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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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audiovisual. Esses grupos reavivaram a produção de <strong>vídeo</strong> junto aos movimentos<br />

<strong>sociais</strong>, tratando de temas do cotidiano regional e local, ainda ausentes nas<br />

grandes redes de TV. Os espaços de exibição são, contudo, bem limitados, pois<br />

se resumem frequentemente a mostras fechadas e à internet, pouco acessíveis<br />

ao público-alvo.<br />

• O diálogo possível com o poder público e as políticas de incentivo à produção<br />

audiovisual, mais evidentes a partir das ações do Ministério da Cultura<br />

no governo do presidente Lula e de alguns governos estaduais e municipais,<br />

sobretudo, nos últimos dez anos.<br />

• Estabelecimentos de novos espaços de exibição para a produção independente,<br />

principalmente nas emissoras de TV a cabo, que acabam por gerar<br />

uma interessante oxigenação da programação. Incluem-se aqui as emissoras<br />

do setor público, como as comunitárias, educativas, universitárias, locais e<br />

legislativas. Já se pode observar uma crescente diversidade de programação<br />

e uma produção cada vez mais segmentada.<br />

• A evolução na qualidade e a redução nos preços dos equipamentos de<br />

produção de <strong>vídeo</strong>. Importa destacar ainda que a convergência tecnológica<br />

aproxima a internet e a telefonia móvel da produção audiovisual. Buscam-se<br />

novos conteúdos sobretudo para públicos jovens, de todas as classes <strong>sociais</strong>,<br />

que dialogam com agilidade e sem preconceitos com essas mídias digitais.<br />

O próprio conceito de qualidade técnica das gravações vem sendo revisto<br />

pela clara preferência por uma boa história ou narrativa. O público jovem<br />

aceita sem problemas gravações domésticas feitas com telefones móveis ou<br />

máquinas fotográficas. A produção audiovisual independente, direcionada<br />

para públicos específicos, encaixa-se perfeitamente nesse modelo, que abre<br />

novas perspectivas para o <strong>vídeo</strong> de interesse social.<br />

Esses aspectos trazem novos desafios e oportunidades para os realizadores,<br />

pois superam alguns dos grandes problemas do movimento de <strong>vídeo</strong><br />

iniciado no Brasil nos anos 1980.<br />

42 QUEBRADA?

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