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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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cara chamado Maurílio Martins, da Filmes de Plástico, lá de Contagem, foi<br />

um filme que feito pra ESPN, né? E agora terminei o Branco Sai, Preto Fica.<br />

LORENA: Você pode falar um pouco da CeiCine? Como começou,<br />

quais são os trabalhos que o cineclube faz?<br />

ADIRLEY: Então, a CeiCine é um coletivo que nasceu em 2006, mais ou<br />

menos. Nasceu muito ao acaso também. Eu tinha feito Rap – O Canto da<br />

Ceilândia, e esse nome já vem dos caras do rap, sabe? Do Jamaica, do X, do<br />

Marquim, do Japão, rappers das antigas, da velha guarda – vamos dizer,<br />

assim, old school, né, como fala a turma mais da minha idade. O Jamaica<br />

pediu pra gente fazer um clipe de um cara chamado Rei, do Cirurgia Moral.<br />

Eu falei: “Vamos fazer, eu tenho o equipamento, a gente faz, vai ser legal e<br />

tal”. Quando a gente fez esse clipe, tinha eu e um cara chamado João Break,<br />

dois caras que vinham do rap da Ceilândia, na montagem – foi o Jamaica<br />

que montou, eu e ele –, o Jamaica falou: “Ah, vamos colocar um nome<br />

aí”. A. gente colocou CeiCine, assim como se fosse uma marca. Então, a<br />

CeiCine nasceu oficialmente naquele ano, 2006. Eu e o Jamaica numa ilha<br />

de edição, sem muita pretensão, vamos dizer assim, mas a gente pensava<br />

muito nessa coisa de um cinema em Ceilândia, na atuação, como seria uma<br />

representação periférica, nessas coisas, sabe? O coletivo teve uma força<br />

maior no ano seguinte, quando a gente fez o Dias de Greve, porque foi um<br />

processo bem coletivo mesmo, a gente chamou todo mundo e as pessoas<br />

desde o começo estavam entendendo o cinema, interpretação. Ficamos<br />

quase um ano e meio nessa discussão do que era a CeiCine, o coletivo. E o<br />

coletivo vem até hoje, na verdade. Ele promove um cineclube, cria algumas<br />

discussões, mas é sempre um coletivo muito aberto, no sentido de não ter<br />

CNPJ, não tem nada, não é uma empresa. É uma marca, vamos dizer assim,<br />

um imaginário. O nome é o próprio imaginário, sabe?<br />

NAYARA XAVIER: E tem outros realizadores?<br />

ADIRLEY: Tem, é muito dinâmico. Tem o Wellington Abreu; o Antônio<br />

Balbino, que é um cara de Brasilândia; a Denise Vieira, que acabou de fazer<br />

um filme pro Festival de <strong>Cinema</strong> de Brasília também, um filme lindo<br />

214 QUEBRADA?

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