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O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

de Deus e a salvação das almas ocupem tua mente, e não a posse de benefícios e bens. Acautela-te de<br />

adornar tua casa mais do que tua alma; e, acima de tudo, dá teu cuidado ao edifício espiritual. Sê<br />

piedoso e humilde para com os pobres; e não consumas teus haveres em festas. Se não corrigires tua<br />

vida e te refreares das superfluidades, temo que sejas severamente castigado, como eu próprio o sou.<br />

... Conheces minha doutrina, pois recebeste minhas instruções desde tua meninice; é-me, <strong>por</strong>tanto,<br />

desnecessário escrever-te mais a respeito. Mas conjuro-te, pela misericórdia de nosso Senhor, a não<br />

me imitares em nenhuma das vaidades em que me viste cair.” No invólucro da carta acrescentou:<br />

“Conjuro-te, meu amigo, a não abrires esta carta antes que tenhas a certeza de que estou morto.” —<br />

Bonnechose.<br />

Em sua viagem, Huss <strong>por</strong> toda parte observou indícios da disseminação de suas doutrinas e o<br />

favor com que era considerada sua causa. O povo aglomerava-se ao seu encontro, e em algumas<br />

cidades os magistrados o escoltavam pelas ruas. Chegado a Constança, concedeu-se a Huss plena<br />

liberdade. Ao salvo-conduto do imperador acrescentou-se uma garantia pessoal de proteção <strong>por</strong> parte<br />

do papa. Mas, com violação destas solenes e repetidas declarações, em pouco tempo o reformador foi<br />

preso, <strong>por</strong> ordem do papa e dos cardeais, e lançado em asquerosa masmorra. Mais tarde foi transferido<br />

para um castelo forte além do Reno e ali conservado prisioneiro. O papa, pouco lucrando com sua<br />

perfídia, foi logo depois entregue à mesma prisão. — Bonnechose. Provara-se perante o concílio ser<br />

ele réu dos mais baixos crimes, além de assassínio, simonia e adultério — “pecados que não convém<br />

mencionar.” Assim o próprio concílio declarou; e finalmente foi ele despojado da tiara e lançado na<br />

prisão. Os antipapas também foram depostos, sendo escolhido novo pontífice.<br />

Se bem que o próprio papa tivesse sido acusado de maiores crimes que os de que Huss denunciara<br />

os padres, e contra os quais exigira reforma, o mesmo concílio que rebaixou o pontífice tratou também<br />

de esmagar o reformador. O aprisionamento de Huss despertou grande indignação na Boêmia. Nobres<br />

poderosos dirigiram ao concílio protestos veementes contra o ultraje. O imperador, a quem repugnava<br />

permitir a violação de um salvo-conduto, opôs-se ao processo que lhe era movido. Mas os inimigos do<br />

reformador eram maus e decididos. Apelaram para os preconceitos do imperador, para os seus temores,<br />

seu zelo para com a igreja. Aduziram argumentos de grande extensão para provar que “não se deve<br />

dispensar fé aos hereges, tampouco a pessoas suspeitas de heresia, ainda que estejam munidas de salvoconduto<br />

do imperador e reis.” — História do Concílio de Constança, de Lenfant. Assim, prevaleceram<br />

eles.<br />

Enfraquecido pela enfermidade e reclusão, pois que o ar úmido e impuro do calabouço lhe<br />

acarretara uma febre que quase o levara à sepultura, Huss foi finalmente conduzido perante o concílio.<br />

Carregado de cadeias, ficou em pé na presença do imperador, cuja honra e boa fé tinham sido<br />

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