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Introdução a Úlcera por Pressão<br />

As úlceras por pressão têm um efeito<br />

significativo sobre os doentes e profissionais<br />

de saúde.<br />

Uma úlcera por pressão pode ser definida como uma área de danos localizados na pele e<br />

tecido subjacente causado por pressão, cisalhamento, atrito e/ou uma combinação<br />

destes". 1<br />

A qualidade de vida pode ser afetada, incluindo: 2<br />

• Capacidade física reduzida<br />

• Atividade social diminuída<br />

• Má imagem corporal<br />

• Perda de independência e controle sobre suas vidas<br />

As úlceras por pressão também estão associados com intenso sofrimento 2 e aumento do<br />

risco de infecção. 3<br />

As úlceras por pressão tendem a ocorrer mais frequentemente em idosos e aqueles com<br />

lesão de medula espinhal. 4<br />

1. Quer saber mais sobre Úlcera por Pressão?<br />

2. Categorias da Úlcera por Pressão.<br />

3. Avaliação e Manejo da Úlcera por Pressão.<br />

4. Nossos produtos indicados nas Úlceras por Pressão<br />

References [-]<br />

1. European Pressure Ulcer Advisory Panel. Pressure ulcer treatment guidelines. 1998. Available at {<br />

HYPERLINK "http://www.epuap.org/gltreatment.html" }. Accessed November 30, 2007.<br />

2. Langemo DK, Melland H, Hanson D, et al. The lived experience of having a pressure ulcer: a qualitative<br />

analysis, Adv Skin Wound Care, 2000;13:225-35.<br />

3. Sanada H, Nakagami G, Romanelli M. Identifying criteria for pressure ulcer infection. In: Moffatt CJ, K<br />

Cutting, B Gilchrist, F Gottrup, D Leaper, and P Vowden, eds. European Wound Management<br />

Association (EWMA). Position Document. Identifying criteria for wound infection. London: MEP Ltd;<br />

2005:6-9.<br />

4. Thomas DR. Prevention and treatment of pressure ulcers: what works? what doesn't? Cleve Clin J Med.<br />

2001;68(8):704-707, 710-714, 717-722.


1. Quer saber mais sobre Úlcera por Pressão?<br />

A úlcera por pressão pode se desenvolver em qualquer<br />

tecido mole que está sob pressão prolongada em<br />

menos de 1 ou 2 horas.<br />

Capilares sem compressão em<br />

excesso<br />

Capilares sofrendo com<br />

compressão excessiva<br />

Embora proeminências ósseas (onde o osso está perto da pele) sejam particularmente<br />

suscetíveis ao desenvolvimento de úlceras por pressão, fricção e atrito também contribuem<br />

para o desenvolvimento de úlceras por pressão. 1,2<br />

Cisalhamento ocorre com a<br />

interação entre as forças<br />

gravitacionais e de atrito, onde a<br />

gravidade empurra o corpo para<br />

baixo e a pele permanece<br />

aderida na superfície de suporte.<br />

Há oclusão da microcirculação<br />

da pele e tecido subcutâneo. 2<br />

Lesão provocada por fricção e força de<br />

cisalhamento.<br />

Os locais mais comuns de ocorrer úlcera por pressão são mostradas nas imagens a<br />

seguir:


OUTROS FATORES DE RISCO<br />

Excesso de Umidade:<br />

O excesso de umidade na pele favorece o desenvolvimento de úlcera por pressão<br />

por manter a pele macerada (excesso de água), deixando assim mais susceptível a<br />

ruptura. 1<br />

Ressecamento: Quando a pele<br />

perde líquido, torna-se<br />

ressecada, escamosa e menos<br />

flexível. As úlceras são mais<br />

propensas a se desenvolverem<br />

em pele seca. 1<br />

References [-]<br />

1. Moreau D, ed dir; Philadelphia Publishing Company Staff, eds. Wound Care Made Incredibly Easy.<br />

Philadelphia, Pa: Lippincott Williams & Wilkins; 2003.<br />

2. CMS Online Manual System Pub 100-07: State Operations Provider Certification. Transmittal 4 (Appendix<br />

PP). Centers for Medicare and Medicaid Services Web site. Available at: { HYPERLINK<br />

"http://www.cms.hhs.gov/Transmittals" }. Accessed December 5, 2006.


2. Categorias da Úlcera por Pressão.<br />

O Conselho Americano de úlceras de pressão (National Pressure Ulcer Advisory<br />

Panel) classifica as úlceras por pressão em quatro principais categorias. 2<br />

Categoria I<br />

Pele intacta com hiperemia não branqueável localizada geralmente sobre proeminência<br />

óssea.<br />

A pele pigmentada pode não ter branqueamento visível; sua cor pode diferir da área<br />

circundante. A área pode ser dolorosa, firme, suave, mais quente ou mais fria<br />

comparativamente ao tecido adjacente. Podem ser difíceis de detectar em indivíduos<br />

com tons de pele escura. Pode indicar pessoas “de risco” 1,2<br />

Deve ser implementado um sistema para identificar as úlceras por pressão de categoria I<br />

em pessoas com pele escura.<br />

Categoria II


Perda da espessura parcial da derme, apresentando-se como úlcera superficial aberta<br />

com o leito da ferida vermelho-rosa, sem tecidos desvitalizados. Também pode apresentar<br />

flictena (bolha) rompida ou não.<br />

Apresenta-se como uma úlcera pouco profunda, brilhante ou seca, sem esfacelo, sem<br />

*hematomas. Esta fase não deve ser usada para descrever Lesão por fricção (Skin Tears),<br />

queimaduras de adesivo, dermatite perineal, maceração ou escoriação. 1,2<br />

*este pode indicar suspeita de injúria tecidual profunda<br />

Categoria III<br />

Perda de tecido de espessura total. O tecido subcutâneo pode estar visível, mas tendão,<br />

osso ou músculo não estão expostos. Tecidos desvitalizados podem estar presentes, mas<br />

não obscurecem a profundidade da perda de tecido. Podem incluir descolamentos e<br />

tunelizações.<br />

A profundidade de uma úlcera por pressão de categoria III varia conforme a localização<br />

anatômica. Úlceras de categoria III em ponta do nariz, orelha, região occipital e maléolos<br />

podem ser rasas. Em contraste, as áreas de adiposidade significativa podem desenvolver<br />

úlceras por pressão de categoria III profundas. Ossos e tendões não são visíveis ou<br />

diretamente palpáveis 1,2<br />

Categoria IV


Perda de espessura total com exposição óssea, tendão ou músculo. Tecidos desvitalizados<br />

ou necrose seca podem estar presentes em algumas partes do leito da ferida. Muitas vezes,<br />

inclui descolamento e tunelizações.<br />

A profundidade de uma úlcera por pressão categoria IV também varia conforme a<br />

localização anatômica. Úlceras por pressão categoria IV em ponta do nariz, orelha, região<br />

occipital e maléolos podem ser rasas. As úlceras se estendem para as estruturas musculares<br />

e de suporte (por exemplo: fáscia, tendão ou cápsula articular), tornando possível a<br />

osteomielite. Ossos e tendões são visível ou diretamente palpável. 1,2<br />

Inestadiável<br />

Perda tecidual de espessura total em que o leito da úlcera está coberta por necrose<br />

(amarela, enegrecida, beje, cinza, verde ou marrom), também chamada de escara,<br />

quando se apresenta como carapaça enegrecida ou amarronzada.<br />

Até a remoção suficiente da escara, para expor a base da ferida, a verdadeira<br />

profundidade e estadiamento não podem ser determinados. Escara estável (seca,<br />

aderente, intacta, sem eritema ou flutuação) no calcanhar serve como cobertura natural<br />

do corpo (biológico) e não deve ser removida. 1,2


References [-]<br />

1. European Pressure Ulcer Advisory Panel and National Pressure Ulcer Advisory Panel. Prevention and treatment<br />

of pressure ulcers: quick reference guide. Washington DC: National Pressure Ulcer Advisory Panel; 2009.<br />

2. National Pressure Ulcer Advisory Panel. NPUAP Staging Report. Available at: { HYPERLINK<br />

"http://www.npuap.org/" }. Accessed October 10, 2006.<br />

3. Avaliação e Manejo da Úlcera por Pressão.<br />

• Prevenção<br />

• Avaliação<br />

• Manejo<br />

PREVENÇÃO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO:<br />

Uma intervenção precoce proporciona a oportunidade de prevenir úlceras por<br />

pressão. 1<br />

A estratégia de prevenção envolve 1 :<br />

o Avaliar o risco de desenvolver a úlcera por pressão<br />

o Manter a integridade da pele<br />

o Reduzir a pressão<br />

o Controlar a nutrição<br />

o Manter hidratação da pele<br />

Comumente se utiliza ferramentas como escalas de Waterlow, Norton e Braden para<br />

identificar pacientes que possam desenvolver úlceras por pressão. Estes instrumentos<br />

ajudam na avaliação, mas não substituem o diagnóstico clínico.<br />

AVALIAÇÃO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO: 2<br />

A primeira fase deve incluir:<br />

• A avaliação da úlcera por pressão:<br />

o Localização, fase da cicatrização, condições da lesão (tais como nível de<br />

exsudato), integridade da pele perilesional, odor.<br />

o Deve levar em consideração a reavaliação da úlcera por pressão de maneira<br />

regular.<br />

• A avaliação do paciente:<br />

o Estado nutricional<br />

o Dor relacionado com a úlcera por pressão ou o tratamento<br />

o Estado psicológico


MANEJO DAS ÚLCERAS POR PRESSÃO: 1,2<br />

Existem muitas considerações para o manejo das úlceras por pressão, entre elas se<br />

encontram:<br />

• Aliviar a pressão, a fricção e força de cisalhamento<br />

o Os dispositivos para alívio da pressão desempenham um papel<br />

fundamental;<br />

o Mudança de decúbito<br />

• Otimizar a cicatrização da ferida, utilizando curativos adequados<br />

• Desbridar o tecido necrótico da lesão<br />

• Gerenciar a carga microbiana da ferida<br />

• Assegurar o estado nutricional adequado do paciente.<br />

O fechamento das úlceras por pressão através de métodos cirúrgicos podem ajudar<br />

no manejo da lesão. O principal problema com este tratamento está relacionado<br />

com a tolerância do paciente. 1<br />

3.1 Desbridamento<br />

3.2 Manejo da infecção<br />

3.3 Manejo do exudado<br />

References [-]<br />

1. Thomas DR. Prevention and treatment of pressure ulcers: what works? what doesn't? Cleve Clin J Med.<br />

2001;68(8):704-707, 710-714, 717-722.<br />

2. European Pressure Ulcer Advisory Panel. Pressure ulcer treatment guidelines. 1998. { HYPERLINK<br />

"http://www.epuap.org/gltreatment.htm" }. Accessed November 30, 2007.<br />

3.1 Desbridamento<br />

O desbridamento é uma parte essencial do manejo<br />

de muitas feridas. 1<br />

Deve haver o desbridamento do tecido morto, danificado ou infectado que,<br />

presente no leito da lesão, impediria a cicatrização da ferida. 1<br />

• Devido à condição de ferida crônica, se requer o desbridamento para remover a<br />

formação do tecido morto e reduzir a carga bacteriana 1 .


• É necessário desbridar tecido morto e remover corpos estranhos nas lesões<br />

traumáticas antes de iniciar o tratamento tópico.<br />

• Ferimentos graves geralmente são tratados por excisão total seguida de enxertia.<br />

QUANDO NÃO REQUERER DESBRIDAMENTO PARA CICATRIZAÇÃO DA FERIDA?<br />

Ocasionalmente o desbridamento não é recomendado, entretanto, é essencial a<br />

avaliação cuidadosa da ferida 2 .<br />

Quando as úlceras por pressão estão localizadas no calcanhar e são cobertas por escara,<br />

não se recomenda desbridar 3 .<br />

Desbridamento também não é recomendado para úlceras arteriais e diabéticas com<br />

escaras ou gangrena seca, sem infecção, e fornecimento vascular insuficiente para a<br />

cicatrização, a menos que se possa melhorar a circulação da área 3 .<br />

MÉTODOS DE DESBRIDAMIENTO<br />

Existem vários métodos de desbridamento. Os três métodos mais comuns são descritos a<br />

seguir:<br />

Cirúrgico: O tecido necrosado pode ser removido através de um desbridamento cirúrgico<br />

realizado por um profissional de saúde qualificado. O médico ou enfermeiro remove o<br />

tecido necrótico com um instrumento estéril, como tesouras, pinças e bisturis 5 .<br />

Autolítico: Enzimas do próprio organismo retiram o tecido necrótico de forma seletiva<br />

(liquefacção do tecido necrótico) 1 . Os curativos que retêm a umidade retiram o tecido<br />

necrótico uma vez que mantém um ambiente úmido adequado para a cicatrização da<br />

ferida, favorecendo a proliferação do tecido de granulação e a epitelização 4 .<br />

Enzimático: O tecido necrótico é removido pela aplicação de agentes enzimáticos que<br />

quebram o tecido através de um processo de químico 5 .<br />

References [-]<br />

1. Schultz GS et al (2003). Wound bed preparation: a systematic approach to wound management.<br />

Wound Repair Regen 11: 1-28.<br />

2. Leaper D. Sharp technique for wound debridement. World Wide Wounds. 2002. Available at:<br />

http://www.worldwidewounds.com/2002/. Accessed October 15, 2007.<br />

3. Ramundo J, Wells J. Wound debridement. In: Bryant RA. Acute & Chronic Wounds: Nursing<br />

Management. 2nd ed. St. Louis, Mo: Mosby, Inc; 2000:157-175.<br />

4. Barr JE. Wound cleansing. In: Milne CT, Corbett LQ, Dubuc DL. Wound, Ostomy, and Continence Nursing<br />

Secrets: Questions and Answers Reveal the Secrets to Successful WOC Care. Philadelphia, Pa: Hanley &<br />

Belfus, Inc; 2003:49-53.<br />

5. Clinical Practice Guideline Number 15: Treatment of Pressure Ulcers. Rockville, Md: US Dept of Health<br />

and Human Services, Agency for Health Care Policy and Research; 1994. AHCPR publication 95-06542.


3.2 Manejo da Infecção<br />

“O diagnostico precoce da infecção é difícil nas<br />

úlceras por pressão e requer um elevado nível de<br />

suspeita clínica” 1<br />

• Diagnóstico<br />

• Manejo<br />

O risco de infecção nas úlceras por pressão é maior devido ao estado imunológico<br />

comprometido da população idosa, que compõe a maioria dos casos de úlceras<br />

por pressão 1 .<br />

Além disto, as úlceras por pressão categoria III e IV tendem a ocorrer na região sacral e, por<br />

conseguinte, têm um maior risco de contaminar com a natureza corrosiva da urina e fezes 1 .<br />

DIAGNÓSTICO<br />

Um grupo multidisciplinar de 54 especialistas identificou e validou os critérios para o<br />

diagnóstico utilizando a escala Delphi.<br />

Critérios para identificar a infecção nas úlceras por pressão têm sido levantados em um<br />

documento de posicionamento sobre Infecção pela Associação Europeia do Manejo das<br />

Feridas (EWMA) de 2005 1 .<br />

Criterios para a infecção de feridas 1<br />

Alto<br />

Celulite<br />

Médio<br />

Mudança na natureza da dor<br />

Crepitação<br />

Aumentando o volume de exsudado<br />

Pus<br />

Exsudado seroso com inflamação<br />

Extenso eritema<br />

Tecidos viáveis com esfacelo<br />

O aumento da temperatura nos tecidos perilesionais<br />

A ferida não cicatriza apesar das medidas relevantes adoptadas<br />

Baixo


Aumento da lesão, apesar de alívio de pressão<br />

Eritema<br />

Tecido de granulação que sangra com facilidade<br />

Odor forte<br />

Edema<br />

MANEJO<br />

Deve-se usar antibióticos sistêmicos adequados para pacientes com bacteremia,<br />

sepse, aumento da celulite ou osteomielite, mas há um debate a respeito de seu<br />

uso para infecções locais 2 .<br />

De acordo com o documento sobre "Manejo da infecção da ferida da Associação<br />

Europeia do Manejo de Feridas, os princípios relativos à gestão das infecções são 3 :<br />

• Procurar um ambiente para promover uma rápida cicatrização;<br />

• Minimizar o uso de agentes antimicrobianos que podem afetar de maneira adversa<br />

as células humanas;<br />

• Usar agentes antimicrobianos de maneira apropriada;<br />

• Restringir o uso de agentes sistêmicos apenas para os momentos em que eles são<br />

especificamente indicados;<br />

• Evitar sensibilização tópica ou reações alérgicas”.<br />

A escolha da cobertura apropriada é importante para minimizar o risco de infecção. “As<br />

decisões devem ser tomadas baseando-se na capacidade do curativo para:<br />

• Gerenciar o aumento do exsudato;<br />

• Remover o tecido necrótico;<br />

• Reduzir o odor;<br />

• Adaptar-se ao local e o formato da ferida;<br />

• Realizar as funções de preparo do leito da ferida;<br />

• Atender às expectativas do paciente;<br />

• Realizar os objetivos do tratamento 2 .<br />

Conheça mais sobre o manejo da infecção (link para cadastro)<br />

References [-]<br />

1. Sanada H, Nakagami G, Romanelli M. Identifying criteria for pressure ulcer infection. In: Moffatt CJ, K<br />

Cutting, B Gilchrist, F Gottrup, D Leaper, and P Vowden, eds. European Wound Management<br />

Association (EWMA). Position Document. Identifying criteria for wound infection. London: MEP Ltd;<br />

2005:6-9.<br />

2. Dolynchuk K, Keast D, Campbell K, et al. Best practices for the prevention and treatment of pressure<br />

ulcers. Ostomy Wound Manage. 2000;46(11):38-52; quiz 53-34.<br />

3. Vowden P, Cooper RA. An integrated approach to managing wound infection. In: Moffatt CJ, R<br />

Cooper, B Gilchrist, F Gottrup, D Leaper, R Pratt, and P Vowden, eds. European Wound Management<br />

Association (EWMA). Position Document. Management of wound infection. London: MEP Ltd; 2006:2


3.2 Manejo do Exsudato<br />

"O exsudato da ferida não é somente um fluido<br />

inerte. Conhecer seus components e causas<br />

ajudará a melhorar o cuidado”<br />

O QUE É EXSUDADO? 1<br />

O exsudado da ferida é o produto do fluido que sai dos capilares e penetra nos tecidos do<br />

corpo. Na fase inicial da cicatrização, a inflamação aumenta a permeabilidade dos<br />

capilares, produzindo um aumento do nível de exsudato que penetra na ferida. Isto diminui<br />

à medida que a ferida cicatriza, mas em lesões que não cicatrizam, a fase inflamatória se<br />

mantém prolongada e o exsudato pode permanecer em níveis elevados.<br />

Muito ou pouco exsudato pode afetar a cicatrização da ferida.<br />

MEIO ÚMIDO<br />

As células epiteliais precisam de umidade para migrar da borda da ferida para cicatrizar e<br />

reepitelizar.<br />

Em uma ferida seca, estas células se movem por baixo do leito da ferida para encontrar<br />

uma área úmida.<br />

Na lesão úmida, no entanto, as células podem migrar diretamente através do leito da<br />

ferida, o que favorece uma cicatrização mais rápida.<br />

MANEJO DO EXSUDATO<br />

A escolha da cobertura para o manejo do exsudato é importante.<br />

Muitas propriedades podem ser consideradas na escolha de um curativo, tal como o<br />

equilíbrio desejado da umidade e a capacidade da cobertura para ajudar na cicatrização<br />

ou para evitar danos ao tecido.<br />

Equanto muitos curativos absorvem exsudato ou manejam através da evaporação, outras<br />

considerações quanto às características dos curativos incluem:<br />

Retenção: Os curativos que formam um gel coesivo tendem a manter a sua estrutura


durante o uso, e podem diminuir o risco de maceração da area perilesional ao evitar que o<br />

fluido passe através do curativo.<br />

Sequestro: A capacidade, demonstrada in vitro, que tem alguns curativos para capturar as<br />

bactérias e os componentes do exsudato dentro do curativo.<br />

Deve-se fazer uma abordagem integrada para a avaliação com relação ao exsudato da<br />

ferida e o papel das coberturas, conforme o documento de consenso da União Mundial<br />

das Sociedades de Cicatrização de Feridas - World Union of Wound Healing Societies<br />

(WUWHS) 1<br />

Manejo do exsudato e problemas relacionados<br />

Manejo efetivo do exsudato


References [-]<br />

1. World Union of Wound Healing Societies (WUWHS). Principles of best practice: Wound exudate and the<br />

role of dressings. A consensus document. London: MEP Ltd, 2007.

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