Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.
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LUTO COMO MÃE E AS POLÍTICAS DE<br />
AUTORREPRESENTAÇÃO NO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO<br />
Maria Beatriz Colucci e Alinny Ayalla Cosmo dos Anjos<br />
Tratamos aqui de refletir como os documentários brasileiros que se utilizam<br />
de procedimentos de autorrepresentação, construídos a partir de<br />
iniciativas de organizações da sociedade civil, em escolas de audiovisual,<br />
associações comunitárias e outros espaços similares, sejam elas resultados<br />
de pesquisas <strong>sociais</strong> ou projetos culturais, podem ser vistos como exemplos<br />
privilegiados para pensar o cinema como espaço de ação política e<br />
transformação. Acreditamos que, para além da proposta de autorrepresentação,<br />
tais filmes podem interferir na realidade vivida, dando visibilidade<br />
a problemas <strong>sociais</strong> e transformando a vida de quem deles participa ou<br />
discute, estimulando a construção de representações mais plurais e menos<br />
estereotipadas, bem como atitudes de enfrentamento crítico para outros<br />
grupos e comunidades. Para esta reflexão, dialogamos com diversos estudos,<br />
das teorias do cinema e da comunicação, passando pelos estudos culturais<br />
e <strong>sociais</strong>, num entrecruzamento de abordagens reunidas para contribuir<br />
com a reflexão sobre a produção audiovisual brasileira, propósito<br />
maior desta pesquisa, vinculada ao curso de graduação em Audiovisual, da<br />
Universidade Federal de Sergipe (Ufs).<br />
Sabemos que no Brasil dos anos 2000, num momento de grande expansão<br />
da produção documental, se ampliaram, também, principalmente<br />
junto aos movimentos <strong>sociais</strong>, os espaços de construção audiovisual<br />
LUTO COMO MÃE E AS POLÍTICAS DE AUTORREPRESENTAÇÃO NO DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO 125