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Volume 6 - Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais - Via: Ed. Alápis

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

Em Quebrada? Cinema, vídeo e lutas sociais, 6° volume da coleção CINUSP, pesquisadores e realizadores de diversas regiões do Brasil colocam suas inquietações sobre atores sociais emergentes, cujo lugar na historiografia do cinema brasileiro ainda é uma incógnita, apesar da calorosa discussão e presença laureada em festivais de cinema nacional e internacional.

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A produção desses núcleos tangencia a universidade e a crítica acadêmica.<br />

As intersecções e tensões produzem faíscas, às vezes, produtivas.<br />

A presença de Guile Martins – cineasta formado pela USP, diretor de Canoa<br />

quebrada e Licuri Surf, atualmente mestrando na Universidade Federal<br />

de Goiás – na equipe de Branco sai, Preto fica, sendo responsável pela<br />

montagem, sugere o potencial desses curto-circuitos, ao mesmo tempo<br />

que fortalece a interrogação: <strong>Cinema</strong> da <strong>Quebrada</strong>?<br />

A universidade acompanha esse movimento de maneira fragmentada.<br />

Ex-alunos, alunos de graduação e de pós-graduação e professores se dedicam<br />

a experiências da educação audiovisual democrática. Em 2005, participantes<br />

dos coletivos Cine Favela de Heliópolis; Filmagens Periféricas<br />

e Joinha Filmes, ambos de Cidade Tiradentes; movimento Mudança com<br />

Conhecimento <strong>Cinema</strong> e Arte (MUCCA) do Jardim São Luiz, na região do<br />

Capão Redondo, zona sul da capital paulista; o setor de Formação Política,<br />

Cultura e <strong>Ed</strong>ucação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST);<br />

Escola Livre de <strong>Cinema</strong> de Santo André; FABICINE – Centro de Cidadania<br />

e Juventude da Favela do Sapo; Arroz Feijão <strong>Cinema</strong> e Vídeo, núcleo da<br />

COHAB Taipas; Cine Becos e Vielas do Jardim Ângela, também na região<br />

do Capão Redondo; Cinezaguaia da COHAB de Carapicuiba, compartilharam<br />

seus trabalhos e experiências com professores e estudantes de graduação<br />

e de pós-graduação na ECA, em um curso meu. No ano seguinte<br />

fizemos o movimento contrário, deslocando o curso para as escolas na<br />

periferia, onde projetávamos os filmes seguidos de discussões. 17 A ideia do<br />

curso era promover interlocuções que continuam nas mostras do CINUSP.<br />

17 A ação se deu no interior do projeto Rede de Telas de Auxílio à Pesquisa,<br />

financiado pela Fapesp. Foi apresentada na SOCINE em 2006, resultando nas<br />

publicações E. Hamburger e M. A. Ramos, “<strong>Cinema</strong> Cntemporâneo e Políticas da<br />

Representação de e na Urbe Paulistana,” in São Paulo: Novos Percursos e Atores,<br />

org. L. M. Kowarick e E. Marques (São Paulo: 34, 2011); E. Hamburger, L. C.<br />

Hercules e M. A. Ramos, “Cine contemporáneo y políticas de la representación<br />

de la (y en la) urbe paulistana,” in Miradas Cruzadas: Sociedad, política y cultura,<br />

org. L. M. Kowarick e E. Marques (Quito: OLACCHI, 2011).<br />

O CINEMA IMAGINATIVO DE ADIRLEY QUEIRÓS 111

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