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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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OS FILMES DA QUEBRADA E O FILME DA<br />

ANTROPÓLOGA – ENCONTROS 1<br />

Rose Satiko Gitirana Hikiji<br />

PEU: o filme é isso, né…<br />

DAVID: o nosso encontro…<br />

PEU: é… é por meio disso, né. A gente se conheceu por<br />

conta do Panorama…<br />

Entre 2005 e 2008, acompanhei a atuação de realizadores e exibidores de<br />

audiovisual que atuam nas periferias de São Paulo. A pesquisa se deu durante<br />

a produção do filme etnográfico <strong>Cinema</strong> de <strong>Quebrada</strong>. Neste artigo<br />

discuto como os filmes – o da antropóloga e os dos realizadores “periféricos”<br />

– são agentes do encontro etnográfico: explicitam projetos de conhecimento<br />

e ação, afetam a pesquisadora e os sujeitos de formas diversas.<br />

Jean Rouch viu no cinema uma forma de compartilhar a Antropologia.<br />

David MacDougall descreve os filmes etnográficos como meio de extensão<br />

do eu em direção aos outros. Esses antropólogos-cineastas inspiram minha<br />

atuação como pesquisadora-realizadora.<br />

Os interlocutores desta pesquisa são, eles próprios, realizadores de<br />

imagens. Protagonizam um crescente movimento de produção audiovisual<br />

1 Uma versão deste artigo foi originalmente publicada no livro Devires<br />

Imagéticos – a etnografia, o outro e suas imagens, organizado por Marco<br />

Antonio Gonçalves e Scott Head (2009). Esta pesquisa foi desenvolvida com<br />

apoio à pesquisa da Fapesp. Agradeço a Wilq Vicente, interlocutor da pesquisa<br />

e autor do convite para a presente publicação do texto.<br />

OS FILMES DA QUEBRADA E O FILME DA ANTROPÓLOGA – ENCONTROS 147

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