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Mensário Brasileiro<br />
de Contabilidade<br />
Jul/Ago 2014 | ano 97 | número 1095/1096<br />
NFC-e<br />
A evolução do documento fiscal chega ao<br />
varejo do Rio de Janeiro<br />
páginas 6 e 7
ÍNDICE<br />
Editorial<br />
Investimento em inovação............................................03<br />
Especial<br />
SINDICONT-Rio completa 98 anos de história..............04<br />
Capa<br />
NFC-e chega ao varejo do estado do Rio de Janeiro....06<br />
Em palestra, o auditor fiscal da SEFAZ-RJ, João Carlos do<br />
Nascimento, esclareceu as dúvidas sobre a implantação<br />
da NFC-e<br />
Entrevista<br />
Diferencial pela educação..............................................08<br />
Mensário Brasileiro<br />
de Contabilidade<br />
Expediente<br />
Diretoria 2014/2018<br />
Presidente: Lygia Maria Vieira Sampaio<br />
Vice-Presidente: Diva Maria de Oliveira Gesualdi<br />
Diretora Secretária Geral: Celi Coelho da Silva<br />
Diretora 2ª Secretária: Maria de Fátima Moreira<br />
Diretor Financeiro: Jayme Pina Rocio<br />
Diretora de Contabilidade: Sonia Regina Mandarino<br />
Diretor de Assuntos Jurídicos: José Rubens do Amaral<br />
Diretora Social: Mary Isabel Pereira<br />
Diretora Cultural e de Divulgação: Bela Balassiano<br />
Diretores Suplentes: Ana Maria da Silva, Andréa Pereira da Silva,<br />
Bruno Ferreira dos Santos, Elismar Moraes dos Santos, Fátima<br />
Bernardo da Silva, Jovelina Mota de Lima, Sandra Helena Gonzaga<br />
Pedroso, Sonia Regina Cardoso Barbosa e Victor Avelino da Mota<br />
Conselho Fiscal (Efetivos):<br />
Presidente: Raimundo Viana Pereira<br />
Secretário: Josuel Batista Ferreira<br />
Relator: Waldir Jorge Ladeira dos Santos<br />
Conselho Fiscal (Suplentes): Aldo Gagliardo, Augusto César<br />
das Chagas Pires e Cristina Maria Araújo Costelha<br />
Delegados representantes junto à Federação (Titulares):<br />
Lygia Maria Vieira Sampaio e José Rubens do Amaral<br />
Delegados representantes junto à Federação (Suplentes):<br />
Bela Balassiano e Mary Isabel Pereira<br />
Eventos<br />
Palestras abordam parcelamentos de débitos...............10<br />
Artigo<br />
Principais impactos da Lei nº 12.973/2014...................11<br />
Produção editorial e design: Cajá Comunicação<br />
Jornalistas Responsáveis: Naiara Evangelo e Tainá Proença<br />
Projeto Gráfico: Alyne Gama<br />
Fotografias: Eliane Carvalho, Fernando Alvim, Assessoria de<br />
Imprensa da CNPL e Arquivo SINDICONT-Rio<br />
Impressão: Imos Gráfica e Editorial Ltda<br />
Tiragem: 2.000 exemplares<br />
O Mensário Brasileiro de Contabilidade é uma publicação do Sindicato<br />
dos Contabilistas do Município do Rio de Janeiro.<br />
Visite o site do<br />
SINDICONT-Rio e<br />
conheça mais sobre<br />
as ações e os<br />
serviços oferececidos.<br />
2 I Mensário Brasileiro de Contabilidade<br />
Sede: Rua Buenos Aires, 283 (Edifício Moraes Junior), 2º andar,<br />
Centro, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 20061-003<br />
Tel/Fax: (21) 2224 - 2281<br />
Site: www.sindicont-rio.org.br<br />
E-mail: sindicont-rio@sindicont-rio.org.br<br />
Filiado: Federação dos Contabilistas nos Estados do Rio de Janeiro,<br />
Espírito Santo e Bahia<br />
O SINDICONT-Rio não se responsabiliza pelos conceitos emitidos<br />
nos artigos assinados e pelos produtos e/ou serviços oferecidos<br />
pelos anunciantes.
EDITORIAL<br />
Investimento<br />
em inovação<br />
Lygia Maria Vieira Sampaio<br />
Presidente do SINDICONT-Rio<br />
Estamos vivenciando um momento de importantes<br />
transformações, no qual a tecnologia é uma das principais<br />
engrenagens. Ciente das melhorias proporcionadas pela sua<br />
inserção em práticas do dia a dia, a Secretaria de Estado de<br />
Fazenda do Rio de Janeiro (SEFAZ-RJ) aderiu em maio à Nota<br />
Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e). Após a publicação do<br />
Decreto Estadual RJ nº 44.785/14, o documento inovador será<br />
adotado no varejo de todo o Brasil.<br />
Assim, para que os profissionais da contabilidade conheçam<br />
seus benefícios e o impacto no trabalho da categoria,<br />
apresentamos a nova ferramenta na matéria de capa desta<br />
edição. Uma das líderes do projeto no Rio de Janeiro, a auditora<br />
fiscal da SEFAZ-RJ Cristiane Calazans, pontuou a flexibilidade<br />
trazida pelo novo documento às operações comerciais e as<br />
vantagens também para consumidores, contribuintes, fisco e<br />
meio ambiente.<br />
Os 98 anos de história do Sindicato dos Contabilistas do Município<br />
do Rio de Janeiro (SINDICONT-Rio), comemorados em setembro,<br />
são abordados na seção Especial. A matéria, com base na<br />
pesquisa realizada pela diretora social Mary Isabel Pereira, destaca<br />
fatos marcantes e curiosidades da memória da entidade. O<br />
objetivo é mostrar como o SINDICONT-Rio tem se posicionado<br />
há quase um século em defesa dos direitos dos profissionais da<br />
contabilidade e trabalhado em prol do reconhecimento da classe.<br />
A entrevista com o profissional da contabilidade Antonio Ranha<br />
mostra a educação como um dos principais pilares para valorização<br />
da categoria. O professor fala sobre a inserção da tecnologia no<br />
nosso setor e também aposta na qualificação como um diferencial<br />
para aqueles que estão iniciando a carreira.<br />
“Consolidar a constante capacitação<br />
da categoria é um passo que<br />
precisamos dar juntos”<br />
A seção Eventos aborda as principais atividades de julho e<br />
agosto. Entre elas, o Curso de Formação Sindical, promovido pela<br />
Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL), que<br />
reuniu líderes sindicais com o intuito de aprimorar as<br />
ações do movimento, bem como debater as principais<br />
necessidades das entidades que lutam em defesa de<br />
suas classes.<br />
O professor Laudelino Jochem apresenta em artigo de sua<br />
autoria, os desdobramentos da Lei nº 12.973/2014 e seus<br />
principais impactos na contabilidade. Confira também nesta<br />
edição os próximos eventos programados, sob a coordenação<br />
da diretora Cultural e de Divulgação, Bela Balassiano, e<br />
acompanhe outras informações no nosso site. Consolidar<br />
a constante capacitação da categoria é um passo que<br />
precisamos dar juntos, por isso fique atento às ações que o<br />
Sindicato tem realizado e participe.<br />
Boa leitura!<br />
Mensário Brasileiro de Contabilidade I 3
especial<br />
Primeiro dia de aula na Escola Técnica do Comércio<br />
98 anos de dedicação<br />
Fatos marcantes da história do SINDICONT-Rio remontam às ações em busca<br />
do reconhecimento e da valorização do profissional da contabilidade<br />
Em 1916, a Europa vivia o auge da Primeira Guerra Mundial.<br />
No Brasil, a República do Café com Leite vigorava e a Guerra<br />
do Contestado assolava os estados do Paraná e Santa<br />
Catarina. Foi nesse cenário que o Sindicato dos Contabilistas<br />
do Município do Rio de Janeiro iniciou a sua história, com<br />
nome de Instituto Brasileiro de Contabilidade (IBC). Criado<br />
em setembro daquele ano, o IBC surgiu a partir de uma<br />
reunião com sessenta guarda-livros e contadores – a antiga<br />
denominação para os profissionais contábeis.<br />
Primeira edição do MBC,<br />
publicado em 1917<br />
Registrado oficialmente no<br />
mesmo ano, o diretório do IBC<br />
tinha como presidente Cornélio<br />
Marcondes da Luz. Já naquela<br />
época, a preocupação com<br />
o aprimoramento do estudo<br />
contábil era constante e o<br />
movimento entre intelectuais<br />
e profissionais da área para<br />
a regularização da profissão<br />
ganhava força. Para dar<br />
ainda mais voz a essas<br />
reivindicações, um ano depois,<br />
foi criado o Mensário Brasileiro<br />
de Contabilidade, revista anual<br />
voltada à classe contábil<br />
com artigos científicos e<br />
atas de reuniões.<br />
Conforme publicação do MBC, a Associação dos Empregados<br />
do Comércio do Rio de Janeiro era a mais numerosa categoria da<br />
América do Sul. Um nome de destaque na época foi o senador João<br />
Lyra, entusiasta no sentido de regularizar o exercício da profissão e<br />
o responsável pela instituição do Dia do Contabilista celebrado pela<br />
primeira vez em 25 de abril de 1926.<br />
Graças ao empenho do diretor Moraes Júnior no<br />
Departamento Nacional do Trabalho, o IBC foi elevado à<br />
categoria de Sindicato por meio de carta assinada em 25<br />
de abril de 1941, em celebração ao Dia do Contabilista.<br />
No edifício Moraes Júnior – nomeação em homenagem ao<br />
profissional –,na Rua Buenos Aires, a sede do Sindicato foi<br />
inaugurada em 1949, onde permanece até hoje.<br />
Com o passar do tempo e o aumento da demanda de<br />
profissionais no mercado, o ensino superior passou a ser<br />
uma necessidade. Inclusive, a carta de fundação do Sindicato<br />
previa a criação de uma graduação. Foi então que no mesmo<br />
dia 25 de abril do ano de 1964, inaugurou-se a Faculdade de<br />
Ciências Contábeis e Administrativas Moraes Júnior.<br />
Após a inauguração do curso, o número de profissionais no mercado<br />
aumentou significativamente, inclusive de mulheres. Esse crescimento<br />
relaciona-se com o primeiro nome feminino, no ano de 1991, Lygia<br />
Sampaio, a constar em peça de inscrição em 1991; e a posse da<br />
primeira presidente mulher, Vitória Maria da Silva, em 2006. Após sua<br />
gestão, mais duas mulheres assumiram o cargo: Damaris Amaral<br />
(2010-2014) e a atual presidente Lygia Sampaio (2014-2018).<br />
4 I Mensário Brasileiro de Contabilidade
1916<br />
Fundação do<br />
Instituto Brasileiro<br />
de Contabilidade<br />
(IBC)<br />
1917<br />
2006<br />
Primeira<br />
mulher<br />
assume a<br />
presidência<br />
do Sindicato<br />
O Sindicato e a contabilidade na história<br />
Primeira publicação<br />
do Mensário<br />
Brasileiro de<br />
Contabilidade<br />
1926<br />
1991<br />
Primeira mulher<br />
a integrar<br />
a Diretoria do<br />
Sindicato<br />
Aprovação do<br />
Regulamento<br />
da Escola<br />
Técnica do<br />
Comércio<br />
1931<br />
Obrigatoriedade do<br />
registro dos guardalivros<br />
e contadores na<br />
Superintendência do Ensino<br />
Comercial<br />
1941<br />
IBC assume<br />
oficialmente a<br />
categoria de<br />
sindicato<br />
1946<br />
Criação do sistema<br />
CFC-CRC’s por<br />
meio do Decreto-<br />
Lei nº 9.295/1946<br />
1949<br />
No edifício Moraes<br />
Junior é inaugurada<br />
a sede do Sindicato<br />
1964<br />
Inauguração da<br />
Faculdade Moraes<br />
Júnior<br />
Mensário Brasileiro de Contabilidade I 5
capa<br />
Tecnologia em<br />
benefício de todos<br />
Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e) chega ao varejo fluminense e<br />
informatiza o acesso aos dados de compras<br />
Após a publicação do Decreto Estadual-RJ nº 44.785/14,<br />
em 13 de maio, a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica<br />
(NFC-e) chegou oficialmente ao estado do Rio de Janeiro.<br />
O documento vai facilitar o processo de compra no<br />
varejo e trazer uma série de vantagens para contribuintes,<br />
consumidores, meio ambiente e também para o controle fiscal<br />
pelas administrações tributárias. O trabalho dos profissionais<br />
da contabilidade também será impactado positivamente.<br />
A NFC-e é um documento caracterizado pelo modelo<br />
totalmente digital e consolida a evolução dos antigos<br />
comprovantes em papel, utilizados no varejo. Ela foi<br />
desenvolvida para substituir a Nota Fiscal de Venda a<br />
Consumidor (modelo 2) e o Cupom Fiscal emitido por<br />
Escrituração Contábil Fiscal (ECF), em todo o território nacional.<br />
Para a auditora fiscal da Secretaria de Estado de Fazenda<br />
do Rio de Janeiro (SEFAZ-RJ) e uma das líderes do projeto,<br />
Cristiane Calazans, todos os personagens envolvidos nesse<br />
cenário serão beneficiados. “Simplificação das obrigações<br />
acessórias, transmissão de dados em tempo real para a<br />
Secretaria da Fazenda (SEFAZ), redução de gastos em<br />
papel e mobilidade são alguns dos benefícios que a NFC-e<br />
trará para as operações comerciais”, listou.<br />
Cristiane avaliou que, quando o contribuinte tem suas<br />
obrigações simplificadas, o trabalho dos profissionais<br />
da contabilidade também se torna menos complexo. A<br />
auditora reforçou que, com a implantação do NFC-e, todos<br />
os dados de uma operação comercial serão transmitidos<br />
automaticamente e em tempo real para a SEFAZ.<br />
“Toda burocracia que envolvia as antigas notas fiscais será<br />
extinta. A extração de memória da ECF e a transmissão das<br />
informações, por exemplo, não é mais responsabilidade do<br />
profissional contábil. Tendo em vista que a NFC-e tem o mesmo<br />
padrão de emissão dos demais documentos eletrônicos – NF-e,<br />
CT e MDF-e –, o contribuinte e o profissional da contabilidade<br />
terão mais facilidade para lidar com a emissão e a escrituração,<br />
pois seguem praticamente a mesma regra”, evidenciou.<br />
NFC-e na prática<br />
No momento da compra no varejo, seja presencial ou para<br />
entrega em domicílio, será gerado e transmitido para a SEFAZ o<br />
documento eletrônico e entregue ao consumidor o documento<br />
auxiliar de nota fiscal (DANFE NFC-e). A critério do cliente, ele<br />
poderá ser impresso com informações resumidas ou detalhadas<br />
ou mesmo não ser impresso. Esse processo é feito por um<br />
software, que deve ser adquirido pelo contribuinte. A ferramenta é<br />
mais simples que as antigas impressoras de nota fiscal e reduzirá<br />
os custos do negócio.<br />
No DANFE NFC-e será impresso um QR Code, que por meio de<br />
leitura via smartphone e/ou tablet, fornecerá todas as informações<br />
referentes à compra. Os dados também podem ser enviados por<br />
SMS e/ou por e-mail. Por fim, a descrição da operação comercial<br />
será transmitida em tempo real para a SEFAZ e a NFC-e poderá<br />
ser visualizada em qualquer dispositivo com acesso à Internet.<br />
Etapa principal<br />
Em 1º de outubro, a SEFAZ-RJ disponibilizará em seu site o<br />
credenciamento para a emissão do NFC-e, em sua fase principal,<br />
denominada ambiente de produção. Nessa configuração, o<br />
documento já tem validade jurídica e, assim, os efeitos legais<br />
próprios de documentos fiscais. Em paralelo, também está<br />
disponível para todos os contribuintes a experiência no ambiente<br />
de testes, mas o documento emitido não tem legalidade.<br />
Para orientar ainda mais quanto à utilização da novidade, o site<br />
da SEFAZ-RJ tem uma seção de orientação sobre a NFC-e, onde<br />
vídeos institucionais e a elucidação de dúvidas frequentes ajudam a<br />
apresentar a ferramenta.<br />
Confira mais informações<br />
no site da SEFAZ-RJ.<br />
6 I Mensário Brasileiro de Contabilidade
Flexibilidade e eficiência<br />
• Consumidor<br />
Pode checar os dados da compra em qualquer dispositivo com<br />
acesso à Internet ou por SMS, no celular. Além de conseguir<br />
verificar a autenticidade do documento fiscal no site da SEFAZ. O<br />
acúmulo de papéis oriundos de operações comerciais também<br />
será reduzido.<br />
• Contribuinte<br />
Os custos operacionais do negócio são reduzidos com a utilização<br />
de equipamentos mais simples e com economia em papel especial<br />
para impressão da antiga nota fiscal. O atendimento torna-se mais<br />
ágil e flexível, o que se reflete positivamente nos negócios.<br />
• Fisco<br />
Visitas presenciais de fiscais em estabelecimentos comerciais não<br />
serão mais necessárias, pois todas as informações serão enviadas<br />
em tempo real para a SEFAZ.<br />
• Meio ambiente<br />
É preservado com a redução da produção<br />
de papel e a diminuição do acúmulo de<br />
resíduos em decorrência de<br />
sua utilização.<br />
Por dentro do assunto<br />
Com o intuito de esclarecer dúvidas sobre a implantação<br />
da NFC-e, o SINDICONT-Rio, em parceria com o CRCRJ<br />
e SESCON-RJ, promoveu no dia 5 de agosto uma<br />
palestra sobre o tema. Os auditores fiscais da SEFAZ-RJ<br />
e líderes do projeto, Cristiane Calazans e João Carlos<br />
do Nascimento, explicaram o funcionamento da nova<br />
sistemática de notas fiscais, destacaram seus benefícios<br />
e esclareceram as dúvidas dos presentes. A iniciativa foi<br />
realizada no Salão Nobre Mario Lorenzo Fernandez.<br />
Cristiane lembrou, por meio de uma linha do tempo, a evolução<br />
dos dispositivos que geram notas fiscais até o desenvolvimento<br />
da NFC-e. Em sua apresentação, João Carlos destacou que<br />
26 estados brasileiros aderiram ao Projeto. “Vários deles já<br />
instituíram cronograma para implantação da NFC-e. No Rio de<br />
Janeiro, as datas estão previstas no Anexo II-A da Parte II da<br />
Resolução SEFAZ nº 720/14. Ele prevê a substituição gradual<br />
do ECF pela NFC-e”, esclareceu.<br />
• Profissional da contabilidade<br />
Não será mais responsável<br />
pela comunicação obrigatória<br />
de uso do ECF, bem como<br />
o envio de suas informações<br />
para a SEFAZ, que agora será<br />
realizado automaticamente e<br />
em tempo real.<br />
Cristiane Calazans falou sobre os benefícios da utilização da NFC-e<br />
Mensário Brasileiro de Contabilidade I 7
Entrevista<br />
Diferencial<br />
pela educação<br />
O primeiro associado do SINDICONT-Rio na gestão 2014-2018 tem mais de 25 anos<br />
de experiência no meio contábil. O professor Antonio Ranha, com histórico de atuação<br />
em instituições de educação como Fundação Getúlio Vargas, Faculdade Omni e<br />
Universidade Federal Fluminense (UFF), tem contribuído para o desenvolvimento<br />
e a valorização da categoria. Em entrevista ao MBC, ele falou sobre a inserção da<br />
tecnologia nas atividades da classe e a importância da constante atualização do<br />
profissional da contabilidade<br />
Quando surgiu a vontade de ingressar<br />
na carreira contábil, e mais<br />
especificamente, na área<br />
de auditoria?<br />
O interesse de atuar no<br />
meio contábil surgiu aos 18<br />
anos, quando trabalhava<br />
como contínuo em uma<br />
empresa multinacional.<br />
O meu chefe era<br />
um profissional da<br />
contabilidade, irlandês,<br />
e ajudá-lo nas tarefas do<br />
dia a dia me despertou<br />
o desejo de ingressar na<br />
área. Dentro da empresa<br />
progredi até chegar ao<br />
cargo de auxiliar contábil.<br />
Até que em 1985 decidi iniciar<br />
o curso de Ciências Contábeis<br />
na Faculdade Souza Marques,<br />
posteriormente, com o objetivo de<br />
aprofundar os estudos em auditoria, fiz<br />
a transferência para a Universidade Gama<br />
Filho. O interesse pelo ramo surgiu quando<br />
trabalhava no Ministério da Saúde e foi<br />
concretizado em 1988, ano em que comecei<br />
como trainee de auditoria na empresa KPMG,<br />
onde permaneci até 2001.<br />
Como é dividir a carreira entre a academia e o<br />
mercado de trabalho?<br />
Com a necessidade de aprofundar meus<br />
conhecimentos em contabilidade,<br />
em 2000, iniciei o mestrado em<br />
Economia Empresarial na UCAM-RJ.<br />
Desde então, a academia entrou<br />
permanentemente na minha vida.<br />
Há quatro anos ocupo a cadeira de<br />
professor na área de contabilidade<br />
societária da UFF, o que me dá<br />
grande satisfação profissional.<br />
Buscando me qualificar ainda<br />
mais, atualmente sou doutorando<br />
em Business Administration na<br />
Florida Christian University (EUA). Em<br />
paralelo a minha carreira acadêmica,<br />
em 2007, fundei a Humaitá Auditores<br />
Independentes, empresa que me permite<br />
e obriga de toda a forma estar ligado ao<br />
mercado, ainda que apenas como sócio.<br />
Que orientação você daria aos profissionais<br />
que estão em início de carreira?<br />
Para os profissionais que estão entrando agora no universo<br />
contábil, diria que estar atento à atualização das normas<br />
contábeis e tributárias é essencial para o crescimento na área.<br />
Aqueles com alto nível de qualificação e preparados para atuar<br />
nesse sentido vão se destacar e de fato serão um diferencial<br />
para a categoria.<br />
8 I Mensário Brasileiro de Contabilidade
entrevista<br />
De que modo a tecnologia está impactando o dia a<br />
dia do profissional da contabilidade?<br />
A tecnologia tornou-se algo indispensável para o<br />
desenvolvimento das práticas diárias da categoria.<br />
Mas, faço uma ressalva em relação aos métodos de<br />
utilização. Em contabilidade, a aceleração das atividades,<br />
permitida por ferramentas tecnológicas, só vai existir se o<br />
profissional dominar aquilo que o computador<br />
e/ou sistemas não podem oferecer aos seus usuários:<br />
o conhecimento contínuo da matéria contábil. O que<br />
costumo dizer em sala de aula é: “O que vai definir a<br />
qualidade do funcionamento de um sistema é quem está<br />
no comando dele”. Assim, acredito que a tecnologia<br />
oferece uma série de benefícios à categoria, mas ela<br />
só terá uma aplicabilidade eficiente quando os usuários<br />
dominarem os conhecimentos que abrangem desde as<br />
teorias até as práticas contábeis.<br />
Atualmente, qual é a sua participação em instituições<br />
em prol dos profissionais da contabilidade?<br />
No CRCRJ atuo como conselheiro, além de ocupar na<br />
atual gestão o cargo de vice-presidente de Controle<br />
Interno no Conselho Diretor e<br />
coordenar a Comissão de<br />
Educação Continuada<br />
da entidade. O meu<br />
primeiro envolvimento<br />
com o CRCRJ<br />
aconteceu em<br />
2010, quando fui<br />
convidado a fazer<br />
parte da Comissão<br />
de Educação<br />
Profissional<br />
Continuada. Também<br />
sou associado do<br />
Instituto dos Auditores<br />
Independentes do Brasil<br />
(IBRACON), onde desde 2012<br />
exerço a função de presidente da<br />
Comissão de Ética Profissional. Em 2014, fui empossado<br />
como Membro da Academia de Ciências Contábeis do<br />
Estado do Rio de Janeiro (ACCERJ), ocupando a cadeira<br />
de nº 23, além de me vincular ao SINDICONT-Rio, sendo o<br />
primeiro sócio da atual gestão.
eVENTOS<br />
Integrantes da diretoria do SINDICONT-Rio participaram de curso, em Curitiba<br />
(Foto: Assessoria de Imprensa da CNPL)<br />
Aperfeiçoamento<br />
das ações sindicais<br />
A diretoria do SINDICONT-Rio participou nos dias 14 e 15 de agosto<br />
do Curso de Formação Sindical. A iniciativa, realizada em Curitiba,<br />
foi promovida pela Confederação Nacional das Profissões Liberais<br />
(CNPL). “Entender a estrutura do movimento sindical é essencial para<br />
desenvolvermos ações com consequências efetivas para a categoria”,<br />
destacou a presidente do SINDICONT-Rio, Lygia Sampaio.<br />
O presidente da CNPL, Carlos Alberto Schmitt, participou da abertura<br />
do evento e reforçou a importância do curso para o fortalecimento<br />
das ações sindicais. Entre os temas abordados estavam a história do<br />
movimento sindical, o momento atual da atividade e o sindicalismo em<br />
escala global. Também foram debatidas as principais necessidades<br />
dos profissionais liberais em todas as instâncias, que incluem<br />
Confederação, Federações e Sindicatos. Dentro desse contexto,<br />
o SINDICONT-Rio está filiado à Federação dos Contabilistas nos<br />
Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia (FEDCONT) que,<br />
por sua vez, é filiado à CNPL.<br />
Fortalecimento<br />
do Terceiro Setor<br />
No dia 7 de agosto, o III Seminário de Prestação<br />
de Contas do Terceiro Setor reuniu um time de<br />
profissionais gabaritados para apresentar uma<br />
série de questões voltadas para as entidades<br />
sem fins lucrativos. Entre elas: formas de controle<br />
e transparência, aspectos jurídicos e impactos<br />
decorrentes das Normas Contábeis e do novo<br />
Decreto 8.242/2014.<br />
Sediado no Salão Nobre Mario Lorenzo Fernandez,<br />
o evento foi uma realização do CRCRJ e da<br />
Fundação Roberto Marinho, em parceria com<br />
SINDICONT-Rio, SESCON-RJ, UNIPEC-RJ,<br />
FEDCONT, ACCERJ e APJERJ.<br />
Para o vice-presidente do CRCRJ, Dr. Francisco<br />
Alves, o aprimoramento da prestação de<br />
contas das entidades do Terceiro Setor atende<br />
primordialmente ao interesse público. “Com<br />
o objetivo de gerar resultados cada vez mais<br />
eficazes, é essencial investir ainda mais na<br />
profissionalização direcionada para as instituições<br />
sem fins lucrativos”, destacou.<br />
Alternativas para débitos<br />
O SINDICONT-Rio, em parceria com CRCRJ, SESCON-RJ<br />
e UNIPEC-RJ, promoveu, no dia 29 de julho, palestra para<br />
esclarecer dúvidas sobre a utilização do Programa Especial<br />
de Pagamento de Débitos Tributários (PDD), lançado pela<br />
Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro (SEFAZ-RJ).<br />
O subsecretario do órgão, George Santoro, e o auditor fiscal<br />
da SEFAZ-RJ Hélio Madureira conduziram a iniciativa, realizada<br />
no Salão Nobre Mario Lorenzo Fernandez. O Programa é um<br />
incentivo à quitação de débitos tributários de ICM e ICMS.<br />
Os desdobramentos da Lei nº 12.996/14, conhecida como<br />
Refis da Crise, também foram apresentados em palestra<br />
realizada no Salão Nobre Mario Lorenzo Fernandez, no dia<br />
18 de agosto. Ela é a terceira reabertura da Lei nº 11.941/09,<br />
que prevê o parcelamento de débitos tributários. Na ocasião,<br />
o chefe da Equipe de Parcelamento da Receita Federal do<br />
Brasil, Alexandre Moreira, esclareceu que seria incorporado à<br />
norma o pagamento de débitos vencidos até 31 de dezembro<br />
de 2013, de pessoas físicas ou jurídicas.<br />
Hélio Madureira pontuou os benefícios da adesão ao PDD<br />
“A expectativa é que até meados de 2015 eles já estejam<br />
aptos para serem consolidados”, destacou. A adesão ao<br />
Refis da Crise foi encerrada em 25 de agosto de 2014.<br />
10 I Mensário Brasileiro de Contabilidade
Os principais impactos<br />
da Lei nº 12.973/2014<br />
na contabilidade<br />
Com a convergência às normas internacionais de contabilidade<br />
se inaugurou um novo ciclo na era contábil. Isso forçou o fisco a<br />
posicionar-se sobre o tratamento tributário a ser adotado diante das<br />
novidades introduzidas. Durante alguns anos, instalou-se o Regime<br />
Tributário de Transição - RTT, até que em 13 de maio de 2014 foi<br />
promulgada a Lei nº 12.973.<br />
A Lei nº 12.973/2014, em grande parte, pode ser adotada,<br />
de maneira optativa, já para o exercício 2014 ou de maneira<br />
obrigatória em 2015.<br />
Para o ajuste a valor presente, exigido pelas novas normas<br />
contábeis, para operações de longo prazo, ficou estabelecido<br />
que a tributação ocorrerá de forma simultânea com a operação<br />
principal, ou seja: o AVP deve ser oferecido à tributação de maneira<br />
conjunta com a operação principal.<br />
O valor justo de modo geral enquadra-se na neutralidade<br />
tributária, ou seja: o ganho ou a perda não interfere na questão<br />
tributária, devendo seus reflexos serem ajustados<br />
extra contabilmente e destacados em subconta.<br />
artigo<br />
Por Laudelino Jochem<br />
(www.laudelinojochem.com.br)<br />
A depreciação, que segundo as normas internacionais deve<br />
ser estimada com base na vida útil e no valor residual, possui<br />
dois tratamentos tributários distintos: neutralizar as diferenças<br />
produzidas entre a norma contábil e as alíquotas divulgadas pelo<br />
fisco, ou através de laudo técnico pericial idôneo aplicar as quotas<br />
estimadas a partir desse laudo.<br />
O Imobilizado e o Intangível com custo de aquisição superior a<br />
R$ 1.200,00 ou vida útil superior a um ano devem ser ativados,<br />
já os inferiores a R$ 1.200,00 ou vida útil igual ou inferior a um<br />
ano, podem ser considerados despesas assim que incorridas.<br />
É importante que cada profissional da contabilidade faça<br />
uma análise minuciosa da Lei nº 12.973/2014 para ver<br />
todas as alterações e reflexos produzidos, evitando assim<br />
aborrecimentos futuros: fica esta dica para você!<br />
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(21) 2224-2281<br />
Assessoria Jurídica<br />
Trabalhista<br />
Dr. Jory França<br />
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(21) 2224-2281 - Ramal 34<br />
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