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O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Contudo, outra fogueira deveria acender-se em Constança. O sangue de mais uma testemunha<br />

deveria testificar da verdade. Jerônimo, ao dizer adeus a Huss à partida para o concílio, exortou-o a<br />

que tivesse coragem e firmeza, declarando que, se caísse em algum perigo, ele próprio acudiria em seu<br />

auxílio. Ouvindo acerca da prisão do reformador, o fiel discípulo imediatamente se preparou para<br />

cumprir a promessa. Sem salvo-conduto, com um único companheiro, partiu para Constança. Ali<br />

chegando, convenceu-se de que apenas se havia exposto ao perigo, sem a possibilidade de fazer<br />

qualquer coisa para o livramento de Huss. Fugiu da cidade, mas foi preso em viagem para casa e<br />

conduzido de volta em ferros, sob a guarda de um grupo de soldados. Ao seu primeiro aparecimento<br />

perante o concílio, as tentativas de Jerônimo para responder às acusações apresentadas contra ele eram<br />

defrontadas com clamores: “Às chamas! Que vá às chamas!” — Bonnechose. Foi lançado numa<br />

masmorra, acorrentado em posição que lhe causava grande sofrimento e alimentado a pão e água.<br />

Depois de alguns meses, as crueldades da prisão causaram-lhe uma enfermidade que lhe pôs em perigo<br />

a vida, e seus inimigos, receosos de que ele se lhes pudesse escapar, trataram-no com menos<br />

severidade, posto que permanecesse na prisão durante um ano.<br />

A morte de Huss não deu os resultados que os sectários de Roma haviam esperado. A violação<br />

do salvo-conduto suscitara uma tempestade de indignação, e como meio mais seguro de agir, o concílio<br />

decidiu, em vez de queimar a Jerônimo, obrigá-lo, sendo possível, a retratar-se. Foi levado perante a<br />

assembléia e ofereceuse-lhe a alternativa de renunciar, ou morrer na fogueira. A morte, no início de<br />

sua prisão, teria sido uma misericórdia, à vista dos terríveis sofrimentos <strong>por</strong> que passara; mas agora,<br />

enfraquecido pela moléstia, pelos rigores do cárcere e pela tortura da ansiedade e apreensão, separado<br />

dos amigos e desanimado pela morte de Huss, a fortaleza de Jerônimo cedeu, e ele consentiu em<br />

submeter-se ao concílio. Comprometeu-se a aderir à fé católica, e aceitou a ação do concílio ao<br />

condenar as doutrinas de Wycliffe e Huss, exceção feita, contudo, das “santas verdades” que tinham<br />

ensinado. — Bonnechose.<br />

Por este expediente Jerônimo se esforçou <strong>por</strong> fazer silenciar a voz da consciência e escapar da<br />

condenação. Mas, na solidão do calabouço,viu mais claramente o que havia feito. Pensou na coragem<br />

e fidelidade de Huss, e em contraste refletiu em sua própria negação da verdade. Pensou no divino<br />

Mestre a quem se comprometera a servir, e que <strong>por</strong> amor dele su<strong>por</strong>tara a morte de cruz. Antes de sua<br />

retratação encontrara conforto, em todos os sofrimentos, na certeza do favor de Deus; mas agora o<br />

remorso e a dúvida lhe torturavam a alma. Sabia que ainda outras retratações haveria a fazer antes que<br />

pudesse estar em paz com Roma. O caminho em que estava entrando apenas poderia terminar em<br />

completa apostasia. Sua resolução estava tomada: não negaria ao Senhor para escapar de um breve<br />

período de sofrimento.<br />

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