05.10.2016 Views

O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

voavam de um papa a outro, e derramavam-se torrentes de sangue para sustentar suas pretensões em<br />

conflito. Crimes e escândalos inundavam a igreja. Nesse ínterim, o reformador, no silencioso retiro de<br />

sua paróquia de Lutterworth, estava trabalhando diligentemente para, dos papas contendores, dirigir<br />

os homens a Jesus, o Príncipe da paz.<br />

O cisma, com toda a contenda e corrupção que produziu, preparou o caminho para a Reforma,<br />

habilitando o povo a ver o que o papado realmente era. Num folheto que publicou — Sobre o Cisma<br />

dos Papas — Wycliffe apelou para o povo a fim de que considerasse se esses dois sacerdotes estavam<br />

a falar a verdade ao condenarem um ao outro como o anticristo. “Deus”, disse ele, “não mais quis<br />

consentir que o demônio reinasse em um único sacerdote tal, mas... fez divisão entre dois, de modo<br />

que os homens, em nome de Cristo, possam mais facilmente vencê-los a ambos.” — Vida e Opiniões<br />

de João Wycliffe, de Vaughan.<br />

Wycliffe, a exemplo de seu Mestre, pregou o evangelho aos pobres. Não contente com espalhar<br />

a luz nos lares humildes em sua própria paróquia de Lutterworth, concluiu que ela deveria ser levada<br />

a todas as partes da Inglaterra. Para realizar isto organizou um corpo de pregadores, homens simples e<br />

dedicados, que amavam a verdade e nada desejavam tanto como o propagá-la. Estes homens iam <strong>por</strong><br />

toda parte, ensinando nas praças, nas ruas das grandes cidades e nos atalhos do interior. Procuravam<br />

os idosos, os doentes e os pobres, e desvendavam-lhes as alegres novas da graça de Deus.<br />

Como professor de teologia em Oxford, Wycliffe pregou a Palavra de Deus nos salões da<br />

universidade. Tão fielmente apresentava ele a verdade aos estudantes sob sua instrução, que recebeu<br />

o título de “Doutor do Evangelho”. Mas a maior obra da vida de Wycliffe deveria ser a tradução das<br />

Escrituras para a língua inglesa. Num livro — Sobre a Verdade e Sentido das Escrituras — exprimiu<br />

a intenção de traduzir a Bíblia, de maneira que todos na Inglaterra pudessem ler, na língua materna, as<br />

maravilhosas obras de Deus.<br />

Subitamente, <strong>por</strong>ém, interromperam-se as suas atividades. Posto que não tivesse ainda sessenta<br />

anos de idade, o trabalho incessante, o estudo e os assaltos dos inimigos haviam posto à prova suas<br />

forças, tornando-o prematuramente velho. Foi atacado de perigosa enfermidade. A notícia disto<br />

pro<strong>por</strong>cionou grande alegria aos frades. Pensavam então que se arrependeria amargamente do mal que<br />

tinha feito à igreja e precipitaram-se ao seu quarto para ouvir-lhe a confissão. Representantes das<br />

quatro ordens religiosas, com quatro oficiais civis, reuniram-se em redor do suposto moribundo.<br />

“Tendes a morte em vossos lábios”, diziam; “comovei-vos com as vossas faltas, e retratai em nossa<br />

presença tudo que dissestes para ofensa nossa.” O reformador ouviu em silêncio; mandou então seu<br />

assistente levantálo no leito e, olhando fixamente para eles enquanto permaneciam esperando a<br />

retratação, naquela voz firme e forte que tantas vezes os havia feito tremer, disse: “Não hei de morrer,<br />

53

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!