revista Musica & Mercado
Pearl, Pride Music,
Pearl, Pride Music,
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
LL AUDIO EMPRESA ENTRA NA BRIGA COM EQUIPAMENTOS USB<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR | SETEMBRO | OUTUBRO DE 2009 | Nº 44 | ANO 8<br />
✓<br />
GERENTE<br />
COMPRADOR<br />
VENDEDOR 1<br />
VENDEDOR 2<br />
VENDEDOR 3<br />
PASSE ESTA REVISTA PARA SEUS FUNCIONÁRIOS<br />
INFORMAÇÃO PARA O MERCADO DE ÁUDIO, INSTRUMENTOS MUSICAIS E ACESSÓRIOS<br />
TAK ISOMI<br />
VICE-PRESIDENTE DA PEARL<br />
ALESSANDRO BISETTO<br />
GERENTE-GERAL PARA<br />
A AMÉRICA LATINA<br />
PEARL<br />
100% BRASIL<br />
JAPÃO OPTA POR ABERTURA<br />
DE ESCRITÓRIO NO PAÍS<br />
GIBRALTAR<br />
<strong>Musica</strong>l Express<br />
assume distribuição<br />
da marca
C<br />
C<br />
M<br />
C
BUILD YOUR BRAND • CONNECT WITH YOUR BUYERS<br />
GET READY TO GO GLOBAL • START A BUZZ ABOUT YOUR PRODUCTS • MOVE YOUR BUSINESS FORWARD<br />
INVEST IN YOUR COMPANY’S SUCCESS • BE A PART OF THE MUSIC PRODUCTS INDUSTRY’S MOST IMPORTANT EVENT<br />
Exhibitor Information Now Online<br />
www.namm.org/thenammshow
Model 6260 Amp Head<br />
Detonando na loja de instrumentos<br />
musicais mais perto de você.<br />
© 2009 Red Chip Company Ltd. As especificações técnicas e a aparência estão sujeitas a alteração sem aviso prévio. A Red Chip não se responsabiliza por nenhuma perda oriunda de fundamentação, seja ela parcial ou total, em qualquer descrição, fotografia, imagem ou declaração constante da presente. 985-90000-01412<br />
Model 6260-212 Combo<br />
Model 6262 Amp Head<br />
Model 6262-212 Combo<br />
Model 333 Amp Head<br />
Model 333-212 Combo<br />
Model 333XL Amp Head<br />
Model 333XL-212 Combo<br />
Model 412H-BK Half Stack<br />
Modelo 333 de três canais, 120 watts,<br />
amplificação totalmente valvulada com reverb;<br />
Modelo 412H-BK gabinete half-stack 4x12".<br />
www.bugera-amps.com
EXPEDIENTE<br />
Editor / Diretor<br />
Daniel A. Neves S. Lima<br />
Diretora de Comunicação<br />
Ana Carolina Coutinho - MTB: 52.423<br />
Coordenador de Comunicação<br />
Miguel De Laet<br />
Depto. Comercial<br />
Eduarda Lopes<br />
Carina Nascimento<br />
Relações Internacionais<br />
Nancy Bento<br />
Roberta Begliomini Padovan<br />
Administrativo/Financeiro<br />
Carla Anne<br />
Direção de Arte<br />
Dawis Roos<br />
Revisão de Texto<br />
Hebe Ester Lucas<br />
Assinaturas<br />
Barbara Tavares<br />
assinaturas@musicaemercado.com.br<br />
Colaboradores<br />
Alejandro Wald, Fabiano Brum,<br />
Leonardo Glikin, Luis Eduardo Vilaça,<br />
Marcelo Ortega, Priscila San Martin,<br />
Rogério Nogueira e Tom Coelho<br />
Música & <strong>Mercado</strong> ®<br />
Caixa Postal: 2162<br />
CEP 04602-970 – São Paulo – SP.<br />
Todos os direitos reservados.<br />
Autorizada a reprodução com a citação da Música<br />
& <strong>Mercado</strong>, edição e autor. Música & <strong>Mercado</strong> não<br />
é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos<br />
anúncios publicados.<br />
Publicidade<br />
Anuncie na Música & <strong>Mercado</strong><br />
comercial@musicaemercado.com.br<br />
Tel./fax.: (11) 3567-3022<br />
www.musicaemercado.com.br<br />
E-mail: ajuda@musicaemercado.com.br<br />
M&M no Orkut: http://tr.im/ydf6<br />
Twitter: twitter.com/musicaemercado<br />
Parcerias/Partners<br />
Frankfurt • China<br />
Estados Unidos<br />
Impressa no Brasil / Printed in Brazil<br />
A notícia em primeira mão<br />
JÁ É TRADIÇÃO. Nos dois meses que antecipam a Expomusic o mercado<br />
se agita. De fábricas a importadores, todos querem levar algo<br />
novo à maior feira de música da América Latina. E essa novidade<br />
não fica apenas com os lançamentos de equipamentos musicais,<br />
mas também no reposicionamento de marcas antes da feira. Tudo<br />
para que o anúncio ganhe maior impacto e muitos negócios sejam<br />
realizados já com a ‘nova empresa’, em geral com preços mais atrativos<br />
e facilidades distintas das adotadas anteriormente.<br />
SEGUINDO O COSTUME, ESTE ANO NÃO PODERIA SER DIFERENTE.<br />
Diversas marcas adotaram novas estratégias de mercado na<br />
temporada pré-feira. Uma dessas mudanças, porém, causou<br />
mais turbulência que qualquer outra: refere-se à abertura de um<br />
escritório da Pearl no Brasil.<br />
APÓS MESES DE ESPECULAÇÃO, A NOTÍCIA É OFICIAL, e desde<br />
setembro a marca japonesa já atua independente da Pride. Por isso<br />
trazemos, em primeira mão para você, todos os detalhes dessa história.<br />
Ent<strong>revista</strong>mos o vice-presidente da Pearl, Tak Isomi, e seus<br />
novos parceiros: Alessandro Bisetto e Saad Romano. Parceiros?<br />
Sim. A Pearl vai entrar no Brasil em joint venture. Curioso? Vá até<br />
a matéria de capa, saiba como será a relação comercial da Pearl<br />
Brasil e também confira o panorama dos motivos que levaram a<br />
marca japonesa a tomar essa atitude.<br />
ESTA EDIÇÃO É MESMO ESPECIAL – afinal, a M&M também vai<br />
quer levar novidades à Expo –, e você vai conferir: dicas de marketing<br />
com o Twitter (também ensinamos como usar); como planejar a sucessão<br />
na empresa; os lançamentos da Summer Namm; sugestões para<br />
aumentar as suas vendas; as estratégias da Tagima, Tycoon, <strong>Musica</strong>l<br />
Express, Wolf Music, Dimúsica, <strong>Musica</strong>l Izzo e muitas outras empresas<br />
que deram o que falar nesses dois meses. E tem muito mais! Em bro estamos de volta, grande<br />
novemabraço!<br />
DANIEL NEVES<br />
Conheça todos os detalhes<br />
do reposicionamento<br />
da Pearl no Brasil.<br />
DANIEL NEVES<br />
24 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
SUMÁRIO<br />
SEÇÕES<br />
24 EDITORIAL<br />
28 ÚLTIMAS<br />
40 ENQUETE<br />
112 LOJISTA<br />
118 VIDA DE LOJISTA<br />
120 PRODUTOS<br />
126 TESTE<br />
132 PAINEL DE NEGÓCIOS<br />
138 CINCO PERGUNTAS<br />
62 PEARL<br />
100% BRASIL<br />
Empresa faz parceria<br />
e abre escritório no País.<br />
Conheça os detalhes<br />
do reposicionamento<br />
da marca<br />
MATÉRIAS<br />
42 Áudio A expansão da LL Audio com seus produtos USB<br />
46 Distribuição <strong>Musica</strong>l Express vai trazer as ferragens Gibraltar<br />
COLUNISTAS<br />
50<br />
54<br />
72<br />
74<br />
Mundo Digital Ações de marketing com o Twitter<br />
Governança Os segredos de um planejamento<br />
sucessório bem-sucedido<br />
<strong>Mercado</strong> Pride revela seus próximos passos<br />
Globalização Tycoon vai fabricar instrumentos típicos do Brasil<br />
44<br />
60<br />
O coração da empresa<br />
por Tom Coelho<br />
Como criar um plano de sucessão<br />
por Leonardo Glikin<br />
82<br />
Estratégia Sete soluções para você vender mais<br />
80<br />
A arte de vender caro<br />
90<br />
Empresa Wolf Music reestrutura departamento de vendas<br />
por Alejandro Wald<br />
92<br />
102<br />
104<br />
108<br />
128<br />
Especial Tecnologia e mercado: prepare sua loja para o futuro<br />
Acessórios O desafio de distribuir a D’Andrea<br />
Perfil A identidade da Tagima<br />
Negócios As novidades da Summer Namm 2009<br />
Eventos Feiras da Música de Belo Horizonte, Rio de Janeiro<br />
e Porto Alegre<br />
88<br />
100<br />
Os custos da desorganização<br />
por Eduardo Vilaça<br />
O conceito janponês para<br />
aumentar as vendas<br />
por Fabiano Brum<br />
26 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
O verdadeiro<br />
O verdadeiro autor do projeto Música<br />
nas Escolas é o GAP (Grupo de Apoio<br />
Parlamentar Pró-Música), do Rio de<br />
Janeiro, e não nenhuma outra associação<br />
ou correlata.<br />
Quero aparecer<br />
A confusão de ‘paternidade’ do projeto<br />
se deu por conta de um release<br />
de imprensa feito por uma assessoria<br />
que deu a entender que a autoria — e<br />
todo o trabalho de inclusão da música<br />
no currículo escolar — é de outro<br />
grupo. Engano ou vampirismo?<br />
Eleição<br />
A eleição para novo presidente da<br />
Abemúsica é em 2010. Quem ganha-<br />
rá: José Sarney ou Marina Silva?<br />
Ops! Erramos!<br />
De olho na lei<br />
Já está em trâmite<br />
no Congresso Nacional<br />
um projeto<br />
de lei que prevê mudanças<br />
nas relações<br />
trabalhistas entre os sentantes e as empresas. A lei<br />
repre-<br />
nº 1.439/2007 pretende alterar o<br />
valor e o prazo de indenização recebidos<br />
pelo representante comercial<br />
quando o contrato é rescindido sem<br />
justa causa. Até o momento, o cálculo<br />
era feito com base em todo o período<br />
de representação. Caso a lei seja<br />
aprovada, a avaliação será feita apenas<br />
com base nos últimos três anos<br />
e o profissional poderá solicitar a indenização<br />
em, no máximo, dois anos.<br />
Para se ter uma ideia, um valor de<br />
recebimento que seria de R$ 45.000<br />
na lei antiga, será reduzido para<br />
R$ 5.400 com a nova. Mais de 13 mil<br />
pessoas disseram ser contra a aprovação<br />
da lei ao firmar um abaixo-assinado,<br />
criado por entidades de classe.<br />
Se quiser saber mais sobre quais<br />
ações estão sendo tomadas pelos<br />
representantes contra a aprovação<br />
da lei, acesse: www.representantecomercial.com.<br />
O projeto de lei completo<br />
está disponível no site da Câmara<br />
Federal: www.camara.gov.br/sileg/<br />
Prop_Detalhe.asp?id=357568.<br />
Mangas de fora<br />
Com 35 anos, a fábrica de equipamentos<br />
para áudio profissional Staner<br />
prepara novidades. A empresa fechou<br />
acordo de distribuição com a Clair<br />
Brothers, companhia norte-americana<br />
responsável pelo show de bandas<br />
como U2, Iron Maiden, Madonna, entre<br />
outros. A empresa prevê também<br />
a reestruturação de sua equipe de representantes<br />
até o final de 2009.<br />
Gente nova na área, mas falta um<br />
Eber Fernandes Policate é o novo<br />
especialista de produtos da Tagima.<br />
Ex-Sonotec, Policate atua no mercado<br />
há 14 anos. E a Tagima quer mais!<br />
Está à procura de um vendedor interno<br />
que já tenha experiência em<br />
vendas de instrumentos musicais e<br />
conheça o mercado nacional.<br />
Brasileiro na AES Latina<br />
Joel Brito é o novo vice-presidente da<br />
AES Latinoamericana. Ele vai assumir<br />
o cargo em outubro, ocupando<br />
o lugar do argentino Andres Mayo.<br />
Eleito pela maioria, Joel, por enquanto,<br />
ainda permanece também na presidência<br />
da AES Brasil.<br />
Muque<br />
A Royal Music irá mostrar força e<br />
maior estrutura na Expomusic 2009.<br />
Made In Brazil<br />
abre nova loja<br />
Uma das maiores lojas de instrumentos<br />
musicais do País abriu sua primeira<br />
filial em um shopping da capital<br />
paulista. A loja, de 200 m 2 , foi inaugurada<br />
em 12 de agosto no Shop ping<br />
Jardim Anália Franco, região nobre de<br />
São Paulo. A carência de grandes lojas<br />
do ramo na região leste de São Paulo<br />
foi fator decisivo para que o proprietário<br />
da rede, Marcelo Aziz, pensasse no<br />
shopping como boa alternativa para<br />
alcançar novos clientes e continuar a<br />
expansão da rede. Além das lojas de<br />
São Paulo, a Made In Brazil possui loja<br />
no Grande ABC e também em Porto<br />
Alegre, RS. O próximo passo? Em outubro,<br />
será inaugurada a loja de Brasília.<br />
Mês da Expo<br />
Prepare-se! De 23 a 27 de setembro,<br />
no Expo Center Norte, em São Paulo,<br />
capital, a maior feira de música<br />
da América Latina.<br />
Representante turbinado<br />
Leandro Campos, ex-gerente cial da Crafter Guitars do Brasil, fecha<br />
comer-<br />
contrato com a Florence Music e representará<br />
a empresa em Minas Gerais,<br />
Pará e Maranhão. Para manter ativos<br />
os quase 200 clientes que compõem<br />
esta carteira, seus colaboradores internos<br />
contarão com uma poderosa<br />
ferramenta, o Salesforce.com. A empresa<br />
norte americana com sede em<br />
Los Angele, Califórnia, é líder mundial<br />
em Software CRM (Customer Rela-<br />
tionship Management) e automatiza<br />
a força de vendas de empresas como<br />
Dell, Starbucks e Siemens.<br />
28 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
ECONOLINHAS<br />
Formulário de Imposto de Renda<br />
para empresas disponível<br />
O site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br)<br />
já disponibilizou o<br />
formulário da Declaração de Informações<br />
Econômico-Fiscais da Pessoa<br />
Jurídica (DIPJ) relativa ao anocalendário<br />
de 2008. O formulário é<br />
para empresas que calculam seus<br />
impostos sob o regime de lucro real.<br />
O prazo para a entrega da declaração<br />
vai até 16 de outubro. A multa para<br />
empresas que entregarem a DIPJ com<br />
atraso varia de R$ 500 até 20% do imposto<br />
informado na declaração.<br />
Alta nas vendas do varejo<br />
O setor de comércio varejista cresceu<br />
1,7% em junho, em relação a maio.<br />
O aumento em relação a junho de<br />
2008 foi ainda maior: 6,5%. Especialistas<br />
atribuem a alta ao impulso da<br />
massa salarial, ao reaquecimento do<br />
crédito e ao corte no Imposto sobre<br />
Produtos Industrializados (IPI).<br />
IGP-M: primeiro<br />
decêndio de agosto<br />
O Índice Geral de Preços do mercado<br />
(IGP-M) registrou, no primeiro decêndio<br />
de agosto, taxa de variação de<br />
–0,68%. Em julho, no mesmo período<br />
de apuração, a taxa foi de –0,23%.<br />
Os três componentes do IGP-M apresentaram<br />
as seguintes trajetórias,<br />
na passagem do primeiro decêndio<br />
de julho para o primeiro decêndio de<br />
agosto: IPA, de –0,48% para –1,09%,<br />
IPC, de 0,12% para 0,01%, e INCC, de<br />
0,49% para 0,30%.<br />
Comércio eletrônico cresce<br />
no primeiro semestre<br />
Os primeiros seis meses de 2009 tiveram<br />
um crescimento de 27% nas<br />
vendas pela internet, em relação ao<br />
mesmo período de 2008. O faturamento<br />
bruto total foi de R$ 4,8 bilhões,<br />
segundo dados do E-bit. Tendo<br />
um tíquete médio de R$ 323 no<br />
período, o número representa um<br />
crescimento de 5%.<br />
Nossa Caixa pretende<br />
liberar R$ 200 milhões<br />
Demian Fiocca, presidente da Nossa<br />
Caixa, declarou que o banco quer<br />
desembolsar R$ 200 milhões por<br />
meio das linhas de crédito BNDES,<br />
PSI, cartão BNDES, PEC-BNDES,<br />
entre outros, até 31 de dezembro.<br />
Segundo Fiocca, essas operações do<br />
banco com o BNDES fazem parte de<br />
uma nova estratégia da Nossa Caixa<br />
para atender as empresas.<br />
Balança comercial de agosto<br />
Segundo dados do Ministério<br />
do Desenvolvimento, Indústria<br />
e Comércio Exterior, no mês de<br />
agosto as exportações somaram<br />
US$ 13,841 bilhões, um recuo de<br />
29,9% em relação ao mesmo período<br />
no ano passado. A boa notícia<br />
é que cresceu 7,2% em relação<br />
a julho de 2009.<br />
Já as importações totalizaram<br />
no mês US$ 10,767 bilhões, retração<br />
de 38,3% sobre agosto de 2008<br />
e crescimento de 5,1% em relação a<br />
julho de 2009.<br />
A corrente comercial de agosto<br />
foi de US$ 24,608 bilhões no total e<br />
também sofreu recuo com relação<br />
ao ano anterior, número de 33,8%;<br />
entretanto, em relação a julho de<br />
2009, aumentou 6,3%. A outra boa<br />
notícia é que o saldo comercial cresceu<br />
33,7% com relação a 2008, totalizando<br />
US$ 3,074 bilhões.<br />
Variação da cotação do dólar desde o início do ano:<br />
Ampliada<br />
A fabricante de peles e percussão Luen<br />
tem ganhado mais mercado. A empresa<br />
terminou a reforma em sua nova<br />
fábrica e aumentou consideravelmente<br />
sua capacidade de produção.<br />
25 anos<br />
A Meteoro comemora 25 anos em<br />
2009. Com uma sonoridade própria,<br />
a empresa buscou e criou estilo, além<br />
de estar entre as que mais apoiaram<br />
músicos nacionais. Parabéns!<br />
Errata<br />
A loja A Primavera, da Bahia, continua<br />
no mesmo ponto de sempre (Praça da<br />
Sé, nº 32) e tem 132 anos (não 80 como<br />
foi publicado na última edição. Já a loja<br />
Mídia Mil fica na Guedes de Brito, nº 2.<br />
30 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Solid Sound Beat:<br />
nova aposta da empresa<br />
A Solid Sound foi pioneira na fabricação<br />
de capas no Brasil e fez sua<br />
história inovando em produtos para<br />
transporte e embalagem de instrumentos<br />
musicais. Hoje, oferece uma<br />
extensa linha, tanto em termos de<br />
modelos quanto de preços. Utilizando<br />
sua rede de representantes e<br />
clientes por todo o Brasil, inicia uma<br />
nova fase, há algum tempo planejada:<br />
o desenvolvimento de uma linha<br />
de percussão, a Solid Sound Beat,<br />
que traz modelos de congas, bongôs,<br />
djembes, pandeiros e uma simpática<br />
linha de miniaturas. A ideia é manter<br />
a posição já bem fixada pela Solid<br />
Sound, trazendo mais uma opção de<br />
produtos ao mercado brasileiro.<br />
Parabéns<br />
Este ano a Taylor Guitars comemora<br />
seu 35º aniversário com<br />
uma coleção de violões e guitarras<br />
de edição limitada. Dos novos<br />
modelos, as versões premium da<br />
linha de instrumentos, a fabricante<br />
irá confeccionar pequenas quantidades<br />
de cada para a comemoração.<br />
As primeiras séries de aniversário<br />
serão criadas com os modelos elétricos,<br />
oferecidos com tampos<br />
exóticos. As guitarras<br />
de corpo sólido terão o<br />
corpo confeccionado em<br />
mogno e uma pequena<br />
marcação com o número<br />
35 entre o 11º e o 12º<br />
trastes. Para informações<br />
adicionais, visite o<br />
site: www.taylorguitars.com/<br />
guitars/limiteds/35thAnniversary.<br />
Ele mesmo<br />
Carlos Cesar Medeiros, presidente<br />
da Condortech, tem agora uma nova<br />
responsabilidade: ‘gerente de tudo’,<br />
como ele tem se definido.<br />
Morre o guitarrista<br />
e inventor Les Paul<br />
Les Paul, inventor da<br />
guitarra elétrica e do<br />
método de gravação<br />
multicanais, faleceu<br />
dia 12 de agosto, em<br />
White Plains, Nova<br />
York, de complicações<br />
causadas por pneumonia.<br />
O músico tocou<br />
guitarra até os 90 anos.<br />
Lester William Polfuss<br />
(nome real de Les Paul)<br />
nasceu em Waukesha,<br />
Wisconsin, no dia 9 de<br />
junho de 1915. Nas décadas<br />
de 30 e 40, tocou<br />
com o bandleader Ferd<br />
Waring e vários outros cantores de<br />
“big bands”, incluindo Bing Crosby,<br />
Frank Sinatra e as Andrew Sisters,<br />
assim como também com o seu<br />
próprio grupo, Les Paul Trio. No<br />
início da década de 50, já possuía<br />
grandes hits com a sua então esposa,<br />
Mary Ford, como “How High<br />
the Moon” e “Vaya Con Dios”.<br />
Mas sua notoriedade se deu<br />
mesmo por conta do modelo de<br />
guitarra da Gibson que leva o seu<br />
nome, que o músico montou na<br />
década de 40 e levou à fabricante.<br />
Hoje, além de inúmeros guitarristas,<br />
de todos os estilos, utilizarem<br />
Quem determina<br />
a compra de produtos?<br />
Numa disputa acirrada, de acordo com<br />
a enquete realizada pelo site da <strong>revista</strong><br />
(www.musicaemercado.com.br), quem<br />
determina a compra de produtos da<br />
loja é o diretor ou sócio, com 140 votos.<br />
Em segundo lugar, o comprador, com<br />
133. Também com pouca diferença, a<br />
terceira posição foi a dos vendedores,<br />
com 120. Em seguida, os gerentes, com<br />
81, e o marketing, com 62.<br />
a Gibson Les Paul, vários outros<br />
fabricantes de instrumentos de<br />
corda disponibilizam modelos inspirados<br />
no original.<br />
Les Paul também foi o dono de<br />
outra criação fundamental para<br />
o meio musical: o sistema de gravação<br />
multicanais, que permite<br />
gravar os instrumentos separadamente<br />
para depois juntá-los. Paul<br />
está imortalizado no Rock and Roll<br />
Hall of Fame, no Grammy Hall of<br />
Fame, no Inventors Hall of Fame e<br />
no Songwriters Hall of Fame. Ele<br />
deixa três filhos, uma filha, cinco<br />
netos e cinco bisnetos.<br />
<strong>Mercado</strong> mexicano em quarentena!<br />
Com a proibição de eventos em locais<br />
fechados para evitar a transmissão<br />
da gripe A H1N1, diversos<br />
shows e festivais foram cancelados<br />
no México.<br />
O México já estava fragilizado,<br />
pois a crise financeira dos Estados<br />
Unidos teve enorme impacto no<br />
país, mas, segundo Sergio Lavale,<br />
gerente de produtos da La Guitarrería,<br />
o que resultou em algo pior para<br />
32 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Foto da fábrica<br />
o mercado musical mexicano foi a<br />
triste aparição da pandemia do vírus<br />
influenza H1N1. “A indústria de<br />
espetáculos parou completamente;<br />
os restaurantes fecharam suas portas,<br />
os turistas não foram às praias,<br />
nem aos hotéis. Os profissionais<br />
deixaram de consumir acessórios,<br />
instrumentos etc. O mercado se<br />
apagou”, explicou Lavale.<br />
Ele ainda informou que muitos<br />
de seus melhores clientes ficaram<br />
com contas atrasadas por seis meses,<br />
o que forçou a empresa a mudar<br />
radicalmente a estratégia. Foram<br />
introduzidas linhas mais econômicas<br />
de produtos com menores margens<br />
de lucro, que realmente resultaram<br />
no aumento do movimento.<br />
“Saímos mais às ruas para vender<br />
ao consumidor final, para engrossar<br />
as margens.”<br />
No âmbito administrativo, corte<br />
de custos em todos os lugares possíveis<br />
e trabalho com os recursos<br />
humanos de modo a conscientizar a<br />
equipe a trabalhar um pelo outro foram<br />
as formas de manter a empresa<br />
viva no mercado.<br />
Sem atenção<br />
A substituição tributária é uma realidade,<br />
mas muitas lojas insistem em<br />
trabalhar como antigamente: sem<br />
ligar a mínima para os impostos.<br />
Atentem-se!<br />
Evento<br />
No mês de junho, a Rico trouxe o<br />
clarinetista francês Romain Guyot<br />
para uma masterclass no Rio de<br />
Janeiro. O evento ocorreu no Auditório<br />
Guiomar Novaes, no Largo da<br />
Lapa. O endorsee demonstrou sua<br />
técnica a estudantes de clarineta.<br />
O clarinetista e endorsee brasileiro<br />
Fernando Silveira coordenou a masterclass.<br />
Os representantes da <strong>Musica</strong>l<br />
Express no Rio de Janeiro, Luiz<br />
Antônio Souza e Lucy Bento Pereira,<br />
participaram da organização do<br />
evento e sortearam kits de produtos<br />
Rico. Guyot utiliza palhetas Rico Reserve<br />
Bb 4.0 e Grand Concert Select<br />
Evolution Bb#4; Rico Reed Case para<br />
clarineta com Reed Vitalizer e Reed<br />
Vitalizer refil unitário 73%.<br />
Música pode ajuda<br />
no tratamento de Alzheimer<br />
Pesquisa feita nos Estados Unidos<br />
mostra que a música poderá evitar<br />
Tagima Dream Team<br />
in Concert<br />
Pelo 4º ano, a Tagima realiza o seu principal<br />
evento. Ele acontecerá no Moinho,<br />
uma casa de shows em São Paulo, no dia 22<br />
de setembro, das 9h às 20h. Paralela à já tradicional<br />
apresentação dos endorsees da marca,<br />
o evento contará também com o Tagima Convetion, exposição focada em<br />
realização de negócios e relacionamento com os lojistas. Para conferir a<br />
programação, acesse o site: www.tagima.com.br. O ingresso será 2 kg de<br />
alimentos não perecíveis (não serão aceitos sal, farinha e açúcar).<br />
Em meio a centenas de cones de<br />
alto falantes, funcionário trabalha<br />
na fábrica da D.A.S na Espanha.<br />
o avanço do Mal de Alzheimer, doença<br />
ligada diretamente à memória.<br />
O estudo, feito na Universidade<br />
da Califórnia pelo pesquisador Petr<br />
Janata,comprovou que a área do cérebro<br />
associada às memórias mais<br />
vívidas é a mesma da música. “O que<br />
parece acontecer é que uma música<br />
conhecida serve de trilha sonora<br />
para um filme mental que começa<br />
a tocar em nossa cabeça. (...) Ela<br />
traz de volta as lembranças de uma<br />
pessoa ou um lugar, e você pode de<br />
repente ver o rosto daquela pessoa<br />
na sua mente”, disse o cientista para<br />
o site BBC Brasil (www.bbc.co.uk/<br />
portuguese).<br />
Segundo Janata, é por isso que a<br />
música desperta emoções tão fortes<br />
em portadores da doença. Enquanto<br />
os participantes do experimento<br />
ouviam música, o córtex pré-frontal<br />
(logo atrás da testa) era ativado, e<br />
essa é uma das últimas áreas do cérebro<br />
que definha com a progressão<br />
da doença.<br />
Como a região parece ser o centro<br />
que une memória, emoção e<br />
música conhecida, o futuro das as<br />
pesquisas irão enfocá-lo para desenvolver<br />
uma musicoterapia que auxilia<br />
quem sofre da doença e ajude a<br />
retardar a progressão do Alzheimer.<br />
34 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
O Sped Fiscal está aí<br />
Até o dia 30 de setembro 15 mil empresas<br />
devem entregar o Sped Fiscal<br />
e outras milhares deverão passar a<br />
emitir notas fiscais eletrônicas. O não<br />
cumprimento da lei acarreta multas<br />
cujo valor começa em R$ 5 mil.<br />
De acordo com o diretor da Lumen<br />
IT, Werner Dietschi, uma das<br />
empresas que implantaram o processo<br />
desde o projeto-piloto, “o Sped é o<br />
agente que obriga as empresas a serem<br />
transparentes em sua operação.<br />
Elas terão de informar, em tempo<br />
real, seu faturamento, geração de impostos,<br />
contabilidade. É como se estivessem<br />
em permanente fiscalização<br />
on-line, o que dificulta, em muito, a<br />
sonegação”, diz ele.<br />
Para Dietschi, o Brasil é conhecido<br />
internacionalmente como o “país<br />
do jeitinho, um país atrasado”. E ele<br />
acredita que o Projeto Sped vai contribuir<br />
para diminuir esse atraso.<br />
De volta ao mercado<br />
A Nashville surgiu nos anos 80 como<br />
uma divisão da Micrologic, empresa<br />
de sociedade de Ruy Monteiro (hoje<br />
proprietário da Studio R). A marca foi<br />
responsável por uma revolução no<br />
mercado da época com lançamentos<br />
como o legendário NA-2200,<br />
equipamento tido como um marco<br />
no desenvolvimento de amplificadores<br />
no Brasil e encontrado em<br />
uso até hoje em todo o País. Com a<br />
saída de Ruy Monteiro da sociedade<br />
na Micrologic, em 1988, para fundar<br />
a Studio R, a Nashville acabou por<br />
ser fechada algum tempo depois,<br />
assim como a Micrologic. Hoje, após<br />
“O custo é enorme, mas vai fazer as<br />
empresas brasileiras serem mais parecidas<br />
com as dos países desenvolvidos,<br />
mais competitivas nacional e<br />
internacionalmente, já que fica mais<br />
difícil diminuir custos via sonegação”,<br />
finaliza.<br />
Profissionalize-se<br />
O Sebrae disponibiliza<br />
alguns cursos gratuitos em seu<br />
site. Entre eles, o Aprender a Empreender.<br />
O curso desenvolve conceitos<br />
básicos sobre mercado, finanças e<br />
empreendedorismo. Tem 16 horas,<br />
com a vantagem de o aluno escolher<br />
o horário mais adequado para<br />
estudar em casa. Importante: o participante<br />
deve completar os estudos<br />
em 30 dias. Além de interagir virtualmente<br />
com outros participantes,<br />
cada aluno tem a orientação de um<br />
tutor indicado pelo Sebrae. O único<br />
requisito para a matrícula é ter um<br />
quase 20 anos, a Nashville volta ao<br />
mercado com o objetivo de resgatar<br />
a credibilidade de seus produtos.<br />
A marca quer apresentar três<br />
diferenciais: supervisão e garantia,<br />
asseguradas pelo diretor Ruy Monteiro;<br />
disposição das mais modernas<br />
tecnologias em projetos, produtividade<br />
e controle de qualidade da equipe<br />
(liderada pelo engenheiro Francisco<br />
Monteiro); e suporte técnico e produtivo<br />
da equipe Studio R em uma<br />
divisão especial. Os primeiros produtos<br />
da marca serão apresentados na<br />
Expomusic. Para saber mais, acesse:<br />
www.nashvilleaudio.com.br.<br />
NA6400-2Ω: Amplificador estéreo de 2 ohms com 6.400 watts RMS<br />
de potência em apenas duas unidades rack e pesando menos de 18 kg.<br />
computador com acesso à internet.<br />
Para se inscrever e saber mais, acesse<br />
o site www.ead.sebrae.com.br.<br />
Sennheiser tem estrela pop<br />
Beyoncé é a nova endorsee da empresa<br />
especializada em microfones e outros<br />
equipamentos de áudio. No Brasil, a<br />
Sennheiser é distribuída pela Equipo.<br />
Aprovada a isenção de impostos<br />
O polêmico projeto de lei que concede<br />
isenção fiscal a instrumentos musicais<br />
importados foi sancionado, em<br />
18 de agosto, pela Comissão de Educação,<br />
Cultura e Esporte. Pela medida,<br />
os instrumentos importados<br />
serão beneficiados com a isenção do<br />
Imposto de Importação, bem como<br />
das contribuições aos programas de<br />
Integração Social e de Formação do<br />
Patrimônio do Servidor Público (PIS/<br />
Pasep) e Financiamento da Seguridade<br />
Social (Cofins).<br />
De acordo com o autor da proposta,<br />
senador Cristovam Buarque<br />
(PDT-DF), músicos, bandas e orquestras<br />
enfrentam dificuldades para adquirir<br />
ou renovar seus instrumentos<br />
musicais em razão da alta incidência<br />
de impostos e contribuições.<br />
O senador Cícero Lucena (PSDB-<br />
PB) está preocupado com eventual<br />
prejuízo à indústria nacional e pediu<br />
que os senadores fiquem atentos a<br />
isso, já que a lei precisa ser aprovada<br />
pela Comissão de Assuntos Econômicos<br />
(CAE) para ir à Câmara dos<br />
Deputados. O caminho ainda é longo<br />
e a polêmica que o envolve também.<br />
36 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Crescimento rápido<br />
Apostando em bom preço e qualidade,<br />
Vogga conquista estudantes<br />
Com menos de dois anos de<br />
existência, a Vogga já se coloca<br />
no mercado de maneira<br />
forte. Investindo na diversidade de<br />
instrumentos, a empresa cresce em<br />
ritmo acelerado e conquista cada<br />
vez mais adeptos. Como não poderia<br />
deixar de ser, a fabricante pretende<br />
ampliar ainda mais seu mix de produtos,<br />
sempre visando a dobradinha<br />
qualidade e preço acessível. Conheça<br />
os planos da empresa na ent<strong>revista</strong><br />
com Kelly Cassimiro, relaçõespúblicas<br />
da fabricante.<br />
A Vogga foi criada em 2008. Como<br />
está sendo a aceitação da marca<br />
até o momento?<br />
O desempenho e a aceitação da marca<br />
junto a lojistas e consumidores<br />
são excelentes! Pela avaliação que<br />
fizemos dos números de importação<br />
de instrumentos musicais no Brasil<br />
em 2008 e 2009, com apenas um ano<br />
de idade, a Vogga já aparece em diversas<br />
categorias de produtos entre<br />
as cinco maiores importadoras do<br />
Brasil. Em 2009, os números de vendas<br />
apresentaram crescimento, confirmando<br />
as nossas expectativas e o<br />
nosso planejamento.<br />
A empresa dispõe<br />
hoje de diversos tipos<br />
de instrumentos, da<br />
percussão ao sopro. A<br />
ideia inicial sempre foi a<br />
diversidade? Por quê?<br />
Sim. A marca Vogga foi<br />
criada para suprir, principalmente,<br />
as demandas<br />
do mercado iniciante ou<br />
estudantes. Com essa filo-<br />
sofia, não poderíamos ficar restritos<br />
a uma categoria de produto. Desde<br />
o início das operações, a ideia era<br />
oferecer ao mercado a linha completa<br />
de instrumentos musicais para<br />
quem está querendo iniciar no mundo<br />
da música.<br />
Quais são os produtos de destaque<br />
hoje da Vogga? Quais são os<br />
mais vendidos?<br />
No que se refere a volume de vendas,<br />
temos números expressivos em cada<br />
grupo de produto. Hoje nosso carrochefe<br />
são os violões acústicos e eletroacústicos<br />
(aço e náilon), seguidos<br />
pelas baterias Vogga, com excelente<br />
desempenho nas lojas. Outro grande<br />
destaque são as guitarras Vogga.<br />
Kelly Cassimiro,<br />
relações públicas da Vogga<br />
Atuando em um mercado competitivo<br />
como o de instrumentos<br />
musicais, quais as principais dificuldades<br />
para uma nova empresa<br />
se manter competitiva?<br />
Para uma empresa iniciante como a<br />
Vogga, vários são os obstáculos. Por<br />
um lado, estamos concorrendo com<br />
marcas consagradas e muitas vezes<br />
centenárias, que já possuem grandes<br />
investimentos em marketing,<br />
patrocínio de artistas e um market<br />
share<br />
bem representativo. Por outro<br />
lado, temos também as marcas de<br />
baixíssimo valor agregado, competindo<br />
apenas no quesito preço. A Vogga<br />
está se diferenciando no mercado<br />
musical brasileiro porque oferece<br />
um produto com preço competitivo<br />
e qualidade muito superior aos produtos<br />
que possuem preço similar.<br />
Ou seja, é um produto que deixará<br />
o músico iniciante muito satisfeito.<br />
Além disso, a Vogga se planejou e<br />
mantém o seu estoque sempre regularizado<br />
para atender os lojistas,<br />
uma vez que estamos inseridos em<br />
uma classificação de produto que<br />
tem giro rápido nas lojas.<br />
O setor de exportações faz<br />
parte do pensamento<br />
da empresa?<br />
O foco da Vogga hoje é o<br />
mercado brasileiro. Ain-<br />
da é cedo para pensarmos<br />
em escala mundial.<br />
Como é o relacionamento<br />
da marca com os lojistas e<br />
representantes?<br />
Nessa área, a empresa tem con-<br />
38 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
quistado terreno rapidamente. Nossa<br />
carteira de clientes quase triplicou do<br />
início das atividades até agora. Temos<br />
uma equipe comercial interna muito<br />
jovem, treinada e apta a atender todo<br />
o território nacional. Além disso, a<br />
Vogga possui logística e assistência<br />
técnica próprias, além de um SAC exclusivo<br />
para atendimento aos lojistas.<br />
No site da Vogga, há uma opção<br />
para cadastro de lojistas, professores,<br />
escolas e consumidores.<br />
Quais as vantagens obtidas<br />
por quem realiza o cadastro?<br />
Como a Vogga é uma marca<br />
jovem e em processo de maturação,<br />
hoje a empresa da não desenvolve ações<br />
comerciais ou promocio-<br />
ainnais.<br />
Mas já criamos o<br />
site pensando lá na frente.<br />
O objetivo do cadastro<br />
é possibilitar o fornecimento<br />
de informações a lojistas e consumidores<br />
interessados na marca, envio<br />
de catálogos de produtos, newsletters<br />
etc.<br />
Quanto a empresa investe em tecnologia?<br />
Qual a estrutura da Vogga<br />
hoje nesse quesito?<br />
Hoje temos uma equipe de desenvolvimento<br />
de produtos formada por<br />
músicos atuantes no mercado, que<br />
buscam excelência junto aos nossos<br />
principais parceiros na seleção de<br />
matérias-primas<br />
de qualidade, na<br />
montagem e acabamento<br />
de nossos produtos.<br />
Quais os próximos passos<br />
da empresa no<br />
mercado?<br />
Para os próximos anos<br />
é importante solidificar<br />
o nosso market share<br />
e aumentar cada vez<br />
mais nosso mix de produtos.<br />
Para isso, é fundamental<br />
continuar<br />
oferecendo qualidade<br />
e<br />
competitividade<br />
por meio de lojistas<br />
que tenham interesse<br />
em investir<br />
na marca e consolidar<br />
o nome Vogga<br />
no mercado e entre<br />
os músicos. •
Enquete<br />
BATERISTA<br />
O que cada<br />
cliente quer<br />
Ent<strong>revista</strong>mos quatro músicos com gostos e<br />
necessidades diferentes que especificaram suas<br />
predileções na hora da compra<br />
Dicas<br />
Muitos lojistas mantêm<br />
um padrão de atendimento<br />
e mix de produtos<br />
fixo que nem sempre é o ideal<br />
para todos os clientes. A chave para<br />
garantir que o consumidor volte<br />
sempre é identificar quais as necessidades<br />
de cada um e se adequar ao<br />
tipo de abordagem necessária.<br />
Perguntas<br />
1.<br />
O que não<br />
pode faltar<br />
em uma<br />
loja?<br />
2.<br />
Qual a<br />
situação<br />
que mais<br />
o aborrece<br />
quando vai comprar<br />
um instrumento ou<br />
acessório?<br />
3.<br />
Que tipo de<br />
atendimento<br />
é o melhor<br />
para você?<br />
4.<br />
O que faz<br />
com que<br />
você volte<br />
à mesma<br />
loja?<br />
Alan Marques<br />
Baterista<br />
Campinas, SP<br />
Equipamentos de várias faixas de<br />
preço, pois há situações em que você<br />
procura algo mais em conta e em<br />
outras está atrás de equipamentos<br />
mais “top”. Depende da situação<br />
e a loja tem de estar preparada<br />
para ambas.<br />
Quando um vendedor fica querendo<br />
me empurrar certo produto que já<br />
mostrei que não me interessa. Sou<br />
muito específico quando entro numa<br />
loja de instrumentos. Em geral, sei<br />
exatamente o que procuro e às vezes o<br />
vendedor não entende muito bem isso.<br />
Sempre o que é atencioso, quando<br />
realmente entende do produto que<br />
está vendendo e sabe negociar.<br />
Sou muito fiel às lojas de que gosto. Geralmente<br />
são lojas pequenas, mas que<br />
atendem muito bem, possuem uma<br />
variedade de produtos que me agrada<br />
e no final sempre consigo fazer um<br />
bom negócio. Essas lojas costumam<br />
entender a situação financeira de um<br />
músico, que nem sempre é muito boa.<br />
40 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
GuitaRRista Baixista Cantor<br />
Rodrigo Toledo<br />
Guitarrista<br />
Barueri, SP<br />
Leonardo Muniz<br />
Baixista<br />
São Paulo, SP<br />
Tiago Marks<br />
Cantor<br />
São Paulo, SP<br />
Variedade de encordoamentos e palhetas,<br />
opções de instrumentos para<br />
canhotos, amplificadores e pedais de<br />
efeitos, assim como itens para interação<br />
com computador.<br />
Gosto de testar mais do que uma guitarra<br />
ou violão do mesmo modelo, pois<br />
cada um tem suas próprias diferenças<br />
e muitas vezes os vendedores me<br />
encaram como chato. Sem contar que,<br />
quando você pergunta o preço, é passado<br />
um valor já embutido dos juros,<br />
como se você fosse comprar a prazo.<br />
Não podem faltar itens básicos com diversidade.<br />
Para mim, que sou baixista,<br />
não pode faltar encordoamento para<br />
todos os tipos de baixos (quatro, cinco<br />
ou seis cordas) e de vários modelos,<br />
pois utilizo diferentes para cada baixo<br />
que tenho, para obter melhor timbre.<br />
Detesto quando vendedores não me<br />
perguntam se preciso de ajuda, ou<br />
pior, fingem que não me viram. Se entrei<br />
na loja, é porque preciso de ajuda,<br />
pois estou à procura de algo, independente<br />
do que seja, uma palheta ou um<br />
novo instrumento.<br />
Certamente não pode faltar variedade<br />
de instrumentos, qualquer que<br />
seja o segmento, bom atendimento e<br />
bons preços.<br />
Quando vou a uma loja, na maioria<br />
das vezes vou decidido sobre o que<br />
comprar ou às vezes preciso de algumas<br />
dicas com relação ao produto. O<br />
que me aborrece é o vendedor não<br />
saber esclarecer minhas dúvidas e<br />
insistir em ‘empurrar’ produtos sem<br />
meu interesse.<br />
É aquele em que o vendedor conhece<br />
bem o equipamento e proporciona a<br />
possibilidade de teste dele. Também<br />
aprecio a pós-venda, pois me passa<br />
que a loja realmente se preocupou<br />
com o fato de que o produto tenha<br />
atendido minhas necessidades.<br />
Aquele em que o vendedor se coloca<br />
à minha disposição. Quando vou adquirir<br />
um novo instrumento, pesquiso<br />
muito, pois quero ter certeza da minha<br />
escolha, ou seja, não vou comprar<br />
na primeira loja. Se o vendedor está<br />
disposto, já é meio caminho andado.<br />
A pessoa que atender deve ter muito<br />
conhecimento do que apresentará<br />
ao cliente, pois é um mercado de<br />
pessoas exigentes e que conhecem<br />
bastante o que procuram. Conhecimento<br />
do que oferecer é essencial<br />
para não ‘espantar’ o público.<br />
Atendimento qualificado, bom preço e<br />
variedade de equipamentos.<br />
Uma somatória de fatores: melhor<br />
custo-benefício, disposição do vendedor<br />
e variedade de produtos. Se há<br />
esta combinação, voltarei com certeza,<br />
pois sei que sairei satisfeito.<br />
Variedade, bom atendimento e bons<br />
preços certamente me farão retornar<br />
a essa loja.<br />
www.musicaemercado.com.br 41
Áudio Investimento<br />
Expansão<br />
em todas as áreas<br />
LL Audio Technology investe em infraestrutura e certificação ISO 9001,<br />
vai focar em exportação e já comemora os resultados deste ano<br />
A<br />
empresa LL Audio Technology<br />
surgiu há 25 anos na garagem<br />
do pai dos proprietários,<br />
os irmãos Luiz Carlos Luizon e Pedro<br />
Tadeu Luizon. “Começamos com a produção<br />
das famosas corujinhas, que são<br />
aqueles porta-tapes”, conta o gerente<br />
comercial da empresa, Wagner Fan-<br />
chioni. Atualmente, a LL Audio possui<br />
uma linha de praticamente 150 produtos<br />
do segmento de áudio e se prepara<br />
para uma nova fase de ampliação. “A<br />
nova sede já é uma realidade, com uma<br />
área muito maior, onde enfocamos a<br />
produtividade e melhores condições de<br />
trabalho, privilegiando tanto os pro-<br />
O segmento<br />
de áudio, por<br />
Wagner Fanchioni<br />
Qual é a melhor maneira de lidar<br />
com a concorrência?<br />
A concorrência ajuda a nos posicionar<br />
no mercado. Nossa estratégia<br />
sempre foi o investimento<br />
em nossos produtos, em nosso<br />
parque industrial e no respeito ao<br />
nosso cliente. Respeitamos também<br />
nossos concorrentes.<br />
Os modelos LL 200 e<br />
Starmax repaginados<br />
com entrada USB,<br />
sucesso de vendas<br />
Como a LL Audio pratica o marketing<br />
da empresa?<br />
Atuamos principalmente na divulgação<br />
da empresa e de nossos<br />
produtos na mídia do setor, além<br />
da participação em eventos.<br />
Quais são as dificuldades do<br />
ramo de áudio?<br />
Acho que as dificuldades não são<br />
exatamente do setor de áudio,<br />
mas sim do sistema como um<br />
todo. Alta carga tributária, juros<br />
altos e concorrência externa são<br />
dificuldades reais do segmento.<br />
42 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Áudio Investimento<br />
cedimentos quanto o bem-estar dos<br />
funcionários”, informa. Atuando em<br />
todo o território nacional, por meio de<br />
suas representações, os produtos da LL<br />
atendem a lojistas dos segmentos de<br />
áudio, eletrônica e instrumentos musicais<br />
e, além das novas instalações,<br />
a empresa já está em processo de implantação<br />
da certificação ISO 9001.<br />
A participação da LL no mercado<br />
internacional é ainda tímida, mas<br />
será o foco após a ampliação. Fanchioni<br />
esclarece: “Com certeza a exportação<br />
está em nossos planos. Fazemos<br />
alguma coisa para o Mercosul,<br />
mas sem muitos incentivos. Agora,<br />
com as novas instalações e o aumento<br />
de nossa produção, voltaremos a<br />
investir em exportação”.<br />
A venda dos produtos é bem distribuída<br />
entre as linhas, mas as caixas<br />
multiuso têm uma participação<br />
significativa, pois atingem um público<br />
popular. Quanto aos lançamentos,<br />
destaca-se a linha de produtos com<br />
entrada USB (veja matéria na p. 92).<br />
“Estamos investindo nos importados,<br />
e também em algumas novidades<br />
que serão apresentadas neste terceiro<br />
trimestre. Neste ano lançamos nossa<br />
linha de produtos com entrada USB,<br />
que tem sido um sucesso”, revela.<br />
Fanchioni destaca as igrejas evangélicas<br />
como leais consumidoras de seus<br />
produtos e atenta para o surgimento<br />
de novos mercados: “A sonorização de<br />
ambientes também é um segmento interessante<br />
e em crescimento e o ensino<br />
de música nas escolas com certeza<br />
contribuirá para o uso de equipamentos<br />
de áudio no futuro”, antecipa.<br />
Apesar de a comercialização ser<br />
voltada para as revendas, a empresa<br />
possui um departamento técnico para<br />
atender clientes/consumidores finais<br />
que precisam de suporte para desenvolver<br />
um projeto de sonorização. Quanto<br />
à previsão para o ano, a LL Audio Technology<br />
está confiante: “Imaginávamos<br />
que poderíamos sentir algum reflexo<br />
negativo, por conta da crise mundial,<br />
nas vendas de 2009, mas nos surpreendemos.<br />
As vendas foram boas até o<br />
momento e acredito num aquecimento<br />
até o final do ano”, finaliza. •<br />
A melhoria de<br />
produtos e O<br />
desenvolvimento<br />
são um foco<br />
da empresa, e<br />
por isso sempre<br />
trazemos<br />
novidades
GESTÃO<br />
TOM COELHO<br />
é formado em publicidade pela ESPM e economia pela USP. Tem especialização em marketing e Qualidade de Vida no Trabalho.<br />
É professor em cursos de MBA e atualmente escreve para mais de 400 veículos de comunicação em 14 países. É autor de Sete Vidas<br />
- Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profi ssional, publicado pela Editora Saraiva.<br />
E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br • Site: www.tomcoelho.com.br<br />
O CORAÇÃO<br />
DA EMPRESA<br />
“SE FÔSSEMOS BONS EM TUDO, NÃO NECESSITARÍAMOS TRABALHAR EM EQUIPE.”<br />
— GISELA KASSOY<br />
É<br />
comum qualificar-<br />
É comum qualificar-<br />
mos as empresas<br />
como<br />
‘organis-<br />
mos vivos’. E, sob<br />
essa ótica, comparar<br />
seu<br />
funcionamento<br />
ao do corpo humano.<br />
Nossa<br />
‘máquina’,<br />
projetada e esculpida<br />
por Deus, apresenta<br />
uma série de funções in-<br />
timamente relacionadas.<br />
Do sistema digestivo ao excretor,<br />
passando pelo respirató-<br />
rio e reprodutor, a saúde do corpo<br />
depende de um equilíbrio dinâmico<br />
orquestrado por um órgão funda-<br />
mental: o coração. Quando ele para,<br />
o corpo padece e desfalece.<br />
No mundo corporativo, ocorre<br />
o mesmo. Os organogramas nos in-<br />
dicam a existência de uma série de<br />
departamentos. Assim, a área de Su-<br />
primentos adquire matéria-prima<br />
que será processada pela Produção,<br />
colocada no mercado pelo Marke-<br />
ting, tudo custeado pelo suporte<br />
de Finanças, com apoio do Jurídico<br />
e da Contabilidade. A Informática<br />
sistematiza tudo e em todos esses<br />
setores há pessoas assistidas por<br />
Recursos Humanos.<br />
Mas, qual desses equivale ao coração<br />
da empresa?<br />
Uma companhia<br />
pode ter um excelente sistema<br />
de compras, obtendo suprimentos<br />
de inquestionável qualidade, junto<br />
a conceituados fornecedores, pelos<br />
menores preços e com os melhores<br />
prazos. Pode apresentar um sistema<br />
produtivo perfeitamente afinado, desde<br />
o recebimento da matéria-prima<br />
até a expedição do produto acabado,<br />
com certificação, entrega<br />
pontual e assistência técnica<br />
permanente. Pode ter estratégias de<br />
marketing muito bem planificadas,<br />
com identidade visual, pesquisas de<br />
prospecção de clientes e desenvolvimento<br />
de produtos, DBM, CRM, SAC<br />
e uma porção de outras siglas. Pode<br />
contar com um financeiro criterioso<br />
na concessão de crédito, enérgico na<br />
cobrança, responsável na aplicação<br />
44 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Gestão Tom coelho<br />
de recursos, dotado de capital próprio<br />
e com acesso a diversas linhas de financiamento.<br />
Pode dispor de um corpo<br />
jurídico preventivo e contencioso,<br />
uma controladoria eficiente na gestão<br />
tributária e um sistema de informações<br />
capaz de interligar todas as áreas<br />
da empresa, possibilitando agilidade<br />
na tomada de decisões. Pode ter uma<br />
equipe integrada e sinérgica, alinhada<br />
com os valores da empresa, com<br />
políticas de remuneração variável, incentivo,<br />
treinamento e avaliação por<br />
competências, entre outras.<br />
Todavia, mesmo todos esses recursos<br />
e infraestrutura não são suficientes<br />
para fazer uma corporação<br />
prosperar. E isso porque o coração de<br />
O departamento de vendas é o<br />
órgão vital de uma empresa.<br />
É o que a impede de morrer<br />
uma empresa é representado pelo departamento<br />
de Vendas. É lamentável<br />
que tantos empresários não se apercebam<br />
disso!<br />
Ao longo de minha trajetória profissional,<br />
vi empresas saudáveis se<br />
descapitalizarem, empresas tradicionais<br />
sucumbirem. E, não raro, porque<br />
deixaram de buscar o oxigênio para<br />
sua perenidade por meio de seus profissionais<br />
de vendas. Apenas um departamento<br />
comercial forte, com profissionais<br />
qualificados, conhecedores<br />
de seus clientes e produtos, adequadamente<br />
remunerados e incentivados, é<br />
capaz de promover o crescimento sustentado<br />
de uma empresa.<br />
Vendas é o órgão vital de uma<br />
empresa. É o que a impede de morrer.<br />
Embora não seja o único. •<br />
www.musicaemercado.com.br 45
Distribuição Ferragens<br />
Gibraltar<br />
se reposiciona<br />
no Brasil<br />
<strong>Musica</strong>l Express é a nova distribuidora<br />
e trará produtos inéditos<br />
Ao longo de mais de uma década atuando<br />
como importadora de acessórios, a <strong>Musica</strong>l<br />
Express conseguiu ganhar mercado por<br />
meio de uma estratégia que é o foco de todas as importadoras:<br />
trabalhar uma marca com exclusividade.<br />
Ter esse privilégio não é tarefa fácil. Além de precisar<br />
enfrentar as concorrentes, também habituadas<br />
a negociar representações, e ávidas para ganhá-las,<br />
o plano de negócios apresentado à filial precisa ser<br />
impecável e ter o diferencial que o destaque frente a<br />
todos os outros. Foi seguindo essa linha que, nos últimos<br />
anos, a <strong>Musica</strong>l Express garantiu a distribuição<br />
exclusiva das marcas D´Addario Strings, Planet<br />
Waves, Evans, Rico, D’Addario Bowed e HQ Percursion,<br />
uma gama de marcas expressivas que fabricam<br />
milhares de acessórios para instrumentos.<br />
A novidade é que a <strong>Musica</strong>l emplacou mais uma:<br />
desde 1º de agosto representa a Gibraltar no Brasil, uma<br />
das principais empresas do mundo em ferragens para<br />
baterias. O interesse na marca era antigo, como explica<br />
o diretor da <strong>Musica</strong>l Express, Antonio Tonelli: “Trata-se<br />
da empresa com o melhor mix de produtos para percussão,<br />
desde um simples parafuso até os melhores<br />
racks para bateristas exigentes. A Gibraltar não só tem<br />
o melhor mix como também é reconhecida internacionalmente<br />
pela alta qualidade de seus produtos”.<br />
Concorrência interna?<br />
Com a entrada da Gibraltar em seu catálogo, a importadora<br />
vai elevar em 10% a variedade de seus produtos.<br />
E qualquer participante da cadeia mercadológica<br />
– fabricante, intermediário ou varejista – sabe que<br />
uma das regras para vender bem e garantir uma vantagem<br />
realmente competitiva é ter, além de preço justo,<br />
uma extensa variedade de produtos disponíveis. “A<br />
linha completa da Gibraltar conta com aproximadamente<br />
550 itens, entre Hardware [ferragens grandes]<br />
e Service Center [os acessórios de reposição para as<br />
ferragens]. Já no primeiro embarque estão chegando<br />
300 itens”, conta Tonelli. Aliás, vale ressaltar que o<br />
grande diferencial da Gibraltar é a linha Service Center:<br />
especializada em peças de reposição para ferra-<br />
46 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Distribuição Ferragens<br />
A linha completa conta com<br />
aproximadamente 550 itens, entre<br />
hardware e peças de reposição<br />
gens (borboletas, presilhas, bucha, etc.),<br />
inclusive que podem ser utilizadas em<br />
outras marcas.<br />
Falando nisso, você deve estar se<br />
perguntando como a <strong>Musica</strong>l Express<br />
irá conciliar a distribuição da Gibraltar<br />
com as outras marcas de bateria que<br />
ela também importa, como a Pacific<br />
Drums. Será que não haverá uma concorrência<br />
interna? Não, revela Tonelli.<br />
Para ele nem existe conflito, já que as<br />
marcas top em bateria têm apenas o básico<br />
em ferragens. Ele ainda destaca que<br />
logo no primeiro contêiner já chegarão<br />
ferragens (hardware) que nunca foram<br />
comercializadas no Brasil. “Quando eu<br />
me refiro a hardware não estou falando<br />
de simples estantes de pratos, caixas e<br />
cymbals, estou falando de tecnologia e<br />
inovação”, explica o diretor.<br />
Para preparar os lojistas para receber<br />
essas novidades, o marketing da<br />
<strong>Musica</strong>l Express já prepara diversas<br />
ações. Entre as mais significativas e<br />
imediatas, estão um catálogo de referência<br />
completo com todos os produtos<br />
da Gibraltar e guias de apoio ao<br />
consumidor. “Faremos também um espelho<br />
do website americano para que<br />
o consumidor tenha acesso a todas<br />
as informações técnicas dos produtos<br />
que irão complementar sua bateria e,<br />
principalmente, tenha-os à disposição<br />
nas melhores lojas do segmento”,<br />
acrescenta Tonelli. O diretor ainda explica<br />
que disponiblilizar informações<br />
precisas sobre os produtos, oferecendo<br />
todo o apoio para o cliente, é a condi-<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 47
Distribuição Ferragens<br />
Conheça cinco produtos<br />
indispensáveis da Gibraltar<br />
1. Service Center: partes de alto uso e que sempre precisam<br />
ser substituídas: cymbal felts, washers, drum keys.<br />
A Gibraltar oferece a maior e mais completa linha de “replacement<br />
parts” para bateristas no mercado.<br />
2. 9707X - X-Hat: 2ª máquina de chimbal, indicada para<br />
qualquer baterista. Este produto não tem limitação de<br />
montagem e consegue a posição correta de 2º chimbal,<br />
algo que está cada vez mais popular entre bateristas.<br />
3. SC-GWK - Gibraltar Wing Key. É um item que todo<br />
baterista deve ter porque permite fazer qualquer ajuste<br />
necessário.<br />
4. Sistema de Montagem Stealth: Oferece uma versatilidade<br />
incrível e eficiência para montagem e transporte.<br />
Esse equipamento ganhou o prêmio US <strong>Musica</strong>l Merchandise<br />
Review na categoria de “melhor acessório para<br />
percussão” em 2008.<br />
5. GR-HMP - Hybrid Mounting Pod: É um suporte para<br />
prato que substitui até três tripés. Isso aumenta a capacidade<br />
de montagem e reduz a quantidade de suportes.<br />
APESAR DE NÃO EXISTIR UM DADO REALMENTE CONFIÁVEL,<br />
O SEGMENTO DE ACESSÓRIOS CORRESPONDE A ENTRE 10% E<br />
15% DA FATIA DO MERCADO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS<br />
Antônio Tonelli,<br />
sócio-diretor<br />
da <strong>Musica</strong>l Express<br />
ção que garante o bom posicionamento da <strong>Musica</strong>l<br />
Express no segmento. “Para nós é fundamental poder<br />
oferecer sempre um bom suporte a todos os nossos<br />
parceiros, com a ajuda de marketing ativo e informações<br />
apuradas sobre os produtos. Tudo isso colabora<br />
para que as marcas que distribuímos tenham um<br />
bom posicionamento no mercado”, endossa.<br />
O lançamento oficial de distribuição exclusiva Gibraltar<br />
será na Expomusic, que acontecerá entre os<br />
dias 23 e 27 de setembro. No evento, o estande da <strong>Musica</strong>l<br />
Express terá uma área reservada com especialistas<br />
em percussão e todas as publicações de divulgação dos<br />
produtos Gibraltar disponíveis. •<br />
48 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Mundo Digital Twitter<br />
Ações de marketing com<br />
Twitter<br />
Saiba como usar o<br />
microblog e confira,<br />
na prática, tudo o<br />
que ele pode fazer<br />
pela sua empresa<br />
Por Cláudio Torres<br />
O que o Twitter pode<br />
fazer pela sua empresa<br />
Mas além de enviar os títulos do que<br />
você está publicando em seu blog,<br />
você pode enviar outras informações<br />
que atraiam as pessoas para o seu<br />
Twitter e que as estimulem a seguir<br />
seu perfil. Se sua empresa vai participar<br />
de um seminário: tweet os trechos<br />
mais importantes de cada palestra<br />
enquanto ela acontece. Vai fazer um<br />
evento promocional? Escale alguém<br />
para twittar os acontecimentos do<br />
evento. Você pode pedir, por exemplo,<br />
que seus vendedores twittem, em<br />
tempo real, de seus estandes enquanto<br />
participam de uma feira comercial.<br />
Assim as pessoas interessadas no assunto<br />
podem seguir os eventos de que<br />
sua empresa participa e se informarem<br />
sobre os assuntos relacionados ao<br />
seu negócio, vinculando-se à sua mar-<br />
O<br />
Twitter vem ganhando força<br />
no Brasil e ocupando um espaço<br />
significativo na mídia e<br />
fora dela. Ele já pode ser considerado<br />
a segunda maior rede social do País, e<br />
se tornou muito atraente para ações de<br />
marketing digital e publicidade on-line.<br />
Mas, por ser muito novo, as empresas<br />
e agências de publicidade ainda<br />
têm dificuldade em definir estratégias<br />
para o uso do Twitter em suas<br />
campanhas. Assim, desenvolvi sete<br />
boas dicas para ajudar a sua empresa<br />
no planejamento e implantação de<br />
ações que incluam o Twitter.<br />
O Twitter é uma ferramenta muito<br />
particular. Sendo uma mistura de<br />
sistema de comunicação, microblogging<br />
e rede social, ele pode ter uma infinidade<br />
de aplicações no marketing<br />
digital. Além disso, tem uma grande<br />
penetração nos celulares, dispositivos<br />
móveis e<br />
smartphones,<br />
como iPhone e BlackBerry<br />
e acesso através<br />
dos navegadores, por<br />
isso sua base de usuários se<br />
expande além da fronteira<br />
do consumidor que fica sentado<br />
na frente de um computador,<br />
tendo a mobilidade<br />
de alcançar o consumidor em<br />
qualquer hora e lugar.<br />
Outra característica importante<br />
é que no Twitter só recebe a informação<br />
quem opta por ela. Cada pessoa<br />
que entra no site, de acordo com suas<br />
preferências, se inscreve livremente<br />
para seguir os tweets de alguém. Sendo<br />
assim, o interesse pelo conteúdo<br />
divulgado é um fator-chave para o<br />
crescimento da comunidade.<br />
Então podemos pensar no Twitter<br />
como uma mídia para difusão de<br />
todo o nosso conteúdo. Além de criar<br />
artigos no seu blog (o tradicional),<br />
você poderá twittar trechos ou links<br />
para os artigos publicados. Muitas<br />
plataformas de blogs, incluindo o<br />
WordPress, já têm aplicativos para<br />
que você envie links de seus posts automaticamente<br />
para o Twitter.<br />
50 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Informática Cláudio Torres<br />
ca ou produto. Visualizou a importância<br />
do Twitter para o seu negócio?<br />
Muitas empresas, como a Dell e a<br />
Sacks, estão aproveitando os seus seguidores<br />
no Twitter, conseguidos com<br />
o marketing de conteúdo, e criando<br />
promoções relâmpago, informando ao<br />
consumidor que ele pode ter acesso a<br />
um desconto especial se aproveitar<br />
nas próximas horas. Os twitters dessas<br />
companhias têm milhões de acessos<br />
nessas ocasiões. Enfim, o Twitter pode<br />
ser utilizado como suporte a quase<br />
todas as ações de marketing digital.<br />
É por isso que penso no Twitter como<br />
uma plataforma de integração entre as<br />
diversas ações de marketing digital.<br />
Você irá conseguir bons resultados<br />
com o Twitter para sua empresa.<br />
O importante é saber que este é um<br />
investimento de médio prazo. Não<br />
espere resultados em menos de três<br />
meses, e mantenha-se firme no propósito<br />
de criar conteúdo e ser útil<br />
para seu público-alvo. Você verá que,<br />
Usando<br />
o Twitter<br />
pela<br />
primeira<br />
vez<br />
Para criar o seu Twitter, o primeiro passo é ir até o endereço: twitter.com;<br />
depois, clique em sign up now, faça seu cadastro (apesar de ser em inglês, é<br />
bem simples) e já pode começar a twittar. Busque, pela pesquisa, twitteiros<br />
que tragam assuntos correlacionados aos seus produtos e serviços ou que<br />
são de interesse da sua empresa e de seus clientes, comece a segui-los. Isso<br />
também vai divulgar a sua empresa. Lembre-se, é uma rede social, por<br />
isso, quanto maior o número de seguidores e de pessoas (ou empresas)<br />
com que você se relaciona, maior a divulgação de sua empresa.<br />
Como o Twitter é um microblog, o limite de cada “post” seu é de 140<br />
caracteres. É, realmente, para ser rápido e útil para o seu negócio. Você<br />
pode postar quantas vezes quiser em um dia e suas informações são difundidas<br />
entre seus seguidores. O Twitter tem mais de 44 milhões de<br />
usuários no mundo. O Brasil é o 5º país que mais usa a rede, ficando atrás<br />
apenas dos Estados Unidos, Japão, Espanha e Reino Unido, e 45% dos<br />
usuários têm entre 24 e 34 anos. (Redação)<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 51
Mundo Digital Twitter<br />
aos poucos, irá obter cada vez mais,<br />
e melhores, retornos com o Twitter<br />
e, em geral, eles serão permanentes e<br />
estáveis. Seus seguidores são clientes,<br />
ou possíveis clientes, que reconhecem<br />
sua empresa e querem se relacionar<br />
com ela com frequência, você só precisa<br />
dar aquela forcinha!<br />
O Twitter pode ser utilizado para<br />
uma infinidade de ações de marketing<br />
digital, mas estas sete ações são<br />
o seu enxoval inicial, e você deve partir<br />
delas para produzir bons resultados<br />
para sua empresa. A internet<br />
está aí, aproveite! •<br />
Minidicionário do Twitter<br />
follow – “seguir” (tradução do inglês), é quando você quer receber<br />
informações e atualizações daquele contato.<br />
follower –<br />
“seguidor” – indica quem segue aquele<br />
twitter<br />
ou seus seguidores.<br />
following - “seguindo” – são os twitters<br />
que você ou outra pessoa segue.<br />
twittar - verbo, ação ou efeito de postar alguma coisa no Twitter.<br />
tweet - os seus posts<br />
ou os de outras pessoas.<br />
twitteiro - usuário do Twitter.<br />
# ou hashtags – usar o símbolo # (conhecido como<br />
hashtag) antes de<br />
uma palavra identifica o assunto do twitte (post<br />
post)<br />
)<br />
@ –<br />
usado sempre antes do nome de algum usuário para direcionar a<br />
mensagem a ele ou para se referir a ele.<br />
Siga a Música & <strong>Mercado</strong> no Twitter: twitter.com/musicaemercado<br />
Sete ações com o Twitter<br />
para divulgar a sua empresa<br />
1.<br />
Inclua o Twitter em<br />
sua estratégia de<br />
marketing nas mídias<br />
sociais: identifiquese<br />
pelo seu Twitter nas mídias<br />
sociais e não por seu e-mail ou<br />
URL. Os consumidores que estão<br />
nas mídias sociais terão mais<br />
facilidade em se comunicar com<br />
você desta forma.<br />
2.<br />
Faça com que o conteúdo<br />
do blog de sua<br />
empresa gere twitts:<br />
produzir conteúdo<br />
para o blog de sua empresa ajuda<br />
a trazer mais visitas ao seu site,<br />
mas twittar o título de cada artigo<br />
ajudará a atrair mais seguidores<br />
para seu Twitter. Eles valem mais<br />
que as visitas, pois você pode se<br />
comunicar com esses consumidores<br />
na hora que quiser.<br />
3.<br />
Sempre que enviar<br />
uma newsletter, twitte:<br />
isso irá estimular<br />
as pessoas a lerem<br />
seu material e trará novos cadastros<br />
para seu e-mail marketing.<br />
4.<br />
Use a busca do Twitter<br />
para pesquisas<br />
on-line: a busca do<br />
Twitter permite<br />
que você acompanhe o que estão<br />
falando de sua empresa e de seus<br />
concorrentes. Além disso, permite<br />
que você acompanhe ações de<br />
marketing que podem ser uma boa<br />
fonte de novas ideias.<br />
5.<br />
Utilize seu Twitter<br />
para complementar<br />
suas campanhas promocionais:<br />
faça criativas<br />
promoções on-line para seus<br />
seguidores. Isso também atrai mais<br />
seguidores e melhora suas ações.<br />
6.<br />
Utilize o Twitter<br />
para iniciar campanhas<br />
virais: sua<br />
rede de seguidores<br />
no Twitter é o meio mais fácil e<br />
ágil de iniciar suas campanhas de<br />
marketing viral.<br />
7.<br />
Use e abuse dos tags:<br />
poucos conhecem ou<br />
entendem o uso dos<br />
chamados tags — os nomes<br />
começados com #. Eles servem<br />
para que as pessoas possam achar<br />
mais facilmente informações no<br />
Twitter. Portanto, entenda como<br />
funcionam e use sem moderação.<br />
CLÁUDIO TORRES<br />
é autor do livro A Bíblia do Marketing DIgital, lançado pela editora Novatec. Graduado em engenharia pelo ITA, fez pós-graduação em Marketing na Suécia e atua<br />
como consultor e palestrante em marketing digital e mídias sociais. E-mail: claudio@infobot.com.br<br />
52 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Governança Sucessão<br />
Sucessão<br />
sem traumas<br />
A Orion Cymbals<br />
pretende cumprir suas<br />
metas, mesmo com a perda<br />
de seu principal executivo.<br />
Conheça os segredos de um<br />
planejamento sucessório<br />
bem-sucedido e saiba<br />
por que ele é fundamental<br />
para a sobrevivência<br />
de sua empresa<br />
Por Ana Carolina Coutinho<br />
Wal-Mart, varejista, faturamento<br />
em 2008: 400 bilhões de dólares.<br />
Cargill, indústria alimentícia, faturamento<br />
em 2008: 120 bilhões de dólares.<br />
Além de bilhões de dólares em seus cofres,<br />
o que essas empresas têm em comum? São<br />
empresas familiares. Nesse contexto, poderíamos<br />
citar também o grupo Votorantim, o<br />
Pão de Açucar e muitas outras grandes companhias<br />
que possuem o mesmo modelo. As<br />
pequenas, médias e grandes empresas familiares<br />
formam a base da economia brasileira.<br />
Segundo dados coletados pela DS Consultoria<br />
Empresarial, elas correspondem entre 65%<br />
e 80% do total de companhias existentes no<br />
País, sendo responsáveis por mais de 2 milhões<br />
de empregos diretos e participando em<br />
54 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Governança Sucessão<br />
mais de 50% do PIB nacional.<br />
Esses números, obviamente expressivos,<br />
trazem ocultos os dois lados de ter esse panorama<br />
empresarial no Brasil. Isso porque,<br />
em sua grande maioria, a governança nesse<br />
tipo de empresa coloca o emocional acima<br />
do profissional. E, mais complicado ainda do<br />
que misturar pessoal com profissional (algo<br />
às vezes inevitável quando se lida com um<br />
filho, uma esposa ou um irmão), é atentar<br />
para o planejamento sucessório.<br />
No geral, o que caracteriza uma empresa<br />
como familiar é que seus proprietários são<br />
também os fundadores e atuais controladores,<br />
tendo outros membros da família no alto<br />
escalão gerencial. Setenta e seis por cento<br />
das empresas familiares brasileiras são médias<br />
e pequenas corporações, e é justamente<br />
nesse nicho que ocorrem os maiores problemas.<br />
Um velho ditado afirma: “Pai rico, filho<br />
nobre e neto pobre”. Cientificamente a frase<br />
nunca foi provada, mas algumas estatísticas<br />
deixam claro que se não houver uma profissionalização<br />
gerencial e regras claras durante<br />
a primeira gestão, o ditado está fadado a<br />
realmente acontecer. De acordo com a NTC<br />
& Logística, de cada cem empresas familiares<br />
no Brasil, 30% chegam à segunda geração<br />
e apenas 5% à terceira — é ou não uma<br />
comprovação do dito popular?<br />
NO BRASIL, 76% DAS EMPRESAS FAMILIARES<br />
SÃO MÉDIAS E PEQUENAS CORPORAÇÕES,<br />
E É JUSTAMENTE NESSE NICHO QUE<br />
OCORREM OS MAIORES PROBLEMAS<br />
O exemplo da Orion<br />
Na indústria de instrumentos musicais, a<br />
maioria das empresas brasileiras é familiar e<br />
muitas, literalmente, perdem o chão quando<br />
seu líder falece. O primeiro impedimento real<br />
é que falar em morte, na sociedade ocidental,<br />
é um grande tabu. Vencer essa barreira cultural<br />
é um dos primeiros passos; o segundo<br />
é vencer a cultura intelectual do fundador<br />
da empresa, que, por ter uma personalidade<br />
forte e de liderança, além de ser apegado<br />
à empresa que ajudou a construir, costuma<br />
achar-se ‘imortal’ e, quando não, ao prever<br />
O coração da Orion: acima,<br />
da esquerda para a direita, Rodrigo,<br />
Davi, Adriano e Paulinho Sorriso.<br />
Abaixo: Rafael, Ana Paula, Márcia e Pierre.<br />
sua aposentadoria, praticamente obriga um<br />
filho ou o parente mais próximo a assumir a<br />
companhia — “Fiz essa empresa para você,<br />
para a nossa família!” — quando, na verdade,<br />
gerenciá-la não é o desejo de quem a herda.<br />
Porém, pior ainda é quando o sucessor até<br />
deseja comandar o negócio, mas não tem a<br />
competência necessária para dirigi-lo.<br />
Na indústria de instrumentos musicais<br />
brasileira, as principais empresas são geridas<br />
por famílias ou tiveram seu fundador<br />
como o grande executivo da organização:<br />
Giannini, <strong>Musica</strong>l Express, a loja PlayTech —<br />
bastante expressiva na capital paulista —,<br />
Bravo Representações e muitas outras. Algumas<br />
já se preparam para quando a virada<br />
vir a ocorrer — como a Giannini, a PlayTech<br />
e, recentemente, a Orion, que precisou colo-<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 55
Governança Sucessão<br />
car seu plano em ação. Outras, porém,<br />
tiveram de se adaptar à realidade de<br />
ter perdido seu líder de uma hora para<br />
outra. Foi o caso da Ao Rei dos Violões,<br />
dos irmãos Abel e Samuel Gomes, que,<br />
após a morte de um de seus fundadores,<br />
justamente na época de abertura<br />
da economia brasileira, precisou fechar<br />
as portas por conta dos conflitos decorrentes<br />
de uma sucessão sem planejamento<br />
numa época de grande atribulação<br />
no mercado.<br />
A parte mais complicada de uma<br />
empresa familiar é a profissionalização<br />
de certos aspectos, sobretudo aquele<br />
que prevê de forma antecipada, estrategicamente<br />
e de maneira planejada,<br />
a sua linha sucessória. Outras empresas<br />
do ramo também foram pegas de<br />
surpresa ao perderem sua grande referência<br />
executiva, mas não foram surpreendidas<br />
administrativamente pelo<br />
afastamento de seu líder. Elas se prepararam<br />
para esse momento.<br />
Imagine a reação da equipe ao perder<br />
um diretor que gerenciava a empresa<br />
há mais de 22 anos, sendo, inclusive, o<br />
responsável por levar para a companhia<br />
mais um modelo de negócio que se tornou<br />
um estrondoso sucesso na indústria<br />
de instrumentos : a Orion Cymbals.<br />
AS AÇÕES RESUMEM-SE NO<br />
PLANEJAMENTO DA SUCESSÃO E NO<br />
PREPARO DE TODOS OS ENVOLVIDOS<br />
PARA A CONCLUSÃO SEGURA DO<br />
PROCESSO: SUCEDIDO, SUCESSOR,<br />
FAMÍLIA E EMPRESA<br />
O preparo antecipado<br />
dos envolvidos<br />
Braço da Multialloy Metais e Ligas Especiais,<br />
a Orion Cymbals foi criada por<br />
Michel Bex em 1999, que já comandava<br />
a Multialloy desde 1987. A Orion rapidamente<br />
ganhou destaque no mercado<br />
brasileiro de pratos para bateria e<br />
se tornou uma exportadora para mais<br />
de 50 países. Em julho deste ano, Michel<br />
Bex faleceu, mas a empresa estava<br />
preparada. “Ele era um homem que<br />
acreditava em pessoas e investia nelas<br />
e, assim, inteligentemente, preparou e<br />
estruturou a sua empresa para que ela<br />
superasse todas as crises, inclusive a do<br />
seu afastamento”, conta Pierre Rocha,<br />
gerente de negócios nacionais e internacionais<br />
da Orion Cymbals.<br />
Com o planejamento correto, passar<br />
por uma fase de tamanha turbulência<br />
pode ser bem mais simples do que<br />
se imagina. Na Orion, ainda segundo<br />
Rocha, o planejamento de Michel Bex<br />
permitirá que as metas p<strong>revista</strong>s pela<br />
empresa sejam cumpridas, mesmo<br />
após a nova sucessão. O grupo pretende<br />
alcançar, neste ano, o faturamento<br />
de R$ 65 milhões, com a direção de seis<br />
executivos “e um corpo gerencial ativo<br />
e competente, liderados pela Miriam<br />
Matile, viúva de Bex. (...) A Orion Cymbals<br />
continuará como sempre foi, sendo<br />
uma empresa com foco nos clientes,<br />
desenvolvendo produtos e serviços de<br />
qualidade, investindo no Brasil e participando<br />
da cultura brasileira”, enfatiza.<br />
O que fazer para se preparar para<br />
momentos como esses? Dolorosos, sim.<br />
Inesperados, sim, mas com certeza<br />
irão acontecer em todas as empresas.<br />
Segundo o artigo “Sucessão e a Sobre-<br />
O que PODE envolver a sucessão familiar<br />
Divergências entre sócios<br />
Divergências entre herdeiros<br />
Divergências entre pais e filhos<br />
Resistência<br />
Graves conflitos de interesse<br />
Choque de gerações<br />
Despreparo dos herdeiros<br />
O que DEVE envolver a sucessão familiar<br />
Consciência e profissionalismo<br />
Planejamento e apoio de consultores, se necessário<br />
Integração<br />
Clareza sobre as responsabilidades envolvidas<br />
Respeito ao talento, à vocação natural<br />
Administração saudável de conflitos<br />
Preparação geral dos herdeiros sob vários aspectos: técnico,<br />
administrativo, liderança e conhecimento profundo do mercado<br />
56 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Governança Sucessão<br />
Os 10 pecados de empresas familiares<br />
O doutor em Administração de Empresas<br />
pela USP, Luiz Marcelo Antonialli,<br />
listou em seu artigo “Sucessão<br />
e a Sobrevivência das Empresas Familiares”<br />
uma dezena de erros gerenciais<br />
cometidos por todas as empresas, mas<br />
que são muito mais típicos e recorrentes<br />
nas empresas familiares:<br />
Fonte: NTC & Logística<br />
1. Confundir os interesses da família com os da empresa.<br />
2. Não ter a autonomia e a independência como objetivos principais.<br />
3. Não fazer diferença entre lucro máximo e lucro ótimo.<br />
vivência das Empresas Familiares”, do<br />
doutor em Administração pela USP<br />
Luiz Marcelo Antonialli, cerca de 20%<br />
das empresas familiares estão passando<br />
por essa fase de transição, que dura,<br />
em média, de três a cinco anos para ser<br />
concluída. Por isso, quanto antes os<br />
executivos começarem a planejar sua<br />
sucessão, melhor será para os sucessores,<br />
tanto em âmbito gerencial quanto<br />
como fator essencial para a sobrevivência<br />
da empresa. “As possíveis ações preventivas<br />
que podem minimizar os conflitos<br />
envolvidos na fase de sucessão e<br />
aumentar as chances de sobrevivência<br />
das empresas familiares resumemse<br />
no planejamento da sucessão e no<br />
preparo de todos os envolvidos para a<br />
condução segura do processo: sucedido,<br />
sucessor, família e empresa”, ensina<br />
Antonialli no mesmo artigo. •<br />
Para saber mais:<br />
http://www.empresafamiliar.com.br<br />
http://tr.im/xFcu<br />
4.Não trabalhar quando se é membro da família.<br />
5. Apresentar as contas de maneira a não pagar,<br />
se possível, nenhum imposto nem sequer perguntar-se<br />
sobre os resultados efetivos.<br />
6. Não determinar objetivos precisos.<br />
7. Não dar atenção suficiente aos financiamentos.<br />
8. Negligenciar a formação profissional e a formação permanente.<br />
9. Dispersar as forças.<br />
10. Não ceder lugar.<br />
ERA UM HOMEM QUE INTELIGENTEMENTE PREPAROU E<br />
ESTRUTUROU A SUA EMPRESA PARA QUE ELA SUPERASSE<br />
TODAS AS CRISES, INCLUSIVE A DE SEU AFASTAMENTO.<br />
CRIOU, COM ESTE PROCEDER, UM GRUPO QUE NESTE ANO<br />
FATURARÁ ALGO COMO R$ 65 MILHÕES<br />
58 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
FALANDO NISSO<br />
LEONARDO GLIKIN<br />
é advogado, pós-graduado no Colégio Nacional de Buenos Aires e um dos responsáveis por<br />
difundir o conceito de planejamento sucessório na Argentina. E-mail: leoglikin@gmail.com<br />
COMO CRIAR UM<br />
PLANO DE SUCESSÃO<br />
EVITE SOFRIMENTOS AO TRANSFERIR<br />
A ESTRUTURA DE SEU NEGÓCIO<br />
Certas instituições, como o papado ou as monarquias,<br />
têm um processo sucessório como um fenômeno que<br />
começa depois da morte do titular anterior.<br />
Esse procedimento é apenas aparentemente simples. Afinal,<br />
uma instituição não duraria mais de 2 mil anos se não ti-<br />
vesse previsto de maneira sistemática e adequada a sucessão,<br />
e ainda tomado as providências necessárias para proteger a<br />
organização de qualquer imprevisto.<br />
E em nosso negócio, como estamos? O mais provável é que<br />
não tenhamos um plano de contingência para este caso, nenhum<br />
plano de sucessão, pois estamos concentrados em nossos negó-<br />
cios, ou problemas do dia a dia do escritório. Além disso, o tema<br />
é considerado um tabu e a maioria dos empresários evita<br />
abordá-lo. E como, aparentemente, não oferece resultado<br />
imediato, vamos guardando-o entre as coisas que, ape-<br />
sar de muito importantes, nunca serão resolvidas.<br />
Um plano de sucessão não é necessário apenas<br />
para as grandes corporações, também se mostra im-<br />
prescindível nas pequenas e médias empresas, e em<br />
todos os negócios em que o falecimento de pessoas<br />
com responsabilidades importantes possam afetar o<br />
andamento das atividades e prejudicar a companhia.<br />
Encarar esta questão da sucessão é difícil, entre<br />
outras coisas, porque temos uma limitação cultural<br />
nesse sentido. Trata-se de um tema muito delicado para<br />
muitas pessoas, e, como todas as questões que envolvem<br />
mudanças, o medo é um fator preocupante, sendo o princi-<br />
pal fator de inércia. O medo de fracassar na tarefa, o medo de<br />
dizer que ainda não sabe qual o alcance do plano que se quer<br />
realizar e quais serão as chances de sucesso ao aplicá-lo. Mas<br />
esses receios podem ser ultrapassados.<br />
O futuro em benefício do presente<br />
Cada empresário deve planejar essas questões dentro de sua<br />
própria realidade e, eventualmente, solicitar o auxílio de<br />
consultores qualificados para que o planejamento da suces-<br />
são seja uma oportunidade de progresso, para viver melhor e<br />
dar aos negócios maior sustentabilidade e durabilidade.<br />
Monarquias têm plano de sucessão estratégico<br />
60 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Falando Nisso Sucessão<br />
Um plano sucessório de sucesso<br />
Para começar o seu planejamento<br />
e obter um planejamento vitorioso,<br />
você deve:<br />
✔ Reconhecer a necessidade de um<br />
plano.<br />
✔ Encarar o planejamento da<br />
sucessão como uma atividade<br />
profissional.<br />
✔ Incorporar ao planejamento da<br />
sucessão aspectos de liderança,<br />
recrutamento e manutenção de<br />
pessoas, além da compensação<br />
salarial ou benefícios.<br />
✔ Estabelecer uma hierarquia que<br />
gerencie uma grande empresa<br />
corporativa, ou um pequeno<br />
escritório.<br />
✔ Desenhar um quadro de diretores.<br />
✔ Criar um plano de sucessão<br />
formal e que deve conter:<br />
• Plano de aposentadoria compulsória,<br />
uma idade-limite para<br />
exercício das funções.<br />
• Acordos razoáveis, para os aposentados<br />
continuarem trabalhando<br />
na empresa.<br />
• Atas que permitam a destituição<br />
forçada do proprietário em caso<br />
de atividades ilegais, incapacidade,<br />
conduta inadequada ou<br />
desempenho insatisfatório.<br />
• Plano de previdência, para pagar<br />
a aposentadoria dos ex-administradores.<br />
• Definição de quais são as atividades<br />
permitidas aos ex-administradores,<br />
para assegurar a retenção de clientes.<br />
✔ Impedir os administradores de<br />
realizar opções de fusão e venda<br />
da empresa, salvo obrigações<br />
anteriores a sucessão (para o<br />
caso de herdeiros).<br />
✔ Planejar quando e de que maneira<br />
os proprietários deixarão o controle<br />
sobre os clientes antigos e como<br />
será feita a introdução do pessoal<br />
mais novo às contas existentes.<br />
✔<br />
Decidir um plano de carreira para os<br />
futuros associados, administradores,<br />
e como serão feitos os treinamentos,<br />
durante ou fora de expediente,<br />
através de aulas regulares.<br />
✔<br />
Deixar claro quais são os requisitos<br />
exigidos para assumir a empresa, e<br />
transferi-la apenas para quem apresentar<br />
as condições predefinidas.
Capa Pearl<br />
Pearl 10<br />
Marca japonesa muda estratégia<br />
. Da Redação<br />
Tak Isomi,<br />
vice-presidente<br />
da Pearl<br />
Foram meses de especulação sobre a saída da Pearl da<br />
Pride Music, uma das mais conceituadas importadoras<br />
do Brasil e detentora de marcas de grande calibre para o<br />
mercado nacional. A notícia, entretanto, é oficial: a Pearl abre<br />
escritório em joint venture com Saad Romano, proprietário da<br />
GR Music/Turbo Percussion.<br />
No segundo semestre de 2008, a Pearl demitiu Eduardo Martinez,<br />
responsável pelas operações latino-americanas da Pearl.<br />
Para esta função, Tak Isomi, vice-presidente da empresa, chamou<br />
o brasileiro Alessandro Bisetto.<br />
Com ampla experiência no mercado de baterias, Bisetto foi,<br />
entre outros, o responsável pela expansão da Pearl no Brasil<br />
nos anos 90, quando atuava na Brazil Percussion, importadora<br />
da marca naquele momento. De fato, o mercado era diferente e a<br />
oferta dos produtos asiáticos no País era menor. Entretanto, havia<br />
outros competidores páreos para a Pearl. A marca brilhava e era o<br />
sonho de consumo de nove entre dez bateristas. Mesmo sendo reconhecida<br />
internacionalmente, o intenso trabalho realizado na ocasião<br />
foi destaque e até se produziu um comercial de televisão estrelado<br />
por Igor Cavallera para ser transmitido pela MTV.<br />
Na brasileira RMV, Bisetto foi encarregado da exportação e, junto<br />
com a diretoria e o baterista Mauricio Leite, pelo desenvolvimento<br />
de novos produtos.<br />
De volta a 2009, a questão a se considerar é que se a Pearl trocou<br />
seu gerente latino-americano não foi para manter o mesmo volume de<br />
vendas que vinha sendo praticado. Obviamente, o recado foi entendido<br />
e os pedidos subiram em toda a América Latina. Mas não era só isso: a<br />
empresa também buscava uma nova postura para a imagem da marca.<br />
Depois de sete anos investindo no mercado europeu, passou a priorizar o<br />
continente sul-americano.<br />
Um mundo competitivo pede uma estratégia que os americanos<br />
chamam de mind share (meio de medição informal baseado em conversas,<br />
menções ou referências sobre um produto) e aumento de brandawareness<br />
(reconhecimento da marca), e Bisetto tinha dados e conhecimento<br />
por ter participado diretamente das ações da Pearl antes.<br />
Parando os boatos<br />
Notícias de troca de marcas entre as importadoras já não abalam<br />
mais o setor, mas com a Pearl e a Pride Music a situação foi diferente.<br />
O primeiro motivo se deu pelo tamanho e importância<br />
dessas empresas no mercado. O segundo, pela possível sinali-<br />
62 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Pearl<br />
0% Brasil!<br />
e abre escritório próprio no País<br />
Fotos: Marcelo Rossi e divulgação<br />
zação de que algo poderia não ir tão bem na Pride Music. Este<br />
foi o ponto decisivo para a empresa encaminhar um comunicado<br />
ao mercado com a finalidade de estancar qualquer<br />
boato que pudesse descredibilizar a empresa. O tiro saiu<br />
pela culatra devido ao conteúdo repleto de forte carga<br />
emocional, principalmente no segundo trecho da carta.<br />
Tentativas de intimidar e desqualificar a fonte — no<br />
caso, os boatos e suas consequências — são argumentos<br />
comuns tanto em política quanto no mundo corporativo.<br />
“Quem iniciou os boatos foi gente da própria Pride”,<br />
retrucou um diretor de importadora que preferiu não se<br />
identificar, outras fontes da Música & <strong>Mercado</strong> opinaram de<br />
maneira semelhante.<br />
A carta relata a visão da Pride Music sobre o cancelamento da<br />
distribuição da marca no Brasil e buscou suprimir qualquer outra versão<br />
diferente do que a empresa gostaria que fosse divulgado: “Qualquer<br />
fato diferente do relatado a seguir não é verdadeiro e trata-se de<br />
uma clara intenção de prejudicar nossos negócios; será apurado e o<br />
responsável legalmente responsabilizado”, aparece no início da carta.<br />
Mais um motivo de relevância para o mercado: o surgimento de<br />
novos competidores aptos a trabalhar com marcas premium no Brasil<br />
poderia se tornar uma ameaça, partindo-se do princípio de que um<br />
simples avanço internacional do assunto levaria as demais marcas representadas<br />
pela empresa a receber uma enxurrada de propostas para<br />
distribuição. Outro fator é o provável questionamento internacional dos<br />
motivos, sendo o pontapé inicial para que marcas amigas ou correlatas<br />
à Pearl trocassem sua distribuição.<br />
Em época de Expomusic, esses casos viram uma bomba. Não seria<br />
estranho se a empresa fosse para os Estados Unidos com a finalidade<br />
de fechar gordos pedidos pessoalmente e acompanhar o fluxo de informações<br />
recebidas pelos fornecedores, além de passar uma ‘versão<br />
oficial’, blindando os ouvidos dos gerentes de exportação das marcas<br />
para a América Latina sobre o que possivelmente escutariam aqui.<br />
Olhos abertos<br />
Devido à crise econômica, as empresas internacionais estão atentando<br />
para a possibilidade de maior venda em mercados que não<br />
eram considerados importantes. Se antes estavam satisfeitas com<br />
2% ou 3% de seu faturamento vindo de países em desenvolvimento,<br />
distribuidores relativamente novos, que conseguiram<br />
superar as performances de venda, tiveram seus nomes co-<br />
Alessandro Bisetto, gerentegeral<br />
para a América Latina<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 63
Capa Pearl<br />
mentados nas cúpulas do mercado internacional<br />
e, assim, a exigência sobre<br />
as grandes marcas tende a ser maior.<br />
Seria inocência duvidar da competência<br />
e organização interna da Pride<br />
Music, muito menos de sua equipe<br />
gerencial. Da mesma forma que se perdem<br />
marcas, outras se ganham, principalmente<br />
quando a empresa tem anos<br />
de mercado e, sobretudo, capital. Até a<br />
época de fechamento desta edição, comentava-se<br />
no setor a respeito de uma<br />
demonstração de força na Expomusic,<br />
com um estande bem montado e novidades<br />
nas políticas de vendas. E isso<br />
é necessário. Diante dos fabricantes<br />
asiáticos, que ganham cada vez mais<br />
market share em linhas intermediárias,<br />
e até premiuns, as empresas japonesas,<br />
americanas e europeias passaram a demandar<br />
maior atenção ao marketing e<br />
à presença no ponto de venda. Muitas<br />
agora questionam e cobram das distribuidoras<br />
mais ação e dizem para não<br />
se apoiar somente no peso internacional<br />
da marca para obter vendas nos<br />
mercados internos.<br />
Turbo e Pearl<br />
Mesmo com propostas das mais diversas<br />
empresas para assumir a distribuição<br />
da Pearl no Brasil, a companhia<br />
japonesa optou por um modelo novo<br />
de negócios, uma joint venture da Pearl<br />
japonesa com Saad Romano, sócio-diretor<br />
da GR/Turbo Music.<br />
Para este fim será criada uma nova<br />
empresa, chamada PBR (Pearl Brasil),<br />
cuja operação será encabeçada por<br />
Alessandro Bisetto e Saad Romano.<br />
Inicialmente, irão colocar as linhas<br />
de bateria no Brasil e desenvolver o<br />
marketing. Depois, serão distribuídas<br />
as linhas de percussão afro-cubanas,<br />
marching band e flautas.<br />
Romano tem o perfil amigável, sério<br />
e comprometido. Discreto, possui<br />
negócios fora do setor musical e mantém<br />
uma relação saudável com os concorrentes.<br />
Segundo a Pearl, um perfil<br />
ideal para uma relação de longo prazo.<br />
Já para os lojistas, a descentralização<br />
tem sido bem vista. De acordo<br />
com um dos maiores varejistas do<br />
setor no Brasil, que pediu sigilo de<br />
identidade, existe uma diferença de<br />
atitude quando a própria marca coordena<br />
seus negócios: “Dessa forma, as<br />
marcas teriam espaço para crescer e<br />
INFLAÇÃO DE PREÇO É JUSTA QUANDO<br />
VOCÊ TEM DE ABSORVER OUTROS<br />
CUSTOS E SE VOCÊ É UMA EMPRESA<br />
MUITO SÉRIA DE MERCADO<br />
— TAK ISOMI<br />
seria mais democrático. Estou gostando<br />
muito desta atitude da Pearl”,<br />
contou. As atividades serão regidas no<br />
início pela GR Music. Tão logo a documentação<br />
da PBR fique pronta, a Pearl<br />
passará a operar com o novo CNPJ.<br />
A ent<strong>revista</strong><br />
Música & <strong>Mercado</strong> coletou a maior parte<br />
das informações sobre a Pearl em três<br />
ocasiões: em outubro de 2008, quando<br />
conhecemos a planta fabril na China; em<br />
janeiro de 2009, na Namm e, por último,<br />
a ent<strong>revista</strong> no Brasil, com Tak Isomi,<br />
vice-presidente da Pearl e Alessandro<br />
Bisetto, responsável pelas operações na<br />
América Latina. Sempre calmo e profissional,<br />
Isomi é conhecedor do mercado<br />
brasileiro. Com serenidade, concedeunos<br />
a seguinte ent<strong>revista</strong>.<br />
Qual será o modelo de negócio implantado<br />
pela Pearl no Brasil?<br />
Tak Isomi: A situação financeira mundial<br />
vem mudando nos últimos anos, o<br />
que afeta os negócios em todas as áreas<br />
e setores. Assim, sentimos a necessidade<br />
de nos adaptar a um novo tipo de mode-<br />
64 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Pearl<br />
Houve um boato de que o escritório<br />
brasileiro é só uma desculpa para vocês<br />
tirarem uma distribuidora e colocarem<br />
outra.<br />
Alessandro Bisetto: Não, não é, porque<br />
é uma empresa independente. É<br />
outra pessoa jurídica que será uma joint<br />
venture, e que terá capital de uma, de<br />
outra, e com papéis bem determinados<br />
de que quem vai fazer o quê. Os proprietários<br />
da GR/Turbo entram como investidores<br />
também nessa empresa nova. É<br />
uma empresa independente da GR. Irá<br />
funcionar com a mesma infraestrutura.<br />
Eles [GR] provendo a logística e infraestrutura<br />
operacional e a Pearl, exclusivamente,<br />
com o marketing em vendas.<br />
Além do Saad Romano, sócio-diretor<br />
da GR Music, tínhamos conversado<br />
com outros diretores de empresas. Decidimos<br />
pelo Saad porque achamos que<br />
ele complementava melhor o perfil de<br />
que necessitamos. Então, não é desculpa.<br />
Não temos por que fazer nenhum<br />
Produtos:<br />
Pearl trará uma<br />
linha maior ao Brasil<br />
lo comercial global. Por essa razão, precisei<br />
tomar a difícil decisão de mudar<br />
a distribuição. Agora tenho de apontar<br />
a nova forma de distribuição exclusiva<br />
da Pearl, a fim de restabelecer a marca.<br />
Sabemos o que significa estar 100% dedicados<br />
para cuidar de toda a logística e<br />
tudo o que envolve a marca Pearl. Dessa<br />
maneira, buscamos uma joint venture<br />
para iniciar um novo negócio da marca<br />
no Brasil a partir de setembro.<br />
Você falou sobre mudança global no<br />
ambiente de negócios. A que se referem<br />
especificamente essas mudanças<br />
no País na visão da Pearl?<br />
Isomi: A Pearl tem uma grande variedade<br />
de produtos, de baterias profissionais,<br />
produtos educacionais, percussão,<br />
entre outros. Infelizmente a forma de<br />
distribuição era muito carente, o que<br />
chamo de cherry picking. Tínhamos de<br />
optar por uma forma nova para cuidar<br />
de maneira equilibrada de toda a nossa<br />
linha de produtos. Simplesmente apontamos<br />
um sistema que será 100% Pearl.<br />
E a definição de um distribuidor comum<br />
é “Ok.... Pearl é mais uma das marcas”.<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 65
Capa Pearl<br />
jogo de cena, pois não temos nada para<br />
esconder e eles [GR] também não. São<br />
pessoas honradas que trabalham de<br />
forma limpa há muito tempo.<br />
Se quiséssemos dar a distribuição<br />
diretamente para a GR Music em vez<br />
de abrir uma empresa intermediária,<br />
isso teria sido feito. O que queremos<br />
é, justamente, implantar a filosofia de<br />
trabalho da Pearl mundial no Brasil.<br />
interessante. A parte operacional<br />
que o Saad se propôs a construir<br />
é atraente. O prédio novo é muito<br />
legal do ponto de vista logístico.<br />
Isomi: Esta é a forma que<br />
tem de ser. A Pearl é fabricante,<br />
mas temos<br />
um departamento de<br />
As baterias Turbo e as ferragens<br />
distribuídas pela GR Music, cujo<br />
proprietário é Saad Romano,<br />
não conflitam com a Pearl?<br />
Bisetto: Eles aceitaram abrir mão<br />
do que estava conflitando. A GR<br />
continua e vende os produtos Turbo,<br />
que têm bastante sucesso, porque<br />
estão na base da pirâmide de venda.<br />
São produtos de entrada para o músico.<br />
Depois, naturalmente o consumidor vai<br />
passar para a Pearl e essa sinergia será<br />
Pearl <strong>Musica</strong>l<br />
Instrument Company<br />
Fundada por Katsumi Yanagisawa no dia 2 de abril de<br />
1946, em Tóquio, a empresa começou fabricando estantes de partitura. Em<br />
1950 Katsumi inicia a fabricação de tambores e três anos depois expande a<br />
sua linha de produtos. Inclui baterias, instrumentos para bandas marciais,<br />
timpani, instrumentos de percussão latinos, pratos, estantes e acessórios.<br />
Mitsuo, filho mais novo de Katsumi, se integra à Pearl em 1957 e institui<br />
um departamento de exportação. Com a explosão do rock’n’ roll, a demanda<br />
por baterias cresce absurdamente e a Pearl ganha o mundo.<br />
Atualmente, a Pearl <strong>Musica</strong>l<br />
Instrument Company, com sede<br />
em Yachiyo, Japão, produz diversos<br />
instrumentos de percussão e<br />
equipamentos usados por bandas<br />
marciais. A empresa possui fábricas<br />
na Tailândia, Taiwan, China e<br />
Japão e produz, além de baterias<br />
e ferragens, fl autas e instrumentos<br />
de percussão — inclusive<br />
brasileiros. (Redação)<br />
Linha Mahogany de<br />
congas e bongôs<br />
vendas, marketing e, felizmente, lideramos<br />
o mercado de bateria (mundialmente)<br />
e, da forma como era, não<br />
estávamos crescendo aqui.<br />
Em resumo, será semelhante a uma<br />
distribuidora convencional, mas com a<br />
diferença de que é parceria e trabalhará<br />
com a linha completa Pearl. É isso?<br />
Bisetto: Exatamente. Vamos trabalhar<br />
com a linha completa. A marca é conhecida<br />
pelas baterias porque elas são<br />
mais visíveis e volumosas. Mas a Pearl<br />
também tem acessórios, percussão,<br />
congas, timbales, flautas. Daremos a<br />
mesma forma e peso para todas.<br />
66 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Pearl<br />
Como será a estrutura no Brasil?<br />
Bisetto: Sou o responsável pelas vendas<br />
e pelo marketing. Saad será responsável<br />
pela parte operacional.<br />
A realidade comercial de hoje é diferente<br />
de dez anos atrás. Obviamente<br />
vocês levaram isso em consideração.<br />
Isomi: Pensamos no conceito da criação<br />
de ‘pirâmides’. Trabalhamos desde<br />
o produto mais avançado ao econômico.<br />
Desafortunadamente, não somos o<br />
mais barato. Empresas japonesas não<br />
conseguem atingir um set de produtos<br />
tão baratos como as chinesas, mesmo<br />
produzindo lá. Também estamos sempre<br />
investindo na marca.<br />
Por isso, se os pais de um jovem forem<br />
a uma loja e perguntarem por uma<br />
bateria de R$ 199, eles não conseguirão<br />
ter uma Pearl. O pai diz: “Johnny, vamos<br />
comprar esta. Se você continuar interessado,<br />
passamos para um modelo melhor”.<br />
Mas, em negócios de bateria, 80% são<br />
China: fábrica com<br />
conceito japonês<br />
EMPRESAS AMERICANAS, JAPONESAS<br />
E EUROPEIAS PASSARAM A DEMANDAR<br />
MAIOR ATENÇÃO AO MARKETING<br />
E À PRESENÇA NO PONTO DE VENDA<br />
ferragens e 20% madeira. Nesse momento,<br />
feliz ou infelizmente, 80% das baterias<br />
chinesas apresentam problemas de quebra<br />
de ferragens, como pedal, hi-hat ou<br />
estantes. Então os pais dizem: “Johnny,<br />
você não poderá tocar assim. Vamos<br />
comprar outra peça”. Nós realmente adoramos<br />
o negócio de reposição de peças!<br />
E Q U I P A M E N T O S<br />
D E S O M<br />
UNIC AUDIO CONVENTION 2009<br />
23 à 25 de Setembro<br />
8h às 18h<br />
Conheça os Lançamentos da UNIC Audio e Lyco.<br />
Confirme sua presença em :<br />
www.unicaudio.com.br - (11) 3985 - 8008<br />
Local: Mercure Accor Hotel, Sala Otto Baumgart Full<br />
Av. Luis Dumont Villares, 4000 - Santana - São Paulo - SP<br />
(próximo ao Expocenter Norte)<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 67
Capa Pearl<br />
De que forma será constituída a política<br />
de preços para esta nova fase?<br />
Bisetto: Não faremos nenhum tipo de<br />
mágica para colocar os preços em lugares<br />
nos quais eles não podem estar. A<br />
grande diferença não será em preço,<br />
mas no serviço ao consumidor, garantia<br />
e marketing do produto, entre outros.<br />
Isomi: Atualmente, os preços dos produtos<br />
da Pearl estão muito inflados se<br />
comparados aos demais países. Inflação<br />
de preço é justa quando você precisa absorver<br />
outros custos e, se você é uma empresa<br />
muito séria de mercado, trabalha o<br />
marketing, anuncia mais. O marketing<br />
era somente financiamento de lojistas.<br />
Da forma como estava, os usuários não<br />
recebiam os benefícios e, no nosso estilo,<br />
temos de dar benefícios ao consumidor<br />
final. Para mim, esta é a grande diferença.<br />
Bisetto: Estou prevendo que os valores<br />
serão, em média, 10% menores do que<br />
eram praticados anteriormente.<br />
Pearl Demon Drive Pedal<br />
Velocidade, controle, design high tech. Demon Drive é o lançamento inovador<br />
da Pearl. Em matéria de construção, poucas características do pedal são iguais<br />
às de qualquer um feito antes. Os batedores são fabricados a partir de uma esfera<br />
de metal com um forro de borracha e alguns relevos pintados de laranja.<br />
A empresa buscou nos skates a maneira de tornar seus pedais mais macios e<br />
práticos. Para isso, usou as marcações ‘Ninja’ de rodas de skate — que fazem<br />
as rodinhas girarem por muito mais tempo com menos esforço aplicado. A propulsão<br />
do pedal é feita pelo movimento de catapulta de duas peças de metal<br />
que alavancam uma à outra com atrito quase zero. Outra inovação da Pearl é o<br />
eixo que liga os pedais. Com um novo sistema Z-Link, o Demon Drive não perde<br />
potência do pé esquerdo — deficiência normalmente causada pela trepidação<br />
do eixo em relação à movimentação dos pedais. Tudo é firme e nada se perde<br />
de nenhum dos pés. Outro diferencial é que a sapata do<br />
Demon Drive não tem apenas um nível de tamanho:<br />
reajustando alguns pequenos parafusos, a sapata<br />
desliza, destravando uma placa de metal que aumenta-a<br />
para obter o chamado Long-Board,<br />
facilitando o uso para quem tem pés<br />
maiores. (Redação)<br />
Demon Drive: à<br />
disposição do mercado<br />
SE QUISÉSSEMOS DAR A DISTRIBUIÇÃO<br />
DIRETAMENTE PARA A GR MUSIC<br />
EM VEZ DE ABRIR UMA EMPRESA<br />
INTERMEDIÁRIA, ISSO TERIA SIDO FEITO.<br />
— ALESSANDRO BISETTO<br />
Houve algum problema com a entrega<br />
das baterias Pearl no Brasil por<br />
parte de vocês?<br />
Isomi: Deveria haver uma conexão<br />
muito boa. Veja: o usuário final está<br />
aqui, perto dos lojistas, o distribuidor<br />
na mesma região e a fábrica em outro<br />
país. A Pearl possui um sistema muito<br />
consistente de produção e de acordo<br />
com fornecedores. Se você compra<br />
um contêiner de 40 pés duas vezes ao<br />
ano e nada nos dez meses seguintes,<br />
não teremos o seu pedido e a rotina de<br />
compra não é estável. O distribuidor<br />
deve estar conectado, sempre perto de<br />
uma forma ou de outra.<br />
Bisetto: É uma questão de planejamento.<br />
A Brazil Percussion [distribuidora<br />
Pearl nos anos 90] fazia suas compras<br />
com muita antecedência. Se você fica um<br />
ano sem enviar nenhum pedido e depois<br />
remete uma ordem de compra pedindo<br />
urgência, não é possível entregar rápido.<br />
Isomi: Quero falar sobre o mau distribuidor<br />
em geral. Em toda feira da Namm<br />
(feira norte-americana de instrumentos<br />
musicais), a primeira coisa que dizem<br />
é: “A economia está mal, me desculpe,<br />
mas este ano será difícil”. Sempre é<br />
uma hora de reunião, certo? Durante 45<br />
minutos eles vêm com as más notícias<br />
e carregados de jornais locais. “Veja o<br />
GDP, o desemprego anual”, eles dizem.<br />
E nos 20 minutos restantes: “Ok, eu deixarei<br />
você saber do pedido, mas tenha<br />
em mente que o ano é duro”, então se<br />
despedem e vão embora. Os bons distribuidores<br />
fazem diferente quando a economia<br />
não vai bem. Eles dizem: “Este é<br />
nosso plano! Mesmo se a economia não<br />
estiver boa, iremos tentar”.<br />
68 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Pearl<br />
Falando um pouco sobre produtos,<br />
quais foram as mudanças mais significativas<br />
nos últimos dois anos?<br />
Isomi: Fizemos uma dramática mudança<br />
em toda a construção dos cascos<br />
e descobrimos uma nova composição<br />
de cola. Podemos colar qualquer<br />
madeira tipo mahogany, maple, entre<br />
outras, e de todas as formas e posições.<br />
Mudamos também a categoria dos pedais<br />
com o Demon, modelo que nos tomou<br />
anos de pesquisa.<br />
Bisetto: É impressionante. Estávamos<br />
há pouco na Argentina e todo mundo<br />
queria o pedal, queria saber, ver e comprar.<br />
Foi um sucesso maior do que estávamos<br />
imaginando.<br />
Isomi: É um sucesso mundial, todos os<br />
bateristas estão falando sobre ele. Diria<br />
ainda que o Demon Pedal é como um<br />
carro tipo Lexus (Toyota). Todos dizem<br />
que o Lexus é um excelente carro, revolucionário,<br />
mesmo que se passem dois<br />
ou três anos. Este pedal será olhado<br />
como revolução em todos os próximos<br />
lançamentos.<br />
Então é uma probabilidade real a Pearl<br />
voltar a fabricar baterias eletrônicas?<br />
Isomi: Eu acredito... Mas peço para<br />
não falarmos mais sobre este tópico<br />
no momento.<br />
Quando as percussões, como as<br />
marching bands e afro-cubanas, serão<br />
vendidas no Brasil?<br />
Bisetto: Elas serão introduzidas passo<br />
a passo. Talvez não neste primeiro ano.<br />
Nesta primeira etapa serão as baterias,<br />
ferragens e acessórios.<br />
Qual a diferença entre o estilo americano<br />
e o japonês de direção?<br />
Isomi: Americanos olham ano a ano e<br />
no curto prazo, além de que deixaram de<br />
investir dinheiro em suas próprias fábricas.<br />
É fácil fazer suas compras via OEM,<br />
no exterior. Japoneses demandam mais<br />
tempo para gerenciar e em sua produção.<br />
Qual será a próxima geração de<br />
produtos?<br />
Isomi: É difícil dizer. Coisas eletrônicas,<br />
talvez algo acústico-eletrônico,<br />
que você pode apagar um som e colocar<br />
outro, ou mesmo comprar um.<br />
Você tem todo o controle para criar o<br />
desenho do seu setup.<br />
Feliz ou<br />
infelizmente,<br />
neste momento,<br />
80% das baterias<br />
chinesas têm<br />
problemas<br />
— Tak Isomi<br />
www.musicaemercado.com.br 69
Capa Pearl<br />
A logística<br />
“A princípio a Turbo estará servindo de ‘barriga de aluguel’<br />
e irá dividir o espaço físico, a estrutura logística e o corpo administrativo”<br />
Sócio-diretor da GR Music/Turbo<br />
Percussion, Saad Romano será<br />
o responsável por logística, administrativo<br />
e distribuição da PBR, a<br />
Pearl Brasil, joint venture criada pela<br />
Pearl e por ele para concentrar as<br />
operações da marca no País. A M&M<br />
conversou com Romano para saber<br />
suas expectativas com relação ao<br />
novo negócio e conferir o modelo de<br />
distribuição que será adotado.<br />
Como foi o recebimento da proposta<br />
para a joint venture com a Pearl?<br />
Foi recebida com um misto de alegria<br />
e preocupação. Alegria por ter conseguido<br />
conquistar a confiança de uma<br />
empresa multinacional como a Pearl,<br />
de grande tradição na fabricação de<br />
produtos para percussão, bem como<br />
líder mundial nesse mercado. E preocupação<br />
com todos os detalhes a<br />
serem levados em consideração para<br />
torná-la realidade nesse mercado tão<br />
concorrido. Estamos no início de uma<br />
longa jornada, que será marcada por<br />
muita luta, trabalho, dedicação e desafios<br />
para acompanhar o nível de exigências<br />
da Pearl na tentativa de alcançar<br />
os tempos áureos dela no Brasil.<br />
O que haverá de novo em relação ao<br />
sistema de distribuição tradicional?<br />
A PBR [Pearl Brasil] está aberta para<br />
70 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Pearl<br />
da PBR<br />
Tak Isomi entre os sócios<br />
da GR/Turbo: à esquerda, Saad<br />
Romano, e à direita, Luis Gaj<br />
conversar com todos os lojistas e para<br />
atendê-los. A PBR irá trabalhar lado a<br />
lado com muito mais afinco e proximidade.<br />
Haverá um canal aberto com os<br />
lojistas e a própria Pearl. A Pearl, por<br />
ser uma marca tradicional, com qualidade<br />
superior, não precisa ficar num<br />
pedestal, mas sim estar no coração<br />
dos lojistas e dos músicos. A tarefa de<br />
planejamento de marketing e de vendas<br />
será dividida por profissionais com<br />
larga experiência nesse mercado.<br />
Como fica a distribuição dos demais<br />
produtos da Turbo? Há alguma<br />
linha a ser deixada de lado?<br />
De fato e de direito a PBR será a empresa<br />
oficial que distribuirá a Pearl no<br />
Brasil. A princípio, a Turbo, para agilizar<br />
o processo, estará servindo de ‘barriga<br />
de aluguel’ e irá dividir o espaço<br />
físico, a estrutura logística e o corpo<br />
administrativo. Por uma questão de<br />
ética, precisou abrir mão de uma linha<br />
de produtos e acessórios para baterias<br />
[Ferragens Gibraltar, que passará a ser<br />
distribuída pela <strong>Musica</strong>l Express, leia<br />
matéria na pág. 46], já que havia conflitos<br />
de interesse. O planejamento de<br />
vendas ficará a cargo do Alessandro<br />
Bisetto, que já está articulando com os<br />
profissionais que irão se esmerar nessa<br />
área. Os demais produtos da Turbo<br />
continuam ativos, com novos itens na<br />
linha e novas oportunidades.<br />
Onde, quando e como entrará em<br />
operação o novo escritório?<br />
A previsão de início das atividades<br />
será marcada com uma apresentação<br />
oficial durante a Expomusic num evento<br />
separado, bem direcionado, com o<br />
objetivo de demonstrar que a Pearl, a<br />
PBR, está aqui de forma bem focada<br />
no nosso mercado. Haverá a presença<br />
de dois membros da Pearl/EUA atuando<br />
em conjunto nesse evento, onde<br />
outras surpresas na área de marketing<br />
e comercial serão apresentadas.<br />
Do lado da Turbo, vamos dividir<br />
equipes internas, administrativa, almoxarifado<br />
e serviços gerais com o<br />
objetivo de reduzir custos para ambas<br />
as empresas, resultando em uma<br />
redução de custos para os lojistas e<br />
consumidores. Para tal, a Turbo e a<br />
PBR compartilharão uma nova área<br />
com 1.500 m² em um local de fácil<br />
acesso, próximo ao Rodoanel [autoestrada<br />
que cerca a cidade de São<br />
Paulo], para agilizar as entregas, bem<br />
como para tornar a operação do dia a<br />
dia mais eficiente.<br />
O que o lojista pode esperar desta<br />
nova fase da Pearl no Brasil?<br />
Para o lojista é uma nova fase, repleta<br />
de novas oportunidades de negócios,<br />
maiores ganhos com os lançamentos<br />
e maior dinâmica, pois haverá um canal<br />
de comunicação direto mercado<br />
brasileiro/Pearl. Para a Turbo será um<br />
marco de oportunidades que poderão<br />
abrir as portas para outras empresas<br />
multinacionais utilizarem essa<br />
nova forma de atuação conjunta. •<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 71
<strong>Mercado</strong> Pride<br />
O lado<br />
da Pride<br />
Importadora dá continuidade à sua política<br />
de distribuição e assume Toca, ddrum e QSC Audio<br />
A<br />
Música & <strong>Mercado</strong> foi ouvir<br />
o gerente de vendas da Pride<br />
Music, Marcos Brandão, para<br />
saber os próximos passos da importadora<br />
após a abertura da Pearl Brasil.<br />
Conheça as novidades da importadora.<br />
Existe alguma linha de produtos<br />
que irá substituir a Pearl no portfólio<br />
da Pride?<br />
Sim. Inicialmente assumimos a distribuição<br />
da marca ddrum (www.ddrum.<br />
com) e os produtos já estarão disponíveis<br />
para entrega a partir da Expomusic<br />
2009. Acreditamos que a ddrum tem<br />
enorme potencial para disputar o mercado<br />
de entry level [produtos de entrada]<br />
e conquistar rapidamente uma participação<br />
significativa nesse segmento.<br />
A Pearl não dispunha de uma linha de<br />
produto competitiva neste importante<br />
nicho de mercado, que concentra cerca<br />
de 80% dos negócios da Mapex no Brasil.<br />
Portanto, tratamos da introdução<br />
da marca ddrum mais como um novo<br />
segmento de mercado do que propriamente<br />
uma substituição.<br />
Com relação aos segmentos intermediários<br />
e high end [produto de<br />
última geração], apesar da ddrum possuir<br />
produtos para competir nesses<br />
mercados, globalmente, é ainda uma<br />
marca em construção e, por esta razão,<br />
enquanto desenvolvermos o mercado<br />
para ddrum, acompanharemos o mercado<br />
e já estamos negociando a distribuição<br />
de outra importante marca a<br />
partir de janeiro de 2010.<br />
Quanto ao mercado de hardware<br />
e acessórios, por desconhecer de antemão<br />
os planos da Pearl para o Brasil,<br />
perdemos a oportunidade de distribuir<br />
a marca Gibraltar, pertencente<br />
à Kaman Music, e que era distribuída<br />
pela Turbo Percussion<br />
(veja pág. 46). Desde o final do<br />
ano passado, a Kaman Music<br />
negociava e buscava um novo<br />
distribuidor no Brasil e, no início<br />
do ano, optou por substituir a<br />
Turbo Percussion pela <strong>Musica</strong>l<br />
Express. É claro que a Pride<br />
Music perdeu uma excelente<br />
oportunidade de negócios,<br />
mas a marca Gibraltar estará<br />
em boas mãos a partir de agora<br />
e, certamente, será muito<br />
competitiva no segmento de<br />
hardwares e acessórios.<br />
Como a Pride pretende trabalhar<br />
a ddrum?<br />
Em nosso cast figuram 29<br />
marcas e, em sua maioria,<br />
as mais importante em seus<br />
segmentos de mercado. Todos<br />
os principais revendedores especializados<br />
brasileiros são importantes<br />
clientes e dealers oficiais dessas marcas.<br />
Isso, por si só, é uma força motriz<br />
impressionante para a introdução de<br />
qualquer linha. Para a ddrum, preparamos<br />
um plano agressivo de introdução,<br />
com prazos de pagamentos e preços<br />
72 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
<strong>Mercado</strong> Pride<br />
especiais. Além de uma campanha de<br />
anúncios nas <strong>revista</strong>s especializadas, e<br />
estamos negociando com o fabricante a<br />
contratação de endorsers e clínicas para<br />
divulgação da marca pós-Expomusic.<br />
Durante a Expomusic, o mercado<br />
brasileiro conhecerá melhor a marca<br />
ddrum, que é muito maior que as linhas<br />
mais simples, até então<br />
distribuídas no Brasil.<br />
Uma apresentação de<br />
modelos e configurações<br />
nunca antes mostradas<br />
no País está planejada e<br />
reservada para público e<br />
revendedores.<br />
Marshall e Fender são<br />
algumas das marcas<br />
trazidas pela Pride<br />
Com a saída da Pearl,<br />
houve alguma mudança<br />
no sistema de distribuição<br />
dos produtos?<br />
A saída da Pearl não altera<br />
em nada nosso sistema<br />
de distribuição.<br />
Nossa equipe de vendas<br />
atende aos clientes<br />
como uma conta gerenciada, e não<br />
setorial. Cada vendedor trabalha todas<br />
as marcas e cada um de seus clientes recebe<br />
suporte de uma única pessoa, seu<br />
contato e “gerente” para todos os assuntos<br />
Pride Music. Os clientes dizem que<br />
preferem ser atendidos assim e, até que<br />
digam o contrário, é assim que manteremos<br />
nosso formato de distribuição.<br />
O que significa, para a imagem da Pride,<br />
deixar de distribuir a Pearl no país?<br />
Consideramos a saída e entrada de<br />
marcas como um fato comum em<br />
qualquer mercado com forte participação<br />
de distribuidores independentes, e<br />
num mercado tão competitivo como o<br />
nosso. Também é sabido que essas mudanças<br />
acentuam-se em períodos de<br />
crise. Foi assim em 1999, 2001 e 2002.<br />
Essas mudanças são cíclicas e previsíveis<br />
– e nosso último ciclo havia<br />
ocorrido no inicio desta década, quando<br />
deixamos de distribuir algumas<br />
marcas até mais importantes, financeiramente<br />
falando. Na época, cada uma<br />
das linhas foi substituída e sua perda<br />
absorvida. Outras marcas foram assediadas,<br />
umas mudaram, outras permaneceram<br />
conosco e nenhuma das que<br />
saíram retornaram ao nosso cast após<br />
o fechamento da Hermes Music Brasil.<br />
A Pearl é uma das principais marcas<br />
do mercado, mas de modo algum sua saída<br />
afeta nossa imagem, uma vez que a<br />
marca declarou que investirá, desenvolverá<br />
e trabalhará o mercado diretamente,<br />
por meio de uma empresa própria de<br />
importação, distribuição e suporte aqui<br />
no Brasil, e não um simples escritório e<br />
um operador logístico transitório.<br />
Até agora, continuamos a acreditar<br />
nisso ao invés de desperdiçarmos<br />
tempo com conversas, fofocas e boa-<br />
tos aqui no Brasil e em muitos fornecedores<br />
internacionais.<br />
Houve algum problema na distribuição<br />
de baterias da Pearl?<br />
É uma pergunta que nós também gostaríamos<br />
de conhecer a resposta. Até<br />
a Namm Show (em janeiro de 2009),<br />
nenhuma reclamação ou descontentamento<br />
havia sido percebido por nós.<br />
Recentemente, o antigo funcionário da<br />
Pearl [Eduardo Martinez], que cuidava<br />
de nossa conta e que antecedeu ao atual,<br />
disse-nos que a Pearl gostava muito<br />
do nosso trabalho de marketing e de<br />
nossa pontualidade nos pagamentos,<br />
que agradecia pela nossa paciência por<br />
não ter podido nos oferecer os produtos<br />
adequados ao nosso mercado nos últimos<br />
anos, e também por ter demorado<br />
a perceber que o seu novo concorrente<br />
era maior que os concorrentes antigos.<br />
Não importa. Isso é passado. Isso<br />
é passivo. Agora nos importa apenas<br />
o ativo, principalmente quando nada<br />
devemos de passivo. Foram oito anos<br />
de uma importante relação comercial<br />
para nós e assim preferimos acreditar<br />
que tenha sido para a Pearl.<br />
Você gostaria de acrescentar algo<br />
que não foi perguntado?<br />
Não. Respondemos às questões em<br />
consideração e respeito ao mercado<br />
e ao veículo, mas tratamos o assunto<br />
como passado. Agora nos importam<br />
apenas ativos e, em nosso cast, três<br />
novos ativos foram recém-incorporados<br />
este mês [setembro]: Toca Percussion<br />
(www.tocapercussion.com.br)<br />
– ex-Turbo Percussion e sem distribuição<br />
no Brasil há alguns anos – ddrum<br />
(www.ddrum.com); e QSC Audio<br />
(www.qscaudio.com) •<br />
FORAM OITO ANOS DE UMA IMPORTANTE<br />
RELAÇÃO COMERCIAL PARA NÓS<br />
— MARCOS BRANDÃO<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 73
Globalização Importação<br />
Brasil é o<br />
próximo alvo<br />
A tailandesa Tycoon Percussion pretende investir<br />
na confecção de instrumentos tipicamente brasileiros<br />
Aos poucos, a Tycoon Percussion<br />
vai atacando todos os<br />
mercados do setor de instrumentos<br />
percussivos. Forte na Europa<br />
e na Ásia, a empresa pretende investir<br />
ainda mais nas Américas e isso inclui<br />
o Brasil. Famosa por fabricar instrumentos<br />
de percussão característicos<br />
de diversas regiões do planeta, a Tycoon<br />
já tem planos para confeccionar os<br />
instrumentos rítmicos típicos do País.<br />
Conversamos sobre isso e muito mais<br />
com o vice-presidente da companhia,<br />
David Kelley.<br />
A Tycoon começou trabalhando no<br />
sistema OEM (produzindo peças<br />
para serem montadas por outras<br />
marcas). Como foi a transição para<br />
a confecção de instrumentos pela<br />
própria marca?<br />
A Tycoon está no mercado há mais de<br />
74 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Globalização Importação<br />
25 anos. Originalmente, a empresa fabricava<br />
guitarras. No começo dos anos<br />
90, as guitarras feitas pela empresa possuíam<br />
muitos consumidores na Europa<br />
que também perguntavam sobre instrumentos<br />
de percussão, como congas,<br />
bongôs e outros. Na época, os canais de<br />
distribuição e a disponibilidade desse<br />
tipo de instrumento na Europa eram<br />
limitados a poucas marcas. Então, o<br />
dono da empresa iniciou um processo<br />
de fabricação desses instrumentos em<br />
um sistema de OEM e, com o tempo,<br />
expandiu para outros mercados, como<br />
Ásia e Américas do Norte e Sul. Aproximadamente<br />
12 anos atrás, ele iniciou<br />
sua própria marca sob o nome Tycoon<br />
e começou a vender os instrumentos<br />
para alguns poucos clientes selecionados.<br />
Com o tempo, a marca foi crescendo<br />
e mais pessoas no mundo foram<br />
se interessando pela Tycoon, o que fez<br />
com que ele aumentasse a produção<br />
sob a marca Tycoon junto ao que realizava<br />
no sistema OEM. A decisão de<br />
focar apenas na própria marca ocorreu<br />
há cerca de cinco anos, porque o nome<br />
já havia crescido bastante e também<br />
pelo interesse em vender os instrumentos<br />
nos EUA. Com isso, começamos a<br />
incentivar os clientes que usavam nossos<br />
produtos no sistema OEM a apoiar<br />
a marca Tycoon e expandimos os instrumentos<br />
para todo o mundo.<br />
Hoje, a Tycoon possui uma grande<br />
variedade de instrumentos e modelos.<br />
Quais são os mais vendidos?<br />
Metade do total das vendas é dos chamados<br />
instrumentos de percussão<br />
pequenos, como cabaças, chocalhos,<br />
guiros, entre outros. Todos os pequenos<br />
instrumentos de percussão. Dos<br />
outros, os bongôs da série Ritmo e as<br />
congas e bongôs da série Supremo são<br />
os mais vendidos. Fora esses, nossos<br />
instrumentos das séries Master e Signature<br />
alcançam bons resultados, mesmo<br />
tendo preços maiores.<br />
A fabricação das congas: ripas de madeira são selecionadas com base na<br />
granulação da madeira e unidas com cola especial e uma máquina de alta<br />
pressão, tornando-se uma concha. Máquinas portáteis fazem o polimento e todas<br />
as rebarbas são eliminadas, manualmente, antes de iniciar a pintura<br />
A Tycoon distribui seus instrumentos<br />
no Brasil. Como a empresa avalia<br />
o mercado brasileiro hoje?<br />
O mercado brasileiro para instrumentos<br />
de percussão é muito bom. Mesmo<br />
não tendo instrumentos tradicionais<br />
brasileiros, vendemos bem no País.<br />
Trabalhamos diretamente com a loja<br />
Made In Brazil há uns três anos e os resultados<br />
são muito bons.<br />
Quais são os próximos passos da<br />
Tycoon para o mercado brasileiro?<br />
Neste momento, continuamos crescendo<br />
e faremos uma análise de como o<br />
mercado está. Manteremos o mesmo<br />
plano de ação, com a parceria com a<br />
Made In Brazil, e também veremos outros<br />
produtos que poderemos fabricar,<br />
como instrumentos tradicionais brasileiros,<br />
que ainda não temos. Acreditamos<br />
que com isso iremos crescer ainda<br />
mais no mercado brasileiro.<br />
Há alguma previsão de quando os<br />
instrumentos tradicionais brasileiros<br />
estarão disponíveis?<br />
É um projeto que iniciamos recentemente.<br />
Para fazer isso, estaremos trabalhando<br />
com percussionistas brasileiros,<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 75
Globalização Importação<br />
É da fábrica em Bangcoc, na Tailândia, que saem os mais variados tipos de instrumentos percussivos exportados<br />
para vários países. Metade do total das vendas é de instrumentos de percussão pequenos.<br />
Dos maiores, os mais vendidos são as congas e bongôs da série Supremo<br />
pesquisando quais produtos iremos<br />
desenvolver, como eles terão de ser fabricados,<br />
analisando sempre o fator<br />
preço, pois queremos oferecer o melhor<br />
pelo menor custo possível. Quando fazemos<br />
esse tipo de projeto, levamos algum<br />
tempo porque queremos ter a certeza de<br />
que os instrumentos estarão 100% de<br />
acordo com aquilo que queremos.<br />
Qual o melhor mercado para os instrumentos<br />
de percussão?<br />
Existem muitos ótimos mercados. Categorizamos<br />
nosso negócio em alguns<br />
diferentes segmentos. Olhamos os EUA<br />
como um segmento, América Latina<br />
como outro, assim como Europa e Ásia.<br />
Sentimos que nossa maior oportunidade<br />
de crescimento está nos EUA e na<br />
América Latina. Os EUA são um merca-<br />
do muito grande e ainda somos pequenos<br />
por lá. Na América Latina, começando<br />
no México, existe uma boa aceitação<br />
dos nossos instrumentos, por isso acreditamos<br />
que há ótimas oportunidades<br />
de crescimento nesse mercado. A Europa<br />
é um mercado maduro para nós, temos<br />
distribuidores fortes. Continuamos<br />
crescendo lá, mas não na mesma medida<br />
que nos EUA e na América Latina. Na<br />
Ásia, a mesma coisa, ainda mais por não<br />
ser o melhor mercado para instrumentos<br />
como os tradicionais africanos, por<br />
exemplo. Mesmo assim, estamos muito<br />
satisfeitos com nossos negócios na Ásia.<br />
Vocês costumam trabalhar os instrumentos<br />
tradicionais fora de seu mercado<br />
característico, como os africanos,<br />
por exemplo?<br />
VAMOS TRABALHAR COM MÚSICOS<br />
BRASILEIROS, PESQUISANDO QUAIS<br />
PRODUTOS IREMOS DESENVOLVER.<br />
QUEREMOS OFERECER O MELHOR PELO<br />
MENOR CUSTO POSSÍVEL<br />
76 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Globalização Importação<br />
Nosso objetivo é nos tornar uma fabricante<br />
de percussão completa. Isso<br />
significa ter os instrumentos característicos<br />
da África, da América Latina,<br />
do Brasil. Já fabricamos alguns instrumentos<br />
típicos da Tailândia, e assim<br />
por diante. Oferecemos esses produtos<br />
para o mundo inteiro. Entretanto, sabemos<br />
que alguns produtos terão melhor<br />
aceitação em determinado país ou<br />
região. Por exemplo, os instrumentos<br />
africanos na França são difíceis, pois<br />
pela proximidade do continente africano<br />
e da França, as pessoas costumam<br />
importar diretamente, já que o custo<br />
de transporte é bem menor. Fica difícil<br />
para nós competir nesse mercado. Mesmo<br />
assim, temos sucesso na França<br />
vendendo instrumentos de percussão<br />
pequenos, típicos da América Latina.<br />
No próprio continente latino vendemos<br />
bem os instrumentos típicos, mas poucos<br />
instrumentos africanos, pois não<br />
são os mais requisitados para o tipo<br />
de música mais comum nesses países.<br />
Oferecemos os produtos para o mundo<br />
inteiro e trabalhamos com nossos parceiros<br />
para nos assegurar de que estamos<br />
oferecendo o produto que atende<br />
às necessidades de cada mercado. Não<br />
faz sentido fazer o oposto disso.<br />
O design dos instrumentos da Tycoon<br />
chama a atenção. Como trabalham<br />
nesse segmento?<br />
Temos uma equipe de pesquisa e design<br />
na própria fábrica. Essa equipe<br />
trabalha bem próxima da empresa e<br />
dos parceiros ao redor do mundo, sempre<br />
atenta aos requisitos e necessidades<br />
dos mercados. Desde que abrimos<br />
a filial nos EUA, também trabalhamos<br />
com percussionistas profissionais de<br />
todo o mundo e pegamos as ideias deles<br />
para aprimorar os instrumentos já existentes.<br />
Dessa maneira, com o feedback<br />
dos profissionais e de nossos consumidores,<br />
os designers trabalham com a informação<br />
que passamos para desenvolver<br />
novos designs, sempre atentos para<br />
Uma das fases finais da produção da conga: a colocação das peles, que são dobradas<br />
e secadas em uma seção especial da fábrica da Tycoon. Cada pele é cortada e<br />
colocada à mão, um processo artesanal que procura garantir a qualidade dos produtos<br />
que a tocabilidade dos instrumentos<br />
também seja a melhor possível.<br />
A Tycoon possui sua própria fábrica,<br />
situada em Bangcoc, na Tailândia.<br />
Qual a importância desse aspecto?<br />
Somos a única companhia de instrumentos<br />
de percussão na Tailândia a<br />
possuir a própria fábrica. Nenhum<br />
de nossos concorrentes tem isso. Eles<br />
utilizam serviços de empresas de fora<br />
para construírem seus instrumentos,<br />
o que significa que eles não têm a habilidade<br />
de controlar a qualidade da<br />
mesma maneira que nós, nem o preço.<br />
Também não conseguem manter a<br />
pesquisa e o design no mesmo nível que<br />
nós, pois é em nossa fábrica que conseguimos<br />
ter 100% de controle sobre isso.<br />
Ter o controle significa que podemos<br />
construir produtos que sejam superiores<br />
em qualidade e a preços menores<br />
que nossos concorrentes. Também temos<br />
uma resposta muito mais rápida<br />
às necessidades dos clientes porque<br />
esse controle é todo nosso. •<br />
78 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
ESTRATÉGIA<br />
ALEJANDRO WALD<br />
é consultor e coach. Aplica cursos de capacitação em vendas, marketing, serviço ao cliente,<br />
liderança e motivação. E-mail: alejandro@waldweb.com.ar<br />
A ARTE DE<br />
VENDER CARO<br />
SE O SEU PREÇO NÃO É O MAIS BAIXO COMO<br />
FAZER PARA VENCER A CONCORRÊNCIA?<br />
Esta é uma pergunta que os<br />
vendedores e seus chefes mais<br />
fazem nos cursos. Há varias<br />
respostas. Porém, podemos identificar<br />
uma das maneiras mais efetivas<br />
de resolver a questão. Para começar,<br />
o preço não é a razão mais importante<br />
para decidir uma compra. Em<br />
todos os estudos sobre motivações<br />
de compra, o preço nunca é o quesito<br />
principal. Mesmo assim, é muito importante;<br />
e, se todo o restante é igual,<br />
o preço realmente se torna o fator decisivo.<br />
No entanto, poucas vezes o restante<br />
é igual. Afinal, quantos de nós<br />
assistimos TV em preto e branco de<br />
14 polegadas só porque é a televisão<br />
mais barata do mercado?<br />
Você sempre compra com base<br />
no preço? Não. Então, por que pensa<br />
que os clientes são assim? Veja,<br />
o principal problema na mente dos<br />
clientes, não é o preço: é o risco.<br />
Esse risco é o custo potencial para<br />
o comprador de cometer um erro.<br />
Não é somente o dinheiro. Além disso<br />
envolve o custo emocional, social e<br />
psicológico que seu cliente vai pagar<br />
quando toma uma decisão de comprar.<br />
Quanto menor é o risco envolvido<br />
na decisão, maior será a chance de<br />
seu cliente dizer sim.<br />
Dicas estratégicas<br />
Para entender melhor esse conceito,<br />
observe-o pela perspectiva do cliente.<br />
Ponha-se no lugar do comprador. Calcule<br />
a quantidade de risco que seus<br />
clientes podem asumir quando<br />
você lhes diz para comprarem.<br />
Preocupe-se menos com o preço<br />
e diminua o risco percebido pelo<br />
cliente. Aqui vão quatro estrategias:<br />
✔ Construa relacionamentos sólidos<br />
com as pessoas que tomam cisões. As boas relações diminuem o<br />
risco. Quanto mais profunda e es-<br />
detabelecida<br />
a relação, menor será<br />
a percepção de risco. Esta é a<br />
razão pela qual o vendedor, cuja<br />
a relação é a mais antiga com o<br />
cliente, sempre tem, no mínimo, o benefício<br />
da dúvida em uma situação de<br />
competição. Lembre-se: não é o preço,<br />
é o risco.<br />
✔ Sempre use as recomendações<br />
de outras pessoas, as opiniões de outros<br />
clientes, e, também, cite outros casos.<br />
Isso mostrará ao comprador que muitos<br />
outras pessoas usam o produto ou<br />
serviço. Isso quer dizer que há menos<br />
risco para o cliente se ele comprar.<br />
✔ Envolva o cliente ao máximo.<br />
Por exemplo, um instrumento. Faça<br />
o cliente testar o equipamento, ver<br />
como se usa, avaliar sua tocabilidade<br />
e sonoridade, etc. Quando o cliente<br />
sente o produto, o risco é menor.<br />
✔ Finalmente, trabalhe com sua<br />
empresa para criar propostas que reduzam<br />
o risco percebido. Garantias,<br />
períodos de teste, suporte técnico, serviço<br />
imediato; tudo isso reduz ainda<br />
mais a sensação de risco do cliente.<br />
Moral da história: é melhor oferecer<br />
um risco baixo do que oferecer um preço<br />
baixo. E não é melhor somente para<br />
você, é melhor ainda para o cliente. •<br />
O PREÇO NÃO É O PRINCIPAL MOTIVO<br />
PARA SE DECIDIR UMA COMPRA.<br />
EM TODOS OS CASOS SOBRE<br />
MOTIVAÇÕES DE COMPRA, ELE NUNCA<br />
É O CRITÉRIO PRINCIPAL<br />
80 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Estratégia Vendas<br />
Identificamos os problemas mais<br />
recorrentes em gestão de vendas no varejo<br />
e preparamos um guia completo com as<br />
principais ações que sua empresa deve<br />
adotar para se destacar no mercado<br />
Muitos comerciantes passam<br />
horas tentando descobrir<br />
suas falhas quando não conseguem<br />
vender determinado produto.<br />
Por que a venda não se concretizou? A<br />
maioria dos empresários acaba culpando<br />
o próprio produto e raras vezes reconhece<br />
que os problemas estão dentro<br />
de suas próprias lojas, nas estratégias<br />
de venda mal elaboradas. Por isso, a<br />
M&M preparou um guia que traz a solução<br />
para os sete erros mais comuns<br />
na gestão de vendas, para que você possa,<br />
com segurança, eliminar as possíveis<br />
deficiências que vêm acontecendo<br />
e vender muito, muito mais.<br />
Problema 1<br />
Confiança excessiva<br />
no produto<br />
É muito comum entre os empresários<br />
varejistas acreditar que por possuir um<br />
excelente produto ou ter exclusividade<br />
sobre a venda dele, a vendagem está<br />
garantida. Ou ainda, que os clientes<br />
irão procurá-los mesmo se não houver<br />
publicidade. Essa atitude influencia negativamente<br />
a venda do produto. O con-<br />
sultor Juan Pablo Rodriguez conta que<br />
já recebeu consultas de empresários<br />
espantados por que não conseguiam<br />
vender determinados produtos, mesmo<br />
que seu preço fosse atrativo e a marca<br />
bastante conhecida. “Levou tempo para<br />
convencê-los de que o problema não era<br />
o produto, a marca, apenas a falta de<br />
uma estratégia de venda”, ele disse.<br />
Solução<br />
Cada item novo que é nado à sua loja deve ter uma<br />
adicioestratégia<br />
própria de venda,<br />
principalmente quando se trata de produtos<br />
com alto valor agregado. Sem gastar<br />
nada, uma boa ideia é montar pacotes<br />
que juntem estes produtos e colocá-los à<br />
vista em uma posição estratégica na loja.<br />
Outra estratégia sem custo e muito eficiente<br />
é divulgá-lo por e-mail ou colocálo<br />
em destaque no website da loja.<br />
Problema 2<br />
Não selecionar um<br />
vendedor com perfil ideal<br />
Escolher os vendedores “a olho”, “por<br />
olfato” ou a esmo leva os empresários<br />
a cometerem erros que provocam aumento<br />
da rotatividade de vendedores e<br />
todos os problemas que envolvem essa<br />
situação. Além de gastos com seleção<br />
e capacitação, o pior é que isso acaba<br />
com a imagen da empresa.<br />
Solução<br />
Para conseguir melhores sultados na contratação de<br />
re-<br />
vendedores: defina os objetivos<br />
principais do cargo e faça uma lis-<br />
82 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Encare as deficiências<br />
da sua organização<br />
ta dos cinco objetivos-chave do cargo.<br />
Feito isso, determine as capacidades e<br />
as experiências necessárias para se ter<br />
um desempenho bem-sucedido.<br />
Prepare uma ampla descrição das<br />
tarefas associadas ao cargo. Faça um<br />
rascunho das funções e expectativas<br />
com relação ao trabalho. Isso irá ajudar<br />
a melhorar a descrição e afirmar<br />
as prioridades para a tomada de decisão<br />
ao contratar.<br />
Use vários recursos para encontrar<br />
um número suficiente de candidatos.<br />
Pergunte aos funcionários, fornecedores,<br />
colegas, associações comerciais, organizações<br />
educacionais. Anuncie em jornais<br />
e também em locais não tradicionais.<br />
“Pesque com uma rede maior” — quanto<br />
mais candidatos tiver para escolher,<br />
maior será a possibilidade de êxito.<br />
Peneire. Aproveite o processo de<br />
leitura dos currículos para conseguir<br />
informações valiosas sobre a competência.<br />
Elimine da seleção aqueles que<br />
Estratégia Vendas<br />
não passaram nesse filtro.<br />
Use um processo organizado de<br />
ent<strong>revista</strong>: peneire; entreviste; avalie e<br />
questione; confie, mas verifique.<br />
Faça as mesmas perguntas a todos<br />
os candidatos, adaptando algumas à<br />
experiência de cada um. Durante as<br />
ent<strong>revista</strong>s, peça exemplos da experiência<br />
deles. Evite fazer perguntas hipotéticas,<br />
pois a maioria dos candidatos<br />
sabe o que responder.<br />
Verifique as referências e os certificados<br />
de estudos. Seja precavido com<br />
as pessoas cujos antecedentes parecem<br />
ser “muito bons para ser verdade”.<br />
Depois da contratação, prepare<br />
uma boa recepção para o novo empregado.<br />
Com a pessoa certa, um bom<br />
começo requer esforço extra, que pode<br />
ser o início de excelentes recompensas.<br />
Estabeleça um plano de condução<br />
e orientação inicial e informe ao novo<br />
funcionário seus progressos no trabalho<br />
já a partir do primeiro dia.<br />
Planet Waves é uma marca registrada da D’Addario & Company, Inc. ou de seus afiliados nos EUA e/ou outros países. © 2009 D’Addario & Company, Inc. Todos direitos reservados. © 2009 Apple Corps Ltd. Um produto Beatles. Todos direitos reservados.<br />
ESCOLHER OS VENDEDORES “A OLHO”<br />
OU “A ESMO” LEVA OS EMPRESÁRIOS<br />
A COMETER ERROS E ARRUÍNAM A<br />
IMAGEM DA EMPRESA<br />
Correias e Palhetas Beatles<br />
www.musical-express.com.br<br />
Distribuição Exclusiva:<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 83
Estratégia Vendas<br />
Problema 3<br />
Ausência de um<br />
programa de qualidade<br />
no atendimento ao cliente<br />
Sem uma metodologia objetiva que ajude<br />
a identificar os motivos pelos quais não<br />
se fecha determinada venda, a empresa<br />
varejista não chegará a lugar algum. Segundo<br />
o consultor Juan Pablo Rodriguez,<br />
“muitas empresas, principalmente as<br />
menores, acreditam que não têm estrutura<br />
para criar um programa efetivo de<br />
atenção ao cliente, o que é um tremendo<br />
erro. Não há custos financeiros para criálo,<br />
o que há é muito trabalho!”.<br />
Solução<br />
Criar o programa de mento ao cliente imediata-<br />
atendimente.<br />
Tenha como meta os<br />
seguintes pontos: cumpra as promessas;<br />
respeite o tempo do cliente, sendo<br />
justo com a espera dos pedidos; seja obsessivo<br />
com detalhes — desde a cor da<br />
parede até a maneira como se atendem<br />
os clientes que entram na loja —; respeite<br />
o sigilo: deixe o cliente tranquilo<br />
sobre qualquer negócio que façam, ele<br />
precisa estar seguro de que nenhuma<br />
informação sobre ele será comercializada;<br />
aja para corrigir os erros: significa<br />
que sua empresa reconhece os erros,<br />
que qualquer pessoa erra. Lembre-se: o<br />
cliente descontente pode vir a ser sua<br />
melhor propaganda se você estiver preparado<br />
para resolver o problema dele e<br />
deixá-lo satisfeito com o resultado.<br />
Liberte as<br />
amarras dos<br />
antigos hábitos<br />
Problema 4<br />
Vendedores e gerentes<br />
são os únicos<br />
responsáveis pelas vendas<br />
É claro que são os vendedores e gerentes<br />
que têm a responsabilidade de vender<br />
e atender clientes todos os dias e<br />
fazer com que a loja progrida. Mas esse<br />
QUANDO NÃO EXISTEM ESTRATÉGIAS<br />
DE VENDAS CLARAS E OBJETIVAS,<br />
OS VENDEDORES NÃO APLICAM<br />
NENHUMA ESTRATÉGIA<br />
tipo de cultura nas empresas varejistas<br />
pode causar problemas quando uma<br />
parte da empresa que não está diretamente<br />
ligada às vendas fica livre para<br />
não “participar” do progresso e dos<br />
avanços que, na verdade, beneficiam a<br />
todos, inclusive a eles. É uma cultura<br />
que gera comportamento negativo em<br />
diversos funcionários da empresa.<br />
Solução<br />
A filosofia que deve prevalecer<br />
desde os cargos mais altos de<br />
uma loja de instrumentos musicais<br />
e áudio consiste em difundir que<br />
a responsabilidade da venda é de toda<br />
84 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
a empresa, desde o pessoal de limpeza,<br />
que precisa saber da importância de<br />
deixar as prateleiras, pisos e banheiros<br />
perfeitamente limpos, até o pessoal do<br />
caixa, que deve ser simpático.<br />
Problema 5<br />
A contratação<br />
de vendedores<br />
com muita experiência<br />
O que parece ser excelente opção pode<br />
ser um erro. Uma boa experiência em<br />
determinado local, mesmo que seja no<br />
ramo musical, não implica bons resultados<br />
nas vendas. E um vendedor que<br />
trabalhou durante anos em uma loja<br />
de música e que se pressupõe ter muita<br />
experiência nem sempre terá os resultados<br />
esperados. Isso se explica porque<br />
cada loja e empresa tem características<br />
próprias, diferenciando-se umas das<br />
outras. Experiência boa em uma não é<br />
garantia de sucesso em outra.<br />
Solução<br />
Independente da experiência,<br />
o que fará um bom e efetivo<br />
vendedor é o conhecimento<br />
específico da cultura da empresa: saber<br />
qual a diferença entre a sua loja e a loja<br />
da esquina. Isso se consegue com um<br />
programa efetivo de capacitação, em<br />
que o vendedor aprenderá a conhecer<br />
como funciona a estrutura, o gerenciamento<br />
e a cultura na sua empresa.<br />
Estratégia Vendas<br />
A FILOSOFIA QUE DEVE PREVALECER<br />
EM UMA LOJA DE INSTRUMENTOS<br />
MUSICAIS E DE ÁUDIO<br />
CONSISTE EM DIVULGAR QUE<br />
A RESPONSABILIDADE DE VENDAS<br />
É DA EMPRESA COMO UM TODO<br />
Problema 6<br />
Empresa sem<br />
estratégia de venda<br />
Quando em uma loja não existem estratégias<br />
claras e objetivas de venda,<br />
difícilmente os vendedores irão seguilas,<br />
já que não as “enxergam”. Segundo<br />
o consultor Rodriguez, se 20% de sua<br />
equipe consegue trazer 80% dos resultados<br />
de vendas da empresa, isso é um<br />
sinal de que não há um método efetivo<br />
de gestão de vendas.<br />
Solução<br />
Vender um instrumento<br />
musical ou equipamento de<br />
áudio não significa somente<br />
tê-lo em exposição no seu showroom.<br />
Entre os conselhos mais importantes<br />
para aumentar as vendas estão os listados<br />
a seguir.<br />
Valorize o tempo do cliente, eliminando<br />
a burocracia administrativa.<br />
Quanto menos tempo se passa entre<br />
o fechamento da compra e a saída do<br />
cliente do local, mais satisfeito ele ficará<br />
depois de comprar.<br />
Demonstre segurança. O vendedor<br />
precisa estar seguro do que está dizendo<br />
e se por algum motivo não sabe responder<br />
a uma das perguntas do cliente, não<br />
deve ter vergonha de procurar a resposta,<br />
principalmente sobre temas de pósvenda.<br />
Jamais deve mentir ou passar<br />
uma informação imprecisa ao cliente.<br />
correias e palhetas Beatles<br />
WWW.MUSICAL-EXPRESS.COM.BR<br />
Distribuição Exclusiva:<br />
Planet Waves é uma marca registrada da D’Addario & Company, Inc. ou de seus afiliados nos EUA e/ou outros países. © 2009 D’Addario & Company, Inc. Todos direitos reservados. © 2009 Apple Corps Ltd. Um produto Beatles. Todos direitos reservados.<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 85
Estratégia Vendas<br />
Objetividade<br />
e clareza são<br />
fundamentais<br />
Reforce o benefício de determinado<br />
instrumento conforme o cliente<br />
argumenta. Lembre-se: para isso é<br />
necessário conhecer primeiro o que o<br />
cliente precisa.<br />
Esteja sempre disponível diante<br />
das dificuldades. Não importa quão<br />
seja grave a reclamação ou o problema.<br />
Se sua empresa está sempre pronta<br />
para dar respostas justas e adequadas,<br />
seu cliente sempre irá desculpá-la<br />
e, mais importante, voltará para comprar<br />
em outro momento, mesmo que<br />
não tenha tido uma boa experiência<br />
na primeira oportunidade.<br />
Promova a fidelidade. De acordo<br />
com o consultor Rodriguez, se você tiver<br />
de reduzir em 5% a perda de clientes,<br />
isso já representará um aumento de<br />
85% nos lucros de seu negócio.<br />
Ofereça algo a mais. Diferenciar-se da<br />
concorrência vale muitos pontos — pode<br />
ser um pequeno brinde, um desconto ou<br />
formas de pagamento diferenciadas.<br />
O VENDEDOR PRECISA ESTAR SEGURO<br />
DO QUE ESTÁ DIZENDO E SE POR<br />
ALGUM MOTIVO NÃO SABE RESPONDER<br />
A UMA DAS PERGUNTAS DO CLIENTE,<br />
NÃO DEVE TER VERGONHA<br />
DE PROCURAR A RESPOSTA<br />
86 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Estratégia Vendas<br />
Seu sucesso<br />
depende de você<br />
Planet Waves é uma marca registrada da D’Addario & Company, Inc. ou de seus afiliados nos EUA e/ou outros países. © 2009 D’Addario & Company, Inc. Todos direitos reservados. © 2009 Apple Corps Ltd. Um produto Beatles. Todos direitos reservados.<br />
Problema 7<br />
Não definir<br />
metas de venda<br />
É muito comum, principalmente em<br />
empresas menores, que o gerente de<br />
vendas avalie individualmente seus<br />
vendedores de acordo com suas vendas.<br />
Ao fazer isso, está ignorando os resultados<br />
da equipe. Punir um vendedor por<br />
seus maus resultados é a mesma coisa<br />
que culpá-lo por suas atitudes individuais,<br />
desconhecendo que o problema<br />
pode estar em ações mal elaboradas e<br />
conduzidas pelos superiores.<br />
Solução<br />
Cada setor da loja deve ter<br />
uma meta de venda de acordo<br />
com o tipo de produto com<br />
que irá trabalhar. É necessário conhecer,<br />
antes de tudo, a base de clientes,<br />
quais são os mais importantes, quanto<br />
a empresa depende de determinados<br />
clientes, quantos são fiéis (e como é<br />
possível avaliar sua fidelidade), como<br />
funciona a programação de pedidos<br />
dos consumidores, como será possível<br />
aumentar a carteira de clientes e fazer<br />
um comparativo de vendas dos últimos<br />
cinco anos (ou menos, se a loja for recente).<br />
E providenciar estas definições:<br />
definir metas por produtos e serviços,<br />
quais serão as metas mínimas para<br />
cada vendedor e metas individuais<br />
por canais de distribuição. Avaliar as<br />
vendas e as projeções para corrigi-las<br />
e adequá-las à relidade; criar e respeitar<br />
métodos de venda, ter metas para<br />
o custo dos serviços de pós-venda; ter<br />
metas de reclamações no pós-venda.<br />
A metas devem conter mínimos<br />
e médias, avaliação de quantidades e<br />
medidas, ser concretas, realistas e coerentes;<br />
terem prazo definido; serem<br />
iguais para os participantes; e estarem<br />
por escrito. Ah! E, sempre, as metas<br />
individuais devem estar relacionadas<br />
com o grupo. •<br />
CORREIAS E PALHETAS BEATLES<br />
WWW.MUSICAL-EXPRESS.COM.BR<br />
Distribuição Exclusiva:<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 87
FALANDO NISSO<br />
EDUARDO VILAÇA<br />
é representante comercial, administrador de empresas, consultor em comércio exterior e mestre em<br />
Gestão do Conhecimento e Tecnologia de Informação pela Universidade Católica de Brasília. E-mail: edvilaca@uol.com.br<br />
OS CUSTOS DA<br />
DESORGANIZAÇÃO<br />
PERSISTIR NO ERRO PODE SER O FOCO PARA SE PERDER CLIENTES<br />
Parece fácil aos gestores administrar<br />
os custos diretos envolvidos<br />
em seus negócios tais<br />
como: matéria-prima, tributos,<br />
pessoal, manutenção etc. Esses<br />
custos estão sempre no foco<br />
dos administradores que têm<br />
como meta principal a tentativa<br />
contínua de redução<br />
dos mesmos.<br />
No entanto, muito mais<br />
difícil é a tarefa de medir e con-<br />
trolar os custos provocados pelos<br />
erros e pela desorganização em geral.<br />
Será que são seriamente considerados<br />
os custos de um mau lecomunicações, por exemplo, existem<br />
órgãos reguladores do governo<br />
que procuram minimizar ou ajudar a<br />
controlar os erros. Os clientes acabam<br />
se fidelizando com mais facilidade, já<br />
que além de poucas opções de forneci-<br />
atendimento,<br />
da má qualidade de um<br />
produto, de uma entrega fora do<br />
prazo, ou ainda de uma cobrança<br />
indevida?<br />
Em mercados oligárquicos ou<br />
quase monopolistas como o das temento,<br />
não há uma sensível diferença<br />
na qualidade dos serviços de um ou de<br />
outro fornecedor.<br />
Por outro lado, em mercados<br />
abertos e altamente competitivos,<br />
como o de instrumentos musicais e<br />
áudio profissional, ocorre exatamente<br />
o oposto. Os clientes transitam entre<br />
um fornecedor e outro com imensa<br />
facilidade, e, portanto, há sempre<br />
que se considerar o risco de uma<br />
perda expressiva de clientes para a<br />
concorrência. Será que conseguimos<br />
mensurar com precisão essas perdas?<br />
Será que é mais importante investir<br />
em captar mais e mais clientes<br />
ou se organizar para reter e satisfazer<br />
os clientes já conquistados?<br />
Parece natural que a opção de reter<br />
os clientes prevaleça, já que o mercado<br />
possui limites quanto à quantidade<br />
de consumidores. Nesse sentido<br />
é que o custo provocado pelos erros e<br />
pela desorganização torna-se tão relevante<br />
para as organizações. Assim,<br />
faz-se necessário encontrar meios,<br />
através de ferramentas e indicadores,<br />
que possam revelar com maior<br />
precisão esse prejuízo.<br />
Um dos motivos principais da<br />
desorganização é a falta de planejamento<br />
e de visão a médio e longo<br />
prazo. Sabe-se que no Brasil ainda<br />
há enraizada uma forte cultura de<br />
hiperinflação, que inibia qualquer<br />
tentativa de planejamento a longo<br />
prazo nas empresas. Porém, a estabilidade<br />
econômica que já perdura por<br />
15 anos mudou totalmente esse ce-<br />
88 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Falando nisso Os custos da desorganização<br />
nário, proporcionando a perspectiva<br />
de planejar um futuro mais distante.<br />
Outro aspecto importante que<br />
deflagra a desorganização é a repetição<br />
dos erros. Errar algumas vezes<br />
quando se procura acertar é perfeitamente<br />
normal, mas erros sucessivos<br />
e permanentes são extremamente<br />
danosos para os negócios. Existem<br />
várias empresas que cometem os<br />
mesmos erros por muitos e muitos<br />
anos. Processos de produção ou de<br />
administração equivocados, falta de<br />
infraestrutura, e principalmente alocação<br />
de pessoas inadequadas para<br />
determinados cargos e responsabilidades,<br />
como um gerente que não<br />
sabe liderar ou um vendedor que não<br />
consegue atender bem um cliente,<br />
são exemplos de erros mais comuns<br />
a essas organizações.<br />
Essas sucessivas falhas vão minando<br />
tanto interna quanto externamente<br />
a imagem da empresa, e<br />
em face disso, precisam ser minuciosamente<br />
analisadas e tratadas a fim<br />
de que possam diminuir, e se possível<br />
desaparecer em curto espaço de tempo.<br />
Muitos empresários se iludem<br />
achando que ao corrigir alguns erros,<br />
estes não voltarão a acontecer. Esquecem-se<br />
de que as suas empresas<br />
são formadas por pessoas que possuem<br />
uma forte tendência de manter<br />
hábitos e resistir às mudanças.<br />
Cabe ressaltar alguns passos que<br />
julgo relevantes no que tange à solução<br />
desses problemas. Primeiro é preciso<br />
um mergulho profundo na organização<br />
e uma pesquisa junto ao seu<br />
ambiente (clientes, fornecedores e<br />
concorrentes) com o intuito de identificar<br />
os procedimentos errados. Em<br />
um segundo estágio procuram-se<br />
definir indicadores que possam avaliar<br />
a proporção desses erros. E mais<br />
à frente ainda, após as correções dos<br />
erros, continuar medindo, avaliando<br />
e monitorando periodicamente<br />
os processos nos quais houve falhas<br />
para que estas não se repitam.<br />
Por fim, sabe-se que errar é humano,<br />
mas persistir no erro é no mínimo<br />
falta de organização e de profissionalismo.<br />
O tempo, os recursos<br />
e as oportunidades desperdiçados<br />
com tais desordens devem ser redirecionados<br />
para a evolução da empresa.<br />
Portanto, sugiro que atentemos<br />
para os custos que a desorganização<br />
causa às nossas empresas. Eles são<br />
tão ou mais importantes que os custos<br />
diretos com os quais nos acostumamos<br />
a lidar. •<br />
EQUIVOCAR-SE ALGUMAS VEZES<br />
QUANDO SE TENTA ACERTAR<br />
É PERFEITAMENTE NORMAL, MAS<br />
ERROS SUCESSIVOS E PERMANENTES<br />
SÃO EXTREMAMENTE NOCIVOS<br />
PARA OS NEGÓCIOS<br />
Correias e Palhetas Beatles<br />
WWW.MUSICAL-EXPRESS.COM.BR<br />
Distribuição Exclusiva:<br />
Planet Waves é uma marca registrada da D’Addario & Company, Inc. ou de seus afiliados nos EUA e/ou outros países. © 2009 D’Addario & Company, Inc. Todos direitos reservados. © 2009 Apple Corps Ltd. Um produto Beatles. Todos direitos reservados. Yellow Submarine: © 2009 Subafilms Ltd. Todos direitos reservados.<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 89
Empresa Reestruturação<br />
Inovar para<br />
crescer<br />
A Wolf Music<br />
reestruturou seu<br />
departamento de<br />
vendas para buscar<br />
novos horizontes<br />
Por Rogério Nogueira<br />
O<br />
tempo passa e novas empresas<br />
aparecem no mercado. Algumas<br />
são passageiras, outras obtêm<br />
sucesso. Apesar de ser uma importadora<br />
jovem — acabou de completar três anos<br />
—, a Wolf Music ganha cada vez mais<br />
espaço no segmento de instrumentos<br />
musicais. O ano de 2008 foi de crescimento,<br />
com uma frequência maior de<br />
importações. Segundo o diretor Wladimir<br />
João Teixeira, foi a época de melhor<br />
faturamento para a empresa. Dessa maneira,<br />
a companhia pôde criar uma ótima<br />
base para 2009. “Os negócios foram<br />
extremamente bons, superaram nossas<br />
expectativas. Porém, ainda sim, acreditamos<br />
que poderia ter sido melhor.”<br />
Para continuar no caminho certo, a<br />
Wolf Music faz novos planos para não<br />
perder o que já conquistou. O departamento<br />
de vendas foi reestruturado.<br />
A empresa ganhou espaço em novos<br />
Estados brasileiros em que ainda não<br />
atuava. “Também melhoramos nosso<br />
Equipe da Wolf Music, da esquerda para a direita:<br />
Márcio Bueno (vendas), Paula Teixeira (diretora), Léo Gorgatti (gerente comercial<br />
e de marketing), Flavia Zuchelli (financeiro) e Vladimir Teixeira (diretor)<br />
90 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Empresa Reestruturação<br />
mix de produtos e aumentamos nossas<br />
importações e investimentos para<br />
solidificar as marcas Wolf e Walden.<br />
Anunciamos em <strong>revista</strong>s do segmento,<br />
lançamos novos produtos e aumentaremos<br />
nosso estande na Expomusic<br />
2009. Outra opção será nossa ação de<br />
marketing para nos consolidar, pouco<br />
a pouco”, conta Teixeira. Além disso, a<br />
empresa já está com a cabeça em 2010.<br />
APÓS A CRISE<br />
FINANCEIRA MUNDIAL<br />
Nos últimos tempos, não dá para<br />
falar em crescimento sem mencionar os<br />
efeitos da crise financeira mundial, principalmente<br />
quando o assunto é importação.<br />
O principal efeito desse turbilhão<br />
de preocupações foi a queda nas vendas.<br />
Porém, segundo Teixeira, a Wolf tem um<br />
desafio maior, pois a marca e a empresa<br />
ainda são jovens. “Nosso desafio é vender<br />
ao mercado e ao músico (consumidor)<br />
o conceito da empresa, da marca,<br />
nosso mix de produtos, qualidade, atendimento,<br />
relacionamento e ações de marketing.<br />
Isso faz parte de uma trajetória<br />
inicial de qualquer empresa que queira<br />
se consolidar no mercado.”<br />
Apesar disso, as importações da<br />
Wolf estão em ritmo cada vez melhor.<br />
A cada mês, a empresa apresenta um<br />
histórico rico em informações que os<br />
norteia a importar com mais precisão<br />
os itens de maior giro e novos produtos.<br />
As feiras internacionais são essen-<br />
ciais para a importadora. São as ocasiões<br />
mais importantes para acertos e<br />
parcerias com fornecedores e para observar<br />
novas tendências, além de serem<br />
as melhores oportunidades para<br />
desenvolver novos produtos e linhas.<br />
Para o diretor da marca, após a crise<br />
financeira mundial, os negócios com a<br />
China ficaram bem, pois o interesse pelo<br />
mercado brasileiro aumentou. Com uma<br />
política de preços competitiva, a Wolf oferece<br />
descontos e prazos equilibrados.<br />
Este ano, o carro-chefe da empresa<br />
são os violões Wolf e Walden. Apesar<br />
de serem de categorias diferentes,<br />
possuem qualidade técnica, bom<br />
acabamento e preço acessível. “São as<br />
melhores opções do nosso mercado no<br />
quesito custo-benefício”, completa o diretor,<br />
que acredita que a marca crescerá<br />
20% até o final deste ano. •<br />
MELHORAMOS NOSSO<br />
MIX DE PRODUTOS E<br />
AUMENTAMOS NOSSAS<br />
IMPORTAÇÕES<br />
E INVESTIMENTOS PARA<br />
SOLIDIFICAR AS MARCAS<br />
WOLF E WALDEN.<br />
VIOLÕES TOP SELLER<br />
WOLFMUSIC<br />
Walden D-550 CE<br />
Preço sugerido: R$1.349,00<br />
Público: Músicos profissionais<br />
que procuram um excelente<br />
instrumento com o melhor<br />
preço do mercado<br />
Wolf WL-360<br />
Preço sugerido: R$ 649,00<br />
Público: Indicado a músicos<br />
que querem um bom<br />
instrumento, com<br />
excelente custo<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 91
Especial Tecnologia<br />
O novo cenário<br />
da sua loja<br />
Equipamentos e mesma<br />
concorrência têm como base<br />
o avançado uso da tecnologia.<br />
Qual será sua postura diante<br />
de um panorama tão digital?<br />
Se você acredita que a tecnologia é<br />
o lobo mau, tenha a certeza: ela realmente<br />
vai devorar o mercado. O<br />
conceito Computer Music não é novidade<br />
e já vem sido bastante explorado por lojas<br />
com perfil mais ousado, que não tem medo de correr<br />
riscos. Lojas assim ainda são raras, mas se você não<br />
está entre elas, precisa começar a modificar seu jeito<br />
de pensar e sua atuação comercial. Não se engane, o<br />
Computer Music veio para ficar! E, você, também quer<br />
continuar no mercado? Claro que quer, então, continue<br />
pelas linhas abaixo e descubra como atualizar-se<br />
e preparar-se para essa nova realidade.<br />
Medo de tecnologia: eu?<br />
Muitos consumidores — e até mesmo lojistas — têm<br />
preconceitos no que se refere à tecnologia. Argumentam<br />
que tecnologia é sinônimo de preço alto. Pura<br />
falta de informação, já que para os especialistas de<br />
produtos da Quanta Music, Daniel Raizer e Jobert<br />
Gaigher, a tecnologia é a principal aliada na solução<br />
de problemas. Uma<br />
relação custo-benefício<br />
que torna a sua aplicação<br />
muito mais barata, já<br />
que realmente sana os problemas de forma eficiente.<br />
Eles explicam: “Até pouco tempo só podíamos gravar<br />
um trabalho musical em casa utilizando um gravador<br />
de fita cassete — que tinha qualidade de som muito<br />
ruim. Agora podemos usar o computador e uma placa<br />
de som para gravar com qualidade melhor que a dos<br />
CDs convencionais de música por um preço módico”.<br />
De fato, a democratização da produção musical só<br />
foi alcançada com a acessibilidade e a popularização<br />
dos produtos de tecnologia musical. Hoje, qualquer<br />
pessoa pode gravar, com qualidade, as suas músicas<br />
em casa, distribuí-las e, até, comercializá-las via internet.<br />
Tudo é feito de maneira virtual. Novos artistas,<br />
92 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Especial Tecnologia<br />
Há um abismo<br />
de diferença entre<br />
os gravadores<br />
novos e antigos<br />
como Mallu Magalhães e Andy McKee, conseguiram<br />
uma projeção real com a ajuda fundamental de sites<br />
como o YouTube e o MySpace.<br />
A velocidade na troca de informações e o alcance<br />
da divulgação pela rede são infinitamente superiores<br />
se comparados a outros meios de comunicação e com<br />
uma vantagem: muito mais baratos. Vale lembrar que<br />
muitos apontam essa facilidade como a causa da crise<br />
da indústria fonográfica, em meados de 2003, da<br />
qual as grandes gravadoras nunca mais saíram.<br />
Um fator determinante para baratear a tecnologia<br />
foi a substituição das mídias analógicas pelas digitais.<br />
Por exemplo, no passado, poucos tinham a possibilidade<br />
de adquirir um gravador Tascam e mesmo esses<br />
‘privilegiados’ tinham de desembolsar um bom dinheiro<br />
por rolos de fitas para produzir fonogramas de<br />
qualidade. Alguns estúdios reutilizavam essas fitas,<br />
o que significava ainda perda de qualidade, além de<br />
ser uma operação difícil, que gerava o custo de um especialista.<br />
Atualmente, computadores velozes, HDs,<br />
pendrives, a facilidade na gravação de CDs e DVDs —<br />
cada vez mais baratos — garantem qualidade sonora<br />
e simplicidade de uso. Com um computador, o usuário<br />
pode acumular as funções de produtor musical,<br />
técnico de som, músico e distribuidor fonográfico. O<br />
fator ‘preço’ é motivo forte o suficiente para tornar<br />
qualquer consumidor ávido para comprar tecnologia.<br />
Tecnologia de ponta — leia-se produtos inovadores<br />
— terá sempre um custo mais elevado do que os outros<br />
produtos, mas é a evolução constante de tecnologias<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 93
Especial Tecnologia<br />
Guitarras e violões<br />
elétricos podem ser<br />
feitos de materiais<br />
sintéticos e tocados sem<br />
a utilização de fios<br />
que a torna acessível. Ou seja, o produto que hoje é inacessível para a<br />
maior parte dos consumidores amanhã poderá ser o top seller da sua loja.<br />
Produtos inovadores, como interfaces de áudio, porta-estúdios di-<br />
gitais, instrumentos eletrônicos e softwares se apresentam como soluções<br />
de relação custo/benefício muito bem-aceitas no mercado. Veja,<br />
por exemplo, o caso de um tecladista que admire a sonoridade de um<br />
piano elétrico Fender Rhodes, instrumento raro e caro. Esse tecladista<br />
tem duas opções: encontrar um modelo com condições de uso — e<br />
desembolsar uma pequena fortuna por ele — ou adquirir um software<br />
emulador, que recria sons de diversos instrumentos e pode<br />
ser instalado no computador, sendo tocado por um teclado controlador,<br />
tudo isso por um preço muito mais acessível.<br />
O lojista não pode ter a ilusão de que os consumidores estão<br />
plenamente conscientes de como os produtos tecnológi-<br />
Violão Ovation Idea:<br />
no detalhe, o préamplificador<br />
com<br />
gravador em MP3<br />
embutido.<br />
94 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Especial Tecnologia<br />
cos podem facilitar a sua vida. Ele precisa<br />
levar ao cliente essa informação. O<br />
estudante que compra um gravador digital<br />
portátil multicanal, por exemplo,<br />
poderá gravar uma base, estudar improviso<br />
e fazer um comparativo de sua<br />
evolução, identificando seus erros. Por<br />
que não oferecer o produto na hora da<br />
venda de uma guitarra, por exemplo?<br />
“Muitas pessoas não sabem que é fácil,<br />
barato, e que podem alcançar resultados<br />
impressionantes ao utilizar um<br />
computador e alguns equipamentos<br />
de tecnologia para produzir música”,<br />
esclarecem os especialistas da Quanta.<br />
Parece ficção científica<br />
Expressões como facilidade de uso, interface<br />
amigável, portabilidade estão<br />
em moda e apontam tendências do mercado<br />
de instrumentos musicais. Para<br />
Alex Lameira, gerente de produtos da<br />
Roland Brasil, das marcas Cakewalk,<br />
RSS e Edirol, as tendências tecnológicas<br />
estão sempre relacionadas à facilidade<br />
e à inclusão de novas ferramentas. Um<br />
exemplo é a função de cortes em uma<br />
edição musical feita por apenas alguns<br />
cliques no mouse, ou ainda o fato de<br />
uma plataforma multipistas disponibilizar<br />
recursos para, além de mixar,<br />
masterizar uma faixa. “Na parte de<br />
equipamentos musicais, os destaques<br />
são a transmissão via rede, a facilidade<br />
de gravação e monitoração, simuladores<br />
de amplificadores e de sonoridades bem<br />
próximos do som original com um custo-benefício<br />
impressionante. O laptop já<br />
é uma realidade nos palcos”, completa.<br />
O avanço visual e a usabilidade<br />
dos sistemas também permitem a<br />
operação muito mais simples de qualquer<br />
software, sem ser necessário que<br />
o usuário entenda de linguagem de<br />
programação. Além disso, as conexões<br />
dos equipamentos estão mais simples,<br />
com número de conectores bem menor,<br />
propiciando mobilidade e ganho<br />
de espaço inimagináveis. É o caso dos<br />
produtos baseados no protocolo Reac<br />
(Roland Ethernet Audio Communication),<br />
da Roland, que efetua a transferência<br />
de áudio por meio de cabo de<br />
rede. “Só para se ter ideia, é possível<br />
passar 40 canais por um único cabo<br />
de rede”, informa Lameira. E já existem<br />
os equipamentos que não necessitam<br />
de nenhum fio, graças a conexões<br />
bluetooth e wireless.<br />
Os especialistas de produtos da<br />
Quanta apontam ainda para a mudança<br />
que ocorreu no mercado de tecnologia<br />
musical, mostrando que, antigamente,<br />
os computadores eram caros, instáveis<br />
e incompreendidos. Mesmo assim, algumas<br />
lojas de instrumentos musicais<br />
vanguardistas criavam pequenos setores<br />
chamados de computer music, que,<br />
aos poucos, foram ganhando espaço e<br />
se tornando realmente uma seção de<br />
tecnologia. “A evolução e a queda dos<br />
preços dos produtos digitais nos últimos<br />
anos estão nos levando cada vez mais a<br />
entender o conceito de computer music<br />
não como um departamento, mas sim<br />
www.musicaemercado.com.br 95
Especial Tecnologia<br />
Educação musical:<br />
um nicho a ser explorado<br />
A tecnologia digital também diminuiu a distância e rompeu fronteiras.<br />
Um músico brasileiro antenado pode ter acesso ao que é produzido<br />
de material didático em qualquer lugar do mundo. Aulas online de música<br />
são possíveis de serem realizadas graças a computadores com<br />
acesso a internet banda larga, câmeras com alta resolução, mas de mensagem instantâneas, como o Skype ou o MSN, mi-<br />
prograrencial<br />
de uma boa venda. A educação à distância também está<br />
se desenvolvendo, especialmente nos cursos de graduação – que<br />
receberam notas superiores a cursos presenciais na prova do ENADE.<br />
Este é um nicho que tem muito campo a ser explorado, em especial,<br />
com produtos musicais/tecnológicos que facilitem uma maior integração<br />
com o universo virtual. Exemplos de softwares para educação<br />
xers compactos e interfaces de áudio. Saber oferecer produtos<br />
que atendam as necessidades desses professores, equipamentos<br />
compactos com saída USB, por exemplo, pode ser o dife-<br />
musical: Sibelius Star Class e EarMarte School.<br />
como tendência de integração de tecnologia digital com<br />
praticamente todos os departamentos de uma loja de instrumentos<br />
musicais ou de áudio”, afirmam.<br />
Alguém duvida de que em poucos anos não encontraremos<br />
no mercado guitarras elétricas ou teclados<br />
profissionais com pelo menos uma porta USB ou algo<br />
similar? Já existem instrumentos mais leves e compactos<br />
capazes de se integrar com um computador, como<br />
o Ovation Idea (veja na pág. 94), que possui gravador<br />
MP3 embutido capaz de registrar a performance do<br />
músico e transferi-la, em tempo real, para o computador.<br />
“Os instrumentos musicais elétricos e eletrônicos<br />
carentes de uma conexão digital serão para o futuro<br />
o que hoje é para nós uma televisão sem entrada de<br />
áudio e vídeo”, completam.<br />
Instrumentos acústicos em extinção?<br />
Fato: a tecnologia não fará com que os músicos, amadores<br />
ou profissionais, deixem de comprar instrumentos<br />
acústicos. Os especialistas da Quanta acreditam que é<br />
muito provável que esse consumo até aumente, graças<br />
ao preço reduzido e à praticidade proporcionada pela tecnologia.<br />
Mas também é possível que enquanto uma fatia<br />
dos consumidores migre para os mercados digitais, outra<br />
parte continue fiel aos instrumentos acústicos. “Vale<br />
frisar que alguns mercados devem morrer ou diminuir<br />
drasticamente por uma questão de praticidade”, revelam.<br />
Os especialistas da Quanta ainda preveem que “o piano<br />
deve experimentar o mesmo que experimentou o cravo<br />
no século 18. Cada vez mais será mais comum encontrar<br />
um teclado com som de piano do que um piano acústico.<br />
Isso já é visível. O piano não morrerá, mas se tornará cada<br />
vez mais raro, menos comercial e mais caro”.<br />
Por mais apocalíptica que possa parecer, a extinção<br />
de alguns mercados é inevitável também pela necessidade<br />
de alternativas que promovam uma economia<br />
sustentável e se preocupem com o meio ambiente.<br />
Já há algum tempo existem pesquisas que buscam<br />
soluções eficientes para substituir a madeira na construção<br />
de instrumentos musicais, como podemos ver<br />
nas guitarras construídas com o corpo em acrílico e<br />
na linha X Series da Martin, com seus instrumentos<br />
confeccionados em HPL (laminado de alta pressão) —<br />
material sintético que pode ser confeccionado simulando<br />
texturas de madeiras tradicionais.<br />
Futuro feliz<br />
Não se sabe ao certo onde é que toda essa evolução<br />
tecnológica vai nos levar, mas quem não estiver preparado<br />
para ela perderá muito terreno. O perfil do consumidor<br />
está mudando. O jovem de 13 anos cresceu<br />
com acesso à internet e prefere interagir com colegas<br />
de condomínio pela tela do computador, o que dirá<br />
quando se trata de consumo?<br />
96 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Especial Tecnologia<br />
A concorrência<br />
do e-commerce<br />
E<br />
como fica a questão da concorrência<br />
com a loja virtual? As lojas<br />
de rua conseguirão sobreviver?<br />
Estudos apontam que quem procura o e-<br />
commerce busca mesmo o melhor preço.<br />
Já que não possuem estrutura física, as<br />
lojas especializadas em e-commerce podem<br />
oferecer produtos com preços muito<br />
mais atraentes — na maioria das vezes<br />
impraticáveis para uma loja convencional.<br />
Isso aumenta dramaticamente a pressão<br />
sobre os preços em diversos setores, no<br />
mundo inteiro. Sendo assim, as lojas precisam<br />
disponibilizar serviços e diferenciais<br />
impossíveis para o e-commerce.<br />
Uma das formas mais evidentes é<br />
oferecer consultoria na hora da venda,<br />
apresentando produtos que podem solucionar<br />
os problemas exclusivos daquele<br />
cliente. Em geral, o músico prefere ir<br />
a uma loja convencional comprar o seu instrumento, tudo<br />
para “sentir” sua tocabilidade e sonoridade. “No mercado<br />
musical há o agravante de que normalmente o músico<br />
quer provar o instrumento antes de investir”, lembram os<br />
especialistas de produtos da Quanta Music, Daniel Raizer e<br />
Jobert Gaigher. “Esses consumidores estão atentos a todas<br />
as informações disponíveis na internet, e o vendedor precisa<br />
estar preparado”, orienta o gerente de vendas para a<br />
América Latina da Numark USA, Anthony Lamond.<br />
Para o consumidor tradicional, o e-commerce ainda não<br />
serve, como também não atinge os anseios dos consumidores<br />
carentes de informação e ávidos por uma consultoria<br />
com um especialista. “A única barreira ainda a ser transposta<br />
pelos lojistas é a ideia de ter vendedores especializados em<br />
tecnologia. Em um universo de 800 lojas que a Yamaha atende,<br />
no máximo 1% possui um especialista”, conta o gerente<br />
de marketing da Yamaha, Pardal. “A quantidade de clientes<br />
perdidos por falta de informação e de formação do vendedor<br />
é muito grande”, completa.<br />
Anthony Lamond,<br />
gerente de vendas para<br />
a América Latina<br />
da Numark USA<br />
Mas será que contar com um especialista e ter um vendedor<br />
capacitado para informar o cliente sobre qual produto<br />
atende melhor a sua necessidade são o bastante? Se<br />
não é possível entrar na guerra de preços, programas de<br />
garantias estendidas podem ser soluções momentâneas.<br />
Esse nicho de vendas on-line é uma realidade que o lojista<br />
não pode ignorar. Muitas empresas estão traçando estratégias<br />
para se aproximar do seu consumidor, uma delas<br />
é a internet colaborativa, que atua em redes sociais como<br />
Orkut, Facebook, Twitter e fóruns (veja matéria da pág. 50).<br />
Se por um lado o mercado convencional — que já é<br />
grande — deve experimentar certo crescimento nos próximos<br />
anos graças à era digital, o e-commerce, que ainda é<br />
pequeno, deve apresentar um crescimento muito maior no<br />
decorrer dos próximos dez anos. “Talvez no futuro comecem<br />
a aparecer lojas híbridas que ofereçam atendimento personalizado<br />
de qualidade por meio dos recursos da realidade virtual,<br />
mas isso ainda deve demorar um pouquinho”, preveem<br />
os especialistas da Quanta. •<br />
98 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
ORGANIZAÇÃO<br />
FABIANO BRUM<br />
é palestrante nas áreas de Marketing, Motivação, Atendimento e Vendas. Vem se destacando em palestras,<br />
cursos e seminários, pela maneira inteligente e criativa com que alia seu conhecimento musical aos temas<br />
de seus treinamentos. E-mail: contato@fabianobrum.com.br • Site: www.fabianobrum.com.br<br />
CONHEÇA OS 5S E<br />
AUMENTE AS VENDAS!<br />
CONCEITO JAPONÊS AJUDA VENDEDORES A MELHORAR<br />
A PRODUTIVIDADE E O ATENDIMENTO AO CLIENTE<br />
Os 5S são uma ferramenta de<br />
origem japonesa muito prática<br />
como auxílio na implantação<br />
da filosofia da qualidade nas<br />
empresas e vem sendo usada como<br />
uma forma de educar as pessoas para<br />
o aperfeiçoamento contínuo.<br />
Em uma loja de instrumentos<br />
musicais, a filosofia dos 5S pode<br />
perfeitamente ser adotada por vendedores<br />
e atendentes para melhorar<br />
a produtividade e o atendimento ao<br />
cliente. Os conceitos dos 5S podem<br />
muito bem ser praticados na área de<br />
vendas. Veja alguns exemplos:<br />
SEIRI<br />
Senso de Utilização<br />
O vendedor deve identificar, classificar<br />
e remanejar seus recursos a fim<br />
de apenas trabalhar com coisas úteis.<br />
Retirar o excesso de coisas do balcão,<br />
da pasta ou da mesa de trabalho<br />
para não se perder na frente do cliente,<br />
buscando um catálogo ou uma lista<br />
de preços no meio de um monte de<br />
bagunça desnecessária.<br />
Catálogos antigos, informações<br />
sobre instrumentos e equipamentos<br />
que já saíram de linha devem ser descartados<br />
ou arquivados em outro lugar<br />
a fim de que você tenha informações<br />
atuais e de fácil acesso. Se optar<br />
por guardar os catálogos antigos em<br />
outra área, organize-os para encontrá-los<br />
facilmente quando precisar.<br />
Saber selecionar bons prospects<br />
e descartar aqueles que não darão re-<br />
sultados também faz parte do senso<br />
de utilização.<br />
SEITON<br />
Senso de Ordenação<br />
O tempo do vendedor desorganizado<br />
acabou — aquele contador de<br />
piadas, que dependia apenas do seu<br />
poder de comunicação e influência<br />
para vender. Hoje é preciso ter uma<br />
boa agenda, um cadastro de clientes<br />
bem organizado, ações planejadas de<br />
prospecção de novos clientes, roteiro<br />
de visitas planejado (visitas às bandas,<br />
escolas de música, fanfarras de<br />
colégios etc.), análise do histórico de<br />
compras do cliente, entre outros.<br />
Organize seu cadastro de clientes<br />
de acordo com a importância e volume<br />
de compras. Pratique ações de<br />
marketing e vendas específicas para<br />
cada classe de clientes.<br />
Ordenação também significa uma<br />
boa comunicação visual: cartões de<br />
visitas, catálogos, folders e demais<br />
materiais utilizados no atendimento.<br />
Eles devem ser claros e eficientes.<br />
A fácil visualização dos preços dos<br />
instrumentos e equipamentos, além da<br />
disposição estratégica do estoque na<br />
loja de forma organizada, pode economizar<br />
tempo do vendedor, do cliente e<br />
proporcionar melhoria nas vendas.<br />
SEISO<br />
Kaizen significa melhora contínua.<br />
É uma estratégia ou metodologia de<br />
qualidade que funciona na empresa<br />
de forma individual ou coletiva<br />
Senso de Limpeza<br />
As boas condições do seu material de<br />
trabalho, como pasta de trabalho, material<br />
de apresentação, folders, listas de<br />
preços, uniforme, limpeza de veículos<br />
da loja, higiene pessoal etc., passa ao<br />
cliente confiança e profissionalismo.<br />
Uma loja limpa e organizada, vitrines<br />
chamativas e sem poluição visual<br />
também são itens importantes.<br />
A limpeza dos instrumentos e<br />
equipamentos expostos é essencial<br />
para a imagem da loja e conservação<br />
do estoque.<br />
Em uma análise abrangente,<br />
poderíamos dizer que a ética, a clareza<br />
e a transparência nas negocia-<br />
100 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Organização Fabiano Brum<br />
ções também fazem parte do senso<br />
de limpeza, pois garantem uma boa<br />
imagem do profissional e da empresa<br />
perante seus clientes.<br />
SEIKETSU<br />
Senso de Saúde<br />
Antes de ser uma pessoa de sucesso, é<br />
preciso parecer ser uma pessoa de sucesso!<br />
O profissional de vendas deve<br />
ter uma aparência condizente com<br />
o público que atende. Com relação a<br />
este item, o que manda é o bom senso.<br />
A postura física e a forma de se vestir<br />
devem demonstrar o senso de saúde.<br />
Praticar bons hábitos, preocupando-se<br />
com a saúde física, mental e espiritual,<br />
faz com que o vendedor transmita<br />
mais confiança e tenha equilíbrio<br />
emocional nas negociações.<br />
Em uma loja de instrumentos e<br />
equipamentos musicais, você atende<br />
desde o músico profissional, passando<br />
por músicos eruditos, roqueiros,<br />
sertanejos, o médico ou advogado<br />
que tem a música como um hobby<br />
e até a madame que vai até a loja<br />
comprar um instrumento para o seu<br />
querido filho. A sua imagem deverá<br />
ser condizente com os mais variados<br />
públicos, utilizando uma linguagem<br />
própria que facilite a comunicação e<br />
a venda para cada perfil de cliente.<br />
SHITSUKE<br />
Senso de Autodisciplina<br />
Autodisciplina é saber o que deve ser<br />
feito, ir lá e fazer o que deve ser feito!<br />
Se você recebeu um produto novo<br />
na loja, não espere o cliente perguntar<br />
sobre ele para depois ir consultar no<br />
manual. Seja curioso e discipline-se a<br />
ter as informações antes que o cliente<br />
precise delas. Não deixe que a venda<br />
‘esfrie’, seja um conhecedor dos instrumentos,<br />
equipamentos e acessórios<br />
que comercializa.<br />
O acompanhamento da pós-ven-<br />
da, a avaliação da curva ABC de clientes,<br />
o aperfeiçoamento contínuo no<br />
que diz respeito ao conhecimento do<br />
produto, do mercado, da concorrência<br />
e da carteira de clientes exigem do<br />
profissional de vendas autodisciplina.<br />
Autodisciplina tem a ver com<br />
entusiasmo, que é a força para continuar<br />
em frente quando os demais<br />
começam a desistir.<br />
Na área comercial, a autodisciplina<br />
está relacionada aos esforços para<br />
o cumprimento de metas, manutenção<br />
de ações constantes de marketing,<br />
inovação e treinamento da equipe<br />
de vendas.<br />
Autodisciplina também é a prática<br />
constante dos ‘Ss’ anteriores.<br />
5S é a consideração aos pequenos<br />
detalhes que fazem a diferença.<br />
E como diz o rei: “Detalhes tão<br />
pequenos de nós dois são coisas<br />
muito grandes pra esquecer”. Sucesso<br />
nas vendas! •
Distribuição Acessórios<br />
Objetivo: conquistar<br />
novos mercados<br />
A jovem Dimúsica e o desafio de distribuir com exclusividade<br />
a tradicional fabricante de acessórios D’Andrea<br />
OS KITS DE<br />
PALHETAS<br />
SÃO OS<br />
CAMPEÕES<br />
DE VENDAS<br />
DA D’ANDREA<br />
NO BRASIL<br />
Com apenas três anos no mercado,<br />
a Dimúsica distribui atualmente<br />
para o mercado, com exclusividade,<br />
os acessórios D´Andrea, os instrumentos<br />
da Acoustic e da Daisy Rock, os afinadores<br />
Tunner e ainda este ano iniciará a<br />
distribuição dos acessórios Eletrika.<br />
Apesar de jovem, a empresa está atenta<br />
às mudanças do mercado e busca ampliar<br />
o seu mix de produtos em acessórios. Prova<br />
disso é o trabalho que vem desenvolvendo<br />
com a marca D´Andrea desde o início do<br />
ano, uma parceria expressiva no faturamento<br />
da Dimúsica pelo alto giro nas lojas e boa<br />
margem de lucro. “A aceitação dos lojistas<br />
pelos produtos D´Andrea é muito grande.<br />
Nosso esforço agora é manter um bom estoque<br />
de produtos e continuar ágil no despacho<br />
das mercadorias, que hoje acontece<br />
em menos de 24 horas”, explica o sócio-diretor<br />
da importadora,<br />
Luiz Gustavo Muniz,<br />
que também revelou<br />
que, com a D’Andrea,<br />
seu volume de negócios<br />
cresceu consideravelmente.<br />
A novaiorquinha<br />
D´Andrea é uma marca<br />
bastante popular no<br />
meio guitarrístico por<br />
Dica no PDV:<br />
“A exposição dos<br />
acessórios na loja<br />
e ponto crucial para o<br />
aumento das vendas”<br />
— Luiz Gustavo Muniz<br />
conta de das palhetas que fabrica. Está no<br />
mercado desde 1922, sendo uma das mais<br />
antigas companhias de acessórios musicais.<br />
“A D´Andrea foi a primeira empresa a<br />
produzir palhetas”, afirma Muniz. “Nossa<br />
linha completa de palhetas, produtos para<br />
limpeza e manutenção de instrumentos<br />
de corda e correias aliam qualidade, preço<br />
e giro. Toda a linha D’Andrea é sucesso nas<br />
lojas”. Segundo ele, campeões de vendas da<br />
D’Andrea no Brasil são os kits de palhetas.<br />
Muniz atribui esse destaque à ótima relação<br />
custo/benefício desses produtos.<br />
No que diz respeito a estratégias para<br />
que a D’Andrea ganhe maior posição no<br />
mercado, o segredo de um bom trabalho,<br />
segundo Muniz, está na sinergia entre<br />
equipe interna, os representantes e o<br />
estoque. “A logística tem permitido bom<br />
desempenho. O feedback dos representantes<br />
e clientes certamente nos dão a<br />
direção correta”, completa.<br />
Quanto à concorrência, Muniz é bem<br />
direto: “Está estabelecida e é competente”.<br />
A Dimúsica aposta em trabalhar explorando<br />
as necessidades dos lojistas, crescer e<br />
conquistar novos mercados. “Tivemos um<br />
ótimo resultado com a participação nas feiras<br />
regionais da Música&<strong>Mercado</strong>. Em breve<br />
iniciaremos uma campanha com anúncios<br />
em <strong>revista</strong>s especializadas, incentivos a<br />
vendedores e displays nos pontos de venda”.<br />
Muniz diz que a Dimúsica teve um aumento<br />
significativo nas vendas este ano e<br />
acredita que 2010 será um ano ainda melhor.<br />
“Certamente não vai ser diferente [quanto<br />
ao sucesso], com a solidificação de nossas<br />
atuais marcas, somada aos lançamentos de<br />
produtos”, afirma, confiante. •<br />
102 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Empresa Perfil<br />
A nova cara da<br />
Tagima<br />
Empresa moderniza a<br />
sua linha de produção na<br />
era Zaganin e consolida<br />
sua identidade<br />
Por Miguel De Laet<br />
Desde 1997, quando a Marutec<br />
adquiriu os direitos da marca<br />
Tagima, a empresa deu<br />
continuidade à promoção da marca<br />
e estabeleceu no mercado uma forte<br />
identidade por sempre carregar um<br />
perfil muito claro e definido de ser um<br />
fabricante de instrumentos de cordas e<br />
acessórios. A confirmação do sucesso<br />
pode ser medida pelo maior problema<br />
que a Tagima vem enfrentando atualmente:<br />
a comercialização de instrumentos<br />
Tagima falsificados.<br />
Nos últimos anos, a empresa concentrou<br />
sua atenção em desenvolver<br />
seus produtos no Brasil e fabricá-los no<br />
exterior, mesmo mantendo a fábrica<br />
em São Paulo, que produz modelos assinatura<br />
e os modelos top da marca. As<br />
linhas mais acessíveis, como os produtos<br />
Memphis, as séries mais acessíveis de<br />
baixo e guitarra e toda a linha acoustic<br />
são produzidas nas fábricas da Ásia.<br />
Tudo isso tem um motivo: “Assim como<br />
as grandes marcas internacionais como<br />
GAP, Gibson, Toyota, mantemos unidades<br />
de produção na China, que faz uma<br />
boa qualidade de instrumentos e tem<br />
custo de produção acessível”, informa<br />
Ney Nakamura, presidente da Tagima.<br />
“Porém, a grande diferença da Tagima é<br />
que poderemos fabricar mais instrumentos,<br />
em vez de importar, no momento em<br />
que houver qualquer problema com as<br />
importações ou com o câmbio”, alerta.<br />
Quando Seizi Tagima saiu, há três<br />
anos, Marcio Zaganin, inicialmente, deu<br />
continuidade ao trabalho desenvolvido<br />
A guitarra Tagima 635 é o instrumento<br />
mais vendido da empresa<br />
104 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Zaganin é sócio de Nakamura<br />
em uma fábrica de guitarras<br />
Custom Shop que atende um<br />
mercado completamente diferente<br />
do atendido pela Tagima<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 105
Empresa Perfil<br />
Marco Vignoli,<br />
gerente comercial<br />
da empresa.<br />
Ao fundo,<br />
a equipe da fábrica<br />
por Seizi. “O segundo passo foi modernizar<br />
a fábrica e aprimorar os processos<br />
de produção. Basicamente, a ideia foi de<br />
unir a tradição hand made da Tagima<br />
com um processo mais moderno”, conta<br />
Zaganin. E a modernidade veio com<br />
tudo. Hoje a Tagima digitaliza todos o<br />
modelos, “para garantir maior precisão<br />
no projeto e também na execução dos<br />
instrumentos”, revela o luthier.<br />
Ney Nakamura confirma: “Faz três<br />
anos que o Marcio Zaganin assumiu<br />
toda a parte de desenvolvimento de<br />
produtos da Tagima. O resultado foi<br />
claramente identificado pelo mercado<br />
como um aumento considerável<br />
da qualidade dos produtos fabricados<br />
aqui no Brasil e também lançamentos<br />
antenados com os melhores produtos<br />
do mundo”, diz, satisfeito com os<br />
resultados do trabalho. “Procurei desenvolver<br />
alguns produtos inspirados<br />
em clássicos, mas que tivesse personalidade<br />
e uma cara própria da Tagima.<br />
Então lançamos os modelos de guitarra,<br />
Infinity Custom e T-Six, e os baixos<br />
Milleniun e Fusion”, comenta Zaganin.<br />
Ney Nakamura,<br />
presidente da Tagima<br />
Os resultados dessa nova fase são<br />
positivos: “Começamos 2009 com muita<br />
garra e vontade de vender. A nossa meta<br />
para 2009 é crescer 30% a mais que 2008<br />
e este resultado está sendo alcançado”,<br />
revela Ney. Dentre as novidades do ano<br />
estão o lançamento da linha de guitarras<br />
semiacústicas e também os modelos<br />
de violão maciço de aço e náilon. •<br />
NOSSA META PARA<br />
2009 É CRESCER<br />
30% A MAIS<br />
QUE EM 2008.<br />
— NEY NAKAMURA<br />
106 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Negócios Summer Namm 2009<br />
Summer Namm: mesmo com<br />
número menor de participantes,<br />
a feira atraiu 12 mil pessoas<br />
Otimismo renovado<br />
Apesar da redução do número de participantes, a Summer Namm 2009<br />
atraiu as novas empresas do mercado e gerou resultados surpreendentes<br />
Satisfação e expectativa para o<br />
futuro. Esses foram os sentimentos<br />
dos organizadores da Summer<br />
Namm, ocorrida em julho último,<br />
no Centro de Convenções de Nashville,<br />
EUA. Nem mesmo a queda no número<br />
de participantes, tanto de visitantes<br />
quanto de expositores, desanimou os<br />
organizadores. “Se a crise econômica<br />
provocou incertezas na mente dos<br />
empresários este ano, sabemos que<br />
demos passos gigantescos com este<br />
evento. A Summer Namm é sempre<br />
um bom lugar para nossos expositores<br />
fecharem negócios e prepararem-se<br />
para a crise e a venda na temporada<br />
de férias”, afirmou Joe Lamond, presidente<br />
e CEO da feira, ao término do<br />
evento. “Como resultado, acredito que<br />
este espetáculo criou um importante<br />
ponto de transição com a comunidade<br />
de lojas de instrumentos musicais,<br />
além dos novos e antigos expositores<br />
trabalhando juntos para criar condições<br />
para um importante crescimento<br />
futuro dessas empresas”, acrescentou.<br />
Durante os três dias de evento, passa-<br />
ESTAVA UM POUCO CÉTICO EM<br />
RELAÇÃO AO EVENTO, MAS<br />
FELIZMENTE FIQUEI MUITO SURPRESO.<br />
CONVERSAMOS COM VÁRIOS, E<br />
NOVOS, DISTRIBUIDORES E O PÚBLICO<br />
EM GERAL ESTAVA CONTENTE COM<br />
NOSSA PRESENÇA”<br />
— DAVE JEWELL, DA YAMAHA<br />
108 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Negócios Summer Namm 2009<br />
Participaram pela<br />
primeira vez do evento<br />
38% dos expositores<br />
O número de visitantes foi 26%<br />
menor que ano passado<br />
ram pelo centro de Convenções mais de<br />
12 mil pessoas, número expressivo, porém<br />
26% menor do que no ano passado.<br />
O número de expositores também diminuiu,<br />
indo de 483 em 2008 para 383 nesta<br />
edição, representando 20,7% a menos.<br />
Negócios<br />
A notícia espantosa é que 38% do total<br />
de expositores participou pela primeira<br />
vez do evento, situação que acabou<br />
gerando negócios interessantes<br />
para todas as partes e surpreendendo<br />
quem estava desconfiado por causa<br />
da crise econômica tão recente. “Obviamente,<br />
eu estava um pouco cético<br />
em relação ao evento, mas felizmente<br />
fiquei muito surpreso. Conversamos<br />
com vários e novos distribuidores,<br />
e o público em geral estava contente<br />
com a nossa presença”, afirmou Dave<br />
Jewell, da Yamaha.<br />
Para Brian Hanson, da B’s Music,<br />
uma loja estadunidense do Estado de<br />
Michigan, a participação na Feira trouxe<br />
resultados positivos, praticamente<br />
inesperados: “Quase alcancei a mesma<br />
quantidade de compra da edição anterior,<br />
mesmo com um número menor de<br />
expositores”, confirmou Hanson à M&M.<br />
A próxima Summer Namm será<br />
realizada entre 18 e 20 de julho de<br />
2010. Antes disso, agende-se para o<br />
principal evento do continente americano<br />
— vem aí a Namm Show, em<br />
Anaheim, Califórnia, de 14 a 17 de janeiro<br />
de 2010. A M&M vai trazer todas<br />
as novidades para você. •<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 109
Negócios Summer Namm 2009<br />
Novidades Summer Namm<br />
A Beat Kangz Electronics apresentou sua<br />
Beat Thang Virtual, uma versão em software da anunciada<br />
máquina de ritmos The Beat Thang. Esta versão vem equipada<br />
com mais de 3 mil sons e inclui diversas funcionalidades, como<br />
efeitos digitais integrados, sequenciador de 16 canais, sampler,<br />
edição gráfica, entre outras características.<br />
A Jackson Guitars apresentou a Jackson Morton Signature D2 Dominion.<br />
Trata-se de uma versão mais econômica da guitarra Signature Jackson Mark Morton Dominion.<br />
Entre as características da guitarra destacam-se seu braço de maple e escala de jacarandá.<br />
A guitarra também é equipada com dois captadores Humbucking Duncan Design HB-101,<br />
uma ponte cromada tune-O-matic e a assinatura do guitarrista na placa traseira da guitarra.<br />
Está disponível em dois acabamentos, preto e preto transparente, com bag.<br />
A Yamaha levou à Summer Namm seu sintetizador MM8.<br />
Vem carregado com os sons da família Motif, possui controle em tempo<br />
real e 88 teclas de ação de martelo graduado. Segundo os executivos<br />
da Yamaha, o MM8 é um produto com excelentes sons e todas as<br />
características do MM6 em um grande pacote. É um sintetizador ideal<br />
para estúdio e para performances ao vivo, com fácil ajuste.<br />
A Akai Professional lançou os novos monitores<br />
ativos RPM8 de 8 polegadas biamplificados. A unidade<br />
de graves oferece uma amplificação total de 80 w com<br />
frequência abaixo de 39 Hz. O sistema de agudos oferece<br />
40 w RMS, com amplificação contínua de até 20 kHz, e<br />
internamente disponibiliza uma otimização de vocais<br />
com o padrão MDF de baixa ressonância. A conexão se<br />
dá por entradas XLR ou TRS balanceadas.<br />
110 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Lojista Prisma Pro Audio<br />
Mesmo com<br />
instrumentos<br />
musicais em seu<br />
mix de produtos,<br />
a Prisma Pro<br />
Audio apresenta<br />
equipamentos<br />
de áudio em<br />
crescimento<br />
Áudio<br />
O<br />
que era para ser apenas um<br />
negócio de engenharia eletrônica<br />
acabou se transformando<br />
também em uma loja de instrumentos<br />
musicais. Há quase 20 anos no mercado,<br />
a Prisma Pro Audio cresceu e se<br />
estabeleceu com fortes parceiros e fornecedores.<br />
Segundo o diretor Germano<br />
Kannenberg, a cidade de Santa Cruz do<br />
Sul, no Rio Grande do Sul, abraçou a<br />
loja que atende a cidade e toda a região.<br />
Descubra na ent<strong>revista</strong> a seguir como<br />
foi a trajetória desse comércio: da abertura,<br />
passando por reformas e planos<br />
econômicos até os dias de hoje.<br />
difere<br />
Quando surgiu a ideia de montar a Qual foi a maior dificuldade no início<br />
Prisma Pro Audio?<br />
do negócio?<br />
Ela foi fundada em 16 de novembro de Apesar de vários percalços e planos<br />
1990 por dois amigos: Germano Kannenberg<br />
econômicos, fomos crescendo até 2001,<br />
e Marcus A. Thier (na época, quando Marcus resolveu voltar ao ramo<br />
recém-formados em engenharia eletrônica).<br />
da engenharia e vendeu sua parte da<br />
Tínhamos em comum o gosto pelo empresa para mim. Foi uma época de<br />
áudio. Começamos com 30 m2. A ideia era dificuldades de adaptação, mas com a<br />
priorizar a engenharia e a loja seria nossa ajuda de meus funcionários, esposa e<br />
segunda opção de trabalho, mas ela cresceu.<br />
até do meu ex-sócio, acabamos supe-<br />
O que era para ser a segunda opção rando e passamos para o próximo obs-<br />
tornou-se a principal ocupação. A engenharia<br />
táculo: a reforma da loja em 2003, o que<br />
ficou em segundo plano. Em 1995, nos obrigou a trabalhar durante quatro<br />
mudamos para o endereço atual, na época<br />
meses em um local provisório e com<br />
com 95 m2 de loja e 100 m2 de estoque. pouca estrutura. Em agosto de<br />
2003,<br />
112 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Lojista Prisma Pro Audio<br />
A seção de áudio tem<br />
destaque e compõe<br />
26% de todos os<br />
produtos da loja<br />
como<br />
ncial<br />
retornamos para o prédio atual, agora<br />
com mais de 500 m 2 de área construída.<br />
Em janeiro de 2006, adquirimos o<br />
prédio ao lado da nossa loja para futuras<br />
ampliações, assistência técnica,<br />
estoque e importadora.<br />
Por que escolheram Santa Cruz do Sul?<br />
Como é a concorrência na cidade?<br />
Escolhemos Santa Cruz por ser a nossa<br />
cidade natal e, na época, não haver lojas<br />
especializadas na região. Creio que<br />
é como atuar em qualquer lugar do Brasil.<br />
A Internet globalizou o comércio, o<br />
cliente procura o melhor preço lá e quer<br />
o suporte e as condições da nossa loja.<br />
Fala em preço de mercado livre e Paraguai,<br />
mas não se lembra de pós-venda,<br />
garantia, suporte e assistência técnica.<br />
Mas são coisas que se superam com um<br />
atendimento profissional e diferenciado,<br />
condições de negociação e uma tradição<br />
no mercado que outros meios não têm.<br />
Como conquistam o cliente?<br />
Todos os nossos vendedores são treinados<br />
para fornecer o melhor atendimento<br />
possível, pois acreditamos que o cliente<br />
busca, além do produto, um serviço<br />
agregado e principalmente informação.<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 113
Lojista Prisma Pro Audio<br />
Existe alguma dificuldade com relação<br />
aos fornecedores?<br />
Temos parcerias com fornecedores,<br />
alguns dos quais nos acompanham<br />
desde o tempo de inauguração da loja,<br />
como Habro Music, baquetas C. Ibañez,<br />
Selenium, Attack e Ibox. Outras, mas<br />
não menos sólidas, são: Equipo, <strong>Musica</strong>l<br />
Express, Infap, Florence, ProShows,<br />
Vector, Tagima, Izzo, Casio, NIG,<br />
LL, Liverpool, Looklight, CSR, Roland,<br />
Yamaha, Sabra Som, SpectralBalance,<br />
HotSound e Studio R, dentre os mais de<br />
150 fornecedores cadastrados.<br />
Santa Cruz do Sul fica a 155 km de<br />
Porto Alegre, na região central do Estado.<br />
É uma cidade de 125 mil habitantes.<br />
Nossa atuação é regional e abrangemos<br />
uma área com cerca de 39 cidades<br />
(a maioria, pequena) que chega a mais<br />
ou menos 1.300 mil habitantes.<br />
Temos também uma assistência<br />
técnica, que cuida de equipamentos de<br />
áudio e iluminação para a maioria das<br />
marcas que revendemos e algumas outras.<br />
Para instrumentos musicais, temos<br />
um luthier contratado. Também temos<br />
uma importadora que atua focada em<br />
produtos específicos de pró-áudio, como<br />
reparos para drivers Ti, guias de onda e<br />
ferragens para caixas de som e line array.<br />
Fale sobre os consumidores da Prisma.<br />
Qual é o perfil deles?<br />
Como temos uma loja bem variada, não<br />
há apenas um perfil de consumidor. A<br />
maioria da nossa clientela de internet é<br />
A loja também trabalha com<br />
equipamentos de iluminação<br />
composta de profissionais de pró-áudio,<br />
que procura produtos que não são encontrados<br />
tão facilmente no mercado.<br />
Já o cliente que vem até a loja é bem variado<br />
(músicos, empresas, prefeituras,<br />
escolas, universidades, igrejas, DJs etc.).<br />
Como vocês se mantêm informados<br />
sobre novidades e lançamentos?<br />
Acreditamos que hoje, mais do que<br />
nunca, informação é fundamental e<br />
obrigatória. Além de sites e <strong>revista</strong>s especializadas,<br />
participamos de todas as<br />
feiras e eventos possíveis (Expomusic,<br />
AES, Música & <strong>Mercado</strong> etc.).<br />
Pretende abrir outras lojas?<br />
Temos uma loja e não temos intenção de<br />
abrir outra, pelo menos por enquanto.<br />
Qual é o produto que mais vende?<br />
Comente.<br />
O produto que mais vende ainda é do<br />
setor de cordas, principalmente guitarras,<br />
violões e acessórios. Mas o próáudio<br />
vem crescendo bastante.<br />
Como você avalia o mercado de áudio<br />
atualmente?<br />
O mercado de áudio/instrumentos cresceu<br />
muito nos últimos anos, mas a concorrência<br />
também. Destaco o segmento<br />
evangélico, o corporativo, o home studio<br />
e, principalmente, o músico hobbista.<br />
Toda concorrência honesta é saudável<br />
e fomenta o mercado. No ano em<br />
que a loja Multisom abriu uma filial em<br />
Santa Cruz, minhas vendas de instrumentos<br />
musicais cresceram 28%.<br />
Participação<br />
Cordas - 30%<br />
Teclas - 6%<br />
Bateria / Percussão - 7%<br />
Sopro - 4%<br />
Acessórios – 11%<br />
Computer music – 2%<br />
Áudio – 26%<br />
Iluminação – 14%<br />
Prisma Pro Audio<br />
Área total: 554 m² (loja: 232 m², estoque: 290<br />
m², cozinha/banheiro/escritório: 32 m²)<br />
Número de funcionários: 8<br />
Endereço: Rua Senador Pinheiro Machado,<br />
953, Centro, Santa Cruz do Sul / RS<br />
Telefones: (51) 3711-2408 / 3715-2523<br />
Site: www.prismaproaudio.com.br<br />
114 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Lojista Prisma Pro Audio<br />
O grande problema, ao menos em<br />
nossa região, é a concorrência do mercado<br />
informal (muamba) e até lojas que<br />
têm uma estrutura mais informal e<br />
não têm os mesmos custos.<br />
Fale sobre o mix de produtos da loja.<br />
Qual é a porcentagem de importados?<br />
Grande. A prova é que dos mais de 4<br />
mil itens que temos em estoque, 67%<br />
das vendas são de produtos importados,<br />
contra 33% de produtos nacionais.<br />
Porém, temos de ter muito cuidado<br />
com o produto chinês, pois existem<br />
artigos de todos os tipos e qualidades.<br />
“O cliente é bem variado:<br />
músicos, empresas, prefeituras,<br />
escolas, universidades,<br />
igrejas, DJs etc”<br />
Normalmente, quando aparece uma<br />
marca nova no mercado, compramos<br />
uma ou duas peças para testar antes<br />
de começar a trabalhar regularmente.<br />
A empresa desenvolve projetos de<br />
sonorização?<br />
Sim, e temos parcerias (e consultorias)<br />
com profissionais de todo o Brasil,<br />
com os quais desenvolvemos projetos<br />
nas áreas de áudio e vídeo.<br />
Praticam o marketing em sua loja?<br />
Como ele é feito?<br />
Em publicidade, somos anunciantes<br />
A loja também tem um espaço<br />
voltado para a venda de<br />
instrumentos musicais<br />
Germano Kannenberg, sócioproprietário<br />
da Prisma Pro Audio<br />
regulares — acho que há mais de dez<br />
anos — das <strong>revista</strong>s Backstage e Música<br />
e Tecnologia. Fomos a primeira loja<br />
anunciante da região Sul. Patrocinamos<br />
um programa em uma rádio FM<br />
local, que toca bandas da região. Comerciais<br />
de TV e anúncios em jornal<br />
são feitos ocasionalmente.<br />
Utilizamos muito o marketing de<br />
brindes, como: camisetas, bonés, chaveiros,<br />
palhetas, canetas, adesivos e<br />
outros, muitas vezes feitos em parceria<br />
com marcas de fornecedores.<br />
Todos os produtos vendidos na<br />
loja saem adesivados com o logotipo<br />
Prisma Pro Audio.<br />
Na nossa cidade existe uma festa<br />
chamada Oktoberfest, da qual participamos<br />
em parceria com uma rádio<br />
FM local, montando o estúdio que a<br />
rádio usa para transmitir durante a<br />
festa de dentro do parque.<br />
Como está o crescimento da empresa?<br />
De 2002 até 2005 crescemos 93%, sendo<br />
que o maior índice foi em 2004,<br />
quando o crescimento foi de 32% (em<br />
função de uma reforma feita na loja,<br />
que reinauguramos em agosto de<br />
2003 com uma área comercial 100%<br />
maior). O único ano em que não crescemos<br />
foi 2006. Na verdade, tivemos<br />
um crescimento negativo de 5%, mas<br />
vínhamos de dois anos muito bons.<br />
Em 2007 e 2008 tivemos um crescimento<br />
em torno de 9% ao ano, com<br />
base mais nos produtos de pró-áudio<br />
de importação própria. Nossa meta<br />
para 2009 é crescer de 10% a 15%. •<br />
116 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Vida de Lojista <strong>Musica</strong>l Presentes<br />
Neste espaço são publicadas<br />
experiências vivenciadas ao<br />
montar uma loja.<br />
Para contar sua história,<br />
envie o depoimento e fotos<br />
(em 300 dpi) para texto@<br />
musicaemercado.com.br, com<br />
o assunto “Vida de Lojista”<br />
A loja também<br />
vende acessórios<br />
para o mercado de<br />
instrumentos musicais<br />
Pioneirismo<br />
recompensado<br />
A <strong>Musica</strong>l Presentes apostou no potencial da cidade de Governador Valadares,<br />
em Minas Gerais, se estabilizou e continua crescendo no segmento<br />
Não há segredo para o sucesso.<br />
Porém, possuir uma visão além<br />
do que está em nossa frente<br />
pode trazer inúmeros benefícios. A loja<br />
<strong>Musica</strong>l Presentes, de Ipatinga, resolveu<br />
investir no segmento de instrumentos<br />
musicais na cidade de Governador Valadares,<br />
Minas Gerais, quando ainda não<br />
havia muitos interessados e dispostos a<br />
aceitar o desafio. O pioneirismo valeu a<br />
pena e hoje, além de estabilizada, a loja<br />
continua crescendo e abastecendo os<br />
músicos da região.<br />
O começo, como não poderia deixar<br />
de ser, foi difícil. A falta de conhecimento<br />
do mercado e dos produtos disponíveis<br />
se tornou uma barreira que foi<br />
ultrapassada aos poucos, sempre com<br />
muito trabalho, dedicação e visão de<br />
118 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Vida de Lojista <strong>Musica</strong>l Presentes<br />
que o negócio daria certo.<br />
Hoje, mais do que instrumentos, a<br />
<strong>Musica</strong>l Presentes oferece atendimento,<br />
como o próprio gerente de vendas<br />
Giovanni Pinto afirma no depoimento<br />
que concedeu à Música e <strong>Mercado</strong>.<br />
“Antes da <strong>Musica</strong>l Presentes, trabalhava<br />
com publicidade e na área da construção<br />
civil. Decidimos investir no setor<br />
de instrumentos musicais pela necessidade<br />
desse segmento na região. Não havia<br />
muitas opções e sentimos que a cidade de<br />
Governador Valadares e a região possuíam<br />
um potencial grande para arriscar.<br />
No começo, éramos muito pequenos.<br />
Mas fomos ampliando nosso espaço<br />
no decorrer dos primeiros cinco anos<br />
de funcionamento com sucesso. Nosso<br />
maior medo era ficarmos estagnados.<br />
Outro fator que nos preocupava era em<br />
relação à falta de organização para constatar<br />
os ganhos e perdas no longo prazo.<br />
Passamos por muitas dificuldades. No<br />
começo, demoramos para conhecer produtos<br />
e sua aceitação no mercado. Além<br />
disso, tivemos e ainda temos dificuldades<br />
nas negociações, mas hoje somente quanto<br />
ao prazo direto. Ainda assim, é algo a<br />
Este ano faturamos 40% a mais do<br />
que no ano passado e pretendemos<br />
manter o mesmo patamar<br />
que sempre estamos atentos. É preciso<br />
que nossa organização esteja impecável,<br />
já que nosso crescimento é inevitável e<br />
precisamos estar muito bem preparados.<br />
Por isso, procuramos sempre escolher<br />
os funcionários mediante a necessidade<br />
de trabalho e da capacidade de assimilar<br />
com tranquilidade a política da<br />
empresa. Isso é algo que consideramos<br />
muito importante. Este ramo é delimitado<br />
por bom atendimento. Hoje, consigo<br />
ver que um negócio que não tem um bom<br />
relacionamento entre loja e cliente não<br />
vai muito adiante, mesmo com dinheiro<br />
em caixa e muita organização. É, talvez,<br />
a parte mais importante do negócio.<br />
Apesar de hoje termos concorrência,<br />
desleal ou não, nossa loja se solidificou<br />
e se destacou nesse segmento. A participação<br />
dos instrumentos musicais no<br />
total de vendas da <strong>Musica</strong>l Presentes é<br />
e sempre foi muito importante, pois este<br />
é o nosso ramo, apesar de trabalharmos<br />
fortemente com áudio, luz, palco, montagem<br />
e sonorização de ambientes.<br />
Para se ter uma ideia, este ano faturamos<br />
40% a mais do que no ano passado.<br />
Pretendemos manter o mesmo patamar<br />
devido à nova limitação mediante a substituição<br />
tributária. Isso porque a nova lei<br />
nos abateu no que diz respeito a comércio<br />
e livre negociação. Em compensação, a<br />
crise mundial nos fez crescer dentro das<br />
nossas limitações. Essa é uma das razões<br />
pelas quais acredito que sairemos ainda<br />
mais fortalecidos em 2009. Nossa expectativa<br />
para 2010 é muito grande e esperamos<br />
que essa previsão se torne realidade. Para<br />
que isso ocorra, cabe a nós trabalhar duro<br />
para continuar crescendo sempre.” •<br />
Giovanni Pinto, gerente de vendas<br />
<strong>Musica</strong>l Presentes<br />
Gerente de vendas: Giovanni Pinto<br />
Número de funcionários: 13<br />
Área da loja: 100 m²<br />
Endereço: Rua Peçanha, 662 - lj. 11<br />
Centro, Governador Valadares/MG<br />
Tel.: (33) 3271-2912<br />
Site: www.musicalpresentes.com.br<br />
MSN: gigio73@click21.com.br<br />
Distribuidor exclusivo no Brasil:<br />
Made In Brazil Coml. Imp. Ltda<br />
Fone: +55 11 5094-4466<br />
sac@madeinbrazil.com.br<br />
Para mais informações, entre em contato:<br />
internationalsales@tycoonpercussion.com<br />
Fone: +1 (909) 393-5555 +1 Fax (909) 393-5500<br />
www.tycoonpercussion.com<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 119
PRODUTOS<br />
BOSS<br />
TU-12EX<br />
Afinador com indicadores em<br />
LED e agulha, ACCU-PITCH, Flat Tuning,<br />
tom de referência (entre 438 e 445 Hz),<br />
microfone incorporado para instrumentos<br />
acústicos e sistema Auto-Off. O<br />
equipamento tem capacidade de extensão<br />
de afinação de E0 (20.6 Hz) a C8 (4.186 Hz).<br />
Contato: (11) 3087-7700 ou<br />
www.roland.com.br<br />
ROZINI<br />
RCB304<br />
Baixolão da Rozini em<br />
quatro cordas com captação<br />
Fishman Classic 4T Bass<br />
com afinador eletrônico.<br />
Também disponível<br />
em cinco cordas (RCB305).<br />
Contato: (11) 3931-3648 ou<br />
www.rozini.com.br<br />
EVANS<br />
ONYX<br />
Peles para tom<br />
com dois filmes de<br />
7,5 mil (0,19 mm)<br />
e revestimento<br />
microtransparente<br />
garantindo visual<br />
preto fosco.<br />
Disponíveis nas<br />
medidas de 6” a 20”.<br />
Contato: (11) 3158-3105 ou<br />
www.musical-express.com.br<br />
MICHAEL<br />
LINHA SEMI-PRO<br />
Linha de violões disponíveis em<br />
três modelos acústicos e três<br />
eletroacústicos. Possuem tampo<br />
em abeto, laterais e fundo em<br />
mahogany ou rosewood, escala<br />
em rosewood, trastes em níquel<br />
silver, tensor dual action<br />
e, na linha eletroacústica,<br />
equalizador Soundstage<br />
by Shadow.<br />
Contato: (31) 2102-9270 ou<br />
www.michael.com.br<br />
SENNHEISER<br />
E835<br />
Microfone para voz com cápsula com sistema<br />
Anti-Shock, que oferece supressão à ruído oriundo<br />
do manuseio, padrão polar cardioide, oferecendo<br />
isolamento de outros ruídos do palco,<br />
e bobina com compensação de ruído.<br />
Contato: (11) 2199-2999 ou www.equipo.com.br<br />
120 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
PRODUTOS<br />
SOLID SOUND<br />
CASE<br />
Estojo de madeira para violão clássico, violão<br />
folk, guitarra e baixo forrado internamente<br />
com pelúcia. Está disponível em dois<br />
acabamentos: couro sintético e tecido vintage.<br />
Contato: (41) 3596-2521 ou<br />
www.solidsound.com.br<br />
SAMSON<br />
MEDIAONE<br />
Linha de monitores com woofer de 4” de copolímero e bordas<br />
de butil, tweeter de 25 mm com domo de seda, amplificador<br />
classe A/B com 2 x 20 watts RMS, resposta de frequência 54<br />
Hz – 23 kHz e crossover passivo 3.3 kHz, 6 dB/oct.<br />
Contato: (11) 3246-6000 ou www.florencemusic.com.br<br />
BEHRINGER<br />
REV 2496<br />
Processador de reverb com conversores A/D e D/A 24-bits<br />
96 kHz, quatro canais em até 96 kHz, oito algoritmos de<br />
reverb, efeitos adicionais de modulação, Entrada/saída<br />
AES/EBU, entrada/saída ótica S/PDIF, entrada Wordclock<br />
e funções MIDI e quatro parâmetros de efeito.<br />
Contato: (11) 2199-2999 ou www.equipo.com.br<br />
PARKER<br />
P42-MB<br />
Guitarra elétrica de seis cordas<br />
com corpo em mogno, dois<br />
captadores ‘humbuckers’<br />
Parker Stinger de alnico,<br />
ponte tune-o-matic, tarraxas<br />
Grover 18:1 e escala de 22.5”.<br />
Contato: (11) 3246-6000 ou<br />
www.florencemusic.com.br<br />
LIVERPOOL<br />
LINHA MARCHING BAND<br />
Para bandas marciais e fanfarras. São cinco modelos com pontas<br />
de feltro endurecido e cabo de madeira marfim. MB1 para<br />
bumbos marciais de 16” e 18”; MB2 para bumbos marciais de 18”<br />
e 20”; MB3 para bumbos marciais de 20” e 22”; MB4 para bumbos<br />
marciais de 22” e 24” e MB5 para bumbos marciais de 24” ou maiores.<br />
Contato: (47) 2107-3253 ou www.baquetasliverpool.com.br<br />
122 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
PRODUTOS<br />
C. IBAÑEZ<br />
PING RIDE 7A<br />
A baqueta Ping Ride é uma 7A clássica,<br />
cabeça de bola e ponta de madeira. Seu forte é o som<br />
produzido nos pratos e ride. Possui 400 mm x 13,6 mm.<br />
Contato: (51) 3364-5422 ou www.cibanez.com.br<br />
YAMAHA<br />
CVP-409GP<br />
Clavinova da linha de pianos digitais. Possui<br />
tamanho reduzido e acabamento em polished<br />
ebony. O CVP-409 tem tecnologia IAFC, para<br />
uma sonorização de piano acústico, e permite<br />
a gravação do desempenho do músico.<br />
Contato: (11) 3704-1377 ou<br />
www.yamahamusical.com.br<br />
MEINL CYMBALS<br />
BYZANCE<br />
Trata-se do Benny Greb Signature 20” Sundride.<br />
Possui duas superfícies – em cima e embaixo – tendo<br />
uma característica mais seca e rápida e de curta resposta.<br />
Contato: (43) 3324-4405 ou www.primemusic.com.br<br />
GROOVIN<br />
GAJ 1020E NT<br />
Violão Unique com corpo<br />
em jumbo cutway, tampo<br />
em spruce, laterais e fundo<br />
em mogno laminado, braço<br />
em mogno, escala com 20 trastes<br />
em rosewood, marcação em<br />
abalone com madrepérola,<br />
captação de<br />
piezo<br />
elétrico e preamp ET-5<br />
com afinador.<br />
Contato (11) 2199-2999<br />
ou www.equipo.com.br<br />
HQ<br />
ECOPAD<br />
Pad de borracha, ecologicamente correto, feito<br />
de pneus reciclados e base de resíduos de madeira.<br />
A série possui três modelos, um pad montável<br />
de uma superfície com 6”, um de 12” de duas<br />
superfícies e um pad de 9” com um simulador<br />
de som de caixa ajustável na parte inferior.<br />
Contato: (11) 3158-3105 ou<br />
www.musical-express.com.br<br />
124 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
TESTE<br />
Condor CS-370<br />
Gigante com personalidade forte<br />
Por Miguel De Laet*<br />
A<br />
Condor vem constantemente diversificando sua linha de produtos.<br />
No entanto, a empresa nunca tinha apresentado um violão que associasse<br />
visual vintage e personalidade forte, até agora.<br />
O CS-370 é confeccionado com o tampo em pinho maciço, lateral e fundo<br />
em mogno, braço com tensor em mogno, escala e ponte em jacarandá, e largura<br />
da pestana em 43 mm. Seu acabamento é excepcional. Para quem vê de longe, o<br />
modelo pode não chamar muita atenção. Quando se pega o instrumento, difícil<br />
não notar os ornamentos rústicos que dão um charme todo especial e garantem<br />
a personalidade do CS-370. Sua caixa de ressonância lembra a do modelo J-45<br />
da Gibson. A roseta, os filetes laterais (em maple) e as marcações em bolinha<br />
são confeccionadas em madeira. Destaque para a marca da empresa<br />
entalhada em uma plaquinha de madeira colada na cabeça do<br />
instrumento. De resto, acabamento satinado com uma pintura<br />
homogênea no estilo sunburst, impecável.<br />
Sua sonoridade acústica é imponente. Como todo modelo<br />
jumbo, o CS-370 fala alto, tem volume e projeção excepcionais,<br />
é rico em harmônicos, tem bom equilíbrio de<br />
frequências com graves profundos, médios consistentes e<br />
agudos cristalinos. Seu ataque é pronunciado, tem ótima<br />
sustentação e bastante corpo. Para quem é mais criterioso,<br />
o violão poderia soar com uma melhor definição, mas se pensarmos<br />
no espírito desses gigantes, o instrumento vai muito<br />
bem neste quesito. Indicado para quem adora explorar sonoridades<br />
abertas, fazendo o gigante usar todo o poder<br />
de sua voz, independente do segmento musical. Nada<br />
impede que ele também seja adotado pelos adeptos do<br />
fingerstyle, especialmente para estudo.<br />
Sua tocabilidade é excepcional. Possui um braço<br />
ergonômico, muito macio. Mesmo para quem<br />
não está acostumado a tocar instrumentos de<br />
aço, o CS-370 se mostra bastante confortável.<br />
O instrumento chegou bem regulado de fábrica,<br />
com ação baixa, trastes nivelados, sem sinais de<br />
trastejamento. Isso demonstra que o controle de<br />
qualidade da Condor realmente funciona. De qualquer<br />
forma, vale ficar atento na hora da compra.<br />
Suas tarraxas Grover possuem uma boa precisão, garantindo<br />
uma estável e boa entonação.<br />
126 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
› MÁRCIO GUEDES<br />
Arpejos<br />
› MAURÍCIO MARQUES<br />
Milonguita<br />
› SÉRGIO FERNANDES<br />
Allegro (Sonata K-322) – Scarlatti<br />
› NILO SÉRGIO SANCHEZ<br />
Tristeza do Jeca<br />
vp25_capa.indd 1 14/08/2009 13:45:43<br />
& AVANÇADO<br />
FICHA TÉCNICA<br />
O instrumento testado não possui sistema de captação.<br />
Sugira ao cliente um bom captador de rastilho e<br />
também um microfone condensador bacana. Por tudo<br />
que o instrumento apresentou vale indicá-lo a músicos<br />
de todos os níveis técnicos, que necessitam de um instrumento<br />
bom e confiável para ser utilizado em diversos<br />
tipos de trabalho, seja no palco ou em estúdio. Importante<br />
adquirir um bag ou um estojo para o seu transporte. •<br />
*Miguel De Laet é bacharel em música. Auxiliaram em sua formação musical mestres<br />
como Luiz Carlos Tessarin, Arrigo Barnabé, Paulo Zuben, Pablo Sainz Villegas<br />
(Espanha) e os maestros Antonio Carlos Castro Neves e Pablo DellOca Sala (Uruguai).<br />
Participou de festivais, compôs jingles e é editor técnico da <strong>revista</strong> Violão Pro.<br />
MODELO CS-370<br />
FABRICANTE Condor<br />
INDICAÇÃO Músicos,<br />
independente do nível técnico<br />
PRÓS Sonoridade, volume,<br />
acabamento e tocabilidade<br />
CONTRAS Nenhum<br />
PREÇO SUGERIDO R$ 1.225,00<br />
DEFINIÇÃO DE SOM<br />
Muito bom ★ ★ ★ ★<br />
VOLUME<br />
Excepcional ★ ★ ★ ★ ★<br />
ACABAMENTO<br />
Excepcional ★ ★ ★ ★ ★<br />
TOCABILIDADE<br />
Excepcional ★ ★ ★ ★ ★<br />
DESEMPENHO GERAL<br />
Excepcional ★ ★ ★ ★ ★<br />
VIOLÃO PRO CHICO PINHEIRO # 25<br />
CHICO PINHEIRO # 25 WWW.VIOLAOPRO.COM.BR<br />
A REVISTA PARA QUEM QUER COMPRAR E TOCAR VIOLÃO MELHOR! • www.violaopro.com.br<br />
SEM SEGREDOS:<br />
CHICO<br />
PINHEIRO<br />
Abre o jogo e fala tudo<br />
sobre a carreira de músico<br />
TESTAMOS<br />
› VIOLÕES DAISY ROCK BUTTERFLY<br />
e ROZINI CONCERTISTA RX215ACN<br />
› RODRIGUEZ NYLON CLASSICAL<br />
› MICROFONE WIRELESS JTS US-8001D<br />
LIÇÕES E<br />
TRANSCRIÇÕES<br />
APRENDA FÁCIL<br />
20<br />
Exercícios para você<br />
ficar fera no improviso<br />
WALDEN GUITARS: entramos na fábrica chinesa e revelamos tudo para você<br />
100%<br />
ESTUDANTE<br />
MÚSICA<br />
INSTRUMENTAL<br />
VENDE?<br />
MAURÍCIO MARQUES<br />
EXPLICA O QUE FAZER<br />
*MATÉRIA GENTILMENTE<br />
CEDIDA PELA EQUIPE<br />
EDITORIAL DA REVISTA<br />
VIOLÃO PRO<br />
QUER FALAR COM<br />
O AUTOR DA MATÉRIA?<br />
migueldelaet@gmail.com<br />
TIRE SUA DÚVIDA<br />
COM O FORNECEDOR<br />
www.condormusic.com.br<br />
Tel.: (61) 3629-9400<br />
Violão PRO•2009•Nº 25•R$ 8,90
Eventos Regionais<br />
Feiras da Música<br />
trazem as maiores<br />
marcas do segmento<br />
Realizados no Rio de<br />
Janeiro, Belo Horizonte<br />
e Porto Alegre, os<br />
eventos apresentaram<br />
as últimas novidades<br />
do setor de áudio e<br />
instrumentos musicais,<br />
geraram negócios<br />
e aproximaram os<br />
lojistas dos grandes<br />
fornecedores do País<br />
Por Priscila San Martin<br />
Lulu Santos prestigia a Feira<br />
da Música no Rio de Janeiro<br />
As Feiras da Música, realizadas pela<br />
editora Música & <strong>Mercado</strong>, trouxeram<br />
às capitais carioca, mineira e riograndense<br />
as principais novidades do ramo.<br />
Ao todo, mais de 80 expositores apresentaram<br />
seus lançamentos para mais de mil lojistas<br />
que compareceram aos eventos.<br />
Para Daniel Neves, organizador das feiras,<br />
o mercado de instrumentos musicais<br />
está cada vez mais enxergando nesses locais<br />
uma grande oportunidade de negócios: “Rio<br />
de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre são<br />
excelentes mercados e as empresas estão atentando<br />
para isso. Os expositores puderam não<br />
somente articular boas vendas, como também<br />
estabelecer maior contato, compartilhando<br />
ideias e projetos”, comenta Neves.<br />
Um dos principais pontos das Feiras da Música<br />
foram exatamente as vendas, como atesta<br />
Adriano Moretti, gerente-geral da Ibox: “Para<br />
nós, a feira foi muito positiva, pois recuperamos<br />
alguns clientes e tivemos novos. O que foi muito<br />
legal é que vendemos muito. Geralmente, o<br />
evento serve para demonstrar os produtos e os<br />
negócios vêm posteriormente, mas, desta vez,<br />
foi muito gratificante para nós”, explica.<br />
128 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Eventos Regionais<br />
ERA UM MOMENTO APENAS PARA RELACIONAMENTO, MAS<br />
NOS SURPREENDEMOS POSITIVAMENTE, POIS REATIVAMOS<br />
IMPORTANTES CONTATOS E FIZEMOS MUITOS NEGÓCIOS<br />
Mais de 1 mil visitantes<br />
compareceram aos eventos<br />
Equipe Santo Angelo mostra<br />
sua motivação para a feira<br />
Eduardo Chatzoglou<br />
e Sérgio Bianchini, da Sparflex<br />
Nadia e Cubano, diretores da Octagon,<br />
recebem lojistas em seu estande<br />
Além de lojistas e profissionais do ramo, artistas<br />
compareceram para prestigiar o evento<br />
e checar as novidades no Rio de Janeiro, como<br />
Lulu Santos, o cantor Vinny, o saxofonista Milton<br />
Guedes, o baterista Chocolate, do grupo de<br />
Lulu Santos, o baterista Guto Goffi, do Barão<br />
Vermelho, o guitarrista João Castilho, do grupo<br />
de Djavan, entre outros.<br />
Uma das empresas que apresentou seus lançamentos<br />
foi a Casio. “Achamos a feira muito<br />
boa, porque tínhamos poucos contatos no Rio de<br />
Janeiro. Realizamos negociações e conseguimos<br />
expor nossos lançamentos. Era um momento<br />
apenas para relacionamento, mas nos surpreendemos<br />
positivamente, pois reativamos importantes<br />
contatos e fizemos muitos negócios”,<br />
comenta o gerente comercial Evandro Simões.<br />
Novidades em produtos<br />
Em Belo Horizonte, o faturamento médio foi<br />
estimado em R$ 1,25 milhão. E não apenas<br />
em vendas — uma das principais características<br />
da feira é possibilitar o contato de lojistas<br />
e empresas do setor. “Houve mais estandes,<br />
mais expositores e lojistas este ano. A feira foi<br />
muito positiva. Recebemos a visita de muitos<br />
TR.IM...<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 129
Eventos Regionais<br />
Equipe da Selenium satisfeita<br />
com os bons negócios<br />
Os equipamentos de áudio<br />
foram bastante procurados<br />
O representante da <strong>Musica</strong>l Express,<br />
Moizés Sycorel (à direita), recebe lojistas<br />
Tagima realiza negócios<br />
em seu estande<br />
lojistas da capital, do interior e também<br />
do Espírito Santo. Foi excelente<br />
em termos de vendas e em relacionamento,<br />
que era nosso principal foco”,<br />
disse Sérgio Rocha, gerente comercial<br />
da importadora Izzo <strong>Musica</strong>l.<br />
Para Sílvia Helena Gomes, sócia da<br />
marca Soft Case, a feira gera não apenas<br />
as vendas imediatas, como os contatos<br />
para futuros negócios. “Efetivamos vendas<br />
e pudemos conhecer diversos clientes<br />
em potencial, com os quais ainda<br />
não tínhamos contato. Muitos lojistas<br />
fizeram cadastro e isso irá se transformar<br />
em vendas também”, explicou.<br />
Os eventos ainda trouxeram as últimas<br />
novidades das principais feiras<br />
internacionais, como a Namm (EUA) e<br />
Musikmesse (Alemanha). Tudo isso é<br />
transformado em negócios, como ressalta<br />
Marília Macri, do departamento<br />
de vendas da importadora Decomac:<br />
“Nossa avaliação da feira é ótima. Já<br />
estamos recebendo e-mails dos clientes<br />
com os quais fizemos contato<br />
durante o evento para iniciar<br />
as negociações”, avalia. •<br />
130 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
PAINEL DE NEGÓCIOS
PAINEL DE NEGÓCIOS
Representasom<br />
João Roberto Ferreira<br />
Praça Tiradentes, 10 - sala 1903 - Centro<br />
CEP: 20060-070 • Rio de Janeiro / RJ<br />
E-mail: representasom@uol.com.br<br />
Tel.: (21) 2221.9344 • Cel.: (21) 9883.8248<br />
Site: www.representasom.com.br<br />
Sambatriz<br />
Sebastião Gomes<br />
Rua Ubaldino do Amaral, 70 - Loja D - Centro<br />
CEP: 20231-010 • Rio de Janeiro / RJ<br />
E-mail: sebastião@sambatriz.com.br<br />
Tel.: (21) 2221.3373 • Cel.: (21) 9152.3788<br />
Site: www.sambatriz.com.br<br />
Bend Representações<br />
Fabiano Bastos<br />
Av. Marechal Floriano, 52 - 2º andar - Centro<br />
CEP: 20080-000 • Rio de Janeiro / RJ<br />
E-mail: fabiano@bendrepresentacoes.com.br<br />
Tel.: (21) 2205.9567<br />
Cel.: (21) 9143.2568 / 7540.6755<br />
Site: www;bendrepresentacoes.com.br<br />
Mania de Música Representações<br />
Luciene Soares<br />
Praça Sans Pena, 45 - Loja 302 - Tijuca<br />
CEP: 20520-990 • Rio de Janeiro / RJ<br />
E-mail.: luciene@maniademusica.com<br />
Tel.: (21) 3795.5097 • Cel.: (21) 7856.2595 • ID: 83*45235<br />
Site: www.maniademusica.com<br />
Condor Guitar Representações<br />
Antonio José de Oliveira<br />
Rua Mario Cartenter, 950 - Casa - Abolição<br />
CEP: 20755-061 • Rio de Janeiro / RJ<br />
E-mail: condorguitar2000@hotmail.com<br />
Tel.: (21) 2596.0692 • Cel.: (21) 7825.4175<br />
Lucy e Luiz Representações<br />
Lucy Bento ou Luiz Antonio<br />
Av. Nelson Cardoso, 905 - sala 212 - Jacarepagua<br />
CEP: 22730-001 • Rio de Janeiro / RJ<br />
E-mail: lucyluiz.repre@globo.com<br />
Tel.: (21) 2423.4561 • Cel.: (21) 7830.4703<br />
CGR Music Instrumentos <strong>Musica</strong>is<br />
Cleide Guimarães<br />
Av. Nelson Cardos, 905 - Loja 312 - Unicenter II - Taquara<br />
CEP: 22730-001 • Rio de Janeiro / RJ<br />
E-mail: cgrmusic@uol.com.br<br />
Tel.: (21) 2435.2518 / 2435.2916<br />
Cel.: (21) 9461.4765 / 9463.4625 / 8395.6854<br />
MC Borges Representações<br />
Claudia<br />
Av. Nilo Pessanha, 1977 - Parque Lafaiete<br />
CEP: 25015-001 • Rio de Janeiro / RJ<br />
E-mail: claudia2077@hotmail.com<br />
Tel.: (21) 3652.2329 • Cel.: (21) 9526.3407 • ID: 84*60374<br />
SS Dantas Representações<br />
Silvio<br />
Meyermam • Tec Port • Magma • Luz de Prata • Selenium<br />
Alameda São Boa Ventura, 894 - sl. 210 - Fonseca<br />
CEP: 22730-001 • Niterói / RJ<br />
E-mail: ss.dantas@uol.com.br • dantas@selenium.com.br<br />
Tel./Fax: (21) 2625.5306<br />
Cel.: (21) 7823.6624
CONTATOS<br />
As empresas abaixo são os anunciantes desta edição. Use estes contatos para obter informações sobre compras<br />
e produtos. Para referência, mencione que você obteve a informação por meio da Música & <strong>Mercado</strong>.<br />
INSTRUMENTOS<br />
BENDS ........................................... 11 4822-3003 • bends.com.br • XX<br />
BENSON ................................... 51 3554-3139 • proshows.com.br • XX<br />
CASIO .............................................11 3115-0355 • casio.com.br • XX<br />
EAGLE ..........................11 2931-9130 • eagleinstrumentos.com.br • XX<br />
EQUIPO ........................................ 11 2199-2999 • equipo.com.br • XX<br />
GIANNINI ....................................11 4028-8400 • giannini.com.br • XX<br />
HAMMOND ............................ 11 5535-1872 • hammond.com.br • XX<br />
MICHAEL ................................... 31 2102-9270 • michael.com.br • XX<br />
ROLAND ...................................... 11 3087-7700 • roland.com.br • XX<br />
ROZINI .......................................... 11 3931-3648 • rozini.com.br • XX<br />
TAGIMA ...................................... 11 2915-8900 • tagima.com.br • XX<br />
WALDEN ........................... 11 3081-5756 • waldenguitars.com.br • XX<br />
WOLF MUSIC .......................... 11 3081-5756 • wolfmusic.com.br • XX<br />
YAMAHA ........................ 11 3704-1377 • yamahamusical.com.br • XX<br />
AMPLIFICADORES / ÁUDIO PROFISSIONAL<br />
BEHRINGER ................................. 11 2199-2999 • behringer.com • XX<br />
CICLOTRON ............................. 14 3604-6000 • ciclotron.com.br • XX<br />
DECOMAC ................................. 11 3333-3174 •decomac.com.br • XX<br />
DOBSOM ................................... 18 3279-9600 • dobsom.com.br • XX<br />
ETELJ .............................................. 17 3624-4415 • etelj.com.br • XX<br />
FRAHM ......................................... 47 3531-8800 • frahm.com.br • XX<br />
ISABEAT .................................... 14 3646-3077 • isabeat.com.br • XX<br />
LESON .......................................... 11 2198-0488 • leson.com.br • XX<br />
LEXSEN ................................... 51 3554-3139 • proshows.com.br • XX<br />
LL AUDIO .................................. 0800-014-19-18 • llaudio.com.br • XX<br />
LYCO ............................................... 11 3666-5574 • lyco.com.br • XX<br />
METEORO ............11 2443-0088 • amplifi cadoresmeteoro.com.br • XX<br />
MOUG SOUND ......................11 2636-1118 • mougsound.com.br • XX<br />
OVERSOUND ......................... 12 3637-3302 • oversound.com.br • XX<br />
SENNHEISER ............................... 11 2199-2999 • equipo.com.br • XX<br />
STUDIO R ............................ 11 5031-3600 • www.studior.com.br • XX<br />
UNIC ........................................11 3985-8008 • unicaudio.com.br • XX<br />
VOX STORM ..............................43 3178-4271 • voxstorm.com.br • XX<br />
ACESSÓRIOS<br />
AQUARIAN ........................... 11 3797-0100 • musicalizzo.com.br • XX<br />
CABOS GOLDEN ................ 11 3335-6110 • cabosgolden.com.br • XX<br />
D’ADDARIO...................... 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />
ELIXIR ........................................11 5502-7800 • elixirstrings.com • XX<br />
EVANS ............................ 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />
GIBRALTAR ..................... 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />
HOHNER ................................ 11 3797-0100 • musicaizzo.com.br • XX<br />
LACE ...................................... 11 2199-2999 • musicaizzo.com.br • XX<br />
NIG ........................................... 11 4441-8366 • nigstrings.com.br • XX<br />
PLANET WAVES ............. 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />
QUANTA ..................................... 19 3741-4646 • quanta.com.br • XX<br />
RICO ............................... 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />
ROUXINOL ..................................11 4441-8366 • rouxinol.com.br • XX<br />
SG STRINGS ...........................11 3797-0100 • musicalizzo.com.br • XX<br />
SOLID SOUND ....................... 41 3596-2521 • solidsound.com.br • XX<br />
SPARFLEX .................................. 11 2521-4141 • sparfl ex.com.br • XX<br />
UNO ................................ 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />
BATERIA E PERCUSSÃO<br />
ALBA ................................ 44 3029-9808 • baquetasalba.com.br • XX<br />
C. IBAÑEZ ...................................51 3364-5422 • cibanez.com.br • XX<br />
CONTEMPORÂNEA .. 11 3399-6022 • contemporaneamusical.com.br • XX<br />
KREST ..................................11 2063-1316 • krestcymbals.com.br • XX<br />
LUEN ................................................ 11 4448-1160 • luen.com.br • XX<br />
MEINL ................. 43 3324-4405 (Prime) • 92 3234-1588 (C. Borges) • XX<br />
ORION CYMBALS ............... 11 3871-6277 • orioncymbals.com.br • XX<br />
TYCOON .................. +1 909 393 5555 • tycoonpercussion.com.br • XX<br />
DIVERSOS<br />
EMG .............................................+1 707 525 9941 • emginc.com • XX<br />
FEIRAS / EVENTOS<br />
EXPOMUSIC .......................... 11 2226-3100 • expomusic.com.br • XX<br />
MUSIC CHINA .......... 11 5403-9500 • messefrankfurtfeiras.com.br • XX<br />
NAMM ...........................................+1 760 438 8001 • namm.org • XX<br />
PALM EXPO ..........................+86 10 6409 7408 • palmexpo.com • XX<br />
Próxima etapa em Recife<br />
7 e 8 de novembro. NÃO PERCA!<br />
136 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
CINCO PERGUNTAS PARA<br />
Simone Storino<br />
A diretora de marketing da Izzo <strong>Musica</strong>l comenta<br />
sobre a distribuição da marca Paiste no País<br />
Fabricante das cordas SG e uma<br />
das principais distribuidoras<br />
de acessórios do País, a <strong>Musica</strong>l<br />
Izzo começa a distribuir as linhas<br />
101 e 201 dos pratos Paiste. A estratégia<br />
de marketing estará voltada para<br />
os meios de comunicação eletrônicos<br />
para atingir o público jovem.<br />
Qual o diferencial adotado para se<br />
destacar frente aos concorrentes?<br />
Sabemos que hoje o consumidor está<br />
muito antenado em tecnologia, principalmente<br />
na web, e nós estamos<br />
melhorando nosso lado tecnológico.<br />
Vamos direcionar nossos esforços para<br />
ganhar sua atenção na web, um canal<br />
de comunicação que é rápido, efetivo,<br />
barato e muitas vezes gratuito.<br />
A Paiste era integralmente distribuída<br />
por outro importador. Como<br />
se deu o processo para que a Izzo<br />
<strong>Musica</strong>l trabalhasse com a marca<br />
no mercado brasileiro?<br />
A Izzo, como importadora, irá distribuir<br />
apenas duas linhas da Paiste: a<br />
101 e a 201. Esse processo aconteceu<br />
de forma transparente e límpida, pois,<br />
de certa forma, aliamos forças com<br />
outra importadora a fim de expandir<br />
e aumentar o potencial de consumo<br />
da marca no mercado brasileiro.<br />
Com relação ao preço para venda ao<br />
consumidor, existe um grande espaço<br />
entre os produtos líderes de mercado<br />
nacionais e os líderes importados.<br />
Qual será o posicionamento de<br />
preço que a Izzo <strong>Musica</strong>l irá adotar<br />
com os produtos da Paiste?<br />
As linhas 101 e 201 terão o mesmo preço<br />
que já tinham no mercado quando<br />
eram distribuídas pela Royal. Nosso<br />
preço no mercado é o valor que o produto<br />
tem em relação à qualidade.<br />
Quais serão as ações que a Izzo <strong>Musica</strong>l<br />
irá adotar para elevar o número<br />
de compradores da Paiste?<br />
Como disse, nosso trabalho está focado<br />
na web. Então todos os canais<br />
que pudermos utilizar em benefício<br />
da Paiste serão estudados: testes em<br />
<strong>revista</strong> e depoimentos de músicos<br />
renomados, que reconhecem o benefício<br />
do produto para o consumidor<br />
Storino: distribuição das linhas<br />
econômicas da Paiste no País<br />
iniciante que necessita de um produto<br />
de qualidade por um bom preço.<br />
A Izzo <strong>Musica</strong>l tem investido em diversas<br />
linhas de acessórios, como os<br />
da Vic Firth, os produtos da Aquarian<br />
e, agora, distribuindo a Paiste. Qual<br />
será o próximo passo da empresa?<br />
Queremos expandir nossos negócios,<br />
marcas e linhas de distribuição. Nosso<br />
empenho é distribuir e comercializar<br />
produtos de alta qualidade com reconhecimento<br />
internacional. Apostamos, também,<br />
nas linhas de fabricação que nos<br />
proporcionaram um nome de credibilidade<br />
no mercado musical brasileiro. •<br />
138 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR