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O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

narrar histórias maravilhosas, lendas, pilhérias para divertir o povo e torná-lo ainda mais<br />

completamente iludido pelos monges. Contudo, os frades continuavam a manter o domínio sobre as<br />

multidões supersticiosas, e a levá-las a crer que todo dever religioso se resumia em reconhecer a<br />

supremacia do papa, adorar os santos e fazer donativos aos monges, e que isto era suficiente para lhes<br />

garantir lugar no Céu.<br />

Homens de saber e piedade haviam trabalhado em vão para efetuar uma reforma nessas ordens<br />

monásticas; Wycliffe, <strong>por</strong>ém, com intuição mais clara, feriu o mal pela raiz, declarando que a própria<br />

organização era falsa e que deveria ser abolida. Despertavam-se discussões e indagações.<br />

Atravessando os monges o país, vendendo perdões do papa, muitos foram levados a duvidar da<br />

possibilidade de comprar perdão com dinheiro e suscitaram a questão se não deveriam antes buscar de<br />

Deus o perdão em vez de buscá-lo do pontífice de Roma. Não poucos se alarmavam com a capacidade<br />

dos frades, cuja avidez parecia nunca se satisfazer. “Os monges e sacerdotes de Roma”, diziam eles,<br />

“estão-nos comendo como um câncer. Deus nos deve livrar, ou o povo perecerá.” — D’Aubigné. Para<br />

encobrir sua avareza, pretendiam os monges mendicantes seguir o exemplo do Salvador, declarando<br />

que Jesus e Seus discípulos haviam sido sustentados pela caridade do povo. Esta pretensão resultou<br />

em prejuízo de sua causa, pois levou muitos à Escritura Sagrada, a fim de saberem <strong>por</strong> si mesmos a<br />

verdade — resultado que de todos os outros era o menos desejado de Roma. A mente dos homens foi<br />

dirigida à Fonte da verdade, que era o objetivo de Roma ocultar.<br />

Wycliffe começou a escrever e publicar folhetos contra os frades, <strong>por</strong>ém não tanto procurando<br />

entrar em discussão com eles como despertando o espírito do povo aos ensinos da Bíblia e seu Autor.<br />

Ele declarava que o poder do perdão ou excomunhão não o possuía o papa em maior grau do que os<br />

sacerdotes comuns, e que ninguém pode ser verdadeiramente excomungado a menos que primeiro haja<br />

trazido sobre si a condenação de Deus. De nenhuma outra maneira mais eficaz poderia ele ter<br />

empreendido a demolição da gigantesca estrutura de domínio espiritual e tem<strong>por</strong>al que o papa erigira,<br />

e em que alma e corpo de milhões se achavam retidos em cativeiro.<br />

De novo foi Wycliffe chamado para defender os direitos da coroa inglesa contra as usurpações<br />

de Roma; e, sendo designado embaixador real, passou dois anos na Holanda, em conferência com os<br />

emissários do papa. Ali entrou em contato com eclesiásticos da França, Itália e Espanha, e teve<br />

o<strong>por</strong>tunidade de devassar os bastidores e informar-se de muitos fatos que lhe teriam permanecido<br />

ocultos na Inglaterra. Aprendeu muita coisa que o orientaria em seus trabalhos posteriores. Naqueles<br />

representantes da corte papal lia ele o verdadeiro caráter e objetivos da hierarquia. Voltou para a<br />

Inglaterra a fim de repetir mais abertamente e com maior zelo seus ensinos anteriores, declarando que<br />

a cobiça, o orgulho e o engano eram os deuses de Roma.<br />

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