O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa. O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O Grande Conflito Disseram os profetas da antiguidade, ao contemplar em santa visão o dia de Deus: “Uivai, porque o dia do Senhor está perto; vem do Todo-poderoso como assolação.” Isaías 13:6. “Entra nas rochas e esconde-te no pó, da presença espantosa do Senhor e da glória da Sua majestade. Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada; e só o Senhor será exaltado naquele dia. Porque o dia do Senhor dos exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido.” “Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem, e meter-se-á pelas fendas das rochas, pelas cavernas das penhas, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa da glória da Sua majestade, quando Ele Se levantar para assombrar a Terra.” Isaías 2:10, 20, 21. Por uma fenda nas nuvens, fulgura uma estrela cujo brilho aumenta quadruplicadamente em contraste com as trevas. Fala de esperança e alegria aos fiéis, mas de severidade e ira aos transgressores da lei de Deus. Os que tudo sacrificaram por Cristo estão agora em segurança, como que escondidos no lugar secreto do pavilhão do Senhor. Foram provados, e perante o mundo e os desprezadores da verdade, evidenciaram sua fidelidade Àquele que por eles morreu. Uma mudança maravilhosa sobreveio aos que mantiveram firme integridade em face mesmo da morte. Foram subitamente libertos da negra e terrível tirania de homens transformados em demônios. Seu rosto, pouco antes tão pálido, ansioso e descomposto, resplandece agora de admiração, fé e amor. Sua voz ergue-se em cântico triunfal: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a Terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.” Salmos 46:1-3. Enquanto estas palavras de santa confiança ascendem a Deus, as nuvens recuam, e se vêem os constelados céus, indescritivelmente gloriosos em contraste com o firmamento negro e carregado de cada lado. A glória da cidade celestial emana de suas portas entreabertas. Aparece então de encontro ao céu uma mão segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre a outra. Diz o profeta: “Os céus anunciarão a Sua justiça; pois Deus mesmo é o juiz.” Salmos 50:6. Aquela santa lei, a justiça de Deus, que por entre trovões e chamas foi do Sinai proclamada como guia da vida, revela-se agora aos homens como a regra do juízo. A mão abre as tábuas, e vêem-se os preceitos do decálogo, como que traçados com pena de fogo. As palavras são tão claras que todos as podem ler. Desperta-se a memória, varremse de todas as mentes as trevas da superstição e heresia, e os dez preceitos divinos, breves, compreensivos e autorizados, apresentam-se à vista de todos os habitantes da Terra. É impossível descrever o horror e desespero dos que pisaram os santos mandamentos de Deus. O Senhor lhes deu Sua lei; eles poderiam haver aferido seu caráter por ela, e conhecido seus defeitos 433

O Grande Conflito enquanto ainda havia oportunidade para arrependimento e correção; mas, a fim de conseguir o favor do mundo, puseram de parte seus preceitos e ensinaram outros a transgredir. Esforçaram-se por compelir o povo de Deus a profanar o Seu sábado. Agora são condenados por aquela lei que desprezaram. Com terrível clareza vêem que se acham sem desculpas. Escolheram a quem servir e adorar. “Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que O não serve.” Malaquias 3:18. Os inimigos da lei de Deus, desde o ministro até ao menor dentre eles, têm nova concepção da verdade e do dever. Demasiado tarde vêem que o sábado do quarto mandamento é o selo do Deus vivo. Tarde demais vêem a verdadeira natureza de seu sábado espúrio, e o fundamento arenoso sobre o qual estiveram a construir. Acham que estiveram a combater contra Deus. Ensinadores religiosos conduziram almas à perdição, ao mesmo tempo que professavam guiá-las às portas do Paraíso. Antes do dia do ajuste final de contas, não se conhecerá quão grande é a responsabilidade dos homens no mister sagrado, e quão terríveis são os resultados de sua infidelidade. Somente na eternidade poderemos com acerto avaliar a perda de uma única alma. Terrível será a condenação daquele a quem Deus disser: Retira-te, mau servo. A voz de Deus é ouvida no Céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do mais forte trovão, Suas palavras ecoam pela Terra inteira. O Israel de Deus fica a ouvir, com o olhar fixo no alto. Têm o semblante iluminado com a Sua glória, brilhante como o rosto de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a bênção sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande aclamação de vitória. Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. Agora, não como “Homem de dores”, para sorver o amargo cálice da ignomínia e miséria, vem Ele vitorioso no Céu e na Terra para julgar os vivos e os mortos. “Fiel e verdadeiro”, Ele “julga e peleja em justiça.” E “seguiram-nO os exércitos no Céu.” Apocalipse 19:11, 14. Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável multidão, acompanham-nO em Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes — “milhares de milhares, milhões de milhões.” Nenhuma pena humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é apta para conceber seu esplendor. “A Sua glória cobriu os céus e a Terra encheu-se do Seu louvor. E o Seu resplendor era como a luz.” Habacuque 3:3, 4. Aproximando-se ainda mais a 434

O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Disseram os profetas da antiguidade, ao contemplar em santa visão o dia de Deus: “Uivai, <strong>por</strong>que<br />

o dia do Senhor está perto; vem do Todo-poderoso como assolação.” Isaías 13:6. “Entra nas rochas e<br />

esconde-te no pó, da presença espantosa do Senhor e da glória da Sua majestade. Os olhos altivos dos<br />

homens serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada; e só o Senhor será exaltado naquele dia.<br />

Porque o dia do Senhor dos exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta,<br />

para que seja abatido.” “Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de<br />

prata, e os ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem, e meter-se-á pelas fendas das<br />

rochas, pelas cavernas das penhas, <strong>por</strong> causa da presença espantosa do Senhor, e <strong>por</strong> causa da glória<br />

da Sua majestade, quando Ele Se levantar para assombrar a Terra.” Isaías 2:10, 20, 21.<br />

Por uma fenda nas nuvens, fulgura uma estrela cujo brilho aumenta quadruplicadamente em<br />

contraste com as trevas. Fala de esperança e alegria aos fiéis, mas de severidade e ira aos transgressores<br />

da lei de Deus. Os que tudo sacrificaram <strong>por</strong> Cristo estão agora em segurança, como que escondidos<br />

no lugar secreto do pavilhão do Senhor. Foram provados, e perante o mundo e os desprezadores da<br />

verdade, evidenciaram sua fidelidade Àquele que <strong>por</strong> eles morreu. Uma mudança maravilhosa<br />

sobreveio aos que mantiveram firme integridade em face mesmo da morte. Foram subitamente libertos<br />

da negra e terrível tirania de homens transformados em demônios. Seu rosto, pouco antes tão pálido,<br />

ansioso e descomposto, resplandece agora de admiração, fé e amor. Sua voz ergue-se em cântico<br />

triunfal: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não<br />

temeremos, ainda que a Terra se mude, e ainda que os montes se trans<strong>por</strong>tem para o meio dos mares.<br />

Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.” Salmos<br />

46:1-3.<br />

Enquanto estas palavras de santa confiança ascendem a Deus, as nuvens recuam, e se vêem os<br />

constelados céus, indescritivelmente gloriosos em contraste com o firmamento negro e carregado de<br />

cada lado. A glória da cidade celestial emana de suas <strong>por</strong>tas entreabertas. Aparece então de encontro<br />

ao céu uma mão segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre a outra. Diz o profeta: “Os céus<br />

anunciarão a Sua justiça; pois Deus mesmo é o juiz.” Salmos 50:6. Aquela santa lei, a justiça de Deus,<br />

que <strong>por</strong> entre trovões e chamas foi do Sinai proclamada como guia da vida, revela-se agora aos homens<br />

como a regra do juízo. A mão abre as tábuas, e vêem-se os preceitos do decálogo, como que traçados<br />

com pena de fogo. As palavras são tão claras que todos as podem ler. Desperta-se a memória, varremse<br />

de todas as mentes as trevas da superstição e heresia, e os dez preceitos divinos, breves,<br />

compreensivos e autorizados, apresentam-se à vista de todos os habitantes da Terra.<br />

É impossível descrever o horror e desespero dos que pisaram os santos mandamentos de Deus.<br />

O Senhor lhes deu Sua lei; eles poderiam haver aferido seu caráter <strong>por</strong> ela, e conhecido seus defeitos<br />

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