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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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certificado de censura, interditou a mostra que aconteceria no mês de<br />

maio com 25 produções na programação. Os <strong>vídeo</strong>s tratavam de temas<br />

como Comunidade Eclesiais de Base, trabalho da mulher, mobilização de<br />

índios, <strong>lutas</strong> <strong>sociais</strong> da América Central, entre outros. Constava também<br />

na programação o <strong>vídeo</strong> que retratou a criação da CUT. 15<br />

Na ocasião se verificou a potência do <strong>vídeo</strong> como meio de intervenção<br />

na luta política por conta de seu baixo custo, facilidade de operação e<br />

por sua característica ágil e imediata que reduzia o tempo entre gravação<br />

e exibição, permitindo veicular imagens de acontecimentos recentes. A interdição<br />

da mostra contribuiu para fortalecer a consciência de classe entre<br />

os realizadores de <strong>vídeo</strong> popular.<br />

O acontecimento gerou fatos bastante positivos para os grupos de <strong>vídeo</strong><br />

popular, pois evidenciou a necessidade de encontros de trabalho entre os<br />

próprios realizadores e também a oportunidade de pensar-se em algum tipo<br />

de entidade que pudesse levar adiante sistematicamente a discussão sobre<br />

<strong>vídeo</strong> popular […]. 16<br />

O processo em torno dessas três atividades resultou na realização, no mês<br />

de setembro de 1984, da quarta atividade que antecedeu a fundação da<br />

ABVMP; o I Encontro Nacional de Grupos Produtores de Vídeo no Movimento<br />

Popular no Instituto Metodista de Ensino Superior em São Bernardo<br />

do Campo, que reuniu representantes de 45 grupos de todo Brasil e tinha<br />

como proposta catalisar as necessidades dos coletivos atuantes no período.<br />

Formar-se uma associação de pessoas que trabalham com o <strong>vídeo</strong> popular,<br />

com os objetivos de dar continuidade ao trabalho de organização desses<br />

grupos, de representá-los politicamente, de buscar financiamento para<br />

a compra de equipamentos de pós-produção para uso coletivo, de facilitar<br />

15 Vídeo Clat, in Boletim da Associação Brasileira de Vídeo Popular (São Paulo, 1984), 1.<br />

16 Luiz Fernando Santoro, A Imagem nas Mãos – o <strong>vídeo</strong> popular no Brasil (São<br />

Paulo: Summus, 1989), 66.<br />

66 QUEBRADA?

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