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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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lado da ponte”. Afinal, seu olhar para mim é mais próximo da piscadela do<br />

garoto que o faz “para divertir maliciosamente seus companheiros”. 23<br />

Interessante pensar momentos como esse como os “espaços entre o<br />

cineasta e o sujeito”, que tanto interessam a David MacDougall. 24 Espaços<br />

– de imagens e linguagem, de memória e sentimentos – carregados<br />

de ambiguidade. Espaços nos quais se cria consciência. Coincidentemente,<br />

MacDougall aborda nesse texto o fazer do filme como uma forma de extensão<br />

do eu para outros,26 25 em vez de meio de recepção ou apropriação,<br />

a exploração nos termos de Peu.<br />

23 Para lembrar Clifford Geertz e a diferença que o etnógrafo deve perceber entre<br />

piscadelas e um tique nervoso. Cf. Clifford Geertz, A Interpretação das culturas<br />

(Rio de Janeiro: Guanabara, 1989).<br />

24 David MacDougall, “Visual anthropology and the ways of knowing,” in<br />

Transcultural cinema (Princeton: Princeton University Press, 1998), 25.<br />

25 “Para o cineasta, então, o fazer do filme [image-making] é principalmente<br />

uma forma de extensão do eu para outros, em vez de uma forma de recepção<br />

ou apropriação” (Ibid., 29; trad. minha). Essa afirmação é parte da segunda<br />

premissa apontada pelo autor para pensar as relações entre cineasta e sujeito.<br />

OS FILMES DA QUEBRADA E O FILME DA ANTROPÓLOGA – ENCONTROS 159

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