O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa. O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O Grande Conflito feito a vontade de Deus, seguindo a guia de Seu Espírito e Sua Palavra; não podiam, contudo, entender- Lhe o propósito na experiência passada, tampouco discernir o caminho diante deles; e eram tentados a duvidar de que Deus, em verdade, os estivesse a dirigir. A esse tempo se aplicavam as palavras: “Mas o justo viverá da fé.” Dado o fato de haver a brilhante luz do “clamor da meia-noite” lhes resplandecido no caminho e terem visto descerrarem-se as profecias, e em rápido cumprimento os sinais que declaravam estar próxima a vinda de Cristo, haviam caminhado, por assim dizer, pela vista. Agora, porém, abatidos por verem frustradas as esperanças, unicamente pela fé em Deus e em Sua Palavra poderiam permanecer em pé. O mundo escarnecedor dizia: “Fostes enganados. Abandonai vossa fé e dizei que o movimento do advento foi de Satanás.” Declarava, porém, a Palavra de Deus: “Se ele recuar, a Minha alma não tem prazer nele.” Renunciar então à fé e negar o poder do Espírito Santo, que acompanhara a mensagem, seria recuar para a perdição. Eram incentivados à firmeza pelas palavras de Paulo: “Não rejeiteis pois a vossa confiança”; “necessitais de paciência”, “porque ainda um poucochinho de tempo, e O que há de vir virá, e não tardará.” A única maneira segura de proceder era reter a luz que já haviam recebido de Deus, apegar-se firmemente às Suas promessas e continuar a examinar as Escrituras, esperando e vigiando pacientemente, a fim de receber mais luz. 277

O Grande Conflito Capítulo 23 — O Santuário Celestial, Centro de Nossa Esperança A passagem que, mais que todas as outras, havia sido tanto a base como a coluna central da fé do advento, foi: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Daniel 8:14. Estas palavras haviam sido familiares a todos os crentes na próxima vinda do Senhor. Era esta profecia repetida pelos lábios de milhares, como a senha de sua fé. Todos sentiam que dos acontecimentos nela preditos dependiam suas mais brilhantes expectativas e mais acariciadas esperanças. Ficara demonstrado que esses dias proféticos terminariam no outono de 1844. Em conformidade com o resto do mundo cristão, os adventistas admitiam, nesse tempo, que a Terra, ou alguma parte dela, era o santuário. Entendiam que a purificação do santuário fosse a purificação da Terra pelos fogos do último grande dia, e que ocorreria por ocasião do segundo advento. Daí a conclusão de que Cristo voltaria à Terra em 1844. Mas o tempo indicado passou e o Senhor não apareceu. Os crentes sabiam que a Palavra de Deus não poderia falhar; deveria haver engano na interpretação da profecia; onde, porém, estava o engano? Muitos cortaram temerariamente o nó da dificuldade, negando que os 2.300 dias terminassem em 1844. Nenhuma razão se poderia dar para isto, a não ser que Cristo não viera na ocasião em que O esperavam. Argumentavam que, se os dias proféticos houvessem terminado em 1844, Cristo teria então voltado para purificar o santuário mediante a purificação da Terra pelo fogo; e, visto que Ele não aparecera, os dias não poderiam ter terminado. Aceitar esta conclusão equivalia a renunciar aos cômputos anteriores dos períodos proféticos. Verificara-se que os 2.300 dias começavam quando a ordem de Artaxerxes para a restauração e edificação de Jerusalém entrou em vigor, no outono de 457 antes de Cristo. Tomando isto como ponto de partida, havia perfeita harmonia na aplicação de todos os acontecimentos preditos na explicação daquele período de Daniel 9:25-27. Sessenta e nove semanas, os primeiros 483 anos dos 2.300, deveriam estender-se até o Messias, o Ungido; e o batismo e unção de Cristo, pelo Espírito Santo, no ano 27 de nossa era, cumpriu exatamente esta especificação. No meio da setuagésima semana o Messias deveria ser tirado. Três e meio anos depois de Seu batismo; na primavera do ano 31, Cristo foi crucificado. As setenta semanas, ou 490 anos, deveriam pertencer especialmente aos judeus. Ao expirar este período, a nação selou sua rejeição de Cristo, pela perseguição de Seus discípulos, e, no ano 34, os apóstolos voltaram-se para os gentios. Havendo terminado os primeiros 490 anos dos 2.300, restavam ainda 1.810 anos. Contandose desde o ano 34 de nossa era, 1.810 anos se estendem até 1844. “Então”, disse o anjo, “o santuário será purificado.” Todas as especificações precedentes da profecia se cumpriram, inquestionavelmente, no tempo designado. 278

O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

Capítulo 23 — O Santuário Celestial, Centro de Nossa Esperança<br />

A passagem que, mais que todas as outras, havia sido tanto a base como a coluna central da fé<br />

do advento, foi: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.” Daniel 8:14.<br />

Estas palavras haviam sido familiares a todos os crentes na próxima vinda do Senhor. Era esta profecia<br />

repetida pelos lábios de milhares, como a senha de sua fé. Todos sentiam que dos acontecimentos nela<br />

preditos dependiam suas mais brilhantes expectativas e mais acariciadas esperanças. Ficara<br />

demonstrado que esses dias proféticos terminariam no outono de 1844. Em conformidade com o resto<br />

do mundo cristão, os adventistas admitiam, nesse tempo, que a Terra, ou alguma parte dela, era o<br />

santuário. Entendiam que a purificação do santuário fosse a purificação da Terra pelos fogos do último<br />

grande dia, e que ocorreria <strong>por</strong> ocasião do segundo advento. Daí a conclusão de que Cristo voltaria à<br />

Terra em 1844.<br />

Mas o tempo indicado passou e o Senhor não apareceu. Os crentes sabiam que a Palavra de Deus<br />

não poderia falhar; deveria haver engano na interpretação da profecia; onde, <strong>por</strong>ém, estava o engano?<br />

Muitos cortaram temerariamente o nó da dificuldade, negando que os 2.300 dias terminassem em 1844.<br />

Nenhuma razão se poderia dar para isto, a não ser que Cristo não viera na ocasião em que O esperavam.<br />

Argumentavam que, se os dias proféticos houvessem terminado em 1844, Cristo teria então voltado<br />

para purificar o santuário mediante a purificação da Terra pelo fogo; e, visto que Ele não aparecera, os<br />

dias não poderiam ter terminado.<br />

Aceitar esta conclusão equivalia a renunciar aos cômputos anteriores dos períodos proféticos.<br />

Verificara-se que os 2.300 dias começavam quando a ordem de Artaxerxes para a restauração e<br />

edificação de Jerusalém entrou em vigor, no outono de 457 antes de Cristo. Tomando isto como ponto<br />

de partida, havia perfeita harmonia na aplicação de todos os acontecimentos preditos na explicação<br />

daquele período de Daniel 9:25-27. Sessenta e nove semanas, os primeiros 483 anos dos 2.300,<br />

deveriam estender-se até o Messias, o Ungido; e o batismo e unção de Cristo, pelo Espírito Santo, no<br />

ano 27 de nossa era, cumpriu exatamente esta especificação. No meio da setuagésima semana o<br />

Messias deveria ser tirado. Três e meio anos depois de Seu batismo; na primavera do ano 31, Cristo<br />

foi crucificado. As setenta semanas, ou 490 anos, deveriam pertencer especialmente aos judeus. Ao<br />

expirar este período, a nação selou sua rejeição de Cristo, pela perseguição de Seus discípulos, e, no<br />

ano 34, os apóstolos voltaram-se para os gentios. Havendo terminado os primeiros 490 anos dos 2.300,<br />

restavam ainda 1.810 anos. Contandose desde o ano 34 de nossa era, 1.810 anos se estendem até 1844.<br />

“Então”, disse o anjo, “o santuário será purificado.” Todas as especificações precedentes da profecia<br />

se cumpriram, inquestionavelmente, no tempo designado.<br />

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