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revista Musica & Mercado

Pearl, Pride Music,

Pearl, Pride Music,

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LL AUDIO EMPRESA ENTRA NA BRIGA COM EQUIPAMENTOS USB<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR | SETEMBRO | OUTUBRO DE 2009 | Nº 44 | ANO 8<br />

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GERENTE<br />

COMPRADOR<br />

VENDEDOR 1<br />

VENDEDOR 2<br />

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PASSE ESTA REVISTA PARA SEUS FUNCIONÁRIOS<br />

INFORMAÇÃO PARA O MERCADO DE ÁUDIO, INSTRUMENTOS MUSICAIS E ACESSÓRIOS<br />

TAK ISOMI<br />

VICE-PRESIDENTE DA PEARL<br />

ALESSANDRO BISETTO<br />

GERENTE-GERAL PARA<br />

A AMÉRICA LATINA<br />

PEARL<br />

100% BRASIL<br />

JAPÃO OPTA POR ABERTURA<br />

DE ESCRITÓRIO NO PAÍS<br />

GIBRALTAR<br />

<strong>Musica</strong>l Express<br />

assume distribuição<br />

da marca


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Detonando na loja de instrumentos<br />

musicais mais perto de você.<br />

© 2009 Red Chip Company Ltd. As especificações técnicas e a aparência estão sujeitas a alteração sem aviso prévio. A Red Chip não se responsabiliza por nenhuma perda oriunda de fundamentação, seja ela parcial ou total, em qualquer descrição, fotografia, imagem ou declaração constante da presente. 985-90000-01412<br />

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Modelo 412H-BK gabinete half-stack 4x12".<br />

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EXPEDIENTE<br />

Editor / Diretor<br />

Daniel A. Neves S. Lima<br />

Diretora de Comunicação<br />

Ana Carolina Coutinho - MTB: 52.423<br />

Coordenador de Comunicação<br />

Miguel De Laet<br />

Depto. Comercial<br />

Eduarda Lopes<br />

Carina Nascimento<br />

Relações Internacionais<br />

Nancy Bento<br />

Roberta Begliomini Padovan<br />

Administrativo/Financeiro<br />

Carla Anne<br />

Direção de Arte<br />

Dawis Roos<br />

Revisão de Texto<br />

Hebe Ester Lucas<br />

Assinaturas<br />

Barbara Tavares<br />

assinaturas@musicaemercado.com.br<br />

Colaboradores<br />

Alejandro Wald, Fabiano Brum,<br />

Leonardo Glikin, Luis Eduardo Vilaça,<br />

Marcelo Ortega, Priscila San Martin,<br />

Rogério Nogueira e Tom Coelho<br />

Música & <strong>Mercado</strong> ®<br />

Caixa Postal: 2162<br />

CEP 04602-970 – São Paulo – SP.<br />

Todos os direitos reservados.<br />

Autorizada a reprodução com a citação da Música<br />

& <strong>Mercado</strong>, edição e autor. Música & <strong>Mercado</strong> não<br />

é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos<br />

anúncios publicados.<br />

Publicidade<br />

Anuncie na Música & <strong>Mercado</strong><br />

comercial@musicaemercado.com.br<br />

Tel./fax.: (11) 3567-3022<br />

www.musicaemercado.com.br<br />

E-mail: ajuda@musicaemercado.com.br<br />

M&M no Orkut: http://tr.im/ydf6<br />

Twitter: twitter.com/musicaemercado<br />

Parcerias/Partners<br />

Frankfurt • China<br />

Estados Unidos<br />

Impressa no Brasil / Printed in Brazil<br />

A notícia em primeira mão<br />

JÁ É TRADIÇÃO. Nos dois meses que antecipam a Expomusic o mercado<br />

se agita. De fábricas a importadores, todos querem levar algo<br />

novo à maior feira de música da América Latina. E essa novidade<br />

não fica apenas com os lançamentos de equipamentos musicais,<br />

mas também no reposicionamento de marcas antes da feira. Tudo<br />

para que o anúncio ganhe maior impacto e muitos negócios sejam<br />

realizados já com a ‘nova empresa’, em geral com preços mais atrativos<br />

e facilidades distintas das adotadas anteriormente.<br />

SEGUINDO O COSTUME, ESTE ANO NÃO PODERIA SER DIFERENTE.<br />

Diversas marcas adotaram novas estratégias de mercado na<br />

temporada pré-feira. Uma dessas mudanças, porém, causou<br />

mais turbulência que qualquer outra: refere-se à abertura de um<br />

escritório da Pearl no Brasil.<br />

APÓS MESES DE ESPECULAÇÃO, A NOTÍCIA É OFICIAL, e desde<br />

setembro a marca japonesa já atua independente da Pride. Por isso<br />

trazemos, em primeira mão para você, todos os detalhes dessa história.<br />

Ent<strong>revista</strong>mos o vice-presidente da Pearl, Tak Isomi, e seus<br />

novos parceiros: Alessandro Bisetto e Saad Romano. Parceiros?<br />

Sim. A Pearl vai entrar no Brasil em joint venture. Curioso? Vá até<br />

a matéria de capa, saiba como será a relação comercial da Pearl<br />

Brasil e também confira o panorama dos motivos que levaram a<br />

marca japonesa a tomar essa atitude.<br />

ESTA EDIÇÃO É MESMO ESPECIAL – afinal, a M&M também vai<br />

quer levar novidades à Expo –, e você vai conferir: dicas de marketing<br />

com o Twitter (também ensinamos como usar); como planejar a sucessão<br />

na empresa; os lançamentos da Summer Namm; sugestões para<br />

aumentar as suas vendas; as estratégias da Tagima, Tycoon, <strong>Musica</strong>l<br />

Express, Wolf Music, Dimúsica, <strong>Musica</strong>l Izzo e muitas outras empresas<br />

que deram o que falar nesses dois meses. E tem muito mais! Em bro estamos de volta, grande<br />

novemabraço!<br />

DANIEL NEVES<br />

Conheça todos os detalhes<br />

do reposicionamento<br />

da Pearl no Brasil.<br />

DANIEL NEVES<br />

24 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


SUMÁRIO<br />

SEÇÕES<br />

24 EDITORIAL<br />

28 ÚLTIMAS<br />

40 ENQUETE<br />

112 LOJISTA<br />

118 VIDA DE LOJISTA<br />

120 PRODUTOS<br />

126 TESTE<br />

132 PAINEL DE NEGÓCIOS<br />

138 CINCO PERGUNTAS<br />

62 PEARL<br />

100% BRASIL<br />

Empresa faz parceria<br />

e abre escritório no País.<br />

Conheça os detalhes<br />

do reposicionamento<br />

da marca<br />

MATÉRIAS<br />

42 Áudio A expansão da LL Audio com seus produtos USB<br />

46 Distribuição <strong>Musica</strong>l Express vai trazer as ferragens Gibraltar<br />

COLUNISTAS<br />

50<br />

54<br />

72<br />

74<br />

Mundo Digital Ações de marketing com o Twitter<br />

Governança Os segredos de um planejamento<br />

sucessório bem-sucedido<br />

<strong>Mercado</strong> Pride revela seus próximos passos<br />

Globalização Tycoon vai fabricar instrumentos típicos do Brasil<br />

44<br />

60<br />

O coração da empresa<br />

por Tom Coelho<br />

Como criar um plano de sucessão<br />

por Leonardo Glikin<br />

82<br />

Estratégia Sete soluções para você vender mais<br />

80<br />

A arte de vender caro<br />

90<br />

Empresa Wolf Music reestrutura departamento de vendas<br />

por Alejandro Wald<br />

92<br />

102<br />

104<br />

108<br />

128<br />

Especial Tecnologia e mercado: prepare sua loja para o futuro<br />

Acessórios O desafio de distribuir a D’Andrea<br />

Perfil A identidade da Tagima<br />

Negócios As novidades da Summer Namm 2009<br />

Eventos Feiras da Música de Belo Horizonte, Rio de Janeiro<br />

e Porto Alegre<br />

88<br />

100<br />

Os custos da desorganização<br />

por Eduardo Vilaça<br />

O conceito janponês para<br />

aumentar as vendas<br />

por Fabiano Brum<br />

26 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


O verdadeiro<br />

O verdadeiro autor do projeto Música<br />

nas Escolas é o GAP (Grupo de Apoio<br />

Parlamentar Pró-Música), do Rio de<br />

Janeiro, e não nenhuma outra associação<br />

ou correlata.<br />

Quero aparecer<br />

A confusão de ‘paternidade’ do projeto<br />

se deu por conta de um release<br />

de imprensa feito por uma assessoria<br />

que deu a entender que a autoria — e<br />

todo o trabalho de inclusão da música<br />

no currículo escolar — é de outro<br />

grupo. Engano ou vampirismo?<br />

Eleição<br />

A eleição para novo presidente da<br />

Abemúsica é em 2010. Quem ganha-<br />

rá: José Sarney ou Marina Silva?<br />

Ops! Erramos!<br />

De olho na lei<br />

Já está em trâmite<br />

no Congresso Nacional<br />

um projeto<br />

de lei que prevê mudanças<br />

nas relações<br />

trabalhistas entre os sentantes e as empresas. A lei<br />

repre-<br />

nº 1.439/2007 pretende alterar o<br />

valor e o prazo de indenização recebidos<br />

pelo representante comercial<br />

quando o contrato é rescindido sem<br />

justa causa. Até o momento, o cálculo<br />

era feito com base em todo o período<br />

de representação. Caso a lei seja<br />

aprovada, a avaliação será feita apenas<br />

com base nos últimos três anos<br />

e o profissional poderá solicitar a indenização<br />

em, no máximo, dois anos.<br />

Para se ter uma ideia, um valor de<br />

recebimento que seria de R$ 45.000<br />

na lei antiga, será reduzido para<br />

R$ 5.400 com a nova. Mais de 13 mil<br />

pessoas disseram ser contra a aprovação<br />

da lei ao firmar um abaixo-assinado,<br />

criado por entidades de classe.<br />

Se quiser saber mais sobre quais<br />

ações estão sendo tomadas pelos<br />

representantes contra a aprovação<br />

da lei, acesse: www.representantecomercial.com.<br />

O projeto de lei completo<br />

está disponível no site da Câmara<br />

Federal: www.camara.gov.br/sileg/<br />

Prop_Detalhe.asp?id=357568.<br />

Mangas de fora<br />

Com 35 anos, a fábrica de equipamentos<br />

para áudio profissional Staner<br />

prepara novidades. A empresa fechou<br />

acordo de distribuição com a Clair<br />

Brothers, companhia norte-americana<br />

responsável pelo show de bandas<br />

como U2, Iron Maiden, Madonna, entre<br />

outros. A empresa prevê também<br />

a reestruturação de sua equipe de representantes<br />

até o final de 2009.<br />

Gente nova na área, mas falta um<br />

Eber Fernandes Policate é o novo<br />

especialista de produtos da Tagima.<br />

Ex-Sonotec, Policate atua no mercado<br />

há 14 anos. E a Tagima quer mais!<br />

Está à procura de um vendedor interno<br />

que já tenha experiência em<br />

vendas de instrumentos musicais e<br />

conheça o mercado nacional.<br />

Brasileiro na AES Latina<br />

Joel Brito é o novo vice-presidente da<br />

AES Latinoamericana. Ele vai assumir<br />

o cargo em outubro, ocupando<br />

o lugar do argentino Andres Mayo.<br />

Eleito pela maioria, Joel, por enquanto,<br />

ainda permanece também na presidência<br />

da AES Brasil.<br />

Muque<br />

A Royal Music irá mostrar força e<br />

maior estrutura na Expomusic 2009.<br />

Made In Brazil<br />

abre nova loja<br />

Uma das maiores lojas de instrumentos<br />

musicais do País abriu sua primeira<br />

filial em um shopping da capital<br />

paulista. A loja, de 200 m 2 , foi inaugurada<br />

em 12 de agosto no Shop ping<br />

Jardim Anália Franco, região nobre de<br />

São Paulo. A carência de grandes lojas<br />

do ramo na região leste de São Paulo<br />

foi fator decisivo para que o proprietário<br />

da rede, Marcelo Aziz, pensasse no<br />

shopping como boa alternativa para<br />

alcançar novos clientes e continuar a<br />

expansão da rede. Além das lojas de<br />

São Paulo, a Made In Brazil possui loja<br />

no Grande ABC e também em Porto<br />

Alegre, RS. O próximo passo? Em outubro,<br />

será inaugurada a loja de Brasília.<br />

Mês da Expo<br />

Prepare-se! De 23 a 27 de setembro,<br />

no Expo Center Norte, em São Paulo,<br />

capital, a maior feira de música<br />

da América Latina.<br />

Representante turbinado<br />

Leandro Campos, ex-gerente cial da Crafter Guitars do Brasil, fecha<br />

comer-<br />

contrato com a Florence Music e representará<br />

a empresa em Minas Gerais,<br />

Pará e Maranhão. Para manter ativos<br />

os quase 200 clientes que compõem<br />

esta carteira, seus colaboradores internos<br />

contarão com uma poderosa<br />

ferramenta, o Salesforce.com. A empresa<br />

norte americana com sede em<br />

Los Angele, Califórnia, é líder mundial<br />

em Software CRM (Customer Rela-<br />

tionship Management) e automatiza<br />

a força de vendas de empresas como<br />

Dell, Starbucks e Siemens.<br />

28 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


ECONOLINHAS<br />

Formulário de Imposto de Renda<br />

para empresas disponível<br />

O site da Receita Federal (www.receita.fazenda.gov.br)<br />

já disponibilizou o<br />

formulário da Declaração de Informações<br />

Econômico-Fiscais da Pessoa<br />

Jurídica (DIPJ) relativa ao anocalendário<br />

de 2008. O formulário é<br />

para empresas que calculam seus<br />

impostos sob o regime de lucro real.<br />

O prazo para a entrega da declaração<br />

vai até 16 de outubro. A multa para<br />

empresas que entregarem a DIPJ com<br />

atraso varia de R$ 500 até 20% do imposto<br />

informado na declaração.<br />

Alta nas vendas do varejo<br />

O setor de comércio varejista cresceu<br />

1,7% em junho, em relação a maio.<br />

O aumento em relação a junho de<br />

2008 foi ainda maior: 6,5%. Especialistas<br />

atribuem a alta ao impulso da<br />

massa salarial, ao reaquecimento do<br />

crédito e ao corte no Imposto sobre<br />

Produtos Industrializados (IPI).<br />

IGP-M: primeiro<br />

decêndio de agosto<br />

O Índice Geral de Preços do mercado<br />

(IGP-M) registrou, no primeiro decêndio<br />

de agosto, taxa de variação de<br />

–0,68%. Em julho, no mesmo período<br />

de apuração, a taxa foi de –0,23%.<br />

Os três componentes do IGP-M apresentaram<br />

as seguintes trajetórias,<br />

na passagem do primeiro decêndio<br />

de julho para o primeiro decêndio de<br />

agosto: IPA, de –0,48% para –1,09%,<br />

IPC, de 0,12% para 0,01%, e INCC, de<br />

0,49% para 0,30%.<br />

Comércio eletrônico cresce<br />

no primeiro semestre<br />

Os primeiros seis meses de 2009 tiveram<br />

um crescimento de 27% nas<br />

vendas pela internet, em relação ao<br />

mesmo período de 2008. O faturamento<br />

bruto total foi de R$ 4,8 bilhões,<br />

segundo dados do E-bit. Tendo<br />

um tíquete médio de R$ 323 no<br />

período, o número representa um<br />

crescimento de 5%.<br />

Nossa Caixa pretende<br />

liberar R$ 200 milhões<br />

Demian Fiocca, presidente da Nossa<br />

Caixa, declarou que o banco quer<br />

desembolsar R$ 200 milhões por<br />

meio das linhas de crédito BNDES,<br />

PSI, cartão BNDES, PEC-BNDES,<br />

entre outros, até 31 de dezembro.<br />

Segundo Fiocca, essas operações do<br />

banco com o BNDES fazem parte de<br />

uma nova estratégia da Nossa Caixa<br />

para atender as empresas.<br />

Balança comercial de agosto<br />

Segundo dados do Ministério<br />

do Desenvolvimento, Indústria<br />

e Comércio Exterior, no mês de<br />

agosto as exportações somaram<br />

US$ 13,841 bilhões, um recuo de<br />

29,9% em relação ao mesmo período<br />

no ano passado. A boa notícia<br />

é que cresceu 7,2% em relação<br />

a julho de 2009.<br />

Já as importações totalizaram<br />

no mês US$ 10,767 bilhões, retração<br />

de 38,3% sobre agosto de 2008<br />

e crescimento de 5,1% em relação a<br />

julho de 2009.<br />

A corrente comercial de agosto<br />

foi de US$ 24,608 bilhões no total e<br />

também sofreu recuo com relação<br />

ao ano anterior, número de 33,8%;<br />

entretanto, em relação a julho de<br />

2009, aumentou 6,3%. A outra boa<br />

notícia é que o saldo comercial cresceu<br />

33,7% com relação a 2008, totalizando<br />

US$ 3,074 bilhões.<br />

Variação da cotação do dólar desde o início do ano:<br />

Ampliada<br />

A fabricante de peles e percussão Luen<br />

tem ganhado mais mercado. A empresa<br />

terminou a reforma em sua nova<br />

fábrica e aumentou consideravelmente<br />

sua capacidade de produção.<br />

25 anos<br />

A Meteoro comemora 25 anos em<br />

2009. Com uma sonoridade própria,<br />

a empresa buscou e criou estilo, além<br />

de estar entre as que mais apoiaram<br />

músicos nacionais. Parabéns!<br />

Errata<br />

A loja A Primavera, da Bahia, continua<br />

no mesmo ponto de sempre (Praça da<br />

Sé, nº 32) e tem 132 anos (não 80 como<br />

foi publicado na última edição. Já a loja<br />

Mídia Mil fica na Guedes de Brito, nº 2.<br />

30 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Solid Sound Beat:<br />

nova aposta da empresa<br />

A Solid Sound foi pioneira na fabricação<br />

de capas no Brasil e fez sua<br />

história inovando em produtos para<br />

transporte e embalagem de instrumentos<br />

musicais. Hoje, oferece uma<br />

extensa linha, tanto em termos de<br />

modelos quanto de preços. Utilizando<br />

sua rede de representantes e<br />

clientes por todo o Brasil, inicia uma<br />

nova fase, há algum tempo planejada:<br />

o desenvolvimento de uma linha<br />

de percussão, a Solid Sound Beat,<br />

que traz modelos de congas, bongôs,<br />

djembes, pandeiros e uma simpática<br />

linha de miniaturas. A ideia é manter<br />

a posição já bem fixada pela Solid<br />

Sound, trazendo mais uma opção de<br />

produtos ao mercado brasileiro.<br />

Parabéns<br />

Este ano a Taylor Guitars comemora<br />

seu 35º aniversário com<br />

uma coleção de violões e guitarras<br />

de edição limitada. Dos novos<br />

modelos, as versões premium da<br />

linha de instrumentos, a fabricante<br />

irá confeccionar pequenas quantidades<br />

de cada para a comemoração.<br />

As primeiras séries de aniversário<br />

serão criadas com os modelos elétricos,<br />

oferecidos com tampos<br />

exóticos. As guitarras<br />

de corpo sólido terão o<br />

corpo confeccionado em<br />

mogno e uma pequena<br />

marcação com o número<br />

35 entre o 11º e o 12º<br />

trastes. Para informações<br />

adicionais, visite o<br />

site: www.taylorguitars.com/<br />

guitars/limiteds/35thAnniversary.<br />

Ele mesmo<br />

Carlos Cesar Medeiros, presidente<br />

da Condortech, tem agora uma nova<br />

responsabilidade: ‘gerente de tudo’,<br />

como ele tem se definido.<br />

Morre o guitarrista<br />

e inventor Les Paul<br />

Les Paul, inventor da<br />

guitarra elétrica e do<br />

método de gravação<br />

multicanais, faleceu<br />

dia 12 de agosto, em<br />

White Plains, Nova<br />

York, de complicações<br />

causadas por pneumonia.<br />

O músico tocou<br />

guitarra até os 90 anos.<br />

Lester William Polfuss<br />

(nome real de Les Paul)<br />

nasceu em Waukesha,<br />

Wisconsin, no dia 9 de<br />

junho de 1915. Nas décadas<br />

de 30 e 40, tocou<br />

com o bandleader Ferd<br />

Waring e vários outros cantores de<br />

“big bands”, incluindo Bing Crosby,<br />

Frank Sinatra e as Andrew Sisters,<br />

assim como também com o seu<br />

próprio grupo, Les Paul Trio. No<br />

início da década de 50, já possuía<br />

grandes hits com a sua então esposa,<br />

Mary Ford, como “How High<br />

the Moon” e “Vaya Con Dios”.<br />

Mas sua notoriedade se deu<br />

mesmo por conta do modelo de<br />

guitarra da Gibson que leva o seu<br />

nome, que o músico montou na<br />

década de 40 e levou à fabricante.<br />

Hoje, além de inúmeros guitarristas,<br />

de todos os estilos, utilizarem<br />

Quem determina<br />

a compra de produtos?<br />

Numa disputa acirrada, de acordo com<br />

a enquete realizada pelo site da <strong>revista</strong><br />

(www.musicaemercado.com.br), quem<br />

determina a compra de produtos da<br />

loja é o diretor ou sócio, com 140 votos.<br />

Em segundo lugar, o comprador, com<br />

133. Também com pouca diferença, a<br />

terceira posição foi a dos vendedores,<br />

com 120. Em seguida, os gerentes, com<br />

81, e o marketing, com 62.<br />

a Gibson Les Paul, vários outros<br />

fabricantes de instrumentos de<br />

corda disponibilizam modelos inspirados<br />

no original.<br />

Les Paul também foi o dono de<br />

outra criação fundamental para<br />

o meio musical: o sistema de gravação<br />

multicanais, que permite<br />

gravar os instrumentos separadamente<br />

para depois juntá-los. Paul<br />

está imortalizado no Rock and Roll<br />

Hall of Fame, no Grammy Hall of<br />

Fame, no Inventors Hall of Fame e<br />

no Songwriters Hall of Fame. Ele<br />

deixa três filhos, uma filha, cinco<br />

netos e cinco bisnetos.<br />

<strong>Mercado</strong> mexicano em quarentena!<br />

Com a proibição de eventos em locais<br />

fechados para evitar a transmissão<br />

da gripe A H1N1, diversos<br />

shows e festivais foram cancelados<br />

no México.<br />

O México já estava fragilizado,<br />

pois a crise financeira dos Estados<br />

Unidos teve enorme impacto no<br />

país, mas, segundo Sergio Lavale,<br />

gerente de produtos da La Guitarrería,<br />

o que resultou em algo pior para<br />

32 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Foto da fábrica<br />

o mercado musical mexicano foi a<br />

triste aparição da pandemia do vírus<br />

influenza H1N1. “A indústria de<br />

espetáculos parou completamente;<br />

os restaurantes fecharam suas portas,<br />

os turistas não foram às praias,<br />

nem aos hotéis. Os profissionais<br />

deixaram de consumir acessórios,<br />

instrumentos etc. O mercado se<br />

apagou”, explicou Lavale.<br />

Ele ainda informou que muitos<br />

de seus melhores clientes ficaram<br />

com contas atrasadas por seis meses,<br />

o que forçou a empresa a mudar<br />

radicalmente a estratégia. Foram<br />

introduzidas linhas mais econômicas<br />

de produtos com menores margens<br />

de lucro, que realmente resultaram<br />

no aumento do movimento.<br />

“Saímos mais às ruas para vender<br />

ao consumidor final, para engrossar<br />

as margens.”<br />

No âmbito administrativo, corte<br />

de custos em todos os lugares possíveis<br />

e trabalho com os recursos<br />

humanos de modo a conscientizar a<br />

equipe a trabalhar um pelo outro foram<br />

as formas de manter a empresa<br />

viva no mercado.<br />

Sem atenção<br />

A substituição tributária é uma realidade,<br />

mas muitas lojas insistem em<br />

trabalhar como antigamente: sem<br />

ligar a mínima para os impostos.<br />

Atentem-se!<br />

Evento<br />

No mês de junho, a Rico trouxe o<br />

clarinetista francês Romain Guyot<br />

para uma masterclass no Rio de<br />

Janeiro. O evento ocorreu no Auditório<br />

Guiomar Novaes, no Largo da<br />

Lapa. O endorsee demonstrou sua<br />

técnica a estudantes de clarineta.<br />

O clarinetista e endorsee brasileiro<br />

Fernando Silveira coordenou a masterclass.<br />

Os representantes da <strong>Musica</strong>l<br />

Express no Rio de Janeiro, Luiz<br />

Antônio Souza e Lucy Bento Pereira,<br />

participaram da organização do<br />

evento e sortearam kits de produtos<br />

Rico. Guyot utiliza palhetas Rico Reserve<br />

Bb 4.0 e Grand Concert Select<br />

Evolution Bb#4; Rico Reed Case para<br />

clarineta com Reed Vitalizer e Reed<br />

Vitalizer refil unitário 73%.<br />

Música pode ajuda<br />

no tratamento de Alzheimer<br />

Pesquisa feita nos Estados Unidos<br />

mostra que a música poderá evitar<br />

Tagima Dream Team<br />

in Concert<br />

Pelo 4º ano, a Tagima realiza o seu principal<br />

evento. Ele acontecerá no Moinho,<br />

uma casa de shows em São Paulo, no dia 22<br />

de setembro, das 9h às 20h. Paralela à já tradicional<br />

apresentação dos endorsees da marca,<br />

o evento contará também com o Tagima Convetion, exposição focada em<br />

realização de negócios e relacionamento com os lojistas. Para conferir a<br />

programação, acesse o site: www.tagima.com.br. O ingresso será 2 kg de<br />

alimentos não perecíveis (não serão aceitos sal, farinha e açúcar).<br />

Em meio a centenas de cones de<br />

alto falantes, funcionário trabalha<br />

na fábrica da D.A.S na Espanha.<br />

o avanço do Mal de Alzheimer, doença<br />

ligada diretamente à memória.<br />

O estudo, feito na Universidade<br />

da Califórnia pelo pesquisador Petr<br />

Janata,comprovou que a área do cérebro<br />

associada às memórias mais<br />

vívidas é a mesma da música. “O que<br />

parece acontecer é que uma música<br />

conhecida serve de trilha sonora<br />

para um filme mental que começa<br />

a tocar em nossa cabeça. (...) Ela<br />

traz de volta as lembranças de uma<br />

pessoa ou um lugar, e você pode de<br />

repente ver o rosto daquela pessoa<br />

na sua mente”, disse o cientista para<br />

o site BBC Brasil (www.bbc.co.uk/<br />

portuguese).<br />

Segundo Janata, é por isso que a<br />

música desperta emoções tão fortes<br />

em portadores da doença. Enquanto<br />

os participantes do experimento<br />

ouviam música, o córtex pré-frontal<br />

(logo atrás da testa) era ativado, e<br />

essa é uma das últimas áreas do cérebro<br />

que definha com a progressão<br />

da doença.<br />

Como a região parece ser o centro<br />

que une memória, emoção e<br />

música conhecida, o futuro das as<br />

pesquisas irão enfocá-lo para desenvolver<br />

uma musicoterapia que auxilia<br />

quem sofre da doença e ajude a<br />

retardar a progressão do Alzheimer.<br />

34 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


O Sped Fiscal está aí<br />

Até o dia 30 de setembro 15 mil empresas<br />

devem entregar o Sped Fiscal<br />

e outras milhares deverão passar a<br />

emitir notas fiscais eletrônicas. O não<br />

cumprimento da lei acarreta multas<br />

cujo valor começa em R$ 5 mil.<br />

De acordo com o diretor da Lumen<br />

IT, Werner Dietschi, uma das<br />

empresas que implantaram o processo<br />

desde o projeto-piloto, “o Sped é o<br />

agente que obriga as empresas a serem<br />

transparentes em sua operação.<br />

Elas terão de informar, em tempo<br />

real, seu faturamento, geração de impostos,<br />

contabilidade. É como se estivessem<br />

em permanente fiscalização<br />

on-line, o que dificulta, em muito, a<br />

sonegação”, diz ele.<br />

Para Dietschi, o Brasil é conhecido<br />

internacionalmente como o “país<br />

do jeitinho, um país atrasado”. E ele<br />

acredita que o Projeto Sped vai contribuir<br />

para diminuir esse atraso.<br />

De volta ao mercado<br />

A Nashville surgiu nos anos 80 como<br />

uma divisão da Micrologic, empresa<br />

de sociedade de Ruy Monteiro (hoje<br />

proprietário da Studio R). A marca foi<br />

responsável por uma revolução no<br />

mercado da época com lançamentos<br />

como o legendário NA-2200,<br />

equipamento tido como um marco<br />

no desenvolvimento de amplificadores<br />

no Brasil e encontrado em<br />

uso até hoje em todo o País. Com a<br />

saída de Ruy Monteiro da sociedade<br />

na Micrologic, em 1988, para fundar<br />

a Studio R, a Nashville acabou por<br />

ser fechada algum tempo depois,<br />

assim como a Micrologic. Hoje, após<br />

“O custo é enorme, mas vai fazer as<br />

empresas brasileiras serem mais parecidas<br />

com as dos países desenvolvidos,<br />

mais competitivas nacional e<br />

internacionalmente, já que fica mais<br />

difícil diminuir custos via sonegação”,<br />

finaliza.<br />

Profissionalize-se<br />

O Sebrae disponibiliza<br />

alguns cursos gratuitos em seu<br />

site. Entre eles, o Aprender a Empreender.<br />

O curso desenvolve conceitos<br />

básicos sobre mercado, finanças e<br />

empreendedorismo. Tem 16 horas,<br />

com a vantagem de o aluno escolher<br />

o horário mais adequado para<br />

estudar em casa. Importante: o participante<br />

deve completar os estudos<br />

em 30 dias. Além de interagir virtualmente<br />

com outros participantes,<br />

cada aluno tem a orientação de um<br />

tutor indicado pelo Sebrae. O único<br />

requisito para a matrícula é ter um<br />

quase 20 anos, a Nashville volta ao<br />

mercado com o objetivo de resgatar<br />

a credibilidade de seus produtos.<br />

A marca quer apresentar três<br />

diferenciais: supervisão e garantia,<br />

asseguradas pelo diretor Ruy Monteiro;<br />

disposição das mais modernas<br />

tecnologias em projetos, produtividade<br />

e controle de qualidade da equipe<br />

(liderada pelo engenheiro Francisco<br />

Monteiro); e suporte técnico e produtivo<br />

da equipe Studio R em uma<br />

divisão especial. Os primeiros produtos<br />

da marca serão apresentados na<br />

Expomusic. Para saber mais, acesse:<br />

www.nashvilleaudio.com.br.<br />

NA6400-2Ω: Amplificador estéreo de 2 ohms com 6.400 watts RMS<br />

de potência em apenas duas unidades rack e pesando menos de 18 kg.<br />

computador com acesso à internet.<br />

Para se inscrever e saber mais, acesse<br />

o site www.ead.sebrae.com.br.<br />

Sennheiser tem estrela pop<br />

Beyoncé é a nova endorsee da empresa<br />

especializada em microfones e outros<br />

equipamentos de áudio. No Brasil, a<br />

Sennheiser é distribuída pela Equipo.<br />

Aprovada a isenção de impostos<br />

O polêmico projeto de lei que concede<br />

isenção fiscal a instrumentos musicais<br />

importados foi sancionado, em<br />

18 de agosto, pela Comissão de Educação,<br />

Cultura e Esporte. Pela medida,<br />

os instrumentos importados<br />

serão beneficiados com a isenção do<br />

Imposto de Importação, bem como<br />

das contribuições aos programas de<br />

Integração Social e de Formação do<br />

Patrimônio do Servidor Público (PIS/<br />

Pasep) e Financiamento da Seguridade<br />

Social (Cofins).<br />

De acordo com o autor da proposta,<br />

senador Cristovam Buarque<br />

(PDT-DF), músicos, bandas e orquestras<br />

enfrentam dificuldades para adquirir<br />

ou renovar seus instrumentos<br />

musicais em razão da alta incidência<br />

de impostos e contribuições.<br />

O senador Cícero Lucena (PSDB-<br />

PB) está preocupado com eventual<br />

prejuízo à indústria nacional e pediu<br />

que os senadores fiquem atentos a<br />

isso, já que a lei precisa ser aprovada<br />

pela Comissão de Assuntos Econômicos<br />

(CAE) para ir à Câmara dos<br />

Deputados. O caminho ainda é longo<br />

e a polêmica que o envolve também.<br />

36 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Crescimento rápido<br />

Apostando em bom preço e qualidade,<br />

Vogga conquista estudantes<br />

Com menos de dois anos de<br />

existência, a Vogga já se coloca<br />

no mercado de maneira<br />

forte. Investindo na diversidade de<br />

instrumentos, a empresa cresce em<br />

ritmo acelerado e conquista cada<br />

vez mais adeptos. Como não poderia<br />

deixar de ser, a fabricante pretende<br />

ampliar ainda mais seu mix de produtos,<br />

sempre visando a dobradinha<br />

qualidade e preço acessível. Conheça<br />

os planos da empresa na ent<strong>revista</strong><br />

com Kelly Cassimiro, relaçõespúblicas<br />

da fabricante.<br />

A Vogga foi criada em 2008. Como<br />

está sendo a aceitação da marca<br />

até o momento?<br />

O desempenho e a aceitação da marca<br />

junto a lojistas e consumidores<br />

são excelentes! Pela avaliação que<br />

fizemos dos números de importação<br />

de instrumentos musicais no Brasil<br />

em 2008 e 2009, com apenas um ano<br />

de idade, a Vogga já aparece em diversas<br />

categorias de produtos entre<br />

as cinco maiores importadoras do<br />

Brasil. Em 2009, os números de vendas<br />

apresentaram crescimento, confirmando<br />

as nossas expectativas e o<br />

nosso planejamento.<br />

A empresa dispõe<br />

hoje de diversos tipos<br />

de instrumentos, da<br />

percussão ao sopro. A<br />

ideia inicial sempre foi a<br />

diversidade? Por quê?<br />

Sim. A marca Vogga foi<br />

criada para suprir, principalmente,<br />

as demandas<br />

do mercado iniciante ou<br />

estudantes. Com essa filo-<br />

sofia, não poderíamos ficar restritos<br />

a uma categoria de produto. Desde<br />

o início das operações, a ideia era<br />

oferecer ao mercado a linha completa<br />

de instrumentos musicais para<br />

quem está querendo iniciar no mundo<br />

da música.<br />

Quais são os produtos de destaque<br />

hoje da Vogga? Quais são os<br />

mais vendidos?<br />

No que se refere a volume de vendas,<br />

temos números expressivos em cada<br />

grupo de produto. Hoje nosso carrochefe<br />

são os violões acústicos e eletroacústicos<br />

(aço e náilon), seguidos<br />

pelas baterias Vogga, com excelente<br />

desempenho nas lojas. Outro grande<br />

destaque são as guitarras Vogga.<br />

Kelly Cassimiro,<br />

relações públicas da Vogga<br />

Atuando em um mercado competitivo<br />

como o de instrumentos<br />

musicais, quais as principais dificuldades<br />

para uma nova empresa<br />

se manter competitiva?<br />

Para uma empresa iniciante como a<br />

Vogga, vários são os obstáculos. Por<br />

um lado, estamos concorrendo com<br />

marcas consagradas e muitas vezes<br />

centenárias, que já possuem grandes<br />

investimentos em marketing,<br />

patrocínio de artistas e um market<br />

share<br />

bem representativo. Por outro<br />

lado, temos também as marcas de<br />

baixíssimo valor agregado, competindo<br />

apenas no quesito preço. A Vogga<br />

está se diferenciando no mercado<br />

musical brasileiro porque oferece<br />

um produto com preço competitivo<br />

e qualidade muito superior aos produtos<br />

que possuem preço similar.<br />

Ou seja, é um produto que deixará<br />

o músico iniciante muito satisfeito.<br />

Além disso, a Vogga se planejou e<br />

mantém o seu estoque sempre regularizado<br />

para atender os lojistas,<br />

uma vez que estamos inseridos em<br />

uma classificação de produto que<br />

tem giro rápido nas lojas.<br />

O setor de exportações faz<br />

parte do pensamento<br />

da empresa?<br />

O foco da Vogga hoje é o<br />

mercado brasileiro. Ain-<br />

da é cedo para pensarmos<br />

em escala mundial.<br />

Como é o relacionamento<br />

da marca com os lojistas e<br />

representantes?<br />

Nessa área, a empresa tem con-<br />

38 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


quistado terreno rapidamente. Nossa<br />

carteira de clientes quase triplicou do<br />

início das atividades até agora. Temos<br />

uma equipe comercial interna muito<br />

jovem, treinada e apta a atender todo<br />

o território nacional. Além disso, a<br />

Vogga possui logística e assistência<br />

técnica próprias, além de um SAC exclusivo<br />

para atendimento aos lojistas.<br />

No site da Vogga, há uma opção<br />

para cadastro de lojistas, professores,<br />

escolas e consumidores.<br />

Quais as vantagens obtidas<br />

por quem realiza o cadastro?<br />

Como a Vogga é uma marca<br />

jovem e em processo de maturação,<br />

hoje a empresa da não desenvolve ações<br />

comerciais ou promocio-<br />

ainnais.<br />

Mas já criamos o<br />

site pensando lá na frente.<br />

O objetivo do cadastro<br />

é possibilitar o fornecimento<br />

de informações a lojistas e consumidores<br />

interessados na marca, envio<br />

de catálogos de produtos, newsletters<br />

etc.<br />

Quanto a empresa investe em tecnologia?<br />

Qual a estrutura da Vogga<br />

hoje nesse quesito?<br />

Hoje temos uma equipe de desenvolvimento<br />

de produtos formada por<br />

músicos atuantes no mercado, que<br />

buscam excelência junto aos nossos<br />

principais parceiros na seleção de<br />

matérias-primas<br />

de qualidade, na<br />

montagem e acabamento<br />

de nossos produtos.<br />

Quais os próximos passos<br />

da empresa no<br />

mercado?<br />

Para os próximos anos<br />

é importante solidificar<br />

o nosso market share<br />

e aumentar cada vez<br />

mais nosso mix de produtos.<br />

Para isso, é fundamental<br />

continuar<br />

oferecendo qualidade<br />

e<br />

competitividade<br />

por meio de lojistas<br />

que tenham interesse<br />

em investir<br />

na marca e consolidar<br />

o nome Vogga<br />

no mercado e entre<br />

os músicos. •


Enquete<br />

BATERISTA<br />

O que cada<br />

cliente quer<br />

Ent<strong>revista</strong>mos quatro músicos com gostos e<br />

necessidades diferentes que especificaram suas<br />

predileções na hora da compra<br />

Dicas<br />

Muitos lojistas mantêm<br />

um padrão de atendimento<br />

e mix de produtos<br />

fixo que nem sempre é o ideal<br />

para todos os clientes. A chave para<br />

garantir que o consumidor volte<br />

sempre é identificar quais as necessidades<br />

de cada um e se adequar ao<br />

tipo de abordagem necessária.<br />

Perguntas<br />

1.<br />

O que não<br />

pode faltar<br />

em uma<br />

loja?<br />

2.<br />

Qual a<br />

situação<br />

que mais<br />

o aborrece<br />

quando vai comprar<br />

um instrumento ou<br />

acessório?<br />

3.<br />

Que tipo de<br />

atendimento<br />

é o melhor<br />

para você?<br />

4.<br />

O que faz<br />

com que<br />

você volte<br />

à mesma<br />

loja?<br />

Alan Marques<br />

Baterista<br />

Campinas, SP<br />

Equipamentos de várias faixas de<br />

preço, pois há situações em que você<br />

procura algo mais em conta e em<br />

outras está atrás de equipamentos<br />

mais “top”. Depende da situação<br />

e a loja tem de estar preparada<br />

para ambas.<br />

Quando um vendedor fica querendo<br />

me empurrar certo produto que já<br />

mostrei que não me interessa. Sou<br />

muito específico quando entro numa<br />

loja de instrumentos. Em geral, sei<br />

exatamente o que procuro e às vezes o<br />

vendedor não entende muito bem isso.<br />

Sempre o que é atencioso, quando<br />

realmente entende do produto que<br />

está vendendo e sabe negociar.<br />

Sou muito fiel às lojas de que gosto. Geralmente<br />

são lojas pequenas, mas que<br />

atendem muito bem, possuem uma<br />

variedade de produtos que me agrada<br />

e no final sempre consigo fazer um<br />

bom negócio. Essas lojas costumam<br />

entender a situação financeira de um<br />

músico, que nem sempre é muito boa.<br />

40 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


GuitaRRista Baixista Cantor<br />

Rodrigo Toledo<br />

Guitarrista<br />

Barueri, SP<br />

Leonardo Muniz<br />

Baixista<br />

São Paulo, SP<br />

Tiago Marks<br />

Cantor<br />

São Paulo, SP<br />

Variedade de encordoamentos e palhetas,<br />

opções de instrumentos para<br />

canhotos, amplificadores e pedais de<br />

efeitos, assim como itens para interação<br />

com computador.<br />

Gosto de testar mais do que uma guitarra<br />

ou violão do mesmo modelo, pois<br />

cada um tem suas próprias diferenças<br />

e muitas vezes os vendedores me<br />

encaram como chato. Sem contar que,<br />

quando você pergunta o preço, é passado<br />

um valor já embutido dos juros,<br />

como se você fosse comprar a prazo.<br />

Não podem faltar itens básicos com diversidade.<br />

Para mim, que sou baixista,<br />

não pode faltar encordoamento para<br />

todos os tipos de baixos (quatro, cinco<br />

ou seis cordas) e de vários modelos,<br />

pois utilizo diferentes para cada baixo<br />

que tenho, para obter melhor timbre.<br />

Detesto quando vendedores não me<br />

perguntam se preciso de ajuda, ou<br />

pior, fingem que não me viram. Se entrei<br />

na loja, é porque preciso de ajuda,<br />

pois estou à procura de algo, independente<br />

do que seja, uma palheta ou um<br />

novo instrumento.<br />

Certamente não pode faltar variedade<br />

de instrumentos, qualquer que<br />

seja o segmento, bom atendimento e<br />

bons preços.<br />

Quando vou a uma loja, na maioria<br />

das vezes vou decidido sobre o que<br />

comprar ou às vezes preciso de algumas<br />

dicas com relação ao produto. O<br />

que me aborrece é o vendedor não<br />

saber esclarecer minhas dúvidas e<br />

insistir em ‘empurrar’ produtos sem<br />

meu interesse.<br />

É aquele em que o vendedor conhece<br />

bem o equipamento e proporciona a<br />

possibilidade de teste dele. Também<br />

aprecio a pós-venda, pois me passa<br />

que a loja realmente se preocupou<br />

com o fato de que o produto tenha<br />

atendido minhas necessidades.<br />

Aquele em que o vendedor se coloca<br />

à minha disposição. Quando vou adquirir<br />

um novo instrumento, pesquiso<br />

muito, pois quero ter certeza da minha<br />

escolha, ou seja, não vou comprar<br />

na primeira loja. Se o vendedor está<br />

disposto, já é meio caminho andado.<br />

A pessoa que atender deve ter muito<br />

conhecimento do que apresentará<br />

ao cliente, pois é um mercado de<br />

pessoas exigentes e que conhecem<br />

bastante o que procuram. Conhecimento<br />

do que oferecer é essencial<br />

para não ‘espantar’ o público.<br />

Atendimento qualificado, bom preço e<br />

variedade de equipamentos.<br />

Uma somatória de fatores: melhor<br />

custo-benefício, disposição do vendedor<br />

e variedade de produtos. Se há<br />

esta combinação, voltarei com certeza,<br />

pois sei que sairei satisfeito.<br />

Variedade, bom atendimento e bons<br />

preços certamente me farão retornar<br />

a essa loja.<br />

www.musicaemercado.com.br 41


Áudio Investimento<br />

Expansão<br />

em todas as áreas<br />

LL Audio Technology investe em infraestrutura e certificação ISO 9001,<br />

vai focar em exportação e já comemora os resultados deste ano<br />

A<br />

empresa LL Audio Technology<br />

surgiu há 25 anos na garagem<br />

do pai dos proprietários,<br />

os irmãos Luiz Carlos Luizon e Pedro<br />

Tadeu Luizon. “Começamos com a produção<br />

das famosas corujinhas, que são<br />

aqueles porta-tapes”, conta o gerente<br />

comercial da empresa, Wagner Fan-<br />

chioni. Atualmente, a LL Audio possui<br />

uma linha de praticamente 150 produtos<br />

do segmento de áudio e se prepara<br />

para uma nova fase de ampliação. “A<br />

nova sede já é uma realidade, com uma<br />

área muito maior, onde enfocamos a<br />

produtividade e melhores condições de<br />

trabalho, privilegiando tanto os pro-<br />

O segmento<br />

de áudio, por<br />

Wagner Fanchioni<br />

Qual é a melhor maneira de lidar<br />

com a concorrência?<br />

A concorrência ajuda a nos posicionar<br />

no mercado. Nossa estratégia<br />

sempre foi o investimento<br />

em nossos produtos, em nosso<br />

parque industrial e no respeito ao<br />

nosso cliente. Respeitamos também<br />

nossos concorrentes.<br />

Os modelos LL 200 e<br />

Starmax repaginados<br />

com entrada USB,<br />

sucesso de vendas<br />

Como a LL Audio pratica o marketing<br />

da empresa?<br />

Atuamos principalmente na divulgação<br />

da empresa e de nossos<br />

produtos na mídia do setor, além<br />

da participação em eventos.<br />

Quais são as dificuldades do<br />

ramo de áudio?<br />

Acho que as dificuldades não são<br />

exatamente do setor de áudio,<br />

mas sim do sistema como um<br />

todo. Alta carga tributária, juros<br />

altos e concorrência externa são<br />

dificuldades reais do segmento.<br />

42 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Áudio Investimento<br />

cedimentos quanto o bem-estar dos<br />

funcionários”, informa. Atuando em<br />

todo o território nacional, por meio de<br />

suas representações, os produtos da LL<br />

atendem a lojistas dos segmentos de<br />

áudio, eletrônica e instrumentos musicais<br />

e, além das novas instalações,<br />

a empresa já está em processo de implantação<br />

da certificação ISO 9001.<br />

A participação da LL no mercado<br />

internacional é ainda tímida, mas<br />

será o foco após a ampliação. Fanchioni<br />

esclarece: “Com certeza a exportação<br />

está em nossos planos. Fazemos<br />

alguma coisa para o Mercosul,<br />

mas sem muitos incentivos. Agora,<br />

com as novas instalações e o aumento<br />

de nossa produção, voltaremos a<br />

investir em exportação”.<br />

A venda dos produtos é bem distribuída<br />

entre as linhas, mas as caixas<br />

multiuso têm uma participação<br />

significativa, pois atingem um público<br />

popular. Quanto aos lançamentos,<br />

destaca-se a linha de produtos com<br />

entrada USB (veja matéria na p. 92).<br />

“Estamos investindo nos importados,<br />

e também em algumas novidades<br />

que serão apresentadas neste terceiro<br />

trimestre. Neste ano lançamos nossa<br />

linha de produtos com entrada USB,<br />

que tem sido um sucesso”, revela.<br />

Fanchioni destaca as igrejas evangélicas<br />

como leais consumidoras de seus<br />

produtos e atenta para o surgimento<br />

de novos mercados: “A sonorização de<br />

ambientes também é um segmento interessante<br />

e em crescimento e o ensino<br />

de música nas escolas com certeza<br />

contribuirá para o uso de equipamentos<br />

de áudio no futuro”, antecipa.<br />

Apesar de a comercialização ser<br />

voltada para as revendas, a empresa<br />

possui um departamento técnico para<br />

atender clientes/consumidores finais<br />

que precisam de suporte para desenvolver<br />

um projeto de sonorização. Quanto<br />

à previsão para o ano, a LL Audio Technology<br />

está confiante: “Imaginávamos<br />

que poderíamos sentir algum reflexo<br />

negativo, por conta da crise mundial,<br />

nas vendas de 2009, mas nos surpreendemos.<br />

As vendas foram boas até o<br />

momento e acredito num aquecimento<br />

até o final do ano”, finaliza. •<br />

A melhoria de<br />

produtos e O<br />

desenvolvimento<br />

são um foco<br />

da empresa, e<br />

por isso sempre<br />

trazemos<br />

novidades


GESTÃO<br />

TOM COELHO<br />

é formado em publicidade pela ESPM e economia pela USP. Tem especialização em marketing e Qualidade de Vida no Trabalho.<br />

É professor em cursos de MBA e atualmente escreve para mais de 400 veículos de comunicação em 14 países. É autor de Sete Vidas<br />

- Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profi ssional, publicado pela Editora Saraiva.<br />

E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br • Site: www.tomcoelho.com.br<br />

O CORAÇÃO<br />

DA EMPRESA<br />

“SE FÔSSEMOS BONS EM TUDO, NÃO NECESSITARÍAMOS TRABALHAR EM EQUIPE.”<br />

— GISELA KASSOY<br />

É<br />

comum qualificar-<br />

É comum qualificar-<br />

mos as empresas<br />

como<br />

‘organis-<br />

mos vivos’. E, sob<br />

essa ótica, comparar<br />

seu<br />

funcionamento<br />

ao do corpo humano.<br />

Nossa<br />

‘máquina’,<br />

projetada e esculpida<br />

por Deus, apresenta<br />

uma série de funções in-<br />

timamente relacionadas.<br />

Do sistema digestivo ao excretor,<br />

passando pelo respirató-<br />

rio e reprodutor, a saúde do corpo<br />

depende de um equilíbrio dinâmico<br />

orquestrado por um órgão funda-<br />

mental: o coração. Quando ele para,<br />

o corpo padece e desfalece.<br />

No mundo corporativo, ocorre<br />

o mesmo. Os organogramas nos in-<br />

dicam a existência de uma série de<br />

departamentos. Assim, a área de Su-<br />

primentos adquire matéria-prima<br />

que será processada pela Produção,<br />

colocada no mercado pelo Marke-<br />

ting, tudo custeado pelo suporte<br />

de Finanças, com apoio do Jurídico<br />

e da Contabilidade. A Informática<br />

sistematiza tudo e em todos esses<br />

setores há pessoas assistidas por<br />

Recursos Humanos.<br />

Mas, qual desses equivale ao coração<br />

da empresa?<br />

Uma companhia<br />

pode ter um excelente sistema<br />

de compras, obtendo suprimentos<br />

de inquestionável qualidade, junto<br />

a conceituados fornecedores, pelos<br />

menores preços e com os melhores<br />

prazos. Pode apresentar um sistema<br />

produtivo perfeitamente afinado, desde<br />

o recebimento da matéria-prima<br />

até a expedição do produto acabado,<br />

com certificação, entrega<br />

pontual e assistência técnica<br />

permanente. Pode ter estratégias de<br />

marketing muito bem planificadas,<br />

com identidade visual, pesquisas de<br />

prospecção de clientes e desenvolvimento<br />

de produtos, DBM, CRM, SAC<br />

e uma porção de outras siglas. Pode<br />

contar com um financeiro criterioso<br />

na concessão de crédito, enérgico na<br />

cobrança, responsável na aplicação<br />

44 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Gestão Tom coelho<br />

de recursos, dotado de capital próprio<br />

e com acesso a diversas linhas de financiamento.<br />

Pode dispor de um corpo<br />

jurídico preventivo e contencioso,<br />

uma controladoria eficiente na gestão<br />

tributária e um sistema de informações<br />

capaz de interligar todas as áreas<br />

da empresa, possibilitando agilidade<br />

na tomada de decisões. Pode ter uma<br />

equipe integrada e sinérgica, alinhada<br />

com os valores da empresa, com<br />

políticas de remuneração variável, incentivo,<br />

treinamento e avaliação por<br />

competências, entre outras.<br />

Todavia, mesmo todos esses recursos<br />

e infraestrutura não são suficientes<br />

para fazer uma corporação<br />

prosperar. E isso porque o coração de<br />

O departamento de vendas é o<br />

órgão vital de uma empresa.<br />

É o que a impede de morrer<br />

uma empresa é representado pelo departamento<br />

de Vendas. É lamentável<br />

que tantos empresários não se apercebam<br />

disso!<br />

Ao longo de minha trajetória profissional,<br />

vi empresas saudáveis se<br />

descapitalizarem, empresas tradicionais<br />

sucumbirem. E, não raro, porque<br />

deixaram de buscar o oxigênio para<br />

sua perenidade por meio de seus profissionais<br />

de vendas. Apenas um departamento<br />

comercial forte, com profissionais<br />

qualificados, conhecedores<br />

de seus clientes e produtos, adequadamente<br />

remunerados e incentivados, é<br />

capaz de promover o crescimento sustentado<br />

de uma empresa.<br />

Vendas é o órgão vital de uma<br />

empresa. É o que a impede de morrer.<br />

Embora não seja o único. •<br />

www.musicaemercado.com.br 45


Distribuição Ferragens<br />

Gibraltar<br />

se reposiciona<br />

no Brasil<br />

<strong>Musica</strong>l Express é a nova distribuidora<br />

e trará produtos inéditos<br />

Ao longo de mais de uma década atuando<br />

como importadora de acessórios, a <strong>Musica</strong>l<br />

Express conseguiu ganhar mercado por<br />

meio de uma estratégia que é o foco de todas as importadoras:<br />

trabalhar uma marca com exclusividade.<br />

Ter esse privilégio não é tarefa fácil. Além de precisar<br />

enfrentar as concorrentes, também habituadas<br />

a negociar representações, e ávidas para ganhá-las,<br />

o plano de negócios apresentado à filial precisa ser<br />

impecável e ter o diferencial que o destaque frente a<br />

todos os outros. Foi seguindo essa linha que, nos últimos<br />

anos, a <strong>Musica</strong>l Express garantiu a distribuição<br />

exclusiva das marcas D´Addario Strings, Planet<br />

Waves, Evans, Rico, D’Addario Bowed e HQ Percursion,<br />

uma gama de marcas expressivas que fabricam<br />

milhares de acessórios para instrumentos.<br />

A novidade é que a <strong>Musica</strong>l emplacou mais uma:<br />

desde 1º de agosto representa a Gibraltar no Brasil, uma<br />

das principais empresas do mundo em ferragens para<br />

baterias. O interesse na marca era antigo, como explica<br />

o diretor da <strong>Musica</strong>l Express, Antonio Tonelli: “Trata-se<br />

da empresa com o melhor mix de produtos para percussão,<br />

desde um simples parafuso até os melhores<br />

racks para bateristas exigentes. A Gibraltar não só tem<br />

o melhor mix como também é reconhecida internacionalmente<br />

pela alta qualidade de seus produtos”.<br />

Concorrência interna?<br />

Com a entrada da Gibraltar em seu catálogo, a importadora<br />

vai elevar em 10% a variedade de seus produtos.<br />

E qualquer participante da cadeia mercadológica<br />

– fabricante, intermediário ou varejista – sabe que<br />

uma das regras para vender bem e garantir uma vantagem<br />

realmente competitiva é ter, além de preço justo,<br />

uma extensa variedade de produtos disponíveis. “A<br />

linha completa da Gibraltar conta com aproximadamente<br />

550 itens, entre Hardware [ferragens grandes]<br />

e Service Center [os acessórios de reposição para as<br />

ferragens]. Já no primeiro embarque estão chegando<br />

300 itens”, conta Tonelli. Aliás, vale ressaltar que o<br />

grande diferencial da Gibraltar é a linha Service Center:<br />

especializada em peças de reposição para ferra-<br />

46 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Distribuição Ferragens<br />

A linha completa conta com<br />

aproximadamente 550 itens, entre<br />

hardware e peças de reposição<br />

gens (borboletas, presilhas, bucha, etc.),<br />

inclusive que podem ser utilizadas em<br />

outras marcas.<br />

Falando nisso, você deve estar se<br />

perguntando como a <strong>Musica</strong>l Express<br />

irá conciliar a distribuição da Gibraltar<br />

com as outras marcas de bateria que<br />

ela também importa, como a Pacific<br />

Drums. Será que não haverá uma concorrência<br />

interna? Não, revela Tonelli.<br />

Para ele nem existe conflito, já que as<br />

marcas top em bateria têm apenas o básico<br />

em ferragens. Ele ainda destaca que<br />

logo no primeiro contêiner já chegarão<br />

ferragens (hardware) que nunca foram<br />

comercializadas no Brasil. “Quando eu<br />

me refiro a hardware não estou falando<br />

de simples estantes de pratos, caixas e<br />

cymbals, estou falando de tecnologia e<br />

inovação”, explica o diretor.<br />

Para preparar os lojistas para receber<br />

essas novidades, o marketing da<br />

<strong>Musica</strong>l Express já prepara diversas<br />

ações. Entre as mais significativas e<br />

imediatas, estão um catálogo de referência<br />

completo com todos os produtos<br />

da Gibraltar e guias de apoio ao<br />

consumidor. “Faremos também um espelho<br />

do website americano para que<br />

o consumidor tenha acesso a todas<br />

as informações técnicas dos produtos<br />

que irão complementar sua bateria e,<br />

principalmente, tenha-os à disposição<br />

nas melhores lojas do segmento”,<br />

acrescenta Tonelli. O diretor ainda explica<br />

que disponiblilizar informações<br />

precisas sobre os produtos, oferecendo<br />

todo o apoio para o cliente, é a condi-<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 47


Distribuição Ferragens<br />

Conheça cinco produtos<br />

indispensáveis da Gibraltar<br />

1. Service Center: partes de alto uso e que sempre precisam<br />

ser substituídas: cymbal felts, washers, drum keys.<br />

A Gibraltar oferece a maior e mais completa linha de “replacement<br />

parts” para bateristas no mercado.<br />

2. 9707X - X-Hat: 2ª máquina de chimbal, indicada para<br />

qualquer baterista. Este produto não tem limitação de<br />

montagem e consegue a posição correta de 2º chimbal,<br />

algo que está cada vez mais popular entre bateristas.<br />

3. SC-GWK - Gibraltar Wing Key. É um item que todo<br />

baterista deve ter porque permite fazer qualquer ajuste<br />

necessário.<br />

4. Sistema de Montagem Stealth: Oferece uma versatilidade<br />

incrível e eficiência para montagem e transporte.<br />

Esse equipamento ganhou o prêmio US <strong>Musica</strong>l Merchandise<br />

Review na categoria de “melhor acessório para<br />

percussão” em 2008.<br />

5. GR-HMP - Hybrid Mounting Pod: É um suporte para<br />

prato que substitui até três tripés. Isso aumenta a capacidade<br />

de montagem e reduz a quantidade de suportes.<br />

APESAR DE NÃO EXISTIR UM DADO REALMENTE CONFIÁVEL,<br />

O SEGMENTO DE ACESSÓRIOS CORRESPONDE A ENTRE 10% E<br />

15% DA FATIA DO MERCADO DE INSTRUMENTOS MUSICAIS<br />

Antônio Tonelli,<br />

sócio-diretor<br />

da <strong>Musica</strong>l Express<br />

ção que garante o bom posicionamento da <strong>Musica</strong>l<br />

Express no segmento. “Para nós é fundamental poder<br />

oferecer sempre um bom suporte a todos os nossos<br />

parceiros, com a ajuda de marketing ativo e informações<br />

apuradas sobre os produtos. Tudo isso colabora<br />

para que as marcas que distribuímos tenham um<br />

bom posicionamento no mercado”, endossa.<br />

O lançamento oficial de distribuição exclusiva Gibraltar<br />

será na Expomusic, que acontecerá entre os<br />

dias 23 e 27 de setembro. No evento, o estande da <strong>Musica</strong>l<br />

Express terá uma área reservada com especialistas<br />

em percussão e todas as publicações de divulgação dos<br />

produtos Gibraltar disponíveis. •<br />

48 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Mundo Digital Twitter<br />

Ações de marketing com<br />

Twitter<br />

Saiba como usar o<br />

microblog e confira,<br />

na prática, tudo o<br />

que ele pode fazer<br />

pela sua empresa<br />

Por Cláudio Torres<br />

O que o Twitter pode<br />

fazer pela sua empresa<br />

Mas além de enviar os títulos do que<br />

você está publicando em seu blog,<br />

você pode enviar outras informações<br />

que atraiam as pessoas para o seu<br />

Twitter e que as estimulem a seguir<br />

seu perfil. Se sua empresa vai participar<br />

de um seminário: tweet os trechos<br />

mais importantes de cada palestra<br />

enquanto ela acontece. Vai fazer um<br />

evento promocional? Escale alguém<br />

para twittar os acontecimentos do<br />

evento. Você pode pedir, por exemplo,<br />

que seus vendedores twittem, em<br />

tempo real, de seus estandes enquanto<br />

participam de uma feira comercial.<br />

Assim as pessoas interessadas no assunto<br />

podem seguir os eventos de que<br />

sua empresa participa e se informarem<br />

sobre os assuntos relacionados ao<br />

seu negócio, vinculando-se à sua mar-<br />

O<br />

Twitter vem ganhando força<br />

no Brasil e ocupando um espaço<br />

significativo na mídia e<br />

fora dela. Ele já pode ser considerado<br />

a segunda maior rede social do País, e<br />

se tornou muito atraente para ações de<br />

marketing digital e publicidade on-line.<br />

Mas, por ser muito novo, as empresas<br />

e agências de publicidade ainda<br />

têm dificuldade em definir estratégias<br />

para o uso do Twitter em suas<br />

campanhas. Assim, desenvolvi sete<br />

boas dicas para ajudar a sua empresa<br />

no planejamento e implantação de<br />

ações que incluam o Twitter.<br />

O Twitter é uma ferramenta muito<br />

particular. Sendo uma mistura de<br />

sistema de comunicação, microblogging<br />

e rede social, ele pode ter uma infinidade<br />

de aplicações no marketing<br />

digital. Além disso, tem uma grande<br />

penetração nos celulares, dispositivos<br />

móveis e<br />

smartphones,<br />

como iPhone e BlackBerry<br />

e acesso através<br />

dos navegadores, por<br />

isso sua base de usuários se<br />

expande além da fronteira<br />

do consumidor que fica sentado<br />

na frente de um computador,<br />

tendo a mobilidade<br />

de alcançar o consumidor em<br />

qualquer hora e lugar.<br />

Outra característica importante<br />

é que no Twitter só recebe a informação<br />

quem opta por ela. Cada pessoa<br />

que entra no site, de acordo com suas<br />

preferências, se inscreve livremente<br />

para seguir os tweets de alguém. Sendo<br />

assim, o interesse pelo conteúdo<br />

divulgado é um fator-chave para o<br />

crescimento da comunidade.<br />

Então podemos pensar no Twitter<br />

como uma mídia para difusão de<br />

todo o nosso conteúdo. Além de criar<br />

artigos no seu blog (o tradicional),<br />

você poderá twittar trechos ou links<br />

para os artigos publicados. Muitas<br />

plataformas de blogs, incluindo o<br />

WordPress, já têm aplicativos para<br />

que você envie links de seus posts automaticamente<br />

para o Twitter.<br />

50 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Informática Cláudio Torres<br />

ca ou produto. Visualizou a importância<br />

do Twitter para o seu negócio?<br />

Muitas empresas, como a Dell e a<br />

Sacks, estão aproveitando os seus seguidores<br />

no Twitter, conseguidos com<br />

o marketing de conteúdo, e criando<br />

promoções relâmpago, informando ao<br />

consumidor que ele pode ter acesso a<br />

um desconto especial se aproveitar<br />

nas próximas horas. Os twitters dessas<br />

companhias têm milhões de acessos<br />

nessas ocasiões. Enfim, o Twitter pode<br />

ser utilizado como suporte a quase<br />

todas as ações de marketing digital.<br />

É por isso que penso no Twitter como<br />

uma plataforma de integração entre as<br />

diversas ações de marketing digital.<br />

Você irá conseguir bons resultados<br />

com o Twitter para sua empresa.<br />

O importante é saber que este é um<br />

investimento de médio prazo. Não<br />

espere resultados em menos de três<br />

meses, e mantenha-se firme no propósito<br />

de criar conteúdo e ser útil<br />

para seu público-alvo. Você verá que,<br />

Usando<br />

o Twitter<br />

pela<br />

primeira<br />

vez<br />

Para criar o seu Twitter, o primeiro passo é ir até o endereço: twitter.com;<br />

depois, clique em sign up now, faça seu cadastro (apesar de ser em inglês, é<br />

bem simples) e já pode começar a twittar. Busque, pela pesquisa, twitteiros<br />

que tragam assuntos correlacionados aos seus produtos e serviços ou que<br />

são de interesse da sua empresa e de seus clientes, comece a segui-los. Isso<br />

também vai divulgar a sua empresa. Lembre-se, é uma rede social, por<br />

isso, quanto maior o número de seguidores e de pessoas (ou empresas)<br />

com que você se relaciona, maior a divulgação de sua empresa.<br />

Como o Twitter é um microblog, o limite de cada “post” seu é de 140<br />

caracteres. É, realmente, para ser rápido e útil para o seu negócio. Você<br />

pode postar quantas vezes quiser em um dia e suas informações são difundidas<br />

entre seus seguidores. O Twitter tem mais de 44 milhões de<br />

usuários no mundo. O Brasil é o 5º país que mais usa a rede, ficando atrás<br />

apenas dos Estados Unidos, Japão, Espanha e Reino Unido, e 45% dos<br />

usuários têm entre 24 e 34 anos. (Redação)<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 51


Mundo Digital Twitter<br />

aos poucos, irá obter cada vez mais,<br />

e melhores, retornos com o Twitter<br />

e, em geral, eles serão permanentes e<br />

estáveis. Seus seguidores são clientes,<br />

ou possíveis clientes, que reconhecem<br />

sua empresa e querem se relacionar<br />

com ela com frequência, você só precisa<br />

dar aquela forcinha!<br />

O Twitter pode ser utilizado para<br />

uma infinidade de ações de marketing<br />

digital, mas estas sete ações são<br />

o seu enxoval inicial, e você deve partir<br />

delas para produzir bons resultados<br />

para sua empresa. A internet<br />

está aí, aproveite! •<br />

Minidicionário do Twitter<br />

follow – “seguir” (tradução do inglês), é quando você quer receber<br />

informações e atualizações daquele contato.<br />

follower –<br />

“seguidor” – indica quem segue aquele<br />

twitter<br />

ou seus seguidores.<br />

following - “seguindo” – são os twitters<br />

que você ou outra pessoa segue.<br />

twittar - verbo, ação ou efeito de postar alguma coisa no Twitter.<br />

tweet - os seus posts<br />

ou os de outras pessoas.<br />

twitteiro - usuário do Twitter.<br />

# ou hashtags – usar o símbolo # (conhecido como<br />

hashtag) antes de<br />

uma palavra identifica o assunto do twitte (post<br />

post)<br />

)<br />

@ –<br />

usado sempre antes do nome de algum usuário para direcionar a<br />

mensagem a ele ou para se referir a ele.<br />

Siga a Música & <strong>Mercado</strong> no Twitter: twitter.com/musicaemercado<br />

Sete ações com o Twitter<br />

para divulgar a sua empresa<br />

1.<br />

Inclua o Twitter em<br />

sua estratégia de<br />

marketing nas mídias<br />

sociais: identifiquese<br />

pelo seu Twitter nas mídias<br />

sociais e não por seu e-mail ou<br />

URL. Os consumidores que estão<br />

nas mídias sociais terão mais<br />

facilidade em se comunicar com<br />

você desta forma.<br />

2.<br />

Faça com que o conteúdo<br />

do blog de sua<br />

empresa gere twitts:<br />

produzir conteúdo<br />

para o blog de sua empresa ajuda<br />

a trazer mais visitas ao seu site,<br />

mas twittar o título de cada artigo<br />

ajudará a atrair mais seguidores<br />

para seu Twitter. Eles valem mais<br />

que as visitas, pois você pode se<br />

comunicar com esses consumidores<br />

na hora que quiser.<br />

3.<br />

Sempre que enviar<br />

uma newsletter, twitte:<br />

isso irá estimular<br />

as pessoas a lerem<br />

seu material e trará novos cadastros<br />

para seu e-mail marketing.<br />

4.<br />

Use a busca do Twitter<br />

para pesquisas<br />

on-line: a busca do<br />

Twitter permite<br />

que você acompanhe o que estão<br />

falando de sua empresa e de seus<br />

concorrentes. Além disso, permite<br />

que você acompanhe ações de<br />

marketing que podem ser uma boa<br />

fonte de novas ideias.<br />

5.<br />

Utilize seu Twitter<br />

para complementar<br />

suas campanhas promocionais:<br />

faça criativas<br />

promoções on-line para seus<br />

seguidores. Isso também atrai mais<br />

seguidores e melhora suas ações.<br />

6.<br />

Utilize o Twitter<br />

para iniciar campanhas<br />

virais: sua<br />

rede de seguidores<br />

no Twitter é o meio mais fácil e<br />

ágil de iniciar suas campanhas de<br />

marketing viral.<br />

7.<br />

Use e abuse dos tags:<br />

poucos conhecem ou<br />

entendem o uso dos<br />

chamados tags — os nomes<br />

começados com #. Eles servem<br />

para que as pessoas possam achar<br />

mais facilmente informações no<br />

Twitter. Portanto, entenda como<br />

funcionam e use sem moderação.<br />

CLÁUDIO TORRES<br />

é autor do livro A Bíblia do Marketing DIgital, lançado pela editora Novatec. Graduado em engenharia pelo ITA, fez pós-graduação em Marketing na Suécia e atua<br />

como consultor e palestrante em marketing digital e mídias sociais. E-mail: claudio@infobot.com.br<br />

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Governança Sucessão<br />

Sucessão<br />

sem traumas<br />

A Orion Cymbals<br />

pretende cumprir suas<br />

metas, mesmo com a perda<br />

de seu principal executivo.<br />

Conheça os segredos de um<br />

planejamento sucessório<br />

bem-sucedido e saiba<br />

por que ele é fundamental<br />

para a sobrevivência<br />

de sua empresa<br />

Por Ana Carolina Coutinho<br />

Wal-Mart, varejista, faturamento<br />

em 2008: 400 bilhões de dólares.<br />

Cargill, indústria alimentícia, faturamento<br />

em 2008: 120 bilhões de dólares.<br />

Além de bilhões de dólares em seus cofres,<br />

o que essas empresas têm em comum? São<br />

empresas familiares. Nesse contexto, poderíamos<br />

citar também o grupo Votorantim, o<br />

Pão de Açucar e muitas outras grandes companhias<br />

que possuem o mesmo modelo. As<br />

pequenas, médias e grandes empresas familiares<br />

formam a base da economia brasileira.<br />

Segundo dados coletados pela DS Consultoria<br />

Empresarial, elas correspondem entre 65%<br />

e 80% do total de companhias existentes no<br />

País, sendo responsáveis por mais de 2 milhões<br />

de empregos diretos e participando em<br />

54 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Governança Sucessão<br />

mais de 50% do PIB nacional.<br />

Esses números, obviamente expressivos,<br />

trazem ocultos os dois lados de ter esse panorama<br />

empresarial no Brasil. Isso porque,<br />

em sua grande maioria, a governança nesse<br />

tipo de empresa coloca o emocional acima<br />

do profissional. E, mais complicado ainda do<br />

que misturar pessoal com profissional (algo<br />

às vezes inevitável quando se lida com um<br />

filho, uma esposa ou um irmão), é atentar<br />

para o planejamento sucessório.<br />

No geral, o que caracteriza uma empresa<br />

como familiar é que seus proprietários são<br />

também os fundadores e atuais controladores,<br />

tendo outros membros da família no alto<br />

escalão gerencial. Setenta e seis por cento<br />

das empresas familiares brasileiras são médias<br />

e pequenas corporações, e é justamente<br />

nesse nicho que ocorrem os maiores problemas.<br />

Um velho ditado afirma: “Pai rico, filho<br />

nobre e neto pobre”. Cientificamente a frase<br />

nunca foi provada, mas algumas estatísticas<br />

deixam claro que se não houver uma profissionalização<br />

gerencial e regras claras durante<br />

a primeira gestão, o ditado está fadado a<br />

realmente acontecer. De acordo com a NTC<br />

& Logística, de cada cem empresas familiares<br />

no Brasil, 30% chegam à segunda geração<br />

e apenas 5% à terceira — é ou não uma<br />

comprovação do dito popular?<br />

NO BRASIL, 76% DAS EMPRESAS FAMILIARES<br />

SÃO MÉDIAS E PEQUENAS CORPORAÇÕES,<br />

E É JUSTAMENTE NESSE NICHO QUE<br />

OCORREM OS MAIORES PROBLEMAS<br />

O exemplo da Orion<br />

Na indústria de instrumentos musicais, a<br />

maioria das empresas brasileiras é familiar e<br />

muitas, literalmente, perdem o chão quando<br />

seu líder falece. O primeiro impedimento real<br />

é que falar em morte, na sociedade ocidental,<br />

é um grande tabu. Vencer essa barreira cultural<br />

é um dos primeiros passos; o segundo<br />

é vencer a cultura intelectual do fundador<br />

da empresa, que, por ter uma personalidade<br />

forte e de liderança, além de ser apegado<br />

à empresa que ajudou a construir, costuma<br />

achar-se ‘imortal’ e, quando não, ao prever<br />

O coração da Orion: acima,<br />

da esquerda para a direita, Rodrigo,<br />

Davi, Adriano e Paulinho Sorriso.<br />

Abaixo: Rafael, Ana Paula, Márcia e Pierre.<br />

sua aposentadoria, praticamente obriga um<br />

filho ou o parente mais próximo a assumir a<br />

companhia — “Fiz essa empresa para você,<br />

para a nossa família!” — quando, na verdade,<br />

gerenciá-la não é o desejo de quem a herda.<br />

Porém, pior ainda é quando o sucessor até<br />

deseja comandar o negócio, mas não tem a<br />

competência necessária para dirigi-lo.<br />

Na indústria de instrumentos musicais<br />

brasileira, as principais empresas são geridas<br />

por famílias ou tiveram seu fundador<br />

como o grande executivo da organização:<br />

Giannini, <strong>Musica</strong>l Express, a loja PlayTech —<br />

bastante expressiva na capital paulista —,<br />

Bravo Representações e muitas outras. Algumas<br />

já se preparam para quando a virada<br />

vir a ocorrer — como a Giannini, a PlayTech<br />

e, recentemente, a Orion, que precisou colo-<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 55


Governança Sucessão<br />

car seu plano em ação. Outras, porém,<br />

tiveram de se adaptar à realidade de<br />

ter perdido seu líder de uma hora para<br />

outra. Foi o caso da Ao Rei dos Violões,<br />

dos irmãos Abel e Samuel Gomes, que,<br />

após a morte de um de seus fundadores,<br />

justamente na época de abertura<br />

da economia brasileira, precisou fechar<br />

as portas por conta dos conflitos decorrentes<br />

de uma sucessão sem planejamento<br />

numa época de grande atribulação<br />

no mercado.<br />

A parte mais complicada de uma<br />

empresa familiar é a profissionalização<br />

de certos aspectos, sobretudo aquele<br />

que prevê de forma antecipada, estrategicamente<br />

e de maneira planejada,<br />

a sua linha sucessória. Outras empresas<br />

do ramo também foram pegas de<br />

surpresa ao perderem sua grande referência<br />

executiva, mas não foram surpreendidas<br />

administrativamente pelo<br />

afastamento de seu líder. Elas se prepararam<br />

para esse momento.<br />

Imagine a reação da equipe ao perder<br />

um diretor que gerenciava a empresa<br />

há mais de 22 anos, sendo, inclusive, o<br />

responsável por levar para a companhia<br />

mais um modelo de negócio que se tornou<br />

um estrondoso sucesso na indústria<br />

de instrumentos : a Orion Cymbals.<br />

AS AÇÕES RESUMEM-SE NO<br />

PLANEJAMENTO DA SUCESSÃO E NO<br />

PREPARO DE TODOS OS ENVOLVIDOS<br />

PARA A CONCLUSÃO SEGURA DO<br />

PROCESSO: SUCEDIDO, SUCESSOR,<br />

FAMÍLIA E EMPRESA<br />

O preparo antecipado<br />

dos envolvidos<br />

Braço da Multialloy Metais e Ligas Especiais,<br />

a Orion Cymbals foi criada por<br />

Michel Bex em 1999, que já comandava<br />

a Multialloy desde 1987. A Orion rapidamente<br />

ganhou destaque no mercado<br />

brasileiro de pratos para bateria e<br />

se tornou uma exportadora para mais<br />

de 50 países. Em julho deste ano, Michel<br />

Bex faleceu, mas a empresa estava<br />

preparada. “Ele era um homem que<br />

acreditava em pessoas e investia nelas<br />

e, assim, inteligentemente, preparou e<br />

estruturou a sua empresa para que ela<br />

superasse todas as crises, inclusive a do<br />

seu afastamento”, conta Pierre Rocha,<br />

gerente de negócios nacionais e internacionais<br />

da Orion Cymbals.<br />

Com o planejamento correto, passar<br />

por uma fase de tamanha turbulência<br />

pode ser bem mais simples do que<br />

se imagina. Na Orion, ainda segundo<br />

Rocha, o planejamento de Michel Bex<br />

permitirá que as metas p<strong>revista</strong>s pela<br />

empresa sejam cumpridas, mesmo<br />

após a nova sucessão. O grupo pretende<br />

alcançar, neste ano, o faturamento<br />

de R$ 65 milhões, com a direção de seis<br />

executivos “e um corpo gerencial ativo<br />

e competente, liderados pela Miriam<br />

Matile, viúva de Bex. (...) A Orion Cymbals<br />

continuará como sempre foi, sendo<br />

uma empresa com foco nos clientes,<br />

desenvolvendo produtos e serviços de<br />

qualidade, investindo no Brasil e participando<br />

da cultura brasileira”, enfatiza.<br />

O que fazer para se preparar para<br />

momentos como esses? Dolorosos, sim.<br />

Inesperados, sim, mas com certeza<br />

irão acontecer em todas as empresas.<br />

Segundo o artigo “Sucessão e a Sobre-<br />

O que PODE envolver a sucessão familiar<br />

Divergências entre sócios<br />

Divergências entre herdeiros<br />

Divergências entre pais e filhos<br />

Resistência<br />

Graves conflitos de interesse<br />

Choque de gerações<br />

Despreparo dos herdeiros<br />

O que DEVE envolver a sucessão familiar<br />

Consciência e profissionalismo<br />

Planejamento e apoio de consultores, se necessário<br />

Integração<br />

Clareza sobre as responsabilidades envolvidas<br />

Respeito ao talento, à vocação natural<br />

Administração saudável de conflitos<br />

Preparação geral dos herdeiros sob vários aspectos: técnico,<br />

administrativo, liderança e conhecimento profundo do mercado<br />

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Governança Sucessão<br />

Os 10 pecados de empresas familiares<br />

O doutor em Administração de Empresas<br />

pela USP, Luiz Marcelo Antonialli,<br />

listou em seu artigo “Sucessão<br />

e a Sobrevivência das Empresas Familiares”<br />

uma dezena de erros gerenciais<br />

cometidos por todas as empresas, mas<br />

que são muito mais típicos e recorrentes<br />

nas empresas familiares:<br />

Fonte: NTC & Logística<br />

1. Confundir os interesses da família com os da empresa.<br />

2. Não ter a autonomia e a independência como objetivos principais.<br />

3. Não fazer diferença entre lucro máximo e lucro ótimo.<br />

vivência das Empresas Familiares”, do<br />

doutor em Administração pela USP<br />

Luiz Marcelo Antonialli, cerca de 20%<br />

das empresas familiares estão passando<br />

por essa fase de transição, que dura,<br />

em média, de três a cinco anos para ser<br />

concluída. Por isso, quanto antes os<br />

executivos começarem a planejar sua<br />

sucessão, melhor será para os sucessores,<br />

tanto em âmbito gerencial quanto<br />

como fator essencial para a sobrevivência<br />

da empresa. “As possíveis ações preventivas<br />

que podem minimizar os conflitos<br />

envolvidos na fase de sucessão e<br />

aumentar as chances de sobrevivência<br />

das empresas familiares resumemse<br />

no planejamento da sucessão e no<br />

preparo de todos os envolvidos para a<br />

condução segura do processo: sucedido,<br />

sucessor, família e empresa”, ensina<br />

Antonialli no mesmo artigo. •<br />

Para saber mais:<br />

http://www.empresafamiliar.com.br<br />

http://tr.im/xFcu<br />

4.Não trabalhar quando se é membro da família.<br />

5. Apresentar as contas de maneira a não pagar,<br />

se possível, nenhum imposto nem sequer perguntar-se<br />

sobre os resultados efetivos.<br />

6. Não determinar objetivos precisos.<br />

7. Não dar atenção suficiente aos financiamentos.<br />

8. Negligenciar a formação profissional e a formação permanente.<br />

9. Dispersar as forças.<br />

10. Não ceder lugar.<br />

ERA UM HOMEM QUE INTELIGENTEMENTE PREPAROU E<br />

ESTRUTUROU A SUA EMPRESA PARA QUE ELA SUPERASSE<br />

TODAS AS CRISES, INCLUSIVE A DE SEU AFASTAMENTO.<br />

CRIOU, COM ESTE PROCEDER, UM GRUPO QUE NESTE ANO<br />

FATURARÁ ALGO COMO R$ 65 MILHÕES<br />

58 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


FALANDO NISSO<br />

LEONARDO GLIKIN<br />

é advogado, pós-graduado no Colégio Nacional de Buenos Aires e um dos responsáveis por<br />

difundir o conceito de planejamento sucessório na Argentina. E-mail: leoglikin@gmail.com<br />

COMO CRIAR UM<br />

PLANO DE SUCESSÃO<br />

EVITE SOFRIMENTOS AO TRANSFERIR<br />

A ESTRUTURA DE SEU NEGÓCIO<br />

Certas instituições, como o papado ou as monarquias,<br />

têm um processo sucessório como um fenômeno que<br />

começa depois da morte do titular anterior.<br />

Esse procedimento é apenas aparentemente simples. Afinal,<br />

uma instituição não duraria mais de 2 mil anos se não ti-<br />

vesse previsto de maneira sistemática e adequada a sucessão,<br />

e ainda tomado as providências necessárias para proteger a<br />

organização de qualquer imprevisto.<br />

E em nosso negócio, como estamos? O mais provável é que<br />

não tenhamos um plano de contingência para este caso, nenhum<br />

plano de sucessão, pois estamos concentrados em nossos negó-<br />

cios, ou problemas do dia a dia do escritório. Além disso, o tema<br />

é considerado um tabu e a maioria dos empresários evita<br />

abordá-lo. E como, aparentemente, não oferece resultado<br />

imediato, vamos guardando-o entre as coisas que, ape-<br />

sar de muito importantes, nunca serão resolvidas.<br />

Um plano de sucessão não é necessário apenas<br />

para as grandes corporações, também se mostra im-<br />

prescindível nas pequenas e médias empresas, e em<br />

todos os negócios em que o falecimento de pessoas<br />

com responsabilidades importantes possam afetar o<br />

andamento das atividades e prejudicar a companhia.<br />

Encarar esta questão da sucessão é difícil, entre<br />

outras coisas, porque temos uma limitação cultural<br />

nesse sentido. Trata-se de um tema muito delicado para<br />

muitas pessoas, e, como todas as questões que envolvem<br />

mudanças, o medo é um fator preocupante, sendo o princi-<br />

pal fator de inércia. O medo de fracassar na tarefa, o medo de<br />

dizer que ainda não sabe qual o alcance do plano que se quer<br />

realizar e quais serão as chances de sucesso ao aplicá-lo. Mas<br />

esses receios podem ser ultrapassados.<br />

O futuro em benefício do presente<br />

Cada empresário deve planejar essas questões dentro de sua<br />

própria realidade e, eventualmente, solicitar o auxílio de<br />

consultores qualificados para que o planejamento da suces-<br />

são seja uma oportunidade de progresso, para viver melhor e<br />

dar aos negócios maior sustentabilidade e durabilidade.<br />

Monarquias têm plano de sucessão estratégico<br />

60 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Falando Nisso Sucessão<br />

Um plano sucessório de sucesso<br />

Para começar o seu planejamento<br />

e obter um planejamento vitorioso,<br />

você deve:<br />

✔ Reconhecer a necessidade de um<br />

plano.<br />

✔ Encarar o planejamento da<br />

sucessão como uma atividade<br />

profissional.<br />

✔ Incorporar ao planejamento da<br />

sucessão aspectos de liderança,<br />

recrutamento e manutenção de<br />

pessoas, além da compensação<br />

salarial ou benefícios.<br />

✔ Estabelecer uma hierarquia que<br />

gerencie uma grande empresa<br />

corporativa, ou um pequeno<br />

escritório.<br />

✔ Desenhar um quadro de diretores.<br />

✔ Criar um plano de sucessão<br />

formal e que deve conter:<br />

• Plano de aposentadoria compulsória,<br />

uma idade-limite para<br />

exercício das funções.<br />

• Acordos razoáveis, para os aposentados<br />

continuarem trabalhando<br />

na empresa.<br />

• Atas que permitam a destituição<br />

forçada do proprietário em caso<br />

de atividades ilegais, incapacidade,<br />

conduta inadequada ou<br />

desempenho insatisfatório.<br />

• Plano de previdência, para pagar<br />

a aposentadoria dos ex-administradores.<br />

• Definição de quais são as atividades<br />

permitidas aos ex-administradores,<br />

para assegurar a retenção de clientes.<br />

✔ Impedir os administradores de<br />

realizar opções de fusão e venda<br />

da empresa, salvo obrigações<br />

anteriores a sucessão (para o<br />

caso de herdeiros).<br />

✔ Planejar quando e de que maneira<br />

os proprietários deixarão o controle<br />

sobre os clientes antigos e como<br />

será feita a introdução do pessoal<br />

mais novo às contas existentes.<br />

✔<br />

Decidir um plano de carreira para os<br />

futuros associados, administradores,<br />

e como serão feitos os treinamentos,<br />

durante ou fora de expediente,<br />

através de aulas regulares.<br />

✔<br />

Deixar claro quais são os requisitos<br />

exigidos para assumir a empresa, e<br />

transferi-la apenas para quem apresentar<br />

as condições predefinidas.


Capa Pearl<br />

Pearl 10<br />

Marca japonesa muda estratégia<br />

. Da Redação<br />

Tak Isomi,<br />

vice-presidente<br />

da Pearl<br />

Foram meses de especulação sobre a saída da Pearl da<br />

Pride Music, uma das mais conceituadas importadoras<br />

do Brasil e detentora de marcas de grande calibre para o<br />

mercado nacional. A notícia, entretanto, é oficial: a Pearl abre<br />

escritório em joint venture com Saad Romano, proprietário da<br />

GR Music/Turbo Percussion.<br />

No segundo semestre de 2008, a Pearl demitiu Eduardo Martinez,<br />

responsável pelas operações latino-americanas da Pearl.<br />

Para esta função, Tak Isomi, vice-presidente da empresa, chamou<br />

o brasileiro Alessandro Bisetto.<br />

Com ampla experiência no mercado de baterias, Bisetto foi,<br />

entre outros, o responsável pela expansão da Pearl no Brasil<br />

nos anos 90, quando atuava na Brazil Percussion, importadora<br />

da marca naquele momento. De fato, o mercado era diferente e a<br />

oferta dos produtos asiáticos no País era menor. Entretanto, havia<br />

outros competidores páreos para a Pearl. A marca brilhava e era o<br />

sonho de consumo de nove entre dez bateristas. Mesmo sendo reconhecida<br />

internacionalmente, o intenso trabalho realizado na ocasião<br />

foi destaque e até se produziu um comercial de televisão estrelado<br />

por Igor Cavallera para ser transmitido pela MTV.<br />

Na brasileira RMV, Bisetto foi encarregado da exportação e, junto<br />

com a diretoria e o baterista Mauricio Leite, pelo desenvolvimento<br />

de novos produtos.<br />

De volta a 2009, a questão a se considerar é que se a Pearl trocou<br />

seu gerente latino-americano não foi para manter o mesmo volume de<br />

vendas que vinha sendo praticado. Obviamente, o recado foi entendido<br />

e os pedidos subiram em toda a América Latina. Mas não era só isso: a<br />

empresa também buscava uma nova postura para a imagem da marca.<br />

Depois de sete anos investindo no mercado europeu, passou a priorizar o<br />

continente sul-americano.<br />

Um mundo competitivo pede uma estratégia que os americanos<br />

chamam de mind share (meio de medição informal baseado em conversas,<br />

menções ou referências sobre um produto) e aumento de brandawareness<br />

(reconhecimento da marca), e Bisetto tinha dados e conhecimento<br />

por ter participado diretamente das ações da Pearl antes.<br />

Parando os boatos<br />

Notícias de troca de marcas entre as importadoras já não abalam<br />

mais o setor, mas com a Pearl e a Pride Music a situação foi diferente.<br />

O primeiro motivo se deu pelo tamanho e importância<br />

dessas empresas no mercado. O segundo, pela possível sinali-<br />

62 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Capa Pearl<br />

0% Brasil!<br />

e abre escritório próprio no País<br />

Fotos: Marcelo Rossi e divulgação<br />

zação de que algo poderia não ir tão bem na Pride Music. Este<br />

foi o ponto decisivo para a empresa encaminhar um comunicado<br />

ao mercado com a finalidade de estancar qualquer<br />

boato que pudesse descredibilizar a empresa. O tiro saiu<br />

pela culatra devido ao conteúdo repleto de forte carga<br />

emocional, principalmente no segundo trecho da carta.<br />

Tentativas de intimidar e desqualificar a fonte — no<br />

caso, os boatos e suas consequências — são argumentos<br />

comuns tanto em política quanto no mundo corporativo.<br />

“Quem iniciou os boatos foi gente da própria Pride”,<br />

retrucou um diretor de importadora que preferiu não se<br />

identificar, outras fontes da Música & <strong>Mercado</strong> opinaram de<br />

maneira semelhante.<br />

A carta relata a visão da Pride Music sobre o cancelamento da<br />

distribuição da marca no Brasil e buscou suprimir qualquer outra versão<br />

diferente do que a empresa gostaria que fosse divulgado: “Qualquer<br />

fato diferente do relatado a seguir não é verdadeiro e trata-se de<br />

uma clara intenção de prejudicar nossos negócios; será apurado e o<br />

responsável legalmente responsabilizado”, aparece no início da carta.<br />

Mais um motivo de relevância para o mercado: o surgimento de<br />

novos competidores aptos a trabalhar com marcas premium no Brasil<br />

poderia se tornar uma ameaça, partindo-se do princípio de que um<br />

simples avanço internacional do assunto levaria as demais marcas representadas<br />

pela empresa a receber uma enxurrada de propostas para<br />

distribuição. Outro fator é o provável questionamento internacional dos<br />

motivos, sendo o pontapé inicial para que marcas amigas ou correlatas<br />

à Pearl trocassem sua distribuição.<br />

Em época de Expomusic, esses casos viram uma bomba. Não seria<br />

estranho se a empresa fosse para os Estados Unidos com a finalidade<br />

de fechar gordos pedidos pessoalmente e acompanhar o fluxo de informações<br />

recebidas pelos fornecedores, além de passar uma ‘versão<br />

oficial’, blindando os ouvidos dos gerentes de exportação das marcas<br />

para a América Latina sobre o que possivelmente escutariam aqui.<br />

Olhos abertos<br />

Devido à crise econômica, as empresas internacionais estão atentando<br />

para a possibilidade de maior venda em mercados que não<br />

eram considerados importantes. Se antes estavam satisfeitas com<br />

2% ou 3% de seu faturamento vindo de países em desenvolvimento,<br />

distribuidores relativamente novos, que conseguiram<br />

superar as performances de venda, tiveram seus nomes co-<br />

Alessandro Bisetto, gerentegeral<br />

para a América Latina<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 63


Capa Pearl<br />

mentados nas cúpulas do mercado internacional<br />

e, assim, a exigência sobre<br />

as grandes marcas tende a ser maior.<br />

Seria inocência duvidar da competência<br />

e organização interna da Pride<br />

Music, muito menos de sua equipe<br />

gerencial. Da mesma forma que se perdem<br />

marcas, outras se ganham, principalmente<br />

quando a empresa tem anos<br />

de mercado e, sobretudo, capital. Até a<br />

época de fechamento desta edição, comentava-se<br />

no setor a respeito de uma<br />

demonstração de força na Expomusic,<br />

com um estande bem montado e novidades<br />

nas políticas de vendas. E isso<br />

é necessário. Diante dos fabricantes<br />

asiáticos, que ganham cada vez mais<br />

market share em linhas intermediárias,<br />

e até premiuns, as empresas japonesas,<br />

americanas e europeias passaram a demandar<br />

maior atenção ao marketing e<br />

à presença no ponto de venda. Muitas<br />

agora questionam e cobram das distribuidoras<br />

mais ação e dizem para não<br />

se apoiar somente no peso internacional<br />

da marca para obter vendas nos<br />

mercados internos.<br />

Turbo e Pearl<br />

Mesmo com propostas das mais diversas<br />

empresas para assumir a distribuição<br />

da Pearl no Brasil, a companhia<br />

japonesa optou por um modelo novo<br />

de negócios, uma joint venture da Pearl<br />

japonesa com Saad Romano, sócio-diretor<br />

da GR/Turbo Music.<br />

Para este fim será criada uma nova<br />

empresa, chamada PBR (Pearl Brasil),<br />

cuja operação será encabeçada por<br />

Alessandro Bisetto e Saad Romano.<br />

Inicialmente, irão colocar as linhas<br />

de bateria no Brasil e desenvolver o<br />

marketing. Depois, serão distribuídas<br />

as linhas de percussão afro-cubanas,<br />

marching band e flautas.<br />

Romano tem o perfil amigável, sério<br />

e comprometido. Discreto, possui<br />

negócios fora do setor musical e mantém<br />

uma relação saudável com os concorrentes.<br />

Segundo a Pearl, um perfil<br />

ideal para uma relação de longo prazo.<br />

Já para os lojistas, a descentralização<br />

tem sido bem vista. De acordo<br />

com um dos maiores varejistas do<br />

setor no Brasil, que pediu sigilo de<br />

identidade, existe uma diferença de<br />

atitude quando a própria marca coordena<br />

seus negócios: “Dessa forma, as<br />

marcas teriam espaço para crescer e<br />

INFLAÇÃO DE PREÇO É JUSTA QUANDO<br />

VOCÊ TEM DE ABSORVER OUTROS<br />

CUSTOS E SE VOCÊ É UMA EMPRESA<br />

MUITO SÉRIA DE MERCADO<br />

— TAK ISOMI<br />

seria mais democrático. Estou gostando<br />

muito desta atitude da Pearl”,<br />

contou. As atividades serão regidas no<br />

início pela GR Music. Tão logo a documentação<br />

da PBR fique pronta, a Pearl<br />

passará a operar com o novo CNPJ.<br />

A ent<strong>revista</strong><br />

Música & <strong>Mercado</strong> coletou a maior parte<br />

das informações sobre a Pearl em três<br />

ocasiões: em outubro de 2008, quando<br />

conhecemos a planta fabril na China; em<br />

janeiro de 2009, na Namm e, por último,<br />

a ent<strong>revista</strong> no Brasil, com Tak Isomi,<br />

vice-presidente da Pearl e Alessandro<br />

Bisetto, responsável pelas operações na<br />

América Latina. Sempre calmo e profissional,<br />

Isomi é conhecedor do mercado<br />

brasileiro. Com serenidade, concedeunos<br />

a seguinte ent<strong>revista</strong>.<br />

Qual será o modelo de negócio implantado<br />

pela Pearl no Brasil?<br />

Tak Isomi: A situação financeira mundial<br />

vem mudando nos últimos anos, o<br />

que afeta os negócios em todas as áreas<br />

e setores. Assim, sentimos a necessidade<br />

de nos adaptar a um novo tipo de mode-<br />

64 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Capa Pearl<br />

Houve um boato de que o escritório<br />

brasileiro é só uma desculpa para vocês<br />

tirarem uma distribuidora e colocarem<br />

outra.<br />

Alessandro Bisetto: Não, não é, porque<br />

é uma empresa independente. É<br />

outra pessoa jurídica que será uma joint<br />

venture, e que terá capital de uma, de<br />

outra, e com papéis bem determinados<br />

de que quem vai fazer o quê. Os proprietários<br />

da GR/Turbo entram como investidores<br />

também nessa empresa nova. É<br />

uma empresa independente da GR. Irá<br />

funcionar com a mesma infraestrutura.<br />

Eles [GR] provendo a logística e infraestrutura<br />

operacional e a Pearl, exclusivamente,<br />

com o marketing em vendas.<br />

Além do Saad Romano, sócio-diretor<br />

da GR Music, tínhamos conversado<br />

com outros diretores de empresas. Decidimos<br />

pelo Saad porque achamos que<br />

ele complementava melhor o perfil de<br />

que necessitamos. Então, não é desculpa.<br />

Não temos por que fazer nenhum<br />

Produtos:<br />

Pearl trará uma<br />

linha maior ao Brasil<br />

lo comercial global. Por essa razão, precisei<br />

tomar a difícil decisão de mudar<br />

a distribuição. Agora tenho de apontar<br />

a nova forma de distribuição exclusiva<br />

da Pearl, a fim de restabelecer a marca.<br />

Sabemos o que significa estar 100% dedicados<br />

para cuidar de toda a logística e<br />

tudo o que envolve a marca Pearl. Dessa<br />

maneira, buscamos uma joint venture<br />

para iniciar um novo negócio da marca<br />

no Brasil a partir de setembro.<br />

Você falou sobre mudança global no<br />

ambiente de negócios. A que se referem<br />

especificamente essas mudanças<br />

no País na visão da Pearl?<br />

Isomi: A Pearl tem uma grande variedade<br />

de produtos, de baterias profissionais,<br />

produtos educacionais, percussão,<br />

entre outros. Infelizmente a forma de<br />

distribuição era muito carente, o que<br />

chamo de cherry picking. Tínhamos de<br />

optar por uma forma nova para cuidar<br />

de maneira equilibrada de toda a nossa<br />

linha de produtos. Simplesmente apontamos<br />

um sistema que será 100% Pearl.<br />

E a definição de um distribuidor comum<br />

é “Ok.... Pearl é mais uma das marcas”.<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 65


Capa Pearl<br />

jogo de cena, pois não temos nada para<br />

esconder e eles [GR] também não. São<br />

pessoas honradas que trabalham de<br />

forma limpa há muito tempo.<br />

Se quiséssemos dar a distribuição<br />

diretamente para a GR Music em vez<br />

de abrir uma empresa intermediária,<br />

isso teria sido feito. O que queremos<br />

é, justamente, implantar a filosofia de<br />

trabalho da Pearl mundial no Brasil.<br />

interessante. A parte operacional<br />

que o Saad se propôs a construir<br />

é atraente. O prédio novo é muito<br />

legal do ponto de vista logístico.<br />

Isomi: Esta é a forma que<br />

tem de ser. A Pearl é fabricante,<br />

mas temos<br />

um departamento de<br />

As baterias Turbo e as ferragens<br />

distribuídas pela GR Music, cujo<br />

proprietário é Saad Romano,<br />

não conflitam com a Pearl?<br />

Bisetto: Eles aceitaram abrir mão<br />

do que estava conflitando. A GR<br />

continua e vende os produtos Turbo,<br />

que têm bastante sucesso, porque<br />

estão na base da pirâmide de venda.<br />

São produtos de entrada para o músico.<br />

Depois, naturalmente o consumidor vai<br />

passar para a Pearl e essa sinergia será<br />

Pearl <strong>Musica</strong>l<br />

Instrument Company<br />

Fundada por Katsumi Yanagisawa no dia 2 de abril de<br />

1946, em Tóquio, a empresa começou fabricando estantes de partitura. Em<br />

1950 Katsumi inicia a fabricação de tambores e três anos depois expande a<br />

sua linha de produtos. Inclui baterias, instrumentos para bandas marciais,<br />

timpani, instrumentos de percussão latinos, pratos, estantes e acessórios.<br />

Mitsuo, filho mais novo de Katsumi, se integra à Pearl em 1957 e institui<br />

um departamento de exportação. Com a explosão do rock’n’ roll, a demanda<br />

por baterias cresce absurdamente e a Pearl ganha o mundo.<br />

Atualmente, a Pearl <strong>Musica</strong>l<br />

Instrument Company, com sede<br />

em Yachiyo, Japão, produz diversos<br />

instrumentos de percussão e<br />

equipamentos usados por bandas<br />

marciais. A empresa possui fábricas<br />

na Tailândia, Taiwan, China e<br />

Japão e produz, além de baterias<br />

e ferragens, fl autas e instrumentos<br />

de percussão — inclusive<br />

brasileiros. (Redação)<br />

Linha Mahogany de<br />

congas e bongôs<br />

vendas, marketing e, felizmente, lideramos<br />

o mercado de bateria (mundialmente)<br />

e, da forma como era, não<br />

estávamos crescendo aqui.<br />

Em resumo, será semelhante a uma<br />

distribuidora convencional, mas com a<br />

diferença de que é parceria e trabalhará<br />

com a linha completa Pearl. É isso?<br />

Bisetto: Exatamente. Vamos trabalhar<br />

com a linha completa. A marca é conhecida<br />

pelas baterias porque elas são<br />

mais visíveis e volumosas. Mas a Pearl<br />

também tem acessórios, percussão,<br />

congas, timbales, flautas. Daremos a<br />

mesma forma e peso para todas.<br />

66 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Capa Pearl<br />

Como será a estrutura no Brasil?<br />

Bisetto: Sou o responsável pelas vendas<br />

e pelo marketing. Saad será responsável<br />

pela parte operacional.<br />

A realidade comercial de hoje é diferente<br />

de dez anos atrás. Obviamente<br />

vocês levaram isso em consideração.<br />

Isomi: Pensamos no conceito da criação<br />

de ‘pirâmides’. Trabalhamos desde<br />

o produto mais avançado ao econômico.<br />

Desafortunadamente, não somos o<br />

mais barato. Empresas japonesas não<br />

conseguem atingir um set de produtos<br />

tão baratos como as chinesas, mesmo<br />

produzindo lá. Também estamos sempre<br />

investindo na marca.<br />

Por isso, se os pais de um jovem forem<br />

a uma loja e perguntarem por uma<br />

bateria de R$ 199, eles não conseguirão<br />

ter uma Pearl. O pai diz: “Johnny, vamos<br />

comprar esta. Se você continuar interessado,<br />

passamos para um modelo melhor”.<br />

Mas, em negócios de bateria, 80% são<br />

China: fábrica com<br />

conceito japonês<br />

EMPRESAS AMERICANAS, JAPONESAS<br />

E EUROPEIAS PASSARAM A DEMANDAR<br />

MAIOR ATENÇÃO AO MARKETING<br />

E À PRESENÇA NO PONTO DE VENDA<br />

ferragens e 20% madeira. Nesse momento,<br />

feliz ou infelizmente, 80% das baterias<br />

chinesas apresentam problemas de quebra<br />

de ferragens, como pedal, hi-hat ou<br />

estantes. Então os pais dizem: “Johnny,<br />

você não poderá tocar assim. Vamos<br />

comprar outra peça”. Nós realmente adoramos<br />

o negócio de reposição de peças!<br />

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WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 67


Capa Pearl<br />

De que forma será constituída a política<br />

de preços para esta nova fase?<br />

Bisetto: Não faremos nenhum tipo de<br />

mágica para colocar os preços em lugares<br />

nos quais eles não podem estar. A<br />

grande diferença não será em preço,<br />

mas no serviço ao consumidor, garantia<br />

e marketing do produto, entre outros.<br />

Isomi: Atualmente, os preços dos produtos<br />

da Pearl estão muito inflados se<br />

comparados aos demais países. Inflação<br />

de preço é justa quando você precisa absorver<br />

outros custos e, se você é uma empresa<br />

muito séria de mercado, trabalha o<br />

marketing, anuncia mais. O marketing<br />

era somente financiamento de lojistas.<br />

Da forma como estava, os usuários não<br />

recebiam os benefícios e, no nosso estilo,<br />

temos de dar benefícios ao consumidor<br />

final. Para mim, esta é a grande diferença.<br />

Bisetto: Estou prevendo que os valores<br />

serão, em média, 10% menores do que<br />

eram praticados anteriormente.<br />

Pearl Demon Drive Pedal<br />

Velocidade, controle, design high tech. Demon Drive é o lançamento inovador<br />

da Pearl. Em matéria de construção, poucas características do pedal são iguais<br />

às de qualquer um feito antes. Os batedores são fabricados a partir de uma esfera<br />

de metal com um forro de borracha e alguns relevos pintados de laranja.<br />

A empresa buscou nos skates a maneira de tornar seus pedais mais macios e<br />

práticos. Para isso, usou as marcações ‘Ninja’ de rodas de skate — que fazem<br />

as rodinhas girarem por muito mais tempo com menos esforço aplicado. A propulsão<br />

do pedal é feita pelo movimento de catapulta de duas peças de metal<br />

que alavancam uma à outra com atrito quase zero. Outra inovação da Pearl é o<br />

eixo que liga os pedais. Com um novo sistema Z-Link, o Demon Drive não perde<br />

potência do pé esquerdo — deficiência normalmente causada pela trepidação<br />

do eixo em relação à movimentação dos pedais. Tudo é firme e nada se perde<br />

de nenhum dos pés. Outro diferencial é que a sapata do<br />

Demon Drive não tem apenas um nível de tamanho:<br />

reajustando alguns pequenos parafusos, a sapata<br />

desliza, destravando uma placa de metal que aumenta-a<br />

para obter o chamado Long-Board,<br />

facilitando o uso para quem tem pés<br />

maiores. (Redação)<br />

Demon Drive: à<br />

disposição do mercado<br />

SE QUISÉSSEMOS DAR A DISTRIBUIÇÃO<br />

DIRETAMENTE PARA A GR MUSIC<br />

EM VEZ DE ABRIR UMA EMPRESA<br />

INTERMEDIÁRIA, ISSO TERIA SIDO FEITO.<br />

— ALESSANDRO BISETTO<br />

Houve algum problema com a entrega<br />

das baterias Pearl no Brasil por<br />

parte de vocês?<br />

Isomi: Deveria haver uma conexão<br />

muito boa. Veja: o usuário final está<br />

aqui, perto dos lojistas, o distribuidor<br />

na mesma região e a fábrica em outro<br />

país. A Pearl possui um sistema muito<br />

consistente de produção e de acordo<br />

com fornecedores. Se você compra<br />

um contêiner de 40 pés duas vezes ao<br />

ano e nada nos dez meses seguintes,<br />

não teremos o seu pedido e a rotina de<br />

compra não é estável. O distribuidor<br />

deve estar conectado, sempre perto de<br />

uma forma ou de outra.<br />

Bisetto: É uma questão de planejamento.<br />

A Brazil Percussion [distribuidora<br />

Pearl nos anos 90] fazia suas compras<br />

com muita antecedência. Se você fica um<br />

ano sem enviar nenhum pedido e depois<br />

remete uma ordem de compra pedindo<br />

urgência, não é possível entregar rápido.<br />

Isomi: Quero falar sobre o mau distribuidor<br />

em geral. Em toda feira da Namm<br />

(feira norte-americana de instrumentos<br />

musicais), a primeira coisa que dizem<br />

é: “A economia está mal, me desculpe,<br />

mas este ano será difícil”. Sempre é<br />

uma hora de reunião, certo? Durante 45<br />

minutos eles vêm com as más notícias<br />

e carregados de jornais locais. “Veja o<br />

GDP, o desemprego anual”, eles dizem.<br />

E nos 20 minutos restantes: “Ok, eu deixarei<br />

você saber do pedido, mas tenha<br />

em mente que o ano é duro”, então se<br />

despedem e vão embora. Os bons distribuidores<br />

fazem diferente quando a economia<br />

não vai bem. Eles dizem: “Este é<br />

nosso plano! Mesmo se a economia não<br />

estiver boa, iremos tentar”.<br />

68 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Capa Pearl<br />

Falando um pouco sobre produtos,<br />

quais foram as mudanças mais significativas<br />

nos últimos dois anos?<br />

Isomi: Fizemos uma dramática mudança<br />

em toda a construção dos cascos<br />

e descobrimos uma nova composição<br />

de cola. Podemos colar qualquer<br />

madeira tipo mahogany, maple, entre<br />

outras, e de todas as formas e posições.<br />

Mudamos também a categoria dos pedais<br />

com o Demon, modelo que nos tomou<br />

anos de pesquisa.<br />

Bisetto: É impressionante. Estávamos<br />

há pouco na Argentina e todo mundo<br />

queria o pedal, queria saber, ver e comprar.<br />

Foi um sucesso maior do que estávamos<br />

imaginando.<br />

Isomi: É um sucesso mundial, todos os<br />

bateristas estão falando sobre ele. Diria<br />

ainda que o Demon Pedal é como um<br />

carro tipo Lexus (Toyota). Todos dizem<br />

que o Lexus é um excelente carro, revolucionário,<br />

mesmo que se passem dois<br />

ou três anos. Este pedal será olhado<br />

como revolução em todos os próximos<br />

lançamentos.<br />

Então é uma probabilidade real a Pearl<br />

voltar a fabricar baterias eletrônicas?<br />

Isomi: Eu acredito... Mas peço para<br />

não falarmos mais sobre este tópico<br />

no momento.<br />

Quando as percussões, como as<br />

marching bands e afro-cubanas, serão<br />

vendidas no Brasil?<br />

Bisetto: Elas serão introduzidas passo<br />

a passo. Talvez não neste primeiro ano.<br />

Nesta primeira etapa serão as baterias,<br />

ferragens e acessórios.<br />

Qual a diferença entre o estilo americano<br />

e o japonês de direção?<br />

Isomi: Americanos olham ano a ano e<br />

no curto prazo, além de que deixaram de<br />

investir dinheiro em suas próprias fábricas.<br />

É fácil fazer suas compras via OEM,<br />

no exterior. Japoneses demandam mais<br />

tempo para gerenciar e em sua produção.<br />

Qual será a próxima geração de<br />

produtos?<br />

Isomi: É difícil dizer. Coisas eletrônicas,<br />

talvez algo acústico-eletrônico,<br />

que você pode apagar um som e colocar<br />

outro, ou mesmo comprar um.<br />

Você tem todo o controle para criar o<br />

desenho do seu setup.<br />

Feliz ou<br />

infelizmente,<br />

neste momento,<br />

80% das baterias<br />

chinesas têm<br />

problemas<br />

— Tak Isomi<br />

www.musicaemercado.com.br 69


Capa Pearl<br />

A logística<br />

“A princípio a Turbo estará servindo de ‘barriga de aluguel’<br />

e irá dividir o espaço físico, a estrutura logística e o corpo administrativo”<br />

Sócio-diretor da GR Music/Turbo<br />

Percussion, Saad Romano será<br />

o responsável por logística, administrativo<br />

e distribuição da PBR, a<br />

Pearl Brasil, joint venture criada pela<br />

Pearl e por ele para concentrar as<br />

operações da marca no País. A M&M<br />

conversou com Romano para saber<br />

suas expectativas com relação ao<br />

novo negócio e conferir o modelo de<br />

distribuição que será adotado.<br />

Como foi o recebimento da proposta<br />

para a joint venture com a Pearl?<br />

Foi recebida com um misto de alegria<br />

e preocupação. Alegria por ter conseguido<br />

conquistar a confiança de uma<br />

empresa multinacional como a Pearl,<br />

de grande tradição na fabricação de<br />

produtos para percussão, bem como<br />

líder mundial nesse mercado. E preocupação<br />

com todos os detalhes a<br />

serem levados em consideração para<br />

torná-la realidade nesse mercado tão<br />

concorrido. Estamos no início de uma<br />

longa jornada, que será marcada por<br />

muita luta, trabalho, dedicação e desafios<br />

para acompanhar o nível de exigências<br />

da Pearl na tentativa de alcançar<br />

os tempos áureos dela no Brasil.<br />

O que haverá de novo em relação ao<br />

sistema de distribuição tradicional?<br />

A PBR [Pearl Brasil] está aberta para<br />

70 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Capa Pearl<br />

da PBR<br />

Tak Isomi entre os sócios<br />

da GR/Turbo: à esquerda, Saad<br />

Romano, e à direita, Luis Gaj<br />

conversar com todos os lojistas e para<br />

atendê-los. A PBR irá trabalhar lado a<br />

lado com muito mais afinco e proximidade.<br />

Haverá um canal aberto com os<br />

lojistas e a própria Pearl. A Pearl, por<br />

ser uma marca tradicional, com qualidade<br />

superior, não precisa ficar num<br />

pedestal, mas sim estar no coração<br />

dos lojistas e dos músicos. A tarefa de<br />

planejamento de marketing e de vendas<br />

será dividida por profissionais com<br />

larga experiência nesse mercado.<br />

Como fica a distribuição dos demais<br />

produtos da Turbo? Há alguma<br />

linha a ser deixada de lado?<br />

De fato e de direito a PBR será a empresa<br />

oficial que distribuirá a Pearl no<br />

Brasil. A princípio, a Turbo, para agilizar<br />

o processo, estará servindo de ‘barriga<br />

de aluguel’ e irá dividir o espaço<br />

físico, a estrutura logística e o corpo<br />

administrativo. Por uma questão de<br />

ética, precisou abrir mão de uma linha<br />

de produtos e acessórios para baterias<br />

[Ferragens Gibraltar, que passará a ser<br />

distribuída pela <strong>Musica</strong>l Express, leia<br />

matéria na pág. 46], já que havia conflitos<br />

de interesse. O planejamento de<br />

vendas ficará a cargo do Alessandro<br />

Bisetto, que já está articulando com os<br />

profissionais que irão se esmerar nessa<br />

área. Os demais produtos da Turbo<br />

continuam ativos, com novos itens na<br />

linha e novas oportunidades.<br />

Onde, quando e como entrará em<br />

operação o novo escritório?<br />

A previsão de início das atividades<br />

será marcada com uma apresentação<br />

oficial durante a Expomusic num evento<br />

separado, bem direcionado, com o<br />

objetivo de demonstrar que a Pearl, a<br />

PBR, está aqui de forma bem focada<br />

no nosso mercado. Haverá a presença<br />

de dois membros da Pearl/EUA atuando<br />

em conjunto nesse evento, onde<br />

outras surpresas na área de marketing<br />

e comercial serão apresentadas.<br />

Do lado da Turbo, vamos dividir<br />

equipes internas, administrativa, almoxarifado<br />

e serviços gerais com o<br />

objetivo de reduzir custos para ambas<br />

as empresas, resultando em uma<br />

redução de custos para os lojistas e<br />

consumidores. Para tal, a Turbo e a<br />

PBR compartilharão uma nova área<br />

com 1.500 m² em um local de fácil<br />

acesso, próximo ao Rodoanel [autoestrada<br />

que cerca a cidade de São<br />

Paulo], para agilizar as entregas, bem<br />

como para tornar a operação do dia a<br />

dia mais eficiente.<br />

O que o lojista pode esperar desta<br />

nova fase da Pearl no Brasil?<br />

Para o lojista é uma nova fase, repleta<br />

de novas oportunidades de negócios,<br />

maiores ganhos com os lançamentos<br />

e maior dinâmica, pois haverá um canal<br />

de comunicação direto mercado<br />

brasileiro/Pearl. Para a Turbo será um<br />

marco de oportunidades que poderão<br />

abrir as portas para outras empresas<br />

multinacionais utilizarem essa<br />

nova forma de atuação conjunta. •<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 71


<strong>Mercado</strong> Pride<br />

O lado<br />

da Pride<br />

Importadora dá continuidade à sua política<br />

de distribuição e assume Toca, ddrum e QSC Audio<br />

A<br />

Música & <strong>Mercado</strong> foi ouvir<br />

o gerente de vendas da Pride<br />

Music, Marcos Brandão, para<br />

saber os próximos passos da importadora<br />

após a abertura da Pearl Brasil.<br />

Conheça as novidades da importadora.<br />

Existe alguma linha de produtos<br />

que irá substituir a Pearl no portfólio<br />

da Pride?<br />

Sim. Inicialmente assumimos a distribuição<br />

da marca ddrum (www.ddrum.<br />

com) e os produtos já estarão disponíveis<br />

para entrega a partir da Expomusic<br />

2009. Acreditamos que a ddrum tem<br />

enorme potencial para disputar o mercado<br />

de entry level [produtos de entrada]<br />

e conquistar rapidamente uma participação<br />

significativa nesse segmento.<br />

A Pearl não dispunha de uma linha de<br />

produto competitiva neste importante<br />

nicho de mercado, que concentra cerca<br />

de 80% dos negócios da Mapex no Brasil.<br />

Portanto, tratamos da introdução<br />

da marca ddrum mais como um novo<br />

segmento de mercado do que propriamente<br />

uma substituição.<br />

Com relação aos segmentos intermediários<br />

e high end [produto de<br />

última geração], apesar da ddrum possuir<br />

produtos para competir nesses<br />

mercados, globalmente, é ainda uma<br />

marca em construção e, por esta razão,<br />

enquanto desenvolvermos o mercado<br />

para ddrum, acompanharemos o mercado<br />

e já estamos negociando a distribuição<br />

de outra importante marca a<br />

partir de janeiro de 2010.<br />

Quanto ao mercado de hardware<br />

e acessórios, por desconhecer de antemão<br />

os planos da Pearl para o Brasil,<br />

perdemos a oportunidade de distribuir<br />

a marca Gibraltar, pertencente<br />

à Kaman Music, e que era distribuída<br />

pela Turbo Percussion<br />

(veja pág. 46). Desde o final do<br />

ano passado, a Kaman Music<br />

negociava e buscava um novo<br />

distribuidor no Brasil e, no início<br />

do ano, optou por substituir a<br />

Turbo Percussion pela <strong>Musica</strong>l<br />

Express. É claro que a Pride<br />

Music perdeu uma excelente<br />

oportunidade de negócios,<br />

mas a marca Gibraltar estará<br />

em boas mãos a partir de agora<br />

e, certamente, será muito<br />

competitiva no segmento de<br />

hardwares e acessórios.<br />

Como a Pride pretende trabalhar<br />

a ddrum?<br />

Em nosso cast figuram 29<br />

marcas e, em sua maioria,<br />

as mais importante em seus<br />

segmentos de mercado. Todos<br />

os principais revendedores especializados<br />

brasileiros são importantes<br />

clientes e dealers oficiais dessas marcas.<br />

Isso, por si só, é uma força motriz<br />

impressionante para a introdução de<br />

qualquer linha. Para a ddrum, preparamos<br />

um plano agressivo de introdução,<br />

com prazos de pagamentos e preços<br />

72 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


<strong>Mercado</strong> Pride<br />

especiais. Além de uma campanha de<br />

anúncios nas <strong>revista</strong>s especializadas, e<br />

estamos negociando com o fabricante a<br />

contratação de endorsers e clínicas para<br />

divulgação da marca pós-Expomusic.<br />

Durante a Expomusic, o mercado<br />

brasileiro conhecerá melhor a marca<br />

ddrum, que é muito maior que as linhas<br />

mais simples, até então<br />

distribuídas no Brasil.<br />

Uma apresentação de<br />

modelos e configurações<br />

nunca antes mostradas<br />

no País está planejada e<br />

reservada para público e<br />

revendedores.<br />

Marshall e Fender são<br />

algumas das marcas<br />

trazidas pela Pride<br />

Com a saída da Pearl,<br />

houve alguma mudança<br />

no sistema de distribuição<br />

dos produtos?<br />

A saída da Pearl não altera<br />

em nada nosso sistema<br />

de distribuição.<br />

Nossa equipe de vendas<br />

atende aos clientes<br />

como uma conta gerenciada, e não<br />

setorial. Cada vendedor trabalha todas<br />

as marcas e cada um de seus clientes recebe<br />

suporte de uma única pessoa, seu<br />

contato e “gerente” para todos os assuntos<br />

Pride Music. Os clientes dizem que<br />

preferem ser atendidos assim e, até que<br />

digam o contrário, é assim que manteremos<br />

nosso formato de distribuição.<br />

O que significa, para a imagem da Pride,<br />

deixar de distribuir a Pearl no país?<br />

Consideramos a saída e entrada de<br />

marcas como um fato comum em<br />

qualquer mercado com forte participação<br />

de distribuidores independentes, e<br />

num mercado tão competitivo como o<br />

nosso. Também é sabido que essas mudanças<br />

acentuam-se em períodos de<br />

crise. Foi assim em 1999, 2001 e 2002.<br />

Essas mudanças são cíclicas e previsíveis<br />

– e nosso último ciclo havia<br />

ocorrido no inicio desta década, quando<br />

deixamos de distribuir algumas<br />

marcas até mais importantes, financeiramente<br />

falando. Na época, cada uma<br />

das linhas foi substituída e sua perda<br />

absorvida. Outras marcas foram assediadas,<br />

umas mudaram, outras permaneceram<br />

conosco e nenhuma das que<br />

saíram retornaram ao nosso cast após<br />

o fechamento da Hermes Music Brasil.<br />

A Pearl é uma das principais marcas<br />

do mercado, mas de modo algum sua saída<br />

afeta nossa imagem, uma vez que a<br />

marca declarou que investirá, desenvolverá<br />

e trabalhará o mercado diretamente,<br />

por meio de uma empresa própria de<br />

importação, distribuição e suporte aqui<br />

no Brasil, e não um simples escritório e<br />

um operador logístico transitório.<br />

Até agora, continuamos a acreditar<br />

nisso ao invés de desperdiçarmos<br />

tempo com conversas, fofocas e boa-<br />

tos aqui no Brasil e em muitos fornecedores<br />

internacionais.<br />

Houve algum problema na distribuição<br />

de baterias da Pearl?<br />

É uma pergunta que nós também gostaríamos<br />

de conhecer a resposta. Até<br />

a Namm Show (em janeiro de 2009),<br />

nenhuma reclamação ou descontentamento<br />

havia sido percebido por nós.<br />

Recentemente, o antigo funcionário da<br />

Pearl [Eduardo Martinez], que cuidava<br />

de nossa conta e que antecedeu ao atual,<br />

disse-nos que a Pearl gostava muito<br />

do nosso trabalho de marketing e de<br />

nossa pontualidade nos pagamentos,<br />

que agradecia pela nossa paciência por<br />

não ter podido nos oferecer os produtos<br />

adequados ao nosso mercado nos últimos<br />

anos, e também por ter demorado<br />

a perceber que o seu novo concorrente<br />

era maior que os concorrentes antigos.<br />

Não importa. Isso é passado. Isso<br />

é passivo. Agora nos importa apenas<br />

o ativo, principalmente quando nada<br />

devemos de passivo. Foram oito anos<br />

de uma importante relação comercial<br />

para nós e assim preferimos acreditar<br />

que tenha sido para a Pearl.<br />

Você gostaria de acrescentar algo<br />

que não foi perguntado?<br />

Não. Respondemos às questões em<br />

consideração e respeito ao mercado<br />

e ao veículo, mas tratamos o assunto<br />

como passado. Agora nos importam<br />

apenas ativos e, em nosso cast, três<br />

novos ativos foram recém-incorporados<br />

este mês [setembro]: Toca Percussion<br />

(www.tocapercussion.com.br)<br />

– ex-Turbo Percussion e sem distribuição<br />

no Brasil há alguns anos – ddrum<br />

(www.ddrum.com); e QSC Audio<br />

(www.qscaudio.com) •<br />

FORAM OITO ANOS DE UMA IMPORTANTE<br />

RELAÇÃO COMERCIAL PARA NÓS<br />

— MARCOS BRANDÃO<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 73


Globalização Importação<br />

Brasil é o<br />

próximo alvo<br />

A tailandesa Tycoon Percussion pretende investir<br />

na confecção de instrumentos tipicamente brasileiros<br />

Aos poucos, a Tycoon Percussion<br />

vai atacando todos os<br />

mercados do setor de instrumentos<br />

percussivos. Forte na Europa<br />

e na Ásia, a empresa pretende investir<br />

ainda mais nas Américas e isso inclui<br />

o Brasil. Famosa por fabricar instrumentos<br />

de percussão característicos<br />

de diversas regiões do planeta, a Tycoon<br />

já tem planos para confeccionar os<br />

instrumentos rítmicos típicos do País.<br />

Conversamos sobre isso e muito mais<br />

com o vice-presidente da companhia,<br />

David Kelley.<br />

A Tycoon começou trabalhando no<br />

sistema OEM (produzindo peças<br />

para serem montadas por outras<br />

marcas). Como foi a transição para<br />

a confecção de instrumentos pela<br />

própria marca?<br />

A Tycoon está no mercado há mais de<br />

74 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Globalização Importação<br />

25 anos. Originalmente, a empresa fabricava<br />

guitarras. No começo dos anos<br />

90, as guitarras feitas pela empresa possuíam<br />

muitos consumidores na Europa<br />

que também perguntavam sobre instrumentos<br />

de percussão, como congas,<br />

bongôs e outros. Na época, os canais de<br />

distribuição e a disponibilidade desse<br />

tipo de instrumento na Europa eram<br />

limitados a poucas marcas. Então, o<br />

dono da empresa iniciou um processo<br />

de fabricação desses instrumentos em<br />

um sistema de OEM e, com o tempo,<br />

expandiu para outros mercados, como<br />

Ásia e Américas do Norte e Sul. Aproximadamente<br />

12 anos atrás, ele iniciou<br />

sua própria marca sob o nome Tycoon<br />

e começou a vender os instrumentos<br />

para alguns poucos clientes selecionados.<br />

Com o tempo, a marca foi crescendo<br />

e mais pessoas no mundo foram<br />

se interessando pela Tycoon, o que fez<br />

com que ele aumentasse a produção<br />

sob a marca Tycoon junto ao que realizava<br />

no sistema OEM. A decisão de<br />

focar apenas na própria marca ocorreu<br />

há cerca de cinco anos, porque o nome<br />

já havia crescido bastante e também<br />

pelo interesse em vender os instrumentos<br />

nos EUA. Com isso, começamos a<br />

incentivar os clientes que usavam nossos<br />

produtos no sistema OEM a apoiar<br />

a marca Tycoon e expandimos os instrumentos<br />

para todo o mundo.<br />

Hoje, a Tycoon possui uma grande<br />

variedade de instrumentos e modelos.<br />

Quais são os mais vendidos?<br />

Metade do total das vendas é dos chamados<br />

instrumentos de percussão<br />

pequenos, como cabaças, chocalhos,<br />

guiros, entre outros. Todos os pequenos<br />

instrumentos de percussão. Dos<br />

outros, os bongôs da série Ritmo e as<br />

congas e bongôs da série Supremo são<br />

os mais vendidos. Fora esses, nossos<br />

instrumentos das séries Master e Signature<br />

alcançam bons resultados, mesmo<br />

tendo preços maiores.<br />

A fabricação das congas: ripas de madeira são selecionadas com base na<br />

granulação da madeira e unidas com cola especial e uma máquina de alta<br />

pressão, tornando-se uma concha. Máquinas portáteis fazem o polimento e todas<br />

as rebarbas são eliminadas, manualmente, antes de iniciar a pintura<br />

A Tycoon distribui seus instrumentos<br />

no Brasil. Como a empresa avalia<br />

o mercado brasileiro hoje?<br />

O mercado brasileiro para instrumentos<br />

de percussão é muito bom. Mesmo<br />

não tendo instrumentos tradicionais<br />

brasileiros, vendemos bem no País.<br />

Trabalhamos diretamente com a loja<br />

Made In Brazil há uns três anos e os resultados<br />

são muito bons.<br />

Quais são os próximos passos da<br />

Tycoon para o mercado brasileiro?<br />

Neste momento, continuamos crescendo<br />

e faremos uma análise de como o<br />

mercado está. Manteremos o mesmo<br />

plano de ação, com a parceria com a<br />

Made In Brazil, e também veremos outros<br />

produtos que poderemos fabricar,<br />

como instrumentos tradicionais brasileiros,<br />

que ainda não temos. Acreditamos<br />

que com isso iremos crescer ainda<br />

mais no mercado brasileiro.<br />

Há alguma previsão de quando os<br />

instrumentos tradicionais brasileiros<br />

estarão disponíveis?<br />

É um projeto que iniciamos recentemente.<br />

Para fazer isso, estaremos trabalhando<br />

com percussionistas brasileiros,<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 75


Globalização Importação<br />

É da fábrica em Bangcoc, na Tailândia, que saem os mais variados tipos de instrumentos percussivos exportados<br />

para vários países. Metade do total das vendas é de instrumentos de percussão pequenos.<br />

Dos maiores, os mais vendidos são as congas e bongôs da série Supremo<br />

pesquisando quais produtos iremos<br />

desenvolver, como eles terão de ser fabricados,<br />

analisando sempre o fator<br />

preço, pois queremos oferecer o melhor<br />

pelo menor custo possível. Quando fazemos<br />

esse tipo de projeto, levamos algum<br />

tempo porque queremos ter a certeza de<br />

que os instrumentos estarão 100% de<br />

acordo com aquilo que queremos.<br />

Qual o melhor mercado para os instrumentos<br />

de percussão?<br />

Existem muitos ótimos mercados. Categorizamos<br />

nosso negócio em alguns<br />

diferentes segmentos. Olhamos os EUA<br />

como um segmento, América Latina<br />

como outro, assim como Europa e Ásia.<br />

Sentimos que nossa maior oportunidade<br />

de crescimento está nos EUA e na<br />

América Latina. Os EUA são um merca-<br />

do muito grande e ainda somos pequenos<br />

por lá. Na América Latina, começando<br />

no México, existe uma boa aceitação<br />

dos nossos instrumentos, por isso acreditamos<br />

que há ótimas oportunidades<br />

de crescimento nesse mercado. A Europa<br />

é um mercado maduro para nós, temos<br />

distribuidores fortes. Continuamos<br />

crescendo lá, mas não na mesma medida<br />

que nos EUA e na América Latina. Na<br />

Ásia, a mesma coisa, ainda mais por não<br />

ser o melhor mercado para instrumentos<br />

como os tradicionais africanos, por<br />

exemplo. Mesmo assim, estamos muito<br />

satisfeitos com nossos negócios na Ásia.<br />

Vocês costumam trabalhar os instrumentos<br />

tradicionais fora de seu mercado<br />

característico, como os africanos,<br />

por exemplo?<br />

VAMOS TRABALHAR COM MÚSICOS<br />

BRASILEIROS, PESQUISANDO QUAIS<br />

PRODUTOS IREMOS DESENVOLVER.<br />

QUEREMOS OFERECER O MELHOR PELO<br />

MENOR CUSTO POSSÍVEL<br />

76 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Globalização Importação<br />

Nosso objetivo é nos tornar uma fabricante<br />

de percussão completa. Isso<br />

significa ter os instrumentos característicos<br />

da África, da América Latina,<br />

do Brasil. Já fabricamos alguns instrumentos<br />

típicos da Tailândia, e assim<br />

por diante. Oferecemos esses produtos<br />

para o mundo inteiro. Entretanto, sabemos<br />

que alguns produtos terão melhor<br />

aceitação em determinado país ou<br />

região. Por exemplo, os instrumentos<br />

africanos na França são difíceis, pois<br />

pela proximidade do continente africano<br />

e da França, as pessoas costumam<br />

importar diretamente, já que o custo<br />

de transporte é bem menor. Fica difícil<br />

para nós competir nesse mercado. Mesmo<br />

assim, temos sucesso na França<br />

vendendo instrumentos de percussão<br />

pequenos, típicos da América Latina.<br />

No próprio continente latino vendemos<br />

bem os instrumentos típicos, mas poucos<br />

instrumentos africanos, pois não<br />

são os mais requisitados para o tipo<br />

de música mais comum nesses países.<br />

Oferecemos os produtos para o mundo<br />

inteiro e trabalhamos com nossos parceiros<br />

para nos assegurar de que estamos<br />

oferecendo o produto que atende<br />

às necessidades de cada mercado. Não<br />

faz sentido fazer o oposto disso.<br />

O design dos instrumentos da Tycoon<br />

chama a atenção. Como trabalham<br />

nesse segmento?<br />

Temos uma equipe de pesquisa e design<br />

na própria fábrica. Essa equipe<br />

trabalha bem próxima da empresa e<br />

dos parceiros ao redor do mundo, sempre<br />

atenta aos requisitos e necessidades<br />

dos mercados. Desde que abrimos<br />

a filial nos EUA, também trabalhamos<br />

com percussionistas profissionais de<br />

todo o mundo e pegamos as ideias deles<br />

para aprimorar os instrumentos já existentes.<br />

Dessa maneira, com o feedback<br />

dos profissionais e de nossos consumidores,<br />

os designers trabalham com a informação<br />

que passamos para desenvolver<br />

novos designs, sempre atentos para<br />

Uma das fases finais da produção da conga: a colocação das peles, que são dobradas<br />

e secadas em uma seção especial da fábrica da Tycoon. Cada pele é cortada e<br />

colocada à mão, um processo artesanal que procura garantir a qualidade dos produtos<br />

que a tocabilidade dos instrumentos<br />

também seja a melhor possível.<br />

A Tycoon possui sua própria fábrica,<br />

situada em Bangcoc, na Tailândia.<br />

Qual a importância desse aspecto?<br />

Somos a única companhia de instrumentos<br />

de percussão na Tailândia a<br />

possuir a própria fábrica. Nenhum<br />

de nossos concorrentes tem isso. Eles<br />

utilizam serviços de empresas de fora<br />

para construírem seus instrumentos,<br />

o que significa que eles não têm a habilidade<br />

de controlar a qualidade da<br />

mesma maneira que nós, nem o preço.<br />

Também não conseguem manter a<br />

pesquisa e o design no mesmo nível que<br />

nós, pois é em nossa fábrica que conseguimos<br />

ter 100% de controle sobre isso.<br />

Ter o controle significa que podemos<br />

construir produtos que sejam superiores<br />

em qualidade e a preços menores<br />

que nossos concorrentes. Também temos<br />

uma resposta muito mais rápida<br />

às necessidades dos clientes porque<br />

esse controle é todo nosso. •<br />

78 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


ESTRATÉGIA<br />

ALEJANDRO WALD<br />

é consultor e coach. Aplica cursos de capacitação em vendas, marketing, serviço ao cliente,<br />

liderança e motivação. E-mail: alejandro@waldweb.com.ar<br />

A ARTE DE<br />

VENDER CARO<br />

SE O SEU PREÇO NÃO É O MAIS BAIXO COMO<br />

FAZER PARA VENCER A CONCORRÊNCIA?<br />

Esta é uma pergunta que os<br />

vendedores e seus chefes mais<br />

fazem nos cursos. Há varias<br />

respostas. Porém, podemos identificar<br />

uma das maneiras mais efetivas<br />

de resolver a questão. Para começar,<br />

o preço não é a razão mais importante<br />

para decidir uma compra. Em<br />

todos os estudos sobre motivações<br />

de compra, o preço nunca é o quesito<br />

principal. Mesmo assim, é muito importante;<br />

e, se todo o restante é igual,<br />

o preço realmente se torna o fator decisivo.<br />

No entanto, poucas vezes o restante<br />

é igual. Afinal, quantos de nós<br />

assistimos TV em preto e branco de<br />

14 polegadas só porque é a televisão<br />

mais barata do mercado?<br />

Você sempre compra com base<br />

no preço? Não. Então, por que pensa<br />

que os clientes são assim? Veja,<br />

o principal problema na mente dos<br />

clientes, não é o preço: é o risco.<br />

Esse risco é o custo potencial para<br />

o comprador de cometer um erro.<br />

Não é somente o dinheiro. Além disso<br />

envolve o custo emocional, social e<br />

psicológico que seu cliente vai pagar<br />

quando toma uma decisão de comprar.<br />

Quanto menor é o risco envolvido<br />

na decisão, maior será a chance de<br />

seu cliente dizer sim.<br />

Dicas estratégicas<br />

Para entender melhor esse conceito,<br />

observe-o pela perspectiva do cliente.<br />

Ponha-se no lugar do comprador. Calcule<br />

a quantidade de risco que seus<br />

clientes podem asumir quando<br />

você lhes diz para comprarem.<br />

Preocupe-se menos com o preço<br />

e diminua o risco percebido pelo<br />

cliente. Aqui vão quatro estrategias:<br />

✔ Construa relacionamentos sólidos<br />

com as pessoas que tomam cisões. As boas relações diminuem o<br />

risco. Quanto mais profunda e es-<br />

detabelecida<br />

a relação, menor será<br />

a percepção de risco. Esta é a<br />

razão pela qual o vendedor, cuja<br />

a relação é a mais antiga com o<br />

cliente, sempre tem, no mínimo, o benefício<br />

da dúvida em uma situação de<br />

competição. Lembre-se: não é o preço,<br />

é o risco.<br />

✔ Sempre use as recomendações<br />

de outras pessoas, as opiniões de outros<br />

clientes, e, também, cite outros casos.<br />

Isso mostrará ao comprador que muitos<br />

outras pessoas usam o produto ou<br />

serviço. Isso quer dizer que há menos<br />

risco para o cliente se ele comprar.<br />

✔ Envolva o cliente ao máximo.<br />

Por exemplo, um instrumento. Faça<br />

o cliente testar o equipamento, ver<br />

como se usa, avaliar sua tocabilidade<br />

e sonoridade, etc. Quando o cliente<br />

sente o produto, o risco é menor.<br />

✔ Finalmente, trabalhe com sua<br />

empresa para criar propostas que reduzam<br />

o risco percebido. Garantias,<br />

períodos de teste, suporte técnico, serviço<br />

imediato; tudo isso reduz ainda<br />

mais a sensação de risco do cliente.<br />

Moral da história: é melhor oferecer<br />

um risco baixo do que oferecer um preço<br />

baixo. E não é melhor somente para<br />

você, é melhor ainda para o cliente. •<br />

O PREÇO NÃO É O PRINCIPAL MOTIVO<br />

PARA SE DECIDIR UMA COMPRA.<br />

EM TODOS OS CASOS SOBRE<br />

MOTIVAÇÕES DE COMPRA, ELE NUNCA<br />

É O CRITÉRIO PRINCIPAL<br />

80 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Estratégia Vendas<br />

Identificamos os problemas mais<br />

recorrentes em gestão de vendas no varejo<br />

e preparamos um guia completo com as<br />

principais ações que sua empresa deve<br />

adotar para se destacar no mercado<br />

Muitos comerciantes passam<br />

horas tentando descobrir<br />

suas falhas quando não conseguem<br />

vender determinado produto.<br />

Por que a venda não se concretizou? A<br />

maioria dos empresários acaba culpando<br />

o próprio produto e raras vezes reconhece<br />

que os problemas estão dentro<br />

de suas próprias lojas, nas estratégias<br />

de venda mal elaboradas. Por isso, a<br />

M&M preparou um guia que traz a solução<br />

para os sete erros mais comuns<br />

na gestão de vendas, para que você possa,<br />

com segurança, eliminar as possíveis<br />

deficiências que vêm acontecendo<br />

e vender muito, muito mais.<br />

Problema 1<br />

Confiança excessiva<br />

no produto<br />

É muito comum entre os empresários<br />

varejistas acreditar que por possuir um<br />

excelente produto ou ter exclusividade<br />

sobre a venda dele, a vendagem está<br />

garantida. Ou ainda, que os clientes<br />

irão procurá-los mesmo se não houver<br />

publicidade. Essa atitude influencia negativamente<br />

a venda do produto. O con-<br />

sultor Juan Pablo Rodriguez conta que<br />

já recebeu consultas de empresários<br />

espantados por que não conseguiam<br />

vender determinados produtos, mesmo<br />

que seu preço fosse atrativo e a marca<br />

bastante conhecida. “Levou tempo para<br />

convencê-los de que o problema não era<br />

o produto, a marca, apenas a falta de<br />

uma estratégia de venda”, ele disse.<br />

Solução<br />

Cada item novo que é nado à sua loja deve ter uma<br />

adicioestratégia<br />

própria de venda,<br />

principalmente quando se trata de produtos<br />

com alto valor agregado. Sem gastar<br />

nada, uma boa ideia é montar pacotes<br />

que juntem estes produtos e colocá-los à<br />

vista em uma posição estratégica na loja.<br />

Outra estratégia sem custo e muito eficiente<br />

é divulgá-lo por e-mail ou colocálo<br />

em destaque no website da loja.<br />

Problema 2<br />

Não selecionar um<br />

vendedor com perfil ideal<br />

Escolher os vendedores “a olho”, “por<br />

olfato” ou a esmo leva os empresários<br />

a cometerem erros que provocam aumento<br />

da rotatividade de vendedores e<br />

todos os problemas que envolvem essa<br />

situação. Além de gastos com seleção<br />

e capacitação, o pior é que isso acaba<br />

com a imagen da empresa.<br />

Solução<br />

Para conseguir melhores sultados na contratação de<br />

re-<br />

vendedores: defina os objetivos<br />

principais do cargo e faça uma lis-<br />

82 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Encare as deficiências<br />

da sua organização<br />

ta dos cinco objetivos-chave do cargo.<br />

Feito isso, determine as capacidades e<br />

as experiências necessárias para se ter<br />

um desempenho bem-sucedido.<br />

Prepare uma ampla descrição das<br />

tarefas associadas ao cargo. Faça um<br />

rascunho das funções e expectativas<br />

com relação ao trabalho. Isso irá ajudar<br />

a melhorar a descrição e afirmar<br />

as prioridades para a tomada de decisão<br />

ao contratar.<br />

Use vários recursos para encontrar<br />

um número suficiente de candidatos.<br />

Pergunte aos funcionários, fornecedores,<br />

colegas, associações comerciais, organizações<br />

educacionais. Anuncie em jornais<br />

e também em locais não tradicionais.<br />

“Pesque com uma rede maior” — quanto<br />

mais candidatos tiver para escolher,<br />

maior será a possibilidade de êxito.<br />

Peneire. Aproveite o processo de<br />

leitura dos currículos para conseguir<br />

informações valiosas sobre a competência.<br />

Elimine da seleção aqueles que<br />

Estratégia Vendas<br />

não passaram nesse filtro.<br />

Use um processo organizado de<br />

ent<strong>revista</strong>: peneire; entreviste; avalie e<br />

questione; confie, mas verifique.<br />

Faça as mesmas perguntas a todos<br />

os candidatos, adaptando algumas à<br />

experiência de cada um. Durante as<br />

ent<strong>revista</strong>s, peça exemplos da experiência<br />

deles. Evite fazer perguntas hipotéticas,<br />

pois a maioria dos candidatos<br />

sabe o que responder.<br />

Verifique as referências e os certificados<br />

de estudos. Seja precavido com<br />

as pessoas cujos antecedentes parecem<br />

ser “muito bons para ser verdade”.<br />

Depois da contratação, prepare<br />

uma boa recepção para o novo empregado.<br />

Com a pessoa certa, um bom<br />

começo requer esforço extra, que pode<br />

ser o início de excelentes recompensas.<br />

Estabeleça um plano de condução<br />

e orientação inicial e informe ao novo<br />

funcionário seus progressos no trabalho<br />

já a partir do primeiro dia.<br />

Planet Waves é uma marca registrada da D’Addario & Company, Inc. ou de seus afiliados nos EUA e/ou outros países. © 2009 D’Addario & Company, Inc. Todos direitos reservados. © 2009 Apple Corps Ltd. Um produto Beatles. Todos direitos reservados.<br />

ESCOLHER OS VENDEDORES “A OLHO”<br />

OU “A ESMO” LEVA OS EMPRESÁRIOS<br />

A COMETER ERROS E ARRUÍNAM A<br />

IMAGEM DA EMPRESA<br />

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Estratégia Vendas<br />

Problema 3<br />

Ausência de um<br />

programa de qualidade<br />

no atendimento ao cliente<br />

Sem uma metodologia objetiva que ajude<br />

a identificar os motivos pelos quais não<br />

se fecha determinada venda, a empresa<br />

varejista não chegará a lugar algum. Segundo<br />

o consultor Juan Pablo Rodriguez,<br />

“muitas empresas, principalmente as<br />

menores, acreditam que não têm estrutura<br />

para criar um programa efetivo de<br />

atenção ao cliente, o que é um tremendo<br />

erro. Não há custos financeiros para criálo,<br />

o que há é muito trabalho!”.<br />

Solução<br />

Criar o programa de mento ao cliente imediata-<br />

atendimente.<br />

Tenha como meta os<br />

seguintes pontos: cumpra as promessas;<br />

respeite o tempo do cliente, sendo<br />

justo com a espera dos pedidos; seja obsessivo<br />

com detalhes — desde a cor da<br />

parede até a maneira como se atendem<br />

os clientes que entram na loja —; respeite<br />

o sigilo: deixe o cliente tranquilo<br />

sobre qualquer negócio que façam, ele<br />

precisa estar seguro de que nenhuma<br />

informação sobre ele será comercializada;<br />

aja para corrigir os erros: significa<br />

que sua empresa reconhece os erros,<br />

que qualquer pessoa erra. Lembre-se: o<br />

cliente descontente pode vir a ser sua<br />

melhor propaganda se você estiver preparado<br />

para resolver o problema dele e<br />

deixá-lo satisfeito com o resultado.<br />

Liberte as<br />

amarras dos<br />

antigos hábitos<br />

Problema 4<br />

Vendedores e gerentes<br />

são os únicos<br />

responsáveis pelas vendas<br />

É claro que são os vendedores e gerentes<br />

que têm a responsabilidade de vender<br />

e atender clientes todos os dias e<br />

fazer com que a loja progrida. Mas esse<br />

QUANDO NÃO EXISTEM ESTRATÉGIAS<br />

DE VENDAS CLARAS E OBJETIVAS,<br />

OS VENDEDORES NÃO APLICAM<br />

NENHUMA ESTRATÉGIA<br />

tipo de cultura nas empresas varejistas<br />

pode causar problemas quando uma<br />

parte da empresa que não está diretamente<br />

ligada às vendas fica livre para<br />

não “participar” do progresso e dos<br />

avanços que, na verdade, beneficiam a<br />

todos, inclusive a eles. É uma cultura<br />

que gera comportamento negativo em<br />

diversos funcionários da empresa.<br />

Solução<br />

A filosofia que deve prevalecer<br />

desde os cargos mais altos de<br />

uma loja de instrumentos musicais<br />

e áudio consiste em difundir que<br />

a responsabilidade da venda é de toda<br />

84 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


a empresa, desde o pessoal de limpeza,<br />

que precisa saber da importância de<br />

deixar as prateleiras, pisos e banheiros<br />

perfeitamente limpos, até o pessoal do<br />

caixa, que deve ser simpático.<br />

Problema 5<br />

A contratação<br />

de vendedores<br />

com muita experiência<br />

O que parece ser excelente opção pode<br />

ser um erro. Uma boa experiência em<br />

determinado local, mesmo que seja no<br />

ramo musical, não implica bons resultados<br />

nas vendas. E um vendedor que<br />

trabalhou durante anos em uma loja<br />

de música e que se pressupõe ter muita<br />

experiência nem sempre terá os resultados<br />

esperados. Isso se explica porque<br />

cada loja e empresa tem características<br />

próprias, diferenciando-se umas das<br />

outras. Experiência boa em uma não é<br />

garantia de sucesso em outra.<br />

Solução<br />

Independente da experiência,<br />

o que fará um bom e efetivo<br />

vendedor é o conhecimento<br />

específico da cultura da empresa: saber<br />

qual a diferença entre a sua loja e a loja<br />

da esquina. Isso se consegue com um<br />

programa efetivo de capacitação, em<br />

que o vendedor aprenderá a conhecer<br />

como funciona a estrutura, o gerenciamento<br />

e a cultura na sua empresa.<br />

Estratégia Vendas<br />

A FILOSOFIA QUE DEVE PREVALECER<br />

EM UMA LOJA DE INSTRUMENTOS<br />

MUSICAIS E DE ÁUDIO<br />

CONSISTE EM DIVULGAR QUE<br />

A RESPONSABILIDADE DE VENDAS<br />

É DA EMPRESA COMO UM TODO<br />

Problema 6<br />

Empresa sem<br />

estratégia de venda<br />

Quando em uma loja não existem estratégias<br />

claras e objetivas de venda,<br />

difícilmente os vendedores irão seguilas,<br />

já que não as “enxergam”. Segundo<br />

o consultor Rodriguez, se 20% de sua<br />

equipe consegue trazer 80% dos resultados<br />

de vendas da empresa, isso é um<br />

sinal de que não há um método efetivo<br />

de gestão de vendas.<br />

Solução<br />

Vender um instrumento<br />

musical ou equipamento de<br />

áudio não significa somente<br />

tê-lo em exposição no seu showroom.<br />

Entre os conselhos mais importantes<br />

para aumentar as vendas estão os listados<br />

a seguir.<br />

Valorize o tempo do cliente, eliminando<br />

a burocracia administrativa.<br />

Quanto menos tempo se passa entre<br />

o fechamento da compra e a saída do<br />

cliente do local, mais satisfeito ele ficará<br />

depois de comprar.<br />

Demonstre segurança. O vendedor<br />

precisa estar seguro do que está dizendo<br />

e se por algum motivo não sabe responder<br />

a uma das perguntas do cliente, não<br />

deve ter vergonha de procurar a resposta,<br />

principalmente sobre temas de pósvenda.<br />

Jamais deve mentir ou passar<br />

uma informação imprecisa ao cliente.<br />

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Estratégia Vendas<br />

Objetividade<br />

e clareza são<br />

fundamentais<br />

Reforce o benefício de determinado<br />

instrumento conforme o cliente<br />

argumenta. Lembre-se: para isso é<br />

necessário conhecer primeiro o que o<br />

cliente precisa.<br />

Esteja sempre disponível diante<br />

das dificuldades. Não importa quão<br />

seja grave a reclamação ou o problema.<br />

Se sua empresa está sempre pronta<br />

para dar respostas justas e adequadas,<br />

seu cliente sempre irá desculpá-la<br />

e, mais importante, voltará para comprar<br />

em outro momento, mesmo que<br />

não tenha tido uma boa experiência<br />

na primeira oportunidade.<br />

Promova a fidelidade. De acordo<br />

com o consultor Rodriguez, se você tiver<br />

de reduzir em 5% a perda de clientes,<br />

isso já representará um aumento de<br />

85% nos lucros de seu negócio.<br />

Ofereça algo a mais. Diferenciar-se da<br />

concorrência vale muitos pontos — pode<br />

ser um pequeno brinde, um desconto ou<br />

formas de pagamento diferenciadas.<br />

O VENDEDOR PRECISA ESTAR SEGURO<br />

DO QUE ESTÁ DIZENDO E SE POR<br />

ALGUM MOTIVO NÃO SABE RESPONDER<br />

A UMA DAS PERGUNTAS DO CLIENTE,<br />

NÃO DEVE TER VERGONHA<br />

DE PROCURAR A RESPOSTA<br />

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Estratégia Vendas<br />

Seu sucesso<br />

depende de você<br />

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Problema 7<br />

Não definir<br />

metas de venda<br />

É muito comum, principalmente em<br />

empresas menores, que o gerente de<br />

vendas avalie individualmente seus<br />

vendedores de acordo com suas vendas.<br />

Ao fazer isso, está ignorando os resultados<br />

da equipe. Punir um vendedor por<br />

seus maus resultados é a mesma coisa<br />

que culpá-lo por suas atitudes individuais,<br />

desconhecendo que o problema<br />

pode estar em ações mal elaboradas e<br />

conduzidas pelos superiores.<br />

Solução<br />

Cada setor da loja deve ter<br />

uma meta de venda de acordo<br />

com o tipo de produto com<br />

que irá trabalhar. É necessário conhecer,<br />

antes de tudo, a base de clientes,<br />

quais são os mais importantes, quanto<br />

a empresa depende de determinados<br />

clientes, quantos são fiéis (e como é<br />

possível avaliar sua fidelidade), como<br />

funciona a programação de pedidos<br />

dos consumidores, como será possível<br />

aumentar a carteira de clientes e fazer<br />

um comparativo de vendas dos últimos<br />

cinco anos (ou menos, se a loja for recente).<br />

E providenciar estas definições:<br />

definir metas por produtos e serviços,<br />

quais serão as metas mínimas para<br />

cada vendedor e metas individuais<br />

por canais de distribuição. Avaliar as<br />

vendas e as projeções para corrigi-las<br />

e adequá-las à relidade; criar e respeitar<br />

métodos de venda, ter metas para<br />

o custo dos serviços de pós-venda; ter<br />

metas de reclamações no pós-venda.<br />

A metas devem conter mínimos<br />

e médias, avaliação de quantidades e<br />

medidas, ser concretas, realistas e coerentes;<br />

terem prazo definido; serem<br />

iguais para os participantes; e estarem<br />

por escrito. Ah! E, sempre, as metas<br />

individuais devem estar relacionadas<br />

com o grupo. •<br />

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FALANDO NISSO<br />

EDUARDO VILAÇA<br />

é representante comercial, administrador de empresas, consultor em comércio exterior e mestre em<br />

Gestão do Conhecimento e Tecnologia de Informação pela Universidade Católica de Brasília. E-mail: edvilaca@uol.com.br<br />

OS CUSTOS DA<br />

DESORGANIZAÇÃO<br />

PERSISTIR NO ERRO PODE SER O FOCO PARA SE PERDER CLIENTES<br />

Parece fácil aos gestores administrar<br />

os custos diretos envolvidos<br />

em seus negócios tais<br />

como: matéria-prima, tributos,<br />

pessoal, manutenção etc. Esses<br />

custos estão sempre no foco<br />

dos administradores que têm<br />

como meta principal a tentativa<br />

contínua de redução<br />

dos mesmos.<br />

No entanto, muito mais<br />

difícil é a tarefa de medir e con-<br />

trolar os custos provocados pelos<br />

erros e pela desorganização em geral.<br />

Será que são seriamente considerados<br />

os custos de um mau lecomunicações, por exemplo, existem<br />

órgãos reguladores do governo<br />

que procuram minimizar ou ajudar a<br />

controlar os erros. Os clientes acabam<br />

se fidelizando com mais facilidade, já<br />

que além de poucas opções de forneci-<br />

atendimento,<br />

da má qualidade de um<br />

produto, de uma entrega fora do<br />

prazo, ou ainda de uma cobrança<br />

indevida?<br />

Em mercados oligárquicos ou<br />

quase monopolistas como o das temento,<br />

não há uma sensível diferença<br />

na qualidade dos serviços de um ou de<br />

outro fornecedor.<br />

Por outro lado, em mercados<br />

abertos e altamente competitivos,<br />

como o de instrumentos musicais e<br />

áudio profissional, ocorre exatamente<br />

o oposto. Os clientes transitam entre<br />

um fornecedor e outro com imensa<br />

facilidade, e, portanto, há sempre<br />

que se considerar o risco de uma<br />

perda expressiva de clientes para a<br />

concorrência. Será que conseguimos<br />

mensurar com precisão essas perdas?<br />

Será que é mais importante investir<br />

em captar mais e mais clientes<br />

ou se organizar para reter e satisfazer<br />

os clientes já conquistados?<br />

Parece natural que a opção de reter<br />

os clientes prevaleça, já que o mercado<br />

possui limites quanto à quantidade<br />

de consumidores. Nesse sentido<br />

é que o custo provocado pelos erros e<br />

pela desorganização torna-se tão relevante<br />

para as organizações. Assim,<br />

faz-se necessário encontrar meios,<br />

através de ferramentas e indicadores,<br />

que possam revelar com maior<br />

precisão esse prejuízo.<br />

Um dos motivos principais da<br />

desorganização é a falta de planejamento<br />

e de visão a médio e longo<br />

prazo. Sabe-se que no Brasil ainda<br />

há enraizada uma forte cultura de<br />

hiperinflação, que inibia qualquer<br />

tentativa de planejamento a longo<br />

prazo nas empresas. Porém, a estabilidade<br />

econômica que já perdura por<br />

15 anos mudou totalmente esse ce-<br />

88 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Falando nisso Os custos da desorganização<br />

nário, proporcionando a perspectiva<br />

de planejar um futuro mais distante.<br />

Outro aspecto importante que<br />

deflagra a desorganização é a repetição<br />

dos erros. Errar algumas vezes<br />

quando se procura acertar é perfeitamente<br />

normal, mas erros sucessivos<br />

e permanentes são extremamente<br />

danosos para os negócios. Existem<br />

várias empresas que cometem os<br />

mesmos erros por muitos e muitos<br />

anos. Processos de produção ou de<br />

administração equivocados, falta de<br />

infraestrutura, e principalmente alocação<br />

de pessoas inadequadas para<br />

determinados cargos e responsabilidades,<br />

como um gerente que não<br />

sabe liderar ou um vendedor que não<br />

consegue atender bem um cliente,<br />

são exemplos de erros mais comuns<br />

a essas organizações.<br />

Essas sucessivas falhas vão minando<br />

tanto interna quanto externamente<br />

a imagem da empresa, e<br />

em face disso, precisam ser minuciosamente<br />

analisadas e tratadas a fim<br />

de que possam diminuir, e se possível<br />

desaparecer em curto espaço de tempo.<br />

Muitos empresários se iludem<br />

achando que ao corrigir alguns erros,<br />

estes não voltarão a acontecer. Esquecem-se<br />

de que as suas empresas<br />

são formadas por pessoas que possuem<br />

uma forte tendência de manter<br />

hábitos e resistir às mudanças.<br />

Cabe ressaltar alguns passos que<br />

julgo relevantes no que tange à solução<br />

desses problemas. Primeiro é preciso<br />

um mergulho profundo na organização<br />

e uma pesquisa junto ao seu<br />

ambiente (clientes, fornecedores e<br />

concorrentes) com o intuito de identificar<br />

os procedimentos errados. Em<br />

um segundo estágio procuram-se<br />

definir indicadores que possam avaliar<br />

a proporção desses erros. E mais<br />

à frente ainda, após as correções dos<br />

erros, continuar medindo, avaliando<br />

e monitorando periodicamente<br />

os processos nos quais houve falhas<br />

para que estas não se repitam.<br />

Por fim, sabe-se que errar é humano,<br />

mas persistir no erro é no mínimo<br />

falta de organização e de profissionalismo.<br />

O tempo, os recursos<br />

e as oportunidades desperdiçados<br />

com tais desordens devem ser redirecionados<br />

para a evolução da empresa.<br />

Portanto, sugiro que atentemos<br />

para os custos que a desorganização<br />

causa às nossas empresas. Eles são<br />

tão ou mais importantes que os custos<br />

diretos com os quais nos acostumamos<br />

a lidar. •<br />

EQUIVOCAR-SE ALGUMAS VEZES<br />

QUANDO SE TENTA ACERTAR<br />

É PERFEITAMENTE NORMAL, MAS<br />

ERROS SUCESSIVOS E PERMANENTES<br />

SÃO EXTREMAMENTE NOCIVOS<br />

PARA OS NEGÓCIOS<br />

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Planet Waves é uma marca registrada da D’Addario & Company, Inc. ou de seus afiliados nos EUA e/ou outros países. © 2009 D’Addario & Company, Inc. Todos direitos reservados. © 2009 Apple Corps Ltd. Um produto Beatles. Todos direitos reservados. Yellow Submarine: © 2009 Subafilms Ltd. Todos direitos reservados.<br />

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Empresa Reestruturação<br />

Inovar para<br />

crescer<br />

A Wolf Music<br />

reestruturou seu<br />

departamento de<br />

vendas para buscar<br />

novos horizontes<br />

Por Rogério Nogueira<br />

O<br />

tempo passa e novas empresas<br />

aparecem no mercado. Algumas<br />

são passageiras, outras obtêm<br />

sucesso. Apesar de ser uma importadora<br />

jovem — acabou de completar três anos<br />

—, a Wolf Music ganha cada vez mais<br />

espaço no segmento de instrumentos<br />

musicais. O ano de 2008 foi de crescimento,<br />

com uma frequência maior de<br />

importações. Segundo o diretor Wladimir<br />

João Teixeira, foi a época de melhor<br />

faturamento para a empresa. Dessa maneira,<br />

a companhia pôde criar uma ótima<br />

base para 2009. “Os negócios foram<br />

extremamente bons, superaram nossas<br />

expectativas. Porém, ainda sim, acreditamos<br />

que poderia ter sido melhor.”<br />

Para continuar no caminho certo, a<br />

Wolf Music faz novos planos para não<br />

perder o que já conquistou. O departamento<br />

de vendas foi reestruturado.<br />

A empresa ganhou espaço em novos<br />

Estados brasileiros em que ainda não<br />

atuava. “Também melhoramos nosso<br />

Equipe da Wolf Music, da esquerda para a direita:<br />

Márcio Bueno (vendas), Paula Teixeira (diretora), Léo Gorgatti (gerente comercial<br />

e de marketing), Flavia Zuchelli (financeiro) e Vladimir Teixeira (diretor)<br />

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Empresa Reestruturação<br />

mix de produtos e aumentamos nossas<br />

importações e investimentos para<br />

solidificar as marcas Wolf e Walden.<br />

Anunciamos em <strong>revista</strong>s do segmento,<br />

lançamos novos produtos e aumentaremos<br />

nosso estande na Expomusic<br />

2009. Outra opção será nossa ação de<br />

marketing para nos consolidar, pouco<br />

a pouco”, conta Teixeira. Além disso, a<br />

empresa já está com a cabeça em 2010.<br />

APÓS A CRISE<br />

FINANCEIRA MUNDIAL<br />

Nos últimos tempos, não dá para<br />

falar em crescimento sem mencionar os<br />

efeitos da crise financeira mundial, principalmente<br />

quando o assunto é importação.<br />

O principal efeito desse turbilhão<br />

de preocupações foi a queda nas vendas.<br />

Porém, segundo Teixeira, a Wolf tem um<br />

desafio maior, pois a marca e a empresa<br />

ainda são jovens. “Nosso desafio é vender<br />

ao mercado e ao músico (consumidor)<br />

o conceito da empresa, da marca,<br />

nosso mix de produtos, qualidade, atendimento,<br />

relacionamento e ações de marketing.<br />

Isso faz parte de uma trajetória<br />

inicial de qualquer empresa que queira<br />

se consolidar no mercado.”<br />

Apesar disso, as importações da<br />

Wolf estão em ritmo cada vez melhor.<br />

A cada mês, a empresa apresenta um<br />

histórico rico em informações que os<br />

norteia a importar com mais precisão<br />

os itens de maior giro e novos produtos.<br />

As feiras internacionais são essen-<br />

ciais para a importadora. São as ocasiões<br />

mais importantes para acertos e<br />

parcerias com fornecedores e para observar<br />

novas tendências, além de serem<br />

as melhores oportunidades para<br />

desenvolver novos produtos e linhas.<br />

Para o diretor da marca, após a crise<br />

financeira mundial, os negócios com a<br />

China ficaram bem, pois o interesse pelo<br />

mercado brasileiro aumentou. Com uma<br />

política de preços competitiva, a Wolf oferece<br />

descontos e prazos equilibrados.<br />

Este ano, o carro-chefe da empresa<br />

são os violões Wolf e Walden. Apesar<br />

de serem de categorias diferentes,<br />

possuem qualidade técnica, bom<br />

acabamento e preço acessível. “São as<br />

melhores opções do nosso mercado no<br />

quesito custo-benefício”, completa o diretor,<br />

que acredita que a marca crescerá<br />

20% até o final deste ano. •<br />

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Público: Indicado a músicos<br />

que querem um bom<br />

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Especial Tecnologia<br />

O novo cenário<br />

da sua loja<br />

Equipamentos e mesma<br />

concorrência têm como base<br />

o avançado uso da tecnologia.<br />

Qual será sua postura diante<br />

de um panorama tão digital?<br />

Se você acredita que a tecnologia é<br />

o lobo mau, tenha a certeza: ela realmente<br />

vai devorar o mercado. O<br />

conceito Computer Music não é novidade<br />

e já vem sido bastante explorado por lojas<br />

com perfil mais ousado, que não tem medo de correr<br />

riscos. Lojas assim ainda são raras, mas se você não<br />

está entre elas, precisa começar a modificar seu jeito<br />

de pensar e sua atuação comercial. Não se engane, o<br />

Computer Music veio para ficar! E, você, também quer<br />

continuar no mercado? Claro que quer, então, continue<br />

pelas linhas abaixo e descubra como atualizar-se<br />

e preparar-se para essa nova realidade.<br />

Medo de tecnologia: eu?<br />

Muitos consumidores — e até mesmo lojistas — têm<br />

preconceitos no que se refere à tecnologia. Argumentam<br />

que tecnologia é sinônimo de preço alto. Pura<br />

falta de informação, já que para os especialistas de<br />

produtos da Quanta Music, Daniel Raizer e Jobert<br />

Gaigher, a tecnologia é a principal aliada na solução<br />

de problemas. Uma<br />

relação custo-benefício<br />

que torna a sua aplicação<br />

muito mais barata, já<br />

que realmente sana os problemas de forma eficiente.<br />

Eles explicam: “Até pouco tempo só podíamos gravar<br />

um trabalho musical em casa utilizando um gravador<br />

de fita cassete — que tinha qualidade de som muito<br />

ruim. Agora podemos usar o computador e uma placa<br />

de som para gravar com qualidade melhor que a dos<br />

CDs convencionais de música por um preço módico”.<br />

De fato, a democratização da produção musical só<br />

foi alcançada com a acessibilidade e a popularização<br />

dos produtos de tecnologia musical. Hoje, qualquer<br />

pessoa pode gravar, com qualidade, as suas músicas<br />

em casa, distribuí-las e, até, comercializá-las via internet.<br />

Tudo é feito de maneira virtual. Novos artistas,<br />

92 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Especial Tecnologia<br />

Há um abismo<br />

de diferença entre<br />

os gravadores<br />

novos e antigos<br />

como Mallu Magalhães e Andy McKee, conseguiram<br />

uma projeção real com a ajuda fundamental de sites<br />

como o YouTube e o MySpace.<br />

A velocidade na troca de informações e o alcance<br />

da divulgação pela rede são infinitamente superiores<br />

se comparados a outros meios de comunicação e com<br />

uma vantagem: muito mais baratos. Vale lembrar que<br />

muitos apontam essa facilidade como a causa da crise<br />

da indústria fonográfica, em meados de 2003, da<br />

qual as grandes gravadoras nunca mais saíram.<br />

Um fator determinante para baratear a tecnologia<br />

foi a substituição das mídias analógicas pelas digitais.<br />

Por exemplo, no passado, poucos tinham a possibilidade<br />

de adquirir um gravador Tascam e mesmo esses<br />

‘privilegiados’ tinham de desembolsar um bom dinheiro<br />

por rolos de fitas para produzir fonogramas de<br />

qualidade. Alguns estúdios reutilizavam essas fitas,<br />

o que significava ainda perda de qualidade, além de<br />

ser uma operação difícil, que gerava o custo de um especialista.<br />

Atualmente, computadores velozes, HDs,<br />

pendrives, a facilidade na gravação de CDs e DVDs —<br />

cada vez mais baratos — garantem qualidade sonora<br />

e simplicidade de uso. Com um computador, o usuário<br />

pode acumular as funções de produtor musical,<br />

técnico de som, músico e distribuidor fonográfico. O<br />

fator ‘preço’ é motivo forte o suficiente para tornar<br />

qualquer consumidor ávido para comprar tecnologia.<br />

Tecnologia de ponta — leia-se produtos inovadores<br />

— terá sempre um custo mais elevado do que os outros<br />

produtos, mas é a evolução constante de tecnologias<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 93


Especial Tecnologia<br />

Guitarras e violões<br />

elétricos podem ser<br />

feitos de materiais<br />

sintéticos e tocados sem<br />

a utilização de fios<br />

que a torna acessível. Ou seja, o produto que hoje é inacessível para a<br />

maior parte dos consumidores amanhã poderá ser o top seller da sua loja.<br />

Produtos inovadores, como interfaces de áudio, porta-estúdios di-<br />

gitais, instrumentos eletrônicos e softwares se apresentam como soluções<br />

de relação custo/benefício muito bem-aceitas no mercado. Veja,<br />

por exemplo, o caso de um tecladista que admire a sonoridade de um<br />

piano elétrico Fender Rhodes, instrumento raro e caro. Esse tecladista<br />

tem duas opções: encontrar um modelo com condições de uso — e<br />

desembolsar uma pequena fortuna por ele — ou adquirir um software<br />

emulador, que recria sons de diversos instrumentos e pode<br />

ser instalado no computador, sendo tocado por um teclado controlador,<br />

tudo isso por um preço muito mais acessível.<br />

O lojista não pode ter a ilusão de que os consumidores estão<br />

plenamente conscientes de como os produtos tecnológi-<br />

Violão Ovation Idea:<br />

no detalhe, o préamplificador<br />

com<br />

gravador em MP3<br />

embutido.<br />

94 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Especial Tecnologia<br />

cos podem facilitar a sua vida. Ele precisa<br />

levar ao cliente essa informação. O<br />

estudante que compra um gravador digital<br />

portátil multicanal, por exemplo,<br />

poderá gravar uma base, estudar improviso<br />

e fazer um comparativo de sua<br />

evolução, identificando seus erros. Por<br />

que não oferecer o produto na hora da<br />

venda de uma guitarra, por exemplo?<br />

“Muitas pessoas não sabem que é fácil,<br />

barato, e que podem alcançar resultados<br />

impressionantes ao utilizar um<br />

computador e alguns equipamentos<br />

de tecnologia para produzir música”,<br />

esclarecem os especialistas da Quanta.<br />

Parece ficção científica<br />

Expressões como facilidade de uso, interface<br />

amigável, portabilidade estão<br />

em moda e apontam tendências do mercado<br />

de instrumentos musicais. Para<br />

Alex Lameira, gerente de produtos da<br />

Roland Brasil, das marcas Cakewalk,<br />

RSS e Edirol, as tendências tecnológicas<br />

estão sempre relacionadas à facilidade<br />

e à inclusão de novas ferramentas. Um<br />

exemplo é a função de cortes em uma<br />

edição musical feita por apenas alguns<br />

cliques no mouse, ou ainda o fato de<br />

uma plataforma multipistas disponibilizar<br />

recursos para, além de mixar,<br />

masterizar uma faixa. “Na parte de<br />

equipamentos musicais, os destaques<br />

são a transmissão via rede, a facilidade<br />

de gravação e monitoração, simuladores<br />

de amplificadores e de sonoridades bem<br />

próximos do som original com um custo-benefício<br />

impressionante. O laptop já<br />

é uma realidade nos palcos”, completa.<br />

O avanço visual e a usabilidade<br />

dos sistemas também permitem a<br />

operação muito mais simples de qualquer<br />

software, sem ser necessário que<br />

o usuário entenda de linguagem de<br />

programação. Além disso, as conexões<br />

dos equipamentos estão mais simples,<br />

com número de conectores bem menor,<br />

propiciando mobilidade e ganho<br />

de espaço inimagináveis. É o caso dos<br />

produtos baseados no protocolo Reac<br />

(Roland Ethernet Audio Communication),<br />

da Roland, que efetua a transferência<br />

de áudio por meio de cabo de<br />

rede. “Só para se ter ideia, é possível<br />

passar 40 canais por um único cabo<br />

de rede”, informa Lameira. E já existem<br />

os equipamentos que não necessitam<br />

de nenhum fio, graças a conexões<br />

bluetooth e wireless.<br />

Os especialistas de produtos da<br />

Quanta apontam ainda para a mudança<br />

que ocorreu no mercado de tecnologia<br />

musical, mostrando que, antigamente,<br />

os computadores eram caros, instáveis<br />

e incompreendidos. Mesmo assim, algumas<br />

lojas de instrumentos musicais<br />

vanguardistas criavam pequenos setores<br />

chamados de computer music, que,<br />

aos poucos, foram ganhando espaço e<br />

se tornando realmente uma seção de<br />

tecnologia. “A evolução e a queda dos<br />

preços dos produtos digitais nos últimos<br />

anos estão nos levando cada vez mais a<br />

entender o conceito de computer music<br />

não como um departamento, mas sim<br />

www.musicaemercado.com.br 95


Especial Tecnologia<br />

Educação musical:<br />

um nicho a ser explorado<br />

A tecnologia digital também diminuiu a distância e rompeu fronteiras.<br />

Um músico brasileiro antenado pode ter acesso ao que é produzido<br />

de material didático em qualquer lugar do mundo. Aulas online de música<br />

são possíveis de serem realizadas graças a computadores com<br />

acesso a internet banda larga, câmeras com alta resolução, mas de mensagem instantâneas, como o Skype ou o MSN, mi-<br />

prograrencial<br />

de uma boa venda. A educação à distância também está<br />

se desenvolvendo, especialmente nos cursos de graduação – que<br />

receberam notas superiores a cursos presenciais na prova do ENADE.<br />

Este é um nicho que tem muito campo a ser explorado, em especial,<br />

com produtos musicais/tecnológicos que facilitem uma maior integração<br />

com o universo virtual. Exemplos de softwares para educação<br />

xers compactos e interfaces de áudio. Saber oferecer produtos<br />

que atendam as necessidades desses professores, equipamentos<br />

compactos com saída USB, por exemplo, pode ser o dife-<br />

musical: Sibelius Star Class e EarMarte School.<br />

como tendência de integração de tecnologia digital com<br />

praticamente todos os departamentos de uma loja de instrumentos<br />

musicais ou de áudio”, afirmam.<br />

Alguém duvida de que em poucos anos não encontraremos<br />

no mercado guitarras elétricas ou teclados<br />

profissionais com pelo menos uma porta USB ou algo<br />

similar? Já existem instrumentos mais leves e compactos<br />

capazes de se integrar com um computador, como<br />

o Ovation Idea (veja na pág. 94), que possui gravador<br />

MP3 embutido capaz de registrar a performance do<br />

músico e transferi-la, em tempo real, para o computador.<br />

“Os instrumentos musicais elétricos e eletrônicos<br />

carentes de uma conexão digital serão para o futuro<br />

o que hoje é para nós uma televisão sem entrada de<br />

áudio e vídeo”, completam.<br />

Instrumentos acústicos em extinção?<br />

Fato: a tecnologia não fará com que os músicos, amadores<br />

ou profissionais, deixem de comprar instrumentos<br />

acústicos. Os especialistas da Quanta acreditam que é<br />

muito provável que esse consumo até aumente, graças<br />

ao preço reduzido e à praticidade proporcionada pela tecnologia.<br />

Mas também é possível que enquanto uma fatia<br />

dos consumidores migre para os mercados digitais, outra<br />

parte continue fiel aos instrumentos acústicos. “Vale<br />

frisar que alguns mercados devem morrer ou diminuir<br />

drasticamente por uma questão de praticidade”, revelam.<br />

Os especialistas da Quanta ainda preveem que “o piano<br />

deve experimentar o mesmo que experimentou o cravo<br />

no século 18. Cada vez mais será mais comum encontrar<br />

um teclado com som de piano do que um piano acústico.<br />

Isso já é visível. O piano não morrerá, mas se tornará cada<br />

vez mais raro, menos comercial e mais caro”.<br />

Por mais apocalíptica que possa parecer, a extinção<br />

de alguns mercados é inevitável também pela necessidade<br />

de alternativas que promovam uma economia<br />

sustentável e se preocupem com o meio ambiente.<br />

Já há algum tempo existem pesquisas que buscam<br />

soluções eficientes para substituir a madeira na construção<br />

de instrumentos musicais, como podemos ver<br />

nas guitarras construídas com o corpo em acrílico e<br />

na linha X Series da Martin, com seus instrumentos<br />

confeccionados em HPL (laminado de alta pressão) —<br />

material sintético que pode ser confeccionado simulando<br />

texturas de madeiras tradicionais.<br />

Futuro feliz<br />

Não se sabe ao certo onde é que toda essa evolução<br />

tecnológica vai nos levar, mas quem não estiver preparado<br />

para ela perderá muito terreno. O perfil do consumidor<br />

está mudando. O jovem de 13 anos cresceu<br />

com acesso à internet e prefere interagir com colegas<br />

de condomínio pela tela do computador, o que dirá<br />

quando se trata de consumo?<br />

96 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Especial Tecnologia<br />

A concorrência<br />

do e-commerce<br />

E<br />

como fica a questão da concorrência<br />

com a loja virtual? As lojas<br />

de rua conseguirão sobreviver?<br />

Estudos apontam que quem procura o e-<br />

commerce busca mesmo o melhor preço.<br />

Já que não possuem estrutura física, as<br />

lojas especializadas em e-commerce podem<br />

oferecer produtos com preços muito<br />

mais atraentes — na maioria das vezes<br />

impraticáveis para uma loja convencional.<br />

Isso aumenta dramaticamente a pressão<br />

sobre os preços em diversos setores, no<br />

mundo inteiro. Sendo assim, as lojas precisam<br />

disponibilizar serviços e diferenciais<br />

impossíveis para o e-commerce.<br />

Uma das formas mais evidentes é<br />

oferecer consultoria na hora da venda,<br />

apresentando produtos que podem solucionar<br />

os problemas exclusivos daquele<br />

cliente. Em geral, o músico prefere ir<br />

a uma loja convencional comprar o seu instrumento, tudo<br />

para “sentir” sua tocabilidade e sonoridade. “No mercado<br />

musical há o agravante de que normalmente o músico<br />

quer provar o instrumento antes de investir”, lembram os<br />

especialistas de produtos da Quanta Music, Daniel Raizer e<br />

Jobert Gaigher. “Esses consumidores estão atentos a todas<br />

as informações disponíveis na internet, e o vendedor precisa<br />

estar preparado”, orienta o gerente de vendas para a<br />

América Latina da Numark USA, Anthony Lamond.<br />

Para o consumidor tradicional, o e-commerce ainda não<br />

serve, como também não atinge os anseios dos consumidores<br />

carentes de informação e ávidos por uma consultoria<br />

com um especialista. “A única barreira ainda a ser transposta<br />

pelos lojistas é a ideia de ter vendedores especializados em<br />

tecnologia. Em um universo de 800 lojas que a Yamaha atende,<br />

no máximo 1% possui um especialista”, conta o gerente<br />

de marketing da Yamaha, Pardal. “A quantidade de clientes<br />

perdidos por falta de informação e de formação do vendedor<br />

é muito grande”, completa.<br />

Anthony Lamond,<br />

gerente de vendas para<br />

a América Latina<br />

da Numark USA<br />

Mas será que contar com um especialista e ter um vendedor<br />

capacitado para informar o cliente sobre qual produto<br />

atende melhor a sua necessidade são o bastante? Se<br />

não é possível entrar na guerra de preços, programas de<br />

garantias estendidas podem ser soluções momentâneas.<br />

Esse nicho de vendas on-line é uma realidade que o lojista<br />

não pode ignorar. Muitas empresas estão traçando estratégias<br />

para se aproximar do seu consumidor, uma delas<br />

é a internet colaborativa, que atua em redes sociais como<br />

Orkut, Facebook, Twitter e fóruns (veja matéria da pág. 50).<br />

Se por um lado o mercado convencional — que já é<br />

grande — deve experimentar certo crescimento nos próximos<br />

anos graças à era digital, o e-commerce, que ainda é<br />

pequeno, deve apresentar um crescimento muito maior no<br />

decorrer dos próximos dez anos. “Talvez no futuro comecem<br />

a aparecer lojas híbridas que ofereçam atendimento personalizado<br />

de qualidade por meio dos recursos da realidade virtual,<br />

mas isso ainda deve demorar um pouquinho”, preveem<br />

os especialistas da Quanta. •<br />

98 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


ORGANIZAÇÃO<br />

FABIANO BRUM<br />

é palestrante nas áreas de Marketing, Motivação, Atendimento e Vendas. Vem se destacando em palestras,<br />

cursos e seminários, pela maneira inteligente e criativa com que alia seu conhecimento musical aos temas<br />

de seus treinamentos. E-mail: contato@fabianobrum.com.br • Site: www.fabianobrum.com.br<br />

CONHEÇA OS 5S E<br />

AUMENTE AS VENDAS!<br />

CONCEITO JAPONÊS AJUDA VENDEDORES A MELHORAR<br />

A PRODUTIVIDADE E O ATENDIMENTO AO CLIENTE<br />

Os 5S são uma ferramenta de<br />

origem japonesa muito prática<br />

como auxílio na implantação<br />

da filosofia da qualidade nas<br />

empresas e vem sendo usada como<br />

uma forma de educar as pessoas para<br />

o aperfeiçoamento contínuo.<br />

Em uma loja de instrumentos<br />

musicais, a filosofia dos 5S pode<br />

perfeitamente ser adotada por vendedores<br />

e atendentes para melhorar<br />

a produtividade e o atendimento ao<br />

cliente. Os conceitos dos 5S podem<br />

muito bem ser praticados na área de<br />

vendas. Veja alguns exemplos:<br />

SEIRI<br />

Senso de Utilização<br />

O vendedor deve identificar, classificar<br />

e remanejar seus recursos a fim<br />

de apenas trabalhar com coisas úteis.<br />

Retirar o excesso de coisas do balcão,<br />

da pasta ou da mesa de trabalho<br />

para não se perder na frente do cliente,<br />

buscando um catálogo ou uma lista<br />

de preços no meio de um monte de<br />

bagunça desnecessária.<br />

Catálogos antigos, informações<br />

sobre instrumentos e equipamentos<br />

que já saíram de linha devem ser descartados<br />

ou arquivados em outro lugar<br />

a fim de que você tenha informações<br />

atuais e de fácil acesso. Se optar<br />

por guardar os catálogos antigos em<br />

outra área, organize-os para encontrá-los<br />

facilmente quando precisar.<br />

Saber selecionar bons prospects<br />

e descartar aqueles que não darão re-<br />

sultados também faz parte do senso<br />

de utilização.<br />

SEITON<br />

Senso de Ordenação<br />

O tempo do vendedor desorganizado<br />

acabou — aquele contador de<br />

piadas, que dependia apenas do seu<br />

poder de comunicação e influência<br />

para vender. Hoje é preciso ter uma<br />

boa agenda, um cadastro de clientes<br />

bem organizado, ações planejadas de<br />

prospecção de novos clientes, roteiro<br />

de visitas planejado (visitas às bandas,<br />

escolas de música, fanfarras de<br />

colégios etc.), análise do histórico de<br />

compras do cliente, entre outros.<br />

Organize seu cadastro de clientes<br />

de acordo com a importância e volume<br />

de compras. Pratique ações de<br />

marketing e vendas específicas para<br />

cada classe de clientes.<br />

Ordenação também significa uma<br />

boa comunicação visual: cartões de<br />

visitas, catálogos, folders e demais<br />

materiais utilizados no atendimento.<br />

Eles devem ser claros e eficientes.<br />

A fácil visualização dos preços dos<br />

instrumentos e equipamentos, além da<br />

disposição estratégica do estoque na<br />

loja de forma organizada, pode economizar<br />

tempo do vendedor, do cliente e<br />

proporcionar melhoria nas vendas.<br />

SEISO<br />

Kaizen significa melhora contínua.<br />

É uma estratégia ou metodologia de<br />

qualidade que funciona na empresa<br />

de forma individual ou coletiva<br />

Senso de Limpeza<br />

As boas condições do seu material de<br />

trabalho, como pasta de trabalho, material<br />

de apresentação, folders, listas de<br />

preços, uniforme, limpeza de veículos<br />

da loja, higiene pessoal etc., passa ao<br />

cliente confiança e profissionalismo.<br />

Uma loja limpa e organizada, vitrines<br />

chamativas e sem poluição visual<br />

também são itens importantes.<br />

A limpeza dos instrumentos e<br />

equipamentos expostos é essencial<br />

para a imagem da loja e conservação<br />

do estoque.<br />

Em uma análise abrangente,<br />

poderíamos dizer que a ética, a clareza<br />

e a transparência nas negocia-<br />

100 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Organização Fabiano Brum<br />

ções também fazem parte do senso<br />

de limpeza, pois garantem uma boa<br />

imagem do profissional e da empresa<br />

perante seus clientes.<br />

SEIKETSU<br />

Senso de Saúde<br />

Antes de ser uma pessoa de sucesso, é<br />

preciso parecer ser uma pessoa de sucesso!<br />

O profissional de vendas deve<br />

ter uma aparência condizente com<br />

o público que atende. Com relação a<br />

este item, o que manda é o bom senso.<br />

A postura física e a forma de se vestir<br />

devem demonstrar o senso de saúde.<br />

Praticar bons hábitos, preocupando-se<br />

com a saúde física, mental e espiritual,<br />

faz com que o vendedor transmita<br />

mais confiança e tenha equilíbrio<br />

emocional nas negociações.<br />

Em uma loja de instrumentos e<br />

equipamentos musicais, você atende<br />

desde o músico profissional, passando<br />

por músicos eruditos, roqueiros,<br />

sertanejos, o médico ou advogado<br />

que tem a música como um hobby<br />

e até a madame que vai até a loja<br />

comprar um instrumento para o seu<br />

querido filho. A sua imagem deverá<br />

ser condizente com os mais variados<br />

públicos, utilizando uma linguagem<br />

própria que facilite a comunicação e<br />

a venda para cada perfil de cliente.<br />

SHITSUKE<br />

Senso de Autodisciplina<br />

Autodisciplina é saber o que deve ser<br />

feito, ir lá e fazer o que deve ser feito!<br />

Se você recebeu um produto novo<br />

na loja, não espere o cliente perguntar<br />

sobre ele para depois ir consultar no<br />

manual. Seja curioso e discipline-se a<br />

ter as informações antes que o cliente<br />

precise delas. Não deixe que a venda<br />

‘esfrie’, seja um conhecedor dos instrumentos,<br />

equipamentos e acessórios<br />

que comercializa.<br />

O acompanhamento da pós-ven-<br />

da, a avaliação da curva ABC de clientes,<br />

o aperfeiçoamento contínuo no<br />

que diz respeito ao conhecimento do<br />

produto, do mercado, da concorrência<br />

e da carteira de clientes exigem do<br />

profissional de vendas autodisciplina.<br />

Autodisciplina tem a ver com<br />

entusiasmo, que é a força para continuar<br />

em frente quando os demais<br />

começam a desistir.<br />

Na área comercial, a autodisciplina<br />

está relacionada aos esforços para<br />

o cumprimento de metas, manutenção<br />

de ações constantes de marketing,<br />

inovação e treinamento da equipe<br />

de vendas.<br />

Autodisciplina também é a prática<br />

constante dos ‘Ss’ anteriores.<br />

5S é a consideração aos pequenos<br />

detalhes que fazem a diferença.<br />

E como diz o rei: “Detalhes tão<br />

pequenos de nós dois são coisas<br />

muito grandes pra esquecer”. Sucesso<br />

nas vendas! •


Distribuição Acessórios<br />

Objetivo: conquistar<br />

novos mercados<br />

A jovem Dimúsica e o desafio de distribuir com exclusividade<br />

a tradicional fabricante de acessórios D’Andrea<br />

OS KITS DE<br />

PALHETAS<br />

SÃO OS<br />

CAMPEÕES<br />

DE VENDAS<br />

DA D’ANDREA<br />

NO BRASIL<br />

Com apenas três anos no mercado,<br />

a Dimúsica distribui atualmente<br />

para o mercado, com exclusividade,<br />

os acessórios D´Andrea, os instrumentos<br />

da Acoustic e da Daisy Rock, os afinadores<br />

Tunner e ainda este ano iniciará a<br />

distribuição dos acessórios Eletrika.<br />

Apesar de jovem, a empresa está atenta<br />

às mudanças do mercado e busca ampliar<br />

o seu mix de produtos em acessórios. Prova<br />

disso é o trabalho que vem desenvolvendo<br />

com a marca D´Andrea desde o início do<br />

ano, uma parceria expressiva no faturamento<br />

da Dimúsica pelo alto giro nas lojas e boa<br />

margem de lucro. “A aceitação dos lojistas<br />

pelos produtos D´Andrea é muito grande.<br />

Nosso esforço agora é manter um bom estoque<br />

de produtos e continuar ágil no despacho<br />

das mercadorias, que hoje acontece<br />

em menos de 24 horas”, explica o sócio-diretor<br />

da importadora,<br />

Luiz Gustavo Muniz,<br />

que também revelou<br />

que, com a D’Andrea,<br />

seu volume de negócios<br />

cresceu consideravelmente.<br />

A novaiorquinha<br />

D´Andrea é uma marca<br />

bastante popular no<br />

meio guitarrístico por<br />

Dica no PDV:<br />

“A exposição dos<br />

acessórios na loja<br />

e ponto crucial para o<br />

aumento das vendas”<br />

— Luiz Gustavo Muniz<br />

conta de das palhetas que fabrica. Está no<br />

mercado desde 1922, sendo uma das mais<br />

antigas companhias de acessórios musicais.<br />

“A D´Andrea foi a primeira empresa a<br />

produzir palhetas”, afirma Muniz. “Nossa<br />

linha completa de palhetas, produtos para<br />

limpeza e manutenção de instrumentos<br />

de corda e correias aliam qualidade, preço<br />

e giro. Toda a linha D’Andrea é sucesso nas<br />

lojas”. Segundo ele, campeões de vendas da<br />

D’Andrea no Brasil são os kits de palhetas.<br />

Muniz atribui esse destaque à ótima relação<br />

custo/benefício desses produtos.<br />

No que diz respeito a estratégias para<br />

que a D’Andrea ganhe maior posição no<br />

mercado, o segredo de um bom trabalho,<br />

segundo Muniz, está na sinergia entre<br />

equipe interna, os representantes e o<br />

estoque. “A logística tem permitido bom<br />

desempenho. O feedback dos representantes<br />

e clientes certamente nos dão a<br />

direção correta”, completa.<br />

Quanto à concorrência, Muniz é bem<br />

direto: “Está estabelecida e é competente”.<br />

A Dimúsica aposta em trabalhar explorando<br />

as necessidades dos lojistas, crescer e<br />

conquistar novos mercados. “Tivemos um<br />

ótimo resultado com a participação nas feiras<br />

regionais da Música&<strong>Mercado</strong>. Em breve<br />

iniciaremos uma campanha com anúncios<br />

em <strong>revista</strong>s especializadas, incentivos a<br />

vendedores e displays nos pontos de venda”.<br />

Muniz diz que a Dimúsica teve um aumento<br />

significativo nas vendas este ano e<br />

acredita que 2010 será um ano ainda melhor.<br />

“Certamente não vai ser diferente [quanto<br />

ao sucesso], com a solidificação de nossas<br />

atuais marcas, somada aos lançamentos de<br />

produtos”, afirma, confiante. •<br />

102 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Empresa Perfil<br />

A nova cara da<br />

Tagima<br />

Empresa moderniza a<br />

sua linha de produção na<br />

era Zaganin e consolida<br />

sua identidade<br />

Por Miguel De Laet<br />

Desde 1997, quando a Marutec<br />

adquiriu os direitos da marca<br />

Tagima, a empresa deu<br />

continuidade à promoção da marca<br />

e estabeleceu no mercado uma forte<br />

identidade por sempre carregar um<br />

perfil muito claro e definido de ser um<br />

fabricante de instrumentos de cordas e<br />

acessórios. A confirmação do sucesso<br />

pode ser medida pelo maior problema<br />

que a Tagima vem enfrentando atualmente:<br />

a comercialização de instrumentos<br />

Tagima falsificados.<br />

Nos últimos anos, a empresa concentrou<br />

sua atenção em desenvolver<br />

seus produtos no Brasil e fabricá-los no<br />

exterior, mesmo mantendo a fábrica<br />

em São Paulo, que produz modelos assinatura<br />

e os modelos top da marca. As<br />

linhas mais acessíveis, como os produtos<br />

Memphis, as séries mais acessíveis de<br />

baixo e guitarra e toda a linha acoustic<br />

são produzidas nas fábricas da Ásia.<br />

Tudo isso tem um motivo: “Assim como<br />

as grandes marcas internacionais como<br />

GAP, Gibson, Toyota, mantemos unidades<br />

de produção na China, que faz uma<br />

boa qualidade de instrumentos e tem<br />

custo de produção acessível”, informa<br />

Ney Nakamura, presidente da Tagima.<br />

“Porém, a grande diferença da Tagima é<br />

que poderemos fabricar mais instrumentos,<br />

em vez de importar, no momento em<br />

que houver qualquer problema com as<br />

importações ou com o câmbio”, alerta.<br />

Quando Seizi Tagima saiu, há três<br />

anos, Marcio Zaganin, inicialmente, deu<br />

continuidade ao trabalho desenvolvido<br />

A guitarra Tagima 635 é o instrumento<br />

mais vendido da empresa<br />

104 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Zaganin é sócio de Nakamura<br />

em uma fábrica de guitarras<br />

Custom Shop que atende um<br />

mercado completamente diferente<br />

do atendido pela Tagima<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 105


Empresa Perfil<br />

Marco Vignoli,<br />

gerente comercial<br />

da empresa.<br />

Ao fundo,<br />

a equipe da fábrica<br />

por Seizi. “O segundo passo foi modernizar<br />

a fábrica e aprimorar os processos<br />

de produção. Basicamente, a ideia foi de<br />

unir a tradição hand made da Tagima<br />

com um processo mais moderno”, conta<br />

Zaganin. E a modernidade veio com<br />

tudo. Hoje a Tagima digitaliza todos o<br />

modelos, “para garantir maior precisão<br />

no projeto e também na execução dos<br />

instrumentos”, revela o luthier.<br />

Ney Nakamura confirma: “Faz três<br />

anos que o Marcio Zaganin assumiu<br />

toda a parte de desenvolvimento de<br />

produtos da Tagima. O resultado foi<br />

claramente identificado pelo mercado<br />

como um aumento considerável<br />

da qualidade dos produtos fabricados<br />

aqui no Brasil e também lançamentos<br />

antenados com os melhores produtos<br />

do mundo”, diz, satisfeito com os<br />

resultados do trabalho. “Procurei desenvolver<br />

alguns produtos inspirados<br />

em clássicos, mas que tivesse personalidade<br />

e uma cara própria da Tagima.<br />

Então lançamos os modelos de guitarra,<br />

Infinity Custom e T-Six, e os baixos<br />

Milleniun e Fusion”, comenta Zaganin.<br />

Ney Nakamura,<br />

presidente da Tagima<br />

Os resultados dessa nova fase são<br />

positivos: “Começamos 2009 com muita<br />

garra e vontade de vender. A nossa meta<br />

para 2009 é crescer 30% a mais que 2008<br />

e este resultado está sendo alcançado”,<br />

revela Ney. Dentre as novidades do ano<br />

estão o lançamento da linha de guitarras<br />

semiacústicas e também os modelos<br />

de violão maciço de aço e náilon. •<br />

NOSSA META PARA<br />

2009 É CRESCER<br />

30% A MAIS<br />

QUE EM 2008.<br />

— NEY NAKAMURA<br />

106 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Negócios Summer Namm 2009<br />

Summer Namm: mesmo com<br />

número menor de participantes,<br />

a feira atraiu 12 mil pessoas<br />

Otimismo renovado<br />

Apesar da redução do número de participantes, a Summer Namm 2009<br />

atraiu as novas empresas do mercado e gerou resultados surpreendentes<br />

Satisfação e expectativa para o<br />

futuro. Esses foram os sentimentos<br />

dos organizadores da Summer<br />

Namm, ocorrida em julho último,<br />

no Centro de Convenções de Nashville,<br />

EUA. Nem mesmo a queda no número<br />

de participantes, tanto de visitantes<br />

quanto de expositores, desanimou os<br />

organizadores. “Se a crise econômica<br />

provocou incertezas na mente dos<br />

empresários este ano, sabemos que<br />

demos passos gigantescos com este<br />

evento. A Summer Namm é sempre<br />

um bom lugar para nossos expositores<br />

fecharem negócios e prepararem-se<br />

para a crise e a venda na temporada<br />

de férias”, afirmou Joe Lamond, presidente<br />

e CEO da feira, ao término do<br />

evento. “Como resultado, acredito que<br />

este espetáculo criou um importante<br />

ponto de transição com a comunidade<br />

de lojas de instrumentos musicais,<br />

além dos novos e antigos expositores<br />

trabalhando juntos para criar condições<br />

para um importante crescimento<br />

futuro dessas empresas”, acrescentou.<br />

Durante os três dias de evento, passa-<br />

ESTAVA UM POUCO CÉTICO EM<br />

RELAÇÃO AO EVENTO, MAS<br />

FELIZMENTE FIQUEI MUITO SURPRESO.<br />

CONVERSAMOS COM VÁRIOS, E<br />

NOVOS, DISTRIBUIDORES E O PÚBLICO<br />

EM GERAL ESTAVA CONTENTE COM<br />

NOSSA PRESENÇA”<br />

— DAVE JEWELL, DA YAMAHA<br />

108 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Negócios Summer Namm 2009<br />

Participaram pela<br />

primeira vez do evento<br />

38% dos expositores<br />

O número de visitantes foi 26%<br />

menor que ano passado<br />

ram pelo centro de Convenções mais de<br />

12 mil pessoas, número expressivo, porém<br />

26% menor do que no ano passado.<br />

O número de expositores também diminuiu,<br />

indo de 483 em 2008 para 383 nesta<br />

edição, representando 20,7% a menos.<br />

Negócios<br />

A notícia espantosa é que 38% do total<br />

de expositores participou pela primeira<br />

vez do evento, situação que acabou<br />

gerando negócios interessantes<br />

para todas as partes e surpreendendo<br />

quem estava desconfiado por causa<br />

da crise econômica tão recente. “Obviamente,<br />

eu estava um pouco cético<br />

em relação ao evento, mas felizmente<br />

fiquei muito surpreso. Conversamos<br />

com vários e novos distribuidores,<br />

e o público em geral estava contente<br />

com a nossa presença”, afirmou Dave<br />

Jewell, da Yamaha.<br />

Para Brian Hanson, da B’s Music,<br />

uma loja estadunidense do Estado de<br />

Michigan, a participação na Feira trouxe<br />

resultados positivos, praticamente<br />

inesperados: “Quase alcancei a mesma<br />

quantidade de compra da edição anterior,<br />

mesmo com um número menor de<br />

expositores”, confirmou Hanson à M&M.<br />

A próxima Summer Namm será<br />

realizada entre 18 e 20 de julho de<br />

2010. Antes disso, agende-se para o<br />

principal evento do continente americano<br />

— vem aí a Namm Show, em<br />

Anaheim, Califórnia, de 14 a 17 de janeiro<br />

de 2010. A M&M vai trazer todas<br />

as novidades para você. •<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 109


Negócios Summer Namm 2009<br />

Novidades Summer Namm<br />

A Beat Kangz Electronics apresentou sua<br />

Beat Thang Virtual, uma versão em software da anunciada<br />

máquina de ritmos The Beat Thang. Esta versão vem equipada<br />

com mais de 3 mil sons e inclui diversas funcionalidades, como<br />

efeitos digitais integrados, sequenciador de 16 canais, sampler,<br />

edição gráfica, entre outras características.<br />

A Jackson Guitars apresentou a Jackson Morton Signature D2 Dominion.<br />

Trata-se de uma versão mais econômica da guitarra Signature Jackson Mark Morton Dominion.<br />

Entre as características da guitarra destacam-se seu braço de maple e escala de jacarandá.<br />

A guitarra também é equipada com dois captadores Humbucking Duncan Design HB-101,<br />

uma ponte cromada tune-O-matic e a assinatura do guitarrista na placa traseira da guitarra.<br />

Está disponível em dois acabamentos, preto e preto transparente, com bag.<br />

A Yamaha levou à Summer Namm seu sintetizador MM8.<br />

Vem carregado com os sons da família Motif, possui controle em tempo<br />

real e 88 teclas de ação de martelo graduado. Segundo os executivos<br />

da Yamaha, o MM8 é um produto com excelentes sons e todas as<br />

características do MM6 em um grande pacote. É um sintetizador ideal<br />

para estúdio e para performances ao vivo, com fácil ajuste.<br />

A Akai Professional lançou os novos monitores<br />

ativos RPM8 de 8 polegadas biamplificados. A unidade<br />

de graves oferece uma amplificação total de 80 w com<br />

frequência abaixo de 39 Hz. O sistema de agudos oferece<br />

40 w RMS, com amplificação contínua de até 20 kHz, e<br />

internamente disponibiliza uma otimização de vocais<br />

com o padrão MDF de baixa ressonância. A conexão se<br />

dá por entradas XLR ou TRS balanceadas.<br />

110 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Lojista Prisma Pro Audio<br />

Mesmo com<br />

instrumentos<br />

musicais em seu<br />

mix de produtos,<br />

a Prisma Pro<br />

Audio apresenta<br />

equipamentos<br />

de áudio em<br />

crescimento<br />

Áudio<br />

O<br />

que era para ser apenas um<br />

negócio de engenharia eletrônica<br />

acabou se transformando<br />

também em uma loja de instrumentos<br />

musicais. Há quase 20 anos no mercado,<br />

a Prisma Pro Audio cresceu e se<br />

estabeleceu com fortes parceiros e fornecedores.<br />

Segundo o diretor Germano<br />

Kannenberg, a cidade de Santa Cruz do<br />

Sul, no Rio Grande do Sul, abraçou a<br />

loja que atende a cidade e toda a região.<br />

Descubra na ent<strong>revista</strong> a seguir como<br />

foi a trajetória desse comércio: da abertura,<br />

passando por reformas e planos<br />

econômicos até os dias de hoje.<br />

difere<br />

Quando surgiu a ideia de montar a Qual foi a maior dificuldade no início<br />

Prisma Pro Audio?<br />

do negócio?<br />

Ela foi fundada em 16 de novembro de Apesar de vários percalços e planos<br />

1990 por dois amigos: Germano Kannenberg<br />

econômicos, fomos crescendo até 2001,<br />

e Marcus A. Thier (na época, quando Marcus resolveu voltar ao ramo<br />

recém-formados em engenharia eletrônica).<br />

da engenharia e vendeu sua parte da<br />

Tínhamos em comum o gosto pelo empresa para mim. Foi uma época de<br />

áudio. Começamos com 30 m2. A ideia era dificuldades de adaptação, mas com a<br />

priorizar a engenharia e a loja seria nossa ajuda de meus funcionários, esposa e<br />

segunda opção de trabalho, mas ela cresceu.<br />

até do meu ex-sócio, acabamos supe-<br />

O que era para ser a segunda opção rando e passamos para o próximo obs-<br />

tornou-se a principal ocupação. A engenharia<br />

táculo: a reforma da loja em 2003, o que<br />

ficou em segundo plano. Em 1995, nos obrigou a trabalhar durante quatro<br />

mudamos para o endereço atual, na época<br />

meses em um local provisório e com<br />

com 95 m2 de loja e 100 m2 de estoque. pouca estrutura. Em agosto de<br />

2003,<br />

112 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Lojista Prisma Pro Audio<br />

A seção de áudio tem<br />

destaque e compõe<br />

26% de todos os<br />

produtos da loja<br />

como<br />

ncial<br />

retornamos para o prédio atual, agora<br />

com mais de 500 m 2 de área construída.<br />

Em janeiro de 2006, adquirimos o<br />

prédio ao lado da nossa loja para futuras<br />

ampliações, assistência técnica,<br />

estoque e importadora.<br />

Por que escolheram Santa Cruz do Sul?<br />

Como é a concorrência na cidade?<br />

Escolhemos Santa Cruz por ser a nossa<br />

cidade natal e, na época, não haver lojas<br />

especializadas na região. Creio que<br />

é como atuar em qualquer lugar do Brasil.<br />

A Internet globalizou o comércio, o<br />

cliente procura o melhor preço lá e quer<br />

o suporte e as condições da nossa loja.<br />

Fala em preço de mercado livre e Paraguai,<br />

mas não se lembra de pós-venda,<br />

garantia, suporte e assistência técnica.<br />

Mas são coisas que se superam com um<br />

atendimento profissional e diferenciado,<br />

condições de negociação e uma tradição<br />

no mercado que outros meios não têm.<br />

Como conquistam o cliente?<br />

Todos os nossos vendedores são treinados<br />

para fornecer o melhor atendimento<br />

possível, pois acreditamos que o cliente<br />

busca, além do produto, um serviço<br />

agregado e principalmente informação.<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 113


Lojista Prisma Pro Audio<br />

Existe alguma dificuldade com relação<br />

aos fornecedores?<br />

Temos parcerias com fornecedores,<br />

alguns dos quais nos acompanham<br />

desde o tempo de inauguração da loja,<br />

como Habro Music, baquetas C. Ibañez,<br />

Selenium, Attack e Ibox. Outras, mas<br />

não menos sólidas, são: Equipo, <strong>Musica</strong>l<br />

Express, Infap, Florence, ProShows,<br />

Vector, Tagima, Izzo, Casio, NIG,<br />

LL, Liverpool, Looklight, CSR, Roland,<br />

Yamaha, Sabra Som, SpectralBalance,<br />

HotSound e Studio R, dentre os mais de<br />

150 fornecedores cadastrados.<br />

Santa Cruz do Sul fica a 155 km de<br />

Porto Alegre, na região central do Estado.<br />

É uma cidade de 125 mil habitantes.<br />

Nossa atuação é regional e abrangemos<br />

uma área com cerca de 39 cidades<br />

(a maioria, pequena) que chega a mais<br />

ou menos 1.300 mil habitantes.<br />

Temos também uma assistência<br />

técnica, que cuida de equipamentos de<br />

áudio e iluminação para a maioria das<br />

marcas que revendemos e algumas outras.<br />

Para instrumentos musicais, temos<br />

um luthier contratado. Também temos<br />

uma importadora que atua focada em<br />

produtos específicos de pró-áudio, como<br />

reparos para drivers Ti, guias de onda e<br />

ferragens para caixas de som e line array.<br />

Fale sobre os consumidores da Prisma.<br />

Qual é o perfil deles?<br />

Como temos uma loja bem variada, não<br />

há apenas um perfil de consumidor. A<br />

maioria da nossa clientela de internet é<br />

A loja também trabalha com<br />

equipamentos de iluminação<br />

composta de profissionais de pró-áudio,<br />

que procura produtos que não são encontrados<br />

tão facilmente no mercado.<br />

Já o cliente que vem até a loja é bem variado<br />

(músicos, empresas, prefeituras,<br />

escolas, universidades, igrejas, DJs etc.).<br />

Como vocês se mantêm informados<br />

sobre novidades e lançamentos?<br />

Acreditamos que hoje, mais do que<br />

nunca, informação é fundamental e<br />

obrigatória. Além de sites e <strong>revista</strong>s especializadas,<br />

participamos de todas as<br />

feiras e eventos possíveis (Expomusic,<br />

AES, Música & <strong>Mercado</strong> etc.).<br />

Pretende abrir outras lojas?<br />

Temos uma loja e não temos intenção de<br />

abrir outra, pelo menos por enquanto.<br />

Qual é o produto que mais vende?<br />

Comente.<br />

O produto que mais vende ainda é do<br />

setor de cordas, principalmente guitarras,<br />

violões e acessórios. Mas o próáudio<br />

vem crescendo bastante.<br />

Como você avalia o mercado de áudio<br />

atualmente?<br />

O mercado de áudio/instrumentos cresceu<br />

muito nos últimos anos, mas a concorrência<br />

também. Destaco o segmento<br />

evangélico, o corporativo, o home studio<br />

e, principalmente, o músico hobbista.<br />

Toda concorrência honesta é saudável<br />

e fomenta o mercado. No ano em<br />

que a loja Multisom abriu uma filial em<br />

Santa Cruz, minhas vendas de instrumentos<br />

musicais cresceram 28%.<br />

Participação<br />

Cordas - 30%<br />

Teclas - 6%<br />

Bateria / Percussão - 7%<br />

Sopro - 4%<br />

Acessórios – 11%<br />

Computer music – 2%<br />

Áudio – 26%<br />

Iluminação – 14%<br />

Prisma Pro Audio<br />

Área total: 554 m² (loja: 232 m², estoque: 290<br />

m², cozinha/banheiro/escritório: 32 m²)<br />

Número de funcionários: 8<br />

Endereço: Rua Senador Pinheiro Machado,<br />

953, Centro, Santa Cruz do Sul / RS<br />

Telefones: (51) 3711-2408 / 3715-2523<br />

Site: www.prismaproaudio.com.br<br />

114 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Lojista Prisma Pro Audio<br />

O grande problema, ao menos em<br />

nossa região, é a concorrência do mercado<br />

informal (muamba) e até lojas que<br />

têm uma estrutura mais informal e<br />

não têm os mesmos custos.<br />

Fale sobre o mix de produtos da loja.<br />

Qual é a porcentagem de importados?<br />

Grande. A prova é que dos mais de 4<br />

mil itens que temos em estoque, 67%<br />

das vendas são de produtos importados,<br />

contra 33% de produtos nacionais.<br />

Porém, temos de ter muito cuidado<br />

com o produto chinês, pois existem<br />

artigos de todos os tipos e qualidades.<br />

“O cliente é bem variado:<br />

músicos, empresas, prefeituras,<br />

escolas, universidades,<br />

igrejas, DJs etc”<br />

Normalmente, quando aparece uma<br />

marca nova no mercado, compramos<br />

uma ou duas peças para testar antes<br />

de começar a trabalhar regularmente.<br />

A empresa desenvolve projetos de<br />

sonorização?<br />

Sim, e temos parcerias (e consultorias)<br />

com profissionais de todo o Brasil,<br />

com os quais desenvolvemos projetos<br />

nas áreas de áudio e vídeo.<br />

Praticam o marketing em sua loja?<br />

Como ele é feito?<br />

Em publicidade, somos anunciantes<br />

A loja também tem um espaço<br />

voltado para a venda de<br />

instrumentos musicais<br />

Germano Kannenberg, sócioproprietário<br />

da Prisma Pro Audio<br />

regulares — acho que há mais de dez<br />

anos — das <strong>revista</strong>s Backstage e Música<br />

e Tecnologia. Fomos a primeira loja<br />

anunciante da região Sul. Patrocinamos<br />

um programa em uma rádio FM<br />

local, que toca bandas da região. Comerciais<br />

de TV e anúncios em jornal<br />

são feitos ocasionalmente.<br />

Utilizamos muito o marketing de<br />

brindes, como: camisetas, bonés, chaveiros,<br />

palhetas, canetas, adesivos e<br />

outros, muitas vezes feitos em parceria<br />

com marcas de fornecedores.<br />

Todos os produtos vendidos na<br />

loja saem adesivados com o logotipo<br />

Prisma Pro Audio.<br />

Na nossa cidade existe uma festa<br />

chamada Oktoberfest, da qual participamos<br />

em parceria com uma rádio<br />

FM local, montando o estúdio que a<br />

rádio usa para transmitir durante a<br />

festa de dentro do parque.<br />

Como está o crescimento da empresa?<br />

De 2002 até 2005 crescemos 93%, sendo<br />

que o maior índice foi em 2004,<br />

quando o crescimento foi de 32% (em<br />

função de uma reforma feita na loja,<br />

que reinauguramos em agosto de<br />

2003 com uma área comercial 100%<br />

maior). O único ano em que não crescemos<br />

foi 2006. Na verdade, tivemos<br />

um crescimento negativo de 5%, mas<br />

vínhamos de dois anos muito bons.<br />

Em 2007 e 2008 tivemos um crescimento<br />

em torno de 9% ao ano, com<br />

base mais nos produtos de pró-áudio<br />

de importação própria. Nossa meta<br />

para 2009 é crescer de 10% a 15%. •<br />

116 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Vida de Lojista <strong>Musica</strong>l Presentes<br />

Neste espaço são publicadas<br />

experiências vivenciadas ao<br />

montar uma loja.<br />

Para contar sua história,<br />

envie o depoimento e fotos<br />

(em 300 dpi) para texto@<br />

musicaemercado.com.br, com<br />

o assunto “Vida de Lojista”<br />

A loja também<br />

vende acessórios<br />

para o mercado de<br />

instrumentos musicais<br />

Pioneirismo<br />

recompensado<br />

A <strong>Musica</strong>l Presentes apostou no potencial da cidade de Governador Valadares,<br />

em Minas Gerais, se estabilizou e continua crescendo no segmento<br />

Não há segredo para o sucesso.<br />

Porém, possuir uma visão além<br />

do que está em nossa frente<br />

pode trazer inúmeros benefícios. A loja<br />

<strong>Musica</strong>l Presentes, de Ipatinga, resolveu<br />

investir no segmento de instrumentos<br />

musicais na cidade de Governador Valadares,<br />

Minas Gerais, quando ainda não<br />

havia muitos interessados e dispostos a<br />

aceitar o desafio. O pioneirismo valeu a<br />

pena e hoje, além de estabilizada, a loja<br />

continua crescendo e abastecendo os<br />

músicos da região.<br />

O começo, como não poderia deixar<br />

de ser, foi difícil. A falta de conhecimento<br />

do mercado e dos produtos disponíveis<br />

se tornou uma barreira que foi<br />

ultrapassada aos poucos, sempre com<br />

muito trabalho, dedicação e visão de<br />

118 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Vida de Lojista <strong>Musica</strong>l Presentes<br />

que o negócio daria certo.<br />

Hoje, mais do que instrumentos, a<br />

<strong>Musica</strong>l Presentes oferece atendimento,<br />

como o próprio gerente de vendas<br />

Giovanni Pinto afirma no depoimento<br />

que concedeu à Música e <strong>Mercado</strong>.<br />

“Antes da <strong>Musica</strong>l Presentes, trabalhava<br />

com publicidade e na área da construção<br />

civil. Decidimos investir no setor<br />

de instrumentos musicais pela necessidade<br />

desse segmento na região. Não havia<br />

muitas opções e sentimos que a cidade de<br />

Governador Valadares e a região possuíam<br />

um potencial grande para arriscar.<br />

No começo, éramos muito pequenos.<br />

Mas fomos ampliando nosso espaço<br />

no decorrer dos primeiros cinco anos<br />

de funcionamento com sucesso. Nosso<br />

maior medo era ficarmos estagnados.<br />

Outro fator que nos preocupava era em<br />

relação à falta de organização para constatar<br />

os ganhos e perdas no longo prazo.<br />

Passamos por muitas dificuldades. No<br />

começo, demoramos para conhecer produtos<br />

e sua aceitação no mercado. Além<br />

disso, tivemos e ainda temos dificuldades<br />

nas negociações, mas hoje somente quanto<br />

ao prazo direto. Ainda assim, é algo a<br />

Este ano faturamos 40% a mais do<br />

que no ano passado e pretendemos<br />

manter o mesmo patamar<br />

que sempre estamos atentos. É preciso<br />

que nossa organização esteja impecável,<br />

já que nosso crescimento é inevitável e<br />

precisamos estar muito bem preparados.<br />

Por isso, procuramos sempre escolher<br />

os funcionários mediante a necessidade<br />

de trabalho e da capacidade de assimilar<br />

com tranquilidade a política da<br />

empresa. Isso é algo que consideramos<br />

muito importante. Este ramo é delimitado<br />

por bom atendimento. Hoje, consigo<br />

ver que um negócio que não tem um bom<br />

relacionamento entre loja e cliente não<br />

vai muito adiante, mesmo com dinheiro<br />

em caixa e muita organização. É, talvez,<br />

a parte mais importante do negócio.<br />

Apesar de hoje termos concorrência,<br />

desleal ou não, nossa loja se solidificou<br />

e se destacou nesse segmento. A participação<br />

dos instrumentos musicais no<br />

total de vendas da <strong>Musica</strong>l Presentes é<br />

e sempre foi muito importante, pois este<br />

é o nosso ramo, apesar de trabalharmos<br />

fortemente com áudio, luz, palco, montagem<br />

e sonorização de ambientes.<br />

Para se ter uma ideia, este ano faturamos<br />

40% a mais do que no ano passado.<br />

Pretendemos manter o mesmo patamar<br />

devido à nova limitação mediante a substituição<br />

tributária. Isso porque a nova lei<br />

nos abateu no que diz respeito a comércio<br />

e livre negociação. Em compensação, a<br />

crise mundial nos fez crescer dentro das<br />

nossas limitações. Essa é uma das razões<br />

pelas quais acredito que sairemos ainda<br />

mais fortalecidos em 2009. Nossa expectativa<br />

para 2010 é muito grande e esperamos<br />

que essa previsão se torne realidade. Para<br />

que isso ocorra, cabe a nós trabalhar duro<br />

para continuar crescendo sempre.” •<br />

Giovanni Pinto, gerente de vendas<br />

<strong>Musica</strong>l Presentes<br />

Gerente de vendas: Giovanni Pinto<br />

Número de funcionários: 13<br />

Área da loja: 100 m²<br />

Endereço: Rua Peçanha, 662 - lj. 11<br />

Centro, Governador Valadares/MG<br />

Tel.: (33) 3271-2912<br />

Site: www.musicalpresentes.com.br<br />

MSN: gigio73@click21.com.br<br />

Distribuidor exclusivo no Brasil:<br />

Made In Brazil Coml. Imp. Ltda<br />

Fone: +55 11 5094-4466<br />

sac@madeinbrazil.com.br<br />

Para mais informações, entre em contato:<br />

internationalsales@tycoonpercussion.com<br />

Fone: +1 (909) 393-5555 +1 Fax (909) 393-5500<br />

www.tycoonpercussion.com<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 119


PRODUTOS<br />

BOSS<br />

TU-12EX<br />

Afinador com indicadores em<br />

LED e agulha, ACCU-PITCH, Flat Tuning,<br />

tom de referência (entre 438 e 445 Hz),<br />

microfone incorporado para instrumentos<br />

acústicos e sistema Auto-Off. O<br />

equipamento tem capacidade de extensão<br />

de afinação de E0 (20.6 Hz) a C8 (4.186 Hz).<br />

Contato: (11) 3087-7700 ou<br />

www.roland.com.br<br />

ROZINI<br />

RCB304<br />

Baixolão da Rozini em<br />

quatro cordas com captação<br />

Fishman Classic 4T Bass<br />

com afinador eletrônico.<br />

Também disponível<br />

em cinco cordas (RCB305).<br />

Contato: (11) 3931-3648 ou<br />

www.rozini.com.br<br />

EVANS<br />

ONYX<br />

Peles para tom<br />

com dois filmes de<br />

7,5 mil (0,19 mm)<br />

e revestimento<br />

microtransparente<br />

garantindo visual<br />

preto fosco.<br />

Disponíveis nas<br />

medidas de 6” a 20”.<br />

Contato: (11) 3158-3105 ou<br />

www.musical-express.com.br<br />

MICHAEL<br />

LINHA SEMI-PRO<br />

Linha de violões disponíveis em<br />

três modelos acústicos e três<br />

eletroacústicos. Possuem tampo<br />

em abeto, laterais e fundo em<br />

mahogany ou rosewood, escala<br />

em rosewood, trastes em níquel<br />

silver, tensor dual action<br />

e, na linha eletroacústica,<br />

equalizador Soundstage<br />

by Shadow.<br />

Contato: (31) 2102-9270 ou<br />

www.michael.com.br<br />

SENNHEISER<br />

E835<br />

Microfone para voz com cápsula com sistema<br />

Anti-Shock, que oferece supressão à ruído oriundo<br />

do manuseio, padrão polar cardioide, oferecendo<br />

isolamento de outros ruídos do palco,<br />

e bobina com compensação de ruído.<br />

Contato: (11) 2199-2999 ou www.equipo.com.br<br />

120 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


PRODUTOS<br />

SOLID SOUND<br />

CASE<br />

Estojo de madeira para violão clássico, violão<br />

folk, guitarra e baixo forrado internamente<br />

com pelúcia. Está disponível em dois<br />

acabamentos: couro sintético e tecido vintage.<br />

Contato: (41) 3596-2521 ou<br />

www.solidsound.com.br<br />

SAMSON<br />

MEDIAONE<br />

Linha de monitores com woofer de 4” de copolímero e bordas<br />

de butil, tweeter de 25 mm com domo de seda, amplificador<br />

classe A/B com 2 x 20 watts RMS, resposta de frequência 54<br />

Hz – 23 kHz e crossover passivo 3.3 kHz, 6 dB/oct.<br />

Contato: (11) 3246-6000 ou www.florencemusic.com.br<br />

BEHRINGER<br />

REV 2496<br />

Processador de reverb com conversores A/D e D/A 24-bits<br />

96 kHz, quatro canais em até 96 kHz, oito algoritmos de<br />

reverb, efeitos adicionais de modulação, Entrada/saída<br />

AES/EBU, entrada/saída ótica S/PDIF, entrada Wordclock<br />

e funções MIDI e quatro parâmetros de efeito.<br />

Contato: (11) 2199-2999 ou www.equipo.com.br<br />

PARKER<br />

P42-MB<br />

Guitarra elétrica de seis cordas<br />

com corpo em mogno, dois<br />

captadores ‘humbuckers’<br />

Parker Stinger de alnico,<br />

ponte tune-o-matic, tarraxas<br />

Grover 18:1 e escala de 22.5”.<br />

Contato: (11) 3246-6000 ou<br />

www.florencemusic.com.br<br />

LIVERPOOL<br />

LINHA MARCHING BAND<br />

Para bandas marciais e fanfarras. São cinco modelos com pontas<br />

de feltro endurecido e cabo de madeira marfim. MB1 para<br />

bumbos marciais de 16” e 18”; MB2 para bumbos marciais de 18”<br />

e 20”; MB3 para bumbos marciais de 20” e 22”; MB4 para bumbos<br />

marciais de 22” e 24” e MB5 para bumbos marciais de 24” ou maiores.<br />

Contato: (47) 2107-3253 ou www.baquetasliverpool.com.br<br />

122 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


PRODUTOS<br />

C. IBAÑEZ<br />

PING RIDE 7A<br />

A baqueta Ping Ride é uma 7A clássica,<br />

cabeça de bola e ponta de madeira. Seu forte é o som<br />

produzido nos pratos e ride. Possui 400 mm x 13,6 mm.<br />

Contato: (51) 3364-5422 ou www.cibanez.com.br<br />

YAMAHA<br />

CVP-409GP<br />

Clavinova da linha de pianos digitais. Possui<br />

tamanho reduzido e acabamento em polished<br />

ebony. O CVP-409 tem tecnologia IAFC, para<br />

uma sonorização de piano acústico, e permite<br />

a gravação do desempenho do músico.<br />

Contato: (11) 3704-1377 ou<br />

www.yamahamusical.com.br<br />

MEINL CYMBALS<br />

BYZANCE<br />

Trata-se do Benny Greb Signature 20” Sundride.<br />

Possui duas superfícies – em cima e embaixo – tendo<br />

uma característica mais seca e rápida e de curta resposta.<br />

Contato: (43) 3324-4405 ou www.primemusic.com.br<br />

GROOVIN<br />

GAJ 1020E NT<br />

Violão Unique com corpo<br />

em jumbo cutway, tampo<br />

em spruce, laterais e fundo<br />

em mogno laminado, braço<br />

em mogno, escala com 20 trastes<br />

em rosewood, marcação em<br />

abalone com madrepérola,<br />

captação de<br />

piezo<br />

elétrico e preamp ET-5<br />

com afinador.<br />

Contato (11) 2199-2999<br />

ou www.equipo.com.br<br />

HQ<br />

ECOPAD<br />

Pad de borracha, ecologicamente correto, feito<br />

de pneus reciclados e base de resíduos de madeira.<br />

A série possui três modelos, um pad montável<br />

de uma superfície com 6”, um de 12” de duas<br />

superfícies e um pad de 9” com um simulador<br />

de som de caixa ajustável na parte inferior.<br />

Contato: (11) 3158-3105 ou<br />

www.musical-express.com.br<br />

124 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


TESTE<br />

Condor CS-370<br />

Gigante com personalidade forte<br />

Por Miguel De Laet*<br />

A<br />

Condor vem constantemente diversificando sua linha de produtos.<br />

No entanto, a empresa nunca tinha apresentado um violão que associasse<br />

visual vintage e personalidade forte, até agora.<br />

O CS-370 é confeccionado com o tampo em pinho maciço, lateral e fundo<br />

em mogno, braço com tensor em mogno, escala e ponte em jacarandá, e largura<br />

da pestana em 43 mm. Seu acabamento é excepcional. Para quem vê de longe, o<br />

modelo pode não chamar muita atenção. Quando se pega o instrumento, difícil<br />

não notar os ornamentos rústicos que dão um charme todo especial e garantem<br />

a personalidade do CS-370. Sua caixa de ressonância lembra a do modelo J-45<br />

da Gibson. A roseta, os filetes laterais (em maple) e as marcações em bolinha<br />

são confeccionadas em madeira. Destaque para a marca da empresa<br />

entalhada em uma plaquinha de madeira colada na cabeça do<br />

instrumento. De resto, acabamento satinado com uma pintura<br />

homogênea no estilo sunburst, impecável.<br />

Sua sonoridade acústica é imponente. Como todo modelo<br />

jumbo, o CS-370 fala alto, tem volume e projeção excepcionais,<br />

é rico em harmônicos, tem bom equilíbrio de<br />

frequências com graves profundos, médios consistentes e<br />

agudos cristalinos. Seu ataque é pronunciado, tem ótima<br />

sustentação e bastante corpo. Para quem é mais criterioso,<br />

o violão poderia soar com uma melhor definição, mas se pensarmos<br />

no espírito desses gigantes, o instrumento vai muito<br />

bem neste quesito. Indicado para quem adora explorar sonoridades<br />

abertas, fazendo o gigante usar todo o poder<br />

de sua voz, independente do segmento musical. Nada<br />

impede que ele também seja adotado pelos adeptos do<br />

fingerstyle, especialmente para estudo.<br />

Sua tocabilidade é excepcional. Possui um braço<br />

ergonômico, muito macio. Mesmo para quem<br />

não está acostumado a tocar instrumentos de<br />

aço, o CS-370 se mostra bastante confortável.<br />

O instrumento chegou bem regulado de fábrica,<br />

com ação baixa, trastes nivelados, sem sinais de<br />

trastejamento. Isso demonstra que o controle de<br />

qualidade da Condor realmente funciona. De qualquer<br />

forma, vale ficar atento na hora da compra.<br />

Suas tarraxas Grover possuem uma boa precisão, garantindo<br />

uma estável e boa entonação.<br />

126 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


› MÁRCIO GUEDES<br />

Arpejos<br />

› MAURÍCIO MARQUES<br />

Milonguita<br />

› SÉRGIO FERNANDES<br />

Allegro (Sonata K-322) – Scarlatti<br />

› NILO SÉRGIO SANCHEZ<br />

Tristeza do Jeca<br />

vp25_capa.indd 1 14/08/2009 13:45:43<br />

& AVANÇADO<br />

FICHA TÉCNICA<br />

O instrumento testado não possui sistema de captação.<br />

Sugira ao cliente um bom captador de rastilho e<br />

também um microfone condensador bacana. Por tudo<br />

que o instrumento apresentou vale indicá-lo a músicos<br />

de todos os níveis técnicos, que necessitam de um instrumento<br />

bom e confiável para ser utilizado em diversos<br />

tipos de trabalho, seja no palco ou em estúdio. Importante<br />

adquirir um bag ou um estojo para o seu transporte. •<br />

*Miguel De Laet é bacharel em música. Auxiliaram em sua formação musical mestres<br />

como Luiz Carlos Tessarin, Arrigo Barnabé, Paulo Zuben, Pablo Sainz Villegas<br />

(Espanha) e os maestros Antonio Carlos Castro Neves e Pablo DellOca Sala (Uruguai).<br />

Participou de festivais, compôs jingles e é editor técnico da <strong>revista</strong> Violão Pro.<br />

MODELO CS-370<br />

FABRICANTE Condor<br />

INDICAÇÃO Músicos,<br />

independente do nível técnico<br />

PRÓS Sonoridade, volume,<br />

acabamento e tocabilidade<br />

CONTRAS Nenhum<br />

PREÇO SUGERIDO R$ 1.225,00<br />

DEFINIÇÃO DE SOM<br />

Muito bom ★ ★ ★ ★<br />

VOLUME<br />

Excepcional ★ ★ ★ ★ ★<br />

ACABAMENTO<br />

Excepcional ★ ★ ★ ★ ★<br />

TOCABILIDADE<br />

Excepcional ★ ★ ★ ★ ★<br />

DESEMPENHO GERAL<br />

Excepcional ★ ★ ★ ★ ★<br />

VIOLÃO PRO CHICO PINHEIRO # 25<br />

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sobre a carreira de músico<br />

TESTAMOS<br />

› VIOLÕES DAISY ROCK BUTTERFLY<br />

e ROZINI CONCERTISTA RX215ACN<br />

› RODRIGUEZ NYLON CLASSICAL<br />

› MICROFONE WIRELESS JTS US-8001D<br />

LIÇÕES E<br />

TRANSCRIÇÕES<br />

APRENDA FÁCIL<br />

20<br />

Exercícios para você<br />

ficar fera no improviso<br />

WALDEN GUITARS: entramos na fábrica chinesa e revelamos tudo para você<br />

100%<br />

ESTUDANTE<br />

MÚSICA<br />

INSTRUMENTAL<br />

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*MATÉRIA GENTILMENTE<br />

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EDITORIAL DA REVISTA<br />

VIOLÃO PRO<br />

QUER FALAR COM<br />

O AUTOR DA MATÉRIA?<br />

migueldelaet@gmail.com<br />

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Tel.: (61) 3629-9400<br />

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Eventos Regionais<br />

Feiras da Música<br />

trazem as maiores<br />

marcas do segmento<br />

Realizados no Rio de<br />

Janeiro, Belo Horizonte<br />

e Porto Alegre, os<br />

eventos apresentaram<br />

as últimas novidades<br />

do setor de áudio e<br />

instrumentos musicais,<br />

geraram negócios<br />

e aproximaram os<br />

lojistas dos grandes<br />

fornecedores do País<br />

Por Priscila San Martin<br />

Lulu Santos prestigia a Feira<br />

da Música no Rio de Janeiro<br />

As Feiras da Música, realizadas pela<br />

editora Música & <strong>Mercado</strong>, trouxeram<br />

às capitais carioca, mineira e riograndense<br />

as principais novidades do ramo.<br />

Ao todo, mais de 80 expositores apresentaram<br />

seus lançamentos para mais de mil lojistas<br />

que compareceram aos eventos.<br />

Para Daniel Neves, organizador das feiras,<br />

o mercado de instrumentos musicais<br />

está cada vez mais enxergando nesses locais<br />

uma grande oportunidade de negócios: “Rio<br />

de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre são<br />

excelentes mercados e as empresas estão atentando<br />

para isso. Os expositores puderam não<br />

somente articular boas vendas, como também<br />

estabelecer maior contato, compartilhando<br />

ideias e projetos”, comenta Neves.<br />

Um dos principais pontos das Feiras da Música<br />

foram exatamente as vendas, como atesta<br />

Adriano Moretti, gerente-geral da Ibox: “Para<br />

nós, a feira foi muito positiva, pois recuperamos<br />

alguns clientes e tivemos novos. O que foi muito<br />

legal é que vendemos muito. Geralmente, o<br />

evento serve para demonstrar os produtos e os<br />

negócios vêm posteriormente, mas, desta vez,<br />

foi muito gratificante para nós”, explica.<br />

128 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Eventos Regionais<br />

ERA UM MOMENTO APENAS PARA RELACIONAMENTO, MAS<br />

NOS SURPREENDEMOS POSITIVAMENTE, POIS REATIVAMOS<br />

IMPORTANTES CONTATOS E FIZEMOS MUITOS NEGÓCIOS<br />

Mais de 1 mil visitantes<br />

compareceram aos eventos<br />

Equipe Santo Angelo mostra<br />

sua motivação para a feira<br />

Eduardo Chatzoglou<br />

e Sérgio Bianchini, da Sparflex<br />

Nadia e Cubano, diretores da Octagon,<br />

recebem lojistas em seu estande<br />

Além de lojistas e profissionais do ramo, artistas<br />

compareceram para prestigiar o evento<br />

e checar as novidades no Rio de Janeiro, como<br />

Lulu Santos, o cantor Vinny, o saxofonista Milton<br />

Guedes, o baterista Chocolate, do grupo de<br />

Lulu Santos, o baterista Guto Goffi, do Barão<br />

Vermelho, o guitarrista João Castilho, do grupo<br />

de Djavan, entre outros.<br />

Uma das empresas que apresentou seus lançamentos<br />

foi a Casio. “Achamos a feira muito<br />

boa, porque tínhamos poucos contatos no Rio de<br />

Janeiro. Realizamos negociações e conseguimos<br />

expor nossos lançamentos. Era um momento<br />

apenas para relacionamento, mas nos surpreendemos<br />

positivamente, pois reativamos importantes<br />

contatos e fizemos muitos negócios”,<br />

comenta o gerente comercial Evandro Simões.<br />

Novidades em produtos<br />

Em Belo Horizonte, o faturamento médio foi<br />

estimado em R$ 1,25 milhão. E não apenas<br />

em vendas — uma das principais características<br />

da feira é possibilitar o contato de lojistas<br />

e empresas do setor. “Houve mais estandes,<br />

mais expositores e lojistas este ano. A feira foi<br />

muito positiva. Recebemos a visita de muitos<br />

TR.IM...<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 129


Eventos Regionais<br />

Equipe da Selenium satisfeita<br />

com os bons negócios<br />

Os equipamentos de áudio<br />

foram bastante procurados<br />

O representante da <strong>Musica</strong>l Express,<br />

Moizés Sycorel (à direita), recebe lojistas<br />

Tagima realiza negócios<br />

em seu estande<br />

lojistas da capital, do interior e também<br />

do Espírito Santo. Foi excelente<br />

em termos de vendas e em relacionamento,<br />

que era nosso principal foco”,<br />

disse Sérgio Rocha, gerente comercial<br />

da importadora Izzo <strong>Musica</strong>l.<br />

Para Sílvia Helena Gomes, sócia da<br />

marca Soft Case, a feira gera não apenas<br />

as vendas imediatas, como os contatos<br />

para futuros negócios. “Efetivamos vendas<br />

e pudemos conhecer diversos clientes<br />

em potencial, com os quais ainda<br />

não tínhamos contato. Muitos lojistas<br />

fizeram cadastro e isso irá se transformar<br />

em vendas também”, explicou.<br />

Os eventos ainda trouxeram as últimas<br />

novidades das principais feiras<br />

internacionais, como a Namm (EUA) e<br />

Musikmesse (Alemanha). Tudo isso é<br />

transformado em negócios, como ressalta<br />

Marília Macri, do departamento<br />

de vendas da importadora Decomac:<br />

“Nossa avaliação da feira é ótima. Já<br />

estamos recebendo e-mails dos clientes<br />

com os quais fizemos contato<br />

durante o evento para iniciar<br />

as negociações”, avalia. •<br />

130 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


PAINEL DE NEGÓCIOS


PAINEL DE NEGÓCIOS


Representasom<br />

João Roberto Ferreira<br />

Praça Tiradentes, 10 - sala 1903 - Centro<br />

CEP: 20060-070 • Rio de Janeiro / RJ<br />

E-mail: representasom@uol.com.br<br />

Tel.: (21) 2221.9344 • Cel.: (21) 9883.8248<br />

Site: www.representasom.com.br<br />

Sambatriz<br />

Sebastião Gomes<br />

Rua Ubaldino do Amaral, 70 - Loja D - Centro<br />

CEP: 20231-010 • Rio de Janeiro / RJ<br />

E-mail: sebastião@sambatriz.com.br<br />

Tel.: (21) 2221.3373 • Cel.: (21) 9152.3788<br />

Site: www.sambatriz.com.br<br />

Bend Representações<br />

Fabiano Bastos<br />

Av. Marechal Floriano, 52 - 2º andar - Centro<br />

CEP: 20080-000 • Rio de Janeiro / RJ<br />

E-mail: fabiano@bendrepresentacoes.com.br<br />

Tel.: (21) 2205.9567<br />

Cel.: (21) 9143.2568 / 7540.6755<br />

Site: www;bendrepresentacoes.com.br<br />

Mania de Música Representações<br />

Luciene Soares<br />

Praça Sans Pena, 45 - Loja 302 - Tijuca<br />

CEP: 20520-990 • Rio de Janeiro / RJ<br />

E-mail.: luciene@maniademusica.com<br />

Tel.: (21) 3795.5097 • Cel.: (21) 7856.2595 • ID: 83*45235<br />

Site: www.maniademusica.com<br />

Condor Guitar Representações<br />

Antonio José de Oliveira<br />

Rua Mario Cartenter, 950 - Casa - Abolição<br />

CEP: 20755-061 • Rio de Janeiro / RJ<br />

E-mail: condorguitar2000@hotmail.com<br />

Tel.: (21) 2596.0692 • Cel.: (21) 7825.4175<br />

Lucy e Luiz Representações<br />

Lucy Bento ou Luiz Antonio<br />

Av. Nelson Cardoso, 905 - sala 212 - Jacarepagua<br />

CEP: 22730-001 • Rio de Janeiro / RJ<br />

E-mail: lucyluiz.repre@globo.com<br />

Tel.: (21) 2423.4561 • Cel.: (21) 7830.4703<br />

CGR Music Instrumentos <strong>Musica</strong>is<br />

Cleide Guimarães<br />

Av. Nelson Cardos, 905 - Loja 312 - Unicenter II - Taquara<br />

CEP: 22730-001 • Rio de Janeiro / RJ<br />

E-mail: cgrmusic@uol.com.br<br />

Tel.: (21) 2435.2518 / 2435.2916<br />

Cel.: (21) 9461.4765 / 9463.4625 / 8395.6854<br />

MC Borges Representações<br />

Claudia<br />

Av. Nilo Pessanha, 1977 - Parque Lafaiete<br />

CEP: 25015-001 • Rio de Janeiro / RJ<br />

E-mail: claudia2077@hotmail.com<br />

Tel.: (21) 3652.2329 • Cel.: (21) 9526.3407 • ID: 84*60374<br />

SS Dantas Representações<br />

Silvio<br />

Meyermam • Tec Port • Magma • Luz de Prata • Selenium<br />

Alameda São Boa Ventura, 894 - sl. 210 - Fonseca<br />

CEP: 22730-001 • Niterói / RJ<br />

E-mail: ss.dantas@uol.com.br • dantas@selenium.com.br<br />

Tel./Fax: (21) 2625.5306<br />

Cel.: (21) 7823.6624


CONTATOS<br />

As empresas abaixo são os anunciantes desta edição. Use estes contatos para obter informações sobre compras<br />

e produtos. Para referência, mencione que você obteve a informação por meio da Música & <strong>Mercado</strong>.<br />

INSTRUMENTOS<br />

BENDS ........................................... 11 4822-3003 • bends.com.br • XX<br />

BENSON ................................... 51 3554-3139 • proshows.com.br • XX<br />

CASIO .............................................11 3115-0355 • casio.com.br • XX<br />

EAGLE ..........................11 2931-9130 • eagleinstrumentos.com.br • XX<br />

EQUIPO ........................................ 11 2199-2999 • equipo.com.br • XX<br />

GIANNINI ....................................11 4028-8400 • giannini.com.br • XX<br />

HAMMOND ............................ 11 5535-1872 • hammond.com.br • XX<br />

MICHAEL ................................... 31 2102-9270 • michael.com.br • XX<br />

ROLAND ...................................... 11 3087-7700 • roland.com.br • XX<br />

ROZINI .......................................... 11 3931-3648 • rozini.com.br • XX<br />

TAGIMA ...................................... 11 2915-8900 • tagima.com.br • XX<br />

WALDEN ........................... 11 3081-5756 • waldenguitars.com.br • XX<br />

WOLF MUSIC .......................... 11 3081-5756 • wolfmusic.com.br • XX<br />

YAMAHA ........................ 11 3704-1377 • yamahamusical.com.br • XX<br />

AMPLIFICADORES / ÁUDIO PROFISSIONAL<br />

BEHRINGER ................................. 11 2199-2999 • behringer.com • XX<br />

CICLOTRON ............................. 14 3604-6000 • ciclotron.com.br • XX<br />

DECOMAC ................................. 11 3333-3174 •decomac.com.br • XX<br />

DOBSOM ................................... 18 3279-9600 • dobsom.com.br • XX<br />

ETELJ .............................................. 17 3624-4415 • etelj.com.br • XX<br />

FRAHM ......................................... 47 3531-8800 • frahm.com.br • XX<br />

ISABEAT .................................... 14 3646-3077 • isabeat.com.br • XX<br />

LESON .......................................... 11 2198-0488 • leson.com.br • XX<br />

LEXSEN ................................... 51 3554-3139 • proshows.com.br • XX<br />

LL AUDIO .................................. 0800-014-19-18 • llaudio.com.br • XX<br />

LYCO ............................................... 11 3666-5574 • lyco.com.br • XX<br />

METEORO ............11 2443-0088 • amplifi cadoresmeteoro.com.br • XX<br />

MOUG SOUND ......................11 2636-1118 • mougsound.com.br • XX<br />

OVERSOUND ......................... 12 3637-3302 • oversound.com.br • XX<br />

SENNHEISER ............................... 11 2199-2999 • equipo.com.br • XX<br />

STUDIO R ............................ 11 5031-3600 • www.studior.com.br • XX<br />

UNIC ........................................11 3985-8008 • unicaudio.com.br • XX<br />

VOX STORM ..............................43 3178-4271 • voxstorm.com.br • XX<br />

ACESSÓRIOS<br />

AQUARIAN ........................... 11 3797-0100 • musicalizzo.com.br • XX<br />

CABOS GOLDEN ................ 11 3335-6110 • cabosgolden.com.br • XX<br />

D’ADDARIO...................... 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />

ELIXIR ........................................11 5502-7800 • elixirstrings.com • XX<br />

EVANS ............................ 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />

GIBRALTAR ..................... 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />

HOHNER ................................ 11 3797-0100 • musicaizzo.com.br • XX<br />

LACE ...................................... 11 2199-2999 • musicaizzo.com.br • XX<br />

NIG ........................................... 11 4441-8366 • nigstrings.com.br • XX<br />

PLANET WAVES ............. 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />

QUANTA ..................................... 19 3741-4646 • quanta.com.br • XX<br />

RICO ............................... 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />

ROUXINOL ..................................11 4441-8366 • rouxinol.com.br • XX<br />

SG STRINGS ...........................11 3797-0100 • musicalizzo.com.br • XX<br />

SOLID SOUND ....................... 41 3596-2521 • solidsound.com.br • XX<br />

SPARFLEX .................................. 11 2521-4141 • sparfl ex.com.br • XX<br />

UNO ................................ 11 3158-3105 • musical-express.com.br • XX<br />

BATERIA E PERCUSSÃO<br />

ALBA ................................ 44 3029-9808 • baquetasalba.com.br • XX<br />

C. IBAÑEZ ...................................51 3364-5422 • cibanez.com.br • XX<br />

CONTEMPORÂNEA .. 11 3399-6022 • contemporaneamusical.com.br • XX<br />

KREST ..................................11 2063-1316 • krestcymbals.com.br • XX<br />

LUEN ................................................ 11 4448-1160 • luen.com.br • XX<br />

MEINL ................. 43 3324-4405 (Prime) • 92 3234-1588 (C. Borges) • XX<br />

ORION CYMBALS ............... 11 3871-6277 • orioncymbals.com.br • XX<br />

TYCOON .................. +1 909 393 5555 • tycoonpercussion.com.br • XX<br />

DIVERSOS<br />

EMG .............................................+1 707 525 9941 • emginc.com • XX<br />

FEIRAS / EVENTOS<br />

EXPOMUSIC .......................... 11 2226-3100 • expomusic.com.br • XX<br />

MUSIC CHINA .......... 11 5403-9500 • messefrankfurtfeiras.com.br • XX<br />

NAMM ...........................................+1 760 438 8001 • namm.org • XX<br />

PALM EXPO ..........................+86 10 6409 7408 • palmexpo.com • XX<br />

Próxima etapa em Recife<br />

7 e 8 de novembro. NÃO PERCA!<br />

136 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


CINCO PERGUNTAS PARA<br />

Simone Storino<br />

A diretora de marketing da Izzo <strong>Musica</strong>l comenta<br />

sobre a distribuição da marca Paiste no País<br />

Fabricante das cordas SG e uma<br />

das principais distribuidoras<br />

de acessórios do País, a <strong>Musica</strong>l<br />

Izzo começa a distribuir as linhas<br />

101 e 201 dos pratos Paiste. A estratégia<br />

de marketing estará voltada para<br />

os meios de comunicação eletrônicos<br />

para atingir o público jovem.<br />

Qual o diferencial adotado para se<br />

destacar frente aos concorrentes?<br />

Sabemos que hoje o consumidor está<br />

muito antenado em tecnologia, principalmente<br />

na web, e nós estamos<br />

melhorando nosso lado tecnológico.<br />

Vamos direcionar nossos esforços para<br />

ganhar sua atenção na web, um canal<br />

de comunicação que é rápido, efetivo,<br />

barato e muitas vezes gratuito.<br />

A Paiste era integralmente distribuída<br />

por outro importador. Como<br />

se deu o processo para que a Izzo<br />

<strong>Musica</strong>l trabalhasse com a marca<br />

no mercado brasileiro?<br />

A Izzo, como importadora, irá distribuir<br />

apenas duas linhas da Paiste: a<br />

101 e a 201. Esse processo aconteceu<br />

de forma transparente e límpida, pois,<br />

de certa forma, aliamos forças com<br />

outra importadora a fim de expandir<br />

e aumentar o potencial de consumo<br />

da marca no mercado brasileiro.<br />

Com relação ao preço para venda ao<br />

consumidor, existe um grande espaço<br />

entre os produtos líderes de mercado<br />

nacionais e os líderes importados.<br />

Qual será o posicionamento de<br />

preço que a Izzo <strong>Musica</strong>l irá adotar<br />

com os produtos da Paiste?<br />

As linhas 101 e 201 terão o mesmo preço<br />

que já tinham no mercado quando<br />

eram distribuídas pela Royal. Nosso<br />

preço no mercado é o valor que o produto<br />

tem em relação à qualidade.<br />

Quais serão as ações que a Izzo <strong>Musica</strong>l<br />

irá adotar para elevar o número<br />

de compradores da Paiste?<br />

Como disse, nosso trabalho está focado<br />

na web. Então todos os canais<br />

que pudermos utilizar em benefício<br />

da Paiste serão estudados: testes em<br />

<strong>revista</strong> e depoimentos de músicos<br />

renomados, que reconhecem o benefício<br />

do produto para o consumidor<br />

Storino: distribuição das linhas<br />

econômicas da Paiste no País<br />

iniciante que necessita de um produto<br />

de qualidade por um bom preço.<br />

A Izzo <strong>Musica</strong>l tem investido em diversas<br />

linhas de acessórios, como os<br />

da Vic Firth, os produtos da Aquarian<br />

e, agora, distribuindo a Paiste. Qual<br />

será o próximo passo da empresa?<br />

Queremos expandir nossos negócios,<br />

marcas e linhas de distribuição. Nosso<br />

empenho é distribuir e comercializar<br />

produtos de alta qualidade com reconhecimento<br />

internacional. Apostamos, também,<br />

nas linhas de fabricação que nos<br />

proporcionaram um nome de credibilidade<br />

no mercado musical brasileiro. •<br />

138 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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