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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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popular, da quebrada e/ou da periferia, evidenciando o papel político e<br />

estético do audiovisual. Existiria um cinema da <strong>Quebrada</strong>? O que vem a<br />

ser a quebrada? Relaciona-se a uma topologia, uma estética ou posição<br />

social? O artigo de Diogo Noventa indaga sobre o lugar político mobilizado<br />

pelo uso das expressões popular, comunitário e quebrada. Produções<br />

de baixo custo evidenciam as desigualdades da sociedade brasileira, afirmam<br />

a vitalidade de grupos culturais excluídos economicamente e testemunham<br />

um processo longo de <strong>lutas</strong> de afirmação marcadas por interrupções<br />

constantes.<br />

A heterogeneidade da <strong>Quebrada</strong> ganha neste volume um panorama plural<br />

no estilo, nos problemas levantados e nas análises fílmicas. Entrevistas<br />

e ensaios compõem uma espécie de caleidoscópio, dada a diversidade de<br />

perspectivas, abordagens e agentes <strong>sociais</strong> mencionados. O artigo republicado<br />

de Luiz Fernando Santoro destaca a riqueza da produção acadêmica<br />

em meados dos anos 80 e início dos 90, recupera a experiência da<br />

Associação Brasileira de Vídeo Popular (ABVP) e imputa à organização<br />

social e à nova configuração dos meios de produção e distribuição, agora<br />

mais baratos e acessíveis, a ascensão de novos agentes produtores. Wilq<br />

Vicente e Ananda Stücker trazem uma arqueologia de um conjunto de<br />

ações que incluem o poder público, coletivos, organizações não governamentais<br />

e associações diversas relacionadas ao cinema, <strong>vídeo</strong> e universidades.<br />

O <strong>vídeo</strong> e a noção de quebrada são entendidos como um fenômeno<br />

cultural de inclusão, e afirmação de grupos <strong>sociais</strong>, nos aparelhos culturais<br />

e infraestrutura do centro.<br />

Em primeira pessoa, Renato Candido e Renata Martins apresentam<br />

alguns protagonistas de expressões da <strong>Quebrada</strong> na produção e distribuição.<br />

Experiências como a do CineBecos e do coletivo Arroz, Feijão, <strong>Cinema</strong><br />

e Vídeo arrefeceram, pois seus principais agentes, incluindo os autores<br />

do artigo, tem alçado novos vôos na criação para cinema e tv com outros<br />

parceiros, seja no audiovisual ou no ensino. A produção os leva para longe<br />

das origens, inventando novos destinos.<br />

APRESENTAÇÃO 13

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