norimberga, entre cujos<br />

Pequenos Mestres é contado, gravou à principio em Allemanha<br />

M a 1526); mas depois foi-se á Italia afim .„de estudar na<br />

^escola de Marco Antonio,; "para quem trabalhou, segundo<br />

Sandrart. Diz-se ainda que visitou outra vez a Italia.<br />

De 1544 a 1551 esteve J. Binck a serviço do rei de Di-


682:<br />

namarca, Christiano III, como pintor e architecto. Durante<br />

esté período ausentou -se de Copenhague, com licença do rei<br />

aiim de trabalhar para o cunhado d'èste, Alberto, Marcgravé<br />

de Brandeburgo. Em 1549 foi, de ordem do Marcgravé a<br />

Antuérpia para erigir á Princesa Dorothéa, sua mulher, um<br />

monumento fúnebre; aproveitando-se da sua estada nos Paizes<br />

-baixos desenhou muitos planos de fortalezas, reductos, jardins &<br />

para o rei iie Dinamarca; e em 1550 deu planos para as fortificaçõès<br />

de Crempe, no Holstèin.<br />

Em 1551 deixou o serviço de Christiano III, por ter<br />

ãccéitado um emprego com salaríò annual na côrte de Alberto<br />

de Brandeburgo, retirando-se cóm sua mulher e filhos para<br />

Konigsberg, onde viveu até morrer, em 1568 ou 1569 (Passavant,<br />

P. Graveur, iv, 87). V.<br />

Parece que J. Binck não foi propriamente gravador em<br />

madeira, mas que fazia os desenhos ha madeira para gravadores<br />

nesta especialidade os abrirem depois.<br />

O seu estylo assemelha-se um tanto ao de Aldegrever;<br />

Binck porém tem mais facilidade de execução e desenho mais<br />

correcto, e pelos ares mais agradaveis das suas figuras as suas<br />

estampas têem laivos da escola italiana. •<br />

N.° 96. — O soldado e sua família.<br />

Á direita da estampa, um soldado, de frente, cora uma<br />

álabarda na mão esquerda, voita o rosto para fallar á sua<br />

mulher, que se vê á esquerda, trazendo um cãozinho nos braços,<br />

acompanhada de um filho rapazotë, segurando um gallo com<br />

a mão esquerda. No alto, á esquerda, occorre o monogramma<br />

n.° 13 da Taboa dos monogr., em uma taboleta. Sem data.<br />

Altura, 60 millimetres; largura 46 millimetros (N.° 67<br />

de B. (viu, 283).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

B E H A M (JOÃO SEBALDO)<br />

Ü<br />

N," 17. N / 3 4 .<br />

João Sebaldo Beham ou Boehem, também chamado pelos<br />

Francezes Sebaldo Been,, Hisbens, Hispean, Hisbins Hispamen,<br />

Peham e João Sebaldo de Bohemia, e pelos Italianos Sebaldo


683:<br />

Francez (Huber & Rost), pintor e gravador em metal e em<br />

madeira, ' nasceu em Norimberga em 1500 e fallecèu em<br />

Francoforte sobre o Meno em 1550.<br />

Aprendeu a gravura a principio com seu irmão Bartholomeu<br />

(Loftie, pag. v) e depois com Alberto Durero, com<br />

quem também aprendeu a pintura.<br />

Como pintor Sebaldo Beham não é muito conhecido»<br />

mas cònio gravador é estimadíssimo e faz parte da pleiadé<br />

dos famosos Pequenos Mestres da Allemanha. As suas gravuras<br />

slo espirituosas e abertas com buril cheio de expressão e nitidez.<br />

As estampas de- J. Sebaldo Beham são marcadas com<br />

monogrammas compostos das lettras HSB (n.° 17 dà Taboà<br />

dos monogrammas) e HSP (n.° 34 da mesma Taboa).<br />

D'este, empregado pela primeira vez em uma estampa<br />

com data de 1518 (N.° 1 de Loftie), usou elle até 1531, e<br />

d'aquelle (Vide o n.° 93 de Loftie) d'esta ultima data em<br />

diante.<br />

Expatriando-se em 1540» foi recebido como cidadão de<br />

í^rancoforte sobre o Meno, onde vivéu até fallecer. Nesta<br />

cidadé" continuou ainda por muito tempo a trabalhar como<br />

gravador, mas afinal deixou está profissão, para éstabelecer-se<br />

com negocio de bebidas.<br />

Si as gravuras d'este mestre lhe grangearam bôa nomeada<br />

coíiíò artista, a suà vida desregrada fêl-o- decahir muito na estimação<br />

publica. •<br />

O Barão de Heineken ( Dicttonnaire, n, 339 é seguintes)<br />

dá pormenores muito interessantes sobre este gravador. Vide<br />

também Hubèr & Rost, 1, i6i ê seguintes; ê Loftie, pp. v<br />

á xíi.<br />

N.° 97, — Santo Antão, o Eremita,<br />

O Santo, assentado, escrevendo em um livro, olha para<br />

um crucifixo, implantado em uma cepa de arvore, á esquerda.<br />

Por detrâz do crucifixo vê-se a cabeça de ura cerdo. Era<br />

baixo, á esquerda, occorre, era uma táboleta, o raonogramma<br />

do mestre (n.° 34 da Taboa dos monogr.), com a data 1521<br />

por cima.<br />

Altura, 90 millimetros; largura, 61 millimetros.<br />

N.® 64 de B. (viu, 141); N.° 35, 2. 0 estado, de Loftie,<br />

Bèham, pag. 9^/,<br />

Da Real Bibliothecéu


684:<br />

N.° 98. — Os dois gênios.<br />

Dois meninos alados, assentados sobre animaes chimericos<br />

com as caudas ornadas de folhagem. O gênio da esquerda é<br />

visto de frente, e o da direita pelas costas. Em cima, no meio<br />

em uma taboleta, vê-se o monogramma do gravador (n.° m<br />

da Taboa dos monogr.), com a data, 1544, por cima.<br />

Estampa em fôrma de friso.<br />

Altura, 34 millimetrps; largura, 100 millimetros.<br />

N.° 236 de B. (viu, 217) j Loftie, Beharn, n.° 135,<br />

pag. 41.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

P E N C Z (JORGE)<br />

I<br />

N.° 3 0 .<br />

Jorge Pencz, pintor è gravador, nasceu em Norimberga<br />

pelo anno de 1500 e falleceu em Breslau no mez de Outubro<br />

de 1550, segundo Neudörffer. .<br />

Depois de ter aprendido a pintura e a gravura com Al-'<br />

berto Durero, foi-se á Italia, onde estudou a obra de Raphael<br />

e gravou muitas estampas sob a direcção de M. A. Raimondi,<br />

cuja maneira de gravar soube imitar com summa fidelidade.<br />

Esta semelhança de buril é tal-que muitas vezes têem sido<br />

attribuidas a um estampas do òutro, como, por exemplo, a<br />

Matança dos innocentes (N.° 18 de B.), que Bartsch diz ser obra<br />

de Marcos Antonio Raimondi, e Passavant, P. Graveur (iv,<br />

pp. 101 e seguinte) de Jorge Pencz.<br />

Nas estampas que este artista gravou segundo as próprias<br />

composições, o seu desenho deixa alguma cousa a desejar nas<br />

peças grandes; nas pequenas porém é irreprehensivel.<br />

Alguns autores dão erradamente a Jorge Pencz o nome<br />

de Gregorio Peinz.<br />

99. —Jesus Christo cercado de crianças.<br />

O Salvador, em pé, de perfil para a esquerda, beija uma<br />

criança, que sustenta no braço direito, emquanto.com a imo<br />

esquerda conchega a si outra criança, deitada em uma almotaoa,


685:<br />

apresentada por sua mãe; &, Em baixo, no meio, sobre um<br />

degrau, occorre o monogramma do gravador (n.° 30 da Taboa<br />

dos monogrammas)." Sem data.<br />

Altura, 79 millimetros; largura, 117 millimetros.<br />

N.° 56 de B. (VIII, 334).<br />

Muito beliaj e rara, segundo Zani (11 parte, vn, 70).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 100. —- O bom Samaritano.<br />

Em uma paizagem, um Samaritano applica oleo e vinho<br />

na ferida de um homem desconhecido, deitado no chão, á<br />

esquerda da estampa. Por detraz de uma grande arvore, no<br />

meio, vê-se à cavalgadura do Samaritano; e no 2. 0 plano, de<br />

um e outro lado,, varias figuras. Á direita, em cima, occorrem<br />

o monogramma do artista (n.° 30 da Taboa dos monògr.) e<br />

a data, 1543, em uma taboleta.<br />

Altura, 75 millimetros; largura, 113 millimetros.<br />

N.° 68 de B. (VIII, 339).<br />

-5 : Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 101. — Paris enamorado de Enone.<br />

A esquerda, Páris, em pé, entalha na casca de uma arvore<br />

as expressões do seu amor para com Enone, que, sentada em<br />

frente, olha embevecida para elle. Sobre a arvore estão escriptas<br />

as palavras : « Los NAM »; em baixo : á esquerda, perto<br />

do pé direito do amante; lê-se a palavra « BARIS » (sic), e<br />

á direita, o monogramma do gravador (N.° 30 da Taboa<br />

dos monogr.), sobre uma pedra. Sem data (1539?).<br />

Altura, 117 millimetros; largura, 76 millimetros.<br />

Estampa n.° 72 de B., que faz parte de uma serie,<br />

Quatro assumptos da Fabula, n. 08 70 -73 do mesmo B. (VIII,,<br />

340 e 341).<br />

Da Reál Bibliotheca.<br />

N.° 102. — Marco Curcio.<br />

A cavallo, embraçando um escudo e com a mão esquerda<br />

empunhando uma espada, precipita-se em um abvsmo, em<br />

presença de quatro de seus concidadãos, tomados de pasmo<br />

por este rasgo de patriotismo. Em cima, á esquerda, em uma


686:<br />

taboleta,, occorrem as palavras : '« MARCVS / CVRIVS (sic) » e O<br />

monográmma do mestre . (N.° 30 da Taboa dos monogr.) i<br />

direita. Sem data (1535 ?).<br />

Altura, 117 millimetros; largura, 79 millimetros.<br />

Esta estampa, n.° 75 de B., faz parte de uma serie de<br />

quatro por elle descriptás sob a denominação Os quatro assumptos<br />

da historia romana, n. os 74-77 (VIII, 34Î).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 103. — Tarquinio.<br />

Tarquinio,' armado de uma espada, entra no quarto de<br />

Lucrecia para a violar. Á esquerda, em cima, vê-se o monogramma<br />

do gravador (N.° 30 da Taboa dos monogr.), sobre<br />

uma pilastra. Sem data.<br />

Altura, 78 millimetros; largura, 117 millimetros.<br />

Estampa n.° 72 de B., fazendo parte da serie Os quatro<br />

assumptos da historia romana, por elle descripta sob n, M 78-81<br />

(viu, 342-343).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 104. — A mulher da harpa.<br />

Nua, sentada no seu leito, segurando com a mão direita<br />

uma harpa. Em baixo no meio, vêem-se, em uma taboleta, o<br />

monográmma do mestre (N.® 30 da Taboa dos monogr.) e a<br />

data 1544.<br />

Estampa redonda, eujo diâmetro é de 56 millimetros.<br />

Rara.<br />

N.°' 96 de B. (VIII, 350).<br />

Da Real BibÜQtheca-<br />

A L D E G R E V E R (HENRIQUE)<br />

N.° 6.<br />

Henrique Aldegrever, ourives, pintor e gravador, nasceu<br />

em 1502 e .falleceu não se sabe exactamente quando, pare-


687:<br />

cendo cérto (Bryan, pag. ít, e Nagler, Die Monogrammisten,<br />

i, pag. 288) que em 1562 ainda vivia; Quanto ao lugar do sèu<br />

nascimento também discordam os autores, dizendo uns que é<br />

natural de Zoest, na Westphalia, emquanto Nagler (opere citato31,<br />

pag. 287) affirma que nascêra em Paderborn, não obstante<br />

encontrar-se em um retrato do mestre, pintado por elle mesmo,<br />

o dizer « Imago Hinrici Aldegrevers. Suzatien (sic): ab ipso<br />

autore ad vivam effigiem delineata », porque a palavra « Suzatien »<br />

deve ser interpretada como significando burguez e não natural<br />

de-,Soest.<br />

Depois de ter por algum tempo éstudado na patria as estampas<br />

de Alberto Durero, foi-se a Norimberga para aprender<br />

a pintura é a gravura na escola d'este grande mestre, fazendo<br />

•rápidos progressos nestas artes. Gonio pintor imitou a maneira<br />

do mestre e deixou muitos quadros, notáveis pelo bom*<br />

colorido. Nos últimos annos da sua vida dedicou-se exclusivamente<br />

á gravura. As suas estampas, de desenho um<br />

tanto gothico, mas em geral correcto, são gravadas com buril<br />

preciso e delicado.<br />

V Vide Passavant, P, Graveur, iv, pp. 102 e seguintes.<br />

A historia de Loth.<br />

Serie de quatro estampas, com a data, 1555, e o monogrammá<br />

dò gravador (ri. 0 6 da Taboa dos monogr.), em uma<br />

taboleta.<br />

|e"N. 08 14-17 de'B. (viii, 366); N;"'13-16 de L.Bí (l,<br />

Fellas e raras.<br />

D'esta serie a Bíblrotheca <strong>Nacional</strong> s6 possue as duas estampas<br />

seguintes, expostâs sob os n. 08 105 e 106, as quaes<br />

provieram da Real Bibliotheca t<br />

K 105^. — Loth recebendo dois a»|o£ em sua<br />

casa,<br />

Á esquerda da estampa, Loth sahindò de cása' Va.& ã®<br />

encontro de dois anjos, extendendo as mãos para etles, como<br />

quem, os .convida a entrar. Em baixo,, á. esquerda, a taboleta<br />

com a, data, 15.55,, e. o monogramma n. 0 ' 6,. pof Wxo.<br />

- . Altura, 115 millimetros; largura, 82 millimetros,<br />

" N.° 14 de B.; 11 »3 (i> de lál


688:<br />

N.° 106. — Loth impedindo que òs habitantes de<br />

Sodoma ultragem seus hospedes.<br />

Loth, á entrada de sua casa, dirige-se para dois homens<br />

que o seguram pelo braço direito, emquanto um dos anjos<br />

puxa-o pelo esquerdo. Em baixo, á direita, vê-se em uma<br />

taboleta a data, 1555, com o monogramma n.° 6 por baixo.<br />

Altura, 114 millimetros; largura, 82 millimetros.<br />

N.° 15 de B.; N.° 14 (2) de L.B.<br />

N.° 107. —- O juizo de Salomão.<br />

• Treze figuras. Á direita da estampa, o rei sentado no<br />

throno, entre dois ministros, indica com o sceptro na jnão<br />

direita a mulher, que lhe fica em frente, ajoelhada, como a<br />

verdadéira mãe do menino em litigio. Em baixo, á direita,<br />

a data « 1555 » e o monogramma n. 6, em uma taboleta.<br />

Na margem inferior lê-sé: « . SALOMON . CAVSAM . INTER .<br />

DVAS '. MVLIERES . DIRIMIT . I . REGVM 3 : »<br />

Altura, 109 millimetros; largura, 79 millimetros.<br />

N.° 29 de B. (viii, 370)^'^<br />

Estampa muito bella e rara.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

Os (pequenosJ festejadores da boda.<br />

Serie dê oito estampas, conir ó monogramma do artista (ri.®<br />

6 da Taboa dos monogr.) ê a data, i 5 38, por cima.<br />

N. os 144-151 de B. (VIII, 407-409); N. 08 258-265 de L.B.<br />

m . . .<br />

Altura, 54 millimetros; largura,'38 millimetros.<br />

Bellas e raras estampas.<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue e expõe d'esta serie somente<br />

as 5 estampas seguintes, que foram da Real Bibliotheca : ;<br />

N.° 108.<br />

Um homem e uma . dama, ambos de perfil, dirigindo-se<br />

para a esquerda. O monogramma e a data, em cima, á<br />

esquerda.<br />

N.° 146 de B.; N.° 260 (3) de L.B.


N.° 109.<br />

689:<br />

f' Urn'homem, de punhal á cinta, segurando o chapéu comi<br />

a mão esquerda, e com o rosto de perfil voltado para uma<br />

damay vista de frènte, á esquerda da estampa. O monogramma<br />

e a data, em cima, á direita.<br />

• N.° 147 de B. ; N.° 261 (4) de L.B.<br />

N.° 110.<br />

, '. Um velho, com um chapéu muito baixo na cabeça,; conduzindo<br />

uma dama, de cabeça descoberta ; ambos de' peífil,<br />

encaminhando-se para a esquerda. O monogramma e' a data,"<br />

ein cima, á esquerda.<br />

N.° 149 de B. ; N.° 263 (6) de L.B.<br />

N. 111.<br />

. . Um homem, de espada á cinta (lado direito), dansando,<br />

com O pé esquerdo levantado para a frente, segurando com<br />

à mão direita erguida a- esquerda de uma dama. O monogramma<br />

e a data, em cima, á direita.<br />

K- iN.° 150 de B. ; N.° 264 (7) de L.B.<br />

N.° 112.<br />

> Um . homem, de perfil, „ com espada á cinta (lado esquerdo),<br />

abraçando e beijando uma mulher. O monogramma<br />

e á. data, em cima, á direita.<br />

N.° 151 de B. ; 2,65 (8) de L.B.<br />

Os (grandes) festejadores da boda.<br />

Serie de .12 estampas numeradas, com o monogramma n.°<br />

6 e a data « 1538 » por cima, era um cartaz.<br />

„ N. oa .160-171 de B. (viu, 409-410) ; N. os 266-277 de<br />

L.B. (i, 19); N. os 121 - 132 de-Huber & Rost (1, 176). -


690:<br />

Altura, 117 millimetres; largura, 78 millimetros.<br />

Estampas raras e bellas.<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue d'esta serie sómente as<br />

très expostas sob n.® s 113-115, que provieram da Real Bibliotheca.<br />

n.° 113.<br />

Um homem, com o chapéu nã mão esquerda e um bastão<br />

na direita, levantada, tendo Ò rosto de perfil para a direita,<br />

andando para a esquerda, acompanhado por um cão. No alto:<br />

o. n.° i, á esquerda; e o cartaz com .0 monograrama e a<br />

data,, á direita.<br />

N. 6 ,160 de B.<br />

n.° 114.<br />

Um homem e uma mulher, dirigindo-se para a esquerda.<br />

O cavalheiro tem o antebraço esquerdo dobrado sobre o braço<br />

e toma -com a mão direita a esquerda da dama, que com a<br />

direita arregaça a parte anterior dó seu vestido. No alto vê-se :<br />

á esquerda, o cartaz com a data e o monogramma; e á<br />

direita, O n.° 4.<br />

E a estampa n.° 163 de.B.<br />

n.° 115.<br />

Um homem e uma mulher, '.inarchando para a esquerda»<br />

dando-se as mãos. O homem tem o braço esquerdo exten'<br />

dido e cóm a mão do mesmo lado segura ó seu manto. Era<br />

cima, vè-se : á esquerda, o cartaz com a data e o monogramma;<br />

e á direita, o ti.° 11.<br />

Ê a éstampa n.° 1.70 de B.<br />

MESTRE DAS INICIAES I.B.<br />

N.° 86.<br />

' Ignorasse o nome d'esté gravador, que íoresreu de<br />

1530. -x: já era conhecido an^es de Jacob Bink. Gravoa


691:<br />

imitando a maneira d'este e copiou algumas estampas de<br />

Durero, não se podendo entretanto assegurar si pertenceu á<br />

escola d'elle.<br />

Passavant, P. Graveur (iv, 98), conta-o entre os Pequenos<br />

Mestres de Norimberga e diz que provavelmente visitou a<br />

Italia, por se encontrarem em algumas das suas estampas vestígios<br />

da escola italiana.<br />

N-° 116 ¿ — O mercado.<br />

Em uma paizágem, uma dama, á esquerda, acompanhada<br />

de sua criada, e um camponez, arrimado a seu cesto, á<br />

direita, apreçam um pato, que a criada tem entre as mãos.<br />

Em baixo, no meio, lêem-se as lettras IB, em um cartaz<br />

(Vide o n.° 36 da Taboa dos monOgrammas). Estampa circular,<br />

cújò diâmetro é de 58 millimetros. Sem data; .<br />

N.° 37 de B. (viu, 312); N.° 51 de L.B. (ii* .411);<br />

estampa n,° 46 do artista n.'° 1950, apud Nagler, Die Monogrammisten,<br />

111, 813. Vide Br. n.° 1324 da 11 parte.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

MESTRE DO MONOGRAMMA<br />

©<br />

N.° 31.<br />

Da vida d'e$te gravador •safeé^ç apenas que era allemão<br />

é florescêra deíí 5 34 ;ai 5 3 9.<br />

As suas --estampas, qúè, - no .tocante á composição, e ao<br />

desenho, se approximam das de Lucas Cranach, são gravadas<br />

com dureza.<br />

N.° 117. — Mucio Scevola.<br />

;' • Acompanhado por tres outras figuras, mette a mão direita<br />

no! fogo, í feito em um grande fogareiro, esquerda, onde<br />

estão escriptos a data, - 1538, e-o .monogramma n.° 21. Em<br />

um oval ao alto.<br />

Grande diâmetro, 99 n^illímetros; pequeno diâmetro, 77<br />

millimetros.


692:<br />

if tt? 16 de Passavam. />. Gravcur fiv, 42); Vido também 8'<br />

IX, pag. 17; Bruíhot, a.» J >49 da:'t parte; E Xagler,<br />

grammtstrn, 11, n.° 55, pag 1 ,' 20.<br />

/fâajM«' BibHoifl.?^ '?'<br />

M E S T R E DO M O N O G R A M M A<br />

M<br />

' X." 3!i<br />

, Gravador em cobre e em madeira,' cujo noiiif 'dl^H<br />

nhectdo, da escoiá d||Holbein, què:;syeu tã^- êi 1 Basiléi<br />

e trabalhou indubitavelmente de*m caudas levantádas. Em baüaâll meio,,<br />

occorre ó monogràmtna do artista (n. 6 33 da..:í8bòtf dtí'fcl<br />

nogrla| ém uma . taboíeta. .Seni. ÍJata.: *<br />

Altüra, 29 millimetrps j *lèrgura, 91 miílimetros. ,<br />

' A estampa, n.° 2 de Bg»ix,, 238), é copia invertida ^<br />

modificada da de H. Aldegreyeç'^cripta por B. sobn.°i99<br />

(vhi, 42*2;. Vide também Bruiiiot,. n.° 2449. da 1." -partéj e<br />

Naglèr, JDie MorUgrammistenjfetampa n.° ,2 da obra do Mestre<br />

do monogramma 11. 0 1307"do iií:<br />

,..'. Ba Real Bibliothecá.' .<br />

SOLIS WIRFEIFI»).'"<br />

N.° 44<br />

Virgilio Solis, nascido em Norimberga em 1514, era desenhador,<br />

illuminador, pintor e gravador á agua-forte e a buril.


693:<br />

A vista -grande. gra- ac or (n.° A. 1 TabQa^SfiMffií&mitígsj;<br />

Seta data. iBstampíf en\/órma de.friso.<br />

Altui^, 57 mill^^ffos; largura, 232 müjimetras. -"f<br />

B á Pw dE v § q!1s ><br />

HBfjrêve esta estampa nos seguintes termos jAjle tnomphe^de!<br />

.»musique, représenté par J>ythagore B | daS§ un daiíjui-<br />

MíllfSsH^p^^S^Í 1 ^^ 11 -''-', íf 11<br />

Orion, Mcrcuie et Apollonj^Vií^Bas de<br />

te; ®a,;E.eal Biíliólliecá V<br />

1


694:<br />

TREU (MARTIM)<br />

88<br />

N. P 4 0<br />

Martim Treu, gravador a buril, sobre cuja vida nada se<br />

sabe, excepto que trabalhou pelos annos de 1540 a 1543, pertence<br />

ao numero dos Pequenos Mestres da escola allemã e viveu<br />

talvez em Norimberga.<br />

A história do filho prodigo.<br />

Serie de 12 estampas numeradas, n. os 3-14 de B. (ix,<br />

69 - 71), da qual a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> só possue a que expõe.<br />

N.° 120.<br />

Á esquerda, o filho prodigo, ricamente vestido e montado<br />

em um cavallo bem ajaezado, chegando a uma cidade, na qual<br />

se vêem mais seis figuras: duas na rua, em frente ao cavalleiro,<br />

duas por detraz de um parapeito, e duas ás janellas de<br />

uma casa. Em uma taboleta, rio canto inferior direito, occorrem<br />

a data, 1541, e o monogramma do gravador (n.° 40 da Taboa<br />

dos monogr.); e por cima da taboleta o n.° = 2 =.<br />

Altura, 71 millimetros; largura, 83 millimetros.<br />

N.° 4 de B.<br />

Estampa rara, que proveiu da Real Bibliotheca.<br />

MESTRE DO MONOGRAMMA<br />

Hí<br />

N." 83;:<br />

Ignora-SEsí.atí hoje. o noíae d'este .graVàdorSi ^onjectma<br />

do que ellê d. tkamavu.Henrique Meyer não U m fcrílancsr.!:.<br />

segundo .Pâssavamtâ(fc 54)>' O m f 8 ^ 10 NÊS<br />

Lucas Cranacl) de<br />

João Bro.samer. Tralwihou .de 1543 a 155o',^


695:<br />

n.° 121. — Uma dama,<br />

De perfil para a direita, ricamente vestida, com ym chapéu<br />

de plumas na cabeça, e a mão esquerda extendida para a frente;<br />

em uma paizagem.'0 monogramma do gravador (n.° 32 da Taboá<br />

dos monogr.) occorre á meia altura do lado direito. Sepi data.<br />

Altura, 74 millimetros; largura, 44 millimetros.<br />

N.° 10 de Passavarit, P. Graveur (iv, ,55).<br />

Da Real Bibliothecá.<br />

M E S T R E DA INICIAL L<br />

%<br />

N.° 38.<br />

Gravador anonymo, que floresceu na primeira metade do<br />

XVI século e popiou estampas de Alberto Durero e de Lucas<br />

de Hollanda,<br />

n.° 122&&? Combate de centauros.<br />

Vinheta, ornada com muitas folhagens, onde se vêem<br />

quatro centauros trazendo moças ás garupas. Os dois do meio<br />

combatem, lutando braço a braço, tendo o da esquerda uma<br />

massa ria mão direita. Em baixo, á esquerda, entre as patas<br />

do ultimo centauro, opcorre a inicial L (Vide o i).° 38 da<br />

Taboa dos monogrammas). Sem data.<br />

Altura> 29 millimetros; largura, 83 millimetros.<br />

Estampa não descripta e ,rara. Vide B., ix,_ 10; Passavant,<br />

P Graveur, iv, 134; e Nagler, Die Mohogrammisten, n.° 860<br />

• IV.<br />

Da Real Bibliothecá,<br />

B R U N (FRANCISCO)<br />

Francisco -Brun, gravador a buril,® floresceu de 1559 a<br />

1563 e gravou no gosto de João Sebaldo Beham,<br />

Algumas das suas estampas são copias das de A. Durero;<br />

.outras têem sido falsamente attribuidas a Frederico Brentel.<br />

_ Vide Br., 1, n.° 892 ; 11, n.° 769.


696:<br />

N.° 123. — Um arlequim.<br />

Marchando para . já. direita, com o rosto áe* frente e a'<br />

cabeça; descoberta, rindo-se; .faz -um gesto com a tnãoi&uèíi'<br />

levantada, Sgjcom a .direita segiira uma, "rodilha. Ém baixo ' à'<br />

esquerda, óccórrèm as lettras FB Sem data.<br />

• Altura, ( 73 millimetros, lkrgura,J18 nulhmeêros<br />

A estalripá,; ii.° 85 de li., faz parte dc umá sMífde quatro<br />

descriptas por elle sob 11. 83.-86 ( ix, 464 ,(ÔJ|. Vide Passavant,<br />

P. (írareur,[\K-, 176.<br />

Da Real Bibliotheca. •<br />

HULSIO (FREDERI®0)YÍ<br />

Frederico Hulsio,- ou van Hidsen, desenhador e grâvadòr<br />

metal, nasceu em 1566, em Middelburg. lia Zelandia (sofjadu<br />

Nagler, Lexicón, e outros^fjm em Fràááofàrte -ímiis "o Me&><br />

(segundo Bryàn) Nâo se sabe ao cerVquem, foi seu mestre,,,<br />

entretanto F. Le Smte. diz qiie F. Hulsio-¿fã'âiSâflij<br />

Theodoro de Btye, de ctíjô 'estylo as suas gravuras tiéMáivJj<br />

-* Hulsio viveti algum tempo em Londres; ifias- r.os ufcmos<br />

annos do XVI século passóu-sè para Francoforfeíjfas tf<br />

Meno, Onde estabeleceu negocio de.estam] , ^ i> r .' 1<br />

deixar de trabalhar dfmo.abridor. Gravou para livreiros frontispicios<br />

e vinhetas de livros*, as estampas das<br />

Ronia, de Boíssart, e retratos, alguns dos quaes para a Mbiiir:,<br />

theca Calcographica do mesmo Boissárd.<br />

'Falleceu em 1640 (?).<br />

N.° 124. — Moysés ;e Aarão.<br />

Duas figuras ávmeio corpo : á .esquerda, Moyséiíà tres<br />

quártos para a direita, segurando as taboas da lei 'çom,? mão<br />

esquerda; e á direita. Aarâo. de frente, segurando, as inesxas<br />

taboas. com a mão direita.' -<br />

Por baixo da figura 'ide Moyses. .lêem-||^: á' esquerda;:<br />

FH; e á direita, « Hatc reuica sunt & aMfrobata'.pft-YtMrazid...<br />

ail sexfnnium », em 4 linhas. Sem data.<br />

As duas figuras foram gravadas 'em unia .só chapã, constituem<br />

uma estampa in-folio, em largura.


1<br />

697<br />

A estampa exposta acha-se mutilada, isto é, não apresenta<br />

as taboas da lei, a cercadura de pérolas e as margens, constando<br />

somente das duas figuras de Moysés e Aarão separadas.<br />

Dimensões de cada uma das figuras no estado actual:<br />

altura, 315 millimetres ; largura, 204 millimétrés.<br />

N.° i de L.B. (li, 402);- N. os 1 e 2 de Nagler,- Lexicon<br />

(vi, 360). Vide Brulliot, n.° 824 da 11 parte,<br />

i Da Real Bibliotheca.<br />

H O L L A R (WENCESLAU)<br />

Wenceslau Hollar, desenhador e gravador á agua-forte e<br />

:à-


698:<br />

Príncipe de Galles (depois Carlo» II), vendo-se falto de recursos,<br />

não teve remédio sinão tomar parte na guérra civil<br />

servindo como militar no corpo de tropas sob o commandó<br />

do marquez de Winchester. Feito prisioneiro em Baring-House<br />

poude felizmente escapar-se do inimigo e ir ter com o seu<br />

protector, o Conde de Arundel, que se achava então em Antuérpia.<br />

Tinha este, apesar da precipitação- da sua fuga de Inglaterra,<br />

conseguido levar , comsigo a sua preciosa collecção.<br />

Hollar continuou pois em Antuérpia a reproduzir pela gravura<br />

os bellos .objectos da'mesma collecção: desenhos de Leonardo<br />

de Vinci, entre outros; um livro de caricaturas; &.<br />

Tendo o Conde de Arundel sido obrigado pelo mau estado<br />

da sua saúde a retirar-se de Antuérpia para Veneza, onde<br />

falleceu em 1646, ficou W. Hollar reduzido á maior penúria<br />

e, forçado pela necessidade, 'poz-se então a trabalhar para os<br />

mercadores de estampas e livreiros, os quaes mal lhe pagavam<br />

pelas suas obras o estrictamente necessário para viver. Ainda<br />

assim permaneceu por cinco ou seis annos em Antuérpia,<br />

onde gravou, além dos objectos da collecção arundeliana,<br />

muitas estampas segundo os proprios desenhos e segundo as<br />

composições dos mestres dos Paizes-baixos : Luiz de Vader,<br />

Jacob van Artois, João Wildens, João Breughel, Boaventura<br />

e João Peters, Paulo Bril, David Teniers Júnior, &.<br />

São d'essa época: a serie, Muscarum, scarabceorum, vermiumque<br />

varia figura et forma, 1646 (N. os 133-.144 de L.B.),<br />

e a Cathedral de Antuérpia, uma das suas obras primas mais<br />

admiraveis.<br />

Em 1652 tornou W. Hollar para Londres, onde trabalhou<br />

constantemente para os livreiros e mercadores de estampas,<br />

os quaes não foram mais equitativos, nem menos<br />

avaros que os flamengos. Das suas estampas publicadas então<br />

nesta cidade as mais notáveis são as que representam animaes<br />

(N. 08 101 - 112; 113-120 de L.B.; &); algumas d'estas<br />

tinham sido gravadas anteriormente em Antuérpia.<br />

Poucos annos depois da sua restauração, Carlos II mandou<br />

W. Hollar a Tanger, em companhia do governador Lord<br />

Howard, para tirar a vista é planta d'esta cidade com os seus<br />

fortes. Depois de ter escapado de ser prêza de um corsário<br />

turco, na viagem para Tanger, e depois de um anno de aturado.<br />

trabalho, deu Hollar conta da mão, publicando diversas,<br />

vistas de Tanger em 6 estampas (n. 08 571- 576 deL.B.). Por<br />

esta serie pagou-lhe Carlos II apenas cem libras esterlinas,<br />

concedendo-lhe ao mesmo tempo o titulo de Scenographus<br />

regis, titulo que foi talvez uma consolação para o artista mar


699:<br />

gnanimo, que tinha em maior estimação antes a honra do<br />

que o dinheiro.<br />

W. Hollar gravou á agua-forte com summa intelligencia'<br />

e foi um dos que melhor souberam imitar com . a ponta a<br />

perfeição do buril; todavia o seu desenho} © por vèzes defeituoso.<br />

Reproduziu pela gravura estampas raras de Alberto<br />

Durero e de Rembrandt, algumas das bellas composições de<br />

Julio Pippi, dito Romano, de Ticiano, de Leonardo de Vinci,<br />

de João Holbein Junior ou o. 3» 0 , de Elzheimer, de A. Van<br />

Dyck, &,; gravou muitas vistas de cidades da Europa e grande<br />

numero de monumentos de Inglaterra, principalmente de<br />

Londres.<br />

I Os Tnglezes, que o consideram quasi como seu compatriota,<br />

têem as suas estampas em grande apreço. A obra<br />

de Wenceslau Hollar é muito numerosa (cêrca de 2400 èstampâs)<br />

e âs mesmas gravuras, que tão mal lhe foram pagas<br />

em vida, são hoje muito estimadas, procuradas e vendidas a<br />

altos preços.<br />

N.° 125. — Retrato de Thomaz Howard, Conde<br />

de Arundel, segundo A. Van Dyck.<br />

A meio corpo, de tres quartos para a direita, vestido<br />

de armadura, com o bastão de marechal na mão direita e<br />

pousando a esquerda sobre um elmo.<br />

Na margem inferior occorrem:<br />

i.°, « ILLVSTRIS: WÍ &' EXCELLENT:""" D: nus DOMINVS THOMAS<br />

HOWARD, COMES ARVNDELI^E & SVRRLE... & Generalis Militiag<br />

t)üx. » ;<br />

2. 0 , por baixo do precedente dizer: « Ani. van Dyck<br />

éques pinxit. », á esquerda ; e « W. Hollar fecit, 1646. », no<br />

meio.<br />

Altura, „246 millimetros; largura, 192 millimetros.<br />

N.°í4247í de L.B. (ii, 376); N.° 90 de Nagler, Lextcon<br />

.(vi,' 265).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

FALCK (Jni^àsy -<br />

Jeremias' íalck, desenhador e gravador á agua-forte- ' Ä<br />

! : Airil, . na5r:eü eiji Dantzig em 1629 ' - i' 1<br />

r . TÄBilh« muito em Pan4 para s de negoôio-de


700:<br />

estampas de Francisco Chauveau; em Hollanda, onde gravou<br />

muito para o famoso gabinete de Reynst; em Hamburgo, em<br />

Copenhague e em Stockolmo ; e nos últimos ánnos da vida<br />

retirou-se para a sua cidade natal, onde morreu em 1700<br />

segundo Brulliot (n-° 749 da 11) e outros. Entretanto Andresen<br />

(1, 471) discorda d'essa opinião, dizendo que parece<br />

que J. Falck falleceu em Hamburgo em 1667. Seja porém<br />

como fôr, o, que é certo é que a mais recente data qué nas<br />

suas gravuras se encontra é a de 1661.<br />

As suas estampas são muito' bem gravadas e por isso muito<br />

estimadas pelos entendidos em iconographia.<br />

N.° 126. — Retrato do Príncipe Carlos Gustavo<br />

(depois Carlos X, Rei da Suécia), segundo<br />

David Beck.<br />

Em busto, a très quartos para a esquerda, vestido de<br />

armadura, com uma larga banda a tiracollo ; dentro de um<br />

oval, ao alto.<br />

Por baixo do oval, em uma lapide, lê-se a dedicatória:<br />

« Sereníssimo et Celsissimo Principi... Carolo Gustavo, Comit<br />

Palatini àd Rhe. in Bav.... Dno suo Clementíssimo hanc Sm<br />

Serenitatis effigiem cœlo exculptam, dedicat consecratquê, Sud<br />

Serenitatis obsequentissime deuotus I. Palchius. » ; e por baixo<br />

da dedicatória : « D. Beck prinx. », á esquerda ; « I. Falck<br />

sculp. et excu. Cüm priu. R. S. », no meio e « Stockolmia.<br />

164Ç. », á direita.<br />

A estampa carece de margens, e acha-se dividida em<br />

duas partes, o oval. e a taboleta ou lapide.<br />

Dimensões do oval no estado actual da estampa:<br />

Grande diâmetro, 257 millimetros ; pequeno diâmetro,<br />

210 millimetros.<br />

N.° 99 de L.B. (11, 216).<br />

Da Real BibliotHeca.<br />

S C H M I D T (JORGE FREDERICO)<br />

Jorge Frederico Schmidt, desenhador e gravador a buril<br />

e ä agua-forte, nasceu em Berlim a 24 de Janeiro de 1712 e<br />

falleceu na mesma cidade a 25 de Janeiro de 1775.<br />

Destinado ä carreira de artesäo, Schmidt, ä for$a de


701:<br />

constancia, venceu todos os obstáculos que se lhe oppunham<br />

e conseguiu dedicar-se á profissão de artista, para a qual tinha<br />

irresistivèl vocação. Na sua patria aprendeu o desenho e a<br />

gravura na Academia e com o gravador em cobre, Jorge<br />

Paulo. Busch. Desejoso de aperfeiçoar-se na gravura, sahiu<br />

de Berlim para estudal-a em Paris; de passagem por Strasburgo,<br />

conheceu a João Jorge Wille, cuja amizade cultivou<br />

até á morte, é d'ahi partiram ambos para aquella cidade,<br />

onde chegaram em Julho de 1736. Em consequência de recommendação<br />

que trazia do pintor Antonio Pesne para Nicolau<br />

Lancret, este o apresentou a Nicolau de Larmessin Junior, que<br />

o recebeu na sua officina.<br />

A vocação de J¿ F. Schmidt para a gravura, a, sua assiduidade<br />

ao trabalho é as lições do mestre, qüe lhe ensinou<br />

todos os segredos da sua arte, fizeram do discípulo um gravador<br />

perito, cujo renome perdurará sempre.<br />

Entrementes teve Schmidt a fortuna de conhecer o famoso<br />

pintor retratista Jacintho Rigaud, o qual lhe dispensou<br />

a sua protecção e lhe proporcionou muitas occasjões de pôr<br />

em evidencia o seu grande merecimento artístico.<br />

Em 1742 foi J. F. Schmidt, por ordem expressa do Rei<br />

Luiz XV, admittido como membro da Academia de pintura<br />

e de bellas artes de Paris, apesar de seguir o protestantismo.<br />

Em 1744 foi chamado, á Berlim e nomeado gravador do<br />

Rei; na süa cidade natal trabalhou desde, então até 1757,<br />

quando, á convite da Imperatriz Isabel, foi á Russia.<br />

Em S. Petersburgo organizou a Escola de gravura, na<br />

qual se formaram discípulos notáveis, entre outros Tschemesow,<br />

e grayou os retratos dá Imperatriz segundo Tocqué e de<br />

muitas "outras pessoas gradas, assim como muitas estampas. .<br />

: Em 1762 voltou a Berlim, onde' trabalhou com muita<br />

actividade até á Sua morte.<br />

Nas suas aguas-fortes J. F. Schmidt tomou por modelo a<br />

Rembrandt, Cuja maneira imitou.<br />

J. F.» Schmidt gravou retratos e assumptos galantes e de<br />

historia ; sem contar os seus pequenos trabalhos feitos para<br />

livreiros, a siíá obra monta a cêrca de 200 estampas.<br />

N.° 127. — Retrato do Conde d'Evreux, segundo<br />

Jacintho Rigaud.<br />

Visto até aos joelhos, a tres quartos para a esquerda/com<br />

o rosto voltado para a direita, de cabeça descoberta, ornada


702:<br />

de grande cabelleira, vestindo uma armadura e segurando<br />

com a mão esquerda o bastão de commando, pousado em um<br />

monticulo de terra, á esquerda, onde se vê o capacete do retratado;<br />

no 2.® plano, um combate de cavallaria. Em uma<br />

paizagem.<br />

Na margem inferior occorre :<br />

« Louis De La Tour d 1 Auvergne . Comte ef Evreux...<br />

Gouverneur de F Is le de France etc. »<br />

2.°, « Presentè à Son Altesse Monseigneur le Comte<br />

d'Evreux, par son très humble et très obéissant serviteur<br />

Schmidt. »<br />

3.°? « Peint par Hyacinthe Rigaud Cher (sic) de Tordre de<br />

S.* Michel. », á esquerda; e « Gravé par Georges Frédéric<br />

Schmidt. 4 Paris en J/JÇ- », á direita.<br />

Altura, 425 millimetros; largura, 325 millimetros.<br />

N.° 48 de Nagler, Lexicon (xv, 308).<br />

Da Real Bibliotheea.<br />

W I L L E (JOÃO JORGE)<br />

João Jorge Will ou Wille, desenhador e gravador a buril,<br />

nascido em Bieberthal, perto de Konigsberg, no landgraviado<br />

de Darmstad, a 5 de Novembro de 1715 (Duplessis, Memoir es...<br />

de Wille, 1, pag.. 1; 11, pag. 391), foi primeiramente arneiro,<br />

profissão, que depois deixou para dedicar-se unicamente á arte<br />

da gravura.<br />

Ainda moço poz-se a viajar; demorando-se algum tempo<br />

em Strasburgo, ahi conheceu a Jorge Frederico Schmidt, cora<br />

quem travou relações de. amizade, as quaes o tempo e a conformidade<br />

dos genios e da sorte dos 'dois artistas tornaram<br />

cada vez mais estreitas.<br />

Em 173.6 partiram os dois amigos de Strasburgo para<br />

Paris, onde se dedicaram ao trabalho com afinco. Nos primeiros<br />

tempos da sua estada nesta cidade Wille gravou em<br />

todos os generos, principalmente retratos ; e quando o celebre<br />

pintor retratista Jacintho Rigaud, reconhecendo o seu merecimento,<br />

o tomou spb a sua., protecção; a reputação de Wille<br />

como gravador aprimorado ficou estabelecida de modo inconcusso.<br />

Nem foi somente no genero retratos que elle se avantajou;<br />

reproduziu pela gravura, com igual mestria, composições<br />

de pintores das escolas hollandeza e allemã, Terburgo (Gerardo),<br />

Douw (Gerardo), Mieris, Metzu, Schalcken, Netscher, &.


703:<br />

Wille foi membro da Academia de pintura e de beilas<br />

-artes de Paris e das de Ruäo, Augsburgö, Vienna d'Austria,<br />

Berlim é Dresda ; e. na sua escola form ou muitos discipulos<br />

distinctos, d'entre outros, Schmutzer, J. G. Muller, Bervic,<br />

Chevillet, öS irmäos Gattenberg e Vangelisti,<br />

As datas extremas das gravuras de Wille säo 1738e 1790.<br />

' Wille falleceu, segundo Le Blanc, Catalogue de P œuvre<br />

de Wille, a 5 de Abril de' 1808.. ^<br />

N.° 128. — Retratö de Mauricio de Saxonia, segundo<br />

Jacintho Rigaud.<br />

De frente, com o rosto a très quartos para a esquerda,<br />

vestido de armadura com um manto de pellucia por cima,<br />

pousando a mäo direita no quadril do çnesmo lado; dentrö de<br />

uma moldura em forma de janella, sobre uma especie de pedêstal,<br />

onde se vê o brazâo do retratado e o seguinte dizer,<br />

assim I<br />

Maurice• ' de Saxe '<br />

Duc de Cur lande<br />

Maréchal<br />

et de Semigallie<br />

de France.<br />

Na margem inferior lê-rse : « Peint par Hiacinthe Higaud<br />

Chev. de V Ord. de Sf Michel. », a esquerda ; « Et Gravé par<br />

J. G. Will-: 1745. y>, â direita ;, e o- .endereço « A Paris chez<br />

f Auteur Quay des Augustins entre les Rues Pavée et. Gilecœur,<br />

au'logis de M. Emery. », no meio.<br />

Altura, 446 millimetros j largura, 324 millimetros.<br />

o . N.° 14 de Huber & Rost (n, 128) ; N.° 72 de Nagler,<br />

Lexicon (xxi, 477). '<br />

, ,Â- estampa exposta pertence a um estado, näo descripto,<br />

intermedio aos dois mencionados por Nagler, isto é : com a<br />

lettra, mas antes do endereço da viuva Jean.<br />

&h, Real Bibliotheca.<br />

R O S B A G H (JOÄO FREDERICO)<br />

Joäo Frederico Rosbach, gràvador em- métal, viveu em<br />

Lipsià.<br />

Gravou, de 1725 a 1745, muitos retratos â maneira de<br />

Joäo Martinhö Bernigeroth, a quem tomou por modelo. Os<br />

melhores d'esses retratos, em gérai medioeres, säo os que cita<br />

Nagler, Lexicon (xni, 392). -


704:<br />

N.° 129. — Retrato de João Christovão Freund<br />

segundo Adam Manyoky.<br />

A meio corpo, de frente, com o rosto a trés quartos para<br />

a esquerda, de gorra na cabeça, e com um copo na mão direita;<br />

dentro de um oval sobre uma peanha. Do canto superior<br />

direito pende uma, cortina/ que vae até abaixo, encobrindo<br />

parte do oval e da peanha..<br />

No oval occorre: « JEAN CRISTOP...E FREUND. PEINTRE<br />

DE S. A. S. M. GR LE Duc D'ANHALT-CQETHEN. »;<br />

e na peanha: i.°, os seguintes versos:<br />

« Lorsque Le verre en main, Je me Sers / du Pinceau /<br />

Le Divin jus m y inspire une addresse / nçuvelle /<br />

Tout est dans mes Portraits, jin, delicat et beau /<br />

Je Surpasse Zeuxis, Je dejierois Apelle. C. G. H.<br />

D. E. P. P. » ;<br />

2.°, « AD. Mânyokypinx. », á esquerda; e « Rosbach Sc. Lips.»,<br />

á direita.<br />

Finalmente, na margem inferior, á direita, lê-se o endereço<br />

: «Ieremias Wolff excudit. Aug. Vind. » Sem data.<br />

Altura, 361 millimetros; largura, 255 millimptros.<br />

N.° i de Nagler, Lexicon (xiii, 392).<br />

Da Real Bibliotheca,<br />

S A L A T H É (FREDERICO)<br />

Frederico Salathé, pintor paizista e, gravador em .cobre,<br />

nasceu em Biningen, perto de Basiléa, na Suissa. Os seus primeiros<br />

estudos artísticos foram feitos nesta cidade, mas em<br />

1819 foi aperfeiçoal-os em Italia, vivendo por algum tempo<br />

em Roma, onde pintou vistas dos arredores da cidade^ De<br />

volta á patria pintou em 1821 uma serie' de vistas do S. Gothardo;<br />

mas depois abandonou a pintura a oleo para dedicar-se<br />

exclusivaménte á gravura em cobre, principalmente á gravura<br />

á. aqua-tinta. s J<br />

Em algumas das suas estampas occorre o endereço ae<br />

Steimann, editor e negociante de estampas em Basiléa e no Rio<br />

de Janeiro.<br />

Da obra gravada de Salathé cita Nagler, Lexicon, somente<br />

14 estampas, cujas datas extremas são 1831 e 1837; nesse numero<br />

não estão incluídas as que d'elle conhecemos.


705<br />

Nada inais pudemos saber a respeito da-vida e obra d'este<br />

artista, nem táo potíco si Vive ainda.<br />

Vide Nagler, Lexicon, xiv, pp. 206 e 207; Catalogo da<br />

Exposiçâo de Historia do Brazil, n. os 16899, 16973, 17041,<br />

17042, 17043, 17044 e 17082.<br />

N.° 130. — Panorama do Rio de Janeiro, segundo<br />

o panorama pintado em París por G. P.<br />

Ronmy pelos desenhos de Felix Emilio Taunay<br />

(Baráo Taunay), enviados do Rio de Janeiro.<br />

A estampa representa um dilatado. panorama circular, tomado<br />

do telègrapho aereo no morro do Castello, comprehendendo<br />

a cidade e parte da bahía do Rio de Janeiro, Nitheroy,<br />

á barra, o Pao de assucar, ó Corcovado, a Tijuca, a serra dos<br />

O'rgáos, &. Gravada á agua-tinta em duas chapas e impressa<br />

em düas folhas.<br />

Na margem superior de cada folha occorre o dizer:<br />

« PANORAMA DE RIO JANEIRO. » ; e na inferior o seguinte :<br />

i. 0 ,,, a legenda explicativa : « Couvent d'Ajuda. Église N. L>.<br />

de Lapa. Eglise Notre Dame de la Gloire... Rue des Carmes.<br />

Bibliothèque. E. se N. D. de Jla Cande liaría. y>, em urna das<br />

fblhas ; « Chapelle Royale. Eglise des Carmes. Arsenal de la<br />

Marine. Couvent de Sí Benoît. Ile du Gouverneur... Habitation<br />

particulière. Eglise S! Sébastien. Pain de Sucre. », na outra<br />

folha ; 2. 0 , em" ambas as folhas, á esquerda, logo abaixo do<br />

tràço inferior da estampa, o endereço : « NEPVEU Libraire<br />

Passage des Panoramas. N.° 26. ». Sem data.<br />

^A estampa exposta, impressa com duas côres e retocada<br />

a guache, tem as duas folhas reunidas pelos quatro lados, de<br />

modo a formarem um cylindro, representando um panorama<br />

circular.<br />

Altura, 164 millimetros; circumferencia do cylindro, 1<br />

tóetro.<br />

È o 3. 9 dos quatro estados da estampa, descripto no Catalogo<br />

da Exposiçâo de Historia do Brazil sob n,° 17043.<br />

Para maiores pormenores sobre os outros estados vide<br />

tambem no mesmo Catalogo os n. os 17041, 17042 e 17044.<br />

Estampa rara; comprada no Rio de Janeiro pelo ex-Bibliothecario<br />

Sfir. Dr. B. F. Ramiz Galvao.<br />

45


706:<br />

W A G N E R (FREDERICO)<br />

Frederico Wagner, gravador em metal, nasceu em Norimberga<br />

em 180,3.<br />

Destinado por seu paè á carreira litteraria, recebeu a primeira.<br />

educação no Gymnasio da cidade natal; mas a sua inclinação<br />

e amor as artes levaram-n'o a dedicar-se ao estudo<br />

d'estas.<br />

De feito, em 1818 começou a aprender o desenho e depois<br />

a gravura sob a direcção de Alberto Reindel.<br />

Passou algum tempo em Munich; e esteve em Paris (1827-<br />

1828), onde se relacionou com os mais notáveis mestres. Voltou<br />

á patria em 1828.<br />

Em Norimberga trabalhou então para os livreiros e copiou<br />

à Ceia de Raphael Morghen, segundo Leonardo de Vinci<br />

levando seis annos a executar esta gravura.<br />

Viajou pela Italia (1842?) e em 1848 pela Bélgica, Hollaiida<br />

e Inglaterra.<br />

Trabalhou para a Liga Artística de Alberto Durero, para<br />

o Instituto bibliographico de Hildburghausen e para o Art-<br />

Journal. As suas melhores gravuras começaram a apparecer<br />

em 1824.<br />

Os reis de Wurtemberg, da Prússia e da Suécia e o<br />

Grão-Duque de Saxonia Wéimar conferiram-lhe medalhas de<br />

Ouro em premio das suas obras artísticas.<br />

F. Wagner foi também poeta.<br />

Ignoramos outros pormenores sobre a vida e obra completa<br />

d'este artista, assim como si ainda vive.<br />

N° 131. — A Ceia de Jesus Christo com os Apostolos,<br />

segundo a famosa pintura mural, feita<br />

por Leonardo de Vinci no refeitorio do antigo<br />

convento dominicano de Santa Marie delle<br />

Grazie (hoje quartel de cavallaria), em Milão.<br />

(Vide a descripçâo do assumpto á pag. 657 d'este Catalogo,,<br />

sob n.° 50 ). , . í , 'AôpaBH<br />

Na margem inferior occorre : i.°, «Leonardo da Vina<br />

pinxit d, á esquerda; «.Fried. Wagner sculpsit», á direita;<br />

« LA CENA DI LEONARDO DA VINCI», no meio; 3-®, P° r<br />

baixo do precedente dizer: «Bibi. Ins. 1 exc. at ». Sem data<br />

(1840, segundo Andresen; 1842, segundo Nagler, Lexicon).


707:<br />

Altura, 426 millimetres; largura, 886 millimetres.<br />

N.° 5, 4/ estado de Nagler, Lexicon (xxi,58); N.° 3,<br />

3, 0 »estado, de Andresen' (11, ,696).<br />

Bella cópia nò mesmo sentido da estampa de Raphael<br />

Morghen.<br />

Comprada no Rio de Janeiro pelo ex-Bibliothecario<br />

Sflr. Dr. B. F. Rami2 Galvão. '<br />

M E R Z (GASPAR HENRIQUE)<br />

Gaspar Henrique Mêrz, gravador a buril, nasGeu em S.' Gall,<br />

na Suissa, em 1806. Na sua patria aprendeu o desenho, e aoS<br />

19 annos de idade veiu para Munich, onde se aperfeiçoou<br />

nesse éstudo, desenhando segundo o antigo e a natureza. Com<br />

Samuel Amsler, professor de gravura na Academia de Munich,<br />

aprendeu a gravar, tornando-se por fim tão eminente nesta<br />

árte que a maior parte dós mais celebres pintores modernos<br />

allemães o têem encarregado de reproduzir pela gravura as suas<br />

obras;<br />

Apesar das pesquizas que fizemos, não encontrámos outras<br />

informações concernentes á vida e obra d'este gravador.<br />

Também ignoramos si ainda vive. J<br />

Vidè Nagler, ix, 158; L.B., 111, 16; Andresen, n, 162.<br />

N.° 132. —- A destruição de Jerusalem pof Tito<br />

e suas legiões ; gravada a buril, segundo o<br />

fresco pintado por Guilherme de Kaulbach<br />

no Novo Museu de Berlim.<br />

Composição com muitas figuras, terminando superiormente<br />

em fórmá de arco.<br />

No i.° plano:<br />

a) em baixo: no meio, o Summo Sacerdote, depois dê<br />

ter ferido mortalmente os membros de sua familia, suicida-se<br />

cravando um punhal 110 peito; á esquerda, Ahasvero, o Judeu<br />

errante, rasgando as próprias vestês. foge perseguido por fúrias 5<br />

e á direita, um bello grupo, constante de uma familia chfistã,<br />

¿desertando a cidade sob a protecção de tres anjos;<br />

•b) em cima, no meio : entre nuvens, os prophetas Isaias,,<br />

Jeremias, Ezechiel e Daniel, que prophetizaram a destruição


708:<br />

all cidade, tendo por baixo sete anjos brandindo espadas chammejafites:<br />

No 2/ plano : .<br />

A HSiiÄs iTitd a éavalío, precedido wáíombetas, entra<br />

â frente ilas suas ¡.'gifies em Jerusalem; e á esquerda, parte<br />

da cidade incendiada.<br />

tympaiios',:äos lados doarco,lê-se-: ET CIVITATKM ET<br />

S&NCTOSR1UM / IRLÍABIT POPULL|S CFUÜ /®5& VENXUR0, ET FI /<br />

FM-WKÍRTSÍLTASJ/ET POST FINEM ¡BELLI STATUTA-/DESOLATIO. /<br />

DAN. IÄMXXYI, ^yiäStequerda ; e = Ex CADENT'WÄE GLADII<br />

ET 'CAPTIVI FBPCEÄ-RN^^N 01ÍNES GEN- 1 / TES, ELT TESUSALEM<br />

R<br />

GÃJI- , A--GENTIEÜS^/ DÒNEC- IMPTEÄN- / TÜR TEMPORA-/<br />

n^í®um,,/Lúc. xxi. /ix®,BHk direita*<br />

1<br />

lifiÄ'Äii'iÄni; ínftric|^^^H-8!: äfägtedäJfpi'iW.- V. Kaulfflch<br />

mvertit jj| pinxit —lUt a direita, —'H Merz scúlpsit =.<br />

S^tíi mülm outros dizeiel? e sem data<br />

•Altura, 722 niiliimêtros : largura, S53 jnillimetros.<br />

N° ° estado dé Andresen jlji, Í62fwí<br />

ffUm exempar d'esta belfe. é rara jfltainpa do 4.° estado<br />

já«ftpvpli(}a pôr 56 i/| thaters' (Andreseií^H<br />

I 5'omprada 110 Kio de Janeiro pelo ex-Bibliothecario Sír.<br />

Dr. B. ÍM,«Mz Galvfe. : ..;jf;,:<br />

C O B U R G O G O T H A (DOM FERNANDA, , DUQUE<br />

DE SAXONIA), mir DOM FERNÄJJÄ II, REI DE<br />

PBt-bgal<br />

MM 19.<br />

-O Sfir. Dom Fernando Augusto Francisco-Antonio/Duque<br />

de :Saxoma ÇoijurgoGotha, mais Jeonhecido, -iáepois de 16 de<br />

Setembro de 1837,;.pelo nome de. Dom Fernando II, em con-<br />

^¿uenciá- díg.se,ter eaíado (9 de Abril de i.S^ói&m D. Maria II,<br />

Vamha de- Portugal, nascido a 29 de Outubro de 1816, não<br />

st/- limita $5* ser franco .amador c fautor da« bôlis artes, mas<br />

também ati ;e;:ltiva com o^t&í. e pruliciencia, dando-se a tra-<br />

Bplhds ide pir.turaj do gravura, &./<br />

Nilo cabendo aqui tratar da v-idá -política , do Rei, limitar-nos-hemos<br />

á dár- o esboço historico do artista, tanto quanto


709:<br />

nos for possível, á vista da exiguidade de noticias que a esse<br />

respeito pudemos colher.<br />

O Sfir. Dom Fernando tem gravado á agua-forte segundo<br />

as proprias Composições e segundo quadros e aguarellas dè<br />

outros mestres. Ainda que por vezes' de desenho um tanto fraco,<br />

as suas chapas são abertas com ponta ligeira e espirituosa.<br />

Raczynski, Dictionnaire, pp. 86 e seguintes, descreve 45 estampas<br />

gravadas por Sua Magestade, de 1837 a 1845; Nagler,<br />

Die Monogrammisten, 11, n.° 16, pp. 7 e 8, cita mais 8/<br />

abertas de 1845 a '> e a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue ainda,<br />

além da estampa exposta, 11 outras com datas de différentes<br />

annos desde 1850 até 24 de Abril de 1863. Entretanto é certo<br />

que a obra do Real gravador é muito mais numerosa; nós<br />

mesmo tivemos occasião de ver na Exposição Portugueza, feita<br />

no Rio de Janeiro em 1879, cêrca de 200 estampas suas.<br />

Não se encontram á vénda no commercio de estampas as<br />

gravuras dc? Sfir. Dom Férnando, porque Sua Magestade as<br />

reserva para presentear com ellas a personagens illustres, notabilidades<br />

artísticas- ou pessoas a quem dispensa a sua protecção..<br />

i . ; S. Magestade, retirado da politica, vive ainda hoje como<br />

simples cidadão na mesma capital, em que por tantos annos<br />

figurou como Rei ; e, ao que parece, depoz a ponta espirituosa<br />

do agua-fortista, com grande sentimento dos entendidos, e<br />

amadores:<br />

N.° 133. — O sapateiro remendão.<br />

Um velho, de semblante descarnado, com bonet na cabeça,<br />

visto de frente, sentado na classica tripeça, segura com<br />

a mão esquerda um botim descançado sobre a coxa direita, e<br />

com a outra mãof um martello em posição de disparar o golpe<br />

sobre a obra. Á esquerda vê-se uma grande . tina com dois<br />

pauzinhos dentro ; em redor do mestre, espalhadas pelo chão,<br />

varias peças de obra velhas, para serem concertadas ; na extrema<br />

direita um cãozinho saltando ; finalmente, em um dos portaes<br />

de uma' porta, que fica por detraz do official, Vêem-se dois<br />

.cärtazes de theatro^ e por baixo d'elles, « F. C. (em monogramma,<br />

vide ,o n.® 19 da Taboa dos monógr.) fee[1856]à<br />

Lisbonne ».<br />

Altura, 166 millimetros ; largura, 116 millimetros.<br />

Estampa não descripta ; comprada no Rio de Janeiro pelo<br />

ex-Bibliothecario Sfír. Dr. B. F. Ramiz Galvão.


710:<br />

ESCOLA HOLLANDEZA<br />

lucas de hollanda<br />

I ,N.° 37.<br />

Lucas Huygens ou Hugens (e não Lucas Damesz ou<br />

Damissen, como o chamam alguns biographos), geralmente<br />

conhecido pelos nomes pátrios de Lucas de Leyden qu de<br />

Hollanda, filho de um pintor sobre vidro, Hugo Jacobsz, de<br />

quem tomou o nome patronimico de Huygens ou Hugens,<br />

nasceu em Leyden em 1494.<br />

Pintor sobre vidro, á tempera e a oleo, e gravador á<br />

agua-forte e a buril, Lucas de Hollanda aprendeu a pintura<br />

a principio com seu pae e depois com Cornélio Engelbrechtsen,<br />

o manejo, do buril com um ourives e a gravura á<br />

agua forte com um armeiro que empregava este processo para<br />

abrir ornatos nas couraças que fabricava; entretanto foi ao<br />

seu talento superior e assiduidade no trabalho que deveu os<br />

seus progressos e fama.<br />

Já gravava aos nove annos de idade e aos doze já pintava.<br />

Depois .estudou e trabalhou manu nocturna et diurna;<br />

só ¡.tanto afan pôde explicar como em tão curta existentia<br />

conseguiu produzir tanto.<br />

Desejoso de conhecer de perto os pintores dos Paizes<br />

-baixos e estudar-lhes as obras, projectou Lucas de Hollanda<br />

fazer uma viagem á esta região; para o que mandou, em<br />

1:527, esquipar com luxo, á sua çusta, um hiate. Em Middelburg©<br />

visitou a João Gossaert, de Maubeuge, dito Mabuseu,<br />

e offereceu-lhe um grande banquete. Desde então Gossaert,<br />

que também era amante do fausto è da bôà mesa, ligou-se<br />

com tal amizade a Lucas de Hollanda que o acompanhou<br />

durante toda esta excursão. Em Gand, em Malinas, em Antuerpia,<br />

em fim por toda a parte Lucas tratava os seus collegas<br />

á lei da grandeza e os banqueteava com magnificência. Infelizmente,<br />

de volta á Leyden, sentindo-se doente, cahiu de<br />

cama, onde permaneceu quasi sempre durante os seis últimos<br />

annos da sua vida. Para mais amesquinhar o nosso artista e<br />

aggravar-lhe a moléstia, apoderou-se-lhe da mente a ideia de<br />

ter sido durante a viagem envenenado por algum official do


694:<br />

mesmo officio,, invejoso da sua bôa nomeada: e do seu luxo.<br />

Tal suspeita de envenenamento não* terç. ràzão de ser; para<br />

explicar suficientemente a doença do grande artista bastam a<br />

sua constituição débil e cachetica e o excesso com que se<br />

dava ao trabalho. Apesar de já se não levantar da cama,<br />

Lucas de Hollanda não deixava de trabalhar em pintura e<br />

em gravura; diz-se até que, momentos antes de fallecer, estava<br />

occupa4o em gravar a estampa, que representa Pallas<br />

I©;® 139'de B.), a qual, depois da sua morte, foi encontrada,<br />

não acabada, no leito,<br />

Casara-se Lucas de Hollanda com uma moça nobre da<br />

família Bosçhhuysen, de quem houve uma filha. Teve está um<br />

filho, que veiu ao mundo nòve dias antes da morte do avô<br />

materno; d'este tomou a criança o nome de Lucas e do pae<br />

o. patronímico de Damissen (C, Blanc, Histoids des Peintres,<br />

-Ecole hollandaise, 1, Lucas de Ley de, pag. 10).<br />

Alberto Dtíréro e Lucas de Hollanda foram emulos cavalheirosos<br />

-e : . não rivaes invejosos ;; esta emulação tornou-se<br />

coin o -tempo e o trato còmmum em fraternal amizade, que<br />

è| a morte pòude acabar.<br />

Lucas de Hollanda falleceu na cidade natal em 1633, àos<br />

39 annos de idade.<br />

Pintor com razão muito estimado, Lucas de Hollanda o<br />

é ainda mais como gravador. A élle deve a arté da gravura<br />

um dós seus progressos, mais essenciaes, o claro-escuro, ulteriormente,<br />

tão aperfeiçoado na Hollanda; de feito, foi elle<br />

quem primeiro teve a . ideia de enfraquecer as côres para representar<br />

as distancias.<br />

L.ücas de Hollanda abria as suás chapas com talho fino<br />

e delicado, do que resultava que tilas não resistiam a muitas<br />

tiragens ; além d'isto o cuidado que. punha o artista em que<br />

as suas estampas sahissem á luz nitidamente impressas e perfeitas,;<br />

fazia com que inutilizasse todas aquellas em que havia<br />

a menor mancha ou defeito. São estas duas circumstancias a<br />

causa da raridade das estampas do grande mestre: já na sua<br />

, vida eram eliãs muito procuradas pelos artistas e amadores e<br />

pagas por preços elevados, e com o andar dos tempos tem-se<br />

tornado cada vez mais raras .e caras.<br />

' .Passa por certo que. as xylographías descriptas na obrá<br />

gravada 4e ; Lucas de Hollanda são desenhadas por .elle nas<br />

. Chapas de madeira ê abertas por um hábil gravador, má,s não<br />

pelo proprio Lucas-


712:<br />

A Paixão de Jesus Christo.<br />

Serie de 14 estampas, descriptas por Bartsch sob os<br />

n- os 43~5 6 ( VII > 362-369), da qual a Bibliotheca <strong>Nacional</strong><br />

só possue a que expõe.<br />

N.° 134. — Jesus Christo ultrajado no pretorio.<br />

Seis figuras : Jesus Christo, de perfil para a direita sentado<br />

debaixo de uma abobada, de olhos vendados, comas<br />

mãos cruzadas sobre os joelhos, é escarnecido pelos Judeus<br />

de modos differentes.<br />

Em cima, para a esquerda, occorre a lettra L, como no<br />

n.° 37 da Taboa dos monogr., e em baixó, no meio, a data,<br />

15.21.<br />

Altura, 116 millimetros; largura, 75 millimetros.<br />

N. 8 47 de B.<br />

Bellissima e muito rara. -<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 135. — A Magdalena entregue aos prazeres<br />

mundanos; estampa geralmente conhecida<br />

entre os iconophilos pela denominação de<br />

Dansa da Magdalena.<br />

Quatro anjos, grande numero de figuras, cães, cavallos e<br />

um veado, em uma rica paizagem. No i.° plano: quasi no<br />

meio da estampa, a Magdalena com a cabeça circulada por<br />

um grande resplendor, conduzida por um homem que lhe dá<br />

a mão, dirige os passos para a direita, dansando ao som de<br />

uma flauta e de um tamboril, tocados por dois homens, qüe<br />

estão perto de uma grande arvore, á direita; muitos outros<br />

grupos de homens e mulheres, em differentes posições, vêemse<br />

espalhados por toda a parte. No 2. 0 plano: a Magdalena<br />

a cavallo, e outras figuras a pé e montadas, correndo um<br />

veado, acossado por cães; e perto do cume de um alto rochedo,<br />

no fundo, a alma da Magdalena levada ao ceo por<br />

quatro anjos.<br />

Em um cartaz, em baixo, no meio, lê-se : a data, 15<br />

e a lettra L, como na Taboa dós monog., n.° 37.<br />

Altura, 289 millimetros?; largura, 396 millimetros.<br />

N.° 122 de B. (vil, 402).


713:<br />

Bellissima estampa, hoje muito rara, e uma das melhores<br />

que o Mestre gravou na pujança do seu talento. Um bello<br />

exemplar d'esta gravura custou, na venda da Collecção Galichon,,8,500<br />

francos. .<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 136.— Marte e Vénus.<br />

Á esquerda: Vénus, de frente, sentada, com o cotovello<br />

direito sobre, um pedestal, e a cabeça apoiada na mão direita,<br />

achega para si o Amor, que se vê, em pé, a seu lado, e<br />

• volta um pouco o rosto para a direita, olhando para Marte,<br />

que, sentado, tem a. seus pés o seu escudo è capacete, e segura<br />

com a mão esquerda um espadão, cuja ponta descança no<br />

chão.<br />

- Em cima, á direita: à data, 1530, e por baixo a lettra L,<br />

como no n.° 37 da Taboa dos monogr.<br />

Altura, 184 millimetros; largura, 243 millimetros.<br />

N.° 137 de B. (vn, 411).<br />

Estampa rara; uma das mais bem gravadas por Lucas de<br />

Hollanda, segundo Bartsch.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 137. — Os músicos.<br />

A esquerda, um homem sentado', temperando as cordas<br />

de .uma guitarra., para afinàl-a pelo tom da rabeca de uma<br />

mulher, que se vê, também sentada, á direita e um pouco<br />

para traz. •<br />

Esta estampa é exposta, apesar de mutilada, por ser uma<br />

das que Lucas melhor gravou. Faltam nella a data, 1524, em<br />

cima, á direita; e a lettra L, escripta ás avessas, em cima,<br />

no^íneio.<br />

Dimensões da estampa nó estado actual :<br />

Altura, 106 millimetros; largura, 73 millimetros.<br />

N.° 155 de B. (vil, 421)';. N.° 73 de Huber & Rost<br />

I<br />

Da Real Bibliotheca,


714:<br />

N.° 138. m Retrato de um moço..<br />

A meio corpo, do tres quartos para a direita, coro -um<br />

chapéu ornado de grandes plumas na cabeça,' apontando<br />

com a mão direita para uma- caveira, que tem na 1 esquerda<br />

meio. occulta no regaço do gibão. A estamj '<br />

velmente .por mutilada, 'n&S «apresenta /a lettra L, eí&àXj^<br />

á esquerda, de qte*'*&Ha. Batrtsch, o qual:difijíg4fol


715:<br />

N.° 139. — S. Jeronymo no deserto, lendo um<br />

livro, segundo Tieiano.<br />

Em uma rica paizagem, S. Jeronymo, de frente, sentado<br />

sobre uma pequena eminencia, tendo o rosto apoiado na mão<br />

direita, segura com a esquerda um livro, aberto sobre as<br />

coxas, em que lê ; á direita do Santo, um livro fechado e<br />

uma ampolheta; perto do canto inferior direito da estampa,<br />

uma caveira; finalmente, á esquerda, um leão sahindo de uma<br />

caverna.<br />

Em baixo, á direita, lê-se: « « Titianus Ientor »/ 2. 0 ,<br />

« Cornélio cort fe. Çum priuilegio, 1563 J>.<br />

Altura, á esquerda, 299 millimetros ; í direita, 297 millimetros;<br />

largura, em cima, 262 millimetros; em baixo, 254<br />

miUirhetros.<br />

N.° 106 de L.B. (11, 53).<br />

v Da Real Bibliotheça.<br />

PASSEU Senior (CRISPIM)<br />

N.° 34.<br />

Não estão de acçôrdo os biographos a respeito do lugar<br />

do nascimento de Crispim Passeu Senior: afirmara uns ter<br />

sido-Colonia, outros Utrecht e' finalmente'outros Harmuyde,<br />

na Zelandia; á vista porém do dizer que occorre na folha<br />

de titulo das Metamorphosen de Ovidio, edição de Paris, 1602<br />

(N.® 2 de Nagler, Lexieon, x, 565), « ...edit. per C. Passceum<br />

Zeeland. calcogr... », parece que a patria do artista é antes<br />

Harmuyde, na: Zelandia, do que Colônia ou. Utrecht.<br />

Huber & Ròst dizem que C. Passeu Senior nascêra em<br />

Le Blanc em 1540 e Bryan dá o anno de 1560 como<br />

à data provável do seu nascimento.<br />

C., Passeu Senior " aprendeu d desenho e a gravura com<br />

Theodõro Coornhaèrt) travando depois relações com Martim<br />

Freminét, P. P. Rubens, Abrahão. Morçelze e Vander Burg,<br />

teve occasião de estudar as obras d'estes mestres, o que muito<br />

concorreu para que fizesse* grandes progressos na sua arte.<br />

; Viveu e trabalhou em Ámsterdão, em Colonia e em<br />

varias cidades de Inglaterra e de França, principalmente em


716:<br />

Londres e em; Paris ; fói porém em Utrecht que passou i<br />

maiór parte da vida.<br />

Le Blanc affirma que C. Passeu Senior falleceu em Utrecht<br />

em 1629; outros biographes dizem que se não sabe ao certo<br />

a data da sua morte, sendo entretanto fóra de duvida aue<br />

chegou á idade muito provecta (mais de oitenta annosj.<br />

A sua obra, muito numerosa, é executada com nitidez<br />

mas de maneira por vezes um tanto dura.<br />

C. Passeu Senior gravou não sómente segundo os pro- ;<br />

prios desenhos, como também segundo vários mestres ; os seus<br />

retratos têem em geral muito: merecimento e são estimados, i<br />

É difficillimo distinguir-as estampas de C. Passeu Senior f<br />

das de seu filho de igual nome, porque ambos gravavam da [<br />

mesma maneira e usavam do mesmo monogramma.<br />

N.° 140 — Retrato de Américo Vespucio; em<br />

um oval, inscripto em um parallelogrammo,<br />

ao alto.<br />

Em busto, de perfil para a direita, tendo na cabeça lima<br />

gorra e aos hombros um manto. Nos quatros cantos vêem-se:<br />

um papagaio ; um arco e flechas em uma aljava; duas ancoràs;<br />

a cabeça, um braço e um pé de um indio. Em volta do oVal<br />

occorre : « AMERICVS VESPUTIVS FLORENTINVS. TERREE BRESI-<br />

LIANAE INVENTOR ET SUBACTOR. © »; e por baixo do busta,<br />

em uma tabòa: « NIL INTENTA - / TVM », e o monogrammk<br />

n.°. 24.<br />

Em uma margem, por baixo do oval, lêem-se 6 versos<br />

hexámetros' latinos: « Dignus ego ante a/tos... pan Orbü<br />

America dicta. » ; e o numero = 9 = no canto, inferior direito.<br />

Sem data. -<br />

Altura, com a margem, 130 millimetros; altura, sem à<br />

margem, 112 millimetros; largura, 93 millimetros.<br />

N.° 17828 do Catalogo ' da Exposição *'de Historia<br />

Brazil.<br />

Pelo número = 9 =, que occorre ná- gravura, vê-se que<br />

ella' faz parte de uma serie, não descripta (?)..<br />

Estampa rara, que provéiu da Real 'Bibliotheca^


717:<br />

GOLTZIO (HEN^QUEÔS<br />

JSr Mcílz& '<br />

V li) a N 3 ¿9 b.<br />

Henrique iGoltz ou Goltzio, pintor, desenha4or e gravádor<br />

a buril e em claro eàetiro, nasceu em Mulbrecht, no Ducado<br />

de ^Juliets, em 15^8 e falleccu em Harlem no 1 • Sineiro<br />

lliS.éu ptè, pmtor s^bre vidro, ensinou-lhe .1 1 . u'l llcfy^<br />

flfitijri, e Jpi^idôro |||Wnhaert a gravura, a sua nàç^fiíj<br />

poíéjn, como gravador provêm-lhe antes do proprio, talento e<br />

^HaM^^do qud das lições do --raestre,";<br />

Hfçomo- era'débil de constituição e de poucidsa^e ptjz-se<br />

í viajar e em tão bôa fyrffi^ípzíqne àcábou por',tornarf|à<br />

forte e sadio. Depois de iter., andado pela Allrtnànha e Italia,<br />

^H^^Mflòu as obtas ¥05 mais lebres mestres d'estes ifaizesj<br />

jBtectpTBHarlem em iíjjSglsa&oltzi 111 li 7<br />

lebre como pintor do que comogravador. , A^^ffii-^tanípáS/<br />

jÒB<br />

se gdo B ®sãõ ¡t&ectamen®des%-<br />

jiliadas e|||yadas ora cqm bçrjl largo e afoitjt», ora com buní<br />

j'3^lê;cí:rrailo, imilando a maneira de Alberto,. burero tí.^de<br />

Holl:i'u!:i, de ir.odb ¡1 I 1 H -."^Sgi H lidas<br />

po^^s^as rripn.Q?, pcntas ; -em; W 1. "Jí q.'" "^inl às d'aquelles<br />

|«res jaitretantoHtseu talho,resentferse ,de"3ia affectação<br />

|||ktrav'agancia, e pode fpfcp^ínado o artista de"haver igno=\<br />

tádo ou jjel'o menO^^curadí^n claroi^^®o.<br />

MpEu» fgffiggjfe estampas dSljfttzgftao muito profitfffp,<br />

I 1 is fields amadores e entendidos em gravura.<br />

MjSÍ^^^®; 5 diàppulos -notável^ entre outros, Jj|||li<br />

Muller João ^^re-d'am e 11 eraiar.o<br />

Hwiiii|^h,' que imitaram a.stia maneira 'de "gravar.<br />

Ni 0 :141. — Thamar.<br />

Quasi de. fren té, com a rosto a tres (füartos para a esquerda,<br />

téndo os olhos velados, sentada debaixo de uma grande<br />

arvore, com a kão esquerda levantada. Embaixo/ para a .esquerda:<br />

« ludas et Tamar ¡Gene; 38. » No fundo, á direita,<br />

vê-se Thamar em coloquios com Judas. Em uma paizagem.<br />

Estampa^ circular, segundo desenho do próprio gravador, e<br />

na sua primeira maneira. Sem assignatura, nem monogramma;


718:<br />

Diâmetro da estampa, 203 millimétrés.<br />

N.° i de B. (m, 11).<br />

Estampa sem margens, proyenientê da Real Bibliotheca I<br />

N.° 142. — A Sacra Familia, segundo Bartholomeu<br />

Spranger.<br />

Á esquerda, a Virgem Santíssima, vista até meio corpo, |<br />

de perfil para a direita, com uma pêra na mão esquerda [<br />

olhando com affecto para o Menino Jesus, assentado sobre um I<br />

coxim, tendo o tronco reclinado no braço de sua Mãe; à I<br />

direita, S. José, quasi de perfil, olhando para os dois. Era<br />

baixo, occorre : k B. Spranger Inuent. », no meio ; e « H I<br />

Goltzius (como no monogramma n.° 29 b.) sculp. », á direita; í<br />

e na margem inferior, quatro versos latinos, "em duas columnas: i<br />

« Virgo Palestinas... blanditur alumno. », subscriptos por « F. I<br />

Estius. » Sem data.<br />

Altura: á direita, 270 millimetros; á esquerda, 268 millimetros<br />

; largura, 210 millimètres.<br />

N.° 275 de B.. (m, 84), o qual diz d'esta estampa : « Gravé<br />

d'une manière fort libre ».<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 143. — Retrato de João Boll, pintor de Malinas.<br />

Em busto, a tres quartos para a direita, olhando para a I<br />

frente; dentro de um oval, ornado de muitos enfeites e attributos.<br />

No oval occorre: « IOANNES BOLLIVS MECHLINIENSI...<br />

piCTOR._ /ET. LVINI. A.° CI^IO.XCIII. »; e em uma peanha, por<br />

baixo do oval, seis versos latinos:<br />

« Calatam Vitrice effigiem... cupe mente manuque. »<br />

O monogramma n.° 29 a. vê-se ne Canto inferior esquerdo.<br />

Altura: á direita, 263 millimetros;. á esquerda, 260 millimetros<br />

; largura, 179 millimetros. '<br />

N.° 161 de B. (iii, 48); N.° 150 de L.B. (ni, 3°7> '<br />

Da Real Bibliotheca.


719:<br />

D O L E N D O (ZÀCHARÍAS)<br />

. Zacharias Dolendo,. desenhador e gravador a buril, nasceu<br />

em Leyden em 1561 (Brulliot e Le Blanc) oü em «67 (Huber<br />

0 v<br />

& Rost). _ s<br />

Foi discípulo de Jacob de Gheyn, cuja maneira imitou,<br />

büjrilando as suas chapas com firmeza e propriedade de execução.<br />

A data e lugar em que falleceu sãò desconhecidos.<br />

N.° 144. 7T-, A Virgem com o Menino Jesus, sentada<br />

em um throno e coroada por anjos, segundo<br />

Jacob de Gheyn.<br />

A Virgem Santíssima, de frente, assentada em um throno,<br />

segura com ambas as mãos o Menino Jesus, sentado no seu<br />

-regaço, tendo na mão esquerda uma pera. A Virgem está com<br />

os òlíios enlevados no filho amado, emquanto elle os tem levantados,<br />

olhando para o anjo da esquerda. Nó alto, dois anjos<br />

stísíentam, por cima da cabeça da Virgem, uma corôa de flores.<br />

, Em jDaixo: á esquerda, « I, D. Ghein fnueri, », como no<br />

monogramma n, b 27; e á direita, «. Z. dokndo, schu. \ e na<br />

margem' inferior, dois versos latinos : « Tü virgo:.. fHõHatíbus<br />

cegris. »<br />

Altura, 153 millimetros; largura, 120 míllimêtrós.<br />

N.° 3 de Huber & Rost (v, 205); N.° 4 de L.B. (11, 135).<br />

Bella estampa, proveniente da Real Bibliothecâ.<br />

S A E N R E D A M (JOÃO)<br />

João Saenredaíõ, desenhador, pintor § gravador' a buril,<br />

era natural de Leyden, segundo Bavarel & Malpez e Joubert;<br />

Nagler, porém, nó seu Lexicon affirma quê outros com mais<br />

verdade dizem ter J. Saenredam nascido em Zaandam (também<br />

Saerdám ou Saanredam). A data do seu nascimento também<br />

varia segundo os autores: uns a dão em 1570 e.outros em 1565 ;<br />

a insçripção, que se lê no seu tumulo, reza que elle morrêra<br />

com 42-ahnos dé idade,, e como falleceu em 1607, a data<br />

de 1565 deve ser a do seu nascimento.<br />

Sem nunca ter tido a menor instrucção artística, J. Saenredam<br />

já tinha dado cópia da sua vocação para as bôas-artes,


720:<br />

desenhando a pennejado algumas aves e animaes, quando um<br />

tio seu, a quem estava confiado, resolveu dèdical-o á carreira<br />

*d,as' artes. .<br />

¿ - '.¿'No principio aprendeu a pintura co'm Jacob de Gheyn, mas<br />

depois applicòu-se exclusivamente á gravura, têndo por mestre a<br />

Henrique Goltzio, a quem tomou por modelo e imitou tão perfeitamente<br />

que muitas das suas estampas podem ser confundidas<br />

com as d'este mestre.<br />

J. Saenredam trabalhou 1 em Amsterdão, em Leyden e em<br />

Assendelft, onde viveu por longo tempo e morreu.<br />

J. Saenredam gravou com buril firme, fácil e largo; nas<br />

estampas, segundo as próprias composições, o seu desenho é<br />

mais correcto e menos amaneirado do que nas que abriu segundo<br />

H. Goltzio e-outros mestres; razão por que aquellas<br />

são mais estimadas do que estas.<br />

A historia de Adão, segundo Abrahão Bloemaert.<br />

Serie de seis estampas numeradas, n. os 13- 18 de B., ápp.<br />

225 - 226 do 111, das quaes a Bibliótheca <strong>Nacional</strong> expõe somente<br />

uma das duas que possue.<br />

N.° 145- — Adão e Eva expulsos do paraiso terrestre,<br />

depois da sua desobediência.<br />

Duas figuras, um anjo, a serpente e uma lebre.<br />

No alto . da estampa, á esquerda, o anjo, armado de uma<br />

espada chammejante, expelle do paraiso os dois peccadores ;<br />

Eva, em pé, de frente, com as mãos postas e os olhos voltados<br />

para o anjo, como quem lhe dirige uma supplica, e Adão,<br />

de costas, ajoelhado, segurando-a pelo pé direito e com o<br />

braço esquerdo extendido, tentando retel-a. Em baixo, á direita:<br />

« A. Bloemaert inuen. \J. Saenredam sculps. 4. »; e na<br />

margem inferior quatro versos latinos, em duas columnas:<br />

« Reddita lux oculis;... defendat vindice situas. » Sem data.<br />

Altura, 260 millimetros; largura, 194 millimetros.<br />

N,° 16, 4 de B. (iii, 225). ;<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

Júpiter, Neptuno e Plutão com suas mulheres, segundo<br />

Henrique Goltzio.<br />

Serie de tres estampas numeradas, n. 03 53-55 de B. (III,<br />

239), das quaes a Bibliothçca <strong>Nacional</strong> só expõe a seguinte:


721:<br />

N.° 146. — Plutão e Prosérpina.<br />

Em uma paizagém, Plutão sentado debaixo de uma arvore,<br />

á esquerda; acaricàadcf por Prosérpina, que em pé, junto<br />

d'elle, passa-lhe o -braço direito sobre os hombros. Por detraz<br />

de Plutão vêem-sé duas dás: cabeças de Cerbero; no 2. 0 plano,<br />

á direita, grandes labaredas de um incêndio. No canto inferior<br />

êsquerdoglê^ «3/ H. G. (em monogramma. Vide o<br />

n. 9 29 a. da Taboa dos monogr.) »; e ria margem inferior, quatro<br />

versos latinos, em duas columnas : «'Persephone vmbrarum...<br />

et y&ãeus. vrna. » Sem data.<br />

_ Altura: á direita, 313 millimetros; á esquerda, 310 millimetros;<br />

largura, 215 millimetros.<br />

N.° 55, 3 de B.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

MÜLLER (JOÃO)<br />

João Müller, desenhador e gravador a buril, nasceu)<br />

segundo alguns, ém Amsterdão.<br />

Pouco se sabe da sua vida ; elle passa por parente de<br />

Herman Müller; e a julgar pelas suas gravuras foi indubitavelmente<br />

discípulo de Henrique Goltzio. As datas extremas<br />

que: se encontram nas estampas de J. Müller são : 1589 e<br />

1625, d'onde Se pôde talvez inferir que nasceu cêrca do anno<br />

'de 1570 e morreu pouco depois de 1625.<br />

Bartsch descreve 88 estampas d'este gravador, dizendo<br />

ser possível que.elle tivesse aberto mais algumas, que se<br />

parecem |ébm as suas pela maneira de gravar, as quaes, entretretanto/<br />

por: mediòcrés, são geralmente attribuidas a Herman<br />

Míiller, também discipulo de Goltzio. Weigel (i5/, 145) aponta<br />

mais duas estampas não mencionadas por B.<br />

O seguinte trecho de Lèvêque (Encyclopediá methodica,<br />

tomo i, parte ii, Bellas artes, pagina 370), citádo por Bartsch<br />

è por outros iConographos, aprecia magistralmente os trabalhos<br />

de João Müller :<br />

« João Müller, hollandez, diz Levêque, é talvez o gravador<br />

que com mais afouteza manejou o buril. Merecerá<br />

sempre ser. estudado pelos artistas que desejarem distinguir-se<br />

na gravura, sendo porém mister que temperem com discernimento<br />

o excesso de audacia que elle é capaz de inspirar.<br />

Ninguém nunca soube mais a fundo a arte da gravura: é<br />

46


705:<br />

impossível: abrir nq pp^is com piais dastrega «'«pra»<br />

menor numero dè talhos para representar os objectos. Fica^<br />

adpijrado de y§r çog} que hjbilidadg elle obriga o mm,<br />

têhe g «swiírfe 'de flfliWPB p âs segundo pgrg 'fcqt vm<br />

figM ifiíS. lr ík .ja» yei^s SBBfSga WseiTQ tjjjjq g,<br />

9 fgfy é em algyma pgrtü de pequena gxíerçsfcq que<br />

sacrificar. ^.gesar judjcios§. eppppmiS;} pâp pp(iê figr açoj.<br />

çoã^q (de. SP 0$MW ggspl, nem de Í®fiSSa<br />

exegygãg; todo^ §gas pl§i|QS s|§ grti§ti§ajn.ente variâdQg nq<br />

o g np tpm. J; Muller 6j?a p/Sfito dgsejijiadpj', qoiiô<br />

nunca' teria conseguido executar p §rpee§sp ¿g quevusayaj<br />

e^^et^pto .é çgif). jazãp gep^rgdp PQE ser ^fpaneiradf} nas extremidades,<br />

imitando neste particjjfô? q pinfpf Bartholomeu<br />

Sprangers, segundo o qual gravou muitas estampas.<br />

Como não fazia uso de pontos para empastar e se obstinava<br />

em empregar sómente dois talhos para uma figura inteira,<br />

succedia que muitas vezes formava grupos de lisonjas em<br />

grande numero, de aspecto desagradavel, que os gravadores<br />

comparam aos do dorso da sàrda ou çavalla ».<br />

N.° 147. — O repouso nç ggwpto.<br />

Ppi upia paizagem, a Virgem Santíssima, sentada á sombra<br />

dg ^pag, gça.pde » è ; çpntppaplando o Menino Jesus que<br />

teifl nps braços ; p n® plano, á direita,. S. José dando a<br />

|$|fJSJ ao fejppp \ Por. baixo dos pés. da virgem eatá eseripta i<br />

«Joannes Muller: fççip. M P na margem inferioç 5 i- f ><br />

os çlgis, seguintes çli§tÍ£PS. latinos:<br />

« Qutd yiortemt ¿fy/à^M W a I<br />

Àn iQefifâs ffflfi<br />

gqllfris^ qh, deiy^s: vpnr fycec iwf-extk& M0ÜÍ0U<br />

Qui dure^ RÇfsV-Q WP^XW-ík *<br />

em duas Golomnas; 2.% o endereço « Harman Muh excud.»<br />

Altura^ 30$ ^liniet.Tqs,; (çm çjma) 194. milli-metros;<br />

(em baixo) 197 millimetròs.<br />

fc df éte! ^6.7); N.° 15 deL.B. (111, 66)5 R°6 de<br />

í^agleçj fexicofo (IJÍ, 569).<br />

Ç>a Rea,! B^r^th&ç^.


723:<br />

M A T H A M (JACOB)<br />

Jàcob Matham, desenhador e gravador a buril, nasceu em<br />

Harlem a 15 de Outubro de 1571.<br />

Henrique Goltzio, seu padrasto, ensinou-lhe o desenho Q<br />

a gravura., fazendo d'elle um hábil artista.<br />

Em 1593 (Larousse) foi J. Matham para a Italia o aü<br />

passou alguns annos, principalmente em Roma, onde, abriu<br />

muitas estampas segundo os grandes pintores italianos; depois<br />

tornou á patria, e ahi continuou a gravar segundo os mais<br />

babeis pintores dos Paizes-baixos,<br />

IJ. Matham manejava o buril com grande desembaraço ;<br />

muitas das suas estampas parecem-se de tal modo com as de<br />

seu mestre, que podem ser-lhe attribuidas por pessoas menos<br />

entendidas ou mal precatadas.<br />

Falleceu em Harlem a 30 de Janeiro de 1631.<br />

N.° 148. — Noli me tangere, segundo Henrique<br />

. Goltzio.<br />

Em uma paizagem: á direita, Jesus Christo, depois. de<br />

sua resurreição, apparece, sob a figura d© jardineiro, á Magdalena,<br />

que ajoelhada defronte d'elle, de perfil para a direita,<br />

com a mão direita ao peito, dá mostras de grande admiração.<br />

Em baixo lê-se : « Cum privil. Sa. Cce. M. H Golt,zius<br />

(como no monogramma n.° 29 b. da Taboa dos monogr.)<br />

Inue. J. Maetham sculp. et excud. / Anno. 1602. » ; e na margem<br />

inferior :<br />

« O dit amor latebras, dilectum quozris IESVM?<br />

• Quem tibi fies raptum, Magdali, vivus adest,<br />

Vivus adest, domitor Mortis, Stygyçue tyrajini;<br />

Quo redivivo hominum vila renata fuit. »<br />

em duas^columnas, com o monogramma n.° 35 e.m seguitsento<br />

á palavra fuit.<br />

Altura, 258 millimetros; largura, 188 millínjíÇtrpg.<br />

N.° 103 de B. (m, 159).<br />

Da Real Bibliotheca.


724:<br />

D E L F F (GUILHERME JACOBSZ)<br />

Guilherme' Jacobsz Delft; Delff ou Delphio (Wilhelmus Jaçobi<br />

Delphius), pintor e gravador a buril, nasceu em Delft em<br />

1580 e falleceu na mesma cidade em 1638.<br />

G. ~J. Delphio era o terceiro filho de Jacob de Delft<br />

bom pintor de retratos. Com seu pae aprendeu os rudimentos<br />

da pintura e terminou a sua educação artística com Miguel<br />

Mirevelt, cuja filha depois desposou.<br />

O seu parentesco e .a convivencia com este levaram G. J.<br />

Delphio a dedicar-se em pintura mais particularmente ao<br />

genero retratos ; entretanto, ainda que seja tido em conta de<br />

bom pintor, é muito mais conhecido e estimado como<br />

gravador.<br />

As suas estampas, desenhadas com muita correcção, são<br />

abertas com buril fácil, nitido e expressivo.<br />

G. J. Delphio teve um filho, Jacpb Wilhelmsz Delff<br />

(Jacobus Wilhelmi Delphius), que não deve ser confundido<br />

com seu pae.<br />

N.° 149.1M Retrato de Miguel Mirévelt, pintor;<br />

segundo Antonio Van Dyck.<br />

A meio corpo, quasi de perfil para a direita, olhando<br />

para a frente, embuçado em uma capa, e tendo na mão direita<br />

as luvas descalças. A direita, sobre uma mesa, uma palheta,<br />

pincéis e um tento.<br />

Na margem inferior lê-se: i.°, « MICHAEL MIREVELT, '/<br />

IcoNVM PICTOR IN HOLLANDIA. »; 2.°, « Ant. van Dyck pinxit<br />

I Wilhelm. lac. Delphius sculpsit. », á esquerda; « curn priuilegio<br />

», á direita. Sem data. '<br />

Altura, 234 millimetros; largura, 188 millin^etros.<br />

N.° 17, 4. 0 estado, de Andresen (i, 341).<br />

A estampa faz parte dá collecção dos Cem retratos de<br />

A. Van Dyck.<br />

Da Real Bibliotheca.


725:<br />

visscher (NICOLAU ENNES)<br />

, 0 nome \é'este artista não é João Nicolau Visscher,<br />

(Br,, i, n. os 1344 a, e 1494; n, n.° 1397), nem tão pouco<br />

Nicolau João Visscher (Bryan; e Huber & Rost, v, 394), e<br />

sim Nicolau Ennes. Visscher, que é a traducção portugueza do<br />

¡nome com. que o proprio gravador seassignava: Claes Jansz:<br />

Visscher (estampa n.° 17417 do C. E. H.) e Nicolaus Joannis<br />

Pise ator ou Visscherus (estampas: 17423 do C. E. H. e n. 08 26<br />

-29 de Nagler, Lexicon, xx, pag. 421); Nagler, Lexicon, xx,<br />

418 e 419, discute com proficiência este assumpto e distingue<br />

Nicolau Ennes Visscher de seu pae João Nicolau Visscher<br />

(nascido em 1550? e fallecido em 1612?), gravador e mercador<br />

de estampas em Amsterdão, de seu filho Nicolau Visscher<br />

e de seu neto, filho d'este, também de nome Nicolau Visscher.<br />

Nicolau Ennes Visscher, desenhador, gravador á agua<br />

-forte, editor e mercador de estampas, nascido em Amsterdão,<br />

cêrca ,do' anno de 15-80 (Huber & Rost), era provavelmente<br />

parente dê Cornélio Visscher e João Visscher, também gravadores.<br />

Nicolau .Ennes Visscher no principio da sua vida de<br />

artista trabalhou nas casas de Jodoco Hondio e de Guilherme<br />

Blaeu, editores e gravadores, abrindo cartas geographicas;<br />

mas depois o fez por conta própria.<br />

Herdando (em 1612 ?) a oflicina e casa de negocio de<br />

seu pae, Nicolau Ennes Visscher continuou a dedicar-se ao<br />

officio de gravador e manteve o commercio de estampas até ã<br />

sua morte, que se suppõe ter occorrido cêrca do anno de<br />

1660.<br />

. Da obra de Nicolau Ennes Visscher, Nagler, Lexicon,<br />

menciona 42 números, dos quaes uns dizem respeito a series<br />

e outros á estampas avulsas. A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue<br />

Outras estampas que não as apontadas por Nagler.<br />

N.° 150. í— Um rapaz tirando passarinhos de<br />

um ninho, segundo David Vinckebooms.<br />

Em uma paizagem, com duas grandes arvores no meio,<br />

um rapaz, trepado em uma das arvofes, tira do ninho um


726:<br />

passarinho pafâ o feüflir â dé)ís otítrôfe, Que jâ êáíâo recolhidos<br />

no seii chapéu, e para os quaes olha com interesse.<br />

A esquerda, no chão, vêetn-se, olhando boquiabertos<br />

para o rapaz, três camponios, dos quaes o da direita tem as<br />

mãos apoiadas na arvorei êih quê esta o ninho, e o da<br />

esquerda faz. com uma das mãos um gesto para o rapaz, emquánttí<br />

inettè a ôutrâ íia patrona do campoiiêz do meio, como<br />

que tirabdo d'ella alguína COusa.<br />

Êm baixo t ft G. L Visscher Fetit n (Cornô no ôionôgramma<br />

tif bü da Taboa), á direita; e á esquerda. Sem<br />

data«<br />

Altura, âod millimetrds; largura, 146 tóillimetfos.<br />

Estampa não descripta (?) e fâra.<br />

A grâVUfá êXpôstá tem áS fnârgeilS ííiUtiladâs 6 pèrteíiíéU<br />

á Real Biblíothecâ.<br />

M A T H A M (TÜÊOÍDÔFTO)<br />

Thêõdôrò (òü E)irk, èm hollaiidéz) Matham, piíitòr e<br />

gravador â buril, fílhõ dé Jàcôb Matham, nasceu em Harlem<br />

érñ Í5S9 (Nágíêr, Lexicón, é L.B.), ou em 1598 (Sireí), o1i<br />

em 1600 (Bryan).<br />

Tevê por primêirò mestre a séti pae; mas, depois de haver<br />

trabalhado por áígum tempo há cidade natal, foí-6e á Italia<br />

é éntrôü pãfá à escola de gravura de Cõrnelio ÍÜloemaeít, em<br />

Roma, afim de aperfeiçoár-se nesta arte. Em Roma gravou,<br />

coñjüñctaméñte com ó dito Bloémaert, Persyn; Ñathalis t<br />

õütros, âs êstátüás do palacio Giustíníani. fíe volta á patria<br />

abriu, miiitás éstampás sobre differentes assumptos, sobretudo<br />

retfâtõs. : • í<br />

Na gravura das suas chapas T. Matham empregava ordiiiâríáriiênte<br />

ô büril, muitas vezes, porém, usava simultaneamente<br />

d'este iiistrumentò é da ponta.<br />

Segundo Terwesten, citado por Siret, fbí T. Matham um<br />

dos fundadóreâ dá sociedade, dita Pie tura, de Haya.<br />

Siret aíifirma que T. Matham fallecêra nesta cidade no<br />

anno de 1660; mas á vista da estampa gravada por este^artista,<br />

Título allegorico do Virgilio de J. M Vondel, l666, dé6cripta.sob<br />

n.° 17 por Nagler, Lexicón (viu, 4¿}o), aquella data<br />

parece insustentável. O mesmo Ñagler diz que. o anno da morte<br />

de T. Matham é inteiramente desconhecido; entretanto Laíõüsfce<br />

d dâ eomo fallecido em 16^7.


727:<br />

151* Strato de Gaspât Barisgus, segundó<br />

Jacob von Sandràrk<br />

A tres quartos pata a direita, e h theiô eorpö, de beca e<br />

capa, com grande collarinho virado» apoïitando eom á liláe<br />

direita para um livro fechado que tem na esquerda; fío 2. 0<br />

plarió, ä direita, outros livtos e Um buätö de Hippecratêg.<br />

y Na margèm inferior lê-se«<br />

1.°, « CASPAR BARLÍEVS MED. D. PHILQS. IN ILL. AMSTËLOÔ.<br />

GYMNASÍO pRÒFESSofe. >>;<br />

2.°, quatro distic-ös iatífiôá, ê*m duãs eôltufiûâi, Y Mc vir<br />

fue êsl... n 'erno cohòrie poîèsL », subscriptos pôr « Art« 'longtonus<br />

Med! Regius. » ;<br />

3. 0 , da esquerda para a direita :<br />

« I. Sandrart Delineaiiit »j — « Theod. Matham Sculp. » ;<br />

e « C. Dankerts excudû. » Sem data.<br />

Altura, 237 millimetre; largürä) |êf xñillimetros.<br />

Ñ.° 23 de L.B. (11, 62Ï); N.° 17666 do Catalogo da ExpôSiçWô<br />

île Mist&Hä dò EfàMl.<br />

jCofliprâdâ ëfti Hõiiánqa ftö të'ffilpô dâ âdmihî'stràçâô do<br />

êS-Ëibiiôthê'ëàriô, èfir. fif. B. 1?. Jtãmif Gãlvaõ.<br />

voerst (ROBERTO VAN -DER)<br />

Roberto vàn der Voerst, desenhador e gravádor a buril,<br />

nascëu em Arnhëim em 1596) sëgùndô uns-, Ou ëtn 1610, segundó<br />

outros, ë morreu em Londres em 1669 (Atidresëîi),<br />

Sendo ainda moço4 passou-fce ä Inglaterra e trabalhou pôr<br />

ffitlitós anuos êhi Ladres, priricipaMëntë ei& retrates. Das<br />

estampas que ali gravou a tilais reòeiítê têftl a dáta ' ôé 1635 s<br />

Rí van dêr; Voerst foi gravador distineto "pèlò sêtt talento<br />

e ufti dos mais felizes imitaloreä dë Bgidio Sadëlere, fcömö 0<br />

prova grande numero dos seus retratos, execütädös ffiágis 1<br />

tralmente, sobretudo no tocante á expressão do colorido e das<br />

physiohomiàs.<br />

' Segundo van der £)ort, van der Voerst foi gravador<br />

do Rei de Inglaterra Garlos L


728:<br />

N.° 152. — Retrato de Roberto van der Voerst<br />

segundo Antonio Van Dyck.<br />

A meio corpo, de tres quartos para a esquerda, com um<br />

rôlo de papel na mão esquerda.<br />

Na margem inferior occorre: i.°, «ROBERTVS VAN VOERST /<br />

CAI^COGRAPHVS LONDINI. »; 2.°, « Ant. van Dyck pinxitlR.<br />

Vorst sculp. », á esquerda; « cum priuilegio », á direita. Sein<br />

data.<br />

Altura, 2i6 millimetros; largura, 164 millimetros.<br />

N.° i de Nagler, Lexicon (xx, 473).<br />

Pertence esta estampa á Collecção dos Cem retratos de A.<br />

Van Dyck.<br />

Da Real Bityiotheca.<br />

G E R R I T Z (HESSEL)<br />

Hessel Gerritz é um gravador em metal, de cuja vida<br />

nada se sabe. Nagler,, Lexicon, v, pag. 116, diz que elle e<br />

Henrique Gerrez, pintor de origem indiana, de quem trata na<br />

mesma pagina, são prpvavelmente uma e a mesma pessoa.<br />

Viveu em Amsterdão no começo do XVII século.<br />

N.° 153. — Retrato de Pieter (Pedro) Pieterzen<br />

(Pires) Heyn.<br />

Em busto, a tres quartos para a esquerda, vestido de armadura,<br />

com um medalhão pendente de uma corrente de<br />

muitas voltas, a tiracollo; dentro de um oval, inscripto .em um<br />

parallelogrammo. No oval occorre: « PIJSTER PIETERSZ. HEYN,<br />

GHÉBOREN VAN DELFSHAVEN ». Por baixo da gravura lêem-se<br />

tres dísticos latinos e seis versos hollandezes,(traducção dos<br />

latinos), dentro de uma tarjeta, tudo impresso com caracteres<br />

typographicos:<br />

« Talis es Auríferas primus spoliare Carinas<br />

Ausus, Hesperio ponere frena mari,<br />

Frustraque Sacratos bis sternere victor Iberos,<br />

Cum tua Brasilidüm Fantheon arma domant;<br />

Fulgur ô° 'attoniti, Heiniadi, tu flamma Philippi,<br />

Hunniadce, tanti nominis, omen habes. »/


729:<br />

:e em seguida os versos' hollandezes: : .<br />

« De blixem, die het... den doodsteeck week. »<br />

Sem data.<br />

Dimensões da gravura : altura, 127 millimetros ; largura,<br />

99 millimetros.<br />

Dimensões • da composição typographica : altura, 105 millimetros<br />

; largura., 162 millimetros.<br />

N.° 17722 do Catalogo da Exposição de Historia do Brazil.<br />

Muito rara. Comprada em Hollanda durante a administração<br />

do ex-Biblipthecario, Sfir. Dr.j B. F. Ramiz Galvão.<br />

H O N D I O (GUILHERME)<br />

Guilherme Hondt ou . Hondio, desenhador e gravador a<br />

buril, nasceu em Haya pelo anno de 1600 (Huber & Rost)<br />

ou em 1601 (Brulliot). .<br />

Com seil pae, Henrique Hondio, Junior, aprendeu o desenho<br />

e a gravura. Trabalhou por algum tempo na cidade<br />

natal è depois ém Dantzig; e foi um dos mais distinctos artistas<br />

empregados por Van Dyck em gravar a sua serie de<br />

retratos.<br />

As estampas de Hondio são abertas com muito gosto e<br />

.perfeição.<br />

N.° 154. — Retrato de Henrique Cornélio Lonck,<br />

segundo Isaac Mytens.<br />

Em busto, a tres quartos para a direita, olhando para. a<br />

frente, com uma grande medalha pendente de uma corrente<br />

em muitas voltas, a tiracollp; dentro de um oval inscripto<br />

em; um paraílelogrammo.<br />

No oval occorre: « VooR GODES EERE T'VADERLANTS<br />

VRIIHEIT.' .» e « .¿ETAT. 62. » ; e na margem inferior: i.°, « MA-<br />

GNANIMUS VIR, D. HENRICUS CORNELIUS LONGKIUS, / ROSEN-<br />

DALIÉNSIS BRABANTUS , SociETATis INDLE OCCIDENTALIS, /<br />

PERMISSE, A PROVINCIIS CONFOEDERATIS, PR^FECTUS CLASSIS<br />

:STRENUISSIM'US. »: ', 2;°, « Isaacq. Mytens pinxit. Wilhelmus<br />

Hohdius. sculpsit. Hagee-Comit. Cum privil. Illust: D. D. Or d.<br />

Gener. foed. -Belg. / ÇIO.IO. CXXX. »<br />

• Altura,- 369 millimetros ; largura, 287 millimetros.


730:<br />

. .';' ÁnaiéSeiiMii - e^); ».• 7 de Naglér, Lexiam<br />

i7747;.;do Catalogo da Esçpòstjão Mffistiría<br />

do Mzáztl. "<br />

«Estampa bellissima e muito rara, que faz peniua m<br />

(etrat& ide. ^eo^ofs^ids^; Weérdenbarg peía : mêsmo gravador<br />

(n.' 155 d'este Catalogo). Cduip.ra.da eiu-1M'..ir,da durante i<br />

administração do ex-Bibliothecario, S8r, Dr. F, Ramjz<br />

Galvão.<br />

N.° 165. — • Rètrâto de Theotlofò Wfeefdenbtifg.<br />

Emí, bfeto» «.tte/quaitui para a direhSsIlhíhào pià'4<br />

freilte; dentro dê um oval íláèripto^eft-atn parallelogrammo<br />

;N_0 .oval íjocortei « PRO PATRIA Ad B j ^ B M B<br />

margem inferior: r f e v ^ a n i s s i i i o Theo-<br />

PERO _ AS WEBRBBKBBB^O;^ DOMINO TKIBÜÍÍO LÍBIÍ<br />

MHM S0CIÉÍAÍI9 In-Sm: jõc®í»ENTM>IB?PÍKMISBiE, ViGÍÍ)«'''AC<br />

t il.*f!KRNATOKl í'F.RNAMm;u OMMt.lvãH:)-: Q&STELLOBUM / EIUS,<br />

ET GONSÍpíARI.0 IBI EIUSDEM SÕCÍETÀTÍ& t'K:MMs oj pifltóf fc<br />

gfâvádor â àgtiá-fortej nasceu em Yoerden^ na Hollandái<br />

À data do seu na&cimento varia segundo üã ãütOrêS:<br />

I618 (Zãhi, citado por Bryan)^ 1620 (Andresen, Huber<br />

& Rost);, e 1626? (AndíeSen); éhtMánto C.- Blanc (Histoin<br />

des peintres, Êcole hollandaise, Hermarí Swaheveltpág. 2),


781:<br />

Maâ»0ò"se úà MSMMÜnhd dê Joád BâgtiSfa PâSSgfi, éSfevo e<br />

tMih&läo de H. Btfãáevelt, 6 dl coffiò íJfoWvéllfiêhffl lia^<br />

eidd éifl têoèi<br />

• àë iâfe fe cêttô qüèrfi foi 8 ptiiíieií6"iB«tí 1 ê dè H.<br />

Btetfi««,. SiBHà que gëralfhenîé#«Sê dlgâ; íjiie' : îdïa Géfelfdô<br />

^ H i ^ ^ H ^ ^ ^ ^ H H Mdâmeatd Mètk<br />

IP, »- 1 ' • T" Doir-eta.lio a lá áMhds maiá m3#<br />

"q^e-H- Swanevelt.<br />

AindaKiJíSt-^TO;'h. swanevelt i i y W m<br />

äbndol porém artista ja M), e tomou ofir mestre nesta cidade<br />

• • m n H B dite O LoHM, qM iks sMViu f|| rriódêlp<br />

Kfts suas composições Não conten®com as lições d'Asie<br />

grande , mestre; poa-te a eiftudaf .a iiaturesa b B Mitigb; fazendo<br />

(requentes escoursaefc pfcíá oímpanha äs Roma, faide<br />

são tão abundantes aÄimptes d'est® ,ultimo genêt», De A<br />

.eaeutsõesí fla sua assiduidade ao baHlho ¡«çfla vidi» retirada<br />

e jolitaria que levavá .prevehrfhe à çognoms de ermitão e b<br />

grande ájireçtf quê tiveram as saas obrara, áilida la su» vidai<br />

V... 11. Svvaiievç.ît gravava de uma maneira que lhe era pro<br />

pria, iaaneira que se bãb pôde BOnfiiUläir data a da OBJírand,<br />

^Ujàbria ohapas segunda fej ssùs flsçeahos (Bartsch) i As idas<br />

¡•«»mp.ts, enl niiiiwr« de > i(), teptefentando JiídiagetíS) sJb<br />

jíerfeiüissirSãs e por issô múito estimadas e procuradas pelòs<br />

mtendidifspe amadores,<br />

•.jFfflseèu 881 Konää èm i6$J (c, BlStíS; bpcfi «tofejl»<br />

Mäö Sifi rórjb, ëôfrtô ê bpiiliäö còrfêrite.<br />

N, 6 156. A moiitartiia; pàíiagèiii.<br />

A direitaí^* uma altá frtôüfàfllia côteflst dê ÇegetãÇâü,<br />

CÍJÉtãda áBliquámèrite pôt Uilí tãmíflílo, cinde êe' vê, á meia<br />

avdireitaíffim^homem ' ©çandi^inKbiirro caríe^ãcío, è<br />

para baixo|M esquerda, cisco outros. viandan^py.uSPipé<br />

Í ' :| montanha é banhado por um riacho, qui. no i.° plano,<br />

á direita, fórrhá uma eascâtinhk. Neste. méSme pitatiõ, à. esquerda,<br />

um homem, com as duas mãos arrimadas: a seu<br />

.bástâd, fe^tita a outro, que- tendo tarnbem ufti bastão na<br />

raiao direit;0,,aponta.por>i a esquerda para, o lado aa nipnta .<br />

iír 1 Na mai - in inferior ÍMjMfè « Sugnevelt In-<br />

WttMr frrtt f) eMUJit-x, h éè^tíerdâ ; e* if cüm »,<br />

s HifA sem dat?"?<br />

Altura, 2p5 fniílirfieti-ti"; látíqjrá, Èfti Girrik, '¿tf fíiílliffíêtieá;<br />

lariürk, fefii igtj wíllíinètrds,


732:<br />

Esta bella estampa, n.° 113, i.° estado, de B., pertence<br />

a uma serie, de quatro, por elle descripta sob n. oa 112-m<br />

(11, 316-319), da qual a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue a exposta<br />

e outra (n.° 112 de B.). Ch. Blanc (Écok hollandaise, 1)<br />

descreve esta estampa sob n.° 80, còm a denominação'de<br />

Cascatinha, e d'ella dá uma copia era xylographia.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

B L O E M A E R T (CORNÉLIO)<br />

Cornélio Bloemaert, pintor, desenhador e gravador á agua<br />

-forte e a buril, nasceu em Utrecht em 1603.<br />

Aprendeu com seu pae, Abrahão Bloemaert, os elementos<br />

do desenho e da pintura. Dedicou-se a esta por algum tempo,<br />

mas desamparou-a por fim para applicar-se tão somente á<br />

gravura, tendo por mestre nesta arte Crispim Passeu, a quem<br />

em muito sobrepujou.<br />

Em 1630 foi a Paris, onde trabalhou; merecendo especial<br />

menção entre as estampas qué ali gravou a serie de<br />

59 folhas (N. 0B 90-148 de L.B.) abertas para a obra O Templo<br />

das Musas. De Paris passou-se C. Bloemaert á Roma e ahi<br />

fixou a sua residencia até morrer (1680).<br />

Watelet, citado por Huber & Rost, fazendo longa apreciação<br />

da maneira de gravar de C. Bloemaert, diz que seria<br />

tão injusto recusar alta estimação ás suas obras, quanto perigoso<br />

imital-as sem intelligencia. A maneira de C. Bloemaert<br />

teve muita acceitação em Paris; também os gravadores francezes<br />

Carlos Audran, Estevão Baudet, Estevão Picart, ditó o<br />

Romano, Guilherme Vallet e Francisco Poilly são considerados<br />

como seus discípulos ou imitadores.<br />

A obra de C. Bloemaert, descripta por Le Blanc, consta<br />

de 321 n. 09<br />

N.° 157.— A Virgem Santíssima, o Menino Jeüus<br />

e S. João com um cartaz na mão, segundo<br />

Ticiano.<br />

A Virgem, vista até aos joelhos, a tres quartos para a<br />

esquerda, sentada, Sustenta com as duas mãos a seu Filho,<br />

que em pé, um .pouco voltado para ella, a contempla com<br />

enlevo, tendo na mão esquerda uma maçã; á direita, S. João,


733:<br />

a meio corpo-e de perfil, apresenta, com a mão esquerda, ao<br />

Menino Jesus um cartaz alongado," EIP que se 'lê: « ECCE-<br />

AGNVS DEI »; e em torno da Virgem, dezeseis cherubins.<br />

Na margem inferior occorrem: i.°, a dedicatória :<br />

ILL. MO DNO MARCH. N1 F Brazão 1 VINCENTI ° IV STINIANO<br />

Cornélio Bloemaert V JD.D. et sculpsit. Roma. »;<br />

2.°, « Titianus pinxit. », á esquerda; « Cum priuil: S. C.<br />

Maffei Régis Çhrist. mi », no meio ; e « Superioru licentia. »,<br />

á direita. Seni data.<br />

Altura, 259 millimetros; largura,. 215 millimetrós.<br />

N.° 24 de L.B. (1, 374). -<br />

As margens da estampa, excepto a inferior, essa mesma<br />

um poucb mutilada, foram cortadas. '<br />

" ' Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 158. h| S. Lucas pintando o retrato da Virgem<br />

Santíssima, segundo Raphael.<br />

Quatro figuras e um boi: S. Lucas, sentado, a tres quartos<br />

para a esquerda, pinta ém uma tela o retrato da Virgem,<br />

que está entre nuvens, á esquerda, a meio corpo, com o<br />

Menino Jesus nos braços, servindo de modelo; por detraz do<br />

Santo, o boi e um mancebo em pé.<br />

Na margem inferior, lêem-se : dois dísticos latinos,<br />

em duas columnas, « Quidtabula Luca... pingere jussii amor. »/<br />

2.°, « S. Lucce Evangelistce imaginem a Raphaele Sanctio olim<br />

depinctam et Academia Pictorum dono datam / Cornélius Bloemaert<br />

ari incidit Romce Superioru licentia cii privil. S.\C.<br />

M. tis et Régis Christ. mi »/ 3. 0 , no canto inferior direito, o endereço,<br />

« Io, lacobus de Rubeis formis Roma / ad Templum<br />

S: M. a de Pace. cu P. S. P. ». Sem data.<br />

Altura, 365 millimetros; largura, 259 millimetros.<br />

N.» 52 de L.B. (i,; 375). -<br />

Este autor assevera, firmando-se em. uma nota de Mariette,<br />

que o mancebo que se vê por detraz de S. Lucas é o<br />

retrato de Raphael.<br />

Da Real Bibliotheca.


734:<br />

BRONCHORST (JOÃO GERRITSZ VAN)<br />

João Gerritsz van Bronchorst, pintor e gravador á agua<br />

-forte, nasceu em Utrecht em 1603.<br />

Aos doze annos de idade começou a aprender a pintura<br />

sobre vidro com João ver Burg.<br />

Em 1620 poz-se. a viajar: em Arras trabalhou na casa de<br />

Pedro Mathys, e em Paris na de Camus, também pintores<br />

sobre vidro. De volta á pátria, em consequência da amizade<br />

que travou com o pintor Cornélio Poelenburg, inclinou-se á<br />

pintura a oleo, e de 1637 em diante dedicou-se exclusivamente<br />

a ella, dando de mão á sua antiga arte.<br />

As estampas de Bronchorst, gravadas á agua-forte e retocadas<br />

a buril, são em geral bem acabadas. ,<br />

Falleceu em 1659 (Andresen) oü em 1680 (L.B).<br />

N.° 159. — Retrato de João de Laet.<br />

A meio corpo, de frente, com barba e bigodes, trajando<br />

gibão, collarinho revirado e capa e pousando a mão esquerda<br />

sobre um livro aberto em cima de uma mesa. No fundo, uma<br />

cortina tomada, deixando ver uma livraria. Em baixo, á<br />

direita, «I. v. Bronchorst fecit. »; e na margem inferior,<br />

« IOANNES DE LAET ANTWERPIANUS. / Anno. ^Etatis. lx.<br />

çioiocxlii. »<br />

Altura, 204 millimetrosj largura, 176 millimetros.<br />

N.° 7 de Andresen (1, 190), i.° estado, a saber: como<br />

nome de João de Laet... mas sem os 16 versos na margem<br />

inferior.<br />

N.° 9, i.° estado, de B. (iv, 61).<br />

N.° 17737 do Catalogo da Exposição de Historia do<br />

Brazil.<br />

Comprada em Hollanda sob a administração do ex-Bibliothecario,<br />

Sfír. Dr. B. F. Ramiz Ga-lvão.<br />

REMBRANDT (HARMENSZ VAN RYN)<br />

Filho de um moleiro, Harmen (Hermano) Gerretsz,<br />

cognominado van Ryn, por ter o seu moinho sito á margem<br />

de um canal do Rheno na cidade de Leyderi, perto da Porta<br />

Branca (Wittepoort), segundo C. Blanc (École hollandaise, 1,


•735<br />

Rembrandt, j>ag. 2), e não entre as villas de Leyerdorp e<br />

Koukerck, nasceu Rembrandt na casa paterna a 15 de Junho<br />

de 1606.<br />

Na pia baptismal recebeu o nome de Rembrandt e de<br />

seu pae tomou o patronímico Harmerisz e o pátrio van.Ryn;<br />

entretanto é geralmente conhecido somente pelo nome de<br />

Rembrandt van Ryn.<br />

Destinado á carreira das lettras, começou Rembrandt a<br />

fazer os seus estudos na Universidade de Leyden; como porém<br />

já se sentia arrastado pela suá vocação para as bôas-artes e<br />

lhe dava mais prazer a contemplação de uma bella estampa<br />

do (jue a leitura dos autores latinos, atirou para o canto todos<br />

os livros e dedicòu-se inteiramente aos estudos artísticos.<br />

• ' Não estão de accordo os biographos de Rembrandt sobre<br />

quem fôra seu mestre: Jacob van Swanenburg, Pedro Lastman,<br />

Jacob Pinas e Jorge van Schooten são apontados como taes;<br />

seja porém como for, o que é indubitável é que muito mais<br />

cõncprreram para formar o grande artista as suas felizes disposições<br />

naturaes do que as lições de todos estes mestres,<br />

Rembrandt foi pintor e gravador á agua-forte e a buril;<br />

nos primeiros tempos da sua vida artística trabalhou na casa<br />

paterna, tendo por modelos somente as pessoas- e as cousas que<br />

o cercavam quotidianamente; em 1630 foi-se a Amsterdão,<br />

onde estabeleceu escola de pintura e de gravura, muito frequentada,<br />

da qual sahiram notáveis discipulos. •<br />

Além de cem florins annuaes, que cada um dos seus<br />

discipulos pagava ao grande mestre pelo aprendizado, as<br />

cópias que faziam dos quadros celebres lhe pertenciam. Rembrandt<br />

as retocava ás vezes e vendia-as por' conta própria<br />

como originaes; Sandrart affirma que só estas vendas rendiam<br />

ao mestre cêrca de 2500 florins por anno.<br />

Demais, Rembrandt apurava grandes sommas na venda<br />

das; suas próprias obras de pintura e de gravura, não só pelo<br />

seu merecimento intrínseco, mas também pelos meios artificiosos<br />

que empregava para áugmentar-lhes a procura e encarecer-lhes<br />

o preço: não- trabalhava á vista de testemunhas; não<br />

vendia certas obras suas a qualquer que lhe apparecesse, sem<br />

que primeiro o pretendente lhe fizesse a côrtedeu-se uma<br />

yez por morto, e depois, de ter vendido a bom preço os seus<br />

trabalhos, reappareceu;' fazia tiragem de algumas estampas antes<br />

de acabar as chapas, e depois de acabadas retocava-as, fazendo<br />

nellas repetidas mudanças, para de cada estado tirar uma<br />

edição; finalmente chegou ao ponto de mandar vender as suas<br />

gravuras por seu proprio filho, Tito, aconselhando-O qué .as<br />

•fizesse passar por furtadas a elle Rembrandt. Estes embustes


736:<br />

deram corpo, á asserção de Sandrart, geralmentt acreditada<br />

de ter sido Rembrandt muito avaro ; entretanto pondera C<br />

Blanc (Opere citato) que não merece esta qualificação quem<br />

como Rembrandt, tratava sua mulher com .luxo, comprava<br />

por preços fabulosos .estampas bellas ou raras, quadros de<br />

mestres antigos e objectos de arte, soffrêra penhora por dividas<br />

e morrêra afinal pobre e insolvente. •'<br />

Rembrandt foi grande pintor e inimitável gravador. As<br />

suas. bôas partes e os seus senões são os mesmos, tanto em<br />

pintura como em gravura: os assumptos das suas composições<br />

são ás vezes triviaes e o seu desenho incorreto ; mas ninguém<br />

melhor do que -elle soube ser mestre, no claro-escuro, no toque<br />

e na expressão. Os rostos dos seus retratos, além da exacta<br />

parecença com os originaes, exprimem os caracteres dos retratados.<br />

Rembrandt gravava de uma maneira livre, dextra, firme,<br />

original e propria, emfim inimitável; as suas aguas-fortes são<br />

immortaes e têem sido vendidas por preços elevadíssimos.<br />

Rembrandt caso'u-se 1634 com uma 1 rica moça de Lewaarden,<br />

a bella Saskia Uylenburg, representada com seu<br />

marido na estampa n.° 160 d'este Catalogo; d'ella teve quatro<br />

filhos, todos fallecidos antes da morte do artista.<br />

Depois do fallecimento de Saskia, em 1642, conviveu<br />

Rembrandt maritalmente com Hendrikje Jaghers (não ha<br />

documento algum que prove o casamento dos dois)-, de cuja<br />

união teve um filha.; e por fim casou-se, com Catharina van<br />

Vijck, havendo com ella dois filhos, que lhe sobreviveram (C.<br />

Blanc, Opere citato)'.<br />

Tendo morrido em Amsterdão, foi Rembrandt enterrado<br />

na igreja de oeste ( Westerkerk) da mesma' cidade, a 9 de<br />

Outubro de 1669.<br />

N.° 160. — Retratos de Rembrandt e sua mulher<br />

Saskia Uylenburg.<br />

A direita, Rembrandt, a meio corpo de perfil para a<br />

esquerda, com o rosto de frente, de chapéu na cabeça, collarinho<br />

desabotoado, sentado defronte'.de uma mesa, sobre a<br />

qual descança a mão esquerda, segurando uma canneta, como<br />

quem .vaé desenhar ; á esquerda, além da mesa, a mulher do<br />

artista, quasi de frente, com o rosto um tanto voltado para<br />

a direita, sentada. O fundo da estampa é claro. Em cima, a<br />

esquerda, lé-se: « Rembrandt f. / 1636 ».


737:<br />

Altura, 104 millimetros ; largura, 91 millimetros.<br />

N.° 19 de Gérsaint-& Bartsch. á pag 17 do 1.<br />

Estampa rara e bellissima, proveniente da Real Bibliotheca.<br />

• '<br />

N.° 161. — Retrato de Menasse Ben Israel.<br />

A meio Corpo, de frente, oom grande collarinho virado<br />

e chapéu desabado na cabeça. Á direita, á meia altura da<br />

estampa, occorre: « Rembrandt f.¡ 1636 ». A gravura termina<br />

inferiormente por um traço curvo.<br />

Dimensões da folha no seu estado actual : altura, 136 millimetros;<br />

largura, 107 millimetros.<br />

N.° 269 de Gersaint & Bartsch, á pp. 221 - 2Í2 do i;<br />

Bella e rara estampa, que foi da Real Bibliotheca.<br />

T R O Y E N (JOÃO VAN)<br />

João van Troyen, hollandez, gravador á ponta e a buíil,<br />

nasceu cêrca de 1610. Gravoú muitos assumptos da collecção<br />

de quadros do Archiduque Leopoldo, em Bruxellas, segundo<br />

pintores italianos.<br />

As suas estampas são mediocres, em geral duras na maneira<br />

de gravar e muitas, vezes incorrectas no desenho. .<br />

„ Floresceu cêrca do anno de 1650 (Bryan), e não se sabe<br />

quando morreu.<br />

N.° 162. — Judith mettendo a cabeça de Holophernes<br />

em um sacco, segundo Carlos Saraceni,<br />

dito o Veneziano.<br />

• Duas figuras, a meio -corpQ : Judith, de frente, levanta<br />

com a mão direita a cabeça de Holophernes, para mettel-a<br />

em um saecoj que uma. criada, de perfil para a esquerda,<br />

sustenta aberto,, prendendo-o entre os dentes e segurando-o<br />

com ambas ás mãos. A scena. é illuminada por uma vela.<br />

aiccesa que a. criada tem na mão direita.<br />

Na margem inferior lê-se ; « C. Venetiano p. », á esquerda;


738:<br />

« 6 Alta. s Lata. », no meio; « I. Troyen s, », á direita. Sem<br />

data.<br />

Altura, 210 millimetros ; largura, 162 millimetros.<br />

N.° 9 de Nagler, Lexicon (xix, 135) ; N.° 266 .da m parte<br />

de Brulliot.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

KITTENSTEYN (CORNÉLIO)<br />

Desenhador e bom gravador a buril, trabalhou em Harlem<br />

na primeira fnetade dó XVII século (Nagler, Lexicon, vu, 35).<br />

Segundo Andresen (í, 747), era natural de Delft e falleceii<br />

em 1671 (?). í<br />

Nada i*iais se sabe da vida d'este artista.<br />

N.° 163. — Retrato de Pieter Pieterzen Heyri.<br />

A meio corpo é a tres quartos para a esquerda; comum<br />

um medalhão pendente de uma corrente em muitas voltas, a<br />

tiracollo; tendo na mão esquerda um bastão de mando; dentro<br />

de um oval, onde se lê: « PETRVS HEYNIVS P. F. HEROS BA-<br />

TAVUS. CLASS. COLL. INDL£ OceiD. PR^EFECTVS. ». Á esquerda<br />

do Oval vê-se um tritão, e á direita, uma sereia, que sustentam<br />

um grande cartucho, onde estão representados tres feitos gloriosos<br />

do retratado, com os dizeres: « 1624 / S. SALVADOR»,<br />

á êsqUerda; « 1628 / MATANÇA (sic) », no meio; e «1627<br />

/ S. SALVADOR », á direita. Em um grande cartuxo, por baixo<br />

do oval, òccorrem tres distícos latinos :<br />

« Neptuni Batavi simul hcec est Martis imago,<br />

HEYNIADES Zischâ major et Hunniade.<br />

Succubuit bis Baija tibi, te Cias sis Ibera<br />

Cubaque victor em vidit, et obstupuit.<br />

. HEYNI insta, diri donee mens effera Mauri-<br />

Omni se vidam Sentiat esse modo. »,<br />

subscriptos por- S. Ampzing;. e no canto inferior esquerdo:<br />

« C. Kittensteyn exc ». Sem data.<br />

Altura, 317 millimetros; largura, 206 millimetros.<br />

N. d 2 de Andresen (1, 747). N.° 17721 do Catalogo da<br />

Exposição de Historia do Brazil.<br />

A estampa foi comprada em Hollanda no tempo do ex-<br />

Bibliothecario, Snr. Dr. B. F. Ramiz Galvão.


722:<br />

maes (EVERT VAN DÉR)<br />

FX/an- íir.t'wrjc<br />

N. 18.<br />

Pmtor.e J||#àdor a agua forte, qMtraaihoíram-lIya na<br />

à ItalikVAfldrbsen<br />

n.° 164. || S. Joao Baptista.<br />

Ein ütna paizagem: a tres quartos pára a ¿qnerda, sgá-<br />

Mf)*:,|atft"o de uma grande ârwíe, sóbte utaa ¡fflffiffleléVàÇfo<br />

B terreno, da qual jorra Uiti fio dê agua, tèíldô â cruz na<br />

mão direita, pousada sobre o carneiro a seu lado, com o braçò<br />

esquerdo extendido e segurando com a máo correspondente<br />

uma escudèlla. Em baixo, â esquerda, lê-se: « E. C. Van.<br />

der, mães. fe», como se vê no i8 da Taboa dos<br />

monográmmas.<br />

MM dizer « Hominum redemptor Christus etc. », citado por<br />

Aridresen, não se encontra no exemplar exposto, por lhe faltarem<br />

ás margens. Sem data.<br />

Dimensões da estampa no seu estado actual: altura, 175<br />

millimetros; largura, 123 millimetros.<br />

N,° i de Andresen (ii, 101). /<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

blooteling (ABRAHÃO)<br />

Abrahão (ou Antonio ?) Blooteling, desenhador e gravador<br />

á agua-forte, a buril e á maneira negra, nasceu em Amsterdão<br />

eth 1634',.<br />

_ Geralmente se acredita que fôrâ discípulo dê Cornélio<br />

Visscher; ehtretanto Andresen o dá como filiado á èscòla de<br />

Cornélio van Dalen. Trabalhou a principio^, em Hollanda,<br />

depois, durante algum tempo, em Londrés, onde as süas estampas<br />

foram muito apreciadas, e finalmente êm Amsterdão. Gravou<br />

segundo as próprias composições e as dõ oütrós mestres, mòstrando-se<br />

artista muito perito em todas as maneiras de qtie<br />

uso^., Le Blanc descreve da sua obra 25 6 peças.


740:<br />

Fallfcceu na cidade Jatai no fim do XVII século ^ i6'j6,\<br />

'H^n^lU^^Mp seguajlo; Andiesíii:; 1690 05» 1695;.¿w<br />

gundo J L.B. Também se. nao .sabe^flO eerto '


741:<br />

Os versos foram abertos e impressos por uma chapa<br />

méiiòr,. como facilmente se-vê examinando a estampai<br />

As dimensões d'esta chapa : são:<br />

Altura, 46 millimetròs; largùra, 155 millimetròs.<br />

N.°-17776 do Catalogo ,da Exposição de Historia dó<br />

Brazil.<br />

A estampa foi comprada em Hollanda sob a administração<br />

do ex-Bibliothecario, Sñr. Dr. B. F. Ramtz Galvão.<br />

schalcken ®odiä i à?',"<br />

Godofredo Schalcken, pintor e gravador á agua-forte,<br />

üasceu. em 'Dortrecht em 1643 e falleçeu em Haya era 1706.<br />

Seu pae, reitor do Collegio d'aquella, cidade, dedicou-o<br />

primeiramente á carreira litteraria ; em consequência porém<br />

da sua natural propensão para a pintura, mudou de resolúção<br />

e fel-o estudar esta arte. .<br />

G. Schalcken aprendeu ps rudimentos da pintura com<br />

Samuel van Hoogstraten e acabou o seu áprendizado artístico<br />

com Gerardo Dow, sob cuja direcção se tornou pintor notável<br />

; entretanto nunca as suas pinturas chegaram a emparelhar<br />

com as d'esté mestre. Ao deixar a escola de G. Dow, G. Schalckèn,<br />

no intuito de engrandecer o seu estylo, poz-se a-estudar<br />

às obras de Rembrandt, mas desesperado de imitar o<br />

vigoroso toque d'este extraordinário artista, continuou a pintar<br />

no seu estylo proprio.<br />

No reinado de Guilherme III, G. Schalcken esteve por<br />

algum tempo em, Inglaterra, onde pintou muitos retratos; e<br />

depois, tornandò á Hollanda, estabeleceu-se em Haya até<br />

morrer.<br />

; Apesar da incorreçcão no desenho das figuras, os quadros<br />

de G. Schalçken são estimados, principalmente pelo effeito<br />

de luz:<br />

^".\ Como gravador, este artista é menos conhecido; d'elle<br />

íNagler, Lexicon (xv, 133), cita apenas quatro estampas.<br />

N.° 167. — Retrato de Mattheus vanden Broucke,<br />

segundo Samuel van Hoogstraten.<br />

A tt}ei|^corpö, com o tronco a tres quartos para a esquerda,<br />

mas com o rosto de frente, trazendo a tiracollo uma


742:<br />

corrente em muitas voltas, com um medalhão pendente segurando<br />

na mfto direita um bastão de mando, &. No 2. 0 .plano<br />

vista de mar com muitos navios.<br />

Na margem inferior occorrem: dez versos em hollandez,<br />

« Het Borzi —• cieraad... en laaste Reden Sloot. », subscriptos<br />

por y. Oudaan; 2. 0 , « S. v. Hoogstraten. Pinxlt.<br />

G. Schakken. Fecit. ». Sem data.<br />

• Altura, 153 millimetros j largura, 140 miUimetros.<br />

N.° 2 de Nagler, Lexicon (xv, 133); N.° 17684 do Catálogo<br />

da Exposição de Historia do Brazil.<br />

A estampa exposta pertence ao i.° estado, por trazer a<br />

ultima palavra do 3. 0 verso escripta assim: « klouck»; e não<br />

« Klouck ».<br />

Bella e extremamente rara. Adquirida por compra em<br />

Hollanda na administração do ex-Bibliothecario, Sfir. Dr. B.<br />

F. Ramiz Galvão.<br />

ESCOLA FLAMENGA<br />

BOS (CORNÉLIO)<br />

€3<br />

N.° 12.<br />

Cornélio van den Bosch ou C. Bos ou Bus, desenhador,<br />

gravador a buril, editor e mercador de estampas, nasceu em<br />

Bois-le-Duc, cêrca do anno de 1510 (Huber & Rost, v, 71)-<br />

Ainda moço mudou-se para Roma, onde, depois de algum<br />

tempo, se estabeleceu com officina de gravura e casa de negocio<br />

de estampas.<br />

A julgar pelo seu estylo, parece que C. Bos foi discípulo<br />

de Marcos Dente, de Ravenna, e de Eneas Vico; entretanto,<br />

ou por falta de talento ou porque puzesse mais a peito o commerçio<br />

de estampas do que ser perito na sua arte, nunca<br />

attingiu á perfeição d'estes mestres. A sua maneira de gravar<br />

é dura e sem effeito. As'estampas que abriu, segundo Raphael<br />

e Julio Romano, são mais bem executadas do que as que gravou<br />

segundo os proprios desenhos.


743:<br />

N.° 168. — Explicação de doutrina (?)<br />

. J3ft,horne«i, Vestido. de hábito. tglaí e murça, de.gàrra<br />

aÉWpylfMwÉ«»» rnn» cadeira sabre "um estrado, felhfándò<br />

| p $ map eaWda um giaíde livro collocadSm umafBl<br />

iSmf a "solapo,, ¡feg. com a dir í"i !«• '¿,,<br />

doutrina do livro ||fim additoiio de 14 )ps|SoasJ M6 em differentês<br />

posiçctes o escutem muito attentas. EpJre.Qs ouvintes<br />

O M H ^ D B # e n t ã d Q 3 B : Ô ' 'fcfraâi, I<br />

leni|;ilttéii:tq ura liíffp. Em cirna,' â ¿irfeift^vé.jSe á difaj '1J4S,<br />

mmonogrkijima n." 12 BnS^fcV.WWÍi^^B^Sii.' « 1<br />

Altura, 77 millimetros r largura, üi raillimetrosV v:<br />

A


744:<br />

Lamberto Süavio gravou muito segundo seu mestre e os<br />

proprios desenhòs; a maior parte das suas estampas são marcadas<br />

com as lettras iniciaes do seu nome « L. S. »<br />

Nada mais se sabe sobre a sua vida.<br />

N.° 169. — S. Pedro e S. João curando um paralytico,<br />

sob o portico do templo.<br />

Vinte e nove figuras principaes; no fundo, á direita, mais<br />

12, algumas das quaes subindo uma escada.<br />

No i.° plano: á esquerda, S. Pedro, de perfil para a direita,<br />

colloca o pollegar da mão esquerda por baixo da direita<br />

de um paralytico, que se vê sentado no chão, com um<br />

cão deitado ao pé de §i > P or detraz de S. Pedro, S. João<br />

com a mão esquerda no peito ; e á direita, um Phariseu em<br />

pé, fallando a outro, que, com a cabeça apoiada na mão esquerda,<br />

aponta com o indicador da direita para o paralytico; &.<br />

Sobre uma pedra, em baixo, á direita, lê-se a data,«1553»;<br />

e numa taboleta, encostadá á mesma pedra, « Hüiüs Protípi /<br />

Inüen / Süaüiüs. ». Por baixo do paralytico, estão duas grandes<br />

taboletas unidas, com 6 versos latinos em cada uma: «Haud<br />

equiãe miru... pfocul terrena facessit. »;. e no alto, á esquerda,<br />

occorre a dedicatória: « Sereniss. simul ac Potetiss. Regni Hungatici\<br />

Viduce Regina Maria ab Áustria: Diui Caroli. / Quint.<br />

Max. Ceesaris Germania Sorori, / Cateraruque Prouinc. Ducat.<br />

Comit. Insulari / Brab: Fland. Holan. Coharedi Gubernatri.\<br />

Pia Casta Paliei Dedicabat..», em uma grande taboleta, segura<br />

por duas mãos, entre nuvens.<br />

Altura, 309 millimetros; largura, 427 millimetros.<br />

Estampá bellissima e extremamente rara; é a obra prima<br />

do mestre.<br />

• N.° 4 de Nagler, Lexicon (xvn, 535); N. d 4 de Passavaiit,<br />

P. Graveur (in, 111); N.° 2 de Andresen (11, 567). A gravura<br />

exposta pertence ao i.° estado, isto é, traz o dizer<br />

. « Hüiüs Protípi Inüen Süaüiüs », e não « INVENTORE ac cä-<br />

LATORE SVAVIO », em baixo,-á direita.<br />

Da Real Bibliotheca.


745:<br />

B O S (JACOB VAN DEN)<br />

--".Jacob van den Bos, ou Jacob Bosio ou Bossio, também<br />

conhecido pelo cognome- patrio de Belga, desénhador e gravador'a'buril,<br />

nasceu Cêrca do ànno de 1620.<br />

Trabalhou quasi sempre em Roma (1550 a 1562) por<br />

iÇonta de Antonio Lafreri. O seu estylo faz presumir que<br />

aprendêra a gravura com algum, dos discípulos de M. A.<br />

Raimondi. Quanto a outros factos da sua vida nada mais<br />

se sabe.<br />

As estampas de J., Bossio não deixam de ter certo merecimento<br />

; fôra entretanto para desejar que o desenho d'ellas<br />

fosse mais Correcto e a maneira' dë as gravar menos dura.<br />

N.° 170. •— A velha com pre tenção á mocidade<br />

, provoca o riso da moça, segundo Sophonisba<br />

Anguisciola.<br />

• Duas figuras a meio corpo: á esquerda uma velha, de<br />

rosto muito enrugado, garridamente vestida, sentada em uma<br />

cadeira, tendo . na mão direita um cravo e na esquerda uma<br />

tabella, em que èstá escripto um alphabeto, em tres linhas :<br />

« >JÍ A. a.b. CV>>>;. . x.y.z.&. bus. : », para o qual olha attentamente<br />

á direita, uma moça, ,de perfil para a esquerda,, com<br />

o rosto a tres'quartos,, olhando para o expectador, rindo-se,<br />

com a mão esquerda apoiada sobre um dos braços da cadeira<br />

e a direita levantada apontando para a velha. Em. baixo, á<br />

esquerda: « Iacobus Bos belga, incidebat » ; e na margem-'inferior:<br />

«LA VECCHI A RIMBAMBITA- MVOVÉ RISO . ALLA-#ANCIV-<br />

LETTA. / Opera di Sofonisba Geniildona Cremonese, / Ant.<br />

Lafreri Seqúani formis Impressa Romee. ». Sein data.<br />

Altura, 323 millimetros; largura, 425 millimetros.<br />

Não descripta nos autores de iconographia (?) ; entretanto,<br />

á pagina 361 do volume xix (1851) do Magasin pittoresque,<br />

occorre uma reprodlicção d'esta estampa, gravada em<br />

madeira por J. Facnion, seguida de um artigo explicativo<br />

tendo por titulo •— Dame enseignant a lire à une jeune fille<br />

Estampe du seizième siècle,, tirée de la collection d'estampes et<br />

dé desseins historiques de M. Hennin. — Dessein de Hadamard.<br />

—• Ao contrario d'esta opinião, parece, segundo a lettra da<br />

estampa da Bibliotheca <strong>Nacional</strong>, que é a velha quem aprende<br />

a 1er,-Jo que provoca o riso da moça.


746:<br />

Pela descnpção. feita pelo Magasin pittoresque da es<br />

tampa de J. van den Bos, infere-se que ella pertence a uni<br />

estado anterior ao da exposta, por esta não ter lettra na mar<br />

gem inferior.<br />

Estampa proveniente da Real Bibliotheca. Raríssima.<br />

B R O E C K (CRISPÍM VAN DEN)<br />

S&ifc<br />

N.° 14.<br />

• • Crispim van den Broeck, pintor, architecte e gravador<br />

a buril e a claro-escuro, nasceu em Antuérpia em 1530 e<br />

morreu na Hollanda pelo fim do XVI ou principio do XVII<br />

século (1600, L,B. ; 1602, Nagler, ¿exicon),<br />

Discípulo de Francisco Floris, C. van den Broeck foi<br />

pintor distincto de historia e amestrado gravador, executando<br />

com muita intelligencia e bom gosto os assumptos de que<br />

tratou.<br />

A maneira extravagante' eom que costumava assígnar-se<br />

nas su'as obras, chamando-se indístinctamente Crispin a<br />

Crispyn, Crispiaen, Crispiniaen e Crispine, deu causa a que o<br />

Abbade de Marolles fizesse de cada um d'estes nomes um<br />

artista différente.<br />

N.° 171. r- Santa Anna e S. Joaquim na porta<br />

aurea.<br />

No meio, òs dois esposos, Santa Anna á esquerda e<br />

S. Joaquim á direita, abraçam-se; na extrema esquerda da<br />

estampa, uma mulher ajoelhada e de mãos postas; um pouco<br />

retiradas, cinco figuras em diversas posições, tomadas de<br />

admiração. No 2. 0 plano, mais duas figuras de costas, e<br />

casaria com a porta aurea.<br />

Por baixo dos pés de S. Joaquim occorrem « C. V, B.<br />

in. », como. no monogramma n.° 14, e «A. H. ex», cowo<br />

no monogramma n,° 7. •<br />

Ero uma taboleta por baixo da composição lêem-se dois<br />

dísticos latinos, era duas columnas: « Feruet in amplexus.amore<br />

novas. ». Sem data.


747:<br />

Altura sem a taboleta, 24a millimètres; altura? com a<br />

taboleta, 260 millimetros ; largura, 184 millimetros.<br />

Pertencerá esta estampa á serie de 19 folhas, A Vida da<br />

VIRGEW) n- 08 17-35 de L.B., 1, 524?<br />

Da Real Bibliotheça,<br />

M A T S Y S (CORNÉLIO)<br />

m.<br />

Presume-se que Cornélio Matsys, Met ou Metensis, pintor,<br />

desenhador e gravador a buril, nascêra nos Paizes-baixos cêrca<br />

do .anno de 1500.<br />

« Este mestre, diz Passavant (P. Gray,, m, 97)^ era pintor<br />

e gravador em Antuérpia e pertencia á numerosa familia de artistas<br />

d"'esta cidade-, os Massys, cujo maior ornamento foi Quintino<br />

Massys. Em muitos documentos, com datas dos annos de<br />

|4#l a 1577, occorre o nome d'esta familia escr.ipto : Mertsys,<br />

Metsys e Matsys, as mais das vezes porém Massys. No livro<br />

da confraria de Lucas, intitulado Lyggere,;, encontra-se o<br />

nome de Cornélio inscripto, em 1531, como mestre approvado<br />

e recebido na confiaria. Parece que Cornélio era neto de<br />

(Quintino e filho de João Matsys, o qual fôra em 1501 recebido<br />

cbmo mestre na mesma confraria. Em mais nenhum<br />

documento se faz menção de outro artista de nome Cornélio. »<br />

¡ " As différentes maneiras pelas quaes C. Matsys marcava<br />

as suas estampas levaram Bartsch (ix, pp. 90 e 97) a considerai-as<br />

como obra de dois artistas diversos ; entretanto Passavant<br />

( Opere citdto), Huber & Rost (v, 78), Bavárel & Malpez<br />

(ri, 61) e Brulliot ;(i, n. os 225, 371, 1202; m, 254) pensam<br />

com razão que ellas são obra do mesmo gravador, Cornélio<br />

Matsys -<br />

Acredita-se que C. Matsys trabalhou por muito tempo na<br />

Italia. As suas figuras são feitas no gosto italiano, elegantes<br />

e bem proporcionadas; entretanto as cabeças, principalmente<br />

as das mulheres, têem falta de expressão. O estylo de C.<br />

Matsys parece-se um pouco com o do mestre do Caduceu.<br />

C. Matsys floresceu de 1544 a 1560 e gravou segundo as<br />

próprias composições e os mestres italianos; a sua obra gravada<br />

consta de' 109 estampas (Passavant). :<br />

Ignora -se quando e onde morreu.


748:<br />

N.° 172. — S. João baptizando Jesus Christo no<br />

Jordão.<br />

A esquerda, junto de uma grande arvore, S. João, com<br />

um joelho em terra, lança agua na cabeça de Jesus Christo<br />

em pé, dentro do rio. No alto, por cima da cabeça do<br />

Salvador, o Divino Espirito Santo em uma aureola. Em baixo<br />

á direita, o monógramma n.° 2, com a data, 1550, por cima.<br />

No alto, á direita, Ö n.° « 3 ».<br />

Altura, á direita, 81 millimetros; á esquerda, 79 millimetros;<br />

largura, 101 millimetros.<br />

N.° 29 de B. *<br />

Esta gravura faz parte de uma serie de oito estampas<br />

numeradas: A vida de S. João Baptista (N. os 26-33 de B.,<br />

ix, 106 — 108), das quaes a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue unicamente<br />

a que expõe.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

SADELERO Senior (JOÃO)<br />

Descendé de um tauxiador de Bruxellas, a celebre familia<br />

de gravadores, os': Sadeleros (*), notável na arte da gravura e<br />

no çommercio de estampas, não só pelo grande numero das<br />

que gravaram, mas a,inda pelo bem acabado de muitas-d'ellas.<br />

João Sádelero, o mais velho dos filhos d'esse tauxiador,deve<br />

ser considerado çhefe d'.esta familia de artistas, por ter sido o<br />

mestre e protector, dos outros seus parentes, que mais se avantajaram<br />

na gravurä. ,<br />

v ' .<br />

João Sadelero Senior, desenhador e gravador a ¡.buril,<br />

nasçeu ém . Bruxellas pelo anno de 1550. Foi a principio tauxiador,<br />

como sé*u pae, mas aos 20 annos começou a gravar a<br />

I » e até ao^.fim da vida dedicou-se a este mister, gravando<br />

segundo varios mestres e os proprios desenhos.<br />

•^No intuito de melhor estudar a sua arte, percoríeu em,<br />

companhia de seu irmão Raphael muitas cidades da Europa,<br />

principalmente da Allemanha e da Italia, entre outras í Amsterdão;<br />

Colonia, Francoforte sobre o Meno, Munich, Verona,<br />

Roma e Veneza. De Amsterdão sahiu em 1587; a Munich<br />

chegou em 1588, e ahi trabalhou muito segundo os mestres<br />

• . " (*) • Da obra gravada pelos Sadeleros possue a Bibliotheca <strong>Nacional</strong>, além de algumas<br />

series e estampas avulsas, um volume contendo 496 estampas, publicaao<br />

Paris, H748, por Lourenço Cars. Vide na Bibliographia : Sadeler, Recueil.


749:<br />

allemães; por motivos pòrém ignorados retirou-se dâíBavierá<br />

para a Italia em 1595. Como em Roma o Papa o não tivesse<br />

acolhido benignamente, seguiu para Veneza, onde se conservou<br />

não se sabe ao certo por quanto tempo, e morreu nesta cidade,<br />

segundo uns em iÔoo", segundo outros em 1610.<br />

A sua maneira de gravar não foi sempre a mesma; depois<br />

da sua viagem á Italia modificou-a, gravando ¿om buril mais<br />

largo. A bôa reputação de que gozou a escola italiana de gravura<br />

lio XVII século é em grande parte devida aos seus assíduos<br />

estudos e contínuos trabalhos e de seu irmão RaphaeL<br />

João Sadelero'Sênior gravou assumptos de historia, retratos<br />

e pàizagens. Teve um filho do mesmo nome, João Sadelero<br />

Júnior.<br />

N.° 173. — A adoração dos pastores, segundo<br />

Jacob da Ponte, dito Bassano o Velho.<br />

Sete figuras, dois carneiros, um boi, um jumento, uma<br />

cabra, um cão e.dois pombos. Á esquerda, a Virgem Santíssima,<br />

de perfil para a esquerda, ajoelhada, levanta ctím as<br />

duas mãos o lençol que cobre o Menino Jesus, para mostral-o<br />

a tres pastores, dos quaeS: um, de costas é ajoelhado,, tem<br />

Hòis carneiros junto de* si, no chão j . óutrò, em pé, de perfil,<br />

passa o braço direito por cima do pescoço do boi,, e o terceiro,<br />

também em pé, tirando o chapéu da cabeça. No alto,<br />

á esquerda, vê-se um dizer em caracteres hebraicos, do qual<br />

ppte um raio -luminoso, em que se-lê : « Filius. meus es tu<br />

ego tiodie genuite. Ps, 2. » Em baixo, occorre, da esquerdapara<br />

a direita: « 1. Ponte Bassa. ptx.»;^%cupriuil. Sum.<br />

Pontif. et S. Cces.. Mai. »/ —«JÓa, Sãdelèr sealpsit et exeud.,<br />

Venetijg 15Q9. »; e na margem' inferior: « III. 10 AC R. mo<br />

D.D. LEONARDO. MOCENIGO ÈLECT?^-, EPISCOPO, & í PRINCIPI /<br />

ÇENETENSI AC CoMiTi THARSI, PATRONO NOSTRO CoL. mo "<br />

DD. »<br />

, A estampa está um pouço mutilada.<br />

' Dimensões da gravura no estado actual:<br />

Altura, 204 millimetros; largura: em cima, 292 millimetros;<br />

no/meio,. 297 millimetros; em baixo, 294 millimetrosP<br />

Vide Zani, pp. 5-6 do v da 11 parte.<br />

A estampa exposta pertenceu á Real Bibliotheca.<br />

Ha uma copia por Anonymo n.° 'xi. Vide a estampa<br />

n.° 178 do presente Catalogo.


750:<br />

N.° 174. O descanso na fuga para o Egypto.<br />

Em um ovalai largura. Zani (pag. 7 do vi da n parte)<br />

diz que a estampa é grávada segundo um Anonymo italiano<br />

aecrescentando porém que Mariette attribue a invenção dá<br />

composição a Luiz Carracci, e que ainda ha outros entendedores<br />

que a julgam obra do proprio João Sadelero.<br />

Tres figuras: a Virgem e S. José vistos até aos joelhos, e<br />

o Menino Jesus em corjx). A esquerda, á Virgem, de perfil para<br />

a'direita* sehtada ao pé de uma arvore, amammenta seu divino<br />

Filho, enlaçando-o entre os seus braços; em frente d'ella, S. José<br />

também sentado, quasi de perfil, olhando para o expectado/<br />

com o braço esquerdo sobre uma albarda, aponta com o índice<br />

da mão direita para o fundo da paizagem. Sobre a<br />

albarda lê-se : « Ioãn. Sadelerscdlpsit et ex. »/ e em volta do<br />

oval: « MANE SIJRGAMVSADVINEAS... IBI D ABO TIBI VBERA<br />

MEA. CANT J ,VII. CAP. ». Sem data.<br />

Grande é aiametro, 151 millimetros; péqüenò diâmetro, 109<br />

millimetros.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 175. — Jesus Christo na casa das irmãs<br />

Martha e Magdalena, Segundo Jacob da Ponte,<br />

dito Bassctno o Velho.<br />

Oito figuras, um gato, um cão, quatro pombos,; peixes<br />

ém uma cesta, patos mortos e depennados no chão, utensilios<br />

.de-'.cozinha,.. &. No i.° plano:, á direita, Jesus Christo, acompanhado<br />

de - dois discípulos, entra por uma porta, em cujo<br />

patamar se vê a Magdalena, de costas, ajoelhada em frente<br />

ao Senhor. Um poue.ó para a esquerda, Martha, em pé, de<br />

perfil para a direita, faz com a mão esquerda um gesto e com<br />

a v direita aponta para uma criada, que, com um prato na<br />

mão direita e uma esCümadeira na esquerda, observa uma panélla<br />

que está ao fogo ; &. No 2.' planó: uma paizagem, com<br />

uma figura, quatro pombos e um cão. Em baixo lê-se: «I. P-<br />

Bassan pinxit. », no meio; e « Cu priuil. Sumi Pontificis. et<br />

S. Cees. Maies, d, á direita. Na margem superior occorre.<br />

« MARTHA MARTHA SOLICITA ES, & TVRBARIS ERGA PLVRIMA:<br />

PORRO VNVM NECESSARIVM EST. MARIA OPTIMAM PARTEM ELEGIT,<br />

qvM NON AVFERETVR AB EA. Luc. iö. »; e na inferior: « If<br />

GRATIAM ÀDMODVM MAGNIFICI ATQZ EXCELLENTIS VIRI DÕI PETRI


751:<br />

CoRNjâtffrí VENÍEJT/IOAN SADELER sàiLPsrf. Mt>^£CVIII. »<br />

Altura, 20ijmilhmetrõs ^Uar^ura,-l>!õ miílimelrosi 4.<br />

N •®||e %gfer, ^cMHair, ifl) , N • 3 de Huber<br />

« M B H |<br />

Pma das obras primas do gravador, bellissima e rara,<br />

cor iè 1 [ 1 denominação de 3." Cosinha ' iè jtfasÂpSje<br />

pp 35, -3|2 ioKtj de«<br />

iv ''Cj.!,.' Síi ij, 1 1 H •»! ij?i' 1 -'"í 3<br />

lhe lambem a chaga da perri#ès


752:<br />

N.° 177. A Virgem, o Menino Jesus e um<br />

anjo, segundo Carracci (Annibal ?); em um redondo.<br />

A Virgem -Santíssima, de frente, com um grande resplendor'<br />

èm torno da cabeça, vista até aos joelhos, sentada, tem o<br />

menino Jesús deitado' Sobre o regaço e lhe segura a cabeça<br />

com a mão direita; á esquerda dá Virgem, um anjo, a meio'<br />

corpo, visto a tres quartos, de frente para # esquerda, e de<br />

mãos postas sobre o peito. Traz á esquerda, =<br />

= Caraz. invêt. ¡ I. Sadeler. / fecit.<br />

e em uma orla circular, em volta da composição,<br />

= PRO PVERO MATER... CORDE ANIMOQVE PVER.<br />

Sem data.<br />

Diâmetro da estampa sem a orla, 105 millimetres. ./<br />

, Será esta gravura a. cópia invertida da e;stampa n.° 4 de<br />

Annibal Carracci, de que falia Le Blanc, à p'ag.- 606 do;| i ?<br />

Da Real Bibliotheca. .<br />

ANONYMO XI<br />

N.° 178.—Á adoração dosv^ pag|òris; ;se|u;od0;<br />

Jacob da Pont'ei dit o' Sa^sattoè Femef^j<br />

.'•*>• iiivírtíâà da estampa: de João Sadelero, n." 173<br />

d'este Catalogo. . ^ .-r^BÊBKÊKÊ<br />

',' ' 'Às prih'çipaès differenças entre f? Original' e- .a CsW^fS<br />

if^jMítam 1 :.;:: diíer;:ím ó lftfinqr 'WK^<br />

'mii&Sfi^nm fcMã&mgÊ nomMílfc'Víjítiátís; &, até á data,<br />

« I * Ponte & IS99 »> í® n ® original, c^dorrem era f» lia> i<br />

finalmente/:na margem<br />

tória 1?¡2* Pdstl^silõpieian^rmV!'<br />

"2.", ¿Í. Èas^àh », ¡4,¿esquerda; Stm<br />

Altura, 19$- millífti^tròs '' |argur^> viaS 7 millimetres. .<br />

Nao 'descripta ? '<br />

• Da Real Hibliortieea, .


753:<br />

ANONYMO XII<br />

N." 179. -- Ji'sus Çhristo na casa das irmãs<br />

Martha e Magdalena, segundo Jacob da Ponte, :<br />

dito Bassenn^m^UJío. i<br />

, Cópia msertidfeiedu7da?(Aais,y, desi|ipta^|Bda estampa<br />

delJoSo Sade|r.lÃVt j, 17^ áMS| Catalogo» Sem data e<br />

| H B H B monogamirsP^u marca do grayadí. Effl]<br />

ÍÍÍ^KPÇSKÍI^I^W^RH» «MVRMM. MaRTIUffiBLÍ-*'<br />

CITA E^ & TVKBARrS ERGA PLVRJMA. PORRO VNVM EST NECES-<br />

-SA^IVM MAKIA qPTIMAM jpIpTEÇt ELEGIT ||tig^§|l>N AVFERETVR<br />

ea. Lu|||to: )i.>; Sem nenhurá dqS^putros dizerés do; original.<br />

Altura, sem a margem, ^ffimiílimeàg^Kíftiitípom a-.' :<br />

ífe?e^'lèí-Mííif 1 ! 6 ^^ íarpte, jijfig .millimetres.',<br />

W^^M^ií deserrpçáo por i^OTOr video n.° 175<br />

; . I"' Hfl I • 11 • m<br />

\ EstSBpa rara, qu&..prqVêiu da 1 .Real Bibjiotft&a ,f»*<br />

SADELERO Senior |Rafh^ÍMH|<br />

< .Raphael Senior, dá||nhad<br />

ffiívatjo do 11 volume da Smaba Sanc/a'qjS> provam'que<br />

• R^Ijp^l SadelíB ÇerjiòlflfoitíalxB) Aio prinçípiqjf sua<br />

ifâj gftíaigjr, *Sfo, por<br />

mestre a^eíjiírjii4o JoM dqjufj|» 'trabalho'AsQrle.foimllibo- 1<br />

• durante ¡Hum temj^f>plicM||tambem<br />

J ft lhe Í6r<br />

H80W®» ¡UMPlo.iAflttmWÉãlfe.<br />

MiodoJ (Stnou -de novo'» tíjMislia de gravador *<br />

• Era.|-rniu% : ^^¿ildido Mjff repl|f&ntar o fei^o humano,<br />

D ^ B D H ^ ^ ^ ^ U muito cuidado e • prefcisão. Si<br />

H ^ ^ ^ ^ n m f f i H H BWiBHPjpBH<br />

48


754:<br />

não ' sejam : éscòimadas de defeitos, as suas ljôas' êstamp'á5 Kão ;<br />

•buriladas' com nitidez e sem dureza ; è mimo estir.udosfps<br />

retratos.*'<br />

R. SadeToM*. Senior gravou muito segundo pinturas de<br />

mestres allemães.<br />

Teve-* utii. fiiho do mesmo nome, lambem .yravuror, *R¿*<br />

pliael Hade'ei'o' Juaio'f..<br />

N.° 180. — Jesus Christo na casa das irmis<br />

Martha e Magdalena, sggiindo Martim de Vos:<br />

Seis figuras em uma cozinha de* rira afchireçtura. S o i.®<br />

planta no meio,* a Magdalena. qua-d de frente, -sentada com<br />

-o- rosto: u:n pom.o voltado para aesquérday/folhea utíi livro<br />

aberto sobre às si»?; coxas ; á direita. Martha, fcm|ije pçiSíl'<br />

para a esquerda, com uma ¿cesta cheia de\hOrtaliças'na mio<br />

direita, toca Com o indicador da esquerda o braç:><br />

irmã, como§¡&jjí,'i chama para ajud»l.a ' no servie» da cq,-1<br />

sinha; á'esquejiía, Jesus Christo, sentado, cpm o y


755:<br />

Na margem inferior lê-se : i.°, um dístico, latino ; « Parce<br />

piis luchrimis- ii fiasse latere piltes. y, 2 « Jodocus a "ivinghe<br />

iwetitor. Ráphael Sadeler fecit et excudit. »<br />

Altura, í'88 miUimetros; largura, 141 raiUiraetros.<br />

N.° 33 de Huber & Rost (v,. 162).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 182. — A Virgem Santíssima e o Menino Jesus<br />

com uma maçã na mão, segundo Agostinho<br />

Carra cci.<br />

A Virgem, a meio eorpo, em pé, de tres quartos para a<br />

esquerda, cgm u.m grande resplendor $m volta da cabeça, sustenta<br />

n@s braços o Menino. JeSus, que tem uma maçã na mão<br />

esquerda e com a direita acaricia o rosto de sua Mãe, Em<br />

umã rnargem, por baixo da composição oççprre : i.°, « IVVENI<br />

QYEM / dilig.IT ani144 / MEÃ. / Çant. 3. »; 2. 0 , «A,; Çaraz. inuent.<br />

» , á esquerda; 3. «Raphae! Sadeler fecít. Monachij.<br />

»j á direita.<br />

Altura, §ém a raarge®, 133 mUU.IRetros ; altura» çom a<br />

margem, 157 millimetros| largura, 107 miUimetros,<br />

N.° g5 a. 4e Hein^ken, na obra de Agostinho Çarracci,<br />

633)-i<br />

Da Real BibÜQtheca.<br />

N.° 183f§p O julgamento de Paris, segundo João<br />

dç. Achen.<br />

Paizagem, onde se vê, no meio, o grupo das tres deusas<br />

contendera?: Venus, acompanhada de Çupido, entre Minerva<br />

q Juno, recebe com a mão esquerda o pomo, que Páris, visto<br />

pelas costas, sentado, lhe entrega. Por cima da cabeça da<br />

vencedora vôa ura gênio alado, trazendo-lhe uma' corôa de<br />

folhagem. No alto, á direita, Mercúrio, acompanhado por outro<br />

gênio alado, fa? ura gesto com a mão direita levantada, indicando<br />

a Páris, que por orderá de Júpiter fôra elle escolhido<br />

juiz do pleito. No i.° plano, á direita, um homem em escorço,<br />

de çpstaç, cora ura remo na raão direita, entre canuas, á margem<br />

de um regato, No 3. 0 plano, á esquerda, um grupo de quatro<br />

mulheres (das quaes tres sentadas e uma em pé) e de ura<br />

homem de costas syrabaíiaando ura rio. Em baixo, â esquerda:


756:<br />

« Hans von Ächen Inuentor / Raphael Sadeler fecit. 1589.» e<br />

na margem inferior : dois ,disticos latinos em duas columnas,<br />

« Pastoris phrygij... pr&mia digna dea. »; 2. 0 , o endereço,<br />

« A Pâns Chèz Nicolas Langlois rué SJ Jacques a<br />

la Victoire. », á. esquerda. •<br />

Altura, 272 millimetros; largura, 374 millimetres. ,<br />

N.° 42 de Huber & Rost (v, 163) ;• N.° 122 de Nagler,<br />

Lexicon • (xiv, 151).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

S A D E L E R O (EGÍDIO),' ;<br />

Egidio Sadelero, pHntor, desenhador e gravador a burile<br />

á ponta, nasceu em Antuerpia, em 1570, e morreu em Praga,<br />

em 1629.,<br />

Segundo Huber & Rost, Joubert e outros, era sobrinho<br />

de João Sadelero Sénior e de Raphael Sadelero Sénior; Nagler<br />

(Lexicón) entretanto o dá como filho d'este.<br />

A principio dedicou-se á pintura, mas depois deixou esta,<br />

para trabalhar na gravura sob a direcção de João Sadelero Sénior<br />

e Raphaél Sadelero Sénior, aos quaes acompanhou á Alle-<br />

"manha ê á Italia. A chamado do Imperador Rodolpho, II<br />

estabeleceu-se em Praga, então residencia imperial, onde graVou<br />

grande numero de estampas segundo os mestres d'este paiz);<br />

Rodolpho II concedeu-lhe uma pensão e seus successotes,<br />

Mathias e Fernando II, .continuaram a dispensar a.o nosso artista<br />

.protecção e favores. ' ,'' f, Vvl<br />

G desenho de Egidio Sâdelero é em geral correfeto;<br />

havendo porém tido a fraqueza de copiar Bartholomeu<br />

Spranger, as estampas que abriu segundo este mestre não<br />

honram muito o seu buril.<br />

Egidio Sadelero gravou, segundo as próprias composições<br />

e as de outros mestres, com buril, ora fino, á maneirá de<br />

A. Durero, ora largo ' e afoito, á maneira de H. Goltzio e<br />

João Muller, distinguindo-se principalmente nos retratos e<br />

paizagens.<br />

A Egidio mais do que a nenhum dos outros Sadeleros<br />

cabe o elogio, que d'elles faz Watelet, citado por Huber«<br />

Rost (v, 168).<br />

.« É admiravel o successo com que os Sadeleros gravaram<br />

a paizagem a buril puro: os troncos das veihas arvores sâo<br />

representados com a facilidade do pincel; si a, sua folhagem<br />

não cbnsegue ter a agradavel delicadeza da agua-forte, te


757:<br />

W 1 H t t 9 II 1 *<br />

despêdaçadgjf fíi 'f ' ' f^il'<br />

riào pódcriamgsj r C i rjj ^ 1<br />

^^^HÍs.Ai i ^F^^^jl^ri^ 'qiife ornam, o" pyme^^Eilanqf<br />

BBKuygpjys B m H forma e a flexibilidade da<br />

0atqJc7J, ¿3g. "ir, / li jT-*TS Ü.*<br />

^«BfefcWs"* &IU da" Igua forte se torna sensível.<br />

SA * 'it • • J í » •;<br />

gr^aÇâq. mdii|iíaYehnénç - 1 " 12 *J P/SIl<br />

pefior apeus me£tr|jp|í;p£p i Slgrii |t| i R:l.<br />

pp *' B F> UH 0I $HW'HHÍ ;BíL"**<br />

e B cal^e.iLmpiiiS) do buril.<br />

ffiWs'^totqs de Egídio Sidelero são muito afam'd§l!l<br />

iStretaiito eI J 1 1 ' /'rugi & sua<br />

qbfa prima d|£gaáVura.<br />

N.° 184. — A Virgem ¿«-ò' IVÍdnino Jesus, com<br />

fe^Mtzagem, H m S J


758:<br />

N.° 185. — A Esclavonia, segundo Ticiano.<br />

' Ricamente vestida, vista até âos joelhos, a três quartos<br />

para a direita, olhando pára a frente, arregaçando cora a<br />

mão direita o vestido, e apoiando a esquerda Sobre o hombro<br />

direito de uma criança moura, qtie lhe fica-ao lado. Na margem<br />

inferior lê -Se: W Admodvm íllvstri et generoso viro<br />

Dominó Lvc® van Veffele / Patrono svo ^eternvm colendo<br />

õpvs hoc a Sacrí® ciesareie / Maiestatis scvlptorè ¿Egídio<br />

Sadeler ^eri incisvm Màrcvs / Sadeler ObservantiíE ergo<br />

donat dedicàt ».; 2.°, em báixo, á diíèitâ, •« Cum priuil<br />

S. C. Jkf. iis l MarcôSâdeler 'etietídit v>. Sêm dáta?<br />

Altura, 288 millimetros; largura, 230 millimetros.<br />

N.° 67 de Nagler, Léxieon (xiv, 115), 2. 0 estado, a saber:<br />

com o endereço de' Marco Sadeler; N:® íi de Huber & kost<br />

(v, 172).<br />

Esta gravura é uma das obras primas do mestre.<br />

A estampa exposta tem a margem inferior em parte mutilada,<br />

e carece inteiramente das outras tres.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

ANONYMO XIII<br />

N.° 186. — O anjo annunciando aos pastores o<br />

nascimento do Messias, segundo Jacob da<br />

Ponte, dito Basstvno v Velho.<br />

Cinco figuras, um anjo, duas vaccas, uma cabra,. tres<br />

ovelhas e um cão. Em cima, um anjo, entre nuvens, aponta<br />

para o alto com o indicador da mão direita, e com a esquerda<br />

faz um gesto para um pastor, que se vê á esquerda, em pe,<br />

de perfil para a direita, com a mão direita levantada á altura<br />

dos olhos; aquém d'este pastor, outro sentado no chão,<br />

tocando umã gaita, que tem na mão esquerda. A direita da<br />

estampa, uma moça ordenhando uma das vaccas.<br />

Na margem superior occorre: « Ç)VIA NATVS ESTVOBIS<br />

HÕDLE SALVATÒR. LVC. 11»; e na inferior : i.°, seis dísticos<br />

latinos em tres columnas, « Angelus aterea demissus ab ane..-<br />

Virginitatisopes. »; 2.*, « Ex PROMPTVARIO PERILL." CÒMITIS<br />

HIERONYMI DEIVSTIS EXARATA. »; 3. 0 « Ide obus de ponto Bassanensis<br />

inuentor. Sadeler excud. Venetijs. » Sem data.<br />

Altura, 244 millimetros; largura, 204 millimetros.


759:<br />

Cópia invertida, e mui bem imitada, de uma estampa de<br />

Egidio Sadelero. Vide Zani, cópia A, na pagina 162 do iv<br />

da 11 parte.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

GALLEU Senior (CORNÉLIO)<br />

Cornélio Galleu Senior, desenhador, gravador a buril e<br />

mercador de estampas, nasceu em Antuérpia cêrca dó anno<br />

de 1570 e morreu na mésma cidade em 1641.<br />

Era filho de" Philippe Galleu e irmão mais moço de<br />

Theodoro Galleu. Depois de ter aprendido a gravura com<br />

seu pae, foi-se á Roma, onde se demorou por muito tempo<br />

completando -a (sua educação artistica. É sensiveí a diflereriça:<br />

entre as estampas que abriu antes e depois d'esta viagem:<br />

naquellas, gravadas com certa dureza, reconhece-se o estylo<br />

de. seu'pae; nestas o'desenho é correcto e:-o buril manejado<br />

com liberdade e bom gosto. ,<br />

Depois de ter gravado em Roma grande numero de estampas<br />

segundo muitos mestres italianos, tornou á patria,<br />

ònde estabeleceu officina de gravura e casa de negocio de<br />

estampas, e continuou a. trabalhar segundo as propriás composições<br />

e segundo os mestres flamengos.<br />

C. Galleu Senior hombreou com os mais famosos gravadores<br />

e levou a melhor a todos os Galleus.<br />

N.° 187. — S. Philippe Nery.<br />

Em busto, a très quartos, paramentado de casula, com a<br />

•mão esquerda um pouco levantada, olha extático para uma<br />

larga facha de raios luminosos, que vem do alto, á esquerda;<br />

dentro de um oval, enfeitado de flores e iruçtps. Em um<br />

cartuxo, em baixo, occorre : «.S. PHILIPPI NERII / VERA EFFI-<br />

GIES, CÓNGREGATIONÍS '/ORATORII FVNDATORIS. », nó meio ; e<br />

: «" €. Galle », á direitâí Sem data.<br />

Altura, 431 millimetros ; largura, 330 millimetrõs.<br />

Não descripta ? Procedente da Real Bibliotheca.<br />

N.° 188. — Mercúrio e Jupiter na casa de Philemòn<br />

e Baucis, segundo João van Hoeck.<br />

' Qs dois deuses sentados á mesa : Jupiter, de frente,<br />

olhando para Philemon, que se vê á esquerda da estampa,


760:<br />

em pé, de cosi««, lançando 1:«: vinho no. oáieeSje .Mercúrio<br />

voltado para a direta,. ímmlo uià, géSío .para Baucis,Sííie cbitÍ<br />

as;: ^ãqç, ¿xtendiflas ^inclina para eHejll<br />

JüÉm dt: 'Mercúrio, um '-pato grasnando.<br />

""' - M » R K


761:<br />

2,° plano, á direita, a Virgem Santissima, sentada, enfaixa o<br />

Menino Jesus, e junto d'ella um anjo aquece um cueiro aò<br />

fogo. H I |<br />

D'esta estampa diz Zani (v, 26.0 da 11 parte), '«Nei marg.<br />

4 versi : Éíinc Superum ecc. Johan. Rottenhamer inve. Jus.<br />

Saãeler sculp. et excudit (in due righe): » A estampa exposta<br />

tem às margens'mutiladas, e ,por isso não se eácontrãm os<br />

versos e dizeres indicados por Zani.<br />

Altura, 172 millimetros ; largura, 224 millimétrés.-'<br />

' Da Real Bibliotheca.<br />

SCHUT Senior (CORNÉLIO)<br />

Houve em Antuérpia 1 mais " de um artista chamado Cornélio<br />

Schut. O autor das estampas abaixo , descriptas, Cornélio<br />

Schut tio ou Senior, pintor . e gravador á agua-forte, nasceu<br />

na dita cidade em 1597.<br />

G. Schut Senior aprendeu a pintura com Rubens ; parece<br />

que em 1618 já trabalhávà por Conta propria como mestre filiado<br />

á confraria de S. Lucas, pois que em 16x9 fazia parte<br />

da sociedade de sòccorros mútuos dos pintores.<br />

' Apesar de nunca ter visitado a Italia, como o faziam<br />

todos os discipulos de Rubens a conselho do mestre, C. Schut<br />

Senior não deixou de ser pintor de mérito, ^còmo o attéstam<br />

as numérosas télas que deixou.<br />

Gravou á agua-forte com ponta fácil é espirituosa, de modo<br />

magistral. As sj^as .estampas sobre vários assumptos è de différentes,<br />

dimensões montâm a 133<br />

Schut ^Senior foi infátigavel no trabalho não só pelo<br />

-amòr ' da arte, mas também para achar distracção, que ao<br />

menos lhe lenificasse as dôres pela perda de suas duas mulheres^<br />

Ç.J., Schut Senior teve um sobrinho de igual nome, também<br />

pintor, filho de seu irmão Pedro Schut, arçhiteçto de Philippe IV<br />

de^Hespanha. Este sobrinho, que tem sido. confundido-^com o<br />

nosso artista, trabalhou quasi sempre em Sevilha, tomou grande<br />

parte na creação da Academia de pintura d'esta cidade, fundada<br />

em 1660, e foi successivamente fiscal, consul e presidente da<br />

mesmà?» Academia.<br />

C. Schut Senior falleceu em-Antuérpia a 29 de Abril<br />

de 1655.


As quatro estações.<br />

762:<br />

Serie de quatro estampas' não descriptas (?). Sem data.<br />

D'esta serie a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> só possue as tres estampas<br />

abaixo mencionadas,, provenientes da Real Bibliotheca.<br />

N.° 190. — A Primavera.<br />

Em uma paizagem, duas crianças sentadas debaixo de. um<br />

toldo: a dà esquerda, de costas; e a da direita, de frente,<br />

com o braço direito extendido para a esquerda. Na margem<br />

inferior, á esquerda, lê-se: « C. Schut ifãi cum priu Primauera.<br />

»<br />

Altura, 66 millimetros; largura, 98 millimetros.<br />

N.° 191. — O Verão.<br />

Em uma paizagem, duas crianças: a da esquerda, de frente,<br />

sentada, com um bastão na mão esquerda e com a direita<br />

colhendo fructos de uma arvore; e a da direita, de perfil para<br />

a esquerda, em pé, cora os braços ext.endidos para a frente,<br />

como querendo tomar o producto da colheita. Na margem inferior,<br />

á direita, occorre o dizer: « Com. Schut. inu cum<br />

priztilegio», escripto ás avessas.<br />

Altura, á direita, 64 millimetros ; altura, á. esquerda, 62<br />

millimètros; largura, 95 millimetros.<br />

N.° 192. — O Outomno. ><br />

Em uma paizagem, um menino, a tres quartos para a direita,<br />

sentado em uma charrua, com a cabeça ornada de<br />

espigas, abarcando um molho de trigo e de fructos; no extremo<br />

horizonte, ! direita, vê-se o sol poente.. Na margem<br />

inferior, á direita, lê-se o dizer:


763:<br />

DYCK (ANTONIO VAN)<br />

Antônio Van Dyck, pintor e gravador á agua-forte, filho<br />

de um mercador de pannos que também era pintor sobre vidro,<br />

nasceu em Antuerpia à 22 de Março de 1599.<br />

Já tinha aprendido os rudimentos da arte com seu pae,<br />

quando aos n para 12 annos foi mandado para a éscòla do<br />

pintor Henrique van Balen; em .1615 entrou para a oíficinâ.<br />

de Rubens, onde trabalhou até 1618, umas vezes ajudando o<br />

mestre a terminar as suas télas, outras fazendo cópias dos seus<br />

quadros. Tendo sido reconhecido como mestre da confraria.de<br />

S. Lucas a 11 de Fevereiro dê 1618, A. Van Dyck trabalhou<br />

desde então por conta propria.<br />

Em 1620 esteve por pouco tempo em Inglaterra. Por<br />

conselho de Rubens emprehendeu uma viagem á Italia; de<br />

feito, em fins do anno de 1621. poz-se a caminho para esse<br />

paiz. Ao passar porém pela villa de Saventhem, sita entre Brucellas<br />

e Lo vaina, ficou de tal modo preso de amores por uma<br />

bella moça, Anna van Ophen, que por ella esqueceu Rubens,<br />

a Italia e a'gloria, emfim tudo, menos a pintura, pois que<br />

nesse lugar fez o retrato.. da sua amada e dois quadros que<br />

esta offereçeu á igreja da villa. Desprendido emfim dos laços<br />

da paixão, partiu A. Van Dyck de Saventhem e seguiu para a<br />

Itaha, onde se demorou até 1626., visitando Veneza, Genova,<br />

Roma, Florença e Palermo. Em Veneza estudou as obras de<br />

Giorgione, de Paulo Veronense e de Ticiano; e pôde dizer-se<br />

com C. Blanc (Histoire des peintres, École fiamande, 1, A.<br />

Van Dyck, .6) que Veneza rematou a educação de Van Dyck e<br />

que no joven mestre o gr-ave Ticiano temperou o fogoso Rubens.<br />

Em todas as cidades, por onde andou, pintou A. Van<br />

Dyçk quadros e retratos. Si por um lado o primor das suas<br />

obras,, a elegancia da sua pessoa e a distineção das suas maneiras<br />

lhe grapgearam a artíizade e protecção dos altos potentados<br />

e das; mais nobres familias italianas: o Cardeal Bentivoglio,<br />

fl Bracchisv os Corsinis, Os Colonnas, &; por outro lhe acarretaram<br />

á má vontade 4 inveja dos pintores flamengos, então<br />

residentes ém Roma, os quaes se colligarara contra elle e lhe<br />

moveram guerra crua e injusta.<br />

De 1626. a 1632 A. Van Dyck viveu e trabalhou quasi<br />

sempre em Antuerpia. Foi ahí que concebeu o projecto de<br />

pintar , os retratos dos personagens illustres contemporâneos,<br />

políticos, artistas, &, principalmente dos existentes no seu paiz,<br />

mandal-os gravat á sua custa" e com ellès formar uma galeria.<br />

Doze das chapas d'esta famosa collecção, dita dos Cem re-


764:<br />

tratosi forám abertas pelo proprio A. Van Dyck e as outras<br />

pelos máis celebres gravadores flamengos da época. '<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue um exemplar d'esta collecção,<br />

publicad^ em Antuerpia por Henrique e Cornélio Verdussen.<br />

Sem data.<br />

, ¥ (Vide : Van Dyck, na Bibliographia.)<br />

A chàmado do Rei de Inglaterra Carlos I, grande amador<br />

e fautor das bôas-artes, mudoü-se A. Van Dyck, em 1632, para<br />

Londres, onde El-Rei mandou dar-lhe alojamento á custa do<br />

seu bolsinho. Em signal do seu agrado o monarcha concedeu-lhe<br />

ulteriormente varios outros favores : a dignidade de cavalleiro<br />

uma pensão de 200 libras esterlinas, o titulo de « principal<br />

pintor ordinario de Sua Magestade » e valiosíssimos presentes.<br />

Em Londres pintou A. Van Dyck diversos retratos do Rei<br />

e da familia Real e de grande numero de personagens notáveis<br />

principalmente da Côrte, ainda hoje com razão admirados.<br />

Casàra-se A. Van Dyck com Maria Ruthven, neta do<br />

Conde; de Gowrie, de uma das mais illustres familias da Escossia,<br />

da qual houve uma filha única, Justiniana, nascida oito<br />

dias antes da morte de seu pae.<br />

No principio do anno de 1641 empreliendeu A. Van Dyck<br />

uma viagem a Paris no intuito de obter o encargo de pintar<br />

a grande galeria do Louvre; não podendo porém alcançar o<br />

que desejava, pouco se demorou nesta cidade e voltou para<br />

Londres.<br />

Ganhou A. Van Dyck avultadas sommas pélas suas pinturas<br />

; entretanto nunca poude ajuntar dinheiro, porque em<br />

phantasias de luxo, em prazeres e festas e em presentes que<br />

fázia ás pessoas a quem estimava, despendia tudo quanto<br />

adquiria pelo seu assíduo trabalho.<br />

Extenuado de forças, combatido de doença e ralado de<br />

desgostos não poude A. Van Dyck resistir a tantos sbffrimentos<br />

e falleceu em Blackfriás a 9 de Dezembro de 1641, sendo<br />

enterrado dois dias depois no côro da antiga cathedral de<br />

S. Paulo em Londres.<br />

As . obras de pintura de A. Van Dyck são tidas pelos entendidos<br />

na maior estimação: no genero retratos, em que foi<br />

de uma espantosa fertilidade, nenhum artista o excedeu. As<br />

suas primorosas gravuras, em pequeno numero, pela maior<br />

parte representam também retratos, dos quaes em geral só fazia<br />

a cabeça e as mãos, sendo algumas vezes as chapas terminadas<br />

por outros artistas.


765:<br />

n.° 193. -f4 'Ticiano e sua amante, segundo o<br />

mesmo.<br />

Duas figuras, a meio.corpo': á esquerda, Ticiano,, de perfil,<br />

apalpa com a mão direita o ventre de sua amante, que está a<br />

tres quartos, voltada para elle, tendo o antebraço esquerdo<br />

apoiado sòbre uma > espécie de vitrina encerrando urna caveira.<br />

Na margem inferió^ bcçorrem : quatro versos italianos, em<br />

duas cõíuninas, « Ecco il belvedèr.'... Varte dei magno Titiano.»;<br />

2. 0 , a dedicatória, em duas linhas, « Al moltõ illustre...<br />

Lvcà vàn Vffel... il vero ritratto-dei vnico "Titiano Ant. van<br />

Dyck. »; 3. 0 , « Titian Inuentor cum Priuilege Regis A. Bon<br />

enfant excii. ». Sem data. A<br />

Altura: á esquerda, 261 millimetros; á direita, 267 milliirietros;<br />

largura, 224 millimetros.<br />

I N.° 12 dê Huber & Rost (v, 347)^4 18, 4. 0 estado,<br />

de L.B. (n, i 76-177).<br />

Muito bella e rara; proveniente da Real .Bibliotheca.<br />

Além da estampa exposta, a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue<br />

outro exemplar, prova esplendida, na collecção Araujeuse.<br />

poncio (PAULO)<br />

Paulo Du Pont ou Poncio, desenhador e gravador a buril,<br />

nasceu. em Antuerpia pelo anno de 15519 (Huber & Rost;<br />

Nagler, Lexicon; e Bryan) ou em 1603 (Andresen).<br />

Aprendeu a gravura - com Lucas Vorsterman Senior; aos<br />

conselhos porém de Rubens, que lhe dedicava particular amizade,,<br />

deveu a summa perfeição que attingiu nas suas gravuras.<br />

De feito, Rubens comprazia-se em fazer o discipulo gravar deíaixo<br />

da sua inspecção e ein dirigir-lhe o buril. .<br />

Desenho correcto, expressão apropriada das figuras e dos<br />

sèus caracteres,. bella execução do claro-escuro e buril amestrado,<br />

taes ,são as qualidades principaes d'èste grande artista,<br />

digno emulo de Lucas Vorsterman e de Schelte de Bolswert,<br />

também,.%ómo elle, discípulos amados de Rubens.<br />

As estampas históricas de P. Poncio são com razão admiradas.;;<br />

os seus retratos, não-ò são menos, principalmente pela<br />

expressão com que soube caracterizar as cabeças.<br />

P. Poncio falleceu a 16 de Janeiro de 1658 (Andresen).


766:<br />

N.° 194. — Retrato de Auberto Mireu; segundo<br />

Antonio Van Dyck.<br />

• Visto a meio corpo, e a tres quartos para a direita<br />

olhando para a. frente, com o antebraço direito apoiado sobre<br />

uma mesa e a mão esquerda descançando sobre ellç."<br />

Ná margem, inferior lê-se : I.°, « AYBERTVS MIÍOEYS<br />

BRVXELLENSIS I DECANVS, ANTVERPIENSIS. » ; « />, p0ntius<br />

sculp. », á esquerda; « Ant. van Dyck pinxit», uq meio - e<br />

« Cum príuilegio y>, á direita. Sem data.<br />

Altura, 213 millimetros; largura, em cima, 168 j era baixo<br />

166 millimetros.<br />

N.° 36 de Nagler, Lexicon (xi, 513).<br />

Esta estampa faz parte da collecção dos Cem retratos de<br />

A. Van Dyck; _e proveiu da Real Bibliotheca.<br />

JODE Junior (PEDRO DE)<br />

Pedro de Jode Junior, filho de Pedro de Jode Senior,<br />

desenhador e gravador a buril, nasceu em Antuerpia a 22 de<br />

Novembro de 1606 (L.B.).<br />

Aprendeu os elementos dia arte com. seu pae; si na correcção<br />

do desenho se equiparou ao mestre, no modo de tratar<br />

as partes do nú levou-lhe grande vantagem; também é geralmente<br />

considerado como melhor gravador do que elle.<br />

Ignora-se si esteve na Italia; é porém certo que acompanhou<br />

seu pae a Paris, onde ambos gravaram, muitas chapas<br />

para os mercadores de estampas d'esta cidade. De Pedro de<br />

Jode Junior diz Basan que « em muitas das suas estampas<br />

igualou-se aos melhores gravadores do seu tempo e em outras<br />

mostrou-se inferior a si mesmo ». Apesar d'isto P. de Jode<br />

Junior é tido em: conta de hábil gravador e digno de emparelhar<br />

com os melhores artistas contemporâneos j os Bolswerts,<br />

os Vorstermans, Paulo Poncio, &.<br />

as estampas que Pedro de Jode Junior gravou para a<br />

collecção dos Cem retratos de A. Van Dyçk são irreprehensiveis.<br />

Não se sabe ao certo quando falleceu ; segundo Bryan, a<br />

ultima data authentica das suas estampas é 1659, embora<br />

Nagler, Lexicon,' mencione uma com o millesimo 1699 (provavelmente<br />

erro typographicO) > entretanto Andresen affirma<br />

que em 1667 ainda trabalhava em Bruxellas.


767:<br />

N.° 195. — Retrato de Henrique Liberti, segundo<br />

Antonio Van Dyck.<br />

. A mei|¡ corpo, visto, a tres quartos para a esquerda, com<br />

uto grande collar em tres voltas a tiracollo, tendo na mão<br />

direita um papel de musica com a lettra, «. Ars longa... mía<br />

brevi's ». Na margem inferior lê-se: « HENRICVS LIBERTI. /<br />

GROENINGENSIS CATHED. ECCLESL/E ANTVERP. ORGANISTA.»;<br />

2.°, icAñton. ' vóty' Dyck fiinxit. », á esquerda; « Petrüs de Iode<br />

sculpsit», á direita. Sem data.<br />

Altura, ¡242 millimetros ; largura, 197 millimetros.<br />

N.° 96 de L.B. (11, 432).<br />

Faz parte da collecção dos Cem retratos de A. Van Dyck;<br />

e pertenceu á Real Bibliotheca,<br />

WYNGAERT (FRANCISCO VAN DEN)<br />

Francisco vàn dèn Wyngaert, desenhador, gravador á<br />

àgua-forte' e mercador de estampas, nasceu em Antuérpia<br />

Cêrca do anno de 1612.<br />

Tendo-se estabelecido com casa de negocio, de estampas<br />

na cidade natal, comprou muitas chapas abertas por diversos<br />

artistas e, depois de as ter retocado, .fez por ellas novas<br />

tiragens. O seu. endereço.; A v. W. exc.—F. van Wyng. exc.<br />

—F. vàn den Wyngaerde exC. — occorre em muitas das estampas<br />

de Roberto van den Hoecke, J. Ruysdael, L. van Uden, L.<br />

de Vadder, Egidio Neyts, D. Teniers, Guilherme Paneels, C.<br />

Mattue, João Livens e outros.<br />

A data da siia morte é desconhecida; pode ter occorrido<br />

cêrca de 1660 (Nagler, Lexicon).<br />

• As estampas d'este hábil artista são gravadas com ponta<br />

fácil e espirituosa; e, ainda que nem sempre de desenho muito<br />

correcto, são estimadas e procuradas pelos amadores e entendidos.<br />

N.° 196. — Santa Catharina.<br />

1 »S 1 B perfil para a dir^jr


768:<br />

com o indicador da mão esquerda pára o Menino Jesus, a quem<br />

a Virgem Santíssima, á direita, sentada sobre nuvens, de perfil<br />

para a esquerda, sustem no regàço, segurando-o pelos braços<br />

Abaixo da roda, uma grande espada. No alto, á direita<br />

muitos cherubins e. um ánjo com uma corôa e uma palma<br />

nas mãos. Sobre uma especie de pedestal, em baixo, occorrei.°,<br />

« S. CATHARINA », no meio; 2, franciscus van Wyngaert<br />

fe. et excu. », á direita. Sem data.<br />

Altura, 229 millimetros; largura, 133 millimetros. "<br />

Estampa não descripta (?), que foi da Real Bibliothecá.<br />

ANONYMO XIV<br />

N.° 197. — Suzanna accommettida por dois velhos,<br />

ao( sahir do banho, segundo Pedro Paulo<br />

Rubens.<br />

Suzanna, sentada, quasi de' perfil para a esquerda, com o<br />

tronco meio inclinado para a frente, o pé direito ainda dentro<br />

d'agua, e a coxa esquerda traçadá sobre a direita, olhando<br />

para o expectador, encobre os seios com os braços e mãos.<br />

A direita, um velho, de capuz na cabeça é com o sémblante<br />

risonho; tira pêlo lençol, em que ella se envolve, emquanto<br />

outro, á esquerda, tenta allicial-a a seus desejos, Na margem<br />

inferior occorrem os seguintes dizeres escriptos todos ás avessas;<br />

i.°, a dedicatória, « Lectissim.ce Virgini ANNTE ROEMER ,VIS-<br />

SCHERS illustri Batauice sijderi, multarum Ârtium fteritissima,<br />

Poetices vero studio, supra sexum\ celebri, rarum hoc Pudicitia<br />

exemplar, Petrus Pauhis Rubenus. L.M.D.D. »; 2. 0 , em<br />

lettras muito miúdas: « P. P. Rubens pinxit. », á direita;<br />

« Cum priuilegijs, Régis Christianissimi, Principum Belgarum,<br />

Ordinum Batauice s>», no meio; e «Lucas Vorstennan<br />

sculp. I et excud. An." 162Ç. », á esquerda.<br />

Altura: á esquerda, 376 millimetros; á direita, 371 millimetros<br />

; (largura, 278 millimetros.<br />

Bella e rara cópia invertida, nao descripta (?) da estampa<br />

de Lucas Vorsterman Sênior (n.° 76 de Nagler, Lexicon, xx,<br />

pag. 546). Vide Zani, vol, iv< da n parte, pp. 213-214.<br />

Da Real Bibliothecá.


769<br />

BERBE (JOÃO)<br />

• Pouco se sabe d'esté artista : suppõe-se que trabalhou em<br />

Antuérpia na primeira metade do XVII século. Em todo o<br />

caso é différente de João Baptista Barbé, com o qual não deve<br />

ser confundido.<br />

N.° 19834- A Virgem Santíssima e o Menino Jesus,<br />

em uni nicho, segundo Francisço Franck Junior.<br />

A Virgem, de frente, sentada, com seu Divino Filho no<br />

regaço, tem sobre o joelho direito um passarinho, para o qual<br />

o Menino Jésus olha com interesse ; á esquerda, uma gaiola<br />

vasia ; e em baixo, o • chão alastrado de flores.<br />

. No arco do nicho, em cima, lê-se : « DILECTVS MEVS MIHI,<br />

ET EGO ILLI.'ÇANT. ii. » ; e numa taboleta, em baixo: i.°, dois<br />

dísticos latinos em duas columnas: En sincerus AMOR... tola<br />

calet. » ; « Francis cus Franc imentor. » — « Ioan Berbe<br />

sciilpsiL » — (f Theodor. Galle excudit. » Sem data.<br />

Altura, 228 millimetros ; largura, 140 millimetros.<br />

N.° 1 de L.B. (1, 275). Vide Naglèr, Lexicon, 1, 422.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

SCHUPPEN Sénior (PEDRO VAN).<br />

_ Pedro _ van Schuppen Sénior, desenhador e gravador a<br />

buril, nascido em Antuérpia em 1623, falleceu em Paris em<br />

1702 (Huber & Rost). Quanto ás datas do seu nascimento e<br />

mortes diz Bryan que a maior parte dos escriptores dão este<br />

artista còmo nascido em 1628 e falletido em 1702 e que<br />

Laborde, discordando de todos os biographos, assevera que<br />

Pedro van Schuppen Sénior nascêra entre 1625 e 1630 e fallecêra<br />

entre 171061715,<br />

Depois de ter áprendido os rudimentos da gravura na<br />

cidade natal, mudou-se para Paris, onde foi discípulo de<br />

Nanteuil e gravou não só muitos retratos, segundo os proprios<br />

desenhos; no estylo d'este mestre, mas também assumptos<br />

nistoriços segundo vários mestres. Desenhava correctamente e<br />

manejava o buril c,om muita firmeza e destreza; pelo que é<br />

considerado çOmò um dos melhores gravadores a buril.<br />

49


770:<br />

N.° 199. — Retrato de Maximiliano Henrique,<br />

Arcebispo Eleitor de Colonia; dentro de um<br />

oval.<br />

Em busto, a tres quartos, para a esquerda, olhando para<br />

a frente, com grande cabelleira e de cruz pastoral ao peito<br />

Em volta do oval: «' MAX. HENRIC. D. G. ARCHIEP. COLON!<br />

S. R. I. PRINCEPS ELECTOR, EPISCOPVS ET PRINCEPS LEOD.<br />

HILD. ETC.. V. B. D. ETC. »; e .na parte inferior , do mesmo<br />

oval, o brazão do retratado. Em baixo, á direita, lê-se: «P<br />

van Schuppen faciebat. 1671. curn pri.... e. »<br />

Dimensões da estampa no estado actual:<br />

Altura, 450 millimetros; largura, 387 millimetros.<br />

. O exemplar exposto tem as margens mutiladas e está um<br />

pouco estragado.<br />

Bella estampa, não descripta (?), que pròveiu da Real<br />

Bibliotheca.<br />

BERGHEM (NICOLAU)<br />

^erritjfrm-<br />

N.° 11.<br />

Nicolau Berghem, pintor e gravador á agua-forte, nasceu<br />

em Harlem em 1624, viveu quasi constantemente em Amsterdão<br />

e falleceu naquella .cidade a 18 de Fevereiro de 1683.<br />

Foi successivamente discipulo de seu pae, Pedro Klaasze,<br />

pintor mui mediocre, de João van Goyen, Nicolau Moojaert,<br />

Pedro Gjebbér e João Baptista Weenix, a todos os quaes se<br />

avantajou.<br />

A sua assiduidade no trabalho, e a perfeição das suas<br />

pinturas grangearam-lhe em pouco tempo grande e bem merecida<br />

nomeada e elle teve o prazer de 1 ver as suas obras<br />

muito procuradas e pagas a bom preço, ainda ém vida.<br />

N. Berghem gravou com ponta fácil e espirituosa, de<br />

maneira firme e magistral. As suas estampas, em numero<br />

de 58, algumas das quaes muito raras, são consideradas como<br />

modelos perfeitos para o estudo e, depois das de Rembrandt,<br />

são as mais procuradas e estimadas na Hollanda.


Animaes.<br />

771:<br />

Serie de oito estampas, tendo por titulo « Animalia ad<br />

vivum delineata et aqua forti £eri impressa. Studio et arte<br />

Nicolai Berchemi », descriptas' por L.B. sob n. os 27-34<br />

(í,i 285), cóm a denominação « Cahier à Thomme assis sous<br />

les arbres. », das quaes a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue e expõe<br />

somente as 2 seguintes, pertencentes ao i.° estado, isto<br />

é, gravadas á agua-forte pura e sem os números no canto inferior<br />

esquerdo, que lhe foram offerecidas pelo Sfír. Commendador<br />

José Thomaz de Oliveira Barbosa.<br />

N.° 200- — Duas cabras.<br />

Uma deitada, vista de perfil para a direita; a outra, de<br />

frente, em pé, um pouco para o fundo. No angulo inferior<br />

esquerdo lê-se : « C. Berrighem», como no monogramma<br />

n.® xi da Taboa dos monogr. Sem data.<br />

Dimensões da chapa: altura, 100 millimetros; largura,<br />

110 mlilimetros.<br />

• N.° 33 (7) de L.B.<br />

N.° 201. — Tres cães de caça.<br />

Um deitado, no meio da estampa; outro, também deitado,<br />

visto pelas costas, amarrado áo tronco de uma arvore,<br />

á direita, um pouco para o fundo; e .0 terceiro, em pé, á<br />

esquerda. Sem assignatura do gravador e sem data.<br />

Dimensões da chapa; altura, 101 millimetros; largura,.<br />

111. millimetros.<br />

N. 6 34 (8) de L.B.<br />

ANONYMO XV<br />

N.° 202. — O enterro de Jesus Christo, segundo<br />

Raphael.<br />

No meio: dois discípulos, S. João e Maria Salomé depõem<br />

0 corpo morto de Jesus Christo no sepulchro, á entrada de<br />

uma gruta; um pouco para traz d'este grupo, MariaCleophas


772:<br />

sustentando a Virgem Santíssima; á esquerda, a Magdalena<br />

de costas, inclinada para a frente, com os cabellos desgre-'<br />

nhados, beijando ,os pés do Salvador. Na margem inferior<br />

occorre: i.°, .« O. TRISTE ANIM.® LACRYMAS INFRINGITE MORS/<br />

'HMC EST HOMINI IANVA LÍETITÍÍE 2.°, « a Raphaello Vrbin.<br />

deliu. » Sem data.<br />

Altura, 154 millimetros; largura, em cima, 152; embaixo<br />

149 millimetros.<br />

Cópia invertida (A de Zani, ix, 39 da II parte), no i.°<br />

estado, isto é, sem o endereço, « Mich. van Lochom excud.»,<br />

da estampa gravada por Lucas Vorsterman, o Velho, N." 17 de<br />

Ardresen (11, 689).<br />

Estampa raríssima e muito bella, que proveiu da Real<br />

Bibliotheca.<br />

LEFEBRE (VALENTIM)<br />

Valentim Lefebre ou Lefebvre, cognominado Lefebre de<br />

Veneza, pintor e gravador á àgua-forte, nasceu em Bruxellas<br />

em 1642.<br />

Em Veneza, onde morou longo tempo, gravou uma serie<br />

de estampas segundo os mais bellos quadros de Ticiano e de<br />

Paulo Veronense: « Opera selectiora, quee Titianus Vecellius...<br />

et Paulus Calliari... inventarunt et pinxerunt... 1682. » (Vide:<br />

Lefebre, na Bibliographia), em cuja execução não foi tão<br />

feliz como era de esperar «de um pintor bem reputado, como<br />

elle. ' li .<br />

As suas estampas são em geral destituídas de harmonia e<br />

de effeito; as partes nuas das suas figuras não são propriamente<br />

incorrectas, mas executadas'em estylo tão amàneirádo<br />

que lhes dá certo aspecto desagradavel; entretanto não se<br />

lhe pôde negar espirito, facilidade e destreza de mestre no<br />

manejo da ponta.<br />

Valentim Lefebre morreu em Veneza cêrca do anno 170°<br />

(Andresen).<br />

N.° 203. — A Sacra Família com S. João e S. Zàcharias,<br />

segundo Ticiano.<br />

Cinco figuras, das quaes quatro a meio corpo: no meio,<br />

a Virgem, de frente, com o rosto a tres quartos para a esquerda,<br />

toma com a mão esquerda umas cerejas, que S. João,


773:<br />

á direita' da es^ámfJ^ofTéríce'rao vê<br />

em $fe,sobre- lado por sua Mãe, felo' jí<br />

entre as mãos >s da mesma ô^álidkd^^^lTferdl;,<br />

;|||||pj de j|||||¡ a direita, c:om mil basía^na'; iriâo; ã<br />

difdf&ií^^Bwarlas, de'firfflte, achegando seu filho para juntó*<br />

da Virgem<br />

J,! ífemetrâz da Virgefn uma cortina cabida. Na fác¿an-<br />

:;Ê€Íiòr ; damesa:lê-0;; : « » 1 , ' 4 i., jtlinfcffif,<br />

a ¿pierda, V rt sckífs H k data<br />

Alt ||ilP 0 lar S ura > millinieiftfe $- f<br />

% , Sêgiindo Nagler,^B^í; pag 259' do lv, e 11 • fm>-S<br />

P 3 ' 5 tP"Ê° XVI ' «•l tamI>a ' * fo1 8 ravada P or keijBre e Gí> :<br />

H H H B expoíta,' grayados á.aguíforte. pura por<br />

LeTebK^^ffn éiífe.<br />

A nossa - gravil^'tem áaímargens inteiramênte mu.<br />

• • I flHHSgHI / AS,-' • • Êmm<br />

'ius... r-t Vau lux ''-iíàUiati. .Wfficfftíir&hi'-- et t-rinxerunt...<br />

B I *<br />

V* jjjfj^. I :à Biti^praph^^P<br />

Da Real Biblictólijíi '<br />

N.° 204. — S. João Baptista no deserto, segundo<br />

Ticiano.<br />

' ~ iwni •-um;'-'regat^^S:r'João, em "pé,' a<br />

tre & quaí^s para a direg|Wom cHEjfi jje frente, tendo na^<br />

jBRHBgra um3/|tuz fiponla*/;om o indicador da<br />

no direita para* o lado esquerdo da estampa; a direiSVd J<br />

sip^ B cotdeiro deitaal, Na margem inferi||ÍR:órre<br />

i.", 4TJ- . ^ 111 . - CAI,. ÍW NT.: &.. PINX||. ,>; 2. 0 ,<br />

»HfelefHBH et sculp > "í'í I I 4; e « I. Vap 'Campen.<br />

MíS^-wv' d ® a í 1 ,!^ 1<br />

||||WtuíuI||37 jaxilíi ura, 236 millimetros í<br />

4 estampa ^^^arte ^lÉUsêÈie « Opera seÊÊÊrM, ^¿â<br />

(HpK '•HNfóyB' Paulus Cal/iarí... inventaiunt et tm-<br />

I na ^ ^ f f l ^ H<br />

Da Real .!BibliiMiSi|j


774:<br />

WESTERHOUT (ARNOLDO VAN)<br />

Amoldo van Westerhout, desenhador e gravador a buril<br />

e á maneira negra, nasceu em Antuerpia em 1666 (Nagler'<br />

Lexicón).<br />

Aprendeu os principios da arte na sua patria; trabalhou<br />

por algum tempo com seu irmão Balthazar em Praga e finalmente<br />

mudoü-se para a Italia, onde desenvolveu grande acti- l<br />

vidade no exercicio da gravura.<br />

Em 1692 o Gráo-Duque de Toscana, Fernando, tomou-o<br />

ao seu serviço. Foi nesse anno que A. van Westerhout gravou<br />

o retrato d'esté principe á maneira negra, processo ainda<br />

novo na Italia.<br />

Durante a sua residencia em Florença A. van Westerhout<br />

occupou-se em fazer reproduzir pela gravura os quadros do<br />

Museu Florentino, sendo do seu buril muitas das estampas • I<br />

d'essa serie. Em 1700 passou-se á Roma, onde encontrou<br />

o seu compatriota Roberto van Audenaerde, de quem foi emulo J<br />

na. gravura..<br />

A. van Westerhout gravou segundo as proprias composições<br />

e as de outros mestres ; as suas estampas, iquito numerosas,<br />

são abertas com' buril agradavel ; fôra entretanto<br />

para desejar que tivessem mais vigor e effeito. Os seus tra- ¡<br />

balhos á maneira negra, em pequeno numero, devem ser con- J<br />

siderados como" incunabulos da arte neste genero de gravura<br />

(Nagler, Lexicón).<br />

Falleceu em 1725.<br />

N.° 205.—Adão e Eva expulsos do paraíso ,<br />

depois do peccado, segundo José Passeri.<br />

Em uma paizagem: no alto, á direita, o Padre Eterno j<br />

entre nuvens, acompanhado de um anjo que segura uma ta- 1<br />

boleta, onde se lê : « Ipsa conteret / caput tuum. / Genes-<br />

Cap. 3. », aponta com a mão direita para a Virgem Santíssima,<br />

que se vê em uma gloria circular, no canto superior<br />

esquerdo da estampa, e com a esquerda faz um aceno para a<br />

serpente, que, no chão, de collo erguido e cabeça levan- |<br />

tada, olha para o Senhor; em baixo: Adão em pé, cabiscahido<br />

e de braços Cruzados; e Eva, ajoelhada, olhando para<br />

o Padre Eterno, mostra-lhe com a mão esquerda a serpente 1


775:<br />

tentadora. Na margem inferior occorre: « Ioseph Pdssarus<br />

RoM. s Inu. et dei Arnoldus V. Westerhout Antu. s Ferd, Mag.<br />

Princ. Etru. a Sculptor fee. ». Sem data.<br />

Altura, 150 millirtíetroâ; largura, 102 millimetros.<br />

Não descripta ?<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

ESCOLA ITOLEZA'<br />

HOGARTH (GUILHERME);<br />

Guilherme Hogàrth, desenhador, pintor e gravador á<br />

agua-forte e a buril, nasceu em Londres a 10 de Novembro<br />

de 1697 e foi .baptizado na parochia de S. Bartholomeu da<br />

mesma cidade a 28 do dito mez e anno .(Truster)..<br />

A principio aprendeu o officio de ourives com um lavrante<br />

de nome Gamble ; fínda a aprendizagem, deixou a<br />

officina do mestre, com quem aliás pouco se adiantou no desenho,<br />

e entrou para a Academia, sita em S.* Martin! s Lane,<br />

afim de estudar á desenhar do natural.<br />

Os primeiros tempos da sua carreira , artística não foram<br />

felizes: ganhava apenas o estrictamente necessário para viver,<br />

abrindo em metal brazões ' é endereços para as chapas das<br />

portas dos negociantes è desenhando e gravando - cartuchos,<br />

rotulos, &. Depois passou a gravar para os livreiros, segundo<br />

os proprios desenhos: as estampas que fez para o poema satyrico<br />

dè Samuel Butler, Hudibras, são a sua melhor producção<br />

neste gênero.<br />

Tendo travado "relações com o cavaileiro Jacob Thornill,<br />

pintor, dq Rei, foi G. Hogàrth acolhido por elle na sua oíficina<br />

para ensinar-lhe a pintura; o discípulo porém não pòude<br />

conservar-se por muito tempo na companhia de Thornill, não<br />

só porque vivia constantemente a criticar-lhe desapiedadamente<br />

as theorias'" e- a maneira de pintar, mas'-também por ter-se<br />

casado clandestinamente e contra a vontade do pae com a<br />

filha do mestre (1730), da qual se enamorára.<br />

G. Hogàrth começou por este tempo a dedicar-se á pintura<br />

de' retratos. Como antes de tudo amava apaixonadamente<br />

a verdade e reproduzia na téla os seus modelos com rigor


776:<br />

absoluto, sem omittir nem corrigir coúsa alguma, succede '<br />

que os freguezes, achando os seüs retratos horrivelmente seme"<br />

lhantes e feios, desertaram da sua. officiná do- pintor. ./*"- "1<br />

A bôa cópia de observações sobre os differentes caracteres<br />

dos homens, adquiridas nas excursões fque tinha feito pelas<br />

tavernas, pelos cafés e pelas viellas da cidade, levaram-n o a !<br />

applicar-se a povo genero de pintura, que de mais a mais<br />

estaya de perfeita harmonia com a sua natureza eoséugenioassim<br />

dizia elle (citado por C. Blanc, Histoire des peintrel<br />

Ecole anglaise, Hogarth, pag. 6): « Estou resolvido a compor í<br />

comedias na tela, a pintar, não assumptos clássicos, mas retratos<br />

burguezesj não pintarei mais heroes imaginarios. Serei<br />

UtÜy » Dedicou se portanto a pintar os defeitos e vícios do seu<br />

século : tudo quanto lhe parecia ridículo ou reprehensivel foi j<br />

assumpto. dag suas composições; caracterizou nellas os personagens<br />

conhecidos ou celebres dó seu tempo, os usos, trajes e<br />

moveis do seu paiz e da sua época com verdade, de maneira \<br />

tocante e ás vezes até. pathetica; eram verdadeiros dramas I<br />

com exposição, enredo e . catastrophe, de sorte que se pode '<br />

dizer quê foi antes escriptor de comedia a pincel do que pintor.<br />

As suas series: Os degraus do vicio da mulher perdida (Harlots !<br />

progress), Os degraus do vicio do dissoluto (Pake's progress),<br />

O casamento à la moda, A actividade e indolência (Industry<br />

and Idleness) e As eleições devem ser consideradas como as<br />

suas melhores composições neste genero.<br />

G. Hogarth dedicou-se também á pintura histórica; mas |<br />

a incorrecção do desenho, a fraqueza dq colorido e a falta<br />

de nobreza e de graça estavam nelle de tal sorte arreigadas j<br />

que nunca poude ser bem succedido neste genero.'<br />

Pouco depois da paz de Aquisgrão (1748) foi á França. I<br />

Estando em Calais a desenhar uma das portas da cidade, foi<br />

preso como espião ; mas, tendo sido reconhecido innoçente, foi<br />

solto, assegurando-lhe então o commandante da praça que si ><br />

a paz já não estivesse assignada entre a França e a Inglaterra, I<br />

elle seria immediatamente enforcado.<br />

G. Hogarth voltou á patria incontinenti e logo depois<br />

(1749), para vingar-se dos Francezes, publicou uma estampa<br />

satyrica, A Porta de Calais, com o dizer « ò the roast Beef<br />

of- Old England. »<br />

G. Hogarth foi também escriptor sóbre assumptos de<br />

arte. A Analyse da belleza, em que procurou demonstrar que<br />

a immobilidade é. contraria á arte, que a variedade lhe é<br />

essencial e que a linha serpentina (curva) e não a- recta é a<br />

fôrma mais agradavel á vista, é uma misturada de ideias novas ,


777:<br />

e verdadeiras, de bôas reflexões e^de absurdos em materia de<br />

arte.<br />

A obra fez grande barulho e foi muito Criticada pelos<br />

contemporâneos, philosophes, estheticos e pintores ; mas, apesar<br />

dos ' seus defeitos,: não deixou de ser plagiada por. Diderot e<br />

seus. amigos.<br />

G. Hogarth, que sempre se tinha abstido 1 de 1 intrometterse<br />

em politica/ envolveu-se nella 1 no fim da vida, publicando,<br />

ein 1762, duas estampas satyricas, Os tempos {The Thimes),<br />

'•fcòntra ofamósó ministro Pitt. Tendo João Wilkes, escriptor<br />

politico, e'ifcf; seu acolyto, o poeta Garlos Churchill, tomado<br />

partido por Pitt e atacado violentamente o nósso artista, este<br />

rêspondeu-lhes, : publicando contra elles duas estampas : o retrato<br />

de J. Wilkes, famoso pela fidelidade com que foi reproduzido<br />

o caracter do retratado* e a caricatura dé Churchill,<br />

figurado sob a fôrma de ùm urso, segurando "com uma mão<br />

um porrete e com a outra um pücàro de cerveja*- com õ seguinte<br />

titulo : « The Bruiser Charles Churchill (O PugilliSta.<br />

Carlos Churchill).<br />

, Em cónsequencia de ter seu cunhado, Thornill, resignado<br />

,0 lugar de pintor do Rei, em beneficio de G. Hogarth, foi.<br />

éste nomeado para o dito lugar, cujas funcções começou a<br />

exercer a 16 de Junho de 1657.<br />

. As estampas de G. Hogarth são em numero de 260, umas<br />

inteiramente gravadas por elle* outras por elle conjunctamente<br />

com outros artistas, que trabalhavam debaixo da sua direcção.<br />

O grande merecimento de G. Hogarth consiste na invenção<br />

dos assumptos e na expressão das paixões ; todos os<br />

seus-esforços tendiam a exprimir a alma, é para produzir este<br />

èffeito menosprezava o corpo, isto é, a parte mecanica dá arte.<br />

; • As suas composições são^djefeitaosas ño desenho, no colorido«<br />

n0ft;claro-escuro. Apreciando este conjuncto de bôas<br />

partes e de senões do nosso artista, C. Blanc ' diz d'elle<br />

\Opere citato, pag. 14): «Não o admirar seria injusto, "mas<br />

imital-o .seria perigoso. »<br />

G. Hogarth fallecen na villa de Chiswick, perto. de Londres*<br />

a 26 de ©utubro de 1764, em cónsequencia da ruptura<br />

?de um aneurisma.<br />

Foi enterrado na dita yilla de Chiswick ; na sua sepultura<br />

depois levantou-se. um monumento com um epitaphio em<br />

versos, composto por seu amigo Garrick.


778:<br />

N.° 206. — O Tribunal.<br />

Quatro figuras, a meio corpo, sentadas, com as classicas<br />

cabelleiras dos juizes inglezes, vestidas de toga de magistrado<br />

presidindo á sessão do Tribunal, á qual, vê-se, não prestam á<br />

menor attenção; no meio, um dos juizes, de oculos ao nariz<br />

no cumulo do orgulho e da vaidade, com uma penna na mão<br />

direita, e lendo um papel que tem na esquerda; á direita<br />

d'esta figura, outro juiz, de perfil para a direita, também lendo<br />

- um papel, e á esquerda, dois outros collegas: o mais proximo<br />

de perfil para a direita, com um rôlo de papel na mão esquerda,<br />

embevecido nos seus pensamentos, e o mais distante<br />

dormindo a somno sôlto. No alto : as armas do Re\no Unido<br />

da Inglaterra, Escossia e Irlanda, tendo á direita um=R=.<br />

Na margem superior lê-se : « CHARACTER » ; e na inferior:<br />

« Desigríd 6f Engrav'd by W. Hogarth », á esquerda;<br />

« PublisKd as the Act directs. 4. Sep. 1738. », á direita; 2."<br />

« The BENCH. / Of lhe differerit meaning of the Words Character,<br />

Caracatura and. Outrè in Paiting and Brawing-t,».<br />

Por baixo do precedente dizer occorre uma longa inscripção,<br />

impressa por outra chapa: « There are hardly...,. to the prejudice<br />

of Character. f- See Excess, Analysis of Beauty.<br />

Chap. 6. »<br />

Dimensões da estampa: altura, 166 millimetros; largura,<br />

198 millimetros.<br />

Vide : John Trusler, The Works of William Hogarth,\<br />

pp. 29-30; L.B., n.° 121 (11, 368).<br />

A estampa exposta foi impressa pela chapa no seu i.° estado,<br />

a saber: antes das alterações que o proprio gravador<br />

lhe fez em 1764, apagando as armas do Reino Unido, a lettra<br />

= R — e o dizer « CHARACTER» na margem superior, e substituindo<br />

as armas e a lettra = R por um grupo de Òito cabeças,<br />

algumas das quaes.somente a traço, por ter sido ó artista<br />

sorprehendido pela morte antes de as ter acabado.<br />

• Segúndõ Trusler (Opere citato), as quatro figuras da estampa,<br />

no i.° estado, representam os retratos (na oídem em<br />

qúe acima ficam descriptos) de: Lord Chief Justice Sir fohn<br />

Willes, Sir Ednoard Clive, Mr. Justice Bathurst e Hon.<br />

William Noel.<br />

Le Blanc não interpretou com exactidão, ao que parece,<br />

o assumpto d'esta estampa, quando a descreve: « 121. The<br />

Bench ; caricature contré les médecins. 1758. P. en Haut.»<br />

Bella gravura, que foi da Real Bibliotheca.


779:<br />

ESCOLA FRANCEZA<br />

imoei. |<br />

GARNIER (NOEL)<br />

N.° 41 a. N.° 41 b.<br />

N.° 41 c.<br />

Noel Garnier, ourives e gravador do humero dos antigos<br />

mestres da escola franceza, viveu no fim do XV seculo até ao<br />

melado do XVI e floresceu na primeira metade d.'este ultimo,<br />

segundo Andresén. e Nagler, Die Monogrammisten, de 1520a 1540;<br />

mas á vista da data de 1544, que vem na estampa descripta<br />

pelo Sfir. Jorgé Duplessis no Peintre Graveur frangais, xi,<br />

pag. 107, nao se pode negar que o mestre trabalhou peló<br />

menos até esse anrio. Excepto o que precede, nada mais se<br />

sabe da sua, vida.<br />

D'este mestre diz R.-Dumesnil (vil, 1) o séguinte:<br />

« Sobre Noel Garnier,^ antiquissimo e muito mediocre<br />

gravador a buril, nao ha outros dados além das estampas que<br />

gravou, as quaes sao da maior raridade. »<br />

Segundo Passavant, as gravuras de Noel Garnier sao exentadas<br />

ém estylo archaico, mas sempre particular á nagáo<br />

que'elle representa, mui duras e de desenho- muito fraco.<br />

As estampas gravadas por Noel Garnier náo téem data,<br />

excepto a descripta pelo Sñr. Jorge Duplessis ; urnas náo téem<br />

monogramma, nome ou marca; outras, porém, trazem-n'os,<br />

ora um só d'elles, ora mais de uní combinados. Entretanto o<br />

yerdadeiro nome dó gravador d'essas estampas foi 'por algum<br />

tempo desconhecido, até que o descobrimento da descripta<br />

por R.-Dumesnil sob n.° 50 (vn, 15) dissipou todas as duvidas,<br />

que a tal respeito havia.<br />

Para outras informales por menor, concernentes a Noel<br />

Garnier e á sua obra, vide Anna.es da Bibliothéca <strong>Nacional</strong><br />

PP- 355 ~ 362 e as obras ahi citadas.


780:<br />

As divindades dos sete (?) planetas.<br />

Serie de sete (?) estampas, sem data, provavelmente cópias<br />

das gravadas por João Sebaldo Beham, descriptas por B.<br />

sob n. 08 113-120 (viu, pp. 161-163),<br />

Altura, 85 millimetros ; largura, 49 millimetros. ,<br />

Em nenhum iconographo encontrámos noticia d'esta serie<br />

de estampas ; o illustrado Snr. Jorge Duplessis, conservador<br />

adjunto do departamento de estampas da Bibliotheca <strong>Nacional</strong><br />

de Paris, autoridade tãò competente nesta matéria, também<br />

não as conhece,, çomo o declara na carta abaixo transcripta<br />

dirigida ao ex-Bibliothecario, p Sílr. Dr. B. F. Ramiz Galvão:<br />

_« Paris, 13 juillet 1877. — Monsieur. J'ai reçu les deux<br />

fascicules des Annales de la Bibliothèque Nationale de Rio de<br />

Janeiro que vous avez bien voulu m'adresser et je vous en<br />

remercie. J'y ai trouvé avec plaisir la mention du nielle que<br />

vous possédez (lé triomphe de Galathée) et la description de<br />

cinq estampes de Noël Garnier que je ne connaissais pas. Si<br />

jamais je fais une nouvelle édition du Peintre Graveur français<br />

j'aurâi soin - d'indiquer ces pièces, de dire à qui j'en dois la<br />

connaissance et où elles se trouvent. Veuillez me croire, cher<br />

Monsieur, bien à vous — George Duplessis. »<br />

E pois não será temeridade affirmar que são ellas as unicas<br />

conhecidas.<br />

D'esta serie a Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue tão somente as<br />

cinco estampas abaixo descriptas, que pertenceram á Real Bibliotheca.<br />

N.° 207. — Saturno.<br />

Com as inscripções : NOEL, em uma taboleta (Vide o n.°<br />

41 b. da Taboa dos monogr.), em baixo, no canto da esquerda;<br />

e « SATVRNE » em cima, um pouco para a direita. A estampa<br />

representa um hómem moço, de perfil para a esquerda, de pé,<br />

tendo a perna direita cortada pouco acima da articulação tíbio<br />

-tarsiana e o coto dobrado sobre a coxa e apoiado a uma<br />

perna de pau; trajando apenas como que umas bragas curtas,<br />

que lhe cobrem a parte inferior do tronco e superior das<br />

coxas, e uma capa sobre os. hombros; com uma espada curta<br />

á cinta, do lado direito ; levando á bocca uma criancinha,<br />

que segura com as duas mãos, em ar de quem a quer còmer.<br />

Vê-se mais : no primeiro plano : em baixo.,, á esquerda,<br />

uma grande foice" emhastada ; á direita, um bode voltado de<br />

frente para a direita (Capricornius); e em cima, no canto da<br />

esquerda, um monstro com cara de homem e cauda de peixe,


781:<br />

voltado para a direita, entre nuvens, despejando agua de um<br />

vaso (Aquarius).; no segundo plano: á direita, altos rochedos ;<br />

á esquerda, uma paizagem • Com casas.<br />

M"?(Vide a estampa n.° i).<br />

N.° 208. — Júpiter.<br />

Com o dizer « NOEL G. » (como no n.° 41 c. da Taboa<br />

dos. monogrammas) em uma taboleta dependurada á uma arvore<br />

perto dó canto superior esquerdo da estampa; e com a<br />

inScripção « IVPITER » em cima, para a direita. No meio da<br />

estampa vê-se um guerreiro de frente, com o rosto de perfil<br />

para a esquerda, dé capacete na cabeça, com uma cota de<br />

armas, e sobre esta urti manto preso por um laço ao hombro<br />

direito; de grevas e alpargatas ; segurando com a mão esquerda<br />

úrn espadão descançado sobre o hombro do mesmo lado, e<br />

com a direita um escudo oblongo, terminado inferiormente<br />

em ponta, apoiado no chão : nesse escudo estão figurados os<br />

signós de ' ¡Sàgiiiarius èm cima, e Pisces çm baixo. Nó segundo<br />

plano: á esqúérda, uma arvore ; á direita, uma paizagem com<br />

vista de icidade.<br />

(Vide a estampa n.° n)..<br />

N.° 209. — Marte.<br />

Sem nome, monogramma ou marca do gravador. No meio<br />

da estampa vê-se um guerreiro, de perfil para a esquerda;<br />

armado dè ponto em branco com uma armadura pesada da<br />

idade média: capacete de viseira abaixada, gOrjal, couraça,<br />

hombreiras, braçaes, cótoveleiras, guantes, toneletes,-joelheirás,<br />

grevas,.' sotulares, cimitarra á cinta do lado direito, segurando<br />

com a mão esquerda uma alabarda descançada no chão eembraçando<br />

um escudo còm o. braço direito.- No segundo plano<br />

vê-se: á esquerda, um carneiro (o signo de Aries), deitado<br />

sobre o ventre, voltado para a esquerda, de frente para um<br />

castelloi,meio desmantelado.; á direita, uma casa.<br />

(Vide a estampa n.° 111). •<br />

N.° 210. — fcus.<br />

Sem nome, monogramma ou marca do gravador. No meio<br />

de uma paizagem com uma grande arvore vê-sé á esquerda,<br />

no segundo plano, uma mulher moça, em pé, de perfil para<br />

a esquerda, com longos cabellos soltos ao vento, trajando um


782:<br />

'tptido. d® mangas. á mercê do<br />

vfcnio sojira pela' freiiu-, de pis dcsi:a!.-„s, :«T.CO NA U,<br />

esquerda um cotíAp flammejante ^çom chammas) è na<br />

direita um granfe .sítía^lS&j^da safe o .ioiáffio' direito'<br />

Em baixo vê seJí a Ulielta," uína baíaljça í(Zií/Sf no Mli' e<br />

um t* 01 delt^^&bre o Jentre ¿"StailtíJrjai^ 1<br />

esquerda (Tfiu^ú,<br />

(Videla estampa n 0 ir)*:,<br />

N.° 211. - Diana.<br />

Sem nome, monogramma ou marca do gravador. A estampa<br />

representa Diana sob a figura de uma mulher moça<br />

vista de frente, com o rosto a tres quartos para a direita, de<br />

cabellos soltos pelas espaduas, vestida, mas com os pés<br />

descalços, em pé sobre uma secção de esphera, tendo debaixo<br />

dos pés um camarão (ScoTpio) e segurando cóm a mão esquerda<br />

uma lança apoiada no chão e com a direita um<br />

crescente de lua. No segundo plano: á esquerda, uma grande<br />

arvore; e á direita, vista de uma cidade.<br />

(vide a estampa n.° v),<br />

N.° 212. Apollo dansando com as Musas.<br />

Apollo no meio, quatro Musas á direita, e cinco á esquerda,<br />

d á o-se as mãos, fazendo uma grande roda e dansando.<br />

Em baixo, á esquerda, lê-se, escripto em uma taboléta<br />

oblonga: « NOEL. », como no n.° 41 a. da Taboa dos monogrammas.<br />

Altura, 54 millimetros; largura, 156 millimetros.<br />

N.° 55 de R.-Dumesnil (vti, 17).<br />

A estampa é cópia invertida da que descreve B. sob n.° 2<br />

(x, 133), gravada por um artista anonymo do XVI século.<br />

Raríssima. Foi da Real Bibliotheca.<br />

PERRIER (FRANCISCO)<br />

Francisco Perrier, pintor . e gravador á agua-forte. e a<br />

claro-escuro, filho de um ourives, nasceu em 1590 em Macon,<br />

segundo Guillet, ou em S. 4 Jean de Losne, segundo os registros<br />

da Academia de pintura e de esculptura de Paris, ou<br />

ainda em Salins, no Franco-Condado, segundo outros; em todo


783:<br />

o caso na Borgonha, tomo elle proprio o declara, assignando-se<br />

Burgundus.<br />

Ignora-se" quem fôra seu mestre de desenho. Foi da sua<br />

cidade natal para Lyão, onde pouco se demorou á falta de<br />

recursòs ; de Lyão partiu para Roma conduzindo um cego, o<br />

que lhe permittiu fazer a viagem sem nada despender. Nesta<br />

cidade empregou-se n,a casa ' de um negociante de quadros,<br />

que o occupou em pintar ; foi ahi que*" fez conhecimento com<br />

João Lanfranco, de quem aproveitou excellentes lições para<br />

o exercício da pinturá. F. Perrier, que se tinha formado gravador<br />

com a mesma facilidade com que se tornára pintor,<br />

gravou então, á instigações de Lanfranco, a Communhão de<br />

Jeronymo, segundo Agostinho Carracci.<br />

Depois de longa estada em Roma, tornou á França em<br />

,030 ; de;', passagem por Lyão, pintou na Çartucha, d'es,ta<br />

cidade : a Vida de São Bruno no claustro e a Ceia no refeitório,<br />

ambas a fresco; e varios quadros para a igreja do mosteiro.<br />

Em 163 i . foi ä Paris, onde se relacionou com Simão<br />

Vpuët, que o empregou em executar segundo os seus desenhos<br />

decorações em varios palacios e castellos.<br />

Não obstante a bôa reputação que lhe grangearam estes<br />

trabalhos, , F.. Perrier, cujo temperamento e talento se.não<br />

coadunavam com o papel secundario que representava na execução<br />

dev taes obras, tornou de novó á Roma (1635).<br />

Em Paris já tinha gravado algumas estampas ; em Roma<br />

publicou muitas outras, principalmente as series á agua-forte :<br />

Estatuas antigas (1638) e Baixos relevos da antiga Roma<br />

(1645). ;<br />

. Voltando para Paris em 1645, occupou-sé em pintar a<br />

fresco o tecto dá galeria do palacio de La Vrillière, o palácio<br />

de Raincy e ainda varios quadros. As suas pinturas são cheias<br />

de imaginação • e de fogo ; mas o seu desenho é- ás vezes incorrecto;<br />

o seu colorido muito carregado de preto e as suas figuras<br />

não têem belleza nem graça.<br />

A sua obra gravada consta de 95 estampas (R.-Dumesnil),<br />

executadas com ponta espirituosa e ligeira no gosto de Miguel<br />

Dorigny. As duas series acima citadas, publicadas em Roma,<br />

merecem em parte a bôa reputação de que gozam ; mas não<br />

reproduzem com fidelidade os originaes. Nas estampas de F..<br />

Perrier eile proprio escrevia o seu nome de varios modos:<br />

Perier, Perrier e Paria (á italiana) ; e em algumas d'ellas<br />

accrescentava ao apellido' de familia o sobrenome.pátrio Burgundus.<br />

F. Perrier foi um dos fundadores (1648) da Academia<br />

de pintura è' de esculptura ; de Paris, a qual o elegç.u um dos


784:<br />

seüs Anciãos òu Professores, como depois foram denominados<br />

Foi mestre do célebre Carlos Le Brun; e ainda que se tivesse<br />

casado, não teve filhos.<br />

Falleceu ém Paris em 1650.<br />

N.° 213. — Minerva mostrando o templo da<br />

gloria a um joven guerreiro; allegoria, segundo<br />

Simão Vouet. -<br />

Minerva, com um-globo na mão esquerda e um ramo de<br />

loureiro na outra, mostra o templo da gloria, á esquerda a<br />

um joven guerreiro, que . põe a mão direita sobre o globo,<br />

como quem o vae tomar. Na margem inferior, lê-se: 1.°,<br />

« Simon Voüet pinxit / Cum priuilegio Regis », á esquerda 1<br />

« François Pèrrier \ sculp, parisi. 1632. », á direita;; ^ 0 , um<br />

dístico latino, no mèio :<br />

« Quisquís ad hoc sacrum, concurrís limen honoris<br />

Aspice quod virtus strenua pandit iter -o. ».<br />

Altura, 242 millimetres; largurà, 113 millimetros.<br />

N.° 16 de R.-Dumesnil (vi, 170).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

vouet (símsc«<br />

Simão Vouet, pintor e gravador á agua-forte, nasceu em<br />

Paris a 9 de Janeiro de 1590 e falleceu na mesma cidade a<br />

30 de Junho de 1649 (Villot; è Ch. Blanc, Histoire des<br />

peintres : Ecole française,. .Vouet, 1).<br />

Seu pae, Lourenço Vouet, pintor mediocre, foi o seu<br />

primeiro mestre. Diz-se que aos quatorze annos já era tão<br />

hábil retratista, qtiè foi chamado á Inglaterra para pintar o<br />

retrato de uma nobre dama, refugiada naquelle paiz. Depois<br />

de alguns annos de estada em Inglaterra tornou á França.<br />

Graças á nomeada, de que então já gozava!, e talvez também<br />

.ás suas maneiras, foi designado para acompanhar á Constantinopla<br />

(1611) o embaixador Achilles , de Harlay, Barão de<br />

Sancy, afim de tirar o retrato do Sultão Achmet I, retrato<br />

que sàhira .muito parecido, ao que se diz, não obstante ter sido<br />

feito de memoria, segundo as recordações que o pintor con-,<br />

servou do Sultão na única vez que o viu no acto da recepção<br />

do embaixador.


785:<br />

I : Em N •JEft*) ' 'PHmHHHMiyUtinoph<br />

. jpfflafiVl^jjK ,i 4 J ^ 1 ,nh '^«iii'f^v<br />

mais MSB^^gmeMaB • pmJBr da Cmt| kgracii$®om<br />

V» I i iJuljiT«.,'. Louvr I n HHB<br />

Kgou-o de iilVTs* Q B H • j |,f„ ^ H f, I ,'jj<br />

' H '<br />

agmm s jvi"^<br />

¡Jgiw'/j, 1 ESt Vi IJ - D 4 2 3 4 H 8 H H H H I<br />

E--V^JT-ii. f.Sly' ¿< B E^^HSHM s I II, iiniSiiJ<br />

•H. t l r o u m 3 r * ' i xm, assim como os de<br />

fodSR^i-• j'-A'ja.* ii m m i""'lifS<br />

Richelieu no fjfalaii^M,, e nc<br />

; mtm v ,jS| f. P' 1 BKSi3&!SnSSn9<br />

.enf-Milly, • H Duqiife H H .<br />

iS l.. „.„ 1 I ' VjSiK 1 feSfrj ' 1 -<br />

i r0 dc mnluras Jp|||quasi toda*<br />

® -sP* 1 4qMfHHMHM muito act e expeditamente,<br />

bSKS * - "I ,(fi> S k i " r"S<br />

H utas v e C H ' ' i i in Se mo .<br />

a sens di: KwTyt BHH • • • H M<br />

P 3 ^^»^^!®® puffins<br />

H H M H g M | | H (JSL ' j ' mm<br />

ii 1 , mi - «¡¡ , * .<br />

•BPW «H8Kq«'Wl>et6ido a afouteza do seu


786:<br />

pincel, a abundancia do seu talento fácil e prompto, censuralhe<br />

haver apenas conhecido os rudimentos do claro-escuro<br />

não ter tido sciencia das gradações da luz.e ter pintado d^<br />

masiadamente por practica e não do natural.<br />

A maior gloria de S. Vouet consiste em ter formado na<br />

sua, escola célebres discípulos, que honraram a' patria com as<br />

suas obras primas . e 1 tornaram • immorredoura a memoria do<br />

tóestrê ; "Carlos Le Brun; Pedro Mignard ; Eustáquio Lesueurâeus<br />

irmãos, Albino e Cláudio Vouet; seus genros, Francisco<br />

Tortébât e Miguel Dorígny; Francisco Perrier, o Èorguinhão;<br />

Miguel Corneille Sênior ; João Ninet de 1'Estaing ; Carlos<br />

Affbíiso Dufresnòy; Nicolau Chapron; Luiz Testelin; Remigio<br />

Wuibêrt; Carlos Meslin, o Loreno; Frei José, dos Bernardos<br />

Füiiénsês ; Carloâ Poerson ; &.<br />

Tratando da obra gravada de S. Vouet, R.-Dumesnil<br />

(v, 71-72) èxprime-sé nos seguintes termos : «Ainda que<br />

nenhünl dos seus biographos ò tenha dito, deve-se a este célebre<br />

artista uma estampa gravada â agua-forte: è uma Sacra<br />

Familia, executada com pureza, franqueza e elègancia, á<br />

maneiíá de Francisco Perrier. Sabe-se quanto Vouet se avantajou<br />

em assumptos da Virgem Santíssima. » Além ¿'esta,<br />

Nâgler, Lexicon (xx, $*jí), descreve sob o n. è 2 mais outra<br />

éstâmpa gravada pof S. Vouet: A Magdcãena, no deserto,<br />

àjoelhada, voltáda para a direita, segurando com ã mão esquerda<br />

o crucifixo e tendo a direita sobre um livro; com<br />

quatro versos latinos, «Amore... .lambere. » è os dizeres:<br />

« VoUet jnuen. » e « le Blond excud. », na margem inferior.<br />

Em Outubro de 1638 perdeu S. Vouet sua mulher Vifginià<br />

de Vezzo, dê quem teve quatro filhos; dois annos depois<br />

contráhiu segundas núpcias, dás qüâeS houve ainda três filhos.<br />

Pàsâou os últimos annos da vida sempre adoentado, em tal<br />

estado dê fraqueza -que não podia pintar nem tão pouco dedicar-sé<br />

a qualquer trabalho espiritual.<br />

N, 0 214. — A Sacra Familia.<br />

Três figuras em uma paizagem : á esquefda, a Vi^geni<br />

Santíssima, a meio corpo e a, tres quartos para a direita, sustenta<br />

mos braços o Menino Jesus. Este, com duas cerejas na<br />

mão direita, tenta tomar com a esquerda um passarinho, que<br />

S. José, á direita, lhe apresenta sobre o indicador da mão<br />

direita. ••••.". y. ' .,<br />

Nã margem inferior lêem-se: no meio, dòis versos<br />

italianos':


787:<br />

« Sied? in bfat'civ à ta Madré il figUo Dio,<br />

Donxt l'iiugelù) à lui giu&eppë pi'o. » f<br />

2!°j, « Si foiiçt jn sculpi », â esquerda ; « Cum PriuUegto Régis]<br />

*Ô33\ "> ® direita;<br />

Àltura: â esquçrda, 170 miliiriietros, ê â direita, 17g miU<br />

limetros; largura, 206 millimetros.<br />

¡P II; 2. 6 ëâtadë (çôm â datâ), dé iSfaglét-, Lexicon,<br />

xx, 57Ï. E â tnësiîiâ ëêtâftipk de quë fàïia kobëtt-foumëàilil.<br />

Dâ Real BibÎiothéeà;<br />

CALLOt (]AebB)<br />

Jacob Càllôt, dësënfrâdër, grâvâdôi' â btlHl ë â âgtfâ<br />

-forte, descëhdèntë dë iimâ faihilià .brigiiiârià dâ Ïïëfgëhhâ,<br />

'éètàbeiècida ;na Lorëriâ, iiàscëïï ëni Nancy etii fgijfe (Màtïffië,<br />

i, 4 ë p e fàllecëu iià mesmâ cidâdë a ¡¿4 de MâirçÔ dë<br />

ÊÔm 43 annos de îdaqë.<br />

«Jàcôb Câllôt, ÉÉ: Màriëttê fi; è|§ ë se'gtiiiitëS), fiasè'ëti<br />

em Nàncy dë paês nëbres, î|ttê, dëëtîftafldo-ô k outra jftô;<br />

fissâo quë nào â do desërihë, së ImpaCiëîitâVâin pôf Verëtïl-iî'O<br />

»aëspièzâr ps estudos, pàrâ ëinjjrêgâi* tëdë ë seti lêiîïpo iïë<br />

èxércicio d ësf â disciplihâ. Qiiëi-ëndo irripëdir 6 fiihd dë<br />

aèfeênhâr, âguçàram cëiri issô Os sêii§ défcëjëi} a taî pofito t[tië,<br />

j>arà nào set ob'âtâdë hos sëiïs iiitéfitës, ré&ëlVetï, si b'ëtti<br />

Hvëssê âpenas dozë âniiôs, âbâiïdëhâi; â dàêà patëfria ê ir<br />

procuïar ha îtalià os âiëios dë âpërfëiçôâf-âê nà ârtë qtië ërâ<br />

a cOrisiantë prëoccupàçàë dës sëtië pënâariiêiitOS. ÀSëiiîl, Sëfii<br />

attendèr aos perigos à quë 'o ëxpufthârii sëiiS VêrdëS âïinëS,<br />

& Sut fJbtteà ëipetiénëià ë rirais tjiie tiidë â Itiâ cëmpànhia<br />

d'âcjuélléS; à fpieiïi â faltà de dihhêirë fôrâ Obrigado à àèsôëiâr-Së<br />

pai-à. faîëi 1 a fiàgëhi; tihl bâildd de eigânëé, 'chef00 â<br />

Flfjifença, bhde nâo lëvou muièo tefiipti sëih- ëiicohtrâif pesséâè<br />

'Stiâs rëlàçÔës, âà Qbaëâ b Obfigàfàhi ài voltâ? eorii ëllâS<br />

para Nancy; Ëtn ëëgundà^ Viâgërti' qtiê fe£ â Itâïià algtita<br />

tempo dë'jpëis nad foi mâife fëlié ; éëxii paëS} âcëëdefidb ââ feuâë<br />

mëtâhfês sbllicitâÇôës, pértnittiràm-lhë emfiM qlië VoltaéSë pëlà<br />

Éëfëeira véi' â^ûelle pâiz ë dësdë ëntâO ëbîftëçOu à dëdiëat-éë<br />

sihcèramënte â grà^Urâ:<br />

« Qliëfn jïririiéirà lhë ëhéinOu o mâhëjO dë btïtil foi Philippë<br />

Thëmâëéiîi, dé nâ'^âë ffiaâèéé} (jùé ëstâVà- ëSïàbëlëëidè<br />

ëffl Roma ; na casa d'este mestrë trabaïhou .Jacob Gâllot por<br />

algum tempo^ gravando a biiril puro, o que nâo condiiia


788:<br />

com o seu Caracter : tinha nascido para sér inventor de um<br />

novo genero dé prOducçõés, que em pequeno espaço representassem<br />

grandes assumptos, talento que não herdára de<br />

pessoa alguma e que teve ocçasião de manifestar de modo<br />

brilhante ao começar a gravar á agua-forte, quando deixou<br />

Roma e veiu á Florença.<br />

«As primeiras obras d'esta natureza, feitas para o Grão-<br />

Duque Cosme II, que" O havia tomado ao seu serviço, foram<br />

em breve seguidas de outras da mesma especie, nas quaes o<br />

desenho, " á composição e o toque são tão bem acabados que i<br />

não é possivel desejar-se nada mais perfeito. Assim, quando<br />

depois da morte do Grão-Duque, seu Mecenas, Callot tornou<br />

á Lorena, a sua bôa reputação já se tinha espalhado por toda<br />

a Europa. A infanta Dona Isabel, Soberana dos Paizes-baixos<br />

mandou-o vir a Bruxellas para desenhar o famoso sitio de<br />

Bréda, que ellç depois gravou,, e El-Rei Luiz XIII chamou-o<br />

á França para gravar os sitios'do Rochella e do 'forte de S. Martinho,<br />

na ilha de Ré. São estas très estampas as de maiores f<br />

dimensões que Jacob Callot fez; todas as outras, aliás em<br />

grande numero, são pequenas ; apesar porém da sua pequenhez<br />

não deixam de conter grandes composições, taes como,: a<br />

série, ém que tão magistralmente exprimiu todas as especies<br />

de supplicios, dita As Calamidades da guerra, os assumptos<br />

..da Paixão, da Vida da Virgem Santíssima e dos Martyrios<br />

dos Aposto los, A vida do filho prodigo e muitas outras inventadas<br />

do modo mais agradavel ; mas nenhuma d'estas estampas<br />

emparelha com a que gravou em Florença, representando a<br />

féira que Se faz annualmente em N. Senhora de Imprunetta,<br />

no Estado de Florença : é o quadro perfeito de tudo quanto *<br />

imaginar-se pôde para exprimir um grande concurso de povo<br />

occupando-se em differentissimos misteres.<br />

« j! Cállót executou esta composição da maneira mais feliz<br />

e nada é mais capaz de dar a conhecer a vastidão do seu<br />

gênio. Que variedade nos pensamentos !. quanta nobreza em<br />

uns! quanta simplicidade e ingenuidade em outros! Cada<br />

grupo, cada figura contribue para formar um todo, em que<br />

cada objecto se acha tão apropriadamente no seu lugar, que<br />

se lhe não percebe a menor confusão. Ha outro genero ainda<br />

em que Callot se avantajou: na representação de assumptos<br />

phantasticOs e extravagantes, cujo lado ridículo tão bem<br />

exprimiu que ao vel-os ninguém poderá conter o riso. Estas<br />

composições distrahiam-n'o e alegravam-n'o, e como que ao<br />

mesmo passo o descançavam das suas occupações mais sénas.<br />

« Cállot tinha um talento singular para imaginar posturas,<br />

physionomias, trajes, figuras chimericas, cada qual mais extra-


789:<br />

: yagaót®. bur|ggg| que as outras Neste generó<br />

iFeiiSltritox Amão e úma


790:<br />

-iiti&fgf/ E^-


791:<br />

N.° 220. HB A devastação de um mosteiro.<br />

mèiò» v9-ses: sRlenáo em ¿bmtittf<br />

cuj® ¡nota)' se lê T n S. MARÍA » ; á esquerda, soldados pilhando<br />

ara «ffeiMo de ftétaá® eSräpfitiSiJf»', as felijMMI' "éfttáa;, da<br />

igrejai, ama carroça, puxada a quatro<br />

cçacga tjos despojo« ?<br />

effort sacrilege et. barbare<br />

QiiiU foení. mimer pçuv e$tre violées. »<br />

N.° 221. — Saque e iticendio de uma aldeia.<br />

; A igreja e muitas casas pegando fogp; á direita, um<br />

soldado tocando o gado que tirara da estribaria; no- meio,<br />

duas carroças tomando a carga dos despojos; e á esquerda,<br />

¡Ü habitantes da aldeia conduzidos prisioneiros; por soldados.<br />

«• Ceux que Mars entretient de ses actes me-schants<br />

N'y les pleurs et les cris les puissent esmouuoir. »<br />

N.° 222. — O roubo nas estradas reaes.<br />

No meio, soldados emboscados no matto atacam e roubam<br />

um carro puxada a quatro cavällos \ aquém do carro, Jim dos<br />

viajantes assassinado, extendido no chão, tendo junto de si sua<br />

mala aberta ; . na extrema esquerda, dois soldados investem<br />

contra um bufarinheiro.<br />

. «A r es cart des forests', et des lieux solitaires<br />

JP'qster aux Voyageurs et le Men et la vie. »<br />

223. — A prisão dos malfeitores.<br />

A e- á. direita,, a, justiça bate & matto, passa- descobrir<br />

i os soldados nelle, refugiados;, n© meio, os malfeitoressão<br />

conduzidos presos pela autoridade:<br />

I Apres plusieurs èxcez, indignement commis,<br />

Un cliasMment conforme a leur témérité. »


792:<br />

N.° 224. — O supplicio da polé.<br />

No meio, um condemnado suspenso na polé,'prestes a<br />

ser precipitado d'ella; em frente d'elle um regimento formado<br />

de bandeiras desfraldadas, cujas primeiras filas se preparam<br />

para fazer fogo no suppliciado; á direita, outro condemnado<br />

maniatado, sahindo da prisão, e dirigindo-se para a polé- ¿<br />

esquerda, quatro soldados, igualmente maniatados, montados<br />

em um cavallo de madeira, assistindo á execução.<br />

« Ce ríest pas sans raison que les grands Cappitaines<br />

Rendent celles dautruy laches et desreglêes. »<br />

N.° 225.— O supplicio da forca.<br />

No meio da estampa, vê-se um grande carvalho, do qual<br />

apparecem apenas o tronco e os ramos inferiores, tendo, nestes<br />

muitos enforcados dependurados ; por uma escada, encostada<br />

á arvore, sobe um condemnado, conduzido pelo carrasco e<br />

acompanhado por um religioso; outros criminosos esperam a<br />

sua vez; dois d'elles, perto do carvalho, jogam os dados<br />

sobre uma caixa de guerra. .<br />

« A la fin ces voleurs infames et perdus<br />

Desprouuer tost ou tard la iustice des deux. »<br />

N.° 226. — O arcabuzaço.<br />

Um condemnado, amarrado a um poste, á direita da<br />

estampa, é arcabùzado por soldados, postados á frente de lim,<br />

corpo de tropas, formado,, de bandeiras desfraldadas, á esquerda<br />

da estampa ; no chão, perto do poste, vêem-se os<br />

cadaveres de dois malfeitores já executados; no i.° plano,<br />

á direita, apparece outro condemnado, assistido por um religioso,<br />

encaminhando-se para o supplicio.<br />

_« Ceux qui pour obéir a leur mauuais Genie<br />

Sont ainsi chastiez, et passez par les armes. »


N.° 227. — A fogueira.<br />

793:<br />

No meio da estampa, um condemnado, amarrado a um<br />

poste dentro de uma fogueira, é estrangulado pelo carrasco,<br />

em presença de dois corpos de tropa, formados á esquerda e<br />

á direita. • No i. ff plano, ' á . esquerda, vê-sè dutra fogueira<br />

meio armada J e no 2.°, uma igreja e casas ardendo em<br />

chàmmas.<br />

« Ces ennemis du Ciei qui pechent mille fois<br />

lis sont eüx mesmes enfin aux flammes immolez. »<br />

N.° 228. — O supplicio da roda.<br />

: Em uma praça publica, apinhoada de tropa e de povo,<br />

lèvanta-sè sobre um alto estrado a roda, a que está amarrado<br />

o,condemnado, assistido por um padre, soffrendo o su.pplicio,<br />

que lhe inflige o Carrasco. Na extrema 1 esquerda da estampa<br />

apparece-, outro condemnado, acompanhado por um religioso,<br />

dirigiiído-se pára o patibulo.<br />

« Eoiil tousiours surueillant de la diuine Astrêe<br />

Puis luy mesme deuient le iouet d?une roüe. »<br />

N.° 229. — O hospital.<br />

Á esquerda da estampa, e perto de uma igreja, vê-se um<br />

hospital, para onde se encaminham soldados doentes, estropeados<br />

e mutilados.<br />

« Voyez qUe d est du monde et combien de hazars<br />

Et les autres s'en vont du Camps a V Hospital. »<br />

NV 3 230. — Os mendigos e os moribundos.<br />

No meio de uma rua de aldeia, soldados licenciados,<br />

espalhados por toda a parte, pedem esmola, emquanto outros,


794:<br />

jazendo sobre monturos (no i.° plano), a morrer de miséria<br />

recebem de um padre e de outras pessoas caridosas òs últimos<br />

soccorros,<br />

| « Que du pauvre soldat déplorable est la çhançe, /<br />

De, voir Pobiet presant des peines quit endure. »,<br />

N.° 231. — A desforra dos çamponios,<br />

Camponezes, emboscados á bocca de um matto, atacam<br />

soldados que voltam do saque, e lhes infligem a pena de<br />

talião, despojando a uns, matando a outros,. &.<br />

« Apres plusieurs degast par le$ -soldats commis<br />

fies pertes de leurs, biens,, qui ne: viennent que deux. «<br />

N.° 232. — A distribuição das. recompensas,<br />

Um Rei, sentado no> throno, no meio. da estampa, distribue<br />

recompensas aos militares. que> se distinguiram na<br />

guerra. Em baixo, á direita, oceorre: « Callotfeat Israel<br />

excudit. » ; e na margem inferior os versos :<br />

« Cet exemple d'un Chef plein de reconnaissance,<br />

La honte, le mespris, et le dernier supplice. »<br />

anonymo xvi<br />

N.° 233. — Vista %.<br />

deáaa e flamulas. ftoreíeadas de foes. Sraafe mKidjj»®<br />

gente, espalàaa^j pel


7Ô5<br />

cuío; á esquerda?. no S>,° plano, a. torre de Nesle; á direita,<br />

mais ao longe, o Louvre e as Tulherias. Em baixo, á esquerda,<br />

sobre % agua, lê-se;, « Qalloi In »^ e. na margem inferior:<br />

1 Go&tyPt W^WÊ Mf| }i < fllgij<br />

A estampa exposta acha-se um tanto mutilada.<br />

Dimensões da gravura na estado actual; altura, 15-3 millimetros;<br />

largura, 299 millimetres.<br />

Cópia, no mesmo sentido do original, da estampa de<br />

Callot (n.° 713 de E. Meaume, á pag. 339 do 11), descripta<br />

pêlo mesmo autor ás pp. 638 - 639 do 11, sob o titulo Seri.<br />

no 3. 0 estado.<br />

Pa, ís.ea a gravou, com excepção apenas da$<br />

que representam as estações e os elementos, nas quaes,occorre<br />

• o monogramma particular de Nicqlau.<br />

A obra dos Perelles, muito considerável, , eonsta,f quasi<br />

exclusivamente, ée yi"st-as e paizagens segundo Paulo Bril, Cor?<br />

nelio van Poelenburg, Gaspar van Wittel, João Asselyn, Jacob<br />

Fouquières, Jacob Callot e" principalmente Israel Silvestre.<br />

As paizagens,' pela maior parte pequenas, são gravadas<br />

com muito bom gosto e graça, muitas vezes ornadas de casaria<br />

muito pintoresea e de figuras- Os Perelles são com razão ar^<br />

x guidos de terem gravado as suas paizagens antes por prática<br />

do que segundo a natureza. Gravaram também assumptos militares<br />

segundo o engenheiro Beaulieu. ,


796:<br />

N. 05 234-237. — As quatro estações.<br />

'•"Sérié de^tàlro'êstampas circular^.?J^^s&bscnpção mo'<br />

nogramma- ou marca sèto'dat%^i^vé5tampás'estãõ<br />

cortadas pelas-beiras .do desenho.<br />

Diâmetro dos redondos* 167 a 172 milliineíros.<br />

Da Real Biblípthecàs :<br />

N.° 234. — A Primavera.<br />

_' itfp 1.° plano, ;letg! figuras em diversas* posições e nm<br />

animal carregado, visto, pelas costas; no meio . um^<br />

ponte sobre um rio, qtn: mais abaixo fôrma uma cascatiHiill<br />

á direita, casas e-dois pastores tocando um<br />

N.° 235. — O Verão.<br />

No: plano, dois homens em p^: no 2.°: á%si::ier£iãj<br />

segadores ceifando uma seara,no muo, dois pastore*, sei<br />

guindo um rebanho j espalhadas pela paizagem muita^ã§Í|<br />

N.° 236. — O Outomno.<br />

t N(%|.,° plano, á esquerda, um pórtico em ruínas; no- 2.',<br />

á direita, caçadores correndo um veado. 1<br />

N.° 237. — O Inverno. ,<br />

No i.° plano, á esquerda, um lenheiro cortando os ramos<br />

de uma arvore junto de um rio, que desce da direita; mais<br />

além: á esquerda, um animal carregado de lenha e dois homens,<br />

vistos pelas costas, e á direita, outro animal também<br />

carregado e dois homens dirigindo-sê para uma casa que lhes<br />

fica em frente.<br />

Iriclinamo-nos a crer que esta serie é do buril de Nicolau<br />

Perelle, sem comtudo o affirmar, á falta de dados positivos.


797:<br />

MELLAN |iCi;?boiq,)<br />

| s N.° â<br />

Cláudio pintor e'*grawAr a agua<br />

Ab1iiB^fie'«íí.lfiíS de 1598 ('Andree<br />

Huber & Rost).<br />

•BWjM^jtolgl«,,fpi mflili^M£ígfen'dettKteMg<br />

mentos da arte; d ' ahl f DI S 4 Itaha em Romai s|gMÍpsí<br />

Bia pintura B®imão qi; DU para de-<br />

B^affl somente ¿á gravuraifcb Mdlirec^o de Fráricfill<br />

Villamena. •<br />

Cláudio Melian trabalhou em Roma e em Paris, ás mais'<br />

dás tops segund propnos *desênhps,i®s seus contornosi<br />

' «ISsBs 0 flMfjbiytwya. cabeças de hoSSE<br />

|4>rimem o caracter propf® de cada um e as de mulherés'<br />

Saof cheias fc graça Na& Suas pnmeí£í& tainha gravadas em<br />

B^BB ava, como todos os gravador<br />

mas depoispiudou de maneira ;è empregou talhos nâò cruzados//<br />

ora mais ou menos largos, ora iiryjs, - segun "!<br />

'pW*^ ^a^m ^ie desejava, dar apsMbjectüsvKue gravava<br />

Em Cíaudiq Melian dJ||||| admirar ofícopo ( com |||s<br />

^®ptrabalhos\poude .produzir tanto.-vigor e tanta mtpr nas<br />

§!&rnpas-;' ; k 'sua maneira ,'sijEMlpp nunca desmentida<br />

Bj^^HHs^^^^^^^H^SS^BB^^H Hl H<br />

gíangearam-lhe grande e beni/giííiã^swBúM^i' •<br />

'•' „ i riqpo 'artista-,umà .pensão ^.'Valíaja^<br />

HH ÍSBBSP' Claudiifôlâíân.-irabalhou agífeliltimoS<br />

?®ÓipRi;:<br />

M e JssftíiChristò,' adiante;:descyp®j(&° 2j«é n i ,<br />

afamada, nSoSfupjne MM»« melhor gravura, ft^BlSina^'<br />

ggira sipgijIar|Bm que foi execuíada Falleggíí em Paris a o<br />

¡JJgetfjjibro de SpiSvl<br />

N.° 238. — A Santa VerónicasjBj||||§.Çhristo:<br />

^í-v ^itaftI ê executai com um sp talho gyr3nteí"qn&<br />

começa, na ponta do nariz; do Salvador,


798:<br />

Ém^iíói pçcorre : '


799:<br />

as estampas da Bibïict de Raphuet com as suas b^èchaùaes se*<br />

gundo às proprias composites. -<br />

0 nome d'este artista occorre escripto nas estampas ,gravadas<br />

por elle de différentes modosl Ghapron, Gkappron e<br />

Chaperon. Adoptâmos o primeiro, seguindo a opiniào de R.<br />

-Dumesnil (viij 213-214').<br />

N. 0 240. — A âlliaíiça de Báccho e de Vénus.<br />

- Em uma paizagem: á esquerda, debaixo de um ióídó<br />

greso a graftdes arvores, ás duas divindades êrri pê, olhando<br />

tima parà oiitra; nomeio, uma bacchante dormindo/* é perto<br />

d'ella, um satyro e uiàa criança segurando ümá Cabra deitada<br />

no chão, em cuja teta se vê outra criança mámmando; &. Na<br />

margem inferior occorre : ksjjff. Chappron jnü et sculp*<br />

FÓJÇ. D, á esquerda; 2.", um dístico latino :<br />

« Conformis' patet amborum Natura l)eorum<br />

>/' Nudus Vterque; et amat Bacchus, Amorquè bibii »,<br />

no. meio | 3.% « F, L. D. Ciartes exctídit Curn Priuil. Régis<br />

Ghrist. », á direita.<br />

Altura, 297 millimetros; largura, 385 millimetros.<br />

N.° 58^ í2-.° estado (com o endereço de Giartês), de R.<br />

-Dumesníl, á pag. 232 do vi.<br />

I)a Real Bibliotheca.<br />

BOULANGER (JOÃO)<br />

João Boulanger, desenhador e gravador a buril, nasceu<br />

em Amiens ou. em Troyes, na Champanha, éütre os ánnos<br />

de 1607 a 1613 e falleceu em Paris em idade niuito provecta.<br />

.. « As obras de gravurá de Boulanger são, acabadas com<br />

tanto esmero e tamanha nitidez-j que não ha estampas que a<br />

gente-.çòntemple com mais prazer. São todas abertas a buril<br />

somente,'e a maior parte representa âsSumptos religiosos ou<br />

retratos de personagens illustres, visto ter Boulanger preferido<br />

escolher estes sujeitos mais comvinhaveis ao seu getíi-ò, que<br />

Rã© era muito -elevado nem bastante fogoso para tratar de<br />

outros* 'cujo merecimento consistisse na feeileza dós caracteres<br />

•ê,(^expressões. Assim», este gravador se Hmita-va tão so®âeiíte<br />

á pratica da grâvura ; empregava tóxio o cuidado em dispor os


800:<br />

seus talhoà Com ¡igualdade* de modo que o accôrdo das sombras<br />

e das m^ías-tintaá produzisse uma çôr suave e agradavel ; nesse<br />

iritty.to, sem sé* importar muito çpm o tempo , que -nisso-gastaria*,<br />

imaginou ^xpi-imiV ;as v sombras-das carnes por meio de<br />

grande quantidade/ de ponto? ^ollocádos perto uns dos outros<br />

como se pratica, nas pinturas á miniatura, em vez de as representar,<br />

como até então Se fazia, por ,meio de talhos ou traços<br />

Esta. nova. maneira de gravar ,sortiu-íhe muito bem e foi depois<br />

seguida,, por muitos. òut-ros^y artistas que, como elle, capricharam<br />

em gravar com extréma 'nitidez. » (Mariette, i 167<br />

e 168). . \ fe ' ';. r \ í Í. ' ' • '<br />

Esté ¿râvador 'não deve ser confundido com p seu homònymoj.<br />

pintor, natural de Troyes, que nasceu em 1606 (?) e<br />

falleceu em 1660.<br />

N.° 241. — A Virgem Santíssima contemplando<br />

o Menino Jesus, que dorme; segundo Simão<br />

Vou et.<br />

A . Virgem, vista até aos joelhos,' sentada, a très quartos<br />

para a direita, olha com affècto para seu Divino Filho, adormecido<br />

no seu regaço, e com a mão esquerda levanta a ponta<br />

do lençol em que elle está deitado.<br />

Na margem inferior occorrer i.°, um dístico latino:<br />

« Virgo silet, placidum nati miràta soporem ;<br />

Integra quo nó bis est vigilante+quies~. » ;<br />

2. 0 , « S. Voüetpinxit. », á esquerda; « Franc. Tortebàt dei.ex.<br />

cum priuil. », no meio; « I. Boulanger cœlauit làtf. », á<br />

direita.<br />

Altura, 242 millimetros; largura, 202 millimetros.<br />

N.° 21 de L.B. (1, 489):<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

DARET (PEDRO)<br />

Pedro Daret, desenhador e gravador a buril, nasceu, conforme<br />

a versão mais seguida, em Paris em 1610 e falleceu, segundo<br />

uns, na mesma cidade em 1675, segundo outros, em<br />

Ax, nas charnecas de Bayonna, em 1684.<br />

Depois de ter aprendido os. rudimentos da arte na sua


801<br />

pátria, foi, á Roma para áperfêiçoar-se^no desenho -e fia gravura.<br />

''Trabalhouení Paris fe na.,Itália; a su^ õbra gravada<br />

consta de- mais de 400 folhasf'em» cujo numerb- 'sê, conta uma<br />

serie d'e retratos : Taòieaup |historiques • Aisont gràvêi, eri<br />

taílle ãouce : le's illusíres François et é^angê^s. dePun et V autre<br />

jexe ... graz>-. parPierre Daret,i Bouis Boissevin et B. Moncornet,<br />

Paris, 1652-165vols. • iri-4. 0<br />

P. Daret imitou a manéira do pintor Simão Youet; o seu<br />

buril é bellò, artístico o seu toque, mas falta-lhe certa morbideza,<br />

o quê faz;, com que " as suás. estampas pareçam seccag.'<br />

vMò fim da vida. o nôsso artista abandonou a gravura<br />

pela pintura, a que se tinha dedicado no principio ¿ da sua<br />

carreira. .<br />

P. Darèt forftioU hábeis discipulos;, entre òutròs ò célebre<br />

Francisco de Ppilly., Foi membro da Real Academia dèv pintura<br />

dé Paris. Escreveu a vida de Raphael, quê não é mais que<br />

tráducçãó ;liv'rê da de 'Jorge Yasarí.<br />

N.° 242. — A Virgem Santíssima e o Menino<br />

:>. 'Jesus,- segundo Simão Vouet. '<br />

A Virgem, a tres quartos para a esquerda, vista até aos<br />

joelhos, /Sentada, § achega à* si ycom a mão direita o Menino<br />

Jési^ajoelhado no seu regáço; em cima vê-se uma cortina<br />

tomada: •<br />

Na margem inferior lê-se: «EGO DILECTO MEO ET AD<br />

ME^ ÇONVERSIO Eius,' Çant.\i>; 2 0 .., « Simon Vouet pinxit», á esquerda.;<br />

« Cum priuileg. Régis », no meio; « Daret Sculpsit<br />

Parisij: 1638^ r>, á direita.<br />

r Altura, 239 millimetros; largura, 175 millimetros,<br />

• Estampa não descripta- (?), que proveiu da Real Bibliotheça.<br />

49<br />

N.° 243. — A Virgem Santíssima e o Menino<br />

ilpesus, segundo Simão Vouet.<br />

' A Virgem, de perfil para á esquerda, vista até aos joelhos,<br />

sentada junto a uma columna, sustenta no regaço o Menino<br />

Jesus, que com a mão esquerda lhe afaga o rosto, e com á<br />

direita lhe segura no véo. Na margem inferior occõrre: i.°, um<br />

dístico Jatino :


802:<br />

'« Quopuer. aspicitur, quo spectai lumine Matrem<br />

Non alio cupiunt sidere, cuncta regi. »;<br />

2\°, « Simon Voüetpinxit», á esquerda; « Cum priuijegio Regh<br />

1640. », no meio; «Petr. Daret sculpsit Parisij. », á direita<br />

' Altura, 266 millimetros; largura, 202 millimetros.<br />

N.° 4 de L.B. (11, 94).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

. ROUSSELET (EGÍDIO)<br />

Egidio Rousselet, desenhador e gravador a buril, nasceu<br />

em Paris em 1614 e morreu cego na mesma cidade em 1686.<br />

A sua maneira de gravar parece-se com 'a de Cornélio<br />

Bloemaert ; os seus trabalhos porém são mais largos, mais variados<br />

e a sua execução terá mais calor. Muitas das suas estampas<br />

provam que era bom colorista e que sabia reproduzir<br />

pelo buril os estofos e os diversos objectos que entram na<br />

composição de um quadro; muitas d'éllas têem ao mesmo tempo<br />

suavidade e viveza.. E. Rousselet gravou com feliz êxito tanto<br />

assumptos historicos como retratos.<br />

A sua obra gravada consta de 334 estampas.<br />

N.° 244. — S. Miguel vietorioso do demonio,<br />

dito o Grande S. Miguel do Louvre, segundo<br />

Raphael.<br />

Em uma paizagem, o Archanjo, de frente, com um dardo<br />

nas mãos, em posição de quem vae ferir o demonio, visto em<br />

escorço no chão, sòb um dos seus pés. ><br />

Na margem superior lê-se: i.°, « Saint Michel victoriem<br />

du IDemon », á esquerda; « Michael Archangelus Cacoâamonem<br />

conculcans -o. », á direita; 2.", « d"Apres le tablem<br />

de Raphael d^Vrbin... dans le cabinet du Roy. it, á esquerda;<br />

« ad tabulam Raphaelis Vrbin ... in Pinacotheca Regia-h*<br />

direita; 3. 0 , á direita, « Egid. Rousselet sculps. » Sem data.<br />

Altura, 390 millimetros; largura, 243 millimetros. '--y,.<br />

> N.* 55 de Nagler, Lexicon (XIII, 494); N.° 32 de Réveil &<br />

Ménard, na obra de Raphael (11, pag. 32).<br />

Da Real Bibliothéca.


803:<br />

DORIGNY (MIGUEL)<br />

Miguel Dorigny, pintor A gravador a buril e á agua<br />

-farte, násoido èm 1617' em S. Quintino, falleceu em 1662<br />

em Paris, onde viveu e trabalhou quasi tóda a sua vida. *<br />

Foi discípulo de Simão Vouet, cuja maneira adoptou<br />

tãntO' na pintura como na -gravura. As suas "<br />

íãdas segundo as própria comp siçõe e as de outros mestres j<br />

.justas, principalmente nas abertas siêgundo S Voíiet, M<br />

iÇwjrigiiy* representou fielmente © caracter dos Originaes, o que<br />

quer djzer que lhes copiou também todos os defeitos. A sua<br />

execução é desembaraçada;-; soube distribuir cóm parcimônia<br />

a luz rias figuras destacadas e dar boa disposição ao traçado<br />

dâs roupagens ; mas no que dèscahiu foi no desenho, principalmente<br />

dos pés ê das mãos.;<br />

R.-Dumesnil (iv, 249 e seguintes) descreve 135 estampas<br />

do nosso artista, sem contar as, que nãò viu, citadas por<br />

outros-, autores.<br />

M. Dorigny casou-se pom a filha mais mòça de S. Vouèt,<br />

jseu mestre; e foi professor na Real Academia de pintura de<br />

Paris.'<br />

N.° 245. — S, Pedro libertado da prisão, segundo<br />

Simão Vouet.<br />

O Príncipe dos Apostolos, guiado por um Anjo cercado<br />

de uma aureola, sahindo da prisão e encaminhandõ-se para aesquerda;<br />

aos lados d'este grupo dois soldados, sentados, dormindo.<br />

Na iriargèm inferior lê-se : « Tu âirupisti vincula<br />

mea: Tibi sacrificabo hostiam laudis. / Psal. 115. » ; 2°,<br />


804:<br />

cujas pontas estão atadas ao seu braço esquerdo; dentro de<br />

um oval, em largo. No canto inferior esquerdo,' lê-se: «S<br />

Voüet pinxit / .Cii priuilegio », e no direito, « M. D.origny seu/1<br />

Parisi 1638 ». . * '. ! . : É8B|<br />

Dimensões do oval: pequeno diâmetro, 157 millimetrosgrande<br />

diâmetro, 208 millimetros.<br />

A estampa (N.° 60 de R.-Dumesnil) faz parte de uma<br />

serie de ttes, descripta por este autor sob n. 08 60-62 (iv<br />

272-273) e por L.B. (11, 138) sob n. ís 44-46.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

SILVESTRE (ISRAEL)<br />

Israel Silvestre;, desenhador e gravador á agua-forte<br />

nasceu em Nancy em 1621 e falleceu em 1691 em Paris,<br />

onde se tinha estabelecido.<br />

Foi disçipulo de seu tio Israel Henriet. Gravava paizagens<br />

e vistas com tanta intelligencia e bom gosto, que Luiz XIV<br />

o empregou em desenhar e gravar os palacios reaes, as praças<br />

de guerra que conquistára e festejos públicos. Depois concedeu-lhe<br />

este Rei o titulo de mestre dé desenho do Deíphim,<br />

uma pensão e alojamento no Louvre,<br />

I. Silvestre foi por duas vezes á Itália, de onde trouxe<br />

grande numero de desenhos, que posteriormente grayou. A<br />

sua maneira participa das de J. Callot e de E. Della Bella.<br />

Os seus desenhos são ornados de figurinhas tratadas com muito<br />

espirito e bom gosto.<br />

A obra do nosso artista é muito numerosa (mais de mil<br />

estampas).<br />

I. Silvestre teve muitos filhos, dos quaes o mais notável<br />

foi Luiz que, chamado a Dresda, ali trabalhou durante trinta<br />

annos e . foi agraciado por Augusto III, Rei dá Polonia e<br />

Eleitor da Saxonia, com o titulo de primeiro pintor da<br />

Côrte.<br />

N.° 247. H Vista de um porto de mar, nas<br />

costas de Roma.<br />

Á esquerda, uma arvore jperto de uma torre redonda;<br />

para o meio da estampa, casaria e outra torre redonda ; embarcações<br />

de diversos tamanhos e èspecies, espalhadas pelo<br />

mar, &. Estampa circular.


805:<br />

|L &jmtogem%t4>eriqr lê-s^«.S||ͧfun Portée. Mer, star,<br />

fál|fluerda) ffl&CesUs de Rome, à Nafile a (a W^iïà^; e jM<br />

S ' " ^ Y t i<br />

P® 'tP»Í1Í exfuditnê duteta »Sem data*, (1648)<br />

8K,!4:ar::e.m> 13a ni ' '<br />

fc ^estampa faz parte d< 111 'jj^fil" u<br />

pgjjnar. dHHgpoJÍS; atl ' îT!SI P Dr lïfïber<br />

Btost sob i^l^g<br />

Í» A grâvura pipôsta tem à^n&S^f um '.IHHiutilailas.<br />

WÍ\ T)ÍL .m'ai Bibliqtjieca.<br />

NANTEUIL (ROBERTO)<br />

• 4 Roberto. Nanteuil, desenhador e gravador a buril, filho de<br />

um negociante de Reims, nasceu nesta * cidade, em 1618, segundo<br />

Baldinucci, ou em 1630, segundo a opinião mais geral ;<br />

entretanto o autor do artigo sobre Nanteuil do Magasin pittoresque,<br />

xxvii (1859), pp. 322 e 323, attribue a data provável<br />

do seu nascimento ao annò de 1623, á vista da noticia<br />

Mercure galant de Dezembro de 1678, em que se diz ter<br />

elle fallecido nesse anno na idade de 55 annos.<br />

R. Nauteuil começou os seus estudos clássicos em um<br />

Collégio de Jesuitas de Reims; arrastado por irresistível vocação<br />

para as «artes do desenho occupava-se, nos lazeres dos<br />

(seus estudos" e ainda nas classes, a desenhar os retratos dos<br />

seus companheiro^ ; e como os Jesuitas lhe contrariavam a<br />

vocação e a applicação a trabalhos' de arte, R. Nanteuil<br />

passou-se para o mosteiro dos Benedictinos d'aquella cidade,<br />

òs qüaes, se não oppunham ás inclinações artísticas do discípulo,<br />

antes as animavam, facultando-lhe copiar e gravar antiguidades,<br />

epitaphios, quadros da igreja e do mosteiro, illuminuras<br />

de livros, &.<br />

Não se sabe quem ensinou os rudimentos da arte a R.<br />

Nauteuil; affirma-se entretanto que se aperfeiçoou no desenho<br />

e na gravura com Nicolau Regnesson, seu compatriota, a<br />

quem ^excedeu e cuja irmã desposou.<br />

As primeiras estampas que abriu são:" um Tambor, segundo<br />

Jacob Callot ; um retrato de Luiz XV, dentro de um<br />

oval, segundo Lasne ; e duas estampas que entalhou em arvores<br />

do campo — Jesu,s Christo e a Virgem Santíssima quando<br />

ainda estava-no Collegio dos Jesuítas. Vários trabalhos, infelizmente<br />

perdidos, e o retrato do benedictirio Estevão Vuille-


806:<br />

quin (n.° 9 de Robert-Dümesnil), do qual se diz inverisimilmente<br />

ter sido aberto eom ura pregò, convenienteraente aguçado em<br />

forma de ponta de buril, são gravados em 1644.<br />

A estairipa que serviu para ornar a sua these de philosophia<br />

não foi, como se tem dito, a Sacra Família gravada por<br />

Nicolau Regnesson e por Nanteuil (n.® 7 dê Huber & Rost,<br />

na obra de Regnesson), nem tão pouco outra Sacra Família<br />

burilada somente por Nanteuil em 1645 (n.° 2 de Robert<br />

-Dumesnil), mas uma estampa representando três 'figuras, d<br />

Piedade, a Justiça e a Prudência, saudando a Universidade, a<br />

qual estampa serviu para a these de philòsopkia que sustentei<br />

em 1645 », segundo diz o proprio Nanteuil, citado pelo Magasin<br />

pittoresque á pag. 323 do XXVII (1859).<br />

Em 1648 foi Nanteuil para Paris, onde se estabeleceu e<br />

viveu até á data da sua morte.<br />

O seu talento, applicação e obras fizeram-n'o em pouco<br />

tempo muito conhecido ; o proprio Rei, Luiz XIV, dispensoulhe-as<br />

suas bôas graças: em 1650 baixou, a seu pedido, o<br />

célebre edito, de S. João da Luz a favor da gravura, reconhecendo<br />

a excellencia, as prerogativas d'esta arte e as vantagens<br />

que ella proporciona, distinguindo-a das artes mecânicas,<br />

líbertando-a dos óbices â que era sujeita e coníirmando-<br />

Ihe para sempre a distincção e a liberdade devidas ás artes<br />

liberaes ; e creou em seu favor (1658) o lugar de desenhador<br />

e gravador do Real Gabinete, com uma pensão annual de mil<br />

libras.<br />

A obra gravada de R. Nanteuil consta de 234 estátópas,<br />

pela maior parte retratos. Antes de os gravar, Nanteuil os<br />

fazia a pennçjado, a lapis preto e a pastel, com muita perfeição<br />

e parecença, o que contribuía para que as gravuras<br />

sahissem tão bem acabadas. Parece certo que em grande<br />

numero de retratos Nanteuil teve por collaboradores a artistas<br />

distinctes, taes copio Nicolau Pitau, Nicolau Regnesson, Pedro<br />

Simão e Cornélio Vermeulen. As chapas abertas por Nanteuil<br />

sofifreram muitas- alterações tanto durante a sua vida, como<br />

depois da sua morte, alterações, ás vezes tão consideráveis que<br />

algumas estampas do ultimo estado parecem antes impressas<br />

por chapas diversas das que serviram para a impressão das<br />

estampas correspondentes no estado, como, por exemplo,<br />

o retrato do bispo du Mans, Beaumonoir de Lavcirdin (n.° 35<br />

de Robert-Dumesnil)<br />

E para lamentar que os retrátos de Nanteuil tivessem sido<br />

feitos em busto, por quanto a ausência dos accessories lhes<br />

diminue um tanto a impòrtancia. Ha do nosso artista 32 retratos,<br />

de tamanho natural, gravados em toda a pujança do


807:<br />

seu talento, pelos quaes se mostrou burilista superior aos seus<br />

predecessores.<br />

Si depois d'elle têem "apparecido trabalhos superiores,<br />

cabe-lhe a gloria de ter desbravado a estrada que percorreram<br />

com tanta ou maior gloria os gravadorès que lhe succederam.<br />

Estes, graças a séculos de experiencia e de progresso, têem elevado<br />

a arte á perfeição; mas as bôas partes das suas gravuras<br />

existem em germen nas estampas de Nanteuil; entretanto algumas<br />

d'estas podem rivalizar com as obras primas dos gravadores<br />

modernos.<br />

R. Nanteuil variava a sua maneira de gravar segundo os<br />

dbjectos e o seu capricho: ordinariamente representava as<br />

meias-tintas com pontos ; gravava com talhos sem pontos (a<br />

cabeça do retrato de Eduardo -Mollê, n.° 193 de Robert<br />

-Dumesnil), com pontos somente (o retrato da Rainha Christilia<br />

da Suécia, n.° 67 de Robert-Dumesnil) e finalmente com<br />

talhos não cruzados á maneira de Claudio Mellan,<br />

v' Roberto Nanteuil falleceu em Paris em 1678.<br />

N.° 248. — Retrato de Pedro Seguier, Marquez<br />

de S. 1 Brisson.<br />

A- meio corpo, de tres quartos para a esquerda, olhando<br />

para a frente, com grande cabelleira, vestido de armadura<br />

téndo por cima uma facha a tiracollo; dentro de um oval<br />

.Sobre uma mesa.<br />

No oval ocCorre: « MESSIRE F PIERRE SEGVIER CHEVALLIER<br />

MARQÜIS DE S.^ BRISSON PREVOST DE PARIS &*C. »,• e por<br />

bàixo- d'elle, o brazâo do retratado; a cujos lados se lê : « Nanteuil<br />

ad viuurn (á esquerda) dei. et sculpebat 165Ç (á direita)».<br />

Altura, 262 millimetros; largura, 184 millimetros.<br />

N.? 224 de R.-Dumesnil (iv, 176).<br />

A estampa tem as margens mutiladas,<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

AUDRAN (GERARDO)<br />

A celebre familia Audran contou em seu seio numerosos<br />

artistas, mais ou menos distinctos, principalmente gravadores,<br />

que floresceram no XVII e no xviii séculos; de todos elles<br />

gorém o mais afamado é Gerardo Audran.


808:<br />

Gerardo Audran, desenhador, gravador a buril e á agua<br />

-forte, e editor d'e estampas, nasceu em Lyão a 2 de Agosto<br />

de 1630 e aprendeu a gravura com seu pae Claudio 1., gravador<br />

mediocre, e com seu tio Carlos. As suas primeiras<br />

obras resentem-se de certa dureza e incorrecção de desenho ;<br />

mas O seu talento, a sua assiduidade no estudo, a morada<br />

que fez em Roma (1665-1668), os conselhos de Carlos<br />

Maratti, de Cyro Ferri e sobretudo de Carlos Le Brun fizeram<br />

d'elle um desenhador correctíssimo e o mais notável gravador<br />

de Jhistoria da escola franceza, talvez sem rival nas outras<br />

escolas.<br />

G. Audran trabalhou em Paris de 1660 a 1664, e em<br />

Roma de 1665 a 1668 ; de volta á França obteve, mediante<br />

recommendação de C. Le Brun, as bôas graças de Colbert,<br />

ao qual deveu .a protecção de Luiz; XIV, que mandou dar-lhe<br />

aposentadoria na fabrica dos Gobelins e o nomeou seu gravador<br />

ordinario, com pensão.. A Academia de pintura também<br />

o distinguiu, recebendo-o no seu gremio, como socio (1674),?<br />

e depois (1681) nomeando-o seu conselheiro. São da sua<br />

ultima estada em França (1668 a 1703) os seus melhores<br />

trabalhos. G. Audran morreu em Paris a 23 de Julho de 1703.<br />

Os processos empregados por G. Audran differem dos<br />

até então usados; as suas estampas, com excepção de poucas<br />

gravadas sómente a buril, são trabalhadas á agua-forte e a<br />

buril, servindo-lhe este utensilio apenas para aperfeiçoar aquillo<br />

que a ponta não tinha exprimido com nitidez.<br />

É aqui bem cabida a apreciação que faz Levesque (Encyclopédie<br />

méthodique: Beaux Arts, 1, 384) da maneira dé<br />

gravar de G. Audran: « Si o merecimento de Gerardo Audran<br />

consistisse tão somente no optimo gosto do desenhó,-|as suas<br />

estampas deveriam ser procuradas: elle porém pintava com a<br />

ponta e com o buril, e nas suas mãos estes instrumentos<br />

tinham a facilidade do pincel. Pela sua mestria todos os objectos<br />

eram representados -com o caracter que lhes era proprio. As<br />

garupas de alguns cavallos das Batalhas de Alexandre accusam<br />

o mais energico buril ; em outras partes reconhece-se tão<br />

somente a agua-forte pintoresca. Para representar os planos<br />

remotos bastam-lhe talhos chatos : pontos de différentes formas<br />

exprimem as. différentes encarnações (*). Um gravador perito<br />

poderá, ao contemplar as. pinturas reproduzidas em-, gravura<br />

por Gerardo Audran, graval-as .em imaginação de maneira<br />

différente, mas quando attentar nas estampas por elle, abertas,<br />

hade reconhecer que não podiam ser,melhor gravadas e con-<br />

(*) Vide a palavra encarnação, em Assis Pinheiro (Bibliographiá).


809:<br />

cluir que os seus trabalhos têem attractivõs e razão de ser qué<br />

ião teriam quaesquer outros da mesma especie por que fossem<br />

substituídos. Reconhece-se que todos esses trabalhos eram inspirados<br />

por um sentimento profundo, da gravura e da pintura.<br />

.Gerardo Audran não pode ter imitadores: para gravar corno<br />

ellè, só èlle. » '<br />

' A ser verdadeiro o dito attribuido a C. Le Brun, quê<br />

G. Audran nas quatro gravuras das Batalhas de Alexandre<br />

tinha afOrmoseado ás suas pintüras, nenhum outro elogio pôde;<br />

ser maisllOnroso ao celebre gravador.<br />

G. Audran teve ofíicina de gravura e negocio de estampas<br />

effi Paris, a principio Aux Gobelins, e depois na Rue S.* Jacques,<br />

auX deux piliers d'or, onde tkmbem publicou, como editor,<br />

obras de seus sobrinhos e de outros gravadores. Elie assignavã<br />

as suas estampas dós seguintes modos : — G. A.; —. G. Au.;—<br />

Ge. Audran/ Gi. Audran; — Ger. Audran; — Gir. Au-<br />

4,rán; — Gira. Audran.<br />

As batalhas de Alexandre Magno.<br />

Série de cinco estampas gravadas á agua-forte e a buril,<br />

segundo'^Carlos Le Brun, das quaes quatro por Gerardo<br />

.Audran e Uma, a Tenda de Dariò, n.° ¡258 d'este Catalogo,<br />

por Gerardo Edelinck.<br />

Quasi todos os iconographos dizem que as quatro estampas<br />

de G. Audran são gravadas em 13 chapas; entretanto<br />

R.-Dumesnil diz que cada' uma das estampas : Passagem do<br />

Granico, Batalha de Arbelles e- Poro ferido, levado á presença<br />

de, Alexandre, é aberta em quatro chapas, t a. Entrada triumphànte<br />

de Alexandre em Babylonia em duas, o que prefaz o<br />

; total de 14 e não de 13 chapas; de feito as quatro estampas<br />

expostas Constam de 14 folhas.<br />

Os dizeres na .margem inferior são em francez e latim<br />

^àquelles' á esquerda, e estes á direita).<br />

Cònvem observar que as estampas expostas apresentam,<br />

na largura, pequena diminuição em relação ás dimensões de<br />

R.-Dumesnil e outros, provavelmente por terem ellas sido colladas<br />

outr'ora inconvenientementé,<br />

N. os 57-60 de R.-Dumesnil; N. eS 15-18 de Andresen;<br />

N. os 212-215 de Delaborde; N. os 228-231 de Le Blanc.<br />

Provieram da Real Bibliotheca as estampas d'esta serie.


810:<br />

N.° 249. — Passagem do Granicho.<br />

No meio da estampa, Alexandre a cavallo, de 1 espada em<br />

punho, e por detraz d'elle Clyto descarregando uma machadada<br />

sobre Spithridates, prestes a ferir ò heroe; á esquerda,<br />

o exercito macedonico passando o rio a vau ; e á direita,<br />

cavaileiros persas vindo ao encontro do inimigo, armados de<br />

lanças; etc.<br />

Em baixo, á esquerda, lê-se : = Gir. Audran sculps. 1672.=;<br />

e nà margem inferior (da esquerda para a direita) :<br />

== Grauè par Gir. Audran, sur le tabléaü de M. r le<br />

Brun, premier Peintre du Roy : / Ce tableau est dans le Cabinet<br />

de sa Ma. te il a 16 pieds de hault sur 30 pieds de<br />

long. \ == )<br />

2.", = LA VERTV SVRMONTE TOVT OBSTACLE. / Alexandre<br />

ayant passé le Granique, attaque les Perses a fortes inégalés, /<br />

et met en fuitte leur innombrable multitude n> — j :<br />

3. 0 , = VIRTVS OMNI ÓBICE MAIOR / Alexander superato<br />

Granicho... exerciturrt fundit -o<br />

4-°j = Aeri incisus... 16 pedes alta et 30 pedes lata. =<br />

Altura, 651 millimetros; largura, i m ,38o.<br />

N.o 57 (1) de R.-DumesniÍ^; ix, 280 ; N.° ,212 de Delaborde,<br />

394.<br />

A estampa exposta pertence ao 3. 0 estado, a saber : no<br />

dizer da margem inferior a palavra Pintre (2. 0 estado)<br />

foi substituida por Peintre.<br />

N.° 250. — Batalha de Arbelles.<br />

, No meió da estampa, Alexandre a cavallo, de espada<br />

em punho, embraçando o escudo, arremette contra o inimigo ;<br />

por sobre a cabeça do heroe paira uma aguia, como que<br />

symbolisando a sua grandeza; á direita, Dario assentado em<br />

um carro puxado por dois cavallos, que escravos fazem recuar;<br />

no i.° plano da extrema direita, Um cavalleiro cataphractario<br />

atirando uma setta ; &.<br />

Em baixo, á esquerda, lê-se : = Gir. Audran sculps. 1674.=',<br />

e na margem inferior (da esquerda para a. direita):<br />

i.°,, Gfaué par Gir. Audran, sur le tableau de M. r le<br />

Brun premier Peintre du Roi. / ce tableau est. dans le Cabinet<br />

de sa Ma, ie il'a 16 piedz de hault, sur Jp. pi. 5. pou. de<br />

long. = /


811:<br />

YERTV EST DLÈNE DE L*EMPMI LIV ÍLT>NDE. 7<br />

MSO" 1 P luslmrs 9 . / 'artui dam la ba-<br />

: i9S i l ' a m m f 9MBEHHB «¡fjftf^^<br />

acíeué de reuerser k throsne Wk Penes,<br />

soumis â. ^¡¿fài^f&fy'' Mace^onienè ^rnas...<br />

cessit zmperij -G ;<br />

4 v««««


812:<br />

3-°, = Sic VIRTVS ET viCTA PLACET / Pori Regis vie ti...<br />

ampliori regno -p =;<br />

4>, = Aeri incisus... jç p. et 5. poll. lata. =• .<br />

Altura, 650 millimetros.; largura, i, m 57o.<br />

.* N.° 59 (3) de R.-Dumesnil,. ix, 282 ; N.o 214 dè Delaborde,<br />

394.<br />

A estampa exposta pertence ao 2. 0 estado, isto é, tem<br />

lettras.<br />

N.° 252. — Entrada triumphante de Alexandre<br />

em Babylonia.<br />

Em um carro puxado por dois elephantes, ricamente,<br />

ajaezados, Alexandre, de pé, segurando com a mão esquerda<br />

um sceptro tendo a figura da' Victoria na parte superior, e empunhando<br />

uma espada com a direita; aquém do carro, um<br />

cávalleiro dando ordens a dois escravos, qué carregam em<br />

uma padiola um rico vasó cinzelado ; etc.<br />

Em baixo, á esquerda, lê-se : = Gir. Audran sculps. /<br />

1675. — ; e na margem inferior, á esquerda:<br />

I.°, == AINSY PAR LA VERTV S'ELEVENT LES HEROS. / EFLtrêé<br />

Triomphante d" Alexandre dans Babilone, au milieu des<br />

concerts de / musique et. des acclamàtions du Peuple. = ;<br />

2-.®, .== Grauë par Ger. Audràn, sur le tableau de M. r le<br />

Brun premier Peintre du Roy. Ce tableau est dans le cabinet<br />

de Sa M, té il a 16 piedz de hault, sur 21 pi. 5 pou. de<br />

e á direita:<br />

r.°, =. Sic VIRTVS EVEHIT ARDENS../ Alexander Babilonem...<br />

ingredïtur -o = ; y<br />

2. 0 , = Aeri incisus... 21 p. et j. poil. lata. —<br />

Altura, 655 millimetros ; largura, 917 millimetros (em<br />

cima), 920 millimetros (em baixo).<br />

N.° 60 (4) de R -Dumesnil, ix, 283; N.° 215 de Delaborde,<br />

394.<br />

A estampa exposta pertence ao 2. 0 estado, a saber, tem<br />

lettrá, mas não o nome de Goy ton.


813:<br />

LEVIEUX (Rein^LÍ^A<br />

Reinaldo Levieux, pintor e gravador á agua-forte, nascido<br />

em Nimes cêrca de 1630, .era filho de um ourives d'esta<br />

cidadév .<br />

Aprendeu os rudimentos da arte de pintura na sua provinda;<br />

mas entendendo que oS seus estudos nunca seriam<br />

completos sem ir á Italia, foi por différentes vezes a esse paiz,<br />

de onde colheu todo o fructo de sciencia de que era càpaz:<br />

muita mestria na composição, grande correcção de desenho,<br />

brilho e verdade no colorido, pelo que, veiu a merecer lugar<br />

distincto entre os'pintores de segunda, ordem.<br />

R. Levieux pintou grande numero de quadros ; como<br />

gravador, só se conhece d'elle a estampa que vae adiante<br />

descripta.<br />

N.° 253. —- O repouso na fuga para o Egypto.<br />

Em uma paizagem : ao pé de uma arvore, á esquerda, a<br />

Virgem Santíssima, sentada, de perfil para a direita, susteiita<br />

nosv braços o Menino Jesus visto de . frente ; no fundo, á<br />

direita, S. JoSé, de perfil para a -esquerda, lendo um livro.<br />

Em baixo, para a esquerda, occorre o dizer: « Leuieux f J. »<br />

Sem data.<br />

Altura, 120 millimetros ; largura, 90 millimetros.<br />

N.° i de R.-Dumesnil (viu, 271-273}. Vide L.B. (11,<br />

549) Wá' Zani, á pagina 29 do vi da 11 parte._<br />

Le Blanc e R.-Dumesnil descrevem esta estampa com o<br />

titulo de Sacra Família; julgamos porém preferível adoptar a.<br />

denominação que lhe dá Zani.<br />

A respeito d'esta bellissima gravura diz o já citado R.-Dumesnil<br />

: « Ha de Levieux, como gravador, uma Sacra Familia<br />

muitíssimo rara. Gravada á agua-forte com ponta extremamente<br />

espirituosa, e sem duvida na Italia, onde provavelmente<br />

a chapa se terá perdido, só conhecemos d'ella um único<br />

„exemplar, pertencente ao Snr. Prospero de Beaudricour. »<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

PICART (ESTEVÃO), dito o Romano<br />

, Estevão Picart, dito o Romano, desenhador e gravador á<br />

agua-forte e a buril,- nasceu em Paris em 1631 (Huber & Rost


814:<br />

e Bryan) ou em 1632 (Nágler, Lexicón, e Andresen) e falleeeu<br />

em Amsterdão a 12 de Novembro de 1721.<br />

Depois de ter recebido lições de Egidio Rousselet, foi,<br />

por conselho de Carlos Le Brun, á Roma, onde permaneceu<br />

por muito tempo e tratou de perto com Carlos Maratti. Por<br />

causa da sua prolongada residencia nesta cidade tomou, quando<br />

voltou á patria, o cognome de Romano, em parte também<br />

para distinguir-se de um mau gravador seu homonymo e contemporâneo.<br />

Estevão Picart foi gravador do Rei; e, em 1664 (Larousse)<br />

ou em 1684 (Nagler, Lexicón), a Real Academia de pintura,<br />

de esculptura e de gravura de Paris recebeu-ò/no seu gremio.<br />

' Por motivos de religião expatriou-se com se.u filho, Bernardo<br />

Picart, < e foram ,ambos residir em Amsterdão, onde<br />

trabalharam constantemente até morrérem.<br />

Além de algumas estampas que gravou para a collecção<br />

dita Le Cabinet du Rói, reproduziu pela gravura pinturas de<br />

muitos mestres italianos e francezes, gravou retratos segundo<br />

os proprios desenhos, e vinhetas e outros trabalhos para livreiros.<br />

Na abertura das suas chapas muitas vezes empregou simultaneamente<br />

a ponta e o buril; mas como deixava a agua-forte<br />

mordei-as muito, as estampas assim gravadas têem aspecto um<br />

tanto düro. Gravou á maneira de Francisco de Poilly e<br />

reproduziu pela gravura pinturas do harmonioso Correggio, mas<br />

sem accôrdo e de maneira sécca e dura.<br />

N.° 254:. — Santa Cecília cantando os louvores de<br />

Deus, segundo Domingos Zampieri, dito o<br />

Dominichino.<br />

A Santa, em pé, vista até aos joelhos, a très quartos para<br />

a direita, com o rosto de frente e os olhos levantados para<br />

o céo, toca violonçéllo ; defrontë d'ella, um anjo, nú, de<br />

perfil para a esquerda, apresentadhe um livro de musica<br />

aberto, que elle apoia sobre a cabeça, segurando-o com as duas<br />

mãos, no qual se lê: « Fiat cor nieum immaculatum ut nõ<br />

confudar. » Na margem inferior occorre: i.°, « S, te Cécile<br />

chantant les Z/òüanges âe jDieu. », á esquerda; « Cœcilia<br />

Yirffo Domino decantans. », á direita; 2, 0 , « Grauée d'après<br />

le tableau du Dominicain,.. poulces de large. », á esquerda ; « /En


815:<br />

incisa,ex tabula L)ominicani. . . po lliees lata. », á direita; 3.',,<br />

« Steph. Picart Romanus sculp. », á direita.<br />

. Altura, 384 millimetros; largura, 271 millimetros.<br />

N.° 20 de Nagler, Lexicón (xi, 256).<br />

v Da Real Bíbliotheca.-<br />

BAZIN (NICOLAU)<br />

Nicolau Bazin, gravador a buril, editor e mercador de<br />

estampas, nasceu na cidade de Troyes, na Champanha, pelo<br />

ataño de 1636 e trabalhou em París, ajudado por artistas que<br />

estipendiava, de 1681 a 1707.<br />

As suas estampas são ordinariamente de üm só tamanho,<br />

in-4. 0 , d'onde provém a denominação — Formato ou Papel<br />

Bazin, que ás vezes se dá ás: estampas in-4. 0<br />

« Nicolau Bazin, gravador a buril, diz Mariettè, 1, pag. 88,<br />

dèdic^u-sé principalmente a representar assumptos religiosos, e<br />

ningueiii melhor do que elle .soube dar-lhes o ar edificante<br />

que inspira a devoção, da. qual aliás elle proprio vivia müito<br />

penetrado; a sua - vida era exemplarissima; só frequentava e<br />

tinha xelações de amizade com ecclesiasticos ou pessoas religiosas<br />

recommendaveis pelas suas virtudes. Foi discípulo de<br />

Mellan, a quem muito ajudou nos trabalhos dos últimos annos<br />

da súa vida ; mas depois abandonou; a maneira do mestre<br />

para tomar a que lhe era própria, e que lhe comprazia pelo<br />

seu- bem acabado, maneira que entretanto é fria, languida e<br />

Sem espirito. Não ha sal em tudo quanto fez este gravador;<br />

às suas obras representam perfeitamente o seu genio, que era<br />

extremamente pacato. Desenhava .com muita nitidez e paciência<br />

; e nada mais..<br />

« Alguns annos antes de'morrer Bazin dispoz de todas as<br />

suas chapas, foi para Troyes, na Champanha, onde se estabeleceu<br />

e morreu como tinha vivido, isto é, imbuido nos sentimentos<br />

de um perfeito christão, cheio de humildade e do<br />

amor de Deus ». ;<br />

Não nos consta em que anno falleceu.<br />

N.° 255. — David cantando os louvores de Deus,<br />

segundo Domingos Zampieri, dito o Dominichino.<br />

; ; 0 .santo Rei, fsgntado, a tirés quartos para a esquerda e<br />

"olhando extático para o alto, toca harpa; na sua frente um


816:<br />

anjo, em pé, apresenta-lhe um livro aberto; no 2. 0 plano, á<br />

diréita, uma criança escreve em um livrò aberto e segura'<br />

com a mão "esquerda uma éspàda, cuja ponta descança no|<br />

chão; aò longe, á esquerda, uma paizagem.<br />

Na margem inferior oceorrem: i.°, quatro versos em<br />

francez, dispostos em duas columnas:<br />

« Charmer les sens de Vhomme en mesme temps, V instruire<br />

C' est ce que fáit David en louant te Seigneur »; •.<br />

2.°, « Peint par le Dominiquin. », á .esquerda-; « Se Vend<br />

à Paris Chez N. Bazin riie de S e . Severin devant V Èglize,<br />

aux armes du Roy. », á direita. Sem data.<br />

Altura, 228 millimetros; largura, 185 millimetros.<br />

N.° 2 de L.B. (1, 211).<br />

A estampa é cópia reduzida da gravada por Egidio Rousselet<br />

(N.° 2 de Andresen, á pagina 402 do 11).<br />

Da Reaí Bibliotheca.<br />

SIMONNEAU (CARLOS)<br />

Carlos Simonneau, desenhador e gravador á agua-forte .e<br />

a buril, nascido em Orléans cêrca de 1639, falleceu em Paris<br />

em 1728/ ' •''.'.'<br />

Aprendeu a desenhar com Noel Nicolau Coypel e a gravar<br />

com Guilherme Château, a quem, a todos os respeitos, excedeu<br />

;'mas foi antes ás suas felizes disposições naturaes para<br />

esta arte que deveu a perfeição que-nella attingiu. Dèsenhava<br />

muito bem; e gravou segundo as próprias composições e as<br />

de varios mestres.<br />

A sua maneira é espirituosa e agradável; costumava empregar<br />

a agua-forte para representar as meias tintas e os planos<br />

remotos e o buril para as partes mais vigorosas. Gravou<br />

com feliz êxito quasi todos os generos: assumptos historicòs,<br />

retratos, vinhetas, &. Em algumas das suas estampas assignouse:<br />

« Simonneau 1'ainé », para distinguir-se de seu filho Luiz<br />

Simonneau. v. .<br />

Em 1710 foi recebido na Real Academia de pintura, esculptura<br />

e gravura de Paris, apresentando como obra de recepão<br />

o retrato de , Julio Harduino Mansard ; e pouco depois,<br />

obteve o titulo de gravador do Rei,: com ordenado.<br />

I Às suas estampas excedem o numero de 130.


817:<br />

N.° 256. S 0s comicos italianos, segundo Antonio<br />

Watteau.<br />

No meio, duas mulheres dansandó; á esquerda, um homem,;<br />

com o rosto quasi todo encoberto pelas abas do chapéu,<br />

sobraçando um bandolim y á direita, um pierrot, e por<br />

detraz d'este um palhaço tomando uma cortina, que cahe<br />

do alto. No fundo, uma paizagem com um busto de satyro.<br />

. Na margem, inferior lê-sé: i.°, «.Peint et Gravé à /'eau<br />

forte par Wattaux et (á esquerda) retouchê au burin par<br />

Simonneaú Vainé. (á direita) »; 2.°V duas quadras em francez,<br />

subscriptas por Gacon, era duas columnas:<br />

« Les habits sont Italiens,<br />

De la f rance et de litalie » ;<br />

3. 0 , o endereço do mercador: « A Paris chez SIROIS sur<br />

le Quay Neuf aux Armes de France. C. P. G. » Sem data.<br />

Altura, 277 millimetros; largura, 200 millimetrOs., .<br />

N.° 1, 3. 0 estado (a saber, com a lettra e o endereço de<br />

Sirois), de E. Goncourt, L' CEuvre de Watteau, pag. 11.<br />

. Gomo a própria estampa o diz, á chapa foi trabalhada á<br />

agua-forte por Watteau e retocada a buril por Simonneau, o<br />

quâl, por mais que fizesse, só poude conseguir que a estampa<br />

sahissè de mediocre merecimento.<br />

Tratando dos defeitos de Watteau como aguafortista, diz<br />

Goncourt {.Opere citato, pag. 11): «Devemos confessar, que<br />

as aguas-fortes de Watteau não passam de meras curiosidades,<br />

mas curiosidades da ordem das cousas rarissimas.» .<br />

Da Real Bibliothecá.<br />

EDELINCK (GERARDO)<br />

Gerardo Edelinck, desenhador e gravador a buril, o mais<br />

célebre artista de uma familia de gravadores de origem flamenga,<br />

nasceu era Antuerpia em 1640 (R.-Duthesnil, vil, 170)<br />

e falleceu em Paris a 2 de Abril'de 1707.<br />

Foi discípulo de Cornélio Galleü. A Convite de Colbert<br />

mudou-se em 1665 para Paris, onde se estabeleceu e trabalhou


818:<br />

até fallecen Luiz XIV deú-lhe aposentadoria nos Gobeliñs e<br />

encheu-o de beneficios, . pelos quaes o nosso artista votou<br />

sempre ao grande Rei a maior gratidão.<br />

Em 1677 foi G. Edelinck recebido meihbro da Academia<br />

Real de pintura e de esculptura. Ainda que flamengo de nas*<br />

cimento, deve ser considerado como mestre da escola franceza,<br />

não só por ter sido em Paris que aperfeiçoou o seu talento*<br />

mas especialmente porque ninguém melhor do que elle pode<br />

caracterizar a maneira de gravar d'essa escola. As suas estampas<br />

são em numero de 339 (R.-Dumesnil, vn, 171).<br />

Levesque (.Encyclopêdie méthodique: Beaux-Arts, 1, 385)<br />

aprecia do seguinte modo o merecimento artístico de Gerardo<br />

Edelinck: «Reconhece-se nelle o compatriota dos famosos<br />

gravadores, discípulos de Rubens. O sèu trabalho, ao mesmo<br />

tempo desembaraçado e precioso, denuncia profundo sentimento<br />

da côr. O seu buril é mais apurado que o dos Vorstermans<br />

e dos Bolswerts, sem ser menos pintoresco; este apuro<br />

pctfériã não degenerava em minudência nem 0 obrigava ás<br />

deiõttgâs, que OS gravadores empregam hoje em abrir as süas<br />

chapas, delongas que lhes inspiram aborrimento á sua arte<br />

e os tornam tíbios. As dimensões e o numero. das suas estampas<br />

attestam a sua admiravel facilidade no trabalho. Lançando<br />

um rápido olhar sobre a sua Magdalena penitente,<br />

admira-se-lhe o effeito, a expressão, a nitidez; examinando-a<br />

com mais attenção, fica-se sorprendido da afouteza de<br />

toque, que néíla se vê, e é justamente esse toque que lhe<br />

dá espirito de vida. Parece que este segredo morreu com<br />

eile, em mal dos gravadores a buril. Julgado por esta estampa,<br />

Le Brun parecê grande colorista e fôrça é Confessai<br />

que este habilissimo pihtor, traduzido pôir Edelinck e por<br />

Audran, parece havei tido perfeições que lhe faltavam. Edelinck<br />

não fez obras mediocres; em todas ellas ha calor; todas<br />

as suaS cabeças são vivas. Entre as suas obras primas contam-se:<br />

a Sacra Familia segundo Raphael; a Familia de<br />

Dario em presença de Alexandre, a Magdalena e o Christo<br />

dos anjos, segundo Le Brun; os retratos de Desjardins, de<br />

Le Brun, de Rigaud; mas de todas as Súàs estampas era ao<br />

retrato de Champagne que elle, tão competente na materia,<br />

dâva a preferencia. A mais gabada das suas gravuras é a<br />

Sacra Familia, por ter sido á primeira obra que lhe deu<br />

reputação; quando o autor se excedeu a si proprio, continuou-se<br />

a. repetir os elogios a principio dados a esta estampa,<br />

que é com effeito de grande belleza. »


8X9<br />

N.° 257. % A Sacra Famüiâ, segundo Raphael.<br />

1 'Cinco figuras e dois anjos: o Menino- Jesus, sahindo<br />

do berço, ' lança-se nos braços de -sua Mãe Santíssima-; á<br />

direita, S. João, de mãos postas, adorando-ó, jufttô de<br />

Santa Isabel que, dé. joelhos, o sustenta pelos braços; á esquerda<br />

S. -José, com o rosto apoiado na mão direita, absorto<br />

em meditação ; no 2.® plano, á direita* - um dos anjos deitando"<br />

flores sobre a cabeça da Virgem e o outro de mãos<br />

cruzadas no peito; fto fundo, a direita, uma paizagèm. Em<br />

baixe. vê-se : á esquerda, « Raphael Pinx. |; á direita, « G.<br />

Eãeiinçk séulp. »; é no meio, os vestígios dê um escudo de<br />

âfmas existente no 3. 0 estado da chapa. Na. margem inferior<br />

oecorre: |. a , « Za Sainta famille de Ie.ms Christ. », á ès'^<br />

ijtierda; « Sãcrã ChrisH -F'am/Ua -0 », á direita; 2. 0 , « íyaprès<br />

te tableau de Raphael d'vrbin.,, au Cabinet du Roy M, á esquerda;<br />

« Ex tabula Raphaelis vrbinatis... inpinàcothecâ Regia. »., ã direita.<br />

Sem data. .<br />

Altura, 393 millimetres; largura, 297 millimetros.<br />

N." 4, 4. 0 estado (com o brazão do Abbadè Colbert apa*<br />

gado), de R.-Dumesnil (vn, 178-179). *.<br />

Esta composição é cohhecida pelas denominações de Grande<br />

Sdcra Eamilia do Louvre, ou de Francisco I.<br />

A estampa é uma das obras primas do gravador; a Bi'<br />

bliotheca <strong>Nacional</strong> possue, além do exemplar acima deâcripto,<br />

proveniente da Real Bibliotheca, outro no 2° estado, que é<br />

raro, no volume LX da Colleeção Araujénse.<br />

258. :i A família de Dario aos pés de Alexandre<br />

; estampa gravada em duas chapas e impressa<br />

em duas folhas, segundo Carlos Le<br />

Brun, geralmente conhecida pela denominação.<br />

dé ~ Tenda de Dario.<br />

Em uma paizagem: á direita, Alexandre acompanhado<br />

de Ephestião, á entrada de uma rica tenda, onde sê vêem<br />

-pessoas da família'de Dario: Sisygambis, mãe do Rei ye'hçido,<br />

confusa por ter tomado Ephestião pelo vencedor, pros- :<br />

ternada perante este, pedindo-lhe perdão do seu engano p<br />

recebendo do hèroe esta resposta: —«Não vos enganastes, '


820:<br />

minha mãe ; este é outro Alexandre » — ; a mulher de Dario,<br />

de joelhos e supplicante, apresentando-lhe seü filho ; Statira,<br />

enxugando o pranto e sua joven irmã de mãos postas, ajoelhadas,<br />

implorando a clemericia do vencedor; &.<br />

Na margem inferior lê-se:<br />

na folha da esquerda :<br />

1.°, logo abaixo do traço terminal da estampa, á esquerda:<br />

= C. le Brun pinxit G. Edelinck sculpsit = ;<br />

2.° == Il est d'vn Roy se vaincre soy mesme -o / Alexandre,<br />

ayant vaincu Darius prez la ville d'Isse, entre dans vne tenter<br />

ou estoient la Mere, la femme, et / les filles de Darius, ou il<br />

donne vn exemple singulier de retenue e de clemence -o — ;<br />

$.",== Grauë par le Sr. Edelinck, d'après le tableau qu'en<br />

a faict M. le Brun premier peintre du Roy. et que sa Ma. tl<br />

prenoit plaisir de luy voir peindre a fontainebleau en lannée<br />

1661 -o =;<br />

na folha da direita:<br />

4.°, = Sui Victoria indicat Regem ~t> / Alexander, Dario<br />

ad Issum victo, tabernaculum Reginarum ingreditur; vbi singular<br />

e s I clementice ac continentice prcebet exemplum<br />

5. 0 , = Aeri incidit Gerar dus Edelinck, ad tabulam Caroli<br />

le Brun Regij Pictoris pnmarij, quem, illam pingentem Rex<br />

vider e dilectabatur apud fontem bellaquœum anno. 1661. =<br />

Altura: 615 millimetros (á esquerda), 618 millimetros (á<br />

direita) ;<br />

Largura: 893 millimetros, em cima; 897 millimetros, em<br />

baixo.<br />

N.° 42 de R.-Dumesnil, vit, 200; N.° 13 de Andresen,<br />

I 43 1<br />

O exemplar exposto pertence ao 6.° estado, isto é, tem<br />

o nome de Goy ton ás avessas, na margem inferior, á direita,<br />

apagado, de modo a mal poder ser lido; e traz, na margem<br />

lateral direita, a 132 millimetros da parte superior da gravura,<br />

uma serie de 20 pontos, mui proximos ao traço terminal<br />

da gravura.<br />

A largura d'esta estampa não çondiz com a que dá R.-<br />

Dumesnil, talvez por terem sido as duas folhas colladas outr'ora<br />

de modo inconveniente.<br />

Bellissima estampa. Da Real Bibliotheca.


Oífliíbas gíandest<br />

821:<br />

fi a- 8 " 15 m ' ' ^ S r ^ î ï i a BibhatlfèSS<strong>Nacional</strong><br />

•poSsu||eisjg| expõe somente ,oÇ abSi^Hesorip® -Aerten<br />

jPggSõ 3 * eStado de R -Dumesml Bim 0 endereço<br />

^fjll' Rëal pbliS^^ffil<br />

N.° 259. — Re^to dií. Alberto Dtirero.<br />

A ? e ®'° rpo ' de tres 1 u ' lrta P arj a W M ' £ S<br />

gjriMí geate,asegurand 3-" es-ujy, de R.-Dii|Sjjil , ! -4y<br />

A estampa tettata«t*n as margens quita inteiramente<br />

rimmams.-/-:'<br />

N.° 260. — Retrato de Ticiano Vegélli, de Cadora.<br />

A meio corpo, de pé, de trjs quaifes para a esquerda,;<br />

^K.^rosto voltado para a direita, olhandc<br />

Wido na mão e^jaierda uma palheta e um molho I ' *<br />

gjna direita um tentcWgujto de bengala.»*<br />

HREm baixo, 10 mero, l^áriffcfc?*'''«» », a margèm in-<br />

Bf, : ¿Viêwck Wuí-», SKes^fedaii o /Afòí.r ... . a<br />

. ' - -<br />

^¡E'tara, 312 rn[llimetxosr largura, 2 3-' estado, jjqS&Dffiayi<br />

'V 'estampa exporta; tem as margens' *quasi inteiramente*<br />

liJoMMCTi^B . ..


822:<br />

N.° 261. — Retrato de Luiz XIV, segundo Carlos<br />

Le Brun.<br />

Em duas folhas. No alto da estampa; no meio, Luiz XIV,<br />

a câvallo, vencedor dos seus inimigos, que, symbolisados por diversos<br />

animaes e figuras humanas, se vêem por baixo e aos lados<br />

dos pés do ginete; por cima da cabeça do Rei, a Providencia<br />

pairando no ar, tendo na mão direita o. sceptro e na esquerda<br />

a corôa de França;'á esquerda, o anjo exterminador; á direita,<br />

outro anjo segurando uma bandeira, onde se lêem, i.°, os<br />

nomes das praças Conquistadas por Luiz XIV: « S, Qmer,<br />

Fribourg, Cambray »; 2.%$ Monstra iam desunt mihi\sensere<br />

Terrce IPacis auclorè su(B / senec in here f. »<br />

Na parte inferior da estampa: um grupo com varias<br />

figuras allegoricas, a inveja, a hypoerisia, &, derribadas no<br />

chão, e um monstro lançando pela bocca fogo e fumo; e<br />

perto do traço terminal, « Le Brun Inuenit» á esquerda; e<br />

« Edelinck sculp. c P R », á direita.<br />

Entre o grupo dos inimigos do grande Rei e o da parte<br />

inferior da estampa occorre : « I/udouico Magno / JEuropâ<br />

2errâ Mar ¿que Composltâ / Vot. Pub. »<br />

Na margem inferior, por baixo do nome de Edelinck,<br />

vêem-se tres pequenas linhas parallelas, assim : = .<br />

Sem data (1677).<br />

Altura, i m , 079; largura, 753 millimetros.<br />

259 de R.-Dumesnil, vii, 292; N.° 214 de Le Blanc,<br />

11, i88. No 2. 0 e 3. 0 estados esta grâvura é conhecida pelo<br />

nome de The se da Paz.<br />

A estampa exposta pertence, ao 3.° estado, cujos principaes<br />

caracteres são: na bandeira, a palavra Valenciènne (i.° estado)<br />

foi apagada, accrescentando-se o dizer a Monstra iam...<br />

in here f. ii, que não existia no i.° estado; o texto da these<br />

do Abbade Colbert, escripto por baixo dos inimigos do grande<br />

Rei (i.° estado); foi apagado e substituído pelo dizer « Zuâouico<br />

Magno... Vot; Pub. » e pelo grupo da parte inferior<br />

da estampa (caracteres communs ao 2. 0 é ao 3." estados); os<br />

tres traços parallelos — , na margem inferior, por baixo do<br />

nome de Edèlinçk (peculiar ao 3. 0 estado).<br />

Da Real BibliotheCa.


823:<br />

N.° 262.— Retrato de Nicolau Verien, segundo<br />

Jouvenay.<br />

. Em "busto, embuçado na sua capa, com o tronco voltado<br />

para a esquerda, o rosto de frente é a mão direita no peitp ¡<br />

dentro de um oval, meio truncado aos lados, sobre, uma<br />

peanha. Nesta ocçorre ; sobre a parte superior, « louuenay<br />

Pinx. », á esquerda ; « Edelinck Sculp. », a direita ; 2. 0 , na<br />

iäce anterior:<br />

« Nicolas Verien<br />

Graueur a Paris.<br />

•l6$s:j> '<br />

Altura, 138 millimetros ; largura, . 90 millimetros.<br />

N.° 335, 3. 0 estado, de R.-Dumegnil (vu, 333).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

SCOTIN «feÈDO^v-;<br />

Gerardo Scotin, gravador a buril, nasceu em Gonesse,<br />

perto de Paris, em 1642, floresceu na 2. a metade do XVII século<br />

è principio do XVIII e falleeeu em 1718. -<br />

Foi discípulo de Francisco de Poilly Senior j mas, ainda<br />

que manejasse o buril com muita nitidez, as suas gravuras não<br />

têèm a morbidez das do mestre j demais o desenho das suas<br />

figuras é um tanto incorrecto.<br />

Parece que .tèye casa de commercio de estampas, visto<br />

como se encontra o seu endereço em uma' serie de estampas<br />

-segundo Pedro Boel.<br />

: O nosso artista não deve ser confundido com Luiz Gerardo,Scot|n,<br />

que passa por seu sobrinho.<br />

N.° 263. — Os desposorios de Jésus Christo com<br />

Santa Catharina, segundo Alexandre Turçfri?<br />

dito Alexandre Veronense e também O Orbetta.<br />

Á direita, a Virgem Santíssima, a tres quartos para a<br />

esquerda, vista até aos joelhos, sentada,- 'sustenta com a ' mão<br />

esquerda o Menino Jesus no seu regaço ; á esquerda, Santa Catharina,<br />

em pé, de perfil para a direita, apoia a mão direita<br />

em um fragmento de roda e extende a esquerda, Sustentada<br />

pela Virgem, para receber o. annel nupcial que o Menino Jesus


824:<br />

lhe põe no dedo. Na margem inferior occorre: i.° «Testis<br />

Christ espouse S. te Catherine. », á esquerda ; « Catharinam<br />

Virginem sibi desponsat Chrístus. », á direita; 2. 0 « D-après<br />

vn tableau d 1 Alexandre Veronese... de large. », á esquerda'*<br />

« Ad tabulam Alexandri Veronensis... Regia. », á direita-<br />

3. 0 , « G. Scotin sculps 1676. », á direira.<br />

Altura, 243 millimetros; largura, 331 millimetros.<br />

N.° 4, 2. 0 estado (com o nome de Scotin), de Nagler,<br />

Lexicón (xvi, 176).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

FARJAT (BENTO)<br />

Bento Farjat, gravador a buril, nascido em Lyão em 1646,<br />

foi discipulo de Guilherme Chasteau, a quem, á custa de<br />

applicação e com o andar do tempo, levou a melhor pela sua<br />

maneira de gravar mais larga e mórbida.<br />

Accompanhou o mestre á Italia; estabeleceu-se definitivamente<br />

em Roma, onde se casou com a filha do célebre<br />

paizista Francisco Grimaldi,v dicto o Bolonhez, e viveu até<br />

a data da sua morte.<br />

As suas estampas, gravadas segundo os mais notáveis<br />

mestres italianos, são muito procuradas e estimadas pelos entendidos.<br />

Bento Farjat com certeza era vivo em 1718; geralmente<br />

se diz que fallecêra cêrca de 1720.<br />

N.° 264. — Homero e a Musa da Poesia, segundo<br />

Agostinho Scilla.<br />

No i.° plano, o Poeta, de. frente, sentado sobre uma<br />

pedra á borda do mar, coroado de louro, com a tuba na mão<br />

esquerda, e o braço direito extendido para o lado esquerdo da<br />

estampa, ouve attento o que lhe diz ao ouvido a Musa da<br />

Poesia, de pé, ao seu lado esquerdo, com a lyra na mão direita<br />

e o braço direito extendido para a esquerda; no 2. 0<br />

plano, dois exercitos inimigos ferem batalha. Em baixo ocçorre:<br />

á esquerda, « Aug. Scilla Messi: Inu. et del.v, e á direita,<br />

« Benedetto Fariat sculp. » Sem data.<br />

Altura, 123 millimetros; largura, 257 .millimetros.<br />

N.° 20 de L.B. (11, 219).<br />

Da Real Bibliotheca.


825:<br />

A U D R A N (BEN-J© I)<br />

Bento I Audran|g|ISetihador, gta||||® a ^uas-foftejlfa<br />

burilsJ>'filho d® Germano JÄidran, rfÄftim Lyäcf a 25<br />

Vr Jii r • 1 ¡.1661. '<br />

S Na»de de 17 annos foi para PanfSLndci ?%re8Si<br />

H •Bffisfa tío Gerardo Aíidran<br />

f- írabalhcm muito ñlÉlfe cidade ,!Bm Bja; Aqa Espirito Santo, 'dentro<br />

•M um ciyal, gm cima de i|ma- peáu||p; Um anffl<br />

sobré á parte superior do oval, (^^^^^^^^^Ofnj^pu^<br />

JJiie tem mas mãos, grande quantidade tle fructas, a direita<br />

da, estampa, umafeörhria, que cahe,do alto a baixo Na peanjía<br />

^gM no o.brazão do igftratí 1 1 -íl<br />

jll^wcs Baptista »¿í/e . ladom^^Mie^duerE<br />

l|IÍerda, ^í^ÊM; - fiffig&p^-jijlrHx*} "^fêLa direita, « .<br />

iictu Ah, i sc, I Sem data I<br />

ff-ÍÂi li' raem^-Çla.iJ^ji^^^^ 111 iliiÉ|i<br />

% \N' /2'45^»LiB. H<br />

I fy im tem aa. margens rmo|fjadas. I<br />

Da Real Kbliotheçã^lí J


826:<br />

DREVET (PEPRQ)<br />

Pedro Drevet, gravador a buril e editor de estampas*<br />

nasceu na communa de Loire, cantão de Condrieu, departamentç<br />

do Rhodano, no antigo Lyonnez, a 20 de Julho de 1663<br />

e falleceu em Paris a 9 de Agosto de 1738 (Firmin-Didot<br />

pp. v e xv).<br />

Aprendeu a gravura em Lyão com Germano Audrant veiu, ;<br />

não se sabe quando, para Paris, onde trabalhou a principio,<br />

na ofíicina de Gerardo Audran, irmão mais moço de seu mestre /<br />

Germano Audran; entretanto as relações que travou com o<br />

celebre pintor retratista Jacintho Rigaud, o induziram a dedicar-se<br />

á gravura de retratos de preferencia a assumptos religiosos<br />

e historicos, que Gerardo Audran cultivava. Estas<br />

relações também lhe foram de grande proveito pelos sábios<br />

conselhos que recebeu d'este famoso pintor sobre assumptos \<br />

da arte, como õ proprio gravador o declara no dizer que ]<br />

occQíre no retrato do dito J. Rigaud (n.° 111, 2. 0 estado, de<br />

Firmín-Didot), que é uma das suas obras-primas : « Hyacintkus<br />

Rigaud... Hanc ab ipso mèt coloribus expressam effigiem, ceri<br />

incidit Petrus Drevet...; perenne grati animi monumentum;<br />

quod illum in artis peritia sapientibus eonsiliis juvenit (sic,<br />

aliás juverif) anno MDCC. »<br />

Em 1692 P. Drevet estabeleceu-se com casa de negocio<br />

de estampas por conta própria; em 1696 foi nomeado gravador<br />

do Rei, provavelmente em consequência de ter gravado no<br />

anno anterior o retrato de Luiz XIV, a meio corpo, a coUt \<br />

tento do retratado; em 28 de Setembro de 1703 foi admittido<br />

como Aggregado na Real Academia de pintura, de esculptura<br />

e de gravura e recebido Académico a 27 de Agosto de 1707.<br />

Em remuneração dos seus trabalhos El-Rei Luiz XV concedeu,<br />

a 27 de Julho de 1726, a Pedro Drevet e a seu filho<br />

Pedro Imbert Drevet alojamento nas galerias do Louvre com<br />

sobrevivência de um para outro.<br />

« Pedro Drevet é notável pela pureza do buril, pela energia<br />

do traço, pela perfeição dos mais minuciosos pormenores e<br />

pela harmoniosa gradação dos tons, que substitue "de algum<br />

modo a côr, a tal ponto que ninguém com facilidade seria<br />

mais fiel interprete da pintura. Passarei por. alto as suas<br />

estampas religiosas, das quaes entretanto O sacrificio de Abrahão<br />

é de merecimento* para somente considerar Drevet Pae naqúillo<br />

que constitue o maior titulo da sua gloria: a gravura de<br />

retratos.<br />

«Possuía a qualidade primordial, essencial, ainda mais indispensável<br />

ao retratista do que ao gravador de historia: a


827:<br />

sciencia profunda do desenho. SI teve a fortuna de gravar a<br />

maior parte da sua obra segundo dois mestres como J. Rigaud<br />

e Nicolau de Largilière e si o brilho das pinturas d'estes se<br />

reflecte sobre a interpretação do buril, é fôrça confessar que<br />

Pedro Drevet. se manteve na altura dos seus modelos. As<br />

figuras com as suas physionomias próprias, vivas, destacam-se<br />

tão bem sobre o papel, como sobre a téla, a despeito do<br />

fausto esmagador das roupagens, tão exprobrado a Rigaud e<br />

ao seu émuÍQ, Drevet não tinha á sua disposição um grande<br />

recurso, a côr, mas, a poder de tenacidade e de perseverança?<br />

teve a habilidade de produzir com. o buril tudo quanto pôde<br />

substituir esta grande encantadora. » ÇFirmin-Didot? pp. xx.iv<br />

e xxv)..<br />

Pedro Pevret foi coadjuvado na gravura de algumas das<br />

suas estampas por seu filho Pedro Imbert Drevet, razão por<br />

que têem ellas sido attribuidas pelos autores ora a um, ora a<br />

outro d'estes artistas; na obra de Firmin-Pidot (pp. xxxi<br />

- xxxiv) este ponto de controvérsia é tratado com ijiuito<br />

critério.<br />

* Conhecem-se de Pedro Drevet 125 estampas} d'ellas a<br />

obra capital é o retrato de Luiz XIV, em corpo, de pé, grayado<br />

em 1712 (n.° 55 de Firmin-Didot), e a ultima, o retrato<br />

de Luiz Boullogne (n.° ¡27 de Firmin-Didot),<br />

n.° 266. — Retrato da Duqueza de Nemours,<br />

segundo Jacintho Rigaud.<br />

_ Vista até aos joelhos, a tres quartos para a esquerda, sentada,<br />

còíri a mão direita sobre uma corôa ducal- 'Na margem<br />

inferior oçcorre : i.°, « Hyacinth Rigaud pinxit », á esquerda;<br />

« Pet. Qrevel sculpsit 1707. », á direita ; 2. 0 , o titulo, tendo<br />

de permeio um cartucho com o brazão da retratada em dois<br />

'.eàçudos unidos pelos lados:<br />

« Manei-par la grace (te in * ^ Dieu, Souueraine de<br />

Neufchâtel et Vallagin, V<br />

0 J Duchesse çte Nemours »,<br />

Altura, 421 millimetros; largura, 335 millimetres.<br />

N." 91 de L.B. (11, 143); N.° 115 de Firmin-Didot, pag. 79.<br />

Da Réal Bibliotheca.


828:<br />

TARDIEU (NIFPIAC HENRIQUE) .<br />

Nicolau Henrique Tardieu, desenhador e-gr,ivud'-r a btinl'<br />

e i aguaribrie, r.asreu em Paris niésSi<br />

cidade em 1749." -<br />

Successivameate discípulo de Joa


829:<br />

escabello, olha com affecto para seu. Divino Filho, que sentado<br />

a seu ladó, com Semblante risonho, extende Os braços<br />

pára ella. Na iíiargem inferior occorre : i.°, « J. B. Santerre<br />

pinxit », á, esquerda ; «.Tardieu sculp1715» á direita; 2.<br />

dois versos hexametros latinos :<br />

« Dum blarido arridet Matri puer ore. ; Redemptor,<br />

Corde suam effuso meditatur sanguine mortem. »,<br />

á eS'querda; com a traducção dos mesmos em quatro outros<br />

fráncezes,<br />

V « Çomme enfant il sourit tendremenl a sa mere.<br />

Comme victime de son Pere,<br />

Animê ¿Fun Divin trahsport,<br />

Son coeur brusle en se cr et du desir de la mort. »,<br />

á direita; 3.« A Paris chez N: Tardieu rue S.* Jacques au<br />

Mecenas. », á esquerda.<br />

Áltura, 316 millimetros; largura, 234 millimetrós.<br />

N.° 16 de .Nagler, Lexicon (xvm, 111).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 268. f§f Retratos de Antonio Watteau e de<br />

João de Julienne, segundo o proprio Watteau.<br />

Em uma paizagem: Watteau, em pé, segurando com a<br />

mão esquerda uma palheta e pincéis, e com a direita um tento<br />

apoiado no. chão á guisa de bengala, por detraz de seu amigo<br />

João de Julienne, sentado, tocando Violoncello ; á direita, uma<br />

téla sobre um cavallete.<br />

>, Lê-se na margem inferior o seguinte : i.°, «A. Watteau<br />

pinxit.)), á esquerda; « Tardieu Sculp. », á direita; 2. 0 , seis<br />

versos fráncezes em duas columnas:<br />

;. . « Assis, au près de toy, sous ces charmans Ombrages,<br />

Du temps,, mon eher Watteau, 'je crains peu les Outrages ;<br />

í . Trop- hereux / si les Traits, d'un fidelle Burin<br />

En multipliant tes Ouvrages,; <<br />

Instruisoieni /' Univers des sine eres hommages<br />

Que je rends .à ton Art divin ! » /<br />

3-°, « a Paris Avec Privillege du Roy. ))<br />

Altura, 380 millimetros; largura, 295 millimetros.<br />

N.° 14 de Goncourt, V GLuvre de Watteau, pag. 22;


830:<br />

If." 6¡$ de Nágler, Lexicón (Siffig ug); N.tg? Andreséii<br />

C».<br />

. Aiftda que tíagler e Andresen -desetev^rÃstàBfÂáiBo<br />

retratos de Watteau ti • do proprio gr.tv.uio/, N. II. Tafdiéu<br />

preferimos seguir Y i>piniãõ *do rif.r. e. de* Gom:


831:<br />

270.— O philosopho casado, segundo Nicolau<br />

Lancret.<br />

Á direita, um homem gordo, a tres quartos para a és-<br />

•dúerdã* de chapéq riá cabeça e bengala na mão esquerda,<br />

èxtende risonho a direita para o philosopho casado, que se vê<br />

no meio da estampa, de perfil para a direita, èòia ó chapéu<br />

debaixo do braço, extendefido-lhe a mão esquerda. Perto do<br />

homem gordo, outro, de perfil para a esquerda, arrimado á<br />

§úã béiígala, comprimenta o philosopho COm a mão direitã.<br />

Á esquerda da estampa, um grupo de tres figUfãS : íiò meio,<br />

um moço segurando com ambas ás mãos o châpéu fia altura<br />

-do peito; á esquerda, uma mulher de mãos cruzadas ; e á<br />

direita, outra segurando o leque com as duas mãos. No fundo,<br />

á direita, terceira mulher sentada.<br />

A sCena passa-se' em uma vasta sala ornada de coluftinas,<br />

tendo, no fundo, á esquerda, uma porta envidraçada com um<br />

dos batentes aberto.<br />

Na margem inferior occorre : i.°, « N. Lancret pinxit »,<br />

:-á esquerdaJ « C. Dupuis Sculpsit» á direita; 2. 0 , « LE PHI=<br />

"'Í^SOPHE MARIÉ Actê V. Scene dernier» nomeio; 3.°, oito<br />

versos, em duas columnas 1<br />

« A ce mauvais plaisant a ce railleiír grossiêr,<br />

I Et tautre par ses ris prouve son mauvais "cOcúr.<br />

N. D. » /<br />

4;o, por baixo do titulo, o seguinte endereço: « a Paris chez<br />

la ¿Veuve de F. Chereau graveur du Roy ruê S. Jacques aux<br />

deuxpilliers d'Or Avec pnvilégè du Róf. > Sení data.<br />

Altura, 327 miílimetros; largura, 438 millimetros.<br />

- .'-N.° 61, i.° éstadõ ,(còm a palavra cocur, eín vez dê caur,<br />

nó Ultimo verso), de E. Bocher, Lancret, pag. 47.<br />

v Esta estampa faz pehdant á outra, O -glorioso, gravada por<br />

Nicolau Gabriel Dupuis, descripta por Bocher, Opere citato,<br />

sob n.° 37, á pag. 29.<br />

; Da Real Bibliotheca.<br />

LARMESSIN Júnior (NICOLAU DE)<br />

Nicolau de Larmessin Júnior, gravador á buril, nasceu èrfi<br />

Paris em 1684. e falleCeu na mesma cidade, sêgundò uns, em<br />

i755, e segundo outros, um anno depois;<br />

Foi discipulo de seu pae, de igual nome, a - quem exce*


832:<br />

deu; chegou a ter certa nomeada, em consequência das es-,<br />

tampas que gravou para a collécção Crozat ; mas arrastado'<br />

pela moda da época perverteu o seu gosto, gravando somente<br />

assumptos de genero segundo WatteaU, Lancret e Boucher.<br />

Abriu retratos e assumptos historicos ; a sua maneira de gravar<br />

é nítida, entretanto as extremidades das. suas figuras não são<br />

Convenientemente tratadas.,<br />

O celebre Jorge Frederico Smidt, de Berlim, trabalhou<br />

em Paris sob a direcção de N. Larmessin Junior é muitas das<br />

estampas gravadas por aquelle segundo Lancret éstão marcadas<br />

cóm o nome de seu mestre.<br />

N. Larmessin Junior foi gravador dg Rei.<br />

N.° 271.— L après dinée, segundo Nicolau Lancret.<br />

A sombra de grandes arvores de um parque jogam o<br />

gamão um homem e uma mulher, moços. O taboleiro está<br />

em cima de uma mesa, entre os jogadores ; á esquerda, a damá,<br />

assentada, de perfil para a direita, segurando o copo com a<br />

mão esquerda e pousando a direita no taboleiro ; á direita, ò<br />

cavalheiro, também sentado, voltado para uma, mulher, dè<br />

pé, por detraz d'elle, mostrando-lhe o jogo, como quem pede<br />

conselho. Além da mesa* outra dama, ém pé, com a mão esquerdá<br />

sobre o encosto da cadeira do cavalheiro.<br />

Na margem inferior lê-se: i.°, « Lancret pinxit. », á es<br />

querda ; « De Larmessin Sculp. », á direita ; 2. 0 , « L'APRÈS<br />

DINEE (sic)».; 3. 0 , quatro versos francezes, em duas columnas<br />

:<br />

« Ce Jeu doit exercer V étude et la Fortune<br />

Dans d 1 autres Demelez un Tiers nous importune<br />

M. r Roy. » ;<br />

4. 0 , o endereço do -mercador, « a Paris chez De Larmessin<br />

graveur du Roy rue des Noyers la 2. me porte cocher adroite<br />

entrant par la rue S. t Jacques. A. P. D. R. ». Sem data.<br />

Altura, 283 millimetros ; largura, 361 millimetros.<br />

N.° 10, i.° estado (a saber, sem o endereço de Crepy),<br />

de E. Bocher, Lancret, pag. 10.<br />

A estampa pertence a uma Serie de quatro (Le Matin,<br />

Le Midi, L" après dinêe e La Soirée), gravadas pelo mesmo<br />

artista, segundo N. Lancret,- denominadas As quatro horas da<br />

dia (N. 08 25 - 28 de L.B., á pag. 493 do 11).<br />

Da Real Bibliotheca. ;


833<br />

W A T T E A U (ANTONIO)<br />

; Antonio Watteau, pintor e gravador á agua-forte, nasceu<br />

em Valenciénnes a io de Outubro de 1684: 6 falleceu em Nogent-sur-Marne<br />

a 18 de Julho de 1721.<br />

Filho dé um telhador, manifestou desde a infancia tamanha<br />

propensão, para o desenho que o pae o poz a estudar<br />

na ofíícina de um mau pintor da sua cidade natal, onde não<br />

ficou por muito tempo. Ou desgostoso por ter o filho "desamparado<br />

o officio,, ou á falta. de recursos, o que é certo é que<br />

(i.páe de A. Watteau não continuou a fornecer-lhe os meios<br />

^éfcuiiiários para à sua educação artística; nem por isso porém<br />

desanimou o nosso artista e, resolvido a seguir a sua vocação,<br />

poz-se a caminho pára Paris (1702) sem dinheiro e sem<br />

outra roupa mais que a do corpo. Nesta cidade entrou logo<br />

:||fa? a officina de urn. certo Métayer, borrador, que negociava<br />

em quadros grosseiramente executados: Virgens, Meninos Jesus,<br />

todos òs Santos- do paraíso, flores, paizagens, &., que vendia<br />

᧠dúzias aos negociantes das províncias. Tinha o mestre um<br />

processo singular para executar estas obras de fancaria; dos<br />

artistas por eile empregados cada qual trabalhava exclusivamente<br />

em umä especialidade: um fazia os céus, outro as roupagens,<br />

este as cabeças, aquelle dava os brancos, estás<br />

pinturas assim feitas tinham aos olhos do mestre tanto máis.<br />

méíecimento quanto mâis depressa eram acabadas. Em pouco<br />

tempo avantajòu-se A. Watteau aos seuscompanheiros pela<br />

sua aptidão para todos os trabalhos, e rapidez com que os<br />

executáva; durante muito.' tempo levou a pintar sôniente quadros<br />

de. S. Nicolau, e tantos fez que já os pintava de cór e<br />

, sem modelo, recebendo pelo sèu trabalho trés libras por<br />

semana e a sopa diaria. Entretanto esta vil occupãção não<br />

arrefecia O; enthusiasmo do nosso artista, que não cessava de<br />

estudar nas suas horas de lazer, á noite, aos domingos e dias<br />

.santos, desenhando do natural, &.<br />

- Aborrecido afinal de trabalho tão monotono e não esperando<br />

melhorar die posição em casa de Métayer, passou-se.<br />

Â. Watteau para a officina de Gillot, que pintava com gosto<br />

bacchánaes, scenas campestres, arliquinadas, assumptos de<br />

modas (Capuchos), &. Foi este quem iniciou A. Watteau<br />

f| gênero em que tanto se distinguiu depois. Pouco duraram<br />

âs bôas relações do novo sâiestre" è do discípulo; foi-se este<br />

então a trabalhar com Claudio Airdran, ajudando-o na decoração<br />

do Luxemburgo, onde teve occasião de aperfeiçoár-se<br />

estudando os quadros dos grandes paestrés ali existentes, principalmente<br />

ós dé Rubens.<br />

53


834:<br />

*>. . Desejoso, da si» libêrdad§, deijssu A. Watteau a compariMa-;|à^;Paiidio:<br />

-Audran a prei^B^e visitais ^iíamílM<br />

fm Valençicjms,;


835:<br />

esteve oito mezes; mas como o seu estado de saúde exigia<br />

que mudasse de ares, retirou-se para Nogent-gur-Marne, onde<br />

falleceu da molestia dè peito que havia multo o consumia.<br />

Deixou A. Watteau algüma fortuna em dinheiro (9 mil<br />

libras) e grande numero de-desenhos, que legou a seus quatro<br />

amigos; Gêrsaint, q Abbade Harange-r, Julienne e- Henin.<br />

A. Watteau desenhava correctamente; os seus quadros<br />

(em rj. p de 563, segundo Ç. Blanc, Pfistoire des peintres: École<br />

ftançaiâ®, Watteau, ii), são vivos, espirituosos, poéticos e- conservam<br />

sempre muita naturalidade no meio dos seus comediantes,<br />

pastores • convencionaes, &. . As pinturas do nosso artista foram<br />

rauitissimo afamadas no seu tempo; depois deseahiram era<br />

completo, descrédito e até desprezo,, e modernamente são-de<br />

jioyo estimadas e'procuradas,-'apesar do defeito de estarem<br />

muito ennegrecidas em consequência do oleo graxo que empregava<br />

nellas. João Baptista Pater e Nicolau Lancret foram<br />

geus discípulos Q imitadores.'<br />

As estampas gravadas á agua-forte por â, Watteau de*<br />

minciu.ro a falta çle habito e e desaso artístico de um pintor<br />

Inexperiente no manejo da ponta; não podem portanto sér<br />

•tidas em conta d e bOas gravuras e devem antes ser consideradas<br />

como verdadeiras curialidades, mas curiosidades que<br />

entram na ordem 4a§ cousas raríssimas.<br />

Segundo Goncourt a obra gravada por A, Watteau çotísta<br />

de ngye estampas; entretanto o mesmo autor, con formando-se<br />

gom a opinião de D'ArgenviUej não desespera que ainda yira<br />

IH dia em que se descubram outras grayuras do nosso artista.<br />

n.° 272. — Os recrutas indo reunir-$e ^o sen<br />

regimento.<br />

Oito recrutas a pé marcham para a esquerda.? tendo á<br />

frente o eommandante a sayallo, acompanhado por dois cães.<br />

lia margem inferior occorre:. j-Y !í Wa-tewiR pinmt á<br />

esquerda; « Thvmasin sculp, #, Á direita; 2,", Q titulo? « REcbue<br />

/ a ¿ p t ioindhe li i regiment »; 3, 0 , dose versos iráncgzegj<br />

em duas columnas, aos lados 4o -titulQj subscriptos por<br />

QüCQn ;<br />

« A Voir marcher ç.ette Reente,<br />

De m fatigue du Vaiage »/<br />

4->f=por baixo do titulo, o endereço do mercador; « Seveni<br />

A Paris ChezSirois... de franee. A. P. R. »


836:<br />

Altura, 207 millimetrõs ; largura, 333 millimetrõs,<br />

N.° 2, 2. 0 estado (com o endereço de Sirois), de Goncourt,<br />

L' Œuvre de Watteau pag. 12. Vide também em Hubér<br />

& Rost: o n.° 13 da obra de Thomassin Filho-(Henrique<br />

Simão), no vol. vu, pag. 302; e o n.° 2 da obra de Watteau,<br />

á P&g» 43 do viu ; e Robert-Dumesnil, á pp. 182 e 183 do IL<br />

O Snr. E. de Góncourt, apoiando-se em uma nota inédita<br />

de Mariette, affirma positivamente, emcontradicção á opinião<br />

de Robert-Dumesnil, que esta estampa é gravada á agua-forte<br />

por Watteau, e não por Boucher, e terminada por Thomassin<br />

Filho (Henrique ,Simão). : -<br />

Da Real Bibliothecá.<br />

SURUGUE (Luiz)<br />

Luiz Surugue, desenhador e gravador vá agua-forte e a<br />

buril, nasceu em Paris em 1686 (Nagler, Lexicon) ou em 1695<br />

(Huber & Rost) e falleceu em Grand-VaUx, pèrto de Savigny,<br />

em 1762 (Nagler, Lexicon) ou em 1769" (Huber & Rost). '<br />

Ainda moço, foi-se á Hollanda, em companhia de seu<br />

mestre Bernardo Picart, de:> quem foi collaborator, principalmente<br />

na grande obra da Galeria do Presidente Lambert.<br />

Em 1716 voltou de vez para a França, onde gravou muitas<br />

estampas, umas avulsas, outras fazendoparte de series, nas<br />

quaes diversos gravadores também trabalharam: a Grande<br />

Escada de Versalhes, a Historia de Dom Quichote, -o Romance<br />

comico, a Galeria de Dresda, &.<br />

Gravou, combinando admiravelmente a ponta com ó<br />

buril, os mais différentes sujeitos, segundo mestres italianos,<br />

francezes e hollandezes : André dei Sarfo e Coypel, Le Brun<br />

e Teniérs, Chardin e Rembrandt; foram porém as pinturas<br />

de A. Watteau e de João Baptista Pater os seus assumptos<br />

predilectos^<br />

Foi recebido na Real Academia de pintura, de esculptura<br />

e de gravura dé Paris a 30 de Junho de 1735.<br />

Luiz Surugüe era simultaneamente eminente gravador e<br />

iconophilo apaixonado e intelligente : para seu regalo tinha<br />

escolhido d'entre as estampas, que lhe passavam pelas mãos,<br />

as obras primas de cada gravador, as quaes se comprazia, em<br />

contemplar e estudar frequentemente. Esta importante collecção<br />

foi vendida a 20 de Novembro de 1769, depois da<br />

morte do artista. É talvez d'ahi que provém a data attribuida<br />

por Huber & Rost á sua morte.


837:<br />

N.° 273. — Artequin, PierroWS^jiin, segundo<br />

Antonio Watteau.<br />

.No meio, um afiequim, em altitude burle^ levaoiffK<br />

fliao ffieita as>çl)apeu, a esquerda, uma »mtilhépvestida M<br />

IWT° f 'WL dlrelta > "ffl® 1 toca^gtouitarra, em^^^^^^Sís<br />

arrè*<br />

gaçarado umaI cortina. Na 'margem in H H H H9<br />

1fflfiMimí£ipÍTtxitá-esquerdajVi, Surugue Scutp. i 7i ç<br />

â direita; 2 V duas quadrasíjta francez, en miras:<br />

« Arfeqiiin, PierroWítiScapin' ~y<br />

ft De cequi s? 'en -ffi vie »', .."<br />

H^^^B^^^HBHfl I I B • %<br />

tÃrmésde Pfance. A. P. A*. »<br />

187 milímetros, largura, millimSJj^<br />

N-j'75, 2." gsfdo (com iç : lett^jjmif E? GoMHi<br />

VÍEúvre de IVa/eau, pag.. 72.<br />

•BgiíReal- üibliolheia.<br />

N.° 274.—Oca'sal feliz, segundo Antonio Watteau.<br />

A esquerda, uma mulher moça? de perfil fíaía -^direital<br />

sentada, com dois filhmh&ao de H cinta por um liyro<br />

*í ue (pLí>as maos, ao jiom d« um bafidçlim tan. :<br />

gido por 11:11 homèltt, s::nta.;o ¿¡11 .frenre d'ella. ¿JíorÍHctnu..<br />

»d a ma, outro homem, em pé, debruçado sobre imjipaldar<br />

ffla capfcira, em que,esíav sentada *..<br />

~ margem inferior SHK íl « Watteaux finxit §§<br />

IgyfMa; f Z. », âífliréit^^JijidgiSí<br />

quadras em francez, em duas iolumi^^M<br />

I '•< Pour ¿ndus^promjerjqu'e cettt I Wlíbgt^i<br />

t&^ErotW;^ l' hymen. un meu • 1<br />

Pouroit bien gauter quel que jour. »;<br />

endereço do mercador : « Sc-oent jpp8l A<br />

^^S.^ãriPnance.-A. P. ''".ai" V ''; • '<br />

&|'Áltura, i|^ iri¡llimetroíi'| largura,.,;,238 millnne<br />

h 177, 2 'estado fWjm .a lettra), de "f^jnéSurt,<br />

pag. 1:5 2. . i :


838:<br />

THOMASSIN (HensiqüE Simão)<br />

Henrique -Simão Thomassin, desenhador e gravador á<br />

agua-forte e a buril, mais conhecido por Thomassin Filho<br />

para distinguir-se de seu pae, Simão Thomassin, nasceu em<br />

Paris em 1688 e falleceu na mesma cidade em 1741, :<br />

Fói a principio discipuló de seu pae, Simão Thomassin;<br />

aperfeiçoou-se porém na gravura sob a direcção de Bernardo<br />

Picart, em cuja companhia seguiu em 1726 para Amsterdão,<br />

onde se demorou por dois annos. Tornando para. Paris,<br />

éntrou em 1728 para a Acádemia de pintura, de escülptUra e,<br />

de gravura d'essa cidade, apresentando CôrnO obra de recepção<br />

o retrato allegorico de Luiz XIV, segundo Lüiz de Bouílongñe<br />

Júnior, uma das obfas priníãs do ílôsso artista.<br />

Foi gravador do Rei é tevê alojamento no Lòuvre; Gravou<br />

com feliz éxito tanto retratos, cOiriõ assumptos historíeos. A<br />

sua maneira de gravar era livre e pintoresca; compenetra va-se<br />

perfeitamente de espirito dos pintores, cüjas obras reproduzia<br />

pela gravura, e. sabia alliar engenhosamente a pon ta cota o<br />

buril.<br />

N.° 275. — Coquettes, segundo Antonio Watteau.<br />

Cinco figuras a meio corpo : á direita, uma dama,'de<br />

perfil para a direita, sentada, com uma mascara na tnão esquerda,<br />

preparando-se para ir ao baile;, ao pé d'ella um<br />

negrinho; á esquerda, um homem, em pê, de perfil para a<br />

direita, com longos cabellos cahidos, tendo o chapéu na mão<br />

esquerda e bengala na direita; &.<br />

Na margem inferior occorre: i. e ,


839:<br />

t)s fi.-mitas iíiclii s®i'i",mir âo seu reynmsnto,<br />

•í; segundo Antonio .Watteau,<br />

• fxVi


840:<br />

IVdro Dreveí) o os. retratos di; Aflrian^pgotívreur'|í" 2i<br />

dc Firmin Didot, na o!.ra dè' Pedro Imbort Prove;: o"a:j:cr:<br />

« Obra prima dé. gravura que Iírever I-ühx> ex^cmtut! ao.-.viate*<br />

e seis atinos


841:<br />

C A R S (LOURENÇO)-•<br />

; Lourenço Cars, desenhador e gravador a buril e a agua<br />

-forte, nasceu em Lyão, não se sabe ao certo em que an no,<br />

ein 1699, em 1701, em 170? ou em 1703, e falleceu em Paris<br />

em 1771.<br />

> Ainda moço foi para Paris em companhia de seü pae,<br />

gravador mediòcre, que lhe tinha ensinado a gravar. A principio<br />

L. Cars 'dedicou-se á pintura, mas pouco tempo-depois<br />

deixou- de exercel-â * para entregár-se inteiramente á arte da<br />

gravura. E um dos melhores gravadores do XVIII século e<br />

pôr seu merecimento pôde ser>considerado poúco inferior a<br />

Gerardo Audran. As suas melhores estampas são as gravadas<br />

segundo Francisco Lemoine e d'ellas a obra prima é Hercules<br />

e Omphale: nessas gravuras L. Cars reproduziu com sentimento<br />

e Verdade não só. o que havia de bom nos-Originaes,<br />

toque,< empastamento e côr, mas também os seüs senões, pelos<br />

quâes entretanto não deve ser arguido.<br />

-L. Cars abriu muitas chapas de retratos e de assumptos<br />

historicós. Em 1733 foi recebido membro da Real Academia<br />

de; pintura de Paris.<br />

N.° 277. —- A buena-dicha, segundo Antonio<br />

Watteau.<br />

fe'Cinco. figuras e um cão em uma paizagem: á esquerda,<br />

uma cigana, de perfil para a direita, acompanhada de um<br />

menino e do cão," diz a buena-dicha á uma dama, que lhe<br />

fica em frente, da qual toma a mão esquerda espalmada " na<br />

sua direita, levando o indicador da esquerda á bocca.<br />

• Na margem inferior lê-se: i.°, « A. Watteau pinxit. », á<br />

esquerda; « Cars Sculp. », á direita; 2.o titulo em duas<br />

linguas: « LA DISEUSE D AVENTURE / Gravêe d'apres le Tableau<br />

original Peint par \ Watteau, de mesme grandeur. », á es-,<br />

querda; e « FUTURORUM PR^ENUNTIATRIX / Scalpta juxtà Exem-<br />

'Plar Ejusdem magnitudinis l à Wateavo Depictum. », á direita;<br />

3. 0 , entré estes dois titulos : « du Cabinet de M. r Oppenort. »;<br />

4-°, por baixo do precedente dizer: « a Paris chez F. Chere.au..,<br />

deux pilliers d' Or », no meio; £ « Avec Privilege du Roy »,<br />

;á-direita.


842:<br />

Altura, 340 millimetros; largura, 273 millimetros.<br />

N.° 127, 2. 0 estado, de GonçoUrt, V CEuvre de Watíeau<br />

pag. 118.<br />

Da Reãl Bibliõtheca.<br />

AUBERT (MIGUEL)<br />

| Miguel Aubert, gravador á ponta e a buril, nasceu em<br />

Paris, cêrca do anno de 1700 ê morreu na mesma cidade<br />

em 1757. . ,<br />

Gravou assumptos de historia e retratos, mas em nenhum<br />

d'estes generos | gatihou brilhante reputação; A sua maneira<br />

de gravar | é _ livre e ligeira; em algumas das suas estampas<br />

históricas imitou o estylo de Gerardo Audran, não com<br />

grande successo.<br />

N.° 278. — O homem entre duas idades e suas<br />

duãs âmantès, segundo Sebastião Leclere íílíiS<br />

Um homem maduro e meio calvo, de perfil para a direita,<br />

mirando-se a um espelho, é depehnado por duas mulheres<br />

: uma, já idosa, á direita da estampa, sentada com elle<br />

na mesma cama, arrancando-lhe os cabellos pretos, e outra,<br />

moça, em pé, á esquerda, arrancando-lhe os brancos»<br />

Na margem inferior occorrem: i.°, « S. te Clerc pinx. »,<br />

á esquerda; è « M. Aubert Seul. 1728»,' á direita; 2.?,<br />

« fSMomme èfitrè ãeux âges, et »és dêii£ Màítresses /<br />

Fdblè 1J. de la Fontaike Liv. i. er »; 3.°, o endereço: «à<br />

PdríS cheí Jedufãt ato bãs dês fossei S. Victor. », â diféitâ.<br />

Altura, 236 millimetros; largura, 190 millimetros.<br />

N.° de L.B. (1, 65).<br />

Da Real Biblfotheca.<br />

D E B R I E (GUILHERME FRANCISCO LOURENÇO)<br />

As noticias que dão os autores sobre este artista sâõ<br />

poucas © ás vezes inexactas: Gyrillo (pag. 282) e Raczynski<br />

(Dictionfiaire, pp. 39 e 66) 0 - Chamam Gabriel Franciscò<br />

Luiz Debriè; e Heineken (iv, 558) attribue a. um certo


843:<br />

Deprie o desenho de um retrato de Diego de Mendoza .gfavêe<br />

(sic) par Gaillard marquè Deprié pinx. à Lisbonne, apparemment<br />

arüste diffèrent du précédent (Debrie), È provável que<br />

Heineken nuiica tivesse visto â estampa citada; não teria<br />

entâô transCriptõ incompleta e erradamente Os dizeres d'ella.<br />

A Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue um exemplar d'este retrato<br />

(de Diogo de Mendoça Corte Real) no Volume in dos Retratos<br />

dos Vãroens Portugueses insignes ha campanha e gabü<br />

nete da célèbre Collecção de retratos de D( Barbosa Machado,<br />

s®b ii.° 140, em cuja margem inferior occorrem : « G. me F, s<br />

L.' Debrie -Fecit a Lixboa ano (sic) 1730», á esquerda;<br />

C.Rí Gaillard Sculp. », á direita. -Bi, apesar do que precede,<br />

pudesse testar ainda alguma duvida a respeito do verdadeiro<br />

nome do nosso artista, ella desappareceria inteiramente á<br />

vistà de uma - estampa gravada por elle em 1745, existente na<br />

Bibliotheca <strong>Nacional</strong>, representando duas estatuas de S. João<br />

Nepomuceno, idênticas em tudo» excepto na posição das<br />

cabeças. Na margem inferior d'esta estampa lêem se os seguintes<br />

dizeres:<br />

gravado na própria chapa: tf Verdadeira Representação<br />

da estatua de bronze de S; Joio NEPOMÜCEÍÍÕÍ que se<br />

erigio na ponte da Cidade de Praga em 31 de Agosto de<br />

1683 / como se Reprezenta no N. R0 i. ro ; a qual no ínesmo<br />

diá 31 de Agosto de 17445 virou'milagrozameft té as Costas<br />

ao (Exercito' Prussiano e o. Rosto para a parte chamada / a<br />

Cidade pequena, olhando para a Catedral (da qual foi Conego,<br />

e em que está depozitado o seu santo Corpo) e para o<br />

Castello e Palacio Real, Cômo se reprezenta 110 N/° 2. 0 / ficando<br />

para major evidencia do milagre, fixos, nâ-própria<br />

.baze, e sem mudança alguma, os pés da dita Estatua. »;<br />

• ai 0 ,, na margem em branco, por baixo do precedente<br />

aizêr, fóra da Chapa, üm requerimento manuscriptó péíó próprio<br />

gravador (como sededuz dá inteira semelhánça das lettras<br />

dós dois dizeres): «O Gloriozo S. JOÃO/NEPOMUCENO protege<br />

à Guilherme Francisco Lourenço Debrie para romper o<br />

silencio, sendo o motivo tão justo, com© de implorar a / Real<br />

Clemencia de S. MAGESTADE; para que se compadeça da sua<br />

família, que na sua falta experimentará grandíssimo prejuízo, e<br />

dezempáro; E ainda que / o Cardeal ODDI lhe deo esperança<br />

da piedoza grandeza de S. MAG. E quer com tudo dever ao<br />

patrocínio de tão grande S. T0 a satisfação de seus dezejós,<br />

vendo que: depois / de sua morte ficão sem ter com que suSt<br />

tentar-se sua mulher, e sete filhos todos menores; e o mesmo<br />

Sí to retribuirá o caritativo despacho desta humilde súpplicak /<br />

% R. M^e )5>


844:<br />

Guilherme Francisco Lourenço Debrie, desenhador é gravador<br />

a buril, nasceü em Paris, como elle proprio o declara<br />

no frontispicio gravado da obra: Joannes Portugalli^ Reges<br />

ad vivum expressi Calamo a P. Emmanuele. Monteiro..... Ccelo a<br />

Guil.o Franc. 0 Laur.° Debrie, Parisino... Ülissipone: Typis<br />

Franc... da Sylva... 1742, in-folio pequeno. Foi discípulo de<br />

Bernardo Picart, trabalhou por algum tempo na sua cidade<br />

natal, a convite d'El-Rei Dom João V foi para Portugal,, onde<br />

gravou muito principalmente para livreiros: & Historia genealógica<br />

da Casa Real Portugueza, as Memorias dos Templarios,<br />

e outras obras publicadas em Portugal no XVIII século,'<br />

abundam de estampas, títulos, cabeções de paginas, vinhetas<br />

e lettras capitaes gravados por G. F. L. Debrie. As datas<br />

extremas que encontrámos nas estampas, abertas pelo nosso<br />

artista em Portugal, são : 1732 e 1753; entretanto Le Blanc<br />

aponta uma, o retrato de Clemente Marot com o millesimo<br />

1729, e Raczynski menciona duas outras com a data de 1754.<br />

Ignoram,-se as datas do nascimento e morte de. G. F. L.<br />

Debrie; em todo o caso é provável que tivesse morrido com<br />

mais de cincoenta annos, porque deveria ter sido contactado<br />

para trabalhar erii Portugal homem já feito e artista<br />

consummado.<br />

, - Cyrillo e Raczynski afíirmam que G. F. L. Debrie tivera<br />

um filho de igual nome, nascido em Lisboa, o qual foi<br />

também gravador.<br />

Conhecemos da obra por G. F. L. Debrie em Portugal<br />

cêrca de 580 estampas, incluindo neste numero as lettras capitaes<br />

e outros trabalhos miúdos feitos para livreiros.<br />

N.° 279. — As quatro idades do homem, segundo<br />

Antonio Quillard.<br />

Em uma paizagem: no i.° plano, uma moça quasi nua,<br />

sentada no chão, ao pé de uma gránde arvore, ápoiando-se<br />

na mão esquerda para-ter o tronco/levantado, e com a direita<br />

expremendo á mamma direita para fazer cahir leite na.<br />

bocca de uma criança, de perfil para a direita, deitada no.<br />

chão; por detraz d'éste grupo, estão, á direita da estampa,<br />

uma mocinha, de perfil para a esquerda, em pé, colhendo<br />

fructos na grande arvore; e á esquerda, um velho de costas,<br />

còm o rosto de perfil para a esquerda, sentado no chão, com<br />

uma muleta na mão direita; no 2. 0 plano: um rio em cascatas<br />

; um lavrador arando a terra com uma junta de bois; e


845:<br />

um gfupo, composto de um homem deitado no châo e de<br />

uma mulher sehtada tàmbem no châo.<br />

. Na màrgcm inferior occorre :<br />

« A. Quillard inven. et dispos. 1732 », â esquerda ; e<br />

« G. F L. Debrie de/., et sculptor Regius Porlug. celt. seulps.<br />

Ï743. », â direita; .<br />

2. 0 , por baixo dos precedentes dizeres, a seguinte inscripçào<br />

polyglotta, era 4 columnas, a sabér :<br />

esquerda,<br />

« ^Etatis primse Tueritia tempora complet;<br />

Hac verô elapsâ, grata Inventa subit.<br />

- illico succedit nulli cessura' Yirilis;<br />

Postremoque sedet tarda Senecta Loco.<br />

P. Emm. Monteyro. Gong. Orat. » ;<br />

' no meio,<br />

« L'âge JEJnfantin fini ; vient la belle leitnesse:<br />

Puis tout à coup on passe a cet âge parfait<br />

Qu'on appelle Viri/, qui passe comme un Trait<br />

Et qui bien tost fait place a la foible Yiellesse.<br />

P. Ph. Morel. » ;<br />

^ ;ë â direita,<br />

ém duas;.'eolumnas.<br />

; « Hè da Humana Idade a "Puéril<br />

A que os priméyros annos entrètem :<br />

Despoes délia se segue a luvenil,<br />

Em que todas as graças se contem :<br />

Maes Robusta, e maès agil a Yiril<br />

Em terceyro lugar seu lugar tem ;<br />

E a Yelhi.ee emfim, que as segue tarda,<br />

No ultimo se assenta jâ cançada.<br />

P. Emm. Mont. Cong. Orat. », :<br />

• Altura, sem a margem, 271 millimetros.<br />

, Dita da margem, 31 millimetros.<br />

feLargura, 377 millimetros.<br />

Estampa rara, nâo descripta, que pertenceu â Real Bibliptheca.


846:<br />

DAULLÉ (JOÃO)<br />

João Daullé,. gravador a büril, nasceu em Abbeville em<br />

1703 e falleceu em Paris em 1763.<br />

Aprendeu os elementos da arte na sua CIDADE natal ÇQRI<br />

Roberto Hequet; ainda moço foi para Paris, onde trabalhou<br />

durante o. resto; da sua vida. _ •<br />

« A sua primeira estampa gravada segundo Mignard re,<br />

presenta à Condessa de Feuquières, filha d'este pintor, sustentando<br />

cora uma das mãos um retábulo com o retrato de seu<br />

pae. Si Daullé tivesse continuado, a fazer progressos na gravura,<br />

poucos abridores a buril mereceriam ser-lhe preferidos;<br />

teria ao mesmo tempo' tido poucos concurrentes, si pelo menos<br />

tivesse sabido Süsténtar-sê} mas ainda que nenhuma outra<br />

estampa houvesse depois feito eomparavel áquella, deve ser<br />

considerado artista muito estimável. Em outro século mais feliz<br />

para as artes J. Daullé ter-se-ia limitado ao genero que melhor<br />

lhe convinha; a necessidade porém de viver do producto do<br />

seu talento o obrigou a cultivar generos cora que a sua natureza<br />

se não eoadunava ou, o que tanto vale, com .que ae<br />

não coadunavam as primeiras impressões que reçebêra ao entrar<br />

na carreira das artes, » (Leyesque, Encyclopêdie mêthodique,<br />

Beaux-Arts, 1, 389).<br />

Em 1742 João Daullé foi membro da Real Academia de<br />

pintura de Paria.<br />

N.° 280. — Retrato de Catharína Mignard, Condessa<br />

de Feuquières, segundo Pedro Mignard.<br />

Vista até aos joelhos, de freçte; de cabeça descoberta e<br />

cabellos annelados, enfeitados còm' um ramo de flores; trajando<br />

um vestido decotado, que deixa entrever parte dos<br />

seios, de mangas curtas de fofos, apertado na cintura por um<br />

cinto bordado; tendo sobre o hombro direito ura manto<br />

fluçtuante pelas costas; arregaçando cora a mão esquerda a<br />

parte d'este que lhe cahe pela frente, e segurando uráa trombeta<br />

com a mão direita, apoiada sobre uma téla, em que está<br />

representado o retrato de séu pae, Pedro, Mignard, posta, em<br />

pé sobre u'ma mesa, onde se vêem tres estampas e uma régua.<br />

Na parte inferior da téla está escripto: « P. Mignard p. r<br />

Peintre du Roy. » / e na margem inferior da estampa:


847:<br />

h i.°, « Peint par P, Mignard, », á. esquerda; « et Gravê<br />

par J. Daullê en 1735. »> á direita ;<br />

2. 0 , a lettra, com p brazão da retratada de permeio:.<br />

« Catherine / „ Migiíard<br />

\ ' Comtesse. - J^azaoj de pmuierÇt »<br />

Altura, 398 millimetros; largura, 303 millimetros,<br />

N.° 22 de Andresen, em um estado não descripto por<br />

este autor, a saber, sem o endereço: «êhez Pauteur placédè<br />

Cambray. »<br />

í Da Real Bíbliotheca.<br />

N.° 281. — Retrato 4e Carlos Francisco Le<br />

Fsbvre de Laubrière (*), Bispo de Soissons,<br />

; segundo Aved (Jacob André José).<br />

A três quartos para a direita, olhando para a frente, trajando<br />

hábitos prelaticios, sentado em uma cadeira de espaldar,<br />

defronte de uma mesa, folheando um grande liyro apoiado<br />

nellaj no fundo, á direita, uma livraria, em parte encoberta<br />

por uma cortina meio corrida. Em baixo, no" meio, yê-se o<br />

brazão do retratado, em um redondo. Sem lettra e sem data;<br />

$ ^exemplar exposto porém traz os seguintes dizeres, qjanu-<br />

Se-r-iptos com tinta de escrever: aos lados do esçudo:<br />

«.Çdrolus Francis cus / \ le Febvre de Laubriere<br />

: Episíopus Suessionemis I Brazão I Regi ab omnibus<br />

jjíí" Consiliis \ I et Parlamentis d ;<br />

2.", na margem inferior; « Peint par Aved», á esquerda;<br />

« Gravé par Daullê 1730 x, á direita; e « Offerebat Hieronymús<br />

Nicolaus Henrion. Canonicus Eclesiae (siç) Suessio-<br />

• qsmtà.», no meie,<br />

Altura, 498 millimetros ; largura, 364 millimetros.<br />

A estampa exposta pertence ao j.° estado de Nagler,<br />

Lexieàn, 111, 284, jgto é, não tem lettra nem data.. Vide<br />

tampem Hyb§r Rost, n.° 7, á p.ag; uo do viu; e L.B.<br />

V 3?, á pag, 97 do-11.<br />

| Da Real Bibliotheca.<br />

; (í) Q vsrd^cleiro npmp dei rétrâtadp é 9 flije damos (Vidç C.allia • Christiany...<br />

faris, 1751, n. Lxxxyu, volume ix, á pp. 383 - 384), *e pao os mencionados por J}úl>er<br />

& Rost, JLÍB. .'e Nagler, Lexicon. '


848:<br />

DREVET (CLAUDIO).,'' •<br />

Claudio Drevet, gravador a buril, filho de um irmão de<br />

Pedro Drevet (Floris Drevet), nasceu, provavelmente em Lyão,<br />

cêrca do anno de 1705,6 falleceu ém Paris a 23 de Dezembro<br />

de 178* (Firmin-Didot, pp. xix e xxir).<br />

Não se sabe quando foi para Paris; mas é certa qué foi<br />

nesta cidade que - aprendeu a gravura com seu tio Pedro<br />

Drevet. Aos dezoito annos dé idade C. Drevet já era tido em<br />

conta de bòm. gravador, .Como o prova o facto de ter sido<br />

associado aos melhores abridores da época -que gravaram a<br />

serie de estampas que occorrem na obra de Danchet: Le<br />

Sacre de Louis XV dans V églisé de Reims le 25 Octobre 1722.<br />

Paris, 1723, in-fólio máximo, para a qual. fez o retrato de<br />

Le Pelletier des Forts (n.° 10 de Firmin-Didot).<br />

' C. Drevet obteve o titulo de gravador do Rei, ignora-se<br />

em que data; é porém certo que a 8 de Maio de 1739<br />

Luiz XV concedeu-lhe os mesmos aposentos das Galerias do<br />

Louvre que em vida occuparam seu tio Pedro è seü primo.<br />

Pedro Imbert.<br />

Gravou a principio, assumptos religiosos, mas depois de7<br />

dicou-se unicamente á gravura de retratos. Ainda que tivesse<br />

vivido 76 annos, a sua obra gravada conhecida não é numerosa<br />

: Firmin-Didot (pp. 117-125) descreve d'elía somente<br />

15 estampas.<br />

Por morte de seu tio e de seu primo, herdou. Ç. Drevet<br />

todas as chapas gravadas que lhes pertenceram.<br />

N.° 282. — Jesus Christo crucificado, pranteado<br />

pelos anjos, segundo Carlos Le Brun.<br />

Vinte e cinco anjos, nove no chão, ajoelhados, e dezeseis<br />

no ar, pranteam a Jesus Christo, que expira na cruz; ao pé<br />

d'esta vê-se, sobre uma almofada, a coroa real de França.<br />

Na margem inferior oceorre: i.°, « Car le Brun pinxit», á<br />

esquerda; «Cl. Drevet ¿çulpsit.'»,- á- '¿lirèita'; -¿S, « slngeli<br />

pucis amare flebunt. Isai. c. jj. », 110 meio, tendo por baixo"<br />

os seguintes versos:<br />

« Anges de paix, Anges fide lies,<br />

Pourquoy pleurer amêrement ?<br />

Dieu ne meurt pas pour voús;;: il meurt pour des rebelles, ;'<br />

• Que pleurês vous? He las. J' àest notre aveuglement. »;


849:<br />

3-°, o endereço : « A Paris chez P. Drevet Graveur du Roy<br />

rue S.* Jacques a VAnnonciation ».<br />

Sem data.<br />

Altura, 332 millimetros; largura: em cima, 235 millimetros;<br />

em baixo, 238 millimetros.<br />

; - Cópia invertida e reduzida da estampa de Gerardo<br />

Edelinck, geralmente conhecida pela denominação de Jesus<br />

Christo cios Anjos (N.° 16 de L.B.), descripta por Zani (viu<br />

da 11 parte, 126) sob o titulo Copia B. ; N.° 3 de Firmin<br />

-Í)idot, pag. 118.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

N.° 283. — Retrato de Margarida Henriqueta<br />

de La Briffe, 4- a mulher de Cardin Le Bret,<br />

Presidente do Parlamento d'Aix, por isso dita<br />

Madame Le Bret, segundo Jacintho Rigaud.<br />

'i^Vista até 1 aos joelhos, representando Ceres, em uma paizagem,<br />

sentada em um montículo, de frente, com a cabeça<br />

descoberta e os cabellos enfeitados de flores campestres e de<br />

espigas de trigo, trajando um vestido de seda decotado, que<br />

deixa entrever parte dos seios, com mangas curtas e largas,<br />

tendo no corpinho um broche com uma pérola e na cintura<br />

um cinto amarrado em laço, segura com a mão esquerda uma<br />

íouçinha e com a direita uma mancheia de flores do campo e<br />

de espigas de trigo.<br />

Na margem inferior occorrem :<br />

i.°, « Hyacinthe Rigaud pinx. », á esquerda; « Claud. s<br />

Drèvet sculp. 1728. », á direita;<br />

2. 0 , oito versos francezes, em duas col.umnas:<br />

•« La f aucille à la main d est ainsi que Cerës<br />

Aussi brillante, aussi belle que Flore,. •<br />

Mais plus féconde et plus utile encore,<br />

Vient moissonner pour nous ses plus riches guerets.<br />

En recevant les biens qu\elle nous donne,<br />

Défendons nous de ses attraits vainqueurs :<br />

V Jeune et riante elle môissone<br />

Moins' d" épies encor que de Coèurs. » ;


850:<br />

3-°, o endereço : « A Paris chez P. Drevet Graveur du<br />

Roy aux Galleries du Louvre », á direita.<br />

N.° 9, 3. 0 estado, de Firmin-Dídot.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

A V E L I N E (PEDRO)<br />

Pedro Aveline, desenhador e gravador lnsríl -e á posta,<br />

nasceu em Paris em 1710 í e ! morreu na mesm; J<br />

1760.<br />

"'.••'l f QÍ discijHilo de 'João Baptista de Poillv. cu;a maneiras^<br />

revela nas suas gravuras.. Mereceísfr çontad!5 ; no nütHeroidS<br />

bons gravadores franeezes ; entretanto .a sua reputação seria"<br />

muito maior, si n5o tivesse cottsumido bôa jiarte da vida a<br />

gravar esboço6 e si tivesse sido menos fácil 11a eaçiilca àw'<br />

assumptos que gravava.<br />

P. Aveline foi membro da Academia de pintura de Parisi<br />

N.° 284. — A loucura, segundo desenho de Cornélio<br />

de Visscher.<br />

Duas figuraa: um moço. a meio Corpo, de frente, sorrindo<br />

-se, com os cabellos desgrenhados, o olhar fixo, a mão<br />

direita por detraz do tronco, tendo na esquerda uma gorra<br />

ornada de guizos e pluma; á esquerda da estampa, por detraz<br />

d'elle, outra figura, da qual se vê só mente o rosto, de perfil<br />

para a esquerda, com a bOcca aberta, tendo na cabeça uma<br />

gorra semelhante á do moço.<br />

Na margem inferior lê-se :<br />

i.% « C. de Vis cher. dei. », á esquerda; « P. Aveline<br />

sculp. », á direita; 2. 0 , « LA FOLIE », no meio; 3. 0 , por baixo<br />

do titulo, dois versos francezes em uma só linha :<br />

« Combien de Curieux empressés à me voir<br />

Pourront, en me voyant, se passer de miroir ? » ;<br />

4. 0 , « A Paris chez Huguier... avec Privilege du Roy. »<br />

Altura, 257 millimetros; largura, 326 millimetros.<br />

N.° 103, 2. 0 estado (com a lettra), de L.B. (1, 110).<br />

Da Real Bibliotheca.


sai<br />

françois ( J O Ã O CAKI/.S)<br />

MB; $ Ji.<br />

xao.<br />

gOoão Carlos,; François,' deÉiéifiháâçSj gravaábR àsítísl'<br />

''rtpSfes ás gravura, nasceu em ííançy a 4 ds ;MaWÍ & T7íí<br />

'I fâlleceu em Pans a 21 de Março f&YÀnc^Èfô-m<br />

Como era 1 filho dê um negociante abastado, aprertaBi-<br />

^Bgjòf por. inero- prazer dijlfeTlqt o teve<br />

outro mesirè smãd o sen talento e appheaçSo. T'"l ii..íl<br />

nella,. deixou aí sói cidade ^i|RiS.ra ir a ,<br />

otSe, viytíí sete annos a trabalhar pel m *'„1 'Jí, 1 '---!<br />

|j|í®prã qu^ifsèrévèn iobré : '¿¿' principioíi^q^'. 1 jfjj<br />

BgftlN» da gravura; aspiraftda sempre 'attingir ns<br />

íptfefcta» foi para Pafis, afim>ffl|lgjidkr a§( abras ¡dqsíínaK<br />

iiataveis artistas fíancezes •. SSguir-lhêS eônselhos. e. : '<br />

Foiifjj. c. Françoii- i;uqú prlmojrò gravo!) à fnat|ó(fâ (".(•<br />

H B a tâo. aSggaggSiggMEBglglggBW<br />

.|rã,vura,: (juç ôfetevê- ã nomèâçlo chi sMvitdiyr ¡M R,i, %|m E<br />

il*' 1 ^'» ajnnual dê* 0.00 libí-ièCnti-ítãnfõ 'íClíím-s^favadí),*^^<br />

UT.t,:jmioram;os, Nla^r.y, BqnnetH.5^iaíí^%á"-&p'®Sflfe;;<br />

"ter. tido fi príoridà4ê % invenção .^.ffiçVêrlm-lKè ppríssp t.&ç-<br />

•^lya guerra, quê lhe abreviãram,:^i|iaj; deèkistéfiçi^.<br />

J. C. François gravou os retrais'* da obra de Alõ-xandre<br />

Saveriefi, Tíistdire dés philosojthss modemes, civec leurs portraits,<br />

¿riíí-:* dam le g&út de çrayon, Paris, i?6o «¿/óy, 4 vaia.<br />

em cujo r^olumb,etólíorre, em.fórrna de^MT^a, a obra<br />

elo. iiGHho artista sobre ps prinoipios do desenlio e osproí:esSosb<br />

da gravura, O retrato do medico Franeísçt? Qilpmay, segando'<br />

ffançiséo Fredo^i, uiiertu por J. (V François, é pxfêut|a


852:<br />

N.° 285. — Busto de um mancebo, segundo Francisco<br />

Boucher.<br />

De frente, conr cabellos anneladôs, o rosto inclinado para<br />

a direita da estampa, olhando para o mesmo lado.<br />

Em baixo occorré: « F. Boucher del. », á esquerda; « du<br />

Cabinet de M. r Bergerer », no meio; o monogramma n.° 20, á<br />

direita. Por cima d'este, na altura do hombro esquerdo da figura,<br />

lê-se: « avec / privilege ».<br />

Dimensões da folha (que está um tanto mutilada) no seu<br />

estado actual: altura, á direita, 363 millimetros; altura, á<br />

esquerda, 366 millimetros; largura, 266 millimetros.<br />

Gravura á maneira de lapis.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

denon (DOMINGOS VIVANT, BARÃO)<br />

Domingos Vivant Denon, depois Barão Denon, desenhador<br />

e gravador á agua-forte, nasceu em Chalons-sur-Saône a 4 de<br />

Janeiro (Larousse) ou a 4 de Fevereiro (L.B.) de 1742 e<br />

falleceu em Paris a 27 ou 28 de Abril de 1825.<br />

Foi escriptor, diplomata, artista e mais que tudo cortezão<br />

fino e cadimo ; o que porém mais nos interessa é a sua vida<br />

de artista.<br />

Fez os seus estudos em Lyão ; terminados elles, foi para<br />

Paris na idade de vinte annos. Ahi tentou fortuna por todos<br />

os modos; escreveu para o theatro; dedicou-séfá pintura;<br />

captou as bôas graças de Luiz XV e foi por elle nomeado<br />

successivamente guarda das pedras gravadas, que Madame de<br />

Pompadour deixára a El-Rei, e gentil-homem ordinário da Real<br />

Camara.<br />

Serviu como diplomata ná Rússia, na Suissa e em Nápoles;<br />

voltando á França, poz-se a gravar á'agua-forte para<br />

a obra do Abbade de Saint-Non (Voyage pittoresque ou description<br />

du royaume de Naples et de Sicile, Paris, La fosse,<br />

1781-1786, 4 tomos em 5 vols., in-folio máximo) os numerosos<br />

desenhos que tinha trazido da Italia. Em 1787 a Real<br />

Academia de pintura, de esculptura e de gravura dé Paris<br />

abriu-lhe as portas : A adoração dos pastores, segundo Lucas<br />

Jordão, foi a sua estampa de recepção. Desejando gravar as<br />

obras primas dos mestres venezianos foi-se á Veneza, mas<br />

não podendo levar avante esse projecto, refugiou-se na Suissa


853:<br />

por algum tempo. Da Suissa correu a Paris por ter.sabido'<br />

que os seus bens tinham sido confiscados; em Paris poüde<br />

insinuar-se. no animo de Napoleão Bonaparte e conseguiu<br />

acompanhai o na expedição do Egypto. Fez então muitos<br />

desenhos, pelos quaes gravou as estampas da sua obra, Voyage<br />

dans la basse et haute Egypte pendant les campagnes du Gênêral<br />

Bonaparte, Paris, Firmin-Didot, 1802, 2 vols, in-folio<br />

máximo.<br />

Elevado ao throno imperial, Napoleão continuou a dispensar<br />

ã D. V. Denon decidida protecção: nomeou-o director<br />

geral dos Museus imperiaes e Barão. Depois da Restauração<br />

recolheu-se D. V. Denon á vida privada; empregou-se então<br />

a classificar os materiaes para a obra, que não teve o gosto<br />

dê ver publicada, por ter morrido antes : Monuments des arts<br />

du dessein... recueillis par le Baron Denon pour servir à<br />

Vhistoire des arts..., Paris, Firmin-Didot, 1829, 4 vols, in-folio,<br />

com estampas lithographadas.<br />

A. obra gravada de D. V. Denon é considerável (325 estampas).<br />

As suas melhores gravuras são as que fez á maneira<br />

de Rembrandt.<br />

N.° 286. — Paizagem.<br />

No i. Q plano: dez bois vadeando um riacho, tocados-por<br />

um pastor; na extrema direita da estampa, dois pastores<br />

sentados, tendo junto a si dois carneiros j além do rio, á<br />

esquerda, um portico em ruinas. No 2. 0 plano: uma ponte<br />

perto de uma casa.<br />

Em baixo, á direita: « Denon f. », escripto ás avessas.<br />

Sem outros dizeres, e sem data (?). A estampa tem as margens<br />

mutiladas.<br />

Altura, 151 millimetros; largura, 203 millimetros.<br />

Não descripta ?.<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

DEBUCOURT (PHILIBERTO LUIZ)<br />

. Philiberto Luiz Debucourt nasceu em Paris a 13 de Fevereiro<br />

de 1755 e fallecéu em Belleville, então perto da mesma<br />

cidade (hoje intra-muros), a 22 de Setembro de 1832.<br />

- Aprendeu a pintura com José Maria Vien e fez muitos<br />

quadros dê gênero, hoje muito procurados e estimados pelos


amadores, Sé depois que entrou para a Real Academia de<br />

pintura d.e Paris (1782) é que começou a gravar, sem ter tido<br />

ôutro mestre d'esta disciplina mais que o seu talento e appíícaçãQ<br />

í cultivou muitos gêneros dç gravura: á maneira negra,<br />

de aguada e de lapis,* á' agua-tinta e em cOreg, D'estas ultjl<br />

mas, Q passeie (ia galeria ela Palais^Rayal e Q passm publm<br />

são as suas peças ç-apitaes,.<br />

As suas estampas, hoje raras, são, como os seüs quadros<br />

cada vez mais procuradas e apreciadas, e por isso tlem sido<br />

nog últimos tempos pagas a preços elevados.<br />

Ph, Jj, Debucourt foi membro correspondente do Instituto<br />

de França e gravador do Rei.<br />

O nome 4'estQ artista não é Philippe Luiz Debucourt,<br />

eptoQ quasi todos os autores o dão, e sim o que adoptámos,<br />

4 vista da certidão do seu baptizamento e das dos seus dois<br />

casamentos transcriptas integralmente, a paginas aiq § gn<br />

do volume xx da Gazette des beaux-arts% pelos Snrs. Edmundo<br />

e Julio de Qoncourt.<br />

N.° 287. Passeio á galeria cio Palais-Roya,lx<br />

em Paris.<br />

Grande numero dê figuras, moçosj velhos, fidalgos de<br />

envolta com peões, casquilhos, nymphas, emfim uma mistura<br />

de typós parisienses da época, trajados á moda do tempo, em<br />

différentes posições, passeando e conversando. Entre outras<br />

notam-se» no I.° piano, no meio : uma mulher moça, de. perfil<br />

para a direita, com grande Cabellèira de rabicho empoada,<br />

trazendo uma pellissa "azul orlada de arminho, segurando com<br />

a mão direita um regalo encarnado^ marchando para a direita,<br />

acompanhada por um pequeno lacaio de jaleco vermelho e<br />

chapéu de grandes abas, sobraçando um livro e uma grande<br />

caixa de papellão ; um grupo de très moças, dando-se os<br />

braços, risonhas: d'ellas, a que está mais á frente tem um<br />

signal perto do olho esquerdo e traz grande chapéu preto,<br />

enfeitado com altos topes de fita e plumas, um ramalhete de<br />

rosas ao peito e duas cadeias de relogio com herloques ; 8c.<br />

No fundo, duas das galerias do Palais-Royal, illumínadas por<br />

dois lampeões ; em uma d'ellas os mostradores de différentes<br />

lojas, das quaes cinco numeradas de 162 a 166,<br />

Na margem inferior occorre : a data, 1:787, esquerda<br />

; 2. 0 o titulo, em duas qolumnás : « Palms fâoyal<br />

$allery*& Walfo. ^a «, á esquerda; a tfretrnenade tfe ia


855:<br />

g aller h dû Palais "Royal. », á direita; 3.y por baixo do<br />

titulo, no meio, « A Paris Cour du vieux Louvre la porte /<br />

agàuche (sic) en entrant par la Colonade au premier ». Sem<br />

o nome do gravador.<br />

Altura, 292 millimetròs ; largura, 360 millimetros.<br />

Estampa-muito bella e rára, dê impressão colorida por<br />

meio de-chapas diversas (cujo processo é hoje desconhecido ?),<br />

fazendo pendant a La Promenade publique (n.° 2623 do Catalogo<br />

de Behague),<br />

É uma das obras primas do gravador.<br />

N.° 43 de L.B. (11, 102); N.o 2624 do Catalogo de<br />

Behague.<br />

A estampa exposta custou em Paris, em 1876, 850 francos.<br />

MASSARD (JOÃO BAPTISTA RAPHAEL URBANO)<br />

João Baptista Raphael Urbano Massard, pintor e gravador<br />

a buril, nasceu em Paris a 10 de Setembro de 1755 e falleceu<br />

na mesma cidade em 1831 (Andresen) ou em 1849 (X a '<br />

rousse).<br />

Aprendeu o desenho eom Luiz David e a gravura com<br />

seu pae João Baptista Massard. Trabalhou em Paris, em cuja<br />

Exposição de 1810 obteve uma medalha pela sua S. ia Ceeilia,<br />

segundo Raphael. Gravou muitas das estampas das obras de<br />

Virgilio e de Racine, publicadas por Firmin-Bidot, do Musèe<br />

françals, de Robillard & Laurent, Paris, 1803-1811, 4 völs.<br />

in-folio máximo, e dos Lusíadas de Camões, publicados pele<br />

Morgado de Matheus na casa de Firmin-Didot, Paris, 1817.<br />

J. B. R. Urbano Massard teve, como gravador, bôas<br />

partes: correcção de desenho, firmeza de buril e nobreza de<br />

toque; entretanto inerepa-se-lhe certa frieza e dureza na<br />

maneira de gravar.<br />

N.° 288. — Retrato do Imperador Dom Pedro I,<br />

segundo Henrique Jose da Silva.<br />

Em corpo, a tres quartos para a esquerda, de pé no<br />

throno, fardado a militar, de manto imperial aos hombros,<br />

tendo na mão direita o sceptro J á esquerda, sobre- uma mesa,<br />

a coroa imperial. Do mesmo lado, no fundo o Pão de Assu»<br />

car, visto atravez da abertura de um arco. Na margem in»


856:<br />

g<br />

V<br />

ferior occorre: i « Peint par Silva », á esquerda; « Gravé<br />

par Urbain M as s ar d », Á direita; 2. 0 , « DOM PEDRO I./IM-<br />

PERADOR, E DEFENSOR PERPETUO DO BRASIL. »; 3. 0 , « Pintado<br />

por Henrique Iozé da Silva, Pintor da Cantara de S: M: I.-,<br />

e Director da Imperial Academia, e Escola das Bellas Artes<br />

do Rio de Ianeiro. » Sem data.<br />

Altura, 634 millimetros ; largura, 445 millimetros.<br />

Bella estampa, não descripta. Comprada no Rio de Janeiro<br />

pelo ex-Bibliothecario, Síír. Dr. B. F. Ramiz Galvão.<br />

T A R D I E U (PEDRO ALEXANDRE)<br />

Pedro Alexandre Tardieu, gravador a buril, nasceu em<br />

Paris a 2 de Março de 1.756 e falleceu na mesma cidade em<br />

1843 (Nagler, Lexicon), ou a 3 de Agosto de 1844 (Andresen).<br />

Foi a principio discípulo de seu tio Jacob Nicolau Tardieu;<br />

as gravuras do pae d'este, Nicolau Henrique Tardieu,<br />

exerceram também certa influencia na sua educação artística ;<br />

foi porém sob a direcção de João Jorge Wille que se aperfeiçoou<br />

na arte. Imitou com felicidade a maneira d'este<br />

ultimo mestre e levou a melhor a todos os outros membros<br />

de sua familia, que o precederam.<br />

Trabalhou por muitos annos e abriu muitas e expelientes<br />

estampas, em cujo numero se contam como obras primas:<br />

o Archanjo S. Miguel, Segundo Raphael; Ruth e Boos, se?<br />

gundo HerSent; a Communhão de S. Jeronymo, segundo 0<br />

Dominiquino, estampa em que trabalhou durante quinze annos.<br />

P. A. Tardieu entrou em 1822 para o lugar do Instituto<br />

de França vago pela morte de Bervic. Até aos últimos tempos<br />

da sua vida frequentava esta sábia corporação; trabalhava<br />

ainda na mais provecta idade, como o prova o retrato de<br />

Luiz XIII, que em 1843 ainda não tinha sido dado á luz.<br />

O Barão Boucher-Desnoyers foi seu discipulo.<br />

N.° 289. — Retrato do Conde d'Arundel, segundo<br />

Antonio Van Dyck.<br />

A meio corpo, de tres quartos para a esquerda, olhando<br />

para a frente, sentado, com um papel na mão esquerda, segurando<br />

com a direita um medalhão pendente de uma fita ao


857:<br />

pescoço. Por detraz da cadeira, uma Cortina meio tomada,<br />

deixando appàrecer no fundo uma paizagem.<br />

Na margem inferior occorre : i.« Peintpar Van-Dyck. »,<br />

á esquerda ; « Dessiné et Gravé par P. A. Tàrdieu. », á direita;';<br />

2. «Le Comte d'Arondel ». Sem data; entretanto no<br />

exemplar exposto lê-se, antes das palavrás « Dessiné... Tar dieu. »,<br />

o Seguinte dizer, mànuscripto a lapis, « En Juillet le 11.<br />

HHI<br />

Altura,;; sop millimetres; largura, 157 millimétros.<br />

N.° 16 de Nagler, Lexicon (xviii, 114); N.° ii, 2. 0 es?<br />

tado (com a lettra), de Andresen (11, 585).<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

B O U C H E R - D E S N O Y E R S (AV^MBJMG)<br />

Augusto Boucher-Desnoyers, desenhador e gravador a<br />

buril, nasceu em Paris em 1779 e falleceu na mesma cidade<br />

a 15 de Fevereiro de 1857.<br />

Aprendeu o desenho com Guilherme G. Lethière e a<br />

gravura com Pedro Alexandre Tardieu.<br />

A Bacchante, segundo Grévedon, gravada a pontelhé (*|<br />

em 1796, foi a primeira estampa qué attrahiu á attenção do<br />

publico para o nosso artista, que produziu depois grande<br />

numero de assumptos do mesmo genero muito bem acolhidos<br />

pelos entendidos. A sua Venus desarmando o Amor, segundo<br />

Roberto Xefèbre, obteve no Salão dè 1799 um premio de,<br />

dois mil francos.<br />

B.-Desnoyers teria cortado a sua carreira, artística, nos<br />

últimos tempos do Consuladp-^por ter sido chamado como<br />

çonscriptova assentar praça no exército, . si o Conselho de<br />

revisão o não tivesse julgado incapaz do serviço. Desde então<br />

trabalhou incessantemente; os seus grandes e rápidos progressos<br />

grangearam-lhe immensa nomeada e o collocaram na<br />

primeira plana dos gravadores modernos.. Reproduziu pela<br />

gravura quasi todas as obrás primas do Louvre, que lhe foram<br />

muito bem pagas.<br />

B.-Desnoyers alcançou as bôas graças de Napoleão I e<br />

teve a habilidade de conservar na Corte de Luiz XVIII o<br />

mesmo; favor de que tinha gozado na do Imperador.<br />

Foi em 1816 recebido membro do Instituto^ de França,<br />

(*) Vide as palavras: Gravura t Pontelhé, em Assis Pinheiro.


858:<br />

em 1825 nomeado gravador do Rei e em 1828 agraciado com<br />

o titulo de Barão.<br />

Era membro das Academias de pintura de Vienna<br />

d'Austria e de Genebra.<br />

Tendo-lhe a idade enfraquecido a vista e aggravado a<br />

mão, B.-Desnoyers não trabalhou mais de 1848 em diante.<br />

As suas chapas buriladas não têem a mesma liberdade e<br />

desembaraço que as abertas a pontelhé. Este processo estava<br />

mais em relação com o seu talento, tímido, paciente, sem<br />

afouteza e sem energia.<br />

As suas melhores estampas são : a serie de Virgens^ segundo<br />

Raphael e Leonardo de Vinci; a Transfiguração,<br />

segundo Raphael ; os retratos de Napoleão /e de Talleyrand<br />

segundo Gérard ; Ptolomeu Philadelpho, segundo Ingres, pela<br />

qual B.-Desnoyers obteve a grande medalha de ouro e um<br />

premio de 500 francos.<br />

O nome d'este artista varia segundo Os autores : Luiz<br />

Agostinho Boucher-Desnoyers (L.B.), Augusto Gaspar Luiz<br />

Bouchçr-Desnoyers (Nagler, Lexicon ; e Bryan); entietanto nas<br />

estampas da BibÜotheca <strong>Nacional</strong> elle proprio se assigna :<br />

Augusto Boucher-Desnoyèrs.<br />

N.° 290. — A Transfiguração, segundo Raphael.<br />

No alto: Jesus Christo suspenso no ar, cercado de uma<br />

grande aureola, com os braços abertos, tendo, á sua direita<br />

Santo Elias e á esquerda Moysés; no cume do Thabor, pouèo<br />

abaixo dos pés do Salvador, S. Pedro, S. João e S. Thiago<br />

maior, deslumbrados pelo clarão da aureola; e á esquerda dá<br />

estampa, um pouco para o fundo, dois diáconos, talvez Santo<br />

Estevão e S. Lourenço. Em baixo: á direita, em um grupo<br />

de dez pessoas, uma mulher moça, ajoelhada, vista de costas,<br />

com o rosto de perfil para a esquerda e os cabellos em bastas<br />

tranças enroladas na cabeça, aponta para um moço possesso do<br />

demonio, apresentado pelo pae aos nove Apostolos para que<br />

elles o curassem; estes, que se vêem á esquerda da estampa, nó<br />

sopé do monte, á espera de Jesus Christo, reconhecendo-se<br />

incompetentes para tanto, indicam seu divino Mestre como o<br />

uiíico capaz de curar o doente.<br />

Na margem inferior occorre: i.°, « Peint à Rome par<br />

Raphael en 1520 (année de sa mort) », á esquerda; « 1839.»,<br />

no meio; « Gravé par le B. on Boucher Desnoyeres d'après la<br />

copie à 1'huile qu'il a faite à Rome en 1834 »; 2.® «LA<br />

TRANSFIGURATIQN. »


859:<br />

- Altura., 737 millimetrog \ largura, 497 millimetros,<br />

15, 3. 0 estado, de L.B. ~(n, 11 %).:<br />

Bella i uma das obras primas do artista,<br />

O exemplar exposto (n,° 10 da edição) foi comprado em'<br />

i§74, em Paris, por 120 francos, pelo ex-Bibliothecario o<br />

§NR. PR. B. F, Ramiz Galvão; nelle se 1$ a seguinte dediçatoriá<br />

autographa do pravador, a lápis ? «A... (apagado)<br />

ciffçáionè CQnfrère ei Amii B. Z>esnoyèfes ».<br />

POTRELLE (Joio Luiz)<br />

João Luiz Potrelle, pintor e gravador a buril, naseeu em<br />

Paris em 1788. Foi discípulo de Luiz David, de cujo ensino<br />

tirou mais proveito nó desenho do que na pintura, o qüe foi<br />

talvez devido a não ter elle grande qüeda para esta; em todo o<br />

caso é certo que mais tarde trocou definitivamente a palheta<br />

e os pincéis pelo buril, tendo por mestres na gravura Pedro<br />

Alexandre TardieU e o barão Boueher-Desnoyers.<br />

Èm 1806 alcançou o grande premio por um desenho segundo<br />

ò antigo e por uma. figura desenhada e gravada do natural.<br />

Abriu algumas estampas segundo mestres italianos e retratos<br />

de personagens distinctos.<br />

As gravuras de T. L. Potrelle têem certo merecimento,<br />

íião porém tamanho, que o eleve acima do nível de abridor de<br />

Segunda ordem, na qual é geralmente colloeado pelos enten^<br />

didos.<br />

N. ç 29L — Retrato d


860:<br />

HENRIQUEL-DUPONT (LU® PEDRO)<br />

Luiz Pedro Henriquel-Dupont, gravador a buril, á agua<br />

-forte e á agua-tinta, nasceu èm Paris em 1797.<br />

De 1812 a 1815 estudou desenho e pintura com Pedro<br />

Guérih, depois dedicou-se exclusivamente á gravura, tendo por<br />

mestre Bervic, e, quando se julgou bastante industriado nesta<br />

arte, abriu ofíicina (1818) e começou a trabalhar por conta<br />

própria.<br />

A principio assignava as suas estampas com o nome de<br />

Dupont somente, mas de 1830 em diante começou a subscrevel-as<br />

com o de Henriquel-Dupont.<br />

Henriquel-Dupont gravou segundo vários mestres: Ingres,<br />

Ary Scheffer, Luiz Hersent e principalmente Paulo Delaroche.<br />

A pèça capital da sua numerosa obra é a gravura representando<br />

o Hemicyclo do Palacio das Bellas-Artes de Paris,<br />

famosa pintura á encaustica, executada na parede semi-circular<br />

da sala da distribuição de prémios da Escola de Bellas-Artes,<br />

pelo celebre pintor Paulo Delaroche (nascido a 17 de Julho de<br />

1797 •+1856).. I k § m i<br />

Esta composição, que o pintor levou tres annos e meio<br />

a fazer e pela qual recebeu 80 mil francos, foi reproduzida<br />

em gravura por Henriquel-Dupont de modo que não só nada<br />

perdeu do seu vigor e belleza, mas até ganhou, como diz<br />

o Síír. Ph. Burthy (Gazette des beaux arts, 11, 211) : « ... ella<br />

porém (a photographia) jámais poderá empannar a gloria do<br />

Síír. Henriquel-Dupont, que na sua gravura do Hemicyclo<br />

produziu alguma cousa mais completa qué o original, visto<br />

como restituiu á esta composição a poderosa unidade que o<br />

seu colorido pouco epiço lhe não dá em alguns lugares. »<br />

De feito, o gravador, pondo ém pratica ora os processos<br />

antigos, ora maneiras de gravar propriamente suas, revelou-se<br />

artista de primeira plana, digno de emparelhar com os seus<br />

predecessores, os grandes mestres da escola franceza, os<br />

Audrans e os Edelincks, a ponto de ser considerado pelos<br />

entendidos como o mais notável gravador francez dos tempos<br />

hodiernos. t . . ' - -'i<br />

Quando o Síír. Robert Fleury foi encarregado de restaurar<br />

a famosa pintura de P. Delaroche estragada por um incêndio,<br />

a gravura de Henriquel-Dupont serviu lhe de modêlo para esta<br />

restauração. . •<br />

Membro da Academia de Béllas-Artes de Paris desde<br />

1849, Henriquel-Dupont foi nomeado professor de gravura da<br />

Escola de Bellas Artes da mesma cidade em 1863.


861:<br />

N.° 292. — O Hemicyclo do Palacio das Bellas<br />

-Artes de Paris, gravado a buril, segundo a<br />

pintura mural de Paulo Delaroche, em 3<br />

chapas e impressa em 3 folhas, que podem<br />

ser reunidas formando uma só estampa.<br />

A composição é simples, mas de grande effeito ; não é<br />

uma allegoria propriamente dita, e sim a representação anachronica,<br />

só desculpavel á vista da licença horaciana concedida<br />

aos pintores, dos mais afamados artistas, esculptores,<br />

architectes e pintores de todas as épocas e nacionalidades,<br />

com os . seus trajes habituaes e em varias posições, com. muita<br />

arte e bom gosto dispostos, em uma especie de conselho, onde<br />

Se vêem apénas cinco figuras allegoricas.<br />

No meio : em um portico, estão assentados sobre uma<br />

especie de throno Os très grandes artistas da antigüidade,<br />

Ictino |'o" architecto do Parthenon), Apelles, o pintor, e<br />

Phidias, o èsculptor, como que presidindo á distribuição de<br />

coroas de louro, que o Gênio das Artes, sob a fôrma de uma<br />

bèlla mulher, a seus pés, se dispõe a distribuir ; aquém do<br />

throno, duas mulheres ' personificando as artes grega e romana,<br />

e mais próximas do expectador duas outras, caracterizando<br />

a. arte gothica (retrato da mulher do pintor, filha de<br />

Hòracio Vernet) e a Renascençaá direita, os architectes e<br />

pintores notáveis como desenhadores ; e á esquerda, os esculptores<br />

e pintores coloristas. Os nomes de todos são os seguintes,<br />

da esquerda para a direita :<br />

i. a FOLHA (a da esquerda)<br />

PINTORES<br />

1 CORREGGIO (Antonio Allegri, dito o) ^ . . -V<br />

2 PAULO VERONESE OU VERONENSE (Paulo Cagliari, dito)<br />

3 ANTONELLO DE MESSINA<br />

4 MURILLO (Bartholomeu Estevão)<br />

5 YAN EYCK (João),,,,<br />

vi'..6- TICIANO VECELLI<br />

7 TERBURG (Gerardò)<br />

8 REMBRANDT van Ryn<br />

9 VAN DER HELST (Bartholomeu)<br />

10 RUBENS (Pedro Paulo)^-*v, < / c , ""<br />

- .11 VELASQUEZ (Dom Diogo Rodrigues da Silva e): ;<br />

; 12 VAN DYCK (Antonio)


862:<br />

13 CARAVAGGIO (Miguel Angelo Amerighí, dito. o)<br />

14 BÊLLINÍ (João)<br />

15 GIORGIONE (Jorge Barbarelli, dito o)<br />

16 RUYSDAEL (Thiago)<br />

17 POTER (Paulo)<br />

1,8 CLÁUDIO LORENO (Cláudio Gelleu, dito)<br />

19 GUASPRE POÚSSIN (Gaspar Dughet, dito)<br />

ESGÜLPTORES<br />

20 FISCHER (Pedro)<br />

21 BONTEMPS (Pedro)<br />

22 LUCAS DELLA ROBBIA<br />

23 BENEDICTO DE MAIANO<br />

24 JOÃO PISANO<br />

25 BANDINELLI (Baccio)<br />

26 DONATELLO<br />

27 GHIBERTI (Lourenço)<br />

28 PALISSY (Bernardo)<br />

29 OOUJQN (João)<br />

30 CELLINI (Benevenuto)<br />

31 PILLON (Germano)<br />

32. PÜGET (Pedro)<br />

33 JòAo DE BOLONHA<br />

34 A ARTE GOTHiCA<br />

35 A ARTE GREGA<br />

36 ICTINO<br />

37 APELLES<br />

38 PHIDIAS<br />

39 O GÉNIO DAS ARTES<br />

40 A ARTE ROMANA<br />

41 A RENASCENÇA<br />

2." FOLHA (a do meio)<br />

3- A FOLHA (a da direita)<br />

ÀRCHITECTOS<br />

42 DELORME (Philiberto).<br />

43 PERUZZI (Balthazar)<br />

44 ERWIN DE STEINBACH<br />

45 SANSOVINO (Jacob Tatti, dito O)<br />

46 ROBERTO DE LÜZARCHES<br />

47 PALLADIO (André)


863:<br />

48 BRUNELLÈSCHI (Philippe)<br />

49 JONES (Inigo)<br />

50 ARNOLFO DT LAPO<br />

|Í LÈSCOT (Pedro)- ';<br />

52 BRAMANTE (Donato Lazzari, dito O)'^<br />

53 MANSART (Francisco)<br />

• ' 54 VIGNOLA (Jacob Bározzio, dito)<br />

PINTORES<br />

55 BEATO ANGÉLICO (Frei João de Fiesole, dito)<br />

56 MARCOS ANTONIO RAIMONDI<br />

57 EDELINCK (Gerardo) 1<br />

58 HOLBÉIN (João)<br />

59 LE SUEUR (Eustachio)<br />

r : 60 ORGAGNA. (André)<br />

61 . SEBASTIÃO DEL PIOMBO (Frei Sebastião de Luciani, dito)<br />

62 >DURERO (Alberto)<br />

63 LEONARDO DE VINCI<br />

v 64 DOMINIQUINO (Domingos Zampieri, dito o)<br />

65 FREI BARTHOLOMEU<br />

66 MANTEGNA (André)<br />

67 JÚLIO ROMANO (Julio Pippi, dito).<br />

'-';,-68 RAPHAEL SANZIO, de Urbino<br />

69 PERUZINO (Pedro Vannucci, dito o)<br />

70 MASACCIO (Thomaz Guidi, dito)<br />

71 MIGUEL ANGELO BUONARRÇ>TI<br />

72 ANDRÉ DEL SARTO (André Vannucci, dito)<br />

73 ÇIMABUE (João) " • , '<br />

74 GÍÓTTQ<br />

75 PQUSSÍN (Nicolau)..<br />

Sem data; segundo porém Vapereau, JDictionnaire des<br />

contempòrains, o artista empregou dez annos em fazer este<br />

trabalho, que foi terminado e exposto em 1853.<br />

: Na fiíargem inferior occorre: na i. n folha (a da esquerda),<br />

í.°, « "Peint par Paul tDelaroche »; 2. 0 , « Berlin-Verlag<br />

voh Goupil & C. ,e »;<br />

na folha do meio, i.°: « L'HEMICYLE DU, PALAIS DES BEAUX-<br />

ARTS » ; 2.°, « Paris — Imprimé & Publié par Goupil & C. le —<br />

19,: Boulevart Montmartre KM*Í & 12, rue d'Enghien. / London<br />

— Published by P. & D. Colmaghi & C.°, 13 & 14, Pall<br />

5 â<br />

MalLEast.;»; ;' '<br />

na a<br />

3- folha (a da direita), « G-ravépar Menri,quel-Dupont. »


864:<br />

Altura, -406 millimetros; largura da folha do meio, 555<br />

millimetros; largura de cada uma das duas folhas lateraes,<br />

T, m Ol6.<br />

N,° 8 ;de í Andresen , (1, 66i}j N.° 5 de Le Blanc (11,<br />

332);, N.° 259 de Delaborde, Le Département des estampes,<br />

pag. 430.<br />

Bellissima gravura.<br />

" * ~No 3." estado esta gravura tem sido vendida em Paris<br />

por 156 francos.<br />

À nossa estampa, do 3. 0 estado, (com a lettra) de Le Blancg<br />

foi comprada em Paris pelo ex-Bibliothecario Snr. Dr. B. J$<br />

Ramiz Galvão.<br />

BOUCHARDY<br />

Bouchardy, gravador á maneira negra, de quem não<br />

encontrámos noticia nos diversos iconographos e biographòs<br />

que consultámos. Floresceu na primeira metade do século,<br />

actual e trabalhou em Paris.<br />

N.° 293. — Retrato de Francisco Alberto Teixeira<br />

de Aragão.<br />

Em busto, de perfil para a esquerda, sem condecoração<br />

ao peito; dentro de um redondo, por baixo do qual se lê :<br />

« Dessi et gra par Bouchardy, successeur de Chretien in du<br />

physionotrace rue neuve des petits Champs n.° 33 (ás avessas)<br />

a Pat is ». Sem data. . . . ' i<br />

Dimensões da chapa : : altura, 96 millimetros ; largura, 81<br />

millimetros; diâmetro do redondo, 62 millimetros.<br />

Gravura á maneira negra.<br />

N.° 20222 do Catalogo da Exposição de Historia do<br />

Brazil, i.° estado (sem condecoração).<br />

Estampa rara, não descripta (?). Offerecida á Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong> pelo Snr. Eugénio Augusto da Costa Passos.


865:<br />

F L A M E N G (LEOPOLDO) *<br />

Leopoldo Flameng, desenhador e gravador á agua-forte e<br />

a buril, nasceu de paes francezes em Bruxellas a 22 de Novembro<br />

de 1831.<br />

Aprendeu os rudimentos da arte na * escola publica de<br />

gravura da sua cidade natal, sob a direcção de Luiz Calà- s<br />

matta. Tendo ido estabelecer-se em Páris em 1853, os; sewsj<br />

primeiros trabalhos foram feitos para o Àrtiste, a Gazeite-fies,<br />

beaux-arts e para os livreiros.<br />

. As suas estampas, O Manancial e Angelica, fségündò<br />

Ingres, gravadas a buril, são com razão estimadas.<br />

N.° 294..¡si, A lição de anatomia, segundo Rembrandt.<br />

Em uma salade amphitheatro, abobadada, um homem (o<br />

profêssor Nicolau Tulp) faz sobre ura cadayer, deitado em uma<br />

mesa, de escorço, a demonstração de um assumpto da anatomia<br />

do antebraço. O mestre, á direita da estampa, a très<br />

quartos para a esquerda, de gibão^ capa, com chapéu desa-.<br />

bado, na cabeça, olhando para a frente, como quem se dirige<br />

a mm auditorio, que se não vê, levanta, com uma pinça na<br />

mão direita, o musculo flexor superficial dos dedos, dissecado,<br />

para demonstrar o modo por que funcçiona, e Com a esquerda<br />

faz" um gesto explicativo. Á direita do professor, cinco figuras,<br />

e aquém da mesa, á esquerda da estampa, mais duas ;<br />

todas ellas de cabeça descoberta, em différentes posições, attentas<br />

á lição do. mestre. Não são jovens estudantes, mas Doutores<br />

em medicina, cujos nomes. : estão. escriptos em um papel que<br />

Um d'elles tem na mão ; ^ todos, menos um, mestres jurados<br />

na Corporação dos Cirurgiões" de Amsterdão. Á direita, junto<br />

dos pés do cadaver, um livro in-folio, aberto. No fundo,<br />

•lê-se : « Rembrandt f. 1632. » Na margem inferior, no meio,<br />

•pccorre : « Leop. Flameng d'après Rembrandt », aberto á<br />

ponta. - •<br />

. Sem data (1876)..<br />

Altura, 280 millimetres; largura, 378 millimetros.<br />

/ Bella estampa, descripta (?). Comprada sob a administração<br />

do ex-Bibliothecario, Sfir. Dr. B. F. Ramiz Galvão.


849:<br />

R O U S S E A U X (EMILIO ALFEEDO)<br />

Emilio Alfredo Rpusseaux, desenhador e gravador a buril,<br />

nasceu em Abbeville em 1831 e falleeeu em Paris em 1874.<br />

As ngtayeis disppsiçOes artísticas, que desde muito moço<br />

manifestära» induziram a §uâ cidade natal a conceder-lhe uma<br />

pensão para ir estudar em Paris. Tinha degesçte apnos ¿é<br />

idade quando partiu para esta cidade- Ahi foi a principio<br />

discípulo de Francisco Eduardo PiçQt, spb cuja direcção sç<br />

tornou habíi desenhador, e depois aprendeu a gravura com<br />

Henriquel-Dupontj de quem foi o discípulo predilecto,: Se»guindo<br />

as pegadas d'esté illustre mestre, conseguiu ser considerado<br />

um dos melhores gravadores do seu tempo.<br />

E. A. Rousseaux obteve no Salão de 1863 uma medalha<br />

de clagge e na Exposição Universal de 1867 uma medalha<br />

de 3- a classe.<br />

Das suas melhores estampas a descripta neste Catalogo<br />

# uma das mais notáveis-<br />

N.° 295. ^ Retrato de Madame de Sevigné,<br />

sagundo Roberto Nanteuil.<br />

Em busto, a tres quartos, para a esquerda> olhando para<br />

a frente, com longos aiineis de cabello aos lados do rosto,<br />

éabindo-lhe sobre qs hombros, ç um fio de pérolas ao pescoço;<br />

dentro de um oval, sobre umapeanha. Yf-se em baixo;<br />

no meio, sobre a pçanha e o oval, 9 brazão da retratada;<br />

á esquerra do oval, «R-. Nantmil pin%- 1666. *>, l i<br />

direita,


850:<br />

gaillard (CLAUDIO FERNANDO)<br />

- Claudio Fernando Gaillard, pintor,e gravador á agua-forte<br />

e a buril, nascido em Paris em 1834, ißi discipulode Leão<br />

Cógniet.<br />

V Seguiu simultaneamente es cursos de pintura e de gravura<br />

na- Eseöla de bëllas-artes. da cidade natal ; depois foi á Roma.;<br />

e - voltando para Paris, allí, se estabeleceu definitivamente. Em<br />

1856 alcançou, como gravador, o grande premio de Roma; por<br />

ɧ1¡¡ ixf.|| §ra.Parif ÄStlii e gravuras e ¿bteve.<br />

iïie^lhas em x:86^} £ ppr obras de gravura § neste<br />

VfíW a M0' também uma medalha ppr trabajhps de pintura,<br />

feig façi]idad^ dp buril ç pela futf^çom qye sabe reproduzir<br />

os modelos Qailjarç[ goza de bem imerecida reputação^<br />

D'éntre ás' suas mais notáveis .estampas cítaremps ; J Vïrgeyi<br />

WÊmh spgun^q João Bellini i 4 Vfrgetn ifa, ¿$$4 M Qr(êàns,<br />

.segupfjp, JUp^af 11 retrateis ç|a Cçndç 4e Çhqmbctrfij de<br />

fiç. Ijç, ç de Xfão XJIIi § $• gegyn^Q a§ prppriaé<br />

com porções.<br />

Andresen e Larousse chamam ao nosso artista Claudio<br />

Fernando Gaillard ; mas a Gazette des beaux^arts denomina-o,<br />

em mais d® um lugar, Fernando Claudio Gaillard.<br />

!ft° Retrato 4q Papa Pio IX.<br />

Em busto, quasi de frente, olhando para a esquerda;<br />

dentro de, um Oval, sobre uma peanha. Na parte inferior<br />

do evaj, o brazão do retratado ; ná peanha : « Pivs m / Pontifex'Maximvs<br />

» ; e íia margem inferior. 5 ;i.s, « Dessiné d'après<br />

nature-, à Rome en l§73 & Gravé au burin par F. Gaillard. » ;<br />

2.°, . « 'Romee, anno 'Pon/ificatus 28." . œtatisque S2,° »<br />

'3.8, « Oublié chez l' auteur, Rue dé-Madame, 54, Baris. », Á<br />

êsquefda ; 4.% «- Imp* Ch. Chardon aîné, 30, rue Hautefeuille. »,<br />

á direita. Se-m data (1874).<br />

Albura, míllimetrQ§ ; larg^^^'á^ ministros.<br />

Estampa muito bella, eomprada pelo ex-Bibliethecärio,<br />

o Sñr. Dp. S. F, Ramiz Galvão!


868:<br />

ESCOLA HESPANHOLA<br />

R I B E R A (JOSÉ DE), dito o Hespanholeto<br />

N.° 81.<br />

José de Ribera, dito o- Hespanholeto, famoso pintor e<br />

gravador á agua-forte, nasceu em Xativa (hoje S. Philippe) no<br />

então reino, actual provincia de Valença, a 12 de Janeiro<br />

de 1588, segundo J. B^ Cean Bermudez, citado por Ch. Blanc<br />

(Histoire des peintres: Ecole espagnole, RiberaJ, e falleceu em<br />

Nápoles em 1656:<br />

Foi discípulo de Francisco -Ribalta, em cuja escola muito<br />

aproveitou. No intuito de estudar o antigo e os mestres italianos,<br />

passou-se, muito moço ainda, para a Italia, ondé viveu<br />

a maior parte da vida. Em Roma frequentou a principio<br />

a Academia de pintura, trabalhando com extrema assiduidade<br />

e grande aproveitamento, apesar ' da . Ínfima miseria. em que<br />

vivia. Por ser hespanhol, muito moço, de baixa estatura e<br />

franzino, Os romanos o appellidaram então Spagñoleto, cognome<br />

pelo qual é mais conhecido na historia da arte. Em 1606<br />

entrou para a escola de Miguel Angelo Amerighi, dito-o Caravaggio;<br />

mas, infelizmente para o nosso artista, pouco -tempo<br />

depois (1609) morreu aquelle celebre mestre. A bôa nomeada,<br />

de que então gozava o Correggio (Antonio Allegri), induziu J.<br />

de Ribera a ir á Parma, para estudar as obras d'este mestre,<br />

em cuja maneira suave e graciosa trabalhou um pouco, mas<br />

afinal tornou ao estylo brutal e feroz do Caravâggio, que condizia<br />

mais com as próprias inclinações ; entretanto o estudo<br />

do Correggio contribuiu muito para temperar, òs arroubos do<br />

seu genio v<br />

De Parma tornou J. de Ribera novamente á Roma, onde<br />

continuou por muitos annos a viver na obscuridade e a lutar<br />

contra a sorte adversa. Considerando que em Rorna encontraria<br />

muitos competidores e conseguintemente pouco trabalho,<br />

resolveu passar-se para Nápoles. Desde então começou a fortuna<br />

a sorrir-lhe. Em Nápoles travou relações com , um rico<br />

mercador de quadros, o qual lhe deu em casamento sua filha<br />

única, Leonor Cortese. Trabalhou .assiduamente com tanta<br />

facilidade e mestria, que não só floresceu em fama, sinão<br />

também nadou ém riquezas e grandezas: Dom Pedro Giron,


869:<br />

Duque de Oi'suna, Vicé-Rei de Nápoles por plfte .da Hespanha,<br />

nóméou-o pintor da Côrte, com 6o dobrões dç pensão mensal<br />

e aposento no seu palacio ;- e o Papa agraciòu-^/com o habito<br />

de Christo (1644).<br />

v Como pintor José de Ribera foi de espantosa fertilidade;<br />

todos á porfia, particulares, grandes senhores, conventos, fabriqueiros<br />

e cabidos das igrejas e Principes faziam-lhe encommendas,<br />

das quaés se desempenhava prompta e cabalmente.<br />

. Entretanto, apesar da elevada posição, a que chegou, e da<br />

consciência do proprio merecimento, a mais negra inveja,<br />

levada ás vezes até á perversidade, marearam o lustre de tão<br />

eminente artista. Mancommunado com dois discípulos, que lhe<br />

eram "muito somenos e cuja concurrencia não podia portanto<br />

treceiar, Belisário Caracciolo e Correnzio, fez com que Annibal<br />

Cárracci, Güido Reni e o Josepino (José Cesari), encarregados<br />

de pintar a Cartucha de S. Martinho e a cathedral de<br />

Nápoles, abandonassem os trabalhos começados e fugissem;<br />

Francisco Gessi, que collaborava com seu mèstre, Guido, permanecei!<br />

ainda por àlgum tèmpoem Nápoles, mas viu-se também<br />

na necessidade de retirar-se, receiando ter sorte semelhante á<br />

de dois discípulos seus que morreram afogados em um passeio,<br />

que fizeram pêlo mar, de .companhia com Caracciolo e Correnzio<br />

; diz-se também que enVenenára o Dominiquino (Domingos<br />

Zampieri), encarregado de pintar juntamente com elle a cathedral<br />

de S; Januario, depois de ter-lhe amargurado a existencia<br />

cóm grandes desgostos durante cêrca de tres annos<br />

(I6'38-1641).<br />

J. de Ribera comprazia-se em pintar de preferencia assumptos<br />

ásperos é horrorosos: sCènas de tortura e de supplicio, martyrios,<br />

agonias, deformidades e feialdades; entretanto, por mais qué:,<br />

essa ferocidade desgoste, não se pôde deixar de admirar nas<br />

suas pinturas a correcção do desenho, o bem ordenado da<br />

composição, o vigor do colorido e a magia do claro escuro.<br />

Em todas as galerias da Europa ha quadros de J. de Ribera;<br />

o Museu de Nápoles possue as suas melhores obras.<br />

José do Ribera foi mémbró da Academia de S. Lucas de<br />

Roma (1630).<br />

A feroz maneira do Hespanholeto não morreu com elle,<br />

antes sobreviveu "nos % seus disçipuloá.: João Do ; Arrigo, o<br />

Flamengo; Bartholomeu Passante; Angelo Falcone; André.<br />

Vaccaro; os Fracanzanis'(Cesar é Francisco) e o célebre Lucas<br />

Jordão.<br />

Na historia da arte é J. de Ribera igualmente famoso como<br />

gravador, ainda que a sua obra gravada conste apenas de dezoito<br />

estampas. :


870:<br />

« As estampas do Hespaiiháhio, diz " Bartseh ..{XX5 78),<br />

contam-se geralmente ño numero' das rftáís riotaveil producçõea<br />

dâ grávura á agua-forte; G Sfeu Martyriú âe iS. Burikolom-eu é<br />

um verdadeiro primor da arte ; é impossível elevar a mais altó<br />

gráu. de verdade a expressão da câbeça do santo e 'da do<br />

carrasco que o escorcha-., im todas as obras do hosso artista<br />

admirasse à pureza e a exactidão do désenho, principalmente<br />

das extremidades; a delicadeza da jjonta e a.engenhosa n#<br />

neira com que os traços acompanham as formas dos muscula<br />

e das roupagens; Aliás as suas aguas-fortes manifestam ponta<br />

fácil é cheia de bbm gosto, trabalho variado, adaptado com<br />

intelligencia aos differ'entes objectos e tão póuço burilado* que<br />

s€ phega a duvidar si ha Helias talhos de buril, que entretanto<br />

éxistem apenas quâhtos bastam parâ dar-lhés harmonía, effeito<br />

e Vigor. »<br />

N.° 297. — S. Jèronymo.<br />

Assentado no meio da estampa, escrevendo* o santo é<br />

surprehendido pelo som de uma trombeta, que o chama ao jüizo<br />

final, e tomado de pavor voltã o rosto para o alto, á direita,<br />

onde Se vé um anjo entre nuvens, tocando uma "trombeta: Ëm<br />

baixo, á esquerda, a cabeça de ura leãò, ê ã direita, os dois monogrammas<br />

de que usava o artista (vide o n.° 31 da, Taboa<br />

dos moiiogramrnas). Sem data.<br />

Altura, 312 millimetros ; largura., 231 millimetros.<br />

N. 0 4 de B. (x*, 80), õ qüâl diz d êsta 'éstàrûpâ": « Belle<br />

pièce et "faie. »<br />

Da Real Bibliotheca.<br />

P A L O M I N O (JOÃO BERNABÉ DE)<br />

João Bernabé de Palominoj píbtor e gravador â buril,<br />

trabalhou em Madrid na primeira metade do XVIII século.<br />

Foi áfctista müitó pêrito| d'elle sãO as gravürás que occorréíô<br />

na edição liespanhola, completa, dá obra de s'è'u tio. D. Aà*<br />

tonio Palomino dé Castro y Velasco : « El Museo pictoiico y<br />

Escala opticà... Madrid, 171.5^1724 », em .3 tomos,


B1Í<br />

N. & 298. — Retrato dê BãrtholomeU Murillo.<br />

A meio corpo, de três quartos para a esquerda, olhâíido<br />

para a fféiííê, Cõrfi -èã cábêllós calliaõã; dêiitrô dê Uíft oval,<br />

têhdô pôr 1 feãíxo urti CârttiCho, êrti qüê âê lê: « In tttudem<br />

D. Bartholomaei Murillot eeleber-\rifni Pictoris Hispafíi. » ê 0<br />

dístico: ;<br />

vHuic SimilesdeditunaViros Hispania muitos :<br />

'•"Arte suá kuic nullum protulif iUa parem. »<br />

Na margêm inferior-, á direi ta^ occ-orre; « I. s â Palom. 0 dei<br />

et scuip. m ti » Setü data.<br />

• Altura, 208- millimetros; largura, 141 millinietros.<br />

I • Da Real Bibliotheca.<br />

S E L M A (FERNANDO)<br />

Fernando Selma, gravador a buril, nasceu em Madrid<br />

em 1748 (Andresen e Nagtex,Lexieon), ou em Valença, 1750<br />

(Bryan),. e fálleceu naquella cidade em 1810.<br />

Diz-se qtie fôr-a discipulo de Manuel Salvador Carmona;<br />

foi porém em Pârls qüé sê H.pêí"feí$oóü ¿íaV-úfâ.;-Depois de<br />

ter estado pôr algum têmpõ íièstà cidâdê vOltõü para Madrid,<br />

onde trabalhou até morrer.<br />

Selma é um dos mais peritos gravadores lieSpânliOês;<br />

a suá primêirâ mâneirâ âsSèmêlha-se a de .sèü niéstrè M. S.,<br />

Carmona, más -nós üitimõs, tempos se^üiü 0 estylô ,ê. maneira<br />

de Gerardo Êdèliflck. Abriü fêtrãtòs é àssumptõs historicos<br />

j em geral as siiâs estampas fazem pàrte dê seríés é eôllêeçõês*<br />

das qtíáes á máís notável é á publicada sob o titulo: « XjolleccíOü<br />

de las estàmbâs jrfadadas a buril dê lôs cuadros perienecieniês<br />

al Rey. de Espana »,


872:<br />

á direita ; 2. 0 , « HERODIAS. », no meio ; 3. 0 , « Se hallara en la<br />

Calcografía de la Imprenta Real. », por baixo do. prëcedènte<br />

dizer.<br />

Altura, 299 millimetros; largura, 215 millimetres.<br />

N.° 7 de Andresen (IT, 497); N.° 9 de Nagler, Lexicon<br />

(xvi, 231)^y<br />

Bella estampa, que pertenceu á Real Bibliotheca.<br />

ESCOLA. PORTUGUEZA<br />

VIEIRA LUSITANO (FRANCISCO VIEIRA<br />

DE MATTOS, dito)<br />

^ZIBX^q-L' °V¿eira


873:<br />

Spijrpsí' para 'a Patriarchal,<br />

íjJt I ^ ^ ^ ^ B D h<br />

'MmÊjÊg não..v irar a :mulber • v -i • jtVli<br />

primeiro estylo, menos acabado, e mais pintoresco, sào feitos<br />

•tMBHjSwft que H em ' S B « de«Santo Antonio prégando<br />

.aos peixes, e prostado diante de Nossa Senhora. Pedfõ<br />

liiítsMeste quadro O corpo nu de Lucrjjf lie huma belhgsima<br />

. I m A gsffiofl com grande franqueza, e<br />

rit-lptòmia.<br />

jg' ! gunda ySSSitt tmlílfâle^eifi 22 Jü<br />

Outubro de 1719 entrado na Irmandade de S. Lucáá* e vé-ãS<br />

,' o qtf ' |p.'5j non|jg||' írancl co Vieií|Í<br />

B ^ ^ ^ ^ H • * * H H H M H<br />

^MS':de s,; LdJBp§líbu, fíjs ^T® j" r<br />

EspogJ-fe-sahto da Clausurafvestijla, de homem , map foi gravemente<br />

fendo tom hum tiro de pistc Ifeiff<br />

sj5br fim a mendigar® pão daquele-a quefl^^kvkóBíòfl<br />

' r ••^C"' 1 '' 1 .' 9 * I<br />

W M<br />

ffi 31111 3 ' pm ^ u m D T^ãf ' 1 1<br />

D^^B 11 jtjEz. B<br />

Roma, e chegou até Sevilha em 1733 Dali, ic nado,*<br />

ordenado de<br />

JVIuitgs djjgsfeus painfilj<br />

os belfesimos quadros de Povolide que representão Santo An-<br />

•OjU í> ^"'^^Eí^wnlia (a Barbara,<br />

SSfcrio executados desde 173S *á*ffl 1740, "A ^Rrê^fl^ora<br />

Jt • Assomar O grande painel de S. Frán-<br />

Cisco dc 1 I f, ! «Isabitos seculares, que está no Meriih®<br />

gjgEi 0 |||gjp tanjjm respeitável da Capelia Mâr*da? Paula tem o quadr


874:<br />

Guilherme Hudson tàmbem conduzi© a Inglaterra © celèbe^<br />

rimo original da Adoração dos ReiSi Também hê Sua a Conceição<br />

que está fta Junta do Commercio. Bràê Tóscatto dfe<br />

Mello, escultor empregado era Mafra, possuia 'õütrô Santo<br />

Antonio de Vieira; é Pedro Alexandrino falia em htifti painel<br />

do mesmo Santo, e do mesmo Author qtie se acha na Gól«<br />

lecção de Bõrba. Entre os quadros deste AiithOr, que devorou<br />

o incêndio de 1755, era assás famoso o do tecto dos Mártires,<br />

pintado em 1750, de que nos restão os desenhos; representava<br />

a tomada de Lisboa aos Mouros por D. Affonso i,', e Guilherme<br />

de Longa espada, protegidos por Nossa Senhora dos<br />

Mártires. Custou i;ooo$ rs. Pelos, gabinetes dos Curiosos ha<br />

vários eâbócetos seus. Fez^ um número prodigioso de optltnos<br />

desenhos, dos quaes a maior parte delies possue a Inglaterra,<br />

aonde os Amadores da Arte os paga vão muito bem, e muitos<br />

forão alli estampados: também abrio elle mesmo alguns a<br />

agua Forte, cofttando-se entre os melhores o de Neptuno e<br />

Cofonis, e o das Parcas cortando o fio vital de seU Irmão<br />

(adiante descrlptos). Foi igualmente sábio em Ãrchitectura<br />

como se vê em muitas das suas obras, e -no desenho que fè-z<br />

para huma fonte de Neptuno entre duas Casas de prazer parâ<br />

hum jardim dê Alexandre de Gusmão. Vimos em Roma painéis<br />

seus, e estampas copiadas pelas suas invenções.<br />

« Vièira professou na Ordem Militar de St Tiago em 1744.<br />

Em 7| enviuvou, e deo então fim á sua carreira pinturescâi<br />

Deixando Mafra, Onde I). Ignéz espirou, Veio viver para 0<br />

sitio do Beato Antonio, cheio de mágoa» e saudades; dêse 1<br />

jando muito sahir desta vida para ir fazer Companhia á sua<br />

idolatrada esposa. PubliCoü èm 1780 o seu livro do Pintor<br />

Insigne e leal Amante (*), assisti© à hüm acto da Academia do<br />

nú a S-. José, e três annos depois acabou os séus dias (a ij<br />

de


êlà<br />

Btblléflfêlâ NàéfôBâl as de n»° 4-, 5 ('âweriptâã flèiste Catalogo<br />

sob Ép.h é 301) e 6» frontispicio ãllêgorico dá obra de<br />

DiojfO Bàfbôãâ Máehâd'0 Meníôrtm pura a Historia de Portugal.<br />

ETêstâ ultimâ èXistem duas cópias \ tambdfti nâ 1 mesma Obra s<br />

uíM gisLihéà jjOr Francisco Hãrfewyn, em Liãboa, sem data;<br />

oüífã pdt Pedio dé Ro'chefort, eia Lisboa-, 17391 Al'ém d'estas<br />

ptMüè a BiblíOtfoêCà <strong>Nacional</strong> mais ás seguintes estampas do<br />

artista t<br />

1). Sâtitro ÀntüniO de Lisbòà. A esquerda õ Sâfito, de péi'fíí<br />

pâíã I Úifeitâ, ajoelhado, com os braços extendidos pâfâ recebei<br />

& menino Je§us dâà mios da Virgem Üktttissiiha, sê vê em<br />

uma glOfiá, em diña, á direita. Etó baixo: nb meio, ttima<br />

vieira (marca parlante dO artista), lendo êtti voltá üffl fosaiiO,<br />

Cüjâ cluz está coílocada no mêid d'ellâj á esquerda, « PranM,<br />

VièiTd ÍMZ. no Phvtor ÂcaâiWiicd]irtWntdu 'delini&u e aWiU êi-.-.<br />

>'• Altüra, ¿55 míllimètroã; largtirâj léf ffliíliiftetros.<br />

2-3). Duas estampas, sem data, com 89 millimetros de<br />

altura e noa 113 millimetros de largura, provavelmente fazendo<br />

parte de uma serie, cópias dás gravadàs -por Antofíio Tempesta<br />

para as suas Metamorpkoses. de. Ovidio (n. 08 638-787 de Nagler,<br />

Lexicón), "a. saber: ã| « PtyppoUluin Dídtice impülsu dil yitam<br />

revocai JÉsculapius el Virbiüs vocatur » / b) « ííècubà à Gftzcià<br />

l Tróia exustà) rctpit-ur. »<br />

4). frontispicio allegorico, no 2. 0 estadò,^; da obra de D.<br />

Antonio "Caetano de èousa Historia genealógica, da Casa Real<br />

Portuguesa-. No meio, sobre ura alto pedestal com as armas<br />

portugiiezas, o Genio de Portugal sob a fôrma de uma mulher<br />

sentada em um leão, de frente, de sceptro e coroa, tendo na<br />

mão esquerda uma cornucopia-; 'âqueni do pedestal, Minerva em<br />

pé, tomando um livro dá mão dê um personagem trajado á<br />

antiga, coroado de loufO, Visto de •costas, ajoelhado e acompanhado<br />

de uma mulher moça "de coroa radiada á cabeça,<br />

j-,.Çom uma romã na mão esquerda e uma CÒroa de hera no braço<br />

correspondente (ambos á direita); á esquerda: uma moça escrevendo<br />

com um estyletetem umataboae uma mulher mais idosa<br />

sustentando ,um grandi Vâsõ CÒM a arvore genealógica da casa<br />

de Bragança, reinante em Portugal. Em um poial, em baixo,<br />

á esquerda: « F. V. LUSIT— / — ÂNUS. / INVENIT / ÉT F. »; e<br />

na margem inferior, á direita -: -«-AÇabado ao -buril por P. de<br />

Rothefort. 1735. » Altura, 254 millimetros; largurá, 178 milg/limêtros.<br />

| "-L.<br />

No x.° estado qüe conhecemos, mas qüé náo existe na<br />

; .Bibliothrca <strong>Nacional</strong>,, faltam -os dizeresMcF. V". LUSÍT... ET<br />

F. » e «ACabado... 1735. »


876:<br />

5). Attribuimos também a Vieira Lusitano a seguinte estampa,<br />

pela maneira por que é gravada, caracter da lettra dos<br />

dizeres, &: — Allegoria satyrica no genero extravagante de<br />

Callot, com tres figuras: á esquerda, a Pintura incensando<br />

um sujeito em fôrma de hermes que está no meio; á direita,<br />

uma figura, vista pelas costas, meio despida, agachada, expellindo<br />

de si uma immensa columna de outro incensoAe própria<br />

producção. No alto da estampa, em uma tabOleta : « D. CASTRO /<br />

GAL... P. A. / TESTIC. MAX. »; nas margens lateraes e inferior<br />

muitos dizeres em latim e .italiano ; os d'esta começam<br />

assim: « amici, e, "Professor/ deite ar ti, HberalL.. & ». Sem<br />

data, sem nome, monogramma ou marca dó gravador. Altura,<br />

175 millimetros; largura, 148 millimetros.<br />

Vide: Taborda, pp. 230 e seguintes; Çyrillo, pp. 99 e<br />

seguintes; Raczynski: Dictionnaire, pp. 296 e seguintes e<br />

Lettres, pp. 241, 265, 270, 279, 290, 294, 295, 357, 383, 384,<br />

445 e 447; Nagler, Lexicón, xx, pp. 234-235.<br />

N.° 300. — Neptuno e Coronis.<br />

.Em uma paizagem á beira mar, Neptuno, de perfil, correndo<br />

para a esquerda, com os braços extendidos, tenta segurar<br />

Coronis, que lhe foge voando ; entre elles interpõe-se Pallas,<br />

suspensa nos ares, afastando com a mão direita a moça do seu<br />

perseguidor. Em cima, á direita, Cupido com o indicador da<br />

mão direita na bócca e o arCo e setta na esquerda. Em baixo<br />

occõrre : á direita, « Fran. Vieira inu. pin. 1724 »e á esquerda,<br />

escriptos em uma taboleta os seguintes versos :<br />

v Se Palas divide ancioza<br />

Coronis do Rei do Mar<br />

he. por ella assim, rogar<br />

fogindo-lhe rigoroza;<br />

Que fora couza orroroza,.<br />

e tirania sem par<br />

quando a quizesse apartar<br />

se lhe foce amante espoza »,<br />

é o dizer, «.Fran. V. ra Luzit. inv. pinxit / et sculpsit Romee. /<br />

1724. »<br />

Altura, 285 millimetros; largura, 215 millimetros.<br />

I N.° 2 de Andresen (TI, 661) ; N.° 4, 2. 0 estado, de Nagler,<br />

Lexicón (xx, 234).... "'•„.'•<br />

Bella estampa, que procedeu da Real Bibliotheca.


877:<br />

N.° 301. r^ A morte de João Vieira de Mattos i<br />

allegoria.<br />

: , Dez figurás, as tres Parcas, o Tempo, a Morte e a Verdade,<br />

dentro de um redondo, inscripto em um parallelogrammo.<br />

No meio da estampa, vê-se, deitado em um colchão sobre um<br />

estrado, um mancebo, a' quem Atropos, accompanhada de suas<br />

irmãs, corta o fio da vida; á esquerda: no alto, o Tempo,<br />

abraçado pela Morte, tem suspensa sobre a cabeça do mancebo<br />

a ampulheta, indicando que elle chegou ao termo da existencia,<br />

e em baixO, uma criança sentada, chorando; á direita, quatro<br />

figuras tristes ou chorosas, e a Verdade mostrando um espelho<br />

a uma d'ellas; no alto, entre nuvens, dois grupos de duas<br />

moças, um á esquerda, perto do arco iris, outro á direita, á<br />

entrada de um templo circular. No corpo da estampa encontram-se<br />

ós seguintes dizeres« REQVIESCAT = », por baixo do<br />

arco iris;« IN PACE ¿ETERN », no friso do templo; « LVSTR IIII »,<br />

na estriga, enrolada na rOÇa de Clothos; e « IOÁNNES ==*/ NO-<br />

MEN. EIÜS », em uma téla meio esboçada, á esquerda do menino-quê<br />

chora.<br />

Ña margem inferior lê-se: « Meu diletissimo Irmam em /<br />

sinal daquelle fraterno Amor q. / sempre me mereceste, esta<br />

demostra= / çam de minha perpetua Saudade, em teu / Louvor<br />

Qonsacro aos meus Amigos PINTORES.,/ Sei q. nam menos rele^<br />

v,arão- elles o exeço da mi = / nha pena do q. tu agradeceras o<br />

meu puro dezejo q. / he so de q. se lembrem da tua Gentil Alma<br />

nas suasl oraçõis-o I Seu parcialissimo Am. 0 », á esquerda ;<br />

«•••¿parissimt.amia : PvrsiyRi...jàlutarvi 'dt..vif;o' Core -o Vostroparr<br />

tial. mo affetsonato », á direita ; e no meio, a subscripção<br />

do artista como vem representada naTaboa dos monogrammas<br />

(n.°'2_8l). Sem data.-<br />

. -Dimensões" do parallelogrammo- altura, 372 millimetros;<br />

largura, 369 millimetros ; diâmetro do circulo (um tanto irregular),-'.<br />

359 a 360 millimetros.<br />

N.° 5 de Nagler, Lexicón (xx, 234).<br />

Bella e raríssima estampa, que foi da Real Bibliotheca.<br />

P A D R A O (ANTONIO JOAQUIM)<br />

N.° 8.<br />

Antonio Joaquim Padrão, pintor e gravador á agua-forte.


878:<br />

« Pinte.u o S. Jqsé, que está no Mosteiro dos Bentos, &<br />

Estrella; Nossa Senhora do Carmo para a Capella do Arcebispo<br />

d'Adrianopoli ; o painel chamado da cômpëtencia<br />

porque e>- fez n'huma espécie de concurso eqm o Rocha {Joaquim<br />

Mamei da) \ he a Annunçiação de ISfo^sa SephQFa fçjt^<br />

pela estampa do Barpçcio, e bem se vê que pqz ãl(i tpdo o<br />

seu saber, conseguindo taívgz igualar ç gçu. mpdê^o, nq colarido.,<br />

graça, suavidadg, g exprejsã.p. JJst.g quadro está na Galeria<br />

de Borba, Tambena sgiibe, pinta 1- copi magistério paizps,<br />

e retratos, e faz-lhe muita-hpnra o de p, Manoçl do Cenáculo<br />

Arcebispo de Evor-a, qy.§ está epi Jesus. Na Sacristia<br />

da Ermida da Piedade, á Boa-Mpríi« está outra pintura sua<br />

feita para a bandeira dp Tgrço, e foi huma das yl|imas<br />

qu® ffisj assim, como © I^eninp Jesü§ rgpresentadp na idade<br />

adolescente para q P. Antonio Lui?» bem çpnhfçido pelp zelo,<br />

e caridade com que gdupava os órfãos ; o qual passpu para a<br />

pollecçlo do Marque? d'Angejas .Fez q^ esbpegtps, que forãp<br />

para França para por elles se executar o grande retrato do<br />

Marque? de Pombal expulsando Jesuítas. Abrio muito<br />

a agua forte. Morreu moço, e tisico pelos anpos í7óq.<br />

« O Lpbo {Ergnctiço Xavier) g elogia muito e di?, que<br />

era melancólico, e estudioso ; que não poupava deligepçjg,<br />

alguma para se aperfeiçoar» e que sabia abrir'os Livrp§ cpm<br />

gosto raro. Foi mestre dg Jpão Silvério Çarpineti, e José<br />

Caetano Syriaeo- » (Çyriíb, irs)-<br />

N.° 302. -r» Regina, Angelartivix segundo Vieira<br />

Lusitano.<br />

Dois anjpg, de perfil, ajoelhadps? um á esquerda» outro í<br />

direita, lèvántam sobre um escudo a Virgem Santíssima cercada<br />

de uma aureola, com a ' mão esquerda nq pejtq e os<br />

olhos erguidps, para'o ceo, tendo na cabeça' uma èorOa real<br />

e na màó direita um seeptro;<br />

Na margem inferior lê=S£: sí Eq. Vieira Lus. inv. », á<br />

esquerda; « A. I. Padrão sculfts. » (como no monogramma<br />

n.° 8), á direita. §em data,<br />

Altura, 177 millim^fros ; largura,_ 125 millimetros..<br />

Estampa rara, não descriptar<br />

Da Real Bibliotheca. ..


879:<br />

N.° 803. — S. José, segundo Vieira Lusitano.<br />

Em pé, sobre um hemispjierio, a feres quartos para a esquerda,<br />

com o rosto de frente, tendo na mão direita a sua vara.<br />

adornada de angélicas, sustenta nos braços p Menino Jesus,<br />

que eom um sceptro aponta para um escudo, seguro por um<br />

anjo á esquerda da estampa, no qual se vê uma "vara "de angélica<br />

eom.q seguinte dizer em volta: « Divi JQSEPHI PATRQ-<br />

CINltíM. »<br />

Na margem inferior oçeorre: « Eques F. Vieira<br />

invenit», á • esquerda; e » Antontus Ioachim Padrão Sculp. «.,<br />

á direita2.°, « SALUS NOSTRA IN MANUTUA EST : RESPÍCIAT<br />

NOS: TAN / TUM DQMINUS NOSTER? ET L^TI SERVI EFTJUS REGI.<br />

Gen, 4f. » Sem data.<br />

Altura, 235 milíiittetros ; largura, 148 millimetroS;<br />

: Bella e rara estampa, não descripta.<br />

Pa Real Bibliatheca.<br />

ROCHA (JOAQUIM MANUEL DA)<br />

Joaquim Manuel da Rocha, pintor- e gravador á agua<br />

yforte, nascido em Lisboa a 18 de Janeiro de 1730? foi disçi'<br />

pulo de André Gonçalves II e de Domingos. Nunes, pintor,<br />

que a mandado d'El-Reí D. João V tinha ido estudar á Roma,<br />

"e, que pQuco produziu por ter perdido a vista,-<br />

' !§<br />

usou?muito de preto de marfim a. que chamava preto §antQ, e<br />

da terra rossa, que dá na çôr. de tijolo- Copiou quantos desenhos<br />

pôde de Vieira; e copíava-os também que se equivo»<br />

cavam muito çpm OS originaes. Pelos annps 1760 pintou o<br />

panno 4a embocadura para' o Theatrp do Rairro aQíidê<br />

representou Apoljo com as Musas, - e hum bellissimo Tejo.<br />

Custou-lhe muito a manejar as tintas, e não quíz pintar mais<br />

nada a tempera. Çomo não fazia pannos para. ornar çasa§, e<br />

não. queria ir pintar em tectos, nem em lugar algum fqra dã<br />

'sfla casa, açhaya-se , as ' vezes ~sem eneommén4a§> e ne§§e§ intervalos<br />

pintava fógos, búzios^ çOn^as, è outros objectos da<br />

natureza morta, tudo a maior verdade, óptima CompQgt*<br />

Ção, e toque magistral. Também gravou mui pintorescamente<br />

a agua forte. O seu costume era pintar de manhã, e passear<br />

de tarde, até que sendo admittido como Lente na Aula Regia<br />

dç Desenho, que então se estabeleceu, dahi por diante em-


880:<br />

pregou as tardes nas lições da sua escola. Fez bastantes<br />

quadros para Igrejas; e são « o da Sagrada Familia para o<br />

Carmo; os da Ultima' Cêa na Conceição dos Freires, e no<br />

Loreto, os da Senhora da Conçeição em Santa Isabel, na<br />

Sacristia dos Paulistas, e nas Seté Casas.. O da Ermida do<br />

Morgado dá Alagoa, o S. Paulo Eremita na Portaria ,dos<br />

Paulistas. . Annuneiaçâo do Baroccio, e hum Apostolado na<br />

Ermida de Feliciano Velho. Paraos Oratorios dos Jooens hum<br />

Jordão, e a Senhora do Rosario. Estes commerciantes inspeccionárão<br />

as obras da Igreja de S. Paulo, para onde fez o<br />

Rocha o famoso painel de S. Pedro e S. Paulo. Os 4 Arcanjos<br />

pará" a Capella do Senhor da Paciencia na .Convalescença.<br />

Hum. S. Jorge - para Paulo Jorge, hum que está na<br />

Capella Mór, e dous na Sacristia de S. Pedro d'Alcantara.<br />

Sete painéis também de Igreja para a Ilha Terceira. 0 de<br />

S. João Evangelista na Capella Mór do Beato Antonio, e<br />

dous em huma das outras Cãpellas; è , outros mais.<br />

« Também fez retratos: o seu, o de sua Mãe, o de Francisco<br />

Vieira Lusitano, como a cabeça de um^Monge, e a<br />

Senhora de Trevisani, todos pintados por elle, estão na Collecção<br />

de Borba. No ante-côro de Jesus está o de Mayne, e<br />

outros 5 seus successores, e Bispos. Em 1780 concorreu para<br />

a Academia do nú a S. José; é depois também ajudou a<br />

dirigir a da rua dos Camillqs. Entrou na Irmandade de<br />

S. Lucas em 22 de Outubro dé 1752, e morreu em 28 de<br />

Setembro de 1786. Pedro Alexandrino (de Carvalho) diz qué<br />

desenhava bem, mas que em os seus nús usava muito das<br />

linhas rectas, ou quasi rectas ; cóusa que conduz ao estylo<br />

magro. O Lobo (Francisco Xavier) o louva muito, e diz<br />

mais, que era sisudo na CÒr, e forte no claro-escuro. » (Cyrillo,<br />

116-118). V , 51<br />

Jaz sepultado na igreja parochial do SS. Sacramento de<br />

Lisboa.<br />

Na sua escola formaram-se os seguintes discípulos: Bernardino<br />

da Costa Lemos, natural do Porto de Mós, que,<br />

descontente da fortuna, desamparou a arte, trocando a palheta<br />

e os pincéis pelo tinteiro e penna de escrivão na sua patria;<br />

séus dois filhos ; Joaquim Leonardo da Rocha (o mais velho),<br />

pintor e grávador á agua-forte, que foi director da aulá de<br />

desenho da Ilha da Madeira, e João Francisco da Rocha,<br />

menos hábil que o precedente; e o Conegò da Igreja de<br />

Évora, José Jacintho.<br />

Vide : Raczynski, Dictionnaire, na palavra Rocha (Joachim-Fminanel<br />

da); e Taborda, 235 - 237. V


881:<br />

N.° 304. — Nossa Senhora das Dajeífe Kest<br />

gatç,*,<br />

Dentro. âe^nm retábulo: jCT-VÍMj^^aaiM^^má.^^rrfaria aia.:<br />

pé dã„ Cru^Ttendogiíiaua^^pada «i • i i 'jeic' iT^ >. | i tÍ I<br />

,jio semblante, .dor intensa,.1sustenta I00 seu J .< •<br />

phrisfe mortcy|;.. em bavxo, j ,( .1, j*ií i • espinbjífegík<br />

^ t.res ^niargem inferior, ^ Àvi^j'/'/.*<br />

7>ORRS. fflesffãtej »«JOAAI? I' * A ' /<br />

^K^ltié^da., .<br />

Dimen ,. . folha j|lue está um ||fjflj|g> * mutilada dg<br />

^Hl^hs) no £eu estado actual: ; i,a^úra, ^¡^^millii^^^^^largui'a,^|2<br />

millirnetros. .<br />

m^ÊMòúpk rara, nâo : d : esc'ripta,' qf^per^haTu á'RcMl* Iíibliothecà.<br />

AGUILAR (MANUEL MAI^ES DE)<br />

fe Manu«Marq#s.^le Aguilar, ¡¡||||dQr a buril.<br />

1 ' V 'íjfc.v'1 . a aula dèh^So<br />

fanhia xjm jfrnhte ^^"lad/^^B^^^mjs^ioa -Jaflgéli<br />

Marques de Aguilar ate o n i793> e kT^Sj^^SMB<br />

•M«J|jp$om ffnwgpjiiiii dHHng* rh í "«•'©reí''<br />

®S@a||Slpmira com Thomaz Miltc V| w fí ' I J. 1 '.'<br />

qual abria muito ,bim nai^.^^«rfigurasM^«ltou em çôxa<br />

*pensidjiàdoBmfeoSooo reis para jlo Jardim Cota'<br />

n»MrBH!mtt8 da '•''fl^^K<br />

Gravou ípibQmr os retratos de Suas Magestades. Nasceu na<br />

§Se8jffippomos que João Hilbino de Agi® também gra\adnr,<br />

TMBKMWlroPpS 7 ' f f f r Mt" 1 1 "H 1<br />

cou ST"* r i 11 ereá «i^pmd&i eyi Wg&j/ "<br />

— « Aguilar filho gravou ie idade de zz a«.* » — « D. Maria<br />

Ramha>He E g I iS', 3<br />

Dedica, E • U Í M B M A O ^ - F ® ^ H H H H 11<br />

»Ljjj : i f B f & *<br />

•'áfttf-' áue IKSrrerigm um retrato dl Arthur WcllelgM||g»<br />

IMtro^Duque^% Kcfe?á|ftecistei!te*lia Biblíc^Ç^NaCiÔnal,<br />

por elle gravado.<br />

B


882:<br />

N.° 305. ¿1 Retrato de Luiz Pinto de Sou?a<br />

Coutinho, Visconde de Balsemão, segundo<br />

Domingos Antonio de Siqueira.<br />

Em busto, de três quartos para a direita, fardado, com<br />

diversas condecorações; dentro de um oval, emmoldurado em<br />

um parailelogrammo. Por baixo do oval há uma taboleta em<br />

branco". | O rándo do oval é constituído por traços obliquqs<br />

dirigidos de cima para baixo e da esquerda para a direita.<br />

Sem lettra; sem data (1801 nos outros estados da estampa)!<br />

Altura," 333 millimetres ; largura, 228 millimetres.<br />

Ha cineoéstados d ? esta clíápa \ a estampa exposta pertence<br />

ao i.°, e vem descripta no Catalogo da Exposição d&<br />

Historiei dç Mr-mM sí>t> 17814, Quanto aos pu|r@g estados,<br />

vide os n. os 17815-17818 do mesmo Catalogo.<br />

Estampa rara, que foi da Real Bibliotheca.<br />

RIVARA (JOÃO CAETANO)<br />

Joãfj Çaetauo Rivara, gravador a buril.<br />

«Sendo filho d® estrangeiros nasceo em Lisboa, aonde<br />

frequentou a Aula do Castello. Foi para Roma em 1788 pensionado<br />

pela íntendeneja, e alli por 3 annos foi escolar- de<br />

Labruzzi. Passou depois para a Escola de Pedro Vitali, Veneziano,<br />

frequentando também o estudq de Volpato, Gravador<br />

famoso- Rivaça gravou huma Sacra Familia do Ticiano de palmo<br />

e meio, dous ovados de Teniers representando hum pastor, e<br />

huma pastora, em meios corpos; o busto de Antenori em ovado<br />

pequeno &ç. Voltou a Lisboa em 99, e depois foi a Londres<br />

estudar còm Bartolozzi, tendo de pensão 6oo$ooo réis. Alli<br />

gravou os; retratos da Senhora Rainha, e do Príncipe Regente<br />

de Portugal. Seguio o estilo de. Strange, e nesse mesmo estilo<br />

desenhou á penna hum Fauno, e huma Bachante, que estiverão<br />

no gabinete do Secretario de Estado, Antonio de Araujo e<br />

Azevedo. Em 1803 regressou a Lisboa, e foi ser Professor de<br />

grav.úra no Jardim Botânico, aonde tem aberto plantas, e outros<br />

objectos de Historia Natural. » • (Cyrillo, 295—296).<br />

Barece certo, que ; J. C. Rivara estivera e trabalhápa no<br />

Rio de Janeiro. A esse proposíto diz o Sflr-. A. do Valle Cabral,<br />

nçis S&J& Armaes da Imprensa <strong>Nacional</strong> do Eio- de Janeiro de-<br />

1808-1882,, pag. XLIX: « ... provavelmente ('/. C. Uivam).<br />

veiu para o Brazil com a familia,. real em 1808, e trabalhou


883:<br />

na Impressão Regia, como se


884:<br />

bom desenhador. Não executou muitas gravuras, mas as que<br />

fez são boas; taes como: S. Antonio de Lisboa; Jesus Christo<br />

crucificado, chamado da Boa Sentença ; S. Felix de Cantalicio;<br />

os retratos do Padre (José) Agostinho de Macedo, de Bocage,<br />

e alguns para a obra « Varões e Donas illustres », entre outros<br />

o de Mademoiselle Sicard. E actualmente professor de gravura<br />

histórica na Academia das Artes de Lisboa. Copiou a pennejado,<br />

imitando a gravura, o quadro clássico da Disputa. A illusão<br />

produzida por esta obra é perfeita. Gravou também o diploma<br />

da Academia, que ainda não serviu, e oecupa-se em fazer o<br />

retrato do ministro Costa Cabral, Conde de Thomar. » (Communicação<br />

do Sñr. Santos, gravador da Academia).<br />

D. J. da Silva vivia ainda em 1847 na idade de cêrca<br />

de sessenta e um annos.<br />

N.° 307. — Retrato de Dom José Joaquim da<br />

Cunha dê Azeredo Coutinho, segundo Henrique<br />

José da Silva.<br />

A meio corpo, de tres quartos para a esquerda, olhando<br />

pára a frente, vestido de hábitos prelaticios, com a cruz pastoral<br />

ao peito, sentado, escrevendo; no fundo uma livraria.<br />

Na margem inferior occorrem os seguintes dizeres: i.°, « H. J.<br />

da Silva delin. 1816• », á esquerda; « D. J. da Silva escuip. y>,<br />

á direita; 2. 0 , o titulo e 3 versos hexametros latinos, com o<br />

brazão do retratado de permeio:<br />

( I<br />

« D. JOZE, BISPO<br />

D'ELVAS, EM ou-<br />

TRO .TEMPO DÉ<br />

PERNAMBUCO. :<br />

Hunc, inter magnos<br />

clarum Brasilia jactat,<br />

Lusorum virtutibus,<br />

litteris, Orbis honorat i.<br />

Illius Ut nomen, sic . Brazão picta colatur imago. »;<br />

3.<br />

\ /<br />

0 , por baixo; « Dedicada e Offerecida / pçr / João Joaquim<br />

d Andrade Conego Prebendado da Sé d'Elvas. »<br />

Altura, 124 millimetros; largura, 99 millimetros.<br />

N.° 18893 do Catalogo da Exposição de Historia do<br />

Brazil.<br />

Estampa rara, que proveiu da Real Bibliotheca.


885:<br />

PRIAZ (JOÃO VICENTE)<br />

João Vicente- Priaz, gravador a buril, era de origem<br />

pieihontez. Foi discípulo de Francisco Bartolozzi em Portugal;<br />

trabalhou no principio do século actual em Lisboa e, segundo<br />

Cyrillo, pag. 291, «regressou para o Piemonte, patria de seu<br />

pae . »<br />

N.° 308. — A Virgem Santíssima com o Menino<br />

.. jesus em pé sobre uma mesa, segundo Raphael.<br />

Vista até aos joelhos,; sentada, quasi de perfil para a esquerda,<br />

tendo o rosto de frente, com os olhos baixos, conchega<br />

a si, com a mão direita, seu Divino Filho, de pé sobre" uma<br />

mesa, segurando-lhe ao mesmo tempo ò pé esquerdo com a<br />

Outra mão- O Menino Jesus abraça sua Mãe, olhando risonho<br />

para a frente. Na margem inferior lê-se: i.°, « Rafael Sanzio<br />

de - Urbino Pintou », á esquerda; «J. V. Priaz Desenhou e<br />

Gravou. », á direita;2°, «A VIRGEM NOSSA SENHORA E O<br />

MENINO JESUS / dedicada a Sua Magestade Imperial e<br />

jtteal I o Senhor 3). J^oão Sexto / Pelo seu respeitoso submisso<br />

e fiel vassallo, João Vicente Priaz. » Sem data (1825 a 1826).<br />

Altura, 264 millimetros; largura, 188 millimetros.<br />

0 quadro de Raphael segundo o qual foi gravada esta<br />

estampa, dèscripto á pp. 120-121 dó 11 de Passavant, Raphael<br />

d" Urbin et son Père Giovanni Santi (édition française, 1860),,'<br />

pertenceu em outro tempo á Galeria d'Orléans.<br />

Bella e rara estampa, graciosamente offerecida á Bibliotheca<br />

<strong>Nacional</strong> pelo ex-Bibliothecario, o Snr. Dr. B. F. Ramiz<br />

Galvão.<br />

F O N T E S<br />

N.° 309. — Nossa Senhora das Dores e Santo<br />

Sepulchro.<br />

Em um nicho: a Virgem Santíssima, em corpo, de frente,,<br />

cor» as mãos postas no peito, cujo lado esquerdo é atravessado<br />

por uma espadâ, tendo o manto sobre a cabeça^éí em redor<br />

d'esta um resplendor £om oito estrellas e uma v .âúreola. Em


886:<br />

ura sepulchro, pôr baixo do nicho* vê-se Jesus Christo, morto,<br />

deitado, com a cabeça cercada ae um resplendor e o corpo<br />

coberto com uma colcha», No alto do nicho* em iim cartucho<br />

floreado, lê-se: « N. 8. das Dores, e S. Sèpülghro j da<br />

Ordem Terceira de S» Francisco, »; e na margem inferiói", no<br />

meio; «Fontes, fez. 1829.»<br />

Altura, 181 millimetros; largura, 120 millimetros.<br />

A estampa representa as imagens de roca, que se veneram<br />

na igreja da Ordem Terceira de S. Francisco da Bahia.<br />

Ofíerecída pelo Dr. J. Z. de M. Brum.<br />

QUINTO (A. J,)<br />

N.° 310. — Retrato de Dom Frei Bártholomeu<br />

do Pilár, àeguftdò j. Cunhâ.<br />

EM busto, a tres quártos pârá a direita^ vestido de hábito<br />

carmelitano, de Cruz pastoral ao peito, cora a mão direita um<br />

pouco levantada, segurando uma penna; dentro de um oval,<br />

ao alto. Por baixo do oval occorre: i.% «J. Cunka delin. », â<br />

esquefda} « A. /. Quinto Seulp. », á direita; 2. 0 , o titulo,<br />

com o brazão do retratado de permeio:<br />

« D. Fr. Bartho- i \ tOMEu do Pilar,<br />

pri-, í Brazão | meiro Bispo<br />

do.- \ / Pará.<br />

Sem data.<br />

Dimensões da chapa: altura, 174 millimetros; largura,<br />

114 millimetros.<br />

N.° 18479 do Catalogo da Exposição de Historia do<br />

Bfãzit.<br />

Rara.<br />

Da Real Bibliotheea.


e.sdõí.1 aMèSIôâèa<br />

AMÕNYmÔ XVÍÍ,<br />

da officina da American Bank Note C:\<br />

de Nêfa-York.<br />

N.° 311. — Retrato do Barão Homem de Mello,<br />

ségüiHdo Migüel Cãfli^âfêã, he§p'àffHól.<br />

Èm ã três qúaríos {¡ara- ã feqtíferSã; Ôè ! $>incfcné%)<br />

vé^ihdo fardá tíè Presidente Ôè Píõvirícià,- ãá iifàiffilái<br />

de digniíáfid dâ .Grdeili êtà Rètéa, fetíf tíríiá fíiòldürá ôvál;<br />

otfíãdM dè rãirtôs dé loufèiróV ròr fórã da fholdtífãy Bú uma<br />

espécie de fiasse-par-tout, estão representada^ Vâfiáé ffefral<br />

ailêgòricৠ:• ã Fàífrá; â Religião, à AbÜMàríciâ,- ã LávSura;<br />

é ésctfipto^ divêfsos. dizères, d&s quaèsy tfriã referem noirlès de<br />

Bahiarios illustres : « GORÒNEL / SEBASTIÃO; DARÔCHA / PITTA<br />

« DE PEDRA BRANCA », com uma coroa de Visconde por cima;<br />

e outros são allusivos a factos concernentes á administração<br />

dó retratado, como Presidente da Província da Bahia : « RUA /<br />

-DO-/. BARÃO / HOMEM / DE\/: MELLO »... « ESCHOLA DA PIE-<br />

DADE<br />

No alto da estampa, no meio, duas donzellas sentadas<br />

sustentaria com uma das mãos o escudo das armas da cidade<br />

da Bahia (em campo azul, uma pomba branca voando, com<br />

um ramo de oliveira no bico), tendo um B por baixo da<br />

pomba (*), emquanto com a outra levantam no ar, por cimá<br />

do escudo, uma-.coroa de Barão.<br />

Por baixo da moldura oval,- oeeorre a seguinte dedicatória,<br />

em uma taboléta também oval: « Ao ILL. MO E / EX. MO<br />

-SNR. -CONSELHEIRO / BARÃO HOMEM DE MELLO, / PRESIDENTE<br />

DA PROVÍNCIA / DA BAHIA. / A BAHIA AGRADECIDA / ANNO<br />

1878. »; e na margem inferior, á direita : « AMERICAN BANK<br />

NOTE C.° NEW-YÕRK ».<br />

Altura : aos lados, 312 milíimetros; no meio, 344 milíimetros;<br />

largura, 253 milíimetros.<br />

N.° 18698 do Catalogo da Exposição de Historia do Brazil.<br />

Offerecido á Bibliotheca <strong>Nacional</strong> pelo Snr. Barão Homem<br />

de Mello.<br />

' (*) As armas da Bahia sâo, segundo Gabriel Soares e. Rocha Pitta, em campo<br />

verde, embora Varnhagen, Historiã geral cio • Brazil, diga que em campo azul, e não<br />

tem o -B por 'baixo da- pomba; más. o mote: « Sic Illa a


888:<br />

ANONYMO XVIII,<br />

da officina de W. Welstood & C. ia ,<br />

de New-York.<br />

N.° 312. — Retrato do Visconde do Rio Branco.<br />

Em busto, a très quartos para a direita, olhando para a<br />

frente. Na margem inferior occorre: « Eitgraved & Printed<br />

by W. Welstood &> CO. N. Y. » ; 2. 0 , « Visconde do Rio<br />

Branco » (fac-simile da assignatura do retratado) ; 3. 0 « Oferecido<br />

aos Assignantes do Novo Mundo ». Sem data.<br />

Dimensões - da chapa: altura, 252 millimetros; largura,<br />

176 millimetros.<br />

N.° 19106 do Catalogo da Exposição de Historia do Brazil,<br />

Offerecido á Bibliotheca <strong>Nacional</strong> pelo Snr. Conselheiro<br />

José Maria da Silva Paranhos, filho do retratado.


III<br />

DESENHOS


ESCOLA BRAZILEIM<br />

LECÓR (Luiz PEDRO)<br />

Luiz Pedro Leeór, fílho do Mafééftál dé Campo Joáo<br />

Pedro Lecór, nascido na cidade de Faro, .em Portugal, a 10<br />

de A-bfil dé véftí pará o Brdzil 6'írÉ iSéói<br />

Assétttdü prá£á de cadete n& regiiíiéñto dé dfágSet ck<br />

provincia Cisplatina ("entáo portuguéza) ém i. á dé ÁgO"sto dé<br />

i Bió é áégtííu a cáíreirá militar até ao pótto de capifáó, em<br />

qüe fdi reformado á 13 de Sétetttbfó de 1837.<br />

Ña© sé sábé com quérri ápréndeü á déseriíio e a pintura^<br />

ídi déséñhádor é piñtór a oléo e á ¿guada; cultívoti varios<br />

g'enéros: reffatós, piñtürá histórica e páizagem. Á 27 de Mar$o<br />

dé 18Í54 fói ñóniéádó déséníiista do Archivo Militar da Córte,<br />

emprégó qüe exerceu até 1878'.<br />

Á suaobra consta dej quádros historíeos ; retratos á oled<br />

e em miniatura, em poder das familias dos retratado»} paizagens<br />

áoleo e á aguarelía, peía maior parte perteneentes a seu<br />

irmáo o Major Antonio Pédro Leeórj urna collecgao de orchideas><br />

de tamanho natural, á aguarella,- feita para o Dr. Branda©,<br />

director do Xardim-Botanico> .figurinos.para novós uniformes<br />

do exere-ito, Os trabaíhos de eartographia (éópias de diversos<br />

originaes)y q.ue fez como desenhista do Archivo Militar,<br />

sao muito notaveis náo só pela exactidáo e nitidez do deseftho,<br />

mas tambem pelas bellas pinturas á aguada de nankin que os<br />

adornam.<br />

FáHeceu m Rio- dé Jáfiéit& á ii dé Afectó de iS/f.<br />

N.° 313. -i Retrato do Víscoride de Gayró,<br />

A meió corpo, de tres quartos pará a ésquérdá, olhándó<br />

para á frente, féhdó riá máó^ ésquérdá um livró fecnaad. Na<br />

nSfgtotñ íñfeñóf TF^ORRE í 1.% « VISCQÑ'DE DE CAYRU' /Jóse, áá<br />

Silva Lisboa », no méio ¿ 2. 0 , « Luis Lecof dez. », á diréífá. Sém<br />

data (f^g)-.<br />

Desenlio" original a dois íápís.


892:<br />

Dimensões da folha: altura, 394 millimetros; largura, 278<br />

millimetros.<br />

O retrato foi offerecido á Bibliotheca <strong>Nacional</strong> pelo Snr.<br />

Alfredo do Valle Cabral.<br />

SANTO ANGELO (MANUEL DE ARAUJO<br />

PORTO-ALEGRE, BARÃO DE) *<br />

Na então villa, hoje cidade, do Rio-Pardo, da provinda<br />

do Rio-Grande-do-Sul, nasceu Manuel José de Araujo a 29<br />

de Novembro de 1806.<br />

Aos cinco annos de idade. perdeu seu pae; tendo sua mãe<br />

passado a segundas núpcias, foi seu padrasto quem o mandou;<br />

educar. Aprendeu as primeiras lettras em Porto-Alegre e no<br />

Rio de Janeiro, onde estivera por algum tempo em 1816. Já<br />

era o primeiro e o mais instruído na escola, quando pela<br />

primeira vez gazeou para ir ver pintar a illuminação que a<br />

Camara de Porto-Alegre mandára fazer pelo nascimento do.<br />

Príncipe da Beira. Nas aulas, que então havia nesta cidade,<br />

de latim, francez, philosophia, geographia, algebra e geometria,<br />

fez os estudos clássicos com'o maior aproveitamento.<br />

Desde a infancia mostrou sempre muita inclinação para<br />

o desenho e as sciencias naturaes, pois passava as horas<br />

vagas a pintar e a colher productos da natureza, dos quaes<br />

tinha no seu quarto um musèüzinho preparado por elle,<br />

Aos dezeseis annos querendo ter uma profissão, escolheu<br />

a de relojoeiro. Já ajudava a seu mestre, J. JaCques Rousseau,<br />

è trabalhava na confecção de rodas e carreteis, quando chegou<br />

a Porto-Alegre um joven francez, Francisco iTher,-que havia<br />

estudado alguma cousa de desenho. M. J. de Araujo ligou-se<br />

de amizade com elle, que era hospede de seu mestre, e começou<br />

a pintar; mas em pouco tempo o excedeu, porque Ther era<br />

apenas um curioso. O seu mestre de relojoaria, vendo aquella<br />

vocação tão pronunciada, aconselhou-o a seguir a pintura, avivando-lhe<br />

o espirito com a narração que lhe fazia das maravilhas<br />

de Paris e da Hespanha, onde tinha servido e batalhado<br />

no tempo de Napoleão I. -<br />

Havia então em Porto-Alegre um retratista por nome<br />

Manuel José Gentil e um pintor de decorações chamado João<br />

(*) A benevolencia do Snr. João Maximiano Mafra, discípulo predilecto e amigo<br />

intimo do Barão de Santo Angelo, devemos a fineza de ter consultado uma Çóp>a °*<br />

autobiographia de seu illustre mestre, da qual & na maxima parte extrahido quasi textualmente<br />

este esboço biographico.


893:<br />

deS^Dfií^ o p¡ imlirb nao' quería p&íciafm<br />

gando era apenas um t >i ..«„IT 1 " 11 "<br />

vav na^Mi^a cra*^djrutlidj§ÍB^ea trábalh r q&es<br />

homens, aprendeu o manejo das tintas a oleo e come


894:<br />

Coelho, irritado por hayçr M. A. Porto-Alegre. (*) colloçado<br />

sua filha mais velha em i.° lugar no rol que elle e outros formaram<br />

das moças feias da cidade.<br />

Entretanto poude o recrutado obter a protecção do Visconde<br />

de" Castro e por intermedio d'elle a sua baixa. Esta<br />

oecurrencia decidiu M. A. Porto-Alegre e sua mãe a consentirem<br />

na mutua separação e a partida d'elle para o Riç de<br />

Janeiro foi immediatamente resolvida e realizada.<br />

levando no bolso apenas algurpas dobras, que havia ganho<br />

em retratos e pinturas, e cartas de recommepdação, partiu em<br />

Outubro de 1826 para esta Corte, onde chegou a 14 de Janeiro<br />

do anno seguinte, indo hospedar=§e na casa do Monsenhor<br />

Antonio Vieira da Soledade, Senador pelo Rio Grande dp<br />

NP dia 27 (**) de Janeiro de 1837 entrou para a aula de<br />

J, Pet»?çt, prgfepspr d§ pintura histórica da Academia de<br />

Bellas-sArtes} íogo depois frequentou também ps cursos de<br />

arcfritectura e àf esculptura da mesma Academia, e com tante<br />

aproveitamento se dedicou a todas estas disciplinas qu© na<br />

Eíípppiçãú de 1839 obteve très premips, um de pintura, um<br />

4§ architecture 6 outre 4 e esculptura-<br />

Frequentou o? prim§iros an.noss ¿a Eseola Militar ; a aula<br />

de philpspphia do benedictinp P. e M- e Fr- José Pplyearpo de<br />

S, Gertrudes Maia ; estudou anatpmia e physiologia qqm 0<br />

Dr, Claudio t>ui3 da Costa, a quem deve o gosto que adquiriu<br />

pela leitura; e a perspectiva estudou-a com seii mestre J, B.<br />

Debret e cpmsigo mesmo. Dissecou por dois annos no Hospital<br />

da Santa Casa da Misericórdia e assistiu algumas yçzes<br />

ás lições do prpfesspr de anatomia, Pr, Domingos Jq^<br />

Marques, e ás do Dr. Pommgos R-ibeiro dos Guimarães Peixoto,<br />

depois Barão de Iguarassú.<br />

Tendo feito alguns painéis para o Bispo do Rio de Janeiro,<br />

p. Tpsé Çaetano da S Uva Coutinho, mereceu a syrç -<br />

pathia e boas graças, d'este venerando Prelado, em euio palácio<br />

fpi hospedar a quando se retirpu para o Rip-Grandg do Sul<br />

o Senador À, V. 4a Soledade- Xtf moravam então jovens<br />

esperançogps pelo geu talento, com os quaes se relacionou,<br />

entre pútros; o p. e Manuel Joaquim da 3üveira, depois Bispo<br />

4o Maranhão? Arcebispo da Bahia e Conde de S, Salvador,<br />

(*) Logo depois da Independencia muitas pessoas mudaram de nome, SUjj5{j(H ln ®J<br />

ou augmentando ós seus appellidos de familia por Outros derivados de cousas do Braz»;<br />

seg)ijifdo á irigcja, fi^ssou Manuel Jggé de Araují» a fijig.mair-.se Manuel de A raijo fitan-<br />

88<br />

gueira'j nome tjpe jñais "tarie ftiocoü pelg de Jifájiyél de A^ujg Pqrtfi-Alegre §<br />

tornou célebre na república díis lettrás e das artes.<br />

(?«) A autebiogxaphia di. esta data, mas o Catalogo da Exj¡osifao 4a cf<br />

pintura, M^tofifíf 4a. Aetfffeitifa ¿«K Bflfa^Aftes m Wífi: «<br />

-Alegre, discípulo," prmclpiou o Dezenho em 2© de Janeiro de 1827. »


835:<br />

9 P • Joif aejual fl'ijKi *de Di¿<br />

manttna. ^<br />

I • T tBIIe"lllP'ls*'^^^^^^^»dido (}tn p^njj<br />

Vgtbf^^MBi Imperador D Pedro fitotreMifío oM@s||§<br />

áé director da do B-io de Janeiro em jt; %<br />

¿«¡¡11 í»-* fl d^Pitale'ge^a Éacptfs&M fufctf^a. I na | H M<br />

Academia .das i itfm'idv<br />

&M jrp,ag¡¡ presentear com §lle «s^ftjSa pvefi<br />

anti tt6pO£>náí3s a ebraVfjm {fádp o Cimera'e gratídao Em lirn<br />

WS^K^wBhL 1 1 ^ fifíl ' pellas-^ftes vi^ o<br />

Imperador o quadro que estava por acabar, e notando a<br />

M-rSi-^ii'N^f de fl^H . B^H (l-i íKnltd^ mnlí«S..O " do<br />

Guimaráes Peixc . - ( ' -tkt'á ; jhlyst¡:jl\írní:iR> i..>asitiuw m»


896:<br />

navio, de guerra franeez Durance, poude emfim partir para<br />

França, em companhia ae seu mestre João Baptista Debret, a<br />

25 de Julho de 1831, chegando a Brest em Setembro e a<br />

Paris no dia 4 ide Outubro do mesmo anno.<br />

Poz-se desde logo a estudar pintura sob a direcção do<br />

Barão Gros e com tão bom êxito que obteve na Escola de<br />

Bellas-Artes 9 32. 0 lugar em um concurso (1832) e % 3." medalha<br />

em outro (1833). Na mesma Escola seguia também o<br />

curso dè anatomia. Assistindo um dia á aula do professor<br />

Émery (Dr. Eduardo Felix Estevão), succedeu que este não<br />

pudesse çontinuar a lição á falta do preparador; M. A. Porto<br />

-Alegre offereceu-se para substituil-q e in-cohtinenti preparou<br />

os musculos da çoxa coni tanta mestria e destreza, que mereceu<br />

publico elogio do professor e desde logo captou a sua<br />

estima e a de todos os estudantes.<br />

Tendo fallido o seu correspondente no Rio de Janeiro,<br />

M. A. Porto-Alegre não só perdeu' Rs. 6oo$ooo, que sua mãe<br />

lhe mandára, como também deixou de receber a mezada com<br />

que Monsenhor A. V. da Soledade o suppria; reduzido às<br />

mais criticas circümstahcias deixou de frequentar a escola do<br />

Barão Gros, por não poder pagar-lhe a mensalidade e outras<br />

despezas dà aprendizagem e vendeu tudo quanto tinha de<br />

algum valor ; só não desamparou a aula de architecture do<br />

professor Francisco Debret, por ser gratuita. Nesta conjunctura.<br />

valeram n'o o ministro do Brazil em França, José<br />

Joaquim da Rocha, a quem Antonio Carlos Ribeiro de Andrada<br />

o rècommendára, emprestando-lhe algum dinheiro, e<br />

seu'mestre J. B. Debret, dando-lhe pousada na sua casa.<br />

Apesar d'isto, porém, a situação pecuniaria do nosso artista<br />

era muito embaraçosa. Por esse tempo (1834) chegqu a<br />

Paris Luiz de Menezes Vasconcellos de Drummond, ó qual<br />

sabendo das suas más cirCumstàncias, offereceu-lhe vinte mil<br />

fraiiços para ir á Italia terminar os seus estudos; mas de tão<br />

generoso offerecimento M. A. Porto-Alegre só se utilizou, em<br />

parte, recebendo apenas quatro mil francos.<br />

A 4 de Outubro dé 1834. partiu para Roma, em companhia<br />

de seu amigo o Dr. Domingos José Gonçalves de Magalhães,<br />

depois Visconde dê Araguaya, e ali se demorou por<br />

um anno estudando ç. trabalhand® como pintor.<br />

- Ao voltar a Paris em 1835 soube que a Assemblea geral<br />

lhe tinha concedido, era 29 de Julho d'esse anno, uma sijbvenção<br />

annual de Rs. 6oo$ooo durante tres annos para aperfeiçoar<br />

se no estudo das bellas-artes* em Europa. Visitou<br />

Londres, viajou pela Bélgica e Hollanda e tencionava ir a<br />

Grécia e ao Egypto, quando, sabendo da situação precana de


897:<br />

sua mãe na sua provincia natal, em Consequência da guerra<br />

civil que desde 1835 a assolava, resolveu voltar para o<br />

Brazil.-<br />

< Chegando ao Rio de Janeiro (14 de Maio de 1837), já<br />

não encontrou vivos os seus amigos e protectores, o Bispo<br />

D. José, Monsenhor A. V. da Soledade e Evaristo Ferreira<br />

da Veiga ; mas nem por isso perdeu a coragem e, confiado<br />

no. seu saber e actividade, não hesitou um só instante; estabèleceu-se<br />

na Corte e mandou vir sua. mãe para vivér na sua<br />

companhia. '<br />

Logo depois foi nomeado professor da Academia de<br />

Bell as-Artes e, em 28 de Julho de, 1840, pintor da Imperial<br />

Camara. Desgostoso pela ' opposição que soffriá naquella Academia,,<br />

sollicitou a sua transferencia para a Escola Militar,<br />

onde vagára o lugar de substituto de desenho, sendo nelle<br />

provido (1848) com. geral applauso do corpo docente da<br />

mesma Escola.<br />

Nqmeado Director da Academia de Bellas-Artes, tomou<br />

posse dò emprego a 11 de Maio de 1854. No , seu novo posto<br />

o distincta artista foi tão bom organizador ; como hábil administrador;<br />

assim propoz e levou a efïeito a reforma da Academia;<br />

dando-lhe noya organização ; reunindo-lhe o Conservatorio<br />

de musica (14 de Maio de 1855) ; reformándol a<br />

-bibliotheca ; construindç a Pinacotheca; contribuindo para o<br />

áugmento dos vencimentos dos professores; e elevando a seis<br />

annos, em vez de tres, o tempo de estudo dos pensionistas<br />

do Estado ém Europa. As amarguras que soffreu na direcção<br />

da Academia levaram-n'o .a pedir a sua exoneração, que lhe<br />

foi concedida a 14 de Outubro de 1857. Pouco depois foi<br />

também jubilado á seu pedido na Escola Militar, onde já era<br />

professor cathedratico.<br />

Como pintor M. A. Porto-Alegre dedicou-se a varios<br />

generös : retratos, pintura r histórica e paizagem. Os Catalogos<br />

das Exposições da Academia de Bellas-Artes do Rio de Janeiro<br />

fazem menção de alguns trabalhos seus : os n. 08 11-24 no de<br />

1829, os n. OÍ 1-12 no de 1830, e os n. 08 268^-270 no de<br />

1879. Além d.'isto M. A. Porto-Alegre decorou a Varanda<br />

(tambéni de seu risco) para a sagração e coroação do Sfír.<br />

D. Pedro II em 1841, o í*aço da cidade para o casamento<br />

dos- actuaes Imperantes em 1843, e 9 s arcos triumphaes, &,<br />

para os festèjos feitos por ocça£ião dos bàptizamentos dos<br />

Principes D. Alfonso e D. Pedro, desempenhando-se cabalmente<br />

de todos estes encargos e a contento geral.<br />

Em architecturajkdéixou também M. A. Porto-Alegre trabalhos<br />

de arte: a Pinacotheca dá Academia de Bellas-Artes,


898:<br />

o grande arrtiazem da Alfandega* a igreja nova de Santa Anna<br />

(em cuja execução não tem sido seguido â risda o seu plano),<br />

0 Banco do Brazil, o projecto, para ura novo edifício, deati'<br />

..nado á Faeüldadü .de Medicina, nüncâ levado a eífeito,- todos<br />

no Rio de Janeiro j &,<br />

O leu talento fecundo e omflimodo e a sua infatigável<br />

actividade não sç limitaram a trabalhos d§ arte somentef tul*<br />

ti vou esmeradamente as lettras, em cuja republica deixou nome<br />

honroso como litterato e como poeta, As revistas e diários<br />

do Rio de Janeiro estão cheios de escriptos da sua amestrada<br />

pênna, entre outfos: a Minervü bmsiliensèa Iris% o Gstênsor<br />

bràuhirO; & Guanabara e sobretudo a Revista, trimehsal dõ<br />

Instituto Historfco$ onde foram publicados muitos discursos<br />

seus, êlOgiôs histéricos dos socioã fallecidos e memoriai. D'estas<br />

citaremos duas por dizerem respeito a assulnptos de arte i<br />

Memoria sobre a antigfr escola de pintura fluminense (Süpple=<br />

mento ao tomo ih, 1841, pp. 33 - 43) e Iconogr&phiã brasi*.<br />

leira (xix, pp. 349-378)) .onde o autor traça as bioaraphias<br />

do Padre José Mauricio Nunes Garcia, de Valentim da Fonseca<br />

e Silva e de Francisco Pedro do Ariiarãi. Escreveu<br />

comedias e dramas é publicôu muitas poesias, d'entre as quaes<br />

faremos especial menção, como obras de folego é de grande<br />

merecimento litterario, das Brasilianas e do poema Colombo.<br />

Além das produççóes litterarias dadas á luz da publicidade, é<br />

certo que M. A. Porto-AÍegre deixou muitas outras/ talvez<br />

hoje perdidas. :<br />

Prestou ainda outros serviços á pátria: foi director da<br />

secção dearçheologia e numismática do Museu <strong>Nacional</strong> do<br />

Rio de.Jàneiroy concorreu para a fundação do Conservatorío<br />

Dramatico e da Ópêra <strong>Nacional</strong>, serviu como vereador supplente<br />

da Ill. ma Camara Municipal (1S52), foi mefnbro da<br />

commissão encarregada de erigir a estatua equestre de D» Pedro<br />

I, que actualmente âe vê na praça da Constituição.<br />

Táo illustre bfazüeíro depoz emfim. a palheta, os pincéis<br />

e a pênna para servir a pat-ria na carreira consular, como<br />

nosso. Cônsul na Prússia (1850) e em Portugal (1867).<br />

Em 1873 y ei u ainda ao Rio de Janeiro, onde se demorou<br />

apenas tres mezes; ioi o derradeiro adeus ao seu Brazil, que<br />

tanto amára e honrára pèio seu talento.<br />

De . volta ao Seuposto em Lisboa, ali falleceu a 29 (.*)'.<br />

dè Dezembro de 1S79.<br />

M. A. Porto-Alegre foi por yézes agraciado pelo Sffr.<br />

(*). O elogio hlsfericô do B de Santo Angelo, Rei), dó írist. Hisl. diz 29, ã correspondência<br />

d© Lisboa ho Jbrndt tio Cominercio de 24 dfe [aneiro de 1880 confirfflà esta<br />

data; irias e telègiáftifnã do ditó JorMl dê i de Jáiíeifó* dé xSfiô.é ô AMánách de<br />

leiflbfatlçaS dâd ã rrfctfte â p5 dè Déíeirlbfb de 1879.


899:<br />

D.,Pedro II com diversas condecorações e em 1874 com o<br />

-titulo de Barão de Santo Angeló ; èra membro de grande<br />

-numero de^soçiedades artísticas, scientificas e litterarias, nacionaes'e<br />

extrangeiras.<br />

^ Ño seu testamento diz elle estas palavras, que retratam<br />

"'cõm -vêrdade ò seu caracter :<br />

« Nuiica provoquei lutas ; porém a amizade me levou ao<br />

campo muitas vezes e o direito sempre.<br />

Nunca ;amei os homens pela sua posição: ; nunca adorei<br />

•o dinheiro, tendo, sempre vivido pobreniente', e. nunca tive<br />

outra ambição que não fosse , a de, um nome sem mancha.<br />

Soffri pela amizade e pela justiça, porque sempre detestei<br />

á dêslealdade e. o despotismo.<br />

E de- meus paes, de meu soberano, e dos homens'honestos<br />

fui sempre respeitoso e dedicado amigo. »<br />

.Pará mais pormenores sobre a vida do Barão de Santo<br />

Angelo, não concernentes á sua carreira artistica, vejam-se :<br />

^olf, pp. 169-175 da i p. e pp. 198-212 da 11 ; Dr. Moreira<br />

Ide Azevedo, O Rio de Janeiro, .11, pp. 201-207 ><br />

Revista trimensaï do Instituto HistoHco\{ tomo XLIII, II p., ,;<br />

pp. 527-540; -Dr. Teixeira de Mello, Ephemerides Nacionaès;,<br />

il,pp. 321- 323; Innoceneio, Diccionario, v, pp. 264-266;<br />

Nfàjfc Almanach de lembranças luso-brazileiro para o anno de,<br />

: ;í$§4, pp. v-xxiv, acompanhado do seu retrato.<br />

N.° 314. — Retrato de Dom José Caetano da<br />

Silva Coutinho, 8.° Bispo do Rio de Janeiro<br />

e i.° Capellão Mor.<br />

, Em-bustoíy çom o corpo a tres quartos pará- a direita, e<br />

ö rosto a-tres quartos para o lado oppostò,. de cruz pastoral,<br />

..aspeito.- Em baixo lê-se : para a esquerda ,\i Porto Alegre»/<br />

e á direita « Melhor ».<br />

Desenho ^original a. dois lapis. Sem data.'<br />

- , Uifliensões .da folha: altura, Jc48 milíimetros; largura,<br />

no milíimetros. .,'<br />

N.° 18860 do Catalogo da Exposição "de Historia do<br />

Brazil.<br />

¿3 0 retrato- foi oferecido^: á Bibliotheca <strong>Nacional</strong> peló<br />

Sñr.. Antonio Luiz Pinto Montenegro.


TABOAv,.<br />

JMÍBÔÍAMA^K jMAÂS'Â^LE'çrBÀI -WtlCIAES, NOMEsj<br />

AKREVI^HV ¡'r-'l'iStl'- 'I î.'VlLW'f 1 FADOS<br />

NI Ml .( il M I


N.os Monogrammas,<br />

.. (iiostrr etc.<br />

902:<br />

I I-BM- LBA. MA.<br />

• * í<br />

EXPLICAÇÃO<br />

em lettras in extenso^<br />

tuano).<br />

2 P CMA c(omeiio)<br />

3a<br />

3b<br />

3 c M<br />

Viy«inip«(<br />

M 4P A(lberl$;D(.nieto);|<br />

4 ¿E. \ ¿E(neas) V(ico).<br />

5 m MAF M(;aÍGof A(ntO!iio)í|<br />

cit).<br />

6<br />

M'<br />

ac K$<br />

A(lde) G(rever).<br />

7 .Alex ÀHiéill;? A(?) Ii(? 1<br />

8 ffiatkqÓsculpfi /VI 1'adr.W.scu!;*. 4(ntomo) Tioaquiml<br />

d'rã4SjSJ íÇS!fM<br />

9 §f V(damo) S(cultore) J


I ¡8<br />

Nomes dos artistas<br />

903:<br />

jijoãò Baptista Ghisi, dito o Mantuano<br />

1<br />

Números<br />

' (dos autores)<br />

22, I>, Br.<br />

j|Gornelio Matsys. 225, Br.<br />

•Alberto Durero. 239, I. a , Br.<br />

pÇneaç Vico. 311, I. a , Br.<br />

Itarcos Antonio Raimondi. 354, I.', Br.<br />

Jenrique Aldegrever. 3,8, I.', Br.<br />

1 li? .'<br />

|<br />

II ptonio Joaquim Padrão.<br />

Ghisi, dito o Mantuano. 764, I.", Br.


(nostri)<br />

10 !<br />

Monogrammas,<br />

etc.<br />

904:<br />

XI ^>crrp'/m C. Bcrríghenij .<br />

12 ra<br />

13 M BIBC;oti'^rB|<br />

EXPLICAÇÃO<br />

em lettras in extenso<br />

•<br />

1<br />

(Mestre dõ) Caduceu. ]<br />

•,'V • \<br />

C^orneljpj.—Í<br />

H§nsJ I(acob) B(incl<br />

É|olon : íeQsi'í)f'' bu"|<br />

•cob) — B(mckj C(|<br />

14 m. evB. ÍH. C(rispim) 'Vfafiieny<br />

B(roeck]£ín(\enit) j<br />

15 SB SDB<br />

Itejihanus) JXsll».), 1<br />

16 m DVli D^avidj: ^(iHckiii *<br />

omsVf^<br />

17<br />

BB IISH Bans) ||bali)BM<br />

18 EíVaH' Jhr-mwjé ÊCVan. der. mae*<br />

ijfe': 1 E(TCRT)lC(MVaBÍÍ<br />

:;<br />

. cit). 1<br />

i<br />

I


Nomes dos artistas<br />

waéfi dé Batbáry.<br />

tJicriiau "Êfeíghem,<br />

l'';rr.fi;ií -Bos! ou Uns.<br />

I ptüb. liinck.<br />

pi) i j 1 . 'L'J r Cl , 'l^.<br />

E J • feken jifetiisii<br />

F • 8 ij(üti<br />

äjfcyirt Tgí-díi%íaes<br />

905:<br />

Numeros<br />

(dos autores J<br />

3S.ÍO. I.', Big<br />

8íÂ.% Ur.<br />

Mi6, I.',: Br.<br />

846, I.", Br.<br />

IJpES Br.<br />

ms,' m<br />

1Õ03, i.% >Iír.


N.os<br />

(noítri)<br />

Monogrammas,<br />

etc.<br />

r 9 & FC<br />

20<br />

21 ©<br />

906:<br />

ffimico. t Jc. JCFrance Sc.<br />

EXPLICAÇÃO<br />

em lettras in extenso<br />

J<br />

F(ernando de) Ç(oburgÂ<br />

J(oão) C(arlos) Fr?<br />

(ois) (Cruz dobraè. í<br />

Lorena) Sc(ulpsit). Ji<br />

CG (ás avessas) (Mestre das iniciaes) Ç<br />

22 4fita-Fuit Cl Visscher Fecit<br />

C(laes) I(ariszen) Vissel<br />

, Fecit.<br />

23<br />

24<br />

2<br />

5<br />

26 a ¡ B<br />

26 b<br />

27 B&fayn.Thtm, !D Gheyn Inuen.<br />

CM C(laudio) M(ellan). j|<br />

CVP C(rispim) V(an) P(asse<br />

Brazão. dos Duques<br />

Saxonia.<br />

(Mestre dò) Dado.<br />

[(acofc) D(e) Gheyn ifc<br />

uen (it)."; "<br />

28 ^ ^ t â Z ^ & L - ^Vieircío&ZitanO = Francisco Vieira Ç<br />

V W « efçf&v


i<br />

j<br />

Nomes dos artistas<br />

907<br />

a Dom Fernando de SaxhgmJ Coturno<br />

1 u. , gj<br />

jji»-Barios François, Lorerfó:<br />

B U<br />

i ¡ •<br />

Nicolaus Joannis Piscator, ou Nicolau<br />

I? Ennes Visscher.<br />

[Claudio Mellan.<br />

Numeros<br />

(dos autores)<br />

16 do II vol. de Nagler,<br />

Die Monogrammisten.<br />

i 249,1. a , Br. ; 55 do II vol.<br />

' de Ñagler, Die Monogrammisten.<br />

1344 a, 1. a , Br.<br />

1399» I - a > Br -<br />

•¡Crispim de Passe ou Passeu. Senior. i435> Br - 1<br />

Lúeas Cranach Senior.<br />

«...<br />

32 76]s 1. a , Br;<br />

íDaddi (B... ?). ' 3235,1. a ; e 2805,11. a , Br.<br />

f í a cob de Gheyn Junior, J 1561, 1. a , J3r..<br />

JÜos, dúo Vieira Lusitano,<br />

-lIS


N.os<br />

Monogrammas 1<br />

(nostri) etc.<br />

ag a M l<br />

908:<br />

EXPLICAÇÃO<br />

i ^^¿¡m*<br />

em lettras in extenso<br />

HG BÇèniiapl G.oluius"»<br />

29 b HGoltzius ÈíjillpS Golb|£Í9|<br />

3 o<br />

3i<br />

33 M<br />

33 M<br />

34 W<br />

35 s<br />

& GP G(edfge||P(encz|||H<br />

HISP RIBERA IIlSIMmus; RIBERÀ1<br />

HM (Meétre das. iniciat-s; Í:M<br />

HO<br />

HSP<br />

HSS<br />

(Mestre das inici®^<br />

H(ans> S(ebald) P(ehai|<br />

( MeiÈfê,'' do monogniln<br />

ma) HSS. ^<br />

36 IB (Mestre das inicíaeS). ií<br />

37 i L.v L(ucas). . '<br />

1 38 % L (Mestre da iniclal|jlj<br />

39 s M(artim)^hoiigMj<br />

M & S M<br />

40 MT<br />

|


I<br />

Nomes dos artistas<br />

909<br />

Numeros<br />

(dos autores)<br />

Henrique Goltzio. 2116, I.», Br.<br />

Jorge Pencz. 2222, 1. a , Br.<br />

José de Ribera, dito o Hespagnoleto. 2338 b, B Br.<br />

' ? 2412, 1. a , Br.<br />

? 2449, 1. a , Br.<br />

Joáo Sebaldo Bêham. 2471, 1. a , Br.<br />

'' ' ? . 251,5, 1. a , Br.<br />

? 1324, II.% Br.<br />

Lucas Huygens, dito de Ley den ou de<br />

Hollanda.<br />

m m<br />

1810, 11. a , Br.<br />

Martim Schongauer. 2896, 11. a , Br.<br />

Martim Treu. 2958, 1. a , Br.<br />

1


910


J--—<br />

I<br />

frei .Garnier,<br />

Nomes dos artistas<br />

911<br />

¡jarcos Antonio Raimondi. 3286, I,<br />

'."ri-'f -V * Ä •<br />

a , Br.<br />

[arcos-Dente, dito de Rävenna. 3101, 1. a , Br.<br />

irgilio¡dé Solis.<br />

i<br />

3145, I.% Br.<br />

Numeros<br />

autores)


INDICES<br />

,66


INDICE DOS ARTISTAS<br />

A<br />

AGUILAS (Manuel Marques de),<br />

881,<br />

ALDEGREVER (Henrique), 688,<br />

ANONYMO I, 607.<br />

ANONYMO II, 828.<br />

ANONIMO III, 624.<br />

, ANONYMO IV, 827.<br />

ANONYMO V, 638.<br />

ANONYMO VI, 688.<br />

ANONYMO VIL, 645.<br />

ÁNON¥MO VIH. 640.<br />

ANONYMÔ IX, 878.<br />

ÁÜONYMO X, 740.<br />

ALFONYMO XL, 752,<br />

ANONYMO XII, 753.<br />

ANONYMO XIII, 788.<br />

AIFOSRRMO XIV, 768,<br />

ANONYMO XV, 771,<br />

ANONYMO XVI, 794,<br />

ANONYM© XVII, 887,<br />

ANONYMO XVIII, 888.<br />

AUBERT (Miguel), 842.<br />

ATORAN (Bento I), 825.<br />

ATORAN (GERARDO), 807.<br />

ÀVITINA (Pedio), 850,<br />

B<br />

BARBARR (Jacob de), dito O Mestre<br />

dó Õáduòeu, 612.<br />

BÀÜIIÍ (Nicoíau), 815.<br />

BEHAM (João SE baldo), 682.<br />

BELLA (Estevão Dèlla), 640,<br />

BE»BE (João), 769.<br />

BÉROSEM (Nioolau), 770.<br />

BINCÈ (Jfteob), 681.<br />

BLOEMÁERT (Cornelio), 732.<br />

BLOOTELING (Abrahão), 739.<br />

BÕÍTÀSONE (Julio), 625.<br />

(POR PAGINAS)<br />

Bos ou Bosoã (Cornélio van den)<br />

742.<br />

Bos (Jacob van den), 745.<br />

BOUCHARDY, 864.<br />

BOUCHER-DESNOYERS (Augusto ;<br />

Barão), 857.<br />

BOULANGER (João), 799.<br />

B Ricci ou BRÏZIO (Francisco), 885.<br />

BROECK (Crispim van den), 746.<br />

BRONCHORST (João G-erritsz van),<br />

734.<br />

BRUN (Francisco), 695.<br />

Bus (Cornélio), 742.<br />

c<br />

Cà-DUCEU (Mestré do), ou Jacob<br />

de Barbari, 612.<br />

CALÂMATÍA (Luiz), 66I.<br />

CALLOT (Jacob), 787.<br />

CANTARINI (Simão), dito Simão<br />

Pesar mse ou de Pésalo, 644.<br />

.CARPIONI (Julio), 644.<br />

OARBAGOÍ (Agostinho), 632.<br />

CARRACCI (Aftüibal), 638-.<br />

CARRACCI (LUÍTS), 631.<br />

CAR« (Lourenço), 841,<br />

OHAPBROSÍ I<br />

CHAPPRON >• (Nicolau), 798.<br />

OHAPRON )<br />

CQBÜRGO GOTHA (Dom Fernando,<br />

Duque de Saxònia), õu Dom Fernando<br />

II, Rei de Portugal, 708.<br />

CORIOLANO (Bartholomeu), 639/<br />

OÔRT (Cornélio), 714.<br />

CRANACH SÉNIOR (Lucas), 679.<br />

D<br />

DARET (Fedro), 800.<br />

DAULLÊ (João), §48. ;


916:<br />

DEBRIE (Guilherme Francisco Lou-<br />

. renço), 842.<br />

Debucourt (Philiberto Luiz), 853.<br />

DELEF , ou Delphio (Guilherme<br />

Jacobsz), 724.<br />

• DENON , (Domingos Vivant, Barâo),<br />

852.<br />

DENTE (Marcos), àMo Marcos de<br />

Ravenna, 621.<br />

DOLENDO (Zacharias), 719.<br />

DORIGNY (Miguel), 803.<br />

DREVET (Claudio), 848.<br />

DBEYET (Pedro),, 826.<br />

DREVET (Pedro Imbert), 839.<br />

DUPUIS (Carlos), 830.<br />

DURERO (Alberto), 666.<br />

DYCK (Antonio Van), 763.<br />

Edelinck (Gerardo), 817.<br />

E<br />

F<br />

FALCK (Jeremias), 699.<br />

FARJAT (Bento.),' 824.<br />

FERNANDO II (Dom), Rei de Portugal,<br />

ou Dom Fernando, Duque<br />

de Saxonia Coburgo Gotha, 708.<br />

FLAMENG (Leopoldo), 865.<br />

FONTES, 885. '<br />

François (Joâo Carlos), 851. '<br />

G<br />

GAILLARD (Claudio Fernando),<br />

867.<br />

GALLEU SENIOR (Cornelio), 759.<br />

GARNIER (Noël), 779.<br />

GEBBITZ (Hessel), 728.<br />

GHISI ( Adao),dito O Manfuano, 630.<br />

GHISI (Joâo Baptista), dito O<br />

Mantuano, 620.<br />

GOLTZIO (Henrique), 717.<br />

GUIDO (O), ou Guido Reni, 635.<br />

H<br />

HENRIQUEL-DUPONT ( Luiz Pedro),<br />

860.<br />

HESPANHOLETO (0), ou José de<br />

Ribera, 868. •<br />

HOGARTH (Guilherme), 775.<br />

HOXLAR (Wenceslau), 697.<br />

HONDIO (Guilherme), 729.<br />

HuLSio-(Frederico), 696.<br />

JODE JÚNIOR (Pedro de), 766.<br />

J<br />

K<br />

KITTENSTEYN (Cornelio), 738.<br />

L<br />

LARMESSIN JÚNIOR (Nicolau de),<br />

. 831.<br />

LECÓR (Luiz Pedro), 891.<br />

LEFEBRE OU LEFEBVRE (Valentim),<br />

772.<br />

LEVIEUX (Reinaldo), 813.<br />

LEYDEN (Lucas de), ou Lucas de<br />

Hollanda, 710.<br />

LOLI (Lourenço), 646.<br />

LONGHI (José), 659.<br />

LUCAS DE HOLLANDA, ou Lucas<br />

de Leyden, 710.<br />

M<br />

MAES (Bvert van der), 739.<br />

MANTEGNA (André), 611. _ ,<br />

MANTUANO'(0), ou Adão Ghisi, 630.<br />

MANTUANO (O), ou João Baptista<br />

Ghisi, 620.<br />

MARCO-ANTONIO, 615.<br />

MASSARD (João Baptista Raphael<br />

Urbano), 855.<br />

MATHAM (Jacob), 723.<br />

MATHAM (Theodoro). -726.<br />

MATSYS (Cornelio), 747.<br />

MATTIOLI (Luiz), 652.<br />

MELLAN (Cláudio), 797.<br />

MERZ (Gaspar Henrique), 707.<br />

MESTRE DA INICIAL L (n.° 38 da<br />

Taboa dos monogrammas), 695.<br />

MESTRE DAS INICTAES IB (n.° 36<br />

da Taboa dos monogr.), 690.<br />

MESTRE DO DADO, 625. .<br />

MESTRE DO MONOGRAMMA n.° 21 da<br />

Taboa dos monogrammas, 691.<br />

MESTRE DO MONOGRAMMA n.° 32 da<br />

Taboa dos'monogrammas, 694.<br />

MESTRE DO MONOGRAMMA n.° 33 da<br />

Taboa dos monogrammas, 692.<br />

MONTAGNA (Benedicto), 615.<br />

MORGHEN (Èaphael), 656.<br />

Müller (João), 721.<br />

Musi (Agostinho di), dito O Veneziano,<br />

618.


N<br />

NANTEUIL (Roberto), 805.<br />

P<br />

PADRAO (Antonio Joaquim), 877.<br />

PALOMINO (Joâo Bernabé de), 8,70.<br />

PASQUALINI (Joâo Baptista), 639.<br />

PASSE a SENIOR (Crispim), 715.<br />

PÉNCZ (Jorere), 684.<br />

PERELLE, 795.<br />

PERRIER (Francisco), 782.<br />

PESARÉNSE ou de PESARO (Simâo),<br />

ou Simâo Cantarini, 644.<br />

PÉTRI (Pedro Antonio de), 653.<br />

PICART, dito 0 Romano (Es-<br />

: |evâo), 813.<br />

PONCIOJ.OU Du PONT (Paulo), 765.<br />

PORTO-ALEGRE, Barâo de Santo<br />

Angelo (Manuel de Araujo), 892.<br />

POTRELLE (Joâo Luiz), 859.<br />

PRIA? (Joâo Vicente), 885.<br />

Q<br />

QUINTO (A. J.'),; 886.<br />

R<br />

RAIMONDI (Marcos Antonio), 615.<br />

RAVENNA (Marcos de), ou Marcos<br />

Dente, ,621.<br />

REMBRANDT HARMENSZ YAN RYN,<br />

', -','734.' .<br />

RENI (Guido), 635.<br />

RIBERA, dito O Hespanholetô (José<br />

de)-, 868.<br />

RIVARA (Joâo Càetano), 882.<br />

ROCHA (Joaquim Manuel da), 879.<br />

ROMANO (O), OU Estevâo Picart,<br />

813V<br />

ROSA-(Salvador), 647.<br />

ROSBACH (Joâo Frederico), 703.<br />

Rossi, o VELHO (Jëronymo), 651.<br />

ROUSSEAUX (Emilio Alfred o), 866.<br />

ROUSSE LET (Egidio), 802.<br />

S<br />

SADELERO (Egidio), 756.<br />

.SADELERO SENIOR (Joâo), 748.<br />

SADELERO (Justo), 760.<br />

SADELERO SENIOR (Raphaël), 753.<br />

917:<br />

SAENREDAM (Joâo), 719.<br />

SALATHÉ (Frederico), 704.<br />

SANTO ANGELO (Manuel de Araujo<br />

Porto-Alegre, Barâo de), 892.<br />

SCHALCKEN (Godofredo), 741.<br />

SÇHMIDT (Jorge Frederico), 700.<br />

SCHONGAUER ( Martim), 664.<br />

SCHUPPEN SENIOR (Pedro van), 769.<br />

SCHUT SENIOR (Cornelio), 761.<br />

SCOTIN (Gerardo), 823. "•<br />

SELMA (Fernando), 871.<br />

SILVA (Doroingos José da), 883.<br />

SILVESTRE (Israël), 804.<br />

SIMONNE AU (Carlos),' 816.<br />

SIRANI (Isabel), 651.:-<br />

SIRANI (Joâo André), 642.<br />

SOLIS (V.irgilio), 692.<br />

SUAVIO (Lamberto), 743.<br />

SURUGUE .( LuiZ ), 836.<br />

SWANEVELT (Hermano), 730.<br />

T<br />

TARDIEU (Nicolau Henriqué), 828.<br />

T ARDIECT (Pedro Alexandre), 856.<br />

THOMASSIN (Henriqué Simâb), 838.<br />

TREU (Martim), 694.<br />

TROYEN (Joâo van), 737.<br />

V<br />

YENEZIANO (O), ou Agostinho di<br />

Musi, 618.<br />

Vico (Eneas), 628.<br />

VIEIRA LUSITANO (Francisco<br />

Yieira de Mattos, dito), 872.<br />

VIEIRA DE MATTOS, dito Vieira<br />

Lusitano (Francisco), 872.<br />

VISSCHER (Nicolau Ennes), 725.<br />

•VoERST (Roberto van der), 727.<br />

VOLPATO. (Joâo), 654.<br />

VOUET (Simâo), 784.<br />

W<br />

"WAGNER (Frederico}, 706.<br />

WATTEAU (Antonio), 833. •<br />

WESTERHOUT (Arnoldo van),' 774.<br />

WILLE (Joâo Jorge), 702.<br />

"WYNGAERT (Francisco- van den)-,<br />

767.<br />

Z .<br />

ZENOI, ou ZENONI (Domingos), 660.


INDICE DAS ESTAMPAI<br />

• (g!® NUM}'[';Íj!,<br />

(AbreViatúrás : B. = Bella;' BB. = BellissíniaR. = Rar.i ;<br />

RR. - KurisMmai . !<br />

Adão es|ia .BBfH- ílH , S6<br />

A« ! va expulso d, | ipois d0 Meeado, 205.<br />

, - 14 80 H B tei,etrP de í«» O* «« teobe-<br />

Adoçãção ao» pastoras (A), — Grar pelo Anonvmo XI, ÍTS<br />

Adorado doutora ,Ai Ui« j,or Sadeltto W , r I®<br />

- E P ^ V í*®?» ° le C u >"' (Annibal) _;<br />

¡ S l p S Ä B H Ãg|íei assentado á entrada do M<br />

Alllgrí^di; Eaccho ft-dn; Y^rmf fA), 240 „<br />

• A^ileMKi^ma ae-Ant'è3|i^nèlS:ir^ 47<br />

' " ^ B R ^ ^ H I ^ W - Bi» * • ' : Amores.de Marte e/Venus (Os>, 18<br />

I<br />

rAnjoaniiunoiando aos pastores o nascimento do Messiis (OI. — GraV "<br />

• : Peio Anonymo A III . 186. ' '<br />

^WÊ^^Wirffi Joä< SB <br />

. Apollo dansando ."com as Musas. — KR<br />

Apollo .e Marsiás, 3§.<br />

•JirJ/l ><br />

¡MjSgSjT,.trf]y n 273<br />

^TeKára lèfcHE^^^B<br />

• •' ' - 1<br />

A ^ S S ; d í 2 r ° m a Z HOTOÍ ' 0^8ae«Grav.j,„rWe,,-<br />

A " ^ Er, V Tar.<br />

Ä I Ü i Ä í Ketrato di Doin jo« dã Ounha de) _<br />

1 1 tmt0 de Spn?» Couttoho, Visconde de).<br />

Jtateús [Betrato âoüaspar), 161.<br />

•g^SÍWÍiÇ-f^Tsé^BfA). _ BB. 2«Bm<br />

Batalha db terçado (A), 7<br />

Batalha dos Amãlecitas (A), Sá<br />

E H H j§ A 1 T-'« n ' lre Magno (Ãs) — BB , 249-252 e<br />

rnnrnmano (O), 1GÜ.<br />

Meaux (Betoaío ie Jaaob Bomig«t) — EB , 27«


920:<br />

Broucke (Retrato de Mattheus vanden).|||B. — RR., 167.<br />

Buena-dicha (A), 277.<br />

Busto de um moço, 285. .<br />

Calamidades da guerra (As grandes). — BB.— R., 215-232.<br />

Carlos Gustavo, depois Carlos X, Rei da Suécia (Retrato do Principe),<br />

126.<br />

Casal feliz (0), 274.<br />

Cavalleiro da morte (O). — BB. — RR., 68.<br />

Cavalleiro de Raphael Morghen (O),, ou Retrato de Francisco de Moncada,<br />

a cavaIloll|| BB. — R., 52.<br />

Cayrú (Retrato do Visconde de), 313. i<br />

Ceia de Jesus Christo com os Apostolos (A). — Grav. por Frederico<br />

"Wagner. — B., 131.<br />

Ceia de Jesus Christo com os Apostolos (A). — Grav. por Morghen<br />

(Raphael). — BB. SB., 50.<br />

Circumcisão (A). — BB. — RR., 89.<br />

Christo de Caprarola (O), ou A Piedade. — BB. — RR., 25..<br />

Colhert (Retrato de João Baptista), 265.<br />

Combate de centauros.^ R., 122. vi®<br />

Cómicos italianos (Os). — RR., 256.<br />

Coquettee, 275.<br />

Cosinha de Bassano e dos Sadeleros (A 1."), ou O Opulento guloso regalando-se<br />

á mesa e o mendigo Lazaro. — Grav. por João Sadefero<br />

Senior. — BB., 176.<br />

Cosinha de Bassano e dos Sadeleros (A ou Jesus Christo na casa<br />

das irmãs Martha e Magdalena. — Grav. por João Sadelero Senior.<br />

— BB. — R., 175.<br />

Dansa da Magdalena (A), ou a Magdalena entregue aos prazeres<br />

mundanos. — BB. — RB., 135.<br />

David (Retrato de Jacob Luiz), 291.<br />

David cantando os louvores de Deus, 255.<br />

Descanço na fuga para o Egypto (O)® Grav. por João Saledero<br />

Senior, 174.<br />

Desposorios da Virgem Santíssima (Os). — B-, 53.<br />

Desposorios de Jesus Christo com Santa Catharina (Os), 363.<br />

Destruição de Jerusalem por Tito e suas legiões (A). >— B. — R., 132.<br />

Diana. — Grav. por Miguel Dorigny, 246.<br />

Diana. — Grav. por Noel Garnier. — RR., 211.<br />

Dido, 12.<br />

Divindades dos sete (?) planetas (As). — RR., 207-211.<br />

Dois Amores lutando, 43.<br />

Dois Génios (Os), 98.<br />

Duas cabras, 200.<br />

Duas crianças, 46.<br />

Duas sereias, 118.<br />

Durero (Retrato de Alberto), 259.<br />

Enterro de Jesus Christo (O) GraV. pelo Anonymo XV. — BK.<br />

_ RR., 202. .<br />

Enterro de Jesus Christo (O] Xylogr. por Lucas Cranach Senior, 95.<br />

Entrada~triumphante de Alexandre em Babylonia. — BB., 252.<br />

Esclavonia (A). — B., 185.<br />

Escravidão (A),. 20. _<br />

Evreux (Retrato Luiz de La Tour d'Auvergne, Conde d),<br />

Explicação dè doutrina (?). i^ R., 168.


921:<br />

Família de Dario aos pés de Alexandre (A), dita A Tenda de Dario.<br />

BB., 258.<br />

Festejadores da boda COs grandes). — B. — R., 113-115.<br />

Festejadores da boda (Os pequenos). — B. — R., 108-112.<br />

Feiiquières (Retrato de Catharina Mignard, Condessa de), 280.<br />

Frederico lííy o Sabio, Eleitor de Saxonia (Retrato de), 59.<br />

Freund (Retrato de João Christo vão), 129.<br />

Ganymedes raptado pela águia dé Jupiter, 17.<br />

Qrande Sacra Família do Louvre (A), ou A Sátira Família de Fran-<br />

' cisco 1.'^- BB., 257.<br />

Qrande S. Miguel do Louvre (O), ou S. Miguel vietorioso do demônio,<br />

244.<br />

Grandes festejadores da boda (Os).ggB. — R., 113-115.<br />

Guerreiro-(O), .8.<br />

Hemicyòío do Palacio das Bellas-Artes.de Paris (Ö).:—BB., 292.<br />

Herodias. _ B., 299.<br />

Heyn (Retrato de Pietér Pieterzen). — Gray, por Cornélio Kitten-<br />

*' steyn, 1'63.<br />

Heyn (Retrato de Pieter Pieterzen).—Grav. por Hessel Gerritz.—<br />

RR., 153.-'<br />

Historia de Adão (A), .145.<br />

Historia do Loth (A). — B. — R., 105 e 1Ó6.<br />

Historia do filho prodigo (A)/ ; t— R., 120.<br />

Homem das dôres (O), 91. .<br />

Homem de Mello (Retrato do Barão), all.<br />

Homem entre.duas idades e suas duas amantes (O), 278<br />

Homero e a Musa da Poesia, 264.<br />

Howard, Conde de Arundel (Retrato de. Thomaz). — Gray por "Wenceslau<br />

Hollar, 125.<br />

Inverno (O). — Gray, por Perelle, 237-<br />

Jesus Christo cercado de crianças. — BB. — RR., 99.<br />

Jesus Christo crucificado, pranteado pelos-anjos, dito Jesus Christo<br />

. dos anjos, 282.<br />

Jesus Christo descendo ao limbo. — RR. — BB., 2.<br />

Jesus Christo, descido da cruz, pranteado pelas santas mulhereé.—<br />

Xylogr. por Lucas Cranach Senior, 94.<br />

Jesus Christo dos anjos, ou Jesus Christo crucificado, pranteado pelos<br />

anjos, 282.<br />

Jesus Christo na casa das irmãs Martha e Magdalena. — Grav. pelo<br />

Anonymo XII. — R:, 179.<br />

Jesus Christo na c&sa das irmãs Martha e Magdalena.—Grav. por<br />

Saledero Senior (Raphael), 180.<br />

Jesus Christo na casa das irmãs Martha e Magdaíená, estampa, dita<br />

A 2* casinha dé Bassano e dos Sadeleros.,—* Grav. por João Sadelero<br />

Senior^t BB. — R., 175. .<br />

Jesus Christo perante Caiphaz. — Xylogr. por Lucas Cranach Sénior, 92.<br />

Jesus Christo ultrajado no pretorio. — BB. — RR., 134, .<br />

Jogos de. Amores, 16.<br />

Judith mettendo a cabeça de Holophernes em um sacco, 162.<br />

Jiiizo .de Salomão (O). — BB. — R., 107. . : . : .<br />

Julgamento de Páris (O). — Grav.- por Marcos Antonio Raimondi.<br />

• — BB., 6. •.' .• ...<br />

Julgamento de Páris (0).,--Grav. por Sadelero Senior (Raphael), 183.<br />

Julienne e Antonio "Watteau (Retratos de João de), 268.


922:<br />

Júpiter. «r-RR., 208.<br />

Laet (Retrato de João de), 159.<br />

jL'après dinée, 271.<br />

Largillière (Retrato d § Nicolau de), 269.<br />

Laubrière, Bispo de Sojssons (Retrato de Carlos Frederico Le Febvre<br />

de), 281.<br />

Le Br et (Retrato de Margarida Henriqueta de La Briffe, 4. a mulher<br />

de Cardin Le Bret, por isso dita Madame), 283.<br />

Liberti (Retrato de Henrique), 195.<br />

Lição de anatomia (Ajv.r— B., 294.<br />

Lonck (Retrato de Henrique Cornélio), — BB. — RR., 154.<br />

Loth impedindo, que os habitantes de Sodoma ultrajem seus hospedes,<br />

106.<br />

Loth recebendo dois anjos em sua casa, 105.<br />

Lououra (A), 284.<br />

Lucrécia, 37.<br />

Luis XXV a cavallo (Retrato de), dito A These da Paz. — BB., 261.<br />

Magdalena entregue aos prazeres mundanos (A), dita A Dansa da<br />

MagdaleM.-~-BB.-IlB,., 135.<br />

Magdalena junto do Sepulchro com S. João e S. Pedro (A), 181. •<br />

Magdalena peniténte (A), 31.<br />

Marco Curcio, 102.<br />

Maria I, Rainha de Portugal (Retrato de Lona). — B. — R., 306<br />

Marte. Ü RR., 209. . . • ' -<br />

Marte e Vénus. — BB.; 136.<br />

Matança dos Innocentes (A). —* BB. — RR,, 10.<br />

Mauricio de Saxonia (Retrato de), 128.<br />

Maximiliano Henrique, Arcebispo Eleitor de Colonia (Retrato de).<br />

B., 199. ' -<br />

Medíeis (Retrato de João de). -— B., 19.<br />

Menãsse Ben Israel (Retrato de).—B. R., 161.<br />

Mercado (O), 116.<br />

Mercúrio e Júpiter na casa de Philemon e Baucis, 188.<br />

Mignard, Condessa de Feuqujères (Retrato de Catharina), 280.<br />

Minerva mostrando o templo da gloria a um joven guerreiro, 213.<br />

Míreu (Retrato de Auberto), 194.<br />

Mirevelt, pintor (Retrato de Miguel), 149.<br />

Molé (Retrato, do Conde). — B:, 54.<br />

Moncada (Retrato de Francisco de), a cavallo, dito O Cavalleiro de<br />

Raphael Morghen. — BB. — R., 52.<br />

Montanha (A); paizagem B., 156.<br />

Morte da Virgem (A). — B, — RR, 55.<br />

Morte de João Vieira de Mattos; allegoria (A), — B. — RR-, 30i.<br />

Moysés e Aarão, 124,<br />

Mucio Scevola, 117.<br />

Mulher da harpa (A), 104.<br />

Murillo (Retrato de Bartholomeu), 298.<br />

Músicos (Os), 137."<br />

Nemours (Retrato da Duqueza de), 266.<br />

Neptuno e Coronis. — B.— RR., 300.<br />

Nieuhofl" (Retrato de João), 166.<br />

'Noli me tangere, 148.<br />

Nossa Senhora das Dores e Resgate, — R., 304.<br />

Nossa Senhora das Lores e Santo Sepulchro, 309.


923:<br />

regalasdp^e & TOaMlJmeiidigo lazaro fOl dito<br />

. ' -v. A i'wB&g.;» ^Mm'eiMi/t-tf^lwQs. — BB 17p""<br />

W > w r " ¡sgwwa :(3Biseiio B H H w<br />

outomno (0). — W B •<br />

B g n ^ ^ ^ H AHxrto Duwro. — BB. — BE.,<br />

pi (4^-Grav por tucae de Boltada. - BB.<br />

• Paixfo de Jesus Cbrf^^'lU-Zj jo¿r, H I.i!(.,,„ Oranaoli SSaior;92-® :<br />

Pari|i|li> A'AQt', ¡w 4*1r.-.'.-ramu<br />

ri., PJp dft Janeirfc^ R., 1S*0:<br />

PaiiS enamorftd^ de —BB , l6l<br />

Passagem do Graui^p^fAj — BB., MJoo o Migypto J_0r„ l0 Anonv«no : VII, «.<br />

• b b i ^ ^ n rammh ui<br />

jxetrato de um. mancebo, 138. : • 1<br />

H H h H B ^ I S IMfli •<br />

H i M M Sffl B'l-fWW l H H f | B 11<br />

g » JlamihdfcAHj-Grav pel0 Mes|re do Oadueei —SB — RB,8.


924:<br />

Sacra Família (A). — Grav. por Simão Cantarini, 40.<br />

Sacra Família (A). — Grav. por Simão Vouet, 214.<br />

Sacra Familia com S. João e S. Zacharias (A), 203.<br />

Sacra Familia de Francisco I (A), ou A grande Sacra Familia do<br />

Louvre. — BB.,'257.<br />

Sacra Familia (A), dita A Virgem do sacco. — Grav. por Morghen<br />

>;7Raphael). — BB. — R., 51.<br />

Sacra Familia e Santa Clara (A). — BB., 28.<br />

Sacra Familia (A), também dita A grande Sacra Familia do Louvre<br />

ou de Francisco I. -r- Grav. por Gerardo Edelinck. — BB., 257;<br />

S. 1 Brisson (Retrato de Pedro Seguier, Marquez, d«), 248.<br />

Santa Anna e S. Joaquim na porta áurea. — Grav-. por Crispim van<br />

den Broeck, 171.<br />

Santa Barbara, 15.<br />

Santa Catharina, 1961<br />

Santa Cecília cantando os louvores de Deus, 254.<br />

Santa Magdalena, 39.<br />

Santa verônica de Jesus Cbristo (A), 238.<br />

Santo Antão, o Eremita, 97.<br />

S. Jeronymo. B. — R., 297.<br />

S. Jeronymo no deserto, lendo um livro, 139.<br />

S. João Baptista. — Grav. por Evert van der Maes, 164.<br />

S. João Baptista no deserto. -— Grav. por Valentim Lefebre, 204.<br />

S. João baptizando Jesus Christo no Jordão, 172.<br />

S. Joaquim abraçando Santa Anna na porta aurea. — BB. — RR., 88.<br />

S. José. —- B. — R., 303.<br />

S. José e a Virgem Santíssima preparandó-se para fugirem para o<br />

Egypto, 189.<br />

S. Lucas pintando o retrato da Virgem Santíssima, 158.<br />

S. Miguel victorioso do demonio, dito O grande. S. Miguel do<br />

Louvre, 244.<br />

S. Paulo, o Eremita, 4. - "<br />

S. Pedro e S. João curando um paralytico sob o portico do templo.<br />

M—BB. — RR., 169.<br />

S. Pedro libertado da prisão, 245.<br />

S. Philippe Nery, 187.<br />

S. Roque distribuindo esmola aos pobres, 29.<br />

Sapateiro remendão (O),. 133.<br />

Saturno. — RR., 207.<br />

Scipião ferido na batalha do Tessino, 14.<br />

Seguier, Marquez de S.' Brisson (Retrato de Pedro), 248.<br />

Sevigné (Retrato de Madame de);-%- BB., 295.<br />

Silva Coutinho (Retrato de Dom José Caetano da), 314.<br />

Soldado e sua familia (O), 96. B . . v<br />

Souza Coutinho, Visconde de Balsemão (Retrato de Luiz Pmto aej.<br />

— R., 305. s 1Q,<br />

Suzanna accommettida por dois velhos ao sahir do banho.—B. — K., i»'<br />

Tarquinio, 103. _ ., ,<br />

Tenda de Dario {A), ou A Familia de Dario aos pes de Alexandre.<br />

— BB., 258.<br />

Thamar, 141. V 9fi1<br />

TheseM Paz (A), ou Retrato de Luiz XIV a cavallo. dd., w-<br />

/Ticiano e sua amante.—- BB. 193.<br />

Ticiano Vecelli (Retrato de), 260.


925:<br />

Tour d'Auvergne, Çonde - d'Evreux (Retrato de Luiz de la), 127.'<br />

Transfiguração (A).—B., 290.<br />

Tres cães de caçaj- '201.<br />

Tribunal (O). — B., 206. ,<br />

TriumphO da musica (Õ), 119.<br />

Triumpho de Galathéa (O).— RR., 1.<br />

Tumulo dò Conde Francisco Algarotti no Campo Santo de Pisa (O).<br />

— B., 49.<br />

Um AmOr tocando cravo, 9.<br />

Um arlequim, 123.<br />

Um rapâz tirando passarinhos de um ninho R., 150.<br />

Uma dama, 121.<br />

Uma mulher, de porfil para a direita, sentada em um escabello, de<br />

pernas cruzadas e com os braços envoltos em um manto, 35.<br />

Uma mulher, de perfil para a esquerda, esforçando-se por conter um<br />

"boi preso por uma corda, 36;<br />

Uylenburg e seu marido Rembrandt (Retratos de Saskia). BB. —<br />

R., 160. - ' - - .<br />

Velha com prétenção á mocidade provoca o riso da moça (A). —<br />

RR., 170.<br />

Vénus. — RR., 210.<br />

Vénus ferida por um espinho de roseira..— BB., 11.<br />

Verão (O). — Grav. por Cornélio Schut Sénior. — R., 191.<br />

Verão (O).— Grav. por Perelle, 235.<br />

Verien (Retrato de Nicolau), 262.<br />

Vespucio (Retrato de Américo). — R., 140.<br />

Vida da Virgém (A), 88 e 89.<br />

Virgem com o Menino Jesus, sentada em um throno e coroada por<br />

anjos (A). •—B., 144.<br />

Virgem da legenda (A). — BB., 45.<br />

Virgem do saeeo (A), ou a Sacra Familia. — Grav. por Morghen<br />

(Raphael): — BB. — R., 51.<br />

Virgem e o Menino Jesus, com S. João, Santa Isabel e S. Zacharias<br />

(A)-,. 184.<br />

Virgem, o Menino Jesus e am anjo (A), 177.<br />

Virgem Santíssima com o Menino Jesus (A).—Grav. pelo Ano-<br />

. nymo V, 80.<br />

Virgem Santíssima com o Menino Jesus (A). — Grav. pelo. Ano-<br />

: nymo VIII. 42.<br />

Virgem Santíssima com o Menino Jesus (A).— Grav. por Barthorí-t<br />

'iòmeu Coriolano, 33.<br />

Virgem Santíssima com o Menino Jesüs em pé sobre uma mesa (A).<br />

B. — R., 308.<br />

Virgem Santíssima contemplando o Menino Jesus que dorme (A), 241.<br />

Virgem Santíssima dos anjos (Â), 22.<br />

Virgem Santíssima e o Menino Jesus (A).— Grav. por Alberto Du-<br />

_ rero. — B. — R., 57. .<br />

Virgem Santíssima e o Menino Jesus (A). — Grav. por Cláudio<br />

Melian, 239. t<br />

Virgem Santíssima e o Menino* Jesus (A). — Gràv. por Nicolau Hen?<br />

rique Tardieu, 267. ; . >;<br />

Virgem Santíssima e o Menino Jesus (A).—Grav. por Pedro Daret, 242.<br />

Virgem Santíssima e o Menino Jesus (A).—Grav. por Pedro Daret, 243.<br />

Virgem Santissima e o Meni io Jesus com uma maçã na mão (A), 182.


926<br />

yirgím SMitiiBirtal« M9WÍ0 Jesus, em um nicho (A) 198<br />

Virgem WfMWWM Mênínò J®llS » g. Jo5a eom um carta? M<br />

mão (AT 157. v , ~ na<br />

Virgem Saiitisfiuna álfitada em' urú throno (Al, 5,<br />

virgem faiiítasnA.yoltàndo«> igypto Bafa a Judéa (Al -Bm<br />

por r raíicJsgo^T} r 1 z 1 o , v . '<br />

Viito da um porto to*mar, nas costas dé Rama, 247<br />

Vi*ta do Louvre, 233.<br />

voer^>(eetra0'áe roljel-tò vmti), 1-52: . '<br />

Watttór.:»-5j6®vde^ Julienni'|SetáíSs âê Afltõnio,), 288<br />

u eerdenbm-g (estrato de ^ « o s w h p — bb — kr 155


m m 1 1 l i i l i i i l<br />

Paginas<br />

ÍNTBODXRCÇLG.....;..... i.. 5.55<br />

SÉSBQÇO lîiis'rortcq 559<br />

Biblio'gkapuia 591<br />

CATALOGO .......................... 603<br />

• T. Kigelïos 605<br />

IL Gravuras.,-. . 609<br />

f-.-Escola italiana.... '611<br />

» • allernã.............. 664<br />

à}^!) hollandeza". 710<br />

V » flamenga......... 742<br />

». ing-leza ^ 775<br />

• » franceza 779<br />

» hespanhola —..... -868<br />

- » portugueza .................................... S72<br />

•:•; » americana • 887<br />

III.-Desenhos 889<br />

Escola brazileirâ 891<br />

IV" Taboa dos moriogrammas,etc 901<br />

INDICÉS:- |<br />

Indice dos artistas cujas obras são descriptas neste Catalogo 915<br />

Indice das estampas —J —... 919<br />

Indice das materias í¡ • • 927


NUMISMATICA<br />

59


iSBOÇO HISTORICO<br />

xinguem duvidará pór: ^rtq êaVlialidads da<br />

numismática" como poder-se auxiliar * ¿os estufou<br />

historiçps, :<br />

Em um punhado:-de moedas;


932:<br />

passo no sentido de «lotar ã Bibliotheca com uma<br />

cpllecçâo numismática.<br />

' Km 18S1 ;í-]izia «.fi.Sñr. I )r. Ramiz Galvão cm<br />

¿leIatoFÍQ : dirigido» ao Kx. 0 Sftr. Barão 1 Iomem '.?|><br />

de Mello, Ministro do Imperio:<br />

« Propositafflenie deixei: para. capitulo distincto<br />

a rioticiá íjMita. creaçâo. A Bibliotheca <strong>Nacional</strong><br />

do Rio d^janejrcg :éx.°?:,^sñr., não possuía<br />

moedas nem medtíiásffior um -vieioiíjie organi- ¿<br />

«ação 1 qfl'e>"é« fácil dè explicar ; quando creada,<br />

pô&sou-se que esses trabalhos eram antes objecto- '•<br />

efe cunobidadô por TSso oâ deixaram fãzendò ; r s i<br />

parte do Museu <strong>Nacional</strong>'.' Alli se-açha ; aind^hóje .i, {'i<br />

unia bella collucçáo, (|ue o zeloso e. intelligente<br />

sfir: dr», Ladislãú Netto tem conseguido augmentar.<br />

É totipvia inct|ntfcl|avel Cpte moedas c. medalhas<br />

Sâo ante$ de tudo documentos subsidiarios<br />

da Historia, e quelior consíquencia -o: seu logar<br />

proprio nao*


933:<br />

t o m a r a m I ^ B W S H a W<br />

"Em Septembro proximo ganido |Êpr* dr. J. át<br />

Teixeira de TSpilo, digno chefáda®cçíltMe<br />

J Bibliotheca, offereceado-nos yffa. mqeãp: fe 3 mealhas<br />

, poucos di|s depois<br />

reira^So^W nos traya 3j|_ moÍÉaj||te pra,ta" è<br />

gobre^dasôfiaes «84 TjrazileHásíV aTlíies sei<br />

-flSW 11 S i que --com louvavól ertpenífo, ao<br />

vMoccor^ depositou em minha||nãos<br />

B|4 ftraedas íjS rg ^etialla» que^nrí


934:<br />

i medalha, — pelo sflr, J, j, Moraga Tavares ;<br />

13 moedas, — pelo sfir. C. A, de Lima Cirne!<br />

11 moedas, 8 4 medalhas, — pelo sfir. S, A,<br />

,da Costa Passos ;<br />

1 barrinha de.ouro, toque .23 e peso (-5-34,<br />

cunhada em Sabará em 1814, gentil obsequio<br />

do sflr. dr, Henrique Cesidio 3amico;<br />

63 moedas e 1 medalha, que tive a honra de<br />

offereeer;<br />

157 moedas permutadas por livros duplicados da<br />

Bibliótheea, com o sflr, dr. H. A, de Carvalho<br />

; e finalmente<br />

75 moedas de. prata e 6 medalhas compradas a<br />

um particular,<br />

« Reunidas estas acquisições ao que haviam<br />

oferecido os 3 fundadores da collecçSo, resulta<br />

que ao findar o anno de x 88o, e apenas 4 mezes<br />

depois de inaugurado o mealheiro, possuíamos<br />

^oS ijioedas e 144 medalhas,<br />

« E força confessaip et.%! snr„ que estes<br />

í&em|i&s animadores enchem de esperança o<br />

coração de quantos se interessam pelo destino<br />

d'ësta gràncB; instituição.<br />

• < A, numismática brazilèira, qüe é a que pôr<br />

eiftquanto mais nos-importa, nunca foi cabalmente<br />

tractada, pois que sfi-resentem de muita deficiencia<br />

os trabalhos dos sfirs. Lopes Fernandes jSTífl<br />

xeira d'Aragào, únicos que até hoje Se-oCcuparam<br />

com mais cuidado d'esté assumpto.<br />

mêu intuito agora reunir na Bibliótheea a<br />

maior somma de materiaes que me-fôr dado celligir^<br />

f e Sôr mãtís; à esta obra que nâo será dos<br />

menores serviços prestados pela Bibliótheea <strong>Nacional</strong><br />

.do Rio. ;dé janeiro.. A v, ex. cabe hoje,<br />

mais que a qualquer outro, a obrigação moral de


911<br />

.déSêBVólVer é aVigofaí festa Creaçâo, que também<br />

ê siSai: 'eréie que*b primalm êsípediahift a tomar-sé*<br />

pàfã eâSfe flttl sfllá solicitar do Ministério tf Agricultura<br />

a 'remoção do bêllo mealheiro do Museu<br />

. Naeieflâl, viste que não tem explicação plausível<br />

a t anraaxaçao "dè numisfflatíeâ «OS<br />

tfs^udle fcstabeleèiáéflto, ao qual sobra titófjiçl<br />

na proporção em que. lhe-escásseam es raeursos<br />

e<br />

• B ^ O W ^ a bella collecçfto numismaticagH)<br />

Museu dave Sr para a B B H H H H<br />

uma coílecção do<br />

^lilP* 13 ' pw- que "o Estado f§§<br />

-Obrigue a -mantendo i" ünrique-<br />

¡Hpds dou® mealheiros na mèsrfta capital, 'pálol<br />

|||%}}t|§ ! de I wlerváB um HM (¡ua, q{(®<br />

toi filho ^ H D D D •ift&Jt"' nossos anfeíess


936:<br />

Pelo relatório quê; acabamos de transcrever<br />

vê-se como teve principio o nossò .mealheiro e<br />

qual o seu estado ao terminar o anno- de 188o:"'<br />

vejamos agora qual tem; sido o seu desenvolvimento<br />

desde í^ssa época até o momento êm que<br />

escrevemos.<br />

jfon 1881 adquirimos 583 moedas e 171 medalhas,<br />

que nos foram generosamente offereaidas<br />

pêlos Sflrs.:<br />

A. 1'. de Araujo Bessa<br />

Dr. G. M. de Villanova Machado<br />

L. J. Ribeiro<br />

H. A. de Lemos<br />

Migüel Tejera<br />

Cap. de Fragata L. F. de Saldanha da Gama<br />

J. Garcez Palha<br />

F. M. Cordeiro !<br />

Dr. Ferreira de Araujo .<br />

Bernabé A. Dias<br />

F. F. Soares<br />

J. J. de Lima e Cirne<br />

^ápósta Miranda<br />

J, S-. Soares<br />

Victor Delamare"<br />

Francisco R. Paz<br />

J. R. Dunlop<br />

M. Pereira da Silva<br />

Lepelle França<br />

Octaviano Hudson<br />

João Matta<br />

Dr, F. Augusto de Miranda<br />

Commendador Pedro de Andrade.<br />

Em 1882, assumindo a direcção da Bibliotheca<br />

o Sffr. Dr. João de Saldanha da Gama por<br />

haver pedido exoneração o Snr. Dr. Ramiz Galvão,<br />

continuou o novo Bibliothecario a envidar esforços


937:<br />

parSBnriqu®erj|ânascente mëàlhêiro tão lîsbn-'<br />

• geiraiBMMBBHfcigfrl I • !» igno antecessor.<br />

H ^ H H reffiemd^* 366 íbfeda|gl|ji53 mV-.:<br />

"»dallias ofler lôs Snrs. :<br />

Luiz Rod^^Bs^da Costa Junior"<br />

Comnleirdador- Jtfjjlor<br />

I R. J|jp>p<br />

MendK Antas<br />

l®£héfejj|e- Divisão ^pido<br />

Coiffjg de Jgrfaï^ji •I £<br />

da Silveira<br />

sRgfM is<br />

J. G. Valle Bran<br />

:Mj'jmo de Sousa<br />

iP^HHESrcha^ò GfèlvajKlfi<br />

J.Jji dajljraça<br />

I<br />

I -Dr. |Kfips Buéno<br />

; M. C.»Rocha<br />

!. F. de Andradî&'Eëite<br />

M. J. Valénjim "<br />

Dr. .Garlb^^pçoter '<br />

HBSitraram maiftijô ficadas e til^MífeííJompracf^^^^fcir,'Qjimmendador<br />

Pedro ïeAndradçi^<br />

* Em "'imtëjk tibtgémos 185 moedas ê 8 me-> ><br />

dalhas offefë|Was pelos Snrs. :<br />

Dr F«rj||ra »dé-'Araujo H<br />

• J. P. de Oliva<br />

Dr. jjJ: ZH||»Mení||ls' Brum 1<br />

MDi|irfop<br />

jjg,j 1 ni"- U» l'ortclla<br />

J. F. de stïfti 11.11le<br />

EModesto Qnájtç


938:<br />

Dj-i Ramtó Galvão<br />

Siqueira Torres<br />

Dr, Mello Oliveira<br />

Bernardo A. Pinheiro<br />

M. J. Valentim.<br />

E rffns 1,87a moedas e medalhais eompfad£ : '<br />

ao Snr. Connnend;idor Pedro de  >•• i• n|. H.-1<br />

23 .^jjlòedas ' compradas ao. Sflf, Alfredo DÍaS<br />

Carneiro.<br />

Em fl 884 vieram, enriquecer 0 nOSsá gábífliS<br />

38 moedas; e i4 medalhas offêttadâs pelos Sn«.';<br />

Príncipe D. Pedro Augusto - i<br />

M. J. Valentim<br />

Dr. Mello Q!ív«ir»<br />

Viriato da Silva Guimarães<br />

Jayme A. O. Reis:;<br />

Carlo«#von Koseritz<br />

A. A. Gomés Barroso •<br />

Tal é o estado actual do nõSso mealheiro, : d: hoje existentes fio Musfcü <strong>Nacional</strong>.<br />

O ¡Ilustrado Director desses EstabèléeimdlB<br />

sendo o primeiro a reconhecer a ronvMiitmcia<br />

degta junção, sójjpspera para realizal-a â venS<br />

dos poderes. competentes.- Oxalá, vejamos em


939<br />

breve posta ^fem pratica esta fftilissim,<br />

n^CK só gji IÇoV^gito duas K j'iiLi > ^Vin.f<br />

PáqW&Jfre 06'túdam e de todos quantoáSi<br />

inteiessamgfelo engrandeàj^fento da patria.<br />

BibliotHe^^Jacional, 2 de Outubro de istó<br />

» • • ¡ o M m B I M M B i oliveira.


CATALOGO


MEDALHAS BBAZILEIEAS<br />

D. JOÃO VI<br />

N,° 1, — Medalha concedida pêlo Príncipe Regente<br />

D. João aos pacificadores de Montevideo<br />

•Bm"-.Q> 13.<br />

A nwrfrêp.i de um rio,: uma oliveiig,. ! cqm a corôa real,<br />

enlaçada por um Dragão, (rfpibre da tíasa, de Bragâçtííliof<br />

1 5 «0 a palavra — ÜJITTGAYA ís; Qhumbp.<br />

Etómpfctrfac-símile, fundido 'Sobreljj medalha orjginal<br />

que g Sjhg. no Museu M|«g|ja e é muite rara 30».<br />

Tenen{ér


944:<br />

em Chefe do referido Exercito. O Conselho Supremo Militar<br />

o tenha assim entendido, e faça executar. Palacio do Rio de<br />

Janeiro em vinte de janeiro de mil oitocentos e treze. (Com<br />

a rubrica do Principe Regente D. João.) »<br />

E' a esta medalha que se refere Lopes Fernandes, á pag.<br />

89 da sua Memoria das medalhas e condecorações portuguesas...<br />

Lisboa, 1861, in-4. 0 , lamentando não conhecer nem a simples<br />

data do decreto que a concedeu. O mesmo autor accrescenta:<br />

— « O Snr. D. Pedro I, como Imperador do Brazil, a<br />

alterou, formando uma ordem com a mesma insignia, collocada<br />

no centro de uma cruz, e pendente ao peito com fita<br />

amarella. »<br />

Isto é confirmado pelas seguintes palavras do Snr. A. A.<br />

Pereira Coruja, em carta dirigida á Bibliotheca <strong>Nacional</strong>, em<br />

11 de Agosto de 1884, referindo-se á noticia que déra o<br />

Jornal do Commercio da acquisição da nossa medalha :<br />

• —- « A medalha do braço fói mais tarde mudada para o<br />

peito por um decreto, que mè'lembro de ter lido, mas cuja<br />

data não possó precisar; parece que foi em um decreto que<br />

creou outra Medalha e que em um dos artigos tratava d'essa<br />

mudança. »<br />

A que traziam ao peito é provavelmente a medalha concedida<br />

por D. Pedro I em 31 de Janeiro de 1823.<br />

Offerecida pelo Snr. Dr. Ladislau Netto.<br />

N.° 2. — Medalha offerecida pela Camara Municipal<br />

do Rio de Janeiro a El-Rei D. João VI,<br />

commemorando a sua acclamação na mesma<br />

cidade.<br />

JOANNES. VI. D. Gr. U. R. PORT. BRAS. ET. ALG-<br />

REX. Busto do Rei, á esquerda, tendo por baixo o nome do<br />

gravador: —Z. FERREZ. 1820.Mg| Um templo de quatro<br />

columnas; no centro, o busto do soberano reinante com a figura<br />

da Abundancia a esquerda. Aos lados da escadaria,<br />

duas pilastras com anjos. No exergo : J OA NNI. SEXTO.<br />

SENATUS. / FLUM-INENSI». SEXTO. / FEBR. ANNI.<br />

DOM. / 1818. / — M. 5o mm .<br />

N.° 16505 do Cat. da Exp. de Hist, do Brazil. No mesmo<br />

catalogo figura outro exemplar de cobre, sob o n.° 16506, e<br />

o Gabinete de Numismatica da Bibliotheca <strong>Nacional</strong> possue<br />

ainda outro exemplar de cobre prateado.<br />

O fac-simile d'esta medalha occorre na obra do Sfír. Lopes


945:<br />

Fernandes, Memória das medalhas e condecorações portuguezas è<br />

cias estrangeiras com relação a Portugal, Lisboa, 1861, in-~4.jP<br />

sob o n.° 90.<br />

Eis o que nos diz o mesmo autor sobre ella :<br />

« O Senado da camará do Rio de Janeiro de que era<br />

presidente o Sfír. Desembargador Antonio Lopes de Calheiros<br />

e Menezes, querendo commemorár o dia 6 de Fevereiro de<br />

1818, em que o Senhor D. João VI foi acclamado Rei do<br />

reino unido de Portugal* Brasil, e Algarves, mandou, em 1820,<br />

cunhar umas medalhas de ouro para ás Pessoas Reaes, e outras<br />

de prata, e de cobre, para dar a varias pessoas de distincção.<br />

»<br />

« Esta medalha serviu depois de molde para fundir duas<br />

medalhas, nos annos de 1820, e 1821, no Arsenal Real do<br />

Exercito do. Brasil, para conhecer a qualidade do bronze,<br />

tendo 1I0 anverso o busto de El-Rei e as mesmas legendas, e<br />

no rèvérso foram polidas, e lhe gravaram as seguintes inscripções:<br />

ARSENAL REAL DO EXERCITO DO BRASIL.<br />

No campo da medalha : '<br />

l. a<br />

FUNDIÇÃO<br />

D'ARTILHEBIA EM<br />

6 DE DEZEMBRO<br />

DE 1S20.<br />

ARSENAL REAL DO EXERCITO DO BRASIL.<br />

No campo da medalha:<br />

2. a<br />

FUNDIÇÃO<br />

D'ARTILHERIA EM<br />

26 DE MAIO<br />

DE 1821.<br />

« Existem na collecçãó da Acádemia Real das Seien cias<br />

de,Lisboa. »<br />

D. PEDRO I<br />

N.° 3. — Medalha'«.,-Ptnhäda em honra ,de Josf:<br />

Bonifacio de Andrada p" Silva.<br />

jBgOZE SBUPAOIO DE AKDBADA B SILVA,<br />

¿i" ¡'.uriarílKi .(ia iniic-fiLiulcncia," ã esumtrda. vestido, tendo por<br />

w


046:<br />

baixo o nome do gravador: —Z. FÉKREZ— B» NA80E0<br />

EM SANTOS. A 13 DE JUNHO 1763 FALLECEO NO<br />

EIO DE .IANKIIíO A I; L>K A.I1IÍ I I N A ,(0i, ía_<br />

'^Srot" de ftmo Ontro d« r éaféV INDEPENDENCIA j<br />

DO J BRAZIL / 7 l.'K SEPTEMBBO / DE 1822 /. Por cima'<br />

uma estrella, —yiS dourada. 46." ,m .<br />

N,° 16310 do Cat. da ãxp. de Hist, ih Brazil.,;No mesmo<br />

eatalago, sob o n.° 165Ó8, figlira um exemplãr: de prata, e, sob<br />

o 16509, outro de cobre.<br />

O mealheiro da, Bibliotheca possue ainda outra medalha<br />

eunhad» em honra do incsmu IK X.Xl OOTOBRIS. / A. I>: S<br />

MDOOCXXXVIII, M. 50 >/»».


947:<br />

I ^ ^ ^ D ^ H B ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ H fesSjlli; i®<br />

mesma cM>õâ!c;íic! fig'.iruu «ni exemplar dé pram. ».!> ii<br />

N.° 6. S Desgjpbäfque • do Principe («Joinville<br />

gJ%o Riipde Janeiro.<br />

• Brazl Ií representado por ura caciqoí, em<br />

S t , ||p* e r fBPrincg^t de Joinville^ jÃjgteajba df dájl<br />

JJHMrcaf; .MSÂJinïé: mast roí<br />

»It " v ''"" !ie um navio de* aíto bordo No lindo; a bahia<br />

Df A^STBPCXlgíT E ©KàT f i , PBlïfCIPÏ "/<br />

DB jüIlfpLLE / Ii)«KMI!.MîI:A.\1H) / SfÖ Í BIO DE<br />

- -<br />

N | 1 I l l | i ' I • H \ clonal<br />

«WIK ootro exemplar em cobre, 'gfle figurqti na Exposição,<br />

U M dg Brazil so},) o n.' J TÓ520.<br />

N.° 7. J¡¡ Cfiégada do Principe Eugenio dè Sa-<br />

^«bjpk Carignano ao Rio de Janeiro.<br />

PBINPIPE I-:I.:I.;I:MY HU -SAUOIATAHI1< >.\TKI Iii > F. APOBÎOTJ / AO / BIO<br />

HpE JAÏCEIBO / EM / 18 g 39 /3fAJB8>;<br />

4 - 1 I ^ j® * ' ^ 1<br />

|j||gpa exposiçjo • ¿gb® n,° ÏÂÔ, figuröu um fkeraplar çte<br />

prata, e_o -Gabinete da Bibliotfyeea Nambnal posât» aínda<br />

Oíltro dè ferro ,<br />

fflK 8. — Lançamento da pedra fundamental do<br />

novo Hôpital da Santá Casa da Misericordia<br />

na Ri® dc Janeiro.<br />

P. PEDRO II XMP -eôÍrST E DEP PERP. DO<br />

* Ç b ' liperador, fardado,- a esquerda; tenim por<br />

iHE-i. • & pISlí<br />

È|f||[|, do K|iïîfro ^è^flâ.r.tês latÊfraêè -por terminár^fe\nòvo.<br />

Hœpital da Santíf ÔÊa da'MisericordÄ for baixo' LAÈT^OU


948:<br />

•A PEDEA FUNDAMENTAI / DO NOYO HOSPITAL<br />

DÁ -SANTA' WASí DA MISBEKJQEDIA / 18 i 40 /<br />

N.° 16527 do Cl/, t/a- //«/. tio llrazil. Na<br />

inésma exposição fijcurmt um exemplar de prata, ' sojrê o<br />

n." 16536.<br />

O GafelS®•da~Bibíióthè*ca ainda possue outrt>"em cobre,<br />

cunhado em Parisi. á; vista de :um exemplar primitivo, qué para<br />

lá sé rcmettôra. Kste ultitno^h. 0 16528 do;referido catalogo),,<br />

dífferé: cl". •<br />

:- N.° 16533 f' f) 9 | da KxJ>. de Hist. êMBrazü.. O Gabinete<br />

Ül Bibíiotheca ípfiSsue aindwaum exemplar de cobre<br />

com 6o»" u (le diâmetro, o tv.itro do. ferro com sS»». Estes<br />

últimos também figuraramiàjúellsrexppsjçãò, sob os n. 16534<br />

e i fi 535-<br />

N.° 10. — Assignatura do contracto de çasamenlo<br />

dò S. M, o Imperado^; o Senhor<br />

D. Pedro II com à; Priíiceza das Duas..SiciIias<br />

a;;:iSenhora D. Thereza Christina Maria, em<br />

Vienna d'Áustria.<br />

20 DB"MAIO / DE 1842 /. Nb centroBpiào do Imperador,<br />

com canhão 'bordado, aperta a da Imperatriz, çóm<br />

bracelete e annel. — Es. ÉscudosMas armas do Brazil e de<br />

Anjo-.! unidas ¿ ".dentro de uni manto em fôrma de dorcl;<br />

pôr cima, a corôa 'i-inperial. — .K. ¿tf 1111 ".<br />

: : . NV 16536 do Cat. dd de Hist ^^Braals;^


949:<br />

N.° 11. — Lartçamëhto pSa fi^^Bentâl cia<br />

Matriade N. S. dá fjS&ia n||jtjo •<<br />

- D çl'fliR®« IMP l|fÉ|raS| > . .))$<br />

B & I . H H M<br />

^^^^^^B^S^^^^^BS^^^Bg'uWijI - I Dentro<br />

EI: tiifilpisMo d'e'raiö^ ^l^Êjffimfc. P IJFíTíà /<br />

FÜN'M TW 4 i MATRIZ I DE-'Nji JH (,LÒW<br />

N.' 16538 do Caí da Exp. de Ha 5 Brazil. \<br />

' 1 v.- J .'^M^^Mi^^ïîmaÊ<br />

de prata pertencente ao Museu <strong>Nacional</strong>.<br />

N.° 12. - \ 1 f. s y o Imgt-adQr so<br />

jtâedjSÊt D Pedio II 111 s líjVr,jmi<br />

ratriz Sggíeníiora'Eh-1 í> i"* S'^"liri~[ina Marife<br />

v ño Rio «es Janeiro, a ¡-"l; - ;^*! mbro I 1 >>, ~<br />

I, M II TÉtiKJÎWiE Ugi^'TipF frl^p^ffl^H<br />

vm p^pMoM^^^i tit^M^o^^ai^v^N-Ij-'!^ 1 .! ATM.<br />

¡ M b a U O T A Q H D H b S FtftJMIN JCCÇXI.Uf<br />

unidos e dentro de um docel ; por cima, a coroa imperial.<br />

B •<br />

N." i Ö54 ; do Cat. da Exp. lie Hist, do Brazil.<br />

N.° 13. — Instituto Historico e Geographica Bra-<br />

: 1<br />

zileiro. ; Premio Imperial de»847.<br />

k K H B ) B iidÉBB^ 1 1 I)EF ÄäaraB<br />

Ir: HH ^t t, SB t IrSLS«. 1<br />

ir- ^ I BDlSj|Hjf


950:<br />

N.° 14r. — Nascimento e morte do Príncipe Imperial<br />

D. Affonso, filho de S. M.o Imperaàor^<br />

o- Sènhor D. Pedro II, -<br />

ÍXAFFQNSO -PBcftoiPB IMP. JBusto do Prineipe, á<br />

direita, tendo por baixo as iniçiaes do gravador: E. S. H. (-!.<br />

— Fie. Á -esquerda,lítravessâdo: NAtiCEO À 23 Í>E fH-<br />

VBRBXBÕ / DB 18453 A direita,, idem : FALLKCEO A<br />

11 ,1)K Jl .NIIO / DB 1HI7. centro,-um cntirálro áfcgelo,<br />

tendo por cima uma almofada- e sobre esta unia Cürõa<br />

de Principe. Por baixo : 1848, — Aí. 46 1 " 1 ".<br />

N." 165-46 do Cat. da de. flist. do Hrazil.<br />

'^i. Esta medalha j.V. é'ÍK>io :de difficil acquisiyào c;ti rh/.ttj|^j<br />

sè terem, partido: ò» c.inhÈjSiv;--<br />

n.° 15. — Instituto Historico e Geographico S|«§<br />

zileiço. Sessão de 15 de Dezembro de 1Í49*}<br />

D. PEDRO II IMP. PÒNST. F. DKF. PHBP. 1)0<br />

BRAS. Busto do Imperador, com manto e laureada, á esquerda.<br />

— Eg. INSTITUTO HISTORICO E GEOORA-<br />

PH1C0 BRAZIIjEIRO. No centro : SBSSÃO ¡ DB 15 DÊ<br />

DEZEMBRO/DE 1849. ¡ — JE. 37®».<br />

N-^6547 do Cat. daMi^^fdê ífá<br />

N.° 16. — Coàíbatetto Tonelero ria ; campanha<br />

naval do Rio da Prata.<br />

li. l'KDRO SKCl'NIH) IMPER. DO: BRAZIL;-.»^<br />

do-Imperador, â esquerda, tendo por baijo o nome do gravador:<br />

— MONTEIRO (i.-r- Rs. OAMPÁDHA NA VAI/ PO<br />

RIO DA PRATA E C. DO TONKi.KIÍO * . Dentro de<br />

uma coròa, formada de dois ramos de lótiro: 17 /1851/12 /.<br />

fí -M. 6o ,,!ai .<br />

N..° 16549 do Cat. da Exp. de fftsf. dg MrttziL


951:<br />

N.° 17. — Qf|aítizaçâo - ¡Je> : Cür-po Diplomático<br />

Brazilêifo. .<br />

A.» KX»; rtlí. SENADOR PAULINO JOSÉ SOABE8<br />

D» 8QJJ.SA O MINISTEÔ QUE. BBFÉBBNDOU A LEI<br />

DÉ 22 DB : #GOSX« »: 18B1. OTÈOBPO DIPLOMA.<br />

TlgO BBASfipIBO BEeONHEOIDÓ. Busto do ministro<br />

â 3 eín laçida 1S52 Por baixo «DAM<br />

B8e!i I ÇS - HíóSoWC-.


952:<br />

: N.° 1655.}'do* Câit.ifa Hxp. de llist. i/o O anverso<br />

é o mesmo das de ti. 16 c it).\<br />

catálogo.<br />

N.° 21. — <strong>Fundação</strong> da Sociedade Estatística dd<br />

Rio de Janeiro.<br />

REINANDO/D.PEDRO II./IMPERADORDOBÍÇjÉf<br />

ZIL/ FOI FUNDADA A/ SOCIEDADE STATISTIGAjf.<br />

NA CIDADE DO TRIO DE JANEIRO. /¿EM 22; HE<br />

MARÇO /í'855 /. — Rg. Em tfeá ; linjbalPíUrôulàireí-iWÍlii-<br />

RITORIO. ST ATIST11 'A. COI.Í >.N ISAÇÃ(1. ADMINIS-<br />

TRAÇÃO. FORÇA ARMADA. / JUSTIÇA, PÓPUBÁÇÍg.<br />

RENDAS NAVEtíAÇiÒ / mSTRUCfÃO A0«|ULTÜ-<br />

RA INÍXUSTRIA sgOMMERCIO /, Cruz da Ordem'de<br />

Christo 'cpm a esphêta r.o centro, o no .zodíaco :^ B.RAZIL.<br />

—61»"".<br />

N,° 16560 do_ Cat. da Exp. ";ã'e Hisk cQJBri - ,


953:<br />

N-° 22. — Primeiro concerto de Sigismundo Thaí-<br />

Rio " de Janeiro. i<br />

^!>rsrs'cbr-ebrb a 3 & s , t a d e o g s e o tbi\ie:irflB<br />

•©ONOEKTÓ NO liiii.HiK .lAM'ltio A- :.T> DE .11 1.110:<br />

^^fei^^^^^^^^^^^^^pi^i^^Ppîïi^qticrcla ,«£• »• fe&'r.i 1 ït<br />

liaixo . o^nùiliE^o :: ravador : •• - F A fí 1A. No^êetéiSo 1855.<br />

—hs 1 . • h o a t b b l b l s p b ^ t h a l b l i<br />

p b o f í ^ r s e s d e m u z i o j b d ® e i o d e .lANKllio /,<br />

p i. MIWtíL"^» M. HHP.<br />

N.°p||J|li do Hisi.^do BrdzilMïjh<br />

O Irâbinéîe. da B)bbot he ainda pWÊm outra medalha<br />

il^hádá.eni honra do Riafflo rrtista, e que figurougra rae^fna<br />

- r i " 11 , i" i 16562 Eis a^dèsdnpçâo '<br />

— 0 0AYALLEIBO, S. THALBEBG, Bœtq]i®anista,<br />

I?: 1 *?/ ~ p i | ^ ^ • H H u i<br />

•'És- fci^^WKSTáí'/'PEBl RÍO TIA U04M:'<br />

HOSPICIO DE SANTA THEEEZA<br />

/EM 26 OB'SEPTEMBEO B j BIO DE JANÊÏEdlg<br />

H 1*<br />

N.° 23. — Visitaûpnperial à- Casa da •Mo^^fiem<br />

IjHg de De^embro de 1S55.<br />

PEDEQ-SEGUNDÉ IMPEEADpB DO BRAZIL.<br />

Busto do .Imperador^fardado, a esq-uerda, tendo por .bJ^íJ o<br />

m::ne do ¡."'avador: — l'A liLA. No F&rgo, uní pequeño dra;îâ..<br />

I!... JgKÚ&OSTA. • YIZITA J^pEEIALf^BÍZA<br />

~r!DÍL?MOEDA_^tJttm machinai}! cunhar N§|«tergû —TEA-<br />

: BALHASWtfB&A. MlMffllK* YEZ / A :NQYAï«A-.-<br />

« T I N A M E CÜNHAE'/A Í DE DEZBMBEO.DE /¡¡P;/<br />

®1|1í,i§í65 do Cat. 'de xlgXíSm B,<br />

N.° 24. Í-- Vipta^às I Princezas vE. Isabel. ||<br />

t''D Leopoldina a Casa da Moeda em i7í*3sí<br />

fejM'ovembro de*Hll§ó.<br />

§|¡|'P I D_ IZABEL il P D LEOPOLDINA* Busto^<br />

FtM ' y?i'' < pSt | reposto^3ja;ita, tendo'por baixo-o nome do<br />

LUSTER t — Eg. Dentro de dojs ramos: SS.


854:<br />

AA. II. VIZITÃOJ A/QAZA DA MOEDA /—'*?: —/1TTW<br />

1 r m<br />

$9Wl866g® M. ' H g • V"*<br />

N • 16570® Cat, íalBxp, ge Bi<br />

O Gabinete da Bibliotheca possue ainda outro exemplar<br />

d'esta medalha, em cobre, o qual figurou naqiiefia-expoÂ-í<br />

JõD o 10371.<br />

N.° 25. — Inauguração da Sociedade Propagadora<br />

das IUÍlás Artes.<br />

Busto de Minerva, ¿ esquerda, com .stpacsté liso, dentrb'i<br />

de uma larga coróa de folhas de louro ; por baixo: K A ¡11A<br />

(nome do gravador); aos quatro lados, dividindo* a coróa e<br />

dentro de círculos, os emblemas do desenho, musica, escuíptura,<br />

e pintura. — Rs. SOCIEDADE PROPAGADORA<br />

DAS. BELLAS ABTES; No campo da riiedalha e dentro de<br />

uma corôa de folhas: INAUGURADA / NO / DIA 20 BE<br />

JANEIRO / DE I 1857 /. No exergo : RIO DE JANEIRO<br />

— /K. ,|6~°'.<br />

N 0 16575 do Cat da Ex - H 'íf v'^"Sg<br />

binete da Bibliotheca ainda possue outro exemplar em zinco,<br />

que figura no mesmo catalogo, sob o n.° 16576; este tem<br />

mais espessura í;m>1) éxposto. 1<br />

Ainda-figuraram na mesma exposição varias medalhas da<br />

Sociedade Propagadora das Bellas-Artes ou do Imperial Lyceu<br />

de Artes e Officios por ella mantido, quasi todas pertencentes<br />

á Bibliotheca <strong>Nacional</strong>.<br />

N.° 26. — Inauguração da Estrada de Fèrró de<br />

D. Pedro II.<br />

. DOM PEDRO SEGUNDO IMPERADOR DO BRAZlÊS<br />

Busto. do. Imperador, á esquerda, tenâàpor baixa


955:<br />

N.° 27. — Lançamento da pedra fundamental da<br />

C^fo da> MdgHâs<br />

. lü. 1'KTIíVS. IL JD. G. CIIXHX. IMP. 1ST. PERPE-<br />

TVVH. íilíAsn.IAK. DEFENSOR. «&/Busto Ao-ImperswW<br />

á .è^anérda, 'fündÒKnhr<br />

nom,J yfl gravador SBbIh H<br />

U STKI! I'-E' I''.- ;• A !•:\ A . LÀiRCE. —-. PÍRÓVIBET<br />

ET . FiRMiTHNcBatra: ; ./, AEMSSf . MON KT AIM AM<br />

.JiVMMOKVM PVBLXOX fsfs OFFICIÍfAM . / PE-<br />

TSÍSLI. I M ® AW.MSEBXBTIMÕÍOIJI:. /. A i:t>r-<br />

FÍftARI. /. EJVSQt®. ANff VL AREM¡¡¡ETRAM, /. DIE<br />

ÍAVSTI. dMIHBçitfrBéEttBKiâí.II. /vÓsÉÍÍÉVS.. gVI.<br />

ÈÍÍÉNTMA . I . ANÍfO AVTBir.M DaOC" JiTlII./ •<br />

&SM XXVTII-* fcAPPONI JYBET . / Por cima, uma<br />

ialança; poi baixa', uro. tridenteí»ro #uas serperife$o£orgsGadas.<br />

N." 16585 do cíaB Exp. de Hist, do Bra-M.<br />

N.° 28. — Medalha off^^Rda a '$.fMtI. a SegBcS-a<br />

ffife Maria -peíó Rec^í®<br />

mento de S. ,f - Thereza. '<br />

D THEREZA rllüfSTINA IMPERATRIZ DO: BKA-<br />

ZII- í!a f;i:l,':riilr:/BKi-ni. diadema, ií?Tr : I:i, k:lido,;põr<br />

ba.ixoÍ?| nonm^tíWMffwiõr: —Í'HK. l.l'STKR F. — Rs. A<br />

AUGUSTS I PI® TECTO RA / DA iSfAÈfWÀ DBcVA-<br />

KM. g&aBMl A - MBZAííADMI-IÍISfRATirA» DO<br />

.SieOLHIMENTO DE Í:®& THEREZA. / — / Í85#. /<br />

-'A, 6 a'/»-<br />

Bw^.SsíS Brazil.<br />

N,° 29. — Medalha ofiferecida ao teàpr Mirate.<br />

D TIIKÜKZA (.JIUISTJN.A IMPERATRIZ. DO Jili.v-<br />

ZIL. Tiusto da Ti;iipS|a.triz, com dia^crr^ á direíjffltendo por<br />

jteàtEaomrtfe gravador — CHR. LUSTER F. — Rs. AO<br />

I TESOR:í|ÍÍpÃTE/ OFFERECE / A IftMÁSDADa DE<br />

BB. DA-ÍIÍBDÂDE m / EFÍHGIE DÍj SÚAvAÜéUSÍA<br />

e m s e e g t o e a i a t M I S í í é . ms»»;:<br />

N\" . if- '¿¿j • , f W , ^ ^ ^ .da BrÈzil<br />

O anVerso ê 4 íriesriio dg. precedente.


956:<br />

N.° 30. — Exposição <strong>Nacional</strong> de 1861 no Rio<br />

de Janeiro.<br />

DOM PEDRO SEGUNDO IMPERADOR DO BRAZIL /<br />

PROTECTOR DAS ARTES/E DA INDUSTRIA/. Busto<br />

do Imperador, á esquerda, tendo por baixo o nome do gravador<br />

: — C. LÜSTER JF\ No exergo, um pequeno dragão.<br />

^•Eg. No campo, o palacio da Exposição èmbandeirado (edifício<br />

da antiga Escola Central, hoje Polytechnica, no largo de S. Francisco<br />

de Paula), tendo por baixo, á direita, o nome do<br />

gravador: — LÜSTER F. Por cima: — EXPOSIÇÃO NA-<br />

CIONAL / DECRETO IMP. / DE 17 DE JULHO DE 18611<br />

Por baixo : — INAUGURADA / JS'0 / RIO DE JANEIRO<br />

A 2 DE DEZEMBRO DE 1861 /. — JE. 51 72mm.<br />

N.° 16605 Cat. da Exp. de Hist. do Brazil.<br />

O mealheiro da Bibliotheca possue outro exemplar d'esta<br />

medalha no mesmo metal, e ainda dois exemplares em cobre<br />

do premio conferido na mesma exposição. Eis a descripção<br />

do premio :<br />

— DOM PEDRO H IMPERADOR DO BRAZIL<br />

Busto do Imperador, á esquerda, tendo por baixo o nome do<br />

i.° gravador : — C. LÜSTER F. —Rg. Dentro de uma corôa,<br />

formada de dois ramos de louro : PRKMIO/CONFERIDO/<br />

NA/EXPOSIÇÃO/NA.CIONAL/DE/1861 /. Por baixo, entre<br />

as pontas dos ramos, as iniciaes do gravador: E. R. S.<br />

— JE'. 37 mm . (N.° 16606 do mesmo Cat.)<br />

A Exposição <strong>Nacional</strong> de 1861 fói a primeira realisada<br />

no Brazil. Da segunda, que teve lugar em 1866, a Bibliotheca<br />

possue os prêmios de primeira, segunda e terceira classes,<br />

todos dé cobre. Elles vem descriptos no Catalogo citado, sob<br />

os n. os 16639, 16640 e 16641.<br />

N.° 31. — Exposição Mineira de 1861. Premio.<br />

BENEMERENTIUM * PREMIUM * Còrôa imperial<br />

dentro de um circulo raiado.—Eg. Dentro de uma corôa formada<br />

de dois ramos de louro: EXPOSIÇÃO / MINEIRA /<br />

DE 1861 / LEI N.° 1079 / OURO PRETO /. — JE. 37 mm .<br />

N.° í66O8 do Cat. da Exp. de Hist. do, Brazil.<br />

No mesmo catalogo, sob os n. os 16610, 16616, 16617, e<br />

t66i8, figuram outras medalhas de differentes exposições realisadas<br />

na provincia de Minas Geraes, todas ellas pertencentes<br />

ao mealheiro da Bibliotheca. São as seguintes:


957:<br />

a.) — BENEMERENT1UM * "PREMIUM * . Coroa<br />

imperial dentro de raios.— Rg. Dentro de uma corôa formada<br />

de dois ramos de louro : EXPOSIÇÃO / MINEIRA /<br />

DE 1862 / LEI N.° 1079 / OURO PRETO / J E . 37 mm -<br />

Differe da exposta na data e em não ter o circulo limitando<br />

as extremidades dos raios.*;'.<br />

b.f— BOM PEDRO SEGUNDO IMPERADOR DO<br />

BRAZIL / PROTECTOR / DA INDUSTRIA) . Busto do<br />

Imperador, á esquerda, tendo por baixo o nome do gravador-:f§i|LUSTER':<br />

F. No .exergo, um pequeno dragão.<br />

. —Rs. EXPOSIÇÃO MINEIRA DE 1863, LEI 1079. *<br />

OURO PRETO. * Dentro de uma còrôa formada de dois<br />

ramos, um de louro è-outro de carvalho : BENE-/ MEREN-<br />

TIUM ,/v PREMIUM /, — JE. 37^. '<br />

c.) — O mesmò • anverso da anterior.—Rg. 5. a EXPO-<br />

SIÇÃO MINEIRA. 1870. LEI 1079. * OURO PRETO *<br />

Dentro de uma corôa formada de dois ramos, um de louro e<br />

outro de carvalho: BENE-/MERENTIUM/ PREMIUM/.<br />

- M. :37 mm -<br />

H g O mesmo anverso da anterior. — Rs- EXPOSIÇÃO<br />

MINEIRA * UNIÃO E INDUSTRIA * JUIZ DE FORA *<br />

Dentro de uma corôa formada de dois ramos, um de louro e<br />

outro ,de carvalho: BENE- /.MERENTIUM f PREMIUM / .<br />

b s ü 37 mm -<br />

N.° 32. — Calendario de 1867.<br />

Dentro de seis linhas circulares e em lettras, microscópicas<br />

o calendario de 1867. No centro, o busto laureado do<br />

Imperador, á esquerda, tendo por baixo o nome do gravador:<br />

— LUSTER —, e em redor: DOM PEDRO II 1MP. DO<br />

BRAZIL. — Rs. No campo, um parallelogrammo rectângulo<br />

com a tabella do nascimento e occaso do sol e da lua. Aos<br />

lados, os eclipses. Por cima : as datas do descobrimento, independencia,<br />

e juramento da Constituição do Brazil, e das „victorias<br />

nacionaes no Rio da Prata. Em baixò: A U •}. CASA IMPERIAL<br />

DO BRAZiL. — M. 41*«».<br />

- N.° 16661 do Cai. da Exp. de Hist. do Brazil. Sob o<br />

n.° 16660: do mesmo catalogo esteve exposto um exemplar de<br />

prata d'esta medalha, pertencente ao Museu <strong>Nacional</strong>.


958:<br />

N.° 33. — O Gr.-. Or.\ do lirazil ao Víscótiffl<br />

do Rio Branco.<br />

d Cl!.-. OK.-. DO BRASIL AÔ VAL.-! DO LAVÜA.<br />

DIO / AO.S1Ü ÔR.-. M.-. VISOOSDE-DO felO BRANÓrfl<br />

Nq ç(:ntmf*o bnstu do Cr.-. M.-.,"á.dirêi*ta, tendo Tpor ba.:|!|S<br />

á esquerda, n nome do gravador: gfá KRNBSTO p.*„\o rani|$y<br />

aos lados, a esquadria e o i:otnpa'í*o, o tiiveí. a re^iia, a coil-ér<br />

e o. malhete. — Rs. PíffiSÍDENTE DO ObTSTSEtHO'i»®<br />

MINISTROS O VISCONDE DO KIO liüANCW » I.KI<br />

N. 2040 DE 28 DE SETEMBRO DE 1871 * A l.iberdailr,.<br />

sentada á direita^ mostra a um grupo de mulherese d&;;tngeriuós<br />

um pape|f|êsenrolado, i-in que í*tá escripia a data<br />

1871. A'direita também,, o Brazii representado por um cariqúe. 1<br />

No exergo, á direita; o nome do gravador: —('AIÍXKHÍO<br />

í\- A. "<br />

Ni." 16691 4o Cai. da Exp. de HisU-^it Brazil. 0 nie-v<br />

lheíro da Biblipthéca possue outro exemplar-no mesmo meta<br />

e naíf.ie'.'a exposição, sobà o n.° 16690, . figurou' ait-.da um<br />

exemplar de-prata dó Museu Nacionai.il;!<br />

N.° 34-. — Encerramento da 3." Sessão da "14*<br />

Legislatura do Parlamento Brazileiro: .<br />

D. ISA HEI. PRINCEZA. IMPERIAL RKCKO O l.M-<br />

PERIQ. * 25 DE MAIO DE 1871 A 1 1)K AliliJI. Di;<br />

1872. #. O Busto' da Prmceza, á esquerda, tendo-jVr btixo ,Jt.<br />

notbe do gravador: — P. OAKNEIRCfc:^-Es. KNCKIÍliA-<br />

MENTO DA :3i* SESSÃO, èm linha: curva; e »1 luto»<br />

rgctas: DA / 14." LEGISL ATURA/ . % . centro, o «difiliff<br />

do Senado embandeirado; por baixo, á direita: CAJÍN Kl ÍÍO<br />

F. (nome do gravador); no exergo: SENADO.—M. 61 SlÉ<br />

N. n 16689 do Cal. da Exp. de Mist\./do Brazil.<br />

N.° 35|3-Terceira Exposição <strong>Nacional</strong> ¡jfo. jÜp<br />

de Janeiro, em 1873.<br />

-,. DOM PEPSÔ II IMPERADOR E DONA THEREZA<br />

CHRÍSTINA MARIA IMPERATRIZ; — Bustos do Imperador<br />

e^jgiijiperatr^á diréitdfc-.«B--ÍÃÍNA-<br />

CIOXAI.. Nó-centro, o palacio da Kxposiçâo ern^aiideiratin


959:<br />

reptil 10 da antiga Escola Central, hoje Pòl^iécjjBÍci, no largo<br />

"•aá-S^Síanci^i de Paula), No exergo: EIO';-DE JANEIRO<br />

1,18%$ Wt-M.<br />

da Ex^ lie ffit do Brazil.<br />

Na mesma JSífü^lóríjfe- • Historia - 'do Brazil figuraram,<br />

sob o n.° 16698, um exemplar em cobre d"esta medalha, e,-<br />

"sob os n.°- ró^oo e r"67oi,' exemplares de" prata e de coluv dfi<br />

Wsm^^Bifen^g a^SBj S® í{acionall4> primeiro e- o<br />

ultimo per 1 1 ao mealheiro da Bibliotheca. Eis a desl<br />

cnpção W0 r premio:<br />

- DOM PEDEO SB&UNDO IMPERADOR DO BRA-<br />

ZIL • — / Busto do Imperador, á esquerda, ,'sem nome de<br />

gravador. — Kg. .Dentro de uma coroa, formada de dois ramos<br />

« S i » PREMO I CONFERIDO /. NTÁ 7 TERGÉUEU /<br />

expíjsiçaô r a c i o n a l 7 / isrs'/. — *<br />

N.° 3 8. Ek Primeira Exposnjãtt Hortiçola de PS<br />

tropolis,'em 1875,<br />

D ÍSAB-ÜIj PRINCEZA IMPEEIAL * — Busto da<br />

Princeza, a esquerda, tendo por baixo o nome do gravador —<br />

O ARNEIRO F, — Rs. Dentro de umacorda formada de dois<br />

raraç® ifc loiírq ^ PRIMEIRA 7 EXPOSlCltepEÈORTl-<br />

OQIi.V / DE / PBTROPOLIS / -»-"/ 2 DE FBVEBBIBO<br />

ff DHjjJf 1S75K<br />

> (4° 16731 do Cat Exjt de Hijf do Brazil Sob jj<br />

ífjpjj^Tg & mesrnst^ í&telogn figura uma medalha deçalladio<br />

•nincntofativa d^m^smo^pWfcoiti 46»» de dtametfo, é


960:<br />

N.° 16714 do Cat. da Exp, de Hist. do Brazil. 0<br />

gabinete da Bibliotheca possue outro exemplar no mesmo<br />

metal. Um exemplar de prata figura no mesmo catalogo, sob<br />

ò n.° 16713.<br />

N.° 38. — Idem.<br />

DOM PEDRO SEGUNDO IMPERADOR DO BRAZIL<br />

/ PROTECTOR DAS ARTES / E DA INDUSTRIA/. Busto j<br />

do Imperador, á esquerda, tendo por baixo as iniciaes do gravador:<br />

—• F. J. P. C.— Rs". No campo, dentro de uma coroa<br />

formada de dois ramos de louro, dois apparelhos telegraphicos<br />

montados. Por cima: 4.» EXPOSIÇÃO NACIONAL / DE<br />

/ 1875 /,; e nas pontas da fita que ata os ramos, ainscripção: |<br />

EXPOSIÇÃO / NACIONAL, / — j®, 54«.<br />

N.° 16715 do Cat. da Exp. de Hist. do Brazil.<br />

o 39# — Idem. Medalha de Mérito.<br />

DOM PEDRO SEGUNDO IMPERADOR DO BRAZIL<br />

/ PROTECTOR DAS ARTES / E DtA INDUSTRIA /. Busto<br />

do Imperador, á esquerda, tendo por baixo as .iniciaes do<br />

gravador — F. J. P. C. — Rs- QUARTA EXPOSIÇÃO NA-<br />

CIONAL. No centro, dentro de uma corôa formada de dois<br />

ramos de carvalho e louro: AO MÉRITO. Por baixo : 1875.<br />

- M . 54 mra . v ' '<br />

N.° 16716 do Cat. da Exp. de Hist. do Brazil O anverso<br />

é o mesmo da precedente.<br />

N.° 40, r— Idem. Medalha de Trabalho.<br />

D. PEDRO SEGUNDO IMPERADOR DO BRAZIL/<br />

PROTECTOR DAS ARTES / E DA IN DUSTRIA / Busto<br />

do Imperador, á esquerda, tendo por baixo as iniciaes do<br />

gravador: - F. J. P. C. — Rg. QUARTA EXPOSIÇÃO NA-<br />

CIONAL. No centro, dentro de uma corôa formada de dois<br />

ramos de louro, vuma - colmeia sobre uma mesa tosca, tendo<br />

aos lados e e em redor flores e abelhas voando, e em baixo,<br />

em campo de grama, instrumentos de lavoura. Por cima, em


961:<br />

mscr í5|ÍlF TEASALHÜ Ebfalàáw «BB<br />

9 1»<br />

N '°* 1 ' ' * ? n n ' i<br />

é O n- II " Se 39 d'este catalogo.<br />

N.° 4lB- anda Exposição Hortícola dè Ppi<br />

tfopolis, em 'ti<br />

D •"ABRI/ íâjfjSZA IMPBBfAL B!kL


932:<br />

uma çórôa formada de dois ramos de louro: TBBCEIBA<br />

EXPOSIÇÃO / HORTÍéOBA/ DE/PBTROPOLIS / —T_<br />

/« DJ¡ ABRIL i mi-mrm^-M Aô 1 ],^: -<br />

N» rSVaj do Cat.<br />

.mesmo gravador,- rom' 2 7»«> de diámetro, commèmoràtnàsS<br />

mesmo facto, Esta* -que figurou na Exposição ,de Historia do<br />

3razil w>h o n;' 1157.24} '4' »semelhante : ás «fósísRb' os<br />

n" 36 do presente Catalogo<br />

N.° 44. — A Santa Casa da Misericórdia do Rio<br />

de Janeiro ao Barão de Andarahjv ji<br />

A figura d'à Caridad^Vde bfÎfos^ âbëAôs'j em attiffijêíde . íS<br />

co.brir com o manto grupos, á esquerda e á direita, de<br />

lheres, crianças e enfernj^ No exergo,W|ij£:::íamos^%AíÍH<br />

e de too, as aimas do. Impén||jií às: dá S. C. da Misericórdia,<br />

sepairâdas por ires seitas atadas por ,'uipà: flfif^<br />

— Rs, Dentro de rãtsfis de cafée de ; íumoç AO / BBNBMÏÏ-<br />

EITO IRMÃO / DA SANTÃ CASA/ DA MIZERIOORDIA<br />

/ DO 3RIO DE J AN Kl RO- • MILITÃO MAXIJVtOÍÍ DE<br />

SOUSA / BARÃO OK ANUAliAMV / 180J.<br />

' N,« -16731<br />

N.° 45. — Associação ' Promotora da InstrucçSo.<br />

Medalha de Benefàcenciã. ,<br />

ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DA IWSTBÜÇÃO.-/'<br />

1874|# No centro, atributos dá iristrueçãa sobre, nuvens, tendo<br />

em cima uma Séèlia raiadíi. — Eg. DEM3JÈEAÇÍCÍ0E<br />

5 DE MARÇO DE 1882. Dentro de uma^òrôa formula,:«<br />

dois ramos de louro: MEDALHA DE BENEFICÊNCIA<br />

— ZV. 46»».<br />

N.° 46. — Medalha commemorativa da inauguração<br />

da esfalll de D. Pedro I.<br />

Dentro dfe uma cíorôa, formada de! dois ramos, ura |j|<br />

louro e -outro , de carvalho, e no alto da medalha, as armas<br />

da Casa de Ilcagança; por eijná, a conste Ilação do Cruzeiro


963:<br />

do Sul; por baixo; em uma fita, da qual pende a insignia da<br />

Ordem dó "Cruzeiro,-a legenda: EMA&CIPATIO, / IMPE-<br />

RIÜM. / CÒNSTIT0TIO. Em seguida, dois dísticos latinos:<br />

VINCULA .BRAZILI.® PETRUS SERVILIA RUMPIT<br />

DUPLEX MAGNANIMUS NON DIADEMA VOLENS ;<br />

IMPERIÜM GENITO REDDIT, NAT^EQUE OORONAM ;<br />

HOC MAJOR NEMO, PAR NEQUE IN ORBE FUIT.<br />

O-. LOPES.<br />

Por baixo dos dísticos, um livro aberto, e sobre elle, uma<br />

balança e uma espada núa cruzadas (symbolos das íeis e da<br />

justiça). No exergo, . o -nome do gravador: — LÜSTER F.<br />

A outra face lisa. ^ iE. 64®".<br />

N.° '16609 do Cat. da Exp. dê Hist. do Brazil.<br />

Não foi acabada. No Gabinete da Bibliotheca se conserva<br />

outro exemplar d'esta medalha cunhado em madeira.<br />

MOEDAS BRAZILEIRAS<br />

B R A Z I L C O L O N I A L<br />

D. PEDRO II<br />

n.° 4-7. $3 Quatro mil reis,<br />

PETRVS. II. D. G. PORTVGAL. REX. Armas de<br />

Portugal, tendo á "esquerda, o valor 4000, e á direija, tres<br />

rosetas, gR8. ET. BRASILIAB, DOMINVS* ANNO. 1700.<br />

Cruz de S. Jorge dentro de quatro arcos. — A 7 ".<br />

. N.°- 15968 do Cat> da Exp. do Hist. do Brazil. Sob o<br />

n,® 15969 do mesmo catalogo figura um exemplar semelhante,<br />

raro, com a data 1702, e quatro PP nas j.uncções dos arcos.<br />

A moeda exposta faz. parte de uma série de ouro comprehendendo'<br />

os. seguintes valores : 4000 rs.; 2000 rs. ; 1000 rs.<br />

n.° 4-8. — Dois mil reis.<br />

PETRVS. II. D O. PORT. G. REX. Armas de Portugal,<br />

tendo á esquerda, o valor 2ÕOO, e á .direitaj tres rosetas:


964:<br />

_ |!jt. KT. ISIiAHil.IAK. !K>.M1N'VS. ANNO WW. Cru/<br />

de S Jorge dentro de Ouatro arcos —í? ><br />

s 'SÍ)" 15974 do iÇa/. da Exp. de Hüt. do Bmwa. Pertenci<br />

á serie dop.'n.°''47- •<br />

n.° 49.<br />

l'K'L'liVS. II. D C. POlíTV'!. IÍK.V. Armas de Portugal,<br />

tendo áSSáiierda,' ffiãlór; 1000,direita; tr.-s rosetas.<br />

S - Eb. ET.ÍBEASILIAE, DOMINAS. ANO. 1099. Cruz<br />

de S. Jorge dentro .


n.° 52. — Meia pataca.<br />

965 %<br />

PETRVS. II. D G. PORT. REX. ET. BR. I) N.. Armas<br />

de Portugal; á esquerda, o valor 160, e á direita, duas rosetas<br />

aos lados da COTÔÍU. 16-99. — Rg. SVBQ. SIGN. NATA<br />

STAB. Cruz da Ordem de Christo com. a esphera no centro.<br />

ESêg I<br />

N.° 15976 do Cat. da Exp. de Hist. ,dò Brazil. A -Bibliotheca<br />

ainda possue," além de um duplicado, outro exemplar<br />

semelhante com a data 1701, tendo sobre a esphera um P<br />

(Pernambuco)*-<br />

A moeda exposta pertenççrá^serie do n.° 50.<br />

n.° 53. — Quatro vinténs.<br />

PETRYS. II. D G. PORT. REX. E. B. D. Armas de<br />

Portugal; á esquerda,- o valor 80, e á direita, uma roseta; dos<br />

lados da corôa: 16^-99. — Rg. SVBQ. SIGN. NATA STAB.<br />

Cruz dã Ordem de ; Christo . com a esphera no centro. — -¿R.<br />

N.° 15978 do Cat. da Exp. de Hist. do Brazil. Pertence,<br />

á serie do n 0 50.<br />

n.° 54. — Dois vinténs.<br />

PETRVS. II. D G. P. REX. ¡g D N. Armas de Portugal,<br />

tendo á esquerda, o valor 40, e á direita, duas rosetas.<br />

— Rg. SVBQ. SIGN. NATA STAB. Cruz da Ordem de<br />

Christo com a esphera no centro.;-^- iR.<br />

N.° 15980 do Cat. da Exp. de Historia do Brazil. No<br />

mealhfeiro ainda existe outra moeda da mesma época, e do<br />

mesmo valor, com variedade de typos e legenda. Tanto esta<br />

tomo a èxpósta não trazem data.' Pertencem á serie do n.° 50.<br />

n.° 55, — Vintém.<br />

PETRVS. II. D. G. PORTVG. R. J3THIOP. Armas<br />

de Portugal,- escudo' com ornamentos, ?—Rg. MODERATO *<br />

SPLENDEAT * VSV. 1697. No campo, no- meio de-quatro<br />

•arcos .com florões, nos pontos- de juncção, quatro PP, e no<br />

centro :• X#X. — JE. -


N.° 56. - - Vintém.<br />

# 966<br />

PETRVS. ÍI. D, (i. I'OKTVG. R. D. J3THIOP. Armg<br />

de Portugal, escudo com ornamentos. : —Bg. MODERATO *<br />

HW.ENDKAT K VÍSV. 16»8. No icampó, no meio de quatro<br />

âjMifííom florões, nós;.pontos de janeçào, quatro. PP., e nó<br />

centro : X#X; M.<br />

N.° 15984 do Cat. Ja £.v/. «V. Uist. J." 55 e %(>'•<br />

N.° 58. — Dobrão.<br />

D. JOÃO V<br />

•gllOANNES. V. li. G. POliT. l-:r. A I.O. líKX. Armas<br />

Portugal, tendo 'á esquerda, o valor<br />

cinco rosetas enire du:s tiotitiw. H*. f IN HOO SÍGN"<br />

^j. YINCBSM :ÇSuí" da Ordem de . Christof cantonada<br />

por niiatrO MM '.Min.ix (lemes). - - A'. ;.<br />

N.° 16004 do Cat. da •Síçp. de Itísl. 0 Brasil.


N.° 59. — Miida.<br />

967:<br />

\Ómà0*r D & POBT BT. ALG. BEX; V<br />

5gr.Portugal;' a ygkUKiK 4000; á direita, quatro lÜH<br />

-li». « I « ' SIGNO I - V I N C B S + 'GrS^ dá<br />

^ • m H W B m H f f l BB H dejcmeirM<br />

Era tinia WmlgO NJ; \ . '<br />

N.ÍJS995 do CaU da-j&tf, de'~fftff. .».•1 i mcredâ Jfa2 parfeje «q^^^®. ouro comprchen.<br />

.'dondgpjantes falfgsf moçd,a"a$ *4ooo rs; meíà.môeB : á,' =<br />

2000 rs ^Iplrtlnho T - igfjií<br />

n.° 60, — MoaUi.<br />

k IOANM? T, D &. POBT ET ALÔ. BEX. Arma*<br />

Srf«^ 1 SHB I B : 4000;. "á. dirsitá* quatro rosetas<br />

• - + & O r S .<br />

J ^ H g » ^ D H f l ; Bfflp Em cima;:<br />

^^KrJS^o^^&X^«^/ ¿1' }Rsl BrÊjJÈÈ<br />

P , al ' te 'f 6 uma sene de ou, '° comprehendendo os -<br />

mesmos valow dCsepfe.do n.° 59.<br />

n.° 61. — Quatro mil reis. .<br />

È B Ó A N N E S . Y. D. G. P O B T Y & . B E X . Armas d» Bor-<br />

^ffl MMWtda,; »walpr-4000, e â-direita, três rosetai'<br />

-Es E T . B B A S J Í l E DOJTTMVS. ANHO.'l749j ¿ruz de<br />

^Jorge dentrojfc


968:<br />

N.° 63. — Quarto ou quartinho.<br />

JOAXNKS. V. D G.. 3?5t)BT. ÍBT. Al.li. EBÍ,;^]^!<br />

dè Portugal; á esquerda 1O0Ó; i direita, quatro rosetas.<br />

— Be. IN + HOtiSj^NQíj^-YI^fiS<br />

Ordem de Chrisíd, cantonada por quatro EB (á'ü .iU 'JdtiíiroK*<br />

Em cima: 17-üf'-. — A r . :J¿:>í: 'J:\<br />

N.° 16000 .do Cat da Exf de HtM dó, Brasil Pert«||<br />

á série do n.° 59-, .<br />

N.° 64. — Mil reis. :<br />

IOANNKS. V. ,D. (¡. 1'OliT. KKX. Arma-, de Portugal*<br />

•i éstterda, o valor 1000,iéíá direita»! tres iroswas. — li*. J5T,<br />

BRASILIiE. DOM IN 1'rt. AN NO. 1749 Cruz d^-S Jorge:<br />

dentro de quatro arcos. — .V.-<br />

- 'Rara.<br />

N." 15992 do Cat. da Kxp. de Hist. do Brasil. 1'ertcmi.<br />

á Serie do n.° 6r.<br />

N.° 65. — Duas patacas.<br />

IOANNES. V.. D. G. POET.iliEX, ET. BÉAfí|D.<br />

Armas de Portugal, tendo á fcsquèrda, .<br />

Armas de Portugal; á esquerda, o valor 32», e à direita,h^»<br />

josetas. ' Aos ladoâ difcptói 17-49.Bs.<br />

•NATA STAB.rÇr^ dí Ordem de: Chrislo comli esphera noj<br />

centro. — - *<br />

! N." 16918 do Cat, da. Exp^Á. Hist do Bráfit Pert ®%<br />

a uma serie de praíá cbmprehcndcndo os mésiiibs valôffj da<br />

do n,° 65.


969:<br />

N.° 67. —<br />

j -SftN^lffi»'. g^EEgg n B<br />

de Portu • 1 '' 1 jr- 1 i i,^" 1<br />

N H f f l c g ^ n S E s K m a m tsmäi s »\ n<br />

CrúzIÉ 'Mi i ' ? 'il.• p.- >m ä"|^>hcra no ctínlio''<br />

HB<br />

N.° 16019 [ £ ' ijs' ' ^ ' £ ¡Kl<br />

N.° 68. — >Jvîp-<br />

ÏOANNES. V. D. G. PORT. 'ET B. .B, Ailg^<br />

f ii -¿vi^s^v" •<br />

W i i l M W H i7-4


N.° 71. — Vintem.<br />

970:<br />

IOANNÉS. V. D. S. P. ET. BBASIL. BEX. No campo,<br />

dentro de um circulo de pontoâ ê entre -très rojetas XX- i<br />

em cima, a corôa real; em tiaító.: 1730. Es. PECUNIA'<br />

TOTUM CIECUMIT. OEBEM. Esphera, com um B (Bahia\<br />

%i|^. e noScêntro d'eiJH<br />

um B ( /iañia).^— ,-K.<br />

N." 1604*1 do Cat da Exp. de Hist' Ho Brazil." 0 t,f¡|3|§<br />

d'esta moeda é o mesin.0 da de n.° 71.<br />

N.° 74. — Dez reis.<br />

IOAN-N.K*. V. L. G. P. ET. BBASIL, BEX, Na<br />

campo; dentro de um circuló de pontos e entre duas rosetas:. -,<br />

X ;.,em .-¡illa, a .coró-a real ; 'ëm baixo : 173feLBa.-SteYM«S<br />

TOTYM CIBOYMIT.ífEBEM. Esphera no ¿&tro - M<br />

• N 0 16035 doíjfaí 7 Exp "fie Hist Brasil 0 typo *<br />

d'está mqeda. é o mismo da tie n.<br />

d. josé i<br />

N.° 75. — Dois mil reis.<br />

U.ieSEPHÍISÍ I. I>. G. PORTUG. BEX. Armas de I',;rtuga!<br />

; A csijücrda : ¿00(1, e-á diriita, fres rosigas. — l!s. KT.


971:<br />

BßAÖMiß DOMINUS ANNO. 1752. Cruz le S. Jörne'<br />

Effi'^SMtiffoTrhjy 1,1 ^ I<br />

N.° tat da rzp de fluts^o fl-ii'-.&l : "i<br />

ffiwm- fitz parte de tioft Serie de otjro ®ni{)rehendetrfo<br />

seguintes valores: • r>* - ir 1 fl<br />

N.° 76.Si /' i' i<br />

j o b p h u a i. it, &. portvi;. rkx. h m h h b<br />

«jg^JTjtndo jiKBiaefda, 0 valor 2000,® ijirexta, tre&rosetas.<br />

• S f e W P . BliASI I..I.-K. IXMHVi.'M. A.VNO. 177S.<br />

S, Jorge deuti • J - , i j V.<br />

giN",' jflo^iMi!» 1 da Lxf de ffist W&BrarAl O rfiadula<br />

d'esta moeda i j v/lZ' JjgL • ' i<br />

fle|^^^«w^®'SrcF®iipEe}i.eudendo valores. da<br />

do n. 75.<br />

N,° 77. — Mit rtis.<br />

pH»Kpife S D ft PORT REX. Atoms Por-<br />

%|al, iertio ii" e.;(|Ucr(U, "o valor 1000, e £ dircitfi, trcs<br />

|>PMIN]®ANN0. 1771. iCruzde<br />

S. Jorge d F<br />

IVrr,.:<br />

N. 78. —¿hicis' paMtijip*i<br />

JOSEPHU^lLp 6 P SEX. ET. BRAÄ D, Arraas<br />

^^^H^HHnMDHHM 17-55 — R®. SVBQ. SIGN" :<br />

XATA STA Ii. Cruz da Qrd.eui de Ci:ri»ta a esphera<br />

^mjmiby- Äl. '<br />

Hs* ^ 16059 do £ J • SSL 4 J a**' 4' 11<br />

F. ' * * ' V " Uc prata ix>mj.rt:uenden


972:<br />

da Ordem de Christo com a esphera; no centro d'esta um ß<br />

(Rio de Janeiro).—iE.<br />

N.° 16070 do Cat. da Exp. de Hist. do Brazil. Esta<br />

moeda faz ~ parte de uma serie de prata comprehendendo os<br />

seguintes valores: 600 rs; 300; 150; 75 rs.<br />

n.° 80.— Pataca.<br />

IOSEPHUS. I D. G. PORT. REX. ET. BRAS. D.<br />

Armas de Portugal, tendo á esquerda, o valor 320, e á direita,<br />

duas rosetas. Aos lados da corôa: 17-56. — Rg. SYBo'<br />

SIGN. NATA STAB. Cruz da Ordem de Christo com a es- .<br />

phera no centro. — iR.<br />

N.° 16056 do Cai. da Exp. de Hist. do Brazil.<br />

n.° 81. — Tres tostões.<br />

No centro, entre duas rosetas: J; em cima, a cõrôa<br />

real; á esquerda, entre dois.pontos: 300; á direita, tres ro- ~<br />

setas; em baixo : 1757. — Rg. S VB. Q SIGN. NATA STAB.<br />

Cruz da Ordem de Christo com a esphera; no centro d'esta<br />

um R (Rio de Janeiro). — iR.<br />

N.° 16078 do Cat. da Exp. de Hist. do Brazil. Pertence<br />

á serie do n.° 79.<br />

n.° 82. — Meia pataca.<br />

IOSEPHUS. I. JD. G. PORT. REX. ET. B. D. Armas<br />

de Portugal, tendo á esquerda, o valor 3 60, e á direita, tres<br />

rosetas. Aos lados da corôa: 17-52. — Rg. SUBQ. SIGN.<br />

NATA STAB. Cruz da Ordem de Christo com a esphera no<br />

centro. III ^íi.<br />

N.° 16057 dõ Cat. da Exp. de Hist. do'Brazil. O typo<br />

d'esta moeda, assemelha-se ao da pataca do n.° 80.<br />

n.° 83. — Meia pataca.<br />

JOSEPHUS. I. D. G. PORT. ET. B. D. Armas de<br />

Portugal, tendo a esquerda, o valor 160,; e á direita, tres ro; „<br />

setas. Aos lados da corôa: 17-68. — Rg. SUBQ. SIGN. NATA<br />

STAB. Cruz da Ordem de Christo com a esphera no centro.<br />

— M.<br />

Pertence á serie do n.° 78.


973:<br />

N.° 84-. — Centà ''é, ''^ificômta reis,,<br />

; No centro, entre duas rosetas: J ; em cima, a coroa real;<br />

•á esquerda, entre duas . rosetas : 150 .; á direita, três rosetas ;<br />

em baixo : 1771.—Eg. SVB. Q. SIGN/NATA STAB. Cruz<br />

da Ordem de Christo com a esphera; nõ centro d'esta um E<br />

(Rio de Janeiro). — iR.<br />

. ',Pertence á serie do n.° 79.<br />

N.° 85. — Quatro vinténs.<br />

JOSEPHUS. I. D. G. POET. EEX, ET. JB. D. Armas<br />

de Portugal, tendo á esquerda, o valor 80, e á direita, duas<br />

rosetas. Aos lados da coroa: 17-70. — Eg. SÜBQ. SIGN.<br />

NATA STAB. Cruz da .Ordem de Christo com a esphera no<br />

dentro. ^R.<br />

N.° 16063 do Cai. da Exp. de Hist. do Brazil. Pertence<br />

á serie do n.° 78.<br />

N°. 86. — Seientá e cinco reis.<br />

No centro, entre duas rosetas: J; em cima, a corôa<br />

real; á esquerda, entre duas rosetas : 75; á direita, quatro<br />

"rosetas; em baixo : 1754. — Es. SVBQ. SIGN. NATA STAB.<br />

Cruz da Ordem de Christo com a esphera; no centro d'esta<br />

um E (Rio de Janeiro).<br />

N.° 16082 do Cai. da Exp. de Hist. do Brazil.<br />

Pertence- á serie do n.° 79.<br />

N.° 87- — Dois vinténs.<br />

- IOSEPHÜS. I. D. G. P. ET, BEASILIiE. EEX. No<br />

campo, no centro de um circulo de. pontos e entre tres<br />

rosetas: XL; em cima, a corôa real; em baixo: 1753.<br />

— Eg. PÈCYNIA. TOTYM C1ECYMIT. OEBEM. No<br />

centro, a esphera.—' JE.<br />

-N.° 160% do Cat. da Exp. de Hist. do Brazil. .<br />

i 5 , " :Èsta moéda faz parte de uma serie de cobre comprehendendo<br />

os seguintes valores: 40 rs; 20 rs; 10 rs; 5 rs.


N." 88. — !h>is vinténs.<br />

974:<br />

ggjJOSEaua 1, D., (;, P, ET. BBASILliE.'BI \ \<br />

campo, dentro de 1 um circulo de pontos e; entre tres' roseti<br />

o valor XL; em cima,«iíj&corôa real; em baixo • 1774<br />

— Eg. PECUNIA. TOTDM CIBCUMIT. OBBEM. No<br />

centro,, a espher.ii. — M.<br />

' N • 16104 d o v d a Exp de Hist do Sraàl'"S<br />

Typo diferente do da anterior.<br />

N.° 89. — Vintém.<br />

lOSBPHüS. I, D. G. P. ET. Bfi ASIL. BEX. No Caro»!<br />

no centro de um circulo de 1 ponto* c entre tros roset^.fi.^3<br />

valor XX; em cima, a torôa real; e' .'em baixo: 1753. i<br />

— Bs. PEGVNIA. TOTVM OIRCVMIT. 0RBEM MO<br />

centro, a e*pher.t. —<br />

N.» 16989 do Cat da Exp. ffisí^^ÉfágliP&rtçnce ^<br />

á serio d'p 87.<br />

N.° 90. — Vintém.<br />

JOSBPHUS. I; D; G. P. ET. BRASIL. BEX^í(p>|<br />

campo, no centro de um circtilo de pontos, ;o'valor.XX,<br />

entre tres rosetas; em cimaípl eorôa real, e em baixo r 1774.<br />

— % PECUNIA. TOTUM OIRO0MIT.ORBEM. No«ittro.<br />

a esphera. — .-E,.-<br />

:N.o 16107 do Cat. da Exp. de Hist. do Brasil.: O^JMÊi<br />

d'iésta: moeda,- diverso do da precedente, è o .mesmo da de<br />

N.° 91JK«^^.»^:«-^<br />

IÔSEPHtÜS. I. D. G,' P. BRASIL. BBXgaaM<br />

campo, no centro de um circulo de. pontos e entre duas;- j<br />

rosetass X; em cima, a coróa real; em baixo: 1758.<br />

— Rs. PEOVÍÍIA. TOTVM CIBCVMIT. OBBEM. H? í ;!<br />

centro, a esphera. — /K. • :<br />

• N:" 1609a do- Cat. da Exp. de Hist. do Brar.il.<br />

Pertence; á serie do n." 87.-<br />

I


N.° 92,_ r^ r, £<br />

975:<br />

H H<br />

1 d<br />

® H sr. íRAfeà B { J H<br />

••Hn^u&ípggf&rdit pontos e entre duas rosetas • T-<br />

F j " • B 3Bt> H B n I ^ BH ^ n H<br />

WZjT*cMfeiBraBE I<br />

Pertence á serie do n.° 87.<br />

I<br />

D. MARIA I E D, PEDRO III<br />

n.° 93; —. "ga<br />

• n ^ g I BT P E T ^ S - I J I D Q. POSTOS,:<br />

• l l j ^ ^ ^ i m B á SWWH • •<br />

H-HO* S JoMÍb dentro de "Suatro<br />

A".<br />

•átf Cai, ¿Dl Mxgntle Hi Agfe praul E ta<br />

ftsí -paífe ae OTBa -serie de^^^STOpréfeindèndô 111<br />

seguintes valores: xffllSíÉ M |<br />

n.° 94. wfr^ e „<br />

^ MARIA, I. Efe PBlMk III, D, POKjFír PB<br />

®8BJ%rmas de Portawlfeai« í çjd&Êía o vêçlor IMO. e<br />

í &1&BÊtres Tosèfflí t4K8 $T BBASiliUS DOMINT.<br />

ANV'.i.-v l"7;t; x .'.V.r.iií çíc. S, foxse*.dentro de quatro<br />

J;- 1 Í5f\"I -<br />

fêf '® 1 -? 1 IlÉfl« TfístfÈf Braztl Pertence<br />

á ,serie ||| n.° .<br />

95. /''<br />

11 MARIA PBÍRÜS. pí. I). G-. PORT. REíiK®<br />

jS^-'BRaSD. :Arsiàí jj| o valor<br />

H H H | H n n Í7-8S.


976:<br />

glBs. SUBQ..SIGN, NATi ST AB^Gr^fla Ordem de Chíisffií<br />

.ífoni a. esphera no .. Armas de Portugal, tendo á<br />

80, e á direita, duas: rosetas. Aos lajps da. cojjia: IT-tó.<br />

SJ-Es. SÜBQ. SICV.NATA ST A li! Cruz da Ordem .!eC;;.rb:o.<br />

:cóm a esphefá- no centro^S- -li.<br />

N° 16139 do C^lp d» Jíishão Braztl. Pertenbe;<br />

â' serie do n,° 95..<br />

N.° QÇ^ÊsDpi? vinténs. /<br />

MABIA. I.^jST. PSTÉUSí-IH. jfí G, Pt EJ; BBÀSÍfi<br />

BEGESjfe meto, em um circulo' dé*pòn|gí :'e Séntre tr%rósetas:<br />

XI. ; t:m cima, a ,coròd r^ítisy!e:ji baiso : '"


977:<br />

PECUNIA. TOTUM CIRCUMIT. ORBEM.- Esphera<br />

no centro. — iE. 'V-V-" . , 1 , ,<br />

N. ? ¿-Í6140 -do Cat, da fExp. de Hist. do Brazil. Esta<br />

moeda pertence a urna serie" de cobre comprehendendo os seguiiites<br />

valores: 40 rs.; 20 rs.; 10 rs.; 5 rs.<br />

N.° 100. — Vintem. '•!<br />

MáRIA. I. ET. PETRUS. III , D. G. P. ET. BRASIL.<br />

RlSGES. Ño meío, era um circulo de pontos. e entre tres<br />

íósetas: XX; era cima, a" -corda- real; em baixó: 1782,<br />

UR? PECUNIA. 'TOTUM. CIRCUMIT. ORBEM. Esphera<br />

no. centro. —¡ Mi<br />

Pertence á serie'do n.° 99.<br />

N.° 101. — Dez reis.<br />

MARIA. I. ET. PETRUS. III. D. G. P. ET. BRASIL.<br />

.REGES: No meio, em um circulo de pontos e entré duas<br />

rosetas: X; em cima, a • coróa real; em baixo: 178 Ir<br />

— Rs. PECUNIA. TOTUM CIRCUMIT. ORBEM. Esphera<br />

no centro. —- Mi.<br />

16146 do Cat< da Exp. de Hist. do Brazil. Pertence<br />

á serie do n.° 99.<br />

N.° 102.— Cinco reis.<br />

¿f .MARIA. I. ET. PETRUS. III. D. G. P. ET. BRASIL.<br />

REGES. No centro de um circulo de pontos e entre duas<br />

rosetas : ;,V; em cima, a coróa real ; em baixo: 1784.<br />

— Rg: PECUNIA. TOTUM CIRCUMIT. ORBEM. Esphera<br />

no centro.—JE.<br />

jV.N. 0 16148 do Cat. da Exp. de Hist. do Brazil. Pertence<br />

á Serie do n.° 99-..<br />

D. MARIA I<br />

N.° 103- — Qtiqiro fiiil' reis.<br />

K MARÍA. I. D. G. PORTUG. REGINA: Armas de Portugal,<br />

ten do á esquerda o valor 4000, e á direita, tres rosetas.<br />

62


978:<br />

— a». /. ET. BBASIUE. DOMINA,. ANNQ, 1801. / Cruz<br />

de. S. Jorge dentro de quatro arcos. •— A'. *<br />

N." 1615a do Cai, da Mxfi.<br />

. N." 16151 do.Çaí. da.Exfi, da /list- dt' Rmzit. Faz parte<br />

da serie do n.° 103.<br />

N.° 105. >*• Mil reis. •<br />

MARIA. I. J), G. POBTUG, RBGINA,'Armas áeP«;<br />

tugal, tendo è enquerda o valo? 1000, e á direita, tres rosetas-<br />

— Rs. ET. BRASÍLIA. DOMINA. ANNÓ, * . 1T87. * .'/<br />

Cruz de S. Jorge .dentro de quatro arcos.— ,V.<br />

N." 1S152 do CM. da Mxj>,)!e Jftsf, 4t Brami- .Fa? parte<br />

"da serie do n ° 103.<br />

N.° 106. — Duas patacas:<br />

MARIA. I. D, G. PORT. REGINA. BT. BRA8. D.<br />

Armas de Portugal, tendo á esquerda o valor 640, e á direita,<br />

tres rosetas. Aos lado» da corta: 17-90.-1%, SÜBQ. SI0N.<br />

NATA STAB. Cruz da Ordem de Chrlsto eom a esphera, e<br />

no centrp d'está 11:11 li í fiahiãy. — /K.<br />

N.» 16159 do Càt. da Exp. de Sist. ão Brasil. Substitue<br />

a. moeda de duas patacas da serie do ri. ie?,a qtiat differe<br />

da exposta somente em nãp ter a Içttra Bsòbreá esphera. .-<br />

N.° 107. — Pataca.<br />

MARIA, J, 1.1. G. 1'OHT. REGINÀ. ET. BITAS. H.<br />

Armas de Portugal, tendo á esquerda o valor 320, e á direita,<br />

dsas rosetas. Aos Mos da eoróa i 17^87, «-1í», 9ubq, SJé®,


953:<br />

ajATA*STAB í;|zOja Ördei» d« Oiwtè «mí «»hera no<br />

—wfl A «Hü<br />

I 9 H H ^ H BB<br />

,1 i<br />

WIW.WB, fttte ^ S i i H i w H ^ t<br />

320 rs. ; 16o rs , 8o rs - I ., 1<br />

N.° 108. — iÇ^.&fàca.<br />

MAÊIA^pi) G-'foBT BEGINçA BT BBAS •<br />

Arn* de fIMuM,' ®ndí>?Í^li#rd«ío-vaíar J60, e'â:||Mfa:<br />

mtwrti,'WEM!3BE5m i ' B i M m M f i M • sign'<br />

JÎATA EH» Cruz Ja Ordern du Christo cmn a esnhera H<br />

t* 1>'"'::r.t*.f*.a* üi'ric do i;. 1 •<br />

N.° 109- fi Quatro v^néns<br />

I Ä A . I. X). G. BOBT. BBGÏNA. BT„SfiA$ D<br />

^Tíis Portfigai; toendò iCföirodg 0 valàiî 80, e i direita<br />

: •• H H 'ados ,


980:<br />

n.° 111. — Quatro mil reis.<br />

JOANNES D. G POET; ET. ALG. P. REGE^AÍ-'<br />

mas äe BBSfl tendo ;'t o»iiuoi ,de um pataca» ou rolumnario *.dt' ^.'Carlos III de Hespanha,<br />

semelhante ^ao descripto Hb o n.° 16184 dò,;mesnK)<br />

catalogo * ^<br />

Está moeda . (I. PORT. P. IÍKliEXS. KT. HHAH.. R<br />

Armas S^Bortugal, tendo á esquerda o valor 640, e.ádiréita,<br />

í tres rosetas, -ffiê lados d^íjpoíôa: 18-13.<br />

SIGN.- NATA .STAB:. Cruz da. Ordem dé®|hristo com a<br />

Vesphèfk ê um l&lifo de JaneitgL'no centro —<br />

Pertence á, serie do ti." 112.,<br />

n.° 114. — Palaca.<br />

JOAN NHS. I>. G. POET. P. SIRENS. ET. BEAS. D.<br />

Armas de Portugal, tendo.à e'squecda~b,,valor 320 direita,<br />

dtias rosëtas. Aos ia.lo? da cotôa: ' 18-.09;,— Eg. bUtiy.<br />

SIGN. NATA KT AH. Cruz "da Ordern dçShtisto copia<br />

esphera .é um -E (Rio ""de Janeiro), no ceûtro.|jï M.<br />

N • 16193 do Cat dœ^k-de Htst do Brazil Perten«<br />

à Serie do.-h." 112.


981:<br />

N.° 115- — Mpã pataca**.<br />

•TO AÑÑ Ei»®. M POET P EB&Í|§1|ET BUAS I» ;<br />

Bffiu?VT^tl?i ir I"*,', . / ' efa^Ptaa,<br />

s ï : /S. 1 ^ s^iab '.T ,f '' *<br />

SRjty _ gl im ^ * ..íí.<br />

N.° 116. —Quatro<br />

Jööfjfe D B EO%t p" RÈGÍ^fl' E'jgliSffâj,;<br />

\ H rgt I JK 1 * ; i '•J 1 * 1 i I "Mi,<br />

duas rosetas. Aos lados da coroa : 18-16. — Eg. S ! ß' I.<br />

^ © ¡ • I K \'l A. STAB. C i w i l h l ^ O n l t l f M B i l l K M M i<br />

espirei" EE'ii'ív û " I "Çf« 1 I<br />

ixjjh',kl i 112.<br />

N.° ii7. — ' ' " >. r?.<br />

.ioas^JíS d, g r ^ j » et. ihíi?>. p eiïoknS<br />

ETS;.; i r './.^ù IT.'g, I I'll r \ t \<br />

•TOTUM IfiSCUMlTHBEBEM.<br />

i n 1 6 2 C £ *<br />

N.° 118. — / ' t? f 1<br />

JOANNES JD i - li. M 3JKASIL1 1 lij i.L ;<br />

I* * ,<br />

'c^a^iaK^^B^^i em ^ ^ ^ ^ ^ P E C U N I A .<br />

• b u c l r c u m i t . o r bem. • t i e ^ e ' f. •<br />

Ha. —'¿¡i '<br />

N.° 1619Û do Cat. da Exp. de Hist, do Brasil.


n.° 119. — Vintém.<br />

982:<br />

.IOANSK*. p. fí. I". Et, L!IÍAÍ?IL.L.IÍ. P. ÊEGENS.<br />

bentru do :mi circulo de pr»nií,K c entro irfis ^¿¿¡tv: XX {<br />

emjima, a èorôa real, a 0111 baixo; 1818.—Eg. PÊCÚNIA'<br />

TOTtrit 01RCÜMIT. OEBM,, Ésphéíí iíti renífõ rtífií 1 * Uh:<br />

B ^Sef^H— JE.<br />

N'. u i6ji.J' do Cat. da A'.V/. ãtr Híst. dd ÊrSíztí.<br />

n.° 120. e- Dez- reis.<br />

J O ANN ES, D. G. ET BEAS. P EEGENS. km um<br />

circulo dè 'pontos, e êhtrê duas tosetaS! X; etti eitha, a<br />

esísê real.; í ath-baiscoti 181ê. — Eg. PE0UNÍA. lOTUAl<br />

Cl&eÜMlT. OliBK.M. Esphera no ccvitto com um B<br />

{SaKt^.^r í.<br />

: Sem o P yfartugãlii?) na legenda.<br />

D. JOÃO VI<br />

n.° 121. — Quatro mil reis.<br />

JÜÀNNEs. VI. D. G. P O R Í . BEAS. ET. ALG. EEX.<br />

Cruz dé S. Jotgô, dentro de quatro artos.' No exergo, etitre<br />

(lilás fuSíítai: 1,-22. - IU. Armas do fêiflo unido de Portugal<br />

õ dó Brázil. No exergiKti valor 4000. — A'.<br />

' t / f jBtulií. '<br />

n.° 122. — tr^-pataias.<br />

JO ANNES. fl. D. G. PQRT. BEAS, ET, AÍ.G, EEX,<br />

NóVêairipOj entn?S^lrâmiOs de lourp: 9.60 / 18âoS* R<br />

(Mâ de Janeira) j pôt tSrttia» 1 & eorôã real. "Es- 9UBQ.<br />

SIGN. NATA STAB.. Cruz da Ordem de Christo, tendo nô<br />

ccnttd a dspiu-rn com o eXíimto (';:« armas de Portugal. -<br />

; . Semelhaufi? ao ft,® ifíj^ do Ca/, ,/a /ixfi. de Ili.it. flò<br />

Brazil. .<br />

. Esta moeda faz parte de.uma serie de prata que complll<br />

hendu bs 'seguintes. vílyres*: 960 rs.; 640 n* j 3-20 rs. -;' rüo rs.;<br />

80 rs.


983:<br />

N.° 123. — Duas patMas.<br />

JoANSM VI. JD. Ü. íéfjgÈj; BRAS. BT. ALO. EEÜ<br />

S'.j ram^o. entre dois tanjoi dê louro: 640 / 1Í£0 / B :l<br />

f ^ Ã ) ® ' p o r eliissp a torôa, re»l. -»Ej. SÜBQ.<br />

BléS. J&3?A STAB. Crtiz da Ordem d.s Ghriito, tendo na<br />

centra â esphera com o «sendo dag armas de Portugal. — Ai.<br />

' jr * lUl. dí> Brasil. Pertence<br />

á-Séríé úo li." uí.<br />

N.° 124. jg Pataca.<br />

| i) G. r|||§! BRití, ET A^ü. BEX<br />

No


984:<br />

N.° 127. — Quatro vintens.<br />

JOANNES. YI. D. G. POET. BRAS. ET. ALG. REX.<br />

No campo, dentro de um circulo de pontos e entre cinço rosetas<br />

: LXXX ; em cima, a corôa real ; em baixo : * 1822 *<br />

/ * R * / (Rio de Janeiro). — Rs. PECUNIA. TOTUE<br />

CIRCUMIT. ORBEM. No centro, a esphera com o escudo<br />

das armas de Portugal.^-<br />

N.° 16281 do Cat. da Exp. de Hist, do Brazil. Esta<br />

moeda pertence a uma -série de cobre Comprehendendo os seguintês<br />

valores : 80 rs.; 40 rs.; 20 rs.; 10 rs.<br />

N.° 128. — Setenta e cinco reis. .<br />

JOANNES. VI. D. G. PORT. BRAS. ET. ALG. REX.<br />

No campo, dentro de um circulo de pontos e entre dtias .rosetas:<br />

75; em cima, a corôa real; em baixo: -f- 1819 -f-/<br />

¡g M -f7 {Minas Geraesj. Rq. PECUNIA. TOTUM CIR-<br />

CtJMlT. ORBEM. No centro, a esphera com o escudo das<br />

armas de Portugal. — iE.-<br />

O typo d'esta moeda é 0 mesmo da de n.° 130.<br />

N.° 129. — Dois vintens.<br />

JOANNES. YI. D. G. PORT. BRAS. ET. ALG. REX.<br />

No campo, dentro de um circulo de pôntos e entre très rôsetâs:<br />

XL; em cima, a corôa real; em baixo: + 1821-f'/<br />

-f R + / (Rio de Janeiro). — Rg. PECUNIA. TOTUM CIR-<br />

CUMIT. ORBEM. No centro, a esphera com o escudo das<br />

armas de Portugal. — M.<br />

N.


985:<br />

• M HÖH i"i i m i Hi<br />

B ^ ' >, a esphera com o escudo das<br />

H ^ h h r b — i s i<br />

O typo d'esta li^^^^ffio ilaesmâ-'dâ'Jn^:^. 0<br />

N.° 131. — Viu<br />

H H ^ i, r(%r H B H ffl M \<br />

No campo, de: i iJN^ i i i n i I yf Vj I H T<br />

^ \ l \ XS 111 ifWiflj.Ç Tj.jgM i» g] 1S22 17<br />

^.WKBWKy.Mfe. TOM \. ^pHBEÍBCfefaiT.<br />

01 I I ¡vi Kgff i i H I i . Ï' 1 *.' J ''i p ,<<br />

Portugal. — Ai.<br />

N.° 16292 do C<<br />

á serie do n.° n I<br />

N.° 132. — Dez reis.<br />

Bpy.;Kvi'^i H H ispfe biíãbST I n f l u i<br />

fr^gTCi igi" i . i fcjr.*' fej S lljj ^L ' ' .«.I<br />

: .sí*l I^HEgST. * 5r u r Jpí&M^HíB-EjS<br />

gffl e B P^WNfA Í^TUMÔIEOÜJIIT ÒteBM<br />

LXri m 3 escudo das ar ïS *<br />

X." 16271 •:!-, Cat. ila I'lxtr 19 ffist. .(n //;":;:;//. ['-::i:leii':e<br />

Htni^.l. 1 I ""^j^tTr^.. m iloga á do n \ f-7 '<br />

• R '<br />

1 I-. j ! \ / IM 1 'V K I ,<br />

N.° 133. — OoÇa<br />

d pedro i<br />

9 ^ H H g H H ^ ^ H IMP "ET PBEP BEAS.:<br />

"ÎL'mïr ^ i r 1 iTjJirPi ^ ' 1 v® 1<br />

i r a n f f i H ^ j ® - Rs. + IN + ÏÏOO +<br />

SIGNO + VINCES. Armas do Brazil, tendo por baixo o


986:<br />

N." 134. — Qmtro wtil reis.<br />

: PBTEÜftjn D, e. GÔlíST. IMP. ET, PSRP. BRAg.<br />

DBF. Busto fardado do Iffipèradar, â esquerda. No estéreogg|824:.'R<br />

g§ | í!s.H- iSr'+BOib-ffl<br />

SIGvKOvHWaNCBS^Ík.-Armas dJfirazil, fendo por baixo<br />

o valor 4000ig;Arv'-t;'V, %<br />

_ N." 163OZ do Cat.^Ja . de Hist. da Bmzã. 0 typo<br />

d'eBta moeda 6 o mesmo da d« n." 133.<br />

N.° 135. — Meia debm ou peça.<br />

PETBÜS. Ií í). G. BBASIliLE. IMPERATOR, Bus»<br />

ds Imperador, á esquerda, corôado de louro. No êxergo: 4<br />

1822 -f B + (Jim 4Janeiro) — Br.' Armas do Brazil tendo<br />

aô-reÂjflâesphèra: IN HOC SIG VIN, e por cima a«corôa,<br />

real. — M. CÉmãwgjIBB<br />

' Rara.*<br />

16304 do Cat.-da.\Exf. ie H/st. ão Brazil. O Original<br />

de. ouro, igualmente raro, vem desci-ipto no mesmo catalogo<br />

sob o n.° 16303.<br />

N." 136, — Tres polacas,<br />

V + PETRUS. I. D. G. 0OÍTST. IMP. ET. PERP. BRAS.<br />

"BI' í • No campo, dentro


987:<br />

138. Duas pàtatâs.<br />

BHPIÎÏRÏJS. I. B.^RÖ^S®. IMP. RT. rKnp.<br />

HSBffi^^i^Kiiqg'ii" '••"i i: SS /.<br />

KjaBgi m 4- ÄOO%ftlGNO + YUNCES ^ Ne,<br />

Ni" 16307 W. da Mit].S. ¡te Jgt||a| Brasil. Pettftníá<br />

â wris äe n,* 136,<br />

N.° 139. — Pataca<br />

H B P B T ^ Ä ^ - IMP. ' |jjr-.PEKP. :<br />

^^ËMf.I'EF Trwf? i e'i i ; ,i , Ii,<br />

B^M^yy^ 1 jjjy. 1 r¡Jl2fflf No exergo : Wsm^.'lí'.Úñ'ín<br />

'""'«)• — + inT-JSIÍOC -».si '. \ > ' W •»»<br />

No centrc a n u ! iu I' Il 3<br />

N. ' i fT .Tj i C " i ! Í cr|;_gu|íe'<br />

á serio lio ti.": 136.<br />

N.° 140. Ô '/ S ' 'tacA,<br />

+ PETRUS. I Di^í^iiA^T IMP »f^PBBP<br />

H H fljiii i * ¿ C . >~\:•*J^-'l'. 'ii i 1 D ''i. 1.1" V y ~í*..11<br />

E y L ^ * i j, Itf 1 ', vxCr^'ji 1826. IÏ '.A'tv dv -fJ~<br />

19 + I N H H 0 C + SIGNO 4- TINGES +.<br />

Arniäs Öö Brazil nö. «entro. —* r 7f>. ^^H , í i lovaz).<br />

• M * * 1 IloC - STGNO 1, YINGEÖ-I' M ^ M<br />

as armas do Brazil. — iE.<br />

'Rara.


988:<br />

N.°. 16344 do Cat. da Exp. de Hist, do Brazil. Cunhada,<br />

sobre uma moeda colonial de D. João VI, cujas legendas se<br />

lêem mais . facilmente que as do novo cunho, as quaes estão<br />

quasi invisíveis.<br />

N.° 142. — Trinta e sete reis e meio.<br />

PETRUS. 1. D. G. CONST. IMP. ET. PEEP.<br />

BRAS. DEF No campo, dentro de uma grinalda e entre<br />

sete rosetas, o valor 37 1 L; por baixo, um M (Minas Geraes)\<br />

no exergo: 1826. — Rs. + IN ;+ HOC + SIGNO +<br />

VINCES -(-. No centro, as armas do Brazil.—iE.<br />

N.° 16375 do Cat. da Exp. de Hist, do Brazil.<br />

d. pedro 11<br />

143. — Moeda de dez mil reis..<br />

PBTKXJS II. D. Gr. C. IMP.—1ST PEEP. BBAS. DEF.<br />

B-.istii do Imperador, á esquerda com ftanjoí No exergo*1<br />

1849. — Bs. Armas d


989:<br />

hhSMJE , . , 3Brazil i *i \m 1<br />

WÈSÈÊÊÈ.^B '¿'rfiS^l^* ^<br />

N.° 1641S do C ä. * "lí<br />

't^rfr^^^fi^ d tZl . i i * I Jv }.ooo 1<br />

sob o n.° 149.<br />

N.° 146. -— MéSp. 'flaira ó|p fef/fo I<br />

. PÇJ RVMMD. 1 J M I.—HT PEEP BRAS DFP<br />

" r | 1 iL;l- ^<br />

1839. — Eh- Armas do Brazil, tendo por cima, em linha<br />

Wa^^imm^^^mMW- ^^^fMê'^^^ " Ho -<br />

N.° 147. •— ' > r y t / ><br />

HHHEHljj) — Fl' PRRP^lS^^B<br />

¡nr*^ 1 *V*l.Vii r i f, r S i ' L-l<br />

Armas !•'* îljr • 'dr -,<br />

D ' s. —<br />

N.° 16417 do Cat. da Exp. de Hist, do Brasil.<br />

N.° 148. — de~> m ^WÈSm<br />

I I S¡Tf«Í I ' j I 1MI' —®r PlîRP^EÀP BEJ 1<br />

Basto do Imperado] S^yYTl' - N '855„— J^ «rañas.<br />

e i 1 ' 1 tendo pe vi^y, Im h > j ' ^ w u 5 efiflo<br />

M B - f f ' -<br />

•ffggWN ¡Si,' '/•, B vSI<br />

á serie do n." 144.<br />

N." -149 ^r Moeda de quatro mil reis.<br />

+ p e t r u s . il. i r a j f & f s r imp ariffirra'<br />

s v ' a ® lilîl®h| i i"" ki'uj " ' saf. ' i jí,<br />

• ^WiaftpMíaea H H H íj.-V'Í'ÍIHÍ<br />

B E I ^ ^ ^ ^ ^ ^ B H D 1 VJa v '.'TL'. 9 " • j |<br />

ii^^lifcaW^t^^H: 4000 (valor).—A r .<br />

N.° i 1 fc íjjht* ' ' i'íüA 1 *<br />

dllsBmfelâ.ij tí mesmoMi'jnaà dÇtfra'ou peça'dô n 0 145


990:<br />

N.° 150' — Dois mil reis.<br />

FETgUS II. D. G. Ü0N8T. IJdP. ET PEBP. BRiS.<br />

DBF. Dentro :}ijev uMa ¿arâa • ijt louro, o valor 2000. Mq<br />

exergo Anna* do. Bniziríiom Useudo atreito, tenda<br />

por rima, em linbã-.^^jgíS' íSSBK^^FlB^feM.<br />

N.° 16439 do Ex-p, de do Brgzjl Egta<br />

moeda faz parté de uma serie de prata.comprehendendo os<br />

valores; 2,pqp rs,.;<br />

N.° 151. S "potmmil reis.<br />

PETRIJg, II. D. (¡.'.nO>


N.° 154.<br />

991:<br />

; ; fBTito irÍK'fl. QOJfSff; iMP ET PHRP, MÍAS.<br />

Plf, de «Sffe d«-'-lgiife, 9; %tof 100« Ha<br />

sargo i Kg- Annas do Brazil QeB1 jgoudo estrrite,<br />

tendtt por cima, em linhis recta ; IN HOC 8. — VJlJOBS.^-ji,<br />

ÍVrtf!u;í; ú seyie di» n.° '39,<br />

N.° 155. — V<br />

PfiTRUS II IX G. CONST. IMP. ET PERP. BRAS.<br />

n^MlIHrntro d.t: HH cor.V; de louro: 10QQ. No e^prgo:<br />

i c,i 5. — Bg. .Armas Brazil; edm-eselido iargoy tend© pgr<br />

elma,;- emjlfth» eurviil IN HOC Si- i^NiO VIMOSS.—St.<br />

N." ,18443 do rCW, dg ^¡i^.yde ffist. is Bra^/Sert^stee<br />

a scrie do n.® wfa-^M.<br />

N.° 156. — Mt&m, ,<br />

I'KTnrs. II D. G. b. IMP. — BT; PEEP. RUAS. HHP.<br />

-Ru^lo tends por baixd;;^ nome ds<br />

gravapy : P¿ip|STJ'jR F. No'^exergo,' «entre mnaesph|raÍÍS<br />

DÉ if»?' 1 da Ordena de Christo I IMP. % Armando Brazil,<br />

Seiids ^r;igíx9(: T0O0 BilSiW,®.<br />

is'/' 1645s do Cut.


992:<br />

N.° 158.— Oiloi;e>ilos reis...<br />

PETBÍ® II D ÔoNST^IMP ET PESP BBAS.<br />

DEF ; Dentro de uma coróa deílouro 800. No exergg^<br />

18-ltij;.;{- li*. Armas do lírazil, rendo por cima. t'ni linha<br />

curva: IN<br />

N." 16432 do Caí. dá Exp, U'\ //¡'si. do /irasi/. Pertence<br />

ã serie do vtv t 153.<br />

N.° 159. m^umhèfftos reis.<br />

PKTtirS II. I). (}. COXST. IMP. ET 1'KIÜ*. BliAS.-<br />

I>KJ'\ Dentro de ú:na;jaiprôa Cat da B&p de Üist do Èraztl Pertence*<br />

átserie do n(^i52.. '


993<br />

N.° 162. —Quatrocentos reis.<br />

ù-. 1 1 HSn^H^^^^BB n u fflS<br />

I 1 uma corôa e ] il . QU^SSe^T* ^flfl<br />

jflr ,1 *" I \ ' l ' I W^M i I<br />

curva : IH 9 ' & 1 — VI B B H ¡9<br />

t \ i 11 - * i fr *• . * » i II*^<br />

á serie <<br />

N.° 163.<br />

Ml.11 *->«il Vfygjs-.].i\ii -/P'I [ii.ii \-><br />

1 > de „\Í.J=TA i i ç 200. No exergo :<br />

— : ] il IwL. li m cmVI^rttia<br />

H H H MOJIÍ— vig^^è®<br />

N." 16435 - ' * '¿¿Jf ' S ' Pert^pœ<br />

* S do n. I.<br />

N.° 164. ! ' '<br />

PETRUS II liV^t-J 1 *^! I M I I Ml'l M '<br />

PI 1 * Arjvi»" i i BB '^ngxú I<br />

ïp-'t®» i fr^ii «L *' 1 co1 sí"> ' B ' p° r<br />

bT ' 1 ' ' fi'" SI ,N £&•& HS SB H B<br />

N." 16447 do Cat. da Exp. de Hist. do Brazil. Pertence<br />

á serie do n. 0 151<br />

N.° 165. — /'<br />

PBTIÍUS II D. G. C. IMP. - ET PERP. BRA$,.BÍâ?.<br />

do gravador: 0. I (C. Liis No exergo, entre uma<br />

P * 1 1 ' -<br />

Pertence á sei 1 V aoMfj 5 2 -<br />

63


994<br />

N.° 166. — DlizentOS t-ets.<br />

MTHKTU .\V tiiir uRi! iir.sil-n'KMiiUii DK 1870.,*<br />

So. oampo':''200 /. Rils, ^fig, Afinfe'do Brazil<br />

£enM»i|©iiia: IMPfiRIp..^-1)0 SHAMI; % pel T5M4S a<br />

data 1871 entre duasestrellas. ^ McVel<br />

N.*° 18455 C*


e§s<br />

N.° 170. — Ç^atfo, émteHS<br />

M H B 1 b è DB iMp ® T BW IBfl<br />

DBF + . Dfetfd m üMà grîtialdi f «ritfe into ÍÒSkíf S()<br />

' 183-2 B Umimß- jänimj; -^it#ÏN H0¡§<br />

Sa® 'sl«r l Q Q ^ Q ^ M ^WÇ^jw I ;<br />

n° 16471 do c • ¿ a¡st. do Braài.<br />

171. Qmitw:Wíñtens.. • -<br />

* PBTEI» II D 6, CÖJT6T1 IMP, BT PEEP BEA»<br />

BfiF. • /'1882/@ mp^j- OWb S#(!5Ímí gfitialda 'e-ehtre<br />

«»tïfclsi-fO¡M-ly nur q, SIGN©4?ÏIH"GÎ8-tí - :<br />

^ ß' áo Cat M íxp. H Mit Hb smñ '<br />

Ni 0 172 * ' J 1 1<br />

¿fipTE,UÍ;II D. G m m IMP, BT PEbÈ.;bBaÍ<br />

DB'IT Jpgjg. - E flflMH<br />

KBWMM^^^j^^BwWWW b¡ m H H n n g<br />

V INGES AftaaS (îa Btiiü ni} èehtio i— M<br />

' fi**?' da -ffimX/fimSp. Ä&i'ijt!<br />

á serie do 11. 0 157.<br />

'Bf;?' 173. — Cmmenta fetq?'*<br />

DEGEEÍÒ 1817 DE â.DB SETEMBRO DE 187.0vi<br />

No campo: 5„(j./ I Ä Ä , Armasjn BrazK B^ÄW,-:<br />

tendo por IMPERIO «10 MÍ2lL;í?'por baup a<br />

data 1871 çnfjp duas ,êàt,re*ffi|ï — Ñtekel<br />

' Raí*a. Não fdi püs'te ern GÍreulàçâò:<br />

jut N i&oè'd«' Cau da Müßi ge mstrii-Èmiii? faz parte<br />

da sene do n.° i m,.


996<br />

N.° 174. — Dois vinténs.<br />

r *;PETRTjS. 2. O -e.^JOlNST. IM P. jET. :P;BEP. BEA|1<br />

DBF * / rBr^BFflj^^W^^MRfl^^Kffl uma-raMâailjentre<br />

Armas do Brazil M. : . . - / • 7<br />

' * ;-!N> 1 P « t y p o<br />

. è da de ii- i jr. '<br />

N.° 175. — Dois vinténs J<br />

PBTEUS II I). (;. fíl IMPíMBÈ PBBPi; MM<br />

DBF./ Bustd do Imperador;* á direita, tendo por baijco.sas<br />

iniciaes do:<br />

esphaía e uma. jcruz da< Ordam de «¡íShnsto, a data 1878<br />

íi-Es- 'Áímaà-itó Brazil se¡m2|s ramos^ừfilmo e»de<br />

tendo^ísqueídá: 40, e'fímMfWBíSí.'ii ,«®}¡r?".I<br />

N ° 16480


Republica : MgÈm<br />

N.° 178. -4 Ai. '<br />

997<br />

MEDALHAS EXTRANGEIEAS<br />

M-edüslha^SN nft AS J '<br />

EUROPA<br />

MEDALHAS ROMANAS<br />

Cabeça . laureada de Jano bifronte, tendo. por cima a<br />

marca —ri — Kg. Prôa "de navio, á. direita; por cima : |— I;<br />

no exergo: — BO MA.<br />

Grande bronze> da Republica; Romana, conhecido pelo<br />

nome de As. Descripto por Barthelemy, Numismatique AnciCnne,<br />

Paris, 1866, sob o n. ! ?:«>3:; ,e pelo-Snr. Teixeira dé<br />

Aragão, no n. p 16 da Descripção.,histórica . das \moedas romanas...<br />

Lisboa, 1870, in-8.°; Naquelle autor occorre o facsimile.<br />

O numismático: portuguez •: faz na obra citada um importante<br />

estudo áobre a moecía de cobrè romana ; com a devida<br />

'vénia transcrevemos, aqui a parte que se refere á republica e<br />

mais especialmente ao Asr'.<br />

• « As —. Depois da troca dos generos começaram os romanos<br />

a- usar peças informes de metal sem márca^ para as<br />

suas permutações; a esta moeda' primitiva e grosseira, chamada<br />

As rude, foi depois fixado o peso de uma libra é tomou<br />

o nomejj de As. Ubralis. Testemunham Pliniò..- e Ovidio que<br />

Serviój .Tullio, sexto rei de Roma^ fez fundir moeda de cobre<br />

%ra a figura de um boi. ou carneiro,; etc.<br />

, « O As, com o- peso de doze onças durou, segundo diz<br />

Éçkhel, até á primeira guerra púnica no anno 490 de Roma ;<br />

o As ¿grave, designava a libra do peso romano, também composta<br />

de doze onças.<br />

« Plinio conta que na primeira guerra púnica à. republica,<br />

pelas grandes despezas a que se viu obrigada, reduziu o peso<br />

do' As a duasS r pnças.( Mas encontrando-se muitos Asses de<br />

•pesos intermediários como de quatro onças, tres, etc., provam<br />

'que tal reducção não foi imrnediata. E como crer nas palavras<br />

de Plinio ? Erraria, , neste ponto o sábio historiador, ou<br />

haveria ommissão de algumas palavras nas copias, como quer


9â8<br />

mr. Cohen ? Pela áanÍèètíltò Creste flymfeirçatiçq, durante esta<br />

guerra, houve uma diminuição suceessiva e rapida de doze a<br />

duas onças, sendo a fabrica dog pesqsj intermediários similhante.<br />

« Com o As foram feitas as suas subdivisões—- o semis<br />

o triens, o quadram, o a u^ia e a semi-uncia.<br />

« Fundiram-se pela mesma época os múltiplos — o decussis<br />

que valia dez Asses, o tripondii très, e o dupondii dois.<br />

« Encontra-se variado' peso no As; cenfrontando-sé exemplares-<br />

muitq bem conservados, encontraram-se dos seguintes<br />

pesos em onças — onze, dez, nove, oito, seis, cineq, Quatro,<br />

très, duas^. ;Uma e um terço, uma e um quinto, uma e meia.<br />

(Vid. mr. Dureau de la Malle dans son Tr-aitë dfi y ¿ççnopiti<br />

politique des romains. T. i., pag. 77 e 78).<br />

« Eckhel opina que o As dç duas onças, chamado sext'antarius-<br />

durou do anno 490 até á dictadur-a de Q. Fabio<br />

Máximo em 537; que o As de uma onça, As unciatis, durou<br />

de 537 até á lei Papiria, e o As semiuncialis desde esta lei<br />

até o fim da republica.<br />

« No tempo de |tfarco~Antonio e Julio Cesar, quando o As<br />

estava reduzido a meia onça, foi desapparecendo da circulação,<br />

dando logar aos bronzes iirçperiaes. û As libella foi substi*<br />

tuido pelo grande bronze, o semis ou sembella pelo mediano<br />

bronze, e o teruncius ou quadrans pelo pequeno bronze.<br />

« O nome ratiti (rates) vem muitas vezes addieeionado ao<br />

As e suas subdivisões 3 pela razão de {erem cunhado em uma<br />

das faces um navio. Plinio faz uma differença entre rates e<br />

rwtrum nc^is, rpas taptp rios. fisses ftjncjídqs çqipo nos çgn^ados<br />

g sya§ su]}divi§Õ§s? nãp §e £9 n heçe senãq typq uiiifQyinç,<br />

q que tqrna incopipfel}£nsÍYel q ^storiadpr. .<br />

« Na face oppesta tem o vale? pela seguinte fôrma :<br />

« — As, a marca I e a cabeça de Jano bifronte.<br />

« — Semis-, a inicial S ou seis pontos, e a cabeça laureada<br />

de Jupiter.<br />

« — Triens, quatro pontes e a cabeça de Roma èem capacete.<br />

« — Quadrans, três pontos e a cabeça de Hercules com<br />

a pelle de leão.<br />

« — Sextans, dois pontos e a cabeça de Mercúrio cem o<br />

chapee álade.<br />

« — Uncia, um ponto ë a cabeça de Marte com oa=<br />

pacete.<br />

r « FabriCaram-se também os quincunx (cinco onças). 0%<br />

beça laureada de Apollo á direita. —^ Rg. Os dioseures à cavallo,<br />

galopando á direita ] por baixo, RQMA, e no exergo cinee


973:<br />

pontos.¡¡¡fÈffpl subçli v isão, é muito, rara. Mr. Cohen duvida<br />

que seja de fabrica romaria; dá lhe ¿estimação de 40 fran^s<br />

e apresenta 9 seu degenho na pl. lxx, n.° 10.<br />

« Êxiste uma grande quantidade de Asses de fabrica mais<br />

perfeita,' conhécfdcS ^ò^ Asses vtaMcas, çóm as mesmas subdivisões<br />

do As romano e typcs variadíssimos'. Alguns exemplares<br />

teeirç os nomes $as cidades,- e6criptos em caracteres,<br />

étrusG0S," 0SC0S ou samnitas, assirrç ; '' Vçàaj&mí.l 'Hg, Etr-uria;<br />

Wuder- d' ! Ariminium ê Igyttíúm, na Ombria y 'Fmmw e Madri®,<br />

no Pieeeum. Grupadas com estas moedas encontra-se o, çuzqc-ussis:-<br />

(cinco Asses), o quadmssis (quatro Asses) corr} a fôrma<br />

quadri longa, chamados algumas vezes latems pela similhança<br />

efífí 1 IR fijotó; ;Mí't Qpfeí)? que • jvlgf aftteg um peso,<br />

ta^ibeni P; c^ngidpra d£ ; fabrica r^mg-ií^, e ^prçsejit^ QS<br />

seus dois désenhos; o primeiro, com V-.caduçeo' fjW grà 1%4^'f<br />

Q t i á P l ¿o oytrg j £ o ^egiin^P? ter$ ^ lÉS em apitas ás<br />

jagps. (Vid7 pl. Ê L X W £ Í1Q fc^tp pag. 394 $<br />

nota).''.»<br />

Segundo opinião geralmente acceita, diz ginda ò<br />

Snr. Aragão, « osrpmanos goíneçaram a moec[a 4 e cobre ^o<br />

reinado de Numg. Po.mpilig pu dé Sérvio Tullio; á dg prata<br />

em "485 de Roir^, q & dç oiro sessenta e doi§ annos depois',.<br />

ÇRi- » , § ¿86<br />

, 'A "còlleççãçv das n^edalhas e moecjas romajias do Gabinete<br />

Numismático' da Bibliotheca <strong>Nacional</strong> é bastante iqaportantç";<br />

tem moitas r|íoédás de prata, e um avultado numero de grandes;<br />

medianos e pequenos bronzes, ' sendo quàsi tócíbs estes das tãp<br />

procuradas yiqedqs imperiaes. • Sg a absoluta falta d£ espaço nos<br />

impede de expôí-òs |í apreciação do§ entendidos.<br />

N.° 179. — LUCRÉCIA; (Família patriciá E<br />

plebéa.)<br />

TRIO. Cabeça de Paliai, á 4ii\§ita, q çapap^fe<br />

; 4di,aftte : JÇ, LYÇí|. ^ £ Lyçrçtius).<br />

JiQj|Á. D| Qipsciir^ a jçayaUq? á dirgit^- ^ Mi<br />

- õ Sfir. Teixeira de Aragão, descrevéi^ç e|tg, j^^jlia<br />

spb o n-° 290 ç[a QP- accrescenta a seguinte nota:<br />

,« Julgai* Cavedoni que foi fabricada em 558 (196 ant. .dç<br />

J. Ç.) j fyir. Gohen considera-a mais moderna, attendendp ap<br />

séjj estylo. »<br />

' ' Como já dissemos nó numero precedente a moççla de


1000:<br />

prata só começou a apparecer em Roma no anno 485 da sua<br />

fundação.<br />

, Sobre a moeda de prata da republica romana, eis o que<br />

nos diz o Snr. Aragão,, .que tanto nos tem auxiliado com o<br />

seu importante trabalho :<br />

« Durante a republica pouca regularidade no peso presidia<br />

ao fabrico da moeda de prata; parece que se contentayam<br />

de achar, èm um dado peso (a libra) um certo numero de<br />

peças, sem cuidarem na exactidão de cada uma de per si, e,<br />

por isso, encontramos tão notáveis differenças em exemplares<br />

cunhados pelos mesmos individuos e na mesma época,/<br />

« Estas irregularidades tornam-se mais notáveis nos quinarios<br />

e sesterciòs que, relativamente aos dinheiros, eram<br />

moedas fracas.<br />

« Assim: o dinheiro em prata, com as marcas, X, X (cortado<br />

no centro por um traço horisontal) e algumas vezes XYI, valia<br />

dez Asses, sendo a media do peso 3 gr, ,93°.<br />

« O quinario apresenta um Y ou um Q; valia cinco<br />

Asses, tendo de peso a media, i gr -,79 c ,o5 m .<br />

« O sestereio, com a marca Ilíá; valia dois e meio. Asses<br />

e encontra-se-lhe no peso a media de 87°,oi m .<br />

« Nos primeiros tempos da republica cunhou-se em prata<br />

.0 nummus, ou dois dinheiros, com o dobro do peso e valor.<br />

Os exemplares que temos observado pertencem ao grupo dos<br />

incertos de fabrica campaniana, e regulam entre 6 gr, ,4o° a<br />

6 gr -,75Y ;"'.... I I l i '<br />

« tio dinheiro em prata, do tempo da republica, romana,<br />

entravam 84 peças em libra, representando quasi a drachma<br />

dos gregos.' Nem sempre o exemplar de maior peso é o mais<br />

exacto : •; observam-se algumas do mesmo typo, mas em diversa<br />

conservação, e a safada pesa. mais do que outra á flor do<br />

cunho.<br />

« Os romanos denominavam também as suas primeiras<br />

moedas de pratá, pelo que representavam nos reversos, assim<br />

bigati, quadrigati e victoriati, talvez para as distinguirem do<br />

typo mais antigo é commum os ^ Dioscures.<br />

«As moedas victoriadas, são mais pesadas proporcionalmente,<br />

e ha tres variedades, a grande ou antiga victoriada, a<br />

pequena e a meia.<br />

« Ás primeiras, cujo typo parece imitado das medalhais de<br />

Capoua e de Atella; cunhadas, segundo a opinião de Cavedoni<br />

e Borghesi, desde o anno 526 (228 ant. de J. Ç.) até<br />

ao meio do século VI de Roma, tem de peso, termo médio,<br />

27 gr -í6°.


1001:<br />

• « Á pequena victoriada, com a cabeça de Jupiter e no.<br />

reverso a. "Victoria coroando um* tropheo, Se refere, provavelmente,<br />

o" dito de Plinio: Qui nunc victoriatus appellatur lege<br />

*Clo#ià percussus est.<br />

-«A lei ; Clodia foi decretada por Cláudio Marcello, tribuno<br />

do povo, no anno 650 (104 ant. de J. C.)<br />

« A meia.' victoriada tem o mesmo peso da pequena victoriada,<br />

com a differença de representar a cabeça de Apollo<br />

em vez da de Jupiter; e -são da mesma época.<br />

N.° 180. — BAEBIA. ; (Familia plébéa.)<br />

TAMPIL ÇTamphilus). Cabeça de Pallas, á esquerda,<br />

' dom capacete alado. — Eg.-/ ROM A. f BAEBI. •/ Apollo<br />

na quadriga, galopando á direita; com um ramo, um arco e<br />

uma flecha. — JR.<br />

,.--1 O.Sñr. Teixeira de Aragão, na Descripção histórica das<br />

moedas romanas..., menciona esta medalha sòb o, n-° 97> e<br />

áccrescenta â: seguinte' nofa :<br />

,„, (/Esta medalha foi xunhada por Marco Baebio Tamphilo,<br />

filho de Quinto, consul em 573 (181 ant.. de J. C.), com<br />

Publio Cornélio Cethego. O reverso ,cbm Apollo refere-se á<br />

peste que houve em Roma nésse anno e no seguinte..' Esta<br />

allegoriá é attribuida aos gregos, que assim o representaram<br />

era uma moeda de Selimonta, cidade aonde a" peste reinàva<br />

habitualmente. Em alguns typos as legendas são em abreviatura,<br />

signal de pertencerem aos primeiros' tempos dà cunhagem<br />

da prata em Roma, e as de cobre pelo seu peso indicam<br />

também a primeira época. • Os numismáticos descrevem em<br />

prata seis typos, sendo um : quinario"' è


1002:<br />

o Snr. rTejseir^ (te Aptòp (gp, pj{„ p." 469:474), dçs-"<br />

srevç ffêis nwl^hm ç}'esta farniija,' ssnéfl c do R.° 4?i<br />

assewltlMe n)\iit(j á poffiSi àfíferin(|q apçsas pjfnisçmipte<br />

ponto,; naq:it-lk< os dois soldados romanos .ifvipp s^jpas,<br />

•H ;la t^t.ia :|;r.. g.pãp Q§ d"'.! 5 h> jsy.:i;is'r pgmp i Sé, yê na<br />

medalha exporá.<br />

Sebre. a psigera 4esta fàmilia faz í> SSn. Aragão ' as' 'B<br />

guiptes éon^deraçôes t<br />

WÊ « A. caSeça ide Ta^g p rápto 1 das febisàs eija mOrtéiídè<br />

TarpeiáJí;denunciam que esta. tUniilú era de origem sabir.a;<br />

sendo.estes factos muito conhecidos para nos demorarmos em<br />

explical-os. C^y^çpj çog§idera e^tas i^e^glhas. ci^h^das çip<br />

666 (88 ant. de J. C.) attribuindo-ãs a Lucio Titurio "Sabino,<br />

jfej* de Quinta Tiberip Sabino, de J^íq Cassar<br />

nas (JaJlias em 696 (c8)f<br />

« São seis qs typos conhecidos em prata, e em cobre<br />

apenas o as que descrevemos. (n.° 474). »<br />

N.° 182. — VIBIA. (Família plebéa.)<br />

PAJSTSA. Cabeça laiirea4a Auollo, á direita j adiapte,<br />

um §ymbole>. — {Çaiús) yÍBIVS. 0. F. Pallas 113,<br />

qyadríga, gglopaflçlç á ¿'ireíta, Íevai}dç> um tropheú e a<br />

lança. — jft.<br />

O ^fíft fêi^êi 1 "^ Af^glPi (fiP; gjt,, n.®° 494 - s§|),<br />

desgfgye ds?e medalhas ^^sta fajnili^., entre ag está<br />

ft IiQssia, gQÍj o f|. ? 49g j rgferin^Q-se a egta e mai§ ff§s<br />

ostras ¿o mesmo Gaio VifeÍQ> úiz-<br />

« Estas quatro medalhas foram fabricadas, aproximadamente,<br />

no anno 66§ (86 ant. de J. C.); pertencem a Caio<br />

Vibío Pansa, que mqrr-eu compromettido na proscripção de<br />

Sylla em 673 (81) j e foi pae de Vibio Pansa, cônsul em 711<br />

(43 ant. de J. C.). »<br />

183, Sr ÇLAUDIA OU GLODIA (família pfttriçfe,)<br />

, Cabeça de Appjlo, á direitas ^traz, lyrft. — Bs- IV<br />

Ífíffflys) / fc} W r è iPmrn Pjana m<br />

com dois tocheiros. — iR.


1003:<br />

• -vide "Tfáxeirs de Aragão, «p. cit., n.9 jsa 1<br />

Li Jptte dfstmcto BuojsmattM descrave StA .a n » m esfoutra<br />

DI-vJ; '-'ö 1 H I r , p ^<br />

I b! M M h M H B ^ ^ ^ M<br />

E accresct i I-^'-iijT-t'" -11icia :<br />

I ' ÍJP JJ& B 'jß^l ( f'P' 1<br />

{tetwlo, »..»lás duas- .u,*kilu.í ií.mm «mt*,),« ,-m ( •<br />

B h I ^ » » ^ ^ { ^ « ¿ f c d4<br />

Netia e eutra da Urfelntajj»„ traíaíémas »as ¿MífáiMS fkfixoiuiBd«<br />

B H | l SB m H B repi.odni.tdo!,<br />

,r «»$.§1 J E I I —<br />

^fW&m wÊm n.° 49 das de juiio Cesar,<br />

M.deSií! enriHitf i , i<br />

K t l"' 1 t


1004:<br />

Diocleciano foi o seu restaurador mandando cunhar em prata<br />

limpa de liga, e assim se continuou até á queda do império<br />

do oriente.<br />

« As moedas de prata imperiaes, além da quantidade do<br />

metal, constituem grandes differenças entre si, relativamente<br />

ao peso, assumpto que não cabe no acanhado desenvolvimento<br />

d'este escripto. »<br />

« Dissemos que Diocleciano regenerou a moeda de prata<br />

fazendo-a fabricar do mesmo toque da do começo do império<br />

romano, e entrando 96 peças em libra. Grande numero d'estas<br />

moedas,; conhecidas com o nome de centenionalis, e, talvez,<br />

de milliárensis, tem no exergo XOVI, marca do seu. peso.<br />

Pouco depois cunharam-se, ainda que em menos quantidade,<br />

os inedius-centenionalis.<br />

« Nos reinados de Constâncio II e Juliano II os centenionalis<br />

de 96 peças em libra romana foram substituídos por<br />

uma moeda de menos peso, chamada silique, entrando 144 em<br />

libra; 2 faziam um milliarensi, e 24 um soldo de oiro.<br />

« Pela lei de Arcádio e Honorio, que prohibiu em 395 a<br />

cunhagem de moedas com o peso superior a 7% de libra, é<br />

evidente haver corrido uma ou mais moedas de prata com<br />

superior peso e valor. Mommsen nota a falta absoluta de<br />

relação entre o valor e peso das moedas d'essa epoça, e a<br />

enorme differença que existe'entre os siliques de Justino e os<br />

do seu sucçessory como entre os siliques de um e Os. meios<br />

siliques do outro.<br />

« Os siliques de Justino I, com a. marca CN (250 unidades)<br />

pesam o gr ,6o° a o gr ,62°.<br />

« Os siliques de Justiniano // .com a mesma marca pesam<br />

i gr ,36° a i gr , 38 o , isto é, mais do dobro dos anteriores.<br />

« Os meios siliques de Justino I ou de Justiniano I, com<br />

a marca PKE (125 unidades) pesam, termo médio, o gr ,62 o .<br />

« Qs meios, siliques dos mesmos imperadores, com a<br />

marca PK (120 unidades) pesam de o gr ,Ó3° e o gr ,64.°<br />

« Heráclio e seus successores até Justiniano II, Rhinotmete,<br />

organisârani outro systema para a moeda de prata, estabelecendo:<br />

|<br />

« Milliárensis • ou miliarma, de que entravam 48 em<br />

libra (ó gr ,72°). O typo d'estas moedas no reverso é. uma cruz<br />

sobre um globo no i cimo dos degraus, e a legenda DJivb<br />

AIVTA ROM ANIS. A sua cunhagem terminou em Jus-


1005:<br />

tiniano, que já muito pouço fabricou com seu filho Tiberio IV.<br />

« Médius milliarensis, g6 faziam a libra, pesavam metade<br />

dos anteriores, com o mesmo typo e tendo mais duas palmas<br />

aos laäos.,<br />

« Doze milliarensis faziam um soldo dè oiro, e parece<br />

que o milliarensi representava a millesima parte de uma libra<br />

.de oiro, assim a empregavam os romanos no fim do IV século.<br />

Os gregos designavam-n'a^por milidresia.<br />

- - \c Depois do reinado de Leão III até ao uso das moedas<br />

cóncavas,'-torna-se difficil .dêçcòbrir a nomenclatura'é ! o valor<br />

da moeda :dé' prata, que sé tornou muito escassa em relação<br />

á de oiro: Apezar das notáveis differenças encontradas nestas<br />

níoedâs, paréce haverem sido conhecidas pelo nome ÇOmmum<br />

de keration, de que 24 faziam um soldo de oiro.<br />

« A introducção das moedas concavas parece que não<br />

alterou nem o valor nem o peso da moeda de prata.<br />

« As moedas de prata cunhadas em Constantinopla, em<br />

geral, não indicam o logar do fabrico, e raríssimas • são as<br />

excepções a esta regra; conhecem^se apenas dois exemplares<br />

de. Anastacio,»-; cinco de Justiniano I, dois de Constante II, uma<br />

de Leão' V e de Constantino VII, e outra de Basilio I. »<br />

N.° 185. — JULIO. CESAR.<br />

^ Cabeça de Venus, á direita, com o diadema ; atraz, Cupido.—Rg-<br />

CÁ ES AR. Tropheo com dois escudos e duas<br />

trombetas .gaulezas ; á esquerda, uma mulher sentada, chorando<br />

; á direita, um captivo nú com as mãos átadas aträz das<br />

costas. —<br />

Moeda Imperial. —\ Foi cunhada aproximadamente no anno<br />

'706 da fundação de Roma (48 a. de Christo,). Vem descripta<br />

,pelo' Sfir. Teixeira' de Aragão, op;, cit., n.° 522 ; e por H.<br />

Cohen, op. cit., tom. I, sob o n.° 13 das de Julio Cesar;<br />

neste ultimo p.ecorrt fac-similé.<br />

• - Según do v.o douto ' numismático portuguez, Julio Cesar foi<br />

o primeiro romano a quem o senado: '-conferio. o direito de<br />

cunhar o seu retrato nas moedas. Elie cunhou nos tres metaes,<br />

oüro, prata e cobre.


1006:<br />

186. = oefAvw Autism<br />

B1VVB AvaVBTVS PATBB. CábêÇi radiada de Afc<br />

gusto, ^á esqifèrda — Bs Rato aladbV-aoè Iad«« B / C /<br />

(Svnátus Cv»suth/s), :>••<br />

.i^K líoeda Imperial, — Medio bronze, cunhado lib reinado<br />

de Tibêíitoi<br />

527 de Ara;;An, op. eit. tombem descripta cgfi<br />

ofaç-sim '¿Jn em H. Cohen, ^Jz)€scfipiion J:Iistqriqui dt$ mon•<br />

, »«'csjnipjiàs SMS tp.mfirr Satnain..., Parts, líiâo, Ho Tom. I<br />

pa ®' H H j H I BSj medalhas de . Octávio ÃugUshfejJ<br />

0 SSr. Aragão, áuxília-nos'ainda ;tíotii,%3|guintes. ínfòr*<br />

toaçâes_, sobre a mbedà dé çòbre nb tempo do império'romano V<br />

«u System,i rto.nytariõ,.'éstabe)eiEÍdò para ai iAuiA« ¡fe<br />

eobre-durante a tepubltca deSappareceiÇ sétAv qsw- se saiba a<br />

Mio, &b tempo de Aupste; .âSsím, ;


N.° 187.<br />

981:<br />

H B R E 9 B H I BBBHI<br />

m MWBH^BH B f f l f f l l i 1 IS11<br />

/i'SL-^r 1 ' • ®un{>, L . liftde-?® g • nj i? HBB<br />

Mbettf IWeflal — Mfiw" 1 bmBR~gBtfe as U B S<br />

¡¡¡Hi " iSS « ' I<br />

O Snr TSix«lraJie Aragae nio'ft meaoi^na,<br />

N.° 188. —. MjMWBfeiCT^o.<br />

Di^gji WMI^MBSBIMI M l<br />

KdagSpPgSRfoo AuteliB, • i. •<br />

Ii i ttfe? JPJ r 1 ' m Tajfi HI<br />

altar orna< . " , iS-v J 1<br />

• Imperial H Ctraijifc*<br />

•V»»* 1 >>*|3iAeira. de Aragao (op. cit, Hi'/it+jj,<br />

Hjsjtira ri< H nnhada est ii r *VI L i". .Bf% iMitfe'.ii<br />

Marco Am i&ji'<br />

• N. 8<br />

H S I l FAYSTINA'Aa. Busto i direita — R«, \<br />

Mflgda IHiperlftKi rt..ij i i 78 da obfa do Sir,' Spi*61J9<br />

p Ataftp|l®ttal :i)9s: fSMi88 « SSgHltH^h'eSea I-<br />

*••'.•;!', ' d S t & l ^ j - t !<br />

HiH HI^^^Bffl^DHSSBSHR&SSnSSKafl<br />

9 2 s ¡175 de j. c.). ttecebeu os tituios de Augu: i • 9<br />

Hg'/'j-'v ' * " f - f r i S f i j i f i i i i i' 'V-jjih,<br />

l aiihuh'¿^.siilfl; ggmhi(itl«v fe seh irmao gerund Aflrmuno,. -<br />

Ai:::iit Vi'ro, ? ir-iiR* ill 1 l.uym *i


1008:<br />

N.° 190. fe- GORDIANO III, o Pio. -<br />

IMP GORDIANTS PIYS FEL AYG-. Busto laureado<br />

do Imperador, á direita. — Rs. / P." M. TR. P. IIII. COS. II.<br />

P. P. S. (j. /Apollo meio nú, sentado á esquerda, com o ramo<br />

de louro e" encostado á lyra.<br />

Moeda, Imperial. — Grande Bronze. Foi cunhado aproximadamente<br />

rio anno' 994' da fundação de Roma (241 da éra<br />

christã). Entrè as 45 medalhas ou moedas de Gordiano III<br />

descriptas pelo Snr. Teixeira de Aragão,- (n. 08 1431 - 1475 da<br />

op. cit;)j: não se encontrâ a que está exposta.<br />

MEDALHAS BYZANTINAS.<br />

N.° 191. —- ANASTACIO I? Follis.<br />

DN. ANASTASI YS. PP. AYG. Busto de Anastacio I,.<br />

com diadema, á direita.Rs- O indicio M entre duas .estrellas<br />

; . por : cima, uma cruz ; por baixo: A ; no exergo :<br />

CON. — M:<br />

Moeda byzantina. conhecida pelo nome de Follis.<br />

N.° ¿341 de Aragão, Op. cit., da qual extrahimos os seguintes<br />

dados sobre a moeda de cobre byzantina:<br />

« Neste reinado {de Anastacio /), começa a moeda a apresentar<br />

o typo byzantino, encontrando-se quasi constantemente,<br />

no fim das legendas dos reversos as letras numeraes gregas. »<br />

« Os antigos escriptores tinham noções muito incompletas<br />

e, vagas das relações existentes, entre as moedas de oiro,<br />

prata e cobre , byzan tinas, suas' verdadeiras denominações e<br />

variadas alterações %ue ellas soffreram no peso e valor. Estas<br />

alterações, principalmente na moeda, de cobre, foram em taes<br />

proporções de abaixamento .que nos demonstram qüe taes<br />

pèçás . pelã sua insignificância acabaram por não ter senão<br />

um valor legal.<br />

« Os termos de que se servem os auctores antigos, para<br />

designar estas moedas, são umas vezes gregos e outras latinos,<br />

tórnando-se difíicil reconhecer o valor que elles exprimem<br />

e sobretudo de os fazer concordar entre si. A esta


1009<br />

moedas, descobr j 11 .*/' efc " i *,*!?. liS<br />

¿S»'" qU< 'I 1 ' eX" 1 'V«SBG?\'' f ' . r •<br />

•^¡¡¡¡l<br />

« Parece que nos impérios de Honorio e Ar . li . S®<br />

deixou d e fabrlcar moeda de cobre de grande modulo. Zenão<br />

k Si.-, ii.'''-'. • ^ ^ ^ n ii 'vr-i I<br />

Li ^t^lí^jr I i raussíídr^ I<br />

Bi GfflBBi 1111 1 ''ítf^' 1 a'* 1 ^.!<br />

• sVD i uatro 1 B i' "-9 ^P 1 B3EE9Q .<br />

EeSme* a'JM% Sfi M iVíll<br />

Mkliíjã j^r" BE^B^D I 1 1 '<br />

do<br />

oriente ou do oçcidente, • assim' : a marca do valor era<br />

inscripta em caracteres gregos,ou latinos; exprimindo a unidade<br />

que pelas épocas se inténdia pordenarius ou nummium.<br />

«O dinheiro vem mencionado em grande numero de<br />

auçtores mas com diversas significações, designando a maior<br />

páíte das vezes uma pequena moeda de, cobre. Cassiodoro dá<br />

ao soldo de oiro 6.oóo dinheiros de cobré. Nos bronzes de<br />

M%íiricio, Foças e Heráclio encontra-se aos lados: da cifra as<br />

duas lettras N — M (Mummium), assim como pelas palavras<br />

decamlmmium- e pentanúmmium se designa nas moedas de<br />

cobre o conterem dez ou cinco unidades.<br />

. « Systema monetário de Anastacio:<br />

« Foliis, moeda de 40 nummias , e marcada M — XXXX<br />

II- O soldo de oiro valia conforme a epoça, entre 210 a<br />

180 peças de folliSi .;<br />

« Tres quartos, de foliis, moeda de 30 nummias, assim<br />

marcada A ou XXX. Julga-se haverem começado no tempo<br />

de Tibério Constantino, e são raríssimas.<br />

« Meio foliis nummus ou simplesmente numvius, como era<br />

conhecido no tempo de Justiniano, valendo então o silique<br />

12 nummias, — moeda de 20 nummias e marcada K — XX<br />

ou x. No século VIII eram chamadas estas peças, por Gedrenus,<br />

indistinctamentefoliis 6\x nummus, e.no fim do império,<br />

havia moedas a que chamavam eikosarion ou obolo.<br />

Decanummium, moeda de 10 nummias, assim marcada:<br />

i — Xãyv + v.<br />

' « Pentamimmium, moeda de ç nummias e-ássim marcada :<br />

E ou V.<br />

, 64


1010:<br />

« À unidade monetäria rturtimiuvt,) mittimus ou denariusnâq<br />

tom valor íhseriptô, havenijo'. aj|uns typeté de J^tiniapo I<br />

çGíií a cruz, o lefío,. õu a. letra M i:o reverso: e é<br />

provável que depois.d'este imperador ; deixasse de ^.r moedã<br />

effectiva, ficando moeda dt: coma. »<br />

Ò Sfír. Ararão contiriüa " ii s. u * iniporianu- c>fudrôfcop cit , n^s^éq), repete a mesma classificação Sjffl<br />

Aiífetticr para uni exemplar do C,aléñete .V.imisniat.irn de S. M.<br />

o fitlr. II: I.uiz I. . .<br />

.. Será o :iosso exraip'nr ¡delirio ;uw que íbrain apuntados?<br />

Não' podemos decidido, categoricamente; entretanto, compa<br />

rando-o com o'fai-siinile que òccorre em SaibatiêrípapeceríoS<br />

mui provável que seja idéntico j r<br />

'. A respeito' da moeda de eobire do. tempo de Justiniano I,<br />

(s MHBIIMmP • ÁÍagã,p' as seguíntes^ongidetações<br />

« Desde o anpo 539 , as mòèdas de copre de Justiiíianp<br />

apresentam o busto de-façe, no reyé®, geráiáénte.á esquerda<br />

do 'indicio, i inscripta a palavra ASNO, e á direita, a cifra do<br />

anno do reinado. A sua moeda de cobré é variadíssima em<br />

marcas de vaiòr, datas, lugares «11 f.ue foi tabriruia, e^í<br />

também a mais abundante do oriente. E possível haver cunhadp<br />

•»m todos fos trinta i jno&annos tio seu reinadâjmas não se<br />

tem encontrado além do 37." »'


1011:<br />

H j¡<br />

RUSSIA<br />

N.° 193. Cathawäa D<br />

W m W<br />

LCI<br />

•m •<br />

W<br />

In msammar- i ' a ^ m<br />

IP w j p i f ^<br />

m<br />

m<br />

h • ••••<br />

Legenda em caracteres' russos com o nome da soberana<br />

reinante. Busto de CatKarina II, á direita, coroada, tendo uma"


1012:<br />

tabscripcáo.:em caracteres «Mn/1 Bai.-^W^SMÍèíií^*^!<br />

a direita? sobre um feife^de trrgojtÊotoà^a, de "fer®, tendo na<br />

mãolfsquerda um 'éadud'éfsS^' 1 direita .estendida *<br />

|||||,friun3 tafiípi), no quaj: se vê Um homem guiando um, artíym<br />

puthâMo por dois..'|òis Em 'birna, sobie uma. íita., uma legeftdâ.<br />

atiiüa em eafaeíeles — -^Èf^ I-<br />

Tara as.legepdas do^anversQ'e reverso^para a^subscripção' 1<br />

do busto' de Catharma II, vídê $*j§mstmtle<br />

Belía medalha:, ^V* ,, ..k¡ ><br />

A l^fwieàa Ifeionat-pígte ainda medalhas russa®<br />

de prata, toí^*"mui bellas e« jíèefeitamente gravadas, Mitre as<br />

quaes selpoittam quatro dfi, Nifiojao I, cujOs bustos eáfao pti<br />

morosâmefifiíittfiá^tSSllas deixam de ser expostas pj.r 11.10<br />

existirem no mercado -JCÍ Rio de Janeiro sfeí.caraçteresjá®®<br />

ng0Hs¿rlos para a reproducçáa-das"l-1 ".ente<br />

- , • , í , - sua fanitádeí mmdíiy. abrirM<br />

fac-símile âu acima ãescriptri,<br />

N.° 194. — Ao Princjp D^etrio da Rússia.<br />

i «DÉMETR. PB15TC. GAL1TZIN.-CATII. II. EVS®<br />

IMP AI> AVL OAlJOBATOK Bustodo PrinAe, adireit^,<br />

ífRs Figura dí Pallas a dirèjÍÊpolhando "para uma oliveira,


1013:<br />

INGLATERRA<br />

N.° 196. — ExpgSçâo Uniyéfcáí de LondrtH<br />

em 1S62<br />

No centrc • I e vol 1 1 j 1 esq 1 I<br />

com a mão esquerda sobre o escudo da Inglaterra, tendo na<br />

5 XL'. 1 1 . corôa de 1 ' 1 , i., / JJ -jy.lj<br />

i^gB 't ' 11 , J '"Sf " ' mi" 'nl^HHj<br />

K « f l ^ I r £1<br />

— lis- No centro de uma corôa formada de dois ramos de<br />

B5íf.-*iríaR 1 wiliai MHMHBB :Hogpítia<br />

m i b h ] -. » 1 î i c. w t o n rass?-- m<br />

B • - -<br />

• ¡ U j ^ S B A E G W M> Jf. "DIAZf.DA CEIJZ<br />

^^HHI<br />

O exemplar exposto é um verdadeiro primor.<br />

I'* » I l a<br />

1 ^^^ j 1 1 I ^Vf 1 " 7 «¿1<br />

os cont * • £ 1<br />

de carva ^ TH<br />

L. 1<br />

' ~ H ' < í k . .da de-íím ¿¡i ri, T 1 n<br />

FRANÇA<br />

N.° 197. — Moinho de Bazacle fundado em 1150.<br />

BgjvJCWjIN ® l À ® | l PONDE E»<br />

u Cruz c m . • r v y !<br />

entre duas rosetas .— TCfCrÈOUSlS * "g<br />

ca v s "jf. i ^ | j. 1Kp^^ r s » .<br />

m H H H \ l'.NET — Aí •«<br />

Na borda 1 I I ¡¡TraHi II II<br />

N.° 198. — Jc&.Gutenberg; — Exemplar dd3|8|<br />

ries \ fl ! / SÍjS^SK " í " ' 1<br />

. J OH Í.NNEJ3 GUTTE « B E RG *iM> ffiÉÉjHHBB<br />

reita, tendo por baixo : GAYRAItD F. — 1TUS / MO-


1014:<br />

HHUHIIN"&EEMANÍA / AN. MCCCC. OI1IIT AN; !i<br />

WMBMBHHIIWBWMiWUMliMiUliiJIMawairai UNI-<br />

VERSALIS VtBOBUM ILDUSTBIUM. / —— /M,DOCC.XVIII.<br />

/DUBAND EDID1T — A<br />

Na" borda lê-se": MONACflll (MitMch).^'<br />

É des|ie*Sçssariò' justificar o lugárqüeoçcupa esta medalha<br />

na vêxpçsiçaoí — o biisíõ de Ciuttniierg ahi devia :\v.;rar ir.<br />

t-or.lêsUiv cimente. Neste catalogo, o ti." i


X0X5<br />

As datas do nascimento e-morte de Camões, que óccorrem<br />

no reverso d'esta, medalha, estão erradas. Segundo a maior<br />

probabilidade, o poeta nasceu em 1524, e, pelo documento<br />

: encontrado pelo Sfir. Visconde de Juromenha, é hoje incontestável<br />

que falleceu aos jo de Junho de 1580. Vide as medalhas<br />

n. os 212 e 2i 3 d'este catalogo. ;<br />

O Snr. Lopes Fernandes, na Memoria das medalhas e condecorações<br />

portuguezas e |das estrangeiras com relação a Portugal,<br />

Lisboa, 1861, sob o n.° 102, dá noticia de très copias da medalha<br />

exposta, gravadas e cunhadas em Lisboa no anno de 1830 ;<br />

« Ensaios dos gravadores na casa da, moeda de Lisboa,<br />

em 1830.. '-— Os Srs. Francisco de Borja Freire, Luiz Gonzaga<br />

Pereira, e Caetano Alberto Nunes de Almeida, pre.tendentés<br />

ao logar de primeiro gravador de cunhos da casa<br />

da moeda de Lisboa, fizeram para este concurso, no annó<br />

de-1830; cada um dellès, : uma medalha com 9 busto de Minerva^<br />

e alguns emblemas allegoricos. Não agradando ao governo<br />

os § emblemas destas medalhas,. se lhes ordenou que<br />

lavrassem .outras, e que fossem em tudo similhantes áquella<br />

que - sé publicou em Paris, no anno de 1821, gravada por<br />

Caqué, e dedicada por Durant ao nosso poeta Ltiiz de Camões,<br />

sendo uma das que compõem a — Serie >Numismática Universal<br />

dos Homens Illustres, —<br />

« Cada um destes très pretendentes gravou esta medalha,<br />

pondo lhe nò reverso a mesma data de 1821, como se achava<br />

no'modêlo, abrindo depois o Sr. Freire outro reverso para<br />

a sua medalha, pondo-lhe a verdadeira data de 1830 em que<br />

foi gravada., com o qual se cunharam alguns exemplares,<br />

sendo esta a màis perfeita das très então cunhadas, as quáes<br />

existem na nossa collecção. »<br />

. Quanto ás razões pôr que esta medalha está classificada<br />

entre as francezas, vide o numero antecedente.<br />

OfFerecida pelo Snr. Conde dê Iguassu.<br />

N.° 200. — Visita do Infante de Portugal D. Miguel<br />

á Gasa da Moeda de Paris, em 28 de<br />

Julho de 1824.<br />

DOM. MIGUEL INFANT. DE PORTUGAL VISITE<br />

LA MONNAIE : R. LB DES MÉDAILLES. No centro, a esphera<br />

com o escudo de .Portugal, e em cima uma coroa de<br />

H principe. (Armas -do Infante). Por baixo da esphera : —<br />

BARRE F. e no exêrgo; 28 JUILLET 1824 — % »<br />

RUM. GEST. FIDEL ET. JJTERN, No centro, uma prensa


1016:<br />

monètaria, tendo á esquerda uma mnlher gravafido em uma<br />

pedr.i ãpuiad.t jsftílho esquerdo : e á direita, outra mulher<br />

®m «ma moeda na mio ftquerda (Albeg^riaf a gravura e<br />

cunhagem das msfcda^} Por baiicrí jE A A I,<br />

(JEert Auro Argffflr Wlando, Btiâmdp)-^M 41»»<br />

Vem descripta, cbm o fae^mtle, pêlISsfir v LoT>es Fernandes,cit<br />

, n.° 96,' "i<br />

Como bem observa o mesiçio autor, "as'abrWiaturajs quç-<br />

Se encontram no reverso sao Semelhantes' as^ usadjjknas me<br />

tlãlhas romanas.<br />

N.° 201. — Medalha cunhada em honra de Jorgè<br />

..Canning,<br />

, . GEOEGE CAN NIKS Bustó a'eS(/aerda, tendo bS<br />

jBixp i .GALLB F. Es. No'centro de um 'eSe'uIo; I.I-<br />

BERTE /CIVILE / ET/ BÉLIGlEtteÈ./ DANS l.'CNl.<br />

VEES. I -----/182?.,apor cima: A i.ACOXtXÍÜUK DBS<br />

PEUPLE.S. — jffl. jjiuai.<br />

N.° 202, •—; Inauguração'.daí Capella de JS. Fer:<br />

nandòj l#antada ein memoria dö Duque<br />

Orleans Fernando, ^ilippè • Lulz,<br />

k k k m x a n i ) PHILIPPE L0UÍS JÇÜ1 nóÎ^C D'ORi.KAN'S.<br />

Busto' á direita, ,ÍCM()(> por hajlój' UOÜRKI. K..<br />

— Es, «'HAPKl.lJi .SAINT FÎBftDÉfANÈSiSÔÛSîL'IN.<br />

VOCATION DENOTEE DA M K ' DK i..V (.'UM PASSION .<br />

-VisEâida-.Capèliai.-íerido"^*^'® > BÖB'ftELi;S;:®eita:<br />

JH4-I. IV»r b-ös-o: KI.KVKK A LA- MÉM0IEE / DE'SilA;<br />

B. L. F. « I>I-0 D'Oli'l.KANS Plil.NCK KOYAI. /<br />

in.vrxariiKi-; i.k n ,i(;ii,i.kt»isí;í.•/ — m.-<br />

_Na -borda d'èsta medalha-lê-se ta- CUIVEE. : •-'';<br />

N.° 203. — Çonsjiho .Municipal da Communa<br />

de l-a. Villete no departamento do Sena:<br />

Nq^mrojfHima qorôa, formada de dots ramfj dê'eaagj<br />

valho. ''unii||ltí®j üm cacho de uvas: GONHEtJá / JIÜSTI<br />

ipPAL-fe/lSá Por cimr * OOtfMüNBDB LAYIL<br />

LETTE *; k.potbaixo: I)EPABTEMENT DEM SEINE.-<br />

-- '«»• %'|iíu ,|scudo, tendo • 110 -"centro, em çampo vermelho,


1017:<br />

«ma embarcação antftiiBom a vela enfuftlSÄ P


1018:<br />

por detraz da segunda, d escudo das armas-da Belgiçá, encostado<br />

a J uma êdlumnà que.tems as. lett-ras L, G.aos" lados ;<br />

no meio, a terceira, mïilhci cóm um i imo de oliveira na mão.<br />

direita, toma- pelos - hombrós as 1 , duas ' outras- conçliegandq-as<br />

como què pára as congraçãr. Nõ exergo : 19 ()( "rOBRK 186||s<br />

SUISSA<br />

N.° 207. — QuinqüagSsimo anniversario dá reunião<br />

do Genebra í'i Stiissa.<br />

No centro; duas L mulheres abraçadas, representando á<br />

Suissa e Genebra, tendo em baixo, - á' - esquerda: — ¿\NT —.<br />

é á direita : BO V Y. —Por 'baixo dã mulher que fica a direita:<br />

DAPRES DOBBR. P.,r i:i:in, :• esquerda: - - o l'N<br />

POUB no re:r.n,. uma 'eM rei la; c á dire*!üi|sl--T< H'S<br />

POÜR ÜN « . No exergo : 12' SEPTBMBEE 1814.<br />

50-M ANNIVEBSAIBB DE LÃ EÉOT10N ,BE,<br />

GBNEVB A l.-\ SI'ISSK. : -.X',íi centro de um.' oorôaVds: carvalho<br />

: — CÉLÉBRÉ/A GENÈVE/ÉE -12 SBPT. 1 "/1864/;<br />

Por baixo, uma roseta. — Al. 47 tnm .<br />

AUSTRIA<br />

N.° 208. — Exposição . Universal de Vienna em<br />

1-87-3. Medalha de mérito. '<br />

BRÃNZ JOSEPH 1.. KAISER VON OBSTERREICH<br />

KÒEN1G VON BOBHM.BN ETC., APOST IIOBNIS<br />

VON -UNKABN — Busto laureado 'de Francisco JÓsé, á direita,<br />

lendo" 1 em baixo : J. TAGTEHHAYN No" exeqgS, uma'<br />

estrelia, — Es- Á dirciu-, u:iu! mulher, .em pf,'. cóm a ronuicopia<br />

da abundanoia, entrega ¡:n;u oròa-de iouro a uma-outra<br />

que está sefttáda, á :ésquerda, èom uma roca ;/ no centro, ::r.:<br />

homem: em pé, tendo na mão direita • uma coróa 1 de-louro, e:<br />

a esquerda: descançada . sobre: um nuirtilio apoiado em s::i.,<br />

bigorna. No fundo, á direita, nni arado. Por cima; W ELI-<br />

AUSSTELIjUNG 1873 WIK.V: g p,,r baixo: DBM /<br />

VEBMISFSSE. p ^ « .'•••;'.<br />

Esta medalha foi perfeitamente gravada e cunhada ,cpm<br />

esmero. 0' bu-uo, muito saliente, 'está bem executado.


1019:<br />

PORTUGAL<br />

N.° 209. — Nossa Senhora da Conceição Padroeira<br />

do Reino de Portugal.<br />

IOANNES. IIIL D. G.PORTUGALLE. ET. ALGAR-<br />

BIJB. REX.Cruz da Ordem de Christo, tendo no centro o';<br />

"escudo das armas de Portugal, e por cima a corôa. — Rs<br />

TVTELARIS. REGNI — Imagem de N. S. da Conceição ^<br />

tendo por baixo a meia lua sobre 0. globo com a serpente e a<br />

data 1(348; dQ.s lados: o Sol ;, o Espelho; o Horto; a Casa de<br />

Ouro; a Fonte.Selada • e a Arca do Sàntuario. — iR. 40^.<br />

Vem descf.ipta. por Lopes Fernandes, sob o n.° 15 da sua<br />

Memoria das medalhas ' e condecorações pórtuguezas e das estrangeiras<br />

com relação a Portugal, Lisboa, 1861, in-4. 0<br />

0 mesmo autor nos fornece a seguinte noticia:<br />

V\ « Nas Cortes celebradas em Lisboa no anno de 1646, declarou<br />

o Senhor D. João IV, que tomava a Virgem Nossa<br />

Senliora da Conceição por Padroeira do reino de Portugal,<br />

promettendo-ihe em seu nome e. dos seus successores, o tributo<br />

annual de 50 cruzados de ouro, Ordenou que os estudantes<br />

na - Universidade de Coimbra, antes de tomarem algum gráo,<br />

jurassem defénder a Immaculada Conceição da Mãi de Deus.<br />

Consta do registo da casa da- moeda de Lisboa do L. 1, a<br />

pag. 256 v., que Antonio Routier foi mandado vir de França,•<br />

trazendo um engenho para lavrar umas medalhas de ouro de<br />

22 quilates, com o pêso 12 oitavas, e outras similhantes,<br />

mas de prata, com o pêso de uma onça, dedicadas a Nossa<br />

•¡Senhora da Conceição, as quaes foram depois admittidàs por<br />

leWcomo moedas correntes 5. as de ouro pòr 12000 réis, e as<br />

de prata por 600 réis.<br />

. « Estas medalhas são excessivamente raras, e as que temos<br />

visto cunhadas são as reproduzidas na casa da moeda de Lisboa<br />

no tempo do Senhor D. Pedro II, e vem estampadas na<br />

Historia Genealógica da Casa Real, Tom iv., Taboa EE,<br />

Fig. 1. »<br />

O nosso exemplar pertence ao numero dos últimos; é<br />

apenas uma reproducção fundida sobre a medalha primitiva;<br />

nellé mal sé percebe a data 1648 sobre . o globo, a qual se<br />

encontra no fac-simile e descripção dados por Lopes Fernandes.<br />

A medalha,, e depois, moeda da- Conceição vem apontada<br />

pelo Sür. Teixeira de Aragão, na sua Descripção geral e histórica<br />

das moedas cunhadas em nome dos reis, regentes e go-


1020:<br />

vernadopès de PoifâOf Xisboa," 1874 -80, né T0111. tg n> 13<br />

ado & D J&o ^''Segundo o mesmo autor S<br />

0a- freço .^tinjativo «tuai é 13Í500 is. fortes,<br />

N.° 210«- Medalhapíi»hada em honra dó Mar-,<br />

qnez de Pombal.<br />

SBB • JOS: DE ÔARVA^HO B MELLO MARCH *<br />

DE POMBAL. Biislo do Marqugíde PombaL-',cç»i grantiá<br />

íSMleira, ádireita» — Rs- HAgS;'MEÍRi l.ABolíl .M. .ÉjJ<br />

SM^PpWs&sl^®I pe, i direita, com as dividas eSp^jos<br />

do valor, porr^^vl^^^^uro' áV-ícídád^<br />

-deLisboa, sentada a èsqjjérda a voltadaparadireí^tendo<br />

,na. cf&eça uma


1021:<br />

Sil BIS ! "I" ' ' loároâ<br />

presentaçao, com vinte e quatro condições, assignad • elos<br />

E g í f - fr -jBrP-'V' tpf HEflHfl<br />

Antonio Lopes / "Ç- H v a M f f ^ B ^MM M^H^^HM<br />

pSffiit'. y* . w * «<br />

D - ' go de Si • T« I • [ \|j„<br />

"g^ WWWU ' 1 vflïi 1 6 i»iAltò"d#<br />

L Ijffit j, i l i i ' r<br />

quaes pe< > «> l * ' tl BMBMBHI<br />

• j j B S m 11 • H H f f i RBS/» I I<br />

' para as fiações e -torcidos das sedas ' n duraria doH^<br />

D B m m a * rs<br />

concedend lhe ml<br />

°- "tos privilegios, e entre elles, aos fundadores<br />

a merc6 do hablt0 de<br />

' Christo, e a todos os capitalistas<br />

H D ^ B i j / n ih _i i I i<br />

admittidos aos empregos honoríficos, não exercitando empregos<br />

.'St «¿¡¿¡*'' 1 1 ^fF 1 ' i ' i' . ' li" WBBHi<br />

f om as armas que tenham a figura de Paraphilia, que se diz<br />

1 v- 1 ', V 11 i i i ><br />

cunhar umas mesma' f^ura,<br />

crescer a JTr 1 1


1022:<br />

N.° 212. • A Camões já. Sociedade de Qeogra,<br />

phia de Lisboa por occasiào isçf»* terceiro cèn-<br />

, tènario de sua morte.<br />

>OE MABEW,NUNCA D'ANTES NAVEGADOS. Moí<br />

centro, a espfiera com o escudo de Portugal, tendo por. baixo,<br />

á esquerda : — L. 0. INV. — ; e á direita : O. L. GBV.—<br />

Es- A /cflAMÕES / A/SdCIBDADE / DE / GEOGBAPHIA<br />

I DE / LISBOA / MDCCCI.XXX ; * ;. _ JE. J 0 >/,»». ;<br />

N.° 213. — Homenágem a Camões no terceiro<br />

centenário cíi sua morte.<br />

Busto laureado de Ca:ujeü, á ecniernn. lendo por. baixu:<br />

J DE SOUZA. Em cima : — A LUIZ DE ÒAbLõtS^-Sií<br />

em baiiw.,: — MlKXIY-MDLXXXHfcigs/ -Noa^ídè;<br />

uma coroa de carvalho e lomo slj-P UOGi iEDÍOIv.—Sprio<br />

meip de raíos. fár cima : • «DIZEI, QÍJE OLHEM A MIM,<br />

CEEEÃÕ A ELLA»: ^or ítaixo; MD®CLXXX. Sobre uma<br />

lita, que se eiirola na cor>>*..o3 seguinte* dizeres; ou-esquerda panj<br />

a direita ::—UNIV.EEgS 1537 —; — SEEOES LX.'/151311<br />

A FÍSICA / 1547 — ; — ÍNDIA / I55%--';r-^.MBGON /<br />

1558 —VOLTA LX. / 1570 — m LUSÍADAS f líT84sf<br />

— MOETE LX. /. JUN. lf. g|L® 76 ff».<br />

ITALIA<br />

N.° 214. — Restauração da Basílica de S. Pauló<br />

em Roma.<br />

Busto dé Pio iXâèsiméida, tend o à ;èsd uérdáMB- PIVS' IX<br />

o 'direita : í—PONT. MAX. ^fiSTo efergòrt - - I. BIANCHI<br />

F. — lis. iPIV.S. IX. Pi: M. ISAKfl.ICAM. PA V 1.1. APOSTÍ<br />

AB. ÍN


1023:<br />

f d dl u in Verdadeiro prilti&r de ar^e ® bv&l<br />

está perfeitamente gravado. No reverso o effeito da perspectiva<br />

tra. eJãSt, 1 ' ' H | i i | -V-ã •<br />

' r " * 'sição 1 !<br />

"i ÉÍ^SÍBm § PedrM<br />

Augusto.<br />

N.° 215. SM®alhá?âniha?la empara de ¿Sí Mayr<br />

^^BP^-ttonizetij^. "-s ""."j," , \~i'" ' :<br />

.VASDIJE.SQÍENNI-ÓNORANZB A MAX&BBÔNI--<br />

•zm-rigEllCUMO 7BRH l| .'Dotóetti," â<br />

f,"!.,' 1 1 | i ta> l^NIZETÍI — Rg<br />

•! • ' i - " - H e S M !'t t.l A 1)111 I "ti<br />

• MAY.R — jffif |3||w'<br />

AMERICA<br />

KSTADOS-UNIDOS<br />

N.° 216. |lSSt!enteiiario


1024:<br />

na riião direita.* èrgueo braço esquerdo para o céo, onde se<br />

veem as estrellas da • União ' radiadas. Por baixo *: 1876. —<br />

Es- Na orla: IN COMMEMORATION OF THE TICJN-<br />

ORÈPTH ANNI VERS A RY OF AMERICAN INDEPEN-<br />

DE NCE. No centro, a figura da republica, com os braços<br />

•.abertos» - corô*-- 'düas mulheres que .estão a seus lados, cercadas<br />

Se. emblemas das artes mecanjcas e iiberaes. Por baixo : 1876.<br />

No èxergo§ ACT OF CONGRÈSS JUNE 1874. — M 57<br />

O anverso d'esta medalha é o da anterior ampliado.<br />

N.° 218. — Exposição Internacional de Philadelphia,<br />

em 18/6.<br />

Dentro de um circulo dê estrellas, cortado por quatro<br />

pequenos, medalhões ova es, representando à America," Europa,<br />

Asia-'e^ Africa,. uma figura' de mulher, coroada de louro, sentada<br />

a'direita evölfeda para a esquerda, com o braço direito<br />

estendido segura Uma corôa de louro, e tem o esquerdo apoiado<br />

sobre o escudo das armas dos Estados' Unidos da America.<br />

A seus pés, instrumentos d'acte; e, no fundo,? á direita* uma<br />

fabnca. No exergo : HENRY MITCHELL, DES. & SC.,<br />

BOSTON. U. S. A; .— R8. INTERNATIONAL EXHIBI-<br />

TION / PHILADELPHIA, MDCCCLXXYI. Dentro de uma<br />

corôa de loüro e em lettras inciisas : To / Capt l . Luiz de Saldanha.<br />

\_Naval Attachë, j:{for Services. I M . 101 l l2 mm :<br />

M 16727 do Cat. dd.Exp. de Hist. do Brazil. Foi offerecida<br />

á Bibliotheca Nacionâl pelo Sr. Capitão de Fragata da<br />

Armada Imperial Luiz Philippe de Saldanha da Gama.<br />

N.° 219. 'pr Idem.<br />

Dentro de um circulo de estrellas, cortado por quatro<br />

pequenos medalhões ovaes, representando a America, Europa,<br />

Asia e Africa, uma mulher, coroada de louro, sentada á direita<br />

e voltada para a esquerda* com. o braço direito estendido<br />

segura uma corôa de louro, e tem o esquerdo apoiado<br />

sobre o escudo das armas dos. Estados Unidos da America.<br />

A seus pés, attributos das artes ; e, no fundo, á direita,<br />

uma fabrica. No exergo: — H. MITCHELlj. SC.


1025:<br />

- Iis- JKrlBjMTIÖm©; BÖffimÄÄÄiiADai-<br />

SffÄ, " B l l » ^ » ® ' » ^<br />

§ § « a r j m ¡ i > b ä ^ w j t e d m b h a h m h i m u w i f f i b l<br />

œÔMMlSS^i^pîf. M ¿6«« I H H j I 74<br />

^^pro&so doesta nsldaflia o mésijlo da präSerrtc rí<br />

n Sí' 1 ;,/I^^Bj^^^^^WmWHEWHW^WjtBBHSSw<br />

BOLIVIA<br />

N.° 220. -r Homenkg-lta do Municipio dé Po'tósi<br />

.jfe^ijibertador D jo?é?E. Ä' Gçy.eneche.<br />

• n m n emaíj-ÜeL a ^ y e i j e c h Ä b e '<br />

¡^sjgpi®^ "-'.*. ;<br />

P M P T A T W ^ S BA,' ifpfla;: - M Ü ^ J P T O Ä Ä Ä T Ö ®<br />

»..'(ÎBATFLATIOIÎBM. A S S Ä T O B I M L I B E K T A T I S :<br />

L'ATRL.K M L 1 '^-#—1 .SFFISÄTIETIÄ*-- Ä I I Ä Ä I T J M Ä A - '<br />

»#|te-:'MAGíis •pSiSöB tfEttijpÄjäM<br />

.ÏÂSÂÂBÔÏ'NTl Ki-V Ö A^tt^fflSl^feÂíiMí ft,<br />

« M P ^ Ï B I >M¡ H Ü A ^ O & E V - P A G A B A , A T ® »<br />

p w i s i ^ í p p b i i ® spbibsï» po-'<br />

TOSI, P A G A B F E A Á S L M B A , B T S F E H U Ä Ä I-ÖÄ, IMÍJ<br />

¡PTOÏTTJII C ^ M I É T Ã 7 L'O-<br />

FFGLOBÖM, LUBITJM, /.BT B E S S ® JK. B P S :<br />

N.° 221. -dg Inauguração da Casa da Moeda a<br />

^Bsjír^t Botasijllm i%6g.<br />

•BLITIA TIENE CBEDITO £0R LA PAzRbusto'<br />

á es .^1. ! , ifcjifitoJii~ M ('; ®g. ilIB^te^ LA<br />

BALEIA ^&BADECIDA AL PBESlBMTB « e imP<br />

i|g|i|—MELGAREJ-O / POE.Ulí INAU&rBACTON J<br />

H B H n g m r a n H dtbee n<br />

i -


1026:<br />

REPUBLICA ARGENTINA<br />

N.° 222. — Exposição <strong>Nacional</strong> de Cordova em<br />

I 1871. /<br />

Uma mulher v coroada de louro, sentada á direita e voltada<br />

para a esquerda, tem na mão direita uma corôa de louro,<br />

e o braço esquerdo apoiado sobre o escudo das armas da<br />

Republica Argentina. Á esquerda-estão-duas mulheres em pé<br />

e uma de joelhos, que apresentam os attributos das artes e i<br />

da agricultura. Por cima :|j REPUBLICA ARGENTINA ^g!<br />

e por baixo, em uma fita enlaçando um arado: r— EXPOSI-<br />

CION NACIONAL EN" CORDOBA (em lettras incusas).<br />

Nq exergo: J. S, & A. R. WYON ÍQ, ^Rg. No centro<br />

de uma corda S E m ^ B H M W i I (K)IIIKKNO 1<br />

A UC KNTI SO I MAJO I,A / ADMINISTRACION'BE M<br />

, P.r\SAÉMISiNTbfí^®in cinlàí LIBEBTAD» Y. TEA- 1<br />

bajo, pa?Wge: año .\ti>m;i;X,\i. — m• 1 1<br />

N.° 223. — o Munlcipio de Buenos Aires :to Kbertador<br />

Dom José de San Martin yor occasiâo<br />

do seu eentenario.<br />

IL PTJBBLO AGRADECÎD0 AD L1BEETADQR D."<br />

JOgfl Dlv SAN MAUTJ.N .'EN Ht' CKNTEXAIMO «<br />

Busto de San Martin; & dirèita, no mel.o ds-uma corôa formida<br />

de dois ramos de lonro — Bg EL MTJNIOÏPIO DU<br />

mri'.NOS AIlîf.S Al. GRAN®PITiNDB I.A l.\'l.«;<br />

1 ' K X l> K X < ' IA A M K 1( H : A X A * . Dentrordi^<br />

mar coin dois navibs e ntna ancSrk "^fcr bafflw 2d DE PE-<br />

BEBBO DE 1878,— v® 34 V»% ms .t<br />

N.° 224. — Exposição Continental, de Buenos/l<br />

Aires,


1037:<br />

— Rs. Escudo oblongo, tét8S'l®B l íÍB-V ÍNA-Ü.GGfikEA<br />

t^XiRV DE •njgpry.M « t X X I U ,' li<br />

que^raSiaaí': na patte-:sftperior, no£e j 1 '<br />

Vle^^lrsóâ çstadós da Am«ríçãf||àe3®o, a parhTáía/,»»'.<br />

N.° 225. B:Exposição Continental tltr- Buenos<br />

! Aires, ilgS<br />

-- Arnias da l\t:pll'>!i


C é>/ a/é /a Sfflmbn<br />

la jBiblioleca <strong>Nacional</strong> ' Jíio de Janeiro)<br />

' Qflan ^íé/mo fot su càldloffo de la historia del Brasil<br />

acueiaa * e¿/e Wmú 'or/ia<br />

o&eitto \<br />

en 4 'SadoMcÚM 'ëonùiitnfa/, ~fe/Áticái fot ' o/ ^Áf^í%c¿u¿lát/ ¿ye<br />

W. 'JÍ/tyaclónaf' e/ ano.<br />

, o» Jw«&< ¿JMety, diciembre 29 de<br />

PRESIDENTE DE LA REPÚBLICA<br />

Julio »S*. 'Jíoca ' : . >/.'-'<br />

A. A. Oalro : MINISTRO DE HACIENDA Andrés ¿amas<br />

PRESIDENTE DE LA COMISION INSPECTORA ,/, de l't l'laza PRESIDENTE DEL CONSEJO DE/JURADOS<br />

PRESIDENTE DEL CLUB INDUSTRIAL ARGENTINO<br />

J .fïnrtf/ue C'-riei/<br />

' 3 LITOG.» A. PHCH, 76 Bolivar-HTJKNOS AIRE». .


1029:<br />

MOEDAS JS'STRANGEIRAS ^<br />

EUROPA<br />

INGLATERRA<br />

N.° 227. — CA^LPS. I. _ 1/"" s , „<br />

KABOLVS D Jfe MAG BB PE: ET Hl EBX 4<br />

Busto, de Carlos L coroa f T ^lifâHpgdí,- tendo 1<br />

#raz um X — Eg. -®'V;ft®B»STi:DEVS PBOTESÍT<br />

Escudp das armas da ínglatena còm a Égréã^jjAA.<br />

N.° 228. — COITEIS I. — Um Stiilling.<br />

K> s CABQsLySSB G M.AG BBI. Kli. ET. III. HKX.<br />

Busto^de ^Carlos I, ç^adgi|i||m manto, á esquerda, tendo<br />

gtraz: XI.— Bs. fllHBISTQ AWfacE EEGJSTO, Escudo<br />

dás .armasJga Inglaterra, . téiído-: á 'ísõuerda cjil<br />

á direita K. — ,-H.<br />

N.° 229.G- C J L II. — Üotô^,<br />

[•3AÉOLV8Í II. DEI GEATIA. BustoMg Carl


1030:<br />

N . " 2 3 1 . § - ANNA. — Um Shilling.<br />

tfpírNA. jffa. GRATIA. Btlnto da : aferi®<br />

Sr||.5 MAÇ, BRI. PR.' ÉT., EfB. ;:0#i.l7-jJ.<br />

'Muáíro ifspudfe^pbroados da Inglaterra, Irlanda,'*" Kscpsmá e.<br />

França, formando utnà (YúzH- .11.<br />

N.° 232. —> JORGE III. —• Dollar ou Cinco ShillinÁ<br />

èBORGIÜS III Dfil G-RA.T1A ÜBX. Busto laureado<br />

de jòrge HUÍ-è direita. — í?s. Dentro de 1im .oval, tendo em<br />

cima: FIYB SHIL-LIN6iJJ|ge&; Sá&o r DOI.l.Ali. Uma<br />

mulher Ightada, á ||fquerda, tenciona mão direita um ramo tTe,<br />

oiiveira.- e' na esquerda uma lança. A direita, |M:s


1031:<br />

FRANÇA<br />

N.° 235.—Luiz IX. (S. Luiz,) —Grosíournois d'argent.<br />

/ No centro, uma cruz, tendo em volta: XjYDOVIOYS.<br />

REX ; por fora, a legenda: BNDICTY 1 SIT | NOME :<br />

D N I : N E I ; D E I : IIJY. X P I — RG. No centro, um<br />

castello tornez com uma cruz, tendo em volta: T V R O N Y S .<br />

OIYIS >$(. Na orla, um circulo composto de doze flôres de<br />

lys. — M.<br />

Esta moeda vem reproduzida tm/ac-simile no Glossarium<br />

medite et infimce latinitatis • de Ducange, volf iv, in-fine,<br />

fab. vi, n.° 14.<br />

N.° 236. — JOÃO II. — Escudo.<br />

IOHANNES : DEI.. GRA ... FRANCORVM : REX<br />

No centro, o rei sentado no throno ; á direita, um escudo cora<br />

quatro flôres de lys. —Rs. XPO : YINCIT : XPO : REGNAT:<br />

XPC : IMPERAT No centro de quatro arcos com ornatos<br />

nos pontos de juncção, uma cruz floreteada, tendo três folhas<br />

em cada extremidade. — AT.<br />

Tem fac-simile em Ducange, Glossarium, vol. iv, Tab. ix,<br />

n.° 12.<br />

N.° 237. — Luiz XI. — Escudo.<br />

LYDOYICYS :. DEI:. GR ATI A:. FRANCOR :. REX.<br />

Armas de França, tendo de cada lado uma flôr de lys com<br />

uma corôa por cima. — Rs. XPO ; VINGIT :. XPC:.<br />

REGNAT :. XPO :. IMPERAT. (Uma pequena corôa). No<br />

centro de quatro arcos dobrados, uma cruz ornamentada, tendo<br />

nos intervallos quatro corôas. •— Al.<br />

Esta moeda é mui semelhante á que vem reproduzida no<br />

Glossarium de Ducange, Tab. xiii, n.® 1, do vol. iv; differença-se<br />

porém d'ella em alguns pontos.


1032:<br />

N.° 238. — FRANCISCO IS^P Estudo. i(Escúí:AU<br />

sóreiLj<br />

* rti.VMCISCVS DKtOliA: 1- liANCO: R.REX. F. *<br />

Armas de França. — Rs. >> Xl\H. YINCIT. XT*. RRUNAT/<br />

X L'S. IMKÉRAT. F. »Í. NO âsS^^ÍÍ^i^vie^ ÉM ¿¡jda<br />

extremidade uma fiô.r de lvs. e nos Intorv.ülos, em diiígoaa'..<br />

duas .flõrSs de lvs c dois FF. — A'.<br />

- No vol. IV do Glossariutoi de Düçarige, Tàb. xiY,n/i;,<br />

•occórre um fac-similc de uma moeda de Francisco I, — âeini<br />

escu au soleü, semelhante a exposta/A nòssá,pürém, nüoW^l<br />

encontra entre', às que ahi vem reproduzidas.<br />

N.° 239.— CARLOS IX. — Escudo.<br />

CARÓL VS.TÍIII. D., S. FIÍANCOIi. HKX .* Armas<br />

de França. — li.. (,'HIÍIST. HKCXAT. VINCIT. ET. iMl.».»<br />

1567 No campo, qtialro ílOres de lys tbrmando uma


1033:<br />

N° 242. — Lu¡4 XVI EsaMa,de"seis kíra£¡ír'<<br />

JLOJJIS XVI EOI — ¿ES PEAÑ^OIS .gabe?á do reí<br />

• K*" end® por balxi^ um leáo No exeV^o: 1792.<br />

E s --XÍKSÍÍE-I-JÁÍ TjA ÍjGB— -i. n ,-ft<br />

volt rdb para a di NftTI fi<br />

urna táfoíK um pedestal;<br />

A ^EpftSiiíT,' :im¡'i .íyrá* «.-.'.un teixc .dO/Yar.w c0m*?> barrete "cja<br />

¿lílkrdáde; áp|reií4j 'tíifi .gallo^P^Jettra A —. Par. baií||ffi—-'<br />

CAN 4 DE LA /LL BEETE.'^^ÁÍ. / -<br />

; em pucánge, G&ó&ariurr, Vój. iv, Taj\3*X!i<br />

N.° 2 4 3 . «s- LÍESLIIQUE V*. — JM^.PRANCO.<br />

HÉNEI Y ROI DE PBAÍ|¡E"''.eabe5ÍSd6 tei, a fej<br />

í^fv^- L A r m a s Fjan


Schlttswig-Holstein !<br />

1034:<br />

ALLEMANHA-<br />

N.° 246. — CRISTIANO VII. — Um RygsdalerV •<br />

CHEISTIAÑUS. VII. D. G. DAN. N'oRV. V. G. BE¿<br />

Busto do roi, à direita, tendo por Iwixn : I!. _ |'¡„ un'<br />

SCHILLING ÍCHLaS^. UuI,ST. OOtJBANT. 17 JI.7<br />

88./.Armas do Schleswig-HòlsMm,. tendttíà esquerda • — —<br />

á direita : — gMS-jB. .<br />

Rostock :<br />

N.° 247. — Sm Pfeming.,<br />

' Dragão^^^iaerdaMèndd gdr baíxíà : BOST. BH / ï'é »/<br />

Pr^IN0Í^I/,:No efetgq.y-.IHB: -<br />

Hamburgo:<br />

N.° 248. — Cinca Marcas.<br />

F B E I E UNI) H A N S B S T A D T H A,M Bi; HG. Armas de<br />

Hamburgo, tendte por baixü¡«J. -- Bo.I DEUTSCHE.S<br />

BBICE 187.6 *F ÜNF M ABE * Armas da Ailemanha. X- M.<br />

[ -Na borda ÇOTT MIT tîïîS<br />

Hannover :<br />

N.° 249. — ERNESTO AUGUSTO. — Um Thaier.<br />

Kli.N'ST AUGI'ST KoK.NIG VON H A N" S O V Kl!. FESTO<br />

do rei, á direita, tendo poir bíijco: —B. —B«. BIN THAÉEB,<br />

„ Armas-do Hannoveí,. tendo pôícffiS : —<br />

BEBGSBGBN DES HABZES ; e por 1tóxo : — 1K5|>. — M.<br />

Na borda lê4jí NIC ASPEBA TEBRENT.


Saxonia:<br />

1035:<br />

N.° 250. — FREDERIK AI.K;USTO V. — Urn. Thaler.<br />

FEIfiDfijCH AUGUST V. 6, G. KOUNI(5 V.<br />

SA0HSB5ST. IStintd do tvi, a direifa, Eendo por baixo : F.<br />

-Be. THALER XIV EINB B, M. 1,8.51. Armas<br />

. da^aw/lfia— JR.<br />

Francoforte:<br />

N.° 251. — Dek Theim.<br />

FJ!KIK STADT FEANkPtiRT, : Busto de miflfe, i di-<br />

WtaMndo na tase : — A. V. NQRDHEIM/— Rs- ZWEI<br />

VAEBINSTHALEB. XV Bllf PiTOD-- FBIif » 1861 H<br />

^mnis Va^i Fran|Efbrie. — JR.<br />

'•» Na borda 16-® * STARK ¿IM',» BSCttT<br />

... > Baden:<br />

N.° 252. ST^SB-D^ME FIEPEIAIS — TMTITADP<br />

ley. *<br />

. FKIKIUUltl GROSHERZde VON BA1 >KM. Hus'o<br />

BafWite. — Rd, JSIN VEREINSTHALER XXX flIN<br />

FFUND FEIN. 18-59. Armas de Baden. — JR.<br />

Wurtemberg:<br />

N.° 253. — GUILHERME. — GODDERH- ^<br />

WII.IIEI.M KQNTG V. VYUUTKMliKL«.!. Ku.to do<br />

rei, tendo por (?r, VOUiT. R*. Ar-raas<br />

tlbdp pot. Qxm., — GtlLDB» ;<br />

e po^^'Mil; 1847. — JR-<br />

J. -Na-fita, por baixo dq sscMft ariajse a legii|>tfa;iJWitto-<br />


Baviera :<br />

1036:<br />

N.° 254. — MAXI.MII.IA.SO JO.SK. — / W / . ,„;.'<br />

J>. G. MAX. TOS. ü. B. D. S,'=,R. I. A.-tBL Êí<br />

/Kusto r ..dçtraz, uni arado e cspig.is: ' No .'fundo,<br />

á esquerdâ, montanhas^- lí„. Nq centro díiuima coróa, lov<br />

mada dei K.iramos, um de.Târvalbo è -outro de fúmlSiP<br />

5 FE. / 187-1 /. 1'or liaixo : — B.:— M.- -';..<br />

N.° 257M- I)oü Francos.<br />

/ Pma mulher èm pé, coroada de espigas,4 olhando para í<br />

esquerda, ter.do na - mão direi:;!, unia 'lança,.,S ná! cs.p:erd.i um<br />

escudo com as arma« dà ÀSI|||8Í|BOS -.Íàiílgívintfe ¿ ' duas<br />

centro dc Uma ^pfti- fórmada • de dosí ramós|'-um de larvalmi<br />

e outro de fumo (|Jís.g2 FE / 1874 / Por baixo B.— JR.


N.° 258. —<br />

1037:<br />

COÍÍFEDERATÍO HELVETICA * isà^ - * Cif}Jaj/&<br />

i 1 i «Vll^^lSp m i adema; o qual a palavra ,*—<br />

LIBERTAS —Es neutro jñfé ufíia. \Qr^öä1g»rn>äda de<br />

V'f.v'ÀL ' "' "SSff — 10 No'peÄörgoB. —^<br />

Berne:<br />

N.° 259. — VwtetKréufç&Pp<br />

MC&ÎETA REIPf B BERNENSIS Armáflde Berne "<br />

— Es. : DOMINjÇS PKOVIDEBIT No centro de uní escudo<br />

formada^Qr duas paierai e ornamento® —2Q / KRET T I 1<br />

- ZEE. / 1756 /. — jK. I<br />

Genebra :<br />

N.° 260. — Vïnie i ,ír /<br />

" P.QST 'TENEBRAS IrfcxB-


1038:<br />

"•êfgundo o mesmo autor as.pjoédas dl; Óí João II eram<br />

m segumteí»- De ouro Gr&iSÁ> Jlfeffî<br />

/»Í/a,-a De prata: Real-, Máv Real; Ctnquinho. «De Cobre-<br />

Ceitil.<br />

O preço estimativo actual do ou' Meio Justo è<br />

^ogqoo reis fortes, u<br />

n.° 262. — d. jOÃO iii. -¿s.-<br />

lOAlSNES: III:'§|EX: POBTY: ET: ALGh- Aram<br />

do rejnSfeSRf: ;VSQVjKAt) MOETEK^ZELAÍOfi PIDEI,<br />

No centro, entra duas sstrallaE, S. Vicente em pé, á direita<br />

CP10 a palma e o navio.<br />

.Segundo" o Snr. Teixeira de Aragão .aá moedaf do reinado<br />

iffíSpàlb^lII. eram as sèguintír: Ije ouso; Portifguép^<br />

firmado S Vtcente,% MetoJ^JkiMe —De piatíO ToshM<br />

Meiot tostão Rea.1 oivintém Meio rea&iu .<br />

Ctnquinho, Real fortugxSmu ^ttfjwéS?," Real portHgueúwkI<br />

brado Ou quatro vmtens — De cobre Treütreaes<br />

Real;\'Ceitií•'<br />

. 0 preço estimativo actual da moeda-expiji&t* é 2í)íopíõi'réis<br />

fortes, Sèguaíto o mesmo autor, que a descreve Sota o fi-SS<br />

d'aqueUé h-inndo.<br />

n.° 263. — d. Sei'.astiào. — :rm Reaes.<br />

SBBASTIANYS: I: D : G PORT: ET ALGA RB 10-<br />

RVM. Armas do reino, tendo de cada lado'cinco pontos<br />

em fôrma de cruz. — Rs. REX, SEXTV9. DECIMVS. No<br />

campo, entre duas estrellas, um X, tendô por baixo cinco<br />

pontos em fôrma de cruz, e por cima o mesmo numero de<br />

pontos dilpostos da mesma matíeira.. iE,<br />

O Sfir. Teixeira de Aragão, na op. cit., Tonij ï, n.° 26<br />

das moedas de D, Sebastião, descreve um exemplar que só<br />

différé do nosso em ter no anverso, aos lados do escudo, as<br />

lettras L — G, em vez das cruzes de pontos que Se acham neste.<br />

No n4° immediâto da mesma obra se pode vêr a descripção de<br />

outra moeda do mesmo valor, tendo no reverso o carimbo do<br />

açôr mandado pôr por D. Antonio, prior do Cratò, em Angra, @<br />

etija. legenda está assim escripta s REX. SETVS. DEOIMVS.<br />

As moedas do reinado de D. Sebastião eram as seguintes s<br />

^ De ouro : S. Vicente ; Meio S. Vicente ; Moeda de ¿00 reaes;


1039:<br />

Moeda de 500 reaes, vulgarmente conhecida pelo nome de<br />

engenhoso. De prata: Tostão; Meio tostão; Vintém; Meio<br />

Vintém. De cobre: Dez reaes; Cinco reaes; Tres reaes;<br />

Real; Ceitil.<br />

O preço estimativo actual das moedas de dez reaes varia,<br />

segundo o Sñr. Aragão, entre 500 rs. e 2$ooo rs. fortes.<br />

N.° 264. — D. JOÃO IV. — Cruzado.<br />

IO ANNES. ÍXII. DEJI. GRATIA. PORTVGf. ET,<br />

ALG-. REX. Armas do reino/tendo á direita: 400, designação<br />

do primitivo valor. — Rg. IN HOC f- SIGNO -j - VIN-<br />

CES. — Cruz da Ordem de Christo com um ponto no<br />

centró' e cantonada por; quatço PP (Porto). Carimbo de 500<br />

com uma coroa por cima. ||| JR.<br />

As legendas do anverso e reverso foram postas com a<br />

nova orla e sarrilha sobre a moeda, conforme a lei de 14 de<br />

Junho de 1688, sendo que a do anverso apagou parte do<br />

escudo do reino.<br />

O exemplar descripto pelo Sñr. Aragão (op. cit. Tom. ii,<br />

n.° 15 d'éste-reinado), é differente do nosso.<br />

As moedas do reinado de D. João IV eram as seguintes,<br />

segundo o mesmo autor: De ouro: Moeda da Cqnceição ¡<br />

Moeda de quatro cruzados; Moeda de dois cruzados; Moeda de<br />

cruzado. ,— De prata: Moeda da Conceição ; Cruzado; Meio cruzado<br />

ou dois tostões; Tostão; Meio tostão; Quatro vinténs ;<br />

Dois vinténs; Vintém; Dez reis. — De cobre >. Cinco reis;<br />

Três reis; Real e meio.<br />

Da Moeda da Conceição aqui indicada a Bibliotheca <strong>Nacional</strong><br />

possue um exemplar de prata, da reproducção feita na<br />

Casa da Moeda de Lisboa no tem pó do rei D. Pedro II, o<br />

qual exemplar figura neste catalogo sob o n-° 209.<br />

O preço estimativo actual dos cruzados de prata d'esta<br />

época varia entré 2$OQO rs. e 4$ooo rs. fortes.<br />

N.° 265, — D. PEDRO II. Dez Reaes.<br />

PETRVS. D. G. P. PORTVGALL®. Armas do reinó<br />

ornamentadas. — Rg. ANNO SEXTO DECIMO REGIM.<br />

SVI. 1683. No centro de quatro arcos ornamentados e entre<br />

quatro rosetas: W- X —, designação do valor, |j| M.<br />

N. D . 28 de Aragão, op. cit. (Tom. it, pág. 48. ^v


1040:<br />

1 As moedaâ do reinado de D. Pedro II eram as seguintes<br />

i§- De ouro : Moeda; Meia moeda ; Quarto de Moeda.<br />

— De prata: Cruzado; Cruzado novo; Meio cruzado ou dois<br />

tostões; Doze vinténs; Tostão ; Meio tostão; Seis vinténs ;• Tres'<br />

vinténs ; Qnatro vinténs; Dois. vinténs; Vintém ; Meio vintém.<br />

— De cobre: —Dez reis; Cinco reis; Tres reis; Reale meio.<br />

O preço estimativo actual da moeda exposta é 2$ooo rs.<br />

fortes, segundo nos informa o mesmo Snr. Aragão.<br />

N.° 266. — D. PEDRO II. — Tres réis.<br />

P ETRVS. D. G. P. PORTVGALIiE. Armas do reino com<br />

ornamentação. — Rs. ANNO SEXTO DECIMO REGLMIN1S<br />

SYI. 1683. No centro de quatro arcos ornamentados e entre<br />

quatro rosetas III —, designação do valor. — M.<br />

N.° 30 de Aragão, op. cit, (Tom. 11, pag. 48.)<br />

O seu preço estimativo actual é 2$ooo rs. fortes.<br />

N.° 267. — D. JOÃO V. — Quatro mil réis. (Moeda<br />

de oiro).<br />

10ANNES. V. D. G. PORT. ET. ALG. REX. Armas<br />

do reino, tendo á esquerda: 4000, e á direita, quatro rosetas<br />

entre dois pontos. — Rs- * IN" * HOC * SIGNO * Y1N-<br />

CES * . 1707. Cruz da Ordem de Christo cantonada por<br />

quatro rosetas. — A r .<br />

O Snr. Teixeira de Aragão, na op. cit., Tom. n.° 3<br />

das moedas de D. João V, descreve um exemplar semelhante<br />

ao nosso, differindó apenas na data, que é 1719.<br />

As moedas d'èste reinado são as seguintes:,.


1041<br />

Tres vinténs; Tostão; Meio tostão; Vmtem. —De coljre: fi-iir<br />

R * • ; Real e meio.<br />

A moe ÍS #V° sta valla na B B rs , dinheiro<br />

*j||gi)jz« O* seu preço .estiínatiyo acttal é 8$ooo fortes, se-'<br />

gundo Aràgãò.<br />

Veneza :<br />

ITALIA<br />

N.° 268. — FRANCISCO , DA'N|ELO, Doge.<br />

Kl!A. DANDVI.O DVX ião daM§, a esSrerda<br />

-Ü8- IS; .MAJpVS, VENETL - Leão de® Marcos, em<br />

a Ííar.deir,!. .— ,1!.<br />

Fra >í^®Dàndolo foilSoge de Veneza* desde 1328 até<br />

-»«Hl<br />

N.° 269. — I.uiz Covtaiuni, I)oge.—Sequim.<br />

Christo á esquerda abençôg» Dogç-á direitasFquè-tem na;<br />

mão uma Sn»f. junto á qual estão' ém orfiem vertical as letras<br />

— D K ^ «Ms.VEFETí —; iiá direita: —<br />

X/VDOV. fONTÃfim. — EsSÈ&IS. ISTR..DVfA'SIT...<br />

M) resto da Mgend^fi&gàdâta. mutilada. MÍNo centro dè uma<br />

lisonja, Christo^ cercado de estrelas, aponta para o (íéo. — .V.<br />

Luiz Contarini J|m Eioge. de Veneza desde 1676 até 1684,<br />

tendasuccedido ;a. Nicolau Segredo. " .<br />

. " Estados da Igreja:<br />

N.° 270. — Paulo III, Papa.<br />

PAVLYS. III. PONT. MAX. Escudo das armas do<br />

Papa. — Es. S. PAYLVS VAS ELECTIONIS. No centro,<br />

S. Paulo, em pé, com uma espáda na mão direita e um<br />

livro na esquerda. —'AT. .<br />

O Papa Paulo III (Alexandre Farnese), governou a<br />

Igreja Romana desde 153^ até 1549.<br />

63


1016:<br />

N.° 271. — CLEMENTE XII, Papa.<br />

CLEM. XIX, P. M. A. IX. — Busto do Papa, á direita..<br />

4- "R*. Dentro de uma corfla formada áè dois ramos de<br />

louro: — I)K. r . Y T O . / K/KCIS / 173« /. — .V.<br />

N.° 272. — BENEDICTO XIV, Papa.<br />

BEN. XIV. P. M. A. IX. 1711.-^-Uma mulher sentada<br />

sobre nuvens,, tendo em torno .da. cabeça uma auréola, na mâo<br />

direita duas chaves, e na esquerda uma casa.—Ps- DE C/ELO<br />

KKPKNTK. — Armas;do Papa. — .V.<br />

N.° 273. — Pio VI, Papa. — Escudo.<br />

PIVS SEXTVS PONT-, M. A. TI. Armas dô Papa.<br />

¡g Ee. AYXIL1TM .DE SANOTO. 178í);:|iíma mulh%:pintada.<br />

sobre nuvens, : tendo em torno da cabeça uma auréola,<br />

na mão direita duas chaves, Q na esquerda uma casa. Por<br />

baixo, um brazáò de armas, encimado por um chapéu de<br />

bispo. —/li.<br />

N.° 274. — LEÃO XII, Papa. — Sequim.<br />

LEO, XII. PON. MAX, ANNO. V. — Busto do Papa, i<br />

esquerda, tçndo por baixo as inielaes — QG- — em monogramma,<br />

entre dois pôntos.Eg. SCfPBA * FIRMAM * PETRAM.<br />

Nò centro,- uma mulher em pé, tendo em torno da cabeça uma<br />

auréola, na niâo direita- ; ò' cálix e a hóstia, c na esquerda uma<br />

cruz; junto a ella, umearneiro sobré um pedestal. Por baixo:<br />

f,'R. I 1828 —Át.<br />

Reino das Duas Sicilias :<br />

N.° 275. — CARLOS II.<br />

.CAROLVS. II. D. O. KEX. HIBP. — Busto coroàdp<br />

de Carlos II, direita, tendo atraz : — N o exergo, uma<br />

roseta entre dois pontos.— EB. VTEIVS. SICI. HIBBVS.<br />

G-. 50. —- Armas do rèino das Duas Sicilias.: Por baixo :<br />

16-89. — M.


1043:<br />

N.° 276. — HERNANDO IV e M CAROLG\*.<br />

% ri-F E un r K A ND VS IV. ET M CAROLINA. VN'DIQ.<br />

FEjjIOfijS<br />

baixo : I'. — I!s. SOM. RBDVOI. Parte âo iodiaco, tendo<br />

por baixo o sol e a terra, e A ¿ r ' 17-91. - Tí.<br />

REPUBLICA DE RAGU S A<br />

N.° 277. — Moeda de pratá da republica cunhada<br />

BÍKrânní^e 1776.<br />

' ' RÄAjpflg tendo<br />

á esquerda : — i>,eá direita: —m. —Bp D m ? : m ß m .<br />

1ÏËIP. 'tendo por baiít^ a<br />

esquerda : •—1), e á direita : — M. —. Ai.<br />

Tmpëno<br />

d'A#s'tria pélm'' tratados de ï'5.<br />

N.° 278. — Dez Bani:<br />

ROMANIA<br />

Armas da Romania, . tendo por cima : ROMANIA.<br />

— Rg. Ño centro de dois ramos, um de louro e outro de<br />

carvalho : 10 / BANI / 1867/. No exergo: WATT / & 0.°<br />

— M.<br />

N.° 279. — CARLOS I;<br />

CAROL I DOMNTJL ROMANIET. Bu$tó á esquerda,<br />

tendo por baixo : KULLRICH. Rg. Armas da Romania,<br />

tendo por cima: — ROMANIA—, e por baixo : 1880. Á esquerda<br />

: — 5 —, e á direita :—1L —. Em baixo, á esquerda : —<br />

B —; á direita, uma palma.—


1044:<br />

GRECIA<br />

N.° 280. — OTH|¡Í I. — Chico Drachtnas. •<br />

06QN BASIAErS THS EAAAàOS, Busto de Othon I, á dircita,<br />

tendri por baixo: K. 'FOirT.— Hs. Armas da Grecia;tendo<br />

por; baixo: 5 APÁXMAiy 1844|||jf<br />

N.° 281. — JORGE I — Dez Leptas.<br />

TEQPriOS AI BASIÁErS TQN EAAHNQN. 1879. Busto do rei,<br />

á.esqueMa,\tendo pbr ! baixo ¡íBAPPE. — Eb- Dentro, ale uma<br />

coiôa formada de®|%amos|lí louro: lfl/'AEIITA /. Por cima:<br />

MQBOAON. Por baixfr: Vií,''í- M.<br />

MALTA<br />

N.° 282. — Francisco Ximenes de Texada, Grào-<br />

Mestre.<br />

FE. D. KKAXOISCVS XIMKNKZ I)K TKXADA f. M.<br />

Susto do Grão-Mestre da Ordem ,.de Malta, i^iretía,.:tendó ;<br />

por baixos pm4.S-Ee-lâM- H. HOSPITALIS ET<br />

SANOTI -¡ÜBPV Armas de Malta, tendo "á; esquerda;: —<br />

S, i á direita: - • 20. — A?.'<br />

Está ilha pertence hoje -d Inglatefra.<br />

AMERICA<br />

COLONIAS INGLEZAS DO NORTE<br />

i Terra Nova :<br />

N.° 283. — VICTORIA. — Meio Dollar.'<br />

VICTORIA DEI GRATIA liKCINA. Busto laiireado<br />

da rainha, á esquerda, tendo por baixo: NEWFÔUHD-<br />

L AND. — li*. Dentro dê um circulo . de, pontos com ornatos<br />

externos: 50; (?K.N"TS|1S7I i.;—.I¡. '<br />

Nao oa-.orre na obra de Weyl, da qual nos servimos para<br />

rever todos os números d'èst.ç catalogo que se referem á<br />

Ameri(%, ; y V:


Canadá :<br />

1045:<br />

n.° 284.fr Victor^. J&&Í& quarto de DqtJ-ew. ^<br />

^YÍqioRIA BEI GRATIA RBcÂÀ ^gcja rainS^<br />

íj. in jj^J l i' a Epfpfrda,, 'tâ^çffigmr 'baixo ' •— ('AN A PÂ.<br />

Dentíp Üe-uíia^^^^&rniadí de dois ramos de folhas<br />

I .. Iri ' i"S3-'"> *,' LA I I I¡'¡fl^L- , "<br />

Eon 0 73 da abra de Weyl, intitulada*<br />

^^n/obert'Sc'he Sammlung tyl&sttmstâer Münzen un 1/ ' * '<br />

¡Jltn Beitrag gut MunzgjMÊÊs^ au*sereuro$âi*êke* Länder.<br />

"L ' 1 ' - í S^^-iirx-8 , j'n' r<br />

lativa á America.<br />

Nova Escossia:<br />

N.° 285. — VICTORUF. — Um Penny. 1<br />

VígS.OPJA D: G: BRITA]|pTAR: BEG; T: 'D.!<br />

Busto da rainha com diaí^^^^^^^^^Ê^^^Â^^^^^P^<br />

IjMM ^ ^ Q M r a Q — raK^ffiHHHBB^n<br />

BpOTIA. No ; (íeffifo, um ramo ^fe folhas 'é flürfcs. ' r<br />

;fâio : ONE PESSg? T^BÍÍj — M- ;<br />

K N 0 i66 de We a<br />

ESTADOS UNIDOS<br />

N.° 286. — Um D/^r.<br />

Bust^- (lã Liberdade'. '''¿iraK 1 ' '"-¿mE cima: " PI-<br />

BERT Y'¿Se, por baixo — 1800 — A esquerda, ¡¿te flstrellãi,<br />

e a direita, seis — R« ÜNITEI) STATES OP AH PJilCiffí<br />

S&rmas de*. Estados Unidos, com a legenda: E PI '<br />

È&X? • ÊWÂ íSwJ^^^B^''<br />

> S Sffl li l Y i " »'HU I •« • I 1 M.! 1 -.' '<br />

SlNITED *H HUNDRED £


N.° 287. — Um Dollar.<br />

1046:<br />

Cabeça da 'Liberdade com diadema, á esquerda, circulada<br />

por treze estrellas. No diadema lê-se a palavra : L1BERTY.<br />

— R«, UNITED STATUS OF AMERICA. No centro de<br />

uma coroa formada de dois ramos de louro : — 1 / DOLLAR<br />

I 1853 /. — AT.<br />

N.° 8E>7 de Weyl, o]>. cit., America.<br />

N.° 288. — Um Dollar.<br />

No centro, a Liberdade com diadema, sentada sobre um<br />

tardo e.vpltada jiara a esquerda, tendo na mâo direita um<br />

ramo de louro, e na..esquerda uma fita, onde se lê á palavra:.<br />

— LIBERTY —; por detraz, um molho .de trigo; em volta,<br />

treze estrellas : na base: — IN GOD WE TRUST —; e ppj<br />

baixo, no. exergo: 1H78. -. Ii3. , UNITED STATES OF<br />

AMERICA. / NO campo, as armas dos EstadÃÚpidos, tendo<br />

por cima, sobre uma fita, a .legenda-: — E PL.URIBUS<br />

UNUM —, e por baixo: —420 GRAINS, 900 FINE.;/ S /<br />

TRADE DOLLAR. / — Ai.<br />

Nâo vem déscripta na obra citada de Weyl; porém,<br />

semelhante do n." 1320 do mesmo autor, exceptuando-se<br />

unicamente ,a data, que naquella é 1873.<br />

N.° 289. — (Galifornia.) — Um quarto de Dollar.<br />

. Cabeça da Liberdade com diadema, á esquerda, circulada<br />

por nove estrellas. — Rs. No centro de uma corôa formada de<br />

dois raiiios de louro : — J / DOLLAR / 1871 /. — gg<br />

Moeda octogna.<br />

N.° Í1428 de Weyl, op. cit., America.<br />

N.° 290. — (California.) — Um quarto de Dollar.<br />

Cabeça da Liberdade com diadema, â esquerda, circulada<br />

por treze estrellas. Por baixo : 1871. — Rg. No centro de uma<br />

coíba formada dé dóis ramos de louro : — -f- / DOLLAR / OAL /.<br />

(California.) — tf. ;<br />

Esta moeda , é circular. -


1047:<br />

E muito semelhante ao n.° 1433 de Weyl, op. dt,y America;<br />

na moeda exposta, porém, não se encontra a inicial. Gr,<br />

que existe naquella, por baixo da cabeça da Liberdade.<br />

291. — (California.) — Um quarto de Dollar.<br />

Cabeça de indio, ã èsqtíérda, circulada por treze estrellas,<br />

e tendo por baixo : 1876. *—Eg. Dentro de umá corôa formada<br />

de dois ramos de louro : — / DOLLAE / CAL I. (California.)<br />

— A r . -<br />

Esta moeda é octogna.<br />

Não vem descripta na op. cit. de Weyl; mas é semelhante<br />

á do n.° 1445 do mesmo autor, exceptuando-se unicamente a<br />

data, que naquella é 1875.<br />

N.° 292. — Tres Centesimos.<br />

•UNITED STATES OF AMERICA. Cabeça da Liberdade<br />

com diadema, á esquerda, tendo por baixo; —r i865 .<br />

No diadema lê-se a palavra: LIBERTY» — Eg. Dentro de<br />

uma corôa, formada de dois ramos de louro atados por uma<br />

fitâ: III. — Nickel.<br />

Rara.<br />

Èsta moeda foi retirada da circulação por faltar no reverso<br />

a palavra CENTS, e substituida por outra com essa palavra.<br />

N. 6 1185 de Weyl, op. cít., America. . A prova d'esta<br />

moeda foi cunhada em cobre, como se deduz do n.° 1184 da<br />

mesma obra.<br />

N.° 293. — Um Centesimo.<br />

Cabeça da Liberdade, á direita, com o barrete phrygiò<br />

na ponta de uma lança apoiada no hombro esquerdo ; por cima:<br />

LIBERTY Jgs e por baixo: 1794. — Rs. UNITED STA-<br />

TES OF AMERICA. Dentro de uma corôa, formada de dois<br />

ramos de louro atados por uma fita: ONE/CENT/. No<br />

exergo : — Jfi. m ;<br />

Na borda: ONE HUNDRED FOR A DOLLAR.<br />

Sobre esta moeda ê mais tres typos que lhe são muito<br />

semelhantes, vide os n. M 381-^384 de Weyl, op. cit., America.


1048:<br />

N.° 294. — Um Centesimo.<br />

Cabeça da Liberdade, á direita, tendo por cima:—LI-<br />

BERTY— , e por baixo : 1797. — Hg. UNITED STATES<br />

OF AMERICA. Dentro de uma corôa, formada de dois<br />

ramos de louro atados por uma fita : ONE / CENT /. No<br />

exergo : í^/M-íE.<br />

O reverso d'esta moeda é muito semelhante ao da precedente.<br />

Na borda não existe a inscripção que se lê na outra.<br />

N.° 419 de Weyl, op. cit., America.<br />

Primeiro Império :<br />

MÉXICO<br />

N.° 295. —AGOSTINHO I.— Um Peso.<br />

.AUGUSTINUS DEI PROVIDENTIA. 0 / Busto de<br />

Agostinho I, á direita, tendo por baixo:—M. 1823/. —<br />

Rs. / . MEX. I. IMPERATOR CONSTITUT. / Armas do<br />

México, tendo por baixo : — 8 R. I. M / . — iR.<br />

N.° 6560 de Weyl, op. cit., America.<br />

O mesmo autor menciona tres typos muito semelhantes, que<br />

se differençam apenas por uma pequena particularidade do reverso.<br />

No primeiro typo a cruz da corôa, que está sobre a<br />

cabeça da Águia, acha-se collocada por baixo do primeiro<br />

traço do A da palavra Imperator; no segundo ella está entre<br />

os dois traços do A; e no terceiro por baixo do ültimo<br />

traço da mesma lettra. A moeda exposta pertence ao primeiro<br />

typo.<br />

Primeira Republica :<br />

N.° 296. — (Provinda de Zacatecas).— Um.Peso.<br />

REPUBLICA MEXICANA. Armas da republica sobre<br />

dois ramos, um de carvalho e outro de louro. — Rs- No<br />

campo, o barrete da liberdade, circulado de raios, com a palavra:<br />

— LIBERTAD Por baixo: — * 8 R. Z. s 1848.<br />

O. M. 10 D." 20 G. 8 -^-¡M.<br />

Não vem descripto na op. cit. de Weyl. Semelhante á<br />

do n.f 7137 do mesmo, autor, excepção, feita da data.


1049:<br />

N.° 297. — Um Quarto. (Cuartilla).<br />

RKIU.'Ill.K'A MEXICANA Armas da Republica.?<br />

— B*. Entre duas 'palmas .atacas'por uma jfita,-, formando uma<br />

e logo , depoi — M. A 1SBO —, em linha curva<br />

P or t>ai§f£do valor. — .il.<br />

N.° 0605 de WeylWp-icit., AmeriefflÊM<br />

N.° 298.—((íuanaxuato). — Um quarto de Real.<br />

]•:' (Cuártino^K<br />

^I^Cabeça : daj§í|iberdade, á^esquerda, teildo aTesqyerda G",<br />

©a direita-; L. B. Jfe. BEPUBlilGA MEXICANA, -tte<br />

iPor bãixo^^Slg^aEíflíE.<br />

N 6864 de Weyl, op....GÍt., America.<br />

Segundo Império:<br />

N.° 299. — MAXIMILIANO( I. Meio*JjÊò, (Tos-<br />

MAXIMII.IANO — KMPKUADOli. H&ó"'.do Im|gJ<br />

Vador, fig®|ita. IMPÉRIO jf| MÈXIça«® -Armas<br />

I — H H H B SWfffiMBMiHSHB ilfftM^mftiijvai<br />

dc^^çüdpV EQU1JDAD ÈteBAÜjBSTICIA^» lettras<br />

jmcüsas.) — vR. '<br />

3 : ;N.° 6705 de Weyl,itip cit, America<br />

Republica :<br />

HAITI<br />

N.° 300S-/PR5§IOÉ-ÇYE BOYE&— Mejd Gourdel<br />

(Cincoenta Centésimos.)<br />

J *SP * BOTEB §§PBE|í®ENT * / Cabeça do Pre<br />

sufeiitfcK" esquerda, tendo pôr baixo: DejoieJM.feçergo:<br />

AN'25g§ **. BFL. BEPLSÍLIQTJE — ©'HAITI *<br />

ArmâS' dà^Bijmblicaf tetifipor baixo 50"* íkf-S — -Si.<br />

7542- de WeMj 'op.tjjfc AmeriSt Vide também o<br />

numi®) immsl|Sto do mesmpiVitor q_iie«f o mesmcfj tjyo^da<br />

moeda exposta 'com uma pequena variante.


Imperio:<br />

1050:<br />

N.° 301. — FAUSTINO ]. Seis centesimos e -um<br />

quarto. (Tres Soldos.)<br />

FAUSTIN 1* EMPEREÜfi D'HAITI |¡ Busto do<br />

Imperador,;• coroado, 4 esquerda, tendo por baixo a data —<br />

1850. — Eg. LIBKKTÉ INDEPENDANCE. Armas do imperio,<br />

tendo por baixo : SIX CENTIMÉS UN QABT /.<br />

Vide os n.°" 7612 e.7613 de Weyl, op, cit., America.<br />

AMERICA CENTRAL<br />

Republica de Honduras:<br />

N.° 302. — Um Real.<br />

BEPUBLICA DE HONDURAS. Armas da Republica,<br />

tendo por baixo, á esquerda: AMERICA; e á direita: CEN-<br />

TRAL. No exergo, entre uma ancora e uma estreíla: —<br />

BARRE /. — Rg. No Gentro de uma corôa, formada de dois<br />

ramos de louro atados por uma fita: 1 / REAL / 1870 /.<br />

— Nickel.<br />

N.° 7451 de Weyl, op. cit., America.<br />

Republica Colombiana :<br />

COLOMBIA<br />

N.° 303. — Popayan. Escudo. (Dois Pesos.)<br />

BEPUBLICA DE COLOMBIA.. Busto, á esquerda,'<br />

com a palavra: LIBÉBT—, em letras incusas, tendo por<br />

baixo!./, I835.||—Bg. POPA? AN. Armas da republica entre<br />

duas -rosetas, tendo por baixo— * 1 .E* K. Ü * — AT.<br />

Nfto vem descripta por Weyl, op. citt, America. É semelhante<br />

ao n.° 8231 do mesmo autor, eXGepçào feita da data.


1051:<br />

Republica de Nova Granada{<br />

N.° 304. —Meio decimo de Real.. (Meio Centavo.)<br />

REPUBLICA DE LA NUEYA GRANADA. No centro,<br />

o barrete da Liberdade, circulado de raios, com a palavra: —<br />

LI BERTA D. No exergo: 1848.— Rg. No centro de uma<br />

corôa, formada de dois ramos de flores, fructos e folhas atados<br />

por um fita: \ \ DÉCIMO / DE REAL (. — M.<br />

Não vem descripta na op. cit. de Weyl. É semelhante<br />

ao n.° 8113 do mesmo autor, excepção feita da data.<br />

Estados Unidos da Colombia:<br />

N.° 305. — Medellin. (Meio Peso.)<br />

ESTADOS UNIDOS DE COLÔMBIA. Busto de mulher,<br />

á esquerda, tendo sobre uma fita nos cabe! los a palavra —<br />

LIBERTAD— muito apagada; por baixo: 1873. No exèrgo,<br />

nove estrellas. — Rg. / G. 12,500. CINCO DÉCIMOS. LEI<br />

0,835. / ArmaS da republica, com a legenda: — LIBERTAD<br />

I ORDEN, sobre uma fita, em cima do escudo. Por baixo:<br />

MEDELLIN. — M.<br />

Na borda lê-se: DIOS. LEI. LIBERTAD / em lettras<br />

incüsás.<br />

Não vem descripta na op. cit. de Weyl. E semelhante<br />

ao n.° 8205 do mesmo autor, excepção feita da data.<br />

PERÚ<br />

N.° 306. — Lima. — Um Peso. (Meio escudo.)<br />

No anverso, o campo está dividido em tres partes por<br />

duas linhas perpendiculares; em cima: á esquerda, uma lhama<br />

em campo azul; e á direita, uma arvore era campo de prata ><br />

em baixo, a cornucõpia da abundancia èm campo vermelho.<br />

(Emblemas do escudo dás armas do Perú.) — Rg. No centro,<br />

uma corôa de folhas, tendo por cima:—LIMA M. B. —; e<br />

por baixo: /;. 1856. / — AT.<br />

Não vem descripta na op. cit. de Weyl ; é, porém,, semelhante<br />

ao n.® 9071 da mesma obra, exceptuando-se unicamente<br />

a data, que naquella é 1841.


1052:<br />

N.° 307. —Cinco Pesetas. '<br />

JMÎOSÎ'KIÏIDAI> Y l'ODKIi POE' LA Jl.'STK.'IA.<br />

Cabeça da Liberdade, á esquerda; coroada de flores e espiais.<br />

Por. baixo: Í880f —. Es. BEPUBKEGA PERU ANA LIMA.<br />

S BÉtílMOS FINO. B. F M Armas da Republica,Iténdo ria<br />

parte inferior, entre as pontas da .fita, um B—. Por'baixo,,<br />

entre duas rosetas.: CINCO PESETAS. — jIÏ.<br />

N.° 308. —Dois centavos dò Sol. .<br />

No centro, o Sol radiado, tendo por cima: — 180-1, e<br />

por baixo: REPUBLICA—PEBUANAJ®Rs. No centro<br />

de uma coroa, formada por duas cornucopias com flores;<br />

folhas é fructos: DOS / CKNTA VOS /. — .K. :<br />

N'° 9145 de Weyl, op. cit., America.<br />

BOLÍVIA<br />

N.° 309. — Potosi. — Um j(Meio Escudo.)<br />

I.IBHE P01! LA — ,CONSTITÜCION.':Bustà taureajé.<br />

de Bolívar, á direita, tendo; por baixo : —• BOLÍVAR. —<br />

Rs. REPUBLICA BOLIVIANAiJ| No- centro, o féito d*<br />

Potosi illuminado pelo sol, tendo á esquerda uma lhama, e.á<br />

direita um;-feixe de trigo cóm um rámó de louro na parte<br />

superior; (Emblema do esc.uiò das armas da líolivia.) Por<br />

baixo, seis estréllas; nó exergOj as lettras S T l'. (entrelaçada.-!<br />

em monogramma) 1843. L.. R. — N.<br />

Não vem' descripta na obra citada de Weyl; é, porém,<br />

semelhante ao n.° 9532 da mesma obra, exceptuando-se a data,<br />

que naquella é 1842.<br />

Tí.° 310.E- PotosL—-Meio Boliviano,<br />

REPUBLICA — BOLltlÂNÁ. , Armas , & republica,<br />

tendo por baixo nove estrèÜis. — Bg. LÁ- UNION ES LA<br />

FUERZA. No centro de uma çorôa formada de dois ramòs, um


1053:<br />

Wlouro e outro de cüfvalho — MÉDIO B V; 50 GENI ' I-<br />

».500 M? 9 D" FINO / Por baixp, «a dita— 18tf3,' tendo á<br />

esquerda as lettras He P,« entrèttsãdas em monogramma,<br />

3'irSa: F. K— JR.<br />

' N.° 9734 de Weyl, op. ,cit., America.<br />

CHILE<br />

N.° 311. — Santiago fro — IS"/, PESO 1860 /. — AT, '<br />

b&jN 9942 de Weyl, op. cit., America.<br />

N.° 313. —Santiago.®, Um iènAat do Pèüo.<br />

- EEPUBLICA DE CHILE ^ Cabeça da Liberdade, á ès- J<br />

querda,' eoiTl--'o barrete phrygio,' coroada de flores';..'espigas ef<br />

íõihas de carvalho e de louro, tendo por baixo : S.—lis- K< 'O-


1054:<br />

NOMIA ES RIQUEZA /. No centro de um circuló de pontos •<br />

UN / CENTAVO /. Por baixo, entre dúas estrellas, a data<br />

— 1872/.— Nickel.<br />

Semelhante"i do. 11." 9972 de Weyl, o;>. c:it., AriteriMú<br />

d'ella differesómente pela data.<br />

N.° 314. Meio centavo do Peso.<br />

.REPUBLICA DE CHILE./ No centro, urna estrella.<br />

Por baixo; .1853/, — % ECONOMIA ES RIQUEZASno<br />

centro de uma cnrfCi formada de' dois ramos de louro: --<br />

MEDIO / CENTAVO /.. No exergo,' uma estrella de quatro<br />

raios. —<br />

N.° 9917 de Weyl, op. cit., America.<br />

REPUBLICA ARGENTINA<br />

N.° 315. — Um Peso.<br />

Cabeça da Liberdade, á esquerda, com o barrete phrygio,<br />

tendo por baixe: OU-DINÉ. Por cima: * LIBERTA D *;<br />

â esquerda: UN PESO5 á direita: 9 D" PINO; no;çxèrgo,<br />

uma estrella.B-Rs. REPUBLICA ARGENTINA. Armas da;<br />

Republica, tendo por baixo, çiitre duas ystrollas: 1882;.— .1!.<br />

Na borda lê-se: IOUAI.DAD | »ANTE« LA | »J.KY<br />

* * * |<br />

N.° 316. — Província de Cordova. — Meio Peso.<br />

(Quatro Realés.)<br />

PROVINCIA DE ÍCORDOBÁ. No campo, um Castello<br />

com uma bandeira: no centró é fres otrfras de cada lado. No<br />

exergo, dois ramos de. louro unidosifiòí .uma roseta. — Jls- No<br />

centró, o sol radiado, teiido por cima: CONFEDERADA,¿<br />

por baixoB 1851 9 D. jS-iB.<br />

Vide os n. os 10132 e 10133 de Weyl, op. cit,, America.


1055:<br />

N.° 317. Centavo,<br />

Dentro de um circulo de pSB0s, a" cabeça da Liberdade,<br />

à jijpírda,. com o barrete phr-ygiáj tendo por baixo dó collo:<br />

• n w m r * " m ' H .i Híf u •<br />

^ H H i, 1111 11 j»"\ ,ti.rMfefifj<br />

pjntfò # uiffl dirculo!;® 1 poht^^s armas da Republità, Por<br />

baixo: X&SflU. M.<br />

PARAGUAY<br />

N.° 318. — Dais centesimos do Peso.<br />

KjjiPUBIiICA DEL EARAWAY.: Dentro de uma eorflá<br />

formada de dots, ramoSum de louro e gutra de QatvalJ¡§¡<br />

urna estrella radiada. Por btóxo,r ubi» estrella si»pl%<br />

E'Iítt. Ijlffttro de urna corda de loara e i":o ocntro de um<br />

.¿'jcHím o valor — 2—uglít campo azul, l^r " ;e<br />

0® 'SS¡&r baixo-: ¡MIO,<br />

tendo á direita: SJHAW.<br />

Hipf? 10197 de Weyl, op^{|||, Ame piba ¿ '. •<br />

N.° 319. 3K Üm duodécimo do meio Real?<br />

^.- /.No! ; ;pélitro de lwügM<br />

um k «v^vQlfe.dpy para, a direita^ Cj 1 pcjr detraz, uma lança<br />

¡l|pSt -no*aiao,Mendo na ponta o barrete da-liberdade radia*-Es<br />

" EBPUB^» D»«pAetifYM Dentrog<br />

de'.u-u t-irr.ilu, c:n catupo :uui: ; no e.xcrgo; 1-S15. •—-K.<br />

X."" reí 182 tic Weyl, op.' cit., Amçr^g^" r<br />

Vale


1056:<br />

10 §1 D. s Dentro de um circulo de nove estrellas: — UN"<br />

PESO / FUERTE ¡. — M.<br />

N.° 10156 de Weyl, op. cit., America. Foi cunhada<br />

durante o sitio dirigido pelo General Manoel Oribe.<br />

N.° 321. — Um Peso.<br />

REPUBLICA ORIENTAL DEL URUGUAY. Armas<br />

da republica, tendo por baixo uma estrella. — Rr. LIBRE<br />

Y CONSTITUIDA.' No centro de uma corôa formada dè<br />

dois ramos de louro: 1/PESO/---o o o—/; e logo abaixo,<br />

ainda dentro da corôa, um A, tendo á esquerda uma ancora,<br />

e á direita uma abelha. No exergó: 1877. —• ./R.<br />

Não vem mencionada na obra citada de Weyl; mas<br />

approxima-se da que ellê descreve sob o n.° 10175, tendo<br />

demais que ella a ancora, a inicial A e a abelha.<br />

índia :<br />

ASIA E AFRICA<br />

COLONIAS PORTUGUEZAS<br />

N.° 322. — D. JOSÉ I. — Rupia.<br />

Busto do rei, á direita, tendo á esquerda: 1777, e á<br />

direita: RUPIA.—Rg. Armas do reino. : —iR.<br />

Foi descripta pela primeira, vez pelo Snr. Teixeira de<br />

Aragão, na Descripção geral e histórica das moedas cunhadas<br />

em nome dos Reis, Regentes e Governadores de Portugal,<br />

Tom. 111, Lisboa, 1880, á pag. 330, n.° 11.<br />

Esta moe*da foi cunhada no tempo de D. José Pedro da<br />

Camara, 92. 0 Governador da índia Portugueza, o qual exerceu<br />

este governo desde 24 de Setembro de 1774 até 26 de Maio<br />

de 1779.


1057:<br />

N.° 323. — D MARIA II — Ta%âMÊ<br />

B E B » ¡ W l l l l r ® 8 Dentro*,Ä uma


1058:<br />

(Moçambique), contramarcado por uma roseta. — Eg. Sobre a<br />

superfície lisa : 2 | ( Dois e. meio maticaes). — Aí com liga<br />

de prata.<br />

Esta barrinha vem déâcripta pelo Sfir. Teixeira de Aragão,<br />

no Tomo in da op. cit., pag. 442, n.° 1.<br />

A barrinha começou â ser fundida em ±835, no tempo da<br />

junta governativa composta de: Candido da Costa Soares* major<br />

de artilheria; Antonio Ramalho de Sá, juiz de direito; Padre<br />

Custodio José Vaz ; Antonio Francisco Cardoso> director da<br />

alfandega, e José Ignacio de Almeida Nery> Esta junta foi<br />

nomeada por Cárta Regia de 4 de Setembro d'aquelle anno,<br />

e assumiu o poder em 3 de Março seguinte.<br />

As barrinhas e as meias barrinhas, fundidas na cidade de<br />

Moçambique desde aquella época, eram feitas com o ouro<br />

vindo de Rios de Sena; a barrinha pesava 288 grãos ê valia<br />

2 V2 maticaes, sendo o seu preço estimativo actual 8$ooo is.<br />

fortes; a meia barrinha pesava 144 grãos e valia 1 1 ji de matical,<br />

sendo o seu preço'estimativo actual também 8$ooo rs.<br />

fortes.<br />

O Sfir. Aragão, que noâ forneceu estas informações,<br />

accrescenta:<br />

« As contramarcas forám postas em 1851. A liga das barrinhas<br />

deve ser, de 1 j5 de prata e 4 /5 de oiro puro, o que dá<br />

approximadamente o valor intrínseco dè 6^500 réis ; mas havendo<br />

muitas cerceadas e de toque inferior, mesmo entre as<br />

Contramarcadas estabeleceu-se alguma desconfiança e difliculdáde<br />

no seu curso.<br />

« As meias barrinhas eram de oiro de 22 quilates e por<br />

iãso desappareceram do mercado. »<br />

As contramarcas foram postas no tempo dé Joaquim Pinto<br />

de Magalhães, juiz de direito de Moçambique, despachado governador<br />

interino por decreto de 3 de Julho de 1851, O qual<br />

desembarcou em 20 de Outubro, e dois dias depois tomôü<br />

posse..<br />

« Para estudar as causas das frequentes alterações de valor<br />

na moeda circulante, O governador interino nomeou em 18 dè<br />

Outubro uma commissão composta de oito membros, e a seu<br />

pedido a junta da fazenda em sessão de 8 de Novembro elevou<br />

a onze os membros da dita commissão, e mandou affixar um<br />

edital para as barrinhas, meias barrinhas de oiro e patacas de<br />

prata serem levadas no praso de trinta dias â contadoria geral<br />

para se contramarcárem e assim correrem pelos mesmos valores,<br />

emquanto se não adoptavam novas providencias. O edital


1059<br />

gjfeãí), sendo' a mira prin ' v •<br />

ELl I S i«í BJ * jg9H|pWI ''.'• i H H H<br />

BBpadO, que tanto at>un


INDK 1


INDICK<br />

DOS J )E.|^HAübRES E GRAVADORES<br />

Käß 9 - y j j 11 i<br />

ï^pîCTiA (Gíjeta.110 Anieçío" N^'is<br />

nés de), 199.<br />

Atjmoitte,<br />

K&tfíÂMié M e , sjf% îâi<br />

Hü<br />

ißEssajaKET, 197.<br />

äuH&JHHgM<br />

jiorja fJiVjíXJRL ( ¡IL<br />

Bo rm ann ( L. ), 19-5.<br />

Borrel, 202.<br />

SOWHBANT ),,207 I<br />

'Caqué.<br />

^»íúuó' 34, sàlpVffl|<br />

H I ,212.<br />

ClTYI '.<br />

BHKnsa«H|<br />

Dokeb?<br />

F. S. K. C., 176.<br />

E. S. S. G., 14.<br />

Paria, 22, 23, 25..<br />

Ferrez (Z.), 2, 3, 5.<br />

F. J. P. C , 38, 39, 41) I<br />

¡Kell, jp.~<br />

n<br />

Gaykard, 198.<br />

Tr^xyj-'BKX II _ '. ; ,<br />

3i¡ H. ; 'B:^pPj|¡i<br />

P- S., 245.<br />

L 5® i"2l21 i<br />

Ä m Sw B 'J* H -<br />

29, 30, 31, 32, 4B, 152, 156, 161<br />

wv J 76, m.<br />

M: ,' "<br />

Mitchell (Henrique), 218, 219.<br />

'KirgjS/' m ^ H H<br />

is,-19,ß>"<br />

(Jüdin!, 204,<br />

I®' I' KIIHEBÍ<br />

Poletti (AI.), 214.<br />

I nil I h ), 280.<br />

P.otjti fc^Mjnt^Sffiffl 2(19.<br />

Shaw? 318.<br />

«Siz^T^JB, 2Ji3<br />

T*AI'.tr.MlAVN .f'I'J^M^^I<br />

Voigt (G.), 253.<br />

Watt & Co., 277.<br />

«¡fe» (Oarl»,Sa| 206"<br />

Wn i i<br />

BS >.ifS3f H ,>KV. m<br />

\\ , j v j u M


INDICE GERAL


INDICE GERAL<br />

m -'!>• 3Sfe* r * 1 ' Saldanha \k Gama \ ,<br />

SECÇÃO DE IMPRESSOS |íjCAKTAS GEOGRAPIUCAS ';<br />

jjj.l" I I Ê-Alexandre Íeuíüra de H<br />

K J 1 I > r Joãc' H H ^ H I \<br />

• EB »SifiMS^^^BSÍMljlSI<br />

e João Ribeiro Pern; \ ................................... 37<br />

toBf" J oa


iRRATA<br />

Paginas Linhas . Erros Emendas<br />

27 32 e 33 la independencia Española la independência de la<br />

-.-•'. America Española<br />

'33 23 in-4.° gr. in-8.° gr.<br />

107 29 amigo amigo<br />

110 10 Brasilaeam Basilaeam<br />

181 • .39 . éstranhas , . extranhas<br />

184 5 e 6 esplendido esplendido<br />

259 20 palavra palavras<br />

295 8 publicada, antes de Pedro publicado, antes<br />

Nunes \<br />

Pedro Nunes<br />

do, de<br />

369 9 por que se o considere por que se elle considere<br />

379 31 • Deu caso- Deu causa<br />

^_394 38 deve-sé citar ; devem citar-se<br />

499 20 Diogo Goiíçâlvas Francisco Gonçalves<br />

'-". 528 26 Deve-lhe Déve-se-lhe<br />

g6 Í3 .. 39 Mestre Caduceu Mestre do Caduceu.<br />

614 15 Caduceu do Caduceu<br />

" 648 14 offeiçoòu-se affeiçoou-se<br />

700 28 prinx. pinx.<br />

706 31 Afarie Maria<br />

746 8 por esta não ter por não ter<br />

776 3 offlcina do pintor oficina de pintor.<br />

802 26 superior inferior<br />

835 40 Sevenc Sevent<br />

893.. 14 com como<br />

974 ' 2 JOSEHUS JOSEPHTTS


Paginas , Linhas • Erros - Emendas<br />

101.'! \V LOX WYON<br />

Kll-l 11 h.nruiniHsrf-m . homenagem<br />

•"'jttt • La Viliete; .<br />

La Yillette<br />

í*-J023. lll!l por<br />

n JiÇifls 1776 .V<br />

Erros que escaparam só em parte da edição<br />

1028' fjacv*eraa: acuerda<br />

¡ffe?- . i . BSTEANGEIÍAS EXTRANGEIRAS<br />

1029 -V.,'20, OCruzmloa QC cruzados<br />

1030- .26 emblema emblemas<br />

1087 ' 22-' dois<br />

RECTIFICAÇÃO<br />

á noticia biographica de Luiz Oalamatta, de pp. 661 663.<br />

L. Calamatta liàêcêU a 21 de Junho de Í801; foi para Paris em<br />

1823; nomeado director do Gabinete dê gi-avüra de Milão, ahi falieceu<br />

a 8 de Março de 1869; os" seus despojos mortaes foram solemnemente<br />

trasladados d'esta cidade para Civita-Yécchia a 27 de Agosto do-corrente<br />

anno, pareGendo portanto inexacta a versao de Yapereau (Diction.<br />

üniversel des Contemporains, Paris, 1870), qüe o dá como inhumado<br />

no Castello de Nohant. A sua obra gravada consta de 116 estampas.<br />

Vide: L'Illustrazione Italiana, n.°" 36 e 38 de 6 e 20 de Setembro de<br />

1885.


•ESTAMPAS<br />

reproduzidas por photo-lithographia segnndo as descriptas<br />

á pp. 780-782, sob r..-"« 207 - 211.


HEUOGRÃPH(A<br />

V<br />

LAEMÍVIEAT 8rC>

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