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Revista Resultados Oficiais 2ª edição - Português

Revista Resultados Oficiais 2ª edição - Português Tecnologia em Bioativação - Penergetic®

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Tecnologia em Bioativação - Penergetic®

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APRESENTAÇÃO<br />

6 O que estamos buscando?<br />

6 O que é Penergetic ® ?<br />

7 Como funciona a Tecnologia Penergetic ® ?<br />

8 Por que Penergetic ® ?<br />

9 A Tecnologia Penergetic ® para a Bioativação dos<br />

Agroecossistemas<br />

11 O que nos desafia?<br />

SUMÁRIO<br />

ARTIGOS CIENTÍFICOS<br />

12 Validação da Tecnologia Penergetic ® para a cultura<br />

do amendoim em reforma de canaviais<br />

14 Produtividade e qualidade de sementes de<br />

amendoim em função da aplicação de Penergetic ®<br />

16 Adubação fosfatada e aplicação de Penergetic ®<br />

na produtividade do feijoeiro-comum<br />

20 Desempenho da Tecnologia Penergetic ® Kompost e<br />

Pflanzen na cultura do algodão<br />

22 Efeito do Penergetic ® Pflanzen e Kompost na<br />

cultura do algodão<br />

APTA<br />

FUNDAÇÃO<br />

BAHIA<br />

24 Ensaios utilizando a Tecnologia Penergetic ®<br />

em florestas<br />

29 Desempenho da Tecnologia Penergetic ®<br />

na produção de soja<br />

32 Avaliação da eficiência agronômica do uso do<br />

Penergetic ® na cultura da soja Tangará da Serra/MT<br />

UNISAFE<br />

UNIRV<br />

3


ARTIGOS CIENTÍFICOS<br />

36 Micorrização do milho em solos bioativados<br />

38 Influência da bioativação do solo na atividade<br />

microbiana e nodulação da soja<br />

40 Efeito da Tecnologia Penergetic ® no manejo<br />

da cultura da soja<br />

SUMÁRIO<br />

44 Penergetic ® Kompost como Bioativador do<br />

Crescimento de microrganismos em condições in vitro<br />

46 Efeitos da aplicação de Penergetic ® Pflanzen sobre o<br />

teor de clorofila foliar em plantas de soja e tomateiro<br />

48 Efeito do bioativador Penergetic ® Pflanzen e<br />

Penergetic ® Kompost no desenvolvimento vegetativo<br />

do cafeeiro em solo nu e cultivado, associado à<br />

fertilizantes fosfatados e esterco de curral<br />

55 Estudo da viabilidade de disponibilização de Potássio<br />

e Fósforo em solos de Cerrado com a utilização do<br />

Penergetic ®<br />

58 Efeito da utilização da Tecnologia Penergetic ® na<br />

supressão de danos causados por fitonematoides<br />

66 Efeito do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost<br />

no estímulo à micorrização em raízes de soja<br />

BIOTEC<br />

ACA<br />

PROCAFÉ<br />

UNIUBE<br />

68 Efeito do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost<br />

na supressão de danos causados por nematoides na<br />

cultura da soja<br />

70 Efeito Bioativador do Penergetic ® na atividade<br />

microbiana e qualidade do solo<br />

72 Atividade biológica e persistência de resíduos culturais<br />

depositados sobre a superfície de solo, submetido à<br />

aplicação de Penergetic ®<br />

UFSM<br />

4


ARTIGOS CIENTÍFICOS<br />

74 Efeito do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost<br />

na micorrização e na penetração de fitonematoides nas<br />

raízes do trigo<br />

76 Efeito do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost<br />

na atividade dos microrganismos do solo de uma<br />

lavoura de trigo<br />

UFSM<br />

79 Efeito do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost<br />

nos componentes de produção do trigo cultivado na<br />

presença e na ausência de nematoides<br />

80 Efeito da Tecnologia Penergetic ® sobre a velocidade<br />

de decomposição de resíduos culturais de azevém<br />

(Lolium multiflorum Lam.)<br />

83 Atividade alimentar de microrganismos e fauna do solo<br />

em cultivos agrícolas submetidos a diferentes manejos<br />

89 Bioativação do solo na supressão dos danos causados<br />

por Pratylenchus brachyurus na cultura da soja<br />

FEPAGRO<br />

92 Efeitos da Tecnologia Penergetic ® na germinação de<br />

sementes e no índice de clorofila em plantas de soja<br />

95 Avaliação do uso de Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ®<br />

Kompost em fruteiras de clima temperado<br />

97 Uso de bioativador do solo e planta com e sem<br />

fertilizante mineral na soja e a relação com a<br />

fitodisponibilidade nutricional e componentes de<br />

produção<br />

HOLANTEC<br />

UNIOESTE<br />

100 Ajuste da adubação fosfatada utilizando a tecnologia<br />

Penergetic ® na cultura da soja<br />

103 Efeito do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost<br />

na produção da soja<br />

5


O que estamos buscando?<br />

Vivemos em um ambiente em constante transformação, que gera<br />

desafios nas questões sociais, políticas e ambientais. O ajuste<br />

destas questões é premissa básica para a formação de uma sociedade<br />

saudável, equilibrada e próspera, capaz de respeitar e<br />

preservar os recursos escassos de nosso planeta, sem comprometer<br />

as gerações futuras.<br />

Atualmente um dos maiores desafios da agricultura mundial é desenvolver<br />

sistemas agrícolas sustentáveis e ao mesmo tempo<br />

financeiramente viáveis, que possam produzir alimentos, fibras<br />

e energia em quantidade e qualidade suficiente, com reduzido<br />

impacto nos recursos naturais. Neste sentido, a adoção de tecnologias<br />

e modelos de produção alternativos e inovadores que resultem<br />

na otimização do uso de insumos de alto custo econômico<br />

e impacto ambiental, podem representar uma estratégia viável<br />

para produtores que estejam buscando adotar sistemas produtivos<br />

mais sustentáveis e produtivos.<br />

O uso de tecnologias que aumentam a eficiência do uso da<br />

água, luz e nutrientes disponíveis para as plantas, constitui um<br />

salto quântico na busca de processos mais produtivos, equilibrados<br />

e menos poluentes.<br />

Nesta <strong>edição</strong> você encontrará informações valiosas que estão<br />

revolucionando a Agricultura Brasileira e Mundial.<br />

Fertilizer consumption Mt<br />

240<br />

200<br />

160<br />

120<br />

80<br />

40<br />

0<br />

K20 P205 N<br />

3% a. a.<br />

61 73 83 89 92 95 98 ‘01 ‘04 ‘07 10 13 16 19<br />

Source: IFA/ANDA<br />

O que é Penergetic ® ?<br />

Penergetic ® é uma tecnologia de bioativação natural,<br />

única no mundo, desenvolvida e produzida na<br />

Suíça pela empresa Penergetic ® International AG,<br />

que permite a cópia e transferência de informações<br />

específicas de substâncias originais (IC’s - Information<br />

Carriers) para uma substância portadora, através<br />

do processo de energização de ondas eletromagnéticas<br />

em espectro reduzido.<br />

Essas informações são transferidas através desta<br />

carga energética e contém propriedades específicas,<br />

inofensivas a qualquer organismo vivo, capazes<br />

de promover o aumento da atividade biológica<br />

dos solos e plantas, revitalizando os processos ecológicos<br />

perturbados (como nossa agricultura atual,<br />

uma monocultura intensiva), por tratar a causa e<br />

não a consequência de tais perturbações, trazendo<br />

os padrões de qualidade e equilíbrio biológico<br />

mais próximos da natureza. A essa ação promovida<br />

pela Penergetic ®, chamamos de BIOATIVAÇÃO.<br />

6


Cientistas<br />

Albert Einstein<br />

e Nikola Tesla (1943)<br />

Como funciona a<br />

Tecnologia Penergetic ® ?<br />

O modo de ação da tecnologia Penergetic ® está baseado em princípios práticos<br />

da física quântica, biofísica e química.<br />

Através da tecnologia, cada átomo, composto, molécula<br />

ou substância com efeito já comprovado na agricultura,<br />

seja na melhoria da atividade biológica no solo,<br />

absorção e utilização de nutrientes, diminuição de estresses<br />

bióticos e abióticos, promoção do crescimento<br />

vegetal ou proteção de plantas; possui uma oscilação<br />

eletromagnética específica (onda específica) medida na<br />

escala Tesla, que em condições controladas de indução<br />

eletromagnética, exerce-se determinada frequência<br />

eletromagnética sobre um mineral receptor.<br />

Esta energia alterará o estado de excitação do elétron<br />

do material receptor e este estado de excitação fará<br />

com que o argilomineral passe a vibrar em uma frequência<br />

eletromagnética idêntica à determinada onda encontrada<br />

nestas substâncias naturais originais (IC’s), como compostos orgânicos,<br />

nutrientes, enzimas, etc, que resulta na melhoria das interações solo/<br />

microrganismo/planta/atmosfera. Ou seja, através de modulação de onda<br />

contínua, a tecnologia Penergetic ® é capaz de reproduzir qualquer comprimento<br />

de onda emitido na natureza e imprimir esta energia em um argilomineral<br />

capaz de reter e emitir tal energia (IC’s) na natureza.<br />

A contextualização teórica utilizada na tecnologia Penergetic ® pode ser facilmente<br />

reconhecida através dos trabalhos publicados por Nikola Tesla. Nos<br />

produtos Penergetic ® , o processo de energização (energia eletromagnética),<br />

provém das teorias propostas por Michael Faraday em 1846 e por James<br />

Clerk Maxwell em 1864, ambos físicos que trabalharam na questão da energização<br />

de materiais. Com base nos resultados obtidos pelos dois pesquisadores,<br />

Nikola Tesla, em meados de 1900, desenvolveu a primeira metodologia<br />

de energização de materiais sem a utilização de cabos e conectores. Tal<br />

metodologia rendeu a Tesla a primeira patente registrada no mundo quanto<br />

a transferência de energia sem fio. Com base nestas informações, a Penergetic<br />

® reproduziu as informações descritas por Tesla, tomando como base a<br />

equação abaixo:<br />

Onde: 1 é o material original de onde o spin é copiado e 2 é o material a ser energizado.<br />

Em suma: a tecnologia Penergetic ® é capaz de ativar processos bioquímicos<br />

e modular atividades fisiológicas de microrganismos e plantas, organizando<br />

a matéria bioquímica de cada sistema.<br />

7


Por que Penergetic ® ?<br />

Diversos estudos sobre ativação da microbiota edáfica e do processo fotossintético<br />

nas plantas, através da utilização de energia eletromagnética,<br />

atestam que essa ciência não é teórica, é prática e real. Literaturas atuais<br />

apresentam grande número de trabalhos demonstrando o efeito da utilização<br />

de energia eletromagnética na atividade microbiana, orientação e<br />

alimentação de insetos, bem como, na produtividade das culturas.<br />

A utilização da tecnologia Penergetic ® e outras ferramentas de Bioativação<br />

não devem ser vistas somente como uma inovação, mas como uma<br />

necessidade imediata para promoção de uma agricultura realmente mais<br />

econômica, viável e ambientalmente correta.<br />

Como sempre afirmam os amigos e exímios produtores rurais, Piero e<br />

Fábio, da Fazenda Poggio di Camporbiano, na região da Toscana, Itália:<br />

“Na luta contra a natureza, sempre se perde. Cabe a cada um escolher<br />

de que lado ficar.”<br />

8


A Tecnologia Penergetic ® para a<br />

Bioativação dos Agroecossistemas<br />

Antônio Nascimento Teixeira - Mestre em Ciência do Solo, Consultor Agronômico.<br />

A constatação, na prática, da necessidade de se manter uma alta atividade<br />

biológica dentro dos solos agrícolas, foi fruto de um amadurecimento<br />

natural do setor. A insatisfação com o modelo químico vigente estimulou<br />

agrônomos, técnicos, pesquisadores, empresas e produtores, a procurar<br />

respostas para as seguintes questões, dentre outras:<br />

1. Porque as lavouras estão cada vez mais frágeis aos ataques de pragas<br />

e doenças, bem como às variações climáticas, apesar de tantos avanços<br />

tecnológicos e genéticos?<br />

2. Porque é cada vez mais comum a falta de correlação entre o aumento<br />

da quantidade de adubo e o aumento da produtividade?<br />

3. Porque os resultados das análises de solo e folha, muitas vezes parecem<br />

não explicar o que estamos de fato vendo, no exame clínico das lavouras?<br />

As abordagens reducionistas e cartesianas não têm<br />

conseguido atender a essas demandas do setor<br />

agrícola e da sociedade como um todo. As melhores<br />

respostas encontradas para essas questões até<br />

agora, passam pela via biológica de compreensão<br />

sistêmica dos processos naturais envolvidos na produção<br />

agrícola.<br />

Uma enormidade de trabalhos científicos sérios,<br />

conduzidos em sistemas agrícolas do mundo inteiro,<br />

apontam para a mesma direção: o modelo<br />

agrícola dominante reduz drasticamente a vida<br />

do sistema. Em quantidade, diversidade e atividade.<br />

Essa redução torna o sistema cada vez<br />

mais refém dos inputs externos, já que diminuem<br />

as forças naturais que trabalhavam para mantê-lo<br />

sustentável e produtivo.<br />

9


Por outro lado, os conceitos agroecológicos servem muito bem para demonstrar<br />

que, preservando e aumentando a vida e a diversidade do sistema<br />

solo-planta, conseguimos melhores resultados para todos os envolvidos,<br />

pois:<br />

1. Melhoram os lucros do produtor;<br />

2. Melhora a qualidade dos alimentos;<br />

3. Diminuem os impactos ambientais.<br />

Portanto, está lançado aí, o atual desafio: como preservar, aumentar e harmonizar<br />

os organismos, nesse sistema vivo e multiespecífico chamado de<br />

lavoura?<br />

Atualmente, o setor de fabricantes de insumos agrícolas, no mundo, busca<br />

soluções para isso. Todas elas apostam em produtos. São inúmeros, os produtos<br />

lançados no mercado nos últimos anos, visando atender essa necessidade<br />

urgente. Analisando-se os modos de ação e os efeitos produzidos<br />

por eles, podemos perceber diferentes estratégias, como por exemplo:<br />

1. Fornecer ao sistema, microrganismos vivos, na esperança de que se estabeleçam<br />

e se reproduzam mais do que os já existentes;<br />

2. Substituir fertilizantes minerais por orgânicos ou organominerais, para<br />

fornecer nutrientes às plantas de forma menos agressiva;<br />

3. Fornecer substâncias orgânicas, como ácidos, enzimas, aminoácidos, extratos<br />

de algas, etc, com intuito de estimular a vida do sistema.<br />

A pesquisa, por sua vez, trabalha testando também diferentes manejos,<br />

como forma de alcançar o mesmo objetivo: aumentar a vida do sistema.<br />

Destacamos dois:<br />

1. Os manejos que combinam lavouras, pecuária e florestas;<br />

2. Os que combinam diferentes sucessões de culturas, manejando coquetéis<br />

de plantas de cobertura.<br />

Dentro desse contexto de manejos e produtos que buscam incrementar a<br />

vida do sistema solo-planta, destacamos o uso da tecnologia Penergetic ®,<br />

associado ao manejo das plantas de cobertura, como alternativa mais promissora<br />

até o momento.<br />

Os sistemas tropicais de produção agrícola são, muito mais que os de clima<br />

frio, altamente dependentes dos microrganismos e da produção de fitomassa.<br />

A grande diferença entre o Penergetic ® e as demais tecnologias, é<br />

o fato de promover o aumento da vida de forma natural e duradoura.<br />

O Penergetic ® ativa de fato os sistemas biológicos, harmonizando o ambiente<br />

com seu campo eletromagnético, ao invés de jogar organismos externos<br />

em um sistema sem condições de mantê-los. Afinal, tentar aumentar<br />

a vida, sem entender os motivos que levaram à sua diminuição, parece não<br />

ser a melhor estratégia.<br />

A tecnologia Penergetic ® é, portanto, uma estratégia coerente para bioativar<br />

os sistemas solo-planta. Os melhores efeitos têm sido constatados<br />

quando ela é associada a outras ações coerentes com o objetivo proposto.<br />

Diminuir aquilo que está destruindo a vida do sistema, aumentar o que<br />

a está favorecendo: ao que parece, essa é a chave para melhores dias<br />

na produção de alimentos.<br />

10


O que nos desafia?<br />

Sempre fundamentado em princípios agronômicos, mas compreendendo claramente<br />

a fertilidade de solos muito além da química, o que nos desafia é a<br />

consciência de que é possível fazer uma agricultura mais inteligente e racional,<br />

mais econômica e sustentável.<br />

O que nos desafia é entender profundamente que os sistemas agrícolas de produção<br />

que trabalhamos é composto por uma grande estrutura natural e frágil, que<br />

necessita de equilíbrio e moderação em todos os processos de produção.<br />

A tecnologia Penergetic ® traz para o<br />

mercado a oportunidade única de produzir<br />

mais com menores custos de forma<br />

sustentável e segura. Convidamos você<br />

a conferir alguns dos resultados oficiais<br />

obtidos com a utilização desta tecnologia<br />

em seus diversos aspectos.<br />

11


Validação da Tecnologia Penergetic ®<br />

para a cultura do amendoim em<br />

reforma de canaviais<br />

Denizart Bolonhezi - Engenheiro Agrônomo, PhD em Agronomia, Pesquisador APTA/IAC<br />

Apoiado por : Jairo Aparecido Lima - Engenheiro Agrônomo e<br />

Paulo Cesar Zanandréa - Administrador de Empresas<br />

INTRODUÇÃO<br />

Foram instalados 21 campos com Penergetic ® ,<br />

cultivados com IAC-886 (01), IAC-503 (06), IAC-<br />

-OL3 (01), IAC-505 (01) e Pronto (01), nas safras<br />

2013/14, 2014/15 e 2015/16. Os resultados demonstraram<br />

ganhos médios de 13,17% na produtividade<br />

de vagens (+30 sc ha -1 ) para os principais<br />

cultivares de amendoim, considerando 21<br />

locais em três safras consecutivas. A magnitude<br />

da resposta destas validações comerciais sugerem<br />

a necessidade de pesquisa, para confirmação<br />

científica e explicação das causas dos efeitos<br />

verificados. O presente trabalho teve como<br />

objetivo, validar em condições comerciais o uso<br />

da tecnologia Penergetic ® sobre a produtividade<br />

do amendoim em condições de reforma de<br />

canaviais em três safras consecutivas.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

As características dos locais de instalação, bem como<br />

as datas de semeadura e colheita, encontram-se no<br />

quadro 1.<br />

As aplicações do Penergetic ® Pflanzen (250g ha -1 )<br />

foram efetuadas por ocasião das primeiras aplicações<br />

com fungicidas, parceladas em 100 + 150 g<br />

ha -1 . Considerou-se o ponto de maturação ideal<br />

para cada cultivar avaliado para colheita. Após arranquio<br />

mecanizado, durante processo de “cura”<br />

no campo, foram realizadas amostragens para levantamento<br />

da população final de plantas. A avaliação<br />

da produtividade foi realizada através da colheita<br />

em 4 leiras de 800 metros, nos talhões com<br />

tratamento Penergetic ® e na Testemunha. Após recolhimento<br />

mecanizado, a produção de vagens foi<br />

transferida para transbordo, para quantificação da<br />

massa, utilizando-se balança com célula de carga.<br />

Após desconto das impurezas e umidade, os valores<br />

foram extrapolados para kg ha -1 .<br />

Quadro 1. Locais de instalação e datas de semeadura e<br />

colheita dos ensaios.<br />

*L = Local<br />

Incremento de Produtividade (%)<br />

INCREMENTO em função do DE uso PRODUTIVIDADE da Tecnologia Penergetic (%)<br />

%<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

28<br />

27<br />

26<br />

24<br />

19 19<br />

17 16<br />

15<br />

Figura 1. Ganhos percentuais em produtividade de vagens em<br />

20 locais de avaliação e quatro cultivares de amendoim nas safras<br />

2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016.<br />

14<br />

13 13<br />

12<br />

10<br />

9<br />

7 7<br />

L9 L6 L8 L13 L7 L1 L2 L12 L4 L16 L17 L11 L3 L15 L18 L5 L19 L14 L20 L10<br />

Áreas do Estado de São Paulo<br />

6<br />

2<br />

0<br />

12


RESULTADOS<br />

PRODUTIVIDADE MÉDIA DE VAGENS (sc/ha)<br />

Produtividade de Vagens (kg ha)<br />

8,000.00<br />

7,000.00<br />

6,000.00<br />

5,000.00<br />

4,000.00<br />

3,000.00<br />

2,000.00<br />

1,000.00<br />

IAC-886<br />

+ 34 sc/ha<br />

®<br />

Penergetic<br />

Testemunha<br />

L1<br />

L3<br />

L4<br />

L6<br />

L7<br />

L9<br />

L10<br />

L11<br />

L12<br />

L14<br />

L15<br />

L17<br />

Média<br />

Figura 2. Produtividade média de vagens em 12 locais para a cultivar<br />

IAC-886 em reforma de canavial, com e sem a tecnologia Penergetic ® ,<br />

nas safras 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016.<br />

Produtividade de Vagens (kg ha)<br />

6,000.00<br />

5,000.00<br />

4,000.00<br />

3,000.00<br />

2,000.00<br />

IAC-503<br />

+ 23,6 sc/ha<br />

®<br />

Penergetic<br />

Testemunha<br />

1,000.00<br />

L2 L5 L13 L18 L19 L20 Média<br />

Figura 3. Produtividade média de amendoim em seis locais para a<br />

cultivar IAC-503 em reforma de canavial, com e sem a tecnologia<br />

Penergetic ® , nas safras 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016.<br />

CONCLUSÕES<br />

Os resultados gerados em escala comercial<br />

demonstraram ganhos médios<br />

de 13,17% na produtividade de<br />

vagens (+30 sc ha -1 ) para os principais<br />

cultivares de amendoim, considerando<br />

21 locais em três safras consecutivas.<br />

A magnitude da resposta<br />

destas validações comerciais sugerem<br />

a necessidade de pesquisa, para confirmação<br />

científica e explicação das<br />

causas dos efeitos verificados.<br />

13


Produtividade e qualidade de<br />

sementes de amendoim em função<br />

da aplicação de Penergetic ®<br />

Denizart Bolonhezi - Engenheiro Agrônomo, PhD em Agronomia, Pesquisador APTA/IAC<br />

Rodrigo Valochi - Engenheiro Agrônomo<br />

Apoiado por : Jairo Aparecido Lima - Engenheiro Agrônomo e<br />

Paulo Cesar Zanandréa - Administrador de Empresas<br />

INTRODUÇÃO<br />

A cultura do amendoim está concentrada no Estado de São<br />

Paulo, com mais de 80% das áreas de cultivo em reforma de<br />

canaviais. O uso de resíduos da agroindústria, a rusticidade<br />

e a forte interação com a biota do solo, tornam a cultura do<br />

amendoim pouco responsiva ao uso de fertilizantes minerais.<br />

Todavia, o excessivo uso de insumos durante o ciclo<br />

pode interferir na microbiota do solo, requerendo a adoção<br />

de estratégias de bioativação, as quais favorecem a máxima<br />

exploração do potencial genético das cultivares.<br />

OBJETIVOS<br />

O experimento teve como objetivo avaliar os efeitos da<br />

bioativação do solo e da cultura através do uso da Tecnologia<br />

Penergetic ® na cultura do amendoim.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

O experimento foi instalado em Planalto, SP, na safra<br />

2015/16. O solo utilizado foi classificado como Latossolo<br />

Vermelho Amarelo, textura franco-argilo-arenosa, cujas características<br />

químicas foram: pH = 5,6; Ca = 28,0 cmolc dm-<br />

3; Mg = 7,0 cmolc dm-3; CTC = 61,0 cmolc dm-3; P (Resina)<br />

= 44,7 mg dm-3; K = 6,6 cmolc dm-3; B (água quente) =<br />

0,20 mg dm-3; Cu = 0,73 mg dm-3; Fe = 109,7 mg dm-3;<br />

Mn = 6,1 mg dm-3; Zn = 1,33 mg dm-3; V =68,4 %; M.O.=<br />

21,3g dm-3. Utilizou-se amendoim do tipo runner (Arachis<br />

hypogea L.) o cultivar comercial IAC-886, em delineamento<br />

blocos casualizados, com quatro tratamentos e seis repetições<br />

(3 em preparo convencional e 3 sobre palhada de<br />

cana crua). Os tratamentos foram: (1) testemunha - sem<br />

Penergetic ® ; (2) Penergetic ® Kompost (250g ha -1 ) com aplicação<br />

realizada após semeadura, juntamente com a aplicação<br />

do herbicida pré-emergente; (3) Penergetic ® Pflanzen<br />

(250 g ha -1 ) com aplicações parceladas (100 + 150 g ha -1 )<br />

por ocasião das primeiras aplicações com fungicidas; (4) Penergetic<br />

® Kompost (250g ha -1 ) + Penergetic ® Pflanzen (250g<br />

ha -1 ). Cada parcela experimental foi constituída de 12 linhas<br />

de amendoim com 30 metros de comprimento. Foram avaliadas<br />

as seguintes características: produtividade de vagens,<br />

grãos, rendimento, massa de 100 grãos e qualidade fisiológica<br />

de sementes. Os dados foram submetidos à análise<br />

de variância e as médias comparadas por Turkey (p


RESULTADOS<br />

4800<br />

4700<br />

+ 58 SACAS POR ALQUEIRE<br />

IAC-503<br />

4734 a<br />

%<br />

18<br />

16<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

Figura 1. Produtividade do<br />

amendoim, variedade IAC-<br />

503, Planalto/SP, 2016.<br />

Classificação de Peneiras (%)<br />

13,0<br />

16,3<br />

12,7<br />

16,4<br />

8,2<br />

7,4<br />

26 24 22 20 18 Resíduo<br />

Peneiras<br />

4,6<br />

3,6<br />

4600<br />

4500<br />

4400<br />

1,9 1,0<br />

2,2<br />

Fonte: BOLONHEZI, D. et al; APTA - Planalto, SP - Safra 2015/16.<br />

Figura 2.<br />

Produtividade de Vagens (Kg ha)<br />

4300<br />

4234 ab<br />

4200<br />

4106 b<br />

4100<br />

4000<br />

3900<br />

3800<br />

3700<br />

®<br />

®<br />

®<br />

Controle<br />

Penergetic Penergetic Penergetic<br />

Kompost Pflanzen Kompost +<br />

®<br />

Penergetic<br />

Pflanzen<br />

®<br />

Tratamentos com Penergetic<br />

*Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.<br />

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si<br />

pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.<br />

Controle<br />

Penergetic ®<br />

1,6<br />

4447 ab<br />

CONCLUSÕES<br />

Conforme análise de variância constatou-se que o<br />

tratamento com a Tecnologia Penergetic ® (Penergetic<br />

® Kompost + Penergetic ® Pflanzen) conferiu<br />

aumento de 628 kg ha -1 na produtividade de vagens<br />

e aumento de 3% nas peneiras 26 e 24.<br />

Figura 3. Sistema Radicular<br />

Bioativado, Planalto/SP, 2016<br />

15


Adubação fosfatada e aplicação<br />

de Penergetic ® na produtividade<br />

do feijoeiro-comum<br />

Tarcísio Cobucci - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitotecnia, Integração Acessoria Agrícola<br />

Adriano Stephan Nascente - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia<br />

INTRODUÇÃO<br />

A cultura do feijão-comum possui grande importância<br />

econômica para o Brasil, sendo produzida<br />

em três épocas denominadas época das águas, das<br />

secas e de inverno, as quais possuem diferentes<br />

condições ambientais, considerando-se a estação<br />

do ano, solo, cultivares e nível tecnológico empregado<br />

(Wander, 2007). Na safra 2013 na região Centro-Sul<br />

(Centro-Oeste e Sudeste), o feijão-comum<br />

de inverno foi cultivado em 187,7 mil ha com uma<br />

produção de 465,5 mil toneladas de grãos, correspondendo<br />

a uma produtividade média de 2.480 kg<br />

ha -1 e 15,6% de toda a produção nacional (CONAB,<br />

2013). Entretanto, essa média de produtividade<br />

ainda é considerada baixa, uma vez que há relatos<br />

de produtividade em torno de 4.000 kg ha -1 (NAS-<br />

CENTE et al., 2012).<br />

Dentre os fatores que podem contribuir para aumentar<br />

a produtividade da cultura tem-se a adubação,<br />

uma vez que, um adequado e balanceado<br />

suprimento de nutrientes proporciona o pleno desenvolvimento<br />

da cultura com impacto positivo na<br />

produtividade de grãos (PAGANI & MALLARINO,<br />

2012; CRUSCIOL et al., 2013). Neste sentido, tem-<br />

-se o fósforo (P), elemento essencial no metabolismo<br />

das plantas que contribui de forma significativa<br />

para o aumento do desenvolvimento radicular,<br />

além de favorecer o aumento do número de vagens<br />

e da massa de grãos o que resulta em incrementos<br />

positivos na produtividade de grãos (PELÁ<br />

et al., 2009; ZUCARELLI et al., 2010).<br />

A necessidade em fósforo requerida pelas plantas<br />

do feijoeiro é menor do que a de potássio (K)<br />

e nitrogênio (N), no entanto, a quantidade aplicada<br />

normalmente é superior (VIEIRA et al., 2006).<br />

Isso ocorre devido à elevada taxa de fixação do P<br />

em solos tropicais, causada principalmente por<br />

precipitação com Fe e Al, reação com óxidos hidratados<br />

dos mesmos metais e reações com argilas<br />

silicatadas, devido a isso o aproveitamento<br />

pela cultura varia de 5% a 25% do total aplicado<br />

(Malavolta, 1980). Dessa forma, pode estar<br />

ocorrendo elevação dos níveis de fósforo no<br />

solo sem que aumente a disponibilidade para<br />

as plantas. Assim, o desenvolvimento de tecnologias<br />

que proporcionem maior disponibilidade<br />

de fósforo para as plantas poderia proporcionar<br />

redução da quantidade de adubos fosfatados<br />

aplicados via solo, gerando ganhos econômicos<br />

e ambientais, uma vez que esses adubos são<br />

produzidos a partir de reservas minerais de caráter<br />

não renovável (PELÁ et al., 2009).<br />

Visando aumentar a disponibilidade dos nutrientes<br />

no solo, os produtores mais tecnificados têm<br />

utilizado a tecnologia Penergetic ® , que consiste<br />

da aplicação dos produtos Penergetic ® Kompost<br />

e Pflanzen, os quais, segundo a fabricante,<br />

são oriundos de argila bentonítica submetida<br />

a aplicação de campos elétricos e magnéticos<br />

(BRITO et al., 2012). Ainda segundo a fabricante<br />

esses produtos são utilizados como bioativador<br />

de solos (Penergetic ® Kompost, aplicado<br />

ao solo) que aumenta e equilibra as atividades<br />

microbiológicas no solo e como bioativador de<br />

plantas (Penergetic ® Pflanzen) que disponibiliza<br />

mais energia ao processo fotossintético e facilita<br />

a interação planta + microrganismo benéfico<br />

(PENERGETIC, 2013).<br />

O objetivo do trabalho foi de determinar a produtividade<br />

de grãos e componentes de produção<br />

do feijoeiro-comum afetados pela adubação fosfatada<br />

e pela aplicação de Penergetic ® Kompost e<br />

Penergetic ® Pflanzen.<br />

16


Tabela 1. Valores de P para as variáveis número de vagens, número de grãos vagem-1 (GRAO), massa de 100<br />

grãos (MASSA) e produtividade de grãos (PROD) do feijoeiro-comum em função da safra agrícola e da adubação<br />

fosfatada (P), aplicação de Penergetic ® (Pen) e interação. Unaí/MG, safras 2012 e 2013.<br />

VAGENS<br />

GRÃO MASSA PROD<br />

número número gramas<br />

2012<br />

2013 305 a<br />

4,52 a<br />

4,69 a<br />

25,4 b<br />

28,1 a<br />

2911 b<br />

4061 a<br />

Valor de p (probabilidade de teste F)<br />

Ano<br />


MATERIAL E MÉTODOS<br />

O experimento foi desenvolvido em diferentes locais na Fazenda Guaribas,<br />

no município de Unaí, MG nos anos 2012 e 2013. Os solos das áreas<br />

experimentais foram classificados como Latossolo Vermelho-Amarelo<br />

(2012) e Latossolo Vermelho (2013), distróficos com textura franco-argilosa.<br />

Antes da instalação dos experimentos foram coletadas amostras do<br />

solo e realizadas as análises químicas e físicas, segundo recomendações<br />

de Claessen (1997).<br />

O delineamento experimental foi em blocos casualizados no esquema fatorial<br />

4 x 2, com oito repetições. As parcelas tiveram as dimensões de 7,0<br />

m de comprimento x 2,0 m de largura, sendo considerado como parcela<br />

útil as duas linhas centrais desprezando-se 0,50 m de cada extremidade. Os<br />

tratamentos constaram da combinação de três doses de fósforo aplicados<br />

ao solo (40, 80 e 120 kg ha -1 de P 2<br />

O 5<br />

) mais a testemunha (0 kg ha -1 de P 2<br />

O 5<br />

),<br />

utilizando-se como fonte o fosfato monoamônico, com a presença e ausência<br />

de aplicação de Penergetic ® . As doses de fósforo foram calculadas com<br />

base na análise do solo e correspondem a 0, 1/3, 2/3 e a dose recomendada<br />

para a cultura. A aplicação do Penergetic ® foi feita em duas etapas: 1ª aplicação<br />

de 250 g ha -1 de Penergetic ® Kompost aplicado no solo, logo após a<br />

dessecação de manejo das plantas de cobertura um dia antes da semeadura<br />

do feijoeiro comum; e <strong>2ª</strong> aplicação de 250 g ha -1 de Penergetic ® Pflanzen via<br />

foliar no estádio V4 das plantas de feijoeiro comum. A aplicação foi realizada<br />

com pulverizador de barras com volume de calda de 200 L ha -1 .<br />

O espaçamento entre as linhas foi de 0,50 m e a densidade de semeadura<br />

foi de 8 sementes m-1. Após a semeadura foi realizada a aplicação a<br />

lanço de 65 kg ha -1 de K2O (KCl) e 90 kg ha -1 de N (Ureia) (sem incorporação).<br />

Os tratos culturais foram realizados de acordo com as necessidades<br />

da cultura, utilizando-se os produtos recomendados. Utilizou-se, nos dois<br />

anos agrícolas, o sistema de irrigação por aspersão via pivô central.<br />

Para a avaliação dos componentes de produção (número de vagens<br />

planta-1, número de grãos vagem-1 e massa de 100 grãos) foram coletadas<br />

10 plantas ao acaso em cada parcela. Avaliou-se a produtividade<br />

de grãos (130 g kg-1 de umidade) realizando-se a colheita da parcela<br />

útil. Como informação complementar foi calculada a eficiência agronômica<br />

da aplicação do P, em que fez-se a subtração da produtividade de<br />

um dado tratamento pela produtividade do tratamento controle (sem P)<br />

e dividindo-se o resultado pela quantidade de P aplicado.<br />

Os dados foram submetidos à análise de variância e quando o teste F foi significativo,<br />

procedeu-se ao teste Tukey (p< 0,05). Para os dados quantitativos<br />

(doses de fósforo) foi realizada a análise de regressão.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

No ano de 2012 constatou-se que não houve efeito significativo do número<br />

de vagens m-2, número de grãos vagem-1 e massa de 100 grãos para o<br />

fator doses de fósforo, tendo efeito na variável de maior interesse para os<br />

produtores, a produtividade de grãos (Tabela 1). Com<br />

relação à aplicação do Penergetic ® , verificou-se efeito<br />

na massa de 100 grãos e na produtividade.<br />

As maiores doses de fósforo aplicadas (80 e 120 kg<br />

ha -1 ) não proporcionaram incrementos positivos na<br />

produtividade de grãos da cultura. Com isso, constata-se<br />

que o fornecimento de P no sulco de semeadura<br />

até a dose de 40 kg ha -1 de P 2<br />

O 5<br />

foi suficiente para<br />

acarretar produtividade semelhante a das maiores<br />

doses de P. Esse resultado pode ter ocorrido devido<br />

aos altos teores de P no solo, sendo considerados<br />

médios, fato comum em áreas sob plantio direto.<br />

Com relação ao uso do Penergetic ® no ano de 2012<br />

verificou-se que sua aplicação proporcionou incrementos<br />

significativos na massa de 100 grãos (de 24,6<br />

para 26,1 g) e também na produtividade de grãos<br />

da cultura (de 2815 para 3006 kg ha -1 ) (Tabela 1). Brito<br />

et al. (2012) também verificaram que a aplicação<br />

de Penergetic ® proporcionou aumentos significativos<br />

na produtividade de grãos do feijoeiro quando<br />

comparado com o tratamento controle (sem o uso<br />

do Penergetic ® ). Segundo os autores a tecnologia<br />

Penergetic ® proporciona melhores condições ao desenvolvimento<br />

das plantas devido, principalmente,<br />

à melhor absorção de nutrientes como o fósforo.<br />

Nesse sentido, os resultados do presente trabalho<br />

permitem inferir que o uso desses produtos proporcionou<br />

melhores condições para o desenvolvimento<br />

da cultura resultando em maior produtividade de<br />

grãos. Outras pesquisas devem ser realizadas para<br />

melhor esclarecer os efeitos desses produtos na<br />

planta que causam esse melhor desenvolvimento.<br />

No ano de 2013, constatou-se que houve efeito<br />

significativo das doses de fósforo para o número<br />

de vagens m-2, massa de 100 grãos e produtividade<br />

(Tabela 1). Com relação ao uso de Penergetic ®<br />

houve efeito em todas as variáveis avaliadas, onde<br />

a aplicação de Penergetic ® proporcionou valores<br />

superiores em relação à não aplicação do produto.<br />

Ocorreu também interação entre esses dois fatores<br />

(doses de fósforo e uso de Penergetic ® ) na variável<br />

produtividade de grãos.<br />

Com relação à produtividade constatou-se interação<br />

com a aplicação de Penergetic ® , havendo<br />

ajuste linear na ausência de aplicação do produto<br />

Tabela 2. Eficiência agronômica<br />

na produtividade de<br />

grãos do feijoeiro-comum,<br />

em função da adubação<br />

fosfatada (P) e da aplicação<br />

de Penergetic ® .<br />

* Letras iguais, minúscula na coluna ou maiúscula na linha (dentro do mesmo ano), não diferem entre si pelo teste Tukey para p


e ajuste quadrático dos dados quando se aplicou o<br />

Penergetic ® (Figura 1). Entretanto independente da<br />

aplicação do produto verifica-se que a adubação<br />

com fósforo proporcionou incrementos significativos<br />

na produtividade de grãos da cultura.<br />

A aplicação do Penergetic ® , independente da combinação<br />

com a dose de fósforo proporcionou maiores<br />

valores de produtividade de grãos do feijoeiro na safra<br />

2013 em relação aos tratamentos sem o produto<br />

(Tabela 2). Corroborando essas informações verifica-<br />

-se que, quando se aplicou o Penergetic ® , a eficiência<br />

agronômica de aplicação do fósforo foi bem superior<br />

ao da ausência de aplicação do produto, notadamente no ano de 2013,<br />

sendo a eficiência muito maior nas menores doses de fósforo.<br />

Para os tratamentos com Penergetic ® constata-se aumento significativo da produtividade<br />

até a dose de 82,2 kg de P 2<br />

O 5<br />

ha -1 , atingindo 5313 kg ha -1 de grãos<br />

(Figura 1). Por outro lado, sem a aplicação do Penergetic ® a resposta à aplicação<br />

de fósforo no solo foi linear, sendo que a máxima produtividade foi de 3903<br />

kg ha -1 de grãos. Com base nos resultados pode-se inferir que a aplicação do<br />

Penergetic ® proporcionou maior produtividade de grãos com menor dose de<br />

fósforo aplicado. Esse resultado pode indicar que houve maior disponibilidade<br />

de fósforo para as plantas quando se aplicou o Penergetic ® possivelmente provenientes<br />

dos colóides do solo e ou parte orgânica, devido à maior atividade<br />

microbiana no solo.<br />

Figura 1.<br />

Produtividade<br />

de grãos do<br />

feijoeiro-comum<br />

em função de<br />

doses de P 2<br />

O 5<br />

aplicados no solo<br />

no ano de 2013<br />

em Unaí/MG.<br />

CONCLUSÕES<br />

A adubação fosfatada proporcionou incrementos<br />

significativos na produtividade de grãos e<br />

componentes de produção do feijoeiro-comum<br />

nos dois anos de cultivo. O uso de Penergetic ®<br />

independente da dose de fósforo utilizada proporcionou maior produtividade<br />

de grãos do que os tratamentos sem aplicação do produto nos<br />

dois anos de cultivo. No ano de 2013, a aplicação de Penergetic ® proporcionou<br />

maior produtividade de grãos (5313 kg ha -1 ) numa menor dose<br />

de fósforo (82,2 kg de P 2<br />

O 5<br />

ha -1 ) do que na ausência do produto (3903 kg<br />

ha -1 ) na maior dose de fósforo (120 kg de P 2<br />

O 5<br />

ha -1 ).<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

BRITO, R.O.; DEQUECH, F. K.; BRITO, R. M. Use of penergetic ® products P and K in the<br />

snap bean production. Annual Report of the Bean Improvement Cooperative, v.55,<br />

p.277-278, 2012.<br />

CLAESSEN, M.E.C. Manual de métodos de análise de solo. 2. ed. Rio de Janeiro: EMBRAPA-<br />

-CNPS, 1997. 212 p. (EMBRAPA-CNPS. Documentos, 1).<br />

CONAB. Acompanhamento da safra brasileira: grãos safra 2012/2013: sétimo levantamento<br />

de safra de grãos. Disponível em: . Acesso em: 22 jan. 2014.<br />

CRUSCIOL, C.A.C.; NASCENTE, A.S.; SORATTO, R.P.; ROSOLEM, C.A. Upland rice growth<br />

and mineral nutrition as affected by cultivars and sulfur availability. Soil Science Society of<br />

America Journal, v.77, n.1, p.328-335, 2013.<br />

MALAVOLTA, E. Elementos de nutrição mineral de plantas. Piracicaba: Ceres, 1980. 215 p.<br />

NASCENTE, A.S.; KLUTHCOUSKI, J.; CRUSCIOL, C.A.C.; COBUCCI, T.; OLIVEIRA, P. Adubação<br />

de cultivares de feijoeiro comum em várzeas tropicais. Pesquisa<br />

Agropecuária Tropical, v.42, n.4, p.407-415, 2012.<br />

PAGANI, A.; MALLARINO, A.P. Soil pH and crop grain yield as<br />

affected by the source and rate of lime. Soil Science Society of<br />

America Journal, v.76, n.5, p.1877-1886, 2012.<br />

PELÁ, A.; RODRIGUES, M. S.; SANTANA, J. S.; TEIXEIRA, I. R.<br />

Fontes de fósforo para a adubação foliar na cultura do feijoeiro.<br />

Scientia Agraria, v.10, n.3, p.313-318, 2009.<br />

WANDER, A. E. Produção e consumo de feijão no Brasil, 1975–<br />

2005. Informe Econômico, v.37, n.2, p.7–21, 2007.<br />

ZUCARELI, C.; PRANDO, A.M.; RAMOS JUNIOR, E.U.; NAKA-<br />

GAWA, J. Fósforo na produtividade e qualidade de sementes de<br />

feijão Carioca precoce cultivado no período das águas. <strong>Revista</strong><br />

Ciência Agronômica, v.42, n.1, p.32-38, 2011.<br />

19


Desempenho da Tecnologia<br />

Penergetic ® Kompost e Pflanzen<br />

na cultura do algodão<br />

Fabiano Andrei Bender da Cruz - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia,<br />

Pesquisador e Consultor da Fundação Bahia<br />

INTRODUÇÃO<br />

O Penergetic ® é um bioativador<br />

de solo (Penergetic ® Kompost)<br />

e de plantas (Penergetic ® Pflanzen),<br />

com potencial em promover<br />

o aumento de efeitos positivos<br />

no vigor das plantas, com<br />

equilíbrio entre solo/planta,<br />

através da otimização da utilização<br />

dos fertilizantes adicionados<br />

ou da fertilidade já existente no<br />

solo. Atua na liberação do fósforo<br />

fixado não disponível às plantas<br />

e promove o reequilíbrio de<br />

microrganismos disponibilizando<br />

maior energia no processo<br />

fotossintético.<br />

OBJETIVO<br />

Avaliar o desempenho da tecnologia<br />

Penergetic ® Kompost e<br />

Pflanzen sobre os componentes<br />

de produção, produtividade de<br />

algodão e características tecnológicas<br />

da fibra.<br />

Tabela 1. Caracterização química e física do solo na profundidade de 0 a 20cm<br />

(Luís Eduardo Magalhães/Bahia. 2015/16).<br />

MO: K2Cr2O7; pH: CaCl2; P, Ca, Mg, K, Cu, Fe, Mn e Zn: Mehlich 1; Al: KCl; H+Al: SMP; S: Ca(H2PO4)2; B: água quente.<br />

Tabela 2. Descrição dos tratamentos utilizados na cultura do algodão<br />

(Luís Eduardo Magalhães/Bahia. 2016).<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

O experimento foi realizado<br />

na safra 2015/16 no Centro<br />

de Pesquisa e Tecnologia do Oeste Baiano, Fundação<br />

Bahia, em Luís Eduardo Magalhães, Bahia,<br />

cujas coordenadas geográficas são 12º05’26’’ S e<br />

45º42’42’’ W, com altitude de 760 m. No solo classificado<br />

como LATOSSOLO AMARELO Distrófico<br />

típico (SANTOS et al., 2013), amostra retirada na<br />

profundidade de 0 a 20cm foi submetida à análise<br />

química e granulométrica (RAIJ et al., 2001; CA-<br />

MARGO et al., 1986) e os resultados estão apresentados<br />

na Tabela 1.<br />

A área é caracterizada por sistema de cultivo mínimo,<br />

cultivada com soja (safra 14/15), milho na<br />

entressafra (15/15) e algodão (15/16), localizada no<br />

Pivô 1. Foi utilizada a variedade DP 1536 BGII RRFlex ® , tratadas com<br />

Avicta ® (0,36 mL kg-1 stes), Standak Top ® (3,0 mL kg-1 stes) e Priori ® (2,5<br />

mL kg-1 stes), foram semeadas mecanicamente em 26/01/16 (emergência<br />

em 01/02/16), com adubação entre 200 e 320 kg ha -1 de 05-34-00 (7%<br />

Ca, 14% S, 0,05% B, 0,05% Cu, 0,1% Mn e 0,1% Zn) no sulco de semeadura,<br />

conforme Tabela 2, além da aplicação superficial de 190 kg ha -1 de<br />

Sulfato de Amônio e 250 kg ha -1 de KCl, aos 15 DAE, 160 kg ha -1 de Uréia<br />

aos 30 DAE e 160 kg ha -1 de Uréia aos 45 DAE. O manejo fitossanitário<br />

seguiu o padrão da Fundação Bahia. O experimento, delineado em blocos<br />

ao acaso com 5 repetições, consistiu de 4 tratamentos (Tabela 2), sendo<br />

cada parcela experimental composta por 4 linhas de semeadura espaçadas<br />

em 0,76m com 8m de comprimento, sendo mantida uma distância<br />

20


de 15m entre parcelas. Avaliou-se<br />

por ocasião da colheita (12/07/16),<br />

a população de plantas, altura de<br />

plantas, o peso médio de capulhos,<br />

a produtividade de algodão<br />

em caroço, rendimento de pluma e<br />

características tecnológicas de fibra,<br />

sendo os dados submetidos à análise<br />

de variância e as médias comparadas<br />

pelo teste de Tukey (P


Efeito do Penergetic ®<br />

Pflanzen e Kompost na<br />

cultura do algodão<br />

Fabiano Andrei Bender da Cruz - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia,<br />

Pesquisador e Consultor da Fundação Bahia<br />

Aline Fabris - Estagiária, Acadêmica do Curso de Agronomia,<br />

convênio FAAHF/Fundação Bahia<br />

Edimilson Marques Lima - Assistente de Pesquisa, Técnico em Agropecuária, Fundação Bahia.<br />

INTRODUÇÃO<br />

O algodoeiro (Gossypium hirsutum L.r. latifolium<br />

Hutch), espécie vegetal de ciclo curto anual, é<br />

considerada uma cultura de grande importância<br />

socioeconômica para o País, especialmente para<br />

as regiões Nordeste, Centro Oeste e Sudeste.<br />

O Penergetic ® é um bioativador de solo (Penergetic<br />

® Kompost) e de plantas (Penergetic ® Pflanzen),<br />

com potencial em promover o aumento de efeitos<br />

positivos no vigor das plantas, com equilíbrio entre<br />

solo/planta, através da otimização da utilização<br />

dos fertilizantes adicionados ou da fertilidade<br />

já existente no solo. Atua na liberação do fósforo<br />

fixado não disponível às plantas e promove o reequilíbrio<br />

e aumento de microrganismos disponibilizando<br />

maior energia no processo fotossintético.<br />

OBJETIVO<br />

O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito do Penergetic<br />

® Pflanzen e Penergetic ® Kompost sobre<br />

os componentes de produtividade de algodão.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

O trabalho foi realizado na safra 2014/15 no Centro<br />

de Pesquisa e Tecnologia do Oeste Baiano, Fundação<br />

Bahia, em Luís Eduardo Magalhães, Bahia,<br />

cujas coordenadas geográficas são 12º05’12’’ S e<br />

45º42’30’’ W, com altitude de 768 m em relação ao<br />

nível médio do mar.<br />

A variedade utilizada neste ensaio foi BRS 368RF®,<br />

semeadas mecanicamente na safra 2014/15 no<br />

mês dezembro, com adubação de 100 kg ha -1 e<br />

500 kg ha -1 de 05-34-00 (8% Ca, 5% S, 0,08% B,<br />

0,05% Cu, 0,2% Mn e 0,15% Zn) no sulco de semeadura,<br />

conforme tratamentos pré-estabelecidos<br />

(Tabela 1), além da aplicação superficial para todos<br />

os tratamentos de 220 kg ha -1 de 00-00-60 e 130<br />

kg ha -1 de 45-00-00, aos 33 DAE, 120 kg ha -1 de<br />

21-00-00+24% de S aos 46 DAE, 150 kg ha -1 de<br />

00-00-60 e 130 kg ha -1 de 45-00-00 aos 48 DAE.<br />

Os tratos culturais realizados na cultura foram a<br />

queles recomendados para cultivo comercial (inseticidas,<br />

fungicidas e micronutrientes).<br />

22


Tabela 1. Descrição dos tratamentos utilizados na cultura do algodão. Fundação Bahia.<br />

Luís Eduardo Magalhães/BA. Safra 2014/15.<br />

Adubação de<br />

semeadura<br />

-<br />

05-34-00 (kg ha ¹)<br />

500 kg ha -¹<br />

500 kg ha -¹<br />

100 kg ha -¹<br />

100 kg ha -¹<br />

Tratamento<br />

Penergetic ®<br />

Controle<br />

®<br />

Penergetic<br />

Controle<br />

®<br />

Penergetic<br />

(11 DAE)<br />

®<br />

Penergetic<br />

Kompost (g ha - ¹)<br />

_<br />

- 500 g ha ¹<br />

_<br />

- 500 g ha ¹<br />

Figura 1. Produtividade de algodão em Caroço e<br />

Pluma (@/ha) sob diferentes doses do fertilizante<br />

05-34-00 na presença de Penergetic ® (Luís Eduardo<br />

Magalhães/Bahia. 2015).<br />

PRODUTIVIDADE EM CAROÇO (@/ha)<br />

500 kg/ha 05-34-00 ®<br />

+ Penergetic<br />

(21 DAE) (45 DAE) (65 DAE)<br />

®<br />

Penergetic<br />

Pflanzen (g ha - ¹)<br />

_<br />

167 g ha -¹ 167 g ha -¹ 167 g ha -¹<br />

_<br />

167 g ha -¹ 167 g ha -¹ 167 g ha -¹<br />

100 kg/ha 05-34-00<br />

+ Penergetic<br />

®<br />

250<br />

245<br />

500 kg/ha 05-34-00<br />

210<br />

100 kg/ha 05-34-00<br />

220<br />

PRODUTIVIDADE EM PLUMA (@/ha)<br />

500 kg/ha 05-34-00<br />

+ Penergetic<br />

®<br />

180<br />

O experimento, delineado em blocos ao acaso<br />

com cinco repetições, consistiu de quatro tratamentos<br />

(Tabela 1), sendo cada parcela experimental<br />

composta por quatro linhas de semeadura<br />

espaçadas em 0,76 m com dez metros<br />

de comprimento, sendo a área<br />

útil composta pelas duas linhas<br />

centrais, excluídos dois metros de<br />

cada extremidade.<br />

Os tratamentos foram realizados<br />

através de pulverização de Penergetic<br />

® Kompost antes do plantio<br />

e Penergetic ® Pflanzen aos 11,<br />

21, 45 e 66 dias após a emergência,<br />

através de pulverizador costal<br />

pressurizado, à pressão constante<br />

(CO 2<br />

) de 2,9 kgf cm -2 , munido de<br />

barra de alumínio com 6 bicos de<br />

jato plano espaçados de 0,5 m,<br />

com volume de calda equivalente<br />

a 150 L ha -1 .<br />

Na colheita do algodão, realizada<br />

aos 195 DAE, foram avaliados a<br />

produtividade de algodão em caroço e pluma,<br />

sendo os dados submetidos à análise de<br />

variância e os efeitos dos níveis do fertilizante<br />

e das aplicações de Penergetic ® .<br />

RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />

Na Figura 1, pode ser observada a produtividade<br />

de algodão em caroço em @/ ha, quando<br />

utilizadas às doses de 100 e 500 kg ha -1<br />

do fertilizante 05-34-00, cuja variável não foi<br />

influenciada significativamente (p


Ensaios utilizando a Tecnologia<br />

Penergetic ® em florestas<br />

Pedro Francio Filho - Engenheiro Agrônono<br />

Henrique Lopes Moino - Engenheiro Agrônono<br />

Anderson Willian Klein - Engenheiro Florestal<br />

INTRODUÇÃO<br />

Esses trabalhos tiveram o objetivo de verificar os efeitos da aplicação<br />

da tecnologia Penergetic ® Kompost e Penergetic ® Pflanzen em florestas,<br />

uma vez que os mesmos já vêm sendo amplamente utilizados em outras<br />

culturas agrícolas. Contudo, no cultivo de florestas comerciais ainda não<br />

se têm análises substanciais sobre os resultados da ação dos produtos<br />

mencionados, tornando o presente estudo um dos pioneiros.<br />

Os experimentos foram conduzidos em viveiros florestais,<br />

produtores de mudas de eucalipto - e em<br />

áreas de plantio comercial de florestas, tanto em<br />

maciço florestal quanto em sistemas de produção<br />

silvipastoril, sendo realizados em diferentes regiões<br />

do Paraná.<br />

ENSAIO 1<br />

OBJETIVO<br />

O experimento teve por objetivo avaliar o efeito do Penergetic ® sobre<br />

mudas de Eucalyptus urograndis Clonal, em relação à promoção da microbiota<br />

de substrato de produção, visando calibrar as doses ideais de<br />

aplicação de Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost.<br />

METODOLOGIA<br />

Este experimento foi conduzido sob o abrigo de estufa, o que possibilitou<br />

que algumas condições fossem controladas, como por exemplo,<br />

disponibilidade de água, luminosidade, temperatura, umidade relativa<br />

do ar, entre outras. A propagação – via estaquia - das mudas ocorreu em<br />

11/02/2016, sendo que o manejo subsequente das mudas constitui-se<br />

em irrigação com duração de 10 segundos a cada 15 minutos, sendo<br />

que as mesmas permaneceram 20 dias na casa de vegetação, 7 dias na<br />

casa de sombra e 5 dias em bandejas a pleno sol. Assim realizaram-se os<br />

seguintes tratamentos:<br />

T1: Testemunha (sem aplicação);<br />

T2: Penergetic ® Pflanzen (1g L -1 ) 45 dias após o estaqueamento;<br />

T3: Penergetic ® Pflanzen (1,5g L -1 ) 45 dias após o estaqueamento;<br />

T4: Penergetic ® Pflanzen (2g L -1 ) 45 dias após o estaqueamento;<br />

T5: Penergetic ® Pflanzen (4g L -1 ) 45 dias após o estaqueamento;<br />

T6: Penergetic ® Kompost (1g L -1 ) no dia estaqueamento + Penergetic ®<br />

Pflanzen (3g L -1 ) divididos em 3 aplicações, ou seja aos 20 dias, 40 e 60<br />

dias após a aplicação do Penergetic ® Kompost.<br />

Aplicou-se um delineamento experimental inteiramente casualizado,<br />

com esquema fatorial 6x4, correspondendo a 6 tratamentos e 4 repeti-<br />

ções, cada repetição foi composta por 20 unidades<br />

amostrais (mudas) totalizando 80 mudas por tratamento.<br />

O experimento foi composto por um total<br />

de 480 mudas.<br />

As avaliações foram realizadas no mês de maio de<br />

2016, aos 90 dias após a propagação do E. urograndis<br />

e os parâmetros avaliados foram os seguintes: altura<br />

da planta (cm), diâmetro de colo (mm), comprimento<br />

da raiz (cm), massa fresca (g) e massa seca (g).<br />

Para a avaliação da altura da planta foi utilizada<br />

uma régua milimétrica e para o diâmetro do colo<br />

um paquímetro. Após esse processo, as raízes das<br />

mudas foram destorroadas e lavadas em água corrente<br />

com o objetivo de remover todo o substrato<br />

comercial de enraizamento para posteriormente<br />

realizar a mensuração do tamanho da raiz principal<br />

de cada muda e as quantificações da massa<br />

seca e massa verde, que basicamente constitui-se<br />

na pesagem da massa verde em balança analítica,<br />

posterior secagem das amostras em estufa, e nova<br />

pesagem da massa seca.Os dados foram tabulados<br />

em planilha eletrônica Microsft Excel e submetidos<br />

à análise estatística com software ASSISTAT 7.7.<br />

24


Tabela 1. <strong>Resultados</strong> da análise estatística relacionando Altura, diâmetro do<br />

coleto (D.C.) e Comprimento de Raiz. Londrina/PR, 2016.<br />

As médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey<br />

ao nível de 5% de probabilidade (p < 0.05). Onde: D.C = Diâmetro do coleto.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

Os resultados obtidos, por meio da<br />

análise estatística, estão expressos na<br />

Tabela 01.<br />

Tabela 2. <strong>Resultados</strong> da massa seca e verde de folha e raiz dos indivíduos<br />

avaliados. Londrina/PR, 2016.<br />

Quanto a variável altura observou-se<br />

que os tratamentos T2, T3, T4 e T6,<br />

não diferiram estatisticamente entre si.<br />

O tratamento T5 (Penergetic ® Pflanzen<br />

(4g L -1 ) 45 dias após o estaqueamento)<br />

foi o que apresentou os melhores resultados<br />

(23,58 cm) para esta variável,<br />

destacando significativamente dos demais<br />

tratamentos, contudo não diferindo-se estatisticamente<br />

dos tratamentos T2 e T3. O tratamento T1<br />

(Testemunha) apresentou os menores índices de desenvolvimento<br />

para a variável em análise. A partir dos<br />

resultados é possível identificar que a aplicação de<br />

4g L -1 Penergetic ® Pflanzen 45 dias após o estaqueamento<br />

contribui para o desenvolvimento em altura<br />

de mudas de E. urograndis em viveiro.<br />

Com relação a variável diâmetro do coleto (D.C.)<br />

contatou-se diferença estatística entre o tratamento<br />

T1 (Testemunha) e os demais tratamentos, sendo<br />

que os melhores índices foram apresentados<br />

para o T1 (3,14 mm). Analisando conjuntamente<br />

a variável altura e diâmetro de coleto percebe-se<br />

claramente a relação altura/diâmetro uma vez que<br />

no tratamento T1, as mudas gastaram maior energia<br />

em desenvolvimento no diâmetro de coleto e<br />

consequentemente menor energia em desenvolvimento<br />

em altura. Tecnicamente quanto menor<br />

for o valor dessa relação melhor será a capacidade<br />

das mudas sobreviverem e se estabelecerem<br />

no campo.<br />

Outro fator levado em consideração foi o comprimento<br />

das raízes, no qual o tratamento T5<br />

(19,15 cm) diferiu-se estatisticamente dos tratamentos<br />

T1 (13,96 cm) e T2 (14,73 cm). Desta<br />

maneira é possível perceber a relação entre o<br />

comprimento das raízes e altura, pois em ambas<br />

as variáveis o tratamento T5 (Penergetic ® Pflanzen<br />

(4g L -1 ), 45 dias após o estaqueamento) foi mais<br />

efetivo no desenvolvimento destes índices.<br />

Observando a Tabela 2 para a variável massa verde e seca da folha, nota-<br />

-se que apenas o tratamento T4 (Penergetic ® Pflanzen (2 g L -1 ) 45 dias após<br />

o estaqueamento) diferiu-se significativamente dos demais tratamentos,<br />

apresentando os menores índices, os demais tratamento não apresentaram<br />

diferenças significativas. Quanto a massa seca e verde da raiz, o tratamento<br />

que apresentou os menores índices foi o tratamento T3 (Penergetic ® Pflanzen<br />

(1,5 g L -1 ) 45 dias após o estaqueamento), já os outros tratamentos não<br />

apresentaram diferenças expressivas nos valores.<br />

CONCLUSÕES<br />

A aplicação de 4g L -1 Penergetic ® Pflanzen 45 dias após o estaqueamento<br />

contribui para o desenvolvimento de raiz e altura das mudas<br />

de E. urograndis em viveiro. Este é um dos critérios importantes<br />

para determinar o bom estabelecimento inicial das mudas a campo,<br />

entretanto, não verificou-se maior incremento em diâmetro e<br />

com isso a relação altura/diâmetro foi maior que o da testemunha.<br />

De acordo com especialistas em produção de mudas de eucalipto,<br />

quanto menor for essa relação, maior será a adaptação da planta<br />

em campo, sendo que é necessário acompanhar o desenvolvimento<br />

destas mudas em campo para analisar como será seu consequente<br />

desenvolvimento, para poder gerar uma conclusão mais precisa a<br />

respeito da aplicação do Penergetic ® .<br />

25


ENSAIO 2<br />

OBJETIVO<br />

Nesta ocasião o experimento foi implantando com a finalidade de testar<br />

os efeitos do Penergetic ® Pflanzen e Kompost em componentes de arborização<br />

de sistemas de integração silvopastoris, em estágios de desenvolvimento<br />

mais avançando.<br />

METODOLOGIA<br />

O experimento foi conduzido em um sistema silvopastoril,<br />

no qual é consorciado o componente<br />

de arborização Eucalipto - clone I144 - com a<br />

cultivar Panicum maximum (Capim Mombaça). O<br />

componente arbóreo foi implantado, sistematicamente,<br />

com espaçamento de 15 metros, entre<br />

renques simples e 4 metros entre plantas. Estas<br />

áreas de produção comercial em estudo foram<br />

implantadas no mês de outubro de 2012.<br />

Devido à floresta já estar estabelecida e em estágio<br />

avançado de desenvolvimento vegetativo,<br />

a aplicação do Penergetic ® foi realizada com a<br />

utilização de avião agrícola, sendo aplicadas as<br />

dosagens de 500 gramas por hectare de Penergetic<br />

® Kompost, além de 250 gramas por hectare<br />

de Penergetic ® Pflanzen – um mês após a primeira<br />

aplicação, em todas as quadras, com exceção das<br />

testemunhas. Este experimento foi conduzido em uma área total equivalente<br />

a 105,00 hectares, sendo que em 82,49 hectares houve aplicação<br />

de Penergetic ® e em 22,51 hectares não houve aplicação destes<br />

produtos. Desta forma o delineamento constitui-se em dois tratamentos<br />

os quais são descritos a seguir:<br />

Tratamento 1: Controle (Sem Penergetic ® );<br />

Tratamento 2: Penergetic ® Pflanzen (floresta com 2 anos e 4<br />

meses) e Penergetic ® Kompost (floresta com 2 anos e 5 meses).<br />

A diferença entre os tratamentos foi mensurada em julho de 2016, ou<br />

seja, 3 anos e 9 meses após o plantio e 1 ano e 4 meses após a aplicação<br />

do Penergetic ® . Para tanto foi realizado inventário florestal, delimitando-<br />

-se duas parcelas de 3.120m² (52 x 60 metros) em cada tratamento, totalizando<br />

12.480m² de área amostral nos dois tratamentos do experimento,<br />

onde foram mensurados os seguintes parâmetros: diâmetro a altura do<br />

peito (1,3 metros do chão), altura total e volume de madeira. Os equipamentos<br />

utilizados nesta etapa foram suta florestal (paquimetro), clinômetro<br />

eletrônico florestal e prancheta de campo.<br />

RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES<br />

Analisado a Tabela 3 percebe-se que houve diferença<br />

de produtividade em volume entre os tratamentos<br />

avaliados. A realização das avaliações com<br />

1 ano e 4 meses após a aplicação do Penergetic ®<br />

na área, validaram o uso do Penergetic ® , demonstrando<br />

vantagens no emprego deste produto.<br />

A área de sistema silvopastoril com espaçamento aplicado<br />

à arborização sistemática de 15 x 4 metros sem<br />

aplicação de Penergetic ® apresentou 44,29 m³ ha -1 ,<br />

enquanto que a área com a aplicação de Penergetic ®<br />

apresentou 53,19 m³ ha -1 , demonstrando que com a<br />

aplicação de Penergetic ® e sua capacidade de bioativação<br />

houve aumento no incremento de biomassa<br />

florestal, corroborando com ganhos em produtividade<br />

na ordem de 9 metros cúbicos por hectare (17%), aos<br />

3 anos e 6 meses de idade.<br />

Além disso, o incremento médio anual de biomassa<br />

lenhosa, na área com a aplicação de Penergetic<br />

® , foi de aproximadamente 2,3 m³ ha -1<br />

ano-1 superior e demonstrou que mesmo o Eucalipto<br />

sendo uma cultura perene de ciclo longo,<br />

a floresta com 3,5 anos conseguiu responder a<br />

aplicação de Penergetic ® em apenas em um ano<br />

e quatro meses.<br />

Tabela 3. Produtividade E. urograndis (I144) dos tratamentos<br />

realizados no experimento na Fazenda Matão. Loanda/PR, 2016.<br />

Tratamento<br />

I<br />

(anos)<br />

H<br />

(m)<br />

Sendo: I= idade; H= altura média; DAP= diâmetro médio; N= número de árvores por<br />

hectare; V= volume por hectare; IMA= incremento médio anual.<br />

Em função do presente estudo ser pioneiro na proposta de avaliação de<br />

resultados provenientes da aplicação de Penergetic ® em florestas comerciais,<br />

é aconselhável que sejam realizados novos experimentos para florestas<br />

em outros estágios de desenvolvimento e condições edafo-climáticas.<br />

DAP<br />

(cm)<br />

N<br />

(árv./ha)<br />

V<br />

(m³/ha)<br />

IMA<br />

(m³/ha/ANO)<br />

Controle 3 18,15 20,50 147 44,29 11,36<br />

®<br />

Penerge 3 19,12 21,84 147 53,19 13,64<br />

CONCLUSÃO<br />

A aplicação de Penergetic ® demonstrou aumento da produtividade<br />

de biomassa de eucalipto em sistema de integração silvipastoril. Mesmo<br />

o Eucalipto sendo uma cultura perene e de ciclo longo, o componente<br />

florestal, com 3,5 anos, já demonstrou resposta à aplicação de<br />

Penergetic ® , um ano e quatro meses após a aplicação.<br />

Pode-se concluir que em sistema silvipastoril, com espaçamento de 15 x<br />

4 metros aplicado ao componente arbóreo, a aplicação de Penergetic ®<br />

propiciou aumento da produtividade da floresta de E. urograndis (I144)<br />

em aproximadamente 9 metros cúbicos por hectare – 17% superior a<br />

área que não houve posicionamento deste produto.<br />

26


ENSAIO 3<br />

OBJETIVO<br />

O experimento teve como objetivo avaliar o resultado da aplicação de<br />

Penergetic ® em floresta comercial de Eucalyptus urograndis (I144), em<br />

maciço florestal, conduzido para múltiplos usos.<br />

METODOLOGIA<br />

Para este experimento inicialmente foram demarcadas<br />

4 (quatro) áreas de aproximadamente<br />

2.000 m² ao longo do maciço florestal de E. urograndis,<br />

com diferentes idades e zonas de manejos<br />

silviculturais. A demarcação de uma área<br />

de 2.000 m² teve por objetivo proporcionar uma<br />

área de segurança e de isolamento para aplicação<br />

do Penergetic ® .<br />

Essas áreas foram identificadas, in loco, com a<br />

demarcação em tinta branca das árvores marginais.<br />

Posteriormente foi realizada a aplicação<br />

de Penergetic ® Pflanzen e Kompost nessas áreas<br />

já delimitadas.<br />

Após 10 meses da aplicação do Penergetic ®<br />

procedeu-se a avalição deste povoamento, por<br />

meio do inventário florestal. Na área 1 (L2Q1) a<br />

floresta de E. urograndis estava com 5,9 anos de idade no momento<br />

do levantamento dendrométrico, a área 2 (L2Q1) apresentava com<br />

6,2 anos, a área 3 (L3Q3) com 5,3 anos e a área 4 (L4Q3) estava com<br />

4,2 anos. Nas áreas 1, 3 e 4 foi realizada a alocação de duas parcelas<br />

de 400 m² e ao lado dessas áreas também alocou-se duas parcelas<br />

nas mesma proporções, ou seja, áreas que não haviam recebido o<br />

Penergetic ® denominadas de testemunhas.<br />

Na área 2, o E. urograndis estava com 6,2 anos, ou seja, idade mais<br />

avançada, sendo que já houve desbaste intensivo e possui espaçamento<br />

entre árvores bastante superior as demais áreas avaliadas.<br />

Desta maneira, houve a necessidade de alocar parcelas maiores (484<br />

m²) para se obter maior precisão dos parâmetros avaliados no levantamento<br />

dendrométrico.<br />

Assim foi possível mensurar as variáveis altura e diâmetro a altura do<br />

peito (1,30m do chão), além de quantificar o número de árvores e<br />

realizar avaliações qualitativas da floresta.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />

A seguir são apresentados os valores obtidos através<br />

do inventário florestal (Quadro 1). Dentre os valores<br />

apresentados, o principal índice a ser avaliado<br />

que indica a produtividade da floresta é Incremento<br />

Médio Anual (IMA). Assim, analisando o quadro<br />

a seguir percebe-se a diferença entre as áreas com<br />

aplicação de Penergetic ® e as áreas sem aplicação<br />

de Penergetic ® .<br />

Percebe-se que todas as áreas com aplicação de<br />

Penergetic ® tiveram resultados de IMA superior<br />

quando comparadas com as testemunhas. Isso demonstra<br />

que a aplicação de Penergetic ® entre os<br />

5,3 e 6,2 anos de idade para florestas de E. urograndis<br />

proporciona maiores incrementos em volume.<br />

Este resultado também pode ser observado<br />

pelos valores médios de diâmetro e altura do levantamento<br />

dendrométrico.<br />

Na área 1, na qual o E. urograndis estava com 5,9<br />

anos de idade, onde foi aplicado Penergetic ® o incremento<br />

em altura e diâmetro foi 5,3% e 9,43%<br />

superior a área sem aplicação, respectivamente.<br />

Consequentemente, o incremento médio anual em<br />

volume obtido foi 37,4% maior com aplicação de<br />

Penergetic ® já demonstrando ganhos em produtividade<br />

e vantagens no posicionamento deste produto.<br />

Já na área 2 com E. urograndis de 6,2 anos de idade, a altura média<br />

e o diâmetro médio das árvores obtido foram 8,45% e 14,96% maior que<br />

na área sem aplicação, de Penergetic ® respectivamente.<br />

Esta área apresentou IMA menor que as outras áreas em função de ser<br />

uma área que já sofreu um desbaste intensivo, entretanto se comparar<br />

somente dentro desta zona de manejo o IMA foi 19,45% superior com<br />

a aplicação de Penergetic ® , ou seja, não aplicando-se Penergetic ® tem-<br />

-se 23,6 m³ ha -1 ano-1 e aplicando-se Penergetic ® este valor sobe para<br />

29,3 m³ ha -1 ano-1.<br />

Na área 3, com E. urograndis de 5,3 anos de idade foi observado que a<br />

altura média e o diâmetro médio das árvores foram 0,21% e 5,85% maior<br />

que a área sem aplicação do Penergetic ® , respectivamente.<br />

O IMA desta área foi maior que aqueles encontrados nas áreas 1 e 2,<br />

sendo que o resultado de incremento foi positivo e o IMA mostrou-se<br />

16,53% maior com a aplicação de Penergetic ® , ou seja, não aplicando-<br />

-se Penergetic ® tem-se 62,31 m³ ha -1 ano-1 e aplicando-se Penergetic ®<br />

este valor salta para 74,65 m³ ha -1 ano-1.<br />

Na área 4, com E. urograndis de 4,2 anos de idade foi possível observar<br />

que a altura média e o diâmetro médio das árvores foi 2,04% e 2,43%<br />

superior que na zona sem aplicação, respectivamente.<br />

Entretanto, mesmo sendo uma área mais jovem que as demais não verificou-se<br />

efeito significativo sobre o IMA desta área.<br />

27


Quadro 1 - Especificações dos resultados obtidos no levantamento dendrométrico (Fonte: Unisafe Consultoria, 2016).<br />

Onde: A= área; P= parcela; PE= Penergetic ® ; TE= testemunha.<br />

CONCLUSÕES<br />

Os experimentos demonstraram diferenças entre as<br />

áreas com aplicação de Penergetic ® e as áreas sem<br />

aplicação de Penergetic ® .<br />

O E. urograndis com 5,9 anos de idade, demonstrou<br />

ganhos percentuais, sobre o indicador incremento<br />

médio anual de 37,4% com aplicação de Penergetic ® .<br />

O E. urograndis com 6,2 anos de idade e desbaste<br />

intensivo, também apresentou aumento da produtividade,<br />

com IMA obtido 19,45% superior a área testemunha,<br />

(não se aplicou-se o produto). O mesmo<br />

pode se dizer para E. urograndis de 5,3 anos de idade<br />

onde foi obtido IMA de 62,31 m³ ha -1 ano-1 sem<br />

aplicar Penergetic ® e 74,65 m³ ha -1 ano-1 aplicando-<br />

-se Penergetic ® , ou seja, 16,53% superior.<br />

28


Desempenho da Tecnologia<br />

Penergetic ® na produção de soja<br />

June Faria Scherrer Menezes - Doutora em Fitotecnia/UFV, Professora e Pesquisadora<br />

do departamento de Agronomia da UniRV, Rio Verde/GO<br />

INTRODUÇÃO<br />

A tecnologia Penergetic ® atua na bioativação de<br />

solo e de planta com potencial em promover efeitos<br />

positivos no vigor de plantas, aumentar a otimização<br />

dos nutrientes fornecidos ou existentes no<br />

solo além de, melhorar a microbiota do solo. Com<br />

o uso de Penergetic ® alguns autores encontraram<br />

resultados positivos na redução de insumos, indi-<br />

cando melhor aproveitamento da fertilidade já existente, melhor liberação<br />

e aproveitamento de nutrientes às plantas e dos recursos naturais<br />

existentes, consequentemente incremento na produtividade das culturas.<br />

Neste sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho da Tecnologia<br />

Penergetic ® na produção de soja na safra 2015/16.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

Para a realização do ensaio, avaliaram-se os seguintes tratamentos:<br />

Tabela 1. Descrição dos tratamentos utilizados no ensaio (Rio Verde/GO, safra 2015/16)<br />

®<br />

®<br />

®<br />

®<br />

®<br />

®<br />

*Penergetic ® Kompost – 250 g/ha aplicado antes da semeadura, com o manejo de dessecação (aplicação em dose única).<br />

**Penergetic ® Pflanzen – 250 g/ha parcelado em duas aplicações, sendo: 125 g/ha aplicado aos V3-V4 e 125 g/ha aplicado aos 15 a 20 dias após<br />

a primeira aplicação.<br />

Aplicações realizadas com pulverizador costal de precisão pressurizado a CO 2<br />

, utilizando-se 150 L/ha de calda.<br />

29


Todos os tratos culturais foram realizados conforme<br />

a indicação técnica para a cultura e segundo o<br />

cronograma da Fazenda, exceto a adubação que<br />

seguiu os tratamentos. Para a realização do ensaio<br />

utilizou-se cultivar de soja Nidera 7000, em área<br />

comercial de pivô central, na fazenda Fontes do<br />

Saber, pertencente à Universidade de Rio Verde<br />

(UniRV). As avaliações foram realizadas em parcelas<br />

de 22,5m 2 , representando 9 linhas de plantio por 5<br />

metros de comprimento. Para a colheita, utilizou-se<br />

4 linhas centrais por 4 metros de comprimento, em<br />

delineamento inteiramente casualizado com quatro<br />

repetições. Para fins de evitar influência entre os tratamentos, utilizou-se<br />

distância de 20 metros entre as parcelas.<br />

Durante o ciclo da cultura foram realizadas as seguintes avaliações: análise<br />

de solo, realizada antes do plantio, nas profundidades 0-10cm, 10-20cm e<br />

20-40cm; volume de raiz por deslocamento de água no florescimento pleno;<br />

massa seca da parte área e da raiz no estádio R1/R2; índice médio de<br />

clorofila no estádio R1/R2; número de nódulos aos 30 dias após a emergência;<br />

altura média das plantas no estádio R1/R2 e na época da colheita<br />

e produtividade de grãos. A produtividade de grãos foi ajustada para 13%<br />

de umidade e calculada em sc/ha -1 . Todos os dados das variáveis analisadas<br />

foram submetidos à análise de variância e teste de médias (Tukey a 5% de<br />

probabilidade) para obtenção dos resultados finais.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

A altura média de plantas em R1/R2 foi maior nas<br />

parcelas que receberam a tecnologia Penergetic ® ,<br />

com 72,62 cm. A altura de plantas nas parcelas<br />

sem aplicação de Penergetic ® foram semelhantes<br />

independente da adubação. As parcelas que não<br />

receberam adubação mineral (0% adubação) apresentaram<br />

maior altura de plantas, tanto na média<br />

geral quanto com a aplicação de Penergetic ® , com<br />

79,05 cm (Tabela 2).<br />

As parcelas adubadas com Penergetic ® apresentaram maior índice de clorofila<br />

em relação as parcelas sem Penergetic ® (Tabela 2). Possivelmente quanto<br />

maior o índice de clorofila, maior seria o teor de N e Mg na folha.<br />

A massa seca de raiz da soja em R1/R2 não apresentou diferença entre os<br />

tratamentos e da aplicação ou não do Penergetic ® (Tabela 2). Resultado<br />

semelhante ao obtido do volume de raiz (Tabela 2).<br />

A massa seca da parte aérea das plantas em R1/R2 dias após a semeadura<br />

foi superior nas parcelas sem aplicação de Penergetic ® e a adubação<br />

que apresentou maior massa seca da parte aérea foi com 50% da adubação<br />

mineral (Tabela 2).<br />

Tabela 2. Parâmetros de avaliação<br />

a<br />

a<br />

O número de nódulos<br />

no estágio R1/R2 foi semelhante<br />

em todas as<br />

parcelas em que houve<br />

aplicação do Penergetic<br />

® . Porém, nas parcelas<br />

que não receberam<br />

Penergetic ® , o número<br />

de nódulos foi superior,<br />

sendo que a soja<br />

da parcela que não foi<br />

adubada apresentou o<br />

maior número de nódulos<br />

por planta, 39,6<br />

(Tabela 2).<br />

a<br />

a<br />

Médias seguidas da mesma letra maiúscula na coluna e minúscula na linha não<br />

diferem estatisticamente entre si a 5% pelo teste Tukey.<br />

30


Figura 1. Altura média de plantas e produtividade.<br />

ALTURA MÉDIA DE PLANTAS (CM)<br />

Controle<br />

®<br />

Penergetic<br />

CV (%) = 4,95<br />

A altura de plantas na colheita (116<br />

dias após a semeadura) foi maior<br />

nas parcelas que receberam a tecnologia<br />

Penergetic ® , com 64,85<br />

cm. A altura de plantas nas parcelas<br />

sem aplicação de Penergetic ®<br />

foram semelhantes independente<br />

da adubação. Inferindo que o Penergetic<br />

® interferiu positivamente<br />

na altura final de plantas (Figura 1).<br />

As parcelas que não receberam<br />

adubação mineral (0% A.M.) apresentaram<br />

maior altura de plantas,<br />

independentemente se receberam<br />

Penergetic ® ou não (Figura 1). Os<br />

resultados de altura de plantas na<br />

colheita foram semelhantes na avaliação<br />

da altura de plantas em R1/<br />

R2 na primeira avaliação do ensaio<br />

(Tabela 2).<br />

O tratamento com aplicação de<br />

100% de adubo mineral e Penergetic<br />

® apresentou a maior produtividade<br />

de grãos (74 sc/ha), 11%<br />

a mais em relação ao tratamento<br />

que não recebeu Penergetic ® (66<br />

sc/ha), como pode ser verificado<br />

na Figura 1.<br />

Cm<br />

Sc/ha<br />

75<br />

70<br />

65<br />

60<br />

55<br />

50<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

76<br />

74<br />

72<br />

70<br />

68<br />

66<br />

64<br />

57<br />

100%<br />

adubação<br />

66<br />

62 62 63<br />

PRODUTIVIDADE SC/HA<br />

74<br />

50%<br />

adubação<br />

65<br />

65<br />

69<br />

65 a<br />

60 60 b<br />

0%<br />

adubação<br />

Controle<br />

67<br />

72<br />

66 b<br />

Média<br />

CV (%) = 7,03<br />

®<br />

Penergetic<br />

70 a<br />

62<br />

60<br />

58<br />

100% adubação 50% adubação 0% adubação Média<br />

Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente<br />

entre si a 5% pelo teste Tukey.<br />

CONCLUSÃO<br />

O uso do bioativador de solos (Penergetic ® Kompost) e de plantas<br />

(Penergetic ® Pflanzen) na cultura da soja promoveu maior homogeneidade<br />

no estande de plantas; maior população de plantas por<br />

hectare; maior altura de plantas; maior índice de clorofila e maior<br />

produtividade de grãos.<br />

31


Avaliação da eficiência agronômica do<br />

uso do Penergetic® na cultura da soja<br />

Tangará da Serra/MT<br />

Cesar Augusto Cunha - Engenheiro Agrônomo, Assobase<br />

INTRODUÇÃO<br />

A cultura da soja (Glycine max (L.) Merrill) é uma das<br />

mais importantes para a agricultura brasileira, ocupando<br />

uma área de aproximadamente 33 milhões de<br />

hectares, com produção superior a 95 milhões de toneladas<br />

(CONAB, 2016). É também uma das culturas<br />

que recebem os maiores investimentos em termos de<br />

tecnologia, de forma a aumentar seu potencial produtivo.<br />

Entre estas tecnologias podemos citar o melhoramento<br />

genético de plantas, produtos para a proteção<br />

das plantas contra insetos e doenças, agricultura<br />

de precisão, máquinas e implementos agrícolas, etc.<br />

No entanto, um dos fatores que impedem o aumento<br />

da produtividade na maioria das culturas e onera<br />

de forma significativa o processo produtivo nos solos<br />

tropicais é a adubação fosfatada. O fósforo (P) é o nutriente<br />

mais limitante da produtividade de biomassa<br />

em solos tropicais. Os solos brasileiros são carentes de<br />

P, em consequência do material de origem e da forte<br />

interação do P com o solo, em que menos de 0,1%<br />

encontra-se em solução (RAIJ, 2001).<br />

A aplicação de P em doses elevadas em solos intemperizados<br />

é justificada pela intensa fixação deste elemento,<br />

ocasionando baixo conteúdo de P disponível,<br />

principalmente em solos onde há o predomínio<br />

de sesquióxidos. Desta forma, a adoção de técnicas<br />

de manejo ou o uso de produtos ou tecnologias que<br />

possibilitem disponibilizar o P fixado se torna imprescindível<br />

para que a agricultura em regiões tropicais se<br />

torne mais viável tanto economicamente quanto ambientalmente.<br />

Perante a necessidade de incorporar<br />

novas tecnologias para o aproveitamento dos nutrientes,<br />

o presente trabalho teve como objetivo avaliar a<br />

eficiência agronômica do Penergetic ® Kompost e Penergetic ® Pflanzen combinado<br />

com diferentes doses de fósforo na cultura da soja.<br />

MATERIAIS E MÉTODO:<br />

A pesquisa foi conduzida na safra 2015/16 na área da Estação Experimental da<br />

ASSOBASE, localizada as margens da rodovia MT 480 KM 15 (sentido Deciolândia).<br />

A localização geográfica desta área está definida pelas seguintes coordenadas:<br />

latitude 14° 33’ 47” S, longitude 57° 32’ 18” W e altitude de 314 metros.<br />

A semeadura foi realizada no dia 11 de dezembro de 2015, com auxílio da semeadora<br />

adubadora de 5 linhas, marca Jumil, com sistema de distribuição de<br />

sementes à vácuo. Foram dispostas na linha de semeadura 17 sementes por<br />

metro linear, em profundidade média de 4 cm em linhas espaçadas 0,45 m.<br />

O solo do local do experimento é classificado como Latossolo Vermelho-Eutrófico,<br />

com relevo suave ondulado e com boa drenagem. A área vem sendo<br />

cultivada nos últimos anos com sucessão soja-milho, sendo a soja cultivada na<br />

safra principal (outubro-janeiro) e o milho na safrinha (fevereiro-junho).<br />

Foi realizada uma amostragem de solo para a caracterização química e física<br />

da área onde o experimento foi conduzido. As amostras foram analisadas<br />

no laboratório Plante Certo, com sede no município de Várzea Grande - MT.<br />

TRATAMENTOS UTILIZADOS NO EXPERIMENTO:<br />

1. 0 kg/ha de P 2<br />

O 5<br />

2. Adubação indicada de 45 kg/ha de P 2<br />

O 5<br />

3. Adubação padrão do produtor de 100 kg/ha de P 2<br />

O 5<br />

4. 0 kg/ha de P 2<br />

O 5<br />

+ Penergetic ®<br />

5. Adubação indicada de 45 kg/ha de P 2<br />

O 5<br />

+ Penergetic ®<br />

6. Adubação padrão do produtor de 100 kg/ha de P 2<br />

O 5<br />

+ Penergetic ®<br />

O Penergetic ® Kompost, foi aplicado na dose de 250 g/ha antes do plantio da<br />

soja. Ambas aplicações do Penergetic ® Pflanzen ocorreram em V3-V4 e R1, na<br />

dose de 125 g/ha em cada aplicação.<br />

Tabela 1. Caracterização<br />

química do solo da área<br />

experimental ASSOBASE<br />

antes da implantação do<br />

experimento, Tangará da<br />

Serra/MT.<br />

pH P K Ca Mg H Al H+Al SB CTC M.O V<br />

H2O --mg/dm -3 -- ------------------------cmolc/dm 3 ------------------------ (g/kg) %<br />

5,6 2,2 114 1,99 0,77 4,03 0,00 4,03 3,45 9,3 19,0 55<br />

32


As sementes utilizadas no experimento receberam tratamento<br />

industrial com o conjunto de produtos denominado<br />

Avicta Completo, que é a união do Avicta 500<br />

FS, Cruiser 350 FS e Maxin Advanced 195 FS. Além do<br />

tratamento industrial, as sementes foram inoculadas<br />

com o produto Optimize Power na dose de 300 ml p.c. /100 kg de sementes<br />

momentos antes da semeadura.<br />

O controle de plantas daninhas e pragas na cultura foram realizados conforme<br />

necessidade. Para o controle de plantas daninhas e insetos-praga utilizou-<br />

-se os seguintes produtos:<br />

Tabela 2.<br />

Aplicação de<br />

defensivos durante<br />

o período de<br />

condução do<br />

ensaio.<br />

Data Produto Dose<br />

-1 -1<br />

(kg ha ou L ha )<br />

11/01/2016 Zapp QI 620 1,80<br />

11/01/2016 Glytrel<br />

1,00<br />

10/01/2016 Mustang 0,20<br />

20/01/2016 Mancozin 1,00<br />

20/01/2016 Fox<br />

0,40<br />

20/01/2016 Aureo<br />

0,30<br />

28/01/2016 Prêmio<br />

0,05<br />

07/02/2016 Fox<br />

0,40<br />

07/02/2016 Aureo<br />

0,30<br />

07/02/2016 Mustang 0,20<br />

07/02/2016 Bazuka<br />

1,00<br />

Classe<br />

Herbicida<br />

Nutriente foliar<br />

Inseticida<br />

Nutriente foliar<br />

Fungicida<br />

Adjuvante<br />

Inseticida<br />

Fungicida<br />

Adjuvante<br />

Inseticida<br />

Inseticida<br />

A colheita do material foi realizada no dia 17 de março de 2016. Foram<br />

colhidas plantas contidas dentro da área útil de cada parcela (4 linhas x 2<br />

m), cada parcela foi identificada e trilhada em trilhadora estacionária, os<br />

grãos foram pesados e os dados transformados para sacas de 60,0 kg/<br />

ha -1 , com a umidade corrigida para 13,0%.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO:<br />

As análises estatísticas e as provas de comparação<br />

múltipla de médias de produtividade mostraram<br />

diferenças estatísticas significativas, apenas para<br />

adubação mineral padrão em comparação com o<br />

tratamento controle (sem Penergetic ® ).<br />

n = 4<br />

63,6<br />

CV(%) = 13,3<br />

Gráfico 1. Produtividade da<br />

soja na interação adubação<br />

mineral e Penergetic ® no<br />

campo experimental da<br />

Assobase em Tangará da<br />

Serra/MT.<br />

Médias seguidas de mesma letra<br />

não diferem entre si pelo teste de<br />

Tukey a 5% de probabilidade.<br />

43,1<br />

b<br />

0 kg/ha 0 kg/ha<br />

de P 2<br />

O 5<br />

de P2O 5<br />

+<br />

Penergetic<br />

49,1 50,5<br />

ab<br />

®<br />

ab<br />

55,8<br />

ab<br />

45 kg/ha 45 kg/ha<br />

de P 2<br />

O 5<br />

de P2O 5<br />

+<br />

Penergetic<br />

®<br />

a<br />

57,9<br />

ab<br />

100 kg/ha 100 kg/ha<br />

de P 2<br />

O 5<br />

de P2O 5<br />

+<br />

Penergetic<br />

®<br />

33


Todos os tratamentos mostraram incrementos de<br />

produtividade quando aplicado Penergetic ® , com<br />

exceção do tratamento com 100% da adubação<br />

fosfatada. Este pode estar associado ao consumo<br />

de luxo que as plantas realizam quando o fornecimento<br />

de nutrientes supera as necessidades fi-<br />

siológicas e metabólica da cultura. Segundo MALAVOLTA (1996), inicialmente<br />

as plantas tendem a aumentar nos tecidos o teor dos nutrientes,<br />

até se atingir o nível crítico, a partir daí não há mais resposta econômica<br />

na produção de matéria seca. O incremento no acúmulo do nutriente é<br />

proporcional ao acúmulo de matéria seca; posteriormente ocorre o aumento<br />

na taxa de absorção do nutriente.<br />

Gráfico 2. Modelo quadrático<br />

para produtividade da soja na<br />

adubação mineral e o uso de<br />

Penergetic ® .<br />

70,0<br />

60,0<br />

50,0<br />

40,0<br />

y = -0,5879x 2 + 7,6094x + 35,628<br />

R² = 0,8692<br />

30,0<br />

20,0<br />

0 kg/ha 0 kg/ha<br />

de P 2<br />

O 5 de P2O 5<br />

+<br />

Penergetic<br />

®<br />

45 kg/ha 45 kg/ha<br />

de P 2<br />

O 5<br />

de P2O 5<br />

+<br />

Penergetic<br />

®<br />

100 kg/ha 100 kg/ha<br />

de P 2<br />

O 5<br />

de P2O 5<br />

+<br />

Penergetic<br />

®<br />

O gráfico 2, mostra como os níveis de produção<br />

obtidos para cada tratamento conseguem o melhor<br />

ajuste ao modelo quadrático quando o coeficiente<br />

de determinação (R2) verifica que os incrementos na<br />

produção de grãos são representados por 87% dos casos que foram relacionados<br />

entre as variáveis analisadas. Estes resultados permitem assegurar<br />

que o adubo fosfatado associado ao uso da tecnologia Penergetic ® ,<br />

proporcionam aumento de produção de grãos.<br />

n = 8,0<br />

CV % =7,2<br />

Gráfico 3. Efeito isolado dos<br />

niveis de adubação fosfatada<br />

sob a produtividade (sc/ha) da<br />

soja no campo experimental de<br />

Assobase Consultoria.<br />

Médias seguidas de mesma letra<br />

não diferem entre si pelo teste de<br />

Tukey a 5% de probabilidade.<br />

46,1<br />

b<br />

53,2<br />

ab<br />

60,7<br />

a<br />

0 kg/ha de P2O5 45 kg/ha de P2O5 100 kg/ha de P2O5<br />

O efeito das doses crescente de adubo mineral foi analisado pelo anova<br />

e as provas post-hoc, ao mostrar diferenças estatísticas altamente significativas,<br />

com destaque para a adubação padrão (100 kg/ha de fósforo)<br />

que alcançou 60,7 sc/ha de soja, seguido pela<br />

adubação indicada (45 kg/ha de fósforo) com<br />

53,2 sc/ha (Gráfico 3).<br />

34


Gráfico 4. Efeito das aplicações de Penergetic ®<br />

sob a produtividade da soja<br />

n = 12,0 CV % =18,7<br />

52,4<br />

b<br />

54,3<br />

ab<br />

Sem<br />

Penergetic<br />

®<br />

Com<br />

Penergetic<br />

®<br />

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si<br />

pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.<br />

Apesar de não mostrar diferenças significativas (gráfico 4), quando<br />

comparados os tratamentos com e sem Penergetic ® para n=12 observações,<br />

as parcelas que receberam aplicações de Penergetic ® mostraram<br />

aumento médio de 1,9 sacas/ha, o que corrobora a influência direta da<br />

tecnologia sobre a produtividade.<br />

<strong>Resultados</strong> similares foram publicados por COBUCCI et al, (2016), ao<br />

concluir que aplicações de Penergetic ® independente da combinação<br />

com as doses de fósforo, proporcionou maiores valores de produtividade<br />

de grãos do feijoeiro em relação aos tratamentos sem o bioativador.<br />

Verifica-se que quando se aplicou Penergetic ® a eficiência agronômica<br />

no manejo do fósforo foi bem superior ao da ausência de aplicação da<br />

Tecnologia Penergetic ® , sendo a eficiência e custo benefício muito maior<br />

nas doses ajustadas de fósforo.<br />

Considerando os resultados até aqui expostos, pode-se inferir que a<br />

aplicação da Tecnologia Penergetic ® proporcionou maior produtividade<br />

de grãos com menor quantidade de fósforo aplicado. Os resultados<br />

indicam que existe maior disponibilidade de fósforo para as plantas<br />

quando se combinam as pulverizações de Penergetic ® com baixos níveis<br />

de P no solo, situação que pode ocorrer se o fósforo orgânico e mineral<br />

são bio-disponibilizados pela ação de microrganismos especializados<br />

na solubilização e mineralização do elemento.<br />

Importante destacar que atualmente se conduzem ensaios em parcelas<br />

experimentais e campos de produção, com objetivo de confirmar as hipóteses<br />

anteriormente expostas, uma vez que produtores de grãos do<br />

Mato Grosso relatam incrementos positivos na produtividade de soja<br />

e algodão, quando incorporados os princípios da bioativação nas suas<br />

lavouras comerciais.<br />

CONCLUSÕES:<br />

As aplicações de Penergetic ® em interação com<br />

a adubação indicada e zero proporcionaram incrementos<br />

de produtividade na soja de 5,3 e<br />

6,0 sc/ha, respectivamente.<br />

Verificou-se o efeito de consumo de luxo do nutriente<br />

pela planta quando se aplicaram altas doses de<br />

fósforo seguida pelas pulverizações de Penergetic ® .<br />

O teste T de student não aportou diferencias<br />

estatísticas quando comparados os tratamentos<br />

com e sem Penergetic, porém as parcelas<br />

que receberam aplicações de Penergetic ® aportaram<br />

incrementos médios de 1,9 sacas/ha.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

COBUCCI, T.; NASCENTE S. A; LIMA PAIVA D.; Adubação fosfatada<br />

e aplicação de Penergetic na produtividade do feijoeiro comum.<br />

FCA, (Universidade Federal da Grande Dourados) <strong>Revista</strong> Agrariam.<br />

11 p. 2015.<br />

CONAB. Acompanhamento da safra brasileira: grãos, décimo segundo<br />

levantamento, setembro de 2015. Companhia Nacional de<br />

Abastecimento. Brasília, Conab. 2015. 30p.<br />

RAIJ, B. V. Análise química para avaliação da fertilidade de solos<br />

tropicais. Campinas, IAC, 2001.<br />

35


Micorrização<br />

do milho<br />

em solos<br />

bioativados<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo,<br />

Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Lucas Macedo - Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agrobiologia/UFSM<br />

INTRODUÇÃO<br />

Os solos brasileiros possuem baixa disponibilidade natural de fósforo devido,<br />

principalmente, à alta capacidade de retenção deste nutriente. Neste sentido,<br />

faz-se cada vez mais necessário o entendimento das simbioses microbianas<br />

com plantas cultivadas, visando a biodisponibilização de nutrientes via<br />

atividade fúngica e/ou bacteriana.<br />

Dentre as inter-relações biológicas estabelecidas no ecossistema solo, as<br />

simbioses entre plantas e microrganismos heterotróficos, como o caso das<br />

micorrizas, destaca-se pelos benefícios proporcionados à produção vegetal.<br />

Segundo BRADY e WEIL (2002), as micorrizas são consideradas a simbiose<br />

de maior expressão ecológica e econômica entre fungos do solo e raízes de<br />

plantas vasculares.<br />

Nas últimas décadas o interesse pela utilização dos fungos micorrízicos inoculados<br />

as espécies de interesse agrícola se intensificou devido aos benefícios<br />

que esses proporcionam às plantas, tornando possível o estabelecimento das<br />

culturas em solos que apresentam condições sub ótimas de disponibilidade<br />

de água, nutrientes ou mesmo com a presença de poluentes. As micorrizas<br />

arbusculares e as ectomicorrizas promovem um incremento significativo da<br />

área de absorção radicular das plantas colonizadas, maximizando o aproveitamento<br />

de água e nutrientes, como o fósforo, o nitrogênio e o potássio e<br />

alguns micronutrientes não fungistáticos (SMITH e READ, 2008).<br />

Na relação mutualística estabelecida entre as raízes da planta e o fungo, ocorre<br />

uma micotrofia, onde o fungo proporciona à planta maior área de absorção<br />

de água e nutrientes minerais, devido à extensão de suas hifas no solo, e<br />

em contrapartida, a planta libera na forma de exudatos radiculares alguns<br />

fotossintatos, compostos orgânicos e aminoácidos, beneficiando o desenvolvimento<br />

micelial (ZEPPA et al., 2005).<br />

Segundo DUPONNOIS et al. (2008), na micorrizosfera, termo utilizado para<br />

descrever a região onde ocorrem as associações entre os fungos e o sistema<br />

radicular das plantas, ocorrem vários processos que influenciam não somente<br />

a interação fungo-planta, mas o balanço nutricional e a estabilização dos<br />

ecossistemas microbianos.<br />

Além dos benefícios que os fungos micorrízicos proporcionam às plantas,<br />

os quais foram descritos anteriormente, quando em simbiose com o vegetal,<br />

os fungos produzem fitormônios (ácido indol acético – AIA, e alguns<br />

compostos derivados de auxinas) em resposta à produção de compostos<br />

fenólicos liberados pelas raízes da planta no momento da colonização.<br />

Esses fitormônios são excretados na micorrizosfera, ficando biodisponíveis<br />

para as plantas e apresentam efeito indireto importante para o crescimento<br />

vegetal (SMITH e READ, 2008).<br />

Nos últimos anos, o conhecimento sobre as simbioses entre fungos micorrízicos<br />

e culturas de grãos tem incentivado o manejo da fertilidade biológica dos<br />

solos, resultando em incrementos de qualidade e produtividade com possibilidade<br />

de ajuste na dosagem de fertilizante fosfatado a ser adicionado à cultura.<br />

OBJETIVO<br />

O presente trabalho teve por objetivo avaliar a eficiência da bioativação<br />

no incremento da simbiose micorrízica na cultura do milho em<br />

condições de campo.<br />

36


METODOLOGIA<br />

Os ensaios foram realizados em quatro áreas de cultivo<br />

no estado do Rio Grande do Sul. Avaliou-se a porcentagem<br />

de micorrização e o número de vesículas<br />

arbusculares nos tratamentos: 1) Adubação conforme<br />

a recomendação para a cultura (Testemunha); 2) Redução<br />

da adubação fosfatada, com base nos resultados<br />

da análise química do solo e 3) sem a utilização<br />

da adubação fosfatada. Os três tratamentos foram<br />

realizados com e sem a aplicação do bioativador de<br />

solo e planta (Tecnologia Penergetic ® ), totalizando<br />

seis tratamentos com quatro repetições. O plantio da<br />

cultura seguiu o zoneamento climático para as regiões<br />

de estudo e o manejo fitossanitário foi realizado<br />

conforme as recomendações técnicas. O Penergetic ®<br />

Kompost foi aplicado em pré semeadura na dosagem de 250g por hectare e<br />

o Penergetic ® Pflanzen foi aplicado em duas épocas, 125g por hectare em V3<br />

(terceira folha) e 125g por hectare 20 dias após a primeira aplicação. Durante<br />

o florescimento do milho, as plantas foram coletadas para avaliação da porcentagem<br />

de micorrização e do número de vesículas micorrízicas por grama<br />

de raiz. Ao final do ciclo, avaliou-se a produtividade da cultura em relação aos<br />

tratamentos. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias<br />

comparadas pelo teste de Tukey (p


Influência da bioativação do solo<br />

na atividade microbiana da soja<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo,<br />

Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Lucas Macedo - Engenheiro Agrônomo, Mestre em Agrobiologia/UFSM<br />

INTRODUÇÃO<br />

A biomassa microbiana apresenta papel fundamental na<br />

produção vegetal, atuando de forma direta nos ciclos<br />

biogeoquímicos dos elementos, na degradação do material<br />

orgânico e consequentemente na manutenção da<br />

biodisponibilização de nutrientes, estabelecendo interações<br />

simbióticas benéficas à produtividade das culturas.<br />

No caso da soja, estima-se que até 94% do nitrogênio<br />

requerido pelos cultivares mais produtivos é fornecido<br />

via fixação biológica. Análises de parâmetros microbiológicos<br />

em solos cultivados são cada vez mais importantes,<br />

a fim de se entender e preservar as comunidades microbianas<br />

e as simbioses de interesse agronômico. Dentre<br />

estes parâmetros, a respiração basal representa um indicador<br />

sensível às alterações da comunidade microbiana<br />

provocadas por manejos e/ou produtos aplicados no<br />

ecossistema solo.<br />

OBJETIVO<br />

O trabalho teve por objetivo avaliar o efeito da<br />

tecnologia Penergetic ® como bioativador de solo e<br />

planta na cultura da soja.<br />

METODOLOGIA<br />

Para comprovar os efeitos, ensaios de campo foram<br />

realizados em quatro áreas de cultivo no estado do<br />

Rio Grande do Sul, avaliando-se a respiração basal<br />

e a nodulação de raízes de soja nos tratamentos:<br />

1) Adubação conforme a recomendação para a cultura<br />

(Testemunha); 2) Ajuste da adubação fosfatada,<br />

com base nos resultados da análise química do solo e<br />

3) Sem utilização de adubação fosfatada. Os três tratamentos<br />

foram realizados com e sem a aplicação do<br />

bioativador de solo e planta (Tecnologia Penergetic ® ),<br />

totalizando seis tratamentos com quatro repetições.<br />

Não houve suprimento de nitrogênio durante o ciclo<br />

da cultura. No estágio de florescimento da soja,<br />

coletaram-se o solo e o sistema radicular das plantas<br />

para avaliação da respiração basal. Ao final do ciclo da<br />

cultura, avaliou-se a produtividade em cada tratamento.<br />

Os dados foram submetidos à análise de variância<br />

e as médias comparadas pelo teste de Tukey (p


RESULTADOS<br />

A respiração basal apresentou relação direta tanto com a racionalização da<br />

adubação como com a utilização da tecnologia Penergetic ® . A bioativação<br />

do solo aumentou o fluxo de CO 2<br />

, passando de 80,7 mg de C-CO 2<br />

por kg<br />

de solo seco por dia no tratamento testemunha, para 117,7 e 118,6 mg de<br />

C-CO 2<br />

por kg de solo seco por dia nos tratamentos onde houve a aplicação<br />

do Penergetic ® juntamente com a prática de ajuste da dosagem de fertilizante<br />

e retirada da adubação, respectivamente.<br />

Figura 1.<br />

RESPIRAÇÃO BASAL (mg de C-CO 2<br />

/por kg de solo seco por dia)<br />

120,00<br />

100,00<br />

80,00<br />

80,57 c<br />

84,23 c<br />

94,67 b<br />

117,77 a<br />

103,80 ab<br />

118,67 a<br />

60,00<br />

40,00<br />

Médias seguidas<br />

de mesma letra não<br />

diferem entre si pelo<br />

teste de Tukey a 5%<br />

de probabilidade.<br />

20,00<br />

0,00<br />

Adubação<br />

Padrão<br />

Adubação<br />

Padrão +<br />

®<br />

Penergetic<br />

Adubação<br />

Ajustada<br />

Adubação<br />

Ajustada +<br />

®<br />

Penergetic<br />

Sem<br />

Adubação<br />

Sem<br />

Adubação +<br />

®<br />

Penergetic<br />

CONCLUSÃO<br />

A tecnologia Penergetic ® mostrou-se uma ferramenta eficiente para ativação<br />

microbiana, favorecendo a simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio<br />

na cultura da soja.<br />

39


Efeito da Tecnologia Penergetic®<br />

no manejo da cultura da soja<br />

Paulo Sérgio de Assunção - Engenheiro Agrônomo, Consultor PA Consultoria<br />

INTRODUÇÃO<br />

A soja é considerada uma das dez culturas de maior importância econômica<br />

mundial, sendo uma das principais fontes de concentrados proteicos<br />

e de óleo vegetal (DÍAZ et al., 1992). Os primeiros registros de produção<br />

mundial na cultura da soja são oriundos dos Estados Unidos, liderando o<br />

mercado mundial. No Brasil, para a safra 2015/2016 a soja ocupou uma<br />

área de aproximadamente 33 milhões de hectares, com produção total<br />

de aproximadamente 95 milhões de toneladas. A nível nacional, os principais<br />

estados produtores de soja são Mato Grosso, Paraná e Rio Grande<br />

do Sul (CONAB, 2016).<br />

Devido à grande relevância da cultura, cada vez mais se busca aumento da<br />

produtividade. Por isso, o manejo nutricional balanceado e equilibrado é<br />

fundamental para que a cultura possa expressar o seu máximo potencial produtivo.<br />

A maioria dos solos brasileiros onde se cultivam soja possui deficiência<br />

de nutrientes ou desequilíbrio entre eles (SFREDO, 2007).<br />

No entanto, a crescente expansão da atividade agrícola tem levado a<br />

questionamentos quanto à qualidade dos sistemas de manejo do solo<br />

em uso (SALTON et al., 2008). Logo, se o solo representa um componente<br />

básico à atividade agrícola, a conservação de sua qualidade agronômica<br />

é essencial para a manutenção da produção em longo prazo.<br />

A soja é uma cultura muito exigente em todos os macro nutrientes essenciais.<br />

Para que os nutrientes possam ser eficientemente aproveitados<br />

pela cultura, devem estar presentes no solo em quantidades suficientes<br />

e em relações equilibradas. A insuficiência ou o desequilíbrio entre os<br />

nutrientes pode resultar numa absorção deficiente de alguns e excessiva<br />

de outros (SFREDO, 2008).<br />

O fósforo é muito importante para o desenvolvimento da cultura da soja,<br />

sendo responsável por respostas significativas no rendimento de grãos.<br />

Já a utilização do potássio, segundo SFREDO (2008), além de favorecer o<br />

funcionamento de várias enzimas, pode reduzir drasticamente a porcentagem<br />

de incidência de doenças fúngicas e bacterianas, quando aliado a<br />

fatoras climáticos, manejos culturais entre outros. Dessa forma, a deficiência<br />

deste nutriente pode causar uma diminuição na taxa fotossintética,<br />

aumentando a taxa de respiração da planta.<br />

Diante a necessidade de incorporar novas tecnologias para o aproveitamento<br />

dos nutrientes, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o<br />

efeito de Penergetic ® Kompost e ® Pflanzen no estabelecimento, desenvolvimento<br />

e produtividade da cultura da soja.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

O ensaio foi conduzido na safra 2015/16 na estação<br />

de pesquisa da PA Consultoria Agronômica, Pesquisa<br />

& Agricultura de Precisão, sediada na Fazenda<br />

São Paulo, distrito de Deciolândia, no município<br />

de Diamantino, MT, cujas coordenadas geográficas<br />

são: latitude 14°03’59,9” S, longitude 57°17’13,1”<br />

W e altitude de 592 metros.<br />

A semeadura foi realizada em 19/11/2015 e a cultivar<br />

utilizada foi M 8372 IPRO. O experimento foi<br />

instalado em solo argiloso (60% de Argila) de alta<br />

fertilidade natural. No tratamento de sementes foi<br />

utilizado Piraclostrobina (2,5%) + Tiofanato Metílico<br />

(22,5%) + Fipronil (71,3%) de nome comercial<br />

STANDAK TOP + Co (0,6%) + Mo (6%) + Aminoácidos<br />

(13%) de nome comercial EXION DA.<br />

Para o controle de plantas infestantes utilizou-<br />

-se em pré-emergência as misturas de Diclosulan<br />

+ S-Metolacloro (30 g ha -1 + 1,0 L ha -1 ), de nomes<br />

comerciais DUAL GOLD + SPIDER e em pós-emergência<br />

foi realizada uma aplicação de glifosato +<br />

óleo mineral (3,0 L ha -1 + 0,5 L ha -1 ) de nome comercial<br />

ZAP QI + NIMBUS.<br />

Foram realizadas 3 aplicações de fungicidas, sendo:<br />

Trifloxtrobina + Protconazole, de nome comercial<br />

FOX, Benzovindiflupir + Azoxtrobina de nome<br />

comercial ELATUS e Trifloxtrobina + Protconazole.<br />

Para o controle de lagartas, percevejos, e outras<br />

pragas foram realizadas aplicações de inseticidas<br />

quando a área atingia o nível de dano econômico.<br />

Foram monitorados alguns fatores ambientais capazes<br />

de influenciar a qualidade das aplicações, e<br />

os dados colhidos com o uso do Anemômetro portátil<br />

(VA 8021) estão na Tabela 1.<br />

40


Tabela 1. Datas, Umidades Relativas do ar (U.R.), Temperaturas (T.), Horário de aplicação e<br />

Velocidade do vento (V.V.) na aplicação dos tratamentos Penergetic ® em diferentes estádios<br />

fenológicos. Diamantino/MT, 2016.<br />

Aplicações U.R. (%) T. (°C)<br />

Horário de<br />

Aplicação<br />

V.V. (Km h-¹)*<br />

1ª - 19/11/15 72,30<br />

28,8<br />

9h - 10h<br />

2,4<br />

<strong>2ª</strong> - 12/12/15 64,70<br />

29,2<br />

10h - 11h<br />

2,1<br />

3ª - 28/12/15 67,30<br />

31,5<br />

10h - 11h<br />

2,8<br />

Seis tratamentos foram utilizados para avaliar o efeito de Penergetic ®<br />

Kompost e Penergetic ® Pflanzen no estabelecimento e desenvolvimento<br />

da cultura da soja (Tabela 2).<br />

Tabela 2. Diferentes manejos de adubação utilizados na cultura da soja, conduzidos na Estação Experimental PA Consultoria<br />

Agronômica, Pesquisa & Agricultura de Precisão. Diamantino/MT, 2016.<br />

Nº Tratamentos<br />

Doses (gha-¹)<br />

®<br />

Penergetic<br />

Época de Aplicação<br />

®<br />

Penergetic<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

4.<br />

Adubação Padrão*<br />

®<br />

+ Penergetic Kompost<br />

®<br />

+ Penergetic Pflanzen<br />

®<br />

+ Penergetic Pflanzen<br />

Adubação Padrão*<br />

Adubação Indicada**<br />

®<br />

+ Penergetic Kompost<br />

®<br />

+ Penergetic Pflanzen<br />

®<br />

+ Penergetic Pflanzen<br />

Adubação Indicada**<br />

250 + 125 + 125<br />

-<br />

250 + 125 + 125<br />

-<br />

Dessecação / V3-V4<br />

15 a 20 após a<br />

primeira aplicação<br />

-<br />

Dessecação / V3-V4<br />

15 a 20 após a<br />

primeira aplicação<br />

-<br />

5.<br />

6.<br />

0 kg P 2 O 5<br />

®<br />

+ Penergetic Kompost<br />

®<br />

+ Penergetic Pflanzen<br />

®<br />

+ Penergetic Pflanzen<br />

0 kg P 2 O 5<br />

250 + 125 + 125<br />

-<br />

Dessecação / V3-V4<br />

15 a 20 após a<br />

primeira aplicação<br />

-<br />

*Adubação Padrão: Fórmula 02-28-00, na dose de 262 kg ha -1<br />

**Adubação Indicada: Fórmula 02-28-00 na dose de 110 kg ha -1 ).<br />

A adubação potássica de 150 kg ha -1 de Cloreto de Potássio foi utilizada em todos os tratamentos.<br />

41


O delineamento experimental adotado foi o fatorial<br />

para três quantidades de adubo fosfatado<br />

com e sem aplicações da Tecnologia Penergetic,<br />

os seis tratamentos foram distribuídos em cinco<br />

repetições. As parcelas continham 4 linhas de 3<br />

metros cada. A produtividade corrigida para 13%<br />

de umidade.<br />

Os dados obtidos foram submetidos à análise da<br />

variância e as médias comparadas pelo teste de<br />

Tukey a 5% de significância, utilizando-se o software<br />

SISVAR (FERREIRA, 2000).<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO:<br />

No ano agrícola 2015/2016 os fatores climáticos foram determinantes<br />

para que houvesse imprevistos nas lavouras do estado do Mato Grosso.<br />

As elevadas temperaturas, atraso das chuvas, juntamente aos períodos<br />

de estresse hídrico (veranicos), dificultaram seguir as orientações de época<br />

de semeadura, o que impactou diretamente na produtividade média<br />

das lavouras de soja. O que refletiu também na baixa produtividade média<br />

do presente ensaio.<br />

Nas condições desse ensaio, as aplicações de Penergetic proporcionaram<br />

resultados de produtividade superiores quando comparados aos tratamentos<br />

em que estes não foram aplicados.<br />

Gráfico 1. Produtividade (sc/ha) da soja no campo experimental PA Consultoria 2016, Diamantino/MT.<br />

CV% = 12,2<br />

64,1<br />

58,4<br />

60,3<br />

61,8<br />

60,5<br />

54,2<br />

Zero<br />

adubação<br />

Zero adubação<br />

®<br />

Adubação<br />

+ Penergetic Indicada<br />

Adubação<br />

Indicada +<br />

®<br />

Penergetic<br />

Adubação<br />

Padrão<br />

Adubação<br />

Padrão +<br />

®<br />

Penergetic<br />

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.<br />

De acordo com o gráfico 1, verifica-se o incremento<br />

de produtividade nos três níveis de adubação fosfatada<br />

quando utilizou a Tecnologia Penergetic ® .<br />

Vale destacar, que a maior produção de grãos alcançada<br />

correspondeu com a adubação padrão do<br />

produtor e adubação indicada, ambas combinadas<br />

com as pulverizações da Tecnologia Penergetic ® .<br />

Independentemente do nível de adubação utilizada<br />

ocorreu incremento de produtividade devido<br />

ao uso da Tecnologia Penergetic ® . O incremento<br />

de produtividade devido ao uso da Tecnologia<br />

Penergetic ® variou de 1,5 a 4,2 sacas/ha.<br />

Ocorreu diferença estatística significativa para<br />

a adubação padrão com Penergetic ® quando<br />

comparadas com o zero de adubo sem e com<br />

Penergetic ® . Os dados apresentados no gráfico<br />

1, mostram tendência de acréscimos de produtividade,<br />

em resposta a uma possível relação entre<br />

as quantidades de fertilizantes fosfatado e as aplicações de Penergetic ® .<br />

Porém, este efeito não pode ser analisado a partir dos dados registrados<br />

durante a condução do experimento, devido as complexas relações que<br />

acontecem com o fósforo na solução do solo, proveniente da fertilização,<br />

que dependendo do poder tampão do solo pode apresentar equilíbrio<br />

com o P-inorgânico imobilizado na argila-húmus, e o P-orgânico contido<br />

na matéria orgânica e a biota do solo.<br />

Ocorreu diferença estatística significativa, com destaque para a adubação<br />

padrão (73 Kg/ha de P 2<br />

O 5<br />

) que alcançou 64,1 sacas/ha de grãos de<br />

soja, seguido pela adubação indicada (31,0 Kg/ha de P 2<br />

O 5<br />

) com 61,8<br />

sacas/ha (Gráfico1).<br />

Os resultados mostram que os acréscimos de produtividade foram superiores<br />

quando aplicados os fertilizantes fosfatados, o que corrobora a<br />

necessidade da planta pelo nutriente, entretanto os níveis de produção<br />

obtidos na adubação indicada e padrão foram similares, este fato pode<br />

estar associado aos baixos níveis de fósforo disponível no solo, que<br />

em ocasiões pode ser inferior ao nível crítico necessário para a cultura<br />

(Gráfico 2).<br />

42


Gráfico 2. Efeito dos níveis de adubação fosfatada na<br />

produtividade da soja na estação experimental PA Consultoria.<br />

n = 10<br />

56,3<br />

61,0<br />

62,3<br />

CV% = 7,2<br />

Ocorreu diferença estatística significativa, quando foram<br />

comparados com tratamentos com e sem a Tecnologia<br />

Penergetic ® (gráfico 3). A média das parcelas que receberam<br />

aplicações de Penergetic ® apresentaram incrementos<br />

médios de produtividade de 3,1 sc/ha.<br />

Os resultados obtidos neste trabalho coincidem<br />

com os dados publicados por BRITO et al. (2012)<br />

ao conferir que aplicações de Penergetic ® proporcionaram<br />

aumentos significativos na produtividade<br />

de grãos do feijoeiro quando comparado com o<br />

tratamento controle (sem o uso do Penergetic ® ).<br />

Segundo os autores a tecnologia Penergetic ® proporciona<br />

melhores condições ao desenvolvimento<br />

das plantas devido principalmente à melhor absorção<br />

de nutrientes como o fósforo.<br />

Adubação<br />

Zero<br />

Adubação<br />

Indicada<br />

Adubação<br />

Padrão<br />

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de<br />

Tukey a 5% de probabilidade.<br />

CONCLUSÃO:<br />

O uso da Tecnologia Penergetic ® associadas<br />

com a adubação padrão, adubação indicada<br />

e zero de adubo proporcionaram incrementos<br />

de produtividade na soja de 4,1; 1,5 e 4,2 sc/ha<br />

respectivamente.<br />

Gráfico 3. Efeito das aplicações de Penergetic ® na produtividade<br />

da soja na estação experimental do PA Consultoria<br />

n = 15<br />

58,34<br />

b<br />

61,44<br />

Sem<br />

Penergetic<br />

®<br />

Com<br />

®<br />

Penergetic<br />

a<br />

CV% = 6,2<br />

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de<br />

Tukey a 5% de probabilidade.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

BRITO, R.O.; DEQUECH, F. K.; BRITO, R. M. Use of Penergetic ®<br />

products P and K in the snap vean production. Annual Report of<br />

the Bean Improvement Cooperative, v.55, p.277-278, 2012.<br />

CONAB. Acompanhamento da safra brasileira: grãos, décimo segundo<br />

levantamento, setembro de 2016. Companhia Nacional de<br />

Abastecimento. Brasília, Conab. 2016.<br />

DÍAZ, H., I. BUSTO, O. VELÁZQUES, M. FERNÁNDEZ, J. GON-<br />

ZÁLEZ, Y J. ORTEGA. 1992. El cultivo de la soya para granos y<br />

forrajes. Costa Rica, CIDA. (Boletín Técnico).<br />

EMBRAPA. Tecnologias de Produção de Soja – Região Central<br />

do Brasil 2012 e 2013. Sistema de Produção 15. ISSN 2176-2902,<br />

Outubro, 2011. Londrina: Embrapa Soja. Fixação Biológica do Nitrogénio.<br />

Pp 164.<br />

FERREIRA, D. F. Análises estatísticas por meio do SISVAR (Sistema<br />

para análise de variância) Windows 4.0. In: Reunião Anual da<br />

Região Brasileira da Sociedade Internacional de Biometrias, 45.,<br />

2000, São Carlos. Anais... São Carlos: UFSCar, 2000. p. 255-258.<br />

SALTON, J. C.; MIELNICZUK, J.; BAYER, C.; BOIENI, M.; CON-<br />

CEIÇÃO, P. C.; FABRÍCIO, A. C.; MACEDO, M. C. M.; BROCH, D.<br />

L. Agregação e estabilidade de agregados do solo em sistemas<br />

agropecuários em Mato Grosso do Sul. <strong>Revista</strong> Brasileira de Ciências<br />

do Solo. 32: 11 – 21. 2008.<br />

SFREDO, G. J. Soja no Brasil: Calagem, adubação e nutrição mineral.<br />

Londrina: Embrapa Soja, 2008. 148 p. Embrapa Soja. ISSN<br />

1516-781X. (Documentos-305).<br />

43


Penergetic ® Kompost como Bioativador<br />

do Crescimento de microrganismos<br />

em condições in vitro<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo,<br />

Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo,<br />

Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS<br />

Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal<br />

Cléber Witt Saldanha - Engenheiro Florestal, Doutor em Fisiologia<br />

INTRODUÇÃO<br />

O solo, quando se encontra em equilíbrio,<br />

é habitado por diversos microrganismos<br />

que influenciam na sua fertilidade<br />

(STAMFORD et al., 2005) por proporcionarem<br />

diversas transformações químicas,<br />

físicas e biológicas benéficas para<br />

a sustentabilidade da agricultura (SOT-<br />

TERO, 2003). Dentre os microrganismos<br />

que ocorrem naturalmente nos mais<br />

diversos tipos de solo encontram-se os<br />

fungos do gênero Trichoderma sp., que<br />

são considerados bioestimuladores do<br />

crescimento radicular, além disso, facilitam<br />

a solubilização e absorção de nutrientes<br />

pelas plantas (HARMAN, 2000;<br />

HARMAN et al., 2004). Segundo Delgado<br />

et al. (2010), algumas espécies deste<br />

gênero também possuem potencial<br />

para disponibilizar nutrientes na rizosfera<br />

a ponto de reduzir a necessidade de<br />

adubação nas culturas. O meio de cul-<br />

tura GL foi desenvolvido para identificar<br />

microrganismos capazes de aumentar a<br />

disposição de fósforo às plantas através<br />

dos processos de mineralização e solubilização<br />

desse elemento.<br />

OBJETIVO<br />

O objetivo deste ensaio foi avaliar o efeito<br />

da adição de Penergetic ® Kompost sobre<br />

o desenvolvimento de três isolados de<br />

Trichoderma sp. em meio de cultura GL<br />

contendo forma insolúvel de fósforo (precipitado<br />

de fosfato inorgânico).<br />

METODOLOGIA<br />

Discos de micélio (9mm de diâmetro) de<br />

três isolados de Trichoderma sp. crescidos<br />

em meio de cultura BDA (batata-dextrose-<br />

-ágar) durante 15 dias foram transferidos<br />

para o centro de placas de Petri (90mm de<br />

diâmetro), sobre meio de cultura GL contendo<br />

precipitado de fosfato inorgânico<br />

com ou sem adição de Penergetic ® Kompost.<br />

Este meio de cultura é utilizado para<br />

selecionar microrganismos solubilizadores<br />

de fósforo, pois é constituído por uma forma<br />

insolúvel de fósforo, o fosfato-tricálcico<br />

(CaHPO 4<br />

) (BRADLEY-SYLVESTER et al.,<br />

1982). Os tratamentos avaliados foram:<br />

meio GL contendo CaHPO 4<br />

com e sem<br />

adição de Penergetic ® Kompost (2,08g.L -1 ).<br />

Foram testados três isolados fúngicos do<br />

gênero Trichoderma, identificados como:<br />

04, 21 e 30. Nenhum destes isolados<br />

apresentou capacidade de solubilização<br />

de fosfato, conforme ensaios previamente<br />

realizados. Depois de autoclavado o meio<br />

GL, foram adicionados 50 mL de K 2<br />

HPO 4<br />

(10%) e 100 mL de CaCl 2<br />

(10%). Assim,<br />

ocorre a formação de um precipitado de<br />

fosfato inorgânico (CaHPO 4<br />

). Os constituintes<br />

de cada solução são informados<br />

na tabela 1.<br />

Solução Reagente Qtde. (g )<br />

Volume total<br />

da solução<br />

Tabela 1. Soluções<br />

usadas para o preparo<br />

do meio GL contendo<br />

CaHPO4 (BRADLEY-SYL-<br />

VESTER et al., 1982).<br />

Meio GL<br />

Glicose 10<br />

Extrato de levedura 2<br />

Ágar 15<br />

850 mL<br />

Solução 1 K₂HPO₄ 5 50 mL<br />

Solução 2 CaCl₂ 10 100 mL<br />

Após a homogeneização das três soluções<br />

constituintes do meio GL contendo<br />

CaHPO 4<br />

, o Penergetic ® Kompost foi<br />

adicionado ao meio de cultura em am-<br />

biente totalmente asséptico. As unidades<br />

experimentais foram distribuídas<br />

aleatoriamente no interior da câmara<br />

climatizada (temperatura de 25±2 ºC e<br />

fotoperíodo de 12 horas). Decorridas<br />

72 e 120 horas de incubação, as placas<br />

foram analisadas quanto ao crescimento<br />

dos isolados fúngicos.<br />

44


RESULTADOS<br />

Foram observadas diferenças visuais<br />

relevantes em relação ao crescimento<br />

dos três isolados fúngicos crescidos em<br />

meio de cultura com Penergetic ® Kompost,<br />

comparativamente àqueles que<br />

cresceram sem a presença do produto.<br />

Após um período de 72 horas de incubação,<br />

os isolados nº 4 e 21 apresentaram<br />

velocidade de crescimento visivelmente<br />

superior quando crescidos em meio<br />

de cultura com adição de Penergetic ®<br />

Kompost (Figura 1).<br />

Com Penerge Penergetic ®<br />

Sem Penerge Penergetic ®<br />

Figura 1. Crescimento<br />

in vitro dos<br />

isolados fúngicos<br />

de Trichoderma sp.<br />

(isolados nº 4 e 21)<br />

em meio de cultura<br />

GL contendo<br />

CaHPO 4<br />

com e sem<br />

adição de Penergetic<br />

® Kompost,<br />

após 72 horas de<br />

incubação.<br />

A partir de 120 horas de incubação, observou-se que o isolado nº 30 também apresentou diferenças em relação ao crescimento<br />

e à esporulação devido à adição de Penergetic ® Kompost ao meio de cultura (Figura2).<br />

Com Penergetic®<br />

Sem Penergetic®<br />

Figura 2. Crescimento<br />

in vitro de três<br />

isolados fúngicos<br />

de Trichoderma sp.<br />

(isolados nº 4, 21 e 30)<br />

em meio de cultura<br />

GL contendo CaHPO 4<br />

com e sem adição de<br />

Penergetic ® Kompost,<br />

após 120 horas de<br />

incubação.<br />

Com Penergetic ® Com Penergetic ® Com Penergetic ®<br />

Sem Penergetic ® Sem Penergetic ® Sem Penergetic ® 45<br />

Com Penergetic®<br />

Sem Penergetic® Com Penergetic® Sem Penergetic®<br />

Desta forma, analisando o padrão de<br />

crescimento dos isolados de Trichoderma<br />

sp. a partir de 72 horas de incubação, observou-se<br />

que tanto o crescimento quanto<br />

a esporulação do micélio dos isolados<br />

crescidos em meio de cultura enriquecido<br />

com Penergetic ® Kompost foram significativamente<br />

superiores ao crescimento e à<br />

esporulação dos isolados crescidos na ausência<br />

do produto (Figuras 1 e 2). Nota-se<br />

ainda que os incrementos no crescimento<br />

e na esporulação dos isolados crescidos<br />

em meio com Penergetic ® Kompost se<br />

mantiveram com o passar do tempo, pois,<br />

mesmo após 120 horas de incubação, os<br />

isolados crescidos na ausência de Penergetic<br />

® Kompost apresentaram crescimento<br />

e esporulação evidentemente inferiores<br />

provavelmente devido ao reduzido suprimento<br />

dos nutrientes essenciais para o desenvolvimento<br />

dos mesmos, sendo, neste<br />

caso, o nutriente fósforo.<br />

CONCLUSÃO<br />

A adição de Penergetic ® Kompost ao<br />

meio de cultura GL contendo fosfato-<br />

-tricálcico favoreceu o crescimento e a<br />

esporulação de isolados fúngicos do<br />

gênero Trichoderma sp. em condições<br />

in vitro.


Efeitos da aplicação de Penergetic ®<br />

Pflanzen sobre o teor de clorofila foliar<br />

em plantas de soja e tomateiro<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo,<br />

Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo,<br />

Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS<br />

Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal<br />

Cléber Witt Saldanha - Engenheiro Florestal, Doutor em Fisiologia<br />

INTRODUÇÃO<br />

O parâmetro da planta mais estudado no intuito<br />

de indicar o nível de nitrogênio (N) foliar para predizer<br />

a necessidade de adubação de cobertura é<br />

o teor relativo de clorofila na folha. Este método<br />

fundamenta-se na correlação positiva existente<br />

entre o teor de clorofila e o teor de N na planta<br />

(SORATTO et al., 2006; BARBOSA FILHO et al.,<br />

2008, 2009). Teores de clorofila ocupam posição<br />

de destaque na medida em que determinam o<br />

potencial fotossintético da planta através do seu<br />

controle sobre a quantidade de radiação solar que<br />

uma folha absorve (BLACKBURN, 2007; HATFIELD<br />

et al., 2008). Uma possibilidade para determinação<br />

quantitativa do conteúdo das clorofilas de forma<br />

rápida e não destrutiva, com base nas suas assinaturas<br />

espectrais é o uso de clorofilômetros, que são<br />

sensores ativos da intensidade da cor verde nos<br />

tecidos foliares e operam combinando propriedades<br />

de transmitância e absorbância das clorofilas<br />

(SHADCHINA e DMITRIEVA, 1995; BLACKBURN, 2007). As leituras indiretas<br />

efetuadas pelo medidor portátil de clorofila correspondem ao teor<br />

relativo de clorofila presente na folha da planta (TAKEBE e YONEYAMA,<br />

1989; CHAPMAN e BARRETO 1997). Os teores de clorofila podem ser<br />

alterados por diferentes fatores, tais como, condições estressantes, adubação<br />

nitrogenada ou ainda aplicação de bioindutores alternativos.<br />

OBJETIVO<br />

Objetivou-se verificar se a aplicação foliar do produto Penergetic ® Pflanzen<br />

altera os teores de clorofila nas folhas de plantas de soja e tomateiro<br />

em casa de vegetação.<br />

METODOLOGIA<br />

O ensaio foi conduzido em casa de vegetação utilizando plantas de soja<br />

e tomateiro cultivadas em copos plásticos contendo o substrato comercial<br />

Carolina Soil (Figura 1). Vinte e sete dias após a semeadura, cinco<br />

plantas de cada uma das culturas receberam aplicação de solução Penergetic<br />

® Pflanzen na parte aérea através de pulverização manual. Utilizou-se<br />

a dose de 1,9 g de produto Penergetic ® Pflanzen por litro de água, sendo<br />

que cada planta recebeu 2,5 mL da solução. A solução foi aplicada<br />

utilizando-se borrifador manual.<br />

Figura 1. Plantas de soja (A) e tomateiro<br />

(B) com 27 dias após a semeadura,<br />

cultivadas em copos plásticos contendo<br />

substrato comercial Carolina Soil.<br />

Os tratamentos foram com e sem aplicação de<br />

Penergetic ® Pflanzen, sendo utilizadas cinco repetições<br />

por tratamento de cada espécie vegetal<br />

(soja e tomateiro). As plantas foram mantidas em<br />

casa de vegetação durante sete dias, sendo rea-<br />

lizada uma leitura diária, no mesmo horário, do teor de clorofila com o<br />

clorofilômetro ClorofiLOG CFL 1030 (FALKER, 2008). As leituras foram<br />

realizadas em um ponto do limbo foliar do primeiro par de folhas completamente<br />

expandidas a partir do meristema apical, amostrando uma<br />

planta em cada repetição.<br />

46


RESULTADOS<br />

Observaram-se comportamentos distintos entre as<br />

plantas de soja e tomate que receberam e as que<br />

não receberam a aplicação do Penergetic ® Pflanzen.<br />

Para as plantas de soja, a partir do segundo dia após a aplicação do produto,<br />

o índice de clorofila foliar (ICF) apresentou incrementos em relação<br />

às plantas testemunha (sem a aplicação do produto). A partir do quinto<br />

dia da aplicação, esta diferença passou a ser significativamente superior<br />

(Tabela 1, Figura 2A).<br />

Tabela 1. Médias dos teores de clorofila foliar (ICF) determinados em plantas de soja e tomateiro que<br />

receberam ou não adição de Penergetic ® Pflanzen na parte aérea. Médias de cinco repetições. (n = 5).<br />

Figura 2. Índice de Clorofila Falker (ICF) observado nas plantas de soja (A) e tomate (B) após a aplicação do Penergetic ® Pflanzen.<br />

Observou-se que do quinto ao sétimo dia de avaliações,<br />

ocorreu redução na produção de clorofila pelas<br />

plantas de soja (Figura 2A), o que provavelmente ocorreu<br />

devido ao aumento na temperatura no interior da<br />

casa de vegetação durante o período de condução do<br />

experimento. Para as plantas de tomateiro, observou-<br />

-se leve diminuição no índice de clorofila nas plantas<br />

que receberam o produto nos dois primeiros dias após<br />

aplicação. No entanto, 72 horas após a aplicação, estas<br />

plantas apresentaram índices de clorofila foliar significativamente<br />

superiores aos observados nas plantas testemunhas.<br />

No sétimo dia após a aplicação, o incremento<br />

no índice de clorofila nas plantas que receberam a<br />

aplicação do Penergetic ® Pflanzen chegou a 25,88%<br />

em relação às plantas testemunha. Nestas plantas,<br />

o efeito da temperatura também foi observado,<br />

porém, com menor intensidade. No entanto, nas<br />

plantas que receberam o Penergetic ® Pflanzen não<br />

foi observado este efeito (Figura 2B). Possivelmente, as altas temperaturas<br />

registradas no 5º ao 7º dia (superiores a 37º C) provocaram redução dos índices<br />

de clorofila em ambas as espécies vegetais. Contudo é importante destacar a<br />

diferença observada entre as plantas que receberam e as que não receberam<br />

aplicação do Penergetic ® Pflanzen. As primeiras apresentaram uma redução<br />

mais branda do que as que não foram tratadas com o produto. Esses resultados<br />

sugerem uma importante aplicação deste produto como protetor dos sistemas<br />

de pigmentos, embora o mecanismo de atuação ainda deva ser estudado. Os<br />

resultados apresentados na figura 2 permitem inferir que, no que se refere ao<br />

incremento no teor de clorofila, o produto Penergetic ® Pflanzen promoveu<br />

maior taxa fotossintética.<br />

CONCLUSÃO<br />

A aplicação de Penergetic ® Pflanzen (solução de 1,9 g.L -1 ) na parte aérea<br />

de plantas de soja e tomateiro promoveu incrementos no teor de<br />

clorofila foliar.<br />

47


Associação dos<br />

Cafeicultores<br />

de Araguari<br />

Efeito do bioativador Penergetic ®<br />

Pflanzen e Penergetic ® Kompost no<br />

desenvolvimento vegetativo do cafeeiro<br />

em solo nu e cultivado, associado à<br />

fertilizantes fosfatados e esterco de curral<br />

Roberto Santinato - Engenheiro Agrônomo MAPA Procafé<br />

Felipe Santinato - Engenheiro Agrônomo, Mestre em Produção Vegetal<br />

André Luís Teixeira Fernandes - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Engenharia de Água e Solo<br />

INTRODUÇÃO<br />

O produto comercial Penergetic ® é um bioativador de solo e de plantas<br />

com potencial em promover o aumento de efeitos positivos no vigor<br />

das plantas, com equilíbrio entre solo/planta, através da otimização da<br />

utilização dos fertilizantes adicionados ou da fertilidade já existente no<br />

solo. Atua na liberação do fósforo fixado não disponível às plantas e promove<br />

o reequilíbrio de microrganismos disponibilizando maior energia<br />

no processo fotossintético. Alguns trabalhos na cultura do café têm sido<br />

publicados com resultados positivos na redução da quantidade de insumos<br />

aplicados, em solos de média à elevada fertilidade, indicando que a<br />

tecnologia Penergetic ® promove melhor aproveitamento da fertilidade já<br />

existente e dos recursos naturais existentes.<br />

METODOLOGIA<br />

O trabalho foi desenvolvido no período de dezembro de 2013 à julho de<br />

2014 (6 meses), no município de Araguari – MG, no campo experimental Izidoro<br />

Bronzi, pertencente à Associação dos Produtores de Café de Araguari.<br />

Foram utilizados vasos, dispostos em um viveiro telado com tela de polipropileno,<br />

com 50% de sombreamento e irrigação por aspersão com vazão de<br />

70,0 Lh -1 (MATIELLO et al., 2010). Os tratamentos estudados foram:<br />

T1 - Solo virgem de cerrado (SVC);<br />

T2 - Solo virgem de cerrado mais Penergetic ® Pflanzen e Kompost (SVCP);<br />

T3 - Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples (SVCSS);<br />

T4 - Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples mais Penergetic ®<br />

Pflanzen e Kompost (SVCSSP);<br />

T5 - Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá (SVCFA);<br />

T6 - Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá mais Penergetic ® Pflanzen e<br />

Kompost (SVCFAP);<br />

T7 - Solo virgem de cerrado mais esterco de curral (SVCEC);<br />

T8 - Solo virgem de cerrado mais esterco de curral mais Penergetic ®<br />

Pflanzen e Kompost (SVCECP);<br />

T9 - Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples e esterco de<br />

curral (SVCSSE);<br />

T10 - Solo virgem de cerrado mais superfosfato simples e esterco de<br />

curral mais Penergetic ® Pflanzene Kompost (SVCSSECP);<br />

T11 - Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá<br />

e esterco de curral (SVCFAEC);<br />

T12 - Solo virgem de cerrado mais fosfato de Araxá e<br />

esterco de curral mais Penergetic ® Pflanzen Kompost<br />

(SVCFAECP);<br />

T13 - Solo de lavoura cultivada por 10 anos (SLC);<br />

T14 - Solo de lavoura cultivada por 10 anos mais Penergetic<br />

® Pflanzen e Kompost (SLCP);<br />

T15 - Solo de lavoura cultivada por 10 anos mais esterco<br />

de curral (SLCEC);<br />

T16 - Solo de lavoura cultivada por 10 anos mais esterco<br />

de curral mais Penergetic ® Pflanzen e Kompost<br />

(SLCECP).<br />

Os tratamentos estudados foram dispostos em delineamento<br />

inteiramente casualizado, com quatro<br />

repetições, totalizando 64 parcelas. Cada parcela<br />

abrangeu um vaso contendo três plantas. Utilizaram-se<br />

vasos com capacidade de 20 litros (baldes<br />

plásticos perfurados) preenchidos com substrato<br />

conforme os tratamentos em estudo. Plantou-se,<br />

em cada vaso, três plantas da cultivar Catuaí Vermelho<br />

IAC 144, com três pares de folhas, em raiz<br />

nua, para evitar interferência do substrato original<br />

das mudas. Em todos os vasos, aplicou-se 25 g de<br />

cloreto de potássio. As adubações nitrogenadas de<br />

cobertura foram realizadas com sulfato de amônia<br />

e ureia conforme recomendações do MAPA Procafé,<br />

vigentes para a região, bem como todos, os<br />

tratos culturais e fitossanitários.<br />

O manejo hídrico foi realizado de acordo com SANTI-<br />

NATO & FERNANDES 2012, mantendo a capacidade<br />

de campo nos vasos com 80%. O Penergetic ® Kompost<br />

foi aplicado via solo, na dose de 600 g ha -1 , e o<br />

Penergetic ® Pflanzen foi aplicado via foliar, dividida três<br />

aplicações, utilizando-se a dose de 200 g ha -1 nos 1º,<br />

3º e 5º meses de condução. O superfosfato simples e<br />

o fosfato de Araxá foram aplicados nas doses de 300<br />

48


Associação dos<br />

Cafeicultores<br />

de Araguari<br />

g vaso -1 (1,5 t ha -1 ) e 500 g vaso -1 (2,5 t ha -1 ). O esterco de curral foi<br />

aplicado na dose de 2,0 L em cada vaso, correspondendo a 5,0 t ha -1 .<br />

Aos seis meses após o plantio das mudas procedeu-se as avaliações<br />

do experimento. Foi realizada a biometria das plantas, matéria seca,<br />

parâmetros de nutrição de plantas e os parâmetros de fertilidade do<br />

solo. Os dados foram submetidos à analise de variância e quando procedente<br />

ao teste de Tukey, ambos à 5% de probabilidade. Os resultados<br />

encontram-se expressos em gráficos, para melhor entendimento<br />

e visualização.<br />

RESULTADOS<br />

As variáveis biométricas e de matéria seca apresentaram diferenças<br />

significativas na análise de variância e no teste de Tukey, como pode<br />

ser visualizado nos gráficos 1.1 a 1.8. Verificou-se a superioridade<br />

de todos os tratamentos que utilizaram o produto Penergetic ®<br />

em relação à testemunha e aos demais tratamentos, independentemente<br />

do substrato em que as mudas se encontravam plantadas.<br />

Os maiores valores obtidos nos parâmetros biométricos foram nos<br />

tratamentos 4, 8, 12, 14 e 16. Na média dos tratamentos, com a aplicação<br />

de Penergetic ® , obtiveram-se acréscimos de 18, 17, 10, 21, 8<br />

e 49% na altura das plantas, diâmetro da copa e caule, comprimento<br />

da raiz, número de ramos e número de folhas, respectivamente. É<br />

importante salientar que mesmo com a baixa fertilidade natural dos<br />

solos de cerrado, na ausência de qualquer adubação fosfatada, a<br />

aplicação do Penergetic ® promoveu acréscimo em todos os parâmetros<br />

biométricos avaliados. Os resultados foram superiores nos solos<br />

que receberam adubações fosfatada e orgânica. Com relação aos<br />

parâmetros de fertilidade do solo, observou-se que os tratamentos<br />

que não utilizaram Penergetic ® obtiveram maior teor de Al +3 e m%.<br />

Isto ocorreu devido ao Penergetic ® atuar na liberação do Ca +2 e Mg +2<br />

presente no solo, notadamente no solo adubado com esterco de<br />

curral, que os libera de forma gradual, o Ca +2 e Mg +2 formam compostos<br />

com o Alumínio neutralizando-o. Tal fato também influencia<br />

no m% e V%, com aumento do índice de saturação de bases nos<br />

tratamentos adubados com Penergetic ® . A aplicação de Penergetic<br />

® resultou em aumento do teor e da disponibilidade de fósforo<br />

para as plantas, como ilustra o gráfico 2.1. O P é o principal nutriente<br />

para o cafeeiro na fase de formação da lavoura, principalmente<br />

devido ao seu papel na formação e expansão do sistema radicular.<br />

Provavelmente o maior fornecimento deste nutriente foi o responsável<br />

pelo acréscimo nos parâmetros biométricos das plantas. A maior<br />

diferença entre o fator ausência e presença de Penergetic ® foi obtida<br />

no solo virgem de cerrado adubado com fosfato de Araxá. Esta fonte<br />

apresenta cerca de 28% de P 2<br />

O 5<br />

solúvel em ácido cítrico, e baixa<br />

eficiência no fornecimento deste nutriente para as plantas, quando<br />

comparado à outras fontes (MALAVOLTA et al., 2006). A aplicação<br />

do Penergetic ® juntamente com o fosfato de Araxá potencializou sua<br />

eficiência, liberando uma maior quantidade de P 2<br />

O 5<br />

.<br />

CONCLUSÃO<br />

Pode-se concluir que o Penergetic ® atua na liberação dos nutrientes<br />

contidos nos solos, fertilizantes orgânicos ou minerais,<br />

disponibilizando maior quantidade destes para as plantas, com<br />

destaque para Ca, Mg e P. E que o maior aproveitamento dos<br />

nutrientes obtido pela utilização de Penergetic ® promove maior<br />

crescimento biométrico das plantas.<br />

49


GRÁFICOS DOS PARÂMETROS BIOMÉTRICOS<br />

LEGENDA DOS GRÁFICOS<br />

SVC = T1 e T2: Solo virgem de cerrado<br />

SVCSS = T3 e T4: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples<br />

SVCFA = T5 e T6: Solo virgem de cerrado + fosfato de araxá<br />

SVCEC = T7 e T8: Solo virgem de cerrado + esterco de curral<br />

SVCSSE = T9 e T10: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples + esterco de curral<br />

SVCFAEC = T11 e T12: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples + fosfato de araxá<br />

SLC = T13 e T14: Solo de lavoura cultivada por 10 anos<br />

SLCEC = T15 e T16: Solo de lavoura cultivada por 10 anos + esterco de curral<br />

50


GRÁFICOS DOS PARÂMETROS BIOMÉTRICOS<br />

51


52<br />

GRÁFICOS DOS PARÂMETROS BIOMÉTRICOS


GRÁFICOS DOS PARÂMETROS BIOMÉTRICOS<br />

53


GRÁFICO DO PARÂMETRO DA FERTILIDADE DO SOLO<br />

LEGENDA DOS GRÁFICOS<br />

SVC = T1 e T2: Solo virgem de cerrado<br />

SVCSS = T3 e T4: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples<br />

SVCFA = T5 e T6: Solo virgem de cerrado + fosfato de araxá<br />

SVCEC = T7 e T8: Solo virgem de cerrado + esterco de curral<br />

SVCSSE = T9 e T10: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples + esterco de curral<br />

SVCFAEC = T11 e T12: Solo virgem de cerrado + superfosfato simples + fosfato de araxá<br />

SLC = T13 e T14: Solo de lavoura cultivada por 10 anos<br />

SLCEC = T15 e T16: Solo de lavoura cultivada por 10 anos + esterco de curral<br />

54


Associação dos<br />

Cafeicultores<br />

de Araguari<br />

Estudo da viabilidade de<br />

disponibilização de Potássio e<br />

Fósforo em solos de Cerrado com a<br />

utilização do Penergetic ®<br />

André Luís Teixeira Fernandes - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Engenharia de Água e Solo<br />

Roberto Santinato - Engenheiro Agrônomo Pesquisador MAPA Procafé<br />

Reginaldo O. Silva - Gerente do Campo Experimental Izidoro Bronzi, Araguari/MG<br />

Antônio Nascimento Teixeira - Mestre em Ciência do Solo, Consultor Agronômico<br />

INTRODUÇÃO<br />

As comunidades de organismos micro e macroscópicos que habitam o solo<br />

realizam atividades imprescindíveis para a manutenção e sobrevivência das<br />

comunidades vegetais e animais. No solo, as principais atividades dos organismos<br />

são: mineralização da matéria orgânica; produção de húmus; ciclagem<br />

de nutrientes e energia; fixação de nitrogênio atmosférico; produção<br />

de compostos complexos que causam agregação do solo; decomposição<br />

de xenobióticos e controle biológico de pragas e doenças, proporcionando<br />

assim, condições ideais para uma biodiversidade extremamente elevada.<br />

Especificamente no cultivo de café, a tecnologia Penergetic ® tem sido utilizada<br />

na prática para promover o equilíbrio e intensificação das atividades<br />

microbiológicas no solo, a fim de melhorar o fornecimento dos nutrientes<br />

potássio e fósforo, principalmente os percentuais destes elementos que estão<br />

nas formas não lábeis no solo.<br />

OBJETIVOS<br />

Dentro desse contexto, instalou-se um experimento com os seguintes objetivos:<br />

1) avaliar o efeito da aplicação de Penergetic ® Kompost e Penergetic<br />

® Pflanzen, sobre o equilíbrio biológico do solo, a nutrição mineral,<br />

crescimento, produtividade e qualidade do cafeeiro irrigado e cultivado em<br />

condições de cerrado e 2) avaliar possibilidade de redução da adubação P e<br />

K do cafeeiro com a utilização da tecnologia Penergetic ® .<br />

METODOLOGIA<br />

O experimento está sendo conduzido no Campus Experimental Izidoro<br />

Bronzi, convênio Universidade de Uberaba, Associação dos<br />

Cafeicultores de Araguari (ACA) e Fundação Procafé, em lavoura<br />

de café cultivar Catuaí Vermelho IAC 15, com 07 anos de idade,<br />

espaçamento 3,70 x 0,70 m, situada na Fazenda Chaparral, às<br />

margens da Rodovia do Café, Km 09, município de Araguari (MG).<br />

O sistema de irrigação é o tipo gotejamento, com emissores autocompensantes,<br />

vazão de 2,3 litros/hora, espaçamento de 3,70 m entre linhas e 0,70<br />

m entre gotejadores. Foram aplicados 5 tratamentos, conforme tabela 1.<br />

As aplicações de fertilizantes foram realizadas em outubro, novembro,<br />

dezembro, janeiro, fevereiro e março (divididas em 2 aplicações por mês),<br />

o Penergetic ® Kompost foi realizado em outubro e o Penergetic ® Pflanzen<br />

- 3 aplicações junto com as pulverizações de defensivos. Os tratos<br />

culturais, fitossanitários e nutricionais foram realizados conforme recomendação<br />

de SANTINATO, FERNANDES (2012).<br />

55


Associação dos<br />

Cafeicultores<br />

de Araguari<br />

Tabela 1. Descrição dos tratamentos instalados no campo Experimental Izidoro Bronzi.<br />

TRATAMENTO<br />

T1<br />

T2<br />

T3<br />

T4<br />

T5<br />

DESCRIÇÃO<br />

Testemunha Padrão (gotejo normal, sem adubação PK, adubação nitrogenada normal)<br />

Adubação de cobertura convencional via fertirrigação (100% de NPK recomendada)<br />

Adubação de cobertura convencional via fertirrigação (100% de NPK recomendada)<br />

+ Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost.<br />

Adubação de cobertura convencional via fertirrigação (75% de NPK recomendada)<br />

+ Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost.<br />

Adubação de cobertura convencional via fertirrigação (50% de NPK recomendada)<br />

+ Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost.<br />

Tabela 2. Colheita dos diferentes<br />

tratamentos, em sacas beneficiadas<br />

por hectare, cinco safras, Campo<br />

Experimental Izidoro Bronzi,<br />

Araguari/MG<br />

Quan<br />

t<br />

Meloidogine<br />

sp.<br />

Tratt<br />

T 1 <br />

Solo 112 276 256 172 188<br />

Raiz 860 884 326 160 72<br />

Tabela 3. Contagem de nematoides no<br />

solo e raízes do cafeeiro. Laboratóio de<br />

Nematologia - EPAMIG - Análise 81/2013<br />

Pratylenchus<br />

sp.<br />

Rotylenchulus<br />

reniformis<br />

- - - - -<br />

CONCLUSÃO<br />

Raiz - - - 04 -<br />

Pode-se concluir, após 5 safras, que a utilização da<br />

tecnologia Penergetic<br />

Solo - 04 - - 04<br />

® é viável para a nutrição do cafeeiro,<br />

na medida em que permite redução da adubação<br />

necessária, com aumento de produtividade. Na<br />

Raiz - - - - -<br />

média de cinco safras, a superioridade de produção<br />

comparando-se com a nutrição convencional foi de 10<br />

sacas beneficiadas/ha/ano, com redução de 50% na<br />

quantidade de NPK recomendado. Com relação aos indicadores biológicos,<br />

comparando-se com a testemunha e fertirrigação convencional, os tratamentos<br />

com Penergetic ® promoveram aumentos de 16 a 36% na biomassa<br />

microbiana, houve maior colonização de micorrizas nas raízes de café, com<br />

valores de 10,6 a 22% e superioridade de número de esporos micorrizicos<br />

com valores de 10 a 19/50 mL de solo. E menor incidência de nematoides<br />

nas raízes dos cafeeiros dos tratamentos que utilizaram a tecnologia.<br />

56


Associação dos<br />

Cafeicultores<br />

de Araguari<br />

ANÁLISE NEMATOLÓGICA – CAFÉ | ACA – ARAGUARI-MG/2013<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Gráfico 1 - Contagem de nematoides no solo e na raiz do cafeeiro<br />

PRODUTIVIDADE (SACAS BENEFICIADAS / HA)<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

51,2 53,2<br />

48,8<br />

T1 - Sem Penerge<br />

T2 - Sem Penerge<br />

T3 - Com Penerge<br />

T4 - Com Penerge<br />

T5 - Com Penerge<br />

43,4<br />

40<br />

38,7<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 MÉDIA<br />

Gráfico 2 - Produtividade (sacas beneficiadas/ha), cinco safras do cafeeiro<br />

57


Efeito da utilização da Tecnologia<br />

Penergetic® na supressão de danos<br />

causados por fitonematoides<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo,<br />

Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects,<br />

Professora do Departamento de Solos/UFSM<br />

INTRODUÇÃO<br />

Os nematoides representam o maior número de<br />

organismos multicelulares no solo. Estes organismos<br />

estão distribuídos em cerca de 15.000 espécies<br />

conhecidas, porém há estimativas de que<br />

o número total possa chegar a 50.0000 espécies<br />

no solo. Estes organismos representam nível trófico<br />

do sistema, devido ao seu rápido ciclo reprodutivo,<br />

morfologia, especificidade alimentar e a<br />

resposta em curto prazo de tempo às mudanças<br />

ambientais e ações de manejo do solo. Estes organismos<br />

ocupam posição central na cadeia alimentar<br />

de detritos, participando de processos<br />

ecológicos fundamentais, como na decomposição<br />

e ciclagem de nutrientes.<br />

Informações divulgadas pela Empresa Brasileira<br />

de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), demonstram<br />

que no Brasil encontram-se aproximadamente<br />

25 patógenos de importância econômica<br />

para culturas de grãos, em especial a cultura da<br />

soja. Dentre estes, os fitonematoides vêm crescendo<br />

em importância no sistema produtivo e<br />

ganhando espaço no cenário brasileiro, podendo<br />

inclusive inviabilizar algumas áreas de cultivo.<br />

As nematoides em culturas agrícolas estão associadas<br />

a pelo menos uma dezena de gêneros de<br />

fitonematoides, onde dos quais os gêneros Meloidogyne<br />

spp., Heterodera spp., Pratylenchus<br />

spp., Rotylenchulus spp., Helicotylenchus spp. e<br />

Xiphinema spp. são os mais importantes.<br />

O grande número de espécies vegetais hospedeiras<br />

existentes, a fácil disseminação e a interação<br />

com outros organismos fitopatogênicos<br />

colocam estes fitonematoides entre os principais<br />

patógenos responsáveis por danos às culturas agrícolas, reduzindo<br />

a produtividade das culturas e acarretando perdas na ordem<br />

de US$ 125 bilhões anualmente.<br />

A cada ano agrícola fica evidente o aumento quanto à preocupação<br />

e consequente procura por medidas de controle e manejo<br />

sustentável destes fitopatógenos, visto que as áreas com sintomas<br />

da ação destes organismos, especialmente os causadores de<br />

galhas e de lesões radiculares, vem crescendo ano a ano. Esta<br />

disseminação está associada, entre outros fatores, a falta de divulgação<br />

dos problemas inerentes à presença destes fitopatógenos<br />

nas lavouras, do desconhecimento da distribuição destes organismos<br />

no campo, bem como do manejo equivocado que vem sendo<br />

adotado em áreas infestadas.<br />

Embora a biologia e o comportamento dos fitonematoides causadores<br />

de galhas e de lesões radiculares sejam bem conhecidos pela<br />

pesquisa, o controle destes organismos a campo ainda apresentam<br />

grandes limitações, tanto pela carência de produtos eficientes<br />

como pela falta de informação por parte da assistência técnica,<br />

uma vez que, frequentemente, a baixa produtividade observada<br />

em áreas infestadas pelo fitonematoide seja atribuída inicialmente<br />

a problemas de fertilidade do solo, fitotoxicidade a produtos<br />

químicos ou ação de fungos ou bactérias de importância agrícola.<br />

Para que a produtividade seja compatível com a rentabilidade<br />

esperada pelo produtor e com o potencial da cultura, faz-se necessário<br />

constante busca de soluções e adoção de medidas relacionadas<br />

à nutrição, ao manejo e às condições fitossanitárias da<br />

lavoura. O controle destes organismos não se baseia somente na<br />

tentativa de sua erradicação, mas na diminuição da população<br />

presente no solo a níveis não prejudiciais à produção.<br />

Neste contexto, o objetivo deste material é apresentar informações<br />

que auxiliem no controle sustentável de fitonematoides causadores<br />

de danos em cultivos agrícolas.<br />

58


METODOLOGIA<br />

Foram avaliadas a nematofauna existente em<br />

ensaios de campo e em casa de vegetação,<br />

buscando-se determinar a eficiência da Tecnologia<br />

Penergetic ® em suprimir danos causados<br />

nas culturas de soja, trigo e milho.<br />

Para a avaliação de nematoides, foram realizadas<br />

coletas de amostras de solo e de raízes, as<br />

quais foram acondicionadas em sacos plásticos<br />

devidamente identificados e mantidas em caixa<br />

de isopor até o momento da sua utilização.<br />

A extração de nematoides do solo foi realizada<br />

pelos métodos combinados de flutuação,<br />

sedimentação, peneiramento e separação por<br />

centrífuga em solução de sacarose (JENKINS,<br />

1964). Após a coleta e extração dos fitonematoides,<br />

efetuou-se a contagem do número de<br />

nematoides, utilizando-se microscópio estereoscópio,<br />

com aumento de 40x.<br />

A identificação dos fitonematoides foi realizada<br />

através das características morfológicas segundo<br />

JAIRAJPURI e AHMAD (1992), HEYNS (1971), SI-<br />

DDIQUI (1985) e MAI e MULLIN (1996).<br />

Para avaliação da população de fitonematoides<br />

no interior das raízes, procedeu-se,<br />

no período de florescimento das culturas, a<br />

contagem do número de organismos, utilizando-se<br />

metodologia descrita por BYRD et<br />

al. (1983) para coloração de raízes. Após a<br />

etapa de coloração, as raízes foram dispostas<br />

entre duas lâminas de vidro, sob microscópio<br />

com aumento de 40x, para contagem do número<br />

de fitonematoides penetrados.<br />

Posteriormente avaliou-se, aos 36, 45 e 60 dias<br />

após a inoculação dos nematoides, a eficiência<br />

de ativos comerciais (químicos e biológicos)<br />

utilizados no controle de fitonematoides com<br />

e sem a presença da Tecnologia Penergetic ® .<br />

Os dados obtidos foram submetidos à análise<br />

de variância e teste de médias de acordo com<br />

Tukey pelo software SISVAR (FERREIRA, 2000).<br />

59


TRIGO<br />

NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS<br />

Meloidogyne javanica<br />

80<br />

Número de Fitonematoides<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

68<br />

Testemunha<br />

45<br />

Testemunha +<br />

Penerge<br />

61<br />

Rom. Adubação<br />

CQFS RS/SC<br />

35<br />

Rom. Adubação<br />

CQFS-RS/SC<br />

+ Penerge<br />

57<br />

30 kg de PO<br />

38<br />

30 kg de PO<br />

+Penerge<br />

Fonte: UFSM/RS. (CQFS RS/SC – Comitê de química e fertilidade do solo do<br />

Rio Grande do Sul e Santa Catarina).<br />

Figura 1. Número de fitonematoides (Meloidogyne javanica) penetrados nas<br />

raízes de trigo cultivar Quartzo, na fase de florescimento, em condições de<br />

casa de vegetação. Média de 5 repetições.<br />

Número de Fitonematoides<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

83<br />

Testemunha<br />

38,5<br />

Testemunha<br />

+ Penerge<br />

NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS<br />

Pratylenchus brachyurus<br />

75,5<br />

Rom. Adubação<br />

CQFS RS/SC<br />

68,5<br />

Fonte: UFSM/RS. (CQFS RS/SC – Comitê de química e fertilidade do solo do<br />

Rio Grande do Sul e Santa Catarina).<br />

Figura 2. Número de nematoides (Pratylenchus brachyurus) penetrados nas<br />

raízes de trigo cultivar Quartzo, na fase de florescimento em condições de<br />

casa de vegetação. Média de 5 repetições.<br />

Rom. Adubação<br />

CQFS-RS/SC + Penerge<br />

89<br />

30 kg de P2O5<br />

41<br />

30 kg de P2O5<br />

+ Penerge<br />

60


SOJA<br />

NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS NO FLORESCIMENTO<br />

Pratylenchus brachyurus<br />

Nº de fitonematóides por grama de raiz<br />

400<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

364<br />

Testemunha<br />

235<br />

Testemunha<br />

+ Penerge<br />

318<br />

Metade r<br />

203<br />

342<br />

187<br />

Fonte: UFSM/RS. (Rec, Penergetic ® Pflanzen e Kompost – recomendação de<br />

fósforo e potássio segundo o Comitê de química e fertilidade do solo do Rio<br />

Grande do Sul e Santa Catarina).<br />

Figura 3. Número de Pratylenchus bvrachyurus penetrados por grama de raiz<br />

de soja cv Fepagro 36RR submetidas a diferentes tratamentos (CV% 13,24 ).<br />

Metade r<br />

+ Penerge<br />

Romendaç<br />

Romendação P<br />

energe<br />

NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS NO ENCHIMENTO DE GRÃOS<br />

Pratylenchus brachyurus<br />

Número de fitonematoides por grama de raíz<br />

800<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

655<br />

Testemunha<br />

346<br />

Testemunha<br />

+ Penergec®<br />

689<br />

Metade rec. P e K<br />

Fonte: UFSM/RS. (Rec, Penergetic ® Pflanzen e Kompost – recomendação de<br />

fósforo e potássio segundo o Comitê de química e fertilidade do solo do Rio<br />

Grande do Sul e Santa Catarina).<br />

Figura 4. Número de Pratylenchus bvrachyurus penetrados por grama de raiz<br />

de soja cv Fepagro 36RR em casa de vegetação.<br />

338<br />

Metade rec. P e K<br />

+ Penergec®<br />

654<br />

Recomendação de P e K<br />

284<br />

Recomendação de<br />

P e K + Penergec®<br />

61


Figura 5. Nematoide das lesões<br />

radiculares Pratylenchus brachyurus<br />

penetrados nas raízes de soja<br />

cultivar Fepagro 36RR, na fase<br />

R8. (A) Aumento de 20x e (B,C,D)<br />

aumento de 100x.<br />

Fonte: UFSM/RS.<br />

Figura 6. Nematoides<br />

(Pratylenchus brachyurus)<br />

penetrados nas raízes de soja<br />

Nidera 5909 aos 60 dias após a<br />

emergência em condições de<br />

casa de vegetação. Média de 6<br />

repetições.<br />

Fonte: UFSM/RS.<br />

62


SOJA<br />

NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS AOS 30 DAE<br />

Pratylenchus brachyurus<br />

30 DAE Florescimento<br />

Fitonematoides por grama de raiz<br />

400<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

267<br />

378<br />

Testemunha<br />

157<br />

257<br />

Testemunha<br />

+ Penerge<br />

302<br />

366<br />

Adubação conforme<br />

CQFS - RS/SC<br />

168<br />

248<br />

Adubação conforme<br />

CQFS - RS/S +<br />

Penergec®<br />

Figura 7. Número de nematoides da espécie Pratylenchus brachyurus penetrados em<br />

raízes de soja aos 30 dias após a emergência (DAE) e no florescimento da cultura.<br />

NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS<br />

Pratylenchus brachyurus<br />

Quantaíz<br />

1800<br />

1600<br />

1400<br />

1200<br />

1000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

1600<br />

983<br />

-38,6%<br />

515<br />

307<br />

-40,4%<br />

Pnrc®<br />

Padrão<br />

1220<br />

845<br />

-30,7%<br />

Talhão 10B Talhão 4A Talhão 15<br />

Soja (safra 2014/2015)<br />

Figura 8. . Número de Pratylenchus brachyurus em raízes de soja.<br />

Fazenda Reunidas do Papagaio, Sapezal/MT - Média dos 3 talhões: Safra 2014/15.<br />

63


Figura 9. Fitonematoides (Pratylenchus brachyurus) penetrados nas raízes de<br />

milho TLTG Vipter aos 60 dias após a emergência em condições de casa de<br />

vegetação. Média de 6 repetições.<br />

Figura 10. Número de fitonematoides (Pratylenchus brachyurus) penetrados nas raízes<br />

de milho híbrido TLTG Vipter, durante os primeiros 60 dias após a emergência em<br />

condições de casa de vegetação<br />

700<br />

Númeronemaoides<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

Testemunha<br />

Penerge<br />

3 6 9 12 15 18 19 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60<br />

Milho: TLTG Vipter<br />

População inicial: 1750 nematoides por vaso<br />

59,42%<br />

48,71%<br />

57,61%<br />

ão<br />

64


NÚMERO DE NEMATOIDES PENETRADOS EM RAIZES DE SOJA<br />

(Pratylenchus brachyurus)<br />

800<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

724<br />

503<br />

411<br />

377<br />

Sem Penerge<br />

312 298<br />

Com Penerge<br />

265<br />

203<br />

SOJA<br />

36 DIAS<br />

APÓS A<br />

INOCULAÇÃO<br />

474 466<br />

403 395<br />

CONCLUSÕES<br />

Partindo-se do pressuposto de que o<br />

ciclo de parasitismo do fitonematoide<br />

inicia com a penetração e/ou lesão<br />

causadas pelas larvas infectantes<br />

nas raízes da planta, pôde-se observar<br />

que os tratamentos onde houve a<br />

utilização da Tecnologia Penergetic ®<br />

resultaram em menor número de<br />

nematoides penetrados e/ou lesões<br />

radiculares, proporcionaram, consequentemente,<br />

maior desenvolvimento<br />

das plantas.<br />

100<br />

0<br />

Testemunha Cadusafós Imidacloprid<br />

+Tiodicarbe<br />

Figura 11.<br />

Trichoderma<br />

Bacillus<br />

1200<br />

1000<br />

1012<br />

Sem Penerge<br />

Com Penerge<br />

45 DIAS<br />

APÓS A<br />

INOCULAÇÃO<br />

800<br />

600<br />

400<br />

715<br />

711<br />

532<br />

599<br />

478<br />

461<br />

358<br />

504 499<br />

433 428<br />

200<br />

0<br />

Testemunha Abamectina Cadusafós Imidacloprid<br />

+Tiodicarbe<br />

Figura 12.<br />

Trichoderma<br />

Bacillus<br />

1600<br />

1400<br />

1200<br />

1000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

1376<br />

1013<br />

836 866<br />

Sem Penerge<br />

843<br />

702<br />

Com Penerge<br />

688<br />

577<br />

506<br />

60 DIAS<br />

APÓS A<br />

INOCULAÇÃO<br />

519<br />

421 429<br />

200<br />

0<br />

Testemunha Cadusafós Imidacloprid<br />

+Tiodicarbe<br />

Figura 13.<br />

Trichoderma<br />

Bacillus<br />

65


Efeito do Penergetic ® Pflanzen e<br />

Penergetic ® Kompost no estímulo à<br />

micorrização em raízes de soja<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo,<br />

Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects,<br />

Professora do Departamento de Solos/UFSM<br />

Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo<br />

Professor do Departamento de Solos/UFSM<br />

Edicarla Trentin - Eng. Agr., Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo<br />

Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS<br />

Dentre as relações biológicas estabelecidas no ecossistema solo, a simbiose<br />

entre plantas e microrganismos heterotróficos, como o estabelecimento de<br />

micorrizas, destaca-se pelos benefícios proporcionados à produção vegetal.<br />

As micorrizas são consideradas a simbiose de maior expressão ecológica e<br />

econômica entre fungos do solo e raízes de plantas superiores, representando<br />

uma relação mutualística entre as raízes da planta e o fungo, onde o<br />

fungo proporciona à planta maior área de absorção de água e nutrientes,<br />

como o fósforo, o nitrogênio e o potássio e alguns micronutrientes não fungistáticos,<br />

devido à extensão de suas hifas no solo. O objetivo deste trabalho<br />

foi avaliar o efeito do Penergetic ® Pflanzene Penergetic ® Kompost sobre a<br />

taxa de micorrização de plantas de soja em condições de casa de vegetação.<br />

Para as avaliações, vasos com capacidade de 5 L foram preenchidos com 4<br />

kg de solo, no qual foram utilizados os seguintes tratamentos: 1) testemunha;<br />

2) testemunha com aplicação do Penergetic ® ; 3) aplicação da metade<br />

da dose recomendada de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O; 4) aplicação da metade da dose<br />

recomendada de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O com aplicação do Penergetic ® ; 5) aplicação<br />

da dose recomendada de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O; 6)aplicação da dose recomendada<br />

de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O com a aplicação do Penergetic ® . O Penergetic ® Kompost<br />

foi aplicado no solo sete dias antes da semeadura da soja e o Penergetic ®<br />

Pflanzen aplicado via foliar nas fases V3 e R1. No período de florescimento<br />

da cultura, realizou-se a contagem e identificação de esporos micorrízicos no<br />

solo de cada tratamento, através do método de peneiramento úmido (GER-<br />

DEMANN e NICHOLSON, 1963) e centrifugação em sacarose (JENKINS,<br />

1964). Os esporos obtidos foram dispostos em lâminas e visualizados em<br />

microscópio ótico para identificação das espécies segundo suas características<br />

morfológicas (INVAM, 2001). Na fase de enchimento de grãos, avaliou-se<br />

a porcentagem de colonização micorrízica, onde as raízes foram clarificadas<br />

segundo metodologia proposta por KOSKE e GEMMA (1989) e avaliadas segundo<br />

método de intersecção proposto por GIOVANETTI e MOSSE (1980).<br />

Foram observados maior número de esporos no solo e diversidade de gêneros<br />

nos tratamentos onde houve a aplicação do Penergetic ® , exceto nos tratamentos<br />

onde utilizou-se a dose recomendada de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O, onde o teor<br />

de P pode ter proporcionado diminuição da presença de esporos no solo.<br />

Quanto à micorrização, a aplicação do Penergetic ® resultou em acréscimo de<br />

29,41%, 27,86% e 7,84% na porcentagem de colonização radicular, quando<br />

comparado aos tratamentos testemunha, meia dose e dose recomendada<br />

de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O respectivamente. Com base nos resultados obtidos, conclui-<br />

-se que a tecnologia Penergetic ® proporcionou incremento no número de<br />

esporos micorrízicos no solo e na porcentagem de colonização micorrízica<br />

em raízes de soja.<br />

66


MICORRIZAÇÃO<br />

Número de esporos micorrízicos no solo e micorrização das raízes das<br />

plantas de soja cv Fepagro 36RR submetida a diferentes tratamentos<br />

Nº esporos micorrízicos por 100 gramas de solo<br />

Nº esporos micorrízicos por 100 gramas de solo<br />

Testemunha<br />

Testemunha<br />

+ Penergec®<br />

Micorrização nas raízes (%)<br />

Metade rec<br />

P e K<br />

Metade rec<br />

P e K<br />

+ Penergec®<br />

Metade rec<br />

P e K<br />

+ Penergec®<br />

Testemunha Testemunha Metade rec<br />

+ Penergec® P e K<br />

<strong>Resultados</strong> no florecimento da soja - (CV 21,6%)<br />

Micorrização nas raízes (%)<br />

Recomendação<br />

P e K<br />

Recomendação<br />

P e K<br />

Recomendação<br />

P e K<br />

+ Penergec®<br />

Recomendação<br />

P e K<br />

+ Penergec®<br />

Testemunha<br />

Testemunha<br />

Testemunha<br />

+ Penergec®<br />

Testemunha<br />

+ Penergec®<br />

Metade rec<br />

P e K<br />

Metade rec<br />

P e K<br />

Metade rec<br />

P e K<br />

+ Penergec®<br />

Metade rec<br />

P e K<br />

+ Penergec®<br />

Recomendação<br />

P e K<br />

Recomendação<br />

P e K<br />

Recomendação<br />

P e K<br />

+ Penergec®<br />

Recomendação<br />

P e K<br />

+ Penergec®<br />

<strong>Resultados</strong> no enchimento de graõs da soja - (CV 18,66%)<br />

67


Efeito do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ®<br />

Kompost na supressão de danos causados por<br />

nematoides na cultura da soja<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS<br />

Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM<br />

Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM<br />

Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM<br />

Juliane Schmitt - Bióloga, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM<br />

Andressa de Oliveira Silveira - Pós-Doutora em Ciência do Solo, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental/UFSM<br />

A grande distribuição geográfica, a fácil disseminação e a interação com<br />

outros organismos fitopatogênicos colocam os nematoides entre os principais<br />

patógenos responsáveis por danos às culturas agrícolas. Atualmente,<br />

o nematoide da espécie Pratylenchus brachiurus (Godfrey), causador de<br />

lesões radiculares, representa uma das principais ameaças à produtividade<br />

da soja nas regiões sudeste e centro oeste do Brasil. Por apresentar<br />

controle complexo, devem ser incluídos no manejo de fitonematoides,<br />

práticas ou tratamentos que estimulem a microbiota do solo, promovendo<br />

competição entre os organismos na rizosfera. Dentre as alternativas, o Penergetic<br />

® Pflanzen e Penergetic ® Kompost, constituído de argila bentonita<br />

energizada, visa à ativação da microbiota do solo, otimizando as interações<br />

entre os organismos edáficos. O presente trabalho teve por objetivo avaliar<br />

os efeitos da aplicação do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost nos<br />

danos causados por P. brachiurus na soja. Para isso, em casa de vegetação,<br />

vasos plásticos com capacidade de cinco litros foram semeados com soja<br />

cultivar Fepagro 36RR, inoculadas com 1750 ovos e juvenis de P. brachiurus.<br />

Avaliaram-se nove tratamentos: 1) testemunha sem a inoculação do nematoide;<br />

2) testemunha com a inoculação do nematoide e sem aplicação do<br />

Penergetic ® ; 3) testemunha com a inoculação do nematoide e com aplicação<br />

do Penergetic ® ; 4) aplicação da dose recomendada de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O sem a<br />

inoculação do nematoide; 5) aplicação da dose recomendada de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O<br />

com a inoculação do nematoide e sem aplicação do Penergetic ® ; 6) aplicação<br />

da dose recomendada de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O com a inoculação do nematoide e<br />

com aplicação do Penergetic ® ; 7) aplicação da metade da dose recomendada<br />

de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O sem a inoculação do nematoide; 8) aplicação da metade<br />

da dose recomendada de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O com a inoculação do nematoide e<br />

sem aplicação do Penergetic ® ; e 9) aplicação da metade da dose recomendada<br />

de P 2<br />

O 5<br />

e K 2<br />

O com a inoculação do nematoide e com aplicação do<br />

Penergetic ® . O Penergetic ® Kompost foi aplicado no solo sete dias antes da<br />

semeadura da soja e o Penergetic ® Pflanzen aplicado via foliar nas fases V3<br />

e R1. Durante o ciclo da cultura, observou-se que a utilização do Penergetic<br />

® reduziu os sintomas típicos dos danos causados por P. brachyurus em<br />

soja. Ao final do ciclo da cultura, observou-se que no tratamento testemunha,<br />

a presença do fitonematoide resultou na diminuição de 13% no número<br />

de vagens e de 15% no peso de grãos por planta, independentemente da<br />

aplicação do Penergetic ® . Quando da aplicação da adubação (metade da<br />

dose ou dose recomendada), a utilização do Penergetic ® reduziu os danos<br />

causados pelo P. Brachiurus, mostrando-se uma ferramenta eficiente no manejo<br />

de fitonematoides na cultura da soja.<br />

68


Número de fitonematoides penetrados nas raízes das plantas de soja cv<br />

Fepagro 36RR submetida a diferentes tratamentos<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<strong>Resultados</strong> no florescimento da soja - com inoculação de Pratylenchus brachiurus<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<strong>Resultados</strong> no enchimento de grãos da soja - com inoculação de Pratylenchus brachiurus<br />

69


Efeito Bioativador do Penergetic ® na<br />

atividade microbiana e qualidade do solo<br />

Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM<br />

Andressa de Oliveira Silveira - Pós-Doutora em Ciência do Solo, Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental/UFSM<br />

Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM<br />

Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS<br />

Antônio Carlos Bassaco - Mestre em Agrobiologia, Técnico do Laboratório de Biologia do Solo/UFSM<br />

Atualmente, com a crescente demanda por alimentos<br />

e a ascensão do modelo de agricultura sustentável, o<br />

grande desafio é atender a necessidade de produção de<br />

alimentos em concomitância à preservação dos recursos<br />

naturais. A utilização de produtos bioestimuladores da<br />

população microbiana do solo e atividade fotossintética<br />

vegetal corrobora com a redução dos custos de produção,<br />

degradação ambiental, aumento da qualidade do<br />

solo e produtividade das culturas. Desta forma, o objetivo<br />

do trabalho foi avaliar a qualidade do solo através de<br />

indicadores biológicos, da determinação da atividade<br />

microbiana, por meio da respiração basal e atividade de<br />

diversas enzimas do solo, diretamente relacionadas com<br />

a ciclagem de nutrientes. O experimento foi conduzido<br />

durante o ciclo da cultura da soja (Glycine max L.) no<br />

Centro de Pesquisa em Sementes da Fepagro, em Júlio<br />

de Castilhos. Foram realizados quatro tratamentos com<br />

três repetições cada: T1: testemunha; T2: somente Penergetic<br />

® ; T3: recomendação do Rolas para K e P; T4:<br />

recomendação do Rolas para K e P + Penergetic ® . A amostragem do solo foi<br />

realizada em quatro diferentes épocas (03/12/2013; 13/01/2014; 07/03/2014 e<br />

11/04/2014) a uma profundidade de 10 cm. As amostras foram tamisadas em<br />

peneira de 2mm e armazenas à -4°C. Foram determinadas a respiração basal<br />

microbiana e as atividades das enzimas β – Glicosidase, fosfatase ácida, urease<br />

e hidrólise de FDA, conforme os procedimentos descritos em Dick et al. (1996)<br />

para as três primeiras e segundo metodologia de Adam & Duncan (2001) para<br />

a hidrólise de FDA. Os resultados encontrados para a respiração microbiana foram<br />

superiores na terceira coleta, porém não houve diferença estatística entre<br />

os tratamentos com e sem Penergetic ® e adubação química, representando um<br />

pico de atividade da população de microrganismos do solo. Já para a atividade<br />

enzimática, a hidrólise do FDA e β - Glicosidase não apresentaram diferenças<br />

estatísticas entre os tratamentos e as coletas, demonstrando-se insensíveis para<br />

detectar variações entre os diferentes tratamentos de fertilidade utilizados. Porém,<br />

para a fosfatase ácida houve maior atividade no tratamento com Penergetic<br />

® na segunda coleta, embora não tenha diferido dos tratamentos químicos<br />

com e sem adição de Penergetic ® (Tabela 1).<br />

Tabela 1. Atividade de enzima fosfatase ácida (µg p-nitrofenol g- 1 solo seco h- 1 ) em amostras<br />

coletadas antes da semeadura e aos 30, 90 e 120 dias após e emergência da soja.<br />

70


Já a enzima urease apresentou tendência de maior atividade no tratamento com<br />

Penergetic ® na terceira coleta, não diferindo do tratamento químico (Tabela 2).<br />

Tabela 2. Atividade de enzima urease (µg N-NH 4<br />

g- 1 solo seco 2h- 1 ) em amostras coletadas antes da<br />

semeadura e aos 30, 90 e 120 dias após e emergência da soja.<br />

Sendo assim, as enzimas fosfatase e urease tenderam a se demonstrar<br />

mais sensíveis aos efeitos da aplicação de tratamento de fertilização<br />

dos solos. O Penergetic ® apresentou-se como uma eficiente<br />

ferramenta de bioativação de atividade microbiana. Porém, para a<br />

comprovação dos resultados obtidos é necessário dar continuidade<br />

à realização de ensaios em um mesmo solo, para observar o comportamento<br />

da população microbiana do mesmo, inclusive em outras<br />

culturas agrícolas.<br />

71


Atividade<br />

biológica e<br />

persistência<br />

de resíduos<br />

culturais<br />

depositados<br />

sobre a<br />

superfície de<br />

solo, submetido<br />

à aplicação de<br />

Penergetic ®<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo,<br />

Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor<br />

em Ciência do Solo/UFSM<br />

Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM<br />

Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora<br />

do Departamento de Solos/UFSM<br />

Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do<br />

Departamento de Solos/UFSM<br />

A atividade alimentar da comunidade edáfica e a velocidade de decomposição<br />

de resíduos culturais depositados sobre o solo são fatores que interferem<br />

diretamente na dinâmica da ciclagem de nutrientes e no manejo dos cultivos<br />

agrícolas. O trabalho teve como objetivos: 1) determinar a persistência de diferentes<br />

resíduos culturais e tamanho de resíduo em cultivo de soja que recebeu<br />

aplicação de Penergetic ® durante o ciclo da cultura e 2) avaliar os efeitos da<br />

aplicação do Penergetic ® sobre a atividade alimentar da comunidade edáfica.<br />

Os ensaios foram conduzidos em Júlio de Castilhos (RS) durante o cultivo de<br />

soja cultivar Fepagro 36 submetido a diferentes formas de adubação e doses<br />

de Penergetic ® . Os tratamentos aplicados no campo foram: 1) testemunha (sem<br />

aplicação de Penergetic ® e adubação mineral); 2) Aplicação de Penergetic ® conforme<br />

recomendação do fabricante; 3) Aplicação de fósforo (P) e potássio (K)<br />

conforme recomendação do Manual de Adubação e Calagem para os Estados<br />

do RS e de SC e 4) Aplicação de Penergetic ® e adubação mineral (P e K). Para<br />

avaliar a persistência dos resíduos, utilizou-se o método litter bags ou sacolas<br />

de decomposição. Os resíduos culturais de trigo foram cortados manualmente<br />

com tesoura e os de azevém foram triturados mecanicamente em triturador.<br />

Alterações na atividade alimentar da fauna foram avaliadas através do uso de<br />

bait-laminas. Decorridos 21 dias, as lâminas foram retiradas do solo e avaliadas<br />

quanto ao estado de perfurações, sendo os orifícios classificados como vazios,<br />

parcialmente vazios ou preenchidos. Foram observadas diferenças na persistência<br />

e velocidade de degradação de ambos os resíduos nos diferentes tratamentos<br />

ao longo dos 120 dias.<br />

72


Tabela 1. Persistência da<br />

palhada de resíduos de trigo<br />

e azevém aos 30, 60, 90 e<br />

120 dias após emergência da<br />

soja, utilizando a metodologia<br />

das sacolas de decomposição<br />

(litter bags). Média de cinco<br />

repetições<br />

1<br />

Palha moída. 2 Palha cortada.<br />

3<br />

Médias seguidas de mesma letra nas<br />

colunas não diferem entre si pelo teste<br />

de Tukey a 10% de probabilidade.<br />

ns<br />

diferença não significativa.<br />

Maior velocidade de degradação foi observada até<br />

os 90 dias. O tamanho do resíduo interferiu na taxa<br />

de persistência no campo. A palhada de azevém<br />

triturada persistiu menos, indicando maior velocidade<br />

de degradação. Aos 120 dias, a maior taxa de<br />

degradação dos resíduos de azevém ocorreu no<br />

tratamento 2, correspondente à adição somente de<br />

Penergetic ® , enquanto que para os resíduos de trigo<br />

as maiores taxas ocorreram nos tratamento 2 e 3.<br />

Foram observadas diferenças significativas entre os<br />

tratamentos na atividade dos organismos habitantes<br />

da camada superficial do solo 0-8cm (Figura 1).<br />

As parcelas testemunhas apresentaram maior percentual de orifícios preenchidos<br />

(34,58%), indicando menor atividade biológica. As parcelas nas<br />

quais foi adicionado somente Penergetic ® apresentaram maior percentual<br />

de orifícios parcialmente vazios (70,42%). O tratamento correspondente<br />

à aplicação de fertilizantes (P e K) mais Penergetic ® resultou em maior<br />

atividade biológica no solo, resultado evidenciado pelo menor percentual<br />

de orifícios preenchidos (7,33%) e maior percentual de orifícios<br />

vazios (32,76%) em relação aos demais tratamentos. A aplicação de<br />

Penergetic ® aliada à correção da fertilidade do solo favoreceu a atividade<br />

biológica e microbiológica, reduzindo a taxa de persistência de<br />

resíduos em superfície.<br />

Figura 1. Atividade alimentar dos organismos<br />

do solo cultivado com soja, avaliada através da<br />

metodologia da lamina-bait na camada 0-8 cm de<br />

solo. Média de 30 repetições.<br />

80<br />

70<br />

60<br />

ATIVIDADE ALIMENTAR<br />

70,42<br />

VAZIOS PARCIALMENTE VAZIOS CHEIOS<br />

65<br />

59,91<br />

% ATIVIDADE ALIMENTAR<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

15,42<br />

50<br />

34,58<br />

10,83<br />

18,75<br />

20,93<br />

14,17<br />

32,76<br />

7,33<br />

0<br />

TESTEMUNHA PENERGETIC® RECOMENDAÇÃO P RECOMENDAÇÃO P +<br />

PENERGETIC®<br />

73


Efeito do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ®<br />

Kompost na micorrização e na penetração de<br />

fitonematoides nas raízes do trigo<br />

Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM.<br />

Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM.<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM.<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/ RS.<br />

Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM.<br />

Juliane Schmitt - Bióloga, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM.<br />

Antônio Carlos Bassaco - Mestre em Agrobiologia, Técnico do Laboratório de Biologia do Solo/UFSM.<br />

INTRODUÇÃO<br />

As micorrizas são associações mutualísticas entre alguns fungos do solo e<br />

uma ampla variedade de plantas. Além da maior absorção de nutrientes,<br />

a simbiose micorrízica proporciona às plantas outros benefícios como:<br />

maior eficiência na nodulação e na fixação biológica de nitrogênio; imobilização<br />

de metais pesados; otimização no uso da água; melhorias na<br />

estrutura do solo, diminuição de estresses bióticos e abióticos, etc.<br />

OBJETIVO<br />

O presente trabalho teve por objetivo determinar o efeito da tecnologia<br />

Penergetic ® , associada ou não com adubação química, na micorrização e<br />

na penetração dos fitonematoides nas raízes das plantas de trigo.<br />

METODOLOGIA<br />

O experimento foi conduzido na casa de vegetação no Departamento de<br />

Solos da UFSM, Santa Maria, RS. Para o cultivo do trigo, utilizou-se um Latossolo<br />

Vermelho Distrófico coletado no município de Catuípe/RS. O solo estava<br />

acondicionado em vasos de polietileno com capacidade de 5.000 mL,<br />

contendo 4.000 g de solo. O Penergetic ® foi aplicado nas doses e épocas<br />

recomendadas pelo fabricante. A adubação da cultura seguiu as indicações<br />

do Manual de Adubação e Calagem e a semeadura do trigo cultivar Quartzo<br />

foi realizada no dia 23/07/2014 colocando-se 15 sementes por vaso, sendo<br />

que aos 10 dias após a emergência foi realizado o desbaste, deixando-se 10<br />

plantas por vaso. O experimento constitui-se de seis tratamentos com quatro<br />

repetições, dispostos em delineamento inteiramente casualizado:<br />

T1 = Testemunha<br />

T2 = Penergetic ®<br />

T3 = Metade da recomendação de NPK<br />

T4 = Metade da recomendação de NPK + Penergetic ® .<br />

T5 = Recomendação de NPK conforme Manual<br />

de Adubação<br />

T6 = Recomendação NPK + Penergetic ®<br />

Os tratamentos foram conduzidos na presença e ausência<br />

de nematoides, os quais foram inoculados na<br />

cultura de soja antecessora. No período de florescimento<br />

da cultura, cinco plantas por repetição foram<br />

coletadas e as amostras de raízes utilizadas para determinar<br />

o porcentual de colonização micorrízica e a<br />

penetração de nematoides. As médias foram comparadas<br />

pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade,<br />

usando o programa estatístico SISVAR.<br />

RESULTADOS<br />

Colonização micorrízica<br />

A porcentagem de micorrização das raízes de trigo<br />

foi influenciada pela adição de fósforo no solo e<br />

pela utilização do Penergetic ® , ainda que diferenças<br />

estatísticas não fossem observadas (Tabela 1).<br />

Tabela 1. Porcentagem de colonização<br />

micorrízica em raízes de plantas de<br />

trigo em floração, submetidas a<br />

diferentes tratamentos e cultivadas<br />

em casa de vegetação na presença<br />

e na ausência do fitonematoide<br />

Pratylenchus brachyurus.<br />

ns<br />

diferença não significativa.<br />

Médias seguidas de mesma letra, minúscula<br />

nas colunas e maiúsculas nas linhas, não<br />

diferem entre si pelo teste de Turkey a 5% de<br />

probabilidade.<br />

<br />

80,00 aA 70,00 ns B<br />

73,75 abB 86,25 ns A<br />

62,50 abA 61,25 ns A<br />

76,25 aA 76,25 ns A<br />

41,25 bB 60,00 ns A<br />

55,00 abB 66,25 ns A<br />

<br />

74


Já a presença dos nematoides no solo não demonstrou influenciar a micorrização<br />

das raízes. Na média dos tratamentos, a colonização micorrízica foi de<br />

78%, 69% e 56%, respectivamente nos tratamentos sem adição de fósforo,<br />

com metade da dose e com a dose recomendada. Na média das comparações<br />

entre os pares de tratamentos, observa-se que esta tecnologia aumentou<br />

a porcentagem de colonização em 13%, à exceção dos tratamentos<br />

Testemunha e Penergetic ® na ausência de nematoides.<br />

Penetração de fitonematoides<br />

A tecnologia Penergetic ® demonstrou reduzir a penetração dos nematoides<br />

Pratylenchus brachyurus nas raízes do trigo, à exceção do tratamento com<br />

Recomendação de NPK (Figura 1). Na comparação entre os tratamentos<br />

Testemunha e Penergetic ® houve redução de 54% na penetração dos<br />

nematoides e na comparação entre os tratamentos com metade da recomendação<br />

de NPK a redução foi de 43% devido a aplicação do Penergetic<br />

® . De acordo com os resultados observados, é possível que a<br />

tecnologia Penergetic ® resulte em maior atividade dos microganismos<br />

da rizosfera, que por sua vez, formam uma barreira biológica no entorno<br />

da raíz, protegendo esta do ataque de patógenos.<br />

Figura 1 - Número de nematoide Pratylenchus brachyurus penetrados<br />

41,67<br />

44,33<br />

41<br />

36,5<br />

25,25<br />

19,33<br />

Testemunha Penerge Metade<br />

rec.NPK<br />

Metade<br />

rec. + NPK<br />

Penerge<br />

Recomendação<br />

NPK<br />

Recomendação<br />

NPK +<br />

Penerge<br />

CONCLUSÕES<br />

A aplicação do Penergetic ® aumentou em 13% a colonização micorrízica nas<br />

plantas de trigo, mesmo quando o solo foi adubado com fósforo na dose recomendada<br />

ou com metade desta, ainda que diferenças estatísticas não fossem<br />

observadas. Para a maioria dos tratamentos, a tecnologia Penergetic ® reduziu<br />

em aproximadamente 50% a penetração dos nematoides Pratylenchus brachyurus<br />

nas raízes do trigo. Os resultados indicam que a utilização do Penergetic<br />

® Pflanzen e Penergetic ® Kompost pode estimular a micorrização e reduzir<br />

a penetração do fitonematoide nas raízes do trigo.<br />

75


Efeito do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ®<br />

Kompost na atividade dos microrganismos do<br />

solo de uma lavoura de trigo<br />

Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM<br />

Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisaora da Fepagro Florestas, Santa Maria/ RS<br />

Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM<br />

Juliane Schmitt - Bióloga, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM<br />

Antônio Carlos Bassaco - Mestre em Agrobiologia, Técnico do Laboratório de Biologia do Solo/UFSM<br />

INTRODUÇÃO<br />

A agricultura convencional é caracterizada pela adoção massiva de insumos<br />

químicos, sem a preocupação com os impactos ambientais. Os impactos causados<br />

pela agricultura em função da utilização inapropriada e de forma contínua<br />

de fertilizantes e defensivos não se restringem à pedosfera, podendo<br />

atingir todo o ecossistema do planeta. Neste sentido, significativo esforço em<br />

inovação tem sido feito visando a substituição de insumos caros e degradadores<br />

do ambiente por insumos que sejam eficientes, de baixo custo e menos<br />

agressivos ao ambiente e ao Homem. Dentre estes, destaca-se o Penergetic ® ,<br />

que é recomendado para aumentar a eficiência fotossintética das plantas (Penergetic<br />

® Pflanzen) e otimizar a decomposição da matéria orgânica pela ativação<br />

dos microrganismos do solo (Penergetic ® Kompost). Na avaliação deste<br />

insumo nas lavouras é fundamental utilizarmos indicadores microbiológicos de<br />

qualidade do solo, uma vez que o Penergetic ® é um produto que busca ativar<br />

os microrganismos.<br />

OBJETIVO<br />

O presente trabalho teve por objetivo determinar o efeito da aplicação<br />

do Penergetic ® , associado ou não com adubação química, na atividade<br />

dos microrganismos do solo de uma lavoura de trigo, através da avaliação<br />

dos indicadores microbiológicos respiração basal, conteúdo de C,<br />

N e P na biomassa microbiana, e atividade das enzimas β-glicosidase,<br />

fosfatase ácida e urease.<br />

METODOLOGIA<br />

O cultivo do trigo, cultivar Quartzo (ciclo médio), foi realizado no período<br />

de junho de 2014 a novembro de 2014, no Centro de Pesquisa<br />

em Sementes da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPA-<br />

GRO), no município de Júlio de Castilhos/RS, sob a responsabilidade<br />

da Dra. Madalena Boeni. A condução da cultura seguiu as recomendações<br />

oficiais das Informações Técnicas para Trigo e Triticale, com uma<br />

densidade de semeadura de 170 Kg de sementes ha -1 , em sistema de<br />

semeadura direta. O experimento foi instalado em um Latossolo Vermelho<br />

Distrófico, com parcelas de 7 x 50 metros, em esquema de três<br />

blocos ao acaso, nos quais foram alocados os seis tratamentos:<br />

T1 = Testemunha;<br />

T2 = Penergetic ® ;<br />

T3 = Recomendação de NPK conforme Manual de Adubação;<br />

T4 = Recomendação de NPK conforme Manual de Adubação + Penergetic ® ;<br />

T5 = 30Kg de P 2<br />

O 5<br />

;<br />

T6 = 30Kg de P 2<br />

O 5<br />

+ Penergetic ® .<br />

A recomendação da adubação foi realizada de acordo<br />

com a análise de fertilidade do solo e preconizando<br />

uma produtividade média de 4 t ha -1 de trigo, foi<br />

composta por 60 Kg ha -1 de P 2<br />

O 5<br />

e 40 Kg ha -1 de K 2<br />

O.<br />

Todos os tratamentos receberam 20 Kg ha -1 de N na<br />

semeadura e 80 Kg ha -1 de N em cobertura na forma<br />

de uréia: 60% da dose nos estádios V3 - V4, início do<br />

perfilhamento da cultura (18/07/2014); e 40% da dose<br />

em V7, início do elongamento (07/08/2014)<br />

Durante o transcorrer do experimento foram realizadas<br />

4 coletas de solo para as análises microbiológicas,<br />

aproximadamente aos 30 (22/07/2014), 60<br />

(29/08/2014), 90 (25/09/2014) e 120 (23/10/2014) dias<br />

após a semeadura do trigo. Todos os resultados foram<br />

submetidos à análise de variância (ANOVA), através<br />

do software Sisvar, e as médias dos tratamentos foram<br />

comparadas entre si através do teste de Tukey, a 5%<br />

de probabilidade (P


Biomassa Microbiana do Solo<br />

A biomassa microbiana é um indicativo do estoque de C, N e P que<br />

se encontra em rápida ciclagem no solo. Os valores de C da biomassa<br />

microbiana do solo foram maiores na coleta realizada aos 60 dias<br />

e no tratamento com a aplicação de 30 kg de P 2<br />

O 5<br />

+ Penergetic ® ,<br />

em todas as épocas de coleta. Sem apresentar diferenças estatísticas, a<br />

comparação dos tratamentos Testemunha e Penergetic ® demonstra que<br />

houve pequeno estímulo ao aumento do conteúdo de C na biomassa<br />

microbiana do solo pela aplicação deste produto, aos 30 e 60 dias após<br />

a semeadura do trigo. Os tratamentos com Recomendação NPK não demonstraram<br />

diferenças significativas em nenhuma das épocas avaliadas.<br />

Já o tratamento 30kg de P 2<br />

O 5<br />

+ Penergetic ® foi superior em todas<br />

as épocas amostradas ao tratamento 30kg de P 2<br />

O 5<br />

, com diferenças<br />

estatísticas nas coletas de 30 e 90 dias. O conteúdo de N na biomassa<br />

microbiana do solo seguiu a mesma tendência que o C da biomassa,<br />

sendo que o tratamento 30kg de P 2<br />

O 5<br />

+ Penergetic ® foi superior aos demais<br />

desde o início das análises até o final do experimento. Mesmo sem<br />

demonstrar diferenças estatísticas na maioria das comparações entre<br />

tratamentos, observa-se que a aplicação do Penergetic ® resultou em<br />

aumentos do conteúdo de P na biomassa microbiana do solo.<br />

Atividade das Enzimas no Solo<br />

Quanto maior a atividade da β-glicosidase, maior é a atividade de degradação<br />

de resíduos do solo pelos microrganismos. As maiores atividades da enzima<br />

β–glicosidase foram novamente observadas na coleta realizada aos 60 dias. As<br />

fosfatases catalisam a hidrólise de fósforo orgânico a fósforo inorgânico (PO4-2),<br />

disponibilizando-o para as plantas. A quantificação da atividade desta enzima<br />

pode prover um índice potencial da mineralização do fósforo em um determinado<br />

solo. Na coleta aos 30 dias após a semeadura da cultura do trigo, todos<br />

os tratamentos com o Penergetic ® apresentaram maior atividade da enzima<br />

fosfatase em relação aos tratamentos sem Penergetic ® , sendo estas diferenças<br />

estatisticamente significativas (Tabela 1).<br />

Tabela 1. Atividade da enzima fosfatase ácida (µg p-nitrofenol g- 1<br />

solo seco h- 1 ) em amostras coletadas aos 30, 60, 90 e 120 dias após a<br />

semeadura do trigo.<br />

Tratamentos 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias<br />

Testemunha 595,91 b 618,04 ns 635,02 ns 574,50 ab<br />

Penerge® 637,76 a 678,23 ns 678,60 ns 643,77 a<br />

Romendação NPK 566,32 c 707,17 ns 593,09 ns 547,89 b<br />

RPenerge® 624,75 ab 693,64 ns 666,77 ns 546,48 b<br />

30 kg de P2O5 545,24 c 609,26 ns 616,24 ns 543,48 b<br />

30 kg de P2O5 Penerge® 643,39 a 634,79 ns 552,84 ns 631,65 ab<br />

CV % 1,72 8,48 9,30 5,59<br />

ao<br />

77


As enzimas ureases atuam no ciclo do N, contribuindo para a liberação de N<br />

inorgânico para absorção pelas plantas. Na coleta dos 60 e 90 dias observa-se<br />

maiores atividades da urease em todos os tratamentos com Penergetic<br />

® se comparado aos tratamentos sem Penergetic ® , ainda que não<br />

houvessem diferenças estatísticas. Na última coleta observa-se que o Penergetic<br />

® estimulou a atividade da enzima urease nas três comparações<br />

entre os tratamentos com e sem este produto, sendo estas diferenças<br />

estatisticamente significativas (Tabela 2).<br />

Tabela 2. Atividade da enzima urease (µg N-NH4 g -1 solo seco 2h -1 ) em<br />

amostras coletadas aos 30, 60, 90 e 120 dias após a semeadura do trigo.<br />

Tratamentos 30 dias 60 dias 90 dias 120 dias<br />

Testemunha 101,52 a 99,83 ns 95,78 ns 33,56 cd<br />

Penerge® 86,49 b 102,17 ns 99,48 ns 41,67 b<br />

Romendação NPK 103,04 a 98,66 ns 83,47 ns 31,12 d<br />

RPenerge® 96,35 ab 110,53 ns 84,58 ns 44,93 b<br />

30 kg de P2O5 107,22 a 105,63 ns 101,15 ns 38,25 bc<br />

30 kg de P2O5 <br />

Penerge®<br />

107,52 a 110,26 ns 103,89 ns 53,50 a<br />

CV % 4,82 9,58 8,41 5,89<br />

ao<br />

CONCLUSÃO<br />

A utilização do Penergetic ® associado ou não com a adubação mineral<br />

estimulou a atividade da enzima fosfatase aos 30 dias após a semeadura<br />

do trigo. A respiração basal do solo foi estimulada pelo Penergetic ® , sem<br />

aplicação da adubação mineral, aos 60 dias após a semeadura do trigo. O<br />

Penergetic ® estimulou a atividade da enzima urease aos 120 dias após a semeadura<br />

do trigo quando associado ou não com a adubação mineral. Para<br />

todos os indicadores microbiológicos analisados, observou-se que na<br />

grande maioria das comparações entre os tratamentos com e sem a aplicação<br />

de Penergetic ® houve estímulo a atividade dos microrganismos<br />

do solo por este produto. Em muitos casos não houveram diferenças estatísticas<br />

porque estas diferenças numéricas não foram elevadas ou porque<br />

o coeficiente de variação (CV%) foi alto, característica intrínseca das análises<br />

microbiológicas de amostras coletadas em experimentos de campo, onde a<br />

heterogeneidade natural do solo torna-se evidente.<br />

78


Efeito do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ®<br />

Kompost nos componentes de produção do trigo<br />

cultivado na presença e na ausência de nematoides<br />

Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM<br />

Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo, Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/ RS<br />

Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM<br />

Juliane Schmitt - Bióloga, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM<br />

Antônio Carlos Bassaco - Mestre em Agrobiologia, Técnico do Laboratório de Biologia do Solo/UFSM<br />

INTRODUÇÃO<br />

O trigo é o segundo cereal mais produzido<br />

no mundo, depois do milho, com uma<br />

produção de 712,7 milhões de toneladas<br />

na safra 2013/2014. A cultura do trigo tem<br />

grande potencial de expansão, tendo em<br />

vista o enorme mercado nacional existente<br />

para a comercialização da produção. O Penergetic<br />

® é um produto recomendado para<br />

otimizar a decomposição da matéria orgânica<br />

do solo pela ativação dos microrganismos<br />

(Penergetic ® Kompost) e aumentar a eficiência<br />

fotossintética das plantas (Penergetic ®<br />

Pflanzen), podendo trazer melhorias para a<br />

produtividade do trigo, pois pode tornar a<br />

planta mais bem nutrida e menos suscetível<br />

ao ataque de fitopatógenos.<br />

OBJETIVO<br />

Avaliar o efeito da tecnologia Penergetic ®<br />

nos componentes de produção do trigo cultivado<br />

na presença e na ausência de fitonematoides<br />

causadores de lesões radiculares<br />

do gênero Pratylenchus spp.<br />

METODOLOGIA<br />

O experimento foi conduzido na casa de<br />

vegetação no Departamento de Solos da<br />

UFSM, Santa Maria/RS. Para o cultivo do trigo,<br />

utilizou-se o Latossolo Vermelho Distrófico<br />

coletado no município de Catuípe/RS,<br />

que na safra 2013/2014 foi utilizado em um<br />

experimento de cultivo da soja com Penergetic<br />

® . O Penergetic ® foi aplicado nas doses<br />

e épocas recomendadas pelo fabricante. A<br />

adubação da cultura seguiu as indicações do<br />

Manual de Adubação e Calagem. A semeadura<br />

do trigo cultivar Quartzo foi realizada<br />

no dia 23/07/2014 colocando-se 15 sementes<br />

por vaso, sendo que aos 10 dias após a<br />

emergência foi realizado o desbaste, deixando-se<br />

10 plantas por vaso. O experimento<br />

constitui-se de seis tratamentos com quatro<br />

repetições, dispostos em delineamento inteiramente<br />

casualizado.<br />

T1 = Testemunha<br />

T2 = Penergetic ®<br />

T3 = Metade da recomendação de NPK<br />

T4 = Metade da recomendação de NPK +<br />

Penergetic ® .<br />

T5 = Recomendação de NPK conforme<br />

Manual de Adubação<br />

T6 = Recomendação NPK + Penergetic ®<br />

O inóculo foi constituído por populações<br />

puras de Pratylenchus brachyurus obtidas<br />

a partir do isolamento espécie-específico<br />

realizado pela Agrolab/GO. No período de<br />

florescimento e maturação do trigo, procedeu-se<br />

a coleta de cinco plantas em cada<br />

uma destas épocas para as avaliações dos<br />

componentes de rendimento: diâmetro de<br />

colmo, altura de plantas (desde o colmo até<br />

a espiga desconsiderando as aristas), fitomassa<br />

seca da parte aérea, número de grãos<br />

e massa seca de grãos. Os dados obtidos foram<br />

submetidos à análise de variância e teste<br />

de médias de acordo com Tukey ao nível de<br />

significância de 5%, pelo software SISVAR.<br />

RESULTADOS<br />

No período de floração, a utilização do Penergetic<br />

® tendeu a reduzir o diâmetro do colmo<br />

das plantas cultivadas na ausência de nematoides,<br />

havendo diferenças estatísticas entre os<br />

tratamentos Testemunha e Penergetic ® . Já na<br />

presença de nematoides a utilização do Penergetic<br />

® resultou em maior diâmetro de colmo<br />

em todas as comparações entre os tratamentos<br />

com e sem este produto, havendo diferença<br />

estatística somente na comparação entre os<br />

tratamentos Testemunha e Penergetic ® . A utilização<br />

do Penergetic ® tendeu a aumentar a fitomassa<br />

da parte aérea das plantas de trigo na<br />

floração, quando cultivadas na presença e na<br />

ausência dos fitonematoides. Destaca-se novamente<br />

que o Penergetic ® atuou de forma a<br />

impedir os efeitos dos nematoides na redução<br />

da fitomassa da parte aérea das plantas, ainda<br />

que sem apresentar diferenças estatísticas,<br />

pois reduções estatisticamente significativas<br />

no acúmulo de fitomassa foram observados<br />

somente nos tratamentos com a ausência do<br />

Penergetic ® . Em todas as comparações entre<br />

os tratamentos com e sem Penergetic ® houve<br />

tendência de aumento do número e da massa<br />

de grãos nas plantas cultivadas na presença<br />

desta tecnologia, tanto na presença quanto na<br />

ausência dos nematoides, à exceção da comparação<br />

entre os tratamentos Testemunha e<br />

Penergetic ® sem a presença de nematoides.<br />

Destaca-se que em todos os tratamentos sem<br />

Penergetic ® , à exceção a Metade rec. NPK na<br />

massa de grãos, a presença dos nematoides<br />

reduziu estatisticamente o número e a massa<br />

de grãos por planta, porém na presença desta<br />

tecnologia estes componentes foram estatisticamente<br />

aumentados ou reduzidos em<br />

pequeno grau de modo a não apresentarem<br />

diferenças estatísticas entre as plantas cultivadas<br />

com e sem nematoides. Isto novamente<br />

demonstra o efeito protetor do Penergetic ® ,<br />

reduzindo os efeitos maléficos dos fitonematoides<br />

nas plantas de trigo.<br />

CONCLUSÕES<br />

A utilização da tecnologia Penergetic ® , associada<br />

ou não à adubação mineral, tendeu a<br />

aumentar a altura e a fitomassa das plantas<br />

de trigo na floração e o número e a massa de<br />

grãos, tanto na presença quanto na ausência<br />

dos fitonematoides, porém estes aumentos<br />

não foram estatisticamente significativos. Os<br />

fitonematoides causaram reduções estatisticamente<br />

significativas na altura, fitomassa,<br />

número e massa de grãos somente nas<br />

plantas de trigo cultivadas sem a tecnologia<br />

Penergetic ® ; o Penergetic ® atuou de forma a<br />

minimizar os efeitos maléficos dos nematoides<br />

do gênero Pratylenchus sobre os componentes<br />

da produção do trigo.<br />

79


Efeito da Tecnologia Penergetic ®<br />

sobre a velocidade de decomposição<br />

de resíduos culturais de azevém<br />

(Lolium multiflorum Lam.)<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo,<br />

Pesquisadora da Fepagro Florestas, Santa Maria/RS.<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo,<br />

Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal<br />

Rosana Matos de Morais - Graduada em Ciências Biológicas, Doutora em<br />

Fitotecnia/UFSM<br />

Cléber Witt Saldanha - Engenheiro Florestal, Doutor em Fisiologia<br />

INTRODUÇÃO<br />

Os organismos e microrganismos presentes no solo são os principais agentes da atividade bioquímica<br />

que ocorre nos sistemas agrícolas, estando envolvidos diretamente em todos os processos<br />

biológicos que proporcionam a ciclagem e a disponibilização dos nutrientes contidos<br />

em resíduos orgânicos para as plantas (González et al., 2001). Neste sentido, práticas capazes<br />

de proporcionar a bioestimulação destes agentes no solo promovem benefícios diretos sobre<br />

a ciclagem de nutrientes e a produtividade das culturas agrícolas. O objetivo do trabalho foi<br />

determinar o efeito do uso da tecnologia Penergetic ® associada a diferentes níveis de adubação<br />

em cultivo de trigo sobre a velocidade de decomposição de resíduos culturais de azevém.<br />

MATERIAL E MÉTODOS<br />

A velocidade de degradação dos resíduos culturais de azevém foi determinada durante o<br />

cultivo de trigo cultivar Quartzo, através da metodologia das “sacolas de decomposição” (Thomas<br />

& Asakawa, 1993) ou “litter bags” (Rezende et al., 1999; Amado et al., 2002). O ensaio foi<br />

conduzido na Fepagro Sementes em Júlio de Castilhos (RS). Foram utilizados seis tratamentos<br />

de campo e um controle natural: T1 = testemunha sem adubo; T2 = testemunha + Penergetic<br />

® ; T3 = recomendação de fósforo e potássio pela CQFS-RS/SC; T4 = recomendação de<br />

fósforo e potássio pela CQFS-RS/SC + Penergetic ® ; T5 = 30 Kg de P 2<br />

O 5<br />

; T6 = 30 Kg de P 2<br />

O 5<br />

+<br />

Penergetic ® ; T7 = mato nativo (controle natural). A dose de Penergetic ® Kompost e Penergetic<br />

® Pflanzen aplicada no trigo foi de 250g ha -1 .<br />

As sacolas de decomposição foram confeccionadas em tecido voile (20x10 cm) e preenchidas<br />

com aproximadamente 25g de resíduos culturais de azevém. Estes resíduos foram coletados<br />

no campo, secos em temperatura ambiente e triturados em moinho de silagem. As sacolas de<br />

decomposição foram distribuídas aleatoriamente sobre o solo nas parcelas experimentais. No<br />

período de 110 dias, cinco sacolas de decomposição foram retiradas de cada tratamento de<br />

campo e três sacolas foram retiradas do mato nativo, em cada coleta no intervalo de 0, 30, 60,<br />

90 e 110 dias. O material foi levado ao laboratório para avaliação da perda de massa, onde<br />

passou por processo de lavagem externa em água corrente para retirada de impurezas (partículas<br />

de solo) e posterior secagem em estufa com aeração forçada, a 65 °C, até atingir peso<br />

constante. Em seguida, as sacolas foram pesadas em balança analítica para a determinação da<br />

progressiva perda de massa dos resíduos.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />

O percentual de persistência dos resíduos culturais de azevém foi decrescente ao longo dos<br />

110 dias de avaliação, sendo que as maiores taxas de decomposição ocorreram até os 60 dias,<br />

resultado este evidenciado pela maior perda de massa dos resíduos no interior das sacolas de<br />

decomposição. Valores mais elevados de persistência da palhada no campo indicam menor<br />

velocidade de decomposição (Tabela 1).<br />

80


Tabela 1. Persistência de resíduos culturais de azevém aos 30, 60, 90 e 110 dias após emergência do trigo (cultivar Quartzo),<br />

utilizando a metodologia das sacolas de decomposição (litter bags). Média das repetições.<br />

Persistência da palhada (%)<br />

Tratamentos<br />

30 60 90 110<br />

Testemunha 93,63 a 69,29 ab 68,86 ab 68,97 a<br />

Testemunha + Penerge ® 77,04 c 73,09 ab 68,67 ab 63,60 a<br />

Recom. adubação CQFS-RS/SC 87,01 b 66,69 b 67,54 ab 64,21 a<br />

Recom. adubação CQFS-RS/SC + Penerge ® 86,44 b 72,43 ab 74,53 a 70,08 a<br />

30 kg P 2 O 5 86,53 b 71,56 ab 70,84 ab 65,60 a<br />

30 kg P 2 O 5 + Penerge ® 85,33 b 75,59 a 67,00 ab 66,21 a<br />

Mato nao 82,86 b 72,47 ab 66,00 b 63,00 a<br />

CV (%) 3,60 6,49 6,44 9,83<br />

1<br />

Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 10% de probabilidade.<br />

Durante os primeiros 30 dias de avaliação, o maior valor de persistência da palhada<br />

foi observado no tratamento testemunha, indicando menor velocidade de decomposição.<br />

O tratamento que proporcionou menor persistência dos resíduos<br />

foi o testemunha + Penergetic ® , o qual diferiu estatisticamente dos demais<br />

tratamentos. Após 90 dias de avaliação, não foi observado efeito dos tratamentos<br />

sobre a persistência dos resíduos de azevém nas parcelas cultivadas com trigo<br />

e na área de mato nativo (Tabela 1).<br />

O coeficiente de decomposição da palhada expressa o número de gramas de re-<br />

síduo que foi degradado, diariamente, para cada grama<br />

de palha presente no interior da sacola de decomposição.<br />

Aos 30 dias, os dados do coeficiente de decomposição<br />

(Tabela 2) confirmaram os resultados de persistência<br />

dos resíduos de azevém (Tabela 1), indicando maior<br />

velocidade de degradação no tratamento testemunha<br />

+ Penergetic ® e menor velocidade de degradação no<br />

tratamento testemunha (Tabela 2).<br />

Tabela 2. Coeficiente de decomposição de resíduos culturais de azevém aos 30, 60, 90 e 110 dias após emergência do trigo<br />

(cultivar Quartzo), utilizando a metodologia das sacolas de decomposição (litter bags). Média das repetições.<br />

K (g dia<br />

Tratamentos<br />

-1 )<br />

30 60 90 110<br />

Testemunha 0,053 c 0,251 ab 0,267 a 0,273 a<br />

Testemunha + Penerge ® 0,190 a 0,230 ab 0,271 a 0,309 a<br />

Rom. adubação CQFS-RS/SC 0,113 b 0,291 a 0,284 a 0,310 a<br />

Rom. adubação CQFS-RS/SC + Penerge ® 0,117 b 0,238 ab 0,224 a 0,257 a<br />

30 kg P 2 O 5 0,114 b 0,243 ab 0,254 a 0,295 a<br />

30 kg P 2 O 5 + Penerge ® 0,124 b 0,206 b 0,280 a 0,286 a<br />

Mato nao 0,145 b 0,224 ab 0,288 a 0,315 a<br />

CV (%) 21,19 16,98 15,47 20,61<br />

1<br />

Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 10% de probabilidade.<br />

Neste mesmo período, não foram observadas diferenças significativas entre os<br />

tratamentos que receberam adubação conforme recomendação da CQFS-RS/SC<br />

com e sem aplicação de Penergetic ® , os tratamentos com adição de 30 kg de<br />

P 2<br />

O 5<br />

com e sem adição de Penergetic ® e a área de mato nativo (Tabela 2).<br />

Outra forma de avaliar o efeito da aplicação de Penergetic ® e da adubação fosfatada<br />

e potássica sobre a dinâmica de decomposição dos diferentes resíduos<br />

culturais é através do cálculo de decomposição acumulada<br />

ao longo do tempo. Os valores expressos na Tabela<br />

3 indicam, para cada época avaliada, o valor médio de<br />

gramas de palha decompostos em cada tratamento,<br />

considerando o número inicial de gramas adicionado em<br />

cada unidade experimental.<br />

81


Tabela 3. Decomposição acumulada de resíduos culturais de azevém aos 30, 60, 90 e 110 dias após emergência do trigo<br />

(cultivar Quartzo), utilizando a metodologia das sacolas de decomposição (litter bags). Média das repetições.<br />

Tratamentos<br />

Decomposição (g)<br />

30 60 90 110<br />

Testemunha 1,59 c 7,52 ab 8,01 a 8,20 a<br />

Testemunha + Penerge ® 5,69 a 6,90 ab 8,13 a 9,27 a<br />

Recom. adubação CQFS-RS/SC 3,38 b 8,72 a 8,51 a 9,29 a<br />

Recom. adubação CQFS-RS/SC + Penerge ® 3,50 b 7,15 ab 6,71 a 7,71 a<br />

30 kg P 2 O 5 3,42 b 7,30 ab 7,63 a 8,84 a<br />

30 kg P 2 O 5 + Penerge ® 3,73 b 6,18 b 8,40 a 8,58 a<br />

Mato nao 4,34 ab 6,73 ab 8,63 a 9,46 a<br />

CV (%) 21,13 17,37 16,58 20,54<br />

1<br />

Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 10% de probabilidade.<br />

Ao final dos 30 dias de avaliação, observou-se que a adição de Penergetic ®<br />

no solo elevou a taxa de decomposição dos resíduos culturais de azevém<br />

em superfície. Embora numericamente superior, o valor médio de decomposição<br />

acumulada do tratamento testemunha + Penergetic ® não diferiu estatisticamente<br />

do valor médio observado na área de mato nativo, tratamento<br />

este utilizado como ambiente referência de condições edafoclimáticas e<br />

biológicas pouco alteradas por interferências antrópicas, onde se esperava<br />

encontrar as maiores taxas de decomposição dos resíduos (Tabela 3).<br />

O tratamento testemunha apresentou o menor valor médio de decomposição<br />

acumulada dos resíduos aos 30 dias, indicando menor atividade<br />

biológica dos organismos e microrganismos envolvidos na atividade de<br />

decomposição vegetal na superfície do solo. Já os tratamentos que receberam<br />

adição de fertilizantes minerais com ou sem adição de Penergetic ®<br />

apresentaram valores médios intermediários de decomposição acumulada<br />

dos resíduos de azevém, ou seja, valores médios estatisticamente<br />

inferiores ao tratamento testemunha + Penergetic ® e superiores ao tratamento<br />

testemunha (Tabela 3).<br />

Estes resultados sugerem que houve efeito isolado da aplicação do Penergetic<br />

® sobre a atividade biológica superficial do ecossistema agrícola,<br />

influenciando diretamente a dinâmica da ciclagem de nutrientes, podendo<br />

refletir positivamente sobre a qualidade do solo. Embora menos significativo,<br />

foi possível observar efeito positivo da adição isolada de fertilizantes minerais<br />

(fósforo e potássio) ou combinada com a tecnologia Penergetic ® sobre<br />

a atividade da biota e microbiota envolvidas no processo de decomposição<br />

dos resíduos em superfície, em relação ao tratamento testemunha (Tabela 3).<br />

Assim como para o parâmetro coeficiente de degradação dos resíduos, não<br />

foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos em relação<br />

aos valores de decomposição acumulada da palha de azevém a partir dos 90<br />

dias de avaliação (Tabela 3).<br />

CONCLUSÃO<br />

A aplicação de Penergetic ® na cultura do trigo elevou a taxa de decomposição<br />

dos resíduos culturais de azevém depositados sobre o solo, reduzindo o<br />

percentual de persistência da palhada em superfície, nos primeiros 30 dias.<br />

82


Atividade alimentar de<br />

microrganismos e fauna do solo<br />

em cultivos agrícolas submetidos a<br />

diferentes manejos<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal<br />

Rosana Matos de Morais - Bióloga, Doutora em Fitotecnia.<br />

Cléber Witt Saldanha - Engenheiro Florestal, Doutor em Fisiologia Vegetal<br />

Breno Bevilaqua Heinz - Engenheiro Agrônomo, Mestrando em Agrobiologia<br />

RESUMO<br />

A atividade biológica do solo representa um elemento<br />

chave para a manutenção da sustentabilidade<br />

da produção em ambientes agrícolas. O<br />

objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos da fertilização<br />

mineral (fósforo e potássio) e da tecnologia<br />

Penergetic ® sobre a bioativação do solo em cultivos<br />

agrícolas através da avaliação do consumo alimentar<br />

da fauna e dos microrganismos edáficos.<br />

Os ensaios foram conduzidos em cultivos de soja<br />

(verão) e trigo (inverno) submetidos a diferentes<br />

formas de adubação e aplicação da tecnologia<br />

Penergetic ® . Quatro tratamentos foram avaliados:<br />

T1 = Controle sem fertilizantes; T2 = Controle<br />

+ Penergetic ® ; T3 = fertilização mineral de<br />

fósforo e potássio e T4 = fertilização de fósforo<br />

e potássio + Penergetic ® . As doses de Penergetic<br />

® Kompost e Penergetic Pflanzen aplicadas em<br />

ambos os cultivos foi de 250g ha -1 . Para avaliação<br />

do consumo alimentar nas parcelas experimentais,<br />

utilizou-se a metodologia bait-lamina.<br />

As lâminas permaneceram no solo durante 21<br />

dias. Foram avaliados os percentuais de orifícios<br />

vazios, parcialmente vazios e preenchidos para<br />

duas camadas de solo: 0 a 8 e 8 a 16 cm de profundidade,<br />

além da atribuição de notas para o<br />

padrão de consumo alimentar. Também foram<br />

feitas análises de componentes principais (PCA)<br />

dos resultados de atividade alimentar, notas da<br />

atividade alimentar, produtividade das culturas e<br />

respiração basal. O uso da tecnologia Penergetic ®<br />

combinada com a adubação mineral fosfatada e<br />

potássica promoveu efeito significativo sobre a<br />

atividade alimentar da fauna e dos microrganismos<br />

presentes na camada 0 a 8 cm do solo em<br />

cultivo de soja.<br />

Palavras-chave: Biologia do solo, bioativação,<br />

consumo alimentar.<br />

83


INTRODUÇÃO<br />

Os organismos e microrganismos que vivem no solo<br />

interferem direta e indiretamente nos ciclos biogeoquímicos<br />

dos elementos e na nutrição das plantas.<br />

Embora o processo de mineralização dos nutrientes<br />

seja dependente da ação dos microrganismos, a fauna<br />

do solo exerce relevante papel neste processo por regular<br />

as populações microbianas (Trogello et al., 2008;<br />

Socorrás & Izquierdo, 2014). Além disso, os diversos<br />

grupos que compõem a fauna do solo desempenham<br />

importantes serviços sistêmicos, tais como a fragmentação<br />

inicial dos detritos, a estimulação, digestão e<br />

disseminação de microrganismos, a predação seletiva<br />

de fungos e bactérias, ações estas que interferem<br />

diretamente na decomposição da matéria orgânica e<br />

alteram a disponibilidade de nutrientes para as plantas<br />

(Cragg & Bardgett, 2001).<br />

A fauna do solo influencia os processos de ciclagem de<br />

nutrientes por meio de duas vias principais: diretamente,<br />

pela modificação física da serrapilheira e do ambiente<br />

solo, e indiretamente, pelas interações com a comunidade<br />

microbiana. Seus efeitos diretos na ciclagem<br />

biogeoquímica ocorrem por meio da fragmentação e<br />

incorporação ao solo de detritos vegetais, promovendo<br />

aumento na disponibilidade de recursos nutricionais para<br />

os microrganismos e mediando a transferência de solutos<br />

e particulados profundamente no perfil do solo (Decaëns<br />

et al., 2003; Trogello et al., 2008). Eles também afetam a<br />

ciclagem biogeoquímica pelo rearranjo físico das partículas<br />

do solo, mudando a distribuição de tamanho de poros<br />

e, como resultado, os padrões de infiltração e emissão de<br />

gases (Beare et al., 1995).<br />

Com as modificações impostas pelo uso do solo e,<br />

em particular pela agricultura, a fauna e os microrganismos,<br />

em diferentes graus de intensidade, são<br />

afetados pelos impactos provocados pelas práticas<br />

agrícolas (Alvarez et al., 2001), tanto devido às modificações<br />

nas propriedades do solo, como pela ação<br />

direta dessas práticas sobre os organismos.<br />

Medidas do consumo alimentar da biota do solo são indicadores de taxas de<br />

decomposição (Reinecke et al., 2008) e da integridade funcional de ecossistemas<br />

(Filzek et al., 2004). Originalmente desenvolvido por von Törne (1990)<br />

como um método capaz de mensurar a atividade alimentar dos organismos<br />

do solo in situ, o teste de bait-lamina representa uma ferramenta capaz de<br />

detectar alterações no padrão de consumo alimentar da fauna do solo em<br />

ambientes submetidos a diferentes produtos ou manejos, sejam eles deletérios<br />

ou benéficos.<br />

A tecnologia Penergetic ® tem sido utilizada na agricultura para bioativar os microrganismos<br />

e a fauna existente no sistema solo. O efeito da tecnologia deve-<br />

-se à adição de partículas energizadas, as quais são introduzidas nos sistemas<br />

agrícolas via pulverizações no solo e sobre as plantas. Ao entrar em contato com<br />

o solo, a energia proveniente da tecnologia atua de forma benéfica no sistema<br />

agrícola, interferindo na atividade biológica da biota e microbiota do solo, bem<br />

como sobre a disponibilidade dos nutrientes para as plantas. O processo de<br />

energização utilizado pela tecnologia Penergetic ® provém das teorias propostas<br />

por Michael Faraday, em 1846, e por James Clerk Maxwell em 1864, ambos<br />

físicos que trabalharam na questão da energização de materiais (Pauli, 1927;<br />

Dirac, 1928; Noack, 1985). Na década de 60, observou-se que alguns gêneros<br />

de bactérias exibiam o surpreendente comportamento de, persistentemente,<br />

migrar em direção ao norte geomagnético, mesmo quando a orientação da<br />

amostra em uma lâmina fosse alterada através da rotação da platina do microscópio<br />

(Bellini, 1963). Desde então, pesquisas vêm sendo executadas no sentido<br />

de entender o mecanismo que envolve este comportamento. Bellini (2009)<br />

descreveu o movimento eletromagnético, demonstrando que o movimento de<br />

prótons e elétrons se dá de forma distinta e, somado a força da gravidade, este<br />

movimento gera um sentido de frequência, o qual orienta a movimentação de<br />

determinados microrganismos.<br />

Atualmente, a literatura apresenta grande número de trabalhos demonstrando<br />

o efeito da utilização de energia eletromagnética na atividade microbiana<br />

(Siannah et al., 2003; Siannah et al., 2012), orientação e atividade alimentar<br />

de organismos edáficos (Esquivel et al., 2004; Hsu et al., 2007; Wajnberg et<br />

al., 2010) e produtividade das culturas (Pieturszewski, 1993; Barbosa-Cánovas<br />

et al., 1998; Hajnorouzia et al., 2001; Novitsky et al., 2001; Zapata et al., 2002;<br />

Souza-Torres et al., 2006; Pekarskas et al., 2011; Ladino et al., 2012; Padrino<br />

et al.; 2013). Neste sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar os<br />

efeitos da fertilização mineral (fósforo e potássio) e da tecnologia Penergetic ®<br />

sobre a bioativação do solo em cultivos agrícolas através da avaliação do<br />

consumo alimentar da fauna e microfauna edáfica.<br />

84


MATERIAL E MÉTODOS<br />

Os ensaios foram realizados em cultivos de soja (janeiro)<br />

e trigo (outubro) submetidos a diferentes formas<br />

de adubação e aplicação da tecnologia Penergetic ®<br />

no ano agrícola de 2014, no município de Júlio de<br />

Castilhos, RS, Brasil.<br />

Os tratamentos avaliados foram: T1 = Controle sem<br />

fertilização; T2 = Controle + Penergetic ® ; T3 = recomendação<br />

de fósforo e potássio pela CQFS-RS/<br />

SC e T4 = recomendação de fósforo e potássio pela<br />

CQFS-RS/SC + Penergetic ® . A tecnologia Penergetic ®<br />

consistiu na aplicação de 250g ha -1 de cada um dos<br />

produtos: Penergetic ® Pflanzen (aplicado na parte<br />

aérea das plantas) e Penergetic ® Kompost (aplicado<br />

no solo). Com base nos teores de fósforo e potássio<br />

presentes inicialmente no solo, foram adicionados 50<br />

Kg de P 2<br />

O 5<br />

e 80 de K2O ha -1 nas parcelas correspondentes<br />

aos tratamentos T3 e T4.<br />

As lâminas utilizadas no ensaio foram confeccionadas<br />

de acordo com a descrição das bait-laminas comercializadas<br />

pela empresa alemã Terra Protecta (1999).<br />

Os orifícios foram preenchidos com substrato composto<br />

por uma mistura homogênea de celulose, farinha<br />

de trigo e carvão ativado nas proporções em<br />

massa de 70:27:3. Foram utilizadas 30 lâminas por<br />

parcela experimental, as quais foram inseridas verticalmente<br />

no solo com o auxílio de uma lâmina metálica,<br />

através da abertura de uma fenda no solo. As<br />

lâminas foram dispostas nas entrelinhas das culturas,<br />

em dois grupos de 15 lâminas, distantes aproximadamente<br />

5 metros entre si. O ensaio decorreu ao longo<br />

de 21 dias, tendo-se retirado no final do período correspondente,<br />

a totalidade das lâminas depositadas<br />

em cada parcela experimental.<br />

As lâminas foram armazenadas em sacos de papel individualizados<br />

para posterior processamento em laboratório.<br />

Os resultados foram expressos em percentual<br />

de orifícios vazios, parcialmente vazios e preenchidos<br />

para duas camadas de solo. Para a camada 0 a 8 cm foram<br />

considerados os primeiros oito orifícios e para a camada 8 a 16 cm foram<br />

considerados os orifícios 9 a 16. Também foram atribuídas notas para cada um<br />

dos 16 orifícios das lâminas, de acordo com o padrão de perfuração observado:<br />

orifício vazio (nota 3), parcialmente vazio (nota 2) e orifício preenchido (nota<br />

1). Com base nas notas atribuídas ao padrão de consumo dos orifícios de cada<br />

uma das lâminas expostas no campo, foi calculado um índice médio de consumo<br />

para cada tratamento. Desta forma, quanto maior o valor médio atribuído<br />

às lâminas em função do consumo do substrato, maior é a atividade alimentar<br />

dos organismos e microrganismos presentes na parcela experimental.<br />

Os resultados foram submetidos à análise de variância entre tratamentos, através<br />

do software Sisvar (Ferreira, 2000). As médias de cada tratamento foram<br />

comparadas entre si através do teste de Tukey a 5% de probabilidade (P


Ao atribuir notas ao padrão de consumo<br />

do substrato presente no interior dos orifícios<br />

das lâminas, o efeito da adubação<br />

mineral combinada ou não com a tecnologia<br />

Penergetic ® sobre a bioativação da<br />

biota e microbiota do solo fica ainda mais<br />

evidente. Para ambas as camadas de solo<br />

avaliadas no cultivo de soja, as lâminas de-<br />

positadas nas parcelas testemunha (sem<br />

aplicação de Penergetic ® e fertilizantes<br />

minerais) apresentaram notas significativamente<br />

inferiores, indicando menor atividade<br />

biológica em relação aos demais<br />

tratamentos (Figuras 3 e 4).<br />

No cultivo da soja, comparando apenas a<br />

atividade alimentar da fauna e microfauna<br />

na camada mais superficial do solo (0-8 cm),<br />

onde existe maior diversidade de espécies<br />

e abundância de organismos, observou-se<br />

que a combinação de correção da fertilidade<br />

do solo e aplicação de Penergetic ® resultou<br />

em incremento significativo da atividade<br />

biológica do solo, através do aumento do<br />

consumo alimentar.<br />

Figura 2. Percentual<br />

de orifícios vazios,<br />

parcialmente vazios e<br />

preenchidos na camada<br />

8 – 16 cm de solo,<br />

indicando a atividade<br />

alimentar dos organismos<br />

nos cultivos de soja<br />

e trigo submetidos a<br />

diferentes tratamentos.<br />

Média de 30 repetições.<br />

Médias com mesma<br />

letra em cada grau de<br />

consumo nos orifícios das<br />

lâminas não diferem entre<br />

si a 5% de probabilidade.<br />

100%<br />

90%<br />

80%<br />

70%<br />

60%<br />

50%<br />

40%<br />

30%<br />

20%<br />

10%<br />

0%<br />

Atividade alimentar dos organismos na camada 8-16 cm do solo<br />

Vazio Parcialmente vazio Cheio<br />

12,9 b<br />

7,5 b<br />

15,4 b<br />

40,7 a<br />

60,3 a<br />

65,8 a 63,5 a 62,3 a<br />

69,6 a<br />

73,8 a<br />

71,3 a<br />

45,4 b<br />

33,4 a<br />

33,7 a 35,5 a 35,6 a<br />

22,9 a<br />

13,9 b 13,3 b<br />

13,3 a<br />

6,3 a 0,5 b 1,0b 2,1 b<br />

Cont. Cont. + P Rec. Rec. + P Cont. Cont. + P Rec. Rec. + P<br />

Soja<br />

Trigo<br />

Foi observado efeito positivo da correção<br />

dos níveis de fósforo e potássio presentes<br />

no solo, bem como da aplicação isolada ou<br />

combinada da tecnologia Penergetic ® sobre<br />

a atividade alimentar da fauna e microfauna<br />

habitante no solo no cultivo de soja.<br />

Na camada mais superficial do solo (0 a 8<br />

cm), a correção dos níveis desses nutrientes<br />

aliada ao uso de Penergetic ® resultou em<br />

efeitos de bioativação e/ou estímulo da atividade<br />

biológica do solo, sendo observado<br />

maior percentual de orifícios totalmente vazios<br />

(32,1%) e menor percentual de orifícios<br />

completamente cheios (7,1%) neste tratamento<br />

(Figura 3).<br />

Segundo Silva Filho et al. (2002), são encontradas<br />

populações de microrganismos<br />

solubilizadores entre 104 e 107 g -1 de<br />

solo, podendo variar de acordo com o local<br />

e o método de avaliação, e na ordem<br />

de 106 g -1 de solo da rizosfera de diversas<br />

leguminosas. A interação entre microrganismos<br />

e entre estes e o ambiente é<br />

conhecida. No entanto, a grande maioria<br />

das informações disponíveis é referente à<br />

utilização de sinais bioquímicos entre os<br />

microrganismos. Há alguns anos, resultados<br />

de pesquisa estão mostrando que<br />

além dos sinais bioquímicos, fungos e<br />

bactérias podem se “comunicar” com o<br />

ambiente através de sinais eletromagnéticos<br />

(Cifra et al., 2011; Dotta et al., 2011;<br />

Dotta & Rouleau, 2014).<br />

Figura 3. Índice médio<br />

de consumo alimentar<br />

dos organismos do<br />

solo na camada 0 – 8<br />

cm, calculado através<br />

da atribuição de notas<br />

conforme o padrão de<br />

consumo do substrato<br />

em laminas-bite<br />

distribuídas em cultivos<br />

de soja e trigo. Notas:<br />

1 (orifício preenchido),<br />

2 (parcialmente vazio)<br />

e 3 (completamente<br />

vazio). Médias de 30<br />

repetições.<br />

20,0<br />

18,0<br />

16,0<br />

14,0<br />

12,0<br />

10,0<br />

8,0<br />

6,0<br />

4,0<br />

2,0<br />

0,0<br />

14,5c<br />

Cont.<br />

Média do consumo alimentar dos organismos na camada 0-8 cm do solo<br />

18,0a<br />

17,0a<br />

16,3b<br />

16,8a 16,8a<br />

16,1a<br />

15,4bc<br />

Cont. + P<br />

Soja<br />

Rec. Rec. + P Cont. Cont. + P Rec. Rec. + P<br />

Trigo<br />

86


Média do consumo alimentar dos organismos na camada 8-16 cm do solo<br />

18,0<br />

16,0<br />

14,0<br />

12,0<br />

10,0<br />

8,0<br />

6,0<br />

4,0<br />

2,0<br />

0,0<br />

13,8b<br />

Cont.<br />

17,0a<br />

16,0a<br />

15,8a<br />

15,3a 15,6a 15,9a 16,0a<br />

Cont. + P<br />

Soja<br />

Rec. Rec. + P Cont. Cont. + P Rec. Rec. + P<br />

Trigo<br />

Figura 4. Índice médio<br />

de consumo alimentar<br />

dos organismos do<br />

solo na camada 8 – 16<br />

cm, calculado através<br />

da atribuição de notas<br />

conforme o padrão de<br />

consumo do substrato<br />

em laminas-bite<br />

distribuídas em cultivos<br />

de soja e trigo. Notas:<br />

1 (orifício preenchido),<br />

2 (parcialmente vazio)<br />

e 3 (completamente<br />

vazio). Médias de 30<br />

repetições.<br />

O fato de não ter sido observado efeito significativo do uso da tecnologia<br />

Penergetic ® e da adubação fosfatada e potássica no cultivo de trigo (Figuras<br />

1, 2, 3 e 4) pode estar relacionado às condições climáticas da região onde foi<br />

desenvolvido o estudo, caracterizado pela ocorrência de temperaturas abaixo<br />

dos 10 °C no inverno (Lima et al., 2013). Assim, é possível que as baixas<br />

temperaturas tenham inibido a atividade biológica do solo.<br />

É importante salientar que a sociedade está buscando um novo modelo de<br />

agricultura, que seja capaz de gerar alimentos de qualidade com redução da<br />

aplicação de insumos químicos, visando a redução dos custos de produção<br />

e a preservação do ambiente. Questões sobre a dependência, bem como o<br />

uso excessivo de fertilizantes minerais nos cultivos agrícolas, há décadas vem<br />

sendo discutidas buscando alternativas para garantir a sustentabilidade da<br />

agricultura (Costa, 2002). O custo dos fertilizantes minerais, principalmente os<br />

fosfatados, tem aumentado constantemente. Aliado a isso, as reservas fosfatadas<br />

do planeta estão sendo consumidas a um ritmo acelerado, comprometendo<br />

esta prática em um futuro próximo.<br />

Sendo assim, é necessário que novas tecnologias sejam propostas, visando<br />

melhorar a qualidade dos sistemas agrícolas, beneficiando a produtividade<br />

das culturas e a sobrevivência dos organismos e microbiota presente no sistema.<br />

O bioestímulo à presença e à atividade da vida existente no solo contribui<br />

para a sustentabilidade da agricultura, além de atuar diretamente na<br />

ciclagem da matéria orgânica e contribuir para a redução da necessidade de<br />

aporte externo de nutrientes nos cultivos agrícolas.<br />

CONCLUSÃO<br />

A atividade alimentar da fauna e dos microrganismos da camada de 0 a 8 e 8<br />

a 16 cm do solo foi intensificada pelo uso da tecnologia Penergetic ® isolada<br />

ou combinada à adubação fosfatada e potássica no cultivo da soja. Na cultura<br />

de inverno, devido as condições climáticas, a atividade alimentar no solo foi<br />

semelhante em todos os tratamentos avaliados.<br />

87


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88


Bioativação do solo na supressão dos<br />

danos causados por Pratylenchus<br />

brachyurus na cultura da soja<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo<br />

Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal<br />

Zaida Inês Antoniolli - Doutora em Ecology Of Mycorrhizal Molecular Aspects, Professora do Departamento de Solos/UFSM<br />

Rodrigo Josemar Seminoti Jacques - Doutor em Ciência do Solo, Professor do Departamento de Solos/UFSM<br />

Edicarla Trentin - Engenheira Agrônoma, Mestranda do PPG em Ciência do Solo/UFSM<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

O Brasil é o maior exportador e o segundo maior<br />

produtor mundial de grãos de soja. Atualmente, a<br />

produção de soja no Brasil é liderada pelos estados<br />

de Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás,<br />

os quais correspondem a 82,0% da soja produzida no<br />

País. Segundo levantamento realizado pelo MAPA,<br />

as estimativas para soja grão indicam uma produção<br />

brasileira de 86,5 milhões de toneladas em 2020/2021<br />

(MAPA, 2011). Aproximadamente 25 patógenos<br />

apresentam importância econômica para esta cultura no<br />

Brasil. Os fitonematoides vêm crescendo em importância<br />

no sistema produtivo e ganhando espaço no cenário<br />

brasileiro, podendo inclusive inviabilizar algumas áreas<br />

de cultivo de soja (GRIGOLLI; ASMUS, 2014).<br />

Atualmente, o controle de fitopatógenos está baseado<br />

na utilização de princípios ativos, os quais garantem a<br />

manutenção da produtividade por reduzirem os danos<br />

causados por estes organismos nas raízes. Porém, esta<br />

prática apresenta riscos de contaminação ambiental l.<br />

Neste sentido, existem pressões por parte da sociedade<br />

para que o uso de produtos químicos seja cada vez mais<br />

restrito por parte dos agricultores. Segundo Sediyama et<br />

al. (2014), atualmente há um retrocesso nos programas<br />

de manejo de pragas, resultando em aumento da<br />

intensidade e das doses de aplicação de agrotóxicos nas<br />

lavouras, com consequências indesejáveis do ponto de<br />

vista econômico e ambiental. Com a seleção de indivíduos<br />

resistentes aos agrotóxicos, utilizam-se princípios ativos<br />

cada vez mais agressivos e as consequências indesejáveis<br />

aumentam na mesma proporção. Na cultura da soja, a<br />

cada safra surgem novas pragas e o controle se torna<br />

cada vez mais ineficiente.<br />

89


Dentre os fitopatógenos responsáveis por danos em culturas de grãos, em especial<br />

na soja, destacam-se os fitonematoides causadores de lesões radiculares do gênero<br />

Pratylenchus spp. De forma geral, os nematoides desse gênero acarretam problemas<br />

graves, decorrentes da grande capacidade de adaptação aos diversos agrossistemas.<br />

Por estas razões, aliada à rapidez e à facilidade de disseminação dos fitonematoides na<br />

lavoura, é fundamental que novas alternativas de controle sejam testadas para serem<br />

aliados dos agricultores no controle destes fitoparasitas. Diante do exposto, o objetivo do<br />

trabalho foi avaliar o efeito do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost na penetração<br />

de fitonematoides nas raízes de soja.<br />

A penetração de Pratylenchus brachyurus foi avaliada na cultivar de soja Nidera 5909. As<br />

plantas foram cultivadas em vasos plásticos com capacidade de 3L contendo solo, mantidos<br />

em casa de vegetação.<br />

Os tratamentos avaliados foram: 1) testemunha (sem aplicação da tecnologia Penergetic ®<br />

e sem adubação mineral); 2) Aplicação de tecnologia Penergetic ® e sem adubação mineral;<br />

3) Aplicação de fósforo (P) e potássio (K) conforme CQFS-RS/SC (2004) e 4) Aplicação da<br />

tecnologia Penergetic ® e aplicação de fósforo (P) e potássio (K) conforme CQFS-RS/SC (2004).<br />

A aplicação da tecnologia Penergetic ® (Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost) foi<br />

realizada segundo recomendações técnicas: Penergetic ® Kompost (250 g ha -1 ) aplicado no<br />

solo antes da semeadura da soja e Penergetic ® Pflanzen (250 g ha -1 ) em aplicações aéreas no<br />

estágio V3 (125 g ha -1 ) e 15 dias após a primeira aplicação (125 g ha -1 ).<br />

O inoculo foi constituído por populações puras, obtidas a partir do isolamento espécieespecífico.<br />

O preparo do inoculo foi realizado pelo trituramento das raízes conforme técnica<br />

descrita por Hussey e Barker (1973) modificada por Boneti e Ferraz (1981). Foram inoculados<br />

5 mL de uma suspensão contendo 1750 juvenis P. brachyurus, a qual foi distribuída em três<br />

orifícios de aproximadamente 2cm de profundidade, localizados no entorno de cada planta.<br />

Aos 30 dias e no período de florescimento da cultura, procedeu-se a contagem do número<br />

de fitonematoides no interior das raízes, utilizando-se metodologia descrita por Byrd et al.<br />

(1983) para coloração de raízes. Após a etapa de coloração, as raízes foram dispostas entre<br />

duas lâminas de vidro, sob microscópio com aumento de 40x, para contagem do número<br />

de fitonematoides penetrados.<br />

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e ao teste de médias de acordo<br />

com Tukey pelo software SISVAR (FERREIRA, 2000).<br />

A utilização do Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost resultou na diminuição<br />

do número de fitonematoides penetrados nas raízes de soja, tanto aos 30 dias após a<br />

emergência como no florescimento da cultura. Considerando-se que as plantas de soja<br />

foram cultivadas em casa de vegetação, ficando menos expostas a estresses bióticos e<br />

abióticos, os resultados demonstram suscetibilidade da soja ao ataque deste fitonematoide<br />

e que os diferentes produtos possuem eficiência no manejo destes organismos. Este<br />

resultado está relacionado aos fatores: (a) menor número de fitonematoides penetrados no<br />

sistema radicular e (b) redução da multiplicação destes organismos no solo, demonstrando<br />

30 DAE Florto<br />

Figura 1. Número de<br />

fitonematoides da espécie<br />

Pratylenchus brachyurus<br />

penetrados em raízes de<br />

soja aos 30 dias após a<br />

emergência (DAE) e no<br />

florescimento da cultura.<br />

Fitonematoides por grama de raíz<br />

400<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

267 a<br />

378 a<br />

Testemunha<br />

157 b<br />

257 b<br />

Testemunha<br />

+ Penerge<br />

302 a<br />

366 a<br />

Adubação<br />

onforme<br />

CQFS-RS/SC<br />

168 b<br />

248 b<br />

Adubação<br />

onforme CQFS-<br />

RS/SC +<br />

Penerge<br />

90


assim, efeito de atraso do ciclo do nematoide no interior da raiz e menor fonte de<br />

inoculo no solo.<br />

Quanto aos danos causados no sistema radicular das plantas, a partir<br />

dos estágios V4-5, período em que o ciclo dos fitonematoides já está<br />

estabelecido no interior das raízes, onde o número de deformações<br />

neoplásticas, a necrose e a falência de raízes começam a corresponder<br />

diretamente ao grau de parasitismo e ao provável dano inerente à ação<br />

30 DAE Florescimento<br />

Figura 2. Altura<br />

de plantas de soja<br />

mantidas em solo<br />

inoculado com o<br />

fitonematoide da<br />

espécie Pratylenchus<br />

brachyurus aos<br />

30 dias após a<br />

emergência (DAE) e<br />

no florescimento da<br />

cultura.<br />

Altura das plantas (cm)<br />

45<br />

40<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

16,4 b<br />

34,3 b<br />

Testemunha<br />

18,7 a<br />

38,4 a<br />

Testemunha<br />

+ Penerge<br />

17,3 a<br />

35,3 b<br />

Adubação<br />

conforme<br />

CQFS-RS/SC<br />

18,8 a<br />

38,2 a<br />

Adubação<br />

conforme CQFS-<br />

RS/SC +<br />

Penerge<br />

dos fitonematoides, observou-se que os danos causados nas raízes de<br />

soja foram significativamente inferiores nas plantas que receberam a<br />

tecnologia Penergetic ® .<br />

Diante da reduzida efetividade dos nematicidas químicos disponíveis no<br />

mercado, o manejo das áreas infestadas deve ser realizado através da<br />

integração de diversas técnicas de controle, como o uso de culturas e<br />

cultivares não hospedeiras, o uso de plantas antagonistas e a utilização<br />

de tecnologias capazes de limitar os danos inerentes ao ataque<br />

destes organismos. Neste contexto, os resultados deste trabalho<br />

demonstram que o uso da tecnologia Penergetic ® apresenta-se como<br />

uma ferramenta auxiliar no controle de fitonematoides no campo,<br />

pelos efeitos na redução da intensidade de infecção dos fitoparasitas<br />

no sistema radicular da cultura da soja.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

BONETTI, J. I. S.; FERRAZ, S. Modificação do método de<br />

Hussey e Barker para extração de ovos de Meloidogyne exígua<br />

do cafeeiro. Fitopatologia Brasileira, Brasília, DF, v. 6, n. 3, p.<br />

553, 1981.<br />

BYRD, Jr. D. W.; KIRKPATRICK, J.; BAEKER, K. R. An improved<br />

technique for clearing and staining plant tissues for detection<br />

of nematodes. Journal of Nematology, v. 15, n. 1, 983.<br />

CQFS-RS/SC - COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO<br />

SOLO. Manual de adubação e calagem para os Estados do<br />

Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 10 ed. Porto Alegre:<br />

Núcleo Regional Sul da Sociedade Brasileira de Ciência do<br />

Solo, 2004. 400p.<br />

FERREIRA, D. F. Sistemas de análise estatística para dados<br />

balanceados. Lavras:UFLA/DEX/SISVAR, 2000. 145p.<br />

GRIGOLLI, J. F. J.; ASMUS, G. L. Manejo de nematóides na<br />

cultura da soja. Tecnologia e Produção. Fundação MS. 2014.<br />

HUSSEY, R. S.; BARKER, K. R. A comparison of methods<br />

of collecting inocula of Meloidogyne spp. including a new<br />

technique. Plant Disease Reporter, v. 57, n. 12, 1973.<br />

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E<br />

ABASTECIMENTO (MAPA). Projeções do Agronegócio Brasil<br />

2010/11 a 2020/21. AGE/MAPA – Embrapa, 2011, 580.<br />

SEDIYAMA, M. A.; SANTOS, I. C.; LIMA, PAULO DE. Cultivo de<br />

hortaliças no sistema orgânico. Ceres, Viçosa, v. 61, p. 829-837,<br />

2014.<br />

VENCATO, A. Z., et al. Anuário Brasileiro da Soja 2010. Santa<br />

Cruz do Sul: Ed. Gazeta Santa Cruz, p. 144, 2010.<br />

91


Efeitos da tecnologia Penergetic ® na<br />

germinação de sementes e no índice<br />

de clorofila em plantas de soja<br />

Joseila Maldaner - Bióloga, Doutora em Fisiologia Vegetal<br />

Gerusa Pauli Kist Steffen - Engenheira Agrônoma, Doutora em Ciência do Solo<br />

Cléber Witt Saldanha - Engenheiro Florestal, Doutor em Fisiologia Vegetal<br />

Rosana Matos de Morais - Bióloga, Doutora em Fitotecnia<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

O Brasil é atualmente o segundo maior produtor<br />

mundial de soja. O crescimento da produção e o<br />

aumento da capacidade produtiva da soja brasileira<br />

estão aliados aos avanços científicos e à disponibilização<br />

de tecnologias no setor produtivo. Nos<br />

últimos 40 anos, a produção mundial de soja aumentou<br />

mais de 500%. Além disso, as mudanças<br />

no padrão de vida de países como a China e a crescente<br />

demanda por matéria-prima para produção<br />

de biodiesel, apontam que a produção mundial de<br />

soja continuará a crescer. Vencato et al. (2010), projeta<br />

aumento de 40% na produção de soja no Brasil<br />

até 2020, ultrapassando os Estados Unidos em<br />

produção e se tornando o maior produtor mundial<br />

desta oleaginosa. No entanto, para que projeções<br />

como esta possa se concretizar, é urgente que se disponibilize ao produtor<br />

tecnologias que sustentem este patamar produtivo. Segundo balanço<br />

do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Brasil participa<br />

atualmente com 26,5 e 31,3%, respectivamente, da produção e da exportação<br />

de soja em grão no mundo.<br />

Segundo Freitas, (2011), o crescimento da cultura da soja no Brasil sempre<br />

esteve associado aos avanços científicos e a disponibilização de tecnologias<br />

ao produtor. Dentre estes avanços, destaque é dado a mecanização,<br />

a criação de cultivares altamente produtivas adaptadas às diversas regiões<br />

e o desenvolvimento de tecnologias relacionadas tanto ao manejo da<br />

cultura como ao manejo de pragas e doenças, os quais são responsáveis<br />

por parcela significativa das perdas anuais.<br />

Neste contexto, a adoção de produtos inovadores que resultem na redução<br />

do uso de insumos de alto custo econômico e ambiental, pode re-<br />

92


presentar uma estratégia viável para produtores que estejam buscando<br />

adotar sistemas produtivos mais sustentáveis, sem reduzir a produtividade<br />

das culturas. Dentre estes produtos, destaca-se o Penergetic ® , o qual utiliza<br />

energia eletromagnética na otimização da eficiência fotossintética das<br />

plantas (Penergetic ® Pflanzen). PEKARSKAS et al. (2011) avaliando o efeito<br />

da aplicação de Penergetic ® em culturas de inverno, observaram aumento<br />

na produtividade e na qualidade do trigo. Jankauskiene e Surviliene (2009)<br />

avaliando o efeito de diferentes produtos no estímulo a germinação de hortaliças,<br />

observaram que a utilização do Penergetic ® Pflanzen resultou em aumentos<br />

no vigor de sementes de tomate, rabanete, pepino e beterraba. Os<br />

mesmos autores, ao avaliar o efeito de pulverizações de Penergetic ® Pflanzen<br />

sobre mudas de beterraba, observaram uma maior absorção da radiação<br />

fotossinteticamente ativa, maior taxa de transmissão de elétrons e aumento<br />

do acúmulo de matéria seca.<br />

Segundo MOTTA et al. (2000) a garantia de melhor desempenho de<br />

determinada cultura depende, fundamentalmente, da qualidade das sementes,<br />

caracterizada pela germinação e vigor, o qual caracteriza-se pela<br />

habilidade de determinado lote de sementes estabelecer plântulas normais<br />

em condições de campo.<br />

O parâmetro da planta mais estudado no intuito de indicar o nível de nitrogênio<br />

(N) foliar para predizer a necessidade de adubação de cobertura<br />

é o teor relativo de clorofila na folha. Teores de clorofila ocupam posição<br />

de destaque na medida em que determinam o potencial fotossintético<br />

da planta através do seu controle sobre a quantidade de radiação solar<br />

que uma folha absorve (HATFIELD et al., 2008).<br />

Diante do exposto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a utilização<br />

do Penergetic ® Pflanzen na germinação de sementes de soja e seu efeito no<br />

processo fotossintético na fase vegetativa da cultura.<br />

Para o teste de germinação, sementes de soja cultivar Nidera 5909<br />

foram submetidas aos tratamentos 0, 2, 2,5 e 3 gramas de Penergetic<br />

® Pflanzen por quilograma de semente utilizados na forma de tratamento<br />

de sementes. O teste de germinação foi realizado com quatro<br />

repetições de 25 sementes cada. Utilizou-se<br />

papel Germitest, em forma de rolo, umedecido<br />

com água destilada, na proporção de duas vezes<br />

e meia o peso do papel e o material foi mantido<br />

a temperatura de 25 o C. A contagem do percentual<br />

de germinação ocorreu no quinto dia após a<br />

instalação do ensaio.<br />

As avaliações do índice de clorofila (ICF) foram realizadas<br />

em condição de campo, utilizando-se o cultivar<br />

Nidera 5909. Para as avaliações foram utilizados os<br />

tratamentos testemunha (sem a utilização da tecnologia<br />

Penergetic ® ) e o tratamento Penergetic ® Pflanzen<br />

na dosagem de 250 g ha -1 . Antes da aplicação do Penergetic<br />

® Pflanzen (estágio V3) e nos estágios V4, V6<br />

e R1, avaliou-se o índice de clorofila em 12 plantas<br />

por tratamento.<br />

Os dados de germinação e índice de clorofila foram<br />

submetidos à análise de variância e teste de médias<br />

de acordo com Tukey a 5% de probabilidade.<br />

A utilização do Penergetic ® Pflanzen no tratamento<br />

de sementes de soja resultou em aumento significativo<br />

tanto na germinação quantono crescimento<br />

da radícula (Figura 1). As concentrações de 2,5 e<br />

3 gramas por quilograma de semente proporcionaram<br />

germinação significativamente superior aos<br />

demais tratamentos. Quanto ao comprimento de<br />

radícula, 3 gramas de Penergetic ® Pflanzen por<br />

quilograma de semente resultou em maior comprimento<br />

de radícula. Os tratamentos 2 e 2,5 gramas<br />

de Penergetic ® Pflanzen por quilograma de semente<br />

foram superiores ao tratamento testemunha (ausência<br />

de Penergetic ® ).<br />

Germinaç<br />

100<br />

95<br />

90<br />

85<br />

80<br />

75<br />

70<br />

98 ab<br />

99 a<br />

100 a<br />

96 b<br />

0 2 2,5 3<br />

Comprimento da r<br />

100<br />

90<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

93,61 a<br />

72,5 b 74,2 b<br />

35,3 c<br />

Doses de Doses Penerge/kg de Penergetic ® Pflanzen de semente)<br />

(g/kg de semente)<br />

0 2 2,5 3<br />

Doses de Doses Penerge/kg de Penergetic ® Pflanzen de semente)<br />

(g/kg de semente)<br />

Figura 1. Porcentagem de germinação e comprimento de radícula de soja submetida a<br />

diferentes dosagens de Penergetic ® Pflanzen via tratamento de semente.<br />

93


Quanto ao índice de clorofila, determinado através da utilização do clorofilômetro, observou-se<br />

que a utilização da tecnologia Penergetic ® resultou em aumento no índice desde<br />

a aplicação do produto até a m<strong>edição</strong> realizada no estágio R1 da cultura, apresentando<br />

resposta quadrática para esta variável (Figura 2). A importância desta informação fundamenta-se<br />

na correlação positiva existente entre o teor de clorofila e o teor de N na planta.<br />

O N é indutor de processos metabólicos, com efeitos sobre a absorção de macro e micronutrientes<br />

e sobre a alocação de matéria e energia pelas plantas (SILVA et al., 2011).<br />

50<br />

Sem aplicação<br />

250g/ha - 125g + 125g<br />

Índice de Clorofila<br />

45<br />

40<br />

35<br />

1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />

Figura V1 2. Índice V3 de clorofila V4 Falker (ICF) medido Vn em plantas de R1 soja submetida R2 a diferentes R3 tratamentos R4 - 5<br />

Os resultados aqui apresentados permitem, além de racionalizar a adubação nitrogenada<br />

da cultura (CARVALHO et al., 2012), inferir quanto a ganhos em produtividade conferidos<br />

pela aplicação do produto Penergetic ® P, devido a promoção fotossintética através do<br />

incremento de sua maquinaria de ação.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

CARVALHO, M.A.F.; SILVEIRA, P. M. de; SANTOS, A. B. dos. Utilização do Clorofilômetro para Racionalização da Adubação<br />

Nitrogenada nas Culturas do Arroz e do Feijoeiro. Comunicado Técnico 205 - Embrapa, ISSN 1678-961X Santo Antônio<br />

de Goiás, 2012.FREITAS, M. de C. M. de. A cultura da soja no Brasil: o crescimento da produção brasileira e o surgimento<br />

de uma nova fronteira agrícola. Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v.7, n.12; 2011.<br />

HATFIELD, J. L.; GITELSON, A.A.; SCHEPERS, J. S. Application of spectral remote sensing for agronomic decisions.<br />

Agronomy Journal, v. 100 (Supplement): p. 117-131, 2008.<br />

JANKAUSKIENE, J.; SURVILIENE, E. Influence of growth regulators on seed germination energy and biometrical<br />

parameters of vegetables. In: Scientific works of the Lithuanian institute of horticulture and Lithuanian University of<br />

Agriculture. Sodininkystė ir Daržininkystė. V. 28, N. 3, 2009.<br />

MOTTA, I.S.; BRACCINI, A.L.B.; SCAPIM, C.A.; GONÇALVES, A.C.A.; BRACCINI, M.C.L.; ÁVILA, M.R. Qualidade<br />

fisiológica de sementes de soja provenientes de diferentes épocas de semeadura. <strong>Revista</strong> Brasileira de Sementes, v. 22,<br />

p.257-267, 2000.<br />

SILVA, R.V.M.M.; ROSSIELLO, R.O.P. MORENZ, M.J.F.; BARBIERI JUNIOR, E.; GOMES, R.L.T. CAMARGO FILHO, S.T. Uso<br />

de clorofilometro na avaliação da adubação nitrogenada e potássica no capim Tifton 85. <strong>Revista</strong> Brasileira de Saúde e<br />

Produção Animal, v.12, n.3, p. 828-839, 2011.<br />

PEKARSKAS, J.; VILKENYTE, L.; SILEKIENE, D.; CESONIENE, L.; MAKARENKOS, N. effect of organic nitrogen fertilizers<br />

provita and fermentator Penergetic ® k winter wheat and on soil quality. Environmental Engineering, Lithuania , 2011.<br />

VENCATO, A. Z., et al. Anuário Brasileiro da Soja 2010. Santa Cruz do Sul: Ed. Gazeta Santa Cruz, p. 144, 2010.<br />

94


Avaliação do uso de Penergetic ®<br />

Pflanzen e Penergetic ® Kompost em<br />

fruteiras de clima temperado<br />

Alessandra Vendrameto Martinsª- Engenheira Agrônoma<br />

INTRODUÇÃO<br />

A produtividade e a qualidade dos frutos de um pomar<br />

resultam da interação de vários fatores, destacando-se<br />

o potencial genético e o ambiente (manejo do solo,<br />

dos nutrientes e balanço de água). A máxima produção<br />

e a qualidade ótima do fruto são alcançadas quando<br />

o status nutricional da planta é ideal. Sob muitas<br />

situações agrícolas essa condição é satisfeita pelo suprimento<br />

anual de fertilizantes e da correção da acidez<br />

do solo. O aspecto nutricional é particularmente<br />

importante para os frutos, visto a influência que os<br />

elementos minerais exercem sobre sua qualidade. As<br />

plantas frutíferas são altamente responsivas à adição<br />

de fertilizantes. Em muitos casos a adubação e, consequentemente<br />

o estado nutricional das culturas, pode<br />

afetar não apenas a produtividade, mas o tamanho e<br />

o peso do fruto, a cor, a aparência, o sabor, o aroma, a<br />

conservação pós-colheita, a resistência a pragas e doenças,<br />

entre outros. A bioativação ou ativação biológica<br />

de plantas é uma interferência positiva que dá subsídio<br />

para que a mesma mostre seu potencial produtivo,<br />

tornando possível potencializar toda sua capacidade<br />

em converter luz, água e nutrientes, em grãos, fibras,<br />

celulose, etc, facilitando a associação dela com o solo<br />

e seus microrganismos. Isso resultará em uma planta<br />

mais saudável, resistente e vigorosa.<br />

OBJETIVO<br />

O objetivo deste trabalho é avaliar o desempenho<br />

dos produtos Penergetic ® Kompost e Penergetic ®<br />

Pflanzen na bioativação do solo e das plantas de Pêssego<br />

cv Kampai.<br />

METODOLOGIA<br />

O experimento está sendo conduzido na propriedade<br />

do Sr. Alberto Nascimento no Distrito de Campos de<br />

Holambra, Paranapanema-SP, em lavoura de Pêssego<br />

cv Kampai, de 4 anos de idade. Foram aplicados dois<br />

tratamentos, sendo que a adubação realizada constitui-se<br />

de 100kg/ha de nitrato de potássio, 100kg/ha<br />

de uréia e 150kg/ha de KCl dividido em duas aplicações.<br />

Segue tratamentos:<br />

Testemunha: Padrão do produtor.<br />

Tratamento 1: 600 g/ha Penergetic ® Kompost e 600 g/ha Penergetic ® Pflanzen.<br />

A aplicação do Penergetic ® Kompost foi realizada em dose única no dia<br />

26/06/2014, e as aplicações do Penergetic ® Pflanzen foram divididas em três vezes,<br />

sendo aplicadas nos dias 18/06/2014; 02/07/2014 e 20/07/2014 respectivamente.<br />

Foram realizadas as avaliações de shelflife da fruta, avaliação de firmeza<br />

(Ibs) dos frutos, avaliação do Brix (sólidos solúveis), análise química das frutas e<br />

produtividade.<br />

RESULTADOS<br />

Foi realizada a primeira análise do solo antes da instalação do ensaio, no dia<br />

04/06/2014. Ao final do experimento será feita uma nova análise para mensurarmos<br />

o nível de P total antes e depois da aplicação do Penergetic ® . Para<br />

avaliação da vida de prateleira foi observado visualmente os frutos (Figuras 1 e<br />

2) e avaliado a firmeza com o auxílio do penetrômetro. Além disso, avaliou-se<br />

o brix e o calibre dos frutos. As avaliações foram feitas no dia da colheita, aos<br />

3, 5, 7 e 10 dias após a colheita. Para a análise química das frutas, foram coletadas<br />

15 frutas de cada tratamento e encaminhadas ao laboratório. A análise da<br />

área tratada apresentou teores de elementos, tais como, potássio, cálcio, manganês,<br />

entre outros, superior à testemunha. Para a avaliação da produtividade<br />

da cultura foi realizada uma contagem de frutos de 3 plantas e feito a média<br />

para cada tratamento. Sendo assim foram coletados em média 30 frutos de<br />

cada tratamento e pesados para obter uma média de produção por planta.<br />

Os resultados apresentados foram de 238 frutos por planta da testemunha,<br />

e de 306 frutos por planta do Tratamento com Penergetic ® Pflanzen e Penergetic<br />

® Kompost. O que expressa uma superioridade média de produtividade<br />

de 68 frutos das plantas tratadas com o Penergetic ® . O peso médio por fruto<br />

em gramas também apresentou diferenças, sendo da testemunha de 85 gramas,<br />

e o do tratamento com Penergetic ® de 88 gramas, mesmo a área tratada<br />

apresentando maior número de frutos por planta, o seu peso médio também<br />

foi maior. Os parâmetros de produtividade da área tratada com Penergetic ®<br />

apresentaram um incremento de 33% em relação a testemunha.<br />

CONCLUSÕES<br />

Conclui-se que os frutos na área tratada apresentaram calibre maior do que<br />

os frutos da testemunha, e que a produtividade da área tratada foi significativamente<br />

maior que a área da testemunha, sendo que o peso médio por<br />

fruto foi de 33% a mais que os frutos da testemunha.<br />

95


FIGURA 1. SHELFLIFE DOS PÊSSEGOS DA 1° COLHEITA<br />

FIGURA 2. SHELFLIFE DOS PÊSSEGOS DA 2° COLHEITA<br />

96


Uso de bioativador do solo e<br />

planta com e sem fertilizante<br />

mineral na soja e a relação com<br />

a fitodisponibilidade nutricional e<br />

componentes de produção<br />

Ivair André Nava - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia<br />

Eloir Paulo Gris - Engenheiro Agrônomo<br />

A soja (Glycine max L.) é de grande importância na atividade agrícola<br />

brasileira, ocupando o segundo lugar entre os principais produtos do<br />

campo em âmbito mundial, tanto em área e valor de produção. Os solos<br />

em que a soja é cultivada normalmente apresentam alta capacidade de<br />

fixação de fósforo (P) e isto torna primordial o uso eficiente de fertilizante<br />

(MOTOMIYA et al., 2004). Como a taxa de absorção e transporte de P<br />

inorgânico (Pi) por raízes é maior que sua taxa de difusão no solo, uma<br />

zona de depleção é formada, resultando em uma área de esgotamento<br />

para este elemento ainda no ambiente rizosférico. Dessa forma a planta,<br />

desenvolveu mecanismos de captura desse elemento para além dessa<br />

zona, por meio de associações ou simbioses mutualistas entre fungos e<br />

raízes, denominadas micorrizas (MOREIRA & SIQUEIRA, 2002).<br />

As chamadas modernas técnicas de manejo do<br />

solo vêm diminuindo sobremaneira a diversidade<br />

e importância de micorrizas no campo, implicando<br />

em quedas na resiliência e estabilidade de agroecossistemas<br />

(JEFFRIES et al., 2003). Neste aspecto,<br />

produtos comerciais vêm promovendo a sobrevivência<br />

desses organismos, ao menos é o que indicam<br />

seus fabricantes, que tem como alvo a estabilização<br />

das micorrizas no solo e a diminuição do uso<br />

de fertilizantes fosfatados; atualmente chamados<br />

de bioativadores de solo e planta.<br />

97


Considerando-se a importância da fertilização da<br />

soja para ganhos de produtividade e, a complexidade<br />

da aplicação e disponibilidade de P no sistema<br />

solo-planta em plantio direto, este trabalho tem<br />

o objetivo de avaliar o uso do bioativador de solo<br />

e planta comercial, na presença e na ausência de<br />

fertilizante na base, bem como a fitodisponibilidade<br />

nutricional e o rendimento dos componentes de<br />

produção da soja.<br />

O experimento foi conduzido a campo em sistema<br />

plantio direto na palha, na cidade de Palotina-<br />

PR; durante o período de outubro de 2014 a<br />

fevereiro de 2015. O solo foi classificado como<br />

Latossolo Vermelho Tipo 3 e as análises química<br />

e granulométrica estão apresentados na Tabela<br />

01. Foram implantados quatro tratamentos que<br />

levaram em consideração a necessidade de P<br />

para a soja (EMBRAPA SOJA, 2010) e a aplicação<br />

da Tecnologia Penergetic ® como bioativador<br />

comercial, variando entre presença e ausência<br />

de ambos, sendo dispostos da seguinte maneira:<br />

T1 (+F+BI): 100% do fósforo + 100% do bioativador;<br />

T2 (+F-BI): 100% do fósforo + 0% do bioativador;<br />

T3 (-F+BI): 0% do fósforo + 100% do bioativador;<br />

T4 (-F-BI): 0% do fósforo + 0% do bioativador.<br />

Foi utilizada a cultivar TMG 7363 ® resistente ao<br />

Glyphosate, depositando 14 sementes por metro linear<br />

e aplicado fertilizante formulado 07-36 -1 0 (N 2<br />

; P 2<br />

O 5<br />

;<br />

K 2<br />

O) na quantidade de 400 kg ha -1 , nas parcelas que<br />

receberam a fertilização. Cada tratamento teve área<br />

de 36 m 2 . A aplicação do bioativador se constituiu do<br />

produto Penergetic ® Kompost, realizada em pré-semeadura<br />

na dosagem de 300 g ha -1 , e do Penergetic Pflanzen<br />

realizada em duas vezes aos 28 dias após a emergência<br />

(DAE) no estádio fenológico V5 (150 g ha -1 ) e aos 39<br />

DAE no R1 (150 g ha -1 ). Aos 86 DAE foi realizado coleta<br />

de folhas para análise do tecido foliar, sendo 25 folhas<br />

do terço médio da planta, no estádio fenológico R5.3.<br />

Foi determinado os macronutrientes: Fósforo (P), Nitrogênio<br />

(N), Potássio (K), Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e<br />

Enxofre (S) e os micronutrientes Cobre (Cu), Zinco (Zn),<br />

Manganês (Mn), Boro (B) e Ferro (Fe).<br />

Aos 115 DAE ocorreu a colheita, onde foram determinados<br />

os componentes de produção: número de<br />

legumes por planta (NLP); número de grãos por legume<br />

(NGL) e massa de 100 grãos (M100); corrigido<br />

a umidade de grãos para 13%. O delineamento<br />

experimental foi inteiramente casualizado (DIC), com<br />

quatro tratamentos e três repetições. Os dados obtidos<br />

foram submetidos ao teste F (Fisher) com análise<br />

de variância (ANOVA) a 1% e 5% de significância, as<br />

médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5%<br />

de probabilidade.<br />

O resultado da ANOVA para os macronutrientes do<br />

tecido foliar, revelou efeito significativo para P e N<br />

a 5% de probabilidade (0,01 ≤ p < 0,05) e para o<br />

elemento K a 1% de probabilidade (p < 0,01). Para<br />

os demais elementos não houve diferenças significativas<br />

(Tabela 02). Considerando o estádio de desenvolvimento<br />

em que foi coletada a folha (R5.3), vários elementos são transferidos<br />

para os grãos, tendo seus teores reduzidos no tecido foliar (CÂMA-<br />

RA, 1998). Para o P, pôde-se observar que a maior média foi expressa<br />

pelo tratamento T3 (-F+BI), onde indica que o uso pleno do<br />

bioativador sem adubação de base, favoreceu o incremento do<br />

elemento, porém estatisticamente não foi diferente do T2 (+F-BI) e<br />

T4 (-F-BI) que por consequente não diferiu do T1 (+F+BI) que obteve<br />

a menor média.<br />

Na falta do P proveniente da fertilização de base, o bioativador comercial<br />

conseguiu manter a média do nutriente, porém o solo conseguiu<br />

fornecer o P de forma satisfatória, proveniente de disponibilidade<br />

que já havia no campo, como determinou a análise de solo<br />

(Tabela 01). A soja tem potencial de apresentar altos rendimentos<br />

mesmo em condições de baixa ou nenhuma adubação fosfatada,<br />

especialmente quando se tem efeito residual das adubações anteriores,<br />

desde que a disponibilidade de P no solo esteja em níveis<br />

acima dos considerados críticos (LANTAMANN et al., 1996), esse fato<br />

ocorreu neste experimento.<br />

Já quando as plantas absorvem P em taxas que excedem a demanda<br />

de crescimento, alguns processos atuam para prevenir a acumulação<br />

de concentrações tóxicas de P (SCHACHTMAN et al., 1998).<br />

Levando em consideração esses fatos, o tratamento T1 (+F+BI), que<br />

apresentou média inferior, poderia estar ligado a essa regulação do<br />

elemento na planta.<br />

A ANOVA revelou que não houve diferenças estatísticas pelo teste<br />

F (p ≥ 0,05) para os micronutrientes do tecido foliar da soja. Este<br />

fato pode ser explicado quando se observa os teores de micronutrientes<br />

encontrados no solo, como indica a análise do mesmo (Tabela<br />

01), todos os elementos estão dentro dos parâmetros ideias,<br />

possibilitando seu fornecimento a planta durante seu ciclo (EMBRA-<br />

PA SOJA, 2010).<br />

A análise dos componentes de produção (Tabela 3) revelou que as<br />

variáveis NLP e M100 apresentaram diferenças significativas pelo<br />

teste F a 5% de probabilidade (0,01 ≤ p < 0,05) e para a variável<br />

NGL não houve diferenças significativas pelo teste F (p ≥ 0,05). Na<br />

avaliação de M100, constatou-se que os tratamentos T2 (+F-BI) e<br />

T3 (-F+BI) obtiveram médias superiores aos demais, porém não diferente<br />

estatisticamente de T1 (+F+BI). O tratamento T4 (-F-BI) teve<br />

a menor média apresentada, mas não diferente de T1 (+F+BI). Isso<br />

leva a constatar que tanto o uso do P mineral ou o uso do bioativador<br />

de forma individual, conseguiram elevar a massa de grãos.<br />

Vale ressaltar que o nível de P inicial no solo foi de 24,60 mg<br />

dm-3 (Tabela 1), teor elevado segundo Embrapa Soja (2010). Assim,<br />

conclui-se que, para o P foliar o uso do bioativador comercial<br />

foi semelhante ao do fertilizante mineral. Para os micronutrientes<br />

não houve resultados significativos. Os componentes de produção<br />

apontaram que o bioativador conseguiu resultados equiparados<br />

à fertilização mineral, porém, esses dados remetem a uma única<br />

safra agrícola. Contudo, recomendam-se avaliações similares<br />

com outras cultivares e condições de fertilidade, principalmente<br />

em solo com limitação de P, a fim de complementar os resultados<br />

encontrados nesse experimento.<br />

98


Tabela 1. Resultado da análise de solo<br />

H 2 O mg dm -3<br />

pH P K + Ca 2+ Al 3+ H + +Al 3+ SB CTC<br />

----------------------------------- cmol c dm -3 ----------------------------------<br />

5,65 24,6 0,6 6,61 1,11<br />

0<br />

3,83 8,32 12,15<br />

V Fe Cu Zn Mn<br />

S(SO 4 ) -2 Areia Silte Argila<br />

%<br />

-----------------------mg dm -3 -------------------- ----------------- % ---------------<br />

68,51<br />

69,94 10,98 7,24<br />

324,17<br />

19,05 7,68 23,44 68,88<br />

P, K + , S(SO 4 ) -2 = Mehlich-I. Al +3 , Ca +2 e Mg +2 = KCl 1 N.<br />

Mg 2+<br />

Tratamentos P * N * K ** Ca ns Mg ns S ns<br />

---------------------------------------- g Kg -1 ------------------------------------------<br />

T1(+F+BI) 3,76 b 31,26 b 18,33 a 17,48 a 1,53 a 4,48 a<br />

T2(+F-BI) 4,13 ab 31,56 b 16,96 b 16,68 a 1,28 a 4,94 a<br />

T3(-F+BI) 4,39 a 31,92 b 18,33 a 16,28 a 1,40 a 4,72 a<br />

T4(-F-BI) 4,00 ab 37,24 a 15,98 b 16,29 a 1,62 a 4,82 a<br />

Média 4,07 32,99 17,4 16,68 1,46 4,74<br />

CV (%) 5,28 5,89 2,41 3,81 9,11 8,77<br />

Tabela 2.<br />

Resultado dos<br />

macronutrientes no<br />

tecido vegetal<br />

As médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si. Foi aplicado o Teste de Tukey<br />

ao nível de 5% de probabilidade; ns - não significativo; ** - significativo a 1 % de probabilidade pelo Teste F (Fischer);<br />

* - significativo a 5% de probabilidade pelo Teste F; CV - coeficiente de variação.<br />

Tratamentos NLP* NGL ns M100* (g)<br />

T1(+F+BI) 47,27 a 2,32 a 11,32 ab<br />

T2(+F-BI) 38,30 ab 2,50 a 11,52 a<br />

T3(-F+BI) 47,17 a 2,54 a 11,62 a<br />

T4(-F-BI) 34,15 b 2,25 a 09,94 b<br />

Média 41,72 2,4 11,09<br />

CV (%) 14,51 8,02 6,6<br />

Tabela 3.<br />

Resultado das análises<br />

dos componentes de<br />

produção<br />

NLP - número de legumes por planta; NGL - número de grãos por legume e M100 - massa de 100<br />

grãos. As médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si. Foi<br />

aplicado o Teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade; ns - não significativo; * - significativo a 5%<br />

de probabilidade pelo Teste F (Fischer). CV – coeficiente de variação.<br />

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />

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ISSN 1678-961X Santo Antônio de Goiás, 2012.FREITAS, M.<br />

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brasileira e o surgimento de uma nova fronteira agrícola. Enciclopédia<br />

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capim Tifton 85. <strong>Revista</strong> Brasileira de Saúde e Produção Animal, v.12, n.3, p. 828-839, 2011.<br />

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VENCATO, A. Z., et al. Anuário Brasileiro da Soja 2010. Santa Cruz do Sul: Ed. Gazeta Santa Cruz,<br />

p. 144, 2010.<br />

99


Ajuste da adubação fosfatada<br />

utilizando a tecnologia Penergetic®<br />

na cultura da soja<br />

Ricardo Bemfica Steffen - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo,<br />

Pós-Doutor em Ciência do Solo/UFSM<br />

Carlos Ernesto Machado - Engenheiro Agrônomo<br />

Jéssica Guimarães Santana dos Reis - Engenheira Agrônoma<br />

Atualmente, a produção agrícola mundial está alicerçada na utilização de elevadas<br />

quantidades de insumos relacionados à adubação das culturas e ao controle<br />

de pragas e doenças, resultando, além de contaminação ambiental, em elevação<br />

dos custos de produção. No Brasil, país com grande competitividade no<br />

agronegócio internacional, esta realidade não é diferente.<br />

Em revisão sobre alternativas sustentáveis de agricultura, Oliveira et al.<br />

(2014) descreveram que muitos dos avanços obtidos pelo agronegócio brasileiro<br />

é decorrente do uso em larga escala de fertilizantes e agroquímicos,<br />

os quais são necessariamente importados em grandes quantidades para suprir<br />

a demanda dos agricultores brasileiros. Ainda segundo o pesquisador, a<br />

segurança e a sustentabilidade do agronegócio brasileiro estão ameaçadas<br />

pela disponibilidade e susceptibilidade destes insumos aos preços praticados<br />

pelo mercado internacional. Além disso, a sociedade global apresenta<br />

uma nova apreensão quanto à necessidade de alcançar produtividades mais<br />

elevadas e de uma forma mais sustentável, para prover a população crescente<br />

com alimentos e energia.<br />

Relatórios publicados pela FAO e pela UNESCO, citam países como o<br />

Brasil, devido às condições de solo e clima e devido à área a ser explorada,<br />

como os potenciais exportadores de alimentos nos próximos anos.<br />

No entanto, devemos nos perguntar a que custo? Atualmente 53% do<br />

fósforo e 93% do potássio utilizado na agricultura brasileira, nas mais variadas<br />

culturas, são importados principalmente de países como a Rússia<br />

e China, no caso dos fosfatos e Rússia e Canadá, no caso de fertilizantes<br />

potássicos. Segundo projeções, a dependência da importação destes fertilizantes<br />

irá aumentar significativamente até 2025.<br />

Pesquisas realizadas na China, país maior produtor e consumidor de fertilizantes<br />

fosfatados, demonstraram que apenas o excesso de fertilizantes<br />

utilizados pelos agricultores chineses nos últimos anos supriria toda<br />

a demanda por fertilizantes fosfatados na Europa Ocidental e metade<br />

da demanda de países africanos (SATTARI et al., 2015). MacDonald et<br />

al. (2010) determinaram que o excedente de fósforo na agricultura mundial<br />

ultrapassa os 13 kg por hectare por ano. Bouwman et al. (2010) em<br />

revisão sobre perdas de nutrientes e demanda de fertilizantes minerais<br />

na agricultura, demonstraram que entre os anos de 1950-2000, o excedente<br />

de fósforo adicionado aos solos era de 11 milhões de toneladas.<br />

O mesmo trabalho aponta que até o ano de 2050, caso a agricultura<br />

mundial não adote medidas de mitigação, o excedente aumentará em<br />

aproximadamente 54%.<br />

Em 2013, durante o 7º Workshop Internacional do Fósforo, realizado na<br />

Suécia, foram definidas linhas de pesquisa visando: 1) otimizar a gestão<br />

do fósforo no mundo em modificações; 2) determinar as vias de transporte<br />

do fósforo do solo para as águas superficiais e subsuperficiais; 3) inten-<br />

sificar o monitoramento, modelagem e comunicação<br />

a respeito da utilização do fósforo na agricultura;<br />

4) determinar a importância dos sistemas orgânicos<br />

de produção agrícola para gestão de fósforo; 5) identificar<br />

medidas adequadas de redução das perdas de<br />

fósforo e 6) implementar estratégias de mitigação<br />

para reduzir as perdas e a utilização do fósforo. Neste<br />

sentido, a adoção de produtos alternativos e inovadores<br />

que resultem na redução do uso de insumos de<br />

alto custo econômico e ambiental, representa uma<br />

estratégia viável para produtores que estejam buscando<br />

adotar sistemas produtivos mais sustentáveis, sem<br />

reduzir a produtividade das culturas. Neste sentido, o<br />

presente trabalho teve por objetivo avaliar a possibilidade<br />

de ajuste da adubação fosfatada, utilizando a<br />

tecnologia Penergetic ® na cultura da soja.<br />

Os ensaios constaram de plantios no desenho lado<br />

a lado em 28 propriedades na região Sul do Brasil,<br />

18 propriedades na região Sudeste e 11 propriedades<br />

na região Centro-Oeste no ano agrícola de<br />

2013/2014, além de 100 propriedades na região<br />

Sul do Brasil, 17 propriedades na região Sudeste,<br />

9 propriedades na região Centro-Oeste no ano<br />

agrícola de 2014/2015. Os tratamentos utilizados<br />

foram: 1) Padrão do produtor (adubação N-P-K padrão)<br />

e 2) utilização da tecnologia Penergetic ® com<br />

ajuste da adubação fosfatada conforme análise da<br />

fertilidade do solo de cada propriedade avaliada,<br />

de acordo com as formulações N-P-K de cada região.<br />

A adubação potássica foi padronizada nas<br />

áreas e nos tratamentos, sendo utilizada em cobertura<br />

na forma de cloreto de potássio. O Penergetic ®<br />

Kompost-Solos (250 g ha -1 ) foi aplicado no solo durante<br />

a dessecação em pré semeadura e o Penergetic<br />

® Pflanzen-Plantas (250 g ha -1 ) aplicado via foliar em<br />

dois momentos, 125 g na fase V3 e 125 g 15 dias<br />

após a primeira aplicação.<br />

O controle de pragas, doenças e plantas daninhas<br />

foi efetuado conforme as indicações técnicas para<br />

a cultura, sendo idênticos nas parcelas de confrontos<br />

lado a lado. Durante a colheita, todas as áreas<br />

foram acompanhadas pelo produtor e pela equipe<br />

de trabalho, determinando-se a produtividade da<br />

100


cultura através de medições por área. Os resultados<br />

obtidos foram submetidos à análise de variância<br />

(ANOVA) entre tratamentos, através do software<br />

Sisvar. As médias de cada tratamento foram<br />

comparadas entre si através do teste de Tukey a 5%<br />

de probabilidade (P


Aplicação de P₂0₅ (kg/ha)<br />

80<br />

70<br />

60<br />

50<br />

40<br />

30<br />

20<br />

10<br />

0<br />

Dose média de aplicação de P0 (safra 2013/2014)<br />

9,72<br />

Tecnologia<br />

Penerge<br />

53,81<br />

16,63<br />

58,81<br />

26,15<br />

73,05<br />

Padrão Produtor Tecnologia Padrão Produtor Tecnologia Padrão Produtor<br />

Penerge<br />

Penerge<br />

Região Sul Região Sudeste Região Centro Oeste<br />

Figura 1. Dose média de aplicação P 2<br />

O 5<br />

nas regiões Sul, Sudeste<br />

e Centro-oeste em ensaios lado a lado confrontando a tecnologia<br />

Penergetic ® e a adubação padrão do produtor. (Safra 2013/2014).<br />

Pr<br />

4000<br />

3500<br />

3000<br />

2500<br />

2000<br />

1500<br />

Prfra 2013/2014)<br />

3506,8<br />

Tecnologia<br />

Penerge<br />

3151,15<br />

3509,6<br />

3230<br />

3313,8<br />

3139,8<br />

Padrão Produtor Tecnologia Padrão Produtor Tecnologia Padrão Produtor<br />

Penerge<br />

Penerge<br />

Região Sul Região Sudeste Região Centro Oeste<br />

Figura 2. Produtividade média de soja nas regiões Sul, Sudeste e<br />

Centro-oeste em ensaios lado a lado confrontando a tecnologia<br />

Penergetic ® e a adubação padrão do produtor. (Safra 2013/2014).<br />

<br />

Aplicação de P₂0₅ (kg/ha)<br />

75<br />

60<br />

45<br />

30<br />

15<br />

0<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

Dose média de aplicação de P0 (safra 2014/2015)<br />

14,2<br />

Tecnologia<br />

Penerge<br />

<br />

65,9<br />

31,8<br />

70,4<br />

Padrão Produtor Tecnologia Padrão Produtor Tecnologia Padrão Produtor<br />

Penerge<br />

Penerge<br />

Região Sul Região Sudeste Região Centro Oeste<br />

Figura 3. Dose média de aplicação P 2<br />

O 5<br />

nas regiões Sul, Sudeste<br />

e Centro-oeste em ensaios lado a lado confrontando a tecnologia<br />

Penergetic ® e a adubação padrão do produtor. (Safra 2014/2015).<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

18,9<br />

<br />

<br />

<br />

<br />

61,6<br />

<br />

<br />

Figura 4. Produtividade média de soja nas regiões Sul, Sudeste e<br />

Centro-oeste em ensaios lado a lado confrontando a tecnologia<br />

Penergetic ® e a adubação padrão do produtor. (Safra 2014/2015).<br />

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102


Efeito do Penergetic ® Pflanzen e<br />

Penergetic ® Kompost na produção<br />

da soja<br />

Tarcísio Cobucci - Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitotecnia<br />

Integração Acessoria Agrícola<br />

INTRODUÇÃO<br />

A necessidade em fósforo requerida pelas culturas<br />

geralmente é menor do que a de potássio (K)<br />

e nitrogênio (N), no entanto, a quantidade aplicada<br />

normalmente é superior (Vieira, 2006). Isso<br />

ocorre devido à elevada taxa de fixação do P em<br />

solos tropicais, causada principalmente por precipitação<br />

com Fe e Al, reação com óxidos hidratados<br />

dos mesmos metais e reação com argilas<br />

silicatadas, devido a isso o aproveitamento pela<br />

cultura varia de 5% a 25% (Malavolta, 1980).<br />

Nesse sentido, pode estar ocorrendo elevação<br />

dos níveis de fósforo no solo sem que aumente<br />

a disponibilidade para as plantas. Assim, o desenvolvimento<br />

de tecnologias que proporcionem<br />

maior disponibilidade de fósforo para as plantas<br />

poderia proporcionar redução da quantidade de<br />

adubos fosfatados aplicados no solo, gerando<br />

ganhos econômicos e ambientais, uma vez que<br />

esses adubos são produzidos a partir de reservas minerais de caráter<br />

não renovável (Pelá et al., 2009).<br />

A tecnologia Penergetic ® consiste na aplicação dos produtos Penergetic ®<br />

Pflanzen e Penergetic ® Kompost, usando como veículos a argila bentonítica<br />

e/ou Carbonato de Cálcio, submetidas a aplicação de campos elétricos e<br />

magnéticos (Brito et al., 2012). Estes produtos, segundo o fabricante, são<br />

utilizados como bioativador de solo (Penergetic ® Kompost, aplicado ao solo),<br />

o qual aumenta e equilibra as atividades microbiológicas no solo e bioativador<br />

de planta (Penergetic ® Pflanzen), o qual disponibiliza mais energia ao<br />

processo fotossintético e facilita a interação planta-microrganismo benéfico<br />

(Penergetic ® , 2013). Já existem resultados promissores do uso desses<br />

produtos em trigo (PEKARSKAS, 2012; KADZIULIENE et al., 2005), vegetais<br />

(JANKAUSKIENE et al., 2009), feijoeiro comum (BRITO et al., 2012) e batata<br />

(JAKIENE et al., 2008).<br />

OBJETIVO<br />

O presente trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos de Penergetic ® Pflanzen e<br />

Penergetic ® Kompost na produção da soja, bem como validar as recomendações<br />

de adubação de fósforo e potássio em nível de campo.<br />

103


METODOLOGIA<br />

Foram realizados quatro experimentos de campo<br />

nos munícipios de Unaí‐MG; Silvânia-GO; Jataí-GO e Fortaleza do Tabocão-<br />

TO. As características químicas e físicas dos solos nas áreas experimentais<br />

estão descritas nas Tabelas 1, 2 ,3 e 4.<br />

Tabela 1.<br />

Análise de solo da área<br />

experimental de Jataí/GO,<br />

2014/2015.<br />

pH M.O. Ca Mg Al H+Al V M<br />

(cm) (água) g/dm³<br />

mmolc/dm³<br />

%<br />

0-10<br />

46<br />

3,7 0,7<br />

63<br />

K P B Cu Fe Mn Zn Argila Silte Areia<br />

mg/dm³ mg/dm³<br />

mg/dm³<br />

g/kg<br />

210 11 0,28 7 26,8 33,1 370 90 540<br />

Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA.<br />

-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA.<br />

Tabela 2.<br />

Análise de solo da área<br />

experimental de<br />

Silvânia/GO, 2014/2015.<br />

pH M.O. Ca Mg Al H+Al V M<br />

(cm) (água) g/dm³<br />

mmolc/dm³<br />

%<br />

0-10<br />

5,6 30<br />

3,1 1,3<br />

63<br />

K P B Cu Fe Mn Zn Argila Silte Areia<br />

mg/dm³ mg/dm³<br />

mg/dm³<br />

g/kg<br />

170 8,8 0,19 2,9 41 21,5 370 90 540<br />

Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA.<br />

-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA<br />

Tabela 3.<br />

Análise de solo da área<br />

experimental de Unaí/MG,<br />

2014/2015.<br />

pH M.O. Ca Mg Al H+Al V m<br />

(cm) (água) g/dm³<br />

mmolc/dm³<br />

%<br />

0-10<br />

5,4 26<br />

3,2 1,1<br />

59<br />

K P B Cu Fe Mn Zn Argila Silte Areia<br />

mg/dm³ mg/dm³<br />

mg/dm³<br />

g/kg<br />

162 8,9 0,3 3,8 45 26,3 2,4 360 100 540<br />

Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA.<br />

-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA.<br />

Tabela 4.<br />

Análise de solo da área<br />

experimental de Fortaleza<br />

do Tabocão/TO, 2014/2015.<br />

pH M.O. Ca Mg Al H+Al V M<br />

(cm) (água) g/dm³<br />

mmolc/dm³<br />

%<br />

0-10<br />

4,5 56<br />

2,5 0,8<br />

47<br />

K P B Cu Fe Mn Zn Argila Silte Areia<br />

mg/dm³ mg/dm³<br />

mg/dm³<br />

g/kg<br />

90 8,4 0,32 2,2 37 25,1 2 400 100 500<br />

Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA.<br />

-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA.<br />

O delineamento experimental utilizado nos quatro experimentos foi blocos ao acaso, com dez repetições,<br />

onde as parcelas mediram 30 m de comprimento por 40 m de largura. Os tratamentos foram<br />

formados por um fatorial 3x2, sendo três doses de adubo (Sem adubação; Indicação Penergetic ® e<br />

Adubação Padrão) e dois manejos (Sem Penergetic ® e Com Penergetic ® ). A aplicação do Penergetic ®<br />

Kompost-Solos foi feita na dose de 250 g/ha aplicado imediatamente no plantio e a aplicação do Penergetic<br />

® Pflanzen na dose de 250 g/ha aos 20 dias após germinação. Os tratamentos foram denominados<br />

como: T1 - Sem adubação; T2 - Sem adubação<br />

+ Tecnologia Penergetic ® ; T3 - Indicação Penergetic<br />

® ; T4 - Indicação Penergetic ® + Tecnologia<br />

Penergetic ® ; T5 - Adubação Padrão Fazenda;<br />

T6 - Adubação Padrão Fazenda + Tecnologia<br />

Penergetic ® . No quadro ao lado estão descritos<br />

os dados de semeadura em cada região:<br />

Fortaleza do Tabocão -TO<br />

Semeadura: Novembro/2014<br />

Cultivar: 8667<br />

Densidade: 13 sementes/m linear<br />

Silvânia-GO<br />

Semeadura: Outubro/2014<br />

Cultivar: Nidera 7227<br />

Densidade: 20 sementes/m linear<br />

Unaí-MG<br />

Semeadura: Outubro/2014<br />

Cultivar: Nidera 7227<br />

Densidade: 20 sementes/m linear<br />

Jataí-GO<br />

Semeadura: Outubro/2014<br />

Cultivar: Nidera 5904<br />

Densidade: 16 sementes/m linear<br />

104


Nos quatro experimentos utilizou-se o espaçamento entre linhas<br />

de 50 cm e se realizou aplicação a lanço de 150 kg/ha<br />

de KCl antes do plantio. As avaliações realizadas foram: N° de<br />

grãos/m², massa de 100 grãos (g) e produtividade final (umidade<br />

corrigida para 13%). Os dados foram submetidos à análise<br />

de variância e teste de médias (Tukey, 5%).<br />

RESULTADOS<br />

A partir da análise da Tabela 5 e do Gráfico 1, nota-se que em<br />

Jataí-GO, houve efeito significativo dos tratamentos sobre a<br />

massa de 100 grãos, grãos/m2 e a produtividade final da soja.<br />

Observa-se que nos tratamentos onde não se utilizou adubação,<br />

ocorreu um aumento significativo da produtividade da<br />

soja com o uso da tecnologia Penergetic ® , variando de 5 a 8%.<br />

Analisando-se a Tabela 6, observa-se que para o número de<br />

grãos/m2 houve uma tendência do aumento de grãos com a<br />

aplicação de Penergetic ® , entretanto não significativo. A massa<br />

de 100 grãos apresentou um aumento de 3 a 5%, com a<br />

aplicação de Penergetic ® (Tabela 7).<br />

Para o tratamento Adubação Padrão (adubo completo), a tecnologia<br />

Penergetic ® não promoveu aumento significativo na<br />

produtividade da leguminosa.<br />

Neste experimento observou-se que foi possível eliminar a<br />

adubação de base com a aplicação da tecnologia Penergetic ® ,<br />

pois provavelmente o efeito de ativação da microbiota do<br />

solo confere uma maior liberação de nutrientes para a planta.<br />

Tabela 5. Produtividade da soja em função dos tratamentos. Jataí/GO, 2014/2015.<br />

105


Gráfico 1. Média da produtividade da soja em função dos tratamentos. Jataí/GO, 2014/2015<br />

Prso<br />

60<br />

59<br />

58<br />

57<br />

56<br />

55<br />

54<br />

53<br />

52<br />

51<br />

54,2<br />

58,7<br />

Sem adubação<br />

58,6<br />

57,7<br />

57,3<br />

55,3<br />

Indicação Penergec® Adubação Padrão<br />

(0 kg/ha adubo) (250 kg/ha 10-54-0)<br />

Sem PENERGETIC®<br />

Com PENERGETIC®<br />

*Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.<br />

Tabela 6. Número de Grãos/m2 da soja em função dos tratamentos. Jataí/GO, 2014/2015.<br />

106


Tabela 7. Massa de 100 grãos (g) da soja em função dos tratamentos. Jataí/GO, 2014/2015.<br />

Em Silvânia-GO, observa-se na Tabela 8 e Gráfico 2<br />

que a aplicação de Penergetic ® Pflanzen e Penergetic<br />

® Kompost no tratamento sem adubação e no tratamento<br />

com a indicação de adubação da Penergetic<br />

® , gerou um aumento de 8 a 9% na produtividade<br />

da soja, chegando ao mesmo patamar de produtividade<br />

proporcionado pelo tratamento com adubação<br />

padrão da Fazenda.<br />

Observa-se também, que no tratamento sem adubação,<br />

o uso da tecnologia Penergetic ® proporcionou aumento<br />

na massa de 100 grãos (Tabela 9), assim como<br />

no número de grãos/m² o qual se obteve resultados<br />

superiores nos três tratamentos (Sem adubação, Indicação<br />

Penergetic ® e adubação padrão da fazenda) com<br />

uso de Penergetic ® (Tabela 10).<br />

Novamente, como observado em Jataí-GO foi possível<br />

à retirada da adubação de base com o uso da<br />

tecnologia Penergetic ® .<br />

107


Tabela 8. Produtividade da soja (sc/ha) em função dos tratamentos. Silvânia/GO, 2014/2015.<br />

Gráfico 2. Média da produtividade da soja em função dos tratamentos. Silvânia/GO, 2014/2015.<br />

66<br />

Prso <br />

<br />

64<br />

62<br />

60<br />

58<br />

56<br />

54<br />

56,5<br />

61,4 61,1<br />

57,8<br />

63,7<br />

63,2<br />

Sem PENERGETIC®<br />

Com PENERGETIC®<br />

52<br />

Sem adubação<br />

Indicação Penergec®<br />

(100 kg/ha 05-37-00)<br />

Adubação Padrão<br />

(300 kg/ha 5-37-00)<br />

108


Tabela 9. Massa de 100 grãos da soja em função dos tratamentos. Silvânia/GO, 2014/2015.<br />

Tabela 10. Número de grãos/m2 da soja em função dos tratamentos. Silvânia/GO, 2014/2015.<br />

109


No experimento realizado em Unaí-MG, verificase<br />

de acordo com a Tabela 11 e Gráfico 3, que<br />

a aplicação da tecnologia Penergetic ® promoveu<br />

um aumento de 7% na produtividade da soja no<br />

tratamento sem adubação. Resultado este, que não<br />

diferiu estatisticamente da adubação completa.<br />

O maior resultado de produtividade de soja foi obtido no tratamento<br />

onde se ajustou a adubação de acordo com a indicação da Penergetic ® ,<br />

atrelando-se o uso de Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost<br />

(Tabela 11 – Gráfico 3).<br />

Tabela 11.<br />

Produtividade<br />

da soja (sc/ha)<br />

em função dos<br />

tratamentos.<br />

Unaí/MG,<br />

2014/2015<br />

58<br />

56<br />

57<br />

55,8<br />

Gráfico 3. Média<br />

da produtividade<br />

da soja em função<br />

dos tratamentos.<br />

Unaí/MG,<br />

2014/2015.<br />

Prso<br />

54<br />

52<br />

50<br />

48<br />

46<br />

44<br />

48,7<br />

51,9<br />

Sem adubação<br />

50,6<br />

Indicação Penergec®<br />

(150 kg/ha 0-24-0)<br />

52,4<br />

Adubação Padrão<br />

(380 kg/ha 0-24-0)<br />

Sem PENERGETIC®<br />

Com PENERGETIC®<br />

Em Fortaleza do Tabocão-TO, verifica-se na<br />

Tabela 12 e Gráfico 4, que a aplicação da<br />

tecnologia Penergetic ® promoveu um aumento<br />

de 3% na produtividade de soja no tratamento<br />

sem adubação. Salienta-se que este resultado<br />

não difere estatisticamente do tratamento com adubação padrão<br />

utilizada pela fazenda.<br />

O maior resultado de produtividade foi obtido com o ajuste de<br />

adubação e aplicação da tecnologia Penergetic ® , obtendo-se 53,5 sc/<br />

ha (Tabela 12 – Gráfico 4).<br />

110


Tabela 12.<br />

Produtividade<br />

da soja<br />

(sc/ha) em<br />

função dos<br />

tratamentos.<br />

Unaí/MG,<br />

2014/2015<br />

Gráfico 4. Média<br />

da produtividade da<br />

soja em função dos<br />

tratamentos. Fortaleza<br />

do Tabocão/TO,<br />

2014/2015.<br />

Pr<br />

54<br />

53<br />

52<br />

51<br />

50<br />

49<br />

48<br />

49,6<br />

51<br />

51,6<br />

53,5<br />

52,7<br />

53,1<br />

Sem PENERGETIC®<br />

Com PENERGETIC®<br />

47<br />

Sem adubação<br />

Indicação Penergec®<br />

(0 kg/ha 10-54-0)<br />

Adubação Padrão<br />

(250 kg/ha 10-54-0)<br />

CONCLUSÕES<br />

O uso da tecnologia Penergetic ® promoveu incrementos de 6 a 8% nas<br />

produtividades de soja na média dos quatro experimentos.<br />

Este aumento da produtividade está diretamente relacionado ao aumento<br />

do número de grãos/m 2 , bem como ao incremento sobre a massa de grãos,<br />

observados também com o uso de Penergetic ® Pflanzen e Penergetic ® Kompost.<br />

Em todos os locais estudados, o uso da tecnologia Penergetic ® aliado a um<br />

ajuste na adubação de base, promoveu uma redução no uso de adubo, sem<br />

perdas signficativas na produção da soja, comparando-se com os níveis de<br />

produtividade obtidos com o padrão de adubação da fazenda.<br />

111


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