Fevereiro 2017

Edição nº 216 - Fevereiro 2017 Edição nº 216 - Fevereiro 2017

05.02.2017 Views

12 Lusitano R E C A N T O S HELVÉTICOS Zermatt e a sua grandiosidade MARIA DOS SANTOS Não queiram deixar de ouvir esse “grito” dentro do nosso ego. Vivam a vida e sobretudo os sonhos. No sul da Suíça, Wallis, encontramos a montanha mais fotografada deste país dos Alpes! O tão belo Cervin ou Matterhorn com 4478 metros de altitude. Um dos mais elevados. Finalizar 2016 no meio da natureza mãe, foi para mim o melhor dos presentes . Senti-me sortuda, pelo simples facto de ter podido desfrutar da mais bela montanha com alguma neve e um céu azul radiante. Deixar o corpo e a alma relaxar perante a impotência e a potência da força do universo, que me é tão familiar e ao mesmo tempo tão estranha, porque tudo deixou de ter o seu ritmo normal, foi a prenda que me emocionou! Mesmo assim o ar puro o branco da neve e as águas cristalinas dos glaciares, repuseram em mim as energias perdidas, depois de 12 meses de luta profissional e pessoal! A montanha do Cervin conhecida pela sua dimensão diferenciada, faz-nos sonhar. Majestosa quando a olhamos, mágica quando o sol nasce, romântica na despedida do rei astro, desafiante quando as nuvens a atravessam e inspiratória durante os dias plenos de luz, Matterhorn tem todos estes atributos. Acreditem ou não dou valor á saúde mental, emocional e física. É no meio destas paisagens e a esta altitude que os dois pilares que comandam a minha vida e a que chamo de Paz e amor, se acrescentam ás minhas melhores energias. É este equilíbrio que faz de mim uma autêntica guerreira. No início deste 2017 convido-vos a deixar esse “vazio” que por vezes se instá-la em dias menos bons e explorem este belo país que apesar de ser alvo das constantes alterações climatéricas de que o mundo sofre, nas suas cores, paisagens e que o torna frágil e ao mesmo tempo brutalmente catastrófico, mas que tanto tem para nos dar. Os seus fragmentos são sólidos, tocam-nos a alma se estivermos atentos. O seu silêncio vale ouro, o seu ar platina e sem a mãe natureza nada somos. Não queiram deixar de ouvir esse “grito” dentro do nosso ego. Vivam a vida e sobretudo os sonhos.

OPINIÃO Fevereiro 2017 13 Parcerias DOMINGOS PEREIRA DOMINGOS PEREIRA Conselheiro das Comunidades Portuguesas Na Suíça não existe parceria de comunicação entre as repartições públicas e as associações, mas existe parcerias entre consulados, bancos, AICEP, para negócios de jóias de arte-sacra. Em Portugal mudam as leis como as estações do ano. Mas nada muda em quatro estações, nem em vários anos, pelo menos no que se refere ao comportamento das nossas repartições públicas e instituições bancárias. Sabe-se que estes estão dependentes das teorias que os governantes produzem. Mas, como as coisas são postas em prática, deixa muito a desejar, com principais responsabilidades para aqueles que têm as competências nesta área, principalmente nos locais operacionais, sendo a dedicação, responsabilidade, dever, honestidade, respeito inexistente, sendo o comodismo, estatutário-profissional a maior virtude. Nós portugueses a trabalhar e residir no estrangeiro estamos muito dependentes destes dois pilares socioeconómico da sociedade, sendo que uns prestam serviços aos utentes e outros aos clientes. Uns utilizam burocracia, hierarquia, títulos honoríficos, cortesias e cerimónias para fazem prevalecer o seu estatuto profissional acima do dever profissional. Os outros usam critérios suavizadores, lisonjeiros, místicos, para atingirem os seus objectivos profissionais, deixando para traz, a coerência humana e social. Tanto uns como outros usam e abusam da nossa carolice, do nosso indefinido patriotismo, da nossa necessidade, responsabilidade familiar e social, da distância física das nossas raízes. Dia da defesa nacional O Sentimento pela pátria é uniforme nas mulheres e nos homens, mas o dever em servir a pátria sempre foi pratica obrigatória para os homens que se iniciava com o recenseamento militar. Ao contrário do se diz e pensa, o recenseamento militar existe. É automático e universal para todos jovens (homens e mulheres) assim como o dever militar de comparência ao Dia da Defesa Nacional. Esta é uma realidade que muito cidadão desconhece, por uma falta de acesso á informação e por total falta de incumprimento do dever profissional de funcionários públicos, que quando confrontados com a pergunta sobre o tema, respondem: “existe imensa informação na internet e para mais é dever do cidadão de estar informado.” É verdade, o cidadão tem o dever de estar informado, tem o direito de requerer a informação aos órgãos competentes. É verdade que em todas as repartições públicas existe um local para afixar informações de interesse para os utentes, assim como em outros locais (oficialmente reconhecidos) muito frequentado por cidadãos, porquê não existe, porquê não o fazem,? Porquê, não se envia uma circular para as associações? Qual é o dever do funcionário público e de todo o seu colectivo nessa mesma repartição do estado? O negócio No dia um de Janeiro entrou em vigor o acordo (troca de informação automática para questões fiscais entre a Suíça e a mais de cem países, incluindo Portugal). Este acordo não foi feito ontem, ainda foi negociado pelo anterior governo. Portanto tivemos tempo suficiente para informar o cidadão, o contribuinte. Mas na Suíça as repartições do estado português não divulgaram esse acordo nem mesmo agora tem informação á disposição do cidadão, nem a Secretaria de Estado para a Comunidades não deliberou esta tarefa, por exemplo, ao Gabinete de Apoio ao Emigrante (GAE)!? Por parte das Instituições Bancárias o mesmo procedimento. Estas, que estão sempre presentes, atentas, quando existe uma oportunidade de negócio, quando necessário em clarificar as obrigações do cliente. Mas neste caso nada aconteceu, não se fazem ouvir, preferem o silêncio para demonstrar a sua mística Querência profissional… O paradoxo em tudo isto, é que tanto o Estado Português como Instituições Bancárias são grandes impulsionadores ao investimento e envio de remessas para Portugal, pondo muitas vezes em prática cortesias e cerimónias lisonjeiras, discursos místicos. Até mesmo, realizam parcerias - entre consulados, bancos, AICEP -, para negócios de jóias de arte-sacra. Porque não se faz este tipo de parcerias destinado á informação do cidadão, do cliente, sobre o acordo informação automática de assuntos fiscais? Agora fica claro, certas coisas só são importantes para atingirem os seus objectivos pessoais e profissionais.

OPINIÃO<br />

<strong>Fevereiro</strong> <strong>2017</strong><br />

13<br />

Parcerias<br />

DOMINGOS PEREIRA<br />

DOMINGOS PEREIRA<br />

Conselheiro<br />

das Comunidades Portuguesas<br />

Na Suíça não existe parceria de comunicação<br />

entre as repartições públicas e as associações,<br />

mas existe parcerias entre consulados,<br />

bancos, AICEP, para negócios de jóias de<br />

arte-sacra.<br />

Em Portugal mudam as leis como as estações<br />

do ano. Mas nada muda em quatro estações, nem<br />

em vários anos, pelo menos no que se refere ao<br />

comportamento das nossas repartições públicas<br />

e instituições bancárias.<br />

Sabe-se que estes estão dependentes das teorias<br />

que os governantes produzem. Mas, como<br />

as coisas são postas em prática, deixa muito a<br />

desejar, com principais responsabilidades para<br />

aqueles que têm as competências nesta área,<br />

principalmente nos locais operacionais, sendo<br />

a dedicação, responsabilidade, dever, honestidade,<br />

respeito inexistente, sendo o comodismo,<br />

estatutário-profissional a maior virtude.<br />

Nós portugueses a trabalhar e residir no estrangeiro<br />

estamos muito dependentes destes<br />

dois pilares socioeconómico da sociedade, sendo<br />

que uns prestam serviços aos utentes e outros<br />

aos clientes. Uns utilizam burocracia, hierarquia,<br />

títulos honoríficos, cortesias e cerimónias para<br />

fazem prevalecer o seu estatuto profissional acima<br />

do dever profissional. Os outros usam critérios<br />

suavizadores, lisonjeiros, místicos, para atingirem<br />

os seus objectivos profissionais, deixando<br />

para traz, a coerência humana e social.<br />

Tanto uns como outros usam e abusam da nossa<br />

carolice, do nosso indefinido patriotismo, da<br />

nossa necessidade, responsabilidade familiar e<br />

social, da distância física das nossas raízes.<br />

Dia da defesa nacional<br />

O Sentimento pela pátria é uniforme nas mulheres<br />

e nos homens, mas o dever em servir a<br />

pátria sempre foi pratica obrigatória para os<br />

homens que se iniciava com o recenseamento<br />

militar. Ao contrário do se diz e pensa, o recenseamento<br />

militar existe. É automático e universal<br />

para todos jovens (homens e mulheres) assim<br />

como o dever militar de comparência ao Dia da<br />

Defesa Nacional.<br />

Esta é uma realidade que muito cidadão desconhece,<br />

por uma falta de acesso á informação<br />

e por total falta de incumprimento do dever<br />

profissional de funcionários públicos, que quando<br />

confrontados com a pergunta sobre o tema,<br />

respondem: “existe imensa informação na internet<br />

e para mais é dever do cidadão de estar informado.”<br />

É verdade, o cidadão tem o dever de estar informado,<br />

tem o direito de requerer a informação<br />

aos órgãos competentes. É verdade que em todas<br />

as repartições públicas existe um local para afixar<br />

informações de interesse para os utentes, assim<br />

como em outros locais (oficialmente reconhecidos)<br />

muito frequentado por cidadãos, porquê não<br />

existe, porquê não o fazem,? Porquê, não se envia<br />

uma circular para as associações? Qual é o dever do<br />

funcionário público e de todo o seu colectivo nessa<br />

mesma repartição do estado?<br />

O negócio<br />

No dia um de Janeiro entrou em vigor o acordo<br />

(troca de informação automática para questões<br />

fiscais entre a Suíça e a mais de cem países, incluindo<br />

Portugal). Este acordo não foi feito ontem,<br />

ainda foi negociado pelo anterior governo.<br />

Portanto tivemos tempo suficiente para informar<br />

o cidadão, o contribuinte. Mas na Suíça as<br />

repartições do estado português não divulgaram<br />

esse acordo nem mesmo agora tem informação<br />

á disposição do cidadão, nem a Secretaria de<br />

Estado para a Comunidades não deliberou esta<br />

tarefa, por exemplo, ao Gabinete de Apoio ao<br />

Emigrante (GAE)!?<br />

Por parte das Instituições Bancárias o mesmo<br />

procedimento. Estas, que estão sempre presentes,<br />

atentas, quando existe uma oportunidade<br />

de negócio, quando necessário em clarificar<br />

as obrigações do cliente. Mas neste caso nada<br />

aconteceu, não se fazem ouvir, preferem o silêncio<br />

para demonstrar a sua mística Querência<br />

profissional…<br />

O paradoxo em tudo isto, é que tanto o Estado<br />

Português como Instituições Bancárias<br />

são grandes impulsionadores ao investimento e<br />

envio de remessas para Portugal, pondo muitas<br />

vezes em prática cortesias e cerimónias lisonjeiras,<br />

discursos místicos. Até mesmo, realizam<br />

parcerias - entre consulados, bancos, AICEP -,<br />

para negócios de jóias de arte-sacra. Porque não<br />

se faz este tipo de parcerias destinado á informação<br />

do cidadão, do cliente, sobre o acordo informação<br />

automática de assuntos fiscais?<br />

Agora fica claro, certas coisas só são importantes<br />

para atingirem os seus objectivos pessoais<br />

e profissionais.

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