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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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A segunda mostra contou com o olhar de Thaís Scabio, do Núcleo<br />

de Audiovisual do JAMAC no Jardim Miriam, que optou por realizar uma<br />

chamada de trabalhos audiovisuais. Recebemos inscrições do Brasil inteiro.<br />

Cidade de Deus, 10 anos depois (2012) de Cavi Borges e Luciano Vidigal<br />

permitiu a continuidade do debate do ano anterior. O depoimento do<br />

produtor, exibidor, fazedor do asfalto Cavi Borges, um virador que realiza<br />

sozinho ou em associação com cineastas da quebrada, ou da cena experimental<br />

carioca, enriquece o debate sugerindo parcerias que extrapolam os<br />

morros. O debate alimenta a produção da quebrada, segundo Thaís Scabio,<br />

trazendo perspectivas complexas sobre o problema. O coletivo Graffiti com<br />

Pipoca realizou um workshop na universidade trazendo da periferia para<br />

a USP a sua técnica inspirada e irônica de inscrever fragmentos de animações<br />

nos muros da cidade. Personagens bem humorados dançam nas<br />

placas de rua. A Universidade se alimenta da quebrada. Tivemos também<br />

nessa segunda mostra, a presença de Milton Santos Jr., um realizador que<br />

sinaliza a presença no Brasil de uma cinematografia que pode se associar<br />

ao modelo de Nollywood, com seus filmes de baixo orçamento, produzidos<br />

individualmente para um circuito de <strong>vídeo</strong> caseiro, que não passa pelas<br />

salas de exibição.<br />

A terceira mostra tem curadoria de Wilq Vicente, aluno de mestrado<br />

em Estudo Culturais na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP,<br />

e que foi membro do Coletivo de Vídeo Popular de São Paulo. Essa edição<br />

faz uma homenagem a Associação Brasileira de Vídeo Popular (ABVP), por<br />

seu papel precursor na atenção ao <strong>vídeo</strong> em conexão com movimentos e/<br />

ou comunidades populares. A opção pela denominação popular, apresenta<br />

outra vertente do debate. A cultura negra é contemplada em quatro sessões<br />

da mostra, recupera a temática sobre a exclusão sistemática do negro<br />

da história do Brasil e coloca o reverso desta moeda, expresso na persistente<br />

resistência da cultura afro-brasileira.<br />

Integra ainda a terceira edição da mostra, o depoimento de integrantes<br />

do coletivo Filmagens Periféricas, criadores da FUNK TV, e detentores<br />

de um disco de ouro distribuído pelo YouTube como distinção pelos altos<br />

índices de audiência. O coletivo representa as maneiras pelas quais a<br />

APRESENTAÇÃO 11

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