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Revista Dr Plinio 146

Maio de 2010

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<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> comenta...<br />

de frente cada dificuldade dessas e<br />

diz inexoravelmente “não” ao pecado!<br />

E realiza o sacrifício já, por inteiro<br />

e definitivamente.<br />

Um sacrifício que se faz arrastando:<br />

Devo romper com tal amigo, mas<br />

não o faço hoje e deixo para a semana<br />

seguinte. Faço depois uma ruptura<br />

incompleta e dentro em breve<br />

encontro-me com ele num bar,<br />

num ônibus, e aquela relação péssima<br />

se refaz, e a tentação continua.<br />

Isto não vale nada. É preciso dizer<br />

que rompeu de vez; se não tem pretexto,<br />

é sem pretexto. Isso significa<br />

cruz, porque muitas vezes é dificílimo<br />

fazê-lo, mas devemos imitar nosso<br />

Divino Salvador que tomou a sua<br />

Cruz e foi para frente. Assim, preciso<br />

romper e não mais olhar para<br />

trás, de tal modo que nem me lembre<br />

mais daquilo; é um episódio de<br />

minha vida que se apagou.<br />

Mas se eu lembrar um<br />

pouquinho, quando menos<br />

eu esperar, em casa<br />

de um parente que vou<br />

visitar ou em qualquer<br />

outra circunstância, lá está<br />

ele; e aquilo tudo renasce.<br />

Quer dizer, há certas<br />

coisas que devem ser<br />

extirpadas como um câncer:<br />

arranca-se de uma<br />

vez só, senão ele volta e<br />

todo o drama se reapresenta.<br />

A gloriosa<br />

falange dos<br />

esquecidos por<br />

amor a Deus<br />

Há outras coisas às<br />

quais se deve renunciar.<br />

A pessoa forma na vida<br />

tantos sonhos aos quais<br />

tem apego: gostaria de<br />

ser isto, aquilo, aquilo<br />

outro. Porém, aparece o<br />

jogo das circunstâncias<br />

S. Hollmann<br />

Jesus carrega a Cruz às costas - Madrid (Espanha)<br />

na vida e a salvação eterna pede que<br />

ela não seja nada daquilo, mas tome<br />

outro caminho.<br />

Por exemplo, um jovem imagina<br />

ser locutor de rádio porque nos círculos<br />

dele se considera isso uma maravilha.<br />

Ele já sonhou cem vezes falando<br />

no rádio e alcançando sucesso:<br />

o povo o espera para aplaudi-lo;<br />

quatro ou cinco pessoas disputam<br />

quem vai conduzi-lo de automóvel<br />

para casa; um outro grupo de indivíduos<br />

se oferece para levá-lo a uma<br />

confeitaria para comer coisas saborosas;<br />

todos querem falar com ele,<br />

julgando-o genial. Caso ele passe a<br />

fazer parte de algum movimento religioso<br />

e tenha de renunciar à carreira<br />

que almejava, certamente não vai<br />

obter o sucesso esperado anteriormente.<br />

Ele fará parte da gloriosa falange<br />

dos esquecidos. Neste caso ele,<br />

então, deve dizer: “Eu quero ser empurrado<br />

de lado, com Nosso Senhor<br />

Jesus Cristo. Aceito qualquer coisa,<br />

contanto que eu siga o Redentor.”<br />

Combati o bom combate<br />

Como isso é difícil! Em nossa vida,<br />

desde a infância até a ancianidade,<br />

quantas e quantas vezes circunstâncias<br />

análogas se apresentam, tendo<br />

como causa apenas o fato de sermos<br />

católicos, apostólicos, romanos,<br />

leais e fiéis, difundirmos aquilo que<br />

temos a vocação de difundir.<br />

Assim, quando morrermos, poderemos<br />

dizer como São Paulo: “Combati<br />

o bom combate, terminei a minha<br />

carreira, guardei a fé. Resta-me<br />

agora receber a coroa da justiça, que<br />

o Senhor, justo Juiz, me dará naquele<br />

dia.” 2<br />

Segundo uma lindíssima tradição,<br />

ou lenda, com o grande Apóstolo<br />

— que, a bem dizer, converteu<br />

toda a bacia do Mediterrâneo,<br />

da qual depois<br />

se irradiou para o mundo<br />

a Igreja Católica e a Civilização<br />

Cristã — aconteceu<br />

o seguinte: levaram-no para<br />

junto a um tronco de árvore<br />

para ser decapitado<br />

com um gládio; ele se ajoelhou,<br />

a espada bateu com<br />

todo o vigor e sua cabeça<br />

rolou longe, pulando três<br />

vezes no solo, e dali nasceram<br />

três fontes. Tais fontes<br />

mostram a santidade de<br />

São Paulo e a divindade da<br />

Igreja. Até depois de morto,<br />

sua cabeça abriu fontes<br />

de água viva. Para trilharmos<br />

o caminho da santidade<br />

é preciso ter muita resolução<br />

de sofrer.<br />

Às vezes, a Providência<br />

dispõe que infortúnios de<br />

outra natureza caiam sobre<br />

nós: uma doença, uma calúnia,<br />

etc.<br />

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