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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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melhores soluções não apenas estéticas, mas também de intervenção e<br />

tratamento dos conteúdos dos programas, o que acaba permitindo a confecção<br />

de <strong>vídeo</strong>s, em geral, mais elaborados.<br />

A questão é pensar, contudo, como deve ocorrer a formação de produtores<br />

de <strong>vídeo</strong> popular. Existe uma crença equivocada de que um bom<br />

conhecimento da linguagem audiovisual é a garantia de uma boa formação.<br />

A quase totalidade dos cursos que existem no mercado enfatiza o manuseio<br />

da câmera e da ilha de edição, por meio de um grande conhecimento dos<br />

recursos dos equipamentos e de informações sobre a “gramática da imagem”.<br />

Há, todavia, uma falta de metodologias que fomentem a ampliação<br />

do conhecimento de outras referências audiovisuais, ainda que o Youtube e<br />

as diferentes presenças de <strong>vídeo</strong> na internet facilitem definitivamente essa<br />

tarefa. Em decorrência do desconhecimento teórico e da pouca leitura sobre<br />

a produção audiovisual, muitas vezes, os realizadores deparam-se com<br />

problemas e dilemas considerados e estudados desde o início do cinema militante,<br />

das rádios livres, das primeiras TVs comunitárias, em que se discutiram<br />

o papel dos comunicadores e se experimentaram elementos de linguagem<br />

e narrativas diversas. A autossuficiência de ter em mãos uma câmera<br />

com grande qualidade e um software de edição com amplas possibilidades<br />

cria a sensação perigosa de que a sofisticação tecnológica basta para uma<br />

produção interessante e com qualidade técnica.<br />

Novos espaços de exibição<br />

A consolidação das emissoras comunitárias e locais é outro desafio fundamental<br />

para os produtores de <strong>vídeo</strong>. Em 2009, havia mais de uma centena<br />

dessas emissoras legalizadas em todo o País. Reunidas em associações,<br />

como a Associação Brasileira de Canais Comunitários (ABCCOM) e a Associação<br />

dos Canais Comunitários do Estado de São Paulo (ACCESP), tais<br />

emissoras não são apenas videocassetes públicos, em que cada entidade<br />

leva o seu programa para ser exibido, mas participam intensamente, de<br />

forma associada, das discussões sobre políticas públicas de seu interesse,<br />

como possibilidades de financiamento da produção e operação ou a<br />

VÍDEO E MOVIMENTOS SOCIAIS – 25 ANOS DEPOIS 47

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