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Viver e sorrir_2016dez_miolo A4_SEM MARCA DE CORTE

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Índice<br />

Palavra do Conselho<br />

Sobre a Prematuridade<br />

Nosso Propósito<br />

Nossa História<br />

2015 em Números<br />

Principais Projetos<br />

Ÿ Apoio ao Ambulatório de Prematuros<br />

Ÿ Assistência Social às Famílias<br />

Ÿ Apoio às UTIs Neonatais<br />

Demonstrativos Financeiros<br />

Palavra do Apoiador<br />

Quadro de Doadores<br />

01<br />

03<br />

07<br />

09<br />

17<br />

19<br />

19<br />

25<br />

29<br />

35<br />

41<br />

42


PALAVRA DO<br />

CONSELHO<br />

Para que prematuros<br />

<strong>Viver</strong> e Sorrir foi criada há 11 anos<br />

Acom o intuito de dar assistência às<br />

famílias carentes atendidas pelo<br />

Ambulatório de Prematuros do Hospital São<br />

Paulo, ligado à Escola Paulista de Medicina da<br />

Universidade Federal de São Paulo<br />

(EPM/Unifesp). Mas, hoje, seu trabalho vai<br />

muito além.<br />

O que percebemos, ao longo de nossa atuação<br />

no ambulatório, foi que muitas famílias sequer<br />

tinham condições de manter o tratamento<br />

destas crianças após a alta hospitalar. Muitas<br />

não conseguiam trazê-las até o consultório,<br />

porque tinham problemas com transporte,<br />

passando pela total ausência de recursos para<br />

exames, remédios, alimentação e outros.<br />

E foi justamente para evitar a perda dessas<br />

crianças que a <strong>Viver</strong> e Sorrir surgiu, oferecendo<br />

leite, fraldas, cestas básicas, cadeira de rodas<br />

e, claro, apoiando o atendimento médico<br />

especializado multiprofissional do<br />

ambulatório.<br />

Para se ter uma ideia, há quase 35 anos,<br />

quando criei o Ambulatório de Prematuros,<br />

bebês de 700g não conseguiam sobreviver.<br />

Hoje, conversando com as mães, temos<br />

pacientes de 450 -600 gramas que estão vivos<br />

e com um bom prognóstico. Isso porque um<br />

melhor atendimento diminui a mortalidade e<br />

melhora a evolução dessas crianças. Tudo<br />

caminha conjuntamente.<br />

Neste sentido, o apoio da ONG tem feito total<br />

diferença nesta realidade. A <strong>Viver</strong> e Sorrir é<br />

um agente importante na melhoria da<br />

qualidade de vida dos prematuros que<br />

atendemos, porque possibilita equilibrar, não<br />

só as condições sociais, mas também<br />

psicológicas de algumas famílias, o que<br />

reflete nitidamente no desenvolvimento das<br />

crianças.<br />

Costumo dizer que o trabalho da ONG se inicia<br />

já na sala de parto. Desde o amparo voluntário<br />

oferecido às mães, os aparelhos de última<br />

geração doados, o uso de algum material<br />

necessário para o atendimento, até a toda a<br />

assistência social feita no Ambulatório de<br />

Prematuros.<br />

Atualmente, em virtude das condições<br />

econômicas do país que afetaram a saúde<br />

financeira dos hospitais, nós da <strong>Viver</strong> e Sorrir<br />

assumimos, inclusive, a manutenção dos<br />

equipamentos doados, que é muito cara.<br />

E não é só isso. Nós também apoiamos a<br />

formação de profissionais de saúde de alto<br />

nível, especializados no tratamento de<br />

prematuros em diversas áreas. Hoje temos<br />

uma equipe de médicos voluntários e<br />

contratados que acompanham pacientes de<br />

0 a 20 anos, por meio de um atendimento<br />

ambulatorial considerado referência no Brasil,<br />

um modelo único.<br />

01 / RELATÓRIO ANUAL 2015


possam ter a possibilidade de viver e <strong>sorrir</strong><br />

A parceria da <strong>Viver</strong> e Sorrir com acadêmicos<br />

da Escola Paulista de Medicina da Unifesp e<br />

médicos do Hospital São Paulo nos propicia<br />

preparar pessoas de todas as regiões do país.<br />

Recebemos estagiários, residentes, formados<br />

em fase de especialização, mestrandos e<br />

doutorandos que chegam para conhecer nosso<br />

trabalho e têm à disposição recursos para<br />

aprender e desenvolver suas pesquisas – e, na<br />

maioria das vezes, acabam permanecendo na<br />

casa para ajudar.<br />

O que eles encontram aqui é um time que<br />

privilegia o tratamento humanitário, que atua<br />

de forma global e preventiva. Médicos que<br />

ainda olham e conversam com seus pacientes<br />

– uma visão de atendimento hoje rara em<br />

nosso meio.<br />

O trabalho da <strong>Viver</strong> e Sorrir precisa continuar e<br />

ser replicado, quem sabe, para outras cidades<br />

e estados. Só assim, vamos efetivamente<br />

mudar a condição destas crianças e diminuir o<br />

índice de mortalidade entre prematuros no<br />

Brasil.<br />

Prof. Dr. Benjamin<br />

Israel Kopelman é um<br />

dos fundadores da<br />

<strong>Viver</strong> e Sorrir – Grupo<br />

de Apoio a<br />

Prematuros.<br />

Médico Pediatra e Professor Emérito da<br />

Escola Paulista de Medicina (Unifesp),<br />

especializou-se em Neonatologia, criando o<br />

Ambulatório de Prematuros do Hospital São<br />

Paulo em 1981.<br />

Foi fundador da Sociedade de Pediatria de<br />

São Paulo. Desde 1963 dedica sua carreira à<br />

Disciplina de Pediatria Neonatal da<br />

universidade e ao desenvolvimento do<br />

atendimento de vidas prematuras. Atualmente<br />

é Acadêmico Titular da Academia Brasileira<br />

de Pediatria.<br />

Dr. Benjamin Israel Kopelman<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE EMÉRITO<br />

VIVER E SORRIR / 02


SOBRE A<br />

PREMATURIDA<strong>DE</strong><br />

Porque abraçar<br />

ouca gente sabe, mas a prematuridade<br />

Pé um problema de saúde pública no<br />

mundo, que cresce a cada dia. São 15<br />

milhões de bebês nascidos com menos de 37<br />

semanas por ano, sendo que 1 milhão deles<br />

não consegue sobreviver, segundo a<br />

Organização Mundial da Saúde (OMS).<br />

E o Brasil está inserido nesse quadro com<br />

dados muito preocupantes do Ministério da<br />

Saúde. Apesar dos avanços tecnológicos e de<br />

termos atingido, nas últimas três décadas,<br />

grande evolução na queda da mortalidade<br />

infantil (no primeiro ano de vida) por fatores<br />

como diarreias, doenças infecciosas,<br />

desnutrição e outros, a prematuridade emite<br />

um sinal de alerta.<br />

Hoje, ela é a principal causa de mortalidade<br />

neonatal (de 0 a 28 dias), representando 56%<br />

dos óbitos nesse período. Também, é uma das<br />

responsáveis pelo falecimento de 48% dos<br />

brasileiros em seu primeiro ano de vida, além<br />

de já ser o segundo motivo entre crianças com<br />

até cinco anos de idade.<br />

Numericamente, somente em 2014 nasceram<br />

antes do tempo mais de 330 mil crianças –<br />

11,17% dos partos. Para se ter uma ideia, esse<br />

índice era pouco maior do que 7% em 2010, o<br />

que representa um aumento de quase 56% em<br />

apenas quatro anos.<br />

Esse cenário nos coloca em décimo lugar<br />

entre os países com mais nascimentos<br />

prematuros. Estamos no mesmo patamar dos<br />

países de baixa renda, onde a prevalência é de<br />

11,8%. Já nas nações de renda média, o<br />

percentual é de 9,4%, conforme divulgado pelo<br />

relatório "Born too Soon" da OMS em 2012.<br />

ÓBITOS<br />

NASCIMENTO<br />

PREMATURO<br />

PERÍODO<br />

NEONATAL<br />

56% 48%<br />

PRIMEIRO<br />

ANO <strong>DE</strong> VIDA<br />

Fonte: Ministério da Saúde 2014 - Sistema de Informações sobre Nascidos<br />

Vivos (SINASC) e Sistema de Informações sobre Mortalidade<br />

03 / RELATÓRIO ANUAL 2015


esta causa<br />

Mesmo diante de um retrato indesejado, a<br />

maioria da população e também dos<br />

profissionais de saúde – ainda pouco<br />

especializados no assunto mundialmente –<br />

desconhece a real condição das crianças<br />

prematuras.<br />

Trata-se de bebês que não estavam<br />

preparados para viver quando nasceram. Por<br />

isso, eles são muito frágeis, pouco maduros do<br />

ponto de vista físico e neurológico. Não são<br />

tão ativos e possuem dificuldades de<br />

amamentação, com maior propensão a<br />

doenças respiratórias, cardíacas,<br />

oftalmológicas, a problemas como septicemia<br />

e meningite, hemorragia intracraniana, anemia<br />

e outros, desde os primeiros dias e com<br />

repercussões até a adolescência e idade<br />

adulta, devido à condição precoce.<br />

Assim, quanto menor o tempo de gestação,<br />

peso ao nascer e a condição biopsicossocial<br />

das famílias, maiores são os riscos de<br />

sequelas – já que o ambiente pode não estar<br />

preparado para abrigar uma vida que precisa<br />

de tantos cuidados.<br />

É aí que a <strong>Viver</strong> e Sorrir cumpre seu papel. Nós<br />

atendemos crianças carentes nascidas com<br />

menos de 37 semanas de gestação e,<br />

principalmente, pesando abaixo de 1,5kg.<br />

Incluem-se aí os casos ainda mais graves,<br />

como os de menos de 28 semanas e peso de<br />

400 a 500g.<br />

E grande parte deles sobrevive em boas<br />

condições porque recebe gratuitamente um<br />

acompanhamento especializado, desde o<br />

nascimento e logo após a alta hospitalar,<br />

capaz de identificar qualquer alteração, o que<br />

permite uma intervenção precoce.<br />

Além disso, as famílias contam com total<br />

apoio social, com doações de tudo o que for<br />

possível para que os pais tenham condições<br />

de cuidar destas crianças. O resultado é a<br />

prevenção de doenças e a redução<br />

significativa de sequelas, aumentando a<br />

qualidade de vida dos assistidos.<br />

Mas, ainda temos muito a fazer. Esse trabalho<br />

necessita ser propagado por todas as regiões<br />

do país. A prematuridade é uma causa que<br />

precisa ser abraçada para que todos se<br />

conscientizem da necessidade do cuidado<br />

preventivo e de um tratamento de qualidade,<br />

fatores fundamentais para reverter o quadro<br />

atual e destacar o Brasil entre as nações com<br />

maior conhecimento no assunto.<br />

a<br />

Dr . Ana Lucia Goulart<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE DO CONSELHO TÉCNICO DA<br />

VIVER E SORRIR<br />

VIVER E SORRIR / 04


O que pode provocar<br />

um parto prematuro<br />

esmo com o avanço médico no<br />

MBrasil, a população menos<br />

favorecida ainda apresenta como<br />

causas importantes da prematuridade o<br />

pré-natal mal assistido, além de doenças<br />

preveníveis e tratáveis como: infecções<br />

urinárias, hipertensão específica da gravidez e<br />

até sífilis.<br />

No outro extremo, entre aqueles com melhor<br />

condição financeira, a fertilização (com maior<br />

incidência de gêmeos) e a gestação tardia<br />

despertam a atenção. Ter filhos cada vez mais<br />

tarde também traz consigo outra questão de<br />

alto risco: as cesáreas.<br />

O país é o segundo no mundo com maior<br />

percentual de partos com data marcada<br />

(55,6%), perdendo apenas para a República<br />

Dominicana (56,4%), o que impacta<br />

diretamente em erros de cálculo gestacional e<br />

o consequente nascimento fora de época.<br />

05 / RELATÓRIO ANUAL 2015


Principais problemas que afetam recém-nascidos<br />

com peso inferior a 1500g<br />

32%<br />

Intercorrências clínicas como: doenças<br />

respiratórias, infecções, problemas<br />

cardíacos e de crescimento<br />

21%<br />

18%<br />

12%<br />

10%<br />

10%<br />

6%<br />

3%<br />

Dificuldades de linguagem<br />

Alterações comportamentais<br />

Déficit motor<br />

Déficit visual<br />

Transtorno de déficit de<br />

atenção/hiperatividade<br />

Déficit auditivo<br />

Transtorno do espectro do autismo<br />

87%<br />

Defeitos no esmalte dos dentes<br />

Profa. Dra. Ana Lucia Goulart, médica<br />

Pediatra e Neonatologista formada pela<br />

Escola Paulista de Medicina da<br />

Universidade Federal de São Paulo<br />

(Unifesp), é fundadora da <strong>Viver</strong> e Sorrir.<br />

Também é uma das responsáveis pela<br />

criação do Dia em Atenção ao<br />

Prematuro (14 de março), vigente na<br />

cidade e no estado paulistas.<br />

Atualmente chefia o Departamento de<br />

Pediatria da universidade, é<br />

coordenadora docente dos hospitais<br />

afiliados (Hospital Municipal Vereador<br />

José Storopolli, Hospital Estadual de<br />

Diadema e Hospital Geral de Pirajussara)<br />

e coordenadora do Ambulatório de<br />

Prematuros do Hospital São Paulo.<br />

VIVER E SORRIR / 06


NOSSO<br />

PROPÓSITO<br />

MELHORAR A SAÚ<strong>DE</strong><br />

E A QUALIDA<strong>DE</strong> <strong>DE</strong> VIDA<br />

<strong>DE</strong> CRIANÇAS<br />

E ADOLESCENTES<br />

PREMATUROS NO<br />

BRASIL, POR MEIO<br />

DO APOIO AO<br />

TRATAMENTO MÉDICO<br />

E AUXÍLIO SOCIAL ÀS<br />

FAMÍLIAS.<br />

07 / RELATÓRIO ANUAL 2015


<strong>Viver</strong> e Sorrir - Grupo de Apoio ao<br />

APrematuro é uma organização sem fins<br />

lucrativos, criada por mães e<br />

profissionais de saúde sensibilizados com o<br />

dilema de famílias que não estão preparadas<br />

para receber e cuidar de vidas tão frágeis.<br />

A instituição ampara prematuros de 0 a 20<br />

anos, principalmente os considerados de<br />

muito baixo e extremo baixo pesos (menos de<br />

1.500 e 1.000 gramas, respectivamente), com<br />

o intuito de aumentar as chances de sobrevida<br />

e reduzir a ocorrência de sequelas<br />

provenientes dessa condição.<br />

Um melhor atendimento diminui a<br />

mortalidade e, consequentemente, melhora<br />

a evolução destas crianças. Tudo caminha<br />

conjuntamente.”<br />

Dr. Benjamin Kopelman<br />

Presidente Emérito da <strong>Viver</strong> e Sorrir<br />

Se fosse para eu comprar o leite e o<br />

suplemento eu não conseguiria. Essa<br />

ajuda é muito importante para mim porque<br />

ajuda muito ela, é maravilhoso. ”<br />

Silvani Aparecida Costa Santos<br />

Mãe<br />

Se não houvesse o suporte da ONG seria<br />

muito difícil existir o atendimento do<br />

ambulatório. Essa ajuda facilita muito por<br />

causa das doações de leite, medicamentos<br />

e do apoio na nossa estrutura de trabalho.”<br />

Dra. Renata Borrozzino<br />

Pediatra do Ambulatório de Prematuros<br />

Não fosse esse atendimento nem sei o<br />

que eu faria, por onde começaria. Nunca<br />

pensei em ter filhas prematuras e que uma<br />

delas precisaria de cuidados especiais. Eu<br />

só queria saber se ela sobreviveria. ”<br />

Carolina Rocha Rissatte<br />

Mãe<br />

VIVER E SORRIR / 08


NOSSA<br />

HISTÓRIA<br />

Onze anos<br />

2004<br />

NASCE<br />

A VIVER E SORRIR<br />

criação da ONG é impulsionada por um<br />

Agrupo liderado pelos pediatras Benjamin<br />

Israel Kopelman e Ana Lucia Goulart, cujo<br />

desejo é oferecer maior assistência aos<br />

prematuros de baixa renda nascidos no Hospital<br />

São Paulo, na capital paulista. Logo no início,<br />

recebe apoio financeiro do Hospital e Maternidade<br />

Santa Joana.<br />

Nesta época, enquanto o Serviço Social amparava<br />

os familiares, os pacientes eram atendidos por uma<br />

equipe multidisciplinar composta por Pediatra,<br />

Neurologista, Fonoaudiólogo e Fisioterapeuta –<br />

agora, todos também apoiados pelos voluntários<br />

da casa.<br />

De largada, o foco da instituição é a ampliação do<br />

trabalho que já era oferecido pelo Ambulatório de<br />

Prematuros do Hospital São Paulo, mas que sofria<br />

com a falta de recursos e a dificuldade das famílias<br />

em aderir ao tratamento.<br />

Em pouco tempo, as crianças passam a receber<br />

doações de medicamentos, alimentos, exames,<br />

transporte, próteses e outros materiais aos quais<br />

não tinham acesso anteriormente.<br />

09 / RELATÓRIO ANUAL 2015


de grandes conquistas<br />

2005<br />

2006<br />

1º ANIVERSÁRIO DA INSTITUIÇÃO<br />

AMPLIAÇÃO DO<br />

ATENDIMENTO<br />

MULTIDISCIPLINAR<br />

AOdontopediatria passa a fazer parte<br />

das especialidades oferecidas pelo<br />

Ambulatório de Prematuros, com a<br />

chegada da Dra. Liliana Takaoka. Os<br />

prematuros recebem atendimento preventivo e<br />

tratamento bucal, desde os primeiros meses<br />

de vida até a adolescência com todo o suporte<br />

da ONG.<br />

A <strong>Viver</strong> e Sorrir comemora seu aniversário com<br />

um jantar beneficente no Espaço Rosa<br />

Rosarum, cuja renda é totalmente doada ao<br />

projeto. Um evento que ocorre por dez anos<br />

até o fechamento do local, em 2014.<br />

Com uma arrecadação anual garantida, a ONG<br />

adquire condições de planejar a expansão de<br />

suas atividades para os próximos anos.<br />

VIVER E SORRIR / 10


2007<br />

2008<br />

CRIAÇÃO<br />

DO DIA<br />

DO PREMATURO<br />

or iniciativa da <strong>Viver</strong> e Sorrir e apoio do<br />

Pvereador Gilberto Natalini, 14 de março é<br />

oficializado como o Dia Municipal em<br />

Atenção ao Prematuro (Lei 14568, de 23 de<br />

outubro de 2007).<br />

A data que homenageia Albert Einstein, nascido na<br />

mesma condição, é criada para mobilizar a<br />

sociedade sobre a questão da prematuridade como<br />

problema de saúde pública.<br />

No mesmo ano, a área de Psicologia é integrada à<br />

equipe de atendimento multidisciplinar do<br />

Ambulatório de Prematuros, um diferencial<br />

importante para o desenvolvimento das crianças e<br />

amparo de familiares.<br />

11/ RELATÓRIO ANUAL 2015


2009<br />

1ª FESTA<br />

DO PREMATURO<br />

Com o decreto oficial do Dia do Prematuro, a <strong>Viver</strong><br />

e Sorrir começa a comemorar anualmente essa<br />

data. A partir de então, todo ano uma grande festa é<br />

organizada às crianças e famílias atendidas com<br />

guloseimas, palhaços, muitas brincadeiras e<br />

doações de brinquedos.<br />

ODONTOLOGIA TEM<br />

ATUAÇÃO AMPLIADA<br />

Com o aumento do número de crianças e da<br />

incidência de casos que necessitam de atenção<br />

específica, a equipe de Odontologia ganha reforços:<br />

além da Odontopediatria – que identifica, trata e<br />

previne doenças – os prematuros passam a contar<br />

com a Reabilitação Neuro Oclusal (RNO), uma<br />

especialidade que direciona o crescimento da face,<br />

da boca e suas funções, imprescindível ao<br />

desenvolvimento dos bebês desde os seus<br />

primeiros dias de vida.<br />

Com isso, o atendimento odontológico consolida<br />

sua atuação preventiva, tornando-se referência na<br />

redução das intercorrências que afetam a<br />

qualidade dessas vidas.<br />

VIVER E SORRIR / 12


2010<br />

REFORMA DO AMBULATÓRIO<br />

<strong>DE</strong> PREMATUROS: NOVAS SALAS<br />

PARA ATENDIMENTO<br />

- A casa que abriga o Ambulatório de Prematuros já<br />

não dava conta do volume de atendimentos. Além<br />

de pequeno, o local precisava de reparos.<br />

É com o recebimento de novos recursos doados<br />

pelo Hospital e Maternidade Santa Joana, que a<br />

<strong>Viver</strong> e Sorrir viabiliza a reforma que acaba com os<br />

problemas estruturais, melhora a acessibilidade e<br />

amplia suas instalações:<br />

Consultórios de Pediatria: em maior número, mais<br />

amplos e com novos equipamentos, abrigam<br />

médicos e pacientes com conforto e exclusividade.<br />

Copa e cozinha: antes improvisada, recebe um<br />

espaço com estrutura para o preparo de lanches e<br />

pequenas refeições oferecidas às crianças e<br />

familiares durante a estadia no ambulatório.<br />

Bazar permanente: uma nova sala é criada para<br />

concentrar tudo o que é recebido para doações:<br />

cestas básicas, enxovais de prematuros, fórmulas<br />

lácteas (leites especiais), brinquedos, roupas e<br />

livros são selecionados e organizados para serem<br />

oferecidos às crianças e famílias atendidas pelo<br />

projeto.<br />

Sala de Fisioterapia: ganha mais espaço e se torna<br />

específica para esse atendimento, com todos os<br />

equipamentos necessários e adequados.<br />

Consultório de Odontologia: é remanejado a um<br />

local estratégico para facilitar o acesso de crianças<br />

com deficiência e passa a contar com duas<br />

cadeiras odontológicas, além de equipamentos<br />

mais modernos.<br />

CRIAÇÃO DO DIA ESTADUAL<br />

<strong>DE</strong> ATENÇÃO AO PREMATURO<br />

- Oficialização estadual do Dia de Atenção ao<br />

Prematuro com apoio do deputado Celso Giglio (Lei<br />

13.971, de 10 de março de 2010).<br />

13 / RELATÓRIO ANUAL 2015


2011 2012<br />

INAUGURAÇÃO<br />

DO CONSULTÓRIO<br />

OFTALMOLÓGICO<br />

Em continuidade à reforma do ano anterior,<br />

patrocinada pelo Hospital Santa Joana, a ONG<br />

inaugura o Consultório Oftalmológico do<br />

ambulatório, com todos os equipamentos<br />

necessários para consultas e exames de crianças e<br />

adolescentes.<br />

REVITALIZAÇÃO DA UNIDA<strong>DE</strong><br />

NEONATAL DO HOSPITAL<br />

SÃO PAULO<br />

- A ajuda financeira recebida de Chella e Moise<br />

Safra viabiliza a reforma de um dos mais<br />

importantes polos formadores de profissionais<br />

de saúde do país.<br />

A Unidade Neonatal do Hospital São Paulo tem<br />

sua área física ampliada de 244 para 423 m²,<br />

permitindo aumento da capacidade de<br />

internação de 25 para 31 leitos equipados com<br />

novos aparelhos, divididos em Cuidados<br />

Intensivos, Intermediários, Isolamento e<br />

Método Canguru, além da implantação do<br />

Posto de Coleta de Leite Humano.<br />

A especialidade é somada à equipe de atendimento<br />

médico multidisciplinar, que, ao todo, já atinge mais<br />

de 6 mil consultas no ano.<br />

VIVER E SORRIR / 14


2013<br />

ATENDIMENTO AMBULATORIAL<br />

ATINGE EXCELÊNCIA E CONTA<br />

COM MAIS DUAS ESPECIALIDA<strong>DE</strong>S<br />

- A criação do serviço especializado em Nutrição<br />

permite aos pacientes do Ambulatório de<br />

Prematuros receberem uma dieta personalizada<br />

conforme suas necessidades, reduzindo a<br />

incidência de desnutrição e obesidade. Com isso,<br />

as doações de fórmula láctea e cestas básicas<br />

viabilizadas pela <strong>Viver</strong> e Sorrir são revistas e<br />

ampliadas para melhor atender as famílias mais<br />

carentes.<br />

Também com o apoio da ONG, soma-se ao trabalho<br />

do ambulatório a Fisiatria. A especialidade<br />

aprimora a avaliação e a indicação de órteses,<br />

próteses e outros recursos para melhorar a<br />

capacidade motora, cognitiva e neurológica de<br />

crianças e adolescentes.<br />

PARCERIA PARA DIAGNÓSTICO<br />

<strong>DE</strong> AUTISMO REFORÇA PIONEIRISMO<br />

DO SERVIÇO A PREMATUROS<br />

Estudos indicam que nascidos antes do tempo são<br />

suscetíveis a desenvolver Transtorno do Espectro<br />

do Autismo (TEA). Em razão disso, a parceria com<br />

o Laboratório TEA-MACK da Universidade<br />

Presbiteriana Mackenzie, um dos principais centros<br />

de pesquisa nessa área, completa o atendimento<br />

diferenciado do ambulatório.<br />

A ajuda dos novos integrantes e da ONG viabiliza a<br />

avaliação dos pequenos, realizada gratuitamente<br />

duas vezes ao ano, para direcionar a atuação dos<br />

profissionais de saúde.<br />

Ao todo, já são 10 áreas essenciais de saúde que<br />

atendem de forma global os prematuros: Fisiatria,<br />

Fisioterapia, Fonoaudiologia, Neurologia, Nutrição,<br />

Odontologia, Oftalmologia, Pediatria, Psicologia e<br />

Serviço Social.<br />

15 / RELATÓRIO ANUAL 2015


2014<br />

2015<br />

NOVA REFORMA NO AMBULATÓRIO <strong>DE</strong><br />

PREMATUROS: CONSTRUÇÃO <strong>DE</strong> MAIS<br />

SALAS E REESTRUTURAÇÃO DO<br />

ATENDIMENTO<br />

A demanda crescente motivou a <strong>Viver</strong> e<br />

Sorrir, mais uma vez, a uma nova<br />

ampliação física da casa para<br />

acomodação dos pacientes, criando<br />

salas específicas para Assistência Social,<br />

Esterilização Odontológica, Fonoaudiologia,<br />

Nutrição e Psicologia, além das áreas<br />

administrativas do ambulatório e da ONG.<br />

A divisão dos espaços facilita o trabalho de todos<br />

os profissionais e organiza o fluxo de pessoas no<br />

local. A ampliação é novamente patrocinada pelo<br />

Hospital e Maternidade Santa Joana.<br />

VIVER E SORRIR SE PREPARA<br />

PARA UMA NOVA FASE <strong>DE</strong><br />

GESTÃO<br />

A chegada de novos membros à Direção marca<br />

mais uma etapa da instituição. O objetivo nessa<br />

nova fase é incorporar uma visão corporativa à<br />

gestão da ONG, a partir do próximo ano.<br />

A adoção de práticas administrativas de mercado,<br />

que tornam os processos mais eficientes e trazem<br />

maior transparência aos controles, é uma evolução<br />

importante que vai permitir aumentar a captação de<br />

recursos, ampliar a assistência e disseminar o<br />

modelo da ONG para todo o Brasil.<br />

VIVER E SORRIR / 16


2015<br />

EM NÚMEROS<br />

130<br />

NOVOS PREMATUROS<br />

NO ANO<br />

VIDAS<br />

ASSISTIDAS<br />

1165<br />

976<br />

CRIANÇAS<br />

189<br />

ADOLESCENTES<br />

PROFISSIONAIS<br />

<strong>DE</strong> SAÚ<strong>DE</strong><br />

VOLUNTÁRIOS<br />

123,25<br />

HORAS <strong>SEM</strong>ANAIS<br />

27<br />

<strong>DE</strong>NTISTAS<br />

PSICÓLOGOS<br />

FISIOTERAPEUTAS<br />

<strong>DE</strong>RMATOLOGISTAS<br />

FONOAUDIOLOGOS<br />

FISIATRAS<br />

5.158<br />

HORAS/ANO<br />

R$ 127.045,81<br />

ANO


HOSPITAIS E ATENDIMENTOS MÉDICOS<br />

APOIADOS PELA VIVER E SORRIR<br />

8.012<br />

no<br />

NO AMBULATÓRIO <strong>DE</strong> PREMATUROS<br />

DO HOSPITAL SÃO PAULO<br />

4<br />

*<br />

HOSPITAIS *<br />

DOAÇÕES REALIZADAS<br />

PARA CRIANÇAS E FAMILIARES<br />

CERCA <strong>DE</strong><br />

R$ 219.000,00<br />

AO<br />

9,7%<br />

ANO<br />

2014<br />

2014<br />

2015<br />

2015<br />

total de<br />

atendimentos<br />

AMPARADOS COM RECURSOS<br />

PARA MANUTENÇÃO <strong>DE</strong> ATENDIMENTO<br />

13,6%<br />

mais consultas<br />

somente em Pediatria<br />

H O S P I TA L S Ã O P A U L O . H O S P I TA L M U N I C I PA L<br />

V E R E A D O R J O S É S T O R O P O L L I ( V I L A M A R I A )<br />

HOSPITAL ESTADUAL <strong>DE</strong> DIA<strong>DE</strong>MA . HOSPITAL GERAL <strong>DE</strong><br />

P I R A J U S S A R A ( T A B O Ã O D A S E R R A )<br />

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA ESCOLA PAULISTA <strong>DE</strong><br />

MEDICINA (EPM/UNIFESP) E AFILIADOS.<br />

R$ 6.233,00<br />

FRALDAS E CESTAS BÁSICAS<br />

141 PACOTES <strong>DE</strong> FRALDA<br />

41 CESTAS BÁSICAS<br />

R$ 164.356,00<br />

FÓRMULAS LÁCTEAS<br />

13.075 LATAS<br />

R$ 25.435,00<br />

EM MEDICAMENTOS E EQUIPAMENTOS<br />

<strong>DE</strong> SUPORTE DIÁRIO (CURATIVOS,<br />

GAZES, LUVAS, SONDAS, ALGODÃO ETC.)<br />

R$ 23.069,00<br />

APARELHOS ORTOPÉDICOS, ADAPTAÇÕES<br />

E M C A D E I R A S D E R O DA, Ó C U LO S ,<br />

MATERIAIS <strong>DE</strong> USO ODONTOLÓGICO<br />

6 ÓRTESES<br />

12 PARES <strong>DE</strong><br />

PALMILHAS<br />

13 ÓCULOS<br />

4 ADAPTAÇÕES<br />

CA<strong>DE</strong>IRAS <strong>DE</strong> RODAS


PRINCIPAIS PROJETOS<br />

APOIO AO AMBULATÓRIO<br />

<strong>DE</strong> PREMATUROS<br />

Juntos pela qualidade de vida<br />

Com a ajuda da <strong>Viver</strong> e Sorrir, Ambulatório de<br />

Prematuros constrói um modelo de<br />

assistência médica especializada considerado<br />

único em todo o país<br />

O Ambulatório de Prematuros existe desde<br />

1981 com o propósito de oferecer assistência<br />

médica multidisciplinar para bebês carentes,<br />

nascidos em três instituições de saúde ligadas<br />

à Escola Paulista de Medicina da Unifesp. Do<br />

Hospital São Paulo, chegam as crianças com<br />

peso inferior a 2kg e, dos hospitais Estadual de<br />

Diadema e Municipal Vereador José Storopolli,<br />

as com menos de 1,5kg.<br />

No início, tudo era muito difícil: apenas quatro<br />

especialidades, pouquíssimos recursos e sem<br />

espaço adequado. A chegada da <strong>Viver</strong> e Sorrir,<br />

a partir de 2004, trouxe um alento e fez com<br />

que a Casinha, como o projeto é conhecido<br />

hoje, mudasse de patamar. De lá para cá, teve<br />

sua estrutura física ampliada, passou a<br />

oferecer mais especialistas e melhores<br />

equipamentos de trabalho foram garantidos.<br />

Atualmente, dez grandes especialidades<br />

essenciais à prematuridade assistem 1.165<br />

vidas, em um espaço com infraestrutura<br />

adequada a cada atendimento. “Não fosse a<br />

O passo a passo da assistência ao prematuro<br />

NOS DIAS INICIAIS DO RECÉM-NASCIDO<br />

Pediatria: É o primeiro profissional que recebe a<br />

criança no ambulatório, o que ocorre em, no<br />

máximo, sete dias após a alta hospitalar. O pediatra<br />

acompanha a vida do prematuro até os 20 anos de<br />

idade, sendo responsável pela avaliação clínica e<br />

encaminhamento aos demais profissionais de<br />

saúde.<br />

Oftalmologia: Assiste toda a evolução ocular dos<br />

pacientes desde a internação. Um grupo<br />

especializado em formação da retina acompanha<br />

os bebês até o sexto mês, devido ao risco de<br />

Retinopatia, uma doença que pode levar à cegueira.<br />

Após esse período, as crianças passam por<br />

consultas anuais de rotina.<br />

Fisioterapia: Ajuda a evitar sequelas motoras<br />

graves, independente da disfunção. Com sessões<br />

semanais, atende prematuros logo nos primeiros<br />

dias de vida, inclusive durante a internação na UTI.<br />

19 / RELATÓRIO ANUAL 2015


ONG, o crescimento que o ambulatório teve ao<br />

longo dos anos não teria acontecido”, reforça<br />

Dra. Ana Lucia Goulart, presidente do Conselho<br />

Técnico e coordenadora do ambulatório.<br />

A PARTIR DOS PRIMEIROS 30 DIAS (CONFORME NECESSIDA<strong>DE</strong> DA CRIANÇA)<br />

Nutrição: Analisa o estado nutricional da criança e<br />

tem como responsabilidade avaliar a dieta e<br />

orientar sobre as ofertas nutricionais mais<br />

adequadas à promoção de seu crescimento.<br />

Psicologia: Grupo que auxilia o tratamento de<br />

qualquer intercorrência ou transtorno relacional que<br />

possa interferir no desenvolvimento. Trabalha com<br />

as famílias questões como as "perdas do bebê<br />

esperado" e a dificuldade de vínculo mãe-bebê,<br />

além de incentivar a autonomia dos pacientes. As<br />

terapias ocorrem de forma individual ou em grupo e<br />

não há limite mínimo de idade para o atendimento.<br />

Fisiatria: É uma especialidade clínica que<br />

acompanha crianças com determinado atraso em<br />

sua evolução neurológica, motora ou cognitiva.<br />

Atua na prescrição de órteses, cadeira de rodas,<br />

medicamentos e na avaliação de desenvolvimento,<br />

trabalhando lado a lado com as demais<br />

especialidades.<br />

VIVER E SORRIR / 20


Modelo referência no Brasil - Uma equipe<br />

multidisciplinar especializada na<br />

prematuridade, que cuida da saúde global e<br />

atua de forma preventiva até a idade adulta.<br />

Certamente você nunca ouviu falar de nada<br />

parecido na saúde brasileira.<br />

Logo que recebe alta do hospital, o prematuro<br />

passa por uma bateria de avaliações e<br />

consultas com profissionais de diversas áreas,<br />

que discutem juntos o melhor tratamento e a<br />

evolução de cada paciente. “Ter uma equipe<br />

com a qual você sabe que pode trabalhar em<br />

conjunto, contar com outros profissionais, é<br />

extremamente importante. Eu queria que<br />

tivesse isso em outras unidades de saúde,<br />

porque outros prematuros teriam uma<br />

oportunidade muito maior de se desenvolver“,<br />

diz Catherine Marx, médica que coordena o<br />

atendimento da Neurologia na Casinha.<br />

Além disso, eles também se mobilizam para<br />

evitar a evasão das famílias. “A gente é muito<br />

persistente. Às vezes, quando temos um caso<br />

grave e a mãe deixa de vir ao ambulatório, a<br />

gente vai atrás, liga para ela para saber o que<br />

está acontecendo”, conta a pediatra Renata<br />

Borrozzino. Segundo ela, isso ocorre porque o<br />

tratamento geralmente é longo e requer muito<br />

comprometimento dos pais, dependendo do<br />

estado de saúde da criança ou adolescente.<br />

O passo a passo da assistência ao prematuro<br />

A PARTIR DOS 6 MESES<br />

Neurologia: Identifica possíveis atrasos no<br />

desenvolvimento neurológico, que afetam a parte<br />

motora e a capacidade de aprendizado. O<br />

acompanhamento é feito até a fase de<br />

alfabetização.<br />

Odontologia Pediátrica: Trabalha principalmente a<br />

prevenção de doenças e a profilaxia dentária, desde<br />

o período infantil até o início da fase adulta do<br />

prematuro. Além disso, é responsável pelo<br />

encaminhamento de casos de má formação ou<br />

correção da arcada para os demais profissionais da<br />

área.<br />

Fonoaudiologia: Possibilita o tratamento de<br />

distúrbios e o desenvolvimento da audição, da<br />

linguagem e da motricidade oral em prematuros.<br />

Neste último, o atendimento ocorre logo que o<br />

paciente chega ao ambulatório, por ser uma<br />

especialidade indicada a crianças com Paralisia<br />

Cerebral e que, por isso, precisam de cuidados<br />

imediatos.<br />

21 / RELATÓRIO ANUAL 2015


Unifesp forma<br />

profissionais<br />

com auxílio<br />

da <strong>Viver</strong> e Sorrir<br />

Um modelo único, que a <strong>Viver</strong> e Sorrir quer<br />

ajudar a propagar pelo país. Para Dra. Ana<br />

Lucia, é preciso incentivar a multiplicação<br />

dessa estrutura: “A gente quer ensinar o passo<br />

a passo de como chegamos até aqui para<br />

outras instituições, para que se reproduza esse<br />

modelo; ninguém possui a experiência que<br />

adquirimos nesses anos”.<br />

O Ambulatório de Prematuros recebe<br />

residentes, estudantes de especialização,<br />

mestrado e doutorado que chegam de todo o<br />

Brasil por meio da EPM/Unifesp para<br />

consolidar seus conhecimentos, realizar<br />

atendimentos e estudos.<br />

Além de aprenderem sobre o universo da<br />

prematuridade, eles tomam contato com uma<br />

assistência humanizada, que valoriza o<br />

tratamento do paciente de forma global: o<br />

indivíduo e sua família. Essa visão torna a<br />

Casinha muito mais do que um centro de<br />

referência em prematuridade, mas também<br />

um espaço diferenciado para troca de<br />

experiências, de formação e de pesquisa.<br />

A PARTIR DOS 3 ANOS<br />

(OU CONFORME A NECESSIDA<strong>DE</strong> DA CRIANÇA)<br />

Odontologia - Reabilitação Neuro Oclusal: Trabalha<br />

a reabilitação da forma e função da cavidade bucal,<br />

que envolve a estrutura da cabeça, face e pescoço.<br />

Atua em pacientes com anomalias graves, como<br />

assimetria facial e problemas na mandíbula,<br />

direcionando o crescimento maxilar e facial para o<br />

correto desenvolvimento da mastigação, sucção,<br />

respiração e postura da cabeça.<br />

A PARTIR DOS 6 ANOS<br />

Neuropsicologia: Avalia o desenvolvimento<br />

cognitivo e o processo de aprendizagem da<br />

criança. O objetivo é ajudá-la a iniciar um dos<br />

períodos mais importantes para sua vida, que é a<br />

escolarização.<br />

Psicopedagogia: Tem como foco estimular e<br />

facilitar o processo de aprendizagem por meio de<br />

recursos lúdicos como jogos, dramatizações e<br />

contação de histórias, principalmente em casos de<br />

déficit de atenção, problemas com memorização,<br />

de escrita e outros. Atende crianças com até oito<br />

anos e, em alguns casos, também préadolescentes.<br />

VIVER E SORRIR / 22


NOSSOS PREMATUROS<br />

A cada passo, a esperança de um novo futuro<br />

s gêmeas Gabrielly e Giovanna Dias<br />

ARodrigues, hoje com quatro anos,<br />

nasceram numa data muito especial –<br />

um 14 de março, o Dia de Atenção ao<br />

Prematuro, criado pela <strong>Viver</strong> e Sorrir. A mãe,<br />

Gilda, sentiu contrações e a bolsa estourou na<br />

trigésima semana. As meninas nasceram de<br />

surpresa e com muito baixo peso: 1,4 kg e 1,3<br />

kg, respectivamente. Durante os 44 dias de UTI<br />

Neonatal ambas tiveram complicações típicas<br />

de prematuros, que culminaram numa<br />

limitação de seus movimentos.<br />

Após a saída do hospital, imediatamente as<br />

gêmeas foram abraçadas pelo Ambulatório de<br />

Prematuros e a <strong>Viver</strong> e Sorrir. Foi então que<br />

começou a maratona para garantir que as<br />

meninas tivessem o melhor desenvolvimento<br />

possível.<br />

As pequenas gêmeas solicitavam cuidados<br />

intensos e a família teve de lidar com uma<br />

escolha: “Minha patroa falou: ou você cuida<br />

delas ou trabalha”, conta Gilda. Assim, o pai<br />

assumiu sozinho as contas da casa. Apesar<br />

das dificuldades, os pais seguiram em frente<br />

com o tratamento enquanto a <strong>Viver</strong> e Sorrir<br />

garantia os medicamentos, as fraldas e a<br />

fórmula láctea para que nada faltasse a elas.<br />

Gabrielly e Giovanna tiveram de encarar uma<br />

rotina intensa com vários especialistas,<br />

exames e fisioterapia duas vezes por semana.<br />

Foi aí que, quatro meses depois, veio a notícia:<br />

ambas tinham um tipo de paralisia cerebral<br />

que atinge a sensibilidade e os movimentos<br />

dos membros inferiores: a Diparesia Espástica.<br />

A família assustou.<br />

O passo a passo da assistência ao prematuro<br />

A PARTIR DOS 10 ANOS<br />

Dermatologia: Realiza diagnóstico e tratamento de<br />

doenças de pele, cabelos, unhas e mucosas. Esse<br />

atendimento inicia-se principalmente na fase da<br />

pré-adolescência, a partir dos 10 anos, período em<br />

que ocorrem problemas com acnes e espinhas.<br />

Ortodontia: Atua na prevenção de má oclusões<br />

durante a formação da dentição permanente e na<br />

correção dos dentes com aparelhos.<br />

23 / RELATÓRIO ANUAL 2015


O medo era a limitação da cadeira de rodas ou<br />

a cama – e não era infundado. Com a falta de<br />

conscientização sobre a importância do<br />

cuidado multidisciplinar desde o nascimento<br />

do prematuro, geralmente o diagnóstico acaba<br />

sendo tardio – feito quando a criança já<br />

deveria andar e não consegue. Porém, o apoio<br />

do ambulatório ajudou as gêmeas a<br />

escreverem outra história. Pouco a pouco elas<br />

foram crescendo e, aos dois anos, começaram<br />

a sentar e se firmar em pé com a ajuda de<br />

órteses doadas pela ONG. Quando começaram<br />

a frequentar a escola, elas já andavam com o<br />

andador. E o cuidado foi além: o mobiliário da<br />

classe também foi adaptado para mantê-las<br />

confortáveis na posição adequada – tudo<br />

patrocinado pela <strong>Viver</strong> e Sorrir.<br />

O fisioterapeuta Arthur Santos explica que o<br />

sucesso se deve à atuação precoce. "O mais<br />

importante é perceber a anormalidade motora<br />

e começar a tratar mesmo antes de se fechar o<br />

diagnóstico definitivo". Para ele, as meninas<br />

que sonham em comprar uma casa grande e<br />

cuidar da vovó podem ter um final ainda mais<br />

feliz. “Elas têm boas chances de andar sem<br />

apoio no futuro”.<br />

Hoje, o dia a dia é menos intenso, mas o<br />

acompanhamento continua na Pediatria,<br />

Neurologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia,<br />

Dentista e Oftalmologia. A mãe não poupa<br />

sorrisos ao ver a evolução das gêmeas –<br />

Giovanna até já treina andar de muletas.<br />

“Conheço muitas crianças que tiveram a<br />

mesma paralisia e não andam porque<br />

começaram a fazer o tratamento tarde”, relata.<br />

VIVER E SORRIR / 24


PRINCIPAIS PROJETOS<br />

ASSISTÊNCIA SOCIAL<br />

ÀS FAMÍLIAS<br />

A ajuda que chega na hora certa<br />

O Programa de Auxílio Social da <strong>Viver</strong> e Sorrir vai além da<br />

oferta de doações. É o suporte que famílias de baixa renda<br />

precisam para se reequilibrarem numa realidade incerta<br />

s vezes gêmeos, até quadrigêmeos; ora<br />

Àcompletamente sadios ou com algumas<br />

sequelas. Em outras, é apenas um que<br />

necessita de muita atenção em meio a dois,<br />

três irmãos. A prematuridade não escolhe<br />

casa, mas bate na porta de muitas famílias<br />

que não têm condições financeiras ou sociais<br />

para cuidar de vidas tão fragilizadas por<br />

nascerem antes do tempo.<br />

É o caso dos assistidos pela <strong>Viver</strong> e Sorrir. A<br />

casa atende recém-nascidos, crianças e jovens<br />

com até 20 anos de idade em tratamento no<br />

Ambulatório de Prematuros do Hospital São<br />

Paulo.<br />

Grande parte das mães é surpreendida com a<br />

chegada repentina de uma criança que<br />

geralmente fica internada entre 30 e 90 dias, o<br />

que consome uma boa parcela da licença<br />

maternidade ou até impede muitas de voltarem<br />

ao trabalho.<br />

Outras realidades também esbarram na<br />

questão social. Mães com famílias<br />

desestruturadas, sem amparo de parentes,<br />

com uso de drogas e álcool são algumas das<br />

vulnerabilidades às quais muitas crianças<br />

estão expostas.<br />

Tantas adversidades podem colocar em risco<br />

a evolução e tratamento desses pacientes. Por<br />

isso, a casa mantém uma frente de auxílio<br />

social aos mais carentes, cujas prioridades<br />

são definidas após uma triagem. A meta é<br />

nunca dizer não.<br />

A primeira e principal ajuda é com a<br />

alimentação, fundamental para o<br />

desenvolvimento físico. Cada criança é suprida<br />

com a fórmula láctea – uma composição de<br />

alto custo, que se aproxima do leite materno e<br />

garante a correta nutrição e desenvolvimento<br />

dos bebês de pouco tempo gestacional.<br />

O preço da unidade varia de R$ 30 a R$ 300.<br />

São dez latas mensais por criança,<br />

administradas no primeiro ano de vida. No<br />

entanto, em alguns casos é preciso que seu<br />

uso siga até os dois anos.<br />

Ainda nessa linha, a <strong>Viver</strong> e Sorrir também<br />

apoia quem precisa se alimentar via sonda,<br />

por questões neurológicas graves, e que<br />

depende de uma dieta industrializada bastante<br />

cara, nem sempre totalmente disponibilizada<br />

pelo sistema público.<br />

Entre outras doações estão as fraldas de<br />

vários tamanhos, inclusive para adolescentes.<br />

25 / RELATÓRIO ANUAL 2015


Verba emergencial para transporte, roupas e<br />

cestas básicas a quem perde o emprego ou<br />

está em fase de extrema carência também são<br />

oferecidos.<br />

Além disso, os recém-nascidos recebem um<br />

enxoval com cobertor, xale, macacão, touca e<br />

sapato de lã, mamadeira, chupeta, sabonete e<br />

shampoo – tudo organizado por voluntários.<br />

Mais do que doações materiais – Nem sempre<br />

esse trabalho é suficiente para equilibrar o<br />

ambiente adverso no qual os prematuros estão<br />

inseridos. É necessário amparar também o<br />

coração de pais e cuidadores que precisam<br />

superar mais um desafio pela vida.<br />

Os assistidos contam ainda com o apoio do<br />

Serviço Social, que atua em casos de<br />

desestruturação familiar que estejam<br />

comprometendo o tratamento dos pacientes.<br />

Violência contra a mulher, uso de drogas,<br />

álcool e outros são direcionados aos órgãos<br />

competentes.<br />

Já os psicólogos que atendem no Ambulatório<br />

de Prematuros também oferecem orientação,<br />

dando ferramentas para que as pessoas<br />

tenham condições de refletir e tomar decisões<br />

que possam mudar suas vidas para melhor.<br />

“Às vezes os pais estão numa situação tão<br />

adoecida em seu contexto, tanto na questão<br />

psicológica como socioeconômica, que não<br />

enxergam a saída. O que eles precisam<br />

naquele momento é ser acolhidos”, explica<br />

Salvina Machado, assistente social.<br />

E acolhimento é a palavra de ordem na <strong>Viver</strong> e<br />

Sorrir. O trabalho começa já na unidade<br />

neonatal do Hospital São Paulo, num espaço<br />

que abriga as mães enquanto os bebês ficam<br />

internados. Depois, no ambulatório, a ação<br />

voluntária recepciona, prepara lanches e até<br />

refeições para quem passa o dia no<br />

atendimento médico.<br />

VIVER E SORRIR / 26


Festa do Prematuro:<br />

um dia para se comemorar<br />

a vida<br />

o longo de quase dez anos, o evento<br />

Amais esperado do ano ocorre todo dia<br />

14 de março – pelo menos até agora. É<br />

a Festa do Prematuro, uma comemoração<br />

especial organizada pela <strong>Viver</strong> e Sorrir com o<br />

objetivo de conscientizar as pessoas sobre a<br />

prematuridade como problema de saúde<br />

pública.<br />

A última ocorreu em 2015, no Clube Escola<br />

Unifesp. Um espaço amplo foi dividido em<br />

vários ambientes para pais e filhos, com<br />

barracas de comida, brincadeiras,<br />

escorregadores, piscina de bolinhas e muito<br />

mais. O voluntariado da casa também<br />

preparou uma mesa cheia de brinquedos para<br />

as crianças escolherem. Ninguém saiu de<br />

mãos vazias.<br />

Apesar de ser a única oportunidade de reunir<br />

todas as famílias atendidas pela ONG, a festa<br />

está ameaçada. A <strong>Viver</strong> e Sorrir tem lutado<br />

para estabilizar seu fluxo de caixa por conta da<br />

escassez de verbas e, assim, poder garantir<br />

uma próxima edição.<br />

Bazar permanente<br />

e força voluntária<br />

Criado em 2010, o Bazar Permanente da<br />

<strong>Viver</strong> e Sorrir é o espaço que recebe<br />

todos os materiais doados por<br />

empresas parceiras e pessoas físicas: são<br />

roupas, sapatos, livros, brinquedos, fraldas,<br />

leite, cestas básicas e outros.<br />

Tudo o que chega é separado, limpo e<br />

identificado por três voluntárias. Algumas<br />

chegam até a lavar as roupas em casa, além<br />

de embalar cada brinquedo para doação com<br />

o dinheiro do próprio bolso.<br />

O voluntariado também se divide em tarefas<br />

administrativas, manutenção das instalações,<br />

atendimento, divulgação das ações e<br />

promoção de eventos.<br />

Uma onda do bem que envolve também filhos,<br />

parentes e amigos – todos mobilizados para<br />

conseguir doações às 1.165 vidas amparadas<br />

pela ONG.


NOSSOS PREMATUROS<br />

Uma pequena grande Maria<br />

uem olha a serelepe Maria Clara Santos<br />

Qlogo percebe que ela é um pouco<br />

menor do que deveria ser para a idade<br />

de um ano e dez meses. Mas isso para ela é<br />

um detalhe insignificante. A menina avança<br />

com alegria e coragem na superação de sua<br />

condição.<br />

Tudo começou com uma gravidez difícil.<br />

Silvani, de 32 anos, teve Síndrome HELLP –<br />

uma complicação obstétrica que afeta as<br />

células do sangue e pode provocar a morte da<br />

mãe e do feto.<br />

A falta de recursos e a dificuldade em<br />

conseguir um atendimento médico<br />

especializado a fez sair sozinha da zona rural<br />

de Porteirinha, extremo norte de Minas Gerais,<br />

direto para o Hospital São Paulo. Após uma<br />

parada cardíaca com 28 semanas de gestação,<br />

nasce a prematura: 925g e poucas chances de<br />

sobrevivência.<br />

Foram 204 dias de internação na UTI Neonatal<br />

e muitas complicações. Maria Clara teve de<br />

enfrentar uma séria inflamação intestinal<br />

chamada Enterocolite Necrosante, bastante<br />

temida em pré-termos. Isso causou uma<br />

perfuração no órgão e fez com que ela<br />

perdesse uma parte importante do intestino<br />

responsável pela absorção de alimentos,<br />

provocando uma grave desnutrição.<br />

Desde que saiu do hospital Maria foi amparada<br />

pelo Ambulatório de Prematuros e pela <strong>Viver</strong> e<br />

Sorrir. A precária condição financeira dos pais<br />

sem emprego fixo colocaria em risco seu<br />

tratamento, que depende principalmente de<br />

uma dieta específica muito cara e de difícil<br />

acesso na cidade onde mora.<br />

Os quase 1.200 km de distância até a capital<br />

paulista não são empecilho para cuidar dessa<br />

guerreira. Ela recebeu uma fórmula láctea<br />

especial durante seus primeiros meses. Agora,<br />

a ONG envia pelos Correios um suplemento<br />

nutricional que custa em torno de 480 reais por<br />

mês. “Se fosse para eu comprar o leite e o<br />

suplemento eu não conseguiria. Essa ajuda é<br />

muito importante para mim porque ajuda<br />

muito ela, é maravilhoso”, diz a mãe.<br />

Toda a equipe médica do ambulatório se<br />

mobiliza para atendê-la no menor tempo<br />

possível e otimizar sua vinda a cada dois<br />

meses. “Eu pedi para eles encaminharem ela<br />

para cá (Porteirinha), mas eles não abriram<br />

mão por causa do peso dela e da gravidade da<br />

situação”, conta Silvani.<br />

E, assim, a pequena grande Maria vem<br />

ganhando cada vez mais força para viver e<br />

<strong>sorrir</strong>. Em pouco mais de seis meses, ela<br />

cresceu quase sete centímetros e saiu de 6,7<br />

para 8kg. O pior já passou. “Essa menina é<br />

uma vencedora”, comenta a Dra. Renata<br />

Borrozzino, pediatra do ambulatório.<br />

VIVER E SORRIR / 28


PRINCIPAIS PROJETOS<br />

APOIO ÀS UTIS<br />

NEONATAIS<br />

Em busca de melhores condições de atendimento e ensino<br />

nas unidades neonatais<br />

Projeto que apoia a Neonatologia do<br />

complexo hospitalar da Escola Paulista de<br />

Medicina ajuda a tratar um número cada<br />

vez maior de prematuros e melhora a<br />

qualidade da formação de profissionais<br />

Para a <strong>Viver</strong> e Sorrir, o cuidado com a vida de<br />

quem nasce de forma inesperada passa<br />

obrigatoriamente pela melhoria da qualidade<br />

do atendimento médico oferecido. Por isso, a<br />

instituição possui um projeto que busca<br />

recursos para suprir as necessidades de<br />

quatro instituições especializadas em<br />

gestação de alto risco, que abrangem a capital<br />

e a região metropolitana paulistas: Hospital<br />

São Paulo; Hospital Municipal Vereador José<br />

Storopolli; Hospital Estadual de Diadema e<br />

Hospital Geral de Pirajussara (Taboão da<br />

Serra).<br />

Juntos eles somam cerca de 9 mil partos ao<br />

ano, sendo, em média, 15% de bebês<br />

prematuros que precisam de cuidados<br />

intensivos. Nos casos mais graves, essas<br />

crianças ainda não encontram uma estrutura<br />

adequada para a demanda de atendimento<br />

nesses locais, devido ao alto custo envolvido.<br />

Há carência de medicamentos mais<br />

sofisticados, aquisição de novas tecnologias,<br />

manutenção de aparelhos para exames e até<br />

de espaço físico. Uma realidade difícil que se<br />

acentua em momentos de crise financeira, que<br />

afeta a saúde pública como um todo.<br />

9.000<br />

partos<br />

15%<br />

prematuros<br />

29 / RELATÓRIO ANUAL 2015


VIVER E SORRIR / 30


Uma UTI Neonatal como poucas - Um dos<br />

grandes objetivos da <strong>Viver</strong> e Sorrir é poder<br />

proporcionar a todo o complexo hospitalar que<br />

atende prematuros as melhorias conquistadas<br />

para o Hospital São Paulo. Em 2012, a ONG<br />

conseguiu recursos para revitalizar a UTI<br />

Neonatal, o que consolidou a unidade como<br />

um centro de referência no assunto e de<br />

capacitação profissional.<br />

A reforma praticamente dobrou o espaço físico<br />

que saiu de 244 para 423 m², aumentou a<br />

capacidade de internação de 25 para 31 leitos,<br />

criou salas específicas para Cuidados<br />

Intensivos, Intermediários, de Isolamento e<br />

Método Canguru. Também, modernizou todos<br />

os equipamentos e implantou um Posto de<br />

Coleta de Leite Humano no mesmo andar da<br />

unidade para estimular o aleitamento materno.<br />

Para Érica Trovisco Martins, que coordena o<br />

time de enfermagem, o diferencial foi a<br />

ampliação. Antes, os médicos faziam a<br />

prescrição no corredor, diminuindo a<br />

concentração do profissional. “A mobilidade<br />

era muito ruim, se alguém precisasse passar<br />

com uma incubadora todo mundo tinha que<br />

levantar”.<br />

Também, a distribuição dos pacientes nas<br />

salas, alocados conforme a gravidade da<br />

doença, ficou mais adequada ao atendimento.<br />

Depois da mudança, a enfermeira conta que foi<br />

necessário reorganizar a forma de trabalho:<br />

“No começo era engraçado, porque a equipe<br />

não sabia lidar com tanto espaço”, lembra com<br />

risos.<br />

O que é o<br />

Método Canguru<br />

É um modelo de assistência aos prematuros que os<br />

colocam em contato pele a pele com a mãe ou o<br />

pai, na posição vertical.<br />

Entre seus benefícios estão o ganho de peso, a<br />

diminuição de estresse e dor no bebê, a<br />

manutenção da temperatura sem desperdício de<br />

energia, estímulo ao aleitamento materno, entre<br />

outros.<br />

Na UTI Neonatal do Hospital São Paulo foi criada<br />

uma sala especial para o método, com o apoio da<br />

<strong>Viver</strong> e Sorrir, equipada com poltronas confortáveis,<br />

aventais e faixas para adequação à posição correta,<br />

garantindo a segurança dos recém-nascidos.<br />

31 / RELATÓRIO ANUAL 2015


Além disso, a instalação de ar<br />

condicionado – que antes não havia – e a<br />

aquisição de novas incubadoras<br />

melhoraram os controles térmico e hídrico,<br />

tão necessários aos bebês mais frágeis<br />

que sofrem com a hipotermia e a<br />

desidratação.<br />

“Graças à ONG, pudemos atender um<br />

número maior de bebês, dar uma<br />

assistência melhor devido ao espaço e<br />

condições de trabalho. A equipe tem mais<br />

conforto”, explica a Dra. Simone de Araújo<br />

Figueira, uma das médicas assistentes da<br />

UTI Neonatal do hospital.<br />

Mesmo após a reforma, a <strong>Viver</strong> e Sorrir<br />

continua contribuindo para o<br />

aprimoramento da assistência na unidade.<br />

As novas instalações propiciaram um<br />

avanço na disciplina de Neonatologia da<br />

universidade, criando um ciclo virtuoso:<br />

ao atender mais pacientes, o hospital<br />

começou a receber novos residentes,<br />

passou a gerar mais estudos e, com isso,<br />

formar mais e melhores profissionais<br />

para atuação em todo o país.<br />

Banco<br />

de Leite Humano<br />

estimula o aleitamento<br />

materno<br />

O Banco de Leite Humano é o centro responsável<br />

pela promoção e proteção ao aleitamento materno,<br />

essencial ao crescimento e ganho de peso do<br />

prematuro.<br />

Nele são realizadas a coleta e a pasteurização do<br />

leite oferecido aos bebês que não conseguem ser<br />

amamentados em virtude de sua condição.<br />

Com a reforma, a UTI Neonatal também ganhou um<br />

posto equipado para coleta do leite, com<br />

atendimento e apoio às mães que acompanham<br />

seus filhos diariamente.<br />

O espaço, que antes ficava fora do hospital, foi<br />

montado no mesmo andar da unidade, facilitando o<br />

acesso e a adesão ao programa.<br />

VIVER E SORRIR / 32


Conheça as unidades neonatais<br />

afiliadas da Unifesp e apoiadas<br />

pela <strong>Viver</strong> e Sorrir<br />

HOSPITAL SÃO PAULO<br />

31 leitos de UTI e cuidados intermediários<br />

12 vagas de alojamento conjunto para as mães e seus bebês<br />

01 posto de Coleta de Leite Humano<br />

NA CAPITAL<br />

HOSPITAL MUNICIPAL VEREADOR JOSÉ STOROPOLLI<br />

(VILA MARIA)<br />

22 leitos de UTI e cuidados intermediários<br />

28 vagas de alojamento conjunto para as mães e seus bebês<br />

01 sala de convivência para mães e bebês em fase de alta<br />

hospitalar<br />

01 posto de Coleta de Leite Humano<br />

HOSPITAL ESTADUAL <strong>DE</strong> DIA<strong>DE</strong>MA<br />

27 leitos de UTI<br />

34 leitos de alojamento conjunto para as mães<br />

e seus bebês<br />

HOSPITAL GERAL <strong>DE</strong> PIRAJUSSARA<br />

(TABOÃO DA SERRA)<br />

36 leitos de UTI e cuidados intermediários<br />

NA GRAN<strong>DE</strong><br />

SÃO PAULO<br />

30 leitos de alojamento conjunto para as mães<br />

e seus bebês<br />

33 / RELATÓRIO ANUAL 2015


CASO <strong>DE</strong> SUCESSO<br />

Pioneirismo que aumenta<br />

as chances de sobrevivência<br />

O uso do Ecocardiograma em prematuros que<br />

não têm problemas no coração é uma prática<br />

iniciada no Brasil pelos hospitais vinculados à<br />

Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), a<br />

partir das doações realizadas pela <strong>Viver</strong> e<br />

Sorrir.<br />

O primeiro chegou ao Hospital São Paulo em<br />

2010 e, os outros três, em 2013 e 2014 às<br />

demais unidades. Até então, apenas<br />

cardiologistas manipulavam o equipamento<br />

para o uso específico da especialidade.<br />

Quando um bebê precisava do exame, ele era<br />

transportado para outro local, o que<br />

aumentava os riscos da criança.<br />

Agora, neonatologistas usam o equipamento<br />

dentro da UTI Neonatal para realizar o<br />

monitoramento e o diagnóstico à beira do leito<br />

e em tempo real, aumentando sua precisão e,<br />

por consequência, as chances de vida dos<br />

pequenos pacientes.<br />

Para a Dra. Cristina Nunes dos Santos, pediatra<br />

da UTI Neonatal do Hospital Estadual de<br />

Diadema, a conduta médica passou a ser mais<br />

assertiva. “Antes nós perdíamos muitos bebês<br />

que sangravam no pulmão por consequência<br />

de um problema do próprio prematuro. Hoje, a<br />

gente consegue identificar a intercorrência e<br />

eles não morrem mais por hemorragia<br />

pulmonar”, avalia como exemplo.<br />

A técnica trazida pela EPM/Unifesp, e que já é<br />

bastante conhecida em países como Austrália,<br />

Canadá e Estados Unidos, motivou a doação<br />

dos aparelhos e a criação de uma capacitação<br />

para residentes e profissionais de saúde<br />

vinculados à universidade.<br />

A precursora e coordenadora do curso de<br />

Ecocardiografia Funcional desde 2011, Dra.<br />

Simone de Araújo Figueira, estima que pelo<br />

menos 100 alunos já passaram pela formação<br />

que ocorre anualmente.<br />

Ela também chama a atenção para os dados<br />

de uma recente pesquisa: mais de 50% dos<br />

neonatologistas que fazem uso do<br />

Ecocardiograma, após traçarem um<br />

diagnóstico sem a ajuda desse equipamento,<br />

mudam sua conduta de tratamento. “Receber<br />

esses aparelhos nas UTIs foi um dos melhores<br />

ganhos que poderíamos ter”, diz.<br />

Apesar de seus benefícios, poucos hospitais<br />

brasileiros conhecem a prática, mesmo na<br />

saúde privada – o que reforça o caráter<br />

pioneiro das ações patrocinadas pela <strong>Viver</strong> e<br />

Sorrir.<br />

VIVER E SORRIR / 34


<strong>DE</strong>MONSTRATIVOS<br />

FINANCEIROS<br />

As notas explicativas são parte integrante<br />

das demonstrações financeiras e estão em<br />

poder da Administração para consulta.<br />

BALANÇOS PATRIMONIAIS<br />

31 <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>ZEMBRO <strong>DE</strong> 2015 E 2014<br />

EM REAIS<br />

ATIVO<br />

31/12/2015 31/12/2014 01/01/2014<br />

Reapresentado . Não auditado<br />

CIRCULANTE<br />

Caixa e equivalentes de caixa<br />

Impostos a recuperar<br />

Adiantamentos<br />

Despesas antecipadas<br />

250.142<br />

- 13.949<br />

149<br />

154.367<br />

1.426<br />

-<br />

149<br />

106.018<br />

4.582<br />

-<br />

165<br />

264.240 155.942<br />

110.765<br />

NÃO CIRCULANTE<br />

Imobilizado<br />

70.681 93.323<br />

81.757<br />

TOTAL DO ATIVO 334.921 249.265<br />

195.522<br />

Demonstrações financeiras de 2015 auditadas com parecer emitido sem ressalvas pela KPMG Auditores Independentes.<br />

35 / RELATÓRIO ANUAL 2015


PASSIVO<br />

31/12/2015 31/12/2014 01/01/2014<br />

Reapresentado . Não auditado<br />

CIRCULANTE<br />

Obrigações trabalhistas<br />

35.451<br />

24.603<br />

7.930<br />

Contas a pagar<br />

37.133<br />

11.497<br />

19.986<br />

Obrigações tributárias<br />

30.360<br />

29<br />

-<br />

Outras contas a pagar<br />

1.294<br />

-<br />

-<br />

104.238 36.129<br />

27.916<br />

PATRIMÔNIO LÍQUIDO<br />

Patrimonio social<br />

213.136 164.606<br />

274.410<br />

Superávit/(Déficit) do Exercício 17.547 48.530 (109.804)<br />

230.683 213.136<br />

164.606<br />

TOTAL DO PASSIVO 334.921 249.265<br />

192.522<br />

VIVER E SORRIR / 36


<strong>DE</strong>MONSTRAÇÕES <strong>DE</strong> RESULTADOS<br />

31 <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>ZEMBRO <strong>DE</strong> 2015 E 2014<br />

EM REAIS<br />

31/12/2015 31/12/2014<br />

Reapresentado .<br />

Não auditado<br />

Receitas com doações<br />

Receitas com trabalhos voluntários<br />

Receitas com gratuidades<br />

668.917<br />

240.532<br />

223.709<br />

650.759<br />

214.546<br />

157.640<br />

RECEITAS OPERACIONAIS<br />

1.133.158 1.022.945<br />

<strong>DE</strong>SPESAS OPERACIONAIS<br />

Despesa com pessoal e encargos<br />

Despesas administrativas e gerais<br />

Despesas tributárias<br />

Despesa de depreciação<br />

Despesas com trabalhos voluntários<br />

Despesas com gratuidades<br />

(243.299)<br />

(359.888)<br />

(30.111)<br />

(15.371)<br />

(240.532)<br />

(223.709)<br />

(226.909)<br />

(358.476)<br />

(1.109)<br />

(13.777)<br />

(214.546)<br />

(157.640)<br />

(1.112.910) (972.457)<br />

SUPERÁVIT/DÉFICIT OPERACIONAL<br />

ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO<br />

20.248 50.488<br />

Despesas financeiras, líquidas<br />

(2.701) (1.958)<br />

SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO<br />

17.547 48.530<br />

37 / RELATÓRIO ANUAL 2015


<strong>DE</strong>MONSTRAÇÕES <strong>DE</strong> RESULTADOS ABRANGENTES<br />

EXERCÍCIOS FINDO EM 31 <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>ZEMBRO <strong>DE</strong> 2015 E 2014<br />

EM REAIS<br />

31/12/2015 31/12/2014<br />

Reapresentado .<br />

Não auditado<br />

RESULTADO DO EXERCÍCIO<br />

RESULTADO ABRANGENTE TOTAL<br />

17.547 48.530<br />

17.547 48.530<br />

VIVER E SORRIR / 38


<strong>DE</strong>MONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL<br />

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>ZEMBRO <strong>DE</strong> 2015 E 2014<br />

EM REAIS<br />

Patrimônio<br />

social<br />

Superávits/(Deficits)<br />

acumulados<br />

Total<br />

SALDO EM 1 <strong>DE</strong> JANEIRO <strong>DE</strong> 2014<br />

(NÃO AUDITADO)<br />

342.701<br />

(25.356) 317.345<br />

Correção de erros (68.291) (84.448) (152.739)<br />

SALDO EM 1 <strong>DE</strong> JANEIRO <strong>DE</strong> 2014 (REAPRESENTADO<br />

- NÃO AUDITADO)<br />

274.410 (109.804) 164.606<br />

Diminuição do patrimônio social por incorporação de<br />

déficit acumulado<br />

(109.804) 109.804 -<br />

Superávit do exercício - 48.530 48.530<br />

SALDO EM 31 <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>ZEMBRO <strong>DE</strong> 2014<br />

(REAPRESENTADO - NÃO AUDITADO)<br />

164.606 48.530 213.136<br />

Aumento do patrimônio social por incorporação de<br />

superávit acumulado<br />

48.530 (48.530) -<br />

Superávit do exercício - 17.547 17.547<br />

SALDO EM 31 <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>ZEMBRO <strong>DE</strong> 2015 213.136 17.547 230.683<br />

39 / RELATÓRIO ANUAL 2015


<strong>DE</strong>MONSTRAÇÕES DOS FLUXOS <strong>DE</strong> CAIXA<br />

EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 <strong>DE</strong> <strong>DE</strong>ZEMBRO <strong>DE</strong> 2015 E 2014<br />

EM REAIS<br />

31/12/2015 31/12/2014<br />

Reapresentado .<br />

Não auditado<br />

FLUXO <strong>DE</strong> CAIXA DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S OPERACIONAIS<br />

RESULTADO DO EXERCÍCIO<br />

Ajustes por:<br />

Depreciação<br />

Baixa de imobilizado<br />

17.547 48.530<br />

15.371 13.777<br />

8.812 2.077<br />

VARIAÇÃO NOS ATIVOS E PASSIVOS<br />

(Aumento)/redução nos ativos em<br />

Impostos a Recuperar<br />

Adiantamentos Diversos<br />

Despesas Antecipadas<br />

Aumento/(redução) nos passivos em<br />

Obrigações Trabalhistas<br />

Obrigações Fiscais<br />

Contas a pagar e outras contas a pagar<br />

1.426<br />

(13.949)<br />

-<br />

10.848<br />

30.331<br />

26.931<br />

3.156<br />

-<br />

16<br />

16.673<br />

29<br />

(8.489)<br />

FLUXO <strong>DE</strong> CAIXA <strong>DE</strong>CORRENTE DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S<br />

OPERACIONAIS 97.317 75.769<br />

FLUXO <strong>DE</strong> CAIXA <strong>DE</strong> ATIVIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong> INVESTIMENTO<br />

Aquisição de imobilizado (1.542) (27.420)<br />

FLUXO <strong>DE</strong> CAIXA <strong>DE</strong>CORRENTE DAS ATIVIDA<strong>DE</strong>S <strong>DE</strong><br />

INVESTIMENTO<br />

95.775 48.349<br />

REDUÇÃO LÍQUIDA EM CAIXA E EQUIVALENTES <strong>DE</strong> CAIXA<br />

Caixa equivalente de caixa em 1º de janeiro<br />

Caixa equivalente de caixa em 31 de dezembro<br />

154.367<br />

250.142<br />

106.018<br />

154.367<br />

95.775 48.349<br />

VIVER E SORRIR / 40


PALAVRA DO<br />

APOIADOR<br />

Com um trabalho tão exemplar, o apoio<br />

financeiro passa a ser uma decisão fácil.“<br />

Conheci a <strong>Viver</strong> e Sorrir quando fui para<br />

o Ambulatório de Prematuros<br />

desenvolver minha pesquisa de<br />

doutorado sobre Autismo, pois além de tudo<br />

que já se sabe, os prematuros também são<br />

grupo de risco para esse transtorno. Na<br />

ocasião, achei que seria apenas mais um local<br />

para pesquisa, mas fui surpreendida.<br />

Eu nunca havia visto no Brasil, nem mesmo na<br />

medicina privada, a qualidade do serviço que<br />

presenciei. Também, chamou-me a atenção o<br />

programa de Assistência Social que garante o<br />

leite, próteses, órteses, medicamentos e muito<br />

mais às famílias tão necessitadas.<br />

Um trabalho que vai muito além da excelência<br />

clínica e que, somente por isso, acredito,<br />

consegue impactar de maneira tão positiva e<br />

contundente o futuro desses prematuros e<br />

seus familiares.<br />

Então, mobilizada pelo que testemunhei, em<br />

2015 entrei em contato com uma fundação na<br />

Inglaterra, a TVML Foundation, e fui<br />

pessoalmente apresentar a história da <strong>Viver</strong> e<br />

Sorrir, dada a importância, seriedade e<br />

impacto do que é feito.<br />

Felizmente, a TVML não só aceitou fazer a<br />

doação como também decidiu renovar sua<br />

contribuição para 2016 em reconhecimento ao<br />

que é desenvolvido.<br />

Quando se encontra um lugar com um<br />

trabalho tão exemplar, mesmo sendo tão<br />

complexo, o apoio financeiro passa a ser uma<br />

decisão fácil: a contribuição é traduzida em<br />

benefícios fundamentais na vida dos<br />

prematuros e suas famílias, e de maneira<br />

eficiente.<br />

Tenho muito orgulho de colaborar com a <strong>Viver</strong><br />

e Sorrir! E espero que outras instituições<br />

também possam ajudar nesta causa para<br />

garantir a continuidade do projeto.<br />

Vivian R. G. Lederman<br />

APOIADORA<br />

41 / RELATÓRIO ANUAL 2015


QUADRO <strong>DE</strong><br />

DOADORES<br />

PATROCINADORES<br />

Autonomy Investimentos Ltda<br />

Banco Bradesco S/A<br />

Bitelli Advogados Ltda<br />

Engenharia Takaoka Ltda<br />

Ezra Azuri Safra<br />

Grupo Astros Luminosos Ltda<br />

Plantec Laboratórios Ltda<br />

Ponto Forte Ltda<br />

Maternidade Pro Matre Paulista<br />

Santa Joana Hospital e Maternidade<br />

TVML Foundation<br />

SÓCIOS CONTRIBUINTES<br />

Bauducco & Cia Ltda<br />

Centro de Endometriose de São Paulo<br />

APOIADORES<br />

Adriana D. Ranoya<br />

Albert Deweik<br />

Alberto Collier Vianna<br />

Alvaro Prieto Oliva<br />

Ana Glória Monteiro de Barros<br />

Ana Maria M. de Barros P. Gomes<br />

Ana Paula W. Anderlini<br />

Ana Stela W. Anderline<br />

Andressa Tatiane Caruso<br />

Anna Luiza Pires Vieira<br />

Antoine Balady<br />

Antonio Costa<br />

Antonio Eduardo Benedito Silva<br />

Arnaldo Bagdade<br />

Arsenio Barreira Barrio<br />

Aureliano Gouvêa Botelho<br />

Caren Cristina Fernandes de Oliveira<br />

Carlos Menezes Tavares Jr.<br />

Cecília Maria Draque<br />

Charles Lukower<br />

Claudia K. Pereira<br />

Claudia Rossi<br />

Costa Lion Ltda<br />

Dione Torres Sobreira<br />

Edna Milhassi Vedovato<br />

Eliana Kraus<br />

Eliana Rachetti<br />

Ethel C. Battikha<br />

Evandro Oliveira Jr.<br />

Fábio S. Carvalho<br />

Hélia Fraga G. Bertamoni<br />

Heloisa Yoshida<br />

Ieda Maria Monteiro Bitelli<br />

Isabella P. Silva<br />

Ji Hyun Kim<br />

José Coelho de C. Neto<br />

José de Arimathea Barcellos<br />

Jose Oscar de Almeida Junior<br />

Juliana Gomes Cardoso<br />

Kiodai Ltda<br />

Lia Correa de Melo<br />

Luiza A. de Moura<br />

Luzia M. Milhassi<br />

Maira Tanis<br />

Mandira Daripa<br />

Marcelo Diaz<br />

Márcia Camargo<br />

Márcia e Jayme Kopelman<br />

Maria Amélia Carmagnani<br />

Pestana<br />

Maria Ap. Rodrigues N. Silva<br />

Maria Del Carmen Janeiro Perez<br />

Mariana Betschart<br />

Marilza Lemos Gonçalves<br />

Marina Carvalho de Moraes<br />

Barros<br />

Matsuyoshi Mori<br />

Natália Pires<br />

Paloma Cristina Diniz Gomes<br />

Paulo M. Furlan de Melo<br />

Pedro Américo Passini<br />

Prescilla Chow<br />

Raphael Mastrogiacomo<br />

Regina Alba<br />

Renata Borrozzino<br />

Renata Noronha<br />

Renata Palermo Pastore<br />

Renato Conte de Carvalho<br />

Renato Martins Santana<br />

Reny Golcman<br />

Rita Di Tomasso Martins<br />

Roberto da S. Gutierrez<br />

Roberto Miranda de Lima<br />

Rosimeire D'Amaro M. Gimenes<br />

Sandra R. Bechara<br />

Sérgio Ueta<br />

Sima Maria Schmidt<br />

Sineida A. R. C. Girão<br />

Sophia A. de Moura<br />

Sue Yazaki Sun<br />

Suzana Oliveira<br />

Valter Kuba<br />

Vera Lobo de M. Almada<br />

Vera Lucia Delascio Lopes<br />

Vitória Jorge Doghaim Taira<br />

Viviane Habib<br />

Yara Ap. R. Catarino


EXPEDIENTE<br />

DIRETORIA<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE<br />

Roberto Miranda de Lima<br />

VICE-PRESI<strong>DE</strong>NTE<br />

Liliana A. M. Vespoli Takaoka<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTES EMÉRITOS<br />

Benjamin Israel Kopelman<br />

Eduardo Rahme Amaro<br />

DIRETORIA SOCIAL<br />

Antonio Carlos Nazar<br />

CONSELHO TÉCNICO<br />

PRESI<strong>DE</strong>NTE Ana Lucia Goulart<br />

MEMBROS<br />

Ana Lúcia Acquesta<br />

Claudia Macapani Cavalcanti<br />

Nathália Moura de Mello e Silva<br />

Milton Harumi Miyoshi<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Elisabeth Alonso Carvalheira<br />

Elza Iório Alonso<br />

Jayme Kopelman<br />

Jean Pierre Herman de Moraes Barros<br />

Marina Fernandes Mellone Fallopa<br />

Ruth Elena Hopf Reitermann<br />

TESOURARIA<br />

Maria Amélia Carmagnani Pestana<br />

Silvia Yoshie Sugawara<br />

SECRETARIA<br />

Juliana Seabra Amaro<br />

Mauricio Kato

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