O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa. O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O Grande Conflito igreja distinta, tomando o nome de “Irmãos Unidos.” Este ato acarretou sobre eles as maldições de todas as classes. Contudo sua firmeza era inabalável. Obrigados a buscar refúgio nos bosques e cavernas, congregavam-se ainda para ler a Palavra de Deus, e unir-se em Seu culto. Por meio de mensageiros enviados secretamente a diversos países, souberam que aqui e acolá havia “os que isoladamente confessavam a verdade, alguns numa cidade, outros noutra, como eles próprios, objeto de perseguição; e que entre as montanhas dos Alpes havia uma antiga igreja, apoiada no fundamento das Escrituras e protestando contra as corrupções idolátricas de Roma.” — Wylie. Esta informação foi recebida com grande alegria, e iniciou-se correspondência com os cristãos valdenses. Firmes no evangelho, os boêmios esperaram através da noite de sua perseguição, ainda volvendo os olhos para o horizonte, na hora mais tenebrosa, semelhantes aos homens que esperam a manhã. “Sua sorte fora lançada em dias maus mas... lembravam-se das palavras primeiramente proferidas por Huss e repetidas por Jerônimo, de que um século deveria passar antes que raiasse o dia. Estas foram para os taboritas [hussitas] o que, para as tribos na casa da servidão, foram as palavras de José: ‘Eu morro; mas Deus certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra.’” — Wylie. “O período final do século XV testemunhou o aumento vagaroso mas certo das igrejas dos Irmãos. Se bem que longe de não serem incomodados, gozavam de relativo descanso. No princípio do século XVI, suas igrejas eram em número de duzentas na Boêmia e na Morávia.” — Vida e Tempos de João Huss, de Gillet. “Assim, numerosos foram os restantes que, escapando da fúria destruidora do fogo e da espada, tiveram o privilégio de ver o raiar daquele dia que Huss predissera.” — Wylie. 75

O Grande Conflito Capítulo 7 — A Influência de Um Bom lar Preeminente entre os que foram chamados para dirigir a igreja das trevas do papado à luz de uma fé mais pura, acha-se Martinho Lutero. Zeloso, ardente e dedicado, não conhecendo outro temor senão o de Deus, e não reconhecendo outro fundamento para a fé religiosa além das Escrituras Sagradas, Lutero foi o homem para o seu tempo; por meio dele Deus efetuou uma grande obra para a reforma da igreja e esclarecimento do mundo. Como os primeiros arautos do evangelho, Lutero proveio das classes pobres. Seus primeiros anos se passaram no humilde lar de um camponês alemão. Pelo trabalho diário de mineiro que era, seu pai ganhava os meios para a sua educação. Ele o destinava a ser advogado; mas Deus tencionava fazer dele um construtor no grande templo que tão vagarosamente se vinha erigindo, através dos séculos. Agruras, privações e severa disciplina foram a escola na qual a Sabedoria infinita preparou Lutero para a importante missão de sua vida. O pai de Lutero era homem de espírito forte e ativo, e de grande força de caráter, honesto, resoluto e correto. Era fiel às suas convicções de dever, fossem quais fossem as conseqüências. Seu genuíno bom senso levava-o a considerar com desconfiança a organização monástica. Ficou muito desgostoso quando Lutero, sem seu consentimento, entrou para o convento, só se reconciliando com o filho passados dois anos, e mesmo então suas opiniões permaneceram as mesmas. Os pais de Lutero dispensavam grande cuidado à educação e ensino dos filhos. Esforçavam-se por instruí-los no conhecimento de Deus e prática das virtudes cristãs. Ouvida por seu filho, muitas vezes ascendia ao Céu a oração do pai, a fim de que o filho pudesse lembrar-se do nome do Senhor, e um dia auxiliar no avançamento de Sua verdade. Todas as vantagens para a cultura moral ou intelectual que sua vida de trabalhos lhes permitia gozar, aproveitavam-nas avidamente aqueles pais. Ardorosos e perseverantes eram seus esforços por preparar os filhos para uma vida piedosa e útil. Com sua firmeza e força de caráter, muitas vezes exerciam severidade excessiva; mas o próprio reformador, embora consciente de que em alguns respeitos haviam errado, encontrava em sua disciplina mais para aprovar do que condenar. Na escola, para onde foi mandado com pouca idade, Lutero foi tratado com aspereza e mesmo violência. Tão grande era a pobreza de seus pais que, ao ir de casa para a escola noutra cidade, foi por algum tempo obrigado a ganhar o pão cantando de porta em porta, e muitas vezes passava fome. As tristes e supersticiosas idéias sobre religião, que então prevaleciam, enchiam-no de temor. À noite deitava-se com coração triste, olhando a tremer para o tenebroso futuro, e com um contínuo terror ao pensar em Deus como juiz severo e implacável, tirano cruel, em vez de bondoso Pai celestial. 76

O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

igreja distinta, tomando o nome de “Irmãos Unidos.” Este ato acarretou sobre eles as maldições de<br />

todas as classes.<br />

Contudo sua firmeza era inabalável. Obrigados a buscar refúgio nos bosques e cavernas,<br />

congregavam-se ainda para ler a Palavra de Deus, e unir-se em Seu culto. Por meio de mensageiros<br />

enviados secretamente a diversos países, souberam que aqui e acolá havia “os que isoladamente<br />

confessavam a verdade, alguns numa cidade, outros noutra, como eles próprios, objeto de perseguição;<br />

e que entre as montanhas dos Alpes havia uma antiga igreja, apoiada no fundamento das Escrituras e<br />

protestando contra as corrupções idolátricas de Roma.” — Wylie. Esta informação foi recebida com<br />

grande alegria, e iniciou-se correspondência com os cristãos valdenses.<br />

Firmes no evangelho, os boêmios esperaram através da noite de sua perseguição, ainda volvendo<br />

os olhos para o horizonte, na hora mais tenebrosa, semelhantes aos homens que esperam a manhã.<br />

“Sua sorte fora lançada em dias maus mas... lembravam-se das palavras primeiramente proferidas <strong>por</strong><br />

Huss e repetidas <strong>por</strong> Jerônimo, de que um século deveria passar antes que raiasse o dia. Estas foram<br />

para os taboritas [hussitas] o que, para as tribos na casa da servidão, foram as palavras de José: ‘Eu<br />

morro; mas Deus certamente vos visitará, e vos fará subir desta terra.’” — Wylie. “O período final do<br />

século XV testemunhou o aumento vagaroso mas certo das igrejas dos Irmãos. Se bem que longe de<br />

não serem incomodados, gozavam de relativo descanso. No princípio do século XVI, suas igrejas eram<br />

em número de duzentas na Boêmia e na Morávia.” — Vida e Tempos de João Huss, de Gillet. “Assim,<br />

numerosos foram os restantes que, escapando da fúria destruidora do fogo e da espada, tiveram o<br />

privilégio de ver o raiar daquele dia que Huss predissera.” — Wylie.<br />

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