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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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ancos. A partir disso, tanto é necessário que protagonistas da periferia<br />

não só façam as obras audiovisuais mas também os exibi-los e discuti-los<br />

em encontros com as pessoas das próprias comunidades, em estruturas<br />

como campinhos, casas de cultura, salas de ONGs, entre outros.<br />

O existir do cinema de quebrada se refletiu em diversas produções,<br />

distribuições e exibições de obras audiovisuais não só daquelas realizadas<br />

em espaços periféricos. Em diversas ocasiões, por exemplo, o Cinescadão<br />

exibia animações do Anima-Mundi, o CineBecos exibia filmes do cineasta<br />

animador francês Michel Ocelot. De qualquer forma, a produção audiovisual<br />

realizada por protagonistas de periferia tomou uma grande dimensão.<br />

Tanto que garantiu a existência de festivais como o Visões Periféricas e<br />

o CineCufa do Rio de Janeiro, ou mesmo o “Festival Cine Favela” de São<br />

Paulo. Em muitas vezes, os atuais protagonistas audiovisuais realizaram<br />

cursos de curta duração, inclusive, nas Oficinas Kinoforum.<br />

CINUSP: E atualmente como se manifesta essa produção e como funcionam<br />

esses ciclos de exibição?<br />

Atualmente existe um fato curioso, pelo menos na cidade de São Paulo. A<br />

Ação <strong>Ed</strong>ucativa, ONG ligada a diversas ações culturais de periferia, não<br />

publica mais em sua Agenda Cultural da Periferia a cena do audiovisual<br />

periférico. O Cine Favela não colocou ainda sua divulgação para seu festival<br />

de 2014. O CineBecos não realiza mais exibições de filmes na casa de<br />

cultura do M’Boi Mirim. O cineclube Zagaia, de Carapicuíba, não divulga<br />

mais suas atividades. O Cinescadão parou suas atividades. O Arroz, Feijão,<br />

<strong>Cinema</strong> e Vídeo não realizou mais produções audiovisuais. Por outro lado,<br />

o Cine Campinho segue com suas exibições em Guaianazes e algumas itinerantes.<br />

Mas seria esse um declínio do <strong>Cinema</strong> de <strong>Quebrada</strong>?<br />

Revendo a trajetória de algumas das pessoas protagonistas do cinema<br />

de quebrada, podemos entender a atualidade desse movimento. Vanice<br />

Deise (do coletivo Arroz, Feijão, <strong>Cinema</strong> e Vídeo) se formou em pedagogia<br />

e hoje é professora em uma escola estadual, além de ser cantora de rap<br />

junto ao seu marido. Daniel Fagundes e Fernando Solidade (do NCA) atualmente<br />

são professores de <strong>Ed</strong>ucomunicação. Flávio Galvão (do Cinescadão,<br />

ENTREVISTAS – RENATO CANDIDO E RENATA MARTINS 183

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