Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
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Nesse âmbito, um dos programas importantes é os Pontos de Cultura,<br />
ligado à Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do MinC, no qual<br />
a sociedade civil passa a ser executora de ações culturais com incentivo do<br />
Ministério, enfatizando a parceria do Estado com entidades privadas de interesse<br />
público sem fins lucrativos. Esse novo tipo de programa de parceria<br />
entre Estado e a sociedade civil é tributária da visão de que a atuação de interesse<br />
público não pode ser meramente estabelecida pelo Estado. Nota-se<br />
também certo investimento em atividades de formação, como nos projetos<br />
Revelando os Brasis – Concurso Nacional de Histórias, Nós na Tela ou Olhar<br />
Brasil, todos projetos da SAV.<br />
O audiovisual na gestão petista é visto cada vez mais como uma área<br />
que não é limitada ao dito “cinemão”, pois, além de contemplar grandes<br />
produtores, começou a integrar outros segmentos da sociedade, tais como<br />
cineclubes, coletivos e associações culturais, grupos de jovens, movimentos<br />
<strong>sociais</strong> e festivais. Ainda assim, a política cultural nos últimos anos busca<br />
construir o fortalecimento de uma indústria de cinema, esta tem sido uma<br />
das áreas prioritárias do investimento do governo. Também não parece razoável,<br />
no contexto político atual, a revisão mais séria de seu mecanismo<br />
chave que é a renúncia fiscal, tão forte é o lobby de produtores e investidores.<br />
Não sendo possível reestruturar o sistema de financiamento à cultura<br />
no Brasil, o caminho pelo qual se pode avançar foi o da política de editais<br />
voltados para a diversidade cultural (edital de Egressos de Projetos Sociais, 21<br />
21 <strong>Ed</strong>ital da SAV de 2007 para apoio à produção de obras audiovisuais digitais<br />
inéditas, de curta-metragem, dos gêneros ficção, documentário ou experimental,<br />
destinado exclusivamente a pessoas físicas integrantes ou egressas de projetos<br />
<strong>sociais</strong> com foco na linguagem audiovisual, desenvolvidos por entidades sem fins<br />
lucrativos. Foram selecionados 20 projetos para receber o apoio individual de até<br />
R$ 30 mil. Essa linha de financiamento durou apenas dois anos.<br />
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