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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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NEGRO JC: O primeiro VAI que a gente ganhou, que foi o <strong>Cinema</strong> de Periferia<br />

Parte Um, foi 3.500 reais o valor que a gente ganhou, né? Mas sem<br />

dúvida, a gente até se inscreve nos demais editais, mas não somos contemplados.<br />

É aquilo que eu estava falando, isso desestimula também, você cria<br />

um roteiro, você cria uma sinopse, elabora e tal, manda pra um edital de cinema<br />

e <strong>vídeo</strong>, como o Proac, por exemplo, e a gente nunca é contemplado…<br />

WILQ: Por que você acha que não é contemplado?<br />

NEGRO JC: Olha, eu não posso falar com certeza, né, mas ainda acredito<br />

em panelas, mano. Porque não é possível que os mesmos ganhem sempre,<br />

e às vezes você vê que são grandes produtoras ou grandes cineastas.<br />

Então você percebe que não tem espaço pros pequenos, né?<br />

MONTANHA: A própria Lei Rouanet.<br />

WILQ: Exatamente, então a gente não vê espaço pros pequenos, na<br />

Lei Rouanet e em várias outras leis e incentivos fiscais por aí, porque<br />

a gente acaba não vendo ganharem.<br />

Vocês acham que precisa ter fomento aos projetos da periferia<br />

nos moldes do VAI?<br />

MONTANHA: Ah, com certeza, eu acho que precisava ter sim, até mesmo<br />

pelo fato de que tem muita gente produzindo. Porque o que tá acontecendo<br />

na periferia agora é que ela tá virando uma fábrica de formar pessoas<br />

na área cultural, mas não estão dando recursos. Hoje você tem os CEUs<br />

dando formação, o pessoal do Centro de Formação, a Casa de Cultura,<br />

você tem vários espaços que estão criando, atiçando, aguçando o desejo<br />

das pessoas de querer fazer um festival, fazer um curta, fazer alguma coisa.<br />

Só tá aguçando, trabalhando o desejo e a questão da decepção por não<br />

conseguir fazer. O VAI é um projeto da hora, mas não abrange todo mundo.<br />

E aí é legal que tenha outros editais por parte do Estado, do Governo Federal,<br />

da prefeitura, que contemplem realmente. Porque não adianta você<br />

só formar o pessoal e deixar a Deus dará.<br />

ENTREVISTAS – FILMAGENS PERIFÉRICAS 207

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