Sim & Não (Parte Dois)_Paulo Vitor Grossi (2016)_

Depois de acordar, fico matutando. Quem me
dera ter poderes como os de meu filho. Ao menos ajudo
como posso! Antigamente, devido à má alimentação, as
pessoas eram mais presas a visões, e diziam que seus
senhorios, propensos chefes ou detremens sabiam a
capacidade de mudar de forma, além disso, sabiam do
ventriloquismo, teletransporte e a habilidade de penetrar
no sonho dos mortais singulares, durante os
desdobramentos. E isso fazia com que tanta gente boa se
deixasse subjugar! Quando eu era menino, tive acesso a
uma boa biblioteca, talvez por isso quis ser como o
Aventureiro (Don!!!), ambos com a principal diversão, é,
de causar desordem a quaisquer imposições.
Meu tio da parte de pai, Yayin, depois de
passar da conta em seus vícios, relembrava os tempos
áureos, sua Era de Prata, enlouquecia nas exaltações...
Falava algo de uns pirateantes que muniam-se de cerveja
engarrafada antes das viagens longas, e nesse modo de
prostituição dos sentidos, pois a água rapidamente
deixava de ser potável devido ao sabor salgado,
precisavam de seus tragos, se não iam começando a ficar
chatos, pouco também se apaixonavam... ou se
surpreendiam. Que triste ler uma coisa dessas.
Esqueço Tengu e essas historinhas opiáceas,
prefiro é a sobriedade. Ligo o aparelho deste quarto de
parada, com todo aquele brilho especial de minha
ansiedade sem fim. Aproveito a distração, mas passava
um noticiário local justamente sobre um tipinho que se
faz valer de outra droga. Chamam a substância de Nana-
Buluku, que seria como um choro da única divindade nem
macho nem fêmea deles. Essa tal 'Nana', nada mais é que