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O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

a morrer.” — Os Reformadores Antes da Reforma, de Bonnechose. Huss não cessou seus labores, mas<br />

viajou pelo território circunjacente, pregando a ávidas multidões. Destarte, as medidas a que o papa<br />

recorrera a fim de suprimir o evangelho, estavam fazendo com que este mais largamente se estendesse.<br />

“Nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.” 2 Coríntios 13:8.<br />

“O espírito de Huss, nesta fase de sua carreira, parece ter sido cenário de doloroso conflito.<br />

Embora a igreja estivesse procurando fulminá-lo com seus raios, não havia ele renegado a autoridade<br />

dela. A igreja de Roma era ainda para ele a esposa de Cristo, e o papa o representante e vigário de<br />

Deus. O que Huss estava a guerrear era o abuso da autoridade, não o princípio em si mesmo. Isto<br />

acarretou terrível conflito entre as convicções de seu entendimento e os ditames de sua consciência.<br />

Se a autoridade era justa e infalível, como cria que fosse, como poderia acontecer achar-se obrigado a<br />

desobedecerlhe? Obedecer, compreendia-o ele, significava pecar; mas <strong>por</strong> que a obediência a uma<br />

igreja infalível levaria a tal situação? Era este o problema que não podia resolver; esta a dúvida que o<br />

torturava sempre e sempre. A solução que mais justa se lhe afigurava, era que havia acontecido<br />

novamente, como já antes, nos dias do Salvador, que os sacerdotes da igreja se tinham tornado pessoas<br />

ímpias e estavam usando da autoridade lícita para fins ilícitos. Isto o levou a adotar para sua própria<br />

orientação e para guia daqueles a quem pregava, a máxima de que os preceitos das Escrituras,<br />

comunicados <strong>por</strong> meio do entendimento, devem reger a consciência; em outras palavras, de que Deus,<br />

falando na Bíblia, e não a igreja falando pelo sacerdócio, é o único guia infalível.” — Wylie.<br />

Quando, depois de algum tempo, serenou a excitação em Praga, Huss voltou para a sua capela<br />

de Belém, a fim de continuar com maior zelo e ânimo a pregação da Palavra de Deus. Seus inimigos<br />

eram ativos e poderosos, mas a rainha e muitos dos nobres eram seus amigos, e o povo em grande<br />

parte o apoiava. Comparando seus ensinos puros e elevados e sua vida santa com os dogmas<br />

degradantes pregados pelos romanistas e a avareza e devassidão que praticavam, muitos consideravam<br />

uma honra estar a seu lado.<br />

Até aqui Huss estivera só em seus trabalhos; agora, <strong>por</strong>ém, se uniu na obra da reforma Jerônimo<br />

que, durante sua estada na Inglaterra, aceitara os ensinos de Wycliffe. Daí em diante os dois estiveram<br />

ligados durante toda a vida, e na morte não deveriam ser separados. Gênio brilhante, eloqüência e saber<br />

— dotes que conquistaram o favor popular — possuía-os Jerônimo em alto grau; mas quanto às<br />

qualidades que constituem a verdadeira força de caráter, Huss era maior. Seu discernimento calmo<br />

servia como restrição ao espírito impulsivo de Jerônimo, que, com verdadeira humildade, se apercebia<br />

de seu valor e cedia aos seus conselhos. Sob o trabalho de ambos a Reforma estendeu-se mais<br />

rapidamente.<br />

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