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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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agulhos sendo lançados, várias paradas sendo lançadas, é diferente,<br />

mano. O pessoal nos canais mesmo, você vê os caras focando uns curtazinhas,<br />

arriscando umas paradas que são loucas. O pessoal de interior,<br />

de outro estado, de outra pegada, de outra fita, que por mais que a gente<br />

não conheça, não tenha contato com essas pessoas, a gente acompanha<br />

bastante, né. A gente navega bastante pela internet, consome muito disso<br />

também, entendeu, mas tem uma produção periférica sim.<br />

WILQ: Com o barateamento dos equipamentos, vocês acham que os<br />

processos de produção ficaram mais facilitados, principalmente, pros<br />

diretores negros?<br />

NEGRO JC: Sem dúvida, porque hoje você consegue ter uma câmera adequada<br />

com uma qualidade legal, você consegue ter uma ilha de edição<br />

bacana, você consegue ter uma captação de áudio bacana. E, queira ou<br />

não, isso reflete também no resultado final do trabalho, da obra audiovisual.<br />

Então, com os equipamentos adequados e as ideias bem planejadas,<br />

bem executadas, a gente tem um resultado melhor, né? Até mesmo essa<br />

questão do aprimoramento, com o passar do tempo a gente, por exemplo,<br />

por ter essas ferramentas próximas nos dias de hoje, porque há anos atrás<br />

aí, não vai muito longe, a Filmagens Periféricas tá com 12, 14 anos, não<br />

sei, mas de fato só tem dois anos que a gente possui a nossa câmera, o<br />

nosso microfone e a nossa ilha de edição. Porque, até pouco tempo, uma<br />

das coisas que nos desestimulou – não só a questão financeira, de trazer<br />

dinheiro pra nossas casas – a produzir algumas coisas que a gente gostava<br />

de fazer, foi essa questão dos equipamentos, cara. A gente tinha que pedir<br />

emprestado pro fulano ou pra uma associação, tinha essa dificuldade de:<br />

“Pô, vamos ter que ir lá no centro da cidade pra buscar a câmera, buscar o<br />

tripé”, e não dava pra buscar de condução, porque era perigoso também,<br />

né, ficar andando com câmeras caríssimas no meio da rua. E a Ação <strong>Ed</strong>ucativa,<br />

por exemplo, foi uma ONG que contribuiu muito com a Filmagens<br />

Periféricas, de verdade, é foda. Os caras contribuíram muito com câmera,<br />

tripé, luz. Vamos dizer que 50%, no mínimo, das nossas produções foram<br />

realizadas com os equipamentos da Ação <strong>Ed</strong>ucativa. Então, tem um pouco<br />

204 QUEBRADA?

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