Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
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ealizadas conversas entre representantes da esfera pública, educadores<br />
do audiovisual, realizadores, universidades e demais interessados e parceiros.<br />
A iniciativa pretendeu discutir demandas e soluções de continuidade<br />
para a recém-estruturada rede de agentes, envolvendo o poder público<br />
municipal e tendo em vista a participação de outras esferas públicas e<br />
organizações da sociedade civil. Entre os debates, “Ampliando outros horizontes”<br />
abordava a formação técnica e teórica, estética e conceitual desses<br />
novos realizadores e de suas produções. A mesa “Quanto vale ou é por<br />
quilo” debateu as parcerias necessárias e desejáveis para a continuidade<br />
dos trabalhos dos coletivos, tendo em vista a busca por emancipação e a<br />
autonomia das instituições que promoviam as oficinas.<br />
Foi a partir dessa mostra que o então Fórum de <strong>Cinema</strong> Comunitário<br />
passou a ser conhecido como Fórum de <strong>Cinema</strong> de <strong>Quebrada</strong>, termo que<br />
acabou permanecendo entre alguns participantes do fórum naquela fase<br />
e no meio acadêmico, por conta da aproximação de alguns pesquisadores<br />
naquele período.<br />
Em 2006 o fórum deixou de se encontrar com frequência. Entre os<br />
fatores, o custo e o tempo de locomoção dos integrantes das periferias<br />
até o centro da cidade, divergências de perspectiva, reminiscências da tutoria<br />
das ONGs, a inexistência de soluções imediatas para as demandas<br />
mediante aquele espaço de discussão e a ausência de um projeto político<br />
claro do grupo. É também nesse período que alguns coletivos que integravam<br />
o fórum aprovaram seus projetos no Programa para Valorização das<br />
Iniciativas Culturais (VAI) 6 da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo,<br />
recém-implantado. Sancionado como lei municipal em 2003, teve seus<br />
primeiros projetos aprovados em 2005, contemplando neste e nos anos<br />
6 O Programa para Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) foi criado pela<br />
lei 13.540 (de autoria do vereador Nabil Bonduki) e regulamentado pelo<br />
decreto 43.823/2003, com a finalidade de apoiar financeiramente, por meio<br />
de subsídio, atividades artístico-culturais, principalmente de jovens de<br />
baixa renda do Município de São Paulo de regiões desprovidas de recursos e<br />
equipamentos culturais.<br />
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