Revista Dr Plinio 167
Fevereiro de 2012
Fevereiro de 2012
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Apóstolo do pulchrum<br />
vem ganhando em colorido, em força e em majestade, até<br />
chegar à gloriosa plenitude do meio-dia. Em seguida ele se<br />
vai esvaindo lentamente até chegar às tristezas do crepúsculo<br />
e, por fim, ele toma o seu aspecto noturno. Este se conserva<br />
mais ou menos contínuo e imóvel até os primeiros clarões<br />
da aurora. Há assim, ao longo do dia, uma harmoniosa<br />
sucessão de aparências que vão dos primórdios ao apogeu,<br />
e deste à decadência, num processo de progresso e retrocesso,<br />
ciclo de aspectos variados que o céu percorre.<br />
Outro princípio de variedade, que confere ao céu uma<br />
beleza peculiar, é o princípio monárquico: a ordenação<br />
das múltiplas formas e variedades em torno de um elemento<br />
ou ponto central, em função do qual elas se harmonizam<br />
e reciprocamente se explicam. É o papel do Sol<br />
no firmamento. Em função dele, no céu, todas as variedades<br />
não são senão fundos de quadro que cooperam para<br />
realçá-lo de mil modos em toda a sua beleza.<br />
Reflexo da santidade de Deus<br />
Assim temos os vários princípios da beleza realizados no<br />
mar e no céu, isto é, em duas criaturas que estão constante-<br />
As regras de estética<br />
são meios para nós<br />
considerarmos a<br />
verdadeira beleza da<br />
santidade em Nossa<br />
Senhora, que, com<br />
tanta e tão esplêndida<br />
propriedade, é comparada<br />
ao céu e ao mar.<br />
Santíssima Virgem de Autun -<br />
Museu Rolin, Autun (França).<br />
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