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O Grande Conflito por Ellen G Harmon-White

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

O Grande Conflito há de assumir proporções cada vez maiores até o seu final desenlace. Em todas as épocas a ira de mal esteve voltada contra a o bem. À medida que cada geração se aproxima da seu tempo de crise, o mal há de agir com redobrada energia - devotado a uma obra de repressão, destruição, corrupção, crueldade e engano. Contudo, toda vez, campeões bravos da direita tenham surgido que lutaram com força sobre-humana para a causa da verdade. E o conflito agudo e amargo desenvolvido nessa luta de longos séculos culminará no conflito final. É nesse tempo cheio de perigos no qual ele vai irromper uma intervenção poderoso e maravilhosa.

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O <strong>Grande</strong> <strong>Conflito</strong><br />

autorização para suprimir a heresia. Assim, o poder secular encontrava-se nas mãos da igreja. Não<br />

levou muito tempo para que estas medidas tivessem o resultado inevitável: a perseguição.<br />

Onze anos depois do estabelecimento da primeira colônia, Roger Williams veio ao Novo Mundo.<br />

Semelhantemente aos primeiros peregrinos, viera para gozar de liberdade religiosa; mas, divergindo<br />

deles, viu (o que tão poucos em seu tempo já haviam visto) que esta liberdade é direito inalienável de<br />

todos, seja qual for o credo professado. E era ele fervoroso inquiridor da verdade, sustentando,<br />

juntamente com Robinson, ser impossível que toda a luz da Palavra de Deus já houvesse sido recebida.<br />

Williams “foi a primeira pessoa da cristandade moderna a estabelecer o governo civil sobre a doutrina<br />

da liberdade de consciência, da igualdade de opiniões perante a lei.” Bancroft. Declarou ser o<br />

dever do magistrado restringir o crime, mas nunca dominar a consciência. “O público ou os<br />

magistrados podem decidir”, disse, “o que é devido de homem para homem; mas, quando tentam<br />

prescrever os deveres do homem para com Deus, estão fora de seu lugar, e não poderá haver segurança;<br />

pois é claro que, se o magistrado tem esse poder, pode decretar um conjunto de opiniões ou crenças<br />

hoje e outro amanhã, como tem sido feito na Inglaterra <strong>por</strong> diferentes reis e rainhas, e <strong>por</strong> diferentes<br />

papas e concílios na Igreja Romana, de maneira que semelhante crença degeneraria em acervo de<br />

confusão.” — Martyn.<br />

A assistência aos cultos da igreja oficial era exigida sob pena de multa ou prisão. “Williams<br />

reprovou a lei; o pior regulamento do Código inglês era o que tornava obrigatória a assistência à igreja<br />

da paróquia. Obrigar os homens a unirem-se aos de credo diferente, considerava ele como flagrante<br />

violação de seus direitos naturais; arrastar ao culto público os irreligiosos e os que não queriam, apenas<br />

se assemelhava a exigir a hipocrisia. ... ‘Ninguém deveria ser obrigado a fazer culto’, acrescentava ele,<br />

‘ou custear um culto, contra a sua vontade.’ ‘Pois quê?’ exclamavam seus antagonistas, aterrados com<br />

os seus dogmas, ‘não é o obreiro digno de seu salário?’ ‘Sim’, replicou ele, ‘dos que o assalariam.’”<br />

— Bancroft.<br />

Roger Williams era respeitado e amado como ministro fiel e homem de raros dons, de inflexível<br />

integridade e verdadeira benevolência; contudo, sua inabalável negação do direito dos magistrados<br />

civis à autoridade sobre a igreja, e sua petição de liberdade religiosa, não podiam ser toleradas. A<br />

aplicação desta nova doutrina, dizia-se insistentemente, “subverteria o fundamento do Estado e do<br />

governo do país.” — Bancroft. Foi sentenciado a ser banido das colônias, e finalmente, para evitar a<br />

prisão, obrigado a fugir para a floresta virgem, debaixo do frio e das tempestades do inverno.<br />

“Durante catorze semanas”, diz ele, “fui dolorosamente torturado pelas inclemências do tempo,<br />

sem saber o que era pão ou cama. Mas os corvos me alimentaram no deserto.” E uma árvore oca muitas<br />

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