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<strong>Grécia</strong><br />
<strong>Escultura</strong>
A escultura grega
O Homem é a medida de todas as coisas<br />
Protágoras
Discóbulo de Míron, 455 a.C.<br />
A escultura glorifica os seus<br />
atletas, heróis e deuses.
Doríforo de Policleto, 445 a.C.<br />
Foi concebida e concretizou noções particulares de<br />
beleza e harmonia, tendo como "papel<br />
primordial pôr em evidência a ideia de que a<br />
arte é conseguida pela habilidade da<br />
representação exacta das aparências<br />
visíveis". Usou, portanto, a mimesis ou o<br />
ilusionismo da representação, defendido por<br />
Aristóteles e Platão, chegando ao ponto das estátuas<br />
serem totalmente coloridas para atingir um realismo<br />
de grande vivacidade.
Afrodite, Pã e Eros 100 a.C.<br />
Parthenon 447-438 a.C.<br />
A escultura grega cumpriu funções:<br />
religiosas;<br />
políticas;<br />
honoríficas;<br />
funerárias;<br />
ornamentais.
Lisípo, Apoxiomenos<br />
A escultura é realista e idealista de dimensão<br />
profundamente humana.
Kroisos (Kouros de Anavysos), séc. VI a.C. Koré de Chios, séc. VI a.C.<br />
Da estatuária chegaram até nós dois<br />
tipos básicos de figuras:<br />
kouros (kouroi), que é a<br />
representação de um jovem nu,<br />
simboliza o deus da juventude e<br />
da plenitude;<br />
koré (koirai) uma representação<br />
feminina, são jovens virgens,<br />
graciosas e encantadoras, que se<br />
apresentam vestidas com longas<br />
túnicas pregueadas que eram<br />
pintadas de cores luminosas, vivas e<br />
cintilantes
A escultura na arquitetura
<strong>Escultura</strong>s do Frontão do Templo de Zeus Olímpico, 450 a.C.
Fragmento do Altar de Pérgamo, helenístico.<br />
A escultura esteve estreitamente<br />
ligada à arquitectura, ocupando<br />
espaços próprios a ela<br />
destinados.
Relevos das paredes exteriores da cella. Procissão das Grandes Panateneias<br />
Séc. V a. C. Época clássica,<br />
a escultura atingiu o auge da<br />
beleza e da perfeição, com<br />
as obras do mais genial<br />
escultor desse período.<br />
Fídias, executou os relevos do<br />
Pártenon, nomeadamente a<br />
procissão das Panateneias.
Fragmento do friso da cella do Pártenon<br />
O relevo possuiu duas<br />
funções essenciais:<br />
Contar uma "história"<br />
mágica ou a vitória de um<br />
deus, narrando e<br />
comemorando o acto que<br />
justifica a edificação do<br />
templo;<br />
E uma outra mais prática.<br />
que é a de preencher e<br />
decorar o espaço<br />
arquitectónico.
É na escultura dos tímpanos que se estabelece uma perfeita<br />
harmonia entre o trabalho do escultor e o do arquiteto.<br />
Reconstituição moderna do frontão oeste do Partenon
Relevos do frontão do templo Pártenon<br />
A dimensão e posição das<br />
figuras nos frontões tinha a<br />
ver com o seu grau de<br />
importância no<br />
acontecimento representado.
Relevo nas métopas do Pártenon<br />
Nas métopas colocavam-se cenas<br />
míticas com duas ou três<br />
personagens que, no seu conjunto.<br />
contavam histórias de heróis. de<br />
gigantes.
Templo de Atena Niké<br />
É no friso jónico, que o artista tinha<br />
maior liberdade criadora, aí<br />
desenvolvendo uma acção sequenciada,<br />
uma narração, sem interrupção e sem<br />
monotonia. Os temas mais utilizados<br />
eram as procissões, os desfiles,as<br />
corridas de carros.
Relevo da fachada meridional do Pártenon<br />
Luta dos Centauros contra os Lápitas oarten<br />
A obra de Fídias no Pártenon<br />
chega a uma perícia tal que, na sua<br />
opinião, constitui "a mais espantosa<br />
representação da glória ateniense, onde os<br />
deuses e os homens têm ao mesmo tempo<br />
um aspecto familiar e sobre-humano; a<br />
igualdade democrática que reina entre<br />
todas as figuras submete-se à harmonia<br />
polifónica do conjunto, sem, no entanto,<br />
as privar da sua personalidade<br />
individual"
Friso, Atena Niké<br />
Relevo magistral deste período é a famosa representação da<br />
Niké que desaperta a sandália, do friso do templo de Atena<br />
Niké, que sobressai pelo seu realismo e graciosidade.
<strong>Escultura</strong>, períodos:<br />
Arcaico;<br />
Severo;<br />
Clássico;<br />
Helenístico.
O período arcaico
Dama ou Koré de Auxerre,<br />
séc. VII a.C.<br />
O período arcaico e situa-se entre os séculos VII,<br />
VI e início do século V a. C..
Kouros dito de Súnio,<br />
séc. VI a.C.<br />
Jovem da Ática<br />
(Kouros), séc. VI a.C.<br />
No período arcaico são de notar<br />
influências, das estética da estatuária<br />
assíria e egípcia, algumas<br />
sobrevivências creto-micénicas e a<br />
da arte oriental.
kouros<br />
Influência da Síria e do Egito<br />
Pouca definição anatómica<br />
Frontalidade<br />
Estaticidade<br />
Meio sorriso
No período arcaico estabilizou-se o enquadramento<br />
da escultura na arquitetura. Assim, o relevo ficou sujeito<br />
às formas e dimensões dos espaços arquitetónicos.<br />
Na ordem dórica distribui-se pelas métopas e pelos<br />
tímpanos dos frontões.<br />
Na ordem jónica, para além dos tímpanos, é<br />
aplicada nos frisos contínuos.
Período arcaico<br />
Influência do Egito e da síria;<br />
Pouca definição anatómica;<br />
Representação esquemática;<br />
Impessoalidade;<br />
Frontalidade;<br />
Estaticidade;<br />
Meio sorriso;
O período severo
Auriga de Delfos Poseídon<br />
A transição para o período<br />
clássico, entre os séculos V<br />
e IV a. C., inaugura-se com<br />
duas obras em estilo<br />
severo, feitas em bronze e<br />
com caráter imponente:<br />
O Auriga de Delfos e<br />
Poseídon.
Kritios, Efebo, c. 480 a.C.,<br />
Museu da Acrópole de Atenas<br />
Como transição entre o Período<br />
Arcaico e o Período Clássico está a<br />
fase conhecida como Período<br />
Severo (c.500-450 a.C.) justamente<br />
pelo seu repúdio ao decorativismo.
Período severo<br />
Repudio ao decorativismo;<br />
Novos conhecimentos anatómicos;<br />
Incremento de dinamismo nas figuras;<br />
Detalhes reduzidos;<br />
Expressão séria;<br />
Perfil grego;<br />
Sugestão de contraposto.
O período Classico
Discóbulo, obra de Míron<br />
No período clássico, a escultura grega<br />
tem perfeitamente definidas as regras<br />
canónicas pelas quais se iria reger. A<br />
primeira obra deste período que atinge<br />
maior expressão foi O Discóbulo de<br />
Míron, representação do atleta lançador do<br />
disco. Aqui, o escultor abandonou as regras<br />
canónicas arcaicas (quanto à postura e ao<br />
hieratismo da expressão), introduzindo a<br />
noção de movimento eminente.
O Discóforo, obra de Policleto<br />
Policleto, outro autor deste período, estudou<br />
as proporções do corpo humano e estabeleceu<br />
e redigiu o primeiro tratado de<br />
proporções na escultura, a que deu o nome<br />
de Cânone.
Diadúmeno, atribuído a Fídias<br />
As obras de Fídias, definidas pela inigualável "calma<br />
olímpica", influenciaram outros artistas do seu tempo, como<br />
Policleto que, depois de ter concretizado o seu cânone em O<br />
Doriforo, fez uma réplica deste, com características menos severas<br />
e mais depuradas, O Diadúmeno.
Cânones de Policleto e Lisipo<br />
No cânore de Policleto século V a. C., a<br />
altura da cabeça corresponde à sétima parte<br />
da altura total do corpo, criando um ideal de<br />
atleta robusto e harmonioso.<br />
Lisipo no século IV a. C., estabeleceu uma<br />
nova proporção dando à cabeça somente<br />
1/8 da altura total da figura, criando um novo<br />
tipo de atleta grego e consequentemente um<br />
novo ideal de figura masculina mais esbelta e<br />
elegante.
Athena de Parthenos<br />
Diadúmeno, atribuído a Fídias<br />
Mas foi com Fídias, o artista mais<br />
genial de todo o século V a. c.,<br />
que a escultura grega atingiu a<br />
absoluta perfeição.
Obra de Scopas Hermes, obra de Praxíteles<br />
o escultor Scopas, que produziu<br />
obras de características mais<br />
expressivas, e de Praxíteles, que<br />
executou corpos mais esbeltos e<br />
efeminados, como o seu Hermes
Apoxionemo, obra de Lisipo<br />
Lisipo, por seu turno, estabeleceu outro<br />
cânone cujas proporções criaram um novo<br />
tipo de atleta mais esbelto, de que é exemplo<br />
o seu Apoxiomeno, Introduziu na escultura a<br />
verdadeira noção de vulto redondo.
Hermes atando as sandálias, obra de Lisipo<br />
Assim, rompeu com o rigor da<br />
frontalidade, podendo as estátuas<br />
ser vistas de todos os ângulos e não<br />
como se fossem altos-relevos<br />
destacados do fundo, com um<br />
ponto de vista principal.
Período clássico<br />
Evolução técnica<br />
Realismo<br />
Contraposto<br />
Vulto redondo<br />
Cânones<br />
Representação do movimento<br />
Privilegio dos aspetos plásticos e sensoriais<br />
Serenidade
O período Helenístico
Afrodite de Cnido,<br />
obra de Praxilteles<br />
Vénus de Cnidos,<br />
cópia romana de Praxiteles<br />
A escultura do século IV a. C.<br />
conheceu novos desenvolvimentos<br />
que contrariaram a grandeza severa<br />
e impessoal do século V. Este novo<br />
período foi marcado pelo aspecto<br />
mais sedutor e gracioso das estátuas e<br />
pelo aparecimento do nu feminino.
Laocoonte<br />
Os grupos escultóricos,<br />
susceptíveis de composições<br />
mais dinâmicas, sucedem-se às<br />
estátuas individualizadas,<br />
descrevendo acontecimentos e<br />
narrando histórias, como no<br />
caso do grupo Laocoonte e de<br />
Os Lutadores
Vénus de Milo<br />
É neste período (helenistico) que se<br />
produzem e vendem, para as colónias<br />
gregas e para Roma, cópias de estátuas<br />
clássicas que chegaram até nós e nos<br />
deram a conhecer o génio escultórico<br />
grego. Duas dessas peças são A Vitória de<br />
Samotrácia e a Vénus de Milo.
A Vitória de Samotrácia<br />
A Vitória de Samotrácia, também<br />
conhecida como Nice de Samotrácia, é<br />
uma escultura que representa a deusa<br />
grega Nice.
Sócrates, obra de Lísipo<br />
A par das representações monumentais,<br />
desenvolve-se, também neste período, o gosto<br />
pelo retrato com representações mais realistas<br />
e pelas cenas de género retiradas da vida<br />
quotidiana, captada com realismo tal que dá<br />
ênfase até às disformidades físicas do ser<br />
humano e às representações da infância e da<br />
velhice
A Bêbada. período Helenístico<br />
O "realismo idealista" do século V foi substituído pelo<br />
"naturalismo" do século IV, que agora cedeu o lugar a<br />
um realismo expressivo, dramático e livre, de efeito teatral.<br />
O sofrimento e as paixões apoderam-se dos corpos<br />
e dos rostos, abandonando a serenidade tão<br />
característica da arte grega.
O Gaulês Moribundo, período helenístico<br />
Mesmo as figuras individualizadas<br />
parecem ter sido extraídas de uma<br />
narrativa, como no caso de O Gaulês<br />
Moribundo.
Período Helenístico<br />
Estilo internacional;<br />
Múltiplas influências;<br />
Dramatismo;<br />
Expressividade;<br />
Sugestão de movimento;<br />
Dinamismo;<br />
Maior realismo;<br />
Representação feminina nua;<br />
Grupos escultóricos.
Honorifica<br />
Política<br />
Funerária<br />
Religiosa<br />
Ornamental<br />
Influência do Egito e da Síria<br />
Pouca definição anatómica<br />
Frontalidade<br />
Estaticidade<br />
Meio sorriso<br />
Koré<br />
<strong>Escultura</strong><br />
Carateristicas<br />
Obras<br />
Auriga de delfos<br />
Repudio ao decorativismo<br />
Avanços anatómicos<br />
Incremento de dinamismo nas figuras<br />
Detalhes reduzidos<br />
Expressão séria<br />
Perfil grego<br />
Sugestão de contraposto<br />
Kouros<br />
Obras<br />
Poseídon<br />
Arcaico<br />
Kritios<br />
Severo<br />
Caraterísticas<br />
Evolução tecnica<br />
Realismo<br />
Cânones<br />
Pártenon<br />
Representação do movimento<br />
Tímpano dos frontões<br />
Períodos<br />
Caraterísticas<br />
Serenidade<br />
Na arquitetura<br />
Clássico<br />
Parténon<br />
Métopas no dórico<br />
Friso jónico<br />
<strong>Escultura</strong> grega<br />
Discóbulo<br />
Miron<br />
Vulto redondo<br />
Helenistico<br />
Atena<br />
Escultores<br />
Privilegio dos aspetos plásticos e sensoriais<br />
Fídias<br />
Cariátides<br />
Atlantes<br />
Representação antropomórfica nas colunas<br />
Diadúmeno<br />
Atena Niké<br />
Vénus de milo<br />
Obras<br />
Caraterísticas<br />
Policleto<br />
Dóriforo<br />
Erecteion<br />
Lisípo<br />
Praxiteles<br />
Cânone 1/7<br />
Vitória de Samotracia<br />
Cânone 1/8<br />
Afrodite<br />
Laocoonte<br />
Apoxionemo<br />
Hermes (afemininado)<br />
Estilo internacional<br />
Múltiplas influências<br />
Dramatismo<br />
Expressividade<br />
Sugestão de movimento<br />
Grupos escultóricos
Exercício:<br />
1. Relaciona a afirmação de Protágoras: O Homem é a medida<br />
de todas as coisas, com a caraterísticas formais da escultura<br />
grega.<br />
2. Comenta a seguinte afirmação, referindo exemplos de<br />
escultura grega: a arte é conseguida pela habilidade da representação<br />
exacta das aparências visíveis.<br />
3. O que representam as figuras de Kouros e Koré?<br />
4. Que funções desempenhavam os relevos executados nas métopas,<br />
nos frisos e nos tímpanos dos frontões dos templos gregos?<br />
5. Situa no tempo e refere as caraterísticas nucleares da escultura nos<br />
períodos: arcaico, severo e clássico.
Ler manual adotado, pág. 50 a 60