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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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Tiradentes, membro da produtora Filmagens Periféricas e ex-aluna das Oficinas<br />

Kinoforum, assina o <strong>vídeo</strong> juntamente com Reinaldo Cardenuto Filho,<br />

que na época trabalhava no Centro Cultural São Paulo, cursava a graduação<br />

em Ciências Sociais na USP e investira seiscentos reais de seu bolso na produção<br />

deste que foi seu primeiro trabalho.<br />

Questões como autoria, representações e autorrepresentações da periferia,<br />

abordadas de forma exemplar nesse filme “híbrido”, foram também<br />

tematizadas nos debates realizados no Festival de 2004. Fora dos filmes, “ao<br />

vivo”, pude ouvir acadêmicos, oficineiros, coordenadores e ex-alunos de projetos<br />

6 discutindo o controle dos mecanismos de produção da representação;<br />

o aprendizado do audiovisual como linguagem; o oficineiro afetado pelo aluno;<br />

o <strong>vídeo</strong> como meio de profissionalização ou de sensibilização; a periferia<br />

como produtora de outra visão sobre si.<br />

Os filmes, seus realizadores, o próprio Festival, os proponentes de<br />

projetos apresentavam-se, todos, de uma única vez, como atores. Desde<br />

então, passei a acompanhar a movimentação da qual pude assistir basicamente<br />

os primeiros passos e que viveu um crescimento significativo nos<br />

anos posteriores. O que em 2004 poderia ser caracterizado como o fomento<br />

da produção audiovisual nas periferias, por meio principalmente de ONGs e<br />

do poder público, passou a se apresentar como um importante movimento<br />

protagonizado pelos próprios membros das comunidades, que começam<br />

a atuar como realizadores, exibidores e militantes de um movimento pela<br />

democratização do audiovisual.<br />

6 Vários dos presentes nesse debate, responsáveis pela formulação das questões<br />

que apresento, são atores que reencontro em diversos momentos da pesquisa:<br />

Moira Toledo, então professora da Kinoforum e organizadora da sessão<br />

Formação do Olhar; Esther Hamburger, antropóloga e professora da ECA-USP,<br />

que vem discutindo a questão do cinema em relação à periferia em seus cursos<br />

e pesquisas; Cláudio Nunes, o TioPac, então membro do Filmagens Periféricas,<br />

grupo que atua em Cidade Tiradentes; Christian Saghaard, então coordenador<br />

das Oficinas Kinoforum.<br />

OS FILMES DA QUEBRADA E O FILME DA ANTROPÓLOGA – ENCONTROS 151

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